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Dados Internacionaisde Catalogação eaFiibleação (CIF) (Câmara

Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Tugendhat, Emst
!iç"es sobre #ti$a % Emst Tugendhat& tradução gru'o de douto
randos do $urso de 'sgraduação em Filoso*ia da +niersidade do
-io .rande do Sui/ reisão e organi0ação da tradução Emildo Stein
e -onai -o$ha  Petr'oiis -1& 2o0es, 3445

T6tulo srcinal& 2orlesungen 7ber Ethi8


ISB9 :;<=53>?<<

3 @ti$a I T6tulo

45 A<5>CDD3 >


Indi$es 'ara $atlogo sistemti$o&
3 @ti$a& Filoso*6a 3>A
Ernst Tugendhat

LIÇOES SOBRE ETICA


Tradução de: Róbson Ramos dos Reis, Ao!sio
Ruede",
#ernando $io de Ameida #e%&, Ernido Stein,
'oãosinho Be%&en&am(, )arianne *ob, )ario
#eig +ru(o de doutorandos de -ioso-ia da
.ni/ersidade do RS0

Re/isão e organi1ação da tradução:


Erniido Stein e Ronai Ro%ha


\

2GHES

Petr'o6is
344>
 Suhr8am' 2erlag Fran8*urt am main, 344< T6tulo do srcinal
alemão& Vorlesungen über Ethik Direitos de 'ubli$ação em l6ngua
'ortuguesa no Brasil& Editora 2o0es !ida
J -ua Frei !a6s, 3AA
=;5:44AA Pe*r'olis,
-I Brasil

FICKL T@C9ICL DL 2GHES

CGG-DE9LMNG EDITG-IL! Avelino Grassi

E2ITOR:
!6dio Pere6t6

CGG-DE9L MOG I9D+ST-IL!&


1os# Luiz Castre
EDITG- DE<>E Gmsr Smss

EDITG-L MN G&
Editoração e organi0ação literria& Enio .ia$hini -eisão gr*i$a& Revitec S%C Diagramação& Sheila -oQue
Su'eni são gr*i$a& 2ai deres -odrigues

ISB9 <;3:=:>AA3 (edição alemã)


ISB9 :;<=53>?<< (edição brasileira)

Este liro *oi $om'osto e im'resso nas o*i$inas gr*i$as da Editora 2o0es
!tda  -ua Frei !u6s 3AA Petr'olis -1  Brasil  CEP =;5S44AA  Tei&
(A=?=) <>;33=FaR& (A=?=) <3?5>5  CaiRa Postal 4AA=< em março de 344>
S.)3RIO

Advertência 'reliminar, 4
Primeira lição& L 'osição do 'roblema, 33
Segunda lição& Primeiro es$lare$imento $on$eituai& u60o morai,
obrigação moral <<
Ter$eira lição& BomU e VmauU ;3
Wuarta lição& Fundamentação na Xoral& $on$eitos tradi$iona listas e
naturais de Xoral, 54
Wuinta lição& +m $on$eito 'laus6el de moral :;
SeRta lição& L Fundamentação da meta*6si$a dos $ostumes de Yant&
L 'rimeira seção, 3A5
S#tima lição& L segunda seção da Fundamentação da metafísica
dos costumes de Yant, 3?A
Gitaa lição& L #ti$a do dis$urso, 3>= 
9ona lição& L #ti$a da $om'aiRão/ animais, $rianças, ida 'r#
nata! 34A
D#$ima lição& G antiiluminismo #ti$o& Kegel e a es$ola de -itter/
After Virtue  de Llasdair Xa$6ntZre, =3=
Décima 'rimeira lição& 2irtudes, =?=
D#$ima segunda lição& L Ética a Nicmaco de Lristteles& Ls
di*i$uldades do 'onto de 'artida, =;>
D#$ima ter$eira lição& L doutrina da irtude em
Lristtele s, =54
D#$ima Quarta lição& Feli$idade, amor e moral segundo Eri$h
Fromm/ o re$onhe$imento segundo Kegel/ o Que motia 'ara a
atitude moral[, =:<
D#$ima Quinta lição& L am'liação do $on$eito 8antiano em
$oneRão $om Ldam Smith& atitudes intersubetias uniersalmente
a'roadas, <A?
D#$ima seRta lição& Continuação dos 'roblemas da Quinta lição&
motiação e 'lausibili0ação/ o utilitarismo/ Quest"es de a'li$ação,
<<?
D#$ima s#tima lição& Direitos humanos, <5= D#$ima
oitaa lição& 1ustiça, <4< Bibliogra*ia, ?=3 6ndi$e
anal6ti$ o, ?=5 6ndi$e Gnomsti$o, ?=:
A Consuelo Montaiva
A24ERT56CIA $RELI)I6AR7

lã *a0em alguns anos Que me o$u'o em tentar $om'reender a


'roblemti$a #ti$a, e eome sem're de noo *adado ao *ra$asso
Em $ada noa tentatia, reini$iaa l onde a tentatia anterior
haia esbarrado em um be$o sem sa6da Eu a'resentei um relato do
'ro$esso eolutio desses ensa ios no meu liro !roblemen der
Etkik " 34:<), ' ;:, eno !hiioso#hischen Auf$ sãtzen (344=), ' 3;
< S Penso ter al$ançado, um terreno mais *irme, desde o meu
'eQueno trabalho do ano de 344A, Que a'are$eu no olume %oral
und !erson (Fran8*urt, 344<), 'ubli$ ado 'or \ Edeistein e .
9unn er\in8ler 9os dois anos seguintes tie o'ortunidade de
a'resentar essa $on$e'ção em $on*er]n$ias Que 'ro*eri em diersos
'a6ses, e deste modo $or rigila $on*irmla e $om'lementla G
^ltimo $urso Que eu dei na +niersidade !ire de Berlin, no
semestre de inerno de 3443%344=, antes de minha ubi lação,
*orma a base do 'resente teRto G modo $omo eu a'resento agora
 es'e$ialmente na Quinta lição  o 'roblema da *undamentação da
moral , o Qual desde o $omeç o o*ere $eume muitas di*i$ul dades,
'are$eme no essen$ia l ser $orreto, embora eu a$he Que muita $oi 
sa, mesmo no mar$o dessas Vliç"esU, 're$isa ser melhorada

* Tradução de Enio Pauio .ia$hini


De 'rin$6'io eu eRi6ei em 'ubli$ar noamente um liro
$om'osto 'or liç"es *i$t6 $ias Por#m, de'ois 'er$eb i Que esse # o

modo de $omuni$ação mais adeQuado 'ara m6m


Santiago do Chile, aneiro de 344<

3A
P-IXEI-L !IMNG
A posição do problema _

Por Que #ti$a[ E o Qoe # a #ti$a[ 9ão 'oderemos nos $ontentar


$om uma re'resentação QualQuer ou indeterminada 3 Da mesma
*orma, 'ressu'ondo uma 'r#$om'reensão $om'letamente
indeterminada, desde o in6$io 'odemos nos 'erguntar&` 'or Que
a*inal deemos nos o$u'ar $om a #ti$a[ 9a *iloso*ia, mas tamb#m
nos curricula das es$olas, a #ti$a 'are$e ser um *enmeno da moda
Entre os oens intele$tuais, antigamente haia interesse mais
'elas assim $hamadas teorias $r6ti$as da so$iedade Lo $ontrrio
disto , na #ti$a su'"e se uma re*leRão sobre alores redu0ida ao
indiidual e ao interhumano, E temese Que aQui $ontudo não
seria 'oss6el en$ontrar nada de obrigatrio, a não ser
remontandose a tradiç"es $ristãs ou de outras religi"es E o #ti$o,
ou então, ao $ontrrio, as relaç"es de 'oder, Que são
determinantes na ida so$ial[ E estas não determinam, 'or sua
e0, as re'resen taç"e s #ti$as de um tem'o[ E se isto # assim , ao
se 'retender lidar diretamente $om a #ti$a e não a 'artir de uma
'ers'e$tia de $r6ti$a da ideologia, não re'resentaria isto um
retomo a uma ingenuidade hoe insustentel[

_ Tradução de -bson -amo s dos -eis 

3 2er a Segunda e Terceira liç"es

33
Por outro lado, não 'odemos des$onsiderar Que, tanto no
mbito das relaç"es humanas Quanto no 'ol6ti$o, $onstanteme nte
ulgamos de *orma moral 9o Que di0 res'eito s relaç"es humanas,

basta*am6lia
na obserar
ou Que
no um grandeabrangem
trabalho es'aço nasaQueles
dis$uss"es entre amigos,
sentimentos Que
'ressu'"em u60os morais& ran$or e indignação, sentimentos de
$ul'a e de ergonha Tamb#m no dom6nio 'ol6t6$o ulgase
moralmente de *orma $ont6nua, e aleria a 'ena $onsid erar Que
a'ar]n$ia teria uma dis'uta 'ol6ti$a não $ondu0ida 'elo menos 'or
$ategorias morais G lugar de destaQue Que os $on$eitos de
demo$ra$ia e de direitos humanos assumiram nas dis$ uss"es
'ol6ti$as atuais tamb#m #, mesmo Que não eR$lusiamente, de
$arter moral L dis$u ssão sobre a ustiça so$ial sea em âmbito
na$ional ou mundial, # tamb#m uma dis$ussão moral Wuem reeita
a reiindi$ação de um $erto $on$eito de ustiça, Quase nem o 'ode
*a0er sem $eit tra'orlhe um outro $on$eito de ustiça Em
erdade `as relaç"e s de 'oder de *ato são determin antes , mas #
digno de nota Que elas ne$essitem do reestimento moral
Por *im, eRiste uma s#rie de dis$uss"es 'ol6ti$as relatias aos
direitos de gru'os 'arti$ulares ou marginali0ados, as Quais deem
ser istas $omo Quest"es #uramente morais& a Questão a$er$a de
uma lei de imigração limitada ou ilimitada, a Questão do asilo, os
direitos dos estrangeiros, a Questão sobre se e em Que medida nos
dee ser 'ermitida ou 'roibida a eutansia e o aborto/ os direitos
dos de*i$ientes/ a Questão de se tamb#m temos obrigaç"es morais
'erante os animais, e Quais L$res$entamse aQui as Quest"es da
e$ologia e da nossa res'onsabilidade moral 'ara $om as geraç"es
Que nos su$ederão +ma noa dimensão moralmente
des$on$ert ante # a da te$nologia gen#ti$a

G $om'leRo de Quest"es a$ima men$ionado di0 res'eito a


estados de $oisas Que em 'arte são noos ('or eRem'lo, a te$
nologia gen#ti$a), e em 'arte al$ançaram, atra#s do aanço

i
te$nol gi$o , um lugar de destaQue at# agora não eRiste nte ('or
eRem'lo, a res'onsabilidade 'ara $om as geraç"es *uturas, e
algumas Quest"es da eutansia) Gutras Quest"es  estaam desde
antigamente 'resentes, mas encontramse !ortemente $olo$adas na
$ons$i]n$ia geral  e 'odemos nos 'erguntar 'or Que 'or eRem'lo,
'roblemas das minorias, aborto, animais 9ão se en$ontra aQui
'elo menos umna das ra0"es 'elas Quais a #ti$a noamente é
tomada de *orma im'ortante[ L maioria das #ti$as antigas  'or
eRem'lo, as 8antianas  tinham em ista a'enas aQuelas normas
Que desem'enhaam "m 'a'el na ida intersubetia de adultos
$ontem'orâneos e situados em uma 'roR imidade es'açotem'oral/
e de re'ente sentimonos desorie ntados em $on*ronto $om 'or
eRem'lo, os 'roblemas do aborto, da 'obre0a no mundo, das
'rRimas geraç"es ou da te$nologia gen#ti$a
Gu então, na dis$ussão destas Quest"es, nos remontamos eR'l6$ita
ou implicitamente a tradiç"es religiosas Isso, 'or#m, # ainda
'oss6el 'ara ns[ L di*i$uldade não # a de Que estas Quest"es,
Que 'odem ser resolidas $om normas *undadas na religião,
enelhe$eram, mas sim a de Que se dee 'r em duida a
'ossibilida de de ainda hoe *undamentar, sobr etudo re
ligiosamente as normas morais +ma tal *undamentação
'ressu'"e Que se # $ren te Seria intele$tualmente desonesto
manterse ligado a res'ostas religiosas 'ara as Quest"es morais,
a'enas 'orQue elas 'ermitem soluç"es sim'les, o Que não
$orres'onderia nem  seriedade das Quest"es, nem  seriedade
eRigi da 'ela $rença religios a Entre tanto , tamb# m o $rent e não
'ode mais *undar suas normas morais em sua $ren ça religios a,
'elo menos se ele lea a s#rio o não $ren te e aQuele Que 'ossui
uma $ren$a di*erente da sua Pois a obserân$ia de normas morais
# algo Que 'odemos eRigir de todos (de QualQuer *orma, assim
'are$e ser), e, 'ara 'odermos *a0]lo, deemos tamb#m es'erar
Que isso 'ossa ser tomado $om'reens6el 'ara todos

<
Desta *orma $hegamos  Questão *undamental destas liç"es, se
eRiste uma $om'reensibilidade de normas morais Que sea
inde'ende nte de tradiç"es religiosas Podese di0er Que esta # a
Questão da $om'reensibilidade de uma moral moderna Gu então
deem eRistir outras morais modernas[ Certamente Que isto
$ontradiria, então, a alidade uniersal, a'arentemente inerente 
'retensão das normas morais
Podemos, naturalmente, ser 'artidrios da $on$e'ção de
9iet0s$he, segundo a Qual hoe a moral, em sentido $omum,
a$abou, de'ois Que a *undamentação religiosa *oi reeitada,
tamb#m de'ois Que outras tentatias de *undamentação não
religiosa $omo a 8antiana *ra$assaram
LQui nos de'ara mos $om uma outra ra0ão do interesse atual
'ela #ti$a, uma ra0ão Que $ertamente não # de agora, e remonta
aos s#$ulos c2III e at# c2II& a desorientação #ti$a Que resulta do
de$l6nio da *undamentação religiosa Como 'odemos $omo
deemos nos 'osi$ionar em relação  #ti$a, de'ois Que a
*undam entaç ão relig iosa deiRou de eRist ir[ Esta ser a 'ergun ta
*undamental destas liç"es Se o ulgamento moral # um
ingrediente ineitel da nossa ida, então deeria resultar um
dilem a, no $aso de Que o ulga mento moral im'li$a sse, 'or um
lado, alidade uniersal e, 'or outro, deesse eiden$iarse $omo
histri$o e so$ialmente relatio @ 'oss6el ulgar moralmente
sem a$reditar Que o seu ulgamento est *undado[ Entretanto, uma
tal *undamentação absoluta, 'ara a Qual isto 'are$e $ondu0ir, nos
'are$er hoe ineros s6mil
@ 'oss6el tornar $om'reens6el esta in$redibilidade atra#s
de uma re*leRão sim'l es, Que $ertament e eRige um minimum de
a'arato $on$eitual *ilos*i$o 9ossos u60os normais 'ortanto,
u60os de Que isto e isto # o $aso, seam singulares ou uniersais 
são em'6ri$os, no $aso de não se re*erirem a algo matemti$o ou
lgi$o, isto #, *undam a sua 'retensão de erdade na eR'eri]n$ia
Entretanto, um u60o moral, isto #, um u60o de Que um $erto ti'o
de agir # bom ou mau, e, neste sen tido de Que algo dee ser
'ermitido ou 'roibido não se deiRa *und amentar em'iri$amente

3?
L eR'eri]n$ia amais nos mostrar Que torturar um homem # algo
mau, nem seQuer 'oder 6amos di0er o Que signi*i $aria 'retender

*undamentar
Que 'odemos em'iri$amente algo assim
*undame ntar em'iri $omo
$amente istou60o
# um L ^ni$a
Que $oisa
di0 Que
homens deste ou daQuele $6r$ulo $ultural, desta ou daQuela $lasse
so$ial consideram (ou $onsideraram) um tal ti'o de ação $omo m
ou $ensurel 9o entanto, disto não se segue Que tal ação se&a m
ou $ensurel
Xas $omo então deemos nos $om'ortar udi$at6aemente, se
ns mesmos 'erten$emos 8 este $onteRto $ultural[ Su'onhamos
Que o$] e eu $onsideramos a tortura $ensurel 9este $aso,
'odemos $onstatar (outros ou ns mesmos) Que o'inamos assim/
isto # em'iri$amente $onstatel En$reiante, no Que nos di0
res'eito, não 'odemos nos dar 'or sarrsrei6os $om isto,  Que não
'odemos nos $ontentar em *a0er ern$ia dos em'6ri$o s a 'artir de
algum ti'o de re*leRão 'si$ol$i$a ou so$iolgi$a sobre nosso
ulgamento moral,  Que no $aso de não $ons iderarmos estes
u60os mora is $omo $orr eios, nos nem seQuer os ter6amos mais
Portanto, se $hegamos a nos emender sobre 9 humano na ter$eira
'essoa, não 'ode mos nos sa&&s6a0er em $onstatar o Que eles
o'inam (Vc $onsidera ta/ e ta $omo mauU), mas em ns
mesmos, na 'rimeira 'essoa, não '$aem$s eitar de enun$iar
u60os morais E isto tamb#m aie 'ara a segunda 'essoa, Quando
nos entendemos , ou dis$utimos$ om outros sobre a $orre ção de
u60os morais
Em 'rimeiro lugar , 'orta nto, a'arentem ente não 'odem os
eitar de enun$iar u60os morais e, em segundo lugar, at# 0uan to
se 'ode obserar, estes u60os não se a'oiam na eRoer ]n$ia/ não
são u60os em'6ri$os Filso*os $omo Yant, Que iram isto
$laramente, $on$lu6ram Que estes u60os deem aler na $on
$e'ção daQue le Que ulga de *orma não em'6r i$a, isto # inde
'endentemente de toda a eR'eri]n $ia, e $hamamos a isro de a
#riori'
lao r'ido 'are$e Que $a6mos numa a'oria *ilos* i$a& u60os
morais 'are$ em ser erdadeiros a #riori , no $aso de serem
erdadeiros (e naturalmente Que eles sem're o são a 'artir da
'ers'e$tia daQuele Que ulga), 'orQue eles não são em'6ri$amente
erdadeiros, Gra a'enas 'ara *ilso*os Que a$reditaam Que a
nossa $ons$i]n$ia 'ossu6a uma dimensão 'r# ou su'raem'6ri$a,
$omo Platão ou Yant, 'oderia a'are$ er $omo $om'reens 6el Que
'ud#ssemos $om'reender a #riori algo não em'6 ri$o 9ão #
sugestio Que Quando temos Que re$usar uma *undamentação
religiosa, tenhamos Que reeitar tamb#m uma *undame ntação a
#riori (Vmeta*6si$aU)[ Pare$e ser sugerido Que uma tal
*unda menta ção a #riori # uma *unda menta ção 'seud oreli giosa,
uma tentatia de se$ulari0ar a *undamentaçã o religiosa Xas se
re$usamos uma tal *undamentação,  Que a a$eitação da su'osição
de uma dimensão trans$endental da nossa $ons$i]n$ia não # mais
es$lare$edora, e se ns não 'odemos mais 'ressu'la $omo algo
eidente entre todos os outros, 'or mais Que ns mesmos 
tenhamos a$reditado nisso, e se ao mesmo tem'o # $orreto Que um
u60o moral não 'ode ser *und amentado em'iri$amente, então
'are$e Que $a6mos num 'ro*undo dilema L 'artir de seu 'r'rio
sentido os u60os morais deem ser sem sentido Xas o Que *a0er
se o ulgamento moral nos # ineitel[
Xais tarde eremos Que era a'ressada a $on$lusão 8antiana
de Que u60os morais, Que, $omo bem *oi isto 'or ele, não são
em'6r i$os, 'ossam ser *unda menta dos a'enas de *orma a #riori(
'or mais sugestio Que isto 'areça Para *inali0ar estas re*leR"es
a'or# ti$as 'r#i as eu gostaria de ainda retomar  Questã o de se
não seria es$lare$edor , e tamb#m em ra0ão das di*i$uldades a$ima
men$i onadas , ter em ista uma teoria $r6ti$a da so$iedade, no
lugar de uma #ti$a
G Que deemos nos re'resentar 'or $r6ti$a numa teoria $r6ti$a
da so$iedade[ Tale0 sea 'oss6el indi$ar aQui dois as'e$tos&

;
'rimeiro, uma teoria $r6ti$a da so$iedade, tal $omo, 'or eRem'lo,
Ldorno e Kor8heimer tinham em ista, distinguese
de uma teoria socialemp#rica habitual 'elo *ato de Que ela coloca a
so$iedade em Questão normatiamente Xas isto s # 'oss6el, em
segundo lugar, 'elo *ato de Que ela Questiona ideologi$amente os
u60osmorais dos membros desta so$iedade, isto #, na direção de
suas $ondiç"es s$ioe$onmi$as
LQui se dee constatar, entretanto, uma $on*usão $on$eitual,
9o Que tange ao 'rimeiro 'onto, o Questionamento normatio de
"m sistema s$ioe$onmi$o  'or eRem'lo, o $a'italismo 
'ressu'"e Que este sistema sea medido a 'artir de $ertos u60os
morais Que deem eles mesmos ser tidos 'or ns $omo $orretos
9ão se 'ode $olo$ar o sistema em Ques tão do 'onto de ista
normatio, na medida em Que sim'lesmente Questionamos os
u60os morais 'resentes no interior deste sistema $om base nas suas
$ondiç"es s$ioe$onmi$as
Isto lea ao segundo ponto$ 1amai s 'odem os Quest ionar
norma tiam ente um u60o moral atra#s da mera $onst atação de
suas $ondiç"es s$ioe $onmi$as +m u60o moral 'ode ser
$olo$ado em Questão a'enas normatiamente (isto #, moralmente)
Em si e #or si a mera $onstatação de uma $oneRão entre
determinados u60os morais ('or eRem'lo Que a ustiça $onsiste na
distr ibuiç ão segun do a 'roduç ão de $ada um) $om deter minada s
$ondiç"es s$ioe $onmi$as não 'ode $ondu0ir  reeição ou
limitação destes u60os Isto # 'oss6el somente Quando *or
mostrado Que, no $aso de não se en$ontrar mais sob estas
$ondiç"es s$ioe$onmi$as, tais u60os morais não estariam mais
'resentes/ e isto 'ressu'"e Que se 'oss a mostrar Que, $aso estas
$ondiç"es deiRem de subsistir, uma outra 'ers'e$ tia moral,
eent ualme nte mais abrang ente ('or eRem'lo, Que não sea mais
abrangente e não basea da no $on$eito de ustiça re*erido ao
rendimento) dee ser normatia Isto signi*i$a Que a eRibição de
uma $oneRão em'6ri$a entre um determinado

3>
u60o moral e $ertas $ondiç"es e$onmi$as, em erdade, remete a
uma $r6ti$a normatia, mas Que em si e 'or s6 ela amais 'ode
$ont]la +m u60o moral 'ode ser $riti$ado normatiament e a'enas
'or outro u60o moral De todos os modos a Isto $hegamos a'en as
se 'odemos am'liar ou ariar o mar$o das condiç%es s$io
e$onmi$as =
Se Isto ] $orreto, então # errnea a $on$e'ção usual entre os
teri$os $r6ti$os da so$iedade, de Que eles 'ossam $riti$ar
normatiamente a 'r'ria so$iedade atra#s de uma anlise da
so$iedade L mistura de anlise em'6ri$a e $r6ti$a normatia
remonta em grande 'aite a XarR, a'esar de Que ele 'r'rio tenha
se lirado, desta mistura, ao deiRar o mais 'oss6el de lado, em sua
obra tardia, a sua 'r'ria $on$e'ção normatia, e não o*ere$endo
mais em sua anlise do sistema e$onmi$o atual uma a'ar]n$ ia
normatia Ele $onsideraa todas as o'ini"es a$er$a da Questão se
algo era $orreto ou in$orreto $omo Vsu'erestruturaU Para ele, tais
o'ini"es deeriam a'are$er a'enas ainda no obeto de sua
inestigação, elas não deeriam desem'enhar mais nenhum 'a'el
em seu 'r'rio ulgamento Disto resultou, entretanto, na tradição
marRista, uma du'la $ons$i]n$ia& de um lado, 'ensaase 'oder
'ro$eder de uma *orma 'uramente em'6ri$a, do outro, tinhase
determinadas re'resentaç"es de ustiça, sobre as Quais, entretanto,
não mais se re*letiu L eRtensa as$ese normatia no interior do
marRismo $ondu0iu a Que se 'ensasse 'oder reeitar $omo meras
ideologias burguesas im'ortantes temas normatios, $omo o da
demo$ra$ia e o dos direitos humanos
LQuelas *ormas de$r6ti$a da so$iedade Que não *i0eram isto e
admitiram u60os normatios obseraram tão 'ou$o

)' Sobre isso, er a segunda das VTr]s liç%es& no meu !roble mas da *ti ca'

3:
Quanto XarR a inde'end] n$ia do u60o normat io em *a$e dos
u60os em'6ri$os Eu $reio, 'ortanto, Que se dee $on$luir Que uma
teoria $r6ti$a da so$iedade, 'or mais im'ortante Que sea, não 'ode
entrar no lugar de uma #ti$a, senão Que dee 'ressu'or ema moral
-e*leR"es de $r6ti$a da ideol ogia 'odem Quest ionar 'rin$6'i os
morais na ter$eira 'ess oa, mas uma tal $r6ti$a 'ode obter um
sentido normatio a'enas Quando, 'or sua e0, 'rin$6'ios morais
*orem 'ressu'ostos na V'rimeira 'essoaU Xas de onde 'odemos
obt]los, se eles não 'odem ser em'6ri $os e não 'odemos nos
!ac"lt'los $om o re$urso da re*leRão a #riori( 'ara não *alar de
uma tradição religiosa[
G dilema diante do Qual nos en$ontra mos hoe em *a$e do
u60o moral 'are$e ser, 'ortanto, $om'leRo Xuitos t]m aQui
a'enas um $erto malestar Em relação ao n^$leo $entral do u60o
moral, nos en$ontramos no 'lano de um common sense+ uma aga
$on$ordân$ia $om os u60os morais da maioria dos outros nos
engana sobre a torturante insegurança de Que não $om'reendemos
o lugar de alor destes u60os Wuase todos ns ulgamos
moralmente de *orma absoluta, mas em relação  alidade destes
u60os tendemos a $onsiderlos $omo relatios Em geral não nos
tomamos $ons$ientes de Que então seQuer 'oder6amos mais emitir
tais u60os 9o seu lugar deeriam a'are$er eR'li$itamente u60os
relatios Eu não 'oder ia mais di0er Va tortu ra # mU, e nem
mesmo Veu $onsidero a tortura mU, 'ois $om tal 'ro'osição
estaria dito a'enas Que eu não estou seguro da erdade deste
u60o, e não Que um u60o de tal ti'o não 'ode mais ter QualQuer
'retensão de erdade Lntes disto, eu somente 'oderia di0er algo
assim $omo i? a tortura não me agradaU ou então Va tortura me
re'ugnaU (.eralmente ale 'ara todo ulgar em geral  sea no
âmbito teri$o ou 'rti$o  Que ele # 'ensado em sentido
VabsolutoU, signi*i$ando Que ele 'ossui um sentido 'essoalmente
não relatio/ sem're # 'oss6el, então, ainda mostrarse $oma
*also , mas isto tam b#m 'ress u'"e Quer ele 'ossua um sentido
'essoalmente não relatio <)

34
<

Portanto, deer6amos mudar a nossa linguagem Isto em


'rin$6'io, 'ode naturalmente ser *eito Xuitas e0es se *ala $omo
se a nossa linguagem oos $oagisse a $ertos comportamentos, mas
isto não # $orreto G nosso es'aço de liberdade é, de 'rin$i'io,
grande Lo $ontrrio, antes de nos 're'ararmos 'ara mudar a nossa
linguagem, deer6amos nos es$lare$er a$er$a de Quão
pro!"ndamente a nossa ida en$ontrase im'regnada 'or u60os
morais 1 a'ontei antes 'ara os assim $hamados a*etos morais&
ran$or e indignação, sentimento de $ul'a

< Ltra #s de (a)erm as s"rgi" a concepç ão de oe +"#os morais não poss"em -pretensão
de erdad e_ mas sim uma -preten são de correção. $ /areceme Que 'ar meie Jdeste
deslocame nto erbal o 'roblema # obs$ure$ido  VCorreia`f dee ser u .preiea  são de
alidade de normas, mas no Que $onsiste 'ois a V'retensão de alidade de normas, e o
Que signi*i$a então `$orreto [ 9o uso normai da lingu agem, em'regamos a 'ala ra
V$orretoU sea 'ara aç"es, a !im de di0er Que elas $orres'ondem a normas 'ressu'ostas,
sea de enun$iado s, no lugar de -verdadeiro&$ e este segundo $aso 'ode ser subssuinido
sob o 'rimeiro Da6 é 'oss 6e l $om 're end er *or ços ame nt e o dis $ur so a$e r$a da $or reç ão
de uma norma/ signi*i $aria meramente Que # erdadeiro Que se dee agir de tal maneira
Correção, assim entendida, redu0se 'ortanto  erdade Por outro lado, em'regamos de
uma du'la maneira a 'ala ra ValidadeU& para o aler de leis 'ositias e 'ara a erdade
de enun$iados +ma norma # lida, Quando VaieU no interior de um sistema de normas,
'or tan to Qua ndo -s"bsis te.0, isto #, Quando est san$ionada 9o entanto, Quando estas
normas a'are$em em enun$iados, nos Quais # dito Que agir de tal *orma # bom ou mau 1o"
Que deemos agir assim, em um sentido es'e$ial da 'alara Vdee a ser es$lare$ido na
'r Rima liçã o), ou se a, de uma *or ma não rel ati a a um det erm ina do sis tema de normas,
estes enun$iados leantam tamb#m a mesma 'retensão de obetiidade $omo QualQuer
out ro enu n$i ado , e ist o sig ni* i$a a 're ten são de est ar *un dam ent ado s/ ist o est 
sim'les mente no sentido de um enun$iado  2n"nciados3 morais leantam, 'ortanto, de
a$ordo $om sua *orma ling76sti$a, uma 'retensão de estar *undamentados, mas 'ode ser
Que esta 'retensão sea in$orreta Este # o dilema sim'les de Que se *ala no teRto a$ima, e
Que não 'ode ser a'agado $om pretensas distin ç"es erbais Gu estes u60os 'odem ser
*undam entado s, ou de a$ordo com seu 'r'rio sentido , não o 'odem 1e isto signi*i$aria
Que este ti'o de dis$urso dee ser abandonado), ou em ter$eiro lugar, $omo eremos, eles
'ode m ser *un dam ent ado s de uma *or ma 'ar $ia l, uma *or ma Que se tor nar  $om' ree ns6 el
somente no de$orrer das liç"es (Quarta e Quinta liç"es)

=A
e ergonha Para todos os a*etos ale aQuilo Que Lristteles
mostrou em uma $lare0a determinante 'ara toda a tradição
,-et.rica( liro II), a saber, Que naQuilo Que $hamamos de a*etos
sem're se trata de sentimentos negati os ou 'ositios ('ra0er e
des'ra0er), Que em $on*ormidade $om seu 'r'rio sentido
$onst roems e sobre em u60o , e em erdade um u60o de alor
Lssim o temor #, 'or eRem'lo, o sentimento de des'ra0er Que
algu#m 'ossui, Quando tem $ons$i]n$ia de em a$ont e$imento
*uturo ameaçador do seu bemestar/ inea # o sentimento de
des'ra0er Que tenho em *a$e da $ir$unstân$ia de Que outrem
'ossui ou *a0 algo de alor, o Qual 'or minha e0 eu gostaria de
ter ou *a0er LQui os alores são alores 'ara 'essoas 'arti$ulares
(Vbom 'ara U), re*eri dos ao seu bemes tar Lo $ontrrio, os
sentimentos morais são de*inidos $omo sentimentos de des'ra0er
$onstru6dos sobre o u60o a$er$a do desalor moral+ sentimos
indignação Quand o reagi mosa* etia  negatiamente diante da
ação de outros, aaliada $omo m segundo nosso u60o/ sentimos
raia Quando uma ação aaliada $omo m 'reudi$a a mim
mesmo/ e $ul'a, ou um determinado ti'o de ergonha, diante de
uma ação minha, e Que segundo meu u60o # m
Estes sentimentos deiRariam de eRistir, $aso não ulgssemos
mais moralmente 9ão ter6amos nenhum *unda mento 'ara nos
indignarmos $om a ação de um outro, ou inelo, at# nem
'oder6amos $om'reender estes sentimentos, $aso não aalissemos
seu agir $omo mau G *ilso*o ingl]s Peter Strason re*letiu sobre
a $oneRão interna destes sentimentos em um *amoso artigo,
Freedom and -esentmenf e *e0 nota r uma relação similar de
$ondi$ionamento, tal $omo a de Que se trata aQui&estes
sentimentos 'ressu'"em Que tomemos a ns

? Pro$eedi ngs o* the British L$ademZ , ?: (345=) ' 3:>=33  alemao in4 + /ot)ast$
Seminar Freies Kandeln und Determinismus Fran8*urt 34>: ' =A3=<<

=3
mesmos e a nosso s semelhant es $omoires (im'ut eis) 9s
a'resentamos estes sentimentos, mostra Strason, Quando emos
algu#m $omo não im'utel/ então não emos o outro $omo um
ser autnomo, mas $omo 'si$'ata  de *orma 'assageira ou
duradoura No entanto, # di*6$il 'ensar Que 'ud#ssemos nos
$om'ortar assim diante de todos os semelhantes Com isto
5tra6son Quer mostrar o Quão 'ro*undamente a a$eitação da
+berdade 'enetra em nossas relaç"es intersubetias
Tais re*leR"es re*eremse tamb#m ao ulgamento moral Wue
ulguemos moralmente o 'r'rio agir e o agir do outro, / uma
'ressu'osição 'ara estes sentimentos, da mesma *orma Que a
a$eitação da $a'a$idade de im'utação Strason 'ressu'"e Que
aaliamos, 'ositiamente a 'ossibilidade de ter tais sentimentos
Em seminrios  *i0 a eR'eri]n$ia de Que nem todos os leitores
de seu teRto $on$ordam $om ele, ao menos  'rimeira ista Todos
estes sentimentos são negatios Lssim, $aso não mais os
ti#ssem os, isto 'oderia ser isto como um al6io Wuem 'ensa
assim 'oderia desear 'ara si um tratamento 'si$otera']uti$o, no
Qual *osse liberado não a'enas dos sentimentos de $ul'a
irra$ionais, mas tamb#m da sua $a'a$idade de sentir $ul'a, e isto
signi*i$a tamb#m liberarse de sua $a'a$idade de indignarse
Podemos deiRar em aberto se isto # 'oss6el/ 'or Que em 'rin$6'io
isto não de eriaser[ Tratase aQui a'enas da Questão de se isto
seria deseel
LQui tamb#m deemos $onsiderar Que $om o desa'are$imen to
dos u60os morais tamb#m deiRaria de eRistir a 'ossibilidade de
re'reensão e de se *a0er $ensuras L 'rimeira ista tamb#m isto
'oderia a'are$er $omo 'ositio 9o entanto, tale0 Quem 'ense
assim não estea su*i$ientemente em $laro sobre o alor e a

am'litude destas atitudes Então a'enas tomar6amos $omo 'erigo


aQuilo Que agora ulgamos $omo nãom o ral, er6am os nossos
semelhantes a'enas $omo um ti'o de animal selagem (algumas
e0es tamb#m $omo mansos) Eles não seriam mais sueitos $om
os Quais 'oder6amos dis$utir

==
moralmente, mas obetos, diante dos Quais ter6amos Que een
tualmente nos 're$a er Caso eamos isto negatiamente, $omo
Strason, ou não, em todos os $asos as 'ossibilidades de nossas
relaç"es inters"b+etivas m"dariam *undamentalmente& 'oder6amos
nos rela$ionar uns $om os outros a'enas instramentalmente,
Esta mudança *undamental em nossas relaç"es intersube 
tivas # tale0 o 'onto mais 'ro*undo a "e $hegamos $om a
'ergunta sobre o Que mudaria, $aso não ulgssemos mais mo
ralmente 9o entanto, o$]s 'oderiam obetar, # esta uma 'er
gunta sobre a Qual ns mesmos 'odemos de$idir[ Como ainda
erem os& em 'rin$ 6'io, sim Lntes disto, não se trata da Questã o
de se 'odemos de$idir sobre isto, mas sim'lesmente das
$onse Q7]n$i as Que result ariam *orçosamente, se não 'ud#ssemos
mais ulgar moralmente 9ão 'oder6amos mais ulgar moralmente,
se não 'ud#ssemos`sustentara 'retensão obetia, isto #,
'essoalmente irreleante, inerente ao u60o moral e a todo u60o
Certamente dee ser nomeada aQui a outra $ondição& a saber, caso
ns não Queiramos nos enganar e 'ossa ser su*i$iente 'ara a
maioria $ontinuar ulgando moralmente, não obstante mantendo
se aga a usti*i$abi lidade destes u60os
2o$]s 'oderiam obetar& esta outra 'ressu'osição da dis
$ursiidade intele$tual, não # ela mesma uma eRig]n$ia moral e
nesta medida não estaria eu girando em $6r$ulos[ 9ão $reio Que a
id#ia de dis$ursiidade intele$tual  obter $lare0a sobre si mesmo
e sobre o 'r'rio $om'ortamento  sea uma eRig]n$ia moral Ela
in$ulase a'enas $om o deseo de não ser irra$ional 
in$onsistente
Posso es$lare$er agora a 'osição do 'roblema destas liç"es
Em 'rimeiro lugar não abordarei a 'ergunta 'elo #ti$o de $erta
*orma direta, tal $omo usualmente o$orre na literatura #ti$a, ao
di0er 're$isa mente Quais $onte ^dos ou 'rin$6 'ios morais $on
sidero $omo usti*i$ados, ou o Que # isto, a$er$a do Que 'enso

=<
;
Que # tomado $omo moral 'or todos , 'ois um la re$u rso a Vtodos
nsU dee mostrarse $omo Questionel na situação histri$a atual
o $ontrrio, 'arto da nossa situação histri$a determinada, Que #
$ara$teri0ada 'elo *ato de ter se tomado ahistri$a, no sentido de
Que usti *i$aç" es religiosas (trans $ende ntes ou tradi$ionalistas de
al goma maneira), não 'odem mais ser lidas 'ara n7s3/or uma
!"ndamentação tradi$ionalista de uma moral, entendo uma tal $uia
base de !"ndamentação # uma autoridade(tal $omo nos Vde0
manda mentos`) ou uma autoridade im'l6$ita em uma tradição
9ossa situação # dete rminada 'elo *ato de Que ou $a6mos em um
relatiismo das $oni$ç"es morais, e isto signi*i$a, $omo 'ro$urei
mostrar anteriormente, Que deer6amos abandonar a moral em
sentido habitual, $aso não Quis#ssemos nos iludir, ou então
deemos 'ro$urar 'or uma $om'reensão nãotrans$endent al da
!"nda mentação de u60os morais

Wue deemos usti*i$ar u60os morais je uma *orma distinta


da tradi$ionalista, se Quisermos mant]los, est 'ressu'osto tanto
no es$lare$imento grego do s#$ I2 aC, Quanto no es$lare$imento
moderno desde os s#$ulos c2II e c2III
9o entanto, 'or seu lado, $om isto Quase não se 'roblema
ti0ou o modo do 'r'rio estar *undame ntado, o modo $omo 'ode
ser entendido o estar *undamentado de u60os morais Podemos
*a$ilmente es$lare$er ante$i'adamente esta di*i$uldade EnQuanto
Que u60os em'6ri$os e teorias em'6ri$as 'odem ser *undamentados
a'enas Vde baiRoU, a 'artir de suas $onseQ7]n$ias em'6ri$as e isto
Quer di0er, a 'artir da eR'eri]n$ia, u60os morais e res'e$tiamente
uma moral 'odern ser *undamentados no todo a'enas e em $erta
medida de $imaU, de um

; G ii ro de B  .ert s 0he %oral -ides( Kar'er 3455 (9oa ed inglesa& %o ru li í1  GR*ord,
34::), # a'enas a ersão eRtrema desse m#todo direto

=?
'rin$6'io su'erior +m tal ti'o de *undamentação # *a$ilmente

$om'reens6el,
damentação não Quando
#, então #, absoluta,
in$uladamas
a a'enas
uma autoridade
hi'ot#ti$a,L'ois
*una
'remissa su'erior, 'ortanto, este 'rin$6'io mesmo e res'e$
tiamente a autoridade Que $ont#m este 'rin$6'io, deem ser
'ressu'ostas $omo a$eitas 'eia $rença Xo entanto, esta # uma
$ir$unstân$i a Que *i$a o$ulta na 'r'ria $rença Caso tenhamos nos
liberado de um tai ti'o tradi$ionalista de *undamentação, 'are$e
sugestio em 'rimeiro lugar *unda menta r em 'rin$6'io os u60os
morais de *orma semelhante, Quer di0er, a 'artir de um 'rin$6'i o
su'erior, Que não 'ode mais ser agora do ti'o de ema autoridade/ e
tamb#m 'are$e sugestio não 'ensar mais a *undamentação $omo
hi'ot#ti$a, 'ois uma *undamentação hi'ot#ti$a não # su*i$iente,
Quando as 'remissas su'eriores não estão ligadas em uma $rença
Desta *orma, 'are$e surgir um dilema, 'ois se uma *undamentação
a ganir de baiRo *i$a inteiramente eR$lu6da, e uma *undamentação a
'artir de $ima dee 'ressu'or uma 'remissa Que dee 'or sua e0
ser a$reditada uma *undamentação de u60os morais 'are$e
eR$luida 
a 'artir de ra0"es *ormais, isto signi*i$a Que o sentido de *un
damentaçãoU, 'or mais Que sea em'regado, 'are$e não 'ro
'or$ionar o Que se 're$isa
LQui Yant 'ensou 'oder solu$ionar o 'roblema $omo o oo de
Colombo, ao 'ro'or *undamentar o u60o moral em uma 'remissa
Que sim'lesmente re'resenta a 'r'ria id#ia do estar
*undamentado, a ra0ão Seria 'oss6el resumir sua id#ia do
seguinte modo, $aso seamos ra$iona is de um modo geral, então
deer6amos re$onhe$e r a alidade dos u60os morais,
res'e$tiam ente, daQueles u60os morais Que Yant $onsidera` $omo
$orretos 2eremos Que esta id#ia, Que tamb#m # re'resentada
atualmente e em uma *orma modi*i$ada 'e6a #ti$a do dis$urso, # em
erdade genial, mas # um eQu6o$o Da id#ia do estar
*undamentado enQuanto tal $aso se 'ossa imaginar algo 'or isto,
não 'ode deriar nada de $onte^do Ll#m disto, tamb#m eremos
Que # igualmente absurda não a'enas a id#ia de

=;
um estar *unda menta do Vde $imaU, não mais $ondi$ionado, mas
tamb#m a id#ia de Que o deer ou o terde mora 'ossua um
sentido não $ondi$ionado, Que 'esaria sobre ns de alguma *ornia
absoluta, $omo uma o0 se$ulari0ada de Deus 9aturali0ar Deus  e
a id#ia de Yant de uma ra0ão não relatia $ondu0
a'roRimadam ente a isto  não # 'oss6el
DaQui se 'ode $om're ender a $ir$u nstân $ia 'e$uliar na Qual
en$ontrase hoe a #ti$a  a re*leRão *ilos*i$a sobre a moral
Llguns *ilso*os (sobretudo alguns *ilso*os alemães) $ontinuam
a$reditando res'e$tiamente em noas ariantes, Que h uma
*undamentação sim'les do u60o moral/ e  Que, $omo eu
tentei`mostrar, # uma ne$essidade $om'reens6el o *undamentar a
moral de modo sim'les, e assim, 'ermane$ endo ligad o a ela de
uma *ornia indis$utida, tal $omo se nos en$ontrssemos ainda em
uma religião, eles des*rutam de grande 'o'ularidadek e nos emos

$gados `nesta
Que sem're situação
o$orre nosne$essidades
Quando mais sim'les so*ismas,
*ortes estão emuma tend]n$ia
ogo De
outro lado, grande 'arte dos *ilso*os da #ti$a atuais
(es'e$ialmente os anglosaR"es) são da $on$e'ção de Que a
'ergunta 'ela *undamentação dos nossos u60os morais não 'ossui
nenhum sentido Eles a$reditam 5, 'or isso, Que o neg$io do
*ilso*o moral reside a'enas em re*letir e ordenar as 'r'rias
Vintuiç"esU morais, $olo$an doas sob um 'rin$6'io, Que 'or sua
e0 'ode, então, ser deiRado sem *undamento ao lado de outros
'rin$6'ios morais sustentados 'or outros Com isto #
des$onsiderado Que estas  intuiç"es deeriam se dissoler
enQuanto u60os Que leantam f uma 'retensão obetia, $aso se
renun$ie a sua 'retensão de *undamentação

5 2sta8posi3ao é sustentada de urna *orma 'arti$ularmente eR'l6$ita 'or 1ohn -als J


2er& ? 0heor1 of 2ustice' Karard 34>3  4, e V1usti$e as Fairness& Politi$al not
Xeta'hZsi$alU !hi los o#h 1 and !ub lic Aff air s, 3? (34:;), ' ==<s

=5
Toda a #ti$a atua me 'are$e $omete r dois erros *undame n
tais Primeiro, a$etase Que ou h a'enas uma *undamentação
sim'les (absoluta), 7u nenhuma ('or sua e0 a *undam entaçã o
hi'ot#ti$a não # uma *undamentação, 'ois ela signi*i$a Que o
'rin$6'io, 'or sua e0, não 'ode ser *undamentado) Segundo,
e in$uland ose nisto,  o 'roblema da moral sem're # tratado
Vdire tamen te& o 3ode4 moral ou em QualQuer $aso o 'rin$ 6'io
mora 'are$e $orreto Este #, entretanto, um 'ro$edimento de
sa$onselhel, $aso seamos $ons$ientes da situação histri$a na
Qual nos en$ontramos, uma situação $ara$teri0ada 'ela abertura e
desori entaçã o/ haer iam muito s 'rin$ 6'ios tradi$ional istas, e a
re*leRão moderna sobre a moral $ondu0iu, 'or seu lado, a muitos
'rin$6'ios, Que em 'arte se sobre'"em, mas Que $omo tais
$on$orrem uns $om os outros
 reação adeQ uada a esta situação não # a de Que $ada`um
re*lita sobre sua 'r'ria intuição, da Qual ele es'eraria ($omo
-als) Que muitos a 'artilhassem, mas sim Que, antes de uma
elu$idação direta de um $on$eito determinado de moral, ini$iemos
$om uma $onsideração 'r#ia *ormal, na Qual sea $ia ri *i$ado de
antem ão $omo dee ser enten dido um u60o moral e $om isto um
$on$eito de moral em geral Em uma situação histri$a $omo a
nossa, na Qual não estamos mais segur os de uma *undam entaç ão
determinada de moral, e, 'ortanto, tamb#m de uma $on$e'ção
determinada de moral, e na Qual muitas $on$e'ç"es de moral
$on$orrem entre si, deemos ante$i'adamente nos assegurar do
Que dee ser $om'reendido 'or uma moral'
@ uma *alha *undamental das #ti$as $orrentes, Que elas
sem're eam $omo o $on*li to moral *undam ental , aQuel e Que se
d entre Quem Quer se $om'reender moralmente e aQueles Que não

Querem assimnoseQual
*undamental $om'reender (o Vego6staU)
'ro'riamente G $on*lito
nos en$ontramos hoe moral
# o Que
subsis te entre as di*er entes $on$e'ç"e s de moral  Funda menta r
uma $on$e'ção de moral não signi*i$a a'enas

=>
*undamentla diante do ego6sta, mas sobre tudo *undament  la
diante de outras $on$e 'ç"es de moral Este # o 'roblem a moral
*undamental de nosso tem'o, e tamb#m dee ser, 'ortanto, a
tare*a 'rin$i'al destas liç"es  
G 'ressu'osto 'ara Qee 'ossamos $om'arar di*erentes
$on$eitos de moral nas suas 'retens"es de !"ndamentação é de Que
tenhamos previamente es$lare$ido o Que em geral$ os *a0 a todos
$on$e'ç"es de moral G modo usual de tratamento direto de uma
concepção de moral (aQuela res'e$tiamente $onsidera da $omo
$orreta) tem 'or $onseQ7]n$ia Qee não se 'ode mais $ondu0ir a
dis$ussão entre dois $on$eitos de moral 2eremos Que ser
im'ortante ,  na de*inição do Que sea uma moral , $uidar 'ara Que
se 'ossa dis$utir $om as outras a 'artir de di*erentes 'osiç"es
morais, em e0 de $ontestar im'l6$ita e re$i'ro$amente de ser uma
s morai de$idindo assi m de antemão e de *orma de*in8oria i

semanticamente9 um debate, Que 'ro'riamente dee ser moral


@ esta $onsideração *ormal 'r#ia Que nos o$u'ar nas
'rRimas liç"es 2eremos Que aQuilo Que # tão *a$ilmente
$om'reendido 'or u60o moral im'li$a 'ressu'ostos mais
$om'leRos do Que usualmente se imagina 9a Quarta lição $he
garei, então,  'ergunta da *undamentação e a uma 'rimeira
orientação a$er$a de $omo *oi $om'reendida , nas $on$e'ç"es
tradi$ionalistas, a *undamentação, e $omo ela # $om'reendida nos
di*erentes 'ontos de 'artida modernos, *eitos desde o es
$lare$imento
9a Quinta lição 'assarei, então,  elu$idação VdiretaU da moral
'ar$ialmente elaborada na Quarta lição Entretanto, ela ser uma tal
Que a $on$e'ção 'r'ria de moral sem're 'ermane$er
$on*rontada, em sua 'retensão de *undamentação, $om outra s
$on$e'ç"es  sua 'retensão ter o sentido de estar melh or
*undamentada Que as outras
J Em rel ação aos $on te^dos, resu ltarão dois n6 eis de mora l
*undamenta da, dito meta*ori$am ente, um su'erior e um in*e

=:
rior G in*erior # o do $ontratualismo moral 2eremos Que este
'lano in*erior # *ortemente usti*i$ado mas Que, entretanto, # de
'ou$o al$an$e e seQuer satis*a0 o sentido 'reiamente desta$ado
de +uma moralU A !"ndamentação !orte, 'oss6el aQui, não ser a
dos u60os, mas de motiosk Lo $ontrrio, o 'lano su'erior
al$ançar, de a$ordo $om a *orma, o sentido anteriormente
desta$ado de Vuma moralU, e de um 'oeto de ista do $onte^do, de
in6$io se ligar estreitamente ao $on$eito $ontra t"alista,
di*eren$iandose dele a'enas atra#s de Que as regras, Que tio
contrat"alismo estão !"ndadas a'enas instramental mente,
'erd em este $arter instr"mental Lssim, result a uma $on$e 'ção
de moral Que $on$orda em $onte^dos $om o $on$eito 8antiano de
moral em seu 'rin$6'io *undamental& ?Tu dees res'eitar
igualmente a $ada um e não instrumentali0ar ningu#mU
Posteriormente se mostrar Que $om isto estar obtido im
'rin$6'io de *undamentação Que ai al#m, em $onte^dos ao
$on$eito 8antiano
Entretanto, ele di*eren$iase da id#ia 8antiana  ini$ialmente
'elo *ato de Que não se 'retende mais uma *undamenta ção
absolut a Eu $reio Que, do 'onto de ista dos $onte ^dos , o
$on$eito $orres'onde am'lamente  $ons$i]n$ia morai eRistente,
dito mais 're$isamente, Quela Que, 'or um lado, renun$ia a
'ressu'osiç"es tradi$ionalistas, e, 'or outro, ai al#m do
$ontratualismo, G Que 'odemos *a0er na *iloso*ia nada mais # do
Que 're$i samen te tomar $om'reens6 el em suas 'ressu'os iç"es
esta $ons$i]n$ia moral habitual Ser mostrado Que estas são mais
$om'leRas do Que habitualmente # a$eito, e Que esta # a ra0ão 'or
Que *oi tão di*6$il at# agora eR'li$itlas L *iloso*ia não 'ode
*a0er nada mais do Que analisar adeQuadamente em suas
'ressu'osiç"es uma 'r#$om'reensão eRisten te/ ela não 'ossui
nenhum 'onto de re*er]n$ia eRtramundano _

> D#$ima Qui nta e D#$ima s#t ima liç"es

=4
'r'rio : 9o entanto, esta eR'li$ação do 'reiamente dado não #

a'enas a re'rodução
sustentel de uma intuição
'or usti*i$aç"es, mas *e$hada
tratase em
de siuma
mesma e não
$ons$i]n$ia
moral Que 'oss ui bons *undamentos e motios, a *aor de se
distinguir tanto da 'osição do amoralista, Quanto das 'osiç"es de
outras $on$e'ç"es de moralk
Esta $ons$i]n$ia moral não se sustenta, portanto, em um
*undamento absolut o, mas sobre um te$ido $om'leRo de *un
damentos e motios, os Quais tentarei tomar um 'ou$o mais
eR'l6$itos L di*eren$iação entre, 'or um lado, motios e_ 'or
outro , *unda mentos # o 'rimeiro 'asso Fundam entos são *un
damentos 'ara a erdade de enun$iados/ motios são *undamentos
de outro ti'o, são *undamentos Que usti*i$am uma ação ou mais
gener i$ame nte, um modo de ação, ou de uma *orma mais geral
ainda, 'ela a$eitação de um sistema moral Como eremos, o
$ontratualista não *a0 nenhum u60o moral 'ara ele hã a'enas
*undamentos no senti do de motios Lo $ontr rio, no 'lano Que
$hamei de su'erior, são *eitos u60os morais, nos Quais # dito Que
algo # bom ou mau Como eremos, os di*erentes $on$eitos de
moral são $ara$teri0ados 'or di*erentes $on$eitos de bem, os
Quais 'ermitem, então, u60os de Que algo # bom ou mau Cada
um de tais $on$eitos de bem $ont#m um $on$eito do Que signi*i$a
ser um bom homem, e res'e$tiamente ser um 'ar$eiro so$ial,
signi*i$ando isto, algu#m Que # um bom membro desta ou de
alguma so$iedade
LQui resultar uma $erta inger]n$ia de motios e *unda
mentos, uns nos outros Wue em geral deseamos ser bons
membros da so$iedade, e isto signi*i$a Que deseamos 'erten$er a
uma $omunidade morai enQuanto tal (Que Queiramos *a0er u60os
morais em geral), # em ^ltima instân$ia um ato de

: 2er o me u !hü oso#íi isc he Auf süt ze (Ensaios *ilos*i$os), ', =>A

<A
nossa autonomia, 'ara o Qual 'ode haer a'enas bons motios,
mas nenhum *undamento Como eremos, temos os mais *ortes
motios 'enseis 'ara o 'lano do $ontratualismo  um 'lano Que
ainda # o do amoral ista  e 'ossu6mos *inal mente bons moti os
(mas não obrigatrios) 'ara assumir, 'ara al#m deste, tamb#m o
'iano da 'r'ria moral Portanto, a dis$ussão $om o amoralista
'ode ser $ondu0ida a'enas 'ela indi$ação de motiosk O
dis$ussão $om outras $on$e'ç"es da moral não 'ode ser $ondu0ida
assim LQui estão u60os $ontra u60o s LQui e somente aQui se
'ode *alar de *undamentos Xas neste dom6nio não 'ode haer
nenhuma *undamenta ção absoluta  moral do res'eito uniersal e
igual, a moral da não instrumentali0ação, de *ato, de certa *orma
não tem sustentação 9ão # mais 'oss6el mostrar Que ela # o
$on$eito de bem 'laus6el (melhor *undamentado) , Quanto aos
$onte^dos, e isto 'ressu'"e 'or sua e0 Que se Queira 'oder ulgar
moralmente
Isto signi*i$a, 'ortanto, Que a obet iidade dos u60os 'er
ten$entes a esta moral 'ode 'retender meramente a 'lausibilidade
Isto # menos do Que o sim'les estar *undamentado Entretanto, #
mais do Que uma intuição sem *undamentação e sem dis$ussão
$om outros $on$eitos 2o$]s 'oderiam sentir isto $omo
desa'ontador, mas, $omo *ilso*o, não deem os nos des$u l'ar
diante da $ons$i]n$ia moral eRistente, 'or não 'odermos *a0er
isto mais *orte do Que #/ eremos, 'arti$ularmente, Que uma
*undam entaçã o mais *orte não a'enas não est dis'o n6el , senão
Que seria absurda Isto # $omo a a*irmação *eita 'or Freud $erta
e0, diante de um 'a$iente desa'ontado, Que se QueiRou da
maldade das mulheres& in*eli0mente não 'ossu6mos nada melhor
'ara o*ere$ er
Para Quem isto 'ossa aler $omo um $onsolo, 'ode re*letir
aQui Que tamb#m nas teorias em'6ri$as não se 'ode al$ançar mais
do Que 'lausibilidade @ meramente 'laus6el Que o sol nasça
amanhã, a'esar de Que *açamos tal 'ressu'osição $om $erte0a E
meramente 'laus6el $om'reender o dis$urso sobre

<3
VbemU e VmalU, a'esar de Que sea bastante 'ara reagir $oro toda
nossa seriedade a*etia, e isto Quer di0er $om indignação ou
sentimento de $ul'a, diante daQuilo Que se nos a'are$e
$omo mau  $ensurel  em um sentido pla"sivelmente *un
damentado
Lo te$ido de motios e *undamentos, Que $onstituem a
nossa $ons$i]n$ia morai tamb#m 'erten$ e o *ato de Que a 'ergunta
'elos motios não a'enas estea no 'rin$6'io  Queremos 'erten$er
a uma $omunidade moral $omo tal[  mas tamb#m eo *inalk e aQui
ela o$orre em dois n6eis & 'rimeiro, temos bons moti os 'ara
Querer 'erten$er  $omunidade mora, determinada 'or esta
$on$e'ção de $onte^do e, segundo, temos bons motios 'ara agir
moralmente em $on*ormidade $om este $on$eito[
Em es'e$ial na Quinta lição tentarei $lari*i$ar estas $oneR"es
Entre tanto, mesm o at# l ainda não terei $hegado ao *im 'or trs
ra0"es& 'rimeira, o $on$eito de moral Que resultar dee ser
es$lare$ido mais de 'erto, no Que to$a a seu $onte^do, al#m disto
deiRandose am'liar 4Segundo, atese da limitação do ser
*undamentado eRige& a) a 'roa de Que as tentatias de *unda
mentar absolutamente esta $on$e'ção deem ser istas $omo
*ra$assadas 3A, e b) a 'roa de Que outras $on$ e'ç"es modernas da
moral deem ser istas $omo não'iaus6eis 33  Ter$eiro, a
'ergunta 'elos motios eRige, $omo  iram Platão e Lristteles,
um imbri$amento da moral na 'ergunta 'elo sentirse bem, ou,
$omo # hoe *reQ7entemente *ormulado, na 'ergunta 'ela ida
boa 3= 

4 D#$ima Q uinta e d# $ima s#tim a liç"es

3A SeRta e oitaa liç"es

33 9ona d#$im a e d#$ima seRta liç "es

3= D#$ima ter$ eira e d#$im a Quarta li ç"es

<=
SE.62A LIÇ=O Primeiro
es$lare$imento $on$eituai& u60o
moral, obrigação moral*

Lt# agora, na dis$ussão sobre o u60o moral, a'enas ante$i'ei


uma aga $om'reensão 'reliminar Pre$isamos agora, em
'rimeiro lugar, deiRar $laro o Que Queremos 'ro'riamente di0er
$om um u60o moral, islo # Qual dee ser o $rit#rio de
re$onhe$im ento de um tal u60o -e$onhe$er um u60o moral $omo
tal $ontudo, ainda não signi*i$a $om'reend]lo L 'ergunta 'elo
sentido  ou 'ela Vess]n$iaf  de um u60o moral ser o segundo
'asso desta 'rimeira 'arte de nossas inestigaç"es, na Qual a'enas
es$lare$em os o sentido *ormal de uma morai Com o 'rimeiro 'asso
a'enas dee ser assegurado Que saibamos de Que se est tratando
Posso elu$idar $omo se distinguem estes dois 'assos num eRem'lo
semelhant e ao da 'ergunta& o Que # uma sentenç a assert ri$a [
Tamb#m aQui 'erguntaremos 'rimeiro 'or um $rit#rio de
re$onhe$imento G $rit#rio de re$onhe$imento 'ara uma sentença
assertri$a  di*erente do Que 'ara uma sentença im'eratia  em

oga
erdadesde Lristteles, # o *ato de ser uma sentença Que 'ode ser

_ Traduçã o de Lio6sio -ued el!

<<
deira ou *alsa G segundo 'asso # então a 'ergunta, o Que signi*i$a

$om'reender
deste $rit#rioasEnun$iados
sentenças assertri$as identi*i$
morais, nos Quais adas a'enasu60os
se eR'ressam atra#s
morais, são um ti'o de enun$iado
Perguntamos, 'or $onseguinte&*tiando um u60o # moral e
Quando não o #[ Isto sem're dee signi*i$ar& Quando ele # tal a
'artir da 'ers'e$tia de Quem ulga, 'ortanto& Quando ele #
entendido $omo moral[ (Para algu#m, num dado $onteRto $ultural
'ode ser moral um u60o Que não ] moral 'ara uma 'essoa de um
outro $onteRto $ultural) 9isto est $olo$ada desde logo a
'ergunta& era Que re$onhe$emos uma moral ou em $on$eito moral[
Podese $om'ree nder Vuma moralU $omo o $onunto de u60os
morais de Que algu#m ou um gru'o dis'"e A 'ergunta, o Que # um
u60o moral, ou o Que # neste sentido uma moral $orres'onde ao
$on$eito *ormai de moral do Quai *alei na lição anterior +m
so$i logo ou antro' logo tamb#m ne$essi ta de um tal $on$eit o,
'or eRem'lo, se Quiser eRaminar a moral de uma determinada
so$iedade ou de uma $ena tribo Llis, esta 'rimeira 'arte de
nossas inestigaç"es, Que tamb#m engloba o segundo 'asso na
direção do sentido dos u60os morais, não se distingue do $on$eito
de moral usado 'or um antro' logo
Dissemos h 'ou$o& deem os deiRar $laro, o Que 5ueremos
$om'reender $om um u60o moral, 'ois obiamente 'ode se
$om'reender o dis$urso da moral de maneira diersa, e ela de *ato
*oi $om'reendida de modo di*erente L 'alara VmoralU nada tem
de sagrado e nem mesmo # muito antiga 9a *iloso*ia deemos
sem're ter $omo 'onto de 'artida Que não *a0 sentido dis$utir
sobre o erdadeiro signi*i$ado das 'alaras G Que interessa #
distinguir os diersos signi*i$ados 'oss6eis de uma 'alara e ter
bem $laro 'ara si $om Que signi*i$ado se Quer em'regla L
res'eito disto 're$isase de *ato $uidar, no $aso de 'alaras
*iloso*i$a mente im'ortantes $omo # a 'alara VmoralU, 'ara Que se
atina $om elas o Que realmen

<?
te # $ara$ter6sti$o e dis'on6el na $om'reen são humana, sendo
indi*erente em Que termos isto se eR'ressa nas diersas $ultura s
Lssim, ' eR, nao seria ra0oel (eu não digo V*alsoU, urna e0
Que aQui não se 'ode *alar em V*alsoU) designar $omo morais
a'enas aQueles u60os Que ns mesmos $onsideramos $omo
moral mente $orretos, 'orQue então não 'oder6amos dis$utir $om
outros sobre os u60os morais $orretos Pre$isamos de*inir a
'alara VmoralU de tal maneira Que 'ossamos distinguir e
$om'arar diersos $on$eitos de moral
Tale0 o$]s tenham se dado $onta Que na lição 're$edente
'rati$amente em'reguei os termos V#ti$aU e VmoralU $omo
inter $ambi ãeis  ERist em $ontu do autore s $onte m'orân eos Que
*a0em uma di*erença entre V#ti$aU e VmoralU Xas tamb#m neste
$aso # 're$iso er $ertamente Que não se trata de uma distinção
ne$essria E $laro Que tamb#m então es'eramos  ao

distinguirmos #ti$a e moral entre si de uma ou de outra maneira 


$hegar a uma distinção im'ortante, distinção Que  estea
'reiamente dada na $om'reen são huma na Estas di*e renças então
não residem 'ro'riamente nestes termos' L 'ergunta sobre em Que
$onsiste em si a di*erença entre #ti$a e moral seria absurda Ela
soa $omo se a gente Quisess e 'erguntar sobre a di*er ença entre
eados e $eros
-ealmente os termos V#ti$aU e VmoralU não são 'arti$ular
mente a'ro'riados 'ara nos orientarmos Cabe aQui uma ob
sera ção sobre sua srcem, tale0 em 'rime iro lugar $uriosa
Lristteles tinha designado suas inestigaç"es teri$omorais
 então denominad as $omo V#ti$asU $omo ines tigaç "es Vsobre o
ethosU, Vsobre as 'ro'riedades do $arterU, 'orQue a a'resentação
das 'ro'riedades do $arter, boas e ms (das assim denominadas

irtudes e 6$ios)
inestigaç"es era umado 'arte
L 'ro$ed]n$ia integrante
termo V#ti$aU, essen$ial
'ortanto, destas
nada tem
a er $om aQuilo Que entendemos 'or V#ti$aU 9o latim o termo
grego *thicos *oi entã o tradu 0ido 'or moralis' %ores signi*i$a&
usos e $ostumes Isto noamente não

<;
$orres'onde, nem  nossa $om'reensão de #ti$a, nem de moral
Ll#m disso, o$orre aQui um erro de tradução Pois na *tica
aristot#li$a não a'enas o$orre o termo *thos ($om e longo), Que
signi*i$a #ro#riedade do car6ter, mas tamb#m o termo *thos ($om
 $urto) Que signi*i$a costume , e # 'ara este segundo termo Que
sere a tradução latina
9a *iloso*ia es$rita em latim a 'alara moraiis eio então a
ser Quase um termo t*cnico , Que não 'ermite mais 'ensar muito
em $ostumes, mas Que *oi em'rega do eR$lusi amente em nosso
sentido de Vmora lU L 'artir da6 'odese $om're ender a estranha
tradução alem ã 'or -5itten& ($ostumes), $omo en$ontramos, 'or
eRem'lo, no t6tulo do liro de Yant, %etafísica dos 7ostumes( Yant
a6 nem seQuer 'ensou em $ostumes no sentido usual (usos), mas
sim'lesmente em'regou o termo $omotradução 'ara%no, Que,
por s"a e0, não era mais $om'reendido no seu sentido srcinal

mas $omo 'retensa tradução de uma 'alara grega L'enas Kegel


aproveito"se então do sentido original do termo VSittenU
($ostumes) 'ara $onstruir, em o'osição  moral 8antiana, uma
*orma de moral 'retensamente su'erior, denominada moralidade, e
Que se deeria $ara$teri0ar $omo sendo *undada nos usos e nas
tradiç"es ($* abaiRo, d#$ima lição)
Portanto, não 'odemos tirar nenhuma $on$lusão 'ara os
termos VmoralU e V#ti$aU a 'artir de sua origem Tomaramse
termos t#$ni$os, Que na tradição *ilos*i$a *oram 'or muito tem'o
em'regados $omo eQuialentes (assim $omo Vsitti6$hU em alemão)
9o entanto, a 'alara VmoralU  sobretudo em sua *orma negatia
(VimoralU)  *oi introdu0ida no uso normal da linguagem das
modernas l6nguas euro'#ias, enQuanto Que a 'alara V#ti$oU não
tem um em'rego 're$iso na linguagem normal/ 'or isso, *i$ou

dis'on6el 'ara outros signi*i$ados, Que se 'ro$urou dar a ela a


'artir da *iloso*ia
Entretanto, 'elo *ato de srcinalmente terem outro sentido, e
'orQue de'ois *oram introdu0idos $omo t6tulo 'ara a dis

<5
$i'ii na *ilos*i$a , os dois termos não são bem a'ro' riados $omo
elemento de orientação 'ara es$lare$imento daQuilo Que Queremos
di0er $om moral ou u60omoral LQui *a0 mais sentido re*erirse a
uma 'e$uliaridade do uso ling76sti$o, Que tem ra60es mais
'ro*undas e a 'artir da Qual 'odemos 'ressu'or Que algo
semelhante tamb#m se en$ontra em outras $ulturas (9aturalmente
*ilo dee $om isto ser a*irmado dogmati$ament e um uniersal
ling76 sti$o , 'elo $ontr rio, $omo em $odos os $asos anlog os na
Filoso*ia 3, a'enas dee ser dito& o Quanto eu 'osso er, isto ale
'ara as l6nguas 'or mim $onhe$idas& se *orem iden ti*i$adas
$ulturas Que não $onhe$em este ou algum uso semelhante de
linguagem, então a 'oss6el modi*i$ação do $on$eito dee ser
es$lare$ida $aso a $aso
2in$ulo este uso de linguagem a um determinado em'rego do
gru'o das 'alaras Vter ds [2pnão 'odef>p deeU e do gr u'o das

'alaras *a$mp2pruira _ Gs d/js gru' es de 'alaras l8m muitas


manei ras de em're go`, mas os dois t]m um signi* i$ado #articular
Quand o grama ti$al mente em're gados no senti do absol uto& neste
$aso eles são em'regados $omo eQuialentes, e assim se 'ode
de*inir o dis$urso dos u60os morais atra#s do em'rego absoluto
destes dois gru'os de 'alaras
9o gru'o de 'alaras de Vter deU, et$, reQuerse de *ato
eRtra ir 'rime iro o em're go teri $o Di0se  'or eRem'lo, Vdiante
de tais e tais $ondiç"es de9eria $hoer amanha` ou o idro tem de
$air se eu o soltarU/ neste $aso temos o dis$urso teri$o da
í,
ne$essidade 9s *alamos da ne$essidade 'rti$a, de um terde ( f
'rti$o, Quando, ' eR, di0emos & Vse Queres al$ançar o ^ltimo
trem, tens de 'artir agoraU

3 C* m eu Philoso'his$he Lu*sqt0e ' =>3

= Para bom' o melhr trabalho ainda e .K  \right 0he Vurieties of : !ondres 345<
Para ;er de e derer  $* 1!K Xa$8ie Et hi cs ' Penguin [  zz #'
<

<>
VDee rU # em'regado  tanto no dis$urso teri$ o Quant o no
'rti$o  $omo um .ter deU en*raQue$i do, um `ter de&:"e admite
eR$eç"es ;  VDeeria $hoer amanhãU # um eRem'lo, ou no 'rti$o&
Vtu não tens de 'artir agora, mas deerias sair, seria
re$omend elU Xão # *eli0 (ou hom) o *ato de uma grande 'arte da
*iloso*ia, sobre tudo ;ant$ em'regar a 'alara -dever& 'ara as
normas ` morais L gente não a'enas dee mante r sua 'romes sa,
mas tem de mant]la
Em gerai *alamos de uma ne$essidade 'rti$a Quando a
'odemos estabele$er numa relação $om algo, $omo no meo
eRem'lo $om o trem, Se eu sim'l esmente digo a algu# m Vtu tens
de agir assimU, # bio, se ele não $om'reende o $onteRto, Que ele
deole a 'ergunta V'ara Qu][U (relati o0u[) ou Vo Que a$onte$e
se eu não o *i0er[U ERem'los& Ventão tu não al$ançars o trerr* ou
Ventão 'assars malU ou Ventão tu não $osen as as regras do ogoU,
ERiste $ontudo nm em'rego de Vier de em Que a deolução da
'ergunta # im 'oss 6el Di0emos, ' eR, a algu#m Que humilha um
outro& Visto tu não 'odes *a0erU não $om re*er]n$ia a algo, mas
sim'lesmente Vnão 'odesU/ ou Vtu tens de $um'rir tua 'romessaU,
não Quando tu Queres al$ançar isto ou aQuilo, mas Vtu sim'lesmente
tens deU, e este # o modo de em'rego moral
+m modo semelhante de em'rego distinto en$ontramos em
bom e ruim Estas 'alaras, Que ainda 're$isam ser es$la re$idas
$om mais 're$isão, são igualmente em'regadas em geral de
maneira relatia Por eRem'lo& algo # bom em ista de um
determinado obetio, ou # bom ou ruim 'ara algu#m ('ara o seu
bemestar), ou # um bom de tal e tal maneira, ' eR, um bom $arro,
um bom relgio, um bom $antor Xas tamb#m eRiste um em'rego
em Que a 'alara VbomU # em'regada gra

< C* X a$8 ie, o#' cit'


mati$almente $omo absoluta, $omo 'uro 'redi$ado, sem $om

'lementação , 'or eR& Vhumilhar algu#m # ruimU/ não entendemos


$om isto Que # ruim 'elo sa$ri*6$io da humilhaçãok e tamb#m não
Que sea ruim, ' eR,'ara a so$iedade,mas& # sim'lesmente ruim,
e o Que isto s igni*i$a a6nda se deer es$lare$er
Com isto estar6a dado agora um $rit#rio 'ara Vu60os moraisU,
um $rit#rio bem dis'on6el, e, 'elo isto, 'ro*undamente
enrai0ado na linguagem Todos os enun$iados nos Quais o$or rem
eR'l6$ita ou implicitamente, $om sentido gramati$a l absoluto o
C?
ter deU 'rti$o, o u um a eR'ressão alo ratia 6Vbom U ou -r"im&9
eR're ssam u60o s morai s neste sentido/ Vnest e senti doU, 'ois eu
não a*irmo Que não se 'oderia de*inir tamb#m de outra maneira a
'alara VmoraiU De *ato, este em'rego abso luto de -mim&
$orres'onde de maneira bastante eRata ao nosso em'rego de
VimoralU& `tu não 'odes *a0er isto&, Visto # ruimU, Visto # imorar

 tudo isto 'are$e signi*i$ar mais ou menos o mesmo


Isto signi*i$a Que as sent enças, $om'ree ndidas $omo ab
solutas Vnão se 'odeU e Visto # ruimU t]m o mesmo sentido[ 9ão
sem mais (nem menos) 2eremos mais tarde Que as eR'ress"es de
ne$essidade e as eR'ress"es aloratias $orres'ondem a nuan$es
diersas dos u60os morais
Para esta eri*i$ação 'are$em agora serir tamb#m eRata
mente os sentimentos morais, dos Quais  *alei na lição anterior
Gs sentimentos morais $onstroemse na base de u60os, e
eRatamente de u60os nos Quais algo # tido $omo ruim (não a'enas
relatiamente) Lo analisarmos os u60os de*inidos $on*orme o
$rit#rio 'or mim 'ro'osto, analisaremos, 'or $onseguint e,
eRatamente aQueles u60os em base aos Quais se $ons iro#m estes
a*etos

Podemos agora er noamente Que u60os morais não são


entendidos em relação s 'essoas, e sim obetiamente 9estes

<4
u60os não se *a0 re*er]n$ia ao Que emite o u60o, $omo se *osse
dito Que (sendo eu Quem *a0 o u60o) algo me desagrada
G $rit#rio 'ro'osto 'are$e serir bem 'ara o Que na tradição,
*ilos*i$a # temati0ado 'or u60os morais, 9aturalmente m
$orres'ond]n$ia não 'ode ser eRata/ 'ara isto a tradição não est
su*i$ientemente determinada` L 'artir de agora 'assarei a
em'regar a 'alara VmoralU no sentido agora de*inido
Eu deeria agora tamb#m men$io nar uma 'ro'osição !eita
re$entemente 'or <emard =illiams$em seu liro Ethics and the
Limils of!hiloso#h1 (' Is) \illiams $om'reende a 'alara
VmoralU mais 9 menos $omo eu e distingue dela o V#ti$o ;f
$omo algo mais abrangente 9isto ele se re*ere a uma *ormulação
de Platão, segundo a Qual nas indagaç"es so$rti$as tra tase da
'ergunta& $omo se dee ier ( #os bioteon<' Este ?t ter deU #
eidentemente uma ariante gramati$al 'ara i? dee (VComo ns
deemos ier[U)/ e 'are$e agora eidente #mm
J \illiams  e n isto l he d aremos r a0ão  Q ue e sta 'e rgunta
dee ser $om'reendida não a'enas $omo moral Wuando algu#m,
numa situaçã o $on$reta, 'ergunta& Vo Que se dee *a0er [U i?o Que
eu deo *a0er agora[U, ser deolido 'ara ele a 'ergunta& VComo
tu entendes a 'ergunta[ Wual # teu 'onto de re*er]n$ia[ @ aQuilo
Que # bom ou ruim 'or si mesmo  o Que # moralmente $orreto ou
in$orreto  ou tu 'erguntas, o Que # melhor 'ara ti, re*erindose a
'ergunta ao teu bem estar[U 9o ^ltimo $aso ela #, 'or
$onseguinte, relatia, ainda Que de uma maneira 'arti$ular L
'ergunta u$omo eu deo ierU 'ode ser $om'reendida num e
noutro sentido Isto, 'or#m, signi*i$a Que a 'ergunta  $omo a
entende $laramente \illiams  tem em si e 'or si um sentido Que
abrange as duas inter'retaç"es Xas, Que 'onto de re*er]n$ia teria
então o deer[
@ erdade Que ns s e0es *ormulamos a 'ergunta de ma
neira inde*inida/ neste $aso ela então não tem um sentido mais
abrangente/ sim'lesmente não est $lara +m VdeerU Que não se
$om'reende de nenhuma maneira, Que não tem um 'onto de

?A
re*er]n$ia de*inido, não tem sentido, ao menos não um sentido
de*inido Qui 'ortan to sem're $abe a deolução da 'ergun ta/
V$omo to entendes a tua 'ergunta[U Podese na erdade 'ensar e
eu mesmo de*enderei esta $on$e'ção) Que as duas 'erguntas
 aQuela Que tem $o mo 'ont o de re*er]n $ia o mora l e aQuela Que
tem $omo re*er]n$ia o bemestar 'r'rio  estão rela$ionadas
entre si ; mas o sentido Imediato das 'erguntas # ini$ialmente
diersok Podemos, por conseg"inte, se o Quisermos, de*inir o #ti$o
di*erentemente do moral, mas não se 'ode de*ini lo $omo algo
mais abrangente Que o moral/ uma tal Questão não eRiste G Que
entretant o # 'oss6el, # de*inir a 'ergunta V$omo se dee ier[U 
Quando ela não * $om'reendida $omo moral, mas, a t6tulo de
'rud]n$ia, re*erida ao 'r'rio bem estar  $omo uma 'ergunta
#ti$a Isto então sere bem 'ara a 'ergunta V#ti$aU dos antigos
*ils o*os, Que se re*eri a s metas mais elead as da ida humana
(C6$ero denominou seu +ro $orres'ondente a isto =e Finibus>
sobre os *ies), conse>entemente, â 'ergunta 'elo bemestar, 'ela
*eli$idade (Lristteles& eiidaimonia<'
+ma outra de*inição terminolgi$a 'oss6el do termo V#ti$oU
#, di*e ren$iandoo do moral, $om'reend]lo $omo a re*leRão
*ilos*i$a sobre a VmoralU Foi neste sentido Que eu ente ndi o
termo no t6tulo destas liç"es, e # neste sentido Que o em'regarei
Tendo agora um $rit#rio de re$onhe$imento 'ara u60os
morais, e isto Quer di0er, 'ara uma moral, 'osso 'assar 'ara a
'ergunta& $omo estes u60os deem ser com#reendidos; G Que
signi*i$a, $olo$ar esta Questão est agora 'renun$iado 'or aQuilo
Que resultou da 'ergunta 're$edente 'elo $rit#rio de re
$onhe$imento Pois eu 'odia, na erdade, re*erirme a uma
$om'reensão 'reliminar do em'rego absoluto de Vter deU, VdeeU,

Vnão 'odeU,
estaa, bem $laro
'or#m, $omo Que
do em'rego
não se absoluto
dis'unhadedoVbomU e VruimU/
signi*i$ad o dos
termos nesta maneira de em'rego Isto o$orre de

?
modo semelhante em todas as 'alaras *iloso*i$amente im'or tan

tes \ittgenstein re*eriuse aos enun$iados de Lgostinho& VG Que #


o tem'o[ Se ningu#m me 'ergunta, eu o sei/ se me 'erguntarem,
não seiU Isto signi*i$a& ns $om'reendemos tais eR'ress"es, mas
não as 'odemos eR'li$ar sem mais (nem menos) Como
eR'li$ar6amos  assim soa a 'ergunta  estes dois modos de
em'rego absolutos (de ter deU, et$ ; e de VbomU, et$)[ Feito isto,
teremos eR'li$ado o Que deemos $om'reender 'or Vum u60o
moralU e 'or Vuma moralU
Primeiro eR'li$arei o em'rego in$ondi$ional de Vter deU (Vnão
'odeU, VdeeU) Para isso 're$isamos rela$ionar este Vter deU $om
os outrosmodos de em'rego deste gru'o de 'alaras e deles
di*ere n$il o G modo es'e$ial de em'rego absol uto re*erenos
es'ontaneam ente  anlise do modo de em'rego absoluto do gru'o
de 'alaras VbomU e VruimU

G esdare$imentode Vter deU ou VdeeU, $ontido nos u60os


morais, # id]nti$o $om o 'r'rio $arter de obrigação das normas
morais Wue a moral tem a er $om obrigaç"es 'r'rias, de alguma
*orma absolutas, isto  sem're *oi isto/ mas em Que eRatamente
$onsiste este $arter de obrigação, sobre isto en$ontramos 'ou$o
na tradição *ilos*i$a, e, 'or assim di0er, nada na #ti$a
$ontem'orânea E estranha esta atitude de resera da re*leRão
*ilos*i$a *a$e ao $arter do deer/ 'ois, $omo se 'retende
temati0ar algo na moral, Quando a6 não se sabe o Que # o moral, e
Quando ao menos uma 'arte disto est $laramente $ontida no
$arter da obrigação Que se eR're ssa no Vter deU Yant # Quase o
^ni$o Que 'ro$urou dar uma res'osta 'ara o sentido do deer
moral, a Qual eu $ontudo tenho $omo $om'letamente *alsa/ ainda
tratarei disto

G Que dee ser dito 'rimeiramente, de maneira bem gen#ri$a,


'ara a $om'reensão do Vter deU, 'rati$amente $om'reendido, se ele
# relatio ou não[ Como 'rimeiro 'onto 'odemos a*irmar Que $ada
sentença $on$reta deste ti'o, Que se re*ere a uma determinada
situação (' eR& Vtu tens de $um'rir esta 'ro

?=
messaU, Vtu tens de ir, se Queres al$ançar o tremU), sem're a'onta

'ara uma sentença uniersal de Vter deU (Va gente tem de $um'rir
a 'romessaU, Vse a gente Quiser al$ançar o trem a 'artir daQui, tem
de 'artir de0 minutos antesU) 9isto disti nguem se as sentenças
Vter deU e VdeeU dos 'uros im'eratios, $omo Vide agoraU
Lmbos são $ono$aç"es 'ara a ação Xas  deolução da
'ergunta V'or Qu][ f do interpelado, 'odese res'onder num
im'erati o gramati$al, ou $om uma sentença uniersal ler deU ou
-deve&, ou então a'ontando 'ara algo Que 'ode ser um motio
'ara o agente, ' eR, V'orQue senão eu te matoU ou então
sim'lesmente Veu QueroU (G Que Yant entretanto denominou
im'eratios, não *oram de modo algum im'eratios gramati$ais,
mas  sentenças de deer ,?ollsãrze<( al#m disso ainda de um ti'o
es'e$ial)
Pode se agora di0er Que todas as senten ças uniersai s Vtem

deU e VdeeU eR'ressam regras ou normas, $omo # o $aso nos dois


eRem'los dados anteriormente[ Isto não estaria bem $orreto,
sobretudo não na moral Eu digo, ' eR, a algu#m& Vassim tu não
'odes te $om'ortarU VPor Que não[ U, 'ergunta ele VPorQue istoU
 'ode então ser a res'osta  Vnão seria gentilU e 'ode aQui ser
absolutamente o $aso no Qual s se 'ossa di0er isto, sem 'oder
dar nenhuma regra L res'osta V'orQue isto não seria gentilU
a'onta 'ara uma maneira de ser ou 'ara uma 'ro'r iedade do
$art er (de não ser genti l)& Vassim deemos ser, ou não serU, em
e0 de di0er Vassim deemos agirU Tais maneiras de ser,
moralmente deidas ou indeidas, são denominadas, no uso
ling76sti$o da tradição  Que soa $omo enelhe$ido  de irtudes
e, o seu $ontrrio, 6$ios 2eremos mais tarde Que absolutamente
eRistem maneiras de ser  dis'osiç"es 'ara maneiras de agir 
'ara as Quais não 'odem ser dadas regr as de ação de*inidas
Tamb#m as deidas maneiras de ser re*eremse, na erdade, a
aç"es/ 'ode , 'or#m, ser signi*i $atio designlas sem 'oder
indi$ar as res'e$tias aç"es  isto então Quer di0er, as res'e$tias
regras Lbstraio, 'or# m, ini$ialmente desta 'ossibilidade e
atenhome a regras Toda

