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A Teoria das Ondas de Elliott

A teoria das ondas foi criada e desenvolvida por Ralph Nelson Elliott (1871-1948) por volta de 1930.
Dispunha que o aparente fluxo aleatório dos preços se enquadrava num padrão repetitivo, portanto
previsível, de cinco ondas de impulso e três ondas de correção, baseado no comportamento
psicológico da massa.

Em 1938 publica uma monografia denominada “O Princípio da Onda”, primeira referência pública ao
que mais tarde seria conhecido, como os Princípios das Ondas de Elliott. Em 1946, dois anos antes
do seu falecimento, escreve seu trabalho definitivo sobre o princípio das ondas, “Natures Law – The
Secret of the Universe”.

Base Filosófica

Elliott acreditava que sua teoria sobre o mercado de ações era parte de uma lei natural muito maior
que governava todas as atividades humanas. Na introdução de “Natures Law” intitulada “Ritmo na
Natureza”, dizia:

Nenhuma verdade encontra mais aceitação geral do que a de que o universo é regido por leis. Sem
leis haveria o caos, e onde existe o caos, nada existe. Navegação, química, aeronáutica, arquitetura,
rádio transmissão, cirurgia, música – a variedade de arte e ciência – tudo funciona, em consonância
com as coisas animadas e inanimadas, sob a lei porque a própria natureza funciona deste modo.
Desde que o próprio caráter da lei é ordem, ou constância, segue-se que tudo o que aconteceu se
repetirá e pode ser previsto se conhecemos a lei.

Intensa pesquisa ligada ao que pode ser denominado atividades humanas indica que praticamente
todos os desenvolvimentos que resultaram do nosso processo sócio-econômico seguem uma lei que
os leva a se repetirem de forma constante e similar através de uma série de ondas ou impulsos de
número e padrão definido. Também é indicado que na sua intensidade, essas ondas ou impulsos
mantém uma consistente relação entre si e com a passagem do tempo. Com o objetivo de melhor
ilustrar e esclarecer esse fenômeno é necessário tomar, no campo das atividades humanas, algum
exemplo que forneça uma abundância de dados confiáveis e para tal propósito não existe nada
melhor do que o mercado de ações.

Tem sido dada ao mercado de ações uma atenção particular por duas razões. Em primeiro lugar, não
existe nenhum outro campo sobre o qual a previsão tenha sido experimentada com tamanha
intensidade e tão pouco resultado. Economistas, estatísticos, técnicos , empresários, e banqueiros,
todos tem tentado prognosticar o futuro nas Bolsas de Valores. Na verdade, desenvolveu-se uma
nova profissão para estudar os prognósticos e os objetivos do mercado. Mas o ano de 1929 começou
e terminou, e a mudança do maior mercado de alta registrado para o maior mercado de baixa
registrado pegou quase todo mundo desarmado. As principais instituições de investimentos, gastando
centenas de milhares de dólares anuais em pesquisa de mercado, foram apanhadas de surpresa e
sofreram perdas de milhões de dólares provocadas pela diminuição dos preços das ações que
mantiveram encarteiradas por muito tempo.

Uma segunda razão para escolher o mercado de ações para ilustrar o impulso das ondas relacionado
com a atividade sócio-econômica é a grande recompensa presente para as previsões bem sucedidas.
Mesmo sucesso acidental no prognóstico de um único mercado tem produzido riquezas fabulosas. Na
subida do mercado de julho de 1932 até março de 1937, por exemplo, a média da alta das 30 ações
principais atingiu 373%. Durante o curso dessa alta de cinco anos, entretanto, algumas ações
valorizaram muito mais do que isso. Finalmente, esta grande subida não foi em linha reta, mas numa
seqüência de movimentos para cima e para baixo, ou movimentos em ziguezague que duraram
alguns meses. Essas flutuações para cima e para baixo possibilitaram grandes oportunidades de
lucros.
A despeito da atenção dada ao mercado de ações, o sucesso, tanto na precisão da previsão como na
recompensa presente tem sido necessariamente um puro acaso porque aqueles que tem tentado
trabalhar com os movimentos do mercado tem falhado em reconhecer até que ponto o mercado é um
fenômeno psicológico. Eles não compreenderam o fato de que existe regularidade sobre as
flutuações do mercado, ou colocado de outro modo, que os movimentos dos preços das ações estão
sujeitos a ritmos, ou a uma seqüência ordenada. Assim, previsões de mercado, como aqueles que
tem alguma experiência sobre o assunto bem sabem, tem falhado.

Mas o mercado tem suas leis, como também é verdade para as outras coisas do universo. Aonde não
existe lei, não poderia haver um centro em torno do qual os preços revolveriam e, portanto, não
haveria mercado. Ao invés, haveriam séries diárias de desorganizadas e confusas flutuações de
preços sem nenhuma ordem aparente. Um estudo mais próximo do mercado, entretanto, como mais
adiante será revelado, prova que este não é o caso. Ritmo, ou extensões regulares, e movimentos
harmônicos, é para ser percebido. Esta lei atrás do mercado pode ser descoberta apenas quando o
mercado é visto na sua própria luz, e então é analisado desse ponto de vista. Colocando de forma
mais simples, o mercado de ações é uma criação do homem e portanto reflete a idiossincrasia
humana. Nas páginas seguintes, a lei, o ritmo, ao qual o homem responde serão reveladas como
registradas pelos movimentos do mercado, que flutuam de acordo co o definitivo princípio das ondas.

As Leis da Natureza tem funcionado sempre em cada atividade humana. Ocorrem ondas de
diferentes graus quer exista ou não mecanismos de registro. Quando esses mecanismos descritos
mais adiante estão presentes, o padrão das ondas são perfeitos e tornam-se visíveis aos olhos
experientes. Estes mecanismos são:

A. Extensa atividade comercial representada por empresas cuja propriedade se encontra


largamente pulverizada.
B. Um mercado onde compradores e vendedores podem contactar rapidamente seus
representantes.
C. Registro confiável e publicação das transações.
D. Estatística adequada disponível sobre todos os assuntos relativos às empresas.
E. Gráficos das oscilações diárias traçados de tal modo que permitam revelar as ondas nos seus
diferentes graus quando ocorrem. O registro diário das transações foi inaugurado em 1928 e o
registro horário em 1932. Eles são necessários no sentido de observar as ondas menores e as
minúsculas, especialmente em mercados rápidos.

Ao contrário dos ensinamentos da Teoria de Dow, as Leis da Natureza não necessitam de


confirmação de dois índices. Cada índice, grupo, ação ou qualquer atividade humana é interpretada
por suas próprias ondas.

Como dá para perceber através da tradução desses conceitos da introdução da obra “Natures Law –
The Secret of the Universe”, o ritmo, o tempo, a repetição e o comportamento das pessoas são os
pilares filosóficos da teoria.

A Base Matemática

A base matemática da Teoria de Elliott é a seqüência de Fibonacci. A resposta a uma questão


apresentada no livro “Líber Abaci” do matemático Leonardo Fibonacci, no início do século XIII, deu
origem à seqüência dos números 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144 . . . ¥, hoje conhecida como
a seqüência de Fibonacci.

A seqüência de Fibonacci resultante do problema dos coelhos tem propriedades muito interessantes
e reflete uma relação quase constante entre os seus componentes. Algumas delas são:

Na seqüência a soma de dois números adjacentes forma o próximo número mais alto, i.é., 1 mais 1
igual a 2, 1 mais 2 igual a 3, 2 mais 3 igual a 5, 3 mais 5 igual a 8 e assim por diante até o infinito.
Após os quatro primeiros números, a razão entre dois números consecutivos na seqüência aproxima-
se 1,618, ou seu inverso, 0,618. Assim a razão de qualquer número para o próximo número mais alto,
chamada phi, é aproximadamente 0,618 para 1 e para o próximo número mais baixo é
aproximadamente 1,618 para 1. Quanto mais altos os números, mais próximas de 0,618 e 1,618
serão as razões entre eles. Na seqüência a razão entre os números alternados é de 2,618 ou seu
inverso 0,382. Algumas afirmações da inter-relação das propriedades dessas quatro razões principais
podem ser listadas a seguir:

1) 2,618 - 1,618 = 1
2) 1,618 - 0,618 = 1
3) 1 - 0,618 = 0,382
4) 2,618 x 0,382 = 1
5) 2,618 x 0,618 = 1,618
6) 1,618 x 0,618 = 1
7) 0,618 x 0,618 = 0,382
8) 1,618 x 1,618 = 2,618

À exceção de 1 e 2, qualquer número da seqüência de Fibonacci multiplicado por 4, quando somado


a um número selecionado da série de Fibonacci, dá outro número de fibonacci, de modo que:

3x4 = 12 + 1 = 13
5x4 = 20 + 1 = 21
8x4 = 32 + 2 = 34
13 x 4 = 52 + 3 = 55
21 x 4 = 84 + 5 = 89

Assim que a nova seqüência avança, uma terceira seqüência começa naqueles números que são
adicionados à multiplicação por 4. Esta relação é possível porque a razão entre o segundo número
alternado de Fibonacci, é 4,236, onde 0,236 é tanto o seu inverso como sua diferença do número 4.

A soma de quaisquer dez números consecutivos da seqüência é sempre divisível por 11.

A lista de fenômenos relacionados com a seqüência de Fibonacci é enorme e poderíamos continuar


citando uma infinidade deles, mas como o objetivo é de apenas dar uma idéia do que se trata face
sua importância na Teoria das Ondas, fico por aqui.

A Teoria

Segundo Elliott, todas as atividades humanas têm três aspectos distinitos: Padrão, Tempo e Razão,
todos os quais observam a série de Fibonacci e são expressos através de ondas. Uma vez que essas
ondas possam ser interpretadas, o conhecimento pode ser aplicado a qualquer movimento na medida
em que as mesmas regras aplicam-se aos preços das ações, dos futuros ou de qualquer outra
atividade anteriormente mencionada.

Padrão:

O padrão é o mais importante dos três fatores. Um padrão é sempre um processo de formação.
Usualmente, mas não invariavelmente, você será capaz de rapidamente visualizar o tipo do padrão.
Esta facilidade é proporcionada pelo tipo do padrão que o precedeu. Um diagrama perfeito do ciclo do
mercado de ações, segundo Elliott desdobra-se da seguinte forma:
CICLO DO MERCADO DE AÇÕES
Mercado de Alta Mercado de baixa

B
III

IV A
I

V C
5
2
II 3 B
4 c
III 1 a
1 2
5
4 4
3 b 3
b
5 1
I 2
1 A 3
a c
5 5
4
b
3 IV C
2
a
1
4 c

II
2
1
v
ii c
iii
v iv
a ii
b i
iv
i iv
iii iii b i
a v
ii iii
i iv v
c
v b
iii 2

i a ii
iv c

ii
No diagrama da página anterior o Ciclo do Mercado é dividido em “Mercado de Alta” e “Mercado de
Baixa”. No desenho superior o Mercado de Alta é dividido em 5 ondas Principais designadas pela
numeração I, II, III, IV e V e o Mercado de Baixa é dividido em 3 ondas Principais designadas pelas
letras A, B e C. As ondas I, III e V são denominadas ondas de impulso e as ondas II e IV como
ondas de correção. Assim, a onda II corrige os excessos da onda I, a onda IV os excessos da onda
III e o Mercado de Baixa A, B e C nada mais é do que a correção das cinco ondas I, II, III, IV e V que
compõem o Mercado de Alta. As ondas A e C do Mercado de Baixa são definidas como ondas de
impulso e a onda B como onda de correção.

No desenho do meio observa-se o desdobramento das ondas Principais I, II, III, IV e V e A, B e C, em


ondas de grau imediatamente inferior denominado Intermediário. Desse modo, as ondas de impulso
de alta I, III e V são desdobradas em 1, 2, 3, 4 e 5 e as ondas de correção da alta II e IV subdividas
em a, b e c. As ondas de impulso de baixa A e C desdobram -se em 1, 2, 3, 4 e 5 e a onda da
correção da baixa B divide-se em a, b e c.

No desenho inferior, desenhei apenas o desdobramento das duas primeiras ondas Intermediárias 1 e
2 um grau abaixo, sabendo-se que as demais mantém o mesmo padrão e que este grau é
denominado Menor. Como pode observar, a onda 1 desdobra-se em i, ii, iii, iv e v. A onda 2 de
correção desdobra-se em α, β e χ.

Poderíamos continuar desdobrando infinitamente, pois cada onda pode ser desdobrada em outra de
grau inferior ou o inverso, i.é., cada onda de grau inferior é parte de de uma onda de grau superior, ou
seja, as ondas menores i, ii, iii, iv e v formam a onda Intermediária 1, por exemplo, que por sua vez é
parte da onda principal I, e assim sucessivamente. Naquela época, Elliott conseguiu classificar
precisamente nove categorias de magnitudes, variando desde a menor correspondente ao gráfico
plotado de hora em hora até o Grande superciclo. A classificação completa é a seguinte:

Grande Superciclo
Superciclo
Primário
Intermediário
Menor
Minuto
Minuete
Sub-minute

A maior parte do tempo estaremos examinando ondas do grau Primário para baixo. Assim, da
classificação anterior pode-se extrair o seguinte:

Um ciclo completo do mercado é formado por 2 ondas, uma de alta e outra de baixa. A onda de alta
do ciclo é formada por 5 ondas Primárias e a de baixa por 3 ondas Primárias, portanto, um ciclo
completo do mercado é composto por 8 ondas primárias.

Por sua vez, as 5 ondas Primárias de alta são constituídas por 21 ondas Intermediárias e as 3 ondas
Primárias de baixa são constituídas por 13 ondas Intermediárias (secundárias), portanto, um ciclo
completo do mercado é composto por 34 ondas de grau Intermediário.

Continuando, as 21 ondas de alta Intermediária são formadas por 89 ondas Menores (terciárias) e as
13 ondas Intermediárias de baixa são formadas por 55 ondas Menores, daí concluindo-se que um
ciclo do mercado é composto por 144 ondas Menores, 89 de alta e 55 de baixa. Na visão de Elliott,
Mercado de Baixa é o inverso de Mercado de Alta, com a diferença que um tem 3 ondas e o outro
tem 5, e talvez esteja aí a explicação para o fato de que todos os gráficos de longo prazo sejam
ascendentes e de onde se pode concluir que não existe Mercado de Baixa, mas sim que chamamos
de Mercado de Baixa à correção dos excessos do Mercado de Alta.
Deu para reparar que todos os números surgidos desde o início da explicação do ciclo fazem parte da
seqüência de Fibonacci? Relacione os números 3 e 5 da seqüência de Fibonacci no corpo humano.
Nosso dorso tem cinco extensões: uma cabeça, dois braços e duas pernas. Vada perna e cada braço
é subdividido em três seções. Os braços e as pernas terminam em cinco dedos. Os dedos da mão e
do pé, exceto o dedão, são divididos em 3 seções. Nós temos 5 sentidos.

Princípios Básicos de Formação das Ondas

1. Toda ação é seguida de reação.


2. As ondas de impulso (quer sejam de alta ou de baixa), ou movimentos na direção da
tendência predominante, desdobram-se em cinco ondas de grau inferior e as ondas de
correção, que são movimentos contra a tendência predominante (quer sejam de alta ou de
baixa), geralmente subdividem-se em três ondas de grau inferior.
3. Findo um movimento de 8 ondas do mesmo grau (cinco para cima e três para baixo), temos
um ciclo completo naquele grau que automaticamente torna-se duas subdivisões da onda de
grau imediatamente superior.
4. A periodicidade não muda o padrão, já que o mercado permanece com sua forma básica. As
ondas podem ser esticadas ou comprimidas, mas o padrão intrínseco é constante.

Terminologia das Ondas

No diagrama que fiz do desdobramento das ondas mudei as cores e tamanhos dos números e das
letras para poder diferenciar o grau das ondas, todavia isto é impraticável. Fiz assim apenas para
facilitar o entendimento, mas devemos ter uma outra forma de distinguir o grau das ondas. Elliott
adotou a seguinte nomenclatura, que não precisará ser necessariamente a sua:

Grau da Onda As 5 a Favor da Tendência As 3 contra a Tendência

Grande Superciclo Nenhum significado prático


Superciclo (I) (II) (III) (IV) (V) (A) (B) (C)
Ciclo I II III IV V A B C
Primário 1 2 3 4 5 a b c
Intermediário (1) (2) (3) (4) (5) (a) (b) (c)
Menor 1 2 3 4 5 a b c
Minuto i ii iii iv v - - -
Minuete
Invente um símbolo
Sub-Minuete

Se desejássemos, a partir deste momento, pegar um gráfico real e sair contando as ondas não
conseguiríamos. Isto porque os padrões apresentados no diagrama reproduzem o movimento de um
ciclo de mercado perfeito, que não será o que encontraremos np nosso dia-a-dia. Na verdade o
mercado está sempre dissimulando, sempre tentando nos enganar, e os movimentos algumas vezes
são confusos, principalmente durante as correções, impossibilitando que a contagem das ondas seja
uma tarefa de fácil execução. Muitas vezes será necessário recontar, refazer as contagens de modo
que fiquem em harmonia com uma série de regras que não podem ser violadas.

Padrões das Ondas de Impulso

Em geral as formações de cinco ondas são muito mais fáceis de serem percebidas do que as de três.
As formações de cinco ondas costuma manter suas características básicas inalteradas, a não ser,
quando ocorrem extensões. Como o nome indica são movimentos exagerados que aparecem
normalmente em uma das cinco ondas de impulso (1, 3 ou 5). Algumas vezes as subdivisões de uma
onda estendida apresentam as mesmas amplitudes e duração das outras quatro ondas,
proporcionando uma contagem total de nove ondas de tamanhos similares, ao invés das cinco ondas
usuais da seqüência. Ocasionalmente numa contagem de nove ondas é difícil se dizer que onda se
estendeu, embora de qualquer modo isto seja irrelevante, desde que sob o sistema de Elliott uma
contagem de nove e uma contagem de cinco tem o mesmo significado técnico. O diagrama abaixo,
ilustrando extensões ajudará a esclarecer este ponto.

MERCADO DE ALTA MERCADO DE BAIXA


5
3 2

4
1 1
4
3
2 5
EXTENSÃO DA ONDA 1
5 2
3

1 4
1 4

3
2 5
EXTENSÃO DA ONDA 3
5 2
3
3 1
1
4
4
2 5
EXTENSÃO DA ONDA 5
9 2
7 4
5 6
3 1 8
1 8 3
6 5
4 7
2 9
EXTENSÃO NÃO IDENTIFICADA

A ocorrência dessas extensões, aparentemente um complicador, acabam se tornando um excelente


parâmetro para definir o comprimento das ondas seguintes, desde que a maioria das ondas tem
extensão em uma e apenas uma das suas três ondas de impulso. Assim, se a primeira e a terceira
onda tem aproximadamente o mesmo tamanho, a quinta provavelmente se estenderá, principalmente
se o volume sobre essa quinta onda for maior do que o volume sobre a terceira. Inversamente, se a
onda três se estendeu, a quinta deverá ser construída de forma simples e semelhante à onda um.

Extensões também podem ocorrer dentro das extensões. A figura da próxima página ilustra uma
seqüência de ondas de magnitude descendente mostrando a extensão de uma quinta onda da
extensão de uma quinta onda. Enquanto extensões de quintas ondas não são incomuns, extensões
das extensões ocorrem com mais freqüência dentro de ondas três. No diagrama a seguir podemos
ver um exemplo dos dois tipos.

5
5
5 5

3
3
5
EXTENSÃO DA QUINTA ONDA
DA
EXTENSÃO DA QUINTA ONDA
1
3
5 4
3
2

EXTENSÃO DA TERCEIRA ONDA 4


3
DA
EXTENSÃO DA TERCEIRA ONDA
1 4
1 4

3
2
1 2

1 4 1
2

2 2

Quando ocorre uma extensão numa quinta onda para cima, a correção a seguir se processará em
três ondas e retornará até o nível do início da extensão, e será seguido por um segundo retorno que
levará para dentro do terreno de novas altas para o ciclo. Isto é, extensões de quintas ondas sempre
serão retraçadas duas vezes, conforme diagrama da próxima página.
DUPLO RETRAÇADO NUM MERCADO DE ALTA
(1) ou (3) Para (3) ou (5)
5

1
(2) ou (4)
4 Ponto onde
começou a Primeira Segunda
2 extensão Retraçada Retraçada

A segunda retraçada sempre marca o iníc io da próxima onda de impulso de grau superior, ou, se a
onda anterior de grau, superior tiver sido ela própria uma quinta, deve-se esperar uma reversão
principal, onde a primeira e a segunda retraçada se transformarão nas ondas “A” e “B” de uma
correção irregular, formando um topo irregular, assim chamado pelo fato do movimento de correção
ter excedido o topo da quinta onda (topo ortodoxo).

DUPLO RETRAÇADO NUM MERCADO DE ALTA

(5) b
5

1
a c
Ponto onde
4 começou a Primeira Segunda
2 extensão Retraçada Retraçada

Quando Elliott afirma que a extensão é retraçada duas vezes, quer dizer que a correção passará pelo
mesmo terreno duas vezes, uma para baixo e outra para cima. Quando a extensão ocorre na primeira
ou terceira onda, não é necessário qualquer consideração. Se a extensão ocorre na primeira onda, o
duplo retraçado será feito automaticamente pelas ondas dois e três. Se a extensão ocorre na terceira
onda, o duplo retraçado é feito pelas ondas quatro e cinco. Ainda de acordo com Elliott, extensões só
podem ocorrer em novo território do ciclo atual.

(Continua na próxima aula)

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