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HISTÓRIA DO DIREITO

BRASIL: DE 1946 À DITADURA MILITAR


INTRODUÇÃO:
O presente artigo visa analisar o período histórico brasileiro entre o
fim do Estado Novo (1935 à 1945) à Ditadura Militar (1964 à 1985).
Antes de falarmos sobre o Brasil de 1946 à Ditadura Militar de 1964,
nós precisamos traçar uma linha do tempo para nos situar historicamente no
tempo que os fatos aconteceram.
O cenário político histórico que o Brasil estava vivendo naquele
período era: o fim da era Vargas (1930-1945) e o início do Governo
Populista (1946-1964) e finalizando com a Ditatura Militar (1964-1985).
Obs.: Flavia Lages – História do Direito Geral e do Brasil.
 Qual perspectiva ela escreveu o momento da histórico?
 Qual era o interesse dela ao escrever nesse período?
 Como ela enxergava o momento Histórico?
Um fator determinante para compreendermos melhor o período
histórico que o Brasil estava vivendo é fazermos uma breve revisão dos
assuntos anteriores, para podemos verificar as suas origens, seus líderes, e as
principais ideias, e característica.
O Estado Novo
Em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, Vargas
instituiu o Estado Novo em um pronunciamento em rede de rádio, no qual
lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o regime tinha como objetivo
"reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país".
 Quando foi implantado a política do Estado Novo?
- Estado Novo, ou Terceira República Brasileira, foi o regime
político brasileiro instaurado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de
1937, que vigorou até 31 de janeiro de 1946.
 O que foi o período do Estado Novo?
- O Estado Novo é o nome que se deu ao período em que Getúlio
Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado, no
campo político, por um governo ditatorial. Em janeiro de 1938 deveriam
ocorrer as eleições presidenciais.

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 Quais as principais características do Estado Novo?
- Era caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo,
anticomunismo e por seu autoritarismo. É parte do período da história do
Brasil conhecido como Era Vargas.
 Por que o Estado Novo chegou ao fim?
- Getúlio Vargas foi deposto em 29 de outubro de 1945, por um
movimento militar liderado por generais que compunham seu próprio
ministério e que pôs fim ao Estado Novo. Getúlio foi substituído pelo
presidente do Supremo Tribunal Federal, porque na Constituição de 1937
não existia a figura do vice-presidente.
- Após a saída de Vargas em 1945 com o fim do Estado Novo, foram
realizadas novas eleições, onde pela primeira vez a as mulheres e outros
brasileiros puderam votar pela primeira vez. Saindo vencedor os candidatos
apoiados por Vargas, Eurico Gaspar Dutra.
Nesse processo de redemocratização (Já que o Estado Novo era
semelhante a uma ditadura) uma nova constituição foi discutida e aprovada.
Essa nova constituição previa:
- Uma república federativa presidencialista;
- Liberdade de pensamento e expressão;
- Direito ao voto de todos os brasileiros maiores e 18 anos;
- Garantia o direito a greve.
A Constituição de 1946?
 O que foi a constituição de 1946?
 O que defendia a constituição de 1946?
 Quais foram os avanços da constituição de 1946?
 O que garantia a constituição de 1946?
A Ditadura Militar
 O que foi o regime militar no Brasil?
 Como foi o regime militar de 1964 a 1985?
 Como era na época da ditadura?
 Quem foram os presidentes da ditadura militar?
Adentrando no assunto:
1. O Fim do Estado Novo e a Constituição de 1946
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A partir de 1942, quando a posição do Brasil na II Guerra Mundial
se definiu em favor das potências liberais, o que acabou por fazer com que o
país se engajasse no conflito contra os regimes totalitários, as contradições
nascidas com essa tomada de posição repercutiram no cenário político
interno. Como explicar um Estado com tantas características fascistas que
envia seus cidadãos para lutar e morrer contra o fascismo, em defesa dos
ideais antiautoritários?
Mas somente essa contradição não poderia explicar a queda do
Estado Novo. Em 1943, esgotara-se o prazo que o Estado impusera para a
Legitimação da Constituição de 1937, por meio de um plebiscito, e muitos
exigiam uma maior participação política e a volta do país a uma situação
mais “legalizada”.
O próprio Vargas havia se comprometido a redemocratizar o país
quando acabasse a guerra, mas, como muitas de suas promessas haviam sido
remetidas ao esquecimento, em 1945, quando a Guerra terminou, as
agitações pela redemocratização iniciaram-se.
Com as pressões, Getúlio Vargas começou a abrir um pouco a
política brasileira, permitiu partidos políticos, fundando um (o PTB – Partido
Trabalhista Brasileiro) que mobilizava a burocracia sindical fiel a ele e
ajudando a fundar outro (o PSD – Partido Social Democrata); e concedeu,
ainda, anistia política.
Entretanto, o Presidente manobrava para se manter no poder. Como
a Constituinte somente poderia reunir-se após a eleição presidencial marcada
para dezembro de 1945, trabalhistas e comunistas (com ideologia
antiimperialista) lançaram a campanha conhecida como “queremismo”:
“queremos Getúlio”. Com o tempo o grito dos que apoiavam Getúlio Vargas
mudou, passaram de “queremos Getúlio” para “Constituinte com Getúlio”,
desejando, portanto, a continuidade de Vargas no poder e começando a
Constituinte antes da eleição presidencial.
Mesmo diante de toda força popular, os opositores de Vargas
acabaram por engendrar um golpe de Estado. Em 29 de outubro de 1945,
Getúlio foi obrigado a abandonar o poder, transmitindo-o ao judiciário.
Estava encerrado o Estado Novo, ao menos em tese. De 1946 em diante, a
marca de Vargas permaneceria indelével na política e na sociedade
brasileira. O movimento operário, que retomou seu vigor no princípio de
1946, manteve-se apartidário, e os políticos, mesmo após o suicídio de
Getúlio em 54, alinhavam-se entre os que eram varguistas e o que eram
antivarguistas.
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1.1. A Constituição de 1946
Um pouco mais de um mês depois da deposição de Vargas pelos
militares, em 2 de dezembro de 1945, foi realizada a eleição para
presidente, abrindo caminho para a feitura da nova Constituição em 1946.
A Ordem dos Advogados do Brasil chegou a indicar uma lista de
estudiosos em legislação para a elaboração de um anteprojeto, a tentativa
tinha por objetivo substituir a estrutura autocrática imposta em 1937.
Mas, ao contrário das anteriores, a Constituição de 1946 não foi precedida
de uma comissão especial nomeada pelo Executivo.
Em setembro de 1946, foi aprovada a versão final da nova
Constituição do Brasil, cuja base foi a Constituição de 1934, contendo
todos os receios que acompanham um país que acabou de sair de uma
ditadura e um alinhamento cada vez mais evidente com os Estados Unidos
que, após a II Guerra, tornaram-se o líder do bloco capitalista da Guerra Fria.

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