?<
re*leRão Que se segue #, 'or isso, delimit ada nes6a 'ers'e$tia, a
?
Qual a'enas am'liarei nestas liç"es num momento 'osterior 
Como uma regra ou norma sem're # a'resentada $omo
(relatia ou absol"tamente9 deida uma maneira de agir Dis
tingiiemse regras e%ou leis 1podese $om'reender as le6s $omo
regras sem eR$eção ) 'rti$as de teri $as, eRatam ente $omo  o
imos 'ara as res'e$tias sentenças de ter de&, etc$ -egras e leis
teri$as (' e?$, -é urna lei, Que o vidrotem de $air , Quando tu o
soltasU) são $onstruidas a 'artir de regularidades obseradas/
*aiamos, inersame nte, no 'rti$o, Que # 're$iso seguir a regra/ na
medida Que a gent e não o 0er, 'ode ser criticado em relação a
ela ; Somen te as regras 'rti$a s 'odem os, $om senti do, tamb#m
designar $omo normas FreQ7entemente a 'alara VnormaU #
de*ini da mais restr itame nte/ eu $ontu do a Quero em'rega r $omo
sinnimo de Vregra 'rti$aU

Pre$i samos 'ois disti nguir diersos ti'os de regras 'rti $as
(sentenças 'rti$as ter de) 9isto senso pamc"larmeme
im'ortantes 'ara mim aQuelas regras Que eu Quero designar $omo
regras da ra0ão e aQuelas Que designarei $omo normas so$iais
Destes dois grandes gru'os eu ainda Quero distinguir regras de
ogo Esta diisão não tem a 'retensão de ser $om'leta/ ela
sim'lesmente basta 'ara meus obetios (G Que são, ' eRem'lo,
regras de *ala[)
+ma norma da ra0ão eu Quero de*inir de tal maneira, Que ela
sea uma regra Que 'ode ser introdu0ida, sea $om as 'alaras V#
ra0oelU, sea $om a eR'ressão V# bom (ou& o melhor)U Por
eRem'lo& Vseria ra0oel (ou bom) 'artir agora, se tu Quiseres
al$ançar o ^ltimo tremU ou Vseria ra0oel (ou bom  bom 'ara ti)
se 'arasses de *umarU 9o 'rimeiro eRem

? C* D#$ima 'rimeira ii ção

; C* K! L Kar t 0he 7once#t ofLa@' GR*ord 3453 ' >4s

??
'io uma ação # ista $omo 'rati$amente ne$essria 'ara al$ançar
uma meta estabele$ida (neste $aso& 'egar o ^ltimo trem)/ no
segundo eRem'lo o 'onto de re*er]n$ia # o bemestar da 'essoa
Podese agora di0er Que nos dois $asos, Quando a 'essoa não
age $omo neste sent ido ela de9e;tem de agir, então ela agiria
irra$ionalmente Esta # a ra0ão 'or Que 'are$e ter sentido designar
este ti'o de regras de ação $omo regras da ra0ão Desta eR'li$ação
'odemos ao mesmo tem'o tirar uma mRima, de $omo geralmente
se dee 'ergunt ar 'elo sentido de uma res'e$ti a ne$essidade
'rti$a Pois [ a eR'ressão Vtem deU, em seu uso 'rti$o 'oderia
'rimeiro 'are$er 'ro'riamente in$on$eb6el em seu signi*i$ado Lo
redu0ila agora Quilo Que a$onte$e, Quando a 'essoa não,age
assim, ns temos uma sentença Que se re*ere a aigo empiricamente
dis'o n6el  Ao mesmo tem'o ã 'odemos agora ante$i 'ar Que a
$ada sentença .!ctem de_` 'erten$e uma sanção, algo Que seria

negatio
'ode er 'ara
Que aQuele
sentidoQue age, ter
'oderia $aso ele de
*alar nãouma
agisse assim 9ão
ne$essidade se
'rti$a
>
(do Vter deU ou do Vdee` ), se a gente não $olo$asse em sua base
esta sanção  neste sentido am'lo Portanto, # de se es'erar Que o
Vter de das normas morai s, gramati$al mente absoluto, # relat io
no sentido de ser relatio a uma sanção
Sentenças de `ter de Que se re*erem a regras de ogo dis
tinguemse essen$ialmente de normas da ra0ão Se no Radre0 eu
*aço os mesmos moimentos $om a torre e o bis'o, então isto não
# irra$ional, mas $ontradi0 as regras do ogo Poder6amos nos
imaginar um outro ogo, o Qual *un$ionaria desta maneira Dirse
, $ontudo, logo Quele Que Quer ogar desta maneira& V`assim tu
não 'odesU Por Que não[U VPorQue então tu não ogas este ogo&
este ogo # de*inido 'or estas regras, estes moimentos 'oss6eisU

Ls regras da ra0ão são o Que Yant denominou os im'eratios


Xeu 'rimeiro eRem'lo $orres'onde aos assim denomi

?;
nados im'erati os hi'ot#ti$os de Yant/ o segundo $orres'onde
5
mais ou menos ao Que ele denominou o im'eratio assertri $o 
Então Yant 'ensou em ainda 'oder distinguir destes dois ti'os um
ter$eiro ti'o de normas da ra0ão, os assim denominad os
im'erati os $ategri$os , e a sua lese era Que as normas morais são
im'erati os $ategri$ os Entendese 'or im'eratio $ategri$o ema
regra da ra0ão sem 'oeto de re*er]n$ia/ seria então ra$iona *a0er
algo, não $om re*er]n$ia a um determinado obetio e tamb#m não
em ista do bemestar de Quem age (ou *a0) ou de um outro ser,
mas em s6 mesmo Yant a'roeitase nisto do *ato de normas
morais 'oderem ser *ormuladas $omo u60os de alor absolutos (VE
bom%ruim *a0er ?&9, e assim 'ensa em 'oder re*ormular estes, de
maneira bem anloga aos im'eratios hi'ot#ti$os e assertri$os& VE
ra$ional%i rra$ional *a0er ?0@
Contradi0, 'or#m,  nossa`$om're ensão normal di0er Que

aQuele Que se $om'orta de maneira imoral tamb#m # irra$ional


Por outro lado, isto 'are$e $ontradi0er o sentido da ra$ionalidade
em geral de designar $erta s aç"es $omo em e 'or s6 ra$ionais,
sendo indi*erente se isto então ainda # $om'reendido $omo moral
9s somos irra$ionais Quando somos in$on sistentes em nossos
'ensamentos e metas, ou Quando não os 'odemos *undamentar/
somos, 'ortanto, 'rati$amente irra$ionais Quando somos
in$onsistentes em nossas metas ou Quando não 'odemos
*undamentar nossas aç"es $om relação s nossas metas LQui
're$isamos admitir $om Kume Que nossas metas ou obetios 
estão sem're 'r#dadas  a 'artir de nossa a*e tiidade, de nossos
sentimentos  e $omo tais *orne$em os 'ontos de re*er]n$ia 'ara
uma $onduta ra$ional e%ou irra$ional 9ão # 'oss6el er oQue dee
ser uma ação Que sea em si e 'or si ra$ional Este dis$urso 'are$e
um $ontrasenso 

5 .rundlegung 0ur Xeia'hsi8 der Sitien, Edição L $ad]mi$a, I2 ' ?i?s

?5
Com isto 'are$e 'ortanto $erto Que Yant, Quando a*irma Que

eRiste um sentido absoluto da ra0ão, não entende o sentido $omum


de ra$ionalidade Yant 'oderia naturalmente obetar $ontra er6e
argumente "e el e, Quando *ala de um im'erati o $ategri$o,
$onsidera um $on$eito 'arti$ular de ra0ão, e Que isto tamb#m # o
motivo :rund ) 'orQue o imoral 'ode 'are$er ra$ional/ Que ele #,
no $aso, ra0oel, naturalmente no sentido $omum de ra$ionaif,
mas não no sentido 'arti$ular  esta altura 're$iso interro m'er
'roisoriamente a dis$ussão, 'or Que somente # 'oss6el
'rosseguir, submetendose  'roa a erdadeira 'ro'osição de
Yant, $omo a ra0ão dee ser $om'reendida neste sentido,
'arti$ular/ e isto eu Quero *a0er Quan do a'resentar a #ti$a de Yant&
da mesma *orma Quero eRaminar outro ti'o de 'ro'osição de L'el
e de Kabermas, Que igualme nte 'ressu'"e um dis$ urso não
relatio de Vra$ionalU

G Que 'odemos di0er agora,no enlamo, # isso& em 'rimeiro


lugar, este $on$eito de ra0ão, Que não se orienta mais 'elo s entido
$omum de ra$ionalidade, seria então uma des$obert a *ilos *i$a 
Poderseia agora *alar de ra0ão $om mai^s$ulas Em segundo
lugar, o Que então tamb#m estaria ganho, se realmente se
mostrasse Que o moral seria em e 'or si ra$ional[ Gs ade'tos
desta $on$e'ção a$reditam desta maneira ter a moral $om'roada
e 'arti$ularmente bem *undamentada Xas seria isto num sentido
'rti$o[ Seria a irra$ionalidade, neste sentido, uma sanção[ 9as
regras $ostumeiras da ra0ão # 'reudi$ial ser irra$ional, 'ois a
irra$ionalidade somente # uma sanção em relação aos obetios de
Quem age G *ato do imoral lear a etiQueta $om'lementar da
irra$ionalidade (al#m disso ainda em mai^s$ulas) não nos deeria
atingir, se não ti#ssemos  um outro motio 'ara eitlo Que s

'ode residir num senti mento, 'elo Qual ns 0elamos


-etomarei a este assunto Por enQuanto eu 'ressu'onho mais
do Que  est 'roado de*initiamente, isto #, Que este # um be$o
sem sa6da

?>
oltemonos agora Quelas regras 'rti$as Que eu $hamo de
normas so$iais L'resento este termo da seg76nte maneira& aQuele

Que não aage


Contra $on*orme
distinção "ma nomia
de normas so$ial
so$iais so*re uma
e normas sanção
da ra0ão social$
'odese
obetar Que aQuele Que  mediante "ma sançio so$ial  age
$on*orme uma determi nada regra tamb#m tem um determinado
obetio 1negativo9$ e $onQuanto estas normas seam, 'or sua e0,
regras hi'ot#ti$as da ra0ão Isto # $orreto, mas hã as'e$tos
$om'lementares tão im'ortante s ligados ao *ato de Que o obetio
a ser evitado # uma sanção, Que !a sentido distinguilas $omo uma
es'#$ie 'r'ria de regras -egras de ogo tamb#m 'odem ser
$om'reendida s *ormalm ente $omo im'eratios hi'ot#ti$os
Eu distingo 'ois tr]s ti'os de normas so$iais G 'rimeiro ti'o
dee ser $om'reendido $omo o mais sim'les& são normas
$riminais LQui a sanção # um $astigo eRterno estabele$ido no
interior de uma urisdição G $rit#rio 'ara 6a! 'ara Que eRista uma
norma deste ti'o, e, 'or $onsegu inte, eRista $erta lei num 'a6s, #
Que aç"es do ti'o es'e$i*i$ado no $rit#rio são $astigadas
Eu distingo das normas legais aQuelas normas so$iais, $ua
sanção $onsiste numa 'ressão so$ial di*usa 9esta 'ers'e$tia,
'ois, as normas morais são hoe de *ato de*inidas em grande 'arte
nas $i]n$ias so$iais ,social #ressure<( enQuanto Que *ils o*os
$ostumam 'assar sim'lesmente adiante nesta $on$e'ção Isto tem
a er $om o *ato da #ti$a *ilos*i$a ainda não ter $om'reendido at#
aQui a im'ortân$ia de toda a 'roblemti$a do $on$eito *ormal de
uma moralidade (ou, no 'lural, morali

B$ +ma e0 Que mostrarei Que as normas morais são um ti'o de normas so$iais, $on$ordo
nesta medida tamb#m $om a tese de P hiii''a Foot Que normas morais são
"m $erto ti'o de im'erati os )ipotéticos$ C* Foot , oraiit  as a SZstem o* (po
theti$al Im'eraties in& !hü ts o#i uai l - e9i e@' :3 (34>=)
dades)  Para a $on$e'ção $ient 6*i$o so$ia l a'ena s # signi*i$atio
Que ela d] uma res'osta  ainda Que não satis*atria   'ergunta,
$omo dee ser $om'reendido o deer es'e$6*i$o em u60os morais
LQui naturalmente reside ara0ão de$isia, 'orQue não basta a
subsiinção nos im'eratios hi'ot#ti$os/ não se atingiri a desta
maneira o es'e$6*i$o da sanção so$ial
O $on$e'ção $ient6*i$oso$ial 're$isa ser di*eren$iada mais
am'lamente Pre$isaremos atender a dois as'e$tos Em 'rimeiro
lugar, 're$isase er Que aQui a sanção, di*erentem ente das normas
ur6di$as, # uma sanção interna G Que isto signi*i$a mostrarei
a'enas na 'rRima lição
Em segundo lugar, um 'onto *ra$o im'oitante da $on$e'ção
$ient6*i$a indi*eren$iada # Que ela não distingue entre $onenç"es
e normas morais, Podem eRistir $ulturas Que não *a0em esta
distinção, tam'ou$o 're$isam ter estabele$ida uma
regulamentação lega 'ara o $as*6go, Que sea distinta da 'ressão
so$ial di*usa Para as $ulturas 'rRimas a ns, entretanto, # dada a
distinção, tanto entre as regras $onen$ionais e morais Quanto
entre estas duas, de um lado, e as normas legais, de outro
(9aturalmente as normas $riminais 'odem, 'or sua e0, ser
ulgadas moralmente boas e ruins/ $ontudo as normas ur6di$as são
inde'endentes de tal ulgamento)
Como se dee $on$eber a di*erença entre o $onen$ional e o
moral[ Se eu tiesse indo nu aQui 'ara o auditrio, o$]s sem
d^ida teriam a$hado isto não a'enas estranho, mas tamb#m
inadeQuado Se então lhes tiesse 'erguntado 'orQue reagem desta
maneira, o$]s então 'oderiam ter res'ondido& VIsto não se *a0U
ou V$onos$o, nesta $ultura, isto não # $ostumeU Xas o$]s mal
'oderiam ter dito o Que haeriam de di0er, se eu tiesse
humilhado algu#m& VIsto # ruimU
Isto *i$a $laro $om a eR'li$ação da distinção Que segue
9uma $onenção so$ial a reeição de uma $onduta 'elo gru'o # a
^ltima (instân$ia) Wue entre ns não se age desta maneira
(isto #, não se di0 não se 'ode agir assim), isto sim'lesmente est
*undam entado no *ato desta $onduta ser reeitada 'or ns Esta
reeição  # a *undamentação, e não tem a 'retensão de, 'or sua
e0, ain da ser !"ndamentada$ L reeição na in*ra ção de "ma
norma moral, ao $ontrrio, *undamentase obiamente, 'or sua
e0, no *ato de a gente a$har ruim um semelhante 'ro$edimento
Lssim a anlise do sentido de*inido, Que tem o 3er de&,
gramati$almente absol"to, reQuer agora, 'or si mesmo, tamb#m a
eR'li$ação do sentido de*inido do em'rego gramati$almente
absoluto do outro gru'o de 'alaras  VbomU e VruimU
Deese di0er Que o $onen$ionai est rela$ionado $om o
moral, ao menos enQuanto ele,tamb#m im'li$a um Vter deU
absoluto[ Seu $arter de absoluto ser $ontudo retido ao se
relat6i0ar sua 'retensão  reeição de determinados gru'os ,Bn.s
reeitamos isto&9$ 9a medida Que um rem de 'rti$o, $omo tal, não
# 'ensãel sem sanção,  se 'ode ante$i'ar Que tamb#m no moral,
atrs da *orma da sanção, gramati$almente absoluta, est $ontido
um 'onto de ista relatii0ador

;A
TERCEIRA LIÇ=O
>Bom> e >mau>?

G Que Queremos di0er Quando sim'lesmente di0emos Que um


ato ou $om'ortamento # bom ou mau[ De modo anlogo ao $aso
da Questão sobre o Que signi*i$a di0er de uma maneira absoluta de
um ato ou $om'ortamento, segundo o Qual se tem e imüssen< agir
ou não se 'ode agir teremos de inserir esta Questão na

$lari *i$açã o gerai d$  m'reg o destas 'ala ras, aQui, 'ortanto,


das 'alaras VbomU emauU
Podese em 'rimeiro lugar di0er, do modo mais geral, Que
Quando em'regamos a 'alara `bomU damos de algum modo a
entender Que somos a *aor L 'alara `bomff *oi denominada
uma V'alara'rU ,#ro$Conf 
G 'rRimo 'asso # o de Que se dee atentar a Que a 'alara,
em Quase todos os seus em'rego s, im'li$a uma 'retensão ob
etia, uniersalmente lida  Esta tamb#m se d Quando se di0
Vaime bemU, isto #, Vou bemU L reiatii0ação $ontida neste
datio # a'enas uma reiatii0ação Que indi$a vaw Quem ai bem/
não h a6 reiatii0ação alguma do u60o sobre o irbem

_ Tradução de Fernando Pio de Llmeida Fl e$8

3 C* -K 9oellSm i6h, Eih ics '  3=

= Em alemão, es geht mir gu*


Podemos 'erguntar eRatamente do mesmo modo, 'or eRem'lo, se
EaF urna 'lanta ai bem Para 6sso temos $rit#ri os obetios e não

Querernos di0er Que de'ende do res'e$tio ulgador se # dito Que


EaF nm ser a i bem ou mal Certamente, no $aso de ii7i a planta,$
sentimentGs $ão desem'enham 'a'ei alg"m, enQuanto no $aso de
um ser humano, se vaw ele ai bem, de'en de em boa 'ar6e [ ainda
Que não eR$lusiamente, de se e6e se sente bem, Wuando
'erguntamos a algu#m V$omo ais[ U`` ('ensese no $aso em Que
*a0emos a 'ergunta a algu#m, $ua situação inde'endente dos
sentimentos sea m', 'or eRem'lo, um doen te), *reQ7en temente se
tem em ista at# mesmo eR$lusiamente seu estado emo$ional
Xas tamb#meste # então algo dado obetiamente, sobre o Que se
'ode ulgar $orreta ou in $orretamente
L'enas eR$e'$ionalmente a palavra bomU # em'regad a sem
'retensão oo6ena  e sobretudo, em dois $asos& em 'rimeiro lugar,
"ando di0emos p agradameU  ou agradame gustatiamentef` </

aQui a 'ala
subetio/ emrasegundo
bomU lugar,
est inseri da em umQuando
es'e$ialmente, $onteRto ling76 a sti$o
usamos
'alara isoladamente $omo res'osta a um $onit e Llgu #m me
di0, 'or eRem'lo& V2amos hoe  noite ao $inemaU, e res'on do
VestbemU n 9este em'rego isol ado, a 'alara # sim'lesmente
enten dida $omo a eR'ressão V$om 'ra0e rU ,geme< ou $omo o
VsimU, entendido em sentido 'rti$o, e eR'ressa a'enas uma
atitude'r subetia& Vsou a *aorU Para a negação não
em'regamos neste $aso nenhuma 'alara anloga (VmauU), mas
di0emos sim'lesmente VnãoU 9o 'rimeiro $aso, a re*er]n$ia
subetia # eR'ressamente indi

< Em alemão, nie ge%u es dir[ 

? Es ge*ãllt mir gu* litera lmente V$a ime bem U

; DEs schnieckt mir guí literalmente Vsabeme bem

$ "Guf\ literalmente 0-bom.$

;=
$ada, no segundo, ela $ons titui o $onteRto, 9ão se ít&íz e am
estadode$oi sas obeti o sobre $uo ulgamento $orreto ou in

correto se 'oderia dis$utir


Era $ontra'artida, a 'alara # entendida obetiamente, tanto
nos em'reg os Que eR'ressam normas ra$iona is (V# bom U x V#
ra$ional  U), $omo em se"s di*erentes em'regosatributios Por
em'rego atributio entendemse todos os $asos em Que se *ala de
um Vbom cU, 'or eRem 'lo, de "m bom relgio ou de um bom
iolinista
Considerem os agora ainda outro as'e$to de todos osem'regos
de VbomU, mesmo os subetios  Wuando se !ala de VbomU, estamos
diante de uma es$olha, e Quase sem're Que estamos diante de uma
es$olha, não se trata de uma resposta simounão [ mas sim de uma
es$ala > Lssim $omo se $hama es$ala de $om'rimento  es$ala em
Que se ordenam obetos, de ta modo Que se 'rodu0a uma s#rie em
Que um obeto # mais longo do Que outro mai s $urto do Que ele,

assim tamb#m ordenamos em situaç"es de es$olha as


'ossibilidades, segundo uma es$ala de `melhorU e V'ior ; Podemos
$hamar esta es$ala de$ala de ' re*erenda ( !rciferenzskala < e
Quando a 'alara VbomU # em 'regada obetiamente, de es$ala de
eR$el]n$i a ,Vorziiglichkeit<+ o melhor # o Que # digno de ser
're*erido, o Que # 're*erido de modo *undamentado  VER$el]n$iaU
 im'li$a obetiidade, mas 'odemos a$entuar eR'ressamente tal
obetiidade, di0endo Que VbomU # (eR$eto nos raros em'regos
subetios) uma 'alara 'ara a eR$el]n$ia obetia Por eR$e
l]n$ia obetia dee ser entendido Que o designado $o mo me lhor
não # a'enas de *ato 're*erido ($omo Quando diante da 'ergunta se
Quero ir ao $inema hoe  noite, res'ondo Vmelhor amanhã  aQui
VmelhorU signi*i$a o mesmo Que Vgostaria

> G artigo $lssi$o # iG +rmso n _fGn .rad ing`f in& Fie Logi c an d La ng ua ge ' =nd
series GR*ord, 34;< ' @8 ;   D
maisU, mas Que # digno de 're*er]n$ia, Que h *undamentos
obetios 'ara 're*enlo

Deese di0er Que *undamentes obetios são:serapre !"n


damentos ra$ionais [ Lssim 'ensaa Yant :, e desde logo de'"e em
*aor desta $on$e'ção o *ato de Que seguir 'ontos de ista,
$onsiderados $omo ob+etivamente !"ndamentados, $onstitui
segundo o seu sentido, o Que se entende 'or agir ra$ional Esta *oi
tamb#m a ra0ão 'or Que ;ant ulgaa Que, Quando VbonT #
em'regado de modo absolut o, somente 'ode ser entendido no
sentido de uma *undamentação ra$ionai absoluta Isto era
$ertamente 'ensado $omo $on$ludente L'enas não se 'ode er,
$omo tente i mostra r (na lição anterior) , $omo uma ação 'ode ser
*undamentada de modo absoluto, isto #, não somente de modo
relatio a alguma outra $oisa E não tem isto de 'are$er ainda mais
estranho do Que na ^ltima lição, se agora # $laro Que o Que aQui
dee ser *undamentado # algo absolutamente digno de 're*er]n$i a[

Como relatiam
senão se dee 'oder
ente a!"ndamenta Que
"m Querer ar al go,algo # digno
'ortan de 're*er]n$ia,
to, Que, 'or sua e0,
# um 're*erir ('reem inente)[ Teremos, 'ortanto, de es'erar Que,
onde temos a er $om o digno de 're*er]n$ia, sua obetiidade, ou
*ra$assa, ou $ont#m ainda outros *atores Que não o da
ra$ionalidade
Gs em'regos atributios de bomU  a'ontam nesta direção
9o $aso do em'rego atributio, tratase sem're de ordenar obetos
a Que um 'redi$ado se a'li$a em uma es$ala de VmelhorU e V'iorU,
de tal modo Que, se algu#m tem um c a es$olher, 're*erir, baseado
em *undamentos obetios, o c melhor *rente ao 'ior Poder,
naturalment e, 're*erir b( embora

: Fund amen taç ão( I2 ?3<& Prati$amente bom #, 'or#m, o Que determina a ontade 'or
meio das re'resentaç"es da ra0ão, 'ortanto não 'or $ausas subetias, mas obetias, isto
#, 'or *undamentos lidos 'ara todo ser ra$ionai

;?
ulgue a melhor, mas então não 're*ere baseado em *undamen tos
obetios

on =rig)t 4 disting"i" aQui es'e$ ialmente dois em'regos


"e na tradição adstot#li$a *oram am'lamente $onsiderados
indistintamente sob o t6tulo -e?celência& (aret* )& em 'rimeiro
l"gar, o em'rego instr"mental, onde ulgamos a eR$el]n$ia de um
obeto Que é ^til 'a ra alg o, isto é, Que tem uma *unção, $omo "m
relgio, e, em segundo lugar, o Que 2on \right denomina
eR$el]n$ia t#$ni$ a, $om o Que se tem em mira o sentido grego
antigo de -técnico&, de t#$ni$a, 'ortanto, no sentido de uma arte, e
aQui se trata d e eR$el]n$ias humanas, $omo a de um esQuiador ou
a de em m^si$o, ema eR$el]n$ia Que # $onstatada atra#s de um
$on$urso
Podemos ordenar relgios ineQuio$ament e em uma escala de
eR$el]n$ia obetia[ Somente se *or *iRada a 'ers'e$tia, Posso
ordenar relgios ineQuio$amente em mais eRatos e menos eRatos

tão ineQuio$amente $omo 'osso ordenlos segundo a


intensidade do ru6do Que *a0em ao *un$ionar, et$ 9o $aso da
Questão de $omo, 'or sua e0, se 'esa a eR$el]n$ia das di*erentes
'ers'e$tias, a$res$en tase, todaia, um as'e$to subetio
irredut6el
9o $aso de uma eR$el]n$ia Que 2on \right denomina t#$
ni$a, as'e$tos obetios sem're desem'enham tamb#m um 'a'el
+m iolinista Que $omete erros ao to$ar # desde logo eliminado
em um $on$urso Se se dee $on$eder um 'r]mio entre *inalistas,
isto #, de$idir Quem # o melhor, *a0se $om Que um ^ri de$ida 'or
otação L otação introdu0 um momento subetio irredut6el
Por outro lado, somente se a$eitar no ^ri $onhe$edores
eR'erimentados

4 2on \right  The Varieties tf :oodness( $a'6tulo =

;;
Temse tamb#m em ista este ti'o de 'ro$edimento Quando se
di0 Que um obet o art6sti $o # bom ou Que # melhor Que outro W

'r'rio
são Yani de*endia
obrigatrios ero geralaQui a $on$e' ção de Que) eu60o
( allgemein9erbindlich s est#ti$os
neste sentido
t]m um estatuto obrigatri o, embora não seam *undamenteis 3A/
aQui se tem, em lugar de uma *undamenta bilidade, a mera
igualdade do subetio, a igualdade no tomar $omoa grad el
:efallennehmen no 're*erir Isto não signi  *i$aa 'ara Yant
Que todos os homens de *ato ulgam igualmente, no dom6nio
est#ti$o, mas Que o Que u1ga sustent a a 'retensão de Que todos
de9eriam (sollten) ulgar igualmente G Que signi*i$a este
Vdeeriam U, se não 'ode ser a'oiado em *undamentos [ Sem entrar
nas 'arti$ularida des da teoria 8antiana, isto signi*i$a 'ara Yant
Que  tale0 se 'ossa *ormular assim  todos t]m uma
re$e'tiidade ,Em#f6ngiichkeit<( igual em 'rin$6'io, 'ara o
esteti$am ente satis*atrio Este modo de eR'li$ar uma igualdade
no u60o $orres'onde a'roRimadamente ao Que disse antes Quanto
ao ulgamento das eR$el]n$ias humanas& G Que d o 'adrão
,massgeben< # o Que os eR'erimentados 're*erem Isto 'ermane$e
di*6$il, mas deiRa entreer a 'ossibilidade de uma eR$el]n$ia
lida em geral, Que, $ontudo, não se a'oia em *undamentos
9o $aso de u60os morais não nos # 'ermitido es'erai_ eRa
tamente este ti'o de eR$el]n$ia lida em geral e, $ontudo, não
*undamentada de modo em'6ri$oobetio, $omo se d no est#ti$o
e no Vt#$ni$oU Basta, 'or#m, em 'rimeiro lugar, Que o sentido de
tal 'ossibi lidade não sea eR$lu6do de antemão, e, em segundo
lugar, temse de insistir em Que aQui não se trata de um sim ou
não, mas de Que o sentido redu0ido de uma alid ade geral ,
eentualmente 'oss6el, tem de ser re$onhe$ida em $ada $aso em
seu sentido 're$iso

3A C* 7rítica do 2uízo(  :s 9a erdade Yantem'rega, Quanto a u60os est#ti$os, a
'ala ra Vbe ioU e n ão a ' ala ra bom 
Wue sentido 'oderla te r o em'rego gramati$a l mente absoluto
da 'alara -bonTH G signi*i$ado Que ;an# yhe atribuiu tem de ser

reei tado, 'orQue uma *unda menta $ao absol$ se $ho$a, tanto
contra o sentido de ra$ionalidade , Quanto $entra o sentido de
eR$el]n$ia& o digno de 're*er]n$ia não 'ode ser sim'lesmente
sobre'osto ao pre!erir, tem de ser ema 'ossibilidade
'reeminente&do 'r'rio're*erir Se não se segue sim'le sment e a
inter'retaç ão partic"lar de ;ant, "e tem de ser en$arada $omo
uma $onstru ção *ilos*i $a, então poderia parecer Que a 'alara
-bom& nesta 'osição gramati$al  como um mero 'redi$ado não
relativo  a 'rin$6'io não tem nenhum sentido $laro
Poderseia 'ro$u rlo em duas direç"e s Em 'rimeiro lugar
'oderseia di0er $omo Kume & bom, neste sentido, # o Que todos
os homens d e *ato 're*ere m e nesta med ida aoro am/
J mau o Que de modo $orres'ondente, $ensuram Esia
$on$e'ção teria uma $erta semelhanç a $om a $on$e'ção de Yani
a$er$a dos u60os est#ti$os, mas aQui não nos *a0 aançar
L 'ro'osta de Kume # boa at# aonde al$ança, mas temse de
*a0er a ela duas obeç"es& em 'rimeiro lugar a'resenta o Que na
#ti$a *oi$ ham ado *al$ia natural6sti$a& na #ti$a sim'lesmente
$onstatar6amos o Que os homens de *ato a'ro am, e temse de
'er$eber diante disto Que u60os sobre haer u60os morais são
em'6ri$os, mas Que a 'retensão dos 'r'rios u60os morais não #
em'6ri$a ($* a$ima 'rimeira lição) Gra, isto # 're$isamente
negado 'or Kume, e ele nos *aria re*letir Que não temos nenhuma
outra ia Que não a natural6sti$a, inus tamente denominada de
*al$ia Deese alis, $onsiderar Que Kume somente se 'de dar
'or satis*eito $om esta $on$e'ção, 'orQue admitia Que todos os
homens ulgam moralmente de modo id]nt i$o +m $on$eito de
moralidade Quenão deiRe aberta a 'ossibilidade de rios
$on$eitos morais tem, $ontudo, de 'are$ernos hoe ina$eitel

;>
L segunda $onsideração 'are$em e ainda mais $oer$itia e
tamb#m nos $ondu0 adiante& a*irmei ante$i'adamente, ao *im da

lição anterior,
$onen$iona is 'orQue
ser aasalo$ação
normas 'ositi
moraisa, no
se$aso
distinguem
de um u6da0o
s
moral, !"ndament'vel$ Esta !"ndamentação, assim o a*irmei,
re*erese eRatame nte ao ulgamento de um estadode $oisas (ou de
uma ação, ou tamb#m da norma) $omo bom%mau  a'roação Que
Kume $om ra0ão ino$a não # sim'lesmente um assentimento
'rti$o, mas nele se *a0 re*er]n$ia a um ser bom a*irmado ,em
behau#tetes 7iitsein < a Que se re$orre $omo *undamentado W
a'roar $onsiste no ulgamento de um ato como obetiamente
eR$elente, e isto não 'ode ser inertido (o ato não # bom 'orQue
a'roado, 'ois então o a'roar 'erderia o sentido) Isto signi*i$a
Que estes u60os se a'iam em um $rit#rio, em um *undamento
G re$urso de Kuirte ao ulgamento subetio nae?plicação do
bom gramati$almente absoluto #, 'ortanto insu*i$iente Se o u60o
tem um $onte^do obetio, o bom $em de ser en$on tra do neste
Como então se dee entendêloH Em'reendi $erta e0 uma
tentatia de res'onder diretamente a esta Questão ; s , ulgando Que
este sentido gramati$almente absoluto de VbomU dee ser
entendido no sent ido de Vbom na mesma medida 'ara todosU
Xas abstraindo do resultado absurdo de Que então um
determinado $on$eito moral $om $onte^do se seguiria de um mero
sentido de VbomU, logo 'er$ebi Que era uma mera 'ostulação (uma
$onstrução *ilos*i$a), e Que VbomU aQui 'oderia ser entendido
assim, 'or eRem'lo, no sentido da moral utilitarista ou tamb#m no
senti do do hegeliani smo $omo Vbom 'ara o todoU  2isto assim,
em e0 de VbomU 'oderia at# mesmo estar um Voutro 'redi$ado de
*undamenta çãoU, 'or eRem'lo,

33 C* meu artigo S'ra$he und Ethi8`f v!inguagem e #ti$aw (34>:) re'rodu0id o em meus
Philoso'his$he Lu*sqt0e vEnsaios Filos*i$osw

;:
VsantoU 3 Este 'asso *oi im'ortante 'ara mim, 'orQue desee então
$om'reendi Que 're$isamos de um $on$eito moral *ormal Que

admita tomandose
lugar, di*erentes $on$eitos
'oss6eis$om $onte^d
tamb#m o Xas,
outros ern 'rimeiro
V'redi$a dos de
*undamentaçãoU, os 'redi$ados VbomU e VmauU 'erdera m o sen
legar de honra Que 'are$em ter nos u60os morais  Em segundo
lugar, 'o r#m  e esta # a di*i$uldade em Que agora estamos p
tomo"seme $om isso $laro Que ioda tentatia de determinar
diretamente o serbom desta maneira seria uma mera $onstrução
*ilos*i$a e, $omo tal, arbitrria
Desde minhas V-etrataç"esU de 34:< 3< de*endo, 'or isso, a
$on$e'ção de Que não h um signi*i$ado do emprego grama
ticalmente absoluto de VbomU 'ass6el de ser $om'reend ido
diretamente, mas Que este remete a um em'rego atributio
'reeminente m Que di0emos Que algu#m # bom não $omo
ioli nista ou $o0inheir o, mas $omo homem ou membro da $o
munidade como 'ar$eiroso$ial ou 'ar$eiro $oo'erador Isto
signi*i$aria Que VbomU neste sentido não est rela$ion ado 'ri
mariamente a aç"es, mas a 'essoas , l Lristtel es $on$ebia Que
`bomU no sentido mora dee ser entendido desta maneira 9ão
'osso 'roar este 'asso 2eremos, 'or#m, Que ele 'ermite um
es$lare$iment o e*etio da alor ação gramati$almente absoluta
+ma ação # boa, $omo o entende Lristteles, Quando # a a$ão de
um homem bom Com o $on$eito de homem bom temos o Que
*altaa em Kume, um 'onto de ista de *undamentação 'ara
a'roar e $ensurar, Que #, $ontudo, su*i$ien tement e *ormal 'ara
estar aberto a di*erentes $on$eitos de moral
+ma e0 Que se trata de um em'rego im'li$ itamente atri
butio de bomU, somente o 'odemos es$lare$er 'ondoo no
$onteRto de outros em'regos atributios Que se rela$ionam a

3= C* a 'ri meir a de mi nha s V Drei 2orle sunge nU v D0r/s liçGesDH em& !rob leme der
$robemas da F!i%aG

3< In  !' bl em e der Ethi k' ' 3< =s

;4
seres humanos, 'ortanto no das $a'a$idades denomin adas 'or 2on
\right $omo eR$el]n$ia s t#$ni$as

Deseo aQui em 'rimeiro lugar $hamar a atenção 'ara o *ato


de Que ema grande 'arte da so$iali0ação de uma $riança $onsiste
em ser a'oiada no desenolimento de um $onunto de
$a'a$idades Que estão Iodas em uma es$ala de -mel)or& e V'iorU
Lssim, a'rendemos em 'rimeiro legar a desenol er $a'a$idades
$or'orais& andar e $orrer, nadar, dançar, et$/ do mesmo modo,
$a'a$idades instrumentais de 'rodu0ir $oisas& constr"ir, $o0inhar,
$osturar, etc$ $a'a$idades t#$ni$a s& $antar, to$ar iolino, 'intar,
et$/ e 'a'#is $omo $rianças, em 'rimeiro lugar em brin$adeira s)&
ser adogado, 'ro*essor, mãe, e tudo isto 'odese desenoler, sob
o a'lauso dos adultos, menos bem ou melhor ou en*im
eR$elentemente
Ser bom em tais $a'a$idades # então natur almen te tamb#m
im'ortante em es'e$ial 'ara a ida adulta_ tanto Que se 'ode di0er
Que o sentimento de autoestima de uma 'essoa $onsiste em
grande eRtensão (ou totalmente[) em ter $ons$i]n$ia de ser bom
em suas $a'a$idades Lo mesmo tem'o, $a'a$idades 'arti$ulares
'odem ser mais ou menos im'ortantes 'ara algu#m& $on*orme isto
sea o $aso, a Questão de se uma 'essoa # boa Quanto a tais
$a'a$idades ser im'ortante 'ara seu sentimento de autoestima
Posso, 'or eRem 'lo, ser um mau $o0inheiro, mas se não me
$om'reendo $omo $o0inheiro (ou, 'elo menos, não tamb#m $omo
$o0inheiro), isto não atingir es'e$ialmente meu sentimento de
autoestima Com'reenderme $omo $o0inheiro ou iolinista (ou
tamb#m $omo tal), signi*i$a Que isto # uma 'arte de minha
identidade Identi*i$ome $om Qualidades desta es'#$ie Quando
me # im'ortante serum taletal G *ato de me ser im'or tante
signi *i$a Que tomo uma 'arte de meu senti mento de autoestim a
de'endente de ser bom nesta $a'a$idade
Se algu#m se mostra mau em uma $a'a$idade Que lhe #
im'ortante, a reação # de ergonha, isto $orres'onde  de*ini

5A
ção de ergonha Que . TaZlor o*ere$eu em seu liro !ride ,
?hame and :uilt (GR*ord, 34:;)& ergonha # o sent mento de 'erda

de
de autoestima
um modo aos olhos dos outros
es'e$ialmente agudo('$ss6eis
Quando Sentimos ergonha
outro s e!etivamente
estão 'resentes e Quando os $onsideramos $om'etentes, 'or
eRem'lo, um violinista, Quando lo$ a mai em iim concerto* Xas
tamb#m Quando se eRer$ita so0inho, se to$ar mal, se energonhar
p *a$e aos olhos, ou aos ouidos, de um '^bli$o #ossí9el
J di*erença destas $a'a$idades es'e$iais Que temos de de
senoler, em geral de um modo a'enas rudim entar  e bem
a'enas se asso$iamos a elas nosso sentimento de autoestima
 h uma $a'a$idade $entral 'ara a so$iali0ação,  esta # a
$a'a$idade de ser um ente so$ialm ente trat el, $oo'erador, ou
em uma so$iedade 'rimitia, $orres'onder ao 'adrão 'ara ser
membro desta so$&edade e gostaria a'enas de a*irmar Que as
rtoniias morais de ma so$ie dade são eRatame nte aQuelas Que
*iRam tais 'adr"es, isto #, Que de*inem o Que signi*i$a ser um bom
ente $oo'erador 9os u60os em Que di0emos Que 'essoas e aç"es
são boas ou ms, ulgamos as 'essoas não relatiamente a
$a'a$idades es'e$ia is, mas $om res'eito a esta $a'a$idade $entral
Karmoni0ase bem $om tal $on$e'ção o *ato de Que 'odemos
nos energonhar não a'enas Quando *ra$assamos em uma
$a'a$idade determinada e im'ortante 'ara ns, mas ergonha #
tamb#m a reação emo$ional Quando *ra$assamos moralme nte (*a$e
a normas, 'ortanto, Que a 'artir da 'ers'e$tia da 'essoa em
Questão de*inem o seu serbom $omo ente $oo'erador) Lristteles
$onsiderara at# mesmo em sua dis$ussão da ergonha ,-et.rica B
5) a'enas a ergonha moral
Se, 'or um lado, a ergonha moral se insere no *enmeno
mais abrangente da ergonha tamb#m *a$e a outros *ra$assos (ou

su'ostos
$larament*ra$asso s), 'or
e da ergonha outro lado,
nãomoral Isto todaia, ela se distingue
# es'e$ialmente
is6el Quando nos 'erg untamos $omo # a reação emo$i onai de

5uem est6não
'^bli$o diante de n.semo$ionalmente,
'arti$i'a em ambos os $asos
ou, 9o $aso usual,
se sente ou o
uma emoção,
esta $onsiste em rirse da 'essoa em Questão Se, em
$ontra'artida, ema 'essoa *ra$assa moralmente, Quem est diante
dela n"nca permanece emo$i onalm ente neutr o, nem se dier te,
mas reage indignado e $om $ensura,
L $ens ura # o *enm eno estru tural mente mais sim'l es, en
Quanto o a*eto da indignação, do mesmo modo Que a ergonha, se
ergue, $omo imos ('rimeira lição), a'oiado no u60o moral
L'roar e $ensurar # o ulgamento aloratio a'arentemente ainda
des'roido de a*eto sobre uma 'essoa Que, res'e$tiamente,
$orres'onde ou não $orres'onde ao 'adrão de alor Tais
$om'ortamentos tamb#m não se dão no $aso das demais
$a'a$ idade s Wuanto a estas , 'odes e *alar de a'lau so e $r6ti $a,
sKo de a'roação e $ensura A di*erença *undase em Que 'ara 9
Que a'roa ou $ensura tratase da base normatia $omum 9o
$on6io $omo tal, 'arti$i'am igualmente o agente e aQuele Que
est diante dele LQuele Que se $ho$a $ontra esta base $omum, de
$erto modo 'uRa o ta'ete de sob os '#s do outro, e 'or isso a
indignação tamb#m  est sem're $ontida na $ensura G Que
distingue a $ensura da $r6ti$a # este a*eto de indignação
im'li$itamente eRistente
L isso se liga imediatamente o *ato de Que os membros de uma
so$iedade e4igem uns dos outros não serem maus neste sentido
9o $aso das demais $a'a$idades  se algu#m Quer ser um bom
$o0inheiro, um bom iolinista, et$  de'ende de Que *aça do bom
desenolimento destas $a'a$idades uma 'arte de seu sentimento
de autoestima, isto #, de sua identidade 9ingu#m eRige de
algu# m Que sea um $o0inheir o, um ioli nista, et$, e, 'orta nto,
não se lhe eRige tamb#m Que sea um bom iolinista, et$/
$riti$amos a'enas ou rimos de algu#m, se Quer ser um iolinista e
não logra bom ]Rito (9a erdade, o bom desem'enho dos 'a'#is
$ e se tem 'ode 'or sua e0 ser

5=
eleado a norma mora, e, ai#m disso, de a$ordo $om a *ormação

da so$iedade,
menos ter determinados
'reeminente/ em uma'a'#is 'ode sertradi$ional
so$iedade algo mais ou
o bom
desem 'enho de um 'a'el do serbom morai não se distingue tão
$laramente $omo o 'or mim des$rito)
G *alo de oiie todo s eRia m reciprocamente o $om'ort a
mento moral signi *i$a Que $ada um tem de ,miiss ) ser assim
$omo membr o da so$ie dade, independentemente de se Quer se r
assim G -tem deU gramati$al mente absoluto #, 'ortan to, 're
$isamente oeste sentido , tamb#m realmente (sachlich< um Vtem
deU in$on di$ion al/ V're$ isame nte neste senti do_f signi *i$a&
inde'endentemente de se Querer ser assim Isto não 'ode
signi*i$ar, naturalmente, Que este sentido # em si e 'or si in
$ondi$i onal, mas tamb# m esta eRig] n$ia re$6'ro$ a e o Vter deU
$orres'ondente  $omo todo ter de  somente 'ode ser entendido
$om base em ema sanção Que o$orre Quando se age $ontra ela
Lgora tomouse $lar o em Que $onsist e esta sanção& na 9er gonha
da 'essoa em Questão e na $orrelatia indignação dos outro s (e
mediante tal $orrelação 'odese distinguir $on$ei tualmente a
ergonha moral da nãomoral)
Com isto se es$lare$e agora o Que Queria di0er 'or sanção
interna' Somente # sens6el  determinada sanção da indignação
Quem a internali0ou na ergonha Podese $hamar isto tamb#m de
*ormação da $ons$i]n$ia moral ,:e@issen<'
L *orma ção da $ons$i ]n$ia moral segun do eo a $oneRão ,
$onsi ste em Que o indi 6duo, de sua 'arte, se Queira en tende r
$omo membro da $omunidade Este Veu QueroU # naturalmente
di*erente daQuele de Que se *alaa no $aso das $a'a$i dade s
es'e$iais 9ele est im'li$ado, em 'rimeiro lugar, Que o
indi 6duo assume em sua identid ade (isto #, naQui lo $om o Qual
ele se Quer entender) este serassim ,?o$sein<' $omo membro da
so$iedade ou 'ar$eiro $oo'erador, a Que 'erten$e a es$ala do
VbomU e VmauU entendidos de modo gramati$almente absoluto/ e,
em segundo lugar, isto signi*i$a então Que

5<
ele se entende $omo pertencente a uma totalidade de 'essoas Que,
media nte a sanção inter na da indig nação e da ergonha, eRigem
re$i'ro$amente urnas das outras Que estas normas $onstitutiasda
identidade não seam *eridas
. indi6duo tem, 'ortanto, de ter assumid o em su a iden tidade
Me isto signi*i$a em seu "ererserassim9 o serassirn e o
ser*aom a ele asso$iado Coro este ato de ontade não se "er
di0er Que o indi6duo  Queira diretamente ser bom, mas $er
tamente Que se Quer $onsiderar $omo 'erten$ente a este mundo
moral 1-a este mundo moralU Que se de*ine mediante o *ato de Que
todos eRigem de todos  relativamente $ sanção interna  serem
bons membros da so$iedade, em um determinad o sentid o de
bomU) Sem este "ererpertencer, ele não 'ode sentir ergonha
Quand o *ere as norma s $orres 'onden tes, nem indigna ção Quand o
outros as *erem Com este ato de ontade o ier de gramati$almente
absoluto é mais uma e0 relariviado$ 2le o *ora primeiramente (e
*orçosamente& sem isto r6o 'ode haer nenhum tem de< 'ela
sanção, e esta segunda re*atii0açâo a de Qu e a este tem de
're$ede um euQuer o, # ne$essria se a sanção dee ser interna, e
a sanção 'erten$ente ao $osmos mora tem de ser interna,  Que a
indignação não 'ode o$orrer sem a intemaii0a ção atra#s da
ergonha
L $oneRão 'ode ser elu$idada $om o auR6lio de uma intuição
$orres'ondente de Freud   Freud denominou a $ons$i]n$ia mora
de su'e rego e iu mais ou menos $laramente Que um su'e rego
somente se 'ode *ormar se se *orma (estruturalmente antes de,
*a$tualmente simultâneo a) o Que ele denominou de ideal do ego
Para o menino, o 'ai é, segundo Freud, o ideal do ego, isto #, a
$riança di0 'ara si mesma& Quero ser assim 6ntro etando em si
deste modo a imagem do 'ai, tem de ne$ess aria

H esammete er&e Ohms Com(etasJ,


KIII, @8
mente assumir igualmente o 'ai $omo instan$ia 'unitia na
'r'ria iden tidade, e assim se *orma o su'erego  Pare$e ser
logi$amente *orçoso Que somente se alg"ém se identi*i$a 'ode
di0er sim  instân$ia 'unitia, e somente então esta se 'ode tomar
uma sanção interna
L base do ter de situase, 'ortanto, um t?en Quer oU ($erta
mente nun$a eR'l6$ito e $ons$iente) Este -e" QueroU dist6n g"e
se natural mente de modo essen$ial do Ven QueroU do Querer
*orma r $a'a$ idade s deter minad as, 'ois agora o Querer  serassim
signi*i$a Que se Quer ser membro de "m $osmo s moral Que #
de*inido mediante eRig]n$ias re$6'ro$as $om relação a um
$on$eit o de serbom, e somente peio camin)o, indir eto sobr e este
$osm os se 'ode ('or #m não se tem de) Quer er ser bom de *ato
nesta 'ers'e$tia Se se entende $omo 'erten$ente a este $osmos,
mesmo aQuele Que age ma! no sentido de sua morai, 'erten$e a
ele$ Xosrrase se algu#m se entende $omo tal se se energonha
+m ind6 $io im'ort ante 'ara esta $one Rão # o *en meno do
!
Black of moral senseI $onhe$i do na 'si$o'atologia  9a 'si
$o'atol ogia este de*eito da $ons$i] n$ia moral # en$arado a'enas
$omo um *en meno 'ato lgi $o, Que remo nta mani *est amente a
determi nados danos aut6sti $os na 'rime ira in*ân$ia e, enQuanto
surgido na so$iali0ação, # de *ato um *enmeno 'atolg i$o Xas
eremos ainda, em 'rimei ro lugar, Que esta 'ossibil idade de não
se Querer entende r $omo membro do $osmos moral # uma
'ossibilidade Que, $omo Veu não Quero` >, nos a$om'anh a
'ermanentemen te Em segundo lugar, o Veu não QueroU da
'rimeira in*ân$ia, embora bastante raro, mostra Que um Veu
QueroU est e*etiamente  base da assunção da $ons$ i]n$ia
morah Wuem não tem senso moral não se 'ode en er

is C* D \ \inni$ott The Xanirational Pro$esses and the Fa$ilitat ing Enironment,
!ondres v45; ' =;s

51
gonhar moralmen te nem se indig nar $om outrem  Pode a'ena s
desenoler um $om'ortamento instrumental 'ara $om as normas
morais 2eremos Que esta 'ossibilidade $orres'onde *ilo
so*i$amente ao contrat"alismo moral
9o desenolimento de minhas re*leR"es morais, um 'asso
im'ortante *oi $on$e ber Que não se 'ode $onsiderar o lack of
moral sense a'ena s $omo um a$idente Com're enden do Que a
$ons $i]n$ia moral #somente o res"ltado de um ?t eu Quero >f 
natural mente não imotivado su'eramos a su'osição *eita 'or
Quase todas as #ti$as tradi$ionais  es'e$ialmente 'ela 8antiana 
de Que a $ons$i]n$ia moral seria algo *iRado em nossa
$ons$i]n$ia 'ela nature0a, Foi esta su'osição Que leou a Querer
de algem modo dedu0ir a moral, sea da Vnature0aU humana, sea
de um as'e$to dela, $omo a Vra0ãoU Considero a id#ia de um tal
ser*iRado um res6duo teolgi$o Somos na realidade mais lires ,
nossaautonomia ai mais longe do Que
# isto 'or ta is abordagens, e eremo s Que e sta $ir$unstân$ia
tomar essen$ialmente mais $om'li$ada a Questão da *unda
mentação de uma $ons$i]n$ia moral em geral e de uma moral
moderna em 'arti$ular G Que se tem de $om'reender aQui
sobretudo, # Que um Veu tenho de`f não a'oiado em um Veu
QueroU sem're im'l6$ito #, en$arado logicamente( um absurdo
,Jnding<'
G 'rRimo 'asso ser $lari*i$ar o Que 'ode signi*i$ar *un
damentar uma determinada moral, e o Que isto 'ode signi*i$ar
es'e$ialmente 'ara ns hoe, Quando tal *undamentação não mais
se 'ode *iRar tradi$ionalisti$amente
Koe Quero ainda a'enas tratar ante$i'adamente de uma
obeção natural& uma inserção tão *undamental da $ons$i]n$ia
moral em eRig]n$ias re$6'ro$as não lea a urna $om'reensão
$onseradora da moral ou, antes, a uma moral da ada'tação
so$ial[
Su'on hãm$Qu e sea assim Somen te 'odem os $riti$ar um
ra$io$6nio  :edankengang < *ilos*i$o em suas ra60es, não

55
a'ont ando 'ara suas $onseQ 7]n$ia s desag rade is Wuem Quise r
'r em Questão meu ra$io$6nio, leria, 'ortanto, de 'r em
Quest ão, minha tentati a de $lari *i$ar o senti do da obrig atori e
dade ( Verbindlichkeit ) morai/ teria de mostrar $omo se 'ode
entender de outr o modo o -tem deU s em'regado de maneira
gramati$almente absoluta, dos u60os morais
Xas a $onseQ7]n$ia temida não se segue M"lgar Que 'udesse
seguirse é, na erdade, uma reação $om'reens6el ao dito at#
aQui, não tendo eu ainda tratado da 'retens ão de serem
obetiamente *undamentados, $ontida eos u60os morais @ nesta
'retensão de serem !"ndamentados Que est $onti da a *orça
eR'losi a ( ?#rengkraft ) Que os u60o s morai s 'oten$ ialment e
$ont]m, e # nela Que 'odem $ondu0ir 'ara ai#m de um $on$eito
eRisten te de mora l 'ressu'o sto $omo dado
Linda não 'osso tratar disto agora Deseo, todaia, o*ere$er
dois eRem' les 'ara Que se tome $laro em Que senii do minha
$om'reensão de uma moral est so$ialmente in$ulada, e em Que
smtido não est Pensemos em um re*ormador moral, $omo, 'or
eRem'lo, 1esus de 9a0ar#, 1esus relatii0ou e $om'letou a moral
então eRist ente de seu 'oo Xas mesmo Que a ties se reei tado
inteiramente e 'osto outra em seu lugar, não teria 'odido *a0er o
Que *e0, e o Que todo re*ormador *a0, se tiesse retirado a noa
moral estruturalmente do so$ial& 'ois então a noa moral não
mais teria sido moral alguma G Que o re*ormador di0 # o
seguinte& os $onte^dos sobre os Quais os indignais e
energonhais não são aQueles Que mere$em estes sentimentos& os
noos $onte^dos Que eRio são aQueles $ua obseração de9eríeis
eRigir uns dos outros re$i'ro$amente
Isto 'ode tomars e a ,da mais $laro em um eRem'lo $on
tem'orâneo +m $onte^do sobre o Qual se dis$utiu antagni
$amente tanto na *iloso*ia Quanto na $ons$i]n$ia '^bli$a # o da
#ti$a animal Temos tamb#m diante dos animais uma obri  gação
moral[ Isto # hoe mais ou menos negado 'or uma maioria e
a'aiRonadamente a*irmado 'or uma minoria Esta mi
noria Quer, 'ortanto, re*ormar on estender a moral eRistente K

'essoas Queeu,
Quiserem, di0em/ os outros
de minha 'odem
'arte, *a0er e deiR
não su'orto Quearanimais
de *a0e rsea
o Que
m
maltratados @ im'ortante er Que Quem *aia assim não de*ende
uma posição mora `Somente de*ende uma 'osição moral Quem
eRige Que os out ros a$ hem o mesmo ('ara isso ne$e ssita das
'alaras -bom& e -ma"&9 Tal 'essoa eRigir dos outros Que se
indignemNcontraos Que maltratam animais, e eRigir de todos Que
se indig nem do mesm o modo, isto #, Que tamb#m assumam o
noo $onte^do em sua $ons$i]n$ia moral 2, portanto, eRatamente
a Quem não $om'reende a moral estruturalmente de modo social
Que *alta um $om'onente essen$ial em sua $om'reensão da moral
 se o Quis#ssem os assim *alsame nte designar Que toma 'oss6el
uma re*orma +ma re*orma 'ressu'"e esta estrutura +ma atitude
Que não se situ a na estrut ura intersu bet ia da eRig]n$ia não #
uma atitude moral Podese oeste $as/& a'enas di0er Que não se
su'ero, ai go mas não Que sea imoral
Poderia m ainda 'erguntarme agora se o Vdeeri aU ,solite<(
Que o re*orma dor usa Quando di0 Que nos Vdeer6 amosU indignar
$om o $onte^do 3  em e0 de $om o $onte^do Ia, não $ai
ne$essa riament e *ora do ter de ( miissen ), tal $omo o eR'liQuei
Este VdeeriaU não tem de *ato nada a er $om o Vter de Que se
en$ontr a, segundo minha eR'li $ação , eR'l6$ ita ou im'li$it amente
(no em'rego da 'alara VbomU) em um u60o moral, mas tamb#m
não reme te a outr a $om' reen são do mora l, inde'enden te do
so$ial 9este VdeeriaU não h nenhum mati0 es'e$i*i$amente
moral Ele tem o mesmo sent ido Que o Vde eria U, em'rega do
Quando algu#m # $orrigido em uma o'inião, 'rti$a ou teri$a&
Vele a$redita ' mas deeria a$red itar Q, 'orQu e Q # melho r
*undamentadoU

5:
M.ARTA LIÇ=O
#undamentação na )ora:
conceitos tradi%ionaistas e
naturais de )ora?

9a dis$ussão $om Kume mostrei Que o bem $omo o ob


etiamente eR$elente,  não 'ode $onsistir em ser a$eito 'or
todos, 'orQue a a'roação e a $r6ti$a não # sim'lesmente um ser
atra6do e um serreei 6ado sentime ntal, a'enas um e id]nt i$o em
todos Xas a a$eitação geral 'rti$a, Quando $om'reendida $omo
a'ro ação, reQuer ser *unda menta da G Que 'ois, est na base
$omo *undamen to da a'ro ação # sem'r e um $on $eito de ser
bom& V'or issoI 'odese di0er então Vtod oseR gem de todos 
Que se am as si m
Como isto dee ser 'ensad o, 'ode mostr arse 'rimeir o $om
*a$il idade nos $on$e itos morais relig iosos e tradi $ional istas em
geral VTradi$ionalista ir sem're signi*i$ar& onde a tradição, ou
a determinante autoridade nela inerente, sere $omo
*undamentação ^ltima P ensemos no $aso mais 'rRimo de ns& a
moral $ristã Consideremos Que uma $riança so$iali0ada nesta
moral sea 'arti$ularmente i^$ida e 'ergunte a seus

_ irad ução d e lo 6sio R"ede#l$


'ais& VPor Que o$]s e reagem $om este a*eto tão nega tio,

Quandonão
ainda a $om'reen
gent t az dida)
$] aQuilo[U
 Gs 'a6s(Quer
res'onsederão
di0er& a6# Por
indigna
Queção,
ns
somos *il hos de De"s e 'orQue Deu s nos 'roibiu agir desta
maneiraU Wue ns somos *ilhos de Deus $constit"i em s6ntese a
identidade da $omunidade $ristã E desta maneira Que se
$om're ende aQui o` bem Xal # o Que não agrada a Deus VPor
issoU, assim, 'or $onseguinte, 'oderseia 'rosseguir, -todos
eRigem de todos  todos os $ristãos p Que seam, assim, e ns nos
es$andali0amos Quando se age $ontra a ontade de DeusU
Su'onhamos Que a $riança 'rossiga& VE $omo o$]s sabem
Que ns somos *ilhos de Deus e Que Deus eRiste, et$[U/ então se
dar a entender a ela Que isto # u ma blas*]mia Com
isto est 're$isamente $ara$teri0ado Qual o al$an$e da *unda
mentação na moral tradi$ionalista L 'r'ria tradição #& a 'alara
de Deus # o *undamento ultimo, não mais Questionel
Por isso, uma moral religiosa # em 'rin$6'io tamb#m in$a'a0
de dis$utir $om outros $on$eitos morais/ ela somente 'ode
a*irmar sua 'r'ria su'erioridade a 'artir da *#, 'ortanto,
dogmati$amente, ou *e$handose 'ara os outros
9isto reside, não a'en as uma delimitação do $arter da
*undamentação, mas tamb#m uma delimitação na $om'reensão da
're*er]n$ia obetia/ 'ortanto, uma delimitação no $on$eito de
bem Lt# onde mesmo os u60os morais 'ode m satis*a0er, no
interior desta tradição ou $omunidade, a 'retensão de alidade
uniersal, Que eles têm enQuanto u60os, se aQuilo Que # bom
somente 'ode ser *undamentado $om re$urso  identidade
de*inida desta $omunidade (V'orQue ns somos *ilhos de DeusU)[
Bom então não # $omo ser melhor, na 'ers'e$tia de todos os
seres humanos, mas $omo ser melhor, ' eR, na 'ers'e$tia da *#
de todos os $ristãos 9as morais tradi$ionalistas houe reaç"es
diers as em relaçã o ao 'roble ma Que aQui se mostra G eRem' lo
do $ristianismo, na 'ers'e$tia do unier

>A
saiismo, sugerido 'elo 'r'rio $on$eito de bem, ainda # dos mais

*aoreis
diina 9a$omo
a'are$e isãobom,
$ristã, aQuilo
# bom 'araQue
todosnoosre$urso  *ili a $ão
seres humanos,
nisto, 'or#m, est im'li$ado Que todos t]m Que a$reditar em
Deus
G uda6smo #, nesta 'ers'e$tia, mais ambivalente$ Como
outros $on$eitos morais tradi$ionalistas ]em o seu al$an$e, isto
're$isaria ser es$lare$ido em'iri$amen te 9ão # $onin$ente a
'osição de !essing p boe mais ou meno s re'resen tada 'or muitas
outras $renças es$lare$idas , segundo a Qual # 'oss6el
re$onhe$er o bem a 'artir de muitas 'ers'e$tias Pois, 'ara uma
*# ser essen$ial 'ara a moral, ela eR$lu6 outro a$esso religioso ou
nãoreligioso Se houesse um *undamen  $omum a todas as
$rençask isto seri a de$isio, mas não sena usta ment e a *# 9a
'osição de !essing eRiste uma inde*inição entre moral religiosa e
moral es$lare$ida
L estas $onsideraç"es ligase a 'ergunta& at# Que 'onto #
*eita, nas die rsas mora is tradi$i onal isti $ame nte *tindamenta
das uma dist inçã o entr e norm as lidas 'ara todo s os sere s
humanos e aQuelas Que somente alem 'ara a 'r'ria $omuni
dade[ Isto # igualmente uma 'ergunta em'6ri$a, Que, $om relação
a diersas tradiç"es, deer $om $erte0a ser res'ondid a tamb#m
diersamente ERiste 'or#m um 'roblema $on$eituai, no Qual nos
deer6amos deter& Que $rit#rio de *undamentação tem uma moral
tradi$ionalista 'ara aQuelas normas Que eRtra'olam da
$omunid ade[ Tale0 'or *im a'enas sea um $rit#rio em'6ri$o/
eri*i$ase Que tamb#m em outras $ulturas são obseradas $ertas
normas/ este *ato 'or si s  'oderia darlhe s esta $ara$te r6sti$a
'arti$ular E e ste *ato e m'6ri$o 'oderia lear os Que meditam nas
tradiç"es religiosas a 'ro$urar 'or uma *undamentação

inde'endente
$ontratualismo da*orne$e
identi$de
em religiosa
'ane uma (2eremos Que o
*undamentação
inde'endente em relação s normas Que resultam da assim
den'minada regra de ouroU L regra de ouro a'are$e 'or isso
$omo um n^$leo $omum em todos os $on$eitos morais)

>3
/ara o resto temos Que sustent ar Que o 'oten$ia de *unda

mentação de urna
estabelecimento, 'elamoral
*# ou tradi$ionalista
'elo dogma, de# um
limitado atra#s
$on$eito do e
de bem,
Que est rela$ionado ao *ato de a idéia de bem  de urna
're*er]n $ia obetia  ser delimitada de tal maneira Que 'ro
'riamente entr a em $hoQue $oro o seu 'r'r io senti do e com o
sentido dos u60o s morais G *ato de Que a'es ar disso Ntambém
hoe ainda muit os seam da o'inião de Que urna mora somente
'ode ser *undamentad a 'ela religião 'ode  'roir da $ir$unstân$ia
de muitos de nos ierem sido so$iali0ados desta maneira, e
sobretodo da $ir$unstân$ia de at# hoe não eRistir uma *un
damentação não reli giosa da mora l Que tenha en$o ntra do um
re$onhe $imento uniersal Desta maneira, melhor do Que ne
nhum, 'are$e 'ara muitos o re$onhe$iment o de $on$eit os morais
religiosos, limitado $on*orme seu sentido
Como eu ã disse na 'rimeira lição, nossa situação histri$a
 uma situação na Qual iemos, mais ou menos $ons $ien tes, 
h mais de du0ent os anos  # determinada de tal maneir a, Que
temos Que $olo$ ar na nossa mira uma mora l Que não sea mais
*und amentad a de modo tran s$enden te L ne$e ssid ade de se
$hegar a um a$ordo sobre um tal $on$eit o resulta, não a'enas do
*ato de hoe muitos não terem uma $rença religiosa e 'orQue $ada
e0 mais *orm amos uma $omunidade mundia 3 na Qual nos
're$isamos entend er moralmente 'ara al#m dos limites
religioso s, mas  resulta da 'er$e'ção dos limites de $ada
'oten$ial de *undamentação tradi$ionalista e dos limites do
$on$eito de uma 're*er]n$ia obetia a6 $ontido, Que $ontradi0 ao
sentido do dis$urso de VbomU e VmauU em enun$iados morais
Poderia 'are$er eidente tamb#m res'onder 'reiamente e de
maneira gen#ri $a  'ergunta V$omo se dee $om'reender um ser
*und amentad o num $on$ eito moral nãotra di$i onal is ta[U da
mesma *orma $omo se resolia a Questão em relação aos
$on$eitos morais tradi$ionalistas 9ão 'osso *a0er isto

>=
'orQue, $om as diersas tentatias *ilos*i$as de *undamentar "m
$on$eito moral nãotradi$ionalista, o sentido de ser*onda
mentado tamb#m sem're era isto, eR'l6$ita 9 im'li$itamente,
de ottira maneira$ Poder6amos ante$i'ar ao menos isso4 a
*undament ação, agora Que ela não est  mais ligada a uma 're
missa previamente dada 'or lima $rença  Que 'or sua e0 não
're$isaria mais ser *undamentada teria Que ser uma *unda
mentação absoluta 9o entanto,  imos Que unia *undamentação
absoluta de um ter de não 'ode de maneira alguma ser
compreendida, e, na 'resente 'ers'e$tia, isto ainda dee ser
tomado $laro a 'art ir de um outr o lado& na *undamentação re
ligi osa a 'remissa na Qual # deno minada a identidade moral ,
nat"ralmente não 'odi a, 'or sua e0, ser *undamenta da, mas
dedu0ila a 'artir de uma 'remissa su'erior, igualmente não teria
sen tido, 'orQue esta 'remissa ã 're$isada 'or sua e0 ser
*undamentada, etc$
Isto signi *i$a Que uma *undamen tação nãotra di$ional ista
're$isa retomar estruturalmente o modelo tradi$ionalista[ 2e
remos (a'enas na 'rRima lição) Que isto não # o $aso mas Que
os limites da *undamentação numa 'ers'e$tia nãotradi$ional
adQuirem um sentido bem dierso do Que tinham 'ara as morais
tradi$ionais
Isto $ontudo # um estado de $oisas Que at# aQui não *oi
isto Ele tem a er $om o *ato de a 'ergunta 'elo signi*i$ado do
ser*undamentado no âmbito moral nun$a ter sido radi$almente
$olo$ada, mas sem're res'ondida de uma ou de outra maneira,
ou tamb#m tida $omo im'oss6el de ser res'ondida E 'or isso,
realmente, a su'osição de Que agora somente 'oderia eRistir uma
*undamentação absoluta ou então absolutamente nenhuma tinha
de 'are$er eidente
Lgora Quero $itar as tentatias *eitas na modernidade, Que
me 'are$em mais im'ortantes L'enas mais tarde tratarei mais
detalhadamente algumas delas
9o Iluminismo moderno *oram trilhados sobretudo dois

$aminhos
c2II +m *oide oKume
! sobretudo da es$ola em'irista
& nela se tinha a es$o$esa
$on$e'çãodode s#$ulo
Que a
*iloso*ia a'enas 're$isa reunir sistematicamente aQuilo Que
su'ostamente iodos a'roam e $riti$am Com isto se abandonaa
toda a 'rete nsão de *undam entaç ão L *raQue0a desta $orrente
$itada na `^ltima lição, Que toma $omo bio "e a $ons$i]n$ia
moral sea unitria e Que absolutamente não eRistem $on$eitos
morais diersos, Que se 'udessem con!rontar memamente,
tamb#m a*eta as o"tras 'osiç"es modernas, Yan* entend e Que
somente eRiste uma $ons$i]n$ia moral p embora ele a
$om'ree nda di*erente do Que Kume s7 Que 'ara ele ela 'ode ser
*undame ntada Wue em Kume não o$orra, nem absolut a e nem
relati amente, algo $omo *undamentaçã o, $ontradi0 ao senrdo
dos u60os morais Que tem uma 'retensão obetia, e 'or
$onseguinte tamb#m $ontradi0 aos $en$eit$s a#ro9ação e
crítica z dos Quais Kume 'ane Wuanto ao $onten do, Kut$heson e
sobr etud o Kume 're' aram o util itarism o 2olt arei a isto mais
tarde`
G outro $aminho $onsiste em 'ro$urar uma *undamentação
nãorel igiosa Esta, em o'osiç ão  *undame ntação trans$endente
da religião, 'are$ia agora ter de ser de alguma *orma natural E
isto 'are$ia signi*i$ar Que de uma ou de outra maneira se teria
Que re$orrer  nature0a do ser humano ou a uma 'arte dela
Deiase obiamente di0er& se uma 'arte da nature0a do ser
humano dee *orne$er o *undamento 'ara a moral, então isto não
'ode ser uma 'arte QualQuer, mas ela 're$isa, 'or sua e0, ser
algo melhor , uma 'ane Que indiQue a direção& e aQui o re$u rso a
uma ra0ão $om V-U mai^s$ulo # o mais 'laus6el

3 D#$ima seRta l ição

>?
Este *oi o $aminho do ra$ionalismo moderno, o Qual tee o seu
maior desenolimento na #ti$a de Yant Eu  disse 'or Que,
segun do minha $on$e'ção, este $aminho não 'ode ser trilhado
Darei mais tarde minha inter 'retaç ão mais detalhad a de Yâii*
LQui, inicialmente, interessa a'enas a importOncia estr"t"ral Que
tem 'ara Yant a *undamentação do elemento moral, Ele 'ro$ura
uma !"ndamentação não a'eoas relatia, mas absoluta Isto, na
erdade, não tem a *orma, anteriormente lembrada, de uma olta
a uma 'remissa su'erior, o Que teria cond"ido aum regresso 'or
demais notrio Lo $ontrrio, a moral, segundo Yant, est
$ontida em $onte^do e *orma ('or V*orma`f eu entendo o
im'eratio) no sentido do serra$ional ($om'reendido no sentido
absol uto) 2eladame nte, se a gente olha o elemento moral $omo
ordem 'ara a ontade, est 'ressu'osta aQui uma 'remissa Que
im'li$a na onta de, a Qual teria Que soar desta maneira/ -5e tu
Queres ser ra$i onal %f Xas Yant não iu isto $omo 'remissa/ o
im'eratio da ra0ão # 'ara ele sim'lesmente 'ressu'osto,
'er*eitamente anlogo ao mandamento de Deus 'ara o $ristão 
Ltra#s do lan$e genial de Radre0 de in$ular a moral $om o ser
ra$ional $omo tal mesmo Que o Querer serra$ iona l ainda sea
$on$ebido $omo 'remissa, mesmo assim Yant eitou em todo
$aso o 'erigo de um regresso Xinha $r6ti$a tamb#m não est
aQui/ ela $onsi ste 'or#m nisso & 'rimeiro, Que não eRist e uma tal
ra0ão e seeundo (esta # a obeção mais *undamental e uniersal),
Que não 'ode eRistir um Vter deU absoluto Com isto alis tamb#m
 est reeitada a id#ia de uma *und amentação absoluta $omo tal
G em'reendimento de Yant *oi $ertamente a tentatia mais mag
n6*i$ a de dar um sentid o  id#ia de uma *undam entaç ão absoluta
do elemento moral

= SeRt a e s#tima iiç" es


Segundo a id#ia de uma *unda mentação absoluta tamb#m
*a0em 'arte aQui todos os re$ursos diretos  natureza do ser
humano (sem *a0er re*er]n$ia  ra0ão) ; $onhe$idos desde Lris
tteles e ainda hoe em'regados, 'orQue tamb#m estesk $on*orme
sua 'retensão, a'resentariam uma *undamentação absoluta G erro
notrio de uma tal *orma de argumentação reside no *ato de, n"m
sentido $omum de -nat"ral&, todo o 'ro$e diment o human o ser
natural Se 'ort anto o dis$urso sobre a nature0a designa num
eminente sentido $omo natural uma determinada possibilidade do
'ro$edimento humano, então estã a6 uma elada determin ação
normatia, a Qual, 'or sua e0, então não $/tã *undamentada Por
isso, todo o re$urs o a uma su'osta na ture0 ado ser human o #
veladamente $ir$ular/ im'li$itamente se estabele$e algo
norma tio, donde então se dedu0 o norma tio Esta manei ra de
!alar # 'or eRem'lo, ainda hoe *reQ7entemente usada 'ela Igrea
Catli $a $omo um argum ento adi$iona a'arentemente terreno,
Que $om'leta o argumento religioso G religioso # o mais nobre
Poder6amos estar in$linados a designar $omo re'ugnante a
argumentação $om a nature0a do ser humano 'or $ausa do truQue
Que a6 eRiste& 'ro$edese $omo se a'enas se re$orresse a algo
*ti$o, ao 'asso Que realmente se 'ressu'"e algo normatio Isto
na erdade # a'enas um erro lgi$o/ tomase, 'or#m, imoral
Quando em'regado 'ara $ondenar ti'os de $om'ortamento Que,
$on*orme outros $rit#rios, são ino$entes, $omo o$orre, 'or
eRem'lo, em relação aos ti'os de $om'ortamento seRual
(homosseRualidade, et$) Com esta argumentação absolutamente
tudo 'ode 'are$ er imoral, desde Que antes se tenha de*inido
adeQuadamente a nature0a Esta argumentação s e0es adQuire
uma a'arente 'lausibil idade, 'elo *ato de 'ara alguns, 'are$er
$onin$ente er $omo natural o at# aQui habitual Isto 'are$e ser
muito im'ortante na re$usa de noas 'ossibilidades da medi$ina,
'arti$ularmente em Quest"es sobre re'rodução e na 'reseração
gen#ti$a `
9a 'resente isão de $onunto 'eder6amos deiR / $om'le

tamente
esta de lado
nature0a este re$urso,
de modo algar a nature0a do ser ehumano,
# algo natural, sim um 'orQue
'ostula do
meta*6si$o Dian te disto o retomo  ra0ão *i$a mais ino$ente,
'orQue a*ina ns todo s, $omo seres em'6ri$os, somos ra$ionais
Yant de *aio vi" Que, ião logo se re$orra a esta ra0ão com *$? -U
mai^s$ulo, 're$isase igualmente 'ressu'or ago sobrenatural Gs
dois outros $aminhos, trilhados $om re$urso ao nat"ral,
a'rese ntam entr etant o apelos a dados reais 'r#ios, de nossa
eRist]n$ia emp#rica$ G 'rimeiro # o a'elo a um sentimento
natura l, a $om'a iRão, e este $aminho *oi es$ol hido de manei ra
mais de$isia 'or 5c)open)a"er*$
Tratarei mais tarde de S$ho'enhauer ? Xas agora eu  P GSXG
adiantar& um sentimento natural a'enas al$ança eRata menie at#
onde ele al$ança/ em alguns, eie # mais *one e desenolido de
modo mais gerai& em outros são os sentimentos o'ostos de 'ra0er
na $rueldade e de satis*ação no mal alheio Que são mais
desenolidos E se a gente Quisesse estabele$er uma ordem, Que
a $om'aiRão dee ser re*erida a todos os seres humanos Que
so*rem, ou tamb#m a todos os animais, então este deer não
'oder ser eRtra6do do 'r'rio sentimento De modo a lgum 'ode
se es$lare$er o $arter de obrig ação da moral  o ter de [f  a
'artir de um sentimento natural Sign i*i$atiamente neste
$on$eito nem seQuer o$orre o $on$eito de bem Portanto, a
a*irmação Que aQui est *undada uma moral 're$isa ser re$usada

< Entretanto o re$urso a um assim denominado sentim ento morai ou um sentido mo


ra i !eito 'or Kut $he son , não a'r es ent a o"tra 'ro 'os ta de *un dam ent aç ão $om o
en$e ndia Yant ,Fundamentação'' ??=)/ 'o is o sent ido morai não sere a Kut$heson
v para "ma !"ndam entação4 eie a' en as sera aceito $omo base na *und amen taçã o
emp#rica da moral

? 9on a lição 

N
G segundo $aminho # essen$ialmente mais im'ortante E o do
contrat"alismo$ Wuando hoe na #ti$a se *ala de contrat"a 7smo,
'odese de *ato entender duas $oisas (e *reQ7entemente
con!"ndemse as doas) ERiste a $on$e'ção p de*endida sobretudo
'or Ra6ls  segundo a "al se 'ode $om 'reender o ee mento
moral (ou es'e$ ialme nte o usto) $omo a Quilo Que resulta de um
$ontrato ideal, Que todos *ariam $om todos3"an do se
en$ontrassem numa situação ideal de igualdade e ignorân $ia& em
-als 'ress u'"es e a6, $om'l etame nte $ons$i ente, uma 'remissa
moral de$isia, e -als tamb#m não 'retende uma
*undamentação da mora! Somente 'odemos *alar de um $ontrato
$omo base de *undamentação 'ara a moral Quando se trata de um
'a$to im'l6$ito, Que # 'ressu'osto em noss a ida normal  sem a
su'osição de $ondiç"es ideais G *ilso*o $ontem'orâneo da #ti$a
mais eminente Que de*endeu este ti'o de $on$eito *oi ML$($
Xa$8ieV 9esta $on$e'ção 'odese e*e^ a mente re*erir agora a
um estado de $oisas natural inQuestionel& oue todos os homens,
na medida em Que estão interessados na $oo'eração $om outros,
tem nisto um interesse, Que todos se entendam $om todos em
obserar um $erto sistema de normas
Wuais são essas normas[ Em grande 'arte elas $orres'ondem
Quelas normas Que resultam da $hamada regra de ouro , as Quais
en$ontramos em diersas $ulturas, entre outras tamb#m na
B6blia 5& $om'ortese de tal maneira em reiação aos outros $omo tu
deseas Que eles se $om'ortem em relação a ti Podemos diidir as
regras Que da6 resultam em tr]s gm'os& 'rimeiro, as regras de não
'reudi$ar os outros (as assim deno minadas obrigaç" es negatias,
isto #, as obrigaç"es de não *a

; Ethi$s& Inenti ng -ight and \rong (Penguin 34>;)/ $* tambem D$ .authier, Xoral
bZ Lgr ee men t, GR* ord  34: 5

5 C* 1 (r"sc)Pa$ Die Yon8urren0 on .oldener -ege und Prin0i' der 2erallgemei
nerung, 2u ris ten Kei tun g ?= (34:>3 ' 4? s

>:
0er $ertas $oisas)/ em segundo lugar, a regra de auda r ao_ outros
(obrigação 'ositia) (eentualmente sob $ertas $onoiç"es)/
em ter$e iro lugar, as regra s es'e$ i*i$a mente $oo'eratias, $omo
sobretudo as de não menti r e de não *altar $om suas 'romess as/
estas com"mente são in$lu6das nas regras n egatias
J+ma e0 Que $ada um tem mais a ganhar do Que a 'erder
$om `Gbserân$ia gerai destas regras, seria irra$ional não sub
meterse a elas, 'ressu'ondose Que os outros tamb#m o *açam/
'or isso # eidente $om' reender este`dom6nio nu$lear da moral
$omo tendo em sua base um 'a$to im'l6$ito o se mostrar Que
seria irra$ional não a$eitar um tal $on]nio, em'rega se
naturalmente agora o dis$urso da ra0ão no seu sentido habitual
Dela, 'or $onseguinte, nada 'ode ser eR$lu6do 9ão assumir tal
$ontrato signi*i$aria *erir mais os interesses 'r' rios do Que
*aore$]los, e isto seria no sentido $omum irra$ional
Xa$8ie mostra $om ra0ão, no 're*$io de seu liro  como
tamb#m outros *i0eram  Que este ti'o de regras # tão *unda
mental 'ara toda $oo'eração humana, Que in$lusie um bando de
ladr"es somente 'ode eRistir se eles *orem neste sentido morais
Tamb#m um gru'o Que eRteriormente não re$onhe$e estas
obrigaç"es 're$isa $ontudo a$eitlas interiormente, 'orQue sem
elas não 'ode eRistir $oo'eração Entretanto, re$onhe $emos
atra#s desta indi$ação tamb#m uma 'rimeira *raQue0a desta
'osição / sendo a moral $om' reendida $ontra tualisti$amente,
seria irra$ional obserlas não a'enas em relação Queles $om os
Quais se est interessado em $oo'erar 9em mesmo se mant#m a
'retensão de uniersalidade limitada Que en$ontramos nas morais
tradi$ionais
-e$onhe$emos mais $laramente os limites estruturais do
$ontratualismo $omo de um 'oss6el $on$eito moral, $onside
rando o seu $ontraargumento,  dirigido 'or Platão, no segundo
liro da -e#blica, $ontra esta $on$e'ção/ $om'ortase mais
ra$ionalmente Quele Que obsera as regras morais se
gundo a a'ar]n$ia, iolandoas, 'or#m, onde lhe *or ^tile 'uder
*a0]lo sem ser identi*i$ado
L is to relacionase um 'rob lema, $om o "al o $on6ratua
iismo  sem're tee de se en*re ntar& $omo # 'oss6 el garantir a
obser ân$ia das regra s[ Kobbes a$redita a somen te $onsegui lo
atra #s do Estad o, 'or onde então se introdu0 o direi to 'enal no
lugar da moral , o Que, ali's, na sua eRten são 'oss6 el tem um
sentido 'ositio Certamente um sistema $oo'eratio sob
$ondiç" es normais assegurase em boa 'arte a si mesmo O
grande 'arte das aç"es, # is6el e não 'ode ser es$ondida, e se
algu#m não observa as regras, breemente os outros não
$oo'erarão mais $om ele
Estranhamente Xa$8ie *e0 uma 'ro'osta de um al$an$e
maior& 'ara garantir a obserân$ia das regras morais, 'are$e bom
desenoler atitudes e%ou irtudes $orres'ondentes/ aQui oltando
se  urna inter enção de Protãgoras no dilo go homnimo de
Platão, ele $ita sobretudo a ergonha Esta agora # eRatamente a
'assagem Que, $omo eremos na 'rRima lição, a'onta 'ar a al#m
do $ontratualismo $omo tal Sentir ergonha ao *erir as normas
signi*i$ aria ter desenol ido uma $ons$ i]n$ia e isto seria uma
sanção interna Eu então seria im'edido de iolar as regras , não
'elo interesse na $oo'er ação $omo tal ou 'or 'ressão eRterna ( no
$aso do direito 'enal), mas 'or mim mesmo Xas 'or Que eu
deo *a0er isto, se no n6el $ontratua l6sti$o isto # irra$ional[
9ão # 'oss6el *undamentar a 'ar tir da bas e $ontratual6s
ti$a a *ormação de uma $ons$i ]n$i a Em erdade tenho um
interesse nisto& Que os outros seam im'edidos de iolar as re
gras `atra#s de um *ator adi$ion al de uma $ons$i]n$ia/ e o
$ontratualista a$eitar naturalmente e agrade$ido um tal *ator
$om'lementar, $omo sendo 'ara ele uma $onseQ7]n$ia ^til desta
 no seu sentido  não es$lare$ida $ons$i]n$ia dos outros @
$ont udo im'oss6 el *undame ntar uma $ons$i] n$ia #r.#ria a
'ar tir de uma base $ontr atualista L $ons$i]n$ia n ão se

:A
deiRa inst rumenta li0a r Seria irra$ional no sentido da asi^o
ego6sti $a, re$usa r eent uais antagens , Quand o 'osso t]las sem
so*rer sanção eRterna E seria ao $ont rri o ra$ional dest ruiros
res6duos da $ons$i]n$ia Que en$ontramos em ns $omo *rutos de
uma edu$açã o neste senti do, ou então 'elo menos não se deiRa r
determinar 'or eles nas aç"es
+ma e0 Que o Quererter uma sanção interna não 'ode ser
*undamentado a 'artir do 'oetode ista $ontratualista não o
'odem igualmente todos os outros *atores rela$ionado s $om esta
sançã o& desa'are$ e a emoçã o da `indig nação tanto Quanto a da
ergonha (seri a maRimament e ra$io nal*i ngir indig nação num
$onteRto neste sentido não es$lare$ido), e a ergonha de
sa'are$eu, 'orQue não se $om'reende mais uma 'arte da 'r'ria
identidade a 'artir de um $on$eito de bem L isto se liga Que não
# 'oss6el *a0er u60os mora is& os termos Vborr* e mauV em seu
sentido gramati$almente absoluto não 'odem sdQuiri r sentido
algum a 'artir de uma base $ont ratuali sta Em outros termos&
desa'are$em todos os as'e$tos estruturais Que eu a'resentei na
lição anterior, no es$lare$imento daQuilo Que signi*i$a uma morai
G $ara$ter6sti$o determinante do $ontra tuaiismo # Que ele não
tem um $on$eito de VbemU/ $onstrise sim'lesmente na base do
$on$eito relatio Vbom 'ara_f
Por isso # eidente Que o $ontrat uali smo não desig na ab
solut ament e uma moral/ não se 'ode in$lui r a 'osiç ão do $on
tratual ismo na $lasse dos $on$eit os morais, Que de*in i na lição
anterior $omo uma moral e 'ara a Qual # essen$ial ter um $on
$eito de VbemU Wuem Quer, 'ode naturalmente seguir *alando de
uma mora l $ont ratu alista/ a 'ala ra, $omo sem're , não tem
im'ortân$ia alguma/ 're$isase 'or#m darse $onta de Que este
Que se 'osi$io na $onseQ7entem ente sobre o terreno desta Vmo
ral não 'ode mais em'regar as 'alaras VbomU e VmauU em seu
signi*i $ado gramati $al abso luto e Que não 'ode ter nenhuma
emoção moral Por isso eu Quero designar o $ontratualismo $omo
VQuasemoraiU
G $ontratualismo #, 'ortanto, urna 'osição minimalista,

'er*eitamente
al$ança rea eElaem
muito longe não$ondiç"es de se manter,
'ode ser $olo$ada so e Que
em d^ida sem nao
d^ida tamb#m a'resenta no interior de $ada aut]nti$o $on$eito
moral um $om'onente adi$ional ('or mais diersos Que seam os
resultados de $onte^do dos diersos $on$eitos morais, $om
relação  regra de ouro, eles se sobre'"em, e em relação a ela o
'onto de ista $ontratualis6a $ont#m uma *undamentação
adi$ional) G $ontratualismo $ont#m tamb#m um sentido lido
de *undamentação  $ada Qual *undamenta 'ara si, Que # ra$ional
'ar a ele submeter se a um tal sistema de normas ou ao menos
'ar e$er submeter se, $ontanto Que os outros tamb #m esteam
're'arados 'ara tal p mas isto não # a *undamentação de uma
morai
L'resentei de maneira mais 're$isa a 'osição $ontratua lista

do Que
não as outras
ne$essito tentatias
oltar a ela modernas
de'ois L de *undamentação,
'osição $ontratua 'orQue
lista
$ont udo segu ir nos a$om 'anhand o $omo 'oss ibilida de Para
aQuele Que tem um lack of moral sense (*alta de sentimento
moral), sea 'or motios 'atolg i$os, sea 'or de$isão 'r'ria, a
Quas e mora l $omratu alista 'erm ane$ e natural mente sem're
'oss6el e ne$essria, uma e0 Que ela não 'ressu'"e uma
$ons$i]n$ia Podese assim di0er Que ela # a moral daQuele Que
não tem um sentido moral
Poss o agora resumir o modo $omo as diersa s 'osi ç"es
*ilos*i$as modernas $om'reendem o ser*undamentado de um
u60o moral (3) Em Kume, e em todos os seus seguidores, a
'er gunta 'elo serbo m # res'on dida eR$lusiamente $om re$urso
 e*etia a$eitação geral& isto $ontrad i0 ao sentido daQuela
a$eitaçã o da Qual se trata aQui e Que Kume mesmo $om'reendeu
$omo a'roação (=) Em Yant e em todos Que o seguem, o ser
bom dee ser *undamentado absolutamente $om re$urso a uma
ra0ão $om mai^s$ulo E eidente Que esta # a ^ni$a id#ia
$om'reens6el de uma *undamentação nãore

:=
latia, mas não eRiste uma ra0ão absoluta/ e inde'endente disto, #
um eontrasenso a id#ia de uma *undamentação absoluta de regras
'rti$as (<) S$ho'enhauer dã uma base  #ti$a, Que a *undamenta
não $omo ela # $om'reendida  $omo obrigação , e tratase aQui
tamb#m a'enas de um !"ndamento e não de uma *undamentação
(os u60os mora is não têm ero 5c)open)a"er uma 'retensão de
!"ndamentação a 'alara .bom& desa'are$e) 1Q9 G
$ontratuaiismo anun$ia uma *undamentação $om'reens6el e
$orreta, s Que aQuilo Que # *undamentado não # uma moral, mas
uma Quasemora! 9aturalmente tamb#m não 'ode ser uma moral
o Que # *undament ado em $aso 'arti $ular  não 'odem eRis tir no
$ontratuaiismo, sendo eie $onseQ7ente 1u60os de alor $om
'retensão de *undamentação  mas *undamentase (a'enas)
'orQue # bom 'ara o indi6duo seg"ir taisregras E *undamentado
"m serbom relatio 'ara $ada um
Como 'odemos eR'li$arnos esta situação[ E eidente Que o
signi*i$ado da *undamentação moral na *iloso*ia moderna $u não
*oi isto ou *oi mal $om'reendido ou ainda reinter'retado
L'rob lemt i$a não *oi ista em Kume e reinter' retada no $on
tratualismo e de outra maneira em S$ho'enhauer Ela somente
eRiste em Yant mas altamente estili0ada 'ara uma *undamentação
absoluta
+ma e0 Que Yant # o ^ni$o no Qual a 'retensão de *unda
mentação de u60os morais # ao menos ista $laramente, 're
$isar6amos 'oder sair do be$o no Qual eneredou a #ti$a moderna
$om a 'roblemti$a da *undamentação, $om'arando $omo Yant
] a *undamentação e $omo ela resultou 'ara ns nas morais
tradi$ionalistas 9uma moral tradi$ionalista a *undamentação era
uma *undamentação relatia, relatia a uma $erta id#ia de ser
bom de 'essoas , a Qual re'resenta a iden tidade desta determin ada
$omunidade Pre$isase agora er Que # ineitel a de'end]n$ia
da *undamentação de uma id#ia de se,r bom, Que deter mina a
identidade so$ial dos 'arti$i'antes
da $omunidade e a Qual estes 'arti$i'antes têm Que 'oder Querer
9ão se 'ode, 'or sua e0, *undamentar o serb om ainda numa
outra coisa, nem se 'ode elear a !"ndamentação relat ia a um
serbom$ G ser!iindamentado, "e era limitado nos $on$eitos
morais tradi$ionalistas, não 'ode ser am'liadode modo Que ainda
*osse ded"ido de outra $oisa o" "e, como env$;ant, os u60os
morais *ossem dedu0idos diretamente -da& ra0ão [ mas tão
somente ('ode ser am'lia do) de ta maneir a Que o serbom 'ossa
signi*i$ar a identidade so$ial, não mais ` aP enas de uma $erta
$omunidade, mas de todos osser es capa 0es de $oooera $ão
Somente assim 'ode, o dis$urso sobre o VbomU, adQuirir um
sentido uniersalmente lido
M.I6TA LIÇ=O .m %on%eito
(aus!/e de mora?

G *ra$asso das $on$e'ç"es de *undamentação dos diersos


'ontos de 'artida moderno sf 'oderia estar indi$ando Que a
Questão de uma *undamentação de u60os morais, Quando não *or
entendida $omo nas $on$e'ç"es tradi$ionalistas de modo relatio,
# uma Quimera Poderia 'are$er Que restariam as ^ni$as
'ossibilida des Que seguem& não temos,$omo no $ontratua
lismo de modo algum um $on$ eito de bem $aoa0 de ser *un
damen tado e o Que  *undam entado $onsi ste sim'lesm ente em
assumir um sistema de normas Que # bom 'ara os indi6duos
isola dos& ou ns temos a *ala sobre VbomU, entendi da de modo
absoluto do 'onto de ista gramati$al e esta se deiRa, então, ou
*undamentar relatiamente num 'rin$6'io, $omo a$onte$e $om as
$on$e'ç"es tradi$ionalistas ou, então, nas $on$e'ç"es intuitias
moder nas ($omo # a de -als), 'rin$6'i o Que 'or sua e0 não
'ode re$eber outra *undamentação ou Que $omo em Yant #
absoluto L *undamentação absoluta não 'ode 'or sua e0
resul tar de um 'rin$6'io su'erior, 'orQue isto $ondu0iria a um
regresso ao in*inito, sendo 'or isso $om'reendida 'or Yant

_ Tradução de Ernii do Stein e Llo6si o -uede 3


$omo uma *undamentação Que 'arte da id#ia do ser *undamentado
mesmo
Contra a !"ndamentação relatia *ala o *ato de Que ela #
limitada em du'io sentido, de Que ela 'ressu'"e um 'rin$i'io Que
'or sua e0 não 'ode ser *undamentado e de Que seu al$an$e #
limitado, isto #, outros 'oderão ter uma outra $om'reensão do Que
# VbomU e $ontra a *undam entação absolut a *ala o *ato de ela ser
absurda 9ão estando assim esgotadas todas as 'ossibilidades, não
ser Que deer6amos $ontentar nos, $omo # habitual 'or esta
ra0ão, $om as #ti$as $ontem'orâ neas, $om eR$eção daQueles
*ilso*os Que se sustentam na tradição 8antiana, ou $om o
$ontrat ual6 smo ($omo o *a0 'or eRem'lo Xa$8ie) ou $om um
'rin$6'io intuitio $uo $arter in*undado # $on* esso ($omo
a$onte$e 'or eRem'lo $om Ra6ls9H
?i
Wue mais 'oder6amos 'retender[U, 'oderia ser a 'ergunta de
o$]s @ eRatamente isso Que temos Que nos es$lare$er G Que #
eRatamente Que toma insu*i$iente a *undamentação relatia e Que
*oi resolido a'enas 'or um 'asse de mgi$a 'ela solução
8antiana[ Pro$urase um sentido de bom Que sea de $arter
uniersal, no sentido de Que 'ossa ser re$onhe$ido 'or todos
Yant, ao $ontrrio, 'ensaa 'oder 'roar Que eRiste um sentido de
bom Que teria Que ser re$onhe$ido 'or todos (basea do no *ato de
serem ra$ionais) Se moderarmos esta 'retensão, de tal modo Que
eent ualme nte se 'ossa mostrar Que eRiste um sentido de VbomU
Que não tem de ser re$onhe$ido 'or todos, masu Que eRiste
este e nenhum
outro, teria sido 'rodu0ido um 'asso essen$ial 'ara al#m das
*undamentaç"es relatias Isto teria sido al$ançado se *osse

'oss6el mostrar Que eRiste 'rimeiro um sentido de VbonT Que se

im'"e $omo
'lau s6el tendoemdesegundo
e Que, ser uniersalmente
lugar, todas re$onhe$ido, Que #
as outras 'ro'ostas
$onhe$idas não são 'laus6eis (ou então são menos 'laus6eis)

:5
Esta $on$e'ção eR$elente de ser VbomU 'are$e estar $ontida
no contedo da $on$e'ção 8antiana, @ 'ortanto releante
dist ingu ir na #ti$a de Yant entre o $on$eit o de ser Vbom U, do
'onto de ista do $onte^do, Que ele eRibe em seu Im'erati o
$ategr i$o e 'resumi da *undame ntação absol uta deste $on $eito
na id#ia da ra0ão , lã eRtern ei diersas e0es o *ato de esta
tentatia de *undamenta ção me 'are$er *alh a  'or ra0"es de
'rin$6'io, e 'osso adiar os detalhes at# a eR'o sição $om' leta da
'osição Pantiana Que *are i nas 'rR imas duas liç%es$ +ma e0
$on*essado o engano da *undamentação, $ontudo temos Que
'erguntar de Que modo a $on$e'ção do 'on to de ista do
$ont e^do e inde 'end ente de QualQue r *und amentação # ime
diat amente eidente, Quando a're sent amos esta $on$ e'çã o na
assim $hamada segunda *rmula do im'eratio $ategri$o& Vage
de tal modo Que uses a humanidade, taoio em tua 'essoa $omo na
'essoa de QualQuer outro, sem're &/mo *im nun$a a'en as $omo
meio_ 9ão nos *iRando em algum as 'arti $ulari dades dessa
*rmula, 'odemos di0er Que ela 'ode ser resumida no im'eratio
Vnão inst rume ntal i0es ningu#mU Pode mos tamb #m denominar
esta $on$e'ção $omo a moral do res'eito uniersal
Wual o motio 'ara esta $on$e'ção 'are$er a tantos sem
*undamentação eidente,  'rimeira ista[ 1 a'ontei na 'rimeira
lição 'ara o *ato de Que 'are$e ter sentido a su'osição de Que
eRiste uma $ons$i]n$ia moral V$omum` > , $omo Yant a denomina&
seria aQuela $om'reensã o de Vbon6  Que, se de *ato se Quiser ter
uma $ons$i]n$ia moral, 'ermane$e, Quando $adu$am todas as
'remissas trans$endentes e se, $ontudo, se Quiser sustentar o
$on$eito de bem e tudo o Que est $om ele im'li$ado , o Que
signi*i$a uma 'osição mais *orte Que aQuela Que o $ontratualismo
gostaria de assumir L tese seria, 'ois Que, $omo Yant mesmo
'ensou, abstraindo inteiramente de sua *undamentação da ra0ão,

Que o $on$eito do oeito uniersal, a 'ou$o re*erido, $orres'onde


a esta $ons$i]n$ia
J G Que *a0 esta $on$e 'ção 'are$er tão natural # 're$i samen te
sua 'roRimidade $om a 'osição mais *ra$a do $ontra tu$lismo
LQui 'ode nos auRi liar um outro re$ur so a Yant Linda Que e*e

'ensasse Que o seu $on$eito soment e 'udesse ser fundamentado


'ela ra0ão, ele $ontudo e4#licitou sua con $eD$ãode um modo
Que se liga estreit amente ao contrat"alis mo !embremonos Que
o contrat"alismo $onsiste no *ato de eu me submeter Quelas
normas (eentualmente a'enas na a'ar]n$ia) das Quais Quero Que
tamb#m todos os outros a elas se s"bmetam$ Desde a6, #, $omo
eremos, um 'asso im'ortante, ainda Que 'eQueno, 'ara a
'rimeira *rmula do im'eratio $ategri$o de Yant& VLge a'enas
segundo aQuela mRima 'ela Qual tu ao mesmo tem'o 'ossas
Querer Que ela se tome uma lei uni ersalU ,:riindlegung( ?=3)
Para elu$idar, Yant es$ree& VWuando 'restam os atenç ão a ns
mesmos em $ada transgressão de um deer, a$hamos Que
e*etiam ente não Quere mos Que nossa mRima se tome uma le6
uniersal Isto # im'oss6el 'ara ns Por#m a$hamos Que o
$ont rri o dee 'erm ane$ er de modo geral uma lei Tomamos
a'enas a liberdade de *a0ermos uma e4ceção 'ara ns (ou
tamb#m s 'or esta e0), 'ara a antagem de nossa in$linaçãoU
(?=?) 9es ta 'assagem, Yant *a0 *aiar $omo Que o 'r'rio
$ontratualista @ o $ontratualista Que não 'ode Querer Que uma
tal mRima se tome uma lei uniers al 'ois isto seria 'reudi$ia l
'ar a ele @ a'enas o ulgamento da eR$eção Que um *a0 'ar a si
mesmo e o *a0 sem $onhe$er, Que # ulgada de maneira
diametralmente o'osta 'elo $ontratua7smo e 'or Yant& o
$ontratualismo a$ha a eR$eção, Que 'ermane$e o$ulta,
inteligente, ela # boa #ara ele, o indi6duo Yant a$ha esta
eR$eção o$ulta m6'
Isto nos *a$ulta a de*iniçã o da relação entre a $on$e'ção do
'on to de ista do $onte^do de Yant e o $ontratualismo& são
eRatamente as mesmas regras Que o $ontratualista e Yant man
dam $um'rir G $ontratualista su'"e um $um'rimento a'enas
instrumental (obsera as regras 'ara Que os outros as $um'ram
$om relação a mim) Yant, ao $ontrrio, eRige o $um'rimento

::
absoluto e a ra0ão Que dã # a seguinte& 'orQue # bom Pelo *a6o de
Yant ter 'er$ebido Que se distingue eRatamente nisto do
$ontratualista, Que 'ensa de modo instrumental, ele trouRe a
segunda *rmela do im'eratio $ategri$o $itada a$ima& saa
$om'reensão da 'rimeira !7rm"la 'ressu'"eQue não se entendam
as regras de modo inst rumenta , o Que Quer di0er Que a gente
não as $um're 'or amor aos *ins 'essoais (ou então as manda
$um'r ir), mas 'or $ausa delas mesmas , $omo Yant em geral di0,
ou 'or $ausa dos outros, $omo ele eR'ressa na segun da *rmula&
os outros t]m a 'artir de si em direito de Que nos $om'ortemos
em *a$e deles de $erta manei ra, e, enQuant o re$on he$em os este
direito, os res'eitamos, na *ormulação de Yant, $omo *6es em si
L 'ro'osta de Yant, de $orno se de e entender o bem, $on
siste, 'ortan to, no *ato de ser bom (no sentido gramati$al ab
soluto isto #, $omo homem $omo ser $oo' eratio, aQue ie Que
$onsera a id#ia do bem, mas Que a $om'reende , de 'onto de
ista do $onte^do, eR$lusiamente a 'artir da regra Que est
$ontida tamb#m no $ontrat uali smo e isto Quer di0er na regra de
ouro Ser Que não 'odemos desde  di0er Que 'are$e ao menos
'lau s6el designar $omo ser $oo'eratio bom, aQueie $um're as
regras da $oo'eração e eR$lusiamente estas[
Lntes de 'rosseguirmos na re*leRão sobre o as'e$to natural
desta 'ro'osta, temos Que 're$isla melhor Di ante da
$om'ree nsão $ont ratu alista das regr as Que seguem da regr a de
ouro , deem resulta r dois desl o$am entos im'orta ntes , tão logo
não mais se ente ndam estas regras de modo instru ment al Este s
desio$amentos  a'are$em em Yant Primeiro& se não sigo as
regras 'ara minha antagem, mas 'or el as mesmas ou 'or amor
aos outros, não se'oae o6ais $om'ree nder $larament e 'or Que o
'rin$6'io destas regras # eR'resso no dis$urso da 'rimeira 'essoa
(do VeuU) do 'onto de ista moral, $omo ainda o$orre na 'rimeira
*rmula do im'eratio $ategri$o Yant ainda trouRe na
$ontinuação do teRto uma outra *rmula, Que

:4
em geral # denominada a ter$eira *rmula do im'eratio $ate
gri$o e Que di0 Que somente # 'ermitida aQuela *rmula Que #

$om'reendida Vsem're desde o 'onto de ista de si mesmo e ao


mesmo tem'o tamb#m desde o 'oeto de ista de QualQuer outro
ser ra$ionalU  Esta *ormula ção mostra $larament e Que a 'alara
VeuU  era isada 'ro'riamente na 'rimeira *rmula e este VeuU
serve 'ara 5ual5uer 'esso a FreQ7entemente se 0ombou do
Im'eratio $ategri$o, 'orQue ele Quando a gente se at#m
estritamente ao VeuU, 'oderia $hegar a QuaisQuer regras Que
resultariam de minhas ne$essidades e hbitos 'arti$ulares, não
tendo, obiamente assim, nenhuma 'osição de alor moral Este
as'e$ to 're$ rio desa'a re$e tão logo *iQue $laro Que somente se
trata de tais regras Que são Queridas desde a 'ers'e$tia de
QualQuer um Podemos *iRar agora o im'eratio $ategri$o na
seguinte *rmula (e irei a 'artir de agora *alar sem're dele no
sentido do $onte^do, não leando mais em $onta a *undamentação
absoluta im'li$ada na eR'ressão -categ7 riccr94 VLge diante de
todos de tal modo $o mo m irias 'erer, a 'artir da 'ers'e$tia d e
QualQ uer 'essoa , Que os outros agissemf 9o $ontrat ualismo, a
$onsideração de QualQuer um não re'resenta 'a'el algum 'ara a
*iRação das regras Ls regras Que alem são nego$iadas
(im'li$itamente)
L segunda modi*i$ação Que segue em *a$e do $ontratualismo
tamb#m nas$e $omo $onseQ7]n$ia do *ato de as regras não serem
$om'reendidas instrumentalmente Com isso desa'are$e a
limit ação $onst ituti a 'ara o $ontra tuali smo, redu0 ida Quel es
$om os Quais Quero estabele$er uma relação de $oo'era ção
($omo no $aso do gru'o dos bandoleiros) Se o determinante não
# o Que me # ^til mas sim o res'eito 'elos outros, não h ainda a
'ossibilida de de eu determinar Quem são os outros Ls regras se
re*erem a todos Elas são uni9ersais' E igual mente im'orta
$on$e ber as regra s agora ne$essa riame nte $omo igualit6rias , 
Que QualQuer 'essoa dee ser $a'a0 'ara determinar as regras Que
deem ale r (Este as'e$to da igual

o
4A
dade ser es$lare$ido $om mais detalhe na dis$ussão do $on$eito
de ustiça 3)
L $on$e'ção de bem, Que temos agora $omo resultado, não
#, portanto, de modo algum, $omo 'oder ia 'are$er  'rime ira
ista, um n^$leo residual Que 'ermane$e das $on$e'ç"es
tradi$ionais de bem lã $hamei a atenção de Que elementos Que
*a0em 'arte da regra de ouro $ertamente se en$ontram em
QualQuer $on$e'ção tradi$ionalista Entretanto não h nenhuma
ra0ão dentre os $on$eitos das $on$e'ç"es tradi$ionais 'ara Que as
regras alham uniersal e igualitariamente Elas alem
sim'lesmente do modo $omo a autoridade $om'etente mandou G
$on$eito de bem Que resulta da $om'reensão não instrumental da
regra de ouro #, 'ortanto, uma $on$e'ção moral *orte e
inde'endente Que 'ode ser distinguida das $on$e'ç"es
tradi$ionalistas, 'arti$ularmente atra#s de uma s#rie de 'roi
biç" es& a 'roibição de uma $om'reen são das regr as não uniersal
e não igualitria e tamb#m a 'roibição de não assumir normas no
$on$eito de bem, Que al$ançam 'ara al#m do im'er atio
$ategri$o, o Que Quer di0er Que 'arti$ularmente deem ser
eR$lu6das as normas tão $ara$ter6sti$as 'ara as $on$e'ç"es
tradi$iona listas de bem, Que se rela$ionam $om o modo de
$ondu0ir a ida ($omo 'or eRem'lo os $digos seRuais)
Lgora, no entanto, temos Que 'erguntarnos #or 5ue esta
$on$e'ção de bem não # sim'lesmente uma 'ro'osta e isto nos
lea  Questão da *undamentaç ão, $omo agora temos de entend]
la Wue ra0"es temos 'ara ir 'ara al#m do $ontratualismo e
Quand o o *a0em os nos de'ar armos $om esta $on$e 'çã o[ E na
turalmente esta Questão Que toma ne$essria uma *undamentação
e Que leou Yant  sua *undamentação absoluta na ra0ão Gnde
est a ra0ão, Quando reeitamos uma tal *undamentação

3 D#$ima oitaa lição


sim'les, 'ara Que não nos 'areça arbitrria e im'roisada, uma tal
$on$e'ção[
2emonos aQui $on*rontados $om a rede de motios e ra0"es
'ara os Quais  !oi a'ontado na lição um  Questão Que $antes
!onmilei$tem dois $om'onentes G 'rimeiro # a 'ergunta& Por Que
temos Que ou Queremos nos rela$ionar $om um $on $eito de bem[
L segunda # a 'ergunta& Como ustamente es ta $on$e'çã o # um
$andidato 'arti$u larmen te ' laus6e!oaraQ $on$e'ção nat"ral de
bem[ L 'rimeira 'ergunta, eu 'osso $orrigir imediatamente&
naturalmente não temos Que nos rela$ionar $om uma $on$e'ção
de bem, nem na moral atual, nem em QualQuer moral, 'ois
'odemos o'tar ainda sem're 'elo lack of moral sense  Portanto a
'ergunta 'ode ter a'enas a seguinte *orma& 'or Que ns Queremos[
E isso # uma 'ergunta 'elo s moti9os' Lo $ontr rio, a seg"nda
'ergunta # uma 'ergunta 'elo fundamentar'
Come$ emos $om esta segunda Quesião& Eia# uma 'ergunta
'elas ra0" es 'or Que ns 'odemos, no $aso de mais $on$e' ç"es de

Vbom_` estarem o'ostas umas s outras, 'erguntar& Xas Qual o


$on$eito Que agora # e*etiamente bom (isto Quer di0er, $omo
agir)[ Xinha tese de Que tamb#m o $on$eito 8antiano de bem, no
Que se re*e re ao seu $onte^do, não # cogente  tem o sentido
're$iso de Que, segundo minh a o'inião, não se 'ode di0er Que da
id#ia *ormal de uma 're*er]n$ia uniersal do homem $omo
membro da $omunidade (membro $oo'eratio) resulte
analiti$amente a $on$e'ção 8antiana Deste 'onto de ista #
'oss6el es$lare$er bem a di*eren ça entre essa segunda e a
'rimeira Questão Su'onhamos Que esta $on$e'ç ão 8antiana, $omo
Yant eidentemente 'ensou, de$orre ne$essariamente do $on$eito
de bem/ então o indi6duo a Quem se *a0 esta obeção 'oderia
ainda di0er& tale0 at# sea o $asode Que a'enas isto e somente
isto # bom Xas o Que me im'orta isto[ Eu a'enas me 'reo$u'o
'or aQuilo Que # bom 'ara mim e Que os outros *aça m o mesmo
(Esta # a 'osição do lack of moral sense e da `moralU do
$on6ratua6ismo Que sobre eia se $onstri, a

4=
Qual, 'ortanto, nem mesmo, então, 'oderia ser su'erada Quando
*osse 'oss6el 'roar Que a $on$e'ção enQuanto relatia ao
$on$eito de bem se reelasse anal6ti$a)
Xão eo, entretanto, $omo se Quer mostrar Que a $on$e'ção
8antiana 'ossa resultar anal6ti$amente do $on$eito de bem E
sim'les mente demasia do 'roel Que o dis$urso de  bom (não
numa 'ers'e$tia determinada, mas) enQuanto membro da
so$iedade, $omo ser $oo'eratio, tenha Que ser $om'reendido
assimU LQui 'odem ser adu0idas diersas ra0"es de 'lau
sibilidade `+ma delas eu ã $itei& Em Que, de outr o modo, se
deeria bus$ar o ser bom, enQuanto ser $oo'eratio, a não ser nas
regras de $oo'eração e nelas, assim $omo elas são desea  das a
'artir da 'ers'e$tia de QualQuer um[ Com'aremos al#m disso
esta $on$e'ção de bem ao menos $om as $on$e'ç"es
tradi$ionalistas e então eremos Que esta # a ^ni$a Que se 'ode
a'resentar $om 'reiens"es de alidade uniersa e ns / mos Que
a limitação das $on$e'ç"es tradi$i onal istas  est sem're em
$ontradição $om o dis$urso de Vbom U Que 'retende alidade
uniersal
Temos, a 'artir da6, boas razGes de 're*erir a $on$e'ção
8antiana $ontra todas as $on$e'ç"es tradi$iona listas Estas se
mostram agora $omo $andidatas não 'laus6eis 'ara o bem Com
isto, no entanto, ainda não est a*irma do Que não 'ossam eRistir
outras $on$e'ç"es de bem não tradi$iona listas Que 'oderiam
'are$er do mesmo modo 'laus6eis 9ão # su*i$iente
sim'l esment e deiRa rse a $on$e 'ção 8anti ana a6 'lant ada $omo
'arti$ularmente 'laus6el E 're$ iso tamb#m 'roar Que todas as
outras $on$e'ç"es não são 'laus6eis ou são menos 'laus6eis
Xas isto não se 'ode *a0er de maneira global e eu irei eR'ornum
estgio 'osterior dessas liç"es esta 'arte negatia da
'lausibili0ação 2amos reter a'enas aQui Que um tal

= D#$ima seRta lição


'ro$edimento de 'asso a 'asso # ne$essrio na 'lausibili0ação,
'orQue não eRiste uma *und amentação sim'les 'ara o $on$eito de
`im'eratio $ategri$o "e 'areça tão natural e Que 'ortanto não
eRist e em 'ro$e dimen to 're$i 'itad o, nem $omo dedução de "m
'rin$6'io su'erior 1o Que seria sem sentido) nem *orçando a
eRtra ção desta $on$e' ção anali ti$am ente a 'arti r do $on$e ito de
bem @ 'or isso Que não podemos di0er mais do Que # 'laus6el,
isto é, mel)or !"ndamentado  "e QualQuer outro/ VQue QualQuer
outro U, e isto somente 'ode signi*i$ ar, enQua nto QualQuer outro,
Que 'ode ser 'ro'os to $on$retam ente 9s não deemos e não
'odemos im'or a $on$e'ç ão do im'eratio $ategri$o $omo
su'erior em *orça $ontra rodas as #ro#ostas #ossí9eis  Tamb#m
isso seria somente 'oss6el se eRistisse uma sim'les
*unda menta ção Somente então 'oder6am os di0er Que não #ode
ser 'ro'osta uma $on$e'ção ainda mais 'laus6el
São ra0"e s de 'lausibilidade Que antes *oram $itad as mt
tomam $om'reens6el 'or Que a $on$e'ção 8antiana do res'eito, o

Que signi*i$a,
ulgamento do anão
desde instrumentali0ar
'ers'e$tia e a um,
de QualQuer releân$ia
'are$e do
tão
$onin$ente e $lara 'ara uma $om'reensão $omum de moral
Llis , es'er ase de *ilso *os, Que dedu0 am de algum lugar este
elemento mani*esto e $laro de maneira semelhante $omo Yant
imaginou Xas 'or Que se deeria dedu0ir de algum outro lugar
algo Que  # mani*esto e $laro, em lugar de a gente se es$lare$er
sobre as bases em Que re'ousa a 'lausibilidade[ Est amos
in$linados a isto 'or $ausa de nossa 'roeni]n$ia de morais
tradi $ionai s e 'orQu e, $omo $rianças, 'rimeiro , $res$ emos no
$onteRto de uma $om'r eensão de moral ao menos em 'arte
autoritria Lssim, terminamos es'erando de uma outra 'arte uma
sim'les *undamentação (da ra0ão) em analogia $om um a'oio
'ela autoridade
Xais uma Sltima indi$ação sobre a 'lausibili0ação da $on
$e'ção 8antiana& 'odemos diidir todas as $on$e'ç"es do ser
bom em 'reiamente dadas de mod$ Tn eerd gn$e, de um lado (a
$omun idade moral re$ebe da aur$rida $e aQuil o a Que se re*er em
r
as eRig]n$ias re$6'ro $as e aQuelas $ue esultam da 'r'ri a
$omun idade meraw'orta nto Quase imanente, de outro lado Ser
Que neste ^ltimo $aso não #eidente Que o Querer ou, $omo
tamb#m se di0, os interesses de todos os membros da
J$omun idade *orne$em a medida 'ara o bem e isto num $on
sideração im'ar$ial[ @ eRatamente isso o Que # *ormulado na
$on$e'ção do im'eratio $ategri$o Podemos tamb#m eR'ressar
isto da seguinte maneira& se o bem não # mais dad o 'reiamente
de modo trans$endente, 'are$e então Que # a'e nas o re$urso aos
membros da $omunid ade Que 'or sua e0 não 'ode ser limitada e
Que, 'ortanto, dee *orne$er o 'rin$6'io do ser bom 'ara todos os
outros  e isto Quer di0er tamb#m 'ara seu Querer e seus
inter esses  Formu lado de manei ra taRat ia a imersub /en idade
assim $om'reendida 'assa a o$u'ar o lugar do 'reiamente dado
de maneira trans$endente e 'are$e assim $onstituir o ^ni$o

sentido Que
eRig]n$ias ainda resta
re$6'ro$as de 're*er]n$ia
Que re'ousam na sançãoobe taeRig]n$ias
interna, 1 Que as
Que se eR'ressam na a'roação e na $r6ti$a, $onstituem a *orma
de uma moral $omo tal então tamb#m se 'ode di0er& na medida
em Que o $onte^do a Que se re*erem as eRig]n$ias não # outra
$oisa Que o lear em $onsideraç ão aQuilo Que todos Querem,
então, o $onte^do se adeQua $om a *orma Esta *ormulação não
'retende ser uma solução mgi$a idealis ta, mas 'retende a'enas
a'ontar 'ara um singular estado de $oisas
!embremos agora outro $om'onente Por mais 'laus6el Que
sea este $on$eito $omo $on$eito de bem, 'or Que nos deemos
$om'reender assim 4 LQui não se tra6a da 'ergunta se os u60os
morais estão melhor *undamentados do Que outros, na *orm a
$omo resultam da $on$e'ção 8antiana, e sim da 'ergunta se
en*rrn nos Queremos $om'reender, 'rimeiro, $omo mem bros de
uma $omunidade moral e, segundo, $omo membro s daQuela
$omunidade moral Que # determinada atra#s des te

4;
$on$eito de bem Esta Questão tãosomente ainda 'ode ter o
sentido de dagarnos se temos bons motios 'ara 'arti$i'ar desta
$omuni dade moral Formu lada diersame nte, # a 'ergu nta se
Queremos assumir em nossa identidade a 'arti$i'ação na
$omunidade moral E natural Que este Querer não sea
normalmente um Querer eR'l6$ito, mas na re*leRão *ilos*i$a
de'aramos ineitaelmente $om ele $omo o ^ltimo *undamento,
'ela sim'les ra0ão de Que não eRiste um terde absoluto& tamb#m
o gramati$almente absoluto tem deU não 'ode, $omo imos, estar
'or um `ler deff absoluto/ est de *ato 'or um ter de es'e$ial,
de*inido atra#s da sanção interna da $omunidade moral, a Qual,
'or#m, somente ingar Quando Quer ida
Chegamos a $onhe$er este Querer $omo um *undamento
ne$essrio de toda moral/ eie *oi $ontudo es$ondido na morai
tradi$ionalista atra#s da *undamentação autoritria do ter de, e
'ermane$e naturalmente tamb#m, o$ulto na a'resentação de Yant
na Qual a ra0ão a'are$e no lugar da autoridade, L autonomia do
indi6duo somente $hegar  'lena ig]n$ia Quando o $on$eito de
bem a'enas *or a'resentado $omo 'ossibilidade, $omo nos
'ode mos $om'reender  G indi6duo, se ele re*letir sobre isto , tem
Que 'oder 'erguntarse agora, se ele Quer 'erten$er  $omunidade
morai  de agora em diante *undamentada uniersalmente e não
mais de modo trans$endente/ e todos os outros indi6duos 'odem
*a0erse eRatamente a mesma 'ergunta
9ão teria sentido, 'rimeiro , argumentar a moral $omo tal e,
segundo, argumentla na sua $om'reensão 8antiana, $om algu#m
Que realmente tiesse um lack of moral sense (*alta de sentimento
moral) ou Que es'ontaneamente estiesse de$idido a desistir e
oltarse ao $ontratualismo Somente 'odemos di0er ao nosso
amigo& take it or lea9e Mr' E Quando ele tier *eito o 'rimeiro
'asso  'ara a $omunidade rnorai $omo ta  'odemos de *ato di0er
Que no $aso não a'enas eRistem outros bons motios 'ara o
segundo 'asso (a $on$e'ção 8antiana), mas Que al#m disso esta
($on$e'ção 8antiana)  se ele se $olo$ar no

45
n6el dos u60os morai s  # a melhor *und ament ada (Vse tu en*im
Queres designar algo $omo mm , então istoU)_
9ão # 'oss6el eR$luir es6e momento da autonomia, mas
tamb#m não o 'odemos imaginar $omo um Querer decisionis ta,
num es'aç o aberto/ 'odemos cont"do nos em'enhar 'ara Que
nosso amig o tome boas ra0oes no senti do de bons motivos, J'ara
se $om'reender assim$  $onteRto para o Qual se a'ela na
'ergunta 'elo motio "e eu tenho 'ara me er $omo membro da
$omunidade moral ideai e eRatamente da $omunidade assim
$om'reendida, naturalmente s 'ode ser o conte?to da totalidade
dos meus motios , o mesmo Que estã em toda 'er g"nta V$omo eu
me Quero $om'reender[U Wuando nosso interlo$utor 'ergunta 'or
Que ele de9e se $om'ree nder moralme nte, este deeU # o assim
denominado pr"dencial, re*erido ao 'r'rio bemestar 2ste #
'ortanto o lugar onde a 'ergunta 'elo elemento moral tem Que

a'elar 'ara aa6'ergunta


B \illiams/ 'eio
a 'ergunta nãoelemento
# o Que V#ti$o, no sentido
e" tenho dado 'or
de$H&, re*erida 
sanç ão inter na, mas o Que eu devoH&$ reia tio Qui lo Que no
demais eu Quero Gnde não se 'ergunta mais o Que # bom, mas
'or Que a*inal Queremos as sumir em nosso Querer o bem $omo
'on to de re*er]n$ia, a6 a 'ergunta 'ela moral, modernamen te
$om'reendida, tem Que asumrnomente a "estão do bem estar
o" da *eli$idade,  $olo$ada 'elos antigos *il so*os na dis$ussão
$om os $#ti$os morais da #'o$a  os assim denominados so*istas
Plat ão e Lris tteles re$on he$e ram "e, a 'art ir daQu ele Que
re'r esen ta o lack of moral sense( somente se 'ode en*rentar a
'er gunta $#ti$a, 'ro$urando mostrar Que ser bom * aQuilo Que
tamb#m # bom #ara mim'
Por isso retomarei mais tarde, $om Lristteles, 'ara a 'ro
blemti$a da *eli$idade `/ aQui a'enas Quero indi$ar o Quanto 

< D#$ima ter$eira e d#$ima Quarta iiç"es

4>
sedistingue estruturalmente minha maneira de er daQuela de
Platã o e de Lristtel es Primeiro, os antig os *ilso*os não $o
n)eciam o problema da *undamentação dos u60os morais $omo
tal, e 'or isso não $onhe$ia m sobret"do o 'roblema da dis$ussão
entre diersas $on$e'ç"es morais Por esta ra0ão a 'ergunta 'ela
!"ndamentação redu0iase de antemão, 'ara eles,  perg"nta 'ela
moti ação, de tal modo Que, em toda a #ti$a antiga, a 'ergunta
'elo assim $hamado summum bonum ,bomim era $om'reendido
$omo Vbom 'ara mimU), e isto signi*i$a, 'eios *ins mais eleados
de nosso Querer, a'are$ia ustamente no lugar da 'ergunta 'ela
morai
Em segundo lugar , eles não iram`o irredut6el *ator da
autonomia/ 'ensaam 'or isso 'oder a'resentar *orçosamente Que
$ada um de ns, desde Que estea $laro em seus motios, tem 5ue
$om'reenderse de $erta maneira (e isto sobretudo Jtamb#m
signi*i$a& moralmente)
Ter$eiro, 'enso Que`na 'er gunta 'ela motiação deese
*a0er uma distinção Que não era ista, nem na #ti$a antiga nem
naQuela Que de l segui u at# hoe& 'ara Plat ão e Lristt eles a
'ergunta 'ela motiação  sem're signi*i$ aa (e assim isto
tamb#m # isto hoe)& Quais os motios Que temos 'ara ser e%ou
agir moralmente [ Por mais im'orta nte Que sea esta 'ergunta,
interessa em nosso $onteRto $ontudo uma 'ergunta 're$edente&
Que motios temos de $om'ree nderno s $omo membros da
$omu nida de mora l, isto #, Que motios eu tenho 'ara $om
'reenderme $omo um den tre todos, Que mutu amente se $olo $am
eRi g]n$ias re$6'ro$as $om re*er]n$ ia ao (ou a um) $on$eito de
bem[ Podese d i0er Que as duas 'erguntas t]m o sentido& 'or Que
a gente não se Quer $om'reender $omo ego6sta[ Xas, 'ara a
melhor $om'reensão, 'odemos sim'lesmente denominar $omo
ego6sta no sen tido $omum aQuele Que age imora lmente e o
ego6 sta $itado em segu ndo lugar, 'ro' riam ente na 'erg unta
're$ed ente, $omo o ego6sta radi$al G ego6sta radi$ai # aQuele
Que re'resenta o lack of moral sense' G ego6sta $o

4:
mum distinguese do ego6sta radi$al 'elo *ato de 'oder agir
moralmente a 'artir de sua 'r'ria 'ers'e$tia e então sentir
$ul'a E 'or $ons eguinte im'orta nte er Que a Questão da mo
tiação p ao menos $omo em 'rimeira linha a $om'reendo  não
di0 res'eito  'ergunta, se a gente Quer agir ou ser moralmente,
mas somente se normas morais deem aler 'ara algu#m  sea de
modo geral sea deste $on$eito
Porta nto, onde $omumen te a'enas se enRer ga uma 'ergunta,
temos Que distinguir tr]s& 3 Wuero en*im $om'reender me
moralmente, Quero Que a 'ers'e$tia do bem sea uma 'arte de
minha identidade [ = Wuero $om'ree nderme na 'ers 'e$tia
desta $on$e'çã o  no $aso, a $on$e 'ção 8antiana [ < Wuero agir
moral mente [ Em todas as tr]s Quest "es 'odes e 'ergu ntar 'elos
motios
Xão darei uma res'osta a$abada e uni*orme s 'erguntas 'ela
motiação, e oltarei mais e0es a elas no $urso destas liç"es,
?
sobretudo na dis$ussão da Questão da *eli$idade , e de'ois na
a'resentação da Questão da motiação assim $omo ela # $olo$ada
'or Ldam Smit1r LQui Quero a'enas dar uma res'osta 'ar$ial
'ara 'oder eRem'li* i$ar $omo estas 'erguntas 'ela motiação, de
modo geral, deem ser $om'reendidas
L uma 'rimeira res'osta eidente 'ara a 'rimeira das tr]s
'erguntas, eu  aludi na 'rimeira lição& se não nos $om' reen 
demos $omo membr os da $omun idade moral (de QualQ uer Que
sea) desa'are$e a 'ossibilidade da a'roação e da $r6ti$a,e $om
isto tamb#m dos jemi mentos morais  1 mostrei na 'rimeira
lição Que isto 'ode ser isto, tanto 'ositia Quanto negatiamente
Para aQuele Que o ] negatiamente, assim $omo S6ra son , #
de$isio Que a 'artir disso nossas relaç"es $om

? D#$ima ter$e ira e d#$ima Qua rta liç"es

U$ D#$ima seRta lição$

44
nossos semelhantes seam a'enas inst rume ntai s Então não 'o
deremos mais lear  Vs#rioU, num determinado sentido do termo,
tanto a ns 'r'rios Quanto os outros Gs outros então não serão
mais sueitos, $om os Quais 'odemos dis$utir moralmente, mas
tãosomente obetos de nosso $om'ortamento
Esta $ons ider ação mostra Qual a im'ortâ n$ia Que t]m as
ra0"e s (no sentido de moti os), Que 'odem os $itar& $hega mos a
ema $lare0a sobre aQuilo Que de'ende da de$isão, e se o nosso
interlo$utor disser Que ele tamb#m renun$ia a estes outros
as'e$tos da ida, então o dilogo a$abou
9isto *i$a $laro at# Que 'onto a autonomia # um Sltimo
argumento 9ão eRiste nada Que *aça 'arte da minha ida, Que me
obrigue a me $om'reenderdesta maneira L'enas eRiste esta
obrigação relatia& se eu Quero uma $oisa e se ela est in$ulada 
outra, então tamb#m tenho Que Querer aQuela outra $oisa
Como 'oder6am os, em segun do lugar, argument ar, desde a
'ers'e$tia da motiação, em *aor da a$eitação de uma de
terminada $on$e'ção moral, isto #, 'ara a segunda das Quest"es
antes $olo$adas[ 9este $aso # eidente $itar um motio Que se
re*ere simultaneamente  'rimeira e  segunda 'ergunta (e isto
Quer di0er& Quais as ra0"es 'ara mani*estarse $omo membro de
uma $omunidade moral e ao mesmo tem'o ustamente 'or uma
$omunidade entendi da desta maneira[) 9ão $reio Que esta
Questão 'ossa ser leantada no interior de uma $on$e'ção
tradi$ ionali sta, na Qual o 'ergu ntar $omo tal  # muito di*6$il/
'ois nesta $on$e'ção  sem're $onstitui um elemento 'r#io Que
a gente se $om'reenda $omo *ilho de Deus Xas esta Questão
'ode ser 'osta $om sentido no Que se r e*ere  $on$e'ção 8antiana
LQui 'oder6amo s 'edir ao nosso interlo$ utor 'ara re*letir
mais ou menos sobre o seguinte& VImagine Que o$] se en$ontre
numa bi*ur$ação de estrada +m $aminho # o ego6smo G ego6sta

$onseQ7ente age eR$lusiamente $on*orme a mRima

iGG
Veu *aço a'enas aQuilo Que me agradaU L alternatia  o outro
$amin ho  eRata mente $orres 'onden te # Que tamb#m tenha mos
$onsideração $om os outros, e não a'enas Quando nos agrada
(Va6tni6smoU{_A ego6sta não tem QualQuer relação $ora seiis
semelha ntes eR$et o o rela$ion amento merame nte instrume ntal&
os outros a'enas lhe serem $omo meio 'ara satis*ação de
ne$essidades/ isto Quer di0er Qiie ele se $om'reende, na relação
$om #s outros, eR$lusiamente $omo ser humano de 'oder Foi
sobr emdo este 'onto de ista no Qua Platão, no :.rgias e em
outros dilogos, atra#s de um eRem'lo eRtremo do grande
tirano, *e0 er a alternatia& moralidade 9ersus amo ralidade Tu
a'enas dees $uidar 'ara Que a alternatia altru6s ta não sea
'retensios a demais, 'ois na medida em Que tu #s aQuele Que
determ ina Quais dos teus semelhante s tu 6rãs res'eit ar e Quais
não, tu estabele$es ao bel'ra0er, a 'artir de tua 'ers'e$tia

ego6sta,
deem sera 'artir
res'eida tado
'lenitude
 Pordoisso
teu 'oder, o $6r$ulo'ara
a alternatia o ego6 smomt
daQueles
somenie 'ode ser *ormulada assim& res'eito 'ara $om QualQuer
outro Isto, 'or#m, # eRatamente o $onte^do do im'eratio
$ategri$oU
G Que aQui nos # dado 'onderar #, num sentido *ormal muito
semelhante ao isto anteriormente, na $onsideração sobre aQuilo
Que me d ra0ão 'ara me Querer $om'reender $omo membro de
uma $omunidade moral L'enas se 'ode $olaborar 'ara $larear a
situação de de$isão Chamamos a atenção 'ara as im'li$aç"es Se
nosso interlo$utor então res'onde& Tu tens 'lena ra0ão, Que os
dois $aminhos t]m este as'e$to, e # 'ois o $aminho da ontade de
'ode r Que eu es$o lho`f Então não se 'ode di0er mais nada $ontra
isto 2eremos mais tarde Que ainda h mais im'li$aç"es nesta
alternatia mas estruturalmente nada mudar

5 D#$ima Quarta lição


LQui ainda gostaria de mostrar Que o a'oio motia$iona da
$on$e'ção 8antiana tamb#m sustenta $om'lementarmente a
pla"sibilidade desta $on$e'ção de bem +ma e0 a$eito Que os
dois $aminhos $itados 'odem ser istos $omo alternatias
!"ndamentais do Querer huma no 1ego#smoaitr"#smo9, # signi
*i$atio Que o $aminho do altru6smo $ondu0 diretamente ao
conceito Pantiano$
2o$]s 'oderiam agora 'erguntar& Por Que eu não introdu0i
de sa6da a moral, e então logo em sua $on$e'ção 8antiana, desta
maneira sim'l es, $omo alternat ia 'ara o ego6sm o L maneira
$omo introdu0imos algo sem're de'ende daQuele $om Quem
estam os dis$u tindo 9a dis$ussão $om o ego6st a de *ato 'oderia
ter omitido a eta'a 'r#ia da introdução do $on$eito de uma
moral  Xas, $onsi derand o Que h outras $on$e'ç" es morais, a
usti*i$ação, do $on$eito 8antiano tem estes dois $aminhos a
dis$ussão $om os ego6stas e a dis$ussão $om as outras
$on$e'ç"es morais& somente na segunda a *undamentação tem
sentido de *undamentação dos u60os morais/ na 'rimeira tem
a'enas o sentido de indi$ação de motios
Lgora 'osso es$lare$er a tese anun$iada na 'rimeira liçã$
segundo a Qual normas e u60os morais de *ato não são em'6ri$os
mas Que $ontudo não alem a # rio ri( o Que Yant $onsidera uma
$onseQ7]n$ia bia Tomemos $laro 'rimeiro 'ara ns Quão
estranha  # a tese de Yant, em si e 'ara si Ela # tanto mais
estranha se a gente, $omo de *ato *e0 Yant,  designa as 'r'rias
normas $omo a #riori ('orta nto, o im'er atio $ategri$ o) Wue
sentido 'oderia ter o *ato de normas serem lidas a #riori ($om
ValidadeU se Quer di0er Que elas são ou 'odem ser determinantes
'ara nosso Querer)[ G Que Yant $om'reendia 'ora #riori, na
7rítica da -azão !ura , ele o de*iniu eR$lusiamente 'ara u60os
+m u60o # a #riori Quando ele # erdadeiro ou *also
inde'endente da eR'eri]n$ia Como então se dee $om'reender
Que uma norma tenha um $arter a #rio $ r0[ E $ontudo Yant 
*a0 isto logo no 're*$io da Fundamentação( $omo se isto *osse a
$oisa mais eidente do mundo

3A=
L$eitemos, 'ortanto, ini$ialmente, Que se Quer di0er Que os
u60os morais $orreto s são a #riori , isto #, são a #riori er
u
dadeiros Lgora 'or#m se sabe Que 'or a #rioriI somente 'ode
ser $om' reendido o Va #riori anal6ti$oU e o Va #riori sint#ti$oU
Em Que sent ido os u60 os morai s alem a #riori [ Se no sentido
sint#ti$o, então o *ato de Que # bom ãg6r assim ou assado deeria
ser *undame ntad o atra#s de uma ter$eira inst an$ia, a Qual 'or
sua e0 aie a #riori / # im'oss6el des$obrir Que instân$ia seria
esta Contrariamente, a tese de Que eles são anal6ti$os teria um
sentido $om'reens6el, a saber, aQuilo Que $onside ramo s bom
Quanto ao $onte^do segue analiti$amente do $on$eito da
're*er]n$ia obetia Isto $ontudo 'are$e antes de mais nada
*also  Em segundo lugar, 'odem os es$lare$e r 'ara ns mesmos
Que # um $ontrasenso Querer $onseguir uma determinada
$on$e'ção moral a 'artir da elu$idação de 'alaras Ter$eiro,
nosso interlo$utor não se mostraria im'ressionado 'or este
resultado& VPode ser Que esta sea a ^ni$a moral 'en sel mas o
Que isto tem a er $omigo[U
Yant iu 'er*eita mente o ^ltimo 'onto, e este # o motio de
ele não ter dado $om o a #riori os u60os morais, mas a obri
gatoriedade das 'r'rias normas (sua `alidade`) 2oltarei a isto
na inter'retação de Yant De *ato, # im'oss6el des$obrir o Que se
dee aQui ainda entender 'or Da#riorF' Por#m, 'ara onde a'onta
este es$lare$imento de Yant, se 'or alidade se Quer di0er a
im'ortân$ia Que as normas t]m 'ara o nosso Querer, # Que a
alidade das normas não # em'6ri$a, não 'or eRistirem de *orma a
#riori , mas 'orQue de'endem de meu Veu QueroU
Durante muito tem'o a 'ol]mi$a $ontra a $hamada *al$ia
natura lista ,natiiralistic fallac1< re'resentou um to#os na #ti$a
`Esta *al$ia $onsistia em se 'retender *undamentar em'iri$a
mente os u60os morais L isso *oi obetado, desde Kume (e
atual mente noament e natra dição de .E Xoore at# - Kare)&
do ser não segue 5ual5uer de9ei+ Xas o Que signi*i$a

9P
isto[ Pois o de9er não 'ode ter um sentidoabsoluto $om'reens6el
(todo o deer e todo o ter de # re*erido a "ma sanção) -etomar a
re$usa da *al$ia naturalista adQuire um sentido $om'reens6el se
o re!orm"lamos desta maneira& do ser não segue um 5uerer' O
'artir das $ir$unstân$ ias de Que algo # assim $omo # (tamb#m e"
mesmoi nun$a seguese ne$essariamente Que eu Quero isto e
aQuilo De'ende de mim, se eu o Quero G Querer nun$a 'oder
ser [ 'ara aQuel e mesmo Que Quer , "m su'orte *ti$o 'r#io e
em'6ri$o 1"m ser)
Est 'ortanto $orreta a re$usa da *al$ia naturalista e isto Quer
di0er, de Que a a$eitação de u60os morais e a alidade das normas
morais seam em'6ri$as Estabele$ido este *ato, surge, 'or#m, a
'ergunta& o Que então # o ^ltimo *undamento da va lidade Que
tem 'ara n7s as normas morais[ S eRistem as duas
'ossibilidades& o a #riori ou o Querer  Tinido o a #riori' s. resta
ainda o `eu QueroU/ 'ara di0]lo novamente, não se trata na
erdade de um Veu QueroU de$isionista, 'airando no ar, mas

a'oiado 'or meio de motios& 'or estes a'oiado, mas não *or
çado
Wuem se $olo$a a 'ergunta VQuero eu *a0er 'arte da $omu
nidade moral[U, tem de 'erguntarse& VQuem a*inal eu Quero ser,
em Que reside 'ara mim a ida e o Que de'ende 'ara mim disto,
Que eu me $om'reenda $omo 'erten$ente  $omunidade moral[U
Por isso , o momento de$isi onis ta tem Que ser sim'lesment e
desta$ado, 'orQue tudo Que 'odemos nomear em motios 'ara
nosso interlo$utor e 'ara ns mesmos a'enas 'ode mostrar $om
base em nosso saber antro'olgi$o, some nte 'ode mostrar Quanta
outra $oisa seria ogada *ora unto $om nosso 'erten$imento a
uma $omunidade moral Desta maneira a de$isão deiRase a'oiar
ra$ionalmente, mas não substituir G  $itado take it or lea9e it
não 'ode ser $ontornado

E não est bom assim[ 9ão deemos 'ergunt ar ao $ontrri o&


'or Que nos Queremos re'resentar nossa inserção na mora l
're*erentemente $omo u m 'risioneiro de u ma $amisa de *or

3A?
ça[ E a mesma ne$es sidade Que nos im'ele a 'ensar a *und a
mentação $omo absoluta, Quando ela não mais de'ende de uma
autoridade, e a 'ensar igualmente $omo absoluto o ter de Podese
$onsiderar esta ne$essidade $omo res6duo da mora l religiosa,
onde o ler de a'are$ia $omo uma realidade trans$endente
'reiamente dada, ou tamb#m $omo um res6duo da $ons $i]n $ia
moral in*antil onde a autoridade paterna aparecia de modo
semelhante L re*leRão sobre o Veu Quero` Que est na base do
?i
eu tenho 5ue  $ondu0 nos no senti do de assum ir a autonomia
Que *a0 'arte do ser humano adulto Po6s s 'oder6amos nsQuerer
Que um tal ter de absoluto  su'ondo Que 'or si não sea um
$ontrasenso  *osse $raado em ns[ Eu 'osso Querer Que uma
'arte do meu Querer sea subtra6da de mim mesmo[
L ida tale0 *osse mais sim'les , mas tamb#m menos s#ria,
se a moral *osse uma 'arte de mim [ assim $omo meu $oração ou
minha es'inha Pensar 'ara si a moral de maneira tão heternoma
# 'roa de uma *alta de $on*iança, 'rimeiro, no 'r'rio Querer
serassim e tamb#m no Quererserassim dos outros Da mesma
*orma # 'roa da *alta de $on*iança na $ongru]n$ia dos $on$eitos
mora is, Que resultam 'ara mim e 'ara os outros Por#m , o Que
Quer Que sea aQuilo Que deseamos, sua base # muito *rgil  e na
histri a se mostrou muitas e0es Que tentatia alguma de *a0]la
a'are$er arti*i$ialmente mais *orte moeu os homens a serem
moralmente melhores
SEKTA LIÇ=O Q #undamentação
da meta-!si%ados cost"mes de
Yant& a primeira seção*

Tentei mostrar na i6ção anterior Que o $onte^do do 'rograma


de Yant  o im'er atio $ateg ri$o, $omo # enten dido em termo s
de $onte^do  a'resenta a $on$e'ção pla"s#vel do bem 9o
entanto at# aQui a'resentei a'enas em $onsideraç"es abstratas, e
ainda não a 'artir dos teRtos de Yant, minha reeição do 'rograma
de *undamentação de Yant  uma *undamentação absoluta, e isto
desde uma ra0ão 'osta nas alturas Fa0 sentido em'reender nesta
e na 'rRima lição uma inter'retação sistemti$a da 'rin$i'al
obra de #ti$a de Ya nt, a Fundamentação da metafísica dos
costumes  Este iirinho # tale0 a $oisa mais grandiosa Que  *oi
es$rita na hist ria da #ti$a, e ele #, 'eio menos em suas duas
'rimeiras se$ç"es, uma das 'ou$as obras *ilos* i$as signi*i$atias
de Que dis'omos !ire das obrigaç"es e eR$entri$idades
*ormal6sti$as, assim $hamadas VarQuitetni$asU, a Que Yant se
submeteu não somente na 7rítica da razão #ura' mas de noo na
7rítica da razão #r6tica( es$rita dois

_ Tradução de 1oão sinho Be$8en8am '

3A5
anos mais tarde, Yan6 de6Rase $ondu0ir aQui iiremen6e 'ela
riQue0a de seu genio, igualmente $heio de *antasia, $omo ar
gumentando $om rigor 9uma obra deste n6ei a'rendese
tamb#m dos se"s enos
G !ref6cio do lirinho tem sobretodo d"as tare*as Primeiro
ele es$lare$e o titulo do es$rito, de'ois ele di0 o essen$ial sobre o
m#todo 9o 'ertinente ao t6tulo # 'ara tratar se Va' enas de uma
-!"ndamentação&, e isto Quer di0er Que ;ant aQui se 'ro's
a'enas Va 'ro$ura e o estabele$imento do #rinci#io su#remo da
moralidade* ,Cerke I <4=) O eRe$ução ele 'retend6a  aQui
reserar 'ara urna %etafísica dos 7ostumes, tamb#m es$rita mais
tarde (<43) L 'ala ra V$ost umesU Yant não es$lare$e , 'orQue ,
$omo  mostra a $itação anterior, ele a em'rega sim'iesmente
$omo eQui alent e a VmoralU ($* a$ima segun da lição) G Que no
entanto se entende 'or urna meta*6si$a dos $ostumes[ Lesra
'ergunta Yan& dedi$a a maior 'arte do 're*$io Por meta*6si$aU,
di0 X de se entender a eR'osição de urn a es*era dos 'rin$i'ios a

#riori (<::) Wue isto tamb#m # 'oss6el e ne$essrio 'ara a


moral, esta a tese $entral do 're*$io 9este 'onto o$orre a
'rimeira de$isão de $onte^do, Yant a$redita 'oder tomia
sim'lesmente Vda id#ia $omum do de er e das leis moraisU
(<:4)  VCada "n!@ 'rossegue, Vtem de admitir Que urna le6, se ela
dee aler $omo moral, isto #, $omo *undamento de uma
obrigação, 're$isa im'li$ar nela mesma, ne$essidade absoluta U, e
uma tal ne$essidad e 'oder ia ser en$on trada a'enas Va #riori tão
soment e em $on$e itos da r a0ão 'ur aU
Yant re*erese aQui o mesmo *ato de Que tamb#m eu 'arti
na Segunda lição, Que em u60os morais, e então tamb#m nos
res'e$tios VmandamentosU, eR'ressase um Vtem deU Que 'are$e
absoluto Todaia tentei mostrar Que este modo de usar o Vtem
deU gramati$almente absoluto não 'ode substituir uma

ne$essidade 'rti$a
$essidade 'rti$a e*etiamente
absoluta absoluta,desde
não *a0 sentido, 'ostoQue
Que
se uma
$onsine
dere mais de 'erto Yant no entanto insiste sem ulter ior es$la 
re$imento nesta a'arente Vne$essidade absolutaf ;
Wue sentido 'oderia ter uma ne$essidade 'rti$a absoluta, se
realmente eRistisse[  isto ;ant nos res'onde $omo se *osse
eidente& Que ela dee valer a 'riori Xas i sto nã o # de modo
alg"m tão $laro, $omo *a0 de $onta, mesmo desde a 'r'ria
'ers'e$tia de Yant Pois Yant mostrou na 7rítica da razão #ura
a'enas Que uma 'ro'osição teri$a !#, uma 'ro'osição na Qual
se eR'ressa um u60o), Quando # absolutamente ne$essria, e isto
Quer sem're di0er, Quando sua erdade # absol"tamente
necess'ria, tem de ser erda deira a #riori Xas Que sentido 'ode
ter trans'or este $on$eito do #rioriI de*inido em *unçã o da
ne$essidade teor#ti$a 'ara a ne$essidade 'rti$a de um
mandamento (no Qual $omo tal nem se trata de erdade), e se eie
então ainda tem sentido em geral sobre isto Yant não di0 nada
um iate sobremodo notel aere seu 'r'rio 'rograma
Como igualme nte note terã de nos 'are$e r Que Yant, Que
es$lare$eu na 'rimeira 7rítica tão ineQuio$amente Que u60os s
'ode m ser a #riori $om base em sua analiti$idade ou então aler
$omo sint#ti$os a #riori , aQui não se dedi$a de modo aigu m a esta
di*erença Deer 'ois, assim temos de nos 'erguntar, a su'osta
a'riori dade de manda mentos 'rti $os ser anal6ti$a ou sint# ti$a,
ou esta distinção não h de aler aQui de modo algum[ 2eremos
mais tarde Que Yant era de o'inião Que uma grande 'arte do Que
se 'ode di0e r na #ti$a # de *ato anal6 ti$o a #riori( mas Que ele
estaa $onen$ido de Que ao mandamento moral mesmo suba0
um u60 o sint#ti$o a #riori+ mas isto lhe resultar de uma
'rob iemati0ação tão 'e$uliar Que se dee a$res$en tar um 'onto
de interrogação  obiedade $om Que ele re$orre  aQui no
're*$io ao $arter a'rior6sti$o dos mand amentos morais O
ra0ãof mais 'roel 'or Que Yant assumiu aQui $omo eidente
Que u60os morais t]m de aler a #riori * a Que ele d em gerai& a
ra0ão 'or mim  men$ionada

9
anteriormente, de Que eles não 'odem ser em'6ri$os/ ir / eu 
mostrei Que a su'osição de Que isto sea uma alternatia eR$iu
dente # eQuio$ada (a$ima "inta lição9$
+ma outra 'e$uliaridade Que se dee obserar, e Que tamb#m
resulta da 'r'ria isão de Yant, # ele assumir $omo eidente, ea
'assagem $itada, Que, se os mandamentos t]m va lidade a #ríori(
eles se devem *undar na Vra0ão 'ura Em $ontra'osição tinha
sido a tese da 7rítica da razão #ura Que os u60os sint#t i$os a
#ríori em se"sentido não 'odem, de modo algum, *undar se em
algo assim $omo uma ra0ão 'ura, mas tãosomente em nossa
$ons$i]n$ia humana real& os u60os da 'ura geometria ' e?$,
alem a #ríori( não 'orQue, $omo di0em, em *unção dos $on$eitos
não 'oderem ser de outro modo, mas 'orQue ns humanos não
'odemos nos re'resentar de outra *orma S 'orQue eRis tem
u60os Que, na o'in ião de Yant, alem e*etiamente,
inde' endent emente da eR'er i]n$i a, 'ortanto a #ríori , sem no
entanto teR esta alidade a'enas em ra0ão de *undamentos da

ra0ão, ele $hegou a 'ostular de modo geral esta $uriosa eRist]n$ia


de u60os sint#ti$os a #riori , e agora os mandamentos
a'rio r6sti$os da moral tinham de resultar 're$isamente de
V$on$eitos da ra0ão 'uraU
-etenhamos $ontudo tamb#m o 'ositio& Que Yant $hegasse
tão de'ressa a $on$lus"es Que lhe 'are$iam Quase eidentes, e
Que sem d^ida não o são, tem sua ra0ão nisto Que ele 'artiu do
*ato *enomenal indubitel do Vtem d eU gramati$almente absoluto
dos mandamentos morais, Que ele a'enas não tentou es$lare$er
mais de 'erto
G $on$eito de ra0ão, introdu0ido sem legitimação $om o
're* $io, # ini$ialmente deiRado de lado no resto do teRto de
Yant 9a 3 seção Yant olta o$asionalmente a ele, mas se
es*orça 'or não $om'rometer $om ele a argumentação L'enas na
= seção o $on$eito de ra0ão $onstituir então o 'r'rio *un
damento/ mas ali ele ser introdu0ido noamente tamb#m, de um
modo leg6timo do 'onto de ista *ormal

3A4

!
9o *inal do 're*$io Yant d um im'ortante es$lare$imento
sobre "aV o m#todo Que 'retende seguir na 'rimeira e "al, oa
segun da seção L ter$e ira seção o$u'a "m lugar especial, sobre o
Qual 6rela !alar mais tarde Yant re$orre a"i a urna distinção,
$orrente na #'o$a e 'roeniente da matemti$a, entre m#todo
anal6 ti$o e sint# ti$o  Esta disti nção não tem nada a er com a
di*erença entre u60os anal6ti$os e sintéticos$ X#todo anal6ti$o
Quer di0erQue se tem diante de si uma *or mação ç om 'leRa, da
Qual se "er saber os *undamentos ou 'rin$ i'ios/ re toma se a
estes, e ueste sentido -analisase&$ 5intético ao $ontr rio # o
'ro$edimento, Quando, 'artindo de detemiinados
'rin$i' ios, :esclarecese um dado $om'leRo constr"tivamente
(sinteti$amente) a 'artir dos elementos De modo semelhante Yant
distinguiu no 're*$io dos !role gomena o m#todo, ali seguido
$omo send o analítico( do m #todo sint*tico da 7rítica da razão
#ura'
9a 3 seção da Fundamentação o m#todo # 'ara ser anal6ti$o

no sentido de Que
'artirioQual a $ons$i]n$ia
Yantomo di0 nomorai $omum
*im da 3 seção,$onstitui o dado
Quer $hegar 'or
anli se at# seu 'rin$ 6'io U (?A<) Este 'rin$ 6'io re elar se
$omo o im'eratio $ategri$o Lgora, se o m#todo sint#ti$o
$onsis tisse na eRata iners ão da ordem de id#ia s anal6t i$a, então
Yant teria de 'artir, na = seção, do im'eratio $ategri$o e
mostrar $omo dele resulta a $ons$i]n$ia moral $omum Xas Yant
não 'ensa tão esQuemati$amente +ma sim'les inersão deste ti'o
seria tamb#m im'rodutia 9a erdade Yant assume na = seção
um noo 'onto de 'artida, a saber, a *a$uldade da ra0ão
'rti$aU$omQ a (?3=), e 'ro$ura mostrar $omo tamb#miela se
$hegaao|

I Werke I4 ;P 6aturamente, tanto no mFtodo sintFti%o uanto no ana!ti%o o (ro


%edimento F ana!ti%o no outro sentido, de Gu!1os ana!ti%os ou reaçes %on%eituais

9
Fa0 sentido $ara$teri0ar este $aminho $omo sint#ti$o, 'orQue ele
de *ato 'arte de algo $om $arter de 'rin$6'io, Que no entanto não
# bio 'ara a $ons$i]n$ia moral $omum, reQuer endo ema

$om'r eensã o e ima distinção *ilos* i$a, enQuanto a seção 3 #


$orre tamen te $ara$ teri0 ada $omo anal6ti$ a Yant 'arte aQui não
de um a !enomenologia geral da $ons $i]n$ia moral nat"ral, mas
de um as'e$to desta $ons$ i]n$ia, do Qual ele a$redita 'oder
assumir Que seria admitido 'or todos
@ im'ortante es$lare$er na ordem de id#ias tanto da 'rimeira
Quanto da segunda seção Qual a 'retensão 'osta 'ela
argumentação 9un$a se dee ler teRtos *ilos*i$os $omo se
$onsistissem em um alinhamento de id#ias e teses/ não são liros
ilustrados, mas são $olo$adas 'retens"es argu mentati  as
Poderia, ' eR, ser Que o im'eratio $ategri$o se deiRasse
*undamentar 'elo m#todo da I seção  mas então, somente
relati o i p $om'reensão mora $omumU  mas não 'elo m#todo
da = seção, ou i$eersa Claro, ns eremos Que a *unda

ment ação não


e0 deiRa *un$to
em aber iona
Queemo ambos
im'eratosio$aminho
$ate gris,$o,o Que
$omo'ortent
suaei
mostrar na lição anterio r, ainda assim mantenha seu sentido Se
não se tem sensibil idade 'ara tais distinç"es, # melhor deiRar de
se o$u'ar $om teRtos *ilos*i$os
L 3 seção # uma obra'rima de $onstrução re*leRia e ar
gumentação *ilos*i$a e en$ontrase enQuanto tal $omo ^ni$a em
Yant Este teRto # de tal modo $onstru6 do *ora a *ora, Que Yant,
de uma ^ni$a 'ro'osição, $om a Qual ele abre *an*arro
nisti$amente o 'rimeiro 'argra*o e Que ele ainda modi*i$a em
algo no 'argra*o : = (<4>), des enole analiti$am ente tr]s
'ro'osiç"es , nos seguintes 'argra*os (435), das Quais resulta
então no 'argra *o 3>, tamb#m analiti$am ente, a 'retensã o do
im'erat io $ategri$o (Eu 'ressu'onho Que o leitor me a$om
'anhe no Que segue $om o teRtonumerado em 'ar gra*os)
3
L 'rimeira 'ro'osição di0& V9ão # 'oss* em geral'ensar
nada no mundo, sim, mesmo tamb#m *ora deste, ue 'u
desse ser tido 'or bom sem restriç ão, a não ser tãos oment e uma
boa 9ontade [ (<4<) Da *orma $omo Yant $omeça $om esta
'ro'osição, 'oderia 'are $er Que ela tiesse a Qualidade lgi$a de

uma tese Xas no 'argra*o : (<4>) di0 Yant "e este $on$eito 
se $encontra rto bom senso natural e não 're$isa tanto ser
ensinado Quanto a'enas es$lare$idoU/ e, de'ois do Que o"vimos
sobre o m#todo a ser seguido nesta I seção, sabemos tamb#m Que
a 'ro'osição nem 'ode ser isada de outra maneira E eu a*irmo
agora& a 'retensão de Yant, de ler *iRado nesta 'ro'osição um
as'e$to essen$ial da $om'reensão $omum de moral, *
'er*eitamente usti*i$ada L 'ro'osição $orr es'onde tamb#m
eRata mente  re*er ]n$ia Que eu mesmo *i0 no $omeç o de minhas
$onsideraç"es ao sentido de um u60o moral& assim $omo a
re*er ]n$ia , *eita 'or Yant no 're* $io,  singul ar `ne$e ssidad eU,
isada $om um mandamento moral # em 'rin$6'io id]nti$a 
minha re*er]n$ia ao sentido gramati $alment e absolut o do tem
de`U moral assim o 'resente es$lare$imento, de Que em u60os
morais se trata do ^ni$ o bem Que # tal sem VrestriçãoU, # em
'rin$6'io id]nti$o  minha re*er]n$ia ao sentido gramati$almente
absol uto $om Que ns *alamo s, em u60os morais, de `bomU e de
VmauU
Pode rse ia, $ontudo, Querer obetar Que eu a'liQuei este
VbomU a'enas a aç"es e 'esso as, enQuanto Yant di0 Que soment e
Vuma boa ontade # boa sem restrição Xas ambas resultam no
mesmo, e a *ormulação de Yant # a mais eRata Wuando ulgamos
uma ação de modo mo ral # a on tade det erminador a da ação o Que
n7s ulgamos mo ra l Se somos *orçados a uma ação, ou se ela lea
a $onse Q7]n$ ias im'reis6 eis, sobre as Quais nossa onta de não
tinha in*lu]n$ia, não somos moralmente res'onseis 'or ela
Wuando ulgamos uma 'es soa $omo 'essoa e não em *unção desta
ou daQuela reali0ação ($omo $o0inheiro, iolinista et$), # sem're
sua ontade o Que ns ulgamos Platão e Lristteles 
eR'ressaram isto $om a seguinte obseração& Quando um homem #
bom $om res'eito a uma determinada $a'a$idade, ele sem' re tem
tamb#m a $a
'a$idade do $ontrrio G Que 'eR tonta um m#di$o a'to a $urar,
tomao tamb#m a'to a matar E` 'ode ema ou outra $oisa, de
a$ordo $om o Que ele Quer LQui ião # a ontade Que # ulgada

Em $ontra'a rtida sids di0emo s sobre um home m bom Que ele #


in$a'a0 do $ontrr io, 1ustamente 'orQue ele haeria entã o de
5uerer o $ontrri o 9aturalmente ele tamb#m 'ode o $ontrrio a
'artir de suas ca#acidades( mas ele p sua ontade  # in$a'a0 de
tanto =
Pud esse ele Querer tamb#m o $ontrrio, e não teria uma
dis'osição *irme da ontade 'ara o moral/ o Que a'are$eu $omo
ontade, teria antes sido uma eleidade, um $a'ri$ho +ma *irme
dis'osição de Querer de uma determinada maneir a # o Que se
$hama car6ter' G $arter seria e ntão a ^ni$a $oisa Que 'oderia 'r
em Questão a 'retensão da ontade de Que s dela se 'ode di0er
Que # boa Vsem restrição U Xas esta alternat ia não eRiste 'ara
Yant 1 na 'ro'osição seguinte do 'argra*o 3 ele mesmo
em're ga o termo V$arterU e Quer natur almente di0er& se a
onta de # a ^ni$a $oisa Que 'ode ser design ada $omo boa neste
senti do determ inado, então # $om isto isad a a *irme dis'osiçã o
da ontade, 'ortanto o $arte r Isto est tamb#m 'or trs da minha
indi$ação anterior de Que ns não ulgamos moralmente a ação
singular, mas a 'essoa Lgora um bom $arter # o Que se designa
tradi$ionalmente $omo irtude Seria, 'ortanto, um mal
entendido, se se 'retendesse Que em Yant a irtude não *osse um
$on$e ito *undament al Wue em Yant o dis$ur so sobre irtu des no
'lural não sea im'ortante, 'ro#m de outro motio Deese a
Que ele tem um ^ni$o 'rin$ 6'io moral e Que 'or isto s h uma
^ni$a dis'osi ção da ontade $orres'ondente, 'ortanto somente a
irtud e, não irtudes Wue *osse desne$essrio 'ara Yant *alar de
irtudes no 'lural, tem todaia ainda um outro motio, do Qual me
o$u'arei mais tarde

= C* Platão Ki''i as minor Lri` ateies @ti$a a 9t $ma$o 


L ^ni$a $oisa Que se 'ode $riti $ar na a*irmati a de Yan # a
*ormu lação meio eQu6o$ a de Que a boa ontade # a ^ni$a $oisa
Que 'ode ser tida 'or boa sem restrição, 'ois esta!orm"lação d
margem ao malentendido de se $om'reender esta distinção no
sentido de -p"ro&, Vsem mist"ra&$ Tamb#m as eR'li$aç"es Que
Yant d, no Que segue, 'oderi am *oment ar este malente ndido 
Poderia soar $omo se tudo o mais Que 'ode ser bom, s e0es
tamb#m 'ode ser mau Yant terseia eR'ressado de *ornia menos
eQu6 o$a, se tiesse dito Que se trata de diersos modos do ser
bom, $omo eu eR'r essei, Quando disse Que eRis te um sentido
gramati$almente absolut o de bo mU e al#m disto diersos
relatios 9aturalmente não teria sido o'ortuno 'ara Yant
eR'ressarse desta maneira Xas do Que ele di0, resulta ainda
assim Que todos os outros modos de VbomU não são a'enas
gradualmente in*eriores, mas essencialmente di*erentes, 'orQue se
trata aQui de um bom 'ara 
Xas estes seriam a'enas 'oss6eis malentendidos L ^ni$a
$oisa obetia Que se 'ode $olo$ar aQui $omo obeção a Yant #
Que ele, da mesma *orma Que na ne$essidade absoluta, $onstata o
ser bom, Que ele $ara$teri0a $omo VirrestritoU e Que de *orma
menos eQu6o$a seria de $ara$teri0ar $omo Virrelati oU,
Vin$ondi$ionalU, sem tentar es$lare$]lo uiteriormente 9a
'resente 'assagem, onde ele a'en as Quer arti$ular a auto
$om'reensão do Ventendimento $omumU, sem d^ida não se
're$isa eRigir isto dele
G ^ni$o erro Que se lhe 'assa # di0er no 'argra*o > (<45)
Que, embora a ontade sea o bem VmRim oU, Vnão (#) o ^ni$o e
todo (bem)U 1 esta *orma substantia # notel De VbensU ns
*alamos 'ro'riamente somente no $aso do relatiamente bom G
Que Yant Quer di0er aQui, e Que ai retomar então na =ial*tica da
7rítica da razão #r6tica (< = $a'6tulo), # Que ainda eRiste outra
$oisa al#m da boa ontade (da irtude), Que 'erten$e a Vtodo o
bemU/ não $ertamente as riQue0as elen $adas anteriormente, Que
são boas a'enas relatiamente e tamb#m

33?
'odem ser iris, mas sem $^ida Va *eli$idadeU LQui, 'ortanto,
Yant tamb#m a$aba es$lare$endo Que o bem moral # a'enas uma
'arte, mesmo Que im'ortan te, de um bem mais abrangente 9este

$aso o bem moral não seria, $omo eR'us, distinto  em seu


$on$e ito (e mesmo em sua gram ti$a) de todas as outras *ormas
de *alar sobre bem Isto 'ressu'ori a Que eRistisse um ^ni$o
$on$eito gen#ri$o do bem, sob o Qual $airia tanto o bem moral
Quanto a *eli$idade, e, a'esar de Yant tentar mostrar isto na
7rítica da razão #r6tica , a tentatia se mostra um *ra$asso
Wee Yant tenha $hegado de alguma *orma a esta $uriosa
id#ia, tem a er $om o $on$eito tradi$ional de um summum
bonuin , Que remete a Lristteles Lristteles tinha, no $omeço da
Ética a Nicmaco , identi*i$ado este $on$eito de um bem
,agatlion< su're mo e abran gente $om a *eli$ idade, de*inind oo
$omo aQuilo a Que um homem em ultima instân$ia e no todo tem
'or obetio Certamente este # um $on$eito Que *a0 sentido, mas
na medida em Que Lristte les em'regou 'ara isto o termo bem
su'remoU, *e0 ele um uso da 'alara bomU Que não se en$ontra
na l6ngua natural, nem na daQueles tem'os nem na de hoe E de
obserar ainda Que Platão, ao Qual Lristteles se liga
estreitamente em termos de $onte^do, ainda não em'regaa a
'alara desta maneira Wuando Platão 'erguntaa 'elo bem , ele
'erguntaa o Que # 'ro'6$io 'ara algu#m, Quer di0er, 'ara seu
bemestar, mas o 'r'rio bem estar aind a não era $ara$teri0ado
$omo o bemU Para Platão o bem (no sentido do 'ro'6$io)
$ontinuou 'or isto um $on$eito relatio/ o $on$eito
gramati$almente absoluto do bem, 'ortanto o $on$eito
es'e$i*i$amente moral do bem, não o$orre  $omo $on$eito  nem
em Platão nem em Lrist tele s, a'esar de ter eRisti do de todo no
uso $omum da l6ngua grega Isto se dee a Que a estrat#gi a de
Platão e de Lristteles em termos de *iloso*ia moral $onsistia em
mostrar Que o moral # bom #ara mim / 'or isto 'are$ia
termi nolgi $ament e o'ort uno em're gar 'ara o mora $omo tal
uma outra 'alara, igualmente $orriQueira no uso da
l6ngua grega& to kal.n , o belo/ $* ' e?$ Platão, A re#blica 2!
;A;d
Xas não se dee natur almente im'edir Lristteles (e as
tradiç"es antiga e 'osteriore s, Que o segui ram) de intro du0ir
$omo terminas technicus em noo em'rego, Que não se en$ontr a
na l6ngua natural Im'orta apenas Que esle $on$eito dee então
$ontinuar $laramente distinto do sentido $omum do uso
gramati$almente absoluto de VbomU& o noo $on$eito re'resenta o
Que uma ^ni$a 'essoa Quer em ^ltima instân$ia e no todo (e pode
se então $hama r isto de Vo bemf ou Vtodo o beirT ou tamb#m
não), enQuanto o modo de *alar de VbomU Que o $orre na l6ngua e #
usado de *orma absoluta re'resenta aQuilo Que toma uma ação ou
o $arter de uma 'essoa obetiamente distinto, obeto geral de
louor G ^ltimo se enQuadra, $omo imos, $omo $aso 'arti$ular
no signi*i $ado do ser bom atributio em geral, Que tamb#m
remete a uma alta $onsideração
Lgora, podese nat"ralmente tenta r estab ele$e r relaç "es
entre as duas determinaç"es, ou $omo Yant *e0 na 7rítica da
razão #r6tica ou de outra *orma, mas elas não $airão sob um
mesmo $on$eito gen#ri$o Wue 'udesse ser assim, o$orreu a Yant
tãosomente 'or interm#dio da tradição aristot#li$a, Que # notel
não obetiamente, mas ling76sti$amente !amentel nisto #
a'enas Que 'or isto *oi aumen tado o male ntendi do  suger ido
'ela *ormulação da 'rimeira 'ro'osição da seção, Que este bom
irrelatio se distingue a'enas gradualmente e não 'or 'rin$6'io de
todos os outros $on$eitos de VbomU Como no entanto isto não
tem $onseQ7]n$ias no resto do teRto da 3 seção, basta ter
a'ontado 'ara tanto -esumindo, sou de o'inião Que a
$onstatação eR'ressa na 'rimeira 'ro'osição da 3 seção # uma
re'rod ução $orret a de uma $ara$ ter6st i$a *undam ent al de toda
$ons$i]n$ia moral, e deese aguardar Que se es$lareça $omo
Yant 'ode 'ensar em tirar dali somente $on$lus"es Que leem ao
im'eratio $ategri$o

335
Gs 'argra*os 3 e = serem enao 'ara o e $ e$irre$ da
id#ia de "e s da orrade 'odemos di0er "e sea boa sim
'lesmente L'enas no 'arlgra*o <  dado um outro 'asse, Que

agora analisa esta id#ia *undame ntal um po"co ma8 Qu/ Yant
insiste em "e ns s. ulgamos mo ralmente o Querer eus
determina ema ação e Que nosso +"#o não de'end e de a ação ter
su$esso} E bem erdade Que ele salienta, 'ara eitar mal
$entendidos, Que $om a boa vontade não se Quer a"i a'enas di0er
-simples dese+o&, mas a ontade -sob rec"rso a todos os meios, na
medid a em "e esteam sob meu 'oderU (<4?) Se mesmo assim a
ontade, entendida desta *orma, não $onseguisse nada, Vassim ela
ainda brilharia em si mesmaU  $omo di0 a *amosa 'ro'osição 
V$omo uma ia, $omo algo Que en$ontra seu inteiro alor em si
mesmoU 2eremos Que ;ant, baseado numa determinada
$onsi deraçã o, a$ent uar esta $on$e' ção no 'arg ra*o 3?& a'enas
ali serã dada a onosição ao anliiunsme A $on$e'ção de*endida no
'resente 'argra*o #, em $ontra'artida, 'atr imnio $omum de
iodos os 'rogramas morais em geral ($om eR$eção daQueles
'rimitios Que aind a seQu er entender am o alor da intenção e
a'enas ulgam 'elas $onseQ7]n$ias) Xesmo o utilitar ista
deeria $on$ordar $om o 'argra*o <& mesmo uma #ti$a relatia s
$onseQ7]n$ias, $omo o utilitarismo, s 'ode ulgar a ontade 'or
isto& se ele *e0 tudo Que estaa em seu 'oder
Gs 'argra*os ? at# > $onstituem uma obseração Que não
'erten$e  argumentação Yant 'ressu'"e aQui Que todas as
dis'osiç"es da nature0a são $onenientes, o Que 'ara ele # mais
uma su'o siçã o bi a do Que uma 'rem issa *undam enta da, e
a*irma então, seguindo re'resentaç"es 'essimist as de seu tem'o ,
Que a ra0ão, em seu uso 'rti$o instrumental, 'rodu0

i$i Les ug em ems mo ra les $he 0 l `en *am  $aris 8P, = %a(!tuo
em gera mais danos do Que bene*6$ios e Que o sim'les instinto
lernosia guiado melhor/ uma e0 assumidas ambas as 'remissas,
seria eidente Que Va nature0aU
V$em outro *im enQuanto meioU, mas $omo *im em si mesmo
'ara a '$ssibi66ta$ão da morai, G 'ensamento # ante s abstruso e
não $ons ^mi 'arte integrante da arg"mentação da seção, mas #
interessante Que Yant introdu0 aQui, $omo eidente, a ra0ão, e
ainda 'or $ima num uso absoluto, a'esar de uio se tratar de um ta
uso nem na argumentação 're$edente nem na ulterior da Iseção,
9o 'argra*o : Yant se 're'ara 'ara o 'ro$edimento anal6ti$o
'ro'riamente dito  Para ta ele $olo$ a o $on$e ito do deer no
lugai!d o$on$eit o da boa onta de  'rime ira ist a este 'asso
'ode sur'reender/ mas # im'e$el 'orQue o $on$eito do dee r,
$omo Yant di0 $om ra0ão, -contém 1o de* uma boa ontad e, se
bem Que sob $enas restriç"es e barreiras subetias Cont#mp
Quer di0er im'li$a logi$amente Dee_f re'resenta a
ne$es sidade 'rti$ a 1obrigação9  abordada no 're*$io G Que

Yant di0 no 'argra*o : # sim'les& o bem é deer e o Que ele Quer


di0er $om o V$ertas restriç"es subetiasU, ele eR'li$a mais tarde
na = seção, assim& um ser santo age bem de QualQuer *orma, 'or
isto não # 're$iso *alar aQui de um ter de 9o entanto, no nosso
$aso, de homens, Que tamb#m 'odem agir de outra *orma (estas
são as Vrestri ç"es `f), o bem # aQuilo a Que somos obrigados L
a*irmação de Yant, Que o $on$eito do deer (naturalmente não um
deer QualQuer, mas o deer assim $om'reendido& o bem $omo
deido) $ont#m logi$amente o $on$eito do bem irrestrito, # 'or
isto eRata Ll#m do mais ns erem os Que na argumenta ção Que
segue nada de'ende do $on$eito 'arti$ular do deer e Que os
'assos indiiduais at# são mais $laros, Quando re'ortados ao
$on$eito ini$ial do bem
Yant *ormula então tr]s V'ro'osiç"es`& a 'rimeira nos 'a

rgra*os 43< (<4>4), a segunda no 'argra*o 3? r<44s) e a


ter$e6n[ rus 'rd&ra $ os _;y (jC.s) S!$re a ligação lgi$a
destas tr]s 'ro'osiç"es, Yant di0 a'enas ser a ter$eira l/
V$on$lusão das duas anterioresU (?AA) 9ão se dee enten, ` isto
em termos de silog6sti$a  ter$eira 'ro'osição a'enas *in o
resultado das anteriores, Que 'or sua e0 seguiriam ambas 1a
'rimeir a e *undamental 'ro'osição da I seção K de se 'er
guntar at# Que 'oro as $on$lus"es sãoobrigat7rias$
G 'rimeiro 'asso di0 res'e ito ao motio, a 'ar tir do Qua 
uma 'essoa tem de agir Quando sua ontade # boa, e isto Quer
di0er, Quando ela age mora lmente Esta 'ergunta # de *unda
mental im'ortân$ia, mesmo 'ara al#m de Yant, e eu ainda não me
dediQuei a ela at# agora em minha 'r'ria eR'osição
Gbserando $om mais detalhe o tre$ho, $onstatase Que Yant
'ro$ede em dois 'assos G 'rimeiro dse no 'argra* o 4, o
segundo, nos 'argra*os 3A3< e # muito mais radi$al 9o
'ar gra*o 4 Yant *a0 a distinção, $omem em toda #ti$a desde
Lristteles, entre uma ação a'enas Vde a$ordo $om o deerU e
uma ação V'or deerU, L'enas de a$ordo $om o deer age, ' eR,
o $omer$iante  assim o eRem'lo de Yant  Que atende sua
$lientela honestamente, mas não 'or $ausa de 'rin$ 6'ios da
honestidadeU e 'or isto não 'or deerU, senão V$om 'ro'sito
ego6staU Esta # a motiação do $ontratualista Ele Quer a'are$er
de *orma honesta, 'orQue isto lhe # antaoso
Yant 'ode agora reiindi$ar $om ra0ão Que a 'ro'osição, Que
s o agir 'or deer, e não  o agir de a$ordo $om o dee r, # bom ,
segue imediatamente da sua 'ro'osição ini$ial 9ão a ação $omo
tal # boa, mas a'ena s aQuela Que # $ondu0ida 'ela ontade
$orre s'ond ente, e isto Quer di0er 'elo $orres 'onden te motio
Deo Querer agir assim (' eR honestamente) 'or sua 'r'ria
$ausa, se não ao a'enas Quase moralmente, 'ara eR'rimilo em
minha terminologia, mas não moralmente
Este 'rimeiro 'asso mostrase irre'reens6el, tamb#m não #
$ontroerso, e Yant logra e*etiamente dedu0ilo da 'rimeira
'ro'osição  sobr e o bem G 'asso ser6ate, ae $on6rdr $ #
$ontr oerso e $ondu 0 ao *amigera do Vrigoris moU de Yant EiC d
aQui tr]s eRem'los, mas basta (e *a0 mais sen$ido tamb#m 'elas
'e$u liaridad es dos outros dois eRem' los) aternos ao segundo 9o
eRem'lo do comerciante, Que Yant deu no 'argra*o W, ele
disting"i", al#m de uma motiação V'or deer` e da outra V$o m
'ro'sito ego6staU, ainda uma ter$ eira& V'or ime  diata
inclinacão&$ 9o eRem'lo do $omer$iante 'dese dei?' la de
lado, 'orQue aQui Vnão seria de 'resumirU Que o $ome r$ia nte
tiesse uma in$linação imediata aos dientes, mesmo Que
eentualmente at# 'ossa ser assim G eRem'lo do 'argra*o 33
trata então de -bene!icência&$ LQui o 'ro'sito ego6sta, tão natural
no $aso do $omer$ iante, tamb# m # 'ens el, mas não # seQuer
men$ionado 'or Yant, 'orQue esta 'ossibilidade não # im'ortante
'ara o Que ele Quer mostrar/ ao $ontrr io, o$orre na bene*i$]n$ia
seguidam ente Que não a *açamos 'or deer, mas V'or in$li nação
imediataU

LQui 'are$e agora se diidirem as 6ntuiç"es morais Xuitos


diriam& tão s Quando audamos algu#m 'or in$linação e isto Quer
di0er, $omo di0 Yant, 'or Vsim'atiaU ou $om'aiRão, 'odemos
di0er Que n.s o audamos, enQuanto Yant de*ende a o'inião
$ontrria de Que nossa auda somente então # mora l Quando o$orre
a'enas 'or deer e não 'or in$linação, ou, *or mulado de *orma
menos $rassa, Quando a in$linação 'elo menos não eRer$e
in*lu]n$ia sobre nossa motiaçã o VSu'osto 'oisU, es$ree Yant,
VQue a alma daQuele *ilantro'o estea obnubilada 'ela 'r'ria
a*lição, Que toda 'arti$i'ação no destino alheio 'roo$a,  e
agora, $omo nenhuma in$linação o lea ainda a tanto, ele se
arran$asse ainda assim desta insensibilidade letal e eRe$utasse a
ação, sem nenhu ma in$li nação, a'enas 'or deer , somen te então
ela ter seu erdadeiro alor moraiU (<4:)

@ este re'ulsio
Que 'are$e VrigorismoU
'arademuitos
Yant, $omo # muitas e0es
Xas $ontra'or $hamado,
intuiç"es
ser 6arob#m de se 'erguntar se eRiste, $omo 'retendia S$hiller
uma alternam a dentro da 'osição de 'rin$6'io de Yant Eu

gosta da em 'rime iro lugar de eR$lui r uma eR'li $ação demasiad o


sim'l es 'ara as $onsideraç"es aQui ne$ess rias e mostr ar então,
de uma segunda, Que ela ainda # muito sim'les e im'ediria Que
se $hegasse ao n^$leo da 'roblemti$a aQui $olo$ada
eR'li$ação Que deer6amos eitar # a de Que Yant # *ilho
de see tem'o e Qee# um $erto es'6ri to 'russia no e 'iet ista Que
*ala atra# s dele 9ão Que urna eR'li $ação histri $a destas não
tenha tamb#m sua $orreção, mas em uma $onsideração *ilos*i$a
de 'rin$6'io lhe *altaria substân$ia, 'orQue então a'enas
$olo$ar6amos de lado a $on$e'ção de Yant e 'or nossa 'arte não
'oder6amos a'render nada deia 9ão deemos de modo algum
esQue$er Que a tese $om Que nos $on*rontamos aQui, de a$ordo
$om a 'retensão do 'r'rio Yant, # uma $onseQ7]n$ia anal6ti$a
daQuela 'rimeira 'ro'osição da seção, a Qual se mostrou $omo
des$rição 'ar$ial adeQuada da auto$om'reensão morai $omum
L segunda eR'li$ação,  *ilos*i$a e sem d^ida $ontendo
uma 'arte da erdade , seri a Que Yant se en$ont raa numa tra
dição Que *a0 uma disti nção rigorosa entre uma *a$uldade a'e 
ritia, assim $hamada Vsu'erior  determinada 'ela ra0ão, e uma
Vin*erio rU, *a$uldade a'etitia sen sitia (as in$linaç"es),
'ortanto entre um Querer ra$ional e um sensitio , e Que a $on
>
$e'ção de Que um agir 'or Vin$linação imediata f não 'ode ser
$onsiderado $omo um agir moralmente bom # uma sim'les
$onseQ7]n$ia desta $on$e'ção 9ão nos esQueçamos, no entanto,
Que Yant 'elo menos na 'arte rigorosa das deriaç"es
're$edentes, aind anão * alou de ra0ão
Gs ^ni$os $on$eitos Que o$orreram at# aQui são os do bem e
do deer Tamb#m no dis$urso sobre o deer deer6amos nos

're$aer $ontra a *$il sa6da de asso$iar sim'lesmente a $on


$e'çã o de Yant $om a $ons$i] ` $ia 'russiana do uer Isto teria
sem d^ida tamb# m uma C &a ra0ão de ser, I!z ns deemos
insistir em Que, 'ara Yant, deer signi*i$a tãosomen te obrigação
morai e Que $em ele # inten$ionado aQuele Vtem de /[ Que # ligado
ao $on$eito do bem Gutras $onotaç"es, de a$ordo $om as Quais
algu#m est dis'osto a agir 'or deer, Quando tem a dis'osição
de seguir uma autoridade  'enseseno eRem'lo eRtremo de
Ei$hmann6  deem aQui ser mantidas a*astadas de todo, 'ois o
-tem deU de$isio 'ara um eRe$utor de ordens não tem nada a er
$om a ne$essidade 'rti$a Que se segue do bem moral 'ara
algu#m
E agora 'odemos nos tomar $laro 'or Que a $on$e'ção de
Yant 'are$e e*etiame nte segui r $on$lude ntement e da sua 'ri
meira 'ro'osição Irres tritamente boa, assim *oi isto, somen te a
boa ontade 'ode ser Da6 seguia $orretamente Que s 'odem ser
boas aç"es Que não são a'enas de a$ordo $om o deer, mas
su$edem 'or deer e isto Quer di0er 'or $ausa dobem Se agora se

di0 ainda, não 'oder, o alor da ação, ser adi$ionalmente


in*luen$iado 'or in$linaç"es, então isto Quer di0er a'enas
ustamente não 'oderem de modo algum outros *atores
desem 'enhar uma *unção, $om outra s 'ala ras, Que s 'ode ser
boa a ação, $uo ^ni$o motio # o deer (o bem ), ou, *ormulado
$om mais $autela& mesmo Que 'ossam estar em ogo outros
moti os (in$l inaç"e s), 'ara a aaliação moral das a$"es s #
releante, se o motio morai *oi de$isi o
Seria esta $onsideração $on$ludente[ Se sim, se 'ortanto a
$on$e'ção de Yant, longe de ser eR'ressão de uma idiossin$rasia
histri$a, mostrase $omo tão eidente, então deemos 'erguntar
nos ao $ontr rio $omo 'odem os *unda menta r nossas 'r'rias
intu6 ç"es o'ostas Do modo mais sim'l es estas intuiç"e s 'odem
'roaelmente ser redu0idas ao seguinte deno minador $omum

Wuem sentee a*ria,


re'ulsia $on$e'ção
'oderiadasdi0er&
motiaç"es morais
VWuando de Yant
algu#m se $omo
$om'orta
moralmente *rente a um outro, ns alo
ri0amos isto muito mais, se ele o *e0 'or $ausa do ouiro' ao /& se
ele o *a0 a'enas 'or deerf, G motio seda 'ois a $$ns8_  ração
'eo outroem e0 do dee Xas ;ani $ontinu ada e 'ergunta ndo&

VG Que Quer di0er Que ele o *a0 'or $ausa do outro[ Duas
res'ostas 'are$em 'oss6eis Gu& V'orQue euu} tamente
sim'a ti0o $om ele ou 'or ele tenho $om'aiRão_ Gu& V'orQue ele
# um ser humanof Lgora, Quando *ala de -Xinclinação&, Yaiit se
re*ere a'enas  'rimeira res'osta Temse então uma in$linação
es'e$ial 'or esta 'essoa
L segunda res'osta, 'or outro lado, não a'res enta uma tese
$ontr ria  $on$e 'ção de Yant Pois at# aQui ainda não !oi dito
nada sobre aQuilo em Que $onsiste o bem o" o deer, e eremos
mais tarde Que uma determinada $on$e'ção do im'er atio
$ategri$o (a segunda *rmula de Yant) 'ode ser entendi da
ustamente de tal *orma Que, se ns *a0emos alguma $oisa 'or
$ausa do im'eratio ('elo deen, ns o *a0emosk 'orotie o outro
# um ser humano ' Lnte$i'ando (mas tamb#m  na base do dito na
^ltima lição) 'odemos di0er& # esta uniersalidad e Que Yant Quer
assegurar $om sua insist]n$ia sobre o dee r $omo moti o
Xas $om esta argumentação, o adersrio não se dar 'or
satis *eito  ERist em, obet ar ele, duas 'ossibili dades distintas de
se $om'ortar moralmente *rente a um outro, inde 'end ente das
'r'ria s in$linaç"es 'arti$ulares e a'enas 'orQue ele # um ser
humano & ou 'orQue eu o deo  V'or deerU  ou 'or *ilantr o'ia,
Quer di0er, 'or a*eição, $om'aiRão, in$linação, Que agora $ontudo
seria uma es'#$ ie de in$li nação uniersal, tamb#m inten$ ionada
no $ristão Vama teu 'rRimo, 'orQue ele # $omo tuU G
sing ularmente *rio e rigons6 a da #ti$a de Yant 'rosseguir o
adersrio, 'are$e $onsistir no *ato de Yant reeitar não s as
a*eiç" es 'ar$iais , no Que tem toda ra0ão, mas a a*etii dade em
geral
Com isto $hegamos ao $entro da $ontro#rsia, o Que se ]
tamb#m no *ato de eu não 'oder  adu0ir nenhuma res'osta
dialogo$ YN$$c pa/  ,a i r Que a Zr4dca cegamente [Zange oe//&n  'io
de Yant (re*erer6e  bene*i$]n$ia` $am*$#rn a '$slçlo } $ Yant em

gerak masnela
'assagem Que mesma,
ela nao 'oe
u ma atingir
e0 Quea argumentaçãe deem
ela ainda deiRa Yant nesta se o
aberto,
bem não # inten$ionado da *orma a*etiamente determinada,
eRigida 'elo adersrio G Que em todo $aso r assim obetar nosso
amigo, 'ode ser dito a !avor de Yant # Que ns temos de insistir no
deer  na obrigação  $omo motio, 'orQue este 'erten$e ao
$on$eito de mora l 1do V6rres *ritamente bom&9$ G Que em tod o
$aso deeria *i$ar da reeição da in$linação 'or 'arte de Yant, se a
`id#ia de moral dee ser 'reser ada de algum modo # Que o ser
bom # algo e4igido 'ela ontade Xesmo Que $onsideremos $omo
moralmente su'erior aQuele Que não 'ode agir senão moralmente, e
'ara o Qual o agir moral (Quer di0er& o eRigido) # algo eidente e
es'ontâneo, a es'ontaneida de não 'oderia $omo tal ser o motio do
agir L es'ont aneida de não 'oderi a ela mesma tornarse o 'rin
$i'io da ação G Que teria de ser reti do in$ondi$ionalmente da

reeição de Yant seria Que no agir moral não 'oderia ser a in
$linação $omo tal o Que nos determina Pois ao Que Yant se
re*eriria $om in$linação, seria o a*eto imediato, natural, Que temos
no moment o, e ele 'ode ser assim ou assado e não tem $omo tal
em 'arti$ular, o eRigido $arter uniersal
L ^ni$a 'ossibilidade de diergir de Yant #, 'ortanto, não
$olo$ar o a*eto no lugar do deer, $omo S$ho'enhauer então *ar,
mas entender o 'r'rio agir 'or deer $omo um a*etio L
in$linação não 'ode $omo tal ser determinante, mas a'enas na
medida em Que ela  # uma in$linação moralmente *ormada e,
nesta medida, tamb#m uniersali0ada E esta 'ossibilidade Que
tinha de 'are$er $ontraditria a Yant, 'or $ausa de sua su'osição
antro'olgi$a de uma se'aração insu'erel entre uma *a$uldade
a'etitia sensitia e uma su'erior (Vra$ionalf`)
Para ainda assim aaliar o al$an$e desta 'ossi bilidade, de
emos nos tornar eR'l6$ito o Que em ^ltima instân$ia se en$on
di0er ate s C& r& &s t) $//p $o& s %_&rnG`   / o agir <A rai
a*eiiame& ts es/ ariarieo a aeao_ ja / /, re /e  a $on$a'ção

8anti ana Que deer mos aiora e[ re$rias e$r a uma inter'retação
o Que _he resultou / o see &o araaa$a,
G Que os $r6ti $os $ontem'orâneos $ensur aram na $on$e'ção
Pantiana, sobretudo S$hi6ler s então tamb#m o oem Ke gel, #
Que ;ant teria diidido a nature0a humana em duas 'artes, e isto
não # a'enas um 'roblema *ilos*i$o, mas signi*i$a isto
moralmente, Que não # ma is o homem $omo um todo Que age
moralment e Se eu ao a'enas assim, 'orQue me # ordenado, então
ainda sou eu de todo, este ser a*etio, Quem age[
Xas 'odes e ir ainda mais longe na d^ida sobre a$on$ e'
ção 8antiana Se estimarmos a tese de Kume Que em geral a'enas
sentimentos ($omo in$linaç"esw 'edem ser determinantes de aç"es,
então a su'osição de Yant Que o mandamento, enQuanto lire de
a*eto, 'ode ser determinante de ação, reelarseia $omo *i$ção, e
deerseia *a0er ale r Que de QualQuer modo s 'ode ser um a*eto
 'oder6amos $ara$teri0lo $omo o a*eto es'e$i*i$amente moral 
o Que nos d uma $ons$i]n$i a do bem determinante de aç"es Para
eR'li$ar isto na *ormulação Que dei na lição anterior 'ara o
im'erati o $ategri$o  $onsideração de outros QuaisQuer ou então
res'eitar uma 'essoa sim'lesmente 'orQue ela # um ser humano
esta seria uma mRima Que deer6amos ou sentir afeti9amente , de
ta modo Que nos sent6ssemos bem soment e Quando nos enten
d]ssemos assim , ou $aso $ontrrio ela não seria nada 'ara ns&
lack of moral sense ,sensel<'
L 'artir daQui a inter'retação do 'r'rio Yant, disto Que
signi*i$a Querer agir 'or deer, Quando lhe # subtra6da a base
a*etia, deeri a 'are$ernos desane$erse em uma es*era 6aap
gularmente rare*eita G Que ainda daria uma *orça meta a&&o nal

ao deer entendido $omo lire de a*etos[ E assim se $om


preende Que ' eR a 'si$anlise tenha tentado analis ar o deer,
assim entendido, a 'artir de im'ulsos in$ons$ientes, Que lhe dariam
sua *orça Im'ulsia ;ant s7 conseg"e $ortar d^idas deste ti'o 'or
an$orar motivacionalmente o deer na ra0ão 'ura G 'asso Que
Yant d' neste 'onto, na \ seção, $om sua inter'retação
determinad a, s se $om'reende, 'ois, "ltimamente, se  se *i$a de
olho tanto na *undamentação do bem na ra0ão 'ura, Que ele
em'reende na = seção, Quanto tamb#m em 'arti$ular na
4!iindamentação da motiação da ontade moral nestamesma
ra0ão p"ra, Que at# mesmo ao 'r'rio Yant 'are$e Quase atreida e
Que em'reender então na < seção da Fundamentação' 9este 'onto
'osso a'enas tomar nota disto G 'asso de Yant, na inter'retação
Que ele lhe d, não # in$onsist ente, mas ele é, em 'rimeiro lugar,
não $on$ludente, e 'odemos, em segundo, er  agora $om Que
enorme nus argumentatio Yant se sobre$arrega aQui

 de$ano da concepção $ontrria  de Yant # Lristteles Para


Lristteles s 'ode ser bom aQuele Que # orientado 'ara

o bem em seus a*etos , 'ortanto, dito $om Yant, em suas in$li


naç"es Esta in$linação moral, o ser humano não a tem, de a$ordo
$om Lristteles, da nature0a, mas tamb#m não, de uma 'etição
diina ou de uma sim'les ra0ão, mas ele a adQuire na edu$ação, na
so$iali0ação ? E bem erdade Que Lristteles tem de di0er Vem uma
edu$ação $orretaU, e isto 'are$e $ondu0ir a um $6r$ulo ou em todo
$aso tomar a autonomia do indi6duo Podese $ontudo di0er& Que o
ser humano não 'os sa atingir o bem moral se m a'oios so$iali0 antes
não Quer di0er Qu e ele 'ossa então, de a$ordo $om a edu$ação, ser
$ondu0i do a um bem QualQuer, mas dee tratarse de seu bem, e, se
ele *oi edu$ado da *orma $orreta, ele estar em $ondiç"es de

de$idir 'or si mesmo, se ele Quer se entender assim Deste modo


em todo

? C* Éti ca a N icomaco I 3A e II 3

3=5
$aso, a $on$e'ção aristot#l i$a se deiRa en$aiRar na 'ergunta& V'or
Que Quero eu 'erten$er a urna moral e ustamente a esta moral[U,
$omo a desenol6
De $erta *orma entre Lristteles e Yant en$ontrase S$hiller,
$om a $on$e'ção Que desenoleu no liro Anmiií und Ciirde 
5c)iller se $om'reende $omo Pantiano e tam b#m o # em todas
as` su'osiç"es essen$iais, $omo o 'r'rio Yant I)e $on$edeu < L
'osição de S$hiller 'ode 'or isto mostrar, se ela *or $onsistente,
Que mesmo 'ara o 8antiano *i$ara em aberto uma o'ção Que Yant
não 'er$e beu Lo $ontr rio de Kume e de Lristteles, a$redita
S$hiller, $om Yant, Que eRiste uma ra0ão 'rti$a 'ura , Que tanto
de$ide sobre o Que # bom, Quanto # de$isia tamb#m $omo
motio 'ara a boa ontade Wue 'ortanto o 'rin$6'io da boa
onta de não a'enas não 'ode ser a*irm ado 'elas in$linaç "es, o
Que # eidente, mas Que ele tamb#m não 'ode ser entendido $omo
uma in$linação eR$e'$ionai (dis'osição de a*eto), tal Qual
'retend e o aristot#li$o, tudo isto S$hiller $on$ede a Yant Ele
a'enas não entende 'or Que a ra0ão não dee 'oder *ormar nossa
a*e6i idade de tal modo Que, tanto Quanto 'oss6 el, V-a0ão e
sensibilidade  deer e in$linação  se $onuguemU A , de ma neira
Que então o homem Vest  em harmonia $ onsigo me smo U (:>)
9atu ralmente ter de se 'erguntar a S$hiller, 'or sua e0, 'or
Que isto dee ser assim L este res'eito 'odese, a 'artir do teRto
de S$hiller, dar duas 'oss6eis res'ostas Gu se su'"e Que 'ara
S$hiller eRista, ao lado do 'rin$6'io moral, um segundo
mandamento, a saber, o re$#m$itado& Vestar em harmoni a
$onsigo mesmoU, e # sem d^ida este 'rin$6'io Que *oi de'ois
a'roeitado 'or Kegel Xas não se dee entender isto $omo

; \er8ecl=<
5 F S$ hill er Cerke (ed 'or ! Beliermann)  :
"m segundo 'rin$6'io 5c)iller es$ree& VTão $erto Quanto estou
$onen$ido  Que a 'arti$i'ação da in$linação em uma ação lire
não demonstra nada sobre a 'ura $on$ordân$ia ao deer destaação,
assim eu a$redito 'oder $on$luir > usto da6 Que a 'er*eição moral
do se r )"mano tãosomente 'ode resultar desta, 'arti$i'ação da
in$linação em seu agir moral Pois o homem não # determinado a
eRe$utar aç"es morais indii duais, mas a ser um ser moral&$ Com
esta Sltima 'ro'osição ;ant teria naturalmente $on$ordado, mas
'ara S$hiller esta 'ro'osição se $om'reende a 'artir da anterior, e
isto Quer dier4 o im'ortante ] ser moral $om todo seu ser a*etio 
G homem dee ser moral, e não a'enas algo nele$
9a medida em Que o moral (a Vra0ãoU) 'ermeia a a!etivi dade
natural, a 'essoa agir es#ontaneamente $omo moral, e, na medida
em Que a 'essoa age moralm ente de #er se este lire ogo das
*orças $ausa a im'ressão de NXgraçaN$ Xas liã tamb#m situaç"es em
Que o moral *orçosamente eRige sa$ri*6$ io de nossa a!etividade
natural, 'arti$ularmente l onde 'reudi$a nosso `instinto de
'reseraçãoff K, 'ois, sentimentos sens6eis Que não s não
'odem harmoni0ar $om o moral, $omo tem de lhe 'ermane$er
o'ostos G Que a 'essoa 'ode aQui atingir # o autodom6nio (3A<),
`tranQ7i lidade no so*rimentoU, Quer di0er, -dignidade&$ VGnde,
'ois, o deer moral ordena uma ação Que ne$essariamente *a0
so*rer o sens6el, ali se en$ontra seriedade e não ogo, ali a
desenoltura na eRe$ução nos indignaria mais do Que satis*aria / ali
não 'ode, 'ortanto, a graça, mas a dignidade, ser a eR'ressão Em
geral ale aQui a lei de Que o ser humano dea *a0er $om graça
tudo o Que 'ossa *a0er nos limites de sua humanid ade , e $om
dignidade tudo aQuilo, 'ara $ua eRe$ução ele dee ir al# m de sua
huma

> Wue isto resu6te usto da* natu ralmente não $on*ere/ a *undamen tação da $onseQ7ente
a*irmação # Que o homem (determinado a*etiamente) dee agir moralmente

3=:
nidadeU (3A>) De'endendo das 'ossibilidades Que seguem das

diersas
dignidadesituaç"es,
($on* lito)/indi$ase,
$omo dee'ortanto, ou graça
nos reoltar uma (harmonia) ou
atitude ligeira
numa situa ção Que $ont#m em si mesma um $on*lito, assim aQuele
Que reali0a algo morai $om dignidade, onde seria 'oss6el $om
es'ontaneidade, 'assa 'or Vrid6$uloU e Vdes're06elU
O mRima de 5c)iller # 'ortanto& tanta graça Quanto 'os 
s#vel, tanta dignidade Quanto ne$essria L'osição 'are$e $on
in$e nte, 'orQue a ação o$or re em ambos os $asos -por dever&,
Quer di0er& o motio determinante # sem're o moral, na es*er a da
dignidade eR$lusi amente, $omo em Yant, na es*era da gra ça não
eR$lusiamente, mas ainda assim de tal modo Que a motiação
su'lementar do a*eto não deter mina o Que, mas a'enas $om o
Xas o Que 're$isamente ns ganhamos $om S$hiller[ S$hiller
introdu0iu na Questão da motivação uma di*eren$iação Que não se

en$ontra nem em Yant nem em Lristteles e Que


inde'endentemente disto 'are$e $orreta e aliosa, Quer se a$redite
ter de estabele$er o 'r'rio 'rin$6'io moral 'ara al#m da
a*etiidade, Quer se o $om'reenda $om Lristteles, 'or seu lado,
$omo um a*eto eR$e'$ional G Que S$hi ller tra0 de noo $om
relação a Lrist teles # es$lar e$er $omo o ser humano , Quando ele #
moralmente bom, dee se $om'ortar ante a tota lidade de seus
a*etos E desta Questão Que se d a di*eren$iação, em
$om'orta mento moral gra$ioso e $om'ortamento moral digno
Tamb#m o Que age moralmente $om dignidade age, $omo dee
agir, es'ontaneamente& 'ara Yant, 'orQue # ustamente
determinado 'ela ra0ão/ 'ara Lristteles (se ele tiesse isto o
'roblema assim), 'orQue o determina aQuela 'arte da a*etiidade
Que $onstitui seu $arter moral, mesmo Que isto im'liQue em Que
uma outra 'arte de sua a*etiidade se o'onha/ e tamb#m S$hiller
'oderia ter dito, a'esar de não o *a0er, Que o Que age dignamente,
sendo em ^ltima instân$ia determinado

8
a agir assim 'ela ra0ão, # simultaneamente assim determinado 'or

uma 'arte de sua a*etiidade ('ermeada 'ela ra0ão)


G Que em todo $aso ti$a 'reserado da $on$e'ção de ;ant, e
no Qu e tanto$5c)iller Quanto Lristteles estão de a$ordo $om
Jelek 'orQue 'erten$e ne$essariamente ao $on$eito do agir mo ral
(irrestritameote bom9$ # Que 'od e ser $ara$te ri0ado $om o moral e,
'ortanto, $omo bom, somente o agir Que # determ inado
eR$lusiament e 'ela, moti ação mora l, $omo Quer Q ue se 'retenda
(a'enas nisto se distinguem os tr]s *ilso*os) Que a motiação
moral se rela$ione  a*etiidad e e  totalidade
Lgora, o dis$urso sobre Va motiação moralU $ontinua
ambiguo, e aQu6 nos nos $on*rontamos $om uma outra s#rie de
Quest"es Que neste $onteRto 'odem des$on$ertar Gbiamente são
duas $oisas distintas, agir moralmente, 'orQue se Quer ser boro (6h
ou 'orQue o bem # aQuilo Que se Quer *ou ma6s se "en 66Tl 9isto
não h di*erença entre Lristteles e Yant Para ambos s# tem urna
boa ontade aQuele Que Quer imediatame n te o bem Embora ele
se $om'reenda assim ($om o um Que Quer o bem), isto s se mostra
em seu agir, e isto não # o Que ele 5uer  G agir Que tem o motio
de ser um bom (I) est 'rRimo do agir Que tem o motio de se
mostrar $omo um bom (III), e isto # o Que se $hama de *arisa6smo
L'ena s a motiação do agir Que tem $omo moti o diretamente o
bem, deiRase tamb#m re*ormular eQuialentemente, de tal *orma,
Que se designe $omo motio o $onte^do determinado Que se
en$ontra na $on$e'ção do bem, assim Que, 'or eRem'lo, no $aso
'arti$ular Que se re*ere  moral do im'eratio $ategri$o, tamb#m
se 'ode sim'lesmente di0er& ele age assim 'or res'eito ao ser hu
mano @ instrutio tomarse $laro Que esta re*ormulação não #
'oss6el no outro $aso(I) 9ão se 'oderia di0er Vele age assim,

'orQue
$om o Quer
V'orser# um tal Que age
ustamente 'or res'eito
designado ao ser não
o motio/ humano, 'ois
se 'ode
$ontudo ter o motio (L) de ser algu#m Que age 'or um outro
motio 1<9 determinado, a não ser n^m 'ro$esso de

3<A
autoedu$ação, no Qual algu#m Queira (L) edu$arse $omo um Que
ir6 agir 'elo motio B, e esta # natur almen te uma 'ossib ilidade
Que *a0 sentido$ Senão s se 'oderia ter o motio L, ser algu#m
Queage como algu#m Que age 'elo outro motio B
L insist]n$ia de Yant, em Que s age moralmente aQuele Que
age 'or deer, 'oderia *a$ilmente 'are$er $omo se ele entendesse
a motiação moral no sentido de (I) Xas isto seria um mal
entendido $om'leto De a$ordo $om Yant não age moralmente
aQuele Que Quer agir 'or deer, mas somente aQuele Que age 'or
dee r 1]a terminolog ia Que Yant usar mais tarde, # bom somente
aQuele, 'ara Quem a ra0ão ou a lei # imedi atame nte o 'rin$ 6'io
determinante de seu agir)
Lssim $omo eu mesmo eR'us o $on$eito de moral, resulta
ainda uma outra $om'li$ação 2imos Que o bem # algo Que de
a$ordo $om seu $on$ei to #eRigido mutuame nte e Que esm eRi
g]n$ia  a ne$essidade 'rti$a  # sustentada 'ela sanção interior
da indignação e da ergonha Isio não 'ode ser isto 'or Yant,
'orQue ele deiRou ineR'li$ado o $on$eito do deer  da
ne$essidade 'rti$a Xas não me meto, assim 'oderiam obetar
me, $om esta $on$e'ção em uma $om'li$ação adi$ional[ Pois
agora surge uma outra bi*ur$ação na motiação morai& asir o
agente moral assim, 'orQue isto # bom ou 'ara eitar a sanção
interior[ L$ho di*6$il de$idir esta Questão Tamb#m 'ara
Lristteles algu#m se mostra $omo moralmente motiado nisto
Que ele # $a'a0 de sentir ergonha moral Por outro lado 'oder
seia di0e r& 'ro'riamente bem s age aQuel e Que a'enas age
assim, 'orQue # bom (ou, no $aso es'e$6*i$o da moral do
im'eratio $ategri$o, 'orQue ele res'eita os seres humanos), sem
Que a 'oss6el sanção sea im'ortante Gbserem, 'or outro lado,
Que a sanção # interior, Que ela # 'ortanto e*i$iente somente
naQuele, 'ara Quem agir assim # ruim, Que 'ortanto assumiu em
suaidentidadenãoagirassim `
Deo admitir Que a 'robl emti $a, $omo a eo, $ont#m uma
$om'li$ação adi$ional, mas isto se dee ao 'r'rio obe

3<3
to& não 'odemos tomlo mais sim'les do Que ele # Ldam Smith
a'ontou $om ra0ã o 'ara o *ato de Que o bom não age $omo age,
'orQue do $ontrrio seria $ensurado e $on*rontar seia $om a
indignação  a $ensura *a$tual e a indig nação *a$tual não t]m
im'ortân$ia 'ara o bom mas $ertamente 'erten$e  motiação
moral Que, em $aso $ontrrio, ele mesmo $onsidera seu agir
censur69el e re9oltante  Xas mesmo se nos 'are$e $omo o mais
'uro aQuele agir moral, no Qual a sanção interior não tem
im'ortân$ia 'ara o res'e$tio, se ele portanto age assim
sim'lesmente 'or $ansa do bem e s por conseg"inte, somente 'or
res'eito 'elos outros, ainda assim a sanção interior 'erten$e ao
$on$eito do bem moral/ ao $ontrrio das outras *ormas do bom
atributio (um bom $antor, et$), sim'lesmente não # 'oss6 el
de*inir este distin to bom atributi o (uma boa 'essoa) de outra
*orma Que não 'ela in$lusão das eRig]n$ias mSt"as$ `9o mais este
resultado $orres'onde 'roaelmente a realidade 'si$olgi$a& não
'are$e 'oss6el se'araras duas mo tivaç%es$ Cum'ro minha
'romessa, 'orQue res'eito a 'essoa, ou 'orQue, $aso $ontrrio, eu
me energonharia ou des're0aria[ Poderse ia di0er Que ambos
são 'rati$amente id]nti$os
De'ois desta longa digressão sobre a motiação moral (Que
naturalmente dee ser di*eren$iada da motiação  moral)
'odemos 'rosseguir $om a inter'retação do teRto 8amia no 9o
'argra*o 3? Yant $olo$a a = 'ro'osição Que em sua o'inião
segue analiti$amente da *unda mental 'rimeira 'ro'osiçã o da 3
seção L 'ro'osição di0& +ma ação 'or deer não tem seu alor
moral no obetio a ser ati ngido 'or el a, mas na mRima, de
a$ordo $om a Qual ela # de$idida 9ão de'ende P or t an to , da
realidade do obeto da ação, mas somente do ' rin$6'io do Querer,

de a$ordo $om o Qual o$orreu a ação inae 'endente de todos os


obetos d a *a$uldad e a'etitia ` (<44~y

: C* minha d#$ima seRta lição

3<=
Se Yant di0 aQu6 Vnão no obetioU, então # inten$ionado $om
VobetioU naturalmente o obetiado, o *im Lgora, 'o derseia
ser de o'inião Que todo agir # re*erido a um *im (e Yanl ir mais
tarde admitir 6sto ele mesmo, ?=>) L ra0ão 'ela Qual Yant tero de
negar isto aQu6, 'ara a ação moral # algo Que ele não eR'li$ita de
todo, mas de *ato 'are$e seguir de modo logi$amente $on$ludente
da *undamental 'rimeira 'ro'o sição da I seção Po is se a ontade
mesma # a ^ni$a $oi sa Que 'o de ser Vboa sero restriçãoU, então ser
ela boa ou nã o não 'ode de'ender do *ato de ela reali0ar um
determinado *im, 'ois en tão este *im  o Vobeto da açãoU  teria
de ser bom num sentido 're$edente  e então em todo $aso
tamb#m Vsem restriç ãoU e isto $ontrad iria a 'ro'osição, Que não
'ode eRistir nada Que sea bom sem restrição, Va não ser tão
somente uma boa ontadeU
Esta # tamb#m a ra0ão 'or Que` Yant tem de introdu0ir nesta
'ro'osição o $on$eito da m64ima' Em tomo deste $on$eito
leantaramse na literatura muitas su'osiç"es, mas nem seu
signi*i$ado # di*6$il de entender nem a ne$essidade de sua in
trodução neste 'onto
Tanto numa nota ao 'argra*o 3;, Que 'ro'riame nte  deeria
en$ontrarse neste tre$ho, Quanto numa nota $orres'ondente na =
seção (?=3), es$lare$e Yant Queele entende oo r mRima a regra
Que determina o Querer (o u agir) Se dee ser 'oss6el Que o Quere r
não sea determinado 'or um *im, a ^ni$a alternatia 'are$e ser
Que ele sea determinado 'or uma regra, e se a regra # a do
im'eratio $ategri$o, então 'odese muito bem $om'reender isto
Deese então di0er& s e0es a ontade # determinada 'or *ins e
s e0es 'or uma regra, e esta seria então a do im'eratio
$ategri$o[ Xas Yant a'resenta ao leitor da Fundamentação todo
agir $omo se o$orresse de a$ordo $om regras 9isto # men$ionado
$omo eRem'lo a'roRimadamente& tomo $omo mRima es$a'ar de
um embaraço 'or uma *alsa 'romessa (?.=s) Tamb#m o agir
imoral, a'arentemente
todo o agir em geral # 'ara estar agora submetido a mRimas Isto 'ode
ini$ialmente $on*undir o leitor Perguntarseã $omo a relação do Querer
os *ins est 'ara sua relação s mRimas
L'enas em sua obra tard iak A religião nos limites da sim#les
razão( Yant es$lare$eu o assunto LQui ele di0& Va liberdade do arb6trio
# da 'e$uliar nature0a, Que ela não 'ode ser determinada a uma ação
'or nenhum motio, a não ser na medida em Que a 'essoa o tenha
assumido em suas mRimas (tenhase *eito $omo regra geral, de a$ordo
$om a Qual ele Quer se $om'ortar)U 4 Wuer di0er& mesmo Quem se
deiRedetermina r 'or *ins (obetios) QuaisQuer, e isto Quer di0er, 'elo
*ato de ele Querer agor a usto isto( ainda assim deiRase determinar
antes 'ela regra geral de Querer sem're usto aQuilo Que ele Quer n o
momento, e isto Quer di0er, 'ela mRima do Vamor'r'rio U3A (do
ego6smo i Yant atingiu, 'ortanto , 'or $ausa da 'arti$ular di*i$ul dade
Que Ibe resultou ini$ialmente do *ato de Que a ontade moral não 'ode
ser 'rimariamente determinada 'or um *im, uma noa $om'reensão da
Vnature0a de todo 'e$uliar f do Querer humano, Que todo Querer humano,
antes mesmo de Querer QuaisQuer *ins determinados, e serindo de base
a este res'e$tio Querer, sem're  se de$idiu 'or uma ou outra mRim a
*undamental no Que 'ara Yant estas mRimas *undamen tais s 'odem
ser duas& a da moral e ado amor'r'ri o Por isto Yant ainda mostra no
tratado sobre a religião Que tamb#m o agir 'or deer, mesmo não
'odendo ser determinado 'or um *im ('or seu turno determinado 'ela
in$linação), sem're se re*ere a *ins, V'ois sem QualQuer re*er]n$ia a *ins
não 'ode o$orrer uma determinação da ontade no ser humanoUf 3

8 Werke 4I Ps

9 Op. citP;

 Op. cu.H

3<?
Com isto *i$a es$lare$ida a $oneRão entre o modo $omo a
ontade se re'orta a mRimas e $omo ela se re'orta a *ins Wue
todo Querer em geral antes de QualQu er Querer disto ou da"i 1o [
sea "m"erer da maneira $omo eu mesmo Quero me $om
'reende r, pareceme ser uma da s int"içoes mais 'ro*undas da
*iloso*ia moral 8antiana 9isto 'odese deiRar em aberto, se se
dee enten der a mRima !"ndamental do Vamor'r'rioU sem're
$omo uma de$isão contra a moral, $omo *a0 Yant 3= Se se admite a
'ossibilidade do lack of moral sense , não se 'ode ]lo assim, mas
a tese de ;ant, " e s 'odem eRistir estas duas mRimas
*undamentais, de $omo se Quer $om'reender sua ida, pareceme
ter um alto grau de 'lausibilida de
2oltemos  tese do 'argra*o 3?[ 9a #ti$a anglosa?^nica das
^ltimas d#$adas *oi de 'raRe diidir os sistemas morais modernos
Que 'artem de um ^ni$o 'rin$6'io em deontolgi$os e
teleol7gicosVX@ Por "m sistema moral teleol7gico (do gre go t*los ,
*im) entendese "m Qiie $onsidera um a ação boa ou $or reta
eRatamente então, Quando 'romoe um determinado *im  Isto
'ressu'"e Que o *im sea isto 'or seu lado $omo o ^ni$o bem sem
restrição (ra0ão 'ela Qual se $hama então a boa ação de $orreta e
não de boa, 'ara eitar ambig7idades) G 'rotti'o de um sistema
moral assim # o utilitarismo Por um sistema moral deontolg$io
(do grego d/on' deer) entendese uma #ti$a Que não *a0 de'ender
a bondad e da ontade de uma 'res su'osta alori0ação de um *im 
Como 'rotti'o de um tal sistema ]se 'or isto em geral o
8antiano, e # no 'argra*o 3? Que Yant estabele$e eRatamente este
'rograma Esta 'osição aQui de*endida 'or Yant 'odese designar
$omo seu singular formalismo' Yant mesmo di0& se o 'rin$6'io da
boa ontade não reside em seu obetio, então ele s 'ode ser
determinad o 'elo 'rin$6'io *ormal da ontade em geral& (?AA)

3= C* toda a 'rimeira 'arte do t ratado sobre a religi ão

P C- ( e  #ran&ena Et hic s, 2- %a(!tuo

3<;
Tamb#m a este res'eito 'oderia a 'osição de Yan $ausar
ini$ialmente re'ulsa, enQuanto um 'rin$6'io teleo6gi$o 'ode
'are$er $omo o ma6s natural G Que 'oderia ser mais eidente do
Que o ser uma ação boa ($orreta) na eRata medida em Que ela eita
danos e 'romoe o *aem[ Xas o bem 'ara Quero[ Esta Questão se
insinua imediatamente na $on$e'ção teleolgi$a Deemos
entender esta de tal *orma Que o bem moral é red"i d o a om bem
relatio ou Que o bem in$ondi$ional agora # de*inido de urna noa
maneira[ G utilitarismo *a0 ambos& o !im, 'elo "al de e ser
medido o Querer mora , é, em 'rimeiro lugar, aQuilo Que # o
melhor #ara a maioria, e, em segundo lugar, o bem absoluto # 'ara
ser de*ini do assim Xas at# Que 'onto ambos os 'assos não serão
arbitrrios [ Wuero deiRar de lado a Questão muito dis$utida, se isto
'ode $on$ordar $om o modo 'elo Qual ns ulgamos aç"es
indiiduais $omo boas o" ruinsf e 'erguntar a'enas, $omo Yant
terseia 'osi$ionado ame esta 'ro'osta 6 'ois ser outra $oisa Que

não umaum
de bom 'ro'osta[) Yant teriadonaturalmente
estado QualQuer mundo, istodito/
nemse'ode alg"ém
ter outro$hama
sentido Que não o de ele se $olo$ar isto $omo *im, Quer di0er Que
sua in$linação a'onta 'ara sua reali0ação Wuem ulga $omo utili
tarista di0 'ois sim'l esmente Que # bom 'ara ele, se todos estão
melhor Este argumento  e eu não eo o Que se 'oderia lhe obetar
 di0 Que a $on$e'ção utilit arista não tem estrut uralm ente nada a
er $om moral, mesmo Que sea de$larada $omo tal e $on$orde em
seus resultados 'ar$ialmente $om nossas intuiç"es morais
Contra o deontologismo 'or seu tumo adu0se em geral Que ele
$ondu0 a um *eti$his mo da regra Como eRem'lo$h a e serem
deeres tais Que de *ato desem'enham um grande 'a'el em Yant,
$omo o deer de manter sua 'romessa L'osi

3? C* '  eR  B =illiams$ -A $ritiQue o! utilitarianismU, in4 iiC Smart • B \II V
iams$$ Jtilitarianism for and against  Cambridge 34><

3<5
ção de Yant 'are$e resultar era Que, Quem *e0 uma 'romessa a um
outro dee mante r esta 'romes sa não 'or $onsideração 'ela outra
'essoa, mas some nte 'or $ausa da regra Xas nema tal orientação
'or regras 'arti$ulares não se 'ode $hegar ao n^$leo da
$ontro#rsia  'osição de Yant, bern entendida, resulta na
mRima do altruismo Esta mRima di0& $onsidera os interesses dos
outros, res'eita os direitos de $ada um Se 'or tanto não se segue
regras 'arti$ulares, mas o 'rin$i'io moral $omo tai  o Que Yant
tamb#m $hama logo no 'argra*o seguinte de Va leiU então *i$a
eidente Que a mRima # sem d^ida re*erida a um *im, $omo
imos usto $om base no tratado sobre a religião Yant então
a$olher isto de *orma adi0er Que o 'rin$i'io moral 'res$ree
tratar $ada ser humano $om o *im em si mesm o, u ma *ormulação
Que sem d^ida ainda teremos de es$lare$er no seu deido lugar
2isto assim desa'are$e, 'ois a a'arente o'osição entre
re*er]n$ia a uma regra e re*er]n$ia aos seres humanos em Questão,
e a re*er]n$ia a uma regra, o assim $hamado *orma lismo a'enas
garante o uniersalismo inteiramente ne$essrio Em minha
o'inião deese, 'ois, dar ra0ão a Yant em Que sua ?6 segunda
'ro'osiçãoU segue analiti$amente da 'ro'osição ini$ial da 3
seção e Que um 'rograma moral teleolgi$o dee ser reeitado
Posto isto, temos $ontudo de obserar ainda Que o modo $omo
Yant a$redita 'oder desenoler sua alterna tia ao 'rograma
teleolgi$o a 'artir do $on$eito do Querer não # eidente, sim,
nem seQuer # intelig6el G alor da ação moral, assim re0a a
tentatia de Yant em dar um sentido em termos de $onte^do  sua
intuição de 'rin$6'io, s 'oderia Vser determinado 'elo 'rin$6'io
*ormal do Querer em geralU 9ão se ], $ontudo, de modo algum,
em Que medida t?o Quere r em ger alU tem um 'rin$6'io * orma lU G
Que Yant em'reende aQui # $ertamente muito engenhoso, 'ois esta
'ro'osta 'are$e ser a ^ni$a $oisa Que 'ode resultar sem 'remissas
adi$ionais da 'ro'osição ini$ial da 3 seção, mas o resultado #
a0io

3<>
Estaraos aQu6 ante um 'asso da argumentação de Yant Que de
e ser obserado $om eRatidão em sua 'osição metdi$a, Eu
'resumo Que Yant mesmo teria admitido Que o 'asso, $omo #
dado aQui, ainda não # $onin$ent e em si, 'ois do $ontrrio ele
não 're$isada ter es$rito a = seção da Fundamentação' So mente
o $on$ei to de ra0ão, aQui $om'let amente 'osto de lado 'or Yant,
'orQue não $ontido de modo algum na $om'reensão moral
$omum 'ermitir a Yant *alar de um 'rin$i'io *ormal/ ser o da'
9ontade racionalO não o da o ntade em geraL Wue a 'retensa
deri ação do im'eratio $ategr i$o na \ seção, $omo reali 0ada
$om base no 'argra*o 3? S não # bem su$edid a, a6nda não # 'ois
um argumento de$isi o Yant mesmo 'oderi a ter dito Que neste
tre$ho ele s 'odia ante$i'ar Tanto mais $uriosos deemos estar
em saber se a *undam entaç ão na = seção, entã o a Snica decisiva,
ser'$convincente$ Todo 'eso re$ai agora sobre o $on$eito de ra0ão
Com esta resera 'odemos aançar 'ara a ter$eira 'ro'o
siçãoU, Que Yant $olo$a no 'argra*o 3; Ele di0& Deer #
ne$es sidade de uma ação 'or res'e ito  leiU (?AA)  EnQua nto as
duas 'rimeiras 'ro'osiç"es resultaam $ada e0 analiti$amente da
'rimeira 'ro'osição da 3 seçã o, a ter$eira 'ro'osição resultar
de noo analiti$amente, mas desta e0 $omo $on$lusão das duas
anterioresU Isto tamb#m # *$il de se enRergar L 'rimeira
'ro'osição di0ia& uma ação s # moralment e boa, se ela #
motiada 'elo 'r'rio dee r (o ordenado, $omo o ne$essrio
'rati$amente) Esta motiação 'ura 'elo moral mesmo agora #
assumida no $on$eito do res'eito L segunda 'ro'osição di0ia& o
moral $onsis te eR$lusia mente no 'rin$6'io da ontade U Este
'rin$6'io *ormalU agora # retido na eR'ressão leiU +m agir #,
'ois moral, se e somente se o$orre 'or res'eito  leiU  L
'retens ão de Yant de Que a ter$eira 'ro'osição não tra0
'ro'riamente nada de noo, mas a'enas liga as duas 'rimeiras,
est 'ois em ordem Para uma melhor $om'reens ão da ter$e ira
'ro'osição s se 're$isa aind a a'ontar 'ara o *ato de Que Yant
não $om'reende aQui deer Quase ob

3<:
+etivamente $omo o ordenado, mas "ase subetiamente $omo a
ação 'or deer Do di*6$il $on$eito do res'eito, Que ;ant
eRtraordinariamente re'orta não 'rimariamente a 'essoas, mas  lei
mesma, o Que ele es$lare$e na 'ers'i$a0 = nota da 'gina ?A=, não
're$iso me o$u'ar mais em nosso $onteRto Basta tratar a 'alara
$omo $i*ra 'ara a motiação moral
9o 'argra*o 3> a argumentação da \ seção $heg a ao !im$
Yant a$redita 'oder mostrar  agora "e o dito at # aQui  e # no
essen$ial o dis$urso, introdu0ido no 'argra*o 3?, sobre um
'rin$6'io !ormai (de uma lei, $omo $om'lementado no 'argra*o
\U9 da ontade $omo ta  basta 'ara demonstrar o im'eratio
$ategri$o $omo o $onte^do do moral Como, $om base no
'argra*o 3?, nãoresto" Vnada senão a uniersal lega lidade das
aç"es em geral&, o mandament o moral s 'oderi a re0ar, VQue eu
tamb#m 'ossa Querer Que minha mRima dea tomarse uma lei
"niversal& (?A=)

Se esta $concl"são *osse lida, então Yant teria logrado


dedu0ir o im'eratio $ategri$o da sim'les 'remissa, tirada da
$om'reensão moral normal, Que a ontade # a ^ni$a $oisa Que 'ode
ser boa sem restrição Xas naturalmente a $on$lusão não # lida
Primeiro, nem sabemos o Que o dis$urso do 'argra*o 3?, sobre um
V'rin$6'io *ormal do QuererU, Quer di0er em geral, de modo Que
não 'odemos aui0ar $om Que direito isto agora 'ossa ser a$olhido
$omo eQuialente no dis$urso sobre uma Vuniersal legalidade das
aç"es em geralU, e esta eR'ressão # em si mesma igualmente ou
inint elig6el ou amb6gua E $om'letament e arbitrri o 'are$e o
'asso da6, 'ara a eR'ressão muito mais es'e$6*i$a VQue eu tamb#m
'ossa Querer Que minha mRima dea tomarse uma lei uniersalU
9o entanto não deemos aQui tomar a argumentação $om eR$essia
eRatidão Podemos $onsiderla $omo sim'les ante$i'ação de um
argumento Que Yant a$reditaa 'oder a'resentar somente $om a
auda do $on$eito da ra0ão pr'tica na _ seção$
SUTI)A LIÇ=O A segunda seção da
Fundamentação da meta*6si$a dos
$ostumes de *ant?

Podese $onsiderar a 'rimeira seção da Fundamentação $omo


uma genial tentativa$ tai ve não de ded"ir, mas de rer uar
$onin$e nte o im'era tio $ate gri$o a 'artir de um as'e$to $en tral
da $om'reensão moral $omum  Wue uma dedução nesta base sea
im'oss6el, resulta  do *ato de ser o as'e$to da $ons$i]n$ia
moral $omum do Qual 'artiu Yant, um elemento de urna moral em
geral e  'or isto não 'oder ter sido deri ado dele o 'rograma
moral es'e$6*i$o do im'eratio $ategri$o Sem d^ida não eRistia
'ara Yant a di*erença 'or mim salientada entre uma $om'reensão
moral em geral e isto Que ele d $omo a $om'reensão moral
$omum, mas  # um determinado 'rograma moral Xas Yant tinha
$ons$i]n$ia de Que ele s 'oderia *undamentar o 'rograma moral
do im'eratio $ategri$o, se este deesse ser absolutamente
*undamentel de a6gum modo, com auR6lio de seu $on$eito de
uma ra0ão 'rti$a 'ura Por isto a 'arte substan$ial da = seç〠da
Fundamenteç[ ('re$edida 'or uma longa digressão sobre a moral
não 'ede&

_ Tradução de 1oão sinho <ecPenPamp$

3?A
ter seu *undamento dado em'iri$amente e $onseQ7entemente tão

somente a #riori, c!$ a$ima Quinta lição), $omeça $om o 'lano de


Querer Vseguir de 'erto e eR'or $laramente a *a$ulda de da ra0ão
'rti$a desde s"as regras gerais de determinação at# onde nas$e
dela o $on$eito do deerU (?3=) G m#todo #, 'ois, agora o
sintético4 o $on$eito d o deer não # ma is 'ressu 'osto ou deriado
analiticamente de int"iç%es dadas, e sim dee serum resultado,
desde Que se inestigue su*i$ientemente a *a$uldade da ra0ão
'rti$a
G Que Yant entende 'or *a$e6 dade da ra0ão 'rti$a não #
conceit"almente un6o$o de todo, se bem Que o modo $omo ele
Quer er entendidas 'ro'osiç "es da ra0ão 'rti$a sea inteiramente
ineQu6o$o Yant 'arte de uma $om'li$ada seQ7]n$ia de
'ro'osiç"es Que tem de ser entendida $om eRatidão (3=)& Cada
$oisa da nature0a atua de a$ordo, $om leis Semente um ser

ra$iona
das leis,tem *a$uldade
! é,a de a$ordo de$om
agir'rin$6'ios,
de a$ordo $$rr&
Quera di0er,
re'resentação
tem urna
ontade Como 'ara a deriação de aç"es a 'artir de leis # eRigido
ra0ão, assim a ontade não # nada mais Que ra0ão 'rti$af
9ão # tão grae Que Yant não se atenha  eQui'aração eR
'ressa na ^ltima 'ro'osição entre ontade e ra0ão 'rti$a E*e
tiamente ele em'rega na Fundamentação o termo ontadeU $om
uma ambig7idade Que ele resoleu mais tarde na %etafísica dos
costumes( na medida em Que resera o termo onta deU 'ara esta
id#ia da ra0ão 'rti$a, e isto Quer di0er 'ara a ontade 
determinada 'ela ra0ão, e em'rega o termo arb6 trioU no sentido
$omum do Querer, Que 'ode tanto ser ra$ional Quanto não 3

3 n| 2I ==5

3?3
Xais di*6$il # entender eRatamente o Que Yant Quer di0er,
Quando di0 Que seres ra$ionais 'odem Vagir de a$ord o $om a
re'resentaç ão das leis U Isco soa $omo se *ossem as mesmas leis, e
na mesma *ormulação, $onstatadas na nature0a 'elo entendimento
teri$o, e V'or $ua re'resentaçãoU então se 'ode agir Isto  est
eR$lu6do 'elo sim'les *ato de Que então o im'eratio $ategri$o,
"e não tera eQuialente numa lei natural, não seria um $aso de
um 'rin$6'io 'rti$o, o Que, no entantok $omo *i$a 'atente no Que
segue, é claramente inten$ionado
Los assim $hamados Im'eratios hi'ot#ti $os $orres'onde ema
lei natural, mas nun$a na mesma *ormulação Ls leis naturais t]m
em sua *orma mais sim'les a *rmula VSem're Que R, então 0@ '
eR Vsem're Que uma 'edra (de determinado tamanho) bate $ontra
(R) uma idraça (de uma determinada es'#$ie) 6$om uma
determinada elo$idade, et$), a idraça Quebra ,1P Somente
$om base numa re*ormu lação resulta daii o 'rin$i 'io 'r*i o de
um im'erat io hi'ot#t i$o pse Queres Quebr ar a idraça (Z), atira
ema 'edra  desta es'#$ ie, et$) $ontra ela (R)f Da 'ro'o sição
teri$a VSem're Que R, então ZU resulta 'ortanto a 'ro'osição
'rti$a VSem're Que Quer es Z, *a0 RU Ls leis, de a$ordo $om
V$ua re'resentaçãoU 'odese agir não são 'ois leis naturais nem
seQuer no $aso dos im'eratios hi'ot#ti$os, a'esar de se
*undamentarem em tais 9o 'argra*o seguinte Yant designa estes
'rin $6'ios 'rti$os $omo mandamento s da ra0ão e suas
V*rmulasU  'ortanto a eR'ressão ling76sti$a  $omo im'eratios
Por Vim'eratiosU $omo 'or VmandamentosU Yant entende, 'ois,
eR$lu siam ente tais Que *undam na ra0ão  9atura lment e não se
'ens a no $on$eito ulterior do im'eratio gramati$al ou em ordens
so$iais
 Xas o Que Quer então di0er, Que estas regras  elas $orres
'ondem Quelas Que eu designei na segunda lição $omo regras da
ra0ão  são Vmandamentos da ra0ãoU[ 9o < = 'argra*o desta s#rie
di0 Yant& estes mandamentos Vdi0em Que seria bom *a0er ou
deiRar de *a0er algoU (?3<), e de *ato& sem're 'ode

3?=
mos tamb#m re*orm ular a *rmula VSe Queres Z, *a0 assim& VSe
Queres Z, # bom *a0er RU (Podemos aQui abstrair $$m Yant da
$om'li$ação, Que eRistem em geral mais meios de armgir Z, ra0ão
'eia Qual tamb#m o$orre a *ormulação Vo melhorU em e0 de
VbomU)
Yant $ont6nua então es$reendo nesta altura& Prat i$ame nte
bom, $ontudo, # o Que determin a a ontade 'or &r&erm# dio das
re'res entaç "es da ra0ão , 'orta nto não 'or $ausas sube tias , mas
obetiamente, ! #, 'or ra0"es Que são  lidas 'ara todo ser
ra$io nal $omo talU (?3<) Lo $ontr rio, r& in6$i o desta 'arte toda
do teRto, Yant tinha sugerido Que esta s leis se $hamam leis da
ra0ão, 'orQue V'ara a deriação de n$"es a 'artir de leis # eRigido
ra0ãoU (?3=) Para 'oder 'osten`$ imente aui0ar a 'ro'osta de Yant
a res'eito do $onte^do $& im'era tio $ategri$o # im'ortante
tomarse eR'l6$ita a di*erença entre estas duas eR'li$aç"es
L isto ligase nat"ralmente a Questão, o Que se dee entender

em geral 'or Vra0ãoU e Vra0ão 'rti$aU +sual menee Yani


$ara$teri0a a ra0ão $omo sendo a *a$uldade de $on$luir, e a esta
$on$e' ção $orres'ond e a eR'li $ação , $itad a 'or /Iltimo Que as
regras 'rti$as são leis da ra0ão, 'orQue nos 'edemos delas
Vderi arU aç"es somen te 'eia ra0ão Seria então $ara$ter6sti$o da
ra0ão Que ela se re*ira a 'ro'osiç"es gerais e suas im'li$aç"es
Xas eRiste um $on$eito geral de ra0ão, de i$ord$ $om o Qual ela
seria a *a$uldade da *undamentação ,razzonem reddere<' Este
$on$eito # mais geral, 'orQue a *undameniação de uma 'ro'osição
(ou de uma a ção) 'or outras 'ro'osi& ;es e isto Quer di0er 'or uma
$on$lusão, # a'enas uma *orma *undamentação, ainda 'or $ima
relat ia Lgora, # do segur, ne signi *i$ado de ra0ão, mais gera e
tamb#m mais *reQ7ente no uso $omum da linguagem ($om'are em
'arti$ular os termos $orr es'ondentes em outr as l6nguas& reason ,

raison ), Que 'arte Yant na 'ro'osição em Que eR'li $a o termo


VbomU
Lgora, muito *ala a *aor de se entender o dis$urso sobre
regras ra0oe is ou ra$iona is neste sentido, Pois numa tal regra
tudo de'ende de ela *undamentar obetiamente um determinad o
agir, $omo Yant di0 aQui, e não, de elaser a'enas uma regra em
geral, da Qual 'odem ser deriadas aç"es indiiduais -a0ão, neste
^ltimo sentido, tamb#m se 're$isaria 'ara em'regar $on$retamente
uma regra $omo Vsem're Que soa o a'ito, deese a'ontar a
es'ingardaU, se bem Que aQui ns ustamente não 'oder6amos di0er
Que # uma regra da ra0ão, e 're$isa mente não, 'orQue ela não #
obet iamente *undam entad a Ll#m disto , somente este senti do
mais lato de ra0ão toma $om'reens6el 'or Que $hamamos de
ra$ional não a'enas o ato da a'li$ação, mas a lei mesma Contudo
eremos Que, a 'ro'sito da Questão de $omo entender o
im'eratio $ategri$o, o 'r'rio Yant se orientou 'elo outro
sentido
Lntes Que Yant se olte então 'ara a Questão de saber em Que
'ode $onsistir o im'eratio $ategri$o em termos de $onte^do, ele
dee antes di0er o Que se h de entender 'or um tal em gera! Isto
agora # de *$il $om'reensão, de'ois de ter sido introdu0ida a
*rmul a Vse Queres Z, *a0 RU x se Queres Z, # bom (ou o melhor)
*a0er RU ou ($om base no eR'osto h 'ou$o) se Queres Z, #
ra$ional *a0er RU Yant $hama im'eratios desta es'#$ie de
hi'ot#ti$os, 'orQue *a0er R s # ra$ional sob a hi' tese de Que se
Queira Z Isto lea Yant,  ' ?3?, a $on$e ber a 'ossi bilid ade de
um im'eratio da ra0ão sem uma tal 'ressu'osição Este teria 'or
$onseguinte a *orma # bom *a0er RU x # ra$ional *a0er RU, 'onto
e sem $ondição
9atu ralmente # *$il de ente nder a 'rimeira destas duas
*ormulaç"es, 'ois nossos u60os morais t]m eRatamente esta
*orma Somente tentamos mostrar Que nisto as 'alaras bomU e

ruimU t]m um sentido


ra0ão (Segunda lição) bem
1 alidi*erente
mostrei do
QueQue no eRatamente
Yant $aso de regras
nãoda
Quis di0er isto, e isto ele eR'ressa aQui ao entender uma
'ro'osição da *orma # bom *a0er RU no sentido de `# ra$ional
*a0er RU

3??
Yant introdu0 aQu6 sua 'ro'osta $autelosamente no sub
untio, mas a'enas 'orQue deiRa em aberto, se 'ode haer uma
'ro'osição desta *orma Para o leitor Que ainda não *oi edu$ado
$om Yant, $olo$ase naturalmente de in6$io não a Questão, se ser
en$ontrado era $onte^d o 'ara esta *orma 're'osi$i onal, mas ele
'erguntar at# Que 'onto, 'ois, esta *orma 're'osi$ional 'odeter
um sentido em g#rai Con*rontamonos noamente $om a Questão
Que  abordei na Segunda lição Yant estabele$e aQui, sem
mesmo men$ionar outras alternatias, Que seu dis$urso sobre um
Vbem irrestritoU, abordado na 'rimeira 'ro'osição da 3p seção da
Fundamentação , tem o sentido de orde nado ra$ionalmenteU,
mesmo Que a isto se 'ossa obetar Que este dis$urso sobre uma
ação Que # 'ara ser ra$ional em si mesma, e não s relatiamente
a algo, nem tem sentido
En$ontramonos aQui no 'onto de$isio, em Que Yant
a$red ita, 'oder mostrar Qiie o bem Irrestrito do moral dee s er
*undamentado e isto Quer di0er *undamentado absolutament e Eu
 disse na Segunda lição Que aQui deemos ser toleran tes e dar a
Yant a $han$e de mostrar Que ele 'ode dar um sentido a esta
'ro'osição, a#arentemente sem sentido G 'r'rio Yant ] a
situação metodolgi$a naturalmente de outro modo& ele a$ha Que
a 'ro'osição # intelig6el e Que a Questão seria a'enas re*erente 
'ossibilida de de lhe dar um determinado $onte^do intelig6el e
da6 naturalmente tamb#m ne$essrio ,
L esta Questão Yant se dedi$a algumas 'ginas adiante e
a$redita 'oder res'ond]la $om uma sim'les $onsideração
(?f=As)& i? Se me re'resento  um im'eratio $ategri$o, então sei
de imediato o Que ele $ont#m Pois $omo o im'eratio s $ont#m
al#m da lei a ne$essidade da mRima de ser $on*orme a esta lei e
a lei não tra0 em si nenhuma $ondição,  Qual ela seria restrita,
assim não resta senão a uniersal idade de uma lei em geral, $om
Que dee $on$ordar a mRima da ação G im'eratio $ategri$o
#, 'ois, um ^ni$o e 're$isamente este& age

?;
somente de a$ordo $om aQuela mRima, 'ela Qual 'odes ao mesmo
tem'o Querer Que ela se tome uma lei uniersalU 
O res'osta Que Yant d, 'ois, aQui # id]nt i$a em termos de
$onte^do $om a Que deu  no 'argra*o 3> da 3 seção S Que ali
ele tee de re$orrer  id#ia em si mesma inintelig6el de ema lei do
VQuerer em geralU, enQuanto ele 'ode agora se a'oiar no $on$eito
de uma lei 'rti$a da ra0ão, $uo senti do era incontest'vel pelo
menos nos im'eratios hi'ot#ti$os Ass"mamos a'enas agora $om
Yant Que ema tal lei tamb#m # intelig6el no $aso de um
im'eratio $ate gri$o  no Qual 'ois , a lei Vnão tra0 em si
nenhuma $ondição,  Qual ela seria restritaU L $on$lusão Que
Yant tira na segunda 'ro'osição da $itação` anterior, de Que, se a
$ondição ('ortanto a 'ro'osição $ondi$io nal) deiRa de eRistir,
somente resta Va uniersalidade de uma lei em gerarf, # então
$laramente um non se5uitur' Pois seria eidentemente 'ense! se
tais im'eratios não hi'ot#ti$os *i0essem sentido de algum medo,

Que eles re'resenias sem dhers as leis materi ais, $omo se 'ode
*a$ilmente tomar $laro na signi*i$atia e 'retensamente
eQuialente *orma das 'ro'osiç"es de alor& Vagir (ou ser) assim e
assado # bomU Para uma #ti$a da irtude # mesmo eidente Que
eRistam rias 'ro'osiç"es deste ti'o
G argumento Que Yant de *ato d #, 'ortanto, $ertamente *also
Proaelmente, no entanto, toma 'arte em Yant tamb#m a
re'resenta ção de Que, segundo um dos signi*i$ados de ra0ão a$ima
men$ionados  $omo *a$uldade de $on$luir  e segundo o
'ensamento, 'ara ele estreitamente asso$iado a isto, de Que a ra0ão
# a *a$uldade dos 'rin $6'ios =, d a sim'le s ra$ionalid ade resu lta algo
assim $omo Va sim'les legali dadeemgeraF (?A=) Esta eR'ressão
#, no entanto, em si mesma tão indet erminada Que 'oderia
signi*i$a r toda e QualQuer $oisa, e ganha

= C* Cr6ti$a da ra0ão 'ura B <;5

3?5
um sentido determinado a'enas na *ormulação do im'erati o
$ategri$o mesmo, Que Yant d no *im da $itação a$ima, uma
*ormulação Que, 'ortant o, $ertamente não segue do 'ensamento
anterior
!embremonos agora dos dois signi*i$ados de Vra0ãoU, Que
distinguimos anteriormente Yant 'are$e aterse em sua
*tind ament ação do im'eratio $ategri$o a um dos signi*i$ados
Como no entanto se dee tratar de uma fundamentação( teria sido
muito mais natural ele ter seguido o mitro signi*i$ado 9este $aso
poderseia ter !"ndamentado o im'eratio $ategri$o em algo
$omo segue& V+ma ação seria irrestriiamente boa se ela 'udesse
ser *undamentada *rente a QualQuer um, e isto signi*i$aria& se
QualQuer um 'udesse $om ela $on$ordarU +ma tal ersão do
im'eratio $ategri$o est muito 'rRima da < *rmula do
im'eratio $ategri$o de Yant Xas idealme nte a id#ia de se
*undamentar o im'eratio $ategri$o desta maneira (estaria
*undamentado absolutamente o Que *osse 'oss6el *undamentar
*rente a QualQuer um), *a0 'arte da #ti$a do dis$urs o G 'r'rio
Yant não tee a id#ia de *undamentar o im'eratio $ategri$o
atra#s de um tal $on$eito V$omuni$ati oU de ra0ão, e eremos na
dis$ussão da #ti$a do dis$urso na 'rRima lição Que tamb#m esta
id#ia # irreali0 el
Se *i$armos 'or ora $om o 'r'rio Yant, 'oderemos obserar
agora Que *ra$assou sua tentatia de dar um determinado $onte^do
 id#ia de um im'eratio $ategri$o no sentido de um im'eratio
de 'ura (não relatia) ra0ão, Que  não era mui ` to intelig6el em
si mesma, e $om isto *ra$assou tamb#m  abstração *eita da
sugerida sombra de es'erança da #ti$a do dis$urso  a id#ia de
Yant de *undamentar a moral de modo absoluto ($omo resultado
da id#ia de uma ra0ão 'ura 'rti$a)
Isto não Quer di0er naturalmente Que o im'eratio $ategri$o,
tal $omo *ormulado 'or Yant na assim $hamada 'rimeira *rmula
no *inal do teRto $itado, não *aça sentido Tentamos mostrar na
Quinta lição Que ele de *ato a'resenta o sentido mais

3?>
eidente Que se 'ode dar ao $on$eito do bem moral  da eR$e

l]n$ia obeti a do ser humano $omo ser $oo'er atio So Que ele
não se deiRa *undamentar assim $omo Yant 'ensa a, e $om isto
*e$ho use a la$un a Que tie Que deiRar em abert o em minha tese
de Que ele não 'ode ser *undamentado de modo algum, a saber, a
la$una Que se re*eria ao $on$eito de ra0ão
Linda tenho de a'ont ar 'ara uma signi *i$at ia 'e$ul iarida de
na *ormulaçã o do im'erati o $ateg ri$o, Que em todo $aso não #
deriei do teRto anterior Yant di0 $om ra0ão Que
eu teria de #oder 5uerer Que a mRima , de a$ordo $om a Qua6 eu
ao, se tome urna lei uniersal Claro est naturalmente Que o
Quere r de Que se trata aQu6 # o Querer 'lenamen te $omum ainda
'r# moral, ego6sta, 'ois o Querer somente # moral na medida em
Que se deiRa determinar 'elo im'eratio $ategri$o G Querer Que
o$orre dentro da *ormulação do im'eratio ainda não jz 'ois, o

moral ‚ oQue
Quere mos $om# base
'retendido
em nossotamb#m
intere est $laro P Que
sse 'r'rio eR,outros
não
nos *açam mal, e disto segue Que não V'odem os QuererU Que a
mRim a (' eR, seguida ou 'onde rada 'or mim no momento ) de
*a0er mal a um outro, sem'r e Que me $on#m, tornese Vurna lei
unie rsalU , 'ois isto signi *i$ari a usta mente Que todos me *aria m
mal $ontinuamente, sem're Que lhes $onenha
Para Yant esta ne$essria re*er]n$ ia no im'er atio $ateg 
ri$oRue 'retende ser 'uramente a'rior6sti$o, ao Querer em'6ri$o
era eidentemente um in$modo, ra0ão 'ela Qual ele at# mesmo a
deiRou de lad o na crítica da r a0ão #r6tica' Lli ele *ormu la o
im'eratio $ategri$o assim& VLge de tal *orma Que a mRima de
tua ontade 'ossa sem're ao mesmo tem'o aler $omo 'rin$6'io
de uma legislação uniersalU ( >) 9a Fundamentação ele
'ro$edeu de *orma mais a'ro'riada LQui ele es$lare$e Que
eRistem muitas mRimas, ' eR, não manter sua 'romessa, Que
$omo leis uniersais não 'odem seQuer  ser #ensadas 
VQuanto mais Que se 'ossa ainda 5uerer Que se tor

3?:
ne uma taU (?=?) Xas no $aso de outras # inteiramen te 'os s6el

'ensar Que
$ausem isto o$orra
mutuamente geralmente
danos), ('assim
mas Vainda eR, Que seres humanos
im'oss6el 5uerersef
Que isto a$onteça Wue Yan tamb#m 'ensasse na Fundamentação
Que Queles mandamentos morais Que se *undam sobre a
im'ensabilidade de sua uniersali0ação, $om'ete uma rrta6or
dignidade, dee estar ligado ao *alo de 'are$er nao estar
im'li$ada neles uma re*er]n$ia  ontade ego6sta em'6ri$a ('ois,
Que os mandamentos assim *unda menta dos de*ina m a $lasse dos
assim $hamados deeres V'er*eitosU`f, este *oi seu erro, $omo
ainda eremos ) L *ormul ação de Yant V'or muito eQui o$ado
Que se 'ossa ainda Querer U # notel Pois, 'or Que não
deer6amos 'oder ao menos Querer (desear) algo irreali0el[ G
Que im'orta realmente , assim se ter ustame nte Que 'ergu ntar,
na aaliação moral das mRimas morais ar# mesmo da 'rimeira
$lasse& Que não se 'ossa 'ensar sua uniersali0ação ou Que não se
'ossa Quer]la[
L isto então Yant 'are$e nos dar no 'argra* o segui nte uma
res'osta Que a'onta $laramente 'ara o não 'oder Querer E a
'assagem a Que  me re*eri na Quin ta lição Yant di0 aQui Que
ns  sem distinção de Qual das duas *ormas de deer antes
men$ionadas se trata  realmente não QueremosU Que urna
mRima imoral se tome lei uniersal E agora 'odese di0er,
$omo *i0 na Quinta lição, Que a5ui Yant nomeia o *undam ento
real do im'era tio $ategri$ o, enQua nto a 'rete nsa deri ação da
ra0ão 'ura 'rti$a *oi uma *undamentação *i$t6$ia Este
*undamento real $onsiste, $omo eu  disse, 'ara Yant em 'ro 'or
uma moral Que $orr es'onde, em ter mos de $onte^d o, s regras do
$ontratualismo, mas dele se distingue 'or serem as regrs agora
seguida s'or $aus a delas mesma s ou 'or aus a

< C* no$a  ' ?==

3?4
dos atingidos, e isto uniersalment e Isto se baseia 'or seu turno,

'rimeiro,
tratu alism oem
'or Que
interestodos ns a$eitamos
se 'r'rio, e, segundo,e*etiamente o $on
em Que # eidente
Que, Quando nos $om'reendemos de uma maneira VnaturalU $omo
morais, ns nos $om'reendemos em *unção de um ser bom Que #
determinado assim Wue o im'erati o $ategri$ o ainda 'ermita
estender tamb#m sua base material 'ara al#m dos $onte^dos
$ontratua7stas, eremos mais tarde na seQ7]n$ia de Ldam Smith ?
Com isto $heguei ao *im do $on*ronto 'ro'riamente dito $om
a #ti$a de Yant, Que 'are$ia ne$essrio $omo a'oio de minha
'r'ria $on$e'ção, e eu 'oderia $on$luir a inter'retação de Yant,
se a ulterior argumentação da = seção da Fundamentação não
trouR esse ainda 'ensamentos im'or tante s, s e0es 'ro*undos e
sem're, mesmo Que não se 'ossa $on$ordar, instrutios
Pro$e derei 'or tr]s 'assos Primeiro tratarei das duas outras

*rmulas do im'eratio $ategri$o, Que  men$ionei breemente


na Quinta lição De'ois o$u'armeei dos *amosos Quatro
eRem'los, $ua $orreta $om'reensão tem uma im'ortân$ia
*undamental, e *inalmente tratarei do $omeço da < seção, em Que
Fi$a $laro um outro 'onto *ra$o da tentatia de Yant de
*undamentar a moral sobre a ra0ão, na Questão sobre a
'ossibilidade de u ma motiação 'ela ra0ão
L = *rmula 'ara o im'eratio $ategri$o di0& VLge de tal
*orma Que *aças da humanidade, tanto em tua 'essoa Quanto na
'essoa de $ada um dos outros, sem're ao mesmo tem'o um *im e
nun$a sim'lesmente um meioU (?=4) Como Yant $hega a esta
*ormulação e $omo ela se rela$iona $om a 'rimeira[

? D#$ima Quinta lição

3;A
G $on$eito *ondamental, sobre o Qua Yanl $onstri esta

segunda
mesmo U*rmula
2eremose Que
Que não
esteo$orre nela
$on$eito # mesma, # oinstân$ia
em iltima do *im um em si
não
$on$eito, mas Que ainda assim não resulta disto nenhu ma
desantage m 'ara a segunda *rmula
L grande0a de um *ilso*o mostrase muitas e0es em ele não
eR'or um obeto da maneira mais *$il poss#vel e tamb#m não
temer $ontradiç"es a'arente s De'ois de Yant ter es$lare$ido na I
seção da Fundamentação Que Vuma ação 'or deer (não 'ode ter)
seu alor moral no obet io a ser atingido 'or istoU, 'ortanto não
no *im, mas a'enas no 'rin$6'io *ormal da onta de mesma, ele
sur'reende o leitor, no enrolado 'argra*o Que 're'ara a =
*rmula (?=>), $om a de$laração de Que um *im 'ode tamb#m de
todo ser Vdado atra#s de sim'les ra0ãoU e Que 'or isto ns
deemos distin guir entre Tins Que um ser ra$iona se 'ro'"e a
bel'ra0er, $omo e*eitos de sua ação (*ios materiais)U e *ins
obetiosU, VQue alem 'ara QualQuer ser racional&$ Ele
'ressu'"e aQui, 'ortanto, o Que ele *ormula eR'li$itamente no
tratado sobre a religião, de tal *orma Que Vsem nenhuma re*er]n$ia
a *ins não 'ode o$orrer nenhuma determinação da ontade no
homemU
Xas o Que temos de nos re'resentar sob um tal V*im obetioU
em geral[ L eR'li$ação $ostumeira Que Yant d de V*inrƒ resulta
em um *im s 'oder ser, de a$ordo $om seu sentido, o Que ele
$hama aQui de *im subetio, o Que Vum ser ra$ional se 'ro'"e a
bel'ra0er $omo e*eito de sua açãoU De*rontamo nos, 'ortanto,
$om duas Quest "es& 'rimeir o o Que temos de nos re'resentar sob
um *im obetio em geral[ E segundo, mesmo eRist indo um tal
*im, 'or Que Yant se iu obrigado, tanto na 3 seção da
Fundamentação Quanto em uma $onsideração anloga nos
'rimeiros 'argra*os da crítica da razão #r6tica , a re

; C* Criti$a do u60o  3A


$orrer  *orma do Querer e desta$ar esta, em $ontra'osição 
>

Vmat#ria
releante[f (ao obeto do Querer), $omo a ^ni$a $oisa moralmente
L isto Yant res'onde no 'argra*o seguinte& VPosto, $ontudo,
haer algo, $ua eRist]n$ia tenha um alor absoluto em s6 mesmo,
Que $omo *im em si mesmo 'udesse ser um *undamento de
determinada s leis V (?=:), e ele $ontinua isto no 'argra*o seg"inte
na mesma *orma tética $om a a!irmação4 VLgora,eu digo& o ser
humano, e em geral todo ser ra$ional, eRiste $omo *im em si
mesmoU Ele o eR'li$a então, retomando sua *amosa distinção
entre pessoas e $oisas, de tal modo Que $oisas são seres Que s t]m
um alor relatio, a saber, 'ara nosso Querer, enQuanto 'essoas
são seres, $ua eRist]n$ia tem um Valor absolutoU Yant *ala mais
tarde tamb#m do Valor interior, i #, da dignidadeU (?<;)
@ notel Que Yao$ a'aren lemenie se sentiu in$a'a0 de
$ondu0ir esta argumentação de outro modo Que não 'or uma s#rie
de a*irmaç"es G Que deerse 'erguntar o ieitor # 'ara serum
*im em si, um *im Que não # 'ensado essen$ialmente relatio a
um Querer, e o Que um alor absoluto Que igualmente não # 'ara
ser entendido $omo relatio a um Querer ou uma aloração[ 9ão
$ontradi0em ambos o sentido de V*imU e `alorU[
Somente no 'argra*o seguinte Yant *a0 uma tentatia de
tomar intelig6el o 'ensamento e, ao mesmo tem'o, de dar
tamb#m a *undamentação do 'rin$6'io Que dee resultar dali,
VLssimU, ele es$ree  ustamente $omo V*im em si mesmoU  Vo
ser humano se re'resenta ne$essariamente sua 'r'ria eRist]n$ia
9esta medida ele #, 'ois, um 'rin$6' io sub&eti9o de aç"es
humanas Xas assim tamb#m QualQuer outro ser ra$ional se
re'resenta sua eRist]n$ia segundo este mesmo *undamento da
ra0ão, Que tamb#m ale 'ara mim Por $onse guinte, ele # ao
mesmo tem'o um 'rin$6'io obetioU (?=4)
Este argument o # natur aimente um grandi oso so*isma Do
*ato de $ada Qual re'resentar sua 'r'ria eRist]n$ia de uma

3;=
determinada mane ira e de QualQuer outro ter o mesmo _f$rin$6 '6o
subetioU, naturalmente nun$a resulta um V'rin$i'ie obetioU no
sentido de Yant, Que deeria $onsis tir em $ada Qual ter de então
re'resentar assim a eRist]n$ia de QualQuer um (e não a'enas sua
'r'ria) Ll#m disto, $omo Yant $hega  su'o sição de Que $ada um
se re'resenta sua 'r'ria eRist]n$ia $omo *im emsi[ Se *im em si,
$omo Yant *e0 at# aQui *oi de*inido desde o in6$io $omo V*im
obetio Que ale 'ara QualQuer ser ra$ionaU, então ningu#m 'ode
re'resentarse desta maneira sua 'r'ria eRist]n$ia antes Que a de
todos os outros Basead o em Que, deem os 'ergu ntar, $om ra0ão
Yan& 'de re$orrer a uma es'#$ie 'arti$ular de relação de um
indi6duo  sua 'r'ria eRist]n$ia[ G Que Yant tinha em ista aQui
$e *orma obs$ura $ontudo, era Que 'ara todo ser humano ofin lti$
mo # sua 'r'ria eRist]n$ia G *enmeno a Que Yant a'onta aQui #
o Que Keidegger (e Lristteles antes dele) tinha em mente Quando
disse tratarse 'ara um ser human o em ^ltima instân$ia de seu
'r'rio ser Xas este *im ^ltimo, 'or mais Que se distinga de outros

*ms,
ra0ãosem're ainda
'or Yant # um
$omo *im subetio
V'rin$6'io e # 'oreleisto
subetioU& designado
# obeto $om
de nosso
Querer Lgora, do *ato de Que 'ara $ada ser humano seu *im ^ltimo
(subetio) sea sua 'r'ria eRist]n$ia não resulta em si mesmo
QualQuer 'rin$6 'io rbie6i o, e $om *im ^ltimo ustame nte não #
isado o Que Yan& Quer di0er, Quando *ala de V*im em siU
Por mais detalhadas Que seam as a*irmaç"es de Yann ainda
não sabemos o Que # um *im em si e 'or Que dele resu i&a um
'rin$6'io 'rti$o da ra0ão Lssim teremos de trilhar um outro
$aminho 'ara a $om'reensão, suger ido 'or Yant tanto r 1 *im do
'rimeiro 'argra*o desta s#rie (' ?=: em $ima/ Quanto tamb#m no
*im do ter$eiro 'arg ra*o (?=:) e *inal mente mais uma e0 ainda
no in6$io do Quarto LQui Yant argumenta sem're de tal modo Que
termina di0endo& temos de 'ressu'or um *im em si, temo s de
'ressu'or Que o ser humano tenha um alor absoluto, 'orQue, $aso
$ontrrio, o im'eratio $ategri$o
 e sem d^ida 'odemos aQui $om'lementar& o im'eratio $a
tegri$o em sua 'rimeira *rmula  não 'oderia aler 2isto assim,
tomase intelig 6el 'or Que as tentatias de Yant de *unda mentar
diretamente a = *rmula do im'eratio $ategri$o mantieram
tanto o $arterde tese L *undam entaç ão 'ro'riamente dita da = a
*rmula # Que e6a est im'l6$ita na 3 *rmulak Isto Yant di0
eR'li$itamente em uma 'assagem 'osterior (?<:)& VPois Que eu
dea, no uso dos meios 'ara QualQuer *im, restringir minhas
mRimas  $ondição de sua uniersalidade $omo ema lei (3
*rmula), di0 o eQuialente a& o sueito dos *ins,
i #, o ser ra$ ional mes mo, nun $a dee se r toma do 'or base de
todas as mRima s das aç"es soment e $omo meio, mas $omo su
'rema $ondição restritia, no uso de todos os meios, ! #, sem're
ao mesmo tem'o $omo *im`f (= a *rmula) (?<:)
Yant $hama, 'ois a atenção 'ara o *ato de Que, se não se
$om'reende o im'eratio $ategri$o em sua 'rimeira *rmula de
modo $ontratualista, mas $omo 'rin$6'io moral, nele est
im'li$ado Que os outros são ultimamente determinantes 'ara ns,
Que ns agimos 'or sua $ausa (= *rmula)
9o entanto, o dis$urso sobre um *im em si ainda 'are$e
enigmti$o Yant d, 'or#m, uma indi$ação na mesma seção em
Que se en$ontra a 'ro'osição re$#m$itada& um *im em si não dee
Vser 'ensad o`f $omo um V*im a ser reali0 adoU, mas $omo V*im
inde'endent e, 'ortanto a'enas negatiamente` > (?<>) Tamb#m isto
$ontinua, sem d^ida, ainda obs$uro 9ão $ontradi0 a id#ia de um
*im inde'endente, o $on$eito de um *im[ G es$lare$imento de Que
o *im dee aQui Vser 'ensado a'enas negatiamenteU 'ode,
$ontudo, audarnos a ir adiante Basta agora deiRar de lado a
eR'ressão V*im em siU, em si mesma dis'ensel, e 'odemos
limitarnos a *ormular negatiamente o im'eratio na = *rmula&
Vnun$a use o ser humano a'enas$omo meioU G Que Yant Quer
'ois di0er, Quando di0 Que o im'eratio na 3 *rmula im'li$a a =
*rmula, # Que, Quando nos rela$ionamos $om outros no modo da
3 *rmula, isto im'li$a Que ns não os instrumentali0a mos Como
mostrei

3;?
tamb#m em minha 'r'ria eR'osição na Quinta lição, o im'eratio

ning"émV 9m desembo$ar
$ategri$o /odeseN tamb#mno erter
mandamento& não instr"mentalies
isto 'ositiamente, di0endo&
$respeitao $omo sueito de direi to Gu $om ;ant 'odese di0er&
respeitao$ em sua ?? dignidadeU
Xas não 'odemos então di0er igualmente& res'eitao $omo
em *im em si, ou $omo "m ser Que tem um alor absoluto[ Com
estas eR'ress"es, $ontudo, aQuilo Que nos # ordenado #
a'arentemen te *undamentado 'or uma 'retensa "a iidade, Que
$oniria aos seres )"manos +ã em si mesmos, e $om isto o
mandamento # *alsamente ontologiado$ 9ão *a0 sentido di0er& #
'r'rio aos homens em si mesmos serem !im em si ou terem um
alor absoluto e isto Quer di0er dignidade São 'alaras a0ias,
$uo sentido não 'ode ser mostrado Podese di0er ao $ontrrio&
na medida em Que ns res'ei tamos "m ser humano $om o "m
sueito de direito e isto Quer di0er $omo um ser, 'ara $om o Qual
temos deeres absol utos, ns PQz conferimos dignidade e "m
alor absolut o 2ntão alor absoluto e dignidade são de*inidos
desta maneira e não 'ressu'ostos $omo algo eRistente E agora se
'ode naturalmente de*inir assim tamb#m a eR'ressão *im em siU
Xas $ertamente # melhor deiRlo inteiramente *ora DaQuilo Que
Yant Quer di0er não se 'erde nada $om isto
DediQuemonos agora  = *rmula do im'eratio $ategri$o
em sua enun$iação 'arti$ular Por Que Yant di0 Que deemos agir
de tal *ornia Que usemos os outros (dos deeres 'ara $onsigo
mesmo, Quero 'or enQuant o abstrair) sem' re ao mesmo tem#o
$omo *im, nun$a sim#lesmente $omo meio__ 3[ 9ão se $on$ede
aQui demais, na medida em Que est im'li$ado Que ns $ertamente
'odemos tratar os outros $omo meio desde Que o $onsideremos
ao mesmo tem'o $omo *im[ Eu sou de o'inião, no entanto, Que

Yant
modologrou
algum aQui
$omouma magistral
meio *ormulação
seria uma eRig]n$ia 9ão usarWuando,
absurda algu#m de
'
eR, *irmo um $ontrat o $om um outro ou dele $om'ro algo, eu o
uso $omo meio 'ara meus

3;;
*ins Por Que deeria isto ser 'roibido, desde Que eu o use ao
mesmo tem'o $omo  sim, $omo o Qu][ LQui se insinua noamente
a *ormulação im'r'ria V$omo *im em siU Xas ela # em si mesma
sem alor, 'orQue não indi$a nenhum$rit#rio de $omo eu deo
então agi r Apenas nos eRem 'los Que Yant d *i$a $laro o Que
temos de inserir aQui 9o segundo gru'o de eRem'los Yant di0 Que
o outro dee 'oder V$on$ordar $om meu modo de me$om'ortar
$om relação a ele`U (?<A), e # esta *ormulação Que 'odemos inserir
a$ima Posso usar algu#m $omo meio 'ara meus *ins se ele 'or
sua e0 'ode $on$ordar $om a ação, assim, ' eR, Quando o
$ontrato e honesto 9o Quarto eRem'lo Yant di0& Vo sueito, Que #
*im em si mesmo, seus *ins deem  tamb#m ser o mais 'oss6el
meus *insU (?<A) Podemos inerter isto de modo a de*inir& ns nos
$om'reendemos *rente a um ser humano $omo *im em si, 're$isa
mente então, Quando leamos em $onsideração seus *ins
`certamente Fi$a em abeno& em Que medida) Wuer di0er então Que

a eR'ress *im
're$isamos maisemem'regar
sr 'ode agora
agora *i$ar
a'enasde olado, e tamb#mago
mandamento não e
negatio Vnão instrumentali0es o outroU, mas ele tem agora o
sentido 'ositio& lea em $onsideração os *ins dos outros Lssim
resulta& todos os *ins são a $ada e0 *ins subetios, os meus ou os
de um outro, mas tamb#m o im'eratio $ategri$o se re*ere a *ins,
não  *i$ção de *ins em si, mas aos *ins subetios bem $omuns dos
outros, e agora se trata do V*im obetio (moralmente ordenado)U,
Que $onsiste em le9ar em consideração os fins dos outros' Este *im
# de *ato, $omo 'retende Yant, V*ormalU, 'orQue resulta do
'rin$6'io *ormal do im'eratio $ategri$o na 3 *rmula
L < *rmula do im'eratio $ategri$o a'resentase de duas
*orma s, Que K1 Paton designou d t f.rmula R e f.rmula Rci 9a
'rimeira destas duas *rmulas # en*ati0ado o as'e$to

5 K1  Paton  The 7ategorical Mm#erati9e  !ondres 34?> $a'6tulos 3> e 3:

3;5
da Vautonomia da ontadeU (?<<), e ela di0& VFa0er tudo 'ela
mRima de s"a ontade, $omo uma (ontade) Que 'udesse ao
mesmo tem'o terse 'or obeto enQuanto "niversalmente le
gisladoraf (?<=) Esta é 'ro'riamente a'enas uma ariante da 3
*rmula, mas agora $om a 'arti$ular ]n*ase de um as'e$to,
estabele$ido desde o 'argra*o 3? da \seção, de Que o im'e ratio
$ategri$o Tesalta da *ormada 'r'ria ontade (Quer di0er, da
vontade ra$ional) ;ant ressalta agora o 'arti$ular detalhe de Que a
ontade ra$ional não obede$e a uma instân$ia estranha, mas tão
somente a si mesma Xas se Yant *ala aQui da a"tonomia da
ontade, deemos lembrarnos de Que Yant tem dois $on$eitos de
ontade Wuando destaQuei na Wuinta iição a im'ortân$ia da
autonomia do indi6 duo frente  moral, era isada naturalmente
a'enas a inde'end]n$ia do Querer no sentido $omum, 'ortanto
daQuele Querer, Que Yant $hama de arb6trio G dis$urso de Yant
sobre uma a"tonomia 1a"tolegis lação9 da ontade re*erese,
$ontudo, ao Querer no outro sentido, em Que é inten$ionada a
ontade -racional&$ Lssim não é 'ro'riamente o homem Que #
autnomo neste sentido , mas a'enas algo no homem/ $ertament e,
se este algo # d e *ato Va ra0ão U, $omo 'ensaa Yan t, 'ode se tale0
di0er ser ele Vnossa melhor 'arteU Xas esta $on$e'ção de
liberdade, Que s se # lire Quando se satis*a0 determinadas
$ondiç"es, a assim $hamada liberdade 'ositia, 'ode muito
*a$ilment e obs$ure$er o sentido 'r'rio de liberdade e autonomia
Portanto a *rmula < não me 'are$e tra0er nada de essen
$ialmente noo, e ao dis$urso es'e$i*i$amente 8antiano sobre
autonomia deese a$res$entar um 'onto de interrogação Xuito
mais im'ortante 'are$e a *ormula <a, Que Yant trata um tanto
desorientadoramente $omo uma ariante da *rmula < Ele
introdu0 aQui o $on$eito de um Vreino dos *insU, 'elo Que ele
entende o Videa U de uma Vasso$iaç ão sistemti$aU de todos
os seres ra$ ionais, na medid a em Que est es Vnun $a se tratam
a'enas $omo meio, mas sem're ao mesmo tem'o $omo *im em si
mesmoU (?<<) Isto toma 'oss6el a Yant uma re*ormulação do
im'erati o $ategri$o, de a$ordo $om a Qual V$ada

3;>
ser ra$ional (dee) agir $omo se ele *osse atra#s de suas mRimas
sem're um membro legislador no reino uniersaldos *insU (?<:)
Até Que 'onto se ganha $om isto um noo as'e$to, tomase $laro,
Quando se 'resta atenção na eR'li$ação Que Yant d, di0endo Que
o im'eratio $ategri$o assim entendido ordena ter de tomar sea
mRima sem'r e do seu 'r'r io 'ont o de ista, mas ao mesmo
tem'o tamb#m do de QualQuer outro ser ra$ional enQuanto
legisladorU (?<:) @ esta *ormulação Que $ondu0 imediatamente 
$on$e'ção Que  'ro'us na Wuinta lição& VLge $om relação a
$ada um do modo $omo uma 'essoa QualQuer haeria de Querer
Que todos agissemU Podese di0er Que isto # a'enas uma
re*ormulação da 3*rmula, 'or#m agora de *orma a ser a Questão
sobre $omo eu 'osso Querer Que todos aam, substit u6da 'ela
Questão sobre $omo QualQuer um 'ode Querer Que todos aam
Certamente se 'ode di0er Que ;ant  Queria er tamb#m a 3
*rmula entendida 'ro'riamente assim, de modo a *i$arem
su'rimidas as 'arti$ulares armadilhas Que se armaa, insis tindo
es'e$ialmente neste euU
Em resumo 'odese di0er Que as *rmulas < e <a a'enas
sublinham $ertas nuanças da 3 *rmula, assim Que as ^ni$as duas
*rmulas realmente distintas são a 'rimeira e a segunda, as Quais,
$ontudo, Yant mostrou de *orma $onin$ente serem eQuialentes
Xesmo assim Yant en*ati0ou Que se *a0 bem em 'ro$eder no
a&uizamento moral sem're 'elo m#todo mais rigorosoU e isto Quer
di0er 'ela 3 *rmula (ou então <a) (?<5) Isto se toma
'arti$ularmente $laro, Quando se $onsider a um 'rob lema, Que
Yant 'or $ertas ra0"es 'rati$amente deiRou de lado, a saber, o das
$olis"es de deeres Por eRem'lo, ordenase salar a ida de
algu# m, Quando em 'erig o, e# igualment e orden ado não mentir
G Que eu *aço, se 'osso salar a ida de algu#m somente se eu
mentir[ L isto -X Kare deu uma res'osta de 'rin$6'io, a meu
>
er $onin$ente & ao in#s de a'li$ar

> -X  Kare  Fr eed om and -ea son , GR*ord 345<, 3<

3;:
a Questão, $omo uma 'esso a QualQuer haeria de Querer Que se
agisse geralmente, a $ada uma das mRimas, deese agora aplic'
la a ambas em seu $onunto Kare *e0 aQui a im'ortante distinção
entre uniersalidade e generalidade Toda Questão moral, 'or mais
$on$reta Que sea, # uniersal no sentido Que se 'ergunta& $omo
haeria QualQu er um de Querer Que se agisse n"ma sit"ação deste
ti'o[ Xa edu$ação e eR'eri]n$ia moral ns $omeçamos, $omo di0
Kare $om ra0ão, $om ordens sim'le s das mais gerais , e, Quanto
maiseR'e rient es nos tomamos, tanto mais teremos a'rendido a
a'li$ar o 'rin$6'io da uniersalidade a situaç"es Que não são mais
gerais no sentido de abstratas, mas ainda assim uniersais no
sentido de Que se trata sem're do ti'o de situação, Que sem're dee
ser ulgada da 'ers'e$tia de QualQuer um 9isto, 'ortanto, #
*undamental sem're a 3 *rmula, enQuanto a = *rmula, mesmo
indi$ando uma $ondição *undamental não *orne$e nenhum $rit#rio
de a'li$ação  G assassino 'oten$ ial Que 'ro$ura sua 6tima # tra

tado 'or
'ode ns a'enas$om
V$on$ordarU $omo meio,
nossa Quando
ação), lhemeio
$omo mentimos (ele onão
de salar outro, e
Que se dea 'ro$eder eRatamente assim e não $ontrariamente, s
se 'ode de$idir atra#s da 3 *ormulai

$ Sem d^ida o 'r'rio Yant resoleu a Questão men$ionada eRatamente ao $ontrrio, $om
uma argumentação bastante $uriosa, $* seu 'eQueno tratado „ber ein er meintes -e$ht
aus Xens$henliebe 0u liigenU Cerke 2II! ?=<?<A  L ra0ão de 'rin$6'io, 'or Que 'ara
Yant $olis"es de deer es Quas e não tinham im'ortâ n$ia, era a 'ress u'os ição de Que
deeres negatios sem're t]m 'rima0ia sobre deeres 'ositios Desta maneira não 'ode
surgi r nenh uma $olisão , a não ser entre deer es 'ositi os $on*lita ntes, uma e0 Que o
dee r negatio  # sem're tamb #m $um'ri do& Quan do a 'essoa não *a0 nad a Ent re
deer es negati os não 'odem 'or isto surgir $olis"es, e toda $olisão entre um deer
nega ti o e um 'os iti o  est 'ara Yant de$id ida em *a or do negati o Wue aos

dee res na
resultar,
nega ti os dea
'ers'e$ti$a
em geral
de Yant
ser'rin$6'io
'artir em
dada mais im'ort ân$ia
do im'eratio
Que aos somente
$ategri$o,
'ositios
da , 'ode
a'li $ação (indi $ada 'or Kare) do im'eratio $ategri$o em sua 3 *rmu la a toda a
$om'leRa situação, mas deste mesmo im'eratio $ategri$o 'ode resultar tamb#m Que um
deer 'ositio tem 'rima0ia sobre um negatio, $omo mostra o eRem'lo do assassino, se
entendido $orretamente 2oltarei a esta 'roblemti$a na d#$ima seRta lição

3;4
Chego agora aos Quatro eRem'los de Yant Ele os dis$utiu
duas e0es, uma e0 segundo a 3 *rmula e de'ois ainda uma e0
segundo a = *rmula do im'eratio $ategri$o O *unção desta
dis$ussão dos eRem'los # Que Yant Quer $om eles mostrar Que do
'rin$i'io ^ni$o do im'eratio $ategri$o resultam e*etiamente
todos os mandamentos Que são re$onhe$idos 'ela $ons$i]n$ia
moral $omum Esta 'arte #, 'ortanto, $onseradora em sua
intenção/ ela 'ressu'"e Que os deeres re$onhe$idos`'ela
$ons$i]n$ia $omum tamb#m alem realmente Deese, no entanto,
di0er Que o sentido do im'eratio $ategri$ o tamb#m # $r6ti$o e
'rogressio& nem todos os mandamentos Que a $ons$i]n$ia $omum
do tem'o de Yant ou $omo Yant a registrou, tinha 'or lidos, se
sustentam *rente ao im'eratio $ategri$o
Yant diide todos os deeres, 'or um lado, em negatios e
'ositios (assim $hamados 'er*eitos e im'er*eitos) e, poro" &ro
em deeres 'ara $onsigo mesmo e 'ara $om outros, Da6 resultam
Quatro $lasses de deeres, e $ada eRem'lo re'resenta uma destas
$lasses 9a segunda dis$ussão do segundo eRem'lo Yant se re*ere
eR'li$itamente a uma $iasse inteira de eRem'los
Eu $omeço $om os deeres 'ara $om os outros G segundo
eRem'lo # dedi$ ado aos deere s negat ios 'ara $om os outros, o
Quarto, ao deer 'ositio (Yant $onhe$e aQui a'enas um ^ni$o) G
segundo eRem'lo # aQuele em Que o m#todo de Yant en$ontra
menor di*i$uldade Ele toma $omo eRem'lo a mRima VWuando
a$redi to en$on trarm e em di*i$ uldade *inan$ei ra, então Quero
em're star dinheiro e 'rome ter deol ]lo, mesmo sabend o Que
isto nun$a a$onte$era` (?==) Yant a*irma então Que a
uniersali 0ação desta mRima deeria se `$ontradi0e rU,

W$ e+a$ al#m da nota  'gina ?=3 da Fun dam ent açã o es'e$ialmente a `introdução 
do"trina da virt"de& na %et afí sic a d os cos tum es( Cer ke #$ <>4s

35A
$omo ele o eR'ressa 9ão se 'ode *alar 'ro'riamente de ema
$ontradição, e Yant se eR'ressa mais $laramente Quando di0 Que
isto tomaria as 'romessas im'oss6eis, 'orQue, se a mRima *osse
seguida uniersalmente, ningu#m mais a$reditaria na 'romessa de
algu#m Yant 'ensaa, portanto, Que oeste $aso a uniersali0ação
satis*ari a mesmo o $rit#rio mais restri to, de Que n7s não s7 não
'oder6amos "erêla, mas Que ela não seria mesmo 'oss6el Isto
não 'are$e muito 'laus6el A instit"ição da 'romessa não 'oderia
mais eRistir a'enas então, Quando $ada um ao bel'ra0er ora
manti esse sua 'romessa, ora a Quebra sse Se ao $ontrrio sua
mRima re0a Que ele a Quer Quebrar s7 Quando a$redita en$ontrar
se em 'arti$ular ne$essidade, $ua eRtensão o outro eentualmente
não $onhe$e, então a uniersali0ação desta mRima não le9aria a
Que não mais se a$reditasse em geral em 'romessas, mas tão
somente a Que nelas se a$reditasse a'enas $om $autela Xas
eRata mente isto # o Que a$onte$e, e não obstante a insti tuiçã o da

'romessa *un$io na mais ou menos bem, Em $ontra'osição, Yant


'ode ria ter dito $om ra0ão Que ns não 'ode mos Quer er a
uniersali0ação da men$ionada mRima, 'ois $ada um Quer 'oder
$on*iar nas 'romessas Que lhe são *eitas Se esta $onsideração
est $orret a, então Yant teria se engana do na o'ini ão de Que o
$rit#rio, na sua o'inião, mais rigoroso, da im'ensabilidade
*un$ione 'elo menos em alguns $asos
Xas $om $erte0a Yant se enganou tamb#m $om rela ção 
$lasse,  Qual este $rit#rio # a'li$el, $aso sea a'li$el de
algum modo Ele 'ensaa Que alesse 'ara todos os deeres
V'er*eitos U, Quer di0er, negatios D]eres desta es'#$ie são todos
os deeres Que $onsistem em não se deer *a0er algo, assim, '
eR, o 'reudi$ar a outros G 'r'rio Yant men$iona na segunda
dis$ussão do segundo eRem'lo Vagressão  liberdade e

'ro'riedade de outrosU
'or mais eRagera (?<A)
da Que 9estes
*osse $asos, # $laro,
a *ormulação da $ontudo
mRima, Que,
do
mal*eitor, nun$a resultaria algo im'ensel $om a
uniersali0ação +ma guerra de todos $ontra todos não # dese

;
el, mas # inteiramente 'ense6 G Que Yant deiRou de er aQui #
Que seu $rit#rio da im'ensabilidade s 'ode *un$ionar $om aQueles
deeres Que se re*erem a instituiç"es Isto são 'arti $ularm ente os
deeres de manter sua 'romessa, de não mentir e de não roubar São
estas instituiç"es Que sem're im'li$am uma $on*i ança m^tua , Que
desa'are$eria, se *ossem uniersalmente lesadas
G Quarto eRem'lo # dedi$ ado ao deer 'osit io da auda em
$aso de ne$essidade LQui a tese de Yant di0 Que eu não 'osso
Querer Que a mRima do não audar sea uniersali0ada, 'orQue
então não se audaria tamb#m a mim, se alguma e0 a$abasse em
ne$essidade Contra este argumento h duas obe ç"es G
'rimeiro di0 Que Yant argumenta de *orma $ontratua lista, e
neste $aso não seria uma regra moral, mas uma regra da
'rud ]n$ia Xas isto # um malentendidoal & Yant ustamen te não
di0 ser a$onselhel audar outros Que se en$ontram em
ne$essidade, 'orQue eles então 'roa elme nte tamb#m, auda
riam a mim em situa ç"es semelha ntes& mas, Que sea orden ado
$om ne$essidade morai audlos, resu8aria de *i$ar $iaro 'ara
mim Que em situaç"es semelhantes eu não haeria de Querer ser
des$urado desta *orma
9o entanto a segu nda obeção # ante s a$ertada Poderse ia
*a0er aler Que muitos, Que se sabem em situação segura, não
're$ isam temer a uniersali0ação da mRima do não audar Gu, se
isto ainda soa demasiado 'ragmti$o& eRiste gente Que #
orgul hosa demais 'ara a$eita r auda , mesmo Quand o ai muito
mal 9ão ale então 'ara eles o mandamento[
Este # o 'onto, onde 'odemos tomar $laro Quão im'ortante #
a $orreção *eita 'or Yant $om a *rmula < Lre$#mmen

\$ G Que *oi elu$idado 'arti$ul arment e 'or 1 Ebbi nghau s em seu artigo VDeutu ng und
Xissdeutung des 8ategoris$hen Im'eratisU ($* seus :esammelte Aufsaetze( 345:, '
:A45)

35=
$ionada obeção aleria somente 'ara alguns indi6duos, Quando se
'erguntam& Vhaeria eu de Querer Que esta mRima se tomasse uma
lei uniersal[U Ela deiRa de ser lida, se se 'ergunta& VKaeria
QualQuer um de Quer]lo[U
… 'rimeiro e o ter$eiro eRem'lo são dedi$ados aos 'retensos
deeres 'ara $onsigo G 'rimeiro se re*ere  'roibição de se matar
a si mesmo LQui o argumento de Yant di0 VQue uma natu re0a,
$ua 6ei *osse destruir a 'r'ria ida atra#s do mesmo sentimento
Que tem 'or *inalidade in$itar  'romoção da ida, $ontradirseia
e não 'oderia 'ortanto subsistir $omo nature0aU (?==) Este
argumento não s # obiamente inli do 33/ 'ara al#m disto 'odese
es$lare$er em 'rin$6'io Que r do im'eratio $ategri$ o, 'elo menos
na 3 *rmula, não se deiRam de modo algum deriar deeres 'ara
$onsigo mesmo, 'ois # ustamente o sentido do im'eratio ordenar
aç"es e omiss"es 'ara $om outros, $om base na $onsideração de
Qee não se 'oderia Querer Que outros se $om'ortassem assim 'ara
$om a gente Isto *i$a 'arti$ularmente $laro $om a eR'li$ação,
a'oiada no $ontra6ualismo, Que Yant d na ' ?=? e Que *oi
dis$utida a$ima
G ter$eiro eRem'lo de Yant dee ser reeitado 'or ser
igualment e so*6sti$o G resultado # Que do modo $omo Yant

33 Causa estranhe 0a o uso en*ti $o do $on$ eito da nature0 a neste argument o Paton *oi de
o'inião "0he 7ateg .rica; Mm#era ti9e , $a'6tu lo 3;) Que um det ermina do $on $eito
teleolgi$o de nature0a *oi de$isi o 'ara Yant e ele inter'reta desta maneira
a assim $hama da *rm ula I _  as Yant intro du0i u esta *rmul a (Lg e de tal !orma,
$omo se a mRi ma de tuas aç" es deess e se tomar atra#s da tua ontade lei natural
uniersal` > ) $omo sim'les ariante da \ *rmula e a$enas 'ara melhor il"str'la$ Ele se
ale aQui da $on$e'ção de*endida em seus escritos teor#ti$os, de Que 'or nature0a no
sentido V*ormal se dea entender legalidade uniersal  -e'resentarse "e a mRima se
torne lei nat"ral "niversal # pois$ apenas "ma ariante de s"a representação como lei
"niversal $ "al"er o"tra interpret ação im'u ta ria a ;ant o err o $ra sso de ter
in*i ltra do na 'assage m da 'rimeira 'ara a segu nda ariant e da 6 â !7rm"la "m !ator
adicionai, em parte alg"ma men$ionado

35<
entende o im'eratio $ategri$ o, não 'odem eRistir deeres 'ara

$onsigo mesmo Deese $ertamente admitir Que a argum entação


dada 'or Yant 'ara seu 'rimeiro eRem'lo em sua segunda
dis$ussão, $om base na = *rmela do im'eratio $ategri$o, 'are$e
bastante 'laus6el  'rimeira ista Ele es$ree (?=4)& se um
homem, V'ara *ugir de uma situação 'enosa, destrise a si mesmo,
então ele se ale de sua 'essoa a'enas $omo de um meio 'ara a
'reseração de uma situação su'ortel at# o *im da ida G
homem, $ontudo, não # uma $oisa, 'ortanto não algo Que 'ossa ser
usado a#enas $omo meio, mas dee ser isto em todas as suas
aç"es sem're $omo *im em si mesmo Portanto não 'osso dis'or do
ser humano em minha 'essoa 'ara mutillo , arrui nãlo ou mat
loU
Este argumento, de não 'oder Vdis'orU de si mesmo, dee
'are$er $onin$ente aos Que 'ensam de modo $ristão, e sem d^ida

Yant tamb#m o *a0ia Xas deese duidar Que o argumento


$ristão, de Que minha ida me *oi dada 'or Deus e Que 'or isto eu
não 'osso dis'or liremente dela, ainda mantenha um sentido,
Quando se$ulari0ado 2]se aQui Que Yant de *ato o'era $om um
d^bio $on$eito de V*im em siU LQui ele o em'rega, $omo se
signi*i$asse indis'onibilidade Xas ns imos Que Yant o em'rega
no segundo e Quarto eRem'lo de *orma tal, Que tratar algu#m $omo
*im em si signi*i$ a lear em $onsideraç ão seus *ins subeti os
Estes dois $on$eitos não se deiRam redu0ir a um denominador
$omum, e o 'rimeiro teria sentido a'enas num $onteRto teolgi$o
Linda Que este segundo argumento 'ara a 'roibição do sui$6dio
'ossa, 'ois,  di*eren ça do 'rimeiro, 'are$er 'laus6el  'rimeira
ista, ele dee ser igualmente reeitado
9este 'onto 'ode ser o'ortuna uma obseração de 'rin$6'io

sobre a 'osição
de moral dos Xuitos
em geral deer es 'ara $onsi
estudiosos da go mesmo,
#ti$a dentro
de hoe entredaeles,
id#ia
' eR, Xa$8ie e Kabermas, definem `moralU de *orma tal, Que ela
em termos de $onte^do se re*ere a'enas a rela

35?
ç"es intersubetias, 'ortanto a deeres 'ara $om os outros
9atu ralmente $ada um 'ode em 'rin$6'io de*inir uma 'alara
$omo Quer Xas Quem de*in e o $on$eito da moral de *orma a
eR$luir deeres 'ara $onsigo mesmo toma $om isto im'oss 6el
argumentar $ontra as morais Que, $omo, ' e?$, a $ristã, $ont#m,
mesmo $omo um elementoessen$ial, os deeres 'ara $onsigo
mesmo Tentei mostra r na lição  Que o 'rograma 'laus6el do
ser`bom, reclamado 'or uma moral não trans$endente, eR$lui
deeres 'ara $onsigo mesmo, mas isto re'ousa sobre uma
argumentaç ão morai Se se de*ine mesmo o $on$eito de uma moral
de *orma a serem eR$lu6dos deeres 'ara $onsigo mesmo, tomase
im'oss6el uma dis$ussão $om todos aQueles Que $onsideram
imorais determinadas maneiras de se rela$ionar $onsigo mesmo$
Con$luindo, Quero agora ainda tomar intelig6el o sentido da
Questão Que Yant '"e na R$ seção da FimSamttitação' 9a = seção
tinha ele ini$ialmente es$lare$ido o $on$eito de um im'eratio
$ategri$o  Quer di0er de um mandamento 'uro da ra0ão  e
então tamb#m, nas tr]s *rmulas, o $onte^do Que somente 'ode
ter o im'er atio $ateg ri$o Xas mesmo antes da 'assagem  3
*rmula, ele haia a'ontado 'ara o *ato de ainda ser
$om'letamente obs$uro, se e $omo este im'eratio # #ossí9el'
G Que isa Yant $om esta Questão sobre a 'ossibilidade[ Ele
a introdu0  ' ?3> e dedi$ase ini$ialmente  Questão de $omo #
'oss6el um im'eratio hi'o t#ti$o Tratase, di0, da Questão de
V$omo 'oderia ser 'ensada a obrigação da ontade, eR'ressa 'elo
im'eratioU L Questão de Yant #, 'ortanto, ligeiramente
eQu6o$a, 'ois a 'ergunta não #, $omo o im'eratio 'oderia ser
'ensado $omo mand amento, mas $omo ele 'odena ser entendido
'ara Que se tome de$isio 'ara a ontade
De a$ordo $om Yant esta Questão não $ausa di*i$uldade no
$aso de im'eratios hi'ot#ti$os P€is VQuem Quer o *im Quer

35;
(na medida em Que a ra0ão tem in*lu ]n$ia de$is ia sobre suas
aç"es) tamb#m o meio, 'ara tanto im'res$indielmente ne$essrio,
Que se en$ontra em seu 'oder Esta 'ro'o sição #, no Que di0
res'eito ao Querer, anal6ti$aU (?3>) Para de'ois 'oder
$om'reender melhor 'or Que a Questão $orres'ondente no im
'era tio $ategri$o $ausa, de a$ordo $om Yant, tanta di*i$uldad e,
é importante Que nos tomemos bem $iara a estrutura da
'ro'osiç ão Que Yant di0 ser anal6ti$a Se $hamamos de P a
'essoa, R a ação ordenada e  o *im, então resulta& ?T (se ele se
deiRa determinar eR$lusiam ente 'ela ra0ão) Quer n e$essariamente
R, se ele Quer $& (Dos outros a$r#s$imos aQui ne$essrios, Que
sea 'ressu'osto não ter P ra0"es 'ara não Querer R, e Que sea
abstra6do ao mesmo tem'o de todas as demais intenç"es de E
'odemos abstrair $om Yant) 9aturalmente, a $ondiçã o Que Yant
*ormula na 'ro'osição entre 'ar]nteses # obrigatoriamente
ne$essri a/ isto di*eren$ia eRatament e uma ação ra$ion al de uma
irra$ional, Que a 'essoa t abstraindose sem're de outras
$ondiç"es su'lementares), se ela Quer o *im, tamb#m Quer o meio
ne$essrio, se ela se deiRa determinar 'ela ra0ão
2emos, 'ois, Que Yant retoma, $om a Questão sobre a
V'ossi bilida deU dos im'eratios, a Questã o sobre a motiação da
ontade, tratada na 3 seção, a'enas Que ali ela *oi es$lare$ida tão
s em termos de $onte^do, enQuanto Que agora ele 'ergunta 'ela
'ossibilidade de uma tal motiação E esta Questão Que não $ausa
di*i$uldade no $aso de im'eratios hi'ot#ti$os, 'ois um ser
ra$ional # eRatamente de*inido 'or Querer, em Querendo um *im e
em se deiRando determinar 'or sua ra$iona lidade, tamb#m o
meio 9aturalmente ele não 're$isa deiRarse determinar 'ela
ra$ionalidade/ *alase então de V*raQue0a da ontadeU
Xas 'or Que então a Quest ão, assim $olo$ada, $ausa 'arti
$ular di*i$uldade no $aso do im'eratio $ategri$o[ Podemos
aQui, $omo na introdução do im'eratio $ategri$o, deiRar de

355
lado a 'ro'osição $ondi$ional (Vse ele Quer ZU) da $ara$teri0ação
a$ima men$ionada da situação nos im'eratios hi'ot#ti$os, e
$hegamos assim  'ro'osição& VP se ele se deiRar determinar
e?cl"sivamente pela raão, Quer ne$essariamente ?0@ Por Que esta
'ro'osição não # 'ara ser anal6ti$a do mesmo modo Que a Que ale
'ara os im'eratios hi'ot#ti$os[ Certamen te ente ndese 'or ra0ão,
nesta 'ro'osição, a ra0ão 'ura 'rti$a,enQuanto antes a ra0ão era
entendida no sentido $omum, mas esta di*erença tamb#m não tee
im'ortân$ia na introdução de ambos os ti'os de im'eratios, e )'
Que se es'antar antes de mais 'or Que Yant en$ont ra di*i$ulda de
em di0er& se o ho mem # determinado 'or 'ura ra0ão, ele age assim
$omo ordena a ra0ão 'ura, 'ortanto moralmente
!ogo eremos Que a < seção tamb#m não tra0 maior $lare0a
aQui E eR$lusiamente de uma nota, Que Yant a$res$enta ao
tre$ho ea = seção, Que`se 'ode er onde ele en$ontra a

di*i$uldade 9ela se di0& VEu ligo  ontade, sem $ondição


'ressu'osta de uma in$linação QualQuer, o ato a #riori( 'ortanto
ne$essariamente  Isto #, 'ois, uma 'ro'osição 'rti$a Que não
deria analiti$amente o Querer de uma ação de um outro 
'ressu'osto , mas o liga imediatamente ao $on$eito da ontade
de um ser ra$ional, $omo algo Que não est $ontido neleU (?=A)
Tamb#m este teRto ainda não es$lare$e $om'letamente o
'roblema, 'ois na 'rimeira 'ro'osição e na 'rimeira oração da
segunda Yant a'enas des$ree o Que ns  sabemos, e a ^ltima
oraçã o não # de todo eRata , 'ois 'or Que não se dee di0er, uma
e0 'osta a 'ossibilidade de uma ra0ão 'ura 'rti$a, estar
eRatamente isto $ontido Vno $on$eito da ontade de um ser
ra$ionalU[
L'esar disto # a 'rimeira 'ro'osição desta nota Que $ausa
&
di*i$uldade a Yant Do Que
su'osição antro'olgi$a, de *atoQue
a saber, se serestrata aQui, #s
humanos deagem
uma 'res
em
irtude de in$linaç"es Pode es'antar Que Yant $om'artilhe $om
isto, 'ortanto, a 'ressu'osição de Kume, de Que s

35>
sentimentos 'odem ser determinantes de aç"es Kume tirou dali a
$onseQ7]n$ia natural, Que a ra0ão $omo tal nun$a 'ode ser
determinante de aç"es Xas Yant 5uer Que a ra0ão $omo tal 'ossa
ser determinante de aç"es, e assim ele logra, $omo ã na 7rítica da
razão #ura com relação ao 'rin$6'io de $ausalidade, ema a'arente
su'eração de Kume $om o simultâneo re$onhe$imento da intuição
deste, a'enas atra#s de um salto mortale , e na erdade em ambos
os $a sos com o re$urso a uma 'ret ensa 'ro'osição sint#ti$a a
#riori
Se $onsideramos agora uma e0 mais a 'ro'osição *orma
li0ada, $omo a a'resentei h 'ou$o & ??- se se deiRa determina r
eR$lusiamente 'ela ra0ão, Quer ne$essariamente RU, então 'o
demos er agora Que Yant nem $ontesta esta 'ro'osição, mas Que
ele a'enas Questiona 'eia 'ossibilidade de P deiRarse determinar
eR$lusiamente 'ela ra0ão  sem in$linaç"es Wue o ser humano,
Quando se deiRa determinar 'ela ra0ão 'ura ne$essariamente ai
Quere r R # de *ato anal6ti$o, o Que *oi ustamente mestra do na =
seção Xas Que ele 'ode deiRarse determinar 'ela ra0ão 'ura, isto
dee 'are$er um 'rod6gio, em irtude da $on$e'ção de Kume (e
não 'oder6amos $om'letar& em irtude da ^ni$a intelig6el[) sobre
a motiação humana 2emos $om Que in$r6el nus argumentatio
teor#ti$o Yant se sobre$arregou $om a id#ia de um agir 'ela ra0ão
'ura 'rti$a, um nus, Que os atuais re'r esen tantes de uma moral
da ra0ão nem enRergam mais& não s, Que # tão di*6$il (e na minha
o'iniã o& im'os s6el ) tomar intelig 6el uma 'ro'o sição Que 're
tende Que *a0er algo sea ra$ional em si e não a'enas
relatiamente, mas ainda tamb#m Que a motiação $orres'ondente
ai $ontra o antro'olgi$amente $om'reens6el e *a0 Yant a'elar
a uma 'ro'o sição sint#t i$a a #riori( Que o obrigar 'or sua e0

então  su'osição, Que o homem s 'ode ser morai, se ele # ao


mesmo tem'o $om'reendido $omo membro de um mundo su'ra
sens6el Yant 'elo menos sabia $laramente Quão abstrusas são as
'remissas adi$ionais Que uma moral da

35:
ra0ão (abstração *eita de ser esta id#ia al#m do mais absurda) dee
'ressu'or
L 'ro'osição 'rti$a sint# ti$a a #riori( da Qual Yant *ala
duas e0es na = seção da Fundamentação (?=A e ??A), dee 'ois
$onsi stire m mostrar, do ser sens6el homem, Que ele 'ode ainda
assim ser determinado 'or 'ura ra0ão E a esta tare*a Que Yant se
olta na < seção Xas no in6$io do ter$eiro 'argra*o da <seção
esta tare*a $omeça 'or ser des$rita de *ornia $om'let amente
errnea (??>)& VEnQuanto Que o Sltimo # sem're uma 'ro'osição
sint# ti$a& uma onta de sim'lesmente boa # aQuel a, $ua mRima
'ode sem're $onter a si mesma, $onsiderada $omo lei uniersal/
'ois 'or anlise do $on$eito de uma ontade sim'lesmente boa,
não 'ode ser en$ontra da aQuela 'ro'r iedad e da mRimaU Esta
'ro'osição mostra Quão inseguro Yant estaa $om relação a esta
Questão, em ^ltima instân$ia $entr al 'ara ele 'ois 're$isamente

isto Que ele nesta $itação di0 não ser 'oss6el, ele *e0 na lp
seção& 'ela anlise do $on$eito de uma ontade sim'lesmente
boa, ele tentou *undamentar aQuela 'ro'riedade da mRima de Vse
$onsi derar a si mesma $omo lei unie rsalU Esta eRatamente era
'ara ser a 'arte anal6ti$a do em'reendimento #ti$o, abrangendo
in$lusie a =seção
Feli0mente este la'so não tem in*lu]n$ia sobre o resto do
teRto 9a 'ro'osição seguinte Yant a'onta 'ara o *ato de Que o
'r'rio de uma 'ro'osição sint#ti$a # deer eRistir um ter$eiro,
atra#s do Qual o $on$eito do sueito e o do 'redi$ado t]m de ser
ligados  G $on$eito do sueito e o do 'redi$ado são em nosso
$aso o ser humano, 'or um lado, e a ra0ão 'ura 'rti$a, 'or outro,
e agora Yant es$lare$e ser o V$on$eito 'ositio da liberdadeU o
Que re'resenta este ter$eiro e toma 'oss6el a ligação eRigida
9os dois 'rimeiros 'argra*os da < seção Yant es$lare$ eu ser a
ontade negatiamente lire, Quando ela V'ode ser atuante
inde'endente de $ausas estranhas a determinlaU, e ser esta
liberdade então ao mesmo tem'o 'ositia,

354
Quando $ontiesse uma legalidade 'r'ria, sendo, 'ortanto, neste
sentido autnoma L ontade #, 'ois, lire neste sentido, Quando
ela # lire da sensibilidade (das in$linaç"es) e ao mesmo tem'o #
determinada 'or uma legalidade 'r'ria  da ra0ão 'ura
G resultado # 'ois& s se o homem *or 'ensado $omo lire
neste sentido um tanto *antsti$o, 'oderia ele ser determinado 'or
'ura ra0ão, Como não eRiste no mundo da eR'eri]n$ia uma
liberdade deste ti'o, deese então su'or Que o homem, na medida
em Que dee 'ode r agir moralmente, # membro de um mundo
su'rasens6e! e Yant a$redita ter mostrado na 7rítica da razão
#ura a #ossibilidade Que isto sea assim
Xas ter Yant $om isto mostrado 'ro'riamente o Que ele
a$reditaa ter de mostrar[ Lt# mesmo nos im'eratios hi'ot#ti$os
o ser humano era lire de se deiRar determinar 'ela ra0ão ou não
G Que deeria ter sido mostrado 'ara o im'erati o, $ategri$o era
Que o ser humano #ode ser determinado 'or 'ura ra0ão Xas o Que
Yant rnosirou agora #& se o ser humano # lire (no sentido
'arti$ular de Yant, 'ortanto lire de in*lu]n$ias dos sentidos), ele
# determinado 'or 'ura ra0ão, ele tem de ser determinado 'or ela
L'arenteme nte 'odese então a'enas a$res$entar& e se ele não o #,
ele não #ode ser determinado 'or 'ura ra0ão G ser humano diide
se agora em duas 'artes, ser ra$ionai e ser sens6el
9ão se 'erde $om isto aQuele V'ode, aQuela liberdade Que #
uma liberdade de ser moral ou não moral[ G $on$eito de liberdade
em'regado 'or Yant na < seção da Fundamentação # a liberdade
da assim $hamada ontade, não do assim $hamado arb6trio, e isto
não # o Que nos entendemos $omumerite 'or liberdade, uma
liberdade do simnão, mas um ser iire de (da / sensibilidade), Que
# ao mesmo tem'o um ser lire 'ara ('ara`` a ra0ão) 9ão 'erten$e
mais ao $onteRto de nossa 'roblemti$a Que Yant tenha $om isto
tamb#m obstr u6do o 'r'rio 'roblem a da liberdade , Que não di0
res'eito (em sua terminologia) 

3>A
2ontadeU, mas ao Varb6trioU 9o tratado sobre a religião Yant iu
o 'roblema Que ele $om'rou aQui, de $omo ele 'ode in$luir a
liberdade, eo sentido $omum, em soa liberdade Vintele$tualU, mas
sem resol ]lo ($* tamb#m a 7rítica da razão #ura , B ;>A:;) G
Quanto se 'ode abusar do $on$eito V'ositioU de liberdade,
mostrouse então sobretudo em Kegel , 'ara Quem a erdadeira
liberdade`t omouse a erdadeira ne$essidade 3`, um 'ensamento Que
 est 're'aradoeo 'rograma de Yant Xas antes de tudo deese
ter $laro Que toda esta 'roblemti$a de uma liberdade da ra0ão
$omo um estar lire das in$lina$"es #
_
um 'roblema Que # $onseQ7ente eR$lusiamente (e então sem
d^ida uma $onseQ7]n$ia ne$essria) da id#ia de se, 'ensar o
'rograma moral desta$ado 'or Yant $omo *undamentado em uma
ra0ão ura

3= C* meu Selbsibeusstsein and Selbstbestimmani*, ' <?4s


OITA4A LIÇ=O A Fti%a do dis%urso?

9a segunda lição de*end6 a id#ia de Que regras morais não


'odem ser $om'reendidas $omo regras da ra0ão e nas Quarta e
Quinta liç"es 'ro$urei demonstrar Que regras morais não se deiRam
*undamentar de modo algum em sentido absoluto e 'arti$ularmente
não atra#s do re$urso a um $on$eito de ra0ão su'ostamente

absoluto
Que sea a9a lição
id#ia doanterior 'ro$urei
im'eratio mostrara Que
$ategri$o, 'or mais
tentatia aliosa
de Yant de
$om'reend]lo $omo um 'rin$6'io da ra0ão e lhe dar uma
*undamentação ra$ional absoluta dee ser ista $omo *ra$assada
Com isto, naturalmente, não est eR$lu6do Que se 'ossam 'roar as
regras morais $omo *undadas na ra0ão , de um outro modo Que o de
Yant, ainda Que isso se mostre im'roel *a$e as restriç"es de
'rin$6'io a'resentadas antes
ERistem atualmente algumas tentatia s deste ti'o +ma # a de
L .eirth_ Que, no entanto, est $onstru6da sobre uma *al$ia
'arti$ularmente *$il de ser des$oberta e  Qual 'or isto, autores
anglosaR"es Que Querem desa$redita r o 'onto de

_ Tradução de Erni ldo Ste in

3 L Ge6irt)$ Rea so n and %oralit1 , Chi$ago 34>:

3>=
'artida da ra0ão se re*erem $om 'arti$ular 'ra0er O tentatia
$ontem'orânea mais interessante de uma *undamentação ra$ional

absol uta daa #ti$a


entretanto, moraldoQue tamb#mlal$anç
dis$urso, ou a maior
tie o$asião na 6ição'o'ul aridade
anterior de #,
$hamar a atenção 'ara uma ta ariante L #ti$a do dis$urso,
'arti$ularmente na *orma Que ela adQuiriu atra#sde L'el e
(abermas, #[ entrementes, dis$utida em todo o mundo e mere$e, 
'or isto, uma anlise L #ti$a do dis$urso ou $omuni$atia # um
*enmeno es'e$i*i$amente alemão, do *ira dos anos 5A e dos anos
>A Ll#m de L'el e Kabermas e seus dis$6'ulos 1=eilmer, Bhler,
Yuhlmann e outros), *oram tamb#m a'resentadas $on$e'ç"es
semelhantes 'or F Yambar tel e na assim $hamada es$ola de
Erlangen, P !oren0en e \ Yamlah e seus dis$6'ulos
(Xittelstrass, !oren0, S$hemmer e outros%
Limitarmeei aQui no entanto, a L'e e Kabermas e me
aterei aos dois ensaios de Kabermas mais im'ortantes 'ara este
tema& 0eorias da Verdade (34><) e Ética do =iscurso  Notas #ara
um #rograma de fundamentação (34:<) 9ão $onsigo er $laro Qual
*oi a in*lu]n$ia eRata de L'el e Kabermas re$i'ro$amente
eRer$ida L'el 'are$e antes ter sido o 'ioneiro, 'arti$ularmente
$om seu ens aio T a #riori da comunidade de comun icação e os
fundamentos da *tica (345>), mas ele sobre$arregou o $on$eito
$om 'retens"es trans$endentais Que *oram

= 2er, ' eR , B \illi ams Ei ínc s an d th e Li mit s of! hi los o#h 1' ' ;;s e L Xa$lntre,
L*6er 2ir6ue ' 55

< Em aneiro de 34>A reali0o use em Erlangen um en$ontro, em Que tom aram 'ane
al#m dos erlangianos Kabrmas, L'el \ellmer Yambar6ei e alguns outros (tamb#m eu),
no Qual nos $on*irmamos $onsensualmente no modo *undamental de er Eu tamb#m, em
minha 'nmeira aula sobre #ti$a (em Keidelberg no semestre de
inerno de 345>%5:) de*endi um $on$eito $omuni$atio de *undamentação, $uos e*eitos
ainda se podem notar na terceira de min)as $on*er]n$ias em Pr obl ema s sob re ét ica .

P
re$esadas 'or Kabermas Ls anlises de Kabermas me 'are$em
mais $laras e de $ontornos mais de*inidos

9o ensaio VTeor6as da erdade`, Kabermas situou sen


$on$eito no Quadro de uma teoria geral da erdade,segu ndo a Qual
o $rit#rio da erdade # o $onsenso dos Que argum entam Eu 
$ritiQuei eRaust iamente esta teor6a em geral e era sua a'li$ação
'arti$ular ao unierso #ti$o e não Quero re'etir as $r6ti$as aQui G
im'ortante # Que Kaberm as de*ende a id#ia de Que argume ntar #
uma tare*a eminentemente $omuni$atia Por isso, o dis$urso
intersubetio #, 'ara ele, o legar 'r'rio da argumentação
Kabermas denomina de regras 'ragmti$as as regras da linguagem
Que *a0em, es'e$ ialmente, 'arte da $omuni$ação e sobretudo do
dis$urso, 'ara di*eren$i las das regras semânti$as (das regras do
signi*i$ado) Ele de*ende, então, a id#ia Que todas as regras não
'uramente lgi$as (estas são *undamentadas semanti$amente /, Que
são determinantes 'ara uma argumentação, 'ossuem, um $arter
es'e$i*i$amente 'ragmti$o,
L obeção mais imediata $ontra uma teoria $onsensual da
erdade $onsiste no *ato de Que um $onsenso QualQuer não 'ode ser
$onsiderado $omo $rit#rio da erdade, mas somente um $onsenso
Quali*i$ado, Isto # re$onhe$ido 'or Kabermas Xas enQuanto se
'uder 'ensar Que as regras Que $onstituem esta Quali*i$ação são as
regras semânti$as Que são determinantes 'ara o signi*i$ado e, 'or
isto tamb#m 'ara a eri*i$ação, sua tese # Que as regras releantes
'ara a eri*i$ação são regras do $onsenso mesmo, 'ortanto regras
Que 'ossuem $arter 'ragmti$o Somente se 'oderia a$eitar $omo
$rit#rio de erdade

? Da mane ira mais eRt ensi a em meu ensaio Li ngu age m e *ti ca( es$rito em 34>:, mas
'ub li$ ado no ori gin al ale mão a'e na s em meu s Ens aio s fil os. fic os (344=) 2ide ' =4;
<3?, `

H
aQuele $onsenso Que se estabele$e sob $ondiç"es ideais Que
Kabermas designa $ondiç"es da Vsituação ideal de *alaU L ra0ão

#, então, de*inida 'ragmati$amente de tal modo Que em $onsenso;


# ra$ional Quando # estabele$ido numa situação ideal de *ala  L
situação ideal de *ala # de*inida 'or Kabermas atra #s de uma
s#rie de regras bsi$as $ua obseraç ão # $ondição 'ara Que se
'ossa *alar de um aut]nti$o dis$urso 5
] $laro Que se ir 'erguntar 'elo Que $onstitu i um dis$urso
aut]nti$o, isto # de$retado ou 'ossui, 'or sua e0, $rit#rios[
Kabermas dã uma $erta res'osta atra#s da distinção entre
$ondiç"es triiais e nãotriiais Como $ondiç"es triiais são
enumerada s, em 'rimeiro lugar, Que todos os 'arti$i'ant es tenham
as mesmas $han$es de 'arti$i'ar no dilogo, e segundo, Que deem
ter $han$e igual 'ara a $r6ti$a, et$ Penso Que isto Jsão,
e*eti ament e, aut]nt i$as regras do dis$urso, mas somente o são
'elo *aio de Quando uma argu mentação tem lugar entre rias

'essoas, da Qual não eo Que ela sea em si dis$urs ia


($omuni$atia), garantirem Que *atores de 'oder, Que 'oderiam
'erturbar a argumentação , seam eliminados Ls regras lidas
'ara o dis$urso aut]nti$o $onsistiriam no *ato delas garantirem
Que a situação interhumana não 'erturbe a argumentação Ls
regra s es'e$ i*i$a mente 'ragm ti$a s teria m, 'orta nto, a'ena s um
$arter 'roibitio, eliminatio e a medida 'ela Qual seriam
medidas, seria a argumentação não'ragmti$a
Kabermas designa $omo VnãotriiaisU duas outras $ondiç"es
Que são 'arti$ularmente im'ortantes 'ara o dis$urso mora l
Tamb#m elas serem 'ara eliminar *atores de 'oder Con*orme a
ter$eira $ondição, todos os *alantes deem `ter

; =a)r)eitst) eorien, in& K Fahrenba$ h 1ed$9$ \ir8li$h8eit und -e*leRion Fests$hri*t


*7r \ S$hul0, ' =;>

5 T#' cit' p$ =;;s

3>;
$han$es iguais  'ara eR'ressar suas atitudes, sentimentos e
intenç"esf De$isia # 'or#m a Quarta $ondição, de a$ordo com a
6?
Qual são a'ena s admitidos ao dis$urso *alant es Que tenham as
mesmas $han$es enQuanto agentes ()  'ara dar ordens e se o'or,
'ermitir e 'roibirU, et$ +m dilogo sobre Quest"es morais entre
senhores e es$raos,, em'regadores e em'regadas, 'ai e !il)o,
iolaria, 'ortanto, as $ondiç"es da si tiiaelo ideal de !ala$
Xas tais dis$ursos, 'oderseia obetar, a$onte$em $erta
mente 9o entanto, eles não seriam, assim eos res'onderiam,
dis$ursos aut]nti$os (em uma Vsituação ideai de *alaU) +ma tal
de*inição de dis$urso aut]nti$o 'ossui, naturalmente, um bom
sentido, s Que ela termina 'or de*inir& ns Queremos a'enas
denominar dis$urso aut]nti$o aQuele dis$urso Que o$orr e entre
'essoas em situação igual, sob $ondiç"es igualitrias Ls
$ondi ç"es são agora não a'enas igualit rias do 'onto de 6sta da
'arti$i'ação no dis$urso, mas 'ressu'"ese Que as 'essoas seam
'ostas em situação igual na ida 'rti$a Xas isto Quer di0er Que
seam 'ressu'ostas regras morais bem determinadas, a saber,
regras igualitrias uniersal6sti$as Podemos ns, entretanto,
'ressu'or uma determinada morai $omo $ondição 'ara dis$ursos
em geral e 'ara dis$ursos morais em 'arti$ular[ Podemos
naturalmente *a0er isto, mas então # triial Que aQuele 'rin$6'io
moral, Que resulta de um dis$urso assim institu$ionali 0ado, 'or sua
e0 dee ser igualitrio, et$ Se Quisermos designar $omo
ra$ionais, de a$ordo $om a de*inição da ra0ão atra#s da situação
ideal de *ala aQueles resultados morais a Que assim $hegamos,
temos uma $ir$ularidade G Que dee ser $om'reendido 'or ra0ão #
neste $aso #osto 'elas $ondiç"es da situação ideal de *ala
Kabemias 'ensou 'oderdeste modo *undame ntar uma #ti$a no
sentido do $on$eito 8antiano, 'ara o Qual o 'rin$6'io da

uniersal i0ação #re$usar


disso, # 're$iso bsi$o, omas na erdade
$arter ele o 'ressu's
es'e$ i*i$amente  Ll#me
'ragmti$o
dis$ursio desta 'roa $ir$ular Pois

3>5
a mesma $ondiçã o Que Kaber mas 'ostula 'ara o seu Vaut]n ti$o
dis$ursoU 'oderia ser 'rete ndida 'ara VQualQuer argumentação

morarf +ma argumentação moral seria então aut]nti$a se


'ressu'usesse o $on$eito mora l 8antiano
ERaminemos agora o resultado, tale0 ura 'ou$o a'ressado,
dis$utindo a ersão algo modi*i$ada do ensaio 'oste rior_ 9ele
Kabermas se 'ro'"e uma du'la tare*a/ 'rimeiro dee ser
*undamenta do $omo obrigatoria mente lido em bases 'ragmti$a s
aQuilo Que ele noamente denomina 'rin$6'ioda uniersali0ação
(abreiado V+U) G Que ele denomina $omo 'rin$6'io da
uniersali0ação # a'roRimadamente id]nti$o ao im'eratio
$ategri$o de Yant`, de tal modo Que eu, 'ortanto, no Que se re*ere
ao $on$eito de $onte^do de Kabermas, $on$orde $om ele e a'enas
duide Que 'ara isso se 'ossa dar uma *undamentação atra#s de
uma ra0ão de*inida $omuni$atiamente Em segundo lugar se Quer
mostrar Que tamb#m ale um 'rin$6'io VDU $om $arter es'e$6*i$o

de #ti$ade do
morais dis$urso,
$onte^do de de a$ordo $om o Qual todas as Quest"es

> Esta $on$ e'çã o sob re o Que se Quer di0e r $om 'rin$6 'io de uni ersa li0 ação não #
eidente -X Kare $olo$ou um tal 'rin$6'io num sentido m"ito mais *ra$o, segundo o
Qual algu#m Que emite um u60o moral dee aui0ar situaç"es morais iguais de modo
igual Este 'rin$6'io baseado sobre a 'ura semânti$a das eR'ress"es normatias $omo
em geral todos os 'redi$ado s, ale, $ontudo , 'ara QualQue r moral $omo tai Ele não
eR$ 6ui de mod o algum Que ser es hum ano s de dier sos ti'o s se am +"V gados
desigualme nte ou Que a norma, neste sentido, não sea a'li$el uniersalmente, Que as
re gras mora is estea m a' en as re*e rida s ao gru' o Ka re  cont"do , s"p^ s
eQuio$ad amente Que  este 'rin$6'io, Que a'enas garante $onsisten$i a, lea a uma
moral igualitria e uniersal no sentido do im'eratio categ7rico, eidenteme nte $om
uma maior di*eren$iação Que aQui o mato$ Esta moral $ont#m um 'rin$6'io substan$ia l
Que tam'ou$o 'ode ser *undamentado 'or regras ling76sti$as p"ramente semânti$as,
Quanto os de*ensores da eti$a do dis$urso 'odem *undamentar 'elas assim $hamadas
regras 'ragmti$as ling76sti$a s Sobre a $riti$a a Kare ease meu ensaio V!inguag em
e ética&, in& Ens aio s Fi los .fi cos ' =4=4 +ma $lara distinção entre os dois modos de
uniersalidade se en$ontra em Xa$8ie, Etí iic s' I ?
em ser resolidas na base de um $onsenso Que dee reali0arse
nura dis$urso real dos enolidos :

G 'rimeiro 'asso se distingue do 'ro$edimento do ensaio


anterior 'elo *ato das$ondiç"es da situação ideal de ‚a*a nao
serem mais introdu0idas tão 'os tu 3 at ori mente Kabermas
"er mostrar Que Vnas regras do dis$urso não se trata de $on
enç"es, mas de 'ressu'osiç"es ineiteis da argumentação
$omo tal 1p$ 3AA) (abermas se liga aQu6 estreitamente a L'ei e o
segue na a*irmação de Que 'rati$amos uma $ontradição
per!ormativa& se não -s"pormos& estas regras
G tema da $ontradição 'er*ormatia *oi introdu0ido na *i
loso*6a anal6ti$a 'ara $ara$teri0ar um ti'o es'e$ial de $ontradição
Que a'are$e em sentenças $omo VChoe, mas eu não a$redito_f Se
esta 'ro'osição *or 'ronun$iada 'or urna determinada 'essoa,
eR'ressa e*etia mente uma $ontradição& a 'esso a a*irma algo e
retira na segunda 'arte `da 'ro'osição sua a*irmação Xas isto

naturalmente est arti$ulado $om o uso da 'alara VeuU Se


su'usermos 'or eRem'lo Que # Peter ! Que ustamente aQui *ala,
então ambos os estados de $oisas Que se eR'ressam nas duas 'artes
da 'ro'osição, Quando são *ormulados 'or uma outra 'essoa, não
leam a nenhuma $ontradição& VChoe, mas Peter ! não a$reditaU
De modo semelhante  $on*esso Que não entendo bem $omo 
'ensaam eidentemente L'el e Kabermas Que eRistem tamb#m
$ontradiç"es es'e$i*i$am ente 'ragmti$as Que tamb#m se deeriam
denominar $ontradiç"es 'er*ormatias Como eRem'lo Kabermas
tra0 a seguinte 'ro'osição& VDe'ois de eR$luirmos L, B C da
dis$ussão, 'oder6amos $onen$ernos *inalmente de Que 9 se
sustenta $om ra0ãoU (3A3) Duido

: VDis8ursethi 8  9o ti0en` 0 u einem <egr>nd"ngsprogramm., in/ Moral bewu ssTs eiti


und kommunikati9es Uandeln( Fran8*urt 34:<, ' >5 3A3s

3>:
Que isto sea uma $ontradição, 'er*ormatia ou não Isto, no
entanto, de'ende de $omo eRatamente se $om'reende a 'alara

V$on, en$er
nisso entãoseU Se adiçã
a $ontr 'or#mo, a$eitarmos QueseKaber
naturalmente, d domas tem modo
mesmo ra0ão
Quando re'rodu0imos a 'resumida situação 'ragmti$ a de um
dis$urso na *ornia de uma sim'les argumentação& VDe'ois Que
e" $e?cl"# de minhas anlises as ra0"es de L, B, , 'ede *inalmente
$onen$erme do *ato de Que 9 se sustenta $om ra0ãoU L
$ontradição, $aso 'ersista, de'ende, 'ortanto, sim'lesmente do
signi*i$ado da 'alara Vse $onen$erU, ela # uma sim'les
$ontradição semânti$a e não de'ende de nada es'e$i*i$amente
'ragmti$o
DeiRemos no entanto estas 'onderaç"es de lado L tese
'ro'riamente dita de L'el e Kabermas # Que as $ondiç"es da
situação ideal de *ala 'ortanto, do modo $omo  eram deno
minados emVTeorias da erdadeU, 'ossuem a dignidade de regras
Que, Quando *eridas, dão $omo resultado uma $ontradição
'er*ormatia Su'osto Que se 'ossa mostrar isto, então estaria
eR'osto de modo mais radi$al do Que o$orreu no ensaio anterior,
em Que medid a um dis$urs o Que *ere estas regras # irra$ ional 
Seria do mesmo modo irra$ional $omo seria irra$ional
$ontraditria e in$onsistente minha 'ro'osição VChoe, mas eu
não a$red itoU +ma e0 a$eito isto, então o 'rin$6'io +, se
resultasse obrigatoriamente destas regras, deeria aler de *ato
$omo *undamentado de maneira absoluta, 'ois isto signi*i$aria
Que QualQuer 'essoa Que *osse negar o 'rin$6'io em meio ao
dis$urso se $ontradiria 'ragmati$amente Se *osse 'oss6el
mostrar isto, então o im'eratio $ategri$o estaria *undamentado
de um modo ainda mais $oer$itio do Que o 'r'rio Yant teria
sonhado, 'ois, então, estaria demonstrado Que este 'rin$6'io
moral 'ro$ede do 'r'rio 'rin$6'io da não $ontradição
(naturalmente $om'reendido 'ragmati$amente)
Este 'ortanto # o 'rograma 2amos agora dar uma olhada na
sua reali0ação Kabermas enumera noamente as diersas

8
regras do dis$urso, res'e$tiamente $ondiç"es do dis$urso, Que
*oram enumeradas 'ara a $ara$teri0ação da situação ideal de !ala

(' 4>44)
'r'ria Xisto, Qual
'osição, alis,-ele se Zat#m
LieR haiaa a'resen
uma re'rodução
tado num de sua e
ensaio
isto 'roae lmente leou Kaber mas a abandonar aQuela 'osição
Que tinha sido a mais im'ortante em Teorias da erdadeU Xas
tamb#m # 'oss6el Que Kabermas agora tenha tido $ons$i]n$ia
Que esta $ondição seria tão *orte Que se tomaria ineitel a
obeção de $ir$ularidade $omo a 'or mim a'resentada,
 ^ni$a regra releante 'ara o elemento moral # agora assim
*ormulada& VL $ada um # 'ermitido eRteriori0ar suas atitudes,
deseos e ne$essidadesU (' 44) Esta $ondição $orres'onde
a'enas  ter$eira $ondição enumerada em Teorias da
erdade Ser "e a gente dee realmente di0er Que num dis$urso
no Qual esta regra # iolada se pratica "ma $ontradição
('ragmti$a)[

Podemos, no entanto, deiRar isto $omo est G de$isio # Que


logo se ea Que esta $ondi ção, sea Qual *or o status Que ela
sem'r e tee, # muito *ra$a 'ara $ondu 0ir a QuaisQ uer 'rin$6'ios
morais, muito menos ao + Su'onhamos Que um 'otentado estea
sentado no $6r$ulo de seus es$raos e não a'enas lhes d] todos os
outros direitos de *alar ('arti$ularmente os $itados 'or Kabermas
sob <3 e <=), mas tamb#m o direito <<, de eRteriori0ar suas
Vatitudes, deseos e ne$essidadesU Disto em absoluto nada 'ode
resultar e se o 'otentado, de'ois Que todos se mani*estaram,
Quiser *iRar normas, estas 'odem lear em $onsideração ou não os
deseos de seus subordinados tanto Quanto ele Quer
Tale0 o$]s tomem isto $omo 'uro detalhe enganador G
Que Kabermas Quer di0er # naturalmente Que o 'otentado não
'ossui nenhum direito 'ara a *iRação de normas, res'e$tia mente

Que não eRiste nenhu m 'oten tado, mas Quea s norma s deer iam
ser estabele$idas $oletiamente 'or todos os 'arti$i

3:A
'antes Que mani*estaram seus deseos Xas então se leanta a
Questão a$er$a de $omo se diidem as relaç"es de 'oder nesta

*iRação[
temos Se *or $ondição
a Quarta 'ressu'osto Que essasdarelaç"es
de VTeorias sãoe,iguais,
erdadeU então
neste $aso, de
*ato, res"lta a moral ig"alit'ria$
Deste modo se toma $laro o dilem a diante do Qua se situa a
'resumida !"ndamentação #ti$odis$ursia da moral ig"alit'ria$
Tu # deiRada de lado a Quarta $ondição de VTeorias da erdadeU e,
então, não resulta nada de normatio/ ou ela # assumida -e?pl#cita
o" im'li$itamente de nooU Então o argumento # um $6r$ulo +ma
ter$eira 'ossibilidade não eRiste
2eam os, no entan to, $omo Kaberm as mesmo 'ro$ede Ele
$hega  seguinte in*er]n$ia& VSe $ada um Que entra no unierso da
argume ntação *or obrig ado a *a0er , entre outras, 'ress u'osiç"es,
$uo $onte^do 'ode ser re'resentado na *orma de
regras do dis$urso de <3 at# RR+ e se al*m disso ligamos a normas

&ustificadas o sentido
sentido coleti9o de todosdeos 5ue elas regulcun
#ossi9elmente mat*rias
atingidos( então,sociais no
$ada um
Que em'reende uma tentatia s#ria de dar $onta dis$ursiamente
de 'retens"es normati as de alidade se $olo$ a em $ondiç"es de
'ro$edimento Que são iguais a um im'l6$ito re$onhe$imento de +U
(' 3A<)
Como 'remissa s não deem, 'ortanto, aler agora a'ena s as
regras de dis$urso de <3 a <<, mas # in*iltrada $omo mais uma
'remissa a 'ro'osição Que eu destaQu ei Xas esta 'ro'osição #
sim'lesmente uma re*ormulação de + mesmo L in*er]n$ia Que
Kabermas *a0 tem, 'ortanto, a seguinte *orma lgi$a& VDe
'rimeiro <3 at# << e de segundo + segue +` Se ris$armos a
'ro'osição gri*ada, não segue nada Se ns a deiRarmos, então
result a uma tautologi a $om a *orma de Vse ', então 'U, e nisto as
'ressu'osiç"es tomadas $omo ineitaelmente 'ragmti$as <3 at#
<< não re'resentam mais 'a'el algum
Desta argumentação Kabermas se olta imediatamente 'ara
seu 'rin$6'io D 9ão eo bem $laro se ele 'ensa 'oder

3:3
dedu0ir este 'rin$6'io do dis$urso real de $ondiç"es Que ele
$onsidera $oro semelhante 'oder de $oerção $omo as $ondiç"es

Que, s egundo
destas s"a] o'inião,
$ondi ç"es leam mas
$itada Kaber ao 'rin$6'io + Xas,VTodos
a'enas $onstata& nenhumosa
$onte^dos , mesmo Que toQuem a normas de ação absolutam ente
*undamentais, deem ser a*irmados $omo de'endentes de
dis$ursos reais (ou dis$ursos assumidos $omo substitutos e
reali 0ados ado$ato riame nte) +ma teoria moral Que se esten de a
es*era s de $onte ^do dee ser entendi da $omo uma $ontribui ção a
um dis$urso leado a $abo entre $idadãos (' 3A?)
1 a'ontei em meu ensaio V!inguagem e #ti$aU Que Kabermas
mismra aQui duas es*eras Que deem ser se'aradas& a es*era moral
ea es*era 'ol6ti$a Se ele *aia de Vum dis$urso leado a $abo entre
$idadãos, iratase sem d^id a de um dis$u rso demo$rti $o $omo
n.s o eRigimos, e isto sem d^ida nenhuma na base de $oni$ç"es
morai s, sem'r e onde diersos seres humanos deem $hegar a um
a$ordo sobre regras atinentes a seu agir $oletio LQui domina o
'rin$6' io da maioria G $onsenso 'leno em geral não # 'oss6el e o
resultado tem o $arter de uma de$isão $oletia 'ara a Qual ale o
'rin$6' io moralmente *undado de Que os oto s de todos os
'arti$i'antes alem o mesmo
Seria estranho Que este 'ro$edime nto dees se aler tamb# m
'ara as normas morais Sem d^ida nenhuma emonos muitas
e0es *orçados a de$idir 'or otação sobre Quest"es morais 
naturalmente onde estas deem 'assar a ter um alor 'ol6ti$o ou
ur6di$o, $omo 'or eRem'lo a Questão do aborto ‚, naturalmente,
'ode tamb#m ser de$idido sobre a $onstituição de um estado
a'enas atra#s de uma otação V'or $ausa de sua im'ortân$ia
eentualmente Quali*i$adaf Todas estas de$is"es t]m assim,
'or#m, o sentido de um $om'romisso, e $om'romisso s tamb#m
são eRig6eis no $on6io $otidiano Xas isto Quer então di0er Que
os 'arti$i'antes de*inam as Quest"es ou

3:=
$omo não morais ou tenham re$onhe$ido Que do 'onto de ista
moral não $onseguem $hegar a um a$ordo Xas Kabermas 'are$e

ser da o'inião
de$ididas atra#s de Que$onsenso
de um Quest"esQue
morais
de um'odem ou deem
lado 'ossui a *ormaser
de um $onsenso 'ol6ti$o, mas de outro lado não dee re'resentar
um $om'romisso e uma de$isão $oletia, mas um $onsenso
'er*eito Considero Isto um absurdo,
L su'osição de Que Quest"es morais $on$retas 'odem ser
de$ididas ou mesmo deem ser de$ididas atra#s de um dis$urso
real não a'enas 'are$e in*undada, mas tamb#m sem sentido
Certamente # im'ortante eRaminar as 'r'rias $oni$ç"es morais
'ondoas em dis$ussão eRatamente $omo se *a0 $om suas
$oni$ç"es teri$as LQui ale o sim'les 'rin$6'io de Que outros
'odem me *a0er notar erros e eentualmente 'ers'e$tias Que eu
não i Xas Kaberm as 'ensa Que o dis$urso dee ser reali0 ado
$om aQueles Que são atingidos 'ela de$isão moral, Quando
ustamente # o inerso Que estã em` Questão Pois aQueles Que são
atingidos 'ela de$isão moral são inen$ielmente 'artidri os,
enQuanto ns deemos estar interessa dos num es$lare$imento
im'ar$ial
Wuero dar agora dois eRem'los Su'onhamos Que entre um
$asai eRiste um deer de *idelidade re$6'ro$a e um deles a'esar
disso se tomou in*iel ao outro Surg e então 'ara aQuele Que
'rati$ou a in*idelidade o dilema moral, se 'or res'eito dee di0]
lo ao outro ou se 'ara 'ou'lo dee silen$iar sobre o *ato Irã ele
agora num Vdis$urso realU dis$utir $om o outro Qual o $aminho a
seguir[ 2]se Que neste $aso num dis$urso real # at# im'oss6 el
'orQue, $om a de$isão de in$luir o outro na re*leRão moral o
dilema  est de$idido a *aor de uma das duas alternatias
Para o segundo eRem'lo 'ode serir uma situação imaginria

Que muitas
$l6ni$a e0es # $in$o
en$ontramse utili0ada 'ara e$riti$
'a$ientes todosareles
o utilitari smo$om
ne$essitam 9uma
urg]n$ia do trans'lante de um rgão 'ara 'oder so

3:<
breier, e um 'a$iente, *a0endo seu check$u#( Que 'ossu6 Iodos os
rgãos eRigidos/ o m#di$o est im'ossibilitado de $onseguir os

rgãos deosoutro
interessad lugarse Ser
a Questão Que sesadio
o 'a$iente deedee
dis$utir com os em
ser sa$ri*i$ado seis
*aor dos outros $in$o [ LQui se mostra $oroo ] 'roblemti$a a
de$isão moral $om a 'arti$i'ação dos a*etados Cada um dos seis
Quer $ontinuar iendo e se $ada um 'artir de seus interesses dar
se uma de$isão de maioria Que # eidentemente imoral Lgora #
naturalmente 'oss6el Que os $in$o Que ne$essitam dos
trans'lantes tamb#m 'ensem de modo tão morai Que renun$iem 
de$isão imoral da maioria Xas a este resultado tamb#m se
'oderia $hegar de modo muito usais indis$ut6el so0inho, ou, se
ainda estiesse em d^ida, ele teria 're*erido $ono$ar outros Que
não estiessem a*etados 'ara se a$onselhar
Ser Que eRistem situaç"es nas Quais 'odem ser tomadas, num
dis$urso real melhores de$is"es morais $om os enolidos[ Pare$e
Que eRiste uma ra0ão realmente im'ortante, mas tamb#m # a
^ni$a, a saber, Que *reQ7entemente toma ne$essrio o a'elo aos
enolidos, a saber, Quando não $onhe$emos seus deseos e
ne$essidades Este # o as'e$to Que # $itado 'or Kabermas na
regra << no segundo ensaio ERiste uma ra0ão moral, Que não
'ode ser analisada 'or sua e0 dis$ursiamente, mas Que resulta
do im'eratio $ategri$o Que nos obriga a deiRar Que os 'r'rios
a*etados em $aso de 'restação de auR6lio de$idam o Que Querem e
a $om'reender al#m disso o auR6lio $omo auR6lio  autoauda& #
o im'eratio do re$onhe$imento da autonomia Xas se estou
'osto diante de um dilema moral, estou $ertamente obrigado, na
medida em Que estão em Questão deseos e ne$essidades
'arti$ulares de outros, a in*ormarme sobre eles $om os outros (na
medida em Que isto # 'oss6el/ no $aso do meu eRem'lo do $asal
isto não # 'oss6el), mas a de$is ão moral dee ser tomada 'or
mim Somente no $aso de um em'reendimento $omum $om
im'li$aç"es morais (e o estado # o $aso eRem'lar de um tal)
nenhum 'arti$ular

3:?
'ossu6 naturalmente odireito de desQuali*i$ar os outros e de$idir
'or eles/ a de$isão # então 'ol6ti$a e dee ser tomada
$oletiamente e em $ertos $asos atra#s de um $om'romisso, Isto
# ustamente a $onseQ7]n$ia de uma norma mora Que 'or saa e0
est tão 'ou$o *undam entad a dis$ur si ãmente Quanto QualQuer
outra norma morai
Com Isto estão re*eadas as doas a*irmaç"es de Kabermas&
'rimeiro, Que o im'eratio $ategri$o 'ode ser *undamentado a
'artir de uma ra0ão $om'reensia es'e$i*i$amente dis$ursia ($aso
tal ra0ão eRistisse)/ segundok Que tamb#m aa'li$ação do
im'eratio $ategri$o dee resultar no dis$urso $om os a*etados,
não a'enas $omo ele a'resentou *ati$amente estas a*irmaç"es, mas
tamb#m *i$a demonstrado de 'rin$6'io Que uma tal *undamentação
# im'oss6el e Que as mRimas de a'li$ação dis$ursia são de
modo geral *alsas
ERistek $ontudo, ainda, um argumento 'ara ema moral

*undam entad a $omun i$ati amen te Que não a'are$e em Kabermas


('or boas ra0"es $omo logo eremos) Que 'are$e rer,  'rimeira
ista, *orte 'lausibilidade Wuero di0er aQueie argumento Que 
destaQuei na inter'retação de Yant Poderia 'are$er $laro Que no
âmbito do elemento moral não de]ssemos *undamentar
(demonstrar) sim'lesmente 'ro'osiç"es (enun$iados), mas aç"es,
'odendose, 'ortanto, 'ensar Que neste $aso uma ação est
somente então *undamentada (no sentido de demonstrada) Quando
'odemos *und amentla *a$e aos enolidos e isto Quer di0er, em
^ltima instân$ia, diante de QualQuer um
Ll#m do mais 'oder6amos di0er Que uma ação (e então
tamb#m a 'ro'osição $orres'ondente) somente est demonstrada
se 'uder ser *undamentada em face dos a*etados e isto 5uer dizer &
se eles 'uderem concordar $om a ação (ou a res'e$tia
'ro'osição) ERistiria, 'ortanto, um ser*undamentado Que teria
seu sentido em ser um ser*undamentadoem*a$e de  e este teria
seu sentido a 'artir da $orrelatia $on$ordân$ia de c
Podemos es$lare$er esta id#ia num eRem'lo Que tem um
$arter bsi$ o Llgumas 'essoas se untam $oo'eratiamente 'or
eRem'lo num estado e eR$luem algumas 'essoas Que se en$ontram
em sua es*era de 'oder, ou de alguns ou de todos os direitos Que se
re$onhe$em 'ara si mesmos/ se eR$luirem os outros de todos os
direitos, eles são es$raos Lgora 'odemos di0er& os deserdados e
mesmo Que *ossem a'enas 'reudi$ados ('ensemos em alguma
minoria) terão Que a$eitar esta situação, sim'lesmente $om base
nas relaç"es de 'oder, mas não $on$ordarão $om isto Esta
situação de eles não $on$ordarem $om isto signi *i$a Que ela não
'ode ser *undamentada diante deles e nesta medida # ileg6tima, e,
se Quis#ssemos de*inir en*ati$amente a ra0ão, desta maneira isso
seria sem sentido, irra$ional
Esta re*leRão 'are$e estimulante, mas tem $ontudo, seu ' mo
*ra$o no uso amb6guo de V$on$ ordân$ ia` Xas deemos agora,
$ontudo, 'erguntar 5ue ti#o de $on$ordân$ia entendemos Ser Que
*aiamos a'ena s daQuela não$ on$or dân$i a dos 'reudi$ados Que
im'li$aria Que eles $on$ordassem eRatament e então Quando não
estiesse m 'reudi$ados[ 9este $aso $ontudo, os 'reudi$ados
t]m em mira um determinado 'adrão moral Que $onstituiria a
$ondição 'ara sua $on$ordân$ia, e isto 'or sua e0 signi*i$aria
Que a situação não # ileg6tima 'elo *ato de não $on$ordarem $om
ela, mas eles não $on$ordam $om ela 'orQue # ileg6timo
('reudi$ial) 9este $aso, 'or#m, o $rit#rio não # a $on$ordân$ia
$omo tal, mas a moral igualitria 
Se, ao $ontrrio, estiesse em Questão uma $on$ordân$ia
sim'lesme nte, o Que iria im'edir os 'reudi$ados de eRigirem mais
do Que o Que # usto[ Cada um 'oderia di0er Que s $on$orda em
^ltima instân$ia $om a situação Que 'ara ele # otimal 'ortanto, 'or
eRem'lo, $om aQuela em Que teria todo o 'oder Se ao $ontrrio,
os 'reudi$ados nãoQuerem ser os noos senhores, mas eRigem
a'enas igualdade,  se trata de uma $on$ordân$ia Quali*i$ada 
Isto Quer então di0e r Que a $on$ord ân$ia como ta% não tem
im'ortân$ia 'ara o ulgamento da situação $omo inusta, $omo

'reu60o
tão Todoo oenolido
bem $omo Wue as'ode
nãoenvolvido re$onhe$]lo
inustiças $omo Inusto
$hamam 'rimeiro e
$om mais sensibilidade a atenção dos a*etados, mesmo
faticamente (mas não sem're), # eidentemente um *ato em'6ri$o
e tem a mesma ra0ão 'orQue os a*etados, no $aso antes
dis$utido,estio menos adeQuados 'ara a aaliação Ba de$isão dos
dilemas morais em Que eles mesmos estão enredados& nos dois
$asos # im'ortante Que o a*etado sea 'arte interes sada e 'are$e
tio eidente Que um 'reu60o $hame mais ra'idament e e $om mais
sensibilidade a atenção e Que el e é menos adeQuado $omo não
a*etado 'ara aaliar seu 'reu60o em *a$e do 'reu60o de um outro
G *aio de os 'reudi$ados re$onhe $erem mais *a$ilm ente a
inustiça em $om'aração $om os *aore$idos, 'orQue eles
mesmos a sentem, nos *a0 $om'reender Que # a'areniemente
'laus6el di0er Que um $om'ortamento # inusto se o a*etado não
'uder $on$ordar $om ele Xas # tamb#m inteiramente ra0oel
di0er Que então ns somos in$a'a0es de *undamentar o
$om'ortamento em face dele' Xas isto 'erdeu agora o signi*i$ado
bsi$o Que 'rimeiro 'are$ia ter Pois as eQuial]n$ias de*inidoras
não mais ão na direção $omo o argumento as $olo$ou mas na
direção o'osta Con*orme o argumento, uma ação es6ã
*undamentada em *a$e de c eRatamente então, Quando c 'ode
$on$ordar $om ela, a 'ossibilidade da $on$ordân$ia de$ide,
'ortanto, sobre a ustiça 9a realidade, 'or#m, a $on$ordân$ia
leg6tima # de*ini da, 'or sua e0, 'ela ustiç a e esta de*i ne então
tamb#m Quando a ação 'ode ser *undamentada em *a$e de c
Posso eR'rimir isso tamb#m da seguinte maneira& +ma ação
se deiRã *undamentar em *a$e de c (de a$ordo $om um
determinado $on$eito moral) eRatamente então Quando a ação se
re*ere (# atinente) ãe ('araeste $on$eito moral)est *un


(lamentada L es'erança de Que atra#s do $on$eito de *unda
menta rem* a$ed ec $ontudo sea 'oss6 ei uma *undam entaçã o

'rti$a
'or sua absoluta,
e0, Quer*ra$assa, 'ortanto,
direta Quer no *ato de
indiretamente Que esteatra#s
'ressu'"e $on$eito,
de
uma $on$ordân$ia Quali*i$ada uni conceito de ustiça
2ale tamb#m  'ena atentar 'ara o *alo de Que mesmo o
re$urso  $on$ordân$ia nem mesmo dã 're*er]n$ia ao $on$eito
igualitrio de ustiça em *a$e dos outros 9uma so$iedade na Qual
um $on$eito igualitrio de ustiça não # a'enas 'rati$ado
*ati$amente, mas em Que # mesmo $onsiderado $orreto 'elos
a*etados (est an$orado no $on$eito de bem em Que $r]em),
mesmo aQuele Que medido num $on$eito igualitrio de ustiça #
'reudi$ado $on$ordar $om esta situ ação G *ato de Que 'are$e
tão natural Que o a*etado ustam ente então não 'ossa $on$orda r
moralmente , Quando ele se $onsidera ulgado inustamente $om
base em um $on$eito igualitr io de ustiça, não de'ende, 'ortanto ,

desta situação
$onseQ7]n$ia $omuni$atia
do *ato de o $on$eito$omo tal, de
igualitrio masustiça
segue
*a0er$omo
'arte daQu ele $on$eito de bem Que 'elas ra0" es a'ontadas na
Quinta lição 'are$e tão natural Ll#m disso ainda eremos no
es$lare$imento do $on$eito de ustiça Que se dee atribuir 
igualdade (ao igualitrio) um 'rimado, de Que o $on$eito
igualitrio de ustiça #, 'ortanto, aQuilo Que resta, Quando todos
os outros 'ont os de ista (mesmo trans$endentes) $a'a0es de
*undamentar uma desigualdade desa'are$em Isto nada tem a er
$om a situação es'e$i*i$amente $omuni$atia
L ra0ão 'or Que o argumento 'or uma *undamentação es
'e$i*i$a mente $omuni$atia, Que na su'er*6$ie 'are$e tão
'laus6el, tamb#m *ra$assa, reside na ambig7id ade do $on$eito de
$on$ordân$ia Isto tale0 sea a ra0ão 'or Que este argumento não

a'are $e em Kaber mas e Quand o muito # to$ada de lee Pois ns


imos Que Kaberm as  em NTeorias da erdade`f re$onhe$eu Que
o $onsenso, do Qual se dee tratar, dee serum


$onsenso Quali*i $ado +ma e0 re$onhe$i do isso, e Querendo
a'esar disso al$ançar uma *undamentação es'e$i*i$amente

dis$ursia, então # ne$essrio um 'asso $omo o en$ontramos em


Kabermas  o re$urso a uma situação ideal de fala W o Qual
eidentemente re'rodu0 num n6el su'erior, se assim Quisermos,
os mesmos ra$io$6nios $ir$ulares Que estão $ontidos no argumento
)' 'ou$o analisado
6O6A LIÇ=O A Fti%a da %om(aiãoV
animais, %rianças, /ida (rFnata?

L $r6ti$a Que *i0 a Yant e  @ti$a do dis$urso, nas tr]s ^ltimas


liç"es re*erese a'enas  'retensão de 'oder *undamentar o
$on$eito de $onte^do do im'eratio $ategri$o, e isto mediante um

a'elo
a$ordo Vra0ãoU,
$om Yantsem're diersamente
e $om a @ti$a do$om'reendido Eu estou
dis$urso a$er$a de
de $omo
deemos 'ensar a mora na re'resentação do $onte^do/ aQui
a'enas me distingo destes *ilso *os no sentido de Que eles *alam
da moral $omo de algo bio, enQuanto eu 'enso Que se trata
daQuela moral Que se mostra $omo a mais 'laus6el, se a gente
eita 'remissas tradi$ionais e $ontudo não se Quer dar 'or
satis*eito $om o $ontratualismo, Que não # uma moral no
erdadeiro sentido
Dee se natura lment e disti nguir entre a $r6ti $a das *alsa s
tentatias de *undamentar aQuele $on$eito moral Que eu $onsidero
o mais 'laus6el e a $r6ti$a dos $on$eitos de moral Que eu não
$onsidero 'laus6eis Das diersas tentatias modernas, Que $itei
na Quarta lição, eu a'enas re*eri breemente tanto a

_ Tradução de L - uedeil

89
#ti$a da $om'aiRão de S$ho'enhauer $omo tamb#m o utilitarismo
'roeniente de ("me$ Xostrei na Quinta lição Que uma 'arte
essen$ial, de uma argumentação Que tome 'laus6el o 'rin$6'io de
conteSdo Que eu ulgo de*ens el, e Que se ident i*i$a $om o de
Yant, $onsiste em mostrar Que e 'or Que outras 'ro'ostas
modernas não são 'laus6eis 9a lição de hoe dis$utirei a #ti$a de
5c)open)a"er, uma e0 Que ela, 'artindo de uma emoção (**e8t)
nat"ral, # diametralmente o'osta  #ti$a 8antiana, e isto tamb#m
ale 'ara a sua 'retensão de !"ndamentação, se nela a!inal se 'ode
*alar em *undamentação Embora eu v' de*ender a 'osição Que o
$on$eito de S$ho'enhauer não a'enas não # 'laus6el, mas Que de
*orma alguma # um $on$eito moral, sua insist]n$ia $om a
$om'aiRão $ont#m uma $ontribuição im'ortante Tamb#m o
utilitarismo 'ode ser $om'r eendido a 'artir deste *unda mento,
ainda Que histori$amente ele tenha se srcinado de outra maneira
i$* abaiRo ' RXYZ[' E $omum s duas #ti$as a orientação
eR$iu*ia a 'arti r dos sentime ntos daQuel es em relação aos Quais
eRistem obrigaç"es morais, e $om isto est rela$ionado Que as duas
#ti$as tamb#m in$luem a6 os animais
Lo *in al de sua !reisschrift iiber die :rundlage der %oral
S$ho'enhauer a'resenta ao leitor um eRem'lo $omo
Be4#erimentam crucisI ( 34) Llgu#m Queria matar um outro, mas
no ^ltimo momento ele desiste de seu intento, não 'or motios
'ruden$iais, mas 'or motios morais L 'ergunta Que
S$ho'enhaue r $olo$a 'ara o leitor #& Que motiação moral ele a$ha
$onin$ente Pare$eria $onin$ente se ele nos dissesse Que ele não
o teria *eito 'orQue então a mRima de seu $om'ortamento não se
deiRaria uniersali0ar[ Gu 'orQue então não teria tratado o outro
igualment e $omo *im em si[ S$ho'enhauer ainda $ita uma s#rie de
outros motios Que se re*erem a outros $on$eitos morais, e então
$ontra'"e a todos a res'osta& eu não o *i0, 'orQue V*ui tomado de
$om'aiRão ele $ausame d70@ VLgora 'ergunto a todo leitor ho
nesto e desembaraçado& Wual # o ser humano melhor 4

8
'or um motio mais 'uro[  Gnde reside, segundo isto, o *un
damento da moral[U
Con*orme S$ho'enhauer, o *undamento eR$lusio da moral éa
$om'aiRão Pre$isaremos es$lare$er se a*inal ainda 'odemos
designar $omo moral o Que da6 resulta/ # era todo $aso, em
o'osição ao $ontratual6smo e anlogo a Yant, uma 'osição do
altr"#smo desinteressado S$ho'enhauer, a seme lhança do Que en
*i0 na Quinta lição, ] no ego6smo e no altru6smo as duas
'ossibilidades $ontraditrias da ação do ser humano ( 3? \U9$
5c)open)a"er sem d^ida tamb#m de*ende uma 'osição
iluminista , es'e$i *i$am ente moder na& ele $onde na toda *unda
mentação trans$ende nte e as obrig aç"es 'ara $onsi go mesmo 
Pare$e eidente 'ara ele Que, Quanto ao $onte^do  o Que ele
denomina o V'rin$6'ioU da #ti$a  os dois ^ni$os 'rin$6'ios da
moral são $s dois im'eratios estreitamente interligados& Ne$
minem laed$++ immo cmnes' 5uantum #otes( &ii9a (V9ão pre+" di$a
ningu#m, mas siuda a todos, Quanto tu 'ode sU) Com ra0ão ele os
estabele$e em relação estreita $om a regra de uro ( >) Ele
$on$orda $om Yant, Que # 're$iso distinguir entre agir 'or
obrigação e agir 'or motios morais  mais e0es seguimos os
dois im'eratios, sea 'or moti o da  ?ordem legal U, sea V'or
$ausa do bom nomeU ( 3<)& e assim a 'ergunta 'ara ele de$isia
#& $omo dee ser $om'reendida a motiação moral
Como ra0ão, di0ia Yant/ $omo $om'aiRão, di0 S$ho'enhauer
9a $r6ti$a a Yant, Que # a maior 'arte de seus es$rito s, ele
$ondena, mais ou menos $omo eu o *i0, tanto a id#ia de uma 'ura
ra0ão 'rti$a  aQui ele igualmente se $olo$a no 'onto de ista de
Kume, $omo eu o *i0  Quant o tamb#m o dis$ur so de um deer
absolut o, Que ele designa $omo uma Bcontradictio in ad&ecto U,
$ua Vsrcem se en$ontraria na moral teolgi$aU ( <) 9este $aso
ele então tamb#m $ondena Quanto ao $onte^d o o im'eratio
$ategri$ o, 'orQue este residi ria 'rete nsamen te sobre o ego6sm o
Esta 'arte de sua $r6ti$a est indubitael

8
mente errada/ ela est baseada naQuela $on*usão noamente
des*eita 'or Ebbinghaus
` -esulta em todo $aso Que S$ho'enhau er,  no Que di0 res
'eito ao $onte^do da moral, somente $on$orda em 'arte $om
;ant$ Isto 'ode ser isto em 'rimeiro lugar no *ato de o im'e
ratio $ategr i$o ter em al$an$ e maior do Que o 'rin$i'io BNe$
mínern laede( eleU Isto se mostrasobretudo naQuelas normas Que
eu designei em sentido mais restrito $omo regras de$oo'eração&
deese c"mprir a 'romessa, não se dee mentir /o derseia
argumentar aQui a *aor de 5c)open)a"er g $ontra Yant, Que estas
normas de` *ato s alem, se concretamente 'reudi$am algu#m
Isto $ontu do # Quest ionel L$aso não # imoral ' eR, sonega r
*urtiame nte im'ostos[
Permaneçamos $ontudo nas aç"es e omiss"es re*eridas a uma
determinada 'essoa L$aso não lesamos a algu#m, Quando o
logramos e ele não o 'er$ebe, e al#m disso de *ato não lhe
sobre]m um 'reu60o real[ Em todo $aso não, se bemestar e
'reu60o são $om'reendidos no sentido de Vbem ,Cohl< e dor
,Cehe<I ( 35, 'onto <)/ 'orta nto, se # 'reu60o s # $on$ebido
$omo so*ri mento Como # ($omo *i$a), ' eR, Quando eu 'asso
algu#m 'ara trs sem Que ele o 'er$eba[ 9ão 'ode satis*a0er a6 a
in*ormação, Que ele haeria de so*rer se o soubesse Isto 'or#m
não # o de$isi o Por Que então ele haeria de so*rer[ Deese
eidentemente di0er 'orQue não se sentiria res'eitado Isto, 'ois,
tamb#m # a ra0ão, 'orQue ainda # mais di*6$il 'ara o outro, Quando
ele se tem Que imaginar& eu o 'assei 'ara trs e ele não o
'er$ebeu 9este $aso 'or#m so*re o outro, 'orQue ele não tem sido
res'eitado, e isto Quer di0er, 'orQue tem sido lesado em seus
direitos Portanto, este so*rimento e o $orres'ondente 'reu60o 
'ressu'"em a norma mora, e não a *undamentam L norma de
res'eitar os outros tem um al$an$e maior do Que não 'reudi$los
e não lhes $ausar dor
Tamb#m di0 res'eito, ' eR,  obrigação de $um'rir uma
'romessa *eita no leito de morte

8P
Se em tais $om'araç"es de *ato não Queremos a'oiar em
'ressu'osiç"es intuitias o Que # isto $omo imoral, 'oderse ia
di0er& a $om'aração somente mostra Que os dois 'rin$6'ios
$ondu0em em 'arte a normas distintas Então 'oderse ia *a0er
aler $omo s$ho'enhauerianas aQuelas regras Que se dão a 'artir
do im'eratio $ategri$o (ou da regra de ouro)/ na medida Que
eRtra'olam o 'rin$6'io de não deiRar ningu#m so*rer, elas não são
VerdadeirosU 'rin$6'ios morais Ter6amos sim'lesmente duas
inter'retaç"es distintas do altru6smo
G 'rin$6'io moral de S$ho'enhauer enredase $ontudo em
outras di*i$uldades, tão logo deiRamos de nos ater a normas
'arti$ulares e 'ensemos uma situação $om'leRa de ação, onde
estão em ogo diersas normas sim'les, e sem're Que se trata dos
interesses de mais (rias) 'essoas LQui ns imos Que o
im'eratio $ategri$o *orne$e o $rit#rio 'ara Que se de$ida de $al
maneira $omo QualQuer um haeria de Querer Que se agisse numa
situação deste ti'o E neste $onteRto Que se mostram as *orças do
'rin$6'io 8antiano, Que 'or $onseguinte, de nenhuma maneira 
$omo entendia S$ho'enhauer  se deiRa redu0ir a um *ormalismo
a0io, Que resultaria do 'rin$6'io da ra0ão G 'rin$6'io de
S$ho'enhauer, BNeminem laede , et$U, ao $ontrrio, absolutamente
não o*ere$e um $rit#rio de 'onderação 9esta relação, o seu
al$an$e não # maior do Que a = Frmul a de Yant ($* su'ra '
3;4)
Ls duas di*i$uldades tamb#m mostram Que o 'rin$6'io de
S$ho'enhauer ($omo então naturalmente tamb#m sua $on$e'ção
de motiação) # $om'letamente sem serent ia 'ara uma #ti$a
'ol6ti$a 9a #ti$a 'ol6ti$a tratase Quase sem're de ter Qu e
'onderar entre os interesses de muitos (rios)/ tratase al#m disso
de direitos, os Quais noamente são 'ressu'ostos, ao se a*irmar
Que algu#m so*re Quando estes não lhe são garantidos/ assim, '
eR, no direito  'arti$i'ação 'ol6ti$a
G mais tardar aQui teremos Que nos 'erguntar o Que então ao
$ontrrio *aore$e ao 'rin$6'io de $onte^do de S$ho'e

8H
nhauer  sua $on$e'ção de*inida de altru6smo 'ois de in6$io a'enas

o introdu0iu
Que  maneira
'ro$eder, Quando de uma tese
*ormos (Semelhantemente
$om'arar a $on$e'çãoteremos
8antiana de
altru6smo $om a de utilitarismo) L res'osta naturalmente s 'ode
ser *ormulada de tal modo Que se ea no Be4#erimentam crucis I
aQuilo Que alegue i no in6$io Se ulgamos $omo moral uma ação
boa, ou a abstenção de uma m, somente Quando ela o$orre 'or
$om'aiRão, então 'are$e resultar da6 Que somente 'odem ser
morais, Quanto ao $onte^do, aQueles ti'os de aç"es Que o$orrem
'or este motio
Se $om o 'rin$6'io de S$ho'enhauer *osse 'oss6el eiden$iar
o *undamento da moral $om o a'elo $om'aiRão, então seria
'oss6el di0er Que o seu 'rin$6'io, não obstante todas as
di*i$uldades Quanto ao $onte^do, sobre'ua o de Yant, 'ois então
estaria encontrada uma base VnaturalU da moral

Seria de
'rin$6'io naturalmente sim'les
S$ho'enhauer ao demais
de Yantse$omo
a gente
seQuisesse
o'uses seo'or
aQuio um
'rin$6'io de base ra$ional a outro baseado no sen timento 2imos
Que o 'rin$6'io 8antiano mant#m seu sentido Quando se omite seu
*unda mento 'retensa mente ra$ional e de outro lado, o 'rin$ 6'io
de S$ho'enhauer não est su*i$ientemente $ara$teri0ado Quando o
des$reemos $omo sentimental LQui se reQuerem duas
distinç"es Primeiramente aQueia Que # de*inida entre um
'rin$6'io moral Que nos motia sentimentalmen te e um 'rin$6'io
moral Que # mesmo de*inido a 'artir de determinado sentimento
9o 'rimeiro $aso, o sentimento moral, do Qual se trata, #
eRatamente aQuele Que # a*irmado 'elo 'rin$6'io moral& assim *oi
em Lristteles, assim em Kut $heson o Qual Yant tinha em ista
ao 'olemi0ar $ontra a id#ia de um sentimento moral, e assim
tamb#m $omigo& Llgu#m trata de `umaU moral 'or motios
morai s, $on*orme minha $on$e'ção geral, se o senti mento Que o
$ondu0 # o sentimento 'ara o bem no sentido desta moral e,
$on*orme minha $on$e'ção es'e$ial, se age 'or res'eito aos seres
humanos Para

8@
S$ho'enhauer desa'are$e o $on$eito do bem ,des :uien<\ o
sentimento, 'ara o Qual ele a'ela não # nem um sentimento 'elo
elemento moral, nem um sentimento mora 'elos seres humanos @
um sentimento Que, inde'en dente da moral, # em'iri $amen te 'r#
dado e determina, 'or sua e0, o Que dee ser isto $omo moral 
Se um sentimento 'ode assumir esta !"nção, 'are$e eidente Que
sea a $om'aiRão, ainda Que isto não sea $om'ulsrio/ em Ldam
Smith a $om'a iRão # a'ena s um sentime nto sim'ti$ o es'e$ ial
S$ho'enhauer tem $ons$i]n$ia desta restrição ao negatio 
$omiseração 'elo so*rimento  e ela 'are$e ser 'laus6el, se o
sentimento de $om'aiRão natural $omo tal  # o *undamento da
moral (o Que não ser o $aso em Ldam S mith)
L erdadeira di*i$uldade deste 'rin$6'io # Que, $omo 
disse na Quarta lição, a $om'aiRão, enQuanto sentimento natural
somente eRiste mais ou menos ERistem, na erdade seres humanos
Que, diante de QualQuer so*rimento, reagem es'ontaneamente $om
$om'aiRão, mas a maioria *a0 isto a'enas 'ar$ialmente, e em
alguns eRist e, mais *orte do Que a $om'aiRão, o seu sentimen to
$ontrrio, a satis*ação 'elo mal alheio e o 'ra0er na $rueldade
(desumanidade)
Pode a*inal um tal sent imento, naturalmente 'r#dado e
eRistente em graus diersos, ser *undamento 'ara uma obrigação[
Somos ns obriga dos 'or $om'a iRão[ Podese sem d^id a di0er
Que deemos desenoler esta emoção ,Affekt< $omo generali0ada
Xas, o Que nos motiaria 'ara tal, se  não 'ressu'omos uma
isão moral[
9este 'onto S$ho'enhauer não # bem $onsistente Ele *ala,
sobretudo no  3> de uma mRima e de um 'rin$6'io/ tamb#m
em'rega aQui os termos Vdireito`f e Vobrigação, e o seu 'rin$6'io
Bneminem laede( et$` 3 # de *ato um 'rin$6'io *ormulado
im'eratiamente De outro lado, es$ree ele no  3<& VTale0
algu#m me Queira $riti$ar, Que a #ti$a não trata $omo os seres
humanos e*etiamente agem mas Que ela # a $i]n$ia

8;
Que indi$a $omo eles de9em agir Este, 'or#m , # eRatamente o

'rin$i'io Que deste


'arte $r6ti$a en neg, urna Que
ensaio, e0 oQue$on$eito
'roei su*i$ientemente,
do de9en a forma na
im#erati9a da #ti$a , somente ale *ia moral teolgi$a e *ora dela
'erde todo sentido e signi*i$adoU Portanto, 5c)ope n)a"er não
'ode *alar de uro deer moral, 'rimeiro, 'orQue` $ondena
$orretamente o $on$eito de de er de Yanl e, seg"ndo, s
permanecem 'ara ele *ormas de deer determinadas 'or sanç"es
eRternas, $omo as religiosas,, $on trat"alistas oe ur6di$as/ ele não
$onhe$e a id#ia de uma sanç ão interna, assumida em base a um
$on$eito geral de serbom$ Isto 'are$e mais $onseQ7ente do Que
Quando ele 'or e0es *ala de mRimas e de 'rin$6'ios Isto $ontudo
signi*i$a& a #ti$a, segundo S$ho'enhauer, dee sim'lesmente
restringirse a $onstatar Que, ao lado das aç"es ego6stas, tamb#m
eRistem as altru6stas, Qee são eRatament e aQuel as moidas 'or
$om'aiRão
Podemos $hamar isto ainda de moral[ 9aturamente o 'o
demos, se Quisermos, Entretanto, não o 'odemos mais se a moral
# $om'reendida $omo um sistema de normas, $omo o # in$lusie o
$ontratualismo/ e não o 'odemos absolutamente , se 'ara a moral #
*undamental um $on$eito de bem 9ão *a0 mais sentido di0er Que
se dee ou tem de ser desta maneira/ e não 'odemos mais *alar Que
algo # re$i'ro$a mente eRigido Tamb#m não *a0 mais sentido
$riti$ar e a'roar Pare$e Que S$ho'enhauer mesmo $onsidera isto
'elo *ato de não *alar de *undamentação, mas do V*undamento da
moral G $om'ortamento moral não # *undamentado, mas, Quando
o$orre, tem somente a $om'aiRão $omo *undamento
Xas então o $on$eito de S$ho'enhauer a*astouse tanto da
$om'reensão $omum de moral Que haeremos de 'erguntar& $omo
ela $ontudo 'are$e ter uma 'lausibilidade tão *orte, $omo no
eRem'lo denominado De4#erimentam crncisI] 9ão tem ra0ã o
S$ho'enhauer (ao di0er), Que ns s emos $omo Vautenti$amente
moraisU aQuelas aç"es Que não são resultado

8
de um 'rin$6'io, mas Que seguem es'ontaneamente da 'arti$i

'ação direta[
Isto nos re$ondu0 ao 'roblema Que imos em Yant, na seRta
lição Lgora  sabemos Que, Quando $om'aramos S$ho'e
nhauer e Yant, não se trata de uma sim'les o'osição entre ra0ão e
emoção ,Affekt<' Em Yant eu tinha Que $ondenar a ra0ão tanto
$omo $onte^do Quanto $omo motio do elemento moral/
'ermane$ia $ontudo o deiRarse determinar 'elo ser bom e 'elo
'rin$6'io moral, uma 'ers'e$tia Que na erdade tinha Que ser
$om'reendi da $omo emo$ional ,a&fekti9e< e Que ao mesmo tem'o,
$on*orme a segunda *rmula do im'eratio $ategri$o, 'odia ser
$om'reendida $omo res'eito aos seres humanos -es'eito
signi*i$a re$onhe$imento $omo sueito de direitos/ mas o 'r'rio
res'eito # algo a*etio, e lelo a s#rio # algo Que se d a
enten der ao outro a*etiamente (mais $larament e $om're ens6 el
na atitude o'osta, Quando rebaiRamos o outro e tamb#m lhe
$iamos a entender isto) Se a jora a 'reo$u'ação # es'e$ialmente
de abrandar ou de eitar um so*rimento do outro, então o res'eito
im'li$a Que, ao menos normalmente, assumamos uma atitude
a*etia em relação a este so*rimento, i #, uma atitude de
$om'aiRão
LQui est 'ortanto a base 'ara a 'lausibilidade do eRem'lo de
S$ho'enhaue r  uma 'essoa sem $om'aiRão não 'ode ser boa mas
tamb#m 'ara os limites de sua 'lausibilidade Pois, se a
$om'aiRão $omo tal # determinante e se ela não # a'oiada no
res'eito a*etio 'elo ser humano  Que # ao mesmo tem'o um
res'eito 'ara $om todos os seres humanos, e nesta medida uma
'ostura de 'rin $6'io  então ela somente # um sentimento mais ou
menos *orte, Que eRiste naturalmente e Que $omo tal est
moral mente desnort eado G 'robl ema não # s de a $om'ai Rão
nos abandon ar a6 onde temos a er $om direitos morais Que não
se *undamentam no so*rimento, mas sobre os Quais, Quando
muito, 'odese 'or sua e0 *undamentar o so*rimento/ ela
tamb#m não 'ode dar nenhum ti'o de orientação onde

8
mesmo em meio ao seu 'r'ri o dom6nio , temos a er $om rias
(muitas) 'essoas E assim naturalmente tamb#m é 'oss6el Que 'or
$om'aiRão 'ro$edamos moralmente errados se nos deiRamos
$ondu0ir eR$lusia mente 'elo so*rime nto do outro, 'odemos ir
$ontra os seus outros direitos e 'odemos sobretudo ir $ontra os
direitos dos outros
L re$usa das `Vtend]n$iasU, 'or ;ant, tamb#m *undamentaa
se no *ato de Que a 'ers'e$ tia da a*eti idade natura l, Que não #
determinada di*erentemente a 'artir de QualQuer outro lugar, não
$ont#m em si uma medida Por isso, naQueles ti'os de
$om'ortamento moral, Que a*inal 'odem ser de$ididamente
determinados 'or $om'aiRão, teremos Que es'erar Que não se trate
de uma $om'aiRão QualQuer, mas de $om'aiRão $omo uma
dis'osição geral, eRatamente aQuela, segundo a Qual di0emos de
algu#m Que ele * um ser humano $om 'assio, uma #essoa
com#assi9a ,a com#assionate #erson<' E aQuela dis'osição da Qual
se 'ode di0er Que *a0 'arte da edu$ação moral e $om esta dee ser
desenolida
+ma 'ro'osta estreitamente ligada a S$ho'enhauer, mas
a*astandose $ontudo dele signi*i$atiamente, *oi *eita re$en
temente 'or +rsula \ol* Ela Quer $om'reender o 'onto de ista
moral $omo o da V$om'aiRão generali0ada_` 3 Permane$e $ontudo,
sem medida, tamb#m uma $om'aiRão generali0ada 'ara todas as
Quest"es morais Que não são a'enas, 'elo menos não em 'rimeira
linha, rela$ionadas $om o so*rimento, mas tamb#m 'ara aQuelas
Quest"es Que di0em res'eito a muitos ou diersos (indi6duos)
LQui a'enas retomamse as mesmas di*i $uldades $omo em
S$ho'enhauer
Como a*inal # 'oss6el $hega r a de$larar a id#ia de uma
$om'aiRão generali0 ada $omo 'onto de ista moral[ L $om

3 + \ol*  =a s 0i er in de r %ora i Fran8*urt, 344A, III  ;  5

88
'aiRão, enQu anto emoção ,Affekt< natura, não 'rodu0 a uni
ersali0ação,  Qual \ol6* se re*ere aQui, embora naturalmente
eRistam seres humanos Que a 'artir de sua dis'osição natural são de
modo geral $om'assios, da mesma *orma $omo outros são de
modo geral sem $om'aiRão Xas o Que \ol* Quer # eidente& não
satis*a0erse $om a $on$e'ção de S$ho'enhauer, Que no mundo de
fato eRiste uma $er ta medi da ,%ass< de $om'a iRão e da mesm a
*orma uma $eita medida de indi*erença e de $rueldade/ ela Quer Que
o ter $om'aiRão sea um 'onto de ista mora l ?i general i0adoU&
de9emos mu 'or $om'aiRão, Ea ; 'or#m, somente $hega a esta
'ers'e$tia uniersalista 'orQue, 'rimeiro  na 'rimeira 'arte do
$a' < ela 'arte de 'rin$6'ios () eRistentes 'ara uma moral do
res'eito uniersal, 'ara então, em 'rosseguim ento a argumentaç "es
de 1 Sh8lar, $onsiderar a $a'a$idade do so*rimento V$omo a ^ni$a
$oisa Que realmente 'artilhamos $om todos os seres humanosU ('
><) L 'ergunta, 'or#m não #, o Que temos de $omum $om todos

os seres'eio
a"ilo humanos (a6 eRiste
"al "ma moraltudo
nosQue # 'ossibilidade),
obriga em relação amas o Que
todos os #seres
human os 9uma moral do res'eito uni ersal o Que nos obriga # a
id#ia do bem não mais limitada 'or 'remi ssas trans$ende ntes
Esta (moral do res'eito uniersal) # em si re*erida 
uniersalidade, a $om'aiRão ao $ontrrio, não/ e não se 'ode
demonstrar de maneira tão sim'les a uniersalidade 'ara a
$om'aiRão Por isso, o $on$eito de S$ho'enhauer # mais $on
sistente do Que a 'osição de \ol* L $om'aiRão tem um alor
muito grande, se temos um 'onto de ista normatiouniersa
(um $rit#rio uniersal), mas dela mesma não 'odemos eRtrair
magi$amente nada de uniersal e de normatio
L orientação a 'artir da $om'aiRão $ondu0iu, tanto em
S$ho'enhauer $omo tamb#m em \ol*, a uma situação em Que
tamb#m os animais são in$lu6dos na moral Em \ol* isto se d de
tal maneira, Que ela desenole a 'ro'osição na Qual ela di0 Que a
$a'a$idade de so*rimento # aQuilo Que diidimos $om todos os
seres humanos, de modo Que tamb#m diidimos esta

99
mesma $a'a$idade $om todos os animais Isto natur almente # o
$aso Xas, uma e0 Que a su'osição de \ol*, de Que o *ato da
$a'a$idade do so*rimento  # era e 'or si moralmente de$isio, #
*alsa, e uma e0 Que a $om'aiRão de modo algum tem a 'artir de
si uma 'ers'e$tia Que se uniersali0a normatiamente, 'odendo
sua unier sali0ação a'ena s ser eRigid a a 'artir de um 'onto de
vista moral, ter6amos Que re'ensar noamente a Questão da
in$lusão dos animais no unierso da moral, sem Querer de$idila
dogmaticamente a 'artir de nossas instituiç"es Estas, 'ois, ão
neste 'onto, em muitos $asos, sem $om'romisso 'ara uma ou 'ara
outra direção
Pro$uramos mostrar na Quinta lição Que, $om a 'erda das
'remissas trans$endentes, uniersali0ase a $om'reensão daQuilo
Que signi*i$a ser bom Esta uniersali0ação, 'or#m, 're$isa
naturalment e estar rela$ionada $om um 'redi$ado& não 'odemos
di0er, Que somos moralmente obrigados em relação a todos (isto,
então, signi*i$aria em relação a todos os seres em geral), mas
somente em relação a todos Que são de taletal maneira Signi*i$a
isto, em relação a todos os seres humanos[ E moralmente de$isi o
*a0er 'arte de uma es'#$ie biolgi$a[ Isto s 'odia o$orrer $om
base em determinadas 'remissas trans$endentes, $omo a da
histria b6bli$a da $riação (o homem *oi $riado num ^ni$o dia& ele
não era uma es'# $ie) e da tese, nela $ontida, da imageme
semeihanç adeDeus  Do $urso do 'ensamento na Quinta lição
resultou& esta obrigação uniersal eRiste 'ara $om todos os seres
$a'a0es de $oo'eraç ão Isto tamb#m $ondu0 a di*i$uldades, das
Quais ainda *alarei em bree& 'are$e $ontudo $orreto $omo
'rimeiro 'asso Lssim, $om base no *undamento do $onte^do da
regra de ouro, a moral 'odia ser $om'reendi da $omo o $on$eito de
bem, e neste sentido eu 'oderia di0er Que na moral uniersal assim
$om'reendida *orma e $onte^do $oin$idem& a totalidade daQueles
Que mutuamente 'odem $obra rse eRig]n$ias um ao outro  os
sue itosU da moral  # id]nti$a  totalidade daQueles *a$e aos
Quais somos moralmente obrigados  os VobetosU da morai G

9"
res#eito somente # 'oss6el em relação a estes seres  @ tautolgi$o
di0er& a morai do res'eito uniersal estende se a todos os seres Que
'odemos res'eitar Tamb#m Yant de*endeu Quase esta mesma
$on$e'ção, ema e0 Que 'ara ele são V*im em siU aQueles seres Que
'odem (ou 'oderiam) agir moralmente/ 'or isso a moral, 'ara ele,
re*erese, tanto subetia Quanto obetiamente, a todos os -seres
deraão&, e estendese nesta medida em 'rin$6'io 'ara al#m da
$lasse dos seres )"manos$1ele J'ensaa em anos/ hoe *alase de
mar$ianos ou assemelhados), Wue ela então tamb#m 'udesse ser
ista mais restrita do Que a $lasse dos seres humanos ( Qual
tamb#m 'erten$em $rianças v'eQuenasw, idiotas, *etos) # ura
agraante do 'roblema, Que Yant não se $olo$a
DeiRemos 'rimeiro de lado os seres humanos Que não são
$a'a0es de $oo'eração e Que, portanto, tamb#m não são sueitos de
moral, e $on$e ntrem on$s no $aso dos animais, $on$eitua i mente
mais sim'les G utilitarismo, 5c)open)a"er e *ils o*os atuai s
$omo \ol* di0em& os animais deem ser in$lu6dos, 'orQue
tamb#m eles são $a'a0es de so*rimento = Isto, 'or#m , 'erma ne$e
'uramente $omo uma tese  eR$eto em S$ho'enhauer, Que não
Quer desenoler uma moral em seu

= G utilitarismo , ao menos no a'er*e içoamen to de Bentham *oi aQui ainda mais $l aro do Que
a moral da $om'aiRão, 'orQue ele de*ine diretamente o elemento moral de tal maneira Que
ele $onsiste da maior redução 'oss6el do so*rimento, donde Bentham 'odia di0er& The
Que stion is not , Can theZ reason^ Y nor, Ca n the Z talL but Ca n 6h e suf fer 0^ _ ,An
Mn tro duc tio n to the !r inc i#i es of %or ais and Leg isl ati on' $a' 3>) 9ão me 'are$e
eidente, Que em todos os $asos onde, a 'artir de ra0"es teri$as, 'odemos admitir Que um
animai so*re, tamb#m 'ossamos so*rer (x ter $om'aiRão) $om ele e a norma então não se
estabele$eria 'or $om'aiRão Ter $om'aiRão 'are$e somente 'oss6el em animais Que
t]m uma reação diante da dor ( ?ciimerz9erhalten ) a Qual sea identi*i$el 'ara ns
'or tant o, em ani mai s er tebr ados e sobr etud o m am6* ero s 1 $om inse tos se r mais di*6 $il&
$* $ontudo - Xusil Das Fliegen'a'ierU, em& Nac hla ssz u Leb zei tei h Kamburg, 4;> [ '
 iP Pare$e me Questio nel a am'l iação sem *ront eiras da moral da $om'aiR ão em
\ol* estendendose a todos os animais, dos Quais, $om base no $onhe$imento teri$o do
seu sistema neroso, somente 'odemos adnudr Que são $a'a0es de so*rer

9
erdadeiro sentido L 'artir da minha 'osição deerse ia ar
gumentar, num 'rimeiro 'asso& a moral do res'eito uniersal eRige
Que nos $om'ortemos uniersalm ente de modo $om'as sio  9o
segundo 'asso& se desen olemos a $om'aiRão uniersalmente,
temos Que re*erila a todos osseres dos Quais a*inal # 'oss6el
$om'ade$erse G segundo 'asso 'are$e lire de obeç"es& se
desenolemos, a $om'aiRão uniersalmente, então tamb#m
're$isamos re*erila aos animais (ou em todo $aso Queles $om os
Quais 'odemos sentir/ $* a ^ltima nota) 9o entanto, do 'rimeiro
'asso *orçosamente somente se $on$lui Que ns am'liamos tanto a
dis'osição 'ara a $om'aiRão Quanto o eRige o unierso do res'eito
uniersal
Se 'or#m a dis'osição 'ara a $om'aiRão # 'rimeiro desen
olida uniersalmente no interior do mundo do res'eito, 'odese
di0er Que # somente natural não manterse nos limites deste mundo,
mas estend]la (a dis'osição 'ara a $om'aiRão) a todos os seres
$a'a0es de so*rer Por isso tamb#m 'are$e Quase eidente não
limitar aos seres humanos a eRig]n$ia de não ser $ruel/ um ser
humano Que não tem $om'aiRão 'ara $om o animais *um ser
humano sem$om'aiRão Esta eRten
são # 'ortanto eRtremamente eidente,, mas temos Que er (dis
tinguir) Que ela # uma eRtensão, e ela não segue do im'eratio
$ategri$o Eu não eo $omo se 'ode di0er mais do Que di0er Que
ela # bem eidente 9ão se 'ode mostrar, a 'artir de uma moral do
res'eito, Que ela # $om'ulsria
Pare$eme Que estas $onsidera ç"es mostram tanto em Que
sentido (at# Que 'onto) muitos seres humanos tendem a estender a
moral sem *ronteiras aos animais, $omo tamb#m 'orQue muitos
outros o negam L 'ro'osição *reQ7ente dos *ilso*os da #ti$a dos
animais, Que a resist]n$ia a esta eRtensão sea anloga  antiga
re$usa da su'ressão da es$raidão ou ao ra$ismo e ao seRismo,
somente teria um 'eso se 'udesse ser mostrado, a 'artir da Questão,
Que uma tal eRtensão # $om'ulsria / isto somente # 'oss6el a 'artir
dos duidosos 'rin$6'ios do utiii

9P
tarismo e da moral da $om'aiRão, e não a 'artir da moral do
res'eito uniersal, Quanto ao $onte^do, estreitamente rela$ionada
$om a regra de ouro e $om o $ontratualismo
Da re*leRão hã 'ou$o a'resentada resulta um es$lare$imento
natural, Que e $omo se dis$ute sobre a #ti$a dos animais
(-e$a'itulando eremos mais tarde Que a moral do res'eito
uniersal tem de *ato um n^$leo indisc"t#vel, mas Que seria
ing]nuo es'erarse Que todas as Quest"es morais 'udessem ser
resolidas de uma o" de outra maneira, $omo se *osse 'oss6el
en$on trar sim'le sment e a res'osta  'ronta no cé"$9 E em 'ri
meiro lugar eidente Que a *ormação geral 'ara a dis'osição 'ara a
$om'aiRão no interior do mundo moral estendese 'ara al#m dele
mesmo, mas não se 'ode usti*i$ar Que tenha Que ser assim 
Segundo, # eidente Que seres humanos, Que 'or nature0a são
geralmente $om'assios, tamb#m Queiram in$luiros animais na
moral En*im, em ler$eiro lugar, deemos lembrar oiie $ertos seres
humanos, sobretudo $ertas $rianças, at# t]m mais $om'aiRão $om
os animais do Que $om seres humanos (em muitas outras $rianças
eri*i$ase eRatamente o $ontrrio& uma desen*reada brutalidade
'ara $om os animais) Tale0 sea 'orQue se identi*i$am
'arti$ularmente $om a $riatura inde*esa Então # $om'reens6el
Que nos seres humanos geralmente $om'assios sura o deseo de
Querer $onen$er atodos os outros seres humanos Que não
'artilham $om tal *orça este sentimento, Que eles não #odem deiRar
animais so*rer, e isto de agora em diante 'or motios morais, i é,
$om a sanção moral
9o entanto, o Que nos im'ede de deiRar animais so*rer 'are$e
ser real e eRatamente a sanção deste sentimento (natu

< Lss im rela ta ! ;o)lberg (From Is,to GughtV, em& T isc)el$ 7ogniti9e =e9elo#ment
ami E#istemol og1' 9oa IorQue  34>3) de se" !il )o de Quatro anos de idade& Gne
nigh t I read to him a boo8 o* Es8imo li!e inoling a seal8illing e?pedition$ Ke got
angrZ during t)e storZ and said& `ou 8no, t)ere is one 8ind o* meat I ould eat
Es8imo meat ItNs bad to 8ill animals, so i*s a( $rig)t to eat them_`

9H
ral), e não a sanção es'e$i*i$amente moral Esta somente 'ode ser
deseada $omo $om'lemento, eRatamente $omo 'odem ser
deseados $om'lementarmente outras 'roibiç"es e $omo de modo
gera estaam $ontidos nos $on$eitos morais tradi $ionais muitos
$onte^dos (e obetos morais) Que eR$ediam ao dom6nio nu$lear da
moral EnQuanto isto, naQuela moral Que mant#m um $on$eito de
bem, o Qual somente se re*ere ao Querer igual ($om o mesmo 'eso)
daQueles Que 'erten$em  $omunidade moral, 'ode 'are$er $omo
arbitrrio introdu0ir $onte^dos (e obetos morais) $om'lementares
Isto #, do meu 'onto de ista, o argumento de$isio +ma
moral tradi$ionalista 'odia legitimar, a 'artir de suas res'e$tias
*ontes *undadoras trans$endentes, QuaisQuer $onte^dos
$om'lementares 9a moral Que s a'ela ainda ao $on$eito natural
de bem, a $oadmissão de seres Que de nenhuma maneira 'odem
er $om'ree ndidos $omo membros de uma $omunid ade mora #
$om'reens6el $omo obeto de obrigaç"es, mas não 'ode ser
*orçada E eRatamente da6 Que resulta a situação Que temos na
$ons$i]n$ia moral de nosso tem'o& alguns o deseam ($onsiderar
os animais na obrigação moral), outros não o re$onhe$em Se
*orem eRigidos estes $onte^dos $om'lement ares, ser dilu6do, sem
d^ida, todo o sentido de uma id#ia natural ('laus6el) de bem, a
Qual seria uniersalm ente $om'reensia, se não se tem um lack of
moral sense e nem se *a0em su'osiç"es trans$endentes Da6 a'enas
'oderia resultar um noo relatiismo/ este 'ode ser eitado, se
aQueles Que eRigem a admissão dos animais 'ara a moral $omo
obetos de obrigação deiRam bem $laro 'ara si o *unda mento de
sua eRig]n$ia e do estatuto desta eRig]n$ia& embora a $om'aiRão
*aça 'arte da moral não 'ode ela $omo tal $omo tente i mostrar,
ser o *undamento da moral, a não ser Que mudemos de tal maneira
o sentido da VmoralU, de *orma Que a admissão dos animais 'ara Va

moralU não atina eRatamente o obetio almeado , 'orQue então


não *ariam mais 'arte da moral as eRig]n$ias re$6'ro$as

9@
G ser humano $om'assio não se dar 'or satis*eito $om esta
argumentação e eu tamb#m não a$redito Que ela sea o su*i$iente
Pare$e eident e Que a brutalidade # um *enmeno unitri o e Que
$omo tal ($omo Vi$ioU) dee ser moralmente 'ros$rito L relação
homemanimal teria Que re$eber um noo es$lare$imento
Perten$emos a uma $omunidade mais abrangente de $riaturas
$a'a0es de so*rimento e tamb#m da nature0a em geral Esta
'arti$i'ação não # mora, mas 'ode ter $onseQ7]n$ias 'ara a
nossa $om'reensão da morah as Quais não 'oderão ser
su*i$ientemente es$lare$idas antes Que sea su*i$ie ntemente
es$lare$ido o $arter desta 'arti$i'ação LQui aind a estamos
diante de um enigma da nossa auto$om'reensão/ não deer6amos
tentar resol]lo atra#s de um ato de iol]n$ia 'ara uma ou outra
direção, 'orQue isto igualmente s 'ode $onen$er aQueles Que 
'ensam da mesma *orma
Em seu artigo VPre$isamo s de uma #ti$a e$ol gi$a[ ;`, +rsula
\gI6 eR'li$ a Que a $onsideração da nature0a em sentido mais
am'lo s 'ode ser $om'reendida instrumentalmente, e não
moralmente, 'orQue o Vdom6nio do obetoU da moral Vsão os seres
$a'a0es de so*rerU Com isto de'aramos $om a mesma tese
a'od6ti$a Que \ol* de*ende em seu liro Desta maneira, se o'"e
aQui sim'lesmente intuição $ontra intuição Llbert S$heit0er
de*en deu $om o seu $on$e ito do Vres' eito 'ela idaU ; ,BAchtung
9or d em LebenI< uma tese mais abrangente e *undada \ol* não
] Que ela se en$ontra na mesma ne$essidade de *undamentação
Que aQuel as teses Que Quere m am'liar o dom6nio do obeto da
moral ainda 'ara al#m dos animais Wue a $om'aiRão sea o
*undamento da moral, isto não # a'enas irre$on$iliel $om o
im'eratio $ategri$o  o

Q$ /roPla Heits$hri*t *7r 'olitis$he †8onomie und so0ialistis$he Politi8 ) \B (34:>), p$


355

; Verfall und Ciederaufbau der 3ultur (De$ad]n$ia e re$onstrução da $ultura), 34=<

9;
$on$eito V'laus6elU de bem, Ela tamb#m não se deiRa es$lare$er
a 'artir de nenhum outro $on$eito de moral diersamente
de*inido, apnão ser Que se de*ina o elemento mora diretamente
atra#s da $om'aiRão 2imos em S$ho'enhauer o Que da6 resulta
Por *im 're$iso oltarme  'ergunta& Qual o status moral Que
temos Que admiti r 'ara aQuel es seres humanos Que não são ou
ainda não são, $a'a0es de $oo'eração, e nesta medida ainda não
são 'oss6eis sueitos no interior da $omunida de moral Wuero
nisto restringirme a $rianças 'eQuenas e a *etos Conenhamos
Que # este o $aso mais sim'les
9a #ti$a $ontem'orânea, Que se o$u'a $om as Quest"es dos
animais, das $rianças 'eQuena s e dos *etos, sobressaise uma
$on$e'ção segundo a Qual a Questão ; se um ser dee ser isto
$omo obeto de obrigaç"es morais e, no $aso de Que obrigaç"es,
de'ende de $ertas #ro#riedades  de modo Que então resultem
determinadas $lasses& a $lasse dos seres Que 'odem sentir, a $lasse
daQueles Que não 'odem sentir, a $lasse daQue les Que são
ra$ionais e autnomos L$reditase Que este re$ur

so a 'ro'riedades sea a ^ni$a alternatia 'ara o 'rin$6'io Que


de*ine a $lasse daQueles em relação aos Quais somos moralmente
obrigados atra#s da 'arti$i'ação na es'#$ie biolgi$a ser
humano
Se entretanto 'artimos da id#ia Que  a 'artir de sua *orma (a
eRig]n$ia re$6'ro$a de ser bom) 'erten$e  ess]n$ia de uma moral
em geral uma comunidade de seres $o o'eratios e Q ue, ligado a
isto, tamb#m se re*ere a uma $omunidade, a $omuni dade de
todos os seres $a'a0es de $oo'eração  aQuilo Que eu denominei o
$on$eito 'laus6el de bem  então # eidente Que tamb#m se

$om'reende a in$lusão na
$a'a0es de $oo'eração moraldedaQueles
a 'artir seres hu 'ar$ial
sua 'arti$i'ação manos não
desta
$omunidade L $a'a$idade 'ara a $oo'eraç ão # naturalmente
tamb#m uma 'ro'riedade, ela $ontudo se distingue daQuelas h
'ou$o $itadas, no sentido de Que ela sim'les

9 
mente men$iona a $ondição 'ara 'erten$er a uma $omunidade, no
$aso, $omunidade moral
Entretanto, tamb#m *oi uma 'ro'riedade (não rela$ionada $om
uma $omu nidade) a 'ertença  es'#$ie  em $ontraste com a
sim'les 'ertença ou 'ertença 'ar$i al a um a ou  $omunidade
9esta orientação $om base nas Qualidades, a Questão, se somos
'oss6eis obetos de obrigaç"es morais, # $onsiderada se'arada da
Questão, se somos 'oss6eis sueitos de obrigaç"es Este 'rin$6'io
nos teri a Que lea r a um be$o sem sa6d a, sobretudo $om as
$rianças Pois, neste $aso, nos er6amos diante da alternat ia&
eR$luir $rianças 'eQuenas $omo obetos da moral 'orQue ainda não
'odem $oo'erar, ou, se deem ser in$lu6das, isso teria um ^ni$o
*undamento& 'orQue 'erten$em  es'#$ie serhumano, ou& 'orQue
são seres $a'a0es de so*rer 
G outro 'rin$6'io, tão mais eidente, ligado $omuoida de no
sentido de uma mora, e sobretudo de uma mora não trans
$endente, 'ermite $on$eber de maneiri bem diersa o siat'is moral
das $rianças Pois # eidente Que agora se diga $ada $omunidade,
na base do estado de $oisas biolgi$o e $ultural, d$ gradual
$res$imento e da a$ulturação dos des$endentes, $onsiste em 'arte
de membros e em 'arte daQueles Que ao se

en$ontran do 'elo $aminho Tamb#m a $riança 'eQue na, desde o


momento do seu nas$imento, entra num 'ro$esso de $omuni$ação
$om os membros da $omunidade, 'ro$esso Que`aos 'ou$os e sem
$ortes a lea 'or *im a ser $a'a0 de $oo'eração e a 'oder
$om'reenderse $omo membro da $omunidade e $om
res'onsabilidade 'r'ria G in6$io deste 'ro$esso ainda não #
erbal, mas $ondu0 'ara uma $omuni$ação erbal, e isto noamente
de uma maneira gradual, intuitiamente $om'reens6el mas di*6$il
de $on$eituali0ar Tamb#m animais 'odem reali0ar $onos$o
'ro$essos de $omuni$ação nãoerba6 os Quais 'or#m não
desembo$am em $omuni$ação erbal e absolutamente não, na
$a'a$idade de $oo'eração EnQuanto isto, $rianças 'eQuenas, Que 
bem $edo reali0am *ormas bem

9
es'e$6*i$as de $omuni$ação, $omo o sorrir, morrem Quando *alta
esta $omuni$aç ão 5 Por isso, $rian$as são sueitos da $omunidade
moral Que se desenolem gradualmente desde o nas$imento, e
'or este motio deem ser istas desde o in6$io como ob+etos
'lenamente lidos da obrigação moral L id#ia $omum, de Que o
nas$imento # o $orte de$isio, # tão eidente, por"e a6 de *ato
$omeça imediatamente o 'ro$esso de $omuni$ação
(Vimediatamente, não em seguidaU, 'oderseia di0er, 'orQue Vem
seguidaU ainda deiRaria aberto o in*anti$6dio Que segue ao
nas$imento),
L di*erença entre $rianças nas$idas e não nas$idas 'are$e
$onsistir no *ato de a $riança não nas$ida e*etiamente  se
en$ontrar num 'ro$esso de $res$imento, o Qual ao *inal $hegar 
$a'a$idade de $oo'eração, mas Que este 'ro$esso ainda não tem
um $arter $omuni$ atio/ a $riança ainda não V*a0 'arte f_, no
sentido de ser so$iali0ada Ela est a $aminho 'ara nas$er, e nesta

medida indiretamente, e mesmo s indiretamente, 'ara ser em seu


'leno sentido membro da so$iedade EnQuanto uma $riança  #
Vum de nsU, um membro Que est se so$iali0ando, a $riança não
nas$ida # isto a'enas nesta maneira indireta L mesma
ambig7idade tamb#m eRiste 'ara a mãe Ela 'ode di0er& V# meu
*ilho` 3, mas tamb#m& Vser meu *ilhoV Designamos a mãe e ela se
sente $omo VtomandoseU mãe 
Isto tem a er $om o *ato de Que a identidade $ons$iente de
$ada 'essoa adulta num $erto sentido s retro$ede at# o
nas$imento VEntãoU (VnaQuele tem'oU), assim $ostumase di

5 C* as 'esQuisas $onhe$idas de -en# L S' it0

> oime obetado, Que (ainda) tomandose mãe a gente +' se $omuni$a $om a $riança
não nas$ida Eu 'ens o Que então $omuni$ ação j em'regado meta* ori$a mente , um
ogo de açã o e rea ção, Que 'ar e$e *u nd ame nt alm en te di er so da man ei ra $omo a mãe
se $omuni$a $om o *ilho a's o nas$imento

=A4
0er, V$omeçaa minha idaU 9a $ontinuidade es'açotem'o ral
eu naturalmente sou id]nti$o ao *eto 're$ede nte, mas Vminh a
historiaU $omeçou $om o nas$imento Eunão 'osso Querer, Que eu
t?
tiesse sido morto Quando  estaa no mundoU / tam'ou$o eu
'osso Querer Que eu tiesse sido morto ontem ou no ano 'assado
(sem're 'ressu'ondo Que agora eu Queria ier) E $onsiderando
Que isto (e agora sem a restrição *eita h 'ou$o entre 'ar]nteses)
$omumente ale, segue do im'eratio $ategri$o, segundo o Qual
nenhuma ida nas$ida 'ode ser morta Se o *eto, ao $ontrrio,
tiesse sido abortado, 'are$eria estranho di0er& então eu teria
estado morto Pare$e mais $orreto di0er& então se teria im'edido
Que esta $riança, desde então em $ontinuidade $om minha 'essoa,
tiesse nas$ido
Por isso 'are$e $orreto Que ulgu emos a eliminação de um
*eto di*erentemente da morte de um beb] E igualmente eidente
Que isto 'or sua e0 resulta em graduaç"es, 'orQue o *eto
a'roRimase gradualmente daQuele do Qua ns 'odemos di0er& #
um de ns
Este mod o de *alar V# um de nsU # de$isio 'ara a maneira
de re*leRão moral, se *or $orreto Que moral # algo essen$ialmente
rela$ ionado $om a $omunidade  E *also $onside rar este dis$urso
$omo sendo em 'rin$6'io 'ar$ial Ele # 'ar$ial, se a $omunidade #
'ressu'osta $omo uma $omunidade 'arti$ular, e não #, se *or
uniersali0ada, i #, englobando todos os seres $a'a0es de
$oo'eração/ e isto então tamb#m $om'reende os diersos gru'os
marginais daQueles Que ão se tomando, ou  são membros
lesados Tamb#m estes são membros Este dis ` $urso 'or#m não
'ode ser abandonado, 'orQue moral , a 'artir do seu $on$eito, #
um kosmos de #Rig]n$i as re$6'ro$as , de modo Que então se *ale de
todos os seres $om uma determinada 'ro'riedade E não obstante,
tenha sentido *alar da $omunidade de todos os seres $a'a0es de
so*rer, ou de todos os seres io s ,Lebe@esen<( ou de todos os
seres naturais, e aos Quais

9
neste sentido, ns 'odemos 'er*eitamente nos sentir V'erten
$entesU, isto não # uma $omunidade moral, ou sea, uma $o
munidade Que se'oderia $om'reender $omo moral
Fa0em 'arte da $omunidade moral não a'enas os seres hu
manos mas tamb#m, o"tros seres $a'a0es de $oo'eração, se é Que
estes eRistem_ Xo entanto, est sem're 'ressu'osto Que eles
*ariam 'arte da $omunidade num sentido Que 'ossibilit aria, a eles e
a ns, nos $om'reendermos como 'erten$entes a urna $omunidade
de $oo'eração


2UCI)A LIÇ=O O antiiuminismo
Fti%o: Wege e a es%oa de RitterV
After Virtue( de Aasdair )a%nt<re

L 'arte 'rin$i'al desta lição ser dedi$ada a ema dis$ussão de


After Virtue de Llasdair Xa$lntZre Ter isto o s entido $onstrutio
de Que, na medida em Que seguirmos o retomo de Xa$lntZre,
seremos leados a Lristteles e $om ele aos $on$eitos des$urados
'or mim at# aQui e *undamentais 'ara a #ti$a da irtude, 'or um
lado 'ara a #ti$a da *eli$idade, 'or outro L dis$ussão do liro de
Xa$lntZre tem, $ontudo, em 'rimeiro 'lano uma *unção $r6ti$a
Este liro e tale0 o mais rig$sa mente 'ensado de todo um
g]nero Que reeita não s o 'rogra ma 8antiano, mas todas as
tentatias d e uma moral iluminis ta
+ma dis$ussão #ti$a $omo a Que a'resento nestas liç"es
de'ende essencialmente de um $on*ronto $om outros (em 'rin$6'io
todos os outros) 'rogramas, 'orQue ela não Quer a'enas de*ender
uma 'osição, $omo se ela *osse ou sim'lesmente *undamentada ou
de modo algum *undamentada, mas Quer es$lare$]la em sua
'retensão  'lausibilidade Podemos tomar nos $laro agora Que
este $on*ro nto tem de se dar em dier sos n6eis, Que 'or sua e0
estão ligados  nossa es'e$6*i$a situação histri$a L situação
iluminista # em 'rimeiro lugar, um resultado de um terse
tomadoim' laus6eis das #%i$as tradi

X
$ionais Isto leou, num segundo momento, a uma 'luralidade de
noas tentatias de *undamentação, Que 'odem ser denominadas
todas de #ti$as iluministas Em ter$eiro lugar, isto tinha de
$ondu0ir, 'or sua e0, a ema litera tura #ti$a Que re*lete sobre as
*alhas (su'ostas ou reais) das #ti$as iluministas e sobre as
antagens (su'ostas ou reais) daQuelas morais Que eram dadas
$omo tradi$ionais aos homens, e nas Quais o signi*i$ado do sueito
singular $omo indi6duo ainda não o$u'aa o 'rimeiro 'lano
L sustentação $r6ti$a  'ro'osta 'or mim a'resentada $omo
'rograma moderno 'laus6el ou tamb#m sim'lesment e $omo o
#rograma #lausí9el [ Que eR'us na Quinta lição, dee ter lugar, 'or
$onseguinte, $ontra toda uma s#rie de 'roetos distintos entre si
Como  ressa ltei mais e0es, a im'lausib6  ii0ação de todas as
alternat ias # um momento essen$ial do tomar $om'reens 6el a
'lausibilidade de uma moral Que não re$orre sim'lesmente a uma
eid]n$ia a'rior6sti$a
São dadas as seguintes linhas de $r6ti$as a serem $laramente
distintas entre si&
+m lugar es'e$ial o$u'a o $on*ronto $om as diersas ten
tatias Que  $omo Yant e a #ti$a do dis$ur so  não se satis*a0em
$om a 'lausibilidade do im'eratio $ategri$o, mas Que rem
re$or rer 'or ele a uma *unda mentação absoluta  ainda 'or $ima
$om a auda de um singular $on$eito de ra0ão Nesie n6el do
$on*ronto, o 'rograma das outras 'osiç"es não # reeitado em
termos de $onte^do, mas a'enas as eRageradas re'resentaç"es de
*undamentação
Todos os outros $on*rontos, ao $ontrrio, resultam numa
re*utação em termos de $onte^do dos outros ti'os de 'osição  em
mostrlos $omo im'laus6eis LQui são dados então tr]s
di*erentes n6eis&
3 Ls morais tradi$ional6sti$as  se mostraram $omo de
sa$reditada s .omo elas s 'odem re$orrer entre seus 'oss6
eis re$urso s de *undamentação a uma autoridad e, limit ase sua
eRtensão  es*era de alidade daQueles Que a$reditam nesta
autoridade Isto $ontradi0 o al$an$e do dis$urso de VbemU, o Qual
segundo seu senti do # ilimitado L l#m disto 'ar e$e irr a $6onal (no
sentido normal da 'alara) deiRar a uma autoridade o 'oder
de$retar $omo $onte^do moral tudo o Que ela Quer (e se ainda
assimdees sem aler limites 'ara a autoridade , estes teriam de ser
determinados de outro lugar) Isto não # um argumento $ontra a f*
$omo tal mas 'are$e mesmo assim ser um argumento $on$ludente,
não 'oder a'oiar as eRig]n$ias m^tuas, Que ns *a0emos na moral
sobre uma *# Constitui um s#rio 'roblema, do Qual eu não tratarei
nestas liç"es, a Questão a$er$a de $omo deemos nos $om'ort ar
$om relação a 'essoas Que mesmo assim 'ensam de maneira
moral, ainda Que tmdi $iona listi $ameni e  em ^ltima instân$i a #
um 'roblema da edu$ação adeQuada, na Qual # 're$iso Questionar

sem're tamb#m a si mesmo, $omo em toda edu$ação $orreta mas`


uma 'osição tradi$ional6sti$a $omo tal dee agora ser tida $omo
*undamen talmente desa$reditad a
= G desa* io mai s im'ortante $om Que se de*r onta o 'ro
grama 8antiano, $orretamente entendido, # o c5nf@ntc>ccrn outros
'rogramas iluministas  Quer di0er, $om aQueles Que não *a0em
su'osiç"es trans$endentais e Que não obstante não se satis*a0em
$om o $ontratualismo, Que de $erta maneira # a 'osição iluminista
m6nima Este $on*ronto # o mais im'ortante , 'orQue somente tais
'rogramas 'oderiam dis'utar $om o 'ro

grama 8antiano sua 'retensão de ser o mais 'laus6el, o melhor


1un d ame nmd o 9este n6el deese entender meu $on*ronto
$om a moral da $om'aiRão e a ela oltarei de *orma geral na
d#$ima seRta lição, em Que $onsiderarei tamb#m 'arti$ularme nte o
utilitarismo
< Xas eRistem tamb#m tentatias modernas e $ontem'o
râneas de re$usar em blo$o as #ti$as e os $on$eit os morai su
ministas Estas 'osiç"es antimodemas t]m todas o sentido de

H
$hamar a atenção 'ara *alhas Que 'are$em dadas em uma moral
es'e$6*i$amente moderna, iluminista [ $omo tal em relação a uma
moral tradi$ional6s6i$a Designarei as 'osiç"es #ti$as deste ti'o de
$onseradoras, ainda Que a 'alara Vrea$ionrioU $oubess e melhor
ao obeto em Questão, mas esta maneira de *alar teria uma
$onotação 'eoratia ino'ortuna& 'erten$e ao sentido destas
'osiç"es não tanto $onserar (conser9are ) 'rogramas
tradi$i onal*s ti$os ou tom los, 'or sua e0, *ortes, mas $riti$ar os
'roetos iluministas em *unção de *alhas Que ele s têm ou 'are$em
ter $om rela ção aos 'r ogramas mora is trad i cional#sticos$
@ im'ortante tornarse $lara a di*erença entre o Que $hamo de
'osiç"es tradi$ional6sti$as e o Que Quero di0er $om 'osiç"es
$onseradoras Wuem tem uma moral tradi$ional6sti$a acred ita na
amondade paraela igente  L ' osição $ onseradora , ao $ontrr io,
# 'or sua e0 um *enmeno es'e$i*i$amente moderno, 'orQue ela,
tam'ou$o Quanto as 'osiç "es iluminis tas, não acreana em uma
autoridade mas a'enas re*lete sobre as an tagens do autoritrio /
da6 ser ela ou instrumentalista ou nostlgi$a Ls 'osiç"es
$onseradoras não são 'r#iluministas $omo as rrad6dona *sti$as
masintiluminist 'or elas a'ontadas se en$ontram no
enQuadramento em u ma mor al e 'ressu' "em 'or seu turno a *# , #
di*6$ il er o Que elas t]m em ista 'osit iame nte, na medida em
Que não Querem sim'lesmente oltar  *#
9a Llemanha eRis te uma trad ição ininterru' ta deste ti'o
desde Kegel, e ela *oi retomada em sua ariante es'e$i*i$amente
hegel iana 'arti $ularm ente 'or 1oa$hi m -itter e seus dis$6'ulos
6sobretudo G XarQuard e K !6ibbe) 9a #ti$a anglo saRni$a
orientaç"es deste ti'o não tieram muita re'resentação dos anos
;A aos >A, tendo a #ti$a em grande 'arte ou sido utilitarista ou
re'resentada 'or autores 'rRimos a Yant $omo Kare, -als,
Dor8in e L$8erman, mas nos anos :A *e0se aler uma $orrente
Que tamb#m dee ser $ara$teri0ada
$omo $onseradora e $ua 'alara$hae # Bcommunitaria$ nisinI'
Ela se mant#m em estreita dis$ussão $om a tradição liberal de
-als e outros e não tomou a 'e$uliar direção ins
tramentali0adora, $onstatel 'arti$ularmente na Es$ola de -itter
Como re'resentantes, bastante di*erentes entre si, 'ode se nomear
es'e$i*i$amente $ Sande i, Ch Talor e tale0 $omo a *igur a de
maior destaQue L aelntre$
Es$lareçamos de sa6da no Que $onsistem as $om'reens6eis
di*i$ uldad es em Que se en$ontra m o $on$e ito 8antiano e tamb#m
as demais 'osiç"es iluministas *rente a uma moral tra
di$ional6sti$a 9uma moral tradi$ional6sti$a o indi6duo en
$ontrase 'rotegido $omo a $riança na *am6lia Ele não se ]
entregue a si mesmo $omo indi6duo Ele não 're$isa re*letir
sobre as normas morais, mas elas lhe são dadas  Isto eR'li$a 'or
Que 'ara todos os $r6ti$os do iluminismo #ti$o estes tr]s 'ontos de
ista o$u'am o 'rimeiro 'lano& ! G indi6dim 'are$e 'erten$er de
uma *orma VnaturalU  $omunidade  )' L autonomia do indi6duo
não o$u'a uma 'osição de destaQue  < W Que # bom # dado de
antemão Ll#m disto autores $omo XaelntZre *arão aler Que o
indi 6duo nem tem re$ursos de *unda menta ção 'ara um $on$ei to
de moral/ e a de'lorel situação relatiista em Que nos
en$ontramos hoe não mostra, assim se 'ode 'erguntar, Que o
'roeto ilummista de *ato *ra$assou[
Dedi$ arme ei a esta 'ergunta segui ndo XaelntZre  -e*li
tamos $ontudo ini$ialmente sobre os tr]s 'ontos re$#mmen
$ionados Todos eles 'are$em resultar em Que uma moral
tradi$ional6sti$a # mais *$il e in$ontestada 'ara o *iel 9ão
teremos de $ontra'or a isto Que, embora isto sea erdade, $on
tradiria ainda assim o sentido tanto do dis$urso de Vbom`_ Quanto
de todas as a*irmaç"es $om 'retensão  uniersalidade, não estar
dis'osto a Questionlas[ Lt# 'ode ser de *ato, e sob rios
as'e$ tos, uma eRist ]n$ia mais in$on testa da, ier em uma moral
Quase in*antil, em Que 'odemos a$reditar ser 

;
'res$rito $omo se dee ser, mas nos somos a6nda assim seres
autnomos, e tanto no 'ro$esso histri$o Quanto no desenol
imento indiidual atingim os um estgio no Quai nos de*rontamos
$om a es$olha de assumir nossa situação, $omo ela #, ou de
regredir Xesmo Que *osse iel mostrar Qee no iluminis mo
seria 'oss6el ainda a'enas o $ontetiialismo e nen)"ma mora no
sentido 'r'rio [ seria então esta nossa situação A *# não se deiRa
instrumentali0ar
7omo *i$a agora a $r6ti$a $onseradora, $omo *eita  'or
(egel, mas tamb#m no com"nitarismo, de "e a moral il"mi nista
# indiidualista[ K autores Que '"em em Questão a 'res
su'os ição indiid ualist a do 'onto de ista so$io histr i$o, e é
naturalmente $erto Que o indiidualismo # um *enmeno moderno
e est ligado ao sistema s$ioe$onomieo do $a'italismo Se
'or#m, $o m esta indi$ação, s e Quer $olo$ar em Questão o 'onto de
'artida 'rin$i'al baseado no Querer dos indi6duos na moral
il"minista  a obeção soaria igual $ontra todas estas morais,
inde'endent emente de se 'ensar de modo `8antiano, utilitarista ou
sc)open)a"eriano $ometese um so*isma gen#ti$o Da mesma
maneira # erdade Que determinadas $ondiç"es s$ioe$oemi$as
'odem ser 'ressu'ostos em'6ri$os 'ara Que 'ossamos $olo$ar
*unda menta lmente as Quest"es #ti$as, assim $omo deem estar
satis*eitas determinadas $ondiç"es gen#ti$as, se um indi6duo, '
eR, de e 'oder a'ren der a $ontar G *ato Que uma $ria nça
're$isa ter urna $erta idad e, 'ara 'oder $ontar, não relatii0a o
$on$eito de n^mero Tam'ou$o relatii0ase o dis$urso de
VbomU, urna e0 entendido Que a isto est ligado não so um eRigir
mutuo, mas uma 'retensão uniersal, e Que o re$urso ^ltimo de
todos os $on*r ontos morais somente 'ode re'or tarse  onta de

dos indi6duos
L obeção de Que se 'ressu'"e uma determinada, een
tualmente modi*i$ada, imagem de homem, Quando se $olo$a a
Questão #ti$a *undamentalme nte  sem 'remissas trans$endentes 
'are$e $orreta, se se tem ante os olhos $omo ^ni$o
resol tado 'ensel o $ontr atual ismo (este 'ress u'"e de *ato Que
$ada um se interesse a'enas 'or si mesmo)  obeção não ale,
'or#m, se o re$urso  ontade e em ^ltima instân$ia  autonomia
do indi6duo tem aQuele sentido metodolgi$o sem o Qual normas
dadas não 'odem de maneira alguma ser Questionada s Em geral se
im'uta aQui *alsamente Que o re$urso  autonomia do indi6duo
im'li$a assumirse ser o indi6duo um ser 'r#pso$ial e $omo se o
so$ia l então s *osse 'ensel, $omo # o $aso no $ontrat ualismo,
$omo uma $oo'eração instr ument al G sentido metodol gi$o do
re$urso  ontade dos indi6duos  todos os indi6duos  e sua
autonomia # a'enas, de Que não se a$eite nada $omo sim'lesment e
dado& o indi6duo dee 'oder a'ro'riarse $ons$ientemente de seu
ser so$ial, do Qual # admitido inteiramente 'erten$er
essen$ ialme nte a ele, mas ele dee tamb #m 'oder re$uslo na
medida mesmo em Que o re$onhe$e $omo ileg6timo ou não 'ode

identi*i$arse $om ele G signi*i$ado metodol gi$o do re$urso


iluminista aos indi6duos re'ousa a'enas em ser a ontade dos
indi6duos a ^ni$a base não trans$endente de a'elação 'ensel a
'artir da Qual 'ode ser *undamentado algo 'rti$o 9ão reside
nist o Que os indi6duos não 'ossam ustamente $onhe$er Que
relaç"es so$iais e intersubetias 'erten$em  sua 'r'ria
auto$o m'reen são ^ ltima L ^ni$a $oisa Qu e # eR$lu6da em termos
de $onte^do )ara uma 'osição ilumi nista # Que os indi 6duos 
$omo Quer Kege! re$onheçam uma entidade su'ra indiidua!
aliosa em si e somente da Qual eles, os indi6duos, deeriam
re$eber seu alor / isto est eR$lu6do, 'ois desde onde 'oderia, sem
'remissas tran s$endentes, ser legitimado em sua alide0 o
'retenso alor 'r'rio deste todo, Que seria mais do Que a soma
das 'artes[ Como tal ele s 'oderia ser 'osto arbitrariamente, e o
argumento, de Que uma $on$e'ção assim bene*i$iaria usto os
indi6duos, 'orQue sua ida, ao se entenderem $omo 'arte de um
todo, seria mais *$il, 'orQue mais 'rotegida e inQuestionada, #
'e$uliarmente torto, 'orQue neste $aso noamente seriausto um
determinado alor dos indi6duos mes


mos, a Que se a'elarla, mas Que 'or sua e0 não serialegitimado
Com isto não se Quer negar as $onsidereis di*i$uldades Que
o iluminismo a$arreta, sobretodo Quando ele determina a
$ons$i]n$ia geral e a $ultura $omo um lodo, di*i$uldades Que
'oderiam tomarse tão grandes, a 'oeto de 'oder destruir a $ultura
Xas não se 'odeanular o iluminismo, a6nda menos $om
argumentos instrumentis, Que são 'or sua e0 iluminis tas, mas
não mais morais Como, 'or#m, o iluminismo a$arreta estas
di*i$uldades, e um eQuil6brio do indi6duo em sua relação $onsigo
e $om as normas na *ase da autonomia, s # 'oss6el num n6el
mais eleado da re*le Rão, os argum entos $onserad ores oltam
sem're de noo $omo ondas e en$ontram uma $om'ree ns6el
ressonân$ia
Lntes de me dedi$ar ao liro de Xa$lntZre, a'resentarei
ra'idamente, $om base em algumas 'alaras$hae, as 'osiç"es de
Kegel e da Es$ola de -itter, 'orQue uma real inter'retação no
$aso de Kegel nos learia demasiado longe e $om relação  Es$ola
de -itter não 'are$e su*i$ientemente 'rodutia 3
Lgrande 'alara$hae de Kegel # Veti$idade U L 'alara
VmoralidadeU ele a reserou 'ara o $on$eito moral 8antian o, $ua
$ara$ter6sti$a 'arti$ular ele ia no *ato dela ter seu 'onto de
'artida na sim'les subetiidad eU Em $ontra'osição, a eti
$idade re'resenta 'ara Kegel uma moralidade, $uas normas são
istas 'elos membros da $omunidade, essen$ialmente $omo dadas
em sua alidade 9a Fenomenología do es#írito

3 Com relação a Kegel, $* minhas eR'osiç" es em ?eíbsbe@usst sein and ?c^'b$^+best im$ mung(
' <?; s Eu eR' us det alh ada men te e $ri tiQ uei as $on $e 'ç" es #ti $a s $e Keg el, dos seu s
'ri mei ro s es$ rit os at# a Fil oso fia do_ dir eit o( em uma 'releção reriinense Die Ethi8 bei
Kegel und XarRU (semestre de inerno 34:A%:3{

=34
Kegel ainda 6a a eti$idade ligandose  $ons$i]n$ia moral grega
'r#so* 6sti$a, a'roRimadamente no sentido daQuilo Que $hamei de
moral tradi$ioeal6sti$a Xas em suas obras tardias, a Filosofia do
direito e a Enciclo#*dia , a Veti$idade ; se en$ontra
sistemati$amente atrs da VmoralidadeU, $om o Que ele Quer di0er
ao mesmo tem'o Que 'ode eRistir uma eti$idade su'erior 
moralidade no sentido 8antiano e Que ela 'assou 'ara al#m, L
id#ia de Kegel # Que a eti$idade assim entendida, de a$ordo $om
seu 'roe to teri$o, une a subetiida de da l6 ber dade $om a
-ob+etividade& (ser dado) dos $ostumes Xas ele entende o
obetio, então o Estado, $omo o Vsubstan$ialU ,Filosofia do
direito ,  =;>s) e os indi6duos $omo seus Va$identesU ( 3?;)
Ls Vinstituiç"esU do Estado são Vas leis eRistentes em e 'ara siU,
Quer di0er, elas alem in$on di$iona lment e& elas 'ossuem Vuma
absoluta autori dade e 'oder in*init amente mais slidos do Que o

ser da nature0aU
liberdade, Kegel ( 3?5) Ge assim&
es$lare$ Que se V9o
dee deer
então oentender ainda
indi6duo se 'or
liberta
'ara a liberdade substan$iaiU ( 3?4) VL erdadeira atitude
moralU # Va $on*iançaU (no Estado e suas instituiç"es)
(Enciclo#*dia ,  ;3;) Lssim a 'essoa Vreali0a sem a re*leRão
seletia ([) seu deer  ,Enciclo#*dia'  ;3?) L VirtudeU # Va
sim'les adeQuação do indi6duo s obrigaç"es do $onteRto so$ial
de Que *a0 'arte, lealdadeU ,Filosofia do direito'  3;A)
Das id#ias h 'ou$o desta$adas da #ti$a $onseradora, Kegel
de*ende, 'ois, 'rimeiro  em seu $on$eito de eti$idade e nas
$ara$teri0aç"es da6 resultantes de irtude, deer, et$ o ser dado
das normas Em segundo lugar, ele de*ende uma tese eRtrema da
'rioridade do so$ial sobre o indiidual, a Que não se at]m mais os
atuais neohegelianos& a) Que o dado (2orge gebene) não # s os
$ostumes, et$, mas Vo Estado, e b) Que o Estado # o todo
substan$ial, Que os indi6duos deem ser $on$ ebidos $omo
a$identes  VQue o indi6duo sea, # indi*erente  eti$idade
obet ia, sendo soment e esta o 'erma nente e o 'oderU ,Filosofia
do direito ,  3?; adendo), $) ao $ontrrio dos
hegelianos alemães $ontem'orâneos, Kegel nun$a *undamenta sua
'osição, ao menos eR'li$itamente, $om o ganho instrumental Que
dela resultaria 'ara os indi6duos ER'li$ita mente ele a *undamenta
a 'artir desen sistema& unidade de subeti idade e obetiida de
Sem d^id a, na $ir$unstân$ia de a dita obetiidade de *ato se
impor "nivocamente,, $omo se 'ode er nas $itaç "es, 'odese
veri!icar certamente uma admiração adi$ional 'or 'oder e
realidade, e # di*6$i l er $omo seria a este n6el um erdadeiro
eQuil6bri o entre subetiidad e e obetiid ade (num outr o n#vel,
mais adiantado, a6nd a o en$ontraremos mais tarde em Kegel),
Kegel estaa, $ontudo, desde o ini$io de seu *iloso*ar, $onen$ido
Que o mundo moderno seria determinado 'or uma i*$ ra'turaU entre
o subetio e o obetio e Que se trataria de re$on$iliarf estes =
Gs $on$eitos de ru'tura e re$on$iliação *oram então reto
mados em uma noa e 'e$uli ar ersão 'or Moaç)im Ritter$ Sua
'alara$hae di0ia -reconciliacão de 'roeni]n$ia e *uturoU
EnQuanto os o'ostos Que Kegel a$ha se'arados e Quer uni*i$ar se
en$ontram bem *undamentado s em seu 'roeto sistemti$o, a
'osição sistemti$a dos $on$eitos de 'roeni]n$ia e *uturo # ainda
'ou$o $lara Deese er aQui Que -itiere sua es$ola não 'ensam
mais, em absoluto, sistemati$amente, mas a'enas ainda
histori$ame nte, $aso ainda se 'ossa *a0er isto, de algum modo, em
*iloso*ia VProeni]n$ia est 'ara tradição, V*uturoU 'ara
'rogresso, e o 'rogresso não # mais, $omo no ilumi nismo
entendido moralmente, $omo 'rogresso de uma $ons $i]n$ia
moral es$lare$ida e do bemestar dos seres humanos, mas a'enas
ainda $omo 'rogresso da e$onomia moderna/ s id#ias 'ol6ti$as e
so$iais da modernidade a'enas são entendidas ainda $omo aneRo
da e$onomia moderna e não são mais

= C* Di**eren0 des ic)tesc)en and 5c)ellingsc)en 5stems der Philoso'hie \er8e
(Suhr8am'k ‡! ' =A==
$onsideradas 'or sua e0 aloratiamente Isto $orres'onde a uma
$om'reensão, $omum hoe em dia, de V'rogressoU, $omo Quando
se *ala de 'a6ses VdesenolidosU e VsubdesenolidosU Xas o
$ara$ter6sti$o do 'rograma de -itter e de sua es$ola # terem
*e$hado os olhos 'ara a 'roblemti$a moral es'e$i*i$amente
moderna, o Que tem $omo $onseQ7]n$ia Que agora o alioso mo
todo # deslo$ado 'ara a V'roeni]n$iaU Este #, 'ortanto, o sentido
do dis$urso sobre ema Vre$on$ilia_ ção de 'roeni]n$ia e *uturoU
L 'arte da relação $om a 'roeni]n$ia # 'ara $onsistir 99 $ultio
das tradiç"es G $ultio das tradiç"es # entendido $omo
V$om'ensação U das * alhas do 'rogresso t#$ni$oeeonmi$o <
Esta $on$e'ç ão natur almen te  nas$eu morta Pois 'or mais
im'ortante Que sea a mediação das muitas tradi ç"es $ulturais
'arti$ulares $om a $ultura uniersal da modernidade, ela # ainda
assim ustamente im'ossibilitada, se se ignora 'rimeiro o
$om'onente moral da modernidade $omo tal e segundo, se não se
] Que a tare*a moral 'rimria da modernidade $onsiste na
substituição, a ser entendida 'or sua e0 moralmente, não de
tradiç"es, mas de seu $arter de alidade tradi$ion al6s ti$a Pois
$omo 'odem as diersas $ulturas se entender moralmente entre si,
se tierem $omo ^ni$a *onte moral sua tradição 'arti$ular[
Xas, em nosso $onteRto, o im'ortante # o $om'leto esa
0iamento de $onte^do do elemento moral, im'li$ado 'or esta

< C* a"i es'  G ar"ard$ V„ber die fnvermeidiic)Peit der .eistesissens$ha*ten
(3 4:5) e min)a $r6t i$a em meu artigo -Die .eistesiss ens$ha*ten als Lu*8lq
rung sis sens$ ha*t en !hi los o#h isc heA ufs ae tze ' ?;<s L 'ro'sit o do conceito de
$om 'en saç ão em -it ter  Xar Quard e L>bbe, $* .  Lo)mann$ .]eoPonse rvative
Ant6orten au* moderne 5innverl"ster!a)r"ngenN@ in& - Faber 1ed$9$ 3o nse nat is$ mus in
:eschichte und :egen@art' \7r0burg 3443
$on$e'ção Este esa0iamento  est esboçado no $on$eito
hegeliano da eti$idade, de a$ordo $om a Qual a irtude $onsiste na
Vsim'les adeQuaç ão do indi6duo aos deeres dasituação a Que
'erten$eU 2irtude não $onsiste 'ortanto numa 'ostura de
'rin$6'io, inde'endente da situação G ^ni$o re$urso 'ara de
terminar uma tal 'ostura $onsistia 'ara Kegel na moralidade
8antiana sobre a Qual ainda deerseia $onstruir a eti$idade
Faltando este re$urso, resta somente o Que $itei h 'ou$o de
Kege! 9a medida então em Que na Es$ola de -itter o elemento
moral ou #ti$o não # mais de modo algum um tema sistemti$o
em si, mas sim' lesmente est 'ara o Que nos # dado 'ela 'ro
eni]n$ia  'elas tradiç"es não se $ontra'"e s morais ihi
minis tas uma moral $onser adora , mas se trans *igur a o dado em
si, não 'or ser isto ou aQuilo (ou 'or se a$reditar numa autoridade
$orres'ondente), mas #or5ue # dado' Como *oi 'oss6el *iloso*ar

assim naKermann
autores Llemanha
!7bbe'sna0ista,
es$la re$e 'ermane$e o segredo
no mani*e sto destes
'edag gi$o V4
Teses& Corag em de Edu$arUf& V2oltam o nos $ontra o eQu6 o$o
de Que a es$ola 'oderia tomar $rianças V$a'a0es de $r6ti$aU, na
medida em Que ela as edu$a 'ara não deiRarem aler sem
Questionar nenhum dadoU ?
Como não h, tanto Quanto sei, nenhuma tentatia no âmbito
da Es$ola de -itter de submeter a #ti$a iluminista  sea na
es'e$6*i$a ersão 8antiana, sea num sentido mais am'lo  a uma
$r6ti$a, muito menos de desenoler uma alternatia, ela não
o*ere$e nenhum 'onto de re*er]n$ia 'ara uma dis$ussão
sistemti$a Lo $ontrrio, en$ontrase uma $r6ti$a abrangente
   Y Y ZZZZ 
Y Y Y Z
Y Y 

da #ti$a iluminista, unto $om uma tentatia de $hegar a uma


alternatia 'or meio de uma re*leRão hist ri$a, no liro Afte r
Virtue de Llasdaire Xa$IntZre Este liro mere$e uma dis$us

Q$ C* minha $r6ti$a detahada em Eií k @id !ol iti k , #ra&-urt 344=, ' 3>=5

; !ondres 34:3 Eu $ito 'ela segunda edi ção inglesa (34:;)

P
são minu$iosa L dis$ussão $om Xa$lntZre $ondu0ir histori
$amente a Lri stteles 5 e sistemati$amente ao $on$eito de  irtude`
Finalmente eremos Que a #ti$a iluminista mesma dee ser
am'liada $om o re$urso ao $on$eito de irtude, de um modo $omo
ela  *oi a'ro*undada 'or Ldam Smith_
Xetodologi$amente Xa$lntZre se en$on tra mais 'rRi mo da
tradição alemã Que da #ti$a anglosaRoni$a& ele # da o'inião,
'rimeiro, Que toda moral dee ser entendida histori$ amente e
segundo, Que se dee er Ioda moral a'ena s $omo a moral de seu
tem'o e isto Quer di0er so$iologi$amente $omo moral e uma
$onstela$ão so$ial determinada& duas 'ressu'osiç"es bastante
Questioneis
De $erta *orma eu tamb#m abordo a 'roblemti$a #ti$a $omo
histri$a e tamb#m $on$ordo $om a $ara$teri0ação mais geral
*eita 'or Xa$lntZre da situação histri$a em Que nos en$ontramos &
nosso 'resente $ara$teri 0ase 'or não sermos mais  isto Xa$lntZre
] $orretamente $ontra Kegel e os neohege lianos alemães 
determinados 'elo dado e nos $om'reendermos em ^ltima
instâ n$ia indi iduali sti$am ente Xinha aali ação desta situa ção,
$ontudo, $ontra'"ese  de Xa$lntZre, e assim tamb#m #
$ontra'osta a $onseQ7]n$ia Que resulta 'ara a re*leRão #ti$a
Lalio 'ositiamente a situação da autonomia indiidual, e
're$isamente s 'ela 'ro*undidad e Que a 'rob le mti$a da
*undamentação da moral adQuire $om isto& ela nos obrig a a
$olo$ar o 'roblema da moral inde'endente de 'remis sas
tradi$ionalmente dadas Xa$lntZre a aalia negatiamente, 'orQue
ele # da o'inião Que não eRiste um $on$eito do bem moral
inde'endente de tradiç"es e *unç"es dadas

5 C* D#$ima segu nda e D#$ima te r$eira iiç"es 

> C* D#$ima 'rimeira l ição

: C* D#$ima Quinta l ição

H
Este enQuadra mento so$ial do elemento moral a'are $e no
in6$io do liro $omo sim'les tese, sua *undamentação # dada 'or
Xa$IntZre mais tarde Ela se baseia em uma inter'retação
es'e$6*i$a da tradição aristot#li$a e num $on$eito *un$ional do
bem Linda teremos de oltar a isto
Xa$IntZre $riti$a, 'ortanto, os modernos $on$eitos morais
indiiduai6sti$os, elo sim'lesmente a 'artir de um 'rograma
di*erente, a ser então 'ressu'osto $omo dogma, mas a $r6ti$a
resulta 'ara ele internamente, segundo a 'retensão& as res'e$tias
#ti$as atoais e então tamb#m as #ti$as iluministas 'assadas
mostramse, assim 'ensa ele, não a'enas $omo in$oerentes em si,
mas $omo restos de 'osiç"es anteriores, Que leam em ultima
anlise  tradição aristot#li$a L isão de Xa$IntZre da histria da
#ti$a #, 'ois, uma isão es'e$i*i$amente teri$ode $adentista,
semelhante em 'rin$6'io  isão de Keidegger da histria do ser

Xesmo Que eu diga Que tamb#m minha isão # histri$a,


ainda assim ela naturalmente não o # tão *undamentalmente $omo
a de Xa$IntZre Para mim, $omo 'ara QualQuer #ti$a iluminista, o
es'e$6*i$o de nossa situação histri$a # Que ela 'ermite e obriga a
$olo$ar o 'roblema da moral de *orma ahis

trie a, uma $on$e'ção Que dee naturalm ente 'are$er absurda a


Xa$IntZre, se toda moral # re*erida a tradiç"es
Ser, 'ois, im'ortante agora es$lare$er a maneira $omo
Xa$In tZre desen ole sua histr ia da de$ad ]n$ia  Podem os er
$laramente de in6$io Quão di*6$il # uma tese tão *undamenta l
a$er$a da unidade de moral e de $onstelação so$ial, bem $omo da
moral e da histria, tal Qual ele a de*ende 1 a'ontei na 'rimeira
lição 'ara o *ato de ser *$il entender o Que signi*i$a es$lare$er
so$iolgi$a e histori$amente uma moral na ter$eira 'essoa  assim
ela a'arentemente se deiRa desmas$arar e relatii0ar , mas Que #
di*6$il se re'resentar, $omo se 'ode *inalmente $om'ree nder
so$iolgi$a e histori$amente, 'or seu turno, aQuela moral, a Que se
a$redita 'oder re$orrer $om *undamento (na 'rimeira 'essoa)
Linda eremos at# Que 'onto Xa$IntZre 'de a$reditar Que
'elo menos a tese so$iolgi$a 'oderia ser sustentada na sua
argumenta ção (sua teoria dos #ractices ) Xas ao $ontrrio, Quando
argumenta, ele abandona sem $omentri o a tese histri$ a Xa
segunda 'arte do liro ele ir ainda assim delinear, se bem Que
seguindo a tradição aristot#li$a, um 'rograma 'r'rio do elemento
moral, das VirtudesU 9esta modi*i$ação do histori$amente dado
no aristotelismo ele se deiRa agora guiar  *orça, sim'lesmente 'or
suas 'r'rias intuiç"es Este ^ltimo 'asso de sua histria da
de$ad]n$ia não # mais um 'asso histri$o Tamb#m nisto
assemelhase sua historiada de$ad]n$ia $ertamente $om aQuela da
de$ad]n$ia do ser de Keidegger Em ambos os $asos o retomo
o$orre não 'ara uma idade de ouro  srcem não # de$isia $omo
tal e sem modi*i$aç"es, mas # 'or sua e0 $orrigida em *unção do
'resente Este 'asso em Xa$IntZre não se mostra 'roblemti$o

somente
Pois, $omono ele
$onte^do,
se at#m,mas  em 'rin$6'io
ao menos e metodologi$amente
no eR'l6$ito,  tese histri$a,
este ^ltimo 'asso # dado sem a $orres'onde nte re*leRão e eR'"ese
'or isto  obeção de Que # arbitrrio
Xas # ustamente a arbitrariedade dos 'ontos de ista Que
Xa$IntZre a$redita 'oder desta$ar $omo $ara$ter6sti$a da
$ons$i]n$i a moral atualmente eRistente  L atual $ons$i]n$ia morai
e seu re*leRo na *iloso*ia # 'ara ele a eta'a *inal da histria da
de$ad]n$ia 9ão temos mais, 'ensa ele, um 'rograma moral
unitrio, a 'artir do Qual 'ud#ssemos argumentar Xa$IntZre
'ro$ura re*orçar esta`tese em tr]s n6eis 9o 'rimeiro, ele d
eRem'los de res'ostas $ontraditrias a Quest"es morais de nosso
tem'o, Que ele $onsidera sem solução Esta insolubilidade dos
'ontos de ista morais tem  este # o segundo n6el  sua
$orres'ond]n$ia *ilos*i$a no emotiismo, e da6 tamb#m no
eRisten$ialismo 9um ter$eiro n6el, esta desorientação #
ali$erçada numa inter'retação da realidade so$ial, na Qual, segundo
Xa$IntZre` não stodas as relaç"es humanasse redu0em 
mani'ulação, mas at# mesmo a$aba esQue$ida a di

;
*erença entre uma relação instrumental entre seres humanos e uma
nãoins6ramental, em Que seres humanos seriam res'eitados $omo
*ins (R =<)
Wuero o$u'a rme ra'idam ente de $ada uma destas tr]s ob
eç"es Gs eRem'los Que Xa$lntZre dã $omo 'ontos de ista
morais $ontraditrios re*eremse a 'a$i*ismo, aborto e crité rios
o'ostos de ustiça  Su'onhamos Que estas $ontro#rsias seam de
*ato tio insol^e is $omo 'retende Xa$ln tZre& o Que estari a com
isto demonstrado[ L tese *orte da arbitrariedade dos 'ontos de
ista morais, Xa$lntZre não 'oder ia ter demons tradocom a
$onstataç ão de Que algumas Quest"es na dis$ussão $ontem'orân ea
são $ontroersas, mas de Que todas o sãok ou todas as im'ortantes
Xostrarei mais tarde Que aQuelas $on$e'ç"es o'ostas de ustiça,
na modernidade, men$ionadas 'or Xa$lntZre, re'ousam 'or seu
lado sobre uma su'osição de direitos iguais, Que lhes # $omum (
4
di*er ença de $on$ei tos tradi$ ional istas de usti ça)  Em geral
'odese di0er& um 'rin $6'io $omo o 8antiano do res'eito
uniersal im'li$a Que uma s#rie de 'ossibilidades são eliminadas
$omo imorais/ ele não 're$isa, no entanto, $onter um
'ro$edimento 'ositio de de$isão $om'leto Isto signi*i$aria
então Que 'ode eRistir uma $om'reensão moral moderna
inteiramente unitria , Que em suas margens deiRa ria, 'or#m, em
abert o Quest" es im'or tante s L$redi to Que isto $orres'on de 
realidade da $ons$i]n$ia moral moderna Wue eRista na
modernidade um n^$leo essen$ial da moral Que em todo $aso #
in$ontroerso  antes mesmo da muito di*undida su'osição *orte
8antiana  'are$eme alis eidente& # o do $ontratualismo @
t6'i$o Xa$lntZre não se o$u'ar no liro inteiro da moral
$ontratualista Como ela $onstitui um n^$leo essen$ial $omum de
todas as morais, a tese de Xa$lntZre da histori$idade *undamental
de toda moral *i$aria

W$ 2F%ima oitaa lição


$om isto 'elo menos 'ar$ialmente re6atii0 ada desde o $omeço
Para al#m deste n^$leo essen$ial 'are$e eRistir ainda um largo
$onsenso, no sentido do 'rin$6'io 8antiano, $omo se 'ode er, '
eR, na $on$ordân$ia, ao menos erbalmente uniersal, sobre 'elo
menos uma 'arte dos direitos humanos Tamb#m os direitos
humanos nlo sao men$ionados 'or Xa$IntZre em seu liro
Curiosamente Xa$IntZre o$u'ouse 'ositiamente (' 3?=)
do *ato de ema insol^el $ontradição, onde ele trata dos 'rogramas
morais tradi$ionalistas, sobretudo na eR'osição da moral na
Ltenas $lssi$a, e eie não nos re ela'or Que ele mede neste
sentido a moral moderna e a tradi$ional usando duas medidas
di*erentes  Ll#m do mais terseia es'erado Que Xa$IntZre de'ois
de ter desenol ido seu 'r'rio 'rograma moral , orientado 'or
Lristteles, tiesse mostrado Que este 'rograma 'ode resoler as
di*erenças Que *i$am em aberto na modernidade Como não o *a0
 e tamb#m # *$il de se mostrar Que isto nem # 'oss6el
'ermane$em $omo tais as di*eren ças 'or ele desta$adas, Que não
*i$am em aberto, s 'ara a $ons$i]n$ia moral $ontem'orânea, mas
re'resenta m leg6timas Quest"es abertas
LQui 'osso 'assar logo 'ara o ter$eiro n6el da $r6ti$a de
Xa$IntZre  modernidade Podese *a$ilmente $on$eder a
Xa$IntZre Que na ida moderna , $omo ' eR na buro$rati0a ção,
'arti$ularmente desta$ada 'or Xa$IntZre, tanto Quanto na
e$ono mia $a'it alista , tomam se 'redo minant es o agir instru 
mental e mani' ulati e Xas segue disso a tese gener ali0a dora,
Que Xa$IntZre $onstri a 'artir da6, de Que a $ons$i]n$ia moderna
'erdeu o sensorium 'ara a di*erença entre um $om'ortamento
instrumental e outro, em Que as 'essoas são res'eitadas $omo
Tins em siU[ G moderno dis$urso sobre direitos humanos, ' eR,
nem # intelig6el sem esta distinção Lt# Que 'onto 'ode
Xa$IntZre assumir tamb#m Que o leitor de seu liro 'ode
entender o 'roblema, 'ara o Qual ele a'onta


*a$e  eRtensa instrumental i0ação de nossa ida e $om'ortament o,
se ele não deiRa de ser *ilho do sen tem'o[ Em soma, 'or Que ele
mesmo o entende[ 9ão se de e antes di0er Que o Que # isado na
abreiada *rmula 8antiana do homem $omo m em si #
're$isamente tim 'rograma es'e$i*i$amente moderno[ Seria
a'enas 'or a$aso Que ns nos entendemos a este res'eito $om uma
*rmula 'roeniente de Yant[ Se isto # assim, então ã se 'ode
ante$i'ar agora, Que Xa$lntZre na realidade *a0 uso de um
'oten$ial moral es'e$i*i$a mente moderno, Que ele não 'oder mais
eliminar no retomo  tradição aristot#li$ a
G emotiismo, de Que Xa$lntZre trata no segundo n6el de
sua $r6ti$a, $onsiste na tese, desenolida 'arti$ularmente 'or
LZer e Steenson, de Que, Quando desig namos algo de bo'i e
es'e$ial de moralmente bom,Queremos $om isto di0er& VE' o
a'roo/ *a0eo tamb#mU 1u60os de alor deem eR'ressar, de
a$ordo $om o emotiismo, 'or um lado, o 'r'rio sentimento
*aorel e, 'or outro, indu0ilo naQueles a Quem se *ala 3A
LQui Xa$lntZre obeta $om ra0ão (' 3<) Que na a'roação #
$olo$ada uma 'retensão obetia de ser *undamentada e Que
aQuele Que ulga moralmente nun$a se $om'reende $omo estando
a eR'ressar uma 're*er]n$ia subetia Inusta, ao $ontrrio, # a
obeçã o ulterior sem're *eita ao emotiism o de negar o *ato de
argume ntaç"e s e *undam entaç "es morai s L tese subetia do
emoti ismo se re*er e somen te aos 'rin$6'i os de um deter minado
'rograma moral, e a Questão a$er$a de $omo se 'ode argumen tar
entre os 'rin$6'ios de diersos 'rogramas morais # uma Questão
Que eu $onsidero, sem d^ida, $omo de *undamental im'ortân$ia,
mas Que em outras #ti$as Quase não # $onsiderada, e nas morais
tradi$ionalistas a Que Xa$lntZre re$orre, de *orma alguma

3A C* em es'e$ial o *undamental artigo de Ch Steenson The Emotie Xeaning
o* Ethi$a6 TernisU )ind 8P re'rodu0ido em: Ste/enson #a%rs and Values' 8;P, ( \
\$

==4
Xa$IntZre 'ro$ura então in$or'orar sua $r6ti$a ao emoti
ismo  sua $r6ti$a  $om'reensão moral $ontem'orânea, de tal
maneira Que ele a*irma deer o emotiismo ser entendido $omo
re*leRo da $om'reensão moral arbitrria de hoe Ele se teria, oo
entanto, entendido mal a si mesmo, na medida em Que $onsidera
sua tese 'or uma inter'retação adeQuada de u60os morais em geral,
mesmo de outros tem'os, em Que eles ainda não teriam tido sua
'retensão normal  *undamentação Isto não # $a'a0 de $onen$er,
'ois da 'ers'e$tia do emotiismo se 'oderia obetar eRatamente
Que todos os 'rogramas morais mais antigos tinham a'enas uma
'retensão 'ar$ial  *undamentação e 'ressu'unham seu 'rin$6'io
sem *undamento Xas tamb#m  obeção anteriormente
men$ionada, e $orreta, de Que o emotiismo inter'rete
erroneamente o sentido dos u60os morais, 'oderia ser res'ondido
$om um a Berror$theor1I no sentido de Xa$8ie& os Que ulgam

moralmente a$reditam *alsamente em algo obetio Com o


emotiismo Xa$IntZre não *oi ao *undo da Questão Este não dee
ser entendido sim'lesmente de *orma des$ritia, mas $omo teoria
desmas$arador a Certamente Xa$IntZre tem ra0ão em Que Quem
$on$orda $om o emotiismo deeria honestament e deiRar de lado o
dis$urso moral Xas tamb#m isto iria inteiramente no sentido do
emotiismo
Se est $erto o Que a*irmei na Quinta lição, Que eRiste uma
$ons$i]n$ia moral moderna Que tem um determinado'rin$6'io, a
saber, o Que Yant arti$ulou, então deese en*raQue $er a tese de
Xa$IntZre , a 'onto de o emotiismo não mais re*letir a ing]nua
$ons$i]n$ia moral moderna, mas a'enas a desorientação da
*iloso*ia moral moderna e $ertamente tamb#m a desorientação do
sentimento do relatiismo, di*undido ao lado da $ons$i]n$ia moral

determinada E se em
Xa$IntZre *osse ^ltima eanlise
mostrars a $on$e'ção
arbitrri a, então moral do 'r'rioteria
o emotiismo
atingido tamb#m o 'r'rio Xa$IntZre

P9
Xas mesmo assim se dee lear a s#rio o emoti ismo  Ele
est $orreto naeRata medida em Que não se $onsegue dar $onta da
'retensão 3 *undamentação, $ontida nos u60os de alor Para
u60os est#ti$os ele 'are$e em todo $aso eidente, e, $aso se
$on*irmasse Que a $om'reensão moral moder na # indeterminada
em sua margens, as $ontro#rsias morais nestas 0onas deem
'are$er emotias Isto não # algo Que se 'ossa relatli 0ar
histori$amente
G desnorteamento e a arbitrariedade da atual $ons$i]n$ia
moral e da atual *iloso*ia moral $ondu0 então Xa$IntZre, em seu
'rimeiro 'asso 'ara trs na histria, de olta ao su'osto
VdesmoronamentoU da *iloso*ia il"minista$ Ele $omeça $om
Yier8egaard (<4s) Lo a'resentarem Tit`Tu o salto da eRist]n$i a
est#ti$a 'ara a #ti$a $omo uma de$isão, Yier8egaard abandonaria
o $arter ra$ional da moral e então, na medida em Que a
eRist]n$ia #ti$a se entende $omo ra$ional, ele se $ontr adiri a a si
mesmo Lmbas as obeç"es deem ser reeitadas Com
Yier8egaard de *ato 'assa ao 'rimeiro 'lano o momento o
luntarista da #ti$a Xas não # nenhuma $ontradição tratar a #ti$a
imanentemente $omo ra$ional e ainda assim 'retender Que o
'asso #ara o ra$ional (se então se Quiser entender assim o #ti$o)
dea ser tratado $omo oluntari sta e 'or sua e0 não mais $omo
*undamentel Seria mais um 'asso na ]n*ase do momento
oluntarista tamb#m não mais tratar imanentemente o #ti$o $omo
ra$ional Esta seria a $on$e'ção Que eu mesmo de*endo
Xa$IntZre ] $orretamente Que o 'rograma #ti$o de Yier
8egaard a'onta 'ara Yant, e se dedi$a em seguida a este
Xa$In tZre sim'ati0 a sem d^ida $om a *rmula 8antiana do *im
em si do im'eratio $ategri$o, mas a*irma Que Yant não *orne$e
boas ra0"es 'ara este 'rin$6' io (?5) Ele enumera então rias das
$onhe $idas armadilha s $ontr a a 'rime ira *rmul a do im'er atio
$ategri$o, Que estão 'ro'riamente abaiRo do n6el deste liro
L'enas no $a'6tulo seguinte tenta Xa$IntZre
mostrar, numa $r6ti$a a L .eirth, Que não se 'ode *undamentar
a moral a 'artir da ra0ão (55s) Com esta tese eu estou
naturalmente de a$ordo Xas ema $oisa # mostrar Que não se 'ode
*undamentar o 'rograma Pantiano em termos de $onte^do a 'artir
da ra0ão, e outra bem di*erente # reeitar o 'rograma em termos de
$onte^do $omo tal$ Para mim *oi de$isio Que o 'rograma de Yant
em lermos de $onte^do tem seu 'eso inde'endente da
*undamentação E uma das *raQue0as essen$iais do liro de
Xa$lntZre não dis$utir em absoluto o 'rograma de Yant em
termos de $onte^do
Em ve disto Xa$ln tZre em'reen de no  = $a'6tulo, a's uma
$r6ti$a tambémdo"tilitarismo, um ataQue geral $ontra os
$on$ei tos dos direitos e dos bens , Que ele identi*i$a $orretamente
$omo $on$eitos bsi$os da #ti$a moderna Ele Quali*i$a ambos os
$on$eitos sim'lesmente de -!icç%es&$ Com relação aos direitos
Xa$lntZre sim'lesmente retoma a elha obeção de Bentham De
*ato não eRistem direitos naturais, mas direitos são 'ostos, e nem
'or isto eles se tomam !icç%es, a não ser Que se de$lare ser uma
*i$ção tudo o Que não # dado 'or nature0a Tam'ou$o segue da
a$erta da $r6ti$ a a um $on$e ito ^ni$o dos bens, $omo 'ressu'osto
no utilitarismo 'arti$ularmente de Bentham, Que na #ti$a se dea
desistir de todo do dis$urso sobre bens e males Tamb#m Yant
'ressu'"e, $laro Que im'li$itamente, um $on$eito daQu ilo Que #
bom e es'e$ialmente do Que # mau 'ara seres humanos 33
Coni$to de ter demonstrado a in$onsist]n$ia de todos os
'rogramas #ti$os do iluminismo, Xa$lntZre se 're'ara 'ara seu
'asso seguinte e de$isio em sua histria da de$ad]n$ia& os
$onte^dos, 'elos Quais se orientaam as diersas #ti$as do

\\$ C- aui em part ic"l ar tambFm a (osição de B eri em Moral Rides. Gert (arte
diretament e de uma lista dos maies

P
ilumi nismo, seriam , em sua srcem, e 'or $onseg uinte em seu
sentido, restos irre*letidos da tradição aristot#li$a, enriQue$ida
'elo $ristianismo Eles remeteriam 'or isso, 'or si mesmos, 'ara l
e s se deiRam entender em seu sentido ^ltimo 'elo retomo a esta
tradição (;3 s) Esta tese, $entral 'ara a argumentação histri$a de
Xa$IntZre  sua hist ria da de$ad]n$ia # $ertamente a mais
*ra$amente *undamentada de todo o liro, e Xa$IntZre tamb#m se
$ontradi0 a si mesmo, Quando admite mais tarde Que a 'osição
antiga, a Que re$o rreram os iluminis tas, *oi sobretudo a do
estoi$ismo Se Xa$IntZre se tiesse $on*rontado, de algum modo,
$om o $onte^do em es'e$ial da 'osição de Yant, ele deeria ter
isto Que seu *undo não # de modo algum um *undo histri$o,
mas, $omo imos, o $ontr a tualismo  Isto # no 'r'r io Yant tão
$laramente tang6el Que # di*6$il entender $omo se 'ode deiRar de
]lo
Xa$In tZre não d 'ontos de re*er] n$ia $on$reto s 'ara sua
notel tese de Que a tradição aristot#li$a $onstitu6 o reseratrio
material 'ara os 'rogra mas das #ti$a s ilumi nistas , e $ertam ente
tamb#m não eRistem Por mais grae Que dea 'are$er este 'onto
*ra$o da 'ers' e$ti a histri$od e$ade nte do 'r'r io Xa$In tZre,
'odese ainda assim lear a s#rio o retomo de Xa$IntZre ao
arislotelismo, inde'endente desta tese Poderia ser Que *osse
'oss6el mostrar, não obstante toda s as ligaç"es histri$as mal
anali sadas, Que, $omo 'ensa Xa$In tZre, o 'rogr ama da tradi ção
aristo t#li$ a sea mais *orte do Que os 'rogram as do iluminism o
Sem d^ida, as remis s"es histri$ as imane ntes não 'odem então
$ontinuar sendo de$isias Deer seia então re$orrer a um
$rit#rio obetio Linda eremos Qual # este $rit#rio 'ara
Xa$IntZre

Lntes de mais nada # $erto 'ara ele Que o 'roeto ilumi


nista *ra$assou tão *undamentalmente Que ele nem interessa mais
$omo alternatia  tradição aristot#li$a Por isto Xa$IntZre d ao
$ $a'6tulo, Que 'ode ser isto $omo o ^ltimo da 'rimeira 'arte do
liro, o t6tuio V9iet0s$he ou Lristteles[U
96et0s$he teria radi$ali0ado o re$uo  ontade,  constat'vel em
Yier8 egaar d, e ele a'rese ntari a tamb#m a posição vol"nta rista
s"b+etivista mais *undamental tanto $om relação ao emo tiismo
Quanto ao eRisten$ialismo Tamb#m esta $ara$teri0ação de
96et0s$he $om relação ao emotiismo 'are$e Questionel
aclntre 'ensa Que s 96et0s$he estee dis'osto m alterar a
linguagem moral Xas ns  imos Que se 'ode muito mais er a
'ostura do emotiismo $omo dis'osição 'ara a mudança da
linguagem, e o emotiismo # a 'osição 'ro'riamente $#ti$a,
enQuanto 96et0s$he mantee o dis$urso sobre alores e Quis
a'enas então reali0ar uma Vinersão de todos os aloresU
Certamente 96et0s$ he iu $orretame nte Que não * 'oss6el uma
*undamentação ra$ional da moral e Que ns somos remetidos ao
nosso Querer Xas da6 ele eRtraiu uma noa meta*6si$a, $omo se a
^ni$a $oisa Que ainda restasse $onsistisse em 'oder ser a ontade

orientada 'or si mesma, Quer di0er, 'or sua 'oten$iação& ontade


de 'oder, e esta seria, 'or seu tumo, a *onte de noas aloraç"es
Se entendermos, ao $ontrrio, sem 're$on$eito, o ser re
metido  'r'ria ontade, isto então não tem o sentido de Que
agora a ontade $omo tal ir se tomar seu ^ni$o $onte^do, mas
Que somos remet idos  Questão& o Que # isto Que eu Quero[ L
ontade não # deolida a si $omo *orça isolada, mas ns somos
remetidos a nossos sentimentos, deseos, motios L Questão Vo
Que eu Quero, $omo Quero ier[U lea de olta  elha Questão,
de *ato  aristot#li$a& Vo Que 'ode me *a0er *eli0[U E # esta
Questão, $omo eremos mais tarde, Que 're$isamente 'ode nos
remeter  moral
9iet0s$h e tomou a ontade de 'oder $omo base 'ara uma
moral 'retensamente su'erior, a Vmoral dos senhoresU& VbomU # o
Que *ortale$e aos mais nobres Xa$lntZre ] $orretamente
Que nisto 9ie60s$he se deiRou ins'irar tamb#m 'ela moral das
sagas heri$a s, mas a tentat ia de trans 'orta r um $on$e ito assim
'ara dentro da modernidade # in$onsistente, 'orQue não

PH
temos $rit#rios de ordem Que nos seam dados tradi$ionalmente, e
'or isto a moral dos mais nobres s 'ode se tornar tamb#m ema
moral dos mais *ortes,
 'osição de 9iet0 s$he # uma 're$ur sora do *as$i smo, mas
mesmo $omo 'roeto, ela *( Quando se Quer tomla, $omo
Xa$lntZre *a0, 'or alternatia, tãosomente uma alternatia 'ara
uma morai ornamentada moralmente L alternatia não #
V9iet0s$he ou LristtelesU, mas V'ode r ou moralU, $omo tentei
mostrar ligeiramente na Quinta lição L o'ção 'elo,'oder # a
o'ção` 'elo lack of moral sense'
G re$urso de Xa$lntZre a 9iet0s$he não signi*i$a natural
mente Que esta 'osição lhe sea sim'ti$a, mas ele 'de re*orçar
'arti$ularmente sua $on$e'ção de Que o V'roetoU do iluminismo
VdesmoronouU, na medida em Que a*irma ser 9iet0s$he a ^ni$a
'osição honesta Que ainda resta ao indiidualismo Entr e
Lrist tele s e 9iet0s $he não haeri a Vuma ter$e ira alternatiaU
(33:) Então a Questão$hae seria& VLinda 'ode ser reiindi$ada
a #ti$a de Lristteles ou algo semelhante a ela[U Este # o tema da
segunda 'arte do liro de Xa$lntZre
9a Questão a$ima $itada deese sublinhar a restrição Vou
algo semelhante a elaU Pois ini$ialmente Xa$lntZre tem agora
uma s#rie de reseras 'ara $om o 'rograma es'e$6*i$o de Lris
tteles (;=,35=s), sendo amais *orte delas a teleolog6a 'reten
samen te meta* 6si$a de Lrist tele s (erem os na d#$im a segunda
lição Que isto # um eQu6o$o e Que as reais d^idas *rente a
Lrist tele s deem ser entendida s de outra *orma ) E ainda, ele
gostaria de er a #ti$a aristot#li$a a'enas $omo o entron$amento
$entral de uma tradição das irtudes, Que Xa$lntZre a*irma
$omeçar no 'er6odo hom#ri$o ou em geral nos diersos 'er6odos
heri$os ($a'6tulo 3A) e Que $ondu0, atra#s da moral de Ltenas
($a'6tulo 33), do 'r'rio Lristteles ($a'6tulo 3=) e das
modi* i$aç"e s da Idade X#dia ($a'6tul o 3<), at# o iluminism o
Este a'anhado histri$o  mere$edor de uma leitura em seus
detalhes  tem $omo resultado, no entanto, 'ara Xa$lntZre
a'enas eRistirem (3:<) 'elo menos $in$o #ti$as da irtude,
'ar$ialmente sobre'ostas entre si, mas no todo $ontraditrias @
estasituação $on*usa Que lea Xa$IntZre no $a'6tulo 3? a ora
'asso Que dee 'are$er, desde sua 'ers'e$tia histri$a, $omo tour
de force+ ele desenole um $on$eito 'r'rio da Vnature0a das
irtudesU, 'retensamente a'oiado em Lristteles, mas
histri$ame nte sus'enso no an
Este 'rograma # então tamb#m em termos de $onte^do
bastante $enoso, Xa$IntZre não de*ine as irtudes , tal Qual
Lrist tele s e toda a tradi ção 'osterior , $omo aQuel as dis'o siç"es
Que nos tomam a'tos a bem real i0ar o ser hom em $omo tal no
$oniio de uns $om os $etros, mas $omo as dis'osiç"e s Que nos
tomam a'tos a bem reali0ar determinadas ati9idades( Que ele
$hama de #ractices' Por #ractices ele entende uma at iidade
$oo'eratia , não oltada instrumentalmenie 'ara um bem eRterior
a ela, mas reali0ada 'or $ausa dela mesma Como eRem'los são
men$ionados ogos $omo Radre0 e *utebol, al#m disto artes,
$i]n$ias e tamb#m a ida *amiliar, *inalmente V'ol6ti$a no sentido
arist ot#li $oU Xas es'e$ ialme nte ogos estão em 'rime iro 'lano
9um ogo # 'arti$ularmente *$il tomar $laro Que # ne$essria em
es'e$ial a irtude do não tra'a$e ar, Quando se oga 'or $ausa do
ogo e não 'or outros *ms, Que 'oderiam ser atingidos 'ela it ria
(3::)  G $art er $oo'e ratio , su'os tamen te $omum a todas estas
#ractices( # mais di*6$il de re$on he$er nas atiida des do artis ta e
do $ientista E no $aso da V'ol6ti$a no sentido aristot#li$oU dee
se 'erguntar se não entra uma outra dimensão, dado Que se trata
agora de uma maneira de ier uns $om os outros no todo e não
mais de atiidades $oo'eratias delimitadas $omo ogos Xas o
es'e$6*i$o desta dimensão não # a'resentado

@ bem erdade Que Xa$IntZre a$entua Que o $on$eito das


#ractices (ainda Que não de*inido $om muita $lare0a) ainda não #
o su*i$iente 'or si mesmo, mas Que deem ser a$res$entadas duas
outras dimens"es, a'resentadas no $a'6tulo seguin

P;
te (3;)& 'rimeiro, as #ractices deem inserirse no todo de urna
ida, e, segundo, se dee er Que as instituiç"es, em Que se
eRer$em os #ractices , seriam 'ortadoras de tradiç"es (===) Xas
estas $om'6ementaç"es $olo$am mais Quest"es noas do Que
resolem as in$erte0as anteriores Por o6ais eidentes Que seam as
$onsideraç"es de Xa$lntZre, de Que se deam er todas as aç"es
)"manas sem're no $onteRto do todo de "rna ida (*a Que
$on$ordar $om a $r6ti$a de aclntre s usuais teorias
atom6sti$asda ação), ainda assim esta orientação 'ela ida
indiidual noament e $oedu0 'ara *ora do conte4to do uns $om os
outros  da V'ol6 ti$a no sent ido aristotélico& , e, se Xa$lntZre
en*at i0a Que se trata , nas atiid ades $omun s, de um bem $omum
,ihe common good< e Que as irtudes deem ser entendidas a 'artir
da6 (=34), então isto não 'assa de uma sim'les tese, e o dis$urso
do bem $omum não # detal hado ulteri ormente G resul tado # um

$atlogo de $om'lementado
sendo a'enas irtudes, 'rimariamente orientado 'elas
em 'ontos es'e$6*i$os #ractices ,
nas demais
dimens"es
Com isto a $on$e'ção de Xa$lntZre 'are$e 'ermane$er
de$ididamente atrs da 'r'r ia $on$e 'ção de Lrist teles , $omo
eremos nas d#$ima segunda e d#$ima ter$eira liç"es G Que
im'orta agora # $om'reender o Que leou Xa$lntZre 'ara essa
estranha direção Dois 'ont os de ista 'are$emme ter sido
de$isios neste sentido
2imos Que Xa$lntZre inter'retou a $ultura atual $omo sendo
a'enas ainda instrumental Isto o leou a'arentemente a 'ro$urar
'or uma $lassede atiidades Que eRe$utamos 'or $ausa delas
mesmas Lssim terminou 'or 'artir das #ractices' Xas aQui, uma
ambig7idade na distinção entre o instrumental e o não
instr umenta l tee $onse Q7]n$i as *atai s 9atur almen te 'odem os
distin guir, 'or um lado, as a$"es Que reali 0amos so mente $omo
meio 'ara outra $oisa$ daQuelas Que reali0amo s 'or elas mesmas,
ou então, onde 'ersegui mos *ins de tal modo Que Queremos ao
mesmo tem'o os meios 'or eles mesmos (o adersrio ' eR oga
'ara se tomar melhor, mas ele oga ao
mesmo tem'o sim'lesmente 'or ogar) Isto # naturalmente uma
distinção im'o rtante, s Que ela não # distinção moralmente
im'ortante Esta se re*ere ao uns$omosoutros [ e aQui temos de
distinguir entre tratar outros homem a'enas $omo meio e [ na
*ormulaçã o 8antiana, ao mesmo tem'o $omo V*im em si&$ 9esta
segunda distinção, não se reporta sim'lesm ente a 'rimeira
distinção ao uns$omosoutros, 'ois, no $aso da 'rimeira, não se
trata de modo algum de V*ins em si&, mas sim'lesmente de *ins&
estes são de*inidos $omo aQuilo Que um indi6duo Quer 'or sua
$ausa 'r'ria, ainda Que se $om'reenda no $onteRto de unseom
osoutros Linda Que então nas #rac$ tices outros homens tamb#m
tenham 'aralelamente im'ortân cia e assim não seam
sim'l esmen te instrum entali 0ados , a id#ia de res'eitar outros
homens $omo *ins em si # uma id#ia mais abrangente e
*undamentai Que não se 'ode de modo algum $om'reender a
'artir das #ractices' Para esta id#ia #, sem duida, *unda menta l o
$on$eito dos direitos, Que aclntre a$reditaa 'oder dis'ensar
em sua $r6ti$a do i!aiminismo$ Para aQuilo Que Xa$lntZre tinha em
mente, o ilummismo o*ere$eu, 'ortanto, de *ato um
es$lare$imento de*initio, e o re$urso a uma doutrina aristot#li$a
das irtudes, sem *alar de sua limitação a #ractices , não *orne$ e
$on$eitos Que 'udessem al$ançar esta id#ia
L segunda ra0ão 'or Que Xa$lntZre a$reditaa ter de se
a'ro*undar nas #ractices 'ode ser en$ontrada num outro as'e$to
de sua $r6ti$a da $ultura atual +m 'onto de ista $entral de sua
$r6ti$a ao indiidualismo # Que os homens não se de*inem mais
'ela s *unç"es determinadas Que t]m na so$iedade Xa$lntZre não
] Que tenha sido um 'rogresso de$isio  no helenismo e então
em Lristtel es, $omo ele mesmo eR'"e estas 'osiç "es, Que eles
não iam mais as irtudes çomo es'e$6 *i$as de *unç"es, mas $omo
irtudes do homem enQuanto homem (3<=s) Pelo *ato de o ser
humano, na modernidade  não se de*inir mais relatiamente a
*unç "es não Quer di0 er Que ele não se com#reenda a 'artir de
*unç"es 

r[
Xa$IntZre, no entanto, era de o'inião Que *a0 'arte do $on$eito
de bem em geral Que eie dea ser entendido $omo es'e$6*i$o de
*unç"es (' ;:) G Que 'ode Querer di0er Que um homem # bom,
deeria resultar de sua res'e$tia *unção, de modo tão natural
$omo o Que 'ode Querer di0er Que um relgio # bom, resulta da
*unç ão de um relgio (Vmanf stands to good manf as at$hf
stands to good at$hfU, ' ;>) 2eremos Que aQui Xa$IntZre
re$orre eQuio$adamente a Lristteles Lristteles iu
$orretamente Que as irtudes do homem 're$isamente não 'odem
ser entendidas em analogia $om as irtudes de obetos ou
atiidades, Que são entendidos em *unçã o de determinados *ins
Este era 'or#m o motio 'or Que Xa$IntZre a$reditaa ter de
re$orrer ainda 'ara trs de Lristteles  moral da $ultura hom#ri$a
($* em 'arti$ular 3=5s) Pare$em e eRagerada sua inter'retação
*un$ionalista at# mesmo desta moral E erdade Que o rei guerreiro
hom#ri$o desem'enhaa uma determinada *unção e Que se trataa
do bom desem'enho desta *unção , mas esta não era uma *unção
QualQuer, e 'or isso Komero se re*ere eR$lusiamente s irtudes
dos reis guerrei ros e suas mulhere s, eRatamente 'orQue estes,
$ertamente ainda nesta *unção, mesmo assim  re'resentaam
eRem'larme nte o serhomem $omo tal Foi esta *alsa orientação no
$on$eito de *unçã o e 'a'el Que leou Xa$IntZre a 'ro$urar o ser
bom do homem em #ractices es'e$i*i$am ente de*inidos
Por#m seria $om'reender mal o 'oten$ial do $on$eito 8antiano
'ensar Que ele não $ont#m o deer do bom desem'e nho das
res'e$tias *unç"es Embora sea erdade Que isto não a'are$e em
Yant mesmo, ainda assim en$ontramolo na elaboração de B .ert
sobre o $on$eito de dun  de todo muito 'rRima a Yant .ert
entende aQui 'or Vdeer` não o deer moral $omo tal mas o deer
de reali0ar bem a res'e$tia tare*a Que algu#m assumiu em um
$onteRto $oo'eratio Deerse

 The Moral Rules, %a(!tuo ;, ( 121 s

P8
mesmo di0er Que $um'rimento do deer neste sentido  # uma
$om'onente ne$essria da Quasemoral (tamb#m num bando de
ladr"es eRigese de $ada um Que desem'enhe bem a *unção 'or ele
assumida ou a ele delegada) Este $on$eito do deer # re*erente a
*unç" es, mas não es'e$6 *i$o de *unç"es Ele se re*ere  res#ecti9a
*unção e 'ode 'or isso ser *ormul ado de *orma uniersa l Deer
neste sentido tem naturalmente em 'a'el de$isio em todo sistema
buro$rti$o Cada $idadão es'era de a$ordo $om o im'eratio
$ategri$o , moralmente de todos os *un$ionrios do estado Que eles
desem'enhe m bem suas res'e$tias *unç"es
Lo $ontrrio do otimismo ing]nuo da Es$ola de -itter,
Xa$IntZre a$aba em um 'ro*undo 'essimismo, mesmo 'rotestando
$ontra esta inter'retação (=5=) L ida moral, $omo lhe resultou,
não 'oderia ser reali0ada numa so$ied ade moderna , e assi m s
restaria a retirada 'ara 'eQuenas communities , e  assim a ^ltima
'ro'osição do liro  ns deemos Ves'erar 'or um noo 
$ertamente bem di*erente  São BentoU (=5<) G *ato de
Xa$IntZre $hegar a um tal resultado não deeria, $ontudo, ser 'or
si s ema obeçã o, a'esa r de uma tal obeção ser sugerid a 'ela
'r'ria 'ers'e$tia de Xa$IntZre, de a$ordo $om a Qual a realidade
so$ial de uma #'o$a e sua $ons$i]n$ia mora $onstituiriam uma
unidade Pois # 'lenamente imaginel Que tamb#m a $ons$i]n$ia
moral Que, na minha $on$e'ção, # a es'e$6*i$a da modernidade, a
Que en$ontra sua eR'ressão no im'eratio $ategri $o, *ra$asse
igualmente ante a realidade $a'italista, buro$rti$oestatal e
interna$i onalmente *ragmentada da atualidade b L $on$e'ção a Que
tende o hegelianismo, de Que uma moral sea Vseu tem'o
a'reendido em 'ensamentosU e Que tudo o mais sea Vmero deerf,
não 'ode ser 'or sua

P C- meu artigo \$ers(e&ti/en au- den 2ntten et&rieg: *ur1-ristige und ang-ristige
Interessen] +80, in: Nachdenken über, dieH tomkriesefahr und warum man
sie nicht sieh!. Tedição Berin i 7 :: ( @s

H9
e0 uma moral LdeQuação # *alta de 'rin$6'ios e não 'ode ser um
$rit#rio 'ara tim 'rograma moral $orreto
Portanto s 'odemos $riti$a r o 'rograma de Xa$lntZre de
*orma imanente Sua argum entaç ão $ontra as #ti$as iluminis tas
em geral e $ontra o 'rograma 8antiano em es'e$ial mos trouse
insustentel, $om eR$eção do Que se re*ere I su'osta
ra$ionalidade do programa de Yant Pude mostrar tamb#m Que
a'arenteme nte # uma re'resentação do nãoinstrum ental 'rRima
a Yant aQuilo Que est di*us amente 'or trs da 'r'ria id#ia de
Xa$lntZre, de modo Que sua 'r'ria 'osição se dee em Sltima
instan$ia e de *orma in$ons$iente ao iluminismo Xas a
$ontra'osiçãodesenolida 'or Xa$lntZre dee ser reeitada de
todo, $omo 'roet o genuinamente moral, deido ao seu 'onto de
'artida *un$ionalista Por seu sentido a moral tem a er $om a
obetia eR$el]n$ia do homem enQuanto ser $oo'eratio em geral,
não $om a eR$el]n$ia de determinadas *unç"es ou 'a'#is& urna
moral tradi$ional6sti$a 'ode sem d^ida se re'resentar esta
eR$el]n$ia, enQuanto ser humano, di*eren$iada em *unç"es, mas
isto # im'oss6el 'ara urna moral moderna, 'orQue ela não dis'"e
de nenhum 'oten$ial *undamentador Que 'udesse ordenar os
diersos seres humanos em diersas 'osiç"es e *unç"es dentro de
um todo so$ial dado
Certament e não se en$ontra em Xa$lntZre a $onseQ7]n$i a 'or
^ltimo men$ionada Xas se nos 'erguntamos agora, em
Que`medida minha meta$r6ti$a a Xa$lntZre 'oderia ser $ara$
ter6sti$a tamb#m 'ara outros 'rogramas morais do ti'o $onser
ador, então um semelhante nãoigualitarismo seria uma
$onseQ7]n$ia imediata do 'roeto *un$ionalista +ma morai
moderna, i #, uma moral sem 'ressu'ostos tradi$ional6sti$os em
seu 'oten$ial *unda mentador, # *orçosamente indiidualista e
igualitria, e isto Quer di0er Que ela dee re$usar tanto a id#ia
hegeliana de Que o todo # mais do Que a soma das 'artes, Quanto a
id#ia, *$il de asso$iar a isso, de Que di*erentes seres humanos
'odem ter, de a$ordo $om sua 'osição neste todo um alor moral
em sentido di*erente f
2UCI)A $RI)EIRA LIÇ=O
Virtudes*

9as 'rimeiras $in$o liç"es eR'us minha $on$e'ção de #ti$a e


'ro$urei mostrar $omo # 'oss6el tomar 'laus6el o $on$eito
8antiano de morai 9as liç"es 5 a 3A $ritiQuei diersas outras
abordagens, em 'arte 'or ra0"es *ormais (liç"e s 5:) e em 'arte
'or ra0"es de $onte^do (43A) Toda re*leRão *ilos*i$a reali0ase
num ir e ir entre o es$lare$imento de 'ensamentos 'r'rios e a
dis$ussão $om 'ensamentos de outros/ o assim $hamado m#todo
hermen]ut i$o Contu do, nas liç"es segui ntes (3=3 ;) inerterei a
seQ7]n$ia& 'artirei de temas im'ortant es ainda em aberto, da
inter'retação de 'rin$6'ios eRistentes e histori$amente 'r#dados,
'ara, a 'artir da6, me a'roRimar de eR'li$aç"es 'r'rias
Wuanto ao $onte^do, tratarse de dois $om'leRos Em
'rimeiro lugar, a'enas a*lorei na Quinta lição a 'roblemti$a da
motiação, o $om're ender se $omo um membro da $omun idade
moral 1 a6 eu re*eria Que ela deer ser assumida em $oneRão
$om a Questão da *eli$idade, na Qual ela *oi $olo$ada sobretudo
'or Lristteles
L segunda Questão tratar da 'ergunta se o $on$eito de
im'erati o $ategri$o # su*i$iente assim $omo Yant o desen

_ Tradução de Xarianne Yolb e Xano Keig 

H
oleu Quanto ao $onte^do, 'artindo do $ontratualismo (e $omo eu
igualmente o a'resentei at# agora) Lssim 'odese 'ergenian G
'rin$6'io *undamenta 8antiano, o im'eratio $ategri$o, 'ortanto,
ou sea, a 'ergunta V$omo se 'retende Que a 'artir da 'ers'e$tia
de QualQuer um, todos aam (ou seam)[U, não ultra'assa o
$onunto das regras $ontratuais de ação[ 2eremos Que Ldam
Smith, 'artindo de um 'rin$6'io Que $orres' onde ao 8anti ano,
desenole uma tal teoria moral mais abrangente 9isso de *ato #
de$isio Que aQuilo Que # deseado na 'ers'e$tia de QualQuer um,
não # somente determinadas aç"es, mas atitudes, o Que Quer di0er,
modos de ser Por isso *ormulei antes o im'eratio $ategri$o de
modo a $onsiderar esta 'ossibilidade& $omo se desea Que todos
aam G„ seam[ G $on$eito de modos de ser, Que aQui # normatio,
$orres'onde ao $on$eito tradi$ ional de $arter, e a um bom $arter
$orres'onde tradi$ional mente o termo VirtudeU

9o retomo de Xa$lntZr e  trad ição aristot#li$a, o $on$eito de


irtude desem'enhou um 'a'el *undamental 9a lição anterior
tentei mostrar $omo a 'r'ria tentatia de Xa$lntZre de
$om'r eende r o $on$e ito de irtud e $om o retomo ao $on$e ito de
*unção a'resenta uma m $om'reensão de Lristteles e al#m disso
lea a eQu6o$os Xas $om isso não Quero desa$reditar a intenção
*undamental de Xa$lntZre, Que tamb#m 'ode ser eri*i$ada em
rios outros autores de #ti$a $ontem'orâneo s, de retomar o
$on$eito de irtude 'or muito tem'o deiRado de lado na #ti$a
moderna 9a erdade, não $onsider 'romissor 'retender
*ortale$er, $omo Xa$lntZre, uma moral das irtudes em o'osição
s modernas morais de regras Lo $ontrrio, 'are$e *a0er sentido,
e $omo eremos, ser at# ne$essrio $om'lementar a moral de
regras mediante uma moral de irtudes @ um em'reendimento
deste ti'o $om'l ement ar Que en$ontrare mos em Ldam Smith
Sobretudo ser im'ortante s $onsiderar desde logo $omo $a'a0es
de integração, 'ara o $on$eito 8antiano, aQueles $on$eitos de
irtude Que são uniersalmente eRig6eis e a 'artir da 'ers'e$tia
de QualQuer um
Gs dois $om'leRos, o da *eli$idade e o das irtudes, dei Ram
se 're'arar de manei ra mais signi*i$atia a 'artir de Lristteles
Em Lristteles *ormam at# urna 'roblem ti$a unitria, 'or#m de
maneira tal Que antes $on*un de, a 'artir da Quest ão $omo tal se
mostrar $omo sem sentido, embora não se 'ossa negar relaç"es
L'resentar o 'rin$i'io aristot#li$o do problema e tamb#m a
sua doutrina das irtudes (d#$ima segunda e d#$ima ter$eira
liç"es) # igualmente signi*i$atio 'or si mesmo, tamb#m $ontra os
eQu6o$os Que surgiram em Xa$IntZre, L $on$e'ção aristot#li$a,
no entanto, est $heia de di*i$uldades e a id#ia de Xa$IntZre, de
Que boe se 'oderia $onstruir diretamente sobre ela, mostra rse
$omo errnea 9a doutri na das irtudes de Lrist teles obterem os
$ontudo um 'onto de 'artida, desde o Qual ter sentido, tanto
assumir a 'roblemti$a da *eli$idade, e a 'artir da6 a relação entre
bem estar e moral ligadas a modernas $olo$aç"es do 'rob lema
(d#$ima Quarta lição), "anto tornar *e$undo 'ara o $on$eito
8antiano de moral (d#$ima Quinta lição) a doutrina das irtudes a
'artir da base uniersalista Que lhe deu Ldam Smith
9a lição de hoe Quero eRaminar uma $om'reensão 'reliminar
do $on$eito de irtude L 'artir dele dee se desenoler o
sentido deste $on$eito, assim $omo aQuilo Que dee ser $om
'reendido 'or urna moral es'e$6*i$a da irtude ou $om'onentes
desta  L 'rimeira 'ergunta dee ser& o Que a*inal disti ngu e urna
moral de irtudes de uma moral de regras[ LQui noa mente
surgi rão diersas arti$ul aç"es do 'roble ma Que 'or sua e0 terão
Que ser di*er en$ia das Tal es$lare$im ento 'reli minar do $on$e ito
de irtude 'are$e ne$essrio mesmo 'ara uma inter'retação
adeQuada de Lristteles, e não 'ode ser al$ançada a 'artir dela
mesma, 'orQue Lristteles  introdu0 de alguma *orma este
$on$eito na Etica a Nicmaco I, 5, na Qual ele og a $om
ambig7idades Que normalmente não são $onsideradas e Que
're$isam ser man6idas se'aradas

HH
J

 'alara Virtude U, Quand o # em'regada *iloso*i$amente,


sere 'ara tradu0ir a 'alara grega arete' rete , estreitamente
ligada $om 'alaras Que 'erten$em a VbemU  o su'erlatio grego
'ara VbemU  agathon ) # ariston  re'resenta $ada *ornia de
'ro'riedade 're*eren$ial G Que Xa$lntZre não $onsiderou # Que,
em gregok arete , assim $omo agathon (em nossa l6ngua, VbemU),
'rimeiro não # usado a'enas 'ara bens em sentido *un$ional (e
tamb#m não a'enas em sentido Vt#$ni$oU salientado a$ima) mas
tamb#m 'ara o serassim, Que # moralment e a'roado 3 Embora
no grego não haa nada mais natural do Que no $aso da VirtudeU
*alar de um obeto de uso ou de um ginasta, isso não signi*i$a Que,
Quando se *aiadas irtudes dos seres humanos enQuanto seres
humanos, isso sea $om'reendido *un$i onalm ente/ *alase das
'ro'riedades do $arter dignas de a'roação (loueis)
G Que no entanto Xa$lntZre ] $orretamente # Que tamb#m as
#ti$as modernas de regras de modo algum renun$iaram ao
$on$eito de irtude (' =<=) Tamb#m 'ara elas a irtude eRiste no
$arter, isto #, numa dis'osição *irme da ontade, e em erdade
naQuela dis'os ição da ontade d e Querer o bem , o Que de sua 'arte
# de*inido 'or uma regra (assim $omo em Yant, mas tamb#m no
utilitarismo) Dado Que na modernidade a irtude # de*inida 'ela
dis'osição *irme da ontade de agir segundo a regra 'ela Qual #
de*inido o bem, eRiste, 'or eRem'lo, 'ara Yant, 'rimeiro a'enas
uma irtude e, segundo, # esta a ra0ão 'or Que o $on$eito de
irtude tomase se$undrio (estando assim $orreto Xa$lntZre, '
=<<)
G Que 'ortanto teria Que ser $ara$ter6sti$o 'ara uma #ti$a da
irtude # Que o  serbbmnão # redutí9el a regras  Wuando
a$onte$e isto[ Em 'rimeiro lugar, 'odese lembrar Que em #ti

 C- ago %omo o uso ingu!sti%o na Teogonia (or eem(o, / H e (assim
$as de irtudes sem're eRiste um n^mero maior de irtudes, mas
tamb#m, 'odemos ter rias regras, sem Que elas se d]em a 'artir
de um 'rin$6'io unitrio, $omo no Lntigo Testamento Teremos
Que distinguir, 'ortanto, entre 'rin$6'io e regr a, m Que agora 'or
'rin$i'io 'odemos $onsiderar sem're o 'ont o de ista unitrio
'ara todo $on$eito moral, $omo é, 'or eRem'lo, em Yant o
im'erati o $ategri$o Deese então obserar Que # 'er*eitam ente
'ens el Que sob o 'rin$6'io não esteam regras ou não somente
regras, mas irtudes ERatamente isso en$on trarem os em Ldam
Smith Smith tem no obserador im'ar$ial um 'rin$6'io
semel hante ao im'erati o $ategri$ o& o obser ador im'ar $ial
a'roa aQuilo Que # deseel a 'artir da 'ers'e$tia de QualQuer
um, e isto de modo algum 're$isa ser um agir dirigido 'or regras,
mas 'ode ser uma Qualidade, uma atitude ou uma dis'osição,
'ortanto, uma virt"de$ ]at"ralmente uma Qualidade tamb#m #, no

sentido de uma
amabilidade, 'ro'riedade dore$on$iliação)
magnanimidade, $arter ('or sem're
eRem'lo,uma
a
dis'osição da ação G Que então 'ro6be de*inir uma dis'osição da
ação atra#s de uma regra[
L res'osta mais sim'les, Que tamb#m en$ontramos em Ldam
Smith`, #& sua su'er$om'leRidade 2eremos $ontudo Que a
erdadeira ra0ão # mais 'ro*unda e na erdade 'orQue, $omo se
mostrar em Lristteles, em atitudes Que 'odemos ter uns em
relação aos outros, $omo, 'or eRem'lo, a amabilidade ou a
$ortesia, não se trata de aç"es no sentido $omum, de*inidas 'or
resultados 'retendidos, mas daQuilo Que Lristteles designa $omo
energeiai (atiidades) Estar in$ulado $om isso Que as irtudes
são obrigaç"es 'ositias Isso ale eRatamente, 'or eRem'lo, 'ara
as assim $hamadas irtudes, $omo, 'or eRem'lo, a da
magnanimidade (ainda eremos 'or Que a

= I heaiZ o * Xoral Senii ments 'ane [ $a' 6tulo ?

H;
magnanimidade não se deiRa redu0ir  regra de audar os outros)
Somente Quando se ] "e 'ara uma #ti$a de irtudes as
obrigaç"es 'ositi as adQuirem um 'eso Que elas não tinham 'ara a
#ti$a de regras, $om'reendese 'or Que se *orma uma
su'er $om'l eRidad e Para não $om'li$ar demais as $oisas  no
in6$io, Quero abstrair deste as'e$to $om'lementar de atitudes em
e0 de aç"es e das rami*i$aç"es das obrigaç"es 'ositias da6
resultantes, e ini$ialmente aterme ao sim'les *ato da su
'er$om'leRidade G Que sem're # moralmente $orreto, es$ree
Ldam 5mit), # tão di*6$il e di*eren$i ado Que o sim'li*i$ amos
inadeQuadamente se tentamos submet]lo a regras LQui entra o
$on$eito, tão im'ortante 'ara Lristt eles, da *a $uldade 'rti$a do
u60o (#hr9nesis<( Somente aQuele Que tem uma boa medida de
aaliação, Que sabe ulgar bem, sabe re$onhe$er num $aso
indiidual Quando e $omo algo dee ser tratado magnanimamente
Pode não obstante, este u60o estar sob um 'rin$6'io, $omo em
Ldam Smith& o Que, aQuele Que ulga bem, re$onhe$e de $orreto
em $ada $aso 'arti$ul ar, #, se a 'artir da 'ers'e$ti a de QualQuer
um, # 're$iso agir ou $om'ortarse desta maneira
Lgora 'are$e $laro Que aQueles im'eratios de ação Que são
normatios 'ara a Quasemoral do $ontratualismo não a'resentam
uma $om'leRidade deste ti'o& aQui deem ser seguidas as regras
sim'les, de não 'reudi$ar os outros, manter sua 'romessa e,
Quando *or o $aso, audlos L'enas a obrigação $itada 'or
^ltimo # indeterminada (ustamente 'orQue # uma obrigação
'ositia) e 'oderia de'ender da medida de aa liação Xas uma
e0 Que no $ontratualismo ela # antes um *enmeno marginal e os
$ontraentes 'odem se ogar uns $ontra os outros al#m de sua
medida, # 'oss6el 6muni0arse $ontra este 'onto *ra$o Portanto,
isto Que Yant $onstruiu seu 'rin$6'io sobre os $onte^dos
$ontr atual istas, en$ont ramos a5ui a ra0ão 'or Que o $on$eito
8antiano de moral # uma #ti$a de regras
Xo utilitarismo isto # di*eren te Pois, o 'rin$6'io utilitaris ta
não # a'enas um 'rin$6'io de ulgamento, mas ele $ont#m "m
$l$ulo de de$isão (embora isso  naturalmente e de *ato #
iniel), "al # a ação moralmente eRigida Portanto, no
utilitarismo o 'rin$6'io # ao mesmo tem'o a regra $on$reta, e 'or
isso aQui as irtudes 'or 'rin$6'io não 'odem o$u'ar nenhum lugar
'r'rio L morai`de ;ant # entretanto uma moral de regras, não
'orQue ela se *und a num 'rin$6'io, mas 'orQue o 'rin$6'io #
'ensado $omo um 'rin $6'io Que se re*ere aos $onte^dos do
$ontra tuali smo, ou, 'ara eR'res slo mais $laramente Quanto ao
$onte^d o, 'orQue ;ant 'ensou o 'rin$6'io $omo um 'rin$6'io "e
# $on$ret i0ado de uma maneira Que 'ermite enumerar as mRimas
ordenadas, isto #, as regras de ação Wue a moral 8antiana se
desenoleu eR$lus iame nte $omo uma moral de regras, ap7iase
no *ato de Que tamb#m Yant, embora não tenha 'retendido

$onside rar as situaç"es $om'leRas de ação, as Quais, 'or sua e0, o


utilitarismo se $olo$ou, 'ensaa Que as aç"es ordenadas e
'roibidas se deiRassem es#ecificar' Isso Quer di0er Que a moral
8anti ana, ao $ontr rio da o'iniã o $orre nte, não # uma moral de
regras 'or ter ela um 'rin$6'io de ulgamento unitrio/ e isto
noamente Quer di0er Que o 'rin$6'io 8antiano 'oderia ser
am'liado 'ara al#m da moral de regras, $omo então
en$ontraremos em Ldam Smith
9o entanto, 'orQue a moral $ontratualista $ons titui agor a o
$onte^do m6nimo indubitel de toda moral, 'are$eme in
$ontomel er o o nus #robandi( ao $ontrrio do Que a'are$e em
Xa$lntZre, a saber, de 'artir da moral de regras e de bus$ar a
moral de irtudes a'enas $omo um $om'lemento da moral de
regras Xa$lntZre tinha duas ra0"es 'ara a$reditar Que deeria
'ro$eder de modo $ontrr io L 'rimeira, a ra0ão histri $a, $ai
*ora, 'rimeiramente 'orQue a histria da de$ad]n$ia de Xa$lntZre
se mostrou $omo *alsa Em segundo lugar, 'orQue nossas srcens
histri$as estão nesta 'ers'e$tia diididas& a moral grega era
uma moral de irtudes, a udai$a uma moral

H
de regras E em ter$eiro lugar, 'orQue o histori$amente anterior não
're$isa ser o obetiamente 'rimeiro L segunda e obetia ra0ão de
Xa$lntZre *oi a sua *alsa $on$e'ção do moralmente bom, $omo um
bom *im$ional e da mesma *orma a *alsa su'osição de Que os
gregos teriam $om'reendido as irtudes *un$ionalmente
Em Xa$lntZre, o $on$eito de irtude mostro use $omo um
autoe ngano Se não se 'arte de um 'rin$6'io determ inado (e na
medida do 'oss6el uniersal), o $on$eito de irtude lea a listas de
irtudes Que sem're de noo ariam, e assim resulta, em Xa$lntZre,
a desorientação histo ri$60 ante Que ele, então, 'ro$u rou resol er
atra#s do ato de iol]n$ ia de sua noa de*inição de irtudes
+ma ra0ão a mais, 'orQue me 'are$e $orreto er a moral de
regras $omo *undamental, # Que uma moral baseada no $on$eito
de irtude # in$a'a0 de ulgar moralmente as leis do Estado !eis
são regras, e QuaisQuer *ilso*os da #ti$a moderna Que se in$linam
a basearse #rimariamente de noo num $on$e ito de irtude,
in$linamse 'or isso tamb#m 'ara uma #ti$a eR$lusiamente
indiidualista Por isso Xa$lntZre tamb# m 'asso u 'rati $amen te
'or alto toda a dimensão 'ol6ti$a da moral moderna (E
natura lment e 'oss6 el Que um Estado some nte 'ode ser bom se
seus $idadãos desenolem determinadas irtudes  oltarei ainda
a *alar sobre isso  mas isto então igualmente 'ode ser
$om'reendido $omo $om'lemento 'ara a boa $onstituição e as
boas leis, $omo a moral de irtudes enQuanto tal a'enas 'ode ser
$om'reendida $omo $om'lemento da moral de regras)
Xas no $on$eito de irtude surge uma outra $om'li$ação,
$heia de $onseQ7]n$ia s 2irtude # uma boa dis'osição da ontade,
mas isso 'ode ter o du'lo senti do& Que ela # boa 'ara um *im,
'rin$i' almente 'ara os 'r'r ios *ins ou # boa em si mo ralmente
boa  9a a'resen tação do $on$eito de irtude Que entr e as
$ontem'orâneas me 'are$e a mais $ontundente, na de 
\right <, as irtudes são diididas em irtudes Que se re*erem ao
bem 'r'rio, e em irtudes Que se re*erem ao bem de outros Esta
$lassi*i$ação remete a Kume e en$ontramos similar em Phili' 'a
Foot ? 9esta $lassi*i$ação  se en$ontra uma sistemati0 ação sob
um 'rin$6'io Que ai tão longe, Que $ondu0 ao 'oeto de dis'ensar o
$on$eito de irtude Para  \right assim $omo 'ara Kume o
'rin$i'io uniersal das irtudes # o 'rin$6 'io utilitarista, Queelas
são ^teis& as irtudes são as dis'osiç"es ^teis da ontade  Como
Lristteles,  \right ] $ada uma destas irtud es $omo uma
atitude do dom6nio dos a*etos $orres'o ndentes, mas, di*erente de
Lristteles, a orientação $om base no Que # ^til 'ro'o r$iona um
$rit#rio unitrio Coragem e moderação resultam $omo as irtudes
mais im'ortantes, rela$ionadas $om o 'r'rio bemestar Como
irtudes 'rimrias rela$ionad as $om o bemestar de outrem, seriam
o Quererbem e a ustiça

Isso mostra então Que basearse no $on$eito de irtude sugere


Que se am'lie 'ara al#m do as'e$to moral o dis$urso sobre
irtudes, e 'ara es'e$ial istas hodiernos em #ti$a, Que 'ensa m no
sentido do V#ti$of de Bemard \illiams (a$ima, ' ?A), isto # uma
atração adi$ional Esta atração ainda ser aumentada se nos
basearmos, $omo Xa$lntZr e, no amb6guo dis$urso aristot#li$o
sobre o VbemU, no Qual não se disti ngue mais $larame nte entre o
Que # bom e o Que # bom 'ara mim
Xesmo abstraindo de tend]n$ias seguidas 'or $ertos estu
diosos da #ti$a, $omo \illiams e Xa$lntZre, agora se toma $laro
Que o $on$eito de irtude, $omo boa Qualidade do $arter, tamb#m
se toma *undament al 'ara a outra 'roblem ti$a anteriorme nte
$itada  a da *eli$idade ou do bemestar  Quando

< The 2ariet ies o* .o odness, $a'  >

? 2irtues and 2i$esU, no seu iiro Virtues and Vices' GR*ord, 34>:, ' 33_:

@9
ista inde'endente da mora Isso, 'or eRem'lo, 'ode ser re$o
nhe$ido nas irtudes anteriormente $itadas, a $oragem e a mo
deração 2isto sim'lesmente a 'artir de uma teoria da *eli$ida de,
'oderseia di0er& eRistem determinadas Qualidades de $arter
(assim $om o a $oragem e a moderação) $uo $ultio # uma
$ondição ne$essria 'ara Que algu#m, inde'endente dos obetios
Que tenha individ"almente, 'ossa estar bem
LQui, 'ortanto, ã se anun$ia a ambig7idade na Qual então
o$orrer o $on$eito de irtude de Lristteles Por isso # indis
'ensel Que,'ara es$a'ar da $on*usão Que se srcina em Lris
tteles, di*eren$iemos $lara e $on$ei tualm ente dois $on$eitos de
irtude s, isto #, os dois $on$eitos de Vboa Qualidade de $arterf G
$rit#rio Que $itei anteriormente em re*er]n$ia a v$ =rig)t e Kume
não # su*i$iente 'ara este intento, 'orQue, $om a distinç ão entre
V^til 'ara mimU e -Stil 'ara outremU, ele  'ressu'"e um
determinado $on$eito de moral, o $on$eit o utilitarista  assim $omo
 'ressu'"e um determinado $on$eito do Que # meihor 'ara o ser
humano indiid ual L $ara$ teri0 ação *ormal de s6 uma moralU Que
eu desenoli na ter$eira lição 'ermite uma de*inição de .virt"de
morar Que não deeria deiRar d^idas& +ma Qualidade de $arter #
moral mente boa Quand o ela (na 'ers' e$ti a daQue le Que assim a
ulga) # louel Podemos então distinguir, neste sentido de
irtude $lar amente moral, as outras boas Quali dades do $art er,
$omo aQuelas Que (naturalmente de noo na 'ers'e$tia daQueles
Que assim as aaliam) são *aoreis 'ara a 'essoa Que as 'ossui
+ma e0 reali0ada esta di*eren$iação $on$eituai, não *i$amos
naturalmente lires de er as Qualidades 'ro'6$ias do $arter
$omo morais Lgora se tomou $laro Que isso não # sim'lesmente
uma $onseQ7]n$ia anal6ti$a, mas de'ende da $ir$unstân$ia de
re'reendermos aQuele Que não tem a Qualidade de $arter Que #
^til 'ara ele 'r'rio 9as morais tradi$io nal6sti$as isso sem
d^ida era o $aso, e tamb#m 'are$enos eidente di0er Que aQuele
Que # $oarde ou Que não sabe se
moderar, isto #, não sabe $ontrolar seus sentimentos, mere$e
re'reensão, e no $aso tamb#m o des're0o Isto, no entanto,
signi*i$aria Que agora temos Que re$onhe$er obrigaç"es 'ara
$onsigo mesmo tamb#m na moral moderna  Ls ra0"es 'or Que tais
obrigaç"es não 'are$iam *undamenteis, ao menos no $on$eito
8antiano, eram& 'rimeiro, Que eão 'are$ia 'oss6el er $omo elas
'odiam resultar do 'rin$6'io Que est na base do im'eratio
$ategri$o e, em segundo lugar, Que isto 'are$ia $ho$arse $om a
autonomia do indi6duo
2amos nos dedi$ar ini$ialmente a este segundo argumento
LQui são sugeridos dois 'ro$edimentos de 'ensamento Em
'rimeiro lugar seria de se 're$aer $ontra um a$ento eRagerado da
id#ia de autonomia E 're$iso di*ere n$iar entre o Que # eR$lu6do
moralmente e o Que # $riminalmente eR$lu6do 2isto uridi$amente,
'artindo de uma isão moderna, $ada um 'ode *a0er $om sua ida o
Que Quiser, desde Que não 'reudiQue o bem de outrem 2aler o
mesmo 'ara o ulgamento moral[ P or eRem'lo, a 'essoa Que não
Quer se moderar, seria 'ois lire 'ara ser $omo ela Quer, s Que seu
$om'ortamento seria re'reens6el Soaria de *ato estranho se
algu#m Quisesse di0er Que # $ho$ant e Quando algu#m se $om'ort a
de maneira in$ontrolada Tale0 utili0amos a 'alara V$ho$anteU na
ter$eira 'essoa a'enas Quando na segunda 'essoa *aiamos de
Vestado de indignaçãoU, onde um outro # atingido negatiamente
Xas mesmo Que não esti#ssemos $ho$ados $om ele, haer6amos
de o re'reender e des're0ar Em bree 'oderei eR'li$ar isso de
maneira mais 're$isa
G segundo modo de 'ro$eder seria 'ensar Que numa moral
moderna somente se 'oderia re$onhe$er aQuelas irtudes e aQueles
6$ios em relação  ida 'r'ria, Que t]m uma 'retensão de
uniers alidade Isso s 'odem ser aQuelas Qualidad es de $arter
Que, 'ossu6das 'or uma 'essoa, a 'reudi$am ou lhe são danosas,
QuaisQu er Que seam seus obetios  9esse $aso se in$luem as duas
irtudes $ardeais autore*eridas, $itadas 'or 

@
\right Era $ontra'artida , deers eia di0er daQuelas Virtud esU,
$omo as a'resenta Xa$lntZre , 'or e?emplo, a 'artir do $atlogo de
irtudes de Benam6n Fran8lin (3:<), Que se a'roRimam da
a'li$ação e da bus$a do su$esso, Que elas são atribu6 eis a'enas
hi'oteti$ament e, a saber, independente de determinadas metas Que
o indiiduo se $olo$a Isso signi*i$a ria Que as me$as es'e$iais Que
se $olo$a o indi6duo sio moralmente neutras Tamb#m na
'ers'e$tia moral 'ermane$em $om'letamente na es*era da
autonomia do indi6duo Isso 'ermitiria urna di*eren$iação
signi*i$atia em meio s virt"des e i$ios autore*eridos& aQueles
Que somente re'resentam $ondiç"es ne$essrias 'ara determinados
$on$eitos de ida ou tamb#m aQueles Que se re*erem a
determinadas $onenç"es so$iais moralmente neutras, de um lado,
e de o"tro, aQueles Que são $ondiç"es ne$essrias 'ara QualQuer
*iRação de metas e 'ara QuaisQuer $on$eitos de ida Somente os

^ltimos
negatio'oderiam, no $aso, ser
ter uma 'retensão istos $omooumorais,
de re'reensão isto # em $aso
de des're0o
Isto $ertamente # uma di*eren$iação im'ortante Xas ainda
não *oi $itado um argumento 'orQue tamb#m este gru'o mais
restrito de irtudes autore*eridas deeria ser isto $omo moral,
dentro de um $on$eito 8antiano LQui ainda se sugere uma reisão
$on$eituai bem di*erente Subentendi na segunda e ter$eira liç"es
Que no em'rego gramati$almente absoluto do gru'o de 'alaras de
VmussU (Vtem deU) e no em'rego gramati$almente absoluto do
gru'o de 'alaras de VgutU (VbomU% VbemU) eR'ressamse na
erdade nuanças di*erentes mas Que são $oeRtensias Xas o uso
ling76sti$o e os modos de $om'ortamento $orres'ondentes 'are$em
indi$ar Que o em'rego gramati$almente absoluto de VgutU
(Vbom>VbemU) eR$ede ao de VmussU (Vtem deU) 9o em'rego
absoluto de VmussU aloase sem're a eRig]n$ia re$6'ro$a, e onde
esta # 'reudi$ada, *i$amos indignados, ran$orosos e sentimos
$ul'a Xas # absolutamente eidente Que ulgamos algu#m $omo
bom ou mau en5uanto ser humano (e não $omo $o0inheiro, et$)
sem Que
estes sentimentos es'e$i*i$am ente morais esteam im'li$ados E
ra0oe6 de*inir desta maneiia o sentimento de des're0o, e o
sentimento 'ositio $ontrrio # a admiração Podemos, na erdade,
tamb#m admirar seres J humanos em sea Qualidade, enQuanto
$o0inheiros ou 'ianistas, mas tamb#m *a0 'er*eitamente sentido
admirar ora ser humano $omo ser humano, e $ontudo sem QualQuer
$onotação moral Somos mais ou menos da o'inião Que ele $ondu0
sea ida de em modo eRem'lar, assim Que desenoleu Qualidade s
de $arter autore*eridas, as Quais tambémcada$"m desearia 'ara
si mesmo
L 'artir disso 'odemos di*eren$iar signi*i$ atiamente tamb#m
os a*etos autore*eridos negatios, o sentimento bsi$o da ergonha
e o sentimento de $ul'a, Que at# agora $onsiderei indist intos L
ergonha # o sentimento de 'erda da autoestima/ re*erese
'ortanto essen$ialmente  $ons$i]n$ia de Vnão ser bomU Por isso
este a*eto atinge at# onde *a0 sentido sentirse $omo Vnão bomU&
$omeçando $om Qualidades 'elas Quais nada se 'ode *a0er 'ara
su'erar a ergonha  sentese ergonha 'or um de*eito *6si$o, mas
tamb#m sentese ergonha 'or um mau $om'ortamento daQueles
aos Quais estamos ligados $om a m reali 0ação de $a'a$ idades
Que são im'ortantes 'ara algu#m (o mau desem'enho do
iolinista), e $hegando at# aQuilo Que at# aQui $hamei
indistintamente de ergonha $entral e Que agora 'ode ser
*ormulado assim& Que ns nos sentimos des're06eis Isso 'or sua
e0 'ermitiria duas *ormas& sentir o seu $om'ortamento $omo
moralmente mau  indignante  ou então $omo meramente
re're ens6 el, des'r e06e l G Que di*eren$ia a ergo nha moral
deste $on$eito mais am'lo da ergonha # o sentimento de $ul'a G
$orrelato 'ositio da ergonha nesse sentido bsi$o (re*erido a

outrem)
liga $om#oasentimento
admiração de
$omo serela
$ul'a humano, e s onde
tem o sentido a ergonha se
es'e$i*i$amente
moral L ergonha est rela$ionada $om Vnão bomU, o sentimento
de $ul'a,  iolação do VmussU (V tem deU)

@H
Xas não s essa ergonha bsi$a tem um al$an$e maior do Que a
$ul'a, não s o em'rego gramati$almente absoluto do VbomU tem maior
al$an$e Que o em'rego gramati$almente absoluto do VtemdeU G$orre
tamb#m o $ontr rio/ eRiste uma sobre'osição Tamb#m o Vtem deU,
isto Quer di0er, aQuilo Que eu denominei de sanção interna 'ode ter em
al$an$e maior do Que a *undam entaç ão atra#s de Vbom%mauU Foi
atra#s deste $rit#rio Que na segunda lição, sem  tirar esta
$onseQ7]n$ia ulterior, di*eren$iei as regras $onen$ionais das morais
Pro aelmente tamb#m aQuilo Que sentimos $omo sentimento ir
ra$ional de $ul'a re'ousa sobre uma sanção interna Que nos #
ineR'li$el 'orQue ela, de *orma alguma, est ligada a uma aaliação
ou de QualQ uer *or ma não a uma aaliação Que 'ossa ser retomada
$ons$ientemente
Esta di*eren$iação entre Vtem deU e VbomU, ambos entendidos no
sentido gramati$almente absoluto, ou sea, entre a dimensão da

oadmiração
des're0o enQuanto ser humano
 e a dimensão   Qual $orres'onde,
da re'reensão es'e$ialmentenomora
lado negatio,
 da Qual
*a0em 'arte a indigna ção, o ran$or e o sentiment o de $ul'a  mant#m
em todo $aso seu bom sentido, ainda Que se 'ossa mostrar Que as
irtudes *undamentais autore*eridas (Que não se re*erem a $on$eitos de
ida es'e$iais) deem ser $om'reendidas moralmente
E e*etiamente assim[ Poder6amos di0er em 'rimeiro lugar& Quem
não tem estas irtudes tamb#m não 'ode agir moral e res'onsaelmente
G eRem'lo $onhe$ido, Que 'ode ariar  ontade, # o do ser humano Que
não 'ode $ontrolarse no 'ra0er al$oli$o e 'or isso '"e em 'erigo a
outrem L ra0ão 'orQue estes 6$ios autore*eridos deeriam ser
$onsiderados amorais seria então indireta& Quem tem Qualidades de
$arter Que o im'edem de se $om'ortar res'onsaelmente, tamb#m não
est na $ondição de $om'ortarse res'onsaelm ente diante de outrem
Podemos $ontudo duidar Que este argumento 'ossa ser a'li$ado
no $aso de todas as irtudes autore*eridas Que se 're
tende tomar $omo uniersais G Que a$onte$e, 'or eRem'lo, $om a
irtude da ataraRia, a serenidade, Que $ada um desea, embor a eão
no eRtremo da a'atia[ Possielmente tamb#m aQui se 'ode
$onstruir um argumento anlogo indireto 2eremos $ontudo Que
Ldam Smith desenol eu um argumento engenhoso e, me 'are$e,
$onin$ente, 'ara mostrar $omo as irtudes uniersais auto
re*eri das são $om'reendidas diretamente a 'arti r do im'eratio
$ategri$o, isto #, desde o 'rin$6'io $omo irtudes do
$om'ortamento intersnbetio (d#$ima Quinta lição)

@;
2ECI)A SE.62A LIÇ=O A !tica a
icomaco de Aristótees: As
di-i%udades do (onto de (artida?

Di*erentemente do Que ocorre no $aso da Fundamentação da


metafísica dos costumes de Yant nao # de modo aigum eidente do
Que 'ro'riamente trata a Ética a ^Nicomaco de Lristteles 1
indiQuei anteriormente Que a eR'ressão eti$aU, Que em grego
eQuiale a Vdoutri na do $arterU, # 'ou$o elu$idati a (' <;), mas,
do modo $omo Lristtel es eR'l6$ita seu tema nos $in$o 'rimeiros
$a'6tulos do !iro I sua 'osiç ão 'are$e $lara  L Questão # a do
su'remo e abrangente bem 'ara o indi6duo Tamb#m neste modo
de 6ai ar, do ?o bemU, h urna di*i$uldade ling76sti$a, a Que 
$hamei a atenção (' 33?), mas isto não nos dee 'reo$u'ar G Que
temos em ista # $laro Podemos re*ormular a Questão, sem
em'regar a eR'ressão Vo bem, da seguinte maneira& o Que ns,
seres humanos, Queremos, em ^ltima instân$ia e totalmente, em
nossa ida[ Lristteles elu$ida isto, eR'li$ando Que a res'osta
triial a esta

_ Tradução de dem ando Fio de L*meida F6e$8 


Questão # a de Que Queremos Que nos  bem ,dass es einem gut
gehf< ,eu #rattein< (3A4;al4) L Questão #, 'ortanto, a seguinte&
Quando di0emo s Que algu#m ai bem[ Como uma res'os ta triial
ulterior a esta Questão, Lristteles men$iona Va *eli$idadeU,
eudaimonia (3A4;a 3:) Koue d^ida sobre se esta 'alaragrega #
melhor tradu0ida 'or V*eli $idade U "B:liick0<( mas não $reio Que
erremos em *a0]lo, 'ois o Que im'orta # Que aQuilo Que esta
'alara eR'r essa a'areça $omo res'osta triial eidente I Questão
VQue Quero em min ha vidaH& Lssim Lristteles 'retendeu ser
entendido 1\WUalBs$9 Todos, a*irma, $on$ordam em Que Querem
ser *eli0es e em Que Querem Que lhes  bem e a Questão #, então,
em 5ue ]em a *eli$idade, ou, como se dee de*inila
Até aQui 'are$e, 'ortanto, $laro Que o tratado aristot#li$o sob o
t6tulo VEti$aU não seria uma #ti$a ou teoria moral, mas uma teoria
da *eli$idade Deese, 'or#m, indag ar natura lment e 'or Que era
im'or tante 'ara Lristteles 'ergunta r 'ela *eli$idade[ E então a

moral ir imediatamente


#, na erdade, $omoares'osta
em Que $onsiste L Questão
*eli$idade, de Lristteles
mas tal Questão não #
tão ino$ente $omo soa de in6$io, 'ois a intenção # mostrar Que a
*eli$idade $onsiste no $om 'reendersemoralmente, e, assim,
naturalmente, algo tamb#m dee ser dito sobre em Que $onsiste a
moral 9ão seria, 'ortanto, *also di0er Que o liro # uma #ti$a em
nosso sentido, uma *iloso*ia da moral, mas # $ertamente
im'ortante 'er$eber Que e 'or Que a Questão da moral # *ormulada
deste modo indireto
 'or sobre a Quest ão da *eli$ idade 
Lrist tele s # aQui inteirame nte dis$6' ulo de Platã o Platão
$ontribuiu relatiamente 'ou$o 'ara a $om'reensão da de*inição
de moral, 'orQue isto lhe 'are$ia mais ou menos eidente a 'artir
da tradição, e toda a 'roblemti$a $on$entraase 'ara ele na
dis$ussão $om os $hamados so*istas, os iluministas e $#ti$os de
seu tem'o, Que $ontra a sueição  moral tradi$ional, de*endiam a
ida do bemestar, do go0o e do 'oder Lssim
'ara Platão, a Questão da moral $on$entrouse na Questão 'eios
bons motios Que temos 'ara sermos morais +ma e0 Que os

so*istas
de sua 'unhar'
dis'osiçãoseusem
interlo$ut ores diante
renun$iar, da Questão
'or alores 'elas ra0"es
morais, sua
*eli$idade, P6atão 'ermitiuse a'resentar sua 'osição em *aor da
moral, ao modo de seus o'ositores, 'ro$urando mostrar 
es'e$ialmente no :.rgias e na -e#blica  Que 're$isamente a
ida moral # a ^ni$a ida *eli0
Lristteles segue em tese o mesmo $aminho, mas enQuanto
Platão, em seus dilogo s de dis'uta, sem're di0 eR'li$itamente de
antemão Que se trata da relação entre *eli$idade e
moral, o ra$io$6nio na Ética a Nicmaco # menos trans'arente Em
e0 de mostrar , $omo Platão, Que uma# $ondição da outra, os dois
temas são *undidos
9a erdade, o 'rimeiro 'asso de Lristteles (no $a'6tulo I <)
ainda se in$ula de modo estreito a Platão, e tamb#m meto

dolog i$ame nte/ abandonao, 'or#m, então, 'ara adota r, em I, 5,


um 'onto de 'artida inteiramente noo e 'ara ele de$isio Em I,
<, Lristteles segue um m#todo Que em'rega *reQ7entemente
tamb# m em outros $onteRt os, 'ergu ntando ini$ial mente Qual # a
o'inião das 'essoas sobre a *eli$idade[ Se obseramos os modos
de ida dos homens, resultam tr]s res'ostas& alguns bus$am a
*eli$idade $laramente no go0o outros na ida $ontem'latia,
outro s ainda na ida 'ol6ti$a, isando  honra , e honra remet e 
irtude Platão teria eRaminado a dial#ti$a interna destas
$on$e'ç"es de ida/ da 'ers'e$tia de Platão deeria ser
mostrado Que a ida absorida 'el o g0o # um engano e Que a
ida irtuosa # a ^ni$a Que 'ossibilita o bemestar Platão teria
admit ido as res'o stas de seus interlo$ utores e eRamin aria suas
$onseQ7]n$ias e eentuais $ontradiç"es, e  'oder6amos 'erguntar
 não # este o ^ni$o $aminho $orreto/ 'odemos *a0er algo
dierso[ }J

Lristteles $laramente o $r] assim, 'ois renun$ia a tal 'ro
$edimento dialgi$o, deiRa de lado as tr]s $on$e'ç"e s de ida
e 'ro$ura tratar do 'roblema em I, 5 de um 'onto de 'artida
inteiramente noo, o da 'r'ria $oisa, 'or assim di0er Platão, o

autor dos dilogos ('ossielmente não Platão, o mestre da


L$ademia), teria tale0 dito ser im'oss6el tratar do 'roblema,
'artindo da 'r'ria $oisa e não dis$utindo a s o'ini"es eRisten tes,
e $reio Que teria tido ra0ão, 'ois aQu i não h $oisa algum a 'or si
eRistente/ a $oisa de Que aQui se trata  a *eli$idade nos # dada
a'enas subetiamente, e, 'or $onseguinte, em o'ini"es
G noo 'onto de 'art ida em ! 5 o$orre abru'tamente, e a
aaliação adeQuada deste 'onto de 'artida *iios*t$omorai de
Lristteles de'ende da $om'reensão $orreta da ru'tura entre os
$in$o 'rimeiros $a'6tulos e este seRto, e ainda da di*6$il seQ7]n$ia
de 'assos das 'rimeiras trinta linhas deste $a'6tulo
De in6$io, 'odemos a'arentemente a'enas es'antarnos
Lristteles eR'li$a Que em todas as $oisas Que 'ossuem uma
*unção ( Funktion( ) (ergon ), o $um'rimento da *unção * o bem, e,
'odese $om' letar, $hamamos as $oisas a este res'eito de boas e
ms E, uma e0 Que os homens não são inertes e 'ossuem
eidentemente uma *unçã o, o Que 'ermite Que uma ida a'areça
$omo boa tem de ser o bom desem'enh o desta *unçã o (l.4>b=?
<<)
Foi naturalmente esta 'assagem Que enganou Xa$6ntZre e o
*e0 'ensar Que Lristteles teria $om'reendido o moralmente bom,
as irtudes, em um senti do *un$i onal Xas tal 'assagem, muito
al#m„e Xa$6ntZre, tomouse em grande 'arte da tradição e da
inter'retação aristot#li$as o 'onto de 'artida da $on$e'ção de Que
Lristteles teria $onstru6do sua id#ia do moral sobre o Que ele
$onsi deraa a nature 0a do homem 9este $aso, seria, 'ortant o, a
coisa a Que Lristteles, em o'osição s id#ias $orrentes,
retomaria, uma $on$e' ção da *unção, isto #, da nature0a do
homem Isto leou  id#ia de Que aQui se en$ontraria uma
$on$e'ção%meta*6si$a, e  imos (' >;) Quão obs$uro # o re$urso
a uma su'osta nature0a, em Que $landestinamente se

;9
introdu0 toda sorte de elementos normatios a serem então eR
tra6dos magi$amente $omo $on$lusão moral

9a tradição aristot#li$a, 3, 5 # a 'assagem de$isia em Que


Lristteles a'ela a uma nature0a humana, a Vteleologia meta*6si$aU,
$omo Xa$lntZre a denomina 2eamos, 'ois, $omo o teRto
realmente dee ser $om'reendido $onde residem as reais
di*i$uldades
Em 'rimeiro lugar, # inegel haer uma ru'tura entre os
$a'6tulos 3;, de um lado , e 5, de outr o Em e0 de 'art ir das
o'ini"es dos homens sobre o seu bem no sentido de *eli$idade),
Lristteles 'retende, $omo men$ionei, 'artir da $oisa L $oisa
deeria signi*i$ar então o sentido de *eli$idade Em e0 disso, um
$on$eito inteiramente dierso de Vo bemU # subre ' ti$iamente
introdu0ido VG bemU, $omo entendido nos 'rimeiros $a'6tulos, era,
segundo a*irma Lristteles na 'rimeira *rase do 'rimeiro $a'6tulo,
aQuilo a Que as'iramos Seria ainda $om'reen s6el, se agora, $omo

o *a0 em uma 'assagem 'osterior (III, <( Lristteles tiesse


introdu0ido, em e0 de aQuilo a Que *ati$amente as'iramos, o
Vdigno de as'iraçãoU, aQuilo Que Vem erdade QueremosU
(333<a=<) Tamb#m isto re'resentaria um salto em Que se 'oderia
su'or um $onst ru$to meta*6si$o Xas em !  Lristteles re$orre
mesmo a um sentido inteira mente distint o de *alar em Vo bemU& Vo
bemU não no sentido de aQuilo a Que as'iramos ou (tale0/ segundo
III, 5) a Que deer6amos as'irar, mas Vo bemU no sentido de aQuilo
'ara Que algo eRiste
Este 'asso, sem d^ida,,de e*eito ini$ialmente so*6sti$o,
remonta a uma 'assagem ao *inal do !iro I da -e#blica de
Platãok onde S$rates $on*unde seu interlo$utor Tras#maco $om a
mesma su'osta identi*i$ação do bem enQuanto o Querido, $om o
bem, enQuanto o isado $omo !im$ G dilogo 'r#io $om Tras6ma$o

en$errase $ommas,
identi*i$ação, sua $omo
a'arente derrota,
Platão al$ançada
não retoma estamediante tal 
identi*i$açãok
'are$e bastante $laro tratarse de uma da
Quelas distorç"es irni$as inten$ionais Que, nos dilogos so$rti$os,
deem estimul ar o leitor  re*leRão Em Platão, trata se, 'ortanto,

de um eR'ediente
Lristteles de 'restidigitação
ter 'retendido não aleado a s#rio Pode
*a0er deste so*isma
base de sua #ti$a[
Lristteles *oi mani*estamente da o'inião de Que 'oderia dar
um sentido ra$ional ao Que ini$ialmente deia 'are$e r um 5uid #ro
5uo  Para isso deemse $onsiderar duas su'osiç"es adi$i onais Que
'ara Lristteles se mant]m neste $onteRto e das Quais ao menos a
'rimeira # men$ionada nesta 'assagem, ainda Que a'enas de modo
ago Se 'erguntarmos 'elo V'ara Qu]U da VobraU 7LeistungU)
(ergon ) de um ser io, esta não dee ser $om'reen dida no sentido
*un$ional normal, $omo Quando di0emos Que o ma$hado eRiste 'ara
$ortar lenha ou o olho 'ara er G ser io não eRiste 'ara algo
dierso como o ma$hado ou o olho, mas sua V*unçãoU ,BFunktion f)
$onsiste a'enas na auto'reseração Se 'erguntarmos, no $aso de
um ser io, 'elo seu 'ara Qu], este $onsiste uni$amente em ier e
em ier bem 3 Esta # a su'osição Vmeta*6si$aU de Lristteles, Que
'are$e, $omo tal, tão $orreta Quanto ino*ensia/ em 'arti$ular, não #
atribu6do (at# aQui) a esta su'osição nada de o$ultamente
normatio
L segunda su'osição adi$ionai # a de Que, segundo Lristteles,
aQuilo a Que um ser io, mas em 'arti$ular o homem as#ira em
^ltima instâ n$ia, # sua ida, isto #, seu ser LQuil o a Que todos
as'iramos # ier e ier bem Isto 'are$e tão triial $omo a tese
dos 'rimeiros $a'6tulos, segundo os Quais as

3 C* 'a ra o Qu e !oi dito acima, es'e$ialmente "anto ao $ontraste entre o ma$hado e
o ol)o, #e Ani ma II, i 9 a Éti ca a ic$maco I$ 5 a tese de Qu e o ergon  a obra
( Lei stu ng< $ do ser io j a ida j men$ionada a'enas de modo bree mas su*i
cientemente un6o$o 3A4>b<<)

= C* na !ti ca a Nic.maco es'e$ialmente os $a'6tulos Ic > e 4

;
'iramos a Que nos  bem Com a tese de Que nisto se trata de
nossa ida  uma tese Que Keidegge r adotou ao di0er Que 'ara o

homem se tratâ de seu ser # sim'lesmente a$entuado Que o bem


estar em Questão se dee re*erir  ida em sua totalidade G
mesmo, no entanto, tamb#m  est $ontido na 'alara
V*eli$idadeU
Com estas duas su'osiç"es adi$i onais # remed iado o Que
ini$ialmente 'are$ia uma ru'tu ra entre os $in$o 'rimeiros $a
'6tu los e o seRto, 'ois, se a *unção do ser io, e em 'arti$ular a
do homem , $onsis te na ida e na ida boa, e ier e ier bem #
aQuilo a Que sem're as'iramos, então o bem a $uo res'eito aQui
se 'ergunta 'are$e ser id]nti$o ao bem de Que anter iormente se
*alaa Poderseia at# mesmo di0er Que o Que Lristteles eR'"e
aQui # sim'lesmente o Que suba0ia im'li$itamente aos tr]s modos
de ida men$ionados em ! <& são tr]s $on*iguraç"es da ida boa
Esta inter'retação 'ermite integrar o noo 'onto de 'artida de
! 5 na 'osição da Questão,dos $in$o 'rimeiros $a'6tulos L
Quest ão 'ermane$eria ainda& Em Que $onsiste a *eli$idade no
sentido subetio dos 'rimeiros $a'6tulos[ !ã a 'ergunta era/ G
Que signi*i$a Que algu#m ai bem[ Gu dee agora a *eli$idade ser
entendida em um sentido de algum modo obetio, de tal maneira
Que o sentimento do homem não de$ida Quando ele # *eli0, mas ele
ser *eli0 Quando reali0ar bem aQuilo 'ara Que eRiste, o Que #
$ertamente a'enas sua ida 'ara a Qual sua as'iração subetia est
de QualQuer modo dirigida[ l se 'ode obserar Que a erdadeira
di*i$uldade de I, 5 # a de Que este $a'6tulo se mant#m em uma
inde$isão 'erigosa e 'e$uliar entre a ersão subetia ini$ialmente
men$ionada e a ersão obetia eo$ada 'ela 'alara VobraU
(VLeistung U) G 'onto de 'artida $om o $on$eito de obra nas
'rimeiras *rases do $a'6tulo mant#m as duas ias abertas/
$onsiderando ambas as su'osiç"es adi$ionais, ainda não se 'ode
*alar de uma ru'tura, mas uma tal ru'tura se tomou agora ao
menos 'oss6el
9as *rases seguintes, mediante a introdução do $on$eito de
logos( # traçada a distinção entre a obra ,Leistimg< da ida

es'e$i*i$amen
Blogos U dee teserhumana e aaQui,
tradu0ida da ida dosna
$omo outros animais
maioria  'alara
dos $asos no
de$orrer da Ética a$Nicmaco_ 'or Vre*leRãoU ,ber$ iegung )
EnQuanto os outros animais, $om relação a seu bem estar, estão
determinados uni$amente 'or seus sentimentos de 'ra0er e
des'ra0er, no $aso dos homens estes sentimentos 'odem ser
dirigidos 'ela re*leRão, Temos não a'enas sentimentos e a*etos,
mas a 'ossibilidade de nos $ondu0ir re*leti damente em relação a
eles, e nosso bemestark nossa *eli$idade no sentido subet io,
de'ende de Que o *açamos bem Este 'asso 'are$e $onin$ente e
nada ulga ante$i'adamente em *aor de um $on$eito de *eli$idade
de algum modo $om'reendido obetiamente
Lo $on$eito de re*leRão in$ul ase imediatamente, tanto no
teRto de ! , $omo no Que di0 res'eito  'r'ria $oisa, o $on$eito
de arei* , e # somente agora Que se tem de de$idir se Lristteles
'retende reali0ar um giro obetio na Questão da *eli$idade,
mediante o noo 'onto de 'artida no $on$eito de obra
Ini$ialmente se 'oderia inter'ret ar tamb#m a 'alara Barel*I de
modo ino*ensio L*irmei anteriormente Que tão logo nos
$om'ortamos re*letiaamente $om relação a nossos a*etos,
deemos 'erguntar se o *a0emos bem ou mal Xas o Que signi*i$a
isto[ Wual # o 'adrão de medida da re*leRão $orreta[ Se
Lristteles se mantiesse estritamente a'egado  ersão
subetia, terseia de di0er Que o 'adrão de medida s
J 'ode se r o de se ntimentos, não ma is naturalmente os
sentimentos e a*etos indiiduais $om Que se rela$iona a re*leRão,
mas o beme star durad ouro, Que 'or sua e0 deeria ser o e*eito
desta relação de re*leRão $om os sentimentos indiiduais
9o !iro II ($a' 6tulos ? e ;), Lristteles *a0 algumas indi 
$aç"es sobr e o Que se dee entend er 'or uma a ret* 's6Qui$a
9esta 'assagem # men$ionada a $ara$ter6sti$a  indi$ada de

;H
Que uma arete 's6Qui$a tem sem'r e de ser enten dida $omo urna
he4is( $omo um V$om'ortarse ( ?ich9erhalten< 'ara $om os a*etos,
e, al#m disso , Que de e ser sem're enten dida $omo urna *irm e
dis'osição da ontade de es$olher $orretamente entre os
sentimentos ( #rohairesis ) L #rohairesis( a es$olha, # o resultado
de uma re*leRão (III, ?;) Todas estas $ara$ter6sti$as deiRam,
'or#m, em aberto $omo o 'adrão de medida da re*leRão dee ser
$om'reendido G Que $onsideramos Qiiando tomamos, no
continuam de nossas 'ossibilidade s de a*eto, um lugar determi nado
na aret*l G 'onto de is ta #, 'or sua e0, o bem estar ou alg o
'reiamente dado (ein 9orgegebener )[ 9este ^ltimo $aso, mas
somente então, estaria de$idido Que ha uma ru'tura em I, 5 *a$e 
'osição da Questão dos $in$o 'rimeiros $a'6tulos, e então seria
're$iso mostrar $omo a ru'tura dee ser eRatamente $om'reendida,
a Que o o"tro $on$eito de i?bomU Lristteles ta$itamente 'assou
G 'r'rio Lristteles sugere, Quando introdu0, em I, 5, o

$on$eito
analogia deestraret*(
ita aoQue
modo'retende $om'reend]lo
de *alar de aret*( obetia
onde est mente, em
a # $om
'reendida *un$ionalmente& da mesma maneira em Que *aiamos da
aret* de um $itarista, temos de *alar tamb# m da aret* do homem,
enQuanto homem (3A4:a4) Esta 'assagem a'roRima se ao mRimo
da inter'retação de Xa$lntZre de Que Lristteles 'ossui uma
$on$e'ção *un$ional Xas $omo deemos entender a analogia $om o
$itarista, se a atiidade de Que se trata no $aso do homem, enQuanto
homem, # ela 'r'ria a'enas sua reali0ação a*etia da ida
,affekti9er Lebens9oilzugV$
+ma inter'retação meramente *un$ional 'are$e, 'ortanto,
eR$lu6da +m 'onto de a'oio 'ara uma $om'reensão de algum
modo obeti a 'oderia ser o*ere$ido 'or um $a'6tulo da Física , em
Que Lristteles trata das irtudes da alma em analogia imediata $om
as irtudes do $or'o ( Física 2II<) 2irtude $or'oral #
es'e$ialmente sa^de, mas di0emos, tamb#m de outros seres ios 
animais e 'lantas não a'enas Que ão bem Quando
não es6ão doentes, mas Quando estão, al#m disso, igorosos e
*lores$entes ( euhe4ia , =?5b>)& 6ais são irtudes $or'orais

Lristteles
eR$el]n$ia (esboça na Físicado(2II
Vortrefflíchkeit< $or'o<)e um $on$eito
da alma& anlogo de
analogamente
irtude da alma, Que dee ser entend ida $omo uma deter minada
$onstituição ,Verfassimg< harmni$a $om relação aos 'r'rios
a*etos, a eR$el]n$ia do $or'o, $om a'oio eidente na medi$ina da
#'o$a, # $om'reendida $omo uma determinada $onstituição
harmni$a dos humores e estados do $or'o (a 'alara grega #athos
signi*i$a tanto VestadoU $omo Va*etoU ) L 'artir da6 'de ser dito 
e est e # um to#os a$olhido re'etidame nte at#  'si$otera'ia atual 
Que aQuilo de Que se trata 'ara ns  em um sentido agora
$ambiante entre o obetio e o subetio V#a sa^de da alma (e do
$or'o) Teria uma Vida reali0adaU ,Bgegliicktes LebenI< W $omo se
tradu0 'or e0es a 'alara eudaimonia( 'ara dest a$ar o mati0
tendente ao obetio do $on$eito de *eli$idade  Quem #
an6mi$amente são Tamb#m Platão  haia entendido a ida boa da
alma $omo sa^de da alma ,-e#blica ??;e), mas, nem 'ara Platão,
nem 'ara Lristteles, este 'onto de ista era de$isio,
eidentemente 'orQue era 'or demais indeterminado, 'ois 'are$e
muito menos $laro Quando algu#m # an6mi$amente são do Que
Quando # $or'oralm ente são E se o 'r'rio bemesta r não # aQui o
$rit#rio ^ltimo, tudo o Que se 'ossa imaginar 'oderia ser introdu
0ido a t6tulo de inter'retação G re$urso  sa^de da alma 'are$e
Quase tão 'erigoso Quanto o re$urso  nature0a do homem
Com'onentes normatios o$ultos seriam de se re$ear
Teremos de entender, 'ortanto, a re*er]n$ia  sa^de antes
$omo met*ora Tale0 se 'ossa *alar de um bemestar saudel,
mas terseia de de$idir o Que seria um bemestar saudel a 'artir
do 'r'rio beme star Isto nos remet e a uma di*eren$iação no
o$abulrio do 'ra0er ( Liist ), da alegria ( Frende< e do bemestar
En$ontraremos 'ontos de 'artida 'ara isso em Lristteles, Que
*oram a'ro*undados, todaia, somente 'or Eri$h Fromni +ma
teoriada *eli$idade em Que esta # realmen

=55
te entend ida em sentido subetio  beme star  de'ende de tais
di*eren$iaç"es Estas di*eren$iaç"es no estado 'ositio de

sentimentos ,#ositi9e :efühlszustãndlichkeit< 'are$em ne$essrias,


se aret* dee ser entend ida neste sentido sube tio $omo aQuela
'ro'riedade do $arter Que # a $ondição 'ara Que algu#m  bem
2m \, Lristteles dei?a transparecer este sentido subetio
no o$abulrio da aret* e da *eli$idade/ ao mesmo tem'o sugere,
'or#m, em entendimento obetio de aret*' Este não 'ode ter o
sentido *un$ional (ou t#$ni$o, 'ara nos eR'ressarmos $omo en
=rig)t9 sugerido 'ela $om'aração $om o $itarista G sentido
inteiramente natural 'ara o ouinte da lição de Lristteles sesta
'assagem # o sentido, habitual no uso ling76sti$o, de irtude moral
LQu6 Lristteles ainda não toma isto eR'l6$ito/ na dis$ussão das
irtudes Que se segue na Etica a Nicomaco isto se toma
inteiramente $laro, 'elo *ato de as aretaí serem rela$ionadas a
louor e $ensura (33A5b=5 e #as$ sim<'

Lssim o realmente dis$ut6el no ra$io$inio deste $a'6tulo I, ,


de$isio 'ara toda a 'osição do 'roblema da Etica a Ni$ cmaco,
não #, nem o salto Que $onstatei do Que # Querido ao 'ara Qu#
(Lristteles não 'ode, $omo imos, integrar ambos os 'ontos de
ista de maneira eidente), nem a orientação 'elo *un$ional
(natural  'elo 'onto de 'artida no $on$eito de er$ gon( obra
LeistungH< admitida 'or Xa$l ntZre, e, de *ato, de se su'or 'elo
eRem'lo do $itarista, mas a 'assagem t$ita do Que 'ode ser
designado $omo irtude, no sentido de dis'osição 'ara a *eli$idade
(:liicksdis#osition ), 'ara irtudes no sentido moral, 'ortanto da
Questão sobre o bem $omo o realmente Querido , 'ara a do bem
$omo, o so$ialmente a'roado Pode se $ensurar Lristt eles 'or
ter deiRado de elaborar o $on$eito `de irtude moral enQuanto tal,
$omo tamb#m deiRou de elaborar o $on$eito de moral em geral
Da6 de$orre Que toda a doutrina da irtude de Lristteles os$ila
entre as duas 'ossibi
lidades& tratase de irtudes de *eli$idade ( :lückstugenden ) ou de
irtudes morais[ Lristteles 'retende naturalmente mostrar,

eRatamente $omo
irtudes morais Platão
# *eli0 'retendeu, Que
Considerarseia, somente
'or#m, Quem 'ossui
mais adeQuado Que
ambos os $on$eit os tiessem sido de in6$io nitidame nte se'arados
Então se 'oderia 'erguntar de maneira mais $lara em Que medida
um # $ondição do outro
Para nossa inter'retação da doutrina da irtude de Arist7teles,
seguese Que temos de manter ambas as Quest"es diante dos olhos& G
Que a doutrina aristot#l i$a da irtude o*ere$e a uma teoria do moral
e o Que o*ere$e a uma teoria da *eli$idade[

;
2ECI)A TERCEIRA LIÇAO A
doutrina da /irtude em Aristótees?

Seria natural de$idir desta ou daQuela maneira a di*i$ul dade


surgida na *ormulação da Questão de Lristteles  tralase de
irtudes de *eli$idade ou de irtudes morais[ , 'erguntando Quai #
'ara ele o 'adrão de medida da re*leRão 'rti$a 9a re*leRão 'rti$a
(#hronesis), tratase do $om'ortamento $orreto $om relação aos
sentimentos imediatos, aos a*etos, e  indiQuei Que, segundo o
'adrão de medida deste `$orretoU, sea a *eli$idade ou o louor, as
irtudes se mostrarão $omo irtudes de *eli$idade ou $omo irtudes
morais Como 'adrão de medida da re*leRão, Lristteles men$iona,
todaia, Vo meio termoU ( meson ), e este $on$eito # tão
indeterminado Que 'ode, 'or sua e0, ser $om'reendido, tanto em
um $omo em outro sentido
ERaminemos os teRtos releantes G $on$eito de meiotermo #
introdu0ido em II, ; Lntes *ora es$lare$ido Que uma irtude
$onsiste em uma *irme dis'osição da ontade $om re*er]n$ia a um
dom6nio de a*et o ou a um dom6nio de 'oss ibi

_ Tradução de Fernand o Pio de Llmeida Fle$8 


lidades de ação 3, mas, $om Isto, a irtude # a'enas $lassi*i$ada na
es'#$ie #ro#riedade do car6ter( e a Questão # saber de Que maneira

uma$arter,
do 'ro'riedade boa( do
a irtode $arter
aret* ), do se distingue
6$io de ema
,kakía<( 'ro'riedade
L res'osta # a dem
Qu e
a irtude # o meiotermo ,meson< entr e um demais (ein Ku9iel< e um
de meno s ,ein Ku@enig< $om res'eito ao continuum de um dom6nio
de a*eto ou de um dom6nio de ação Tamb#m aQui Lristteles ale
se de uma id#ia  elaborada 'or Platão ,!olítico =:<s) Lssimk a
$oragem, 'or eRem'lo, # o meiotermo $orreto entre a $oardia e a
temeridade, isto #, o meiotermo $orreto com re*er]n$ia a i#eri ti< os
a*etos medo e $oragem (III, 4), e a generosidade, o meiotermo
$orreto $om re*er]n$ia ao dom6nio de ação do dar e do re$eber
dinheiro, 'or o'osição 'rodigalidade e ã aare0a (I2, I)
LQui se '"e imediatamente a Questão de saber se Vo meio
termoU # um 'rin$6'io genu6no Certamente não, se $om 'rin$6'io
se Quer di0er um $rit#rio atra#s do Qual # indi$ad o onde se situa a
linha entre o demais e o de menos Podese então 'erguntar& se o
'rin$6'ionão o*ere$e tal $rit#rio, não # então uma *rmula a0ia[
Lristteles men$ionou esta di*i$uldade em uma ^ni$a 'as
sagem, Que, no entant o, não 'ode ser des$onsiderada e # siste
mati$amente im'ortante Esta 'assagem situase no in6$io do !iro
2I Lristteles a*irma Que se, 'or eRem'lo, res'ond]ssemos 
'ergunta de $omo algu#m se 'ode tomar são, di0endo a'enas&
Quando se en$ontra o meiotermo, Quando não se *a0 nem demais,
nem de menos nada se diria, e se a$res$ entssemos& # o eR'erto
Que de$ide onde est o meiotermo, tamb#m

3 9 Kar6mann *ala em  âmbitos da ida` "BLebensgebieteD<' Com ra0ão, sublinha Que $ada
irtude # a maneira $orreia de se $om'ortar em um #e ri ti' C* B=^' Certdimensionen der
Ni ko ma ch isc hen Eth ikD (`Ls Dimens"es de 2alor da E&i$a $ 9i$ma $oUw , Berlim, 34??
(Lbhandlun gen der Preu ssis $hen L8ademi e), ' 5s & T  'resso em suas 3l ei ne re ?c hr ift en
"Escritos %enores w, Berlim 34;>, li 34is

9
nada seria dito, uma e0 Que a Questão #& segundo Que $rit#rio o
eR'erto de$ide[ = G leitor es'era a'render algo 're$iso sobre isto
neste !iro 2I, dedi$ado s $hamadas irtudes intele$tuais e
es'e$ialmente  sabedoria 'rti$a ( #hronesis) Isto, todaia, não
o$orre, 'ois o u60o do Que 'ossuia sabedoria 'rti$a C #hr.nimos)
# 'or sua e0 'ara Lristteles o $rit#rio ^ltimo <, lã ao introdu0ir o
'rin$6'io do meiotermo, Lristteles dissera (e re'etira na
a'resentação de $ada irtude indiidual) Que o meiotermo
$onsiste em Que se sinta 'ra0er ou des'ra0 er, Vonde se dee, $om
re*er]n $ia ao Que e $om res'eito a Quem e em ra0ão do Que e $omo
se de eU (33Ab`=3s) Sbio ou 'rudente # 're$isamente aQuele Que
re$onhe$e isto, e 'ara tal não se 'odem dar regras, Gbseres e
tamb#m Que na de*inição re $#m$itada, atra#s da Qual o meio
termo # es'e$i*i$ado, no VdeeU rias e0es re'etido, são 
men$ionados $rit#rios morais, Que, 'or#m, são $ons$ientemente
deiRados em aberto
G resul tado # mais insatis*atrio do Que Lristteles admite ,
'ois não 'ode ser su*i$iente di0er Que o modo $omo se dee agir #
inde$id6el segundo regras e Que a'enas 'ode ser indi$ado no $aso
indiidual, 'ois tal indi$ação # *eita 'or aQuelas 'essoas $a'a0es de
ulgamento no $aso indiidual, e então se 'erguntar o Que as
determina Eidentemente moemonos aQui em $6r$ulo G
determinante em ^ltima instân$ia # o *ati $amente a'roado 9ão
se tem de di0er então Que Lristteles sim'lesmente toma seu
$rit#rio da moral de seu tem'o[ E não se de$ide assim tamb#m a
Quest ão de Que 'arti no in6$io desta lição, ineQuio$amente, em
*aor da $om'reensão das irtudes $omo irtudes morais[
Esta # $ertamente em boa 'arte a eR'li$ação $orret a Xas não
se 'ode abandonar aQui o 'roblema, $omo habitualmente

 C- todo o %a(!tuo 4I, I e es(e%iamente  "Pb8s

P C- G^ 9a  s e %a ss in i.
se *a0, 'ois # somente agora Que ele 'ro'riamente $omeça G
re$urso, ao meiotermo entre eRtremos # realmente a'enas uma

*rmula a0ia[
moral, em Que9ão to$ou
*alar de aQui Lristteles
meiotermo na em as'e$tos
a$e'ção de genu6nos do
e5i6 $ librio
,Ausge@ogenheit< tem um sentido substan$ial[ Certamente isto
'ressu'oria Que 'ud#ssemos identi*i$ar os eRtremos 'or si mesmos e
não a'enas $omo demais e de menos $om relação ao meiotermo
LQui, no Que di0 eR'li$itamente, Lristteles nos abandona
Podemosk 'or#m, 'rosseguir nesta inestigação, entrando no
$onte^do de sua doutrina da irtude 9ão basta di0er Que Lristteles
# um *ilho de seu tem'o, 'ois *ati$amente ele não 'are$e re$orrer a
nenhum u60o moral realmente de'endente do tem'o ? Por isso
tamb#m não se 'ode di0er Que Lristte les $om'reende a morai Que
nos a'resenta $omo tradi$ionalista G $rit#rio de a'roação não #
uma tradição dada Certamente ele não men$iona nenhum outro
$rit#rio

Pare$e
irtudes sensat o 'erguntar
a'resentadas em 'rimeiro
'or Lristtele s estãolugar
'araem Que osrelação
$om as
deeres,
tais $omo os $onhe$emos do $oniratualismo e da $on$e'ção
8antiana, os $onhe$idos deeres negatios, 'ositios e $oo'eratios
LQui se 'rodu0 a'roRimadamente o seguinte Quadro&
eR$lusiamente o deer 'ositio do auR6lio en$ontra
$orres'ond]n$ia em uma irtude, a generosidade Gs deeres
$oo'eratios em sentido mais estrito ($um'rir 'romessas) 'are$em
*altar em Lristteles G deer negatio, tão *undamental 'ara a
$on$e'ção 8antiana, # leado em $onta 'or Lristteles

H 6em mes mo a corage m bélicae ãmegaioprepeia +magni-i%_n%ia0 (are%em %onstituir


e%eçes, a(enas (orue as %ondiçes (ara eas (ressu(em um %erto tamanho da
%omunidade e um %erto %onteto de (erigoV se estas %ondiçes se %um(rirem, isto F dados
estes `mbitos da /ida tais %ara%teres serão e-eti/amente dignos de a(ro/ação

=>=
em um de seus $on$eitos de ustiça (33<Ab<As) Xa$lntZre tamb#m
$hamou a atenção 'ara isso (3;As), embora diga, $om ra0ão, Que as
eR'li$aç"es $orres'ondentes de Lristteles são, antes, V$r6'ti$asU 
Em nosso $onteRto basta, 'or#m, obserar Que Lristteles
re$onhe$e inteiramente este dom6nio da moral,` e 'odemos tale0
$om'lementar Que 'ara este dom6nio alem regras (são
precisamente aQuelas Que o ui0 a'li$a, Quando $om'ensa um
il6$ito $ometido) Embora Lristteles não se re*ira eR'li$itamente a
regras, d i0 Que *alar de VmeiotermoU aQui tem um outro s entido, a
saber, o da $om'ensação ,Aus$ gleichs< 6 \\b_9$ LQui alem
regras, 'orQue são açGes Que se 'ro6bem
Seguese da6 Que o dom6nio Que Lristteles tem em ista $om
as irtudes não # um eQuialente tale0 malde*inido dos deeres
de ação e omissão da $on$e'ção 8antiana, mas Que as irtudes os
com#lementam  $om ou se m ra0ã o a 'artir de uma 'ers'e$tia
uniersalista  e ustamente nesta $om'lementação reside, em
'rimeiro lugar, uma am'liação essen$ial do #ositi9amente mandado
$om relação ao deer ^ni$o de auRiliar na ne$essidade da
$on$e'ção 8antiana, e, em segundo lugar, o Que # mandado não
$onsiste nun$a em açGes( mas ematitude s'
L Questão # agora $omo dee ser enten dida esta $om'le
mentação, Que no interior da #ti$a aristot#li$a 'odemos $onsiderar
$omo uma $om'lementação da ustiça, e a Questão u lterior ser de
saber se esta $om'leme ntaçã o # estra nha  'ers' e$tia de uma
moral uniersalista (de Que se dee agir e, eentualmente, ser
assim $omo # deseado a 'artir da 'ers'e$tia de QualQuer um)
LQui # im'ortante atentar a Que Quase todas as irtudes
enumeradas 'or Lrist teles são irtudes so $iais& $on$er nem ao
modo $omo nos $om'ortamos 'ara $om os outros, e não $aem
'ortanto, sob o eredi$i$ de Que em uma #ti$a moderna mente
entendida o modo $omo se 'lasma or
'ria ida dee ser mantido *ora da mora, isto s não ale 'ara
uma das irtudes tal $omo Lristteles as a'resenta, a tem'e ranea

,so#hros1ne<( e 'ara urna segund a irtude, a $oragem ,^0a#ferkeit ),


ale a'enas de modo limitado urna e0 Que a $oragem # aQueSe
destemor Que se dee mani*estar es'e$ialm ente Quando se trata do
bem da $omunidade) G *alo de Lristteles ter em ista em
'rimeira linh a irtudes so$iais tornase tamb#m is6el 'or ele
introdu0ir a irtude $omo atitude 'ara $om os a*etos e 'or
a'resentar os a*etos na -et.rica em gerai $omo re*eridos a outros
($* ‡<>:a=; e#i#oiois<' Xa enum eração dos a*et os da -et.rica ,
isto somente não se a'li$a ao temor ($* 3<:=a=3s), na da Etica a
Nicmaco (33A;b=3 s) o deseo tamb#m não se aus ta a este
esQuema/ o deseo, de Que Lristt eles ne$essita $omo *undamento
da irtude da tem'erança não se austa, de resto,  de*inição dos
a*etos -e$ordemos aQui, todaia, Que estas duas irtudes não
so$iais são ustamente as duas irtudes $ardeais 'ara $onsigo

mesmo a serem eentualmente entendidas $omo morais, assim


$omo as entenderam Kume e on \right (a$ima ' =?4=;A)
Ll#m disso, deese agora $onsiderar Que Lristteles, no $aso
da maior 'ane das irtudes, absolutamente não di0 Que se re*erem a
determinados dom6nios de a*eto, mas a determinadas aç"es ou
modos de $om'ortars e ,#ra4eis<' Lssim, a liberalidade # o usto
meiotermo entre o dar e o re$eber dinheiro, bem $omo a
megalo#re#eia (magni*i$]n$ia) Simil armente, a megalo#s1chia
(magnanimidade), $omo meiotermo adeQuado entre aidade e
'usilan6midade $om re*er]n$ia ao as'irar 'or e ao $om'ortarse
*a$e a honras 'restadas, # 'rimariamente re*erida  ação, e do
mesmo modo, en*im, as irtudes do $om'ortamento no $on6io
so$ial& amabilidade, era$idade ('or o'osição  a$tâ n$ia, de um
lado, e  ironia , de outro) e ami0ade i#hilía , $* II, >) Deese
$onsiderar Que as aç"es de Que aQui se trata não são de*inidas 'or
um estado *inal a Que se as'ira Lristteles distingue aç"es neste
sentido, Que ele desig

=>?
na $omo moimentos, daQuelas aç"es Que se 'ode designar
atiidades ( energeiai< e Que t]m seu *im em si mesma s; s aç"es a
Que se re*erem as irtudes na Ética a Nicmaco são todas atiidades
(o Que Lristteles tamb#m denomina #ra4eis em sentido mais
estrito), 'ois de outro modo seriam re*eridas ao ^ti6, e o ^til, bem
$omo o no$io, são adudi$ados 'or Lristteles, ao dom6nio da
ustiça (33<?a:, $* tamb#m K=4b=) Ltiidades e aç"es re*eridas a
um *im 'odem naturalmente $ru0arse 5/ a #ra4is do $om'ortamento
liberal 'or eRem'lo, im'li$a Que seam 'rati$adas aç"es indiiduais
re*eridas a um *im, o de auRiliar, mas o 'r'rio $om'o rtamento
liberal # um serativo 1ein 0atigsein), tem um !im em si mesmo 
Lgora emos #or 5ue * im'oss6el s irtudes no sentido de
Lristteles (de modo inteiramente dierso ao das irtudes de Kume
e de ou \right) indi$ar regras de ação/ não a'enas deido  $om
'leRidade eR$essia,mas 'or não se re*erirem absolutamente a
aç"es Que 'ossam ser de*inidas 'ela indi$ação de seus *ins
Lristteles re*lete aQui, 'ortanto, sobre um *ato *enom# ni$o Que
desde o in6$io não 'ode absolutamente ser de*inido 'or regras
Lgora tamb#m se 'ode $om'reender melhor at# Que 'onto o ser
assim Que se eR're ssa na irtude # o Que # em 'rimei ra linha
a'roado, e as aç"es em Que se mani*e sta, a'enas s e$undariamente,
e na medida em Que este serassim se mos tra nelas Com'ortarse
liberalmente, 'or eRem'lo, # a energeia (atiidade) de Que se trata e
Que somente 'ode ser al$ançada, se determinadas aç"es re*eridas a
um *im *orem 'rati$adas  Quais são estas, re$onhe$e Quem # $a'a0
de ulgar, em 'rin$6'io analogamente, 'or eRem'lo, a nadar, Que #
uma energeia (atiidade), Que somente 'ode ser reali0ada,
'rati$andose determinadas aç"es *inal6sti$as $om braços e
'ern as 

;C* Xeta*6si$a Ic 5 e meu Selbstbeusstsein und Selbsibes7mmung L uto$ons$i]n


$ia e Lutodeterminaçãow ' =3 ls
5 C* Selbstb euss tsein und Selbstbestinunung id
Wual #, 'or#m, o sentido de todas estas irtudes so$iais $omo
modos de serassim[ Tomemos a liberalidade (generosidade) e as

irtudes da so$iabilidade $omo eRem'los L liberalidade # $hamada


de irtude do Vdar e do re$eberU 9ela a 'essoa assume ema
determinadaat itude no continuum destes modos de $om'ortamento
interhumano G Que im'orta ao irtuoso não #, em 'rimeira tinha,
'rati$ar esta ou aQuela ação de dar ou de re$eber com seu *im
determinado, mas tal ação $om seu *im ser real i0ada em razão de
ema determina da atitude 'ara $om os outros Esta $onsiste em em
eQuil6brio entre 'rodigalidade e aare0a G aaro *e$hase aos
outros, o 'rdigo de $erto modo os 'ersegue De maneira similar, a
amabilidade # um eQuil6brio em uma outra dimensão do
$om'ortament o humano entre a adulação e a grosseria
Falar agora em eQuil6brio não # mais em'reg ar uma *r mula
a0ia, 'orQue os eRtremos t]m um sentido ' r'rio& r e're senta m as
'ossibilidades 'olares de*i$itrias na 'onte Que $ada um lança aos

outross nas
so$iai são di*erentes d imens"es do $on6io T op das estas ir tudes
e?celência3
em Que nosabrimos ou nos e $hanios diante dos ou tros G
eom'$rtarmento 'ara $omos outros #$omo um at'de eQuii
brismo entre a 'erda da relação e a 'erd a de si mesmo, entre
autonomia e de'end]n$ia (Be0ogenheit) Gs eRtremos são, de sua
'arte, modos de ser iden ti*i$eis, e esta # a ra0ão 'or Que *alar de
eQuil6brio não # uma *rmula a0ia
+ma irtude estreitamente rela$ionada  amabilidade # a
$ortesia Ltra#s dela 'osso elu$idar mais de 'erto a relação

entre a atitude e as aç"es em Que se mani*esta 2eremos ainda Que


a $ortesia # um modo de dar a entender Que res'eitamos os outros,
e nesta medida # uma irtude *undamental L$onte$enos
*reQ7entemente de ir a outros 'a6ses, onde não $onhe$e mos os
$ostumes de $ortesia Sa^dase $om in$linação, a'erto de mão,
abraço, beio, a'enas erbalmente, ou de outra maneira[ Tais são
as aç"es em Que se eR'ressa, em determina

=>5
da so$iedade, Que os outros são re$onhe$idos Wuais são estas
aç"es, aria de so$iedade 'ara so$iedade Wuem $onhe$e ou tras

$ulturas sabe Que nestas aç"es, $omo tais, não reside absolutamente
liada, mas elas são, dentro de $ada so$iedade, os s6mbolos
$onen$ionais 'ara eR'ress ar uma atitude Que, 'o r sua e0, não #
$onen$iona, E VQuem # $a'a0 de ulgarU ,#hro$ nimos< na
res'e$tia so$iedade, Que sabe Quando, Quem e como$alg"ém tem de
saudar  Lssim se 'ode entende r o Que nas irtudes desta$adas 'or
Lristteles de'ende dos res'e$tios J$ostumes de uma so$iedade e
o Que eentualmente # uma eRig]n$ia mora atem'oral Até agora
não se mostrou Que ser $ort]s, amel, liberal et$ são eRig]n$ias
morais uniersais / 'roiso riamente im'orta apenas obserar Que a
$ir$unstân$ia de sua $on*iguração, ser $onen$ional e distinta não #
uma ra0ão $ontra isto
Lmbos os as'e$tos agoradesta $ados, o de Que o eQuil6brio nas
di*erentes irtudes tem um sentido de $onte^do Que dee ser

entendido
Que se dee$omo um estar
distingui rela$ionad
r entre a atitudeonao$onen$io
'ermane$endonal
autnomo,
eR'ressa ee
suas $on*iguraç"es $onen$ionais, não *oram men$ionados 'or
Lristteles, mas se im'"em tão logo se $onsidere mais de 'erto`as
irtudes so$iais $omo ele as`des$ree 2eremos na 'rRima lição
Que somente a 'artir da *iloso*ia modema, atra#s da orientação
'elo esQuemasueitoobeto, surgiu um 'onto de ista Que 'ermite
a'reender $on$eitual mente esta estrutura bi'olar, e somente $om
Ldam Smith en$ontraremos um $rit#rio Que ''ssibiiita um
ulgamento moraiuniersal destas atitudes
Podem tamb#m as demais irtudes men$ionadas 'or Lris
tteles ser in$or'oradas neste esQuema[ 9ão a'enas no $aso da
tem'erança, mas tamb#m no da `mansidão_f (tem'erança na ira) e
no de outras reaç"es a*etias ao $om'ortamento, assim $omo no
bemestar ou não dos outros, 'are$e de$isio nas eR'osiç"es de
Lristteles Que, tanto o transbordamento 'elo res

=>>
'e$tio sentimento ou a*eto, $omo a insensibilidade Quanto ao
a*eto  o embotamento  são desa'roados Wuem, nas situaç"es

$orres'ondente
aberto ao mundo, s, ou
nãonão
sente
estira, $i^me,
aberto aos inea ou bens
res'e$tios 'ra0er, não est
e males
Que na maior 'arte das e0es estio 'resentes no $on6io Tamb#m
esta abertur a 'ossui ema bi'olaridade, embora não, entre a 'essoa
e os outros Isto toma mais di*6$il identi*i$ar os eRtremos $omo tais,
e atribuir, assim, um sentido 're$iso ao eQuil6brio 9ão obstant e,
estas irtudes 'are$e m tamb#m se $on*ormar, ainda Que de um
modo não tão sim'les, ao esQuema Que resultou no $aso das
irtudes es'e$i*i$amente so$iais Terse, todaia, de di0er Que
estas irtudes, uma e0 Que não são interhumanas, tamb#m
Quando $ont]m uma re*er]n$ia a outros, $omo no $aso da ira, são
autore*eridas selbst$ bezogen ), de ta modo Que, Quando
oltarmos  di*erença entre irtudes morais e irtudes de
*eli$idade, 'oderemos antes es'erar Que 'ossam ser entendidas
$omo irtudes de *eli$idade Certamente nos *alta
'roisoriamente um $rit#rio 'ara esta distinç ão Lris tteles não
*a0 di*erença alguma entre estas duas es'#$ies de irtudes 
so$iais (interhumanas) e autore*eridas , e 'odemos eR'li$ar isto
$onsiderando Que o moral em uma #ti$a ainda ligada a uma moral
tradi$ionalista não 're$isaa limitarse ao so$ial
Certamente teremos de nos 'erguntar tamb#m, inersamente,
se as irtudes so$iais não t]m de ser $om'reendidas, tanto $omo
irtudes morais, Quanto $omo irtudes de *eli$idade Isto nos
deeria tomar agora in$ertos, tamb#m Quanto ao $onte^do, $om
re*er]n$ia  di*erença a'arentemente n6tida entre irtude moral e
irtude de *eli$idade, Que *ora teori$ament e borrada 'elo 'onto de
'artida de Lris tteles
Embora Lristteles, Quanto ao $onte^do, se tenha orientado
'ela moral de seu tem'o sem Questionla, e a terminologia na
doutrina da irtude sea inteiramente moral, se nele se deem
'oder en$ontrar 'ontos de 'artida 'ara uma *undamenta

=>:
ção de sua doutrina da irtude e es'e$ialmente de sua orientação
'ela id#ia de eQuil6brio, tais 'ontos de 'artida deem ser 'ro$urados

antes de tudo em sua


es'e$i*i$amente doutrina
moral do 'ra0er,
ineRiste em 'ois ema *undamentação
Lristteles, at# mesmo
$on$eitualmente LQui seria natural su'or distinç"es
$orres'ondentes em seus dois tratados do 'ra0er ,Ética a Nicmaco
ˆ33 3=3; e c 3;) 1 indiQuei Que a usti*i$ação de Que um modo
de ie r sea melhor 'ara n7s do Que outro , somente # 'ensel
subetiamente e Que isto a'enas 'ode ser al$anç ado 'or uma
di*eren$iação dentro do modo de *alar de *eli$idade, go0o,
satis*ação e 'ra0er
Ls $onsideraç"es de Lristteles sobre o 'ra0er ou go0o
(heãon*< são mere$idamente $#lebres e *oram re$entemente
retomadas >, mas se mostram insu*i$ientes 'ara nossa Questão G
$erne da teoria aristot#li$a # o de Que o 'ra0er não # also a Que
'ossamos as'irar 'or ele mesmo, Que são, muito mai s as
res'e$tias atiid ades, aQuilo a Que as 'iramos , e Que o go0o # algo
Que então se a$res $enta , mostr ando Que o Que *a0em os de bom
grado ,geme < de$orre sem im'edime nto ,anem#odiston 33;<b 33)
G Que Lristteles 'ro$ura aQui antes de tudo # a demonstração de
Que não 'ode ser $onstru6da o'osição alguma entre irtude e bem
estar Para aQuele Que a 'rati$a 'or ela mesma, tamb#m, e
're$isamente, a atiidade irtuosa # uma atiidade reali0ada $om
go0o, se não *or im'ed ida Pre$isar 6amos, todaia , de algo mais&
da 'roa de Que a atiidade não irtuos a # menos 'ra0erosa
Lristteles d um 'asso nesta direção a'enas no tratado do !iro
2II e l tamb#m somen te $om re*er]n$ ia aos 'ra0e res $or'orais ,
bus$ando eR'li$ar 'or Que os 'ra0eres $or'orais são, 'or um lado
os mais 'ro$ urados 'ela maioria e, 'or outro lado, 'or ra0"es
subetias, os menos

B$ C!$ G$ Rle$ ilemmas, O-ord, 8@H, %a(!tuoQ* e A$ *enn<, ctton. "moiwn and
Will, Londres, 8;P,cap#t"lo ;

=>4
dignos de Que a eles se as'ire L ra0ão disto (33;?a: s) est em Que
em tais 'ra0eres h uma gradação e, 'ortanto, Quanto a eles, de ema

'arte, o $ontraste $om a dor # $onstitutio e, de outra 'arte, sem're


se 'ode as'irar a um 'ra0er ainda mais intenso/ 'ara o intem'erante
# $ara$ter6sti$o Querer não o 'ra0er $or'oral $omo tal, mas seu
eR$esso (33;?a =A) A isto se o'"em os go0os ero atiidades em
Que não h dor e em Que, 'ortanto, não X 'ossibilidade de eR$esso
(bl;s)
@ $ertamente uma debil idade de toda a teoria do 'ra0er da
Lntig7idade terse orientado 'or urna ^ni$a 'alara ,hedon*<( e se
'oderia 'erguntar dian te disto se h seQu er sentido em em'regar a
mesma 'alara 'ara Quand o *a0em os algo de bom grado ,geme< e
'ara o #razer $or'oral 9a 'rRima lição tratarei de distinç"es
traçadas 'or Eri$*a Fromm, Que leam essen$ialmente mais adiante
do Que a teor6a de Lristteles, Wuanto ao $onte^do, a distinção
*eita 'or Lristteles no !iro 2il não nos 'ode satis *a0er, 'orQue

ela não$or'oral
'ra0er basta emdo sua
go0o'roble mti$a da 're$isar6amos,
em atiidades/ irtude 'ara disti nguir
muito o
mais
de uma indi$ação sobre o $arterde i*$ 'ra0erf( BLiistI$7harakter<
do eQuilibrio em $om'aração $om o 'ra0e r no abandonarse aos
a*etos daQuele Que não ie eQuil ibrada mente, e isto não a'enas
$om re*er]n$ia aos 'ra0eres $or'ora is, mas tamb#m Quanto aos
sentimentos em todos os dom6nios da ida
Lrist tele s *e0, toda ia, tal disti nção em outra 'assagem , e
inteiramente na mesma 'ers'e$tia Que  *ora igualmente de$isia
'ara a distinção traçada no tratado do 'ra0er& o ser humano tem
uma $ons$i]n$ia do tem'o, e, 'or isso somente 'ode satis*a0]lo
um bemestar Que tenha uma $erta $onstân$ia e Que não`sea
eR'erimentado, $omo o 'ra0er $or'oral, no instante e 'elo
$ontraste $om a dor ou $om a aus]n$ia de 'ra0er L $ara$ter6sti$a
da momentaneidade a'li$ase inteiramente tamb#m aos
sentimentos não$or'orais imediat os& se nos entregamos aos
sentimentos e a*etos imediatos, $omo tais, eR

=:A
'erimen6amonos $omo oguetes dos sentimentos e das $ir
$unstân$ias, resultando uma os$ilação e um $aos de sentimentos

Lristteles dis$ute esta 'roblemti$a em seu tratado da


ami0ade, onde, em Ic, ?, sus$ita a Questão da 'ossibi lidade de ser
amigo de si mesmo`L res'osta # a de Que a'enas o irtuoso #
amigo de si mesmo, o mau não o 'ode ser LQui o $rit#rio 'ara a
ami0ade # o de Que se $om'artil he os sentim entos do amigo no
'ositio e no negatio ( 355a>s) e Que se Queira $onier $om
aQuele de Quem se # amigo (3355a[) Wuem # irtuoso tem uma
atitude $onsta nte (e isto toma 'oss6el tamb#m, inersamente, ser
autenti$amente amigo de outros, $*ll55b=4 e 2III, ?), o Que
signi*i$a Que 'ara tal indi6duo sem're o mesmo # agradel ou
desagradel (Ila=:i e ele Quer, 'or isso, sem're $onier
$onsigo mesmo (a=<) Wuem, em $ontra'artida e um oguete de
seus sentimentos e 'ossui uma ida interior Que se en$ontra em
luta (bl4), *oge de si mesmo (3?) 6?Se, 'ortanto, ier assim # algo
muito in*eli0, temse de *ugir  maldade $om toda a *orça e
'ro$urar ser bomU (b=>s)
9es6a *rase, Lristteles mani*esta o enla$e entre moral e
*eli$idade Que at# aQui *altara Dado Que Lristteles amais
elaborou estruturalme nte o moral $omo la, este enla$e 'ermane$e
$ertamente insatis*atrio Terse es'e$ialmente de di0er Que a
re*er]n$ia aQui a*irmada 'or Lristteles di0 res'eito a todas as
irtudes de eQuil6brio, naturalmente tamb#m Quelas em Que 'us
em d^ida Quanto  'ossibilidade de serem $onsideradas, Quanto
ao $onte^do, irtudes es'e$i*i$amente morais
9a erdade, o $on$eito de meiotermo não o$orre neste
$a'6tulo, e 'oder6a mos inter'retara tese deste $a'6tulo igualmente
de um modo mais *ra$o, de tal *orma Que $ada moral,
inde'endentemente de seu $onte^do, a'resentasse uma deter
minada $on$e'ção de ida e, nesta medida, algo $onstante
diante das $asualtdades da ida dos sentimentos Pare$e, todaia,
mais adeQuado $om'reender a tese de Lristteles de Que Va irtude

# algo $onstanteU 1\\Ubl_9, tamb#m no Que di0 res'eito ao


$onte^do, no sentido de sua $on$e'ção de eQuil6brio Em *aor
disto de'"e tamb#m a 'assagem $orres'ondente na -e#blica
(??<de), em Que Platão di0 igualmente Que o irtuoso Vtomouse
amigoU de si mesmo 9esta 'assagem, tor nase $laro Que tamb#m,
em Platão se tratada harmonia $onsigo mesmo e do eQuil6brio Oo
tomarse irtuoso, o homem tomase uno $onsigo mesmo Falar em
6?
ser amigo de si mesmoU 'ode 'are$er duidoso, $aso se $onsidere
o ser distinto $omo $onstitutio da ami0ade 9a erdade, no tratado
da ami0ade, Lristteles a$entua $onstantemente o as'e$to da igual
dade, mas 'odese abstrair desta Questão, uma e0 Que *alar em ser
amigo de s6 mesmo, tanto em Platão, $omo em Lristteles, # uma
met*ora 'ara signi*i$ar ser uno $onsigo mesmo
9ão se re$usar o $a'6tulo Ic, ? da Ética a Nicmaco como
abstruso G *ragmento $orres'ondente em Platão re'resenta, sem
d^ida, sistemati$amente, o 'onto alto da doutrina da irtude na
-e#blica

=:=
DECIXL M.ARTA LIÇ=O #ei%idade,
amor e mora segundo Eri%h
#rommV o re%onhe%imento segundo
Kegel/ o ue motia (ara a atitude
moraN?

9a inter'retação da teoria da irtude de Lristteles resultaram


'rin$6' ios, 'rimeiro, 'ara a su a am'liação da moral, se as irtudes
so$iais 'odem e tale0 at# deem ser integradas num 'rin$6'io
uniersaSista  tratarei disto na 'rRima liçã o  segundo, 'ara uma
teoria da *eli$idade Pare$e ter senti do Que 'rime iro 'ersig amos
mais este segundo $om'onente da 'osição da Questão, Que não se
en$ont ra diidi da em Lrist teles  2imos Que Lrist teles , sob o
t6tulo de ustiça, re$onhe$e 'er*eitamente um dom6nio $entral da
moral, Que 'ode ser $om'reendido $omo uma moral de regras
Xas tamb#m imos Que al#m disso ele identi*i$ou atitudes Que
não 'odem ser re*eridas a regras, atitudes de eQuil6brio entre um
abrirse e um *e$harse diante dos seres humanos, seus
semelhantes, e *a$e s suas 'r'rias emoç"es

_ Tradu ção d e Ao!sio -uede6i e Emido Stein


Da6 resultaam sobretudo duas di*i$uldades, nas Quais
Lristteles nos abandonara Prime iro, *alar de um abrirse e de um
*e$harse  # uma inter'retação Lristteles mesmo não d
indi$aç"es sobre Que ti'o de estrutura unitria t]m as diersas
irtudes E ele mesmo tamb#m não tinha um a'arato $on$eituai
'ara a 'olaridade entre autonomia e de'end]n$ia 'ara a Qual eu
entendia 'oder $hamar atenção nas diersas irtudes L segunda
*alta *oi a 'roa, Que *i$ara 'resa no 'rin$6'io, Que s nestes
e">#brios, $omo os 'retende Lristteles nas virt"des, a ida nos
'ermite sermos *eli0es e 'ossibilita bemestar 
Em nossos dias Eri$h Fromm assumiu os dois 'ontos Nos anos
?A Fromm 'ubli$ou dois trabalhos, Que deem ser istos $omo os
trabalhos *undamentais 'ara sua $on$e'ção #ti$a, sendo o 'rimeiro
$onstru6do mais histori$amente e o segundo mais sistemati$amente&
T medo da Jberdade (34?3) e !sican6lise e *tica ,4?4f 3  Gs dois
estão estreitamente rela$ionados um $om o outro e Fromm mesmo
tamb#m 'retende u t]los $om'reendido $omo rela$ionado s entre si
,!E >) Em !E Fromm tamb#m estabele$e uma ligação eR'l6$ita
$om Lristt eles (?A) Tamb#m a #ti$a de Fromm entende se $omo
uma doutrina do $arter (54s), e tamb#m Fromm ] a 'ergunta #ti$a
*undamentai na 'ergunta 'ela *eli $ida de (= ls)Tamb#m nele
eremos Que em erdade_ de unia maneira di*erente de Lristteles,
ele *a0 uma 'assagem direta da *eli$idade 'ara a moral Deste
'asso, Que se mostrar $omo insu*i$iente, Quero ini$ialmente
abstrair L $on$e'ção de Fromm 'ode antes de tudo ser
$om'reendida $omo uma erdadeira teoria da *eli$idade, de modo
Que da6 resulte uma base 'rti$a a 'artir da Qual 'oderemos tratar
da 'ergunta 'elos motios 'ara o sermora! 'ergunta aberta desde a
Quinta lição

3 Cito os dois na 6 radução alemã Fi$am abre iados aQui $o mo X!U e D!tD' Ts t6tulos
srcinais no ingl]s são& Es ca# e fro m F re edom e %an for Uim sel f

H
L 'roRimidade em relação a Lristteles ai $ontudo ainda
mais longe& tamb#m Fromm baseiase num $on$eito de eQuil6brio
e ele o $om'reende Quase da mesma maneira Que resultou na
inter'retação de Lristteles da lição anterior, $omo VeQuil6brioU
entre o homem e seu $onteRto (5=), $omo unidade entre autonomia
e relação (333) Ll#m disso, Fromm dar em !E I, uma
*enomenolog6a das diversas *ormas de satis*ação subetia
(*eli$idade, alegria, 'ra0er), Que  sem Que isto !i"e nele bem
eR'l6$ito  antes de tudo a'oia subetiamente a doutrina do $arter
a'resentada mais $omo tese
Podemos designar o $on$eito *undamental de `Fromm $omo
V'olaridade entre subetiidade e obet iida deU 9isto Fromm
situase na tradição da moderna *iloso*ia sueitoobe to na *orma
'arti$ular Que #sta obtee em Kegel Kegel mudou de tal *ornia a
*iloso*ia do idealismo alemão Que ele 'or assim di0er, entendeu
$omo Vtare*a da *iloso*iaU Vsu'rimir a o'osição da subeti idade e
da obetiidade Que se tomaram *iRasU  Wuando a *orça da
$on$iliação desa'are$e da ida humana e as o'osiç"es tierem
'erdido sua relação e inter$âmbio ios e adQuirem inde'end]n$ia,
então surge a ne$essidade da *iloso*iaU = Kegel trabalhou esta
$on$e'ção em sua Fenomenología do Es#írito (3:A5) Linda
oltarei a este assunto Em todo $aso, um $aminho direto $ondu0,
'elas re*leR"es sobre alienação nos %anuscritos de !aris de XarR,
$on$e'ção
 deFromm _
Pre$isase $ontudo 'erguntar se *alar a$er$a de uma Vrela ção
e um inter$âmbi o`f entre Vsueito e obetoff # ã o dis$urso mais
adeQuado 'ara aQuilo Que Kegel e XarR 'retendiam, e sobretudo
'ara a 'r'ria $on$e'ção de Fromm Pois $omose trataa desta
relação na tradição da teoria do $onhe$imento

= L di*erença do sistema da !iloso!ia de Fi$hte e de SehellingU 6 3:A=) Cerke i Tbras<


I ==

@
antes de Kegel não seria 'oss6el $om'reen der de Que maneira um
eQuil6brio 'arti$ular Fromm tamb#m não deu nenhum alor
es'e$ial a esta terminologia e em %L ele desenole a Questão Que
est em ogo, tanto sistemti$a Quanto histori$amente, mais do
'onto de ista do conteSdo, e nesta medida mais adeQuadamente
Ele 'arte aQui, $omo tamb#m em !E( de um estado de $oisas
tomado $omo uma $onstante antro'ol gi$a, Que $ada ser humano 
eR$etuadas as ne$es sidade s *isio lgi$ ament e $ondi $ionad as Que
ele tem em $omum $om os outro s animais  ao $res$er, se liberta
do serum $om suas amarr as 'rimri as e toma $ons$i]n$ia de sua
indiidualidade, e tem Va ne$essidade de estar rela$ionado $om o
mundo *ora de si 'r'r ioU E Va ne$essid ade de eita r a solidãoU
(=3) +m lado Vdo 'ro$ess o de $res$imento da indiiduação _` seria
-o $res$imento das *orças do siU, e, 'or -si&, Fromm entende 'or
assim di0er VautonomiaU/ o outro lado V# o $res$ente isolamentoU

(=4) Fromm ]
da $riança isto tanto
$omo ontogen#ti$amente
tamb#m no desenolimento
histori$amente& na modernidade,
sobretudo atra#s do $a'italism o, o indi6duo $ai *ora das relaç"e s
tradi$ionalistas 'reiamente dadas e $hega a sua 'lena liberdade,
Que, no entan to, de in6$i o # iid a negat iamente Ele V're $isa
tentar eadi rse totalmente da liberdade, se não se der bem em
'assar da liberdade negatia 'ara a 'ositiaU (333) @ esta V*uga
da liberdade`f Que, segundo Fromm, $ondu0 ao V$arter
autoritrioU, e deste, dum lado, ao *as$ismo e, de outro, 
ada'tação nas modernas demo$ra$ias Fromm trabalha a situação
do homem moderno em im'ressionantes anlises da re*orma e do
desen oli mento do $a'it alism o Como as'e$ to $ara$ ter6s ti$o
'arti$ular ele desta$a o sentimento de im'ot]n $ia dos indi6du os,
o Que $ondu0 ao $arter autoritrio, $uos dois lados Fromm ] no
sadismo e no masoQui smo Para $ima submissão, 'ara baiRo e
'ara *ora sede de 'oder e hostilidade
Fromm *a0 'ortanto, de um lado uma su'osição antro'olgi$a
*undam#ntale, 'or outro, situa suas anlises no $onteR

;
to histri$o da modernidade Gs dois as'e$tos estão interligados,
$onQuanto Fromm ] o desenolimento do homem em direção
$ons$i]n$ia de sua indiidualidade $omo um desen olim ento
`ne$e ssri o 'ara si mesmo, Que 'or#m tero seus 'r'rios ris$os
G Que Fromm a'resenta em %L $omo as 'ossibilidad es de $arter
do homem modemo são 'or $onseguinte, em *orma 're$isa,
sim'lesmente as 'ossibilidades de $arter do homem em gerai
$omo então são desenolid as mais sistemati$amente em !E( Falar
sobre uma Vliberdade 'ositiaU 'ode 'are$er 'roblemti$o Fromm
eR'"e, 'or#m , o Que Quer di0er $om ela, a 'artir de dois $on$eit os&
'rimeiro, a 'artir do $on$eito de autodesenolimento, do
desenolimento de $a'a$idades no sentido de $a'a$idades 'ara
atiidades no sentido aristot#li$o/ segundo, enQuanto estas
atiidades estão essen$ ialme nte rela$ionadas $om o ambiente e
sobretudo 'orQue são so$iais, o $on$eito de eQuil6brio entre o

as'e$to do sueito
terminologia al$ançou eagora
o doumobeto
sentidoem
mais aes'e$6*i$o,
ser de$isio, Esta
uma e0
Que o lado do sueito # $om'reendido $omo autonomia e o do
obeto $omo um tratar de homens e $oisas G Que Fromm $on$reta
mente 'retende, *i$a $laro rios $ara$teres unilaterais Que ele
des$re e na $ara$terologia de !E'
De um lado ele *ala de uma orie ntação `re$e 'tiaU e i?eR
'o7adoraU Com a orientação re$e'tia ele assume o $arter oral de
Freud, e simultaneamente, $om as duas orientaç"es, o dis$urso do
$arter masoQuista e sdi$o, determinante em %L' Fromm, antes de
tudo, tem a $ons$i]n$ia de se basear em Freud Distinguese,
'or#m, dele na medida em Que não $om'reende o $arter res'e$tio
$omo a instintiidade bloQueada numa determinada *ase de
desenolimento, mas o $om'reende enQuanto o modo da *ormação

a$abada da rela$ionalidade&
obetos dos 'ara Fromm
instintos do indi6duos os outros
mas o`Que homens
interessa não
a este # osão
desenolimento da relação, $ornos outros . $artermasoQuista
e sdi$o re'resentam $onuntamente a orientação unilateral no 'lo
do obe


to/ a reali0ação # simbiti$amen te re*erida a sersut 4mi* subsumir&
o determin ante # o 'oder ,%achí<( isto #, submissão e dom%inação
Esta unilateralidade o$orre 'orQue não # 'er$ebida a 'r'ria
autonomia, nem re$onhe$ida a do outro Inersamente, a *alha da
orientação unilateral no 'lo do sueito # des$rita em !E $omo o
retrairpsesobre si, $om a *orma eRtrem a da destr"ctibilidade$ @ o
$arter anai de Freud, 9este $aso
oindi6duo se a*erra eR$lusiamente a si e # in$a'a0 de rela$ionar
se Como Quarto, $arter im'rodutioU romm desta$a a
Vorientação do mer$adoU Esta # Vuma $ategori a 'or siU, ela não se
enQuadra no esQuema das "nilateralidades $ara$ ter6st i$as dos
demais $ara$teres im'rodutiosU (orientação 'rimria em a'enas
um 'lo)& na Vorientação do mer$adoU, Que de alguma
*oima$orres' onde ao B%anD de Keidegger, o ser humano alis
nem desenole um $arter es'e$6*i$o, mas $om 'ortase $omo

sem're se desea, ou $omo ele a$redita 'oder a'resentarse melhor


9aturalmente todos esses $ara$teres, bem $omo o $arter
V'rodutioU, são a'enas ti'os ideais Que estão reunidos em $ada
um de ns em diersas 'ro'orç"es ,!E 3=>s) EnQua nto #
$ara$ter6sti$o 'ara todos os $ara$teres im'rodutios Que eles
sem're são reaç"es diersas  im'ot]n$ia e  solidão, o $arter
'rodutio $ons iste no *ato de aQui ter ]Rito o moimento linear
entre os dois 'los, re*er]n$ia a si (autonomia unilateral) e re
lação ,!E( $a'6tulo <, II B <) Ele # denominado 'rodutioU
'orQue esta 'essoa, em e0 de desenoler uma *orça instinti a de
*uga, # VatuanteU no sentido aristot#li$o Disso ela somente #
$a'a0 na medida em Que a atii dade 'r'ria e o re$onhe$i mento
da inde'end]n$ia do outro, a autonomia e a de'end]n$ia se
$om'lementam mutuamente Em 'rimeiro lugar Fromm ] isto no
amor V'rodutio, Que ele tamb#m gosta de $hamar sim'lesmente
de Vamor Darse e tomar $onstituem uma unidade 9o amor e na
ami0ade bem su$edidos $ada Qual ne$essita do outro e mant#m
$ontudo a sua inde'end]n$ia Lo mesmo tem'o Fromm tamb#m
'ro$ura mostrar esta


atitude em relaç ão ao outro não)"mano, em todo o tratamento
bem su$edido de obetos Por eRem'lo, 'ensar s # V'rodutioU, se
em *a$e de seu outro (obeto), não sim'lesmente re*lete
1[abbildet 9 re$e'tiamente, nem sobre!orma 1überformt não
*i$a na su'er*6$ie nem some 19ersch@ebi 9 no *antsti$o ,!E 3A?)
Poder6amos $om'lementar Que toda dis$ussão $om outros e $om o
'ensamento deles, 'ortanto todo inter'retar, ne$essita bus$ar uni
'onto intermedi'rio entre odeiRaraler e o Questionamento
$r6ti$o
Como romm $ontrasta no $a'6tulo < de !E( o $arter 'ro
dutio em $on*ronto $om os $ara$teres im'rodutios, sua $on
$e'ção 'ode *a$ilmente 'are$er sobretudo $omo tética,
partic"larmente em *a$e destas designaç"es valorativas &wer-
tenden< $omo V'rodutioU e Vim'rodutioU L tese deQue se 6Rata
de dis'osiç"es, das Quais de'ende se um homem 'ode ser *eli0 ou
in*eli0, se ele, 'ortanto, 'ode estar bem subetiamente ou não
naturalmente s 'ode ser sustentada atra#s da 'roa de Que ns,
enQuanto 'ermane$emos enredados nas unilateralidades
im'rodutias, não 'odemos $hegar a satis*ação alguma Se
admitimos Que tamb#m os $ara$teres im'rodutios 'odem lear ao
'ra0er ou  satis*ação, a Qual, no entanto, não seria -verdadeira&,
então 're$isamos, em 'rimeiro lugar, distinguir diersas Qualidades
do bemestar subetio, e, em segundo lugar, isso 're$isa darse` de
tal maneira Que a medida da aaliação sea 'or sua e0 subetia E
isto Que Fromm 'ro$ura mostrar em !E I2,<
Podemos ler este $a'6tulo $omo tentatia de um a'ro*un
damento dos tratados sobre o 'ra0er de Lristteles Se mantemos
as distinç"es de Lristteles, então as eR'li$aç"es de Fromm
adQuirem uma $lare0a sistemti$a $om'lementar LQui deemos

re$ordar Que Q7e


daQuela alegria Lristteles
sentimos eR'unha sobretudo
em atiidades a 'e$uliaridade
Que reali0amos 'or elas
mesmas G` *ilso*o haia estabele$ido uma distinção entre o
'ra0er $or'e al e uma alegria deste ti'o
maco , Ic, ? ele tinha es$lare$ido Que somente no eQuil6brio se 'ode
obter uma $onstân$ia no estarsatis*eito $ara$teri0ação de Fremm
de Valegria irra$ionalU 'ode ser ista $omo uma 're$is ão desta
$on$e'ção
Entretanto, a $oni$ção de Que o $arter eQuilibrado # de
seel em si e 'or si ainda não nos lea a obt]lo Tamb#m 'ara
Lristteles 'are$ia, Quase não haer es'erança de ter ou adQuirir
"m $arter bom, Quando a so$iali0ação era mim ($‚ Ética a
Nicmaco( *6! >) Em Fromm a$res$entase Que a so$iali0ação 'or
sua e0 de'ende da estrutura daso$iedade, Que os diersos sistemas
so$iais histri$os sem're *aore$em ema $erta de*ormação do
$arter ,!E 4?s) e Que sob $ondi ç"es so$iais at"ais 'are$e di*6$il
'ara e?press'lo numa *rmula marRiana  eRistir de maneira não
alienada Fromm sem're de noo dis$ute este 'roblema ($*
sobretudo o aneRo de %L<( Estas Quest"es Que di0em res'eito s
$ondiç"es e s di*i$uldades 'si$olgi$as e so$iolgi$as 'ara a
*ormação de um $arter eQuilibrado, 'or mais de$is ias Que em
Sltima anlise seam, de *ato eRtra'olam da nossa $olo$ação do
'roblema Pois a nossa Questão era a da motiação 'ara a moral
Estaa $laro Que s 'oder6amos tratar desta Questão se ti#ssemos
uma re'resenta ção do bemest ar subetio G dis$urso se e 'orQue
eu Quero ser moral, 'ode ser $ondu0ido a este n6el abstrato Isto
signi*i$a Que # 're$iso 'artir de uma determina da hi'tese sobre o
bemestar, Que 'areça 'laus6el 9esta 'ers'e$tia 'oderia ser
'erguntado, o Que não # ne$essrio, 'elas $ondiç"es so$iais 'ara
este bemestar (e assim 'ara a *ormação da motiação moral)
Se entretanto agora 'erguntamos a Fromm mesmo 'ela relação
entre um $arter bem su$edido e uma atitude moral ele 'ro$urar
resoler esta Questão atra#s de uma de$isão arbitrria
,:er#altstreich<' Ele eR'li$a& VG amor 'or uma determinada 'essoa
im'li$a no amor 'elo ser humano $omo ial, e Que

8
da6 segue& VLmor eR$lusio a uma determinada 'essoa # em si
mesmo uma $ontradiçãoU ,%L 45) ?
LQuele Que a*inal ama uma 'essoa ama o seu 'rRimo e #
nesta medida um ser morai Esta $on$lusão do ra$io$6nio, en
tretanto, s dee ser re*erida ao amor no sentido 'rodutio, e não a
suas *ormas simbiti$as de de$ad]n$ia Fromm $ontudo não
a'ontou em lugar algum 'ara o *ato e 'ara a medida de nosso amor
 Quando amamos algu#m, amamos nele o ser humano e
$onseQ7entemente todos os seres humanos Isto 'arti$ ularm ente
não se segue da de*inição de amor Que ele dã nesta 'assagem&
VLmor # uma a*irmação a'aiRonada de um obeto ;
U ,%L 45)
Fromm sem d^ida tem ra0ão ao reeitar o Vamor românti$oU$o mo
um eQu6o$o/ a $on$e'ção de Que s eRistiria ema ^ni$a 'essoa Que
'oder6amos amar ,AA 3=) Disto 'or#m não segue Que o
assenti mento 'assiona l de Que ele *ala não sea um amor deste ti'o
em relação a uma indi idudai idade 'arti$ular de algu#m Pare$e
Que Fromm $hegou sobretudo a sua estranha $on$e'ção 'orQue
eRagerou no a$ento da relação atia no amor Lmor V# em 'rimeira
linha um dar, e não um re$eberU ,AA <<) Isto est em $ontradição
$om a sua 'r'ria teoria do eQuil6brio, segundo a Qual ter6amos
Que di0er& amor # ao mesmo tem'o um dar e um re$eber G
'rimeiro enun$iado de Fromm em LL # Que a maioria dos homens
tem uma id#ia errada do amor, 'orQue aQuilo Que nele 'ro$uram #
o serama do (33) E $ontudo um erro bio mudar isto 'ara o
$ontrrio Tamb#m 'ara Lristteles *a0 essen$ialmente 'arte da
ami0ade a re$i'ro$idade& a re$i'ro$idade da beneol]n$ia e do
Querer estarunto EnQuanto $rianças  $omo o 'r'rio Fromm o
di0 mais tarde ,AA ;As)  in$lusie eR'erimentamos 'rimariamen
te o amor $omo seramado, e tamb#m uma relação de amor
madura s 'ode ser $om'reendida $omo re$i'ro$idade entre

? C*,tam b#m PE I2, 3 e Die Ynt des !iebens (L une de amar) (L?), 'assim

=4<
amar e seramado, 1 'or este motio, $omo di0 Lristte les, so
'odemos ser amigos de 'ou$as 'essoas e Fromm mesmo di0 mais
tarde do amor no sentido restr ito, VQue me 'osso unir $om toda
intensidade a'enas $om urna ^ni$a 'essoaU (L? 5>)
Portanto, Fromm tale0 estea $erto em sua id#ia, se ele Quer
*undar a motiação 'ara a moral no amor eQuilibrado, mas a
relação $ertamente não dee ser a'resentada de maneira tão
'ol]mi$a $omo ele a 'ro'"e E isto não a'enas 'ara Que o amor a
algu#m em 'arti$ular não 'ossa assim im'li$ar imediatamente no
amor ao 'rRimo Tamb#m 'are$e in$orreto sim'lesmente
$om'reender a atitude moral $omo amor ao 'rRimo_ L eo$ação
da B6blia não auda mais aQui, não a'enas 'orQue não ale a
eo$ação da autoridade, mas 'orQue a *rase da B6blia obiamente
dee ser entendida assim& VLma o teu 'rRimo, 'ois ele # $omo
tuU, e 'orQue então ainda deeria ser es$lare$ido $omo deem os
entender a 'alara tradu0ida 'or VamorU Entender a atitude moral
$omo amor ao 'rRi mo 'are$ e *also 'or duas ra0"es& 'rimeir o,
'orQue amor $om base no $arter a*etio singular # mais do Que
uma atitude moral e segundo, 'orQue, num outro sentido, moral #
mais do Que amor Como res'eito ao outro ela # uma outra *orma
de assentimento do outro Isto  'ode ser $onhe$ido no *ato de
Que 'roblemas morais  'arti$ularmente Quando mais 'essoas es
tão im'li$adas  não 'odem ser resolidos 'elo sim'les man
damento do amor ao 'rRimo Pode 'or $onseguinte ser  e isto
seria o n^$leo de erdade na $on$e'ção de Fromm  Que aQuilo
Que ele denomina de amor aut]nti$o im'liQue a atitude moral
Xas 'ara 'oder a*irmar isto 're$i samos 'rimeir o re$on he$er , ao
lado do amor e estruturalmente diersa, a atitude moral $omo u ma
segun da *orma *undam ental do assent iment o inters ubeti o Em
Fromm isto # dado im'li$itamente Quando ele di0 Que amor
erdadeiro im'li$a em Vres'eito ,AA <:s) Ele, 'or#m, não
desenoleu o Que isto signi*i$a

8H
Caso esta $on$e'ção dos dois ti'os de assentimento inter
subetio a serem distinguidos estier $orreta  e eia 're$isa estar
$orreta se estier $orreta minha des$rição da atitude moral $oroo
baseada num $erto ti'o de eRig]n$ias re$6'ro$as, Que *oi *eita nas
'rimeiras liç"es então a id#ia bsi$a de Fromm, Que amor e moral
'erten$em um ao outro, s 'ode ser reali0ada de tal maneira Que
não se a*irma sua ident idade mas se demons tra uma relação de
im'li$açãok
 Em Kegel ã en$ontramos um $on$eito deste ti'o, ao Qual
remete a $on$e'ção bsi$a de Fromm sobre o eQuil6brio ea unidade
sueitoobeto Em sua Fenomenologia do Es#írito  Kegel
a'resenta uma s#rie de V*iguras de $ons$i]n$iaU, das Quais ele
'ro$ura mostrar Que $ada elemento da s#rie $ont#m em si uma
$ontradição/ e isto de tal maneira Que $ada elemento seguinte #
$ara$teri0ado 'elo *ato de ter dissolido esta $ontradição
$hegando 'or#m desta manei ra a uma noa $ontradiç ão, e assim
'or dian te, at# o VEs'6rito LbsolutoU ERistem $ontudo nesta s#rie
alguns ns de$isios, onde a *igura seguinte 'ode 'rimeiramente
ser des$rita de maneira tão abstrata Que ela est $omo
re'resentante 'ara toda a asta s#rie +m n deste ti'o # a
'assagem, dentr o da seção V$on s$i]n$ia de siU, da V$ob içaU 'ara o
Vre$onhe$imentoU Kegel designa 'or $obiça a 'rimeira *orma da
$ons$ i]n$ia de si 'rti $a, Que tamb#m 'oder6am os desig nar de
$erta *orma $omo a*irmação de si G simesmo 'ro$ura a*irmarse
$ontr a o seu obeto e a *orma mais 'rimitia de *a0]lo $onsiste
na destruição do outro (obeto) (3<4) Esta *igura de $ons$i]n$ia
$orres'onde mais ou menos ao amor sdi $o de Fromm De
maneira semelhante $omo em Fromm, em Kegel esta $ons$i]n$ia
# de um ti'o Que 'ersegue uma meta Que ela nun$a 'ode al$ançar&

ela 'ro$ura um ti'o de satis*ação Que sem're de noo 'rodu0 a


mesma insatis*ação Se a $ons

; Citoa $on*orme a edi ção na #hilosophische $ibliothek 6ed 'or Ko**meister)

=4;
$i]n$ia de 'oder (Kegel não utili0a este termo neste $onteRto) *a$e
ao obeto $onsiste em destra6lo enQuanto inde'endente , então, $om
a inde'end]n$ia do outro (obeto), tamb#m desa'are$e o usu*ruto do
'oder Se a $obiça estiesse $ons$iente disto, ela teria Que mudar
sua relação $om o obeto
G m#t odo, da Fenomenologia 'are$e ser tal Que somente o
*ilso*o, e não a 'r'ria *igura, 'ossu6 a id#ia Que a'onta 'ara *ora
(ou 'ara al#m) da *igura (>?)  Isto, 'or#m, lea o *ilso*o a
a'resentar a *igura seguinte $omo a $onseQu]n$ia interna da
negação da anterior Xa $obiça isto a$ont e$e em dois eieis G
'rimeiro #& somente Quando no outro # re$onhe$ida uma inde
'end]n$ia o obeto tem autonomia, o Que$om'ensa in$or'orlo e
subuglo Xas somente uma outra 'essoa tem esta
inde'end]n$ia Por isso, Va $ons$i]n$ia de si somente obt#m sua
satis*ação numa outra $ons$i]n$ia de siU (3<4) Xas isto $ondu0
'rontamente a um segundo 'asso, e a'enas este *ome  $e a noa
*igura& a outra $ons$i]n$ia de si tem Que ser Vre$onhe$ida`f $omo
inde'endente (3?3) L relação $om o outro agora não # mais de
$obiça, mas de re$onhe$imento Kegel usa este termo sem
$om'lemento De Que *orma # re$onhe$ido o outro Que se o'"e a
ns[ Do Que segue agora se es$lare$er Que, 'ara Kegel,
re$onhe$er signi*i$a re$onhe$er $omo lire, $omo autnomo Pois
ele mostra, de maneira semelhante $omo  o *e0 Fi$hte 5, Que um
re$on he$im ento somen te # 'oss6 el $omo um re$on he$im ento
re$6'ro$o VEles se re$onhe$em enQuanto se re$onhe$em
re$i'ro$amenteU (3?<)
Falamos anteriormente Que nesta mudança eRiste um n Que
em 'rin$6'io $ara$teri0a toda a s#rie das *iguras subseQ7entes, @
isto Que lea Kegel a eR'ressar& VCom isto  est dis'on6el 'ara
ns o $on$eito do Es#írito' G Que se am'lia

5 Werke (ed 'or Xedi$us), II ?:

8;
'ara a $ons$i]n$ia # a eR'eri]n$ia do Que sea o es'6rito, esta
substân$ia absoluta Que, na 'er*eita liberdade e inde'end]n$ia de
sua o'osição, ou sea, (na liberdade e inde'end]n$ia) de
$ons$i]n$iasV de si Que são 'or si distintas, # a unidade destas& Eu
Que # ns e ns Que # euU (3?A)
G re$onhe$erse re$i'ro$amente # designado 'or Kegel de
maneira muito gen#ri$a $omo em re$onhe$imento da Vliberdade e
da autonomiaU De moral Kegel a'enas *alar numa 'assagem
'osterior da Fenomenologia  Lgora tamb#m elo em ao $aso 'ara
ns inter'retar Kegel, mas sim tomar 'roeitosa a sua id#ia de uma
'assagem ne$essria da $obiça 'ara o re$onhe$imento, 'ara a
Questão de uma 'assag em ne$essria do amor 'r#m oral 'ara a
morai Recon)ecer alg"ém $omo lir e # algo amb6guo Wuerse
di0er $om isto Que tomamos $onhe$imento Que o outro #
autnomo (então 'are$e estar numa $ontinuação direta da
Fenomenologia), ou entendese Que ns re$onhe$emos Que o outro
tem direito  liberdade[ Fi$hte o tinha entendido neste ^ltimo
sentido, enQuanto Que em Kegel, tamb#m num desenolimento
mais am'lo, a id#ia dos direit os dos indi6du os não desem'enh a
um 'a'el $entral, 'orQue, $omo imos, os indi6duos e o
re$on he$im ento re$6'ro$o dos seus direitos não são 'ara ele uma
^ltima instân$ia ,kein Letz$ tes<( mas as relaç"es entre um e outro
são intermediadas 'elos $ostum es e 'elo Estado (su'ra , d#$im a
lição ) Fa0endo uma ligaç ão $om a id#ia de Fi$hte 'odem os, no
entanto, di0er& *a$e  $obiça e *a$e ao amor simbiti$o em geral o
re$onhe$erse re$6'ro$o o*ere$e uma noa estrutura do
assentimento inter subetio, no Qual $ada um re$onhe$e o outro,
não a'enas na 'ers'e$tia de sua liberdade e tamb#m não a'enas
na 'ers'e$tia de seus direitos de liberdade, mas en*im $omo

sueito de direitos
Pode tal 'assagem tomarse 'si$ologi$amente 'laus6el[ E
seria 'oss6el, a 'artir da6, tomar $om'reens6el uma motiação
'ara uma moral do res'e ito m^tu o[ 9este 'ro'sito

8
Quero 'artir de um dito de Kome, segundo o Qual a moral # um
instrumento 'ara a $om'ensação de nossas limitadas sim'atias
Este dito tem em ("me, e naQueles Que o $itam, o sentido de Que o
$6r$ulo das 'essoas $om as Quais sim'ati0amos # limitado > Xas
também o 'odemos entender no sentido de Que, naQuelas 'essoas
Que são 'rR imas a ns e $om as Quais sim'ati0amos,`não nos
*iamos eR$lusiamente na relação a*etia L moral, 'ara a
constOncia e a $on*iabilida de das 'r'ria s relaç"es estreitas, 'are$e
eRigir mais do Que os momentos da intensidade a*etia, lã nos
teremos Que imaginar assim a g]nese da atit"de moral na $riança
+ma $riança Quer ã bem $edo ser res'eitada em sua autonomia, e,
'or outro lado, ela 're$isa a'render a não a'enas a$eitar $omo seres
autnomos sua mãe e outras 'essoas de re*er]n$ia, mas a res'eitã
los +m me$anismo *undamental $om $uo auR6lio a $riança
a'rende a su'ortar a aus]n$ia da mãe, # a 'romessa L
$on*iabilidade a*etia da mãe # complementada 'ela $on*iança na
$on*iabilidade na sua 'romessa de retomar, e isto Quer di0er
$on*i ança Jna soa $on*i abilid ade moral e a $riança 'or sua e0
tamb#m a'rende a aterse a su as ('r'rias ) 'romessa s Isto im'li$a
res'eito m^tuo Se der $erto, elas (a mãe e a $riança) ão treinan
do um $om'o rtame nto não instr"mentaliador, uma em relaç ão 
outra +ma relação a*etia 'ro*unda, tão logo a $riança tier sa6do
da *ase da $om'leta segurança unilateral s 'ode ser sustentada
mