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� um tanto comum a coloca��o de que definir o que � Arte seja algo complexo. No
entanto, esta complexidade n�o deve servir para que deleguemos a outros a tarefa de
definir o que � Arte e o que as express�es artisticas significam.
Ainda, esta defini��o deveria, em tese, ser aplic�vel a toda e qualquer forma de
express�o art�stica. Contudo, h� outra dificuldade que desfaz toda e qualquer
certeza acerta da possibilidade de conceitua��o objetiva do que seja Arte; esta
dificuldade se traduz na aliena��o do conceito de Arte ou sua dilui��o posterior
num crit�rio absolutamente potestativo. Isto �, em outras palavras, deixar que
outrem escolha o que � mais adequado para mim, em abstrato, e de uma forma
completamente arbitr�ria.
Se considerarmos que a Cultura de Massas atualmente � um golem horripilante, uma
sub-cultura degenerada, um arremedo, ent�o devemos convir que o conceito de Arte
neste contesto � consoante o pensamento vigente (consumo) e, pois, totalmente
desqualificado, al�m do que as determina��es dos "entendedores" n�o movem o senso
est�tico inato.
O Homem tem um senso natural, um instinto que responde a certos est�mulos,
principalmente os est�ticos, e que �, como as habilidades matem�ticas, um atributo
inato. Isto � algo evidente. O senso est�tico n�o � um resultado, um produto da
cultura - embora ele se oriente dentro do espa�o cultural humano e use sua
linguagem caracter�stica.
Ademais, o poder est�tico da Verdadeira Arte � ineg�vel e auto evidente.
� o que acreditamos.
Sen�o vejamos, que ele (o Homem natural) reage da mesma forma, por ex., diante da
pujan�a dos afrescos da Capela Sistina como do quadro da Mona Lisa de Leonardo.
Isto nos leva a concluir que n�o h� necessidade de discurso intermediador ou jogos
hermen�uticos sofisticados para que a Arte seja um objeto reconhecido enquanto tal,
digo, a Verdadeira Arte, a Arte s�ria, a Arte superior, que tem em si um elemento
de magia ou um elemento heroico.
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