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ARTIGO
Resumo
Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, SP, v. 8, n. 11, jul/dez 2007– ISSN 1679-8678
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Abstract
Introdução
No jogo de tênis atual cada vez mais os atletas vêem aumentando o ritmo e
potência dos golpes numa partida de tênis de campo. As velocidades de saque são
melhoradas a todo o momento e chegam a ultrapassar os 240 km/h em atletas de
elite do tênis mundial, como Andy Rodicky, que é resultado de potência de movimento
impressa na bolinha de tênis para ela atingir tal velocidade. Além disso, o tempo de
execução de cada golpe, ou gesto técnico, no tênis de campo é muito curto. A duração
de um gesto técnico (com estudos realizados em atletas) até o impacto com a bola é
de, aproximadamente de 0,5s a 0,9s(Paula, 1999). O atleta possui um tempo muito
pequeno para conseguir um golpe que tenha técnica, eficiência e velocidade.
Considerando as adaptações orgânicas e o metabolismo energético que ocorrem nos
jogadores de tênis de campo, dar-se-á destaque para a força explosiva.
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Contudo, o tênis de campo pode ser classificado como uma modalidade de alta
intensidade e curta duração, com intervalos entre os esforços.
Conclui-se que para um tenista obter um melhor rendimento nas suas ações
específicas, terá que adquirir um nível de força explosiva muito alta, deslocando-se
melhor em quadra para poder realizar um golpe com mais potência, precisão e
eficiência. Nota-se que o trabalho de melhoria da força explosiva deva ser feito para
todas as partes do corpo, membros inferiores, superiores, abdominais, músculos para
vertebrais e músculos das costas.
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enviados à medula espinhal e, por meio de uma ação reflexa, eles são recebidos
novamente nos receptores. Através dessa ação reflexa, ocorre um efeito de freio
aplicado, evitando o alongamento das fibras musculares e, o mais importante em
termos de pliometria, uma contração muscular com muita potência é liberada
(Bompa, 2004).
Mas não serão apenas fatores musculares que serão alterados com o
treinamento pliométrico. Este método trabalha também com mecanismos neurais
complexos. Como resultado de treinamento pliométrico, ocorrem mudanças tanto
musculares quanto neurais que facilitam e aumentam o desempenho de habilidades
de movimentos mais rápidos e potentes (Bompa, 2004). Isso quer dizer que, com o
treinamento de força explosiva através da pliometria, conseguiremos um melhor
recrutamento de fibras musculares para a realização da contração muscular,
conseqüentemente, teremos uma contração mais rápida, mais explosiva, sem
aumentar o número de fibras musculares propriamente, apenas teremos um melhor
rendimento delas.
Material e Método
Participantes do Estudo
Para a realização deste trabalho foram avaliadas trinta e cinco crianças e jovens
tenistas da cidade de Campinas e região dentro da faixa etária que varia entre dez a
dezessete anos (média de 13,46 anos DP 1,68 anos) e todas com uma rotina de
treinamento físico, técnico e tático de pelo menos três vezes por semana.
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Metodologia
120
100
% Esforço
80
60
40
20
0
1 2 3
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Tabela 1 – Descritivo do Treinamento Pliométrico por Unidade
Testes
Para a avaliação dos atletas foram realizados dois testes de impulsão vertical e
um teste de impulsão horizontal. O primeiro teste será o Squat Jump (SJ). Esse teste
consiste no atleta realizar um salto com meio agachamento, com uma mão na cintura
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e com a outra voltada para cima para a marcação, com um grau de flexão de joelhos
entre 90 e 120 graus. Uma medição antes de o atleta saltar foi feita para referência, e
outra após o salto.
O segundo teste feito foi o Counter Movement Jump (CMJ). Neste teste o atleta
posiciona-se com uma mão na cintura, outra voltada para cima para a marcação, e
realiza um salto saindo da posição em pé. Desse modo o atleta realiza uma flexão de
joelhos e em seguida o salto.
Em cada teste foram feitas duas medições. Após as medições achou-se a média
do grupo para análise dos resultados.
A Coleta de Dados
Resultados
Os resultados dos testes feitos na primeira avaliação nos dois grupos, controle e
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Grupo Controle
Grupo Treinamento
Média 1 26,92307727,69230829,61538530,769231169,57692170,23077
Grupo Controle
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Grupo Treinamento
8,00%
6,00% SJ 1
SJ 2
4,00%
CMJ 1
2,00% CMJ 2
IH 1
0,00% IH 2
-2,00%
-4,00%
1
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Gráfico 3 - Diferença Percentual entre as Avaliações - Grupo Treinamento
25,00%
SJ 1
20,00%
SJ 2
15,00% CMJ 1
CMJ 2
10,00% IH 1
IH 2
5,00%
0,00%
1
Após a análise da diferença entre grupo controle e grupo treinamento nas duas
performance.
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
1 2 3 4 5 6
-5,00%
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Conclusão
Além desses aspectos podem-se destacar mais alguns, tais como: grau de
treinamento vivenciado pelo GT em relação ao GC, devido à média de idade do grupo
ser superior (14,02 contra 11,84); desenvolvimento maturacional diferente entre os
dois grupos, também pela diferença de idade.
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Referências Bibliográficas
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Rodrigues Filho, J. R. Proposta de treinamento pliométrico para membros
inferiores de tenistas de alto rendimento. Campinas, 2004.
Skoromudova, A.P. Tênis de Campo. Treinamento de Alto Nível. São Paulo: Phorte
Editora, 2004.
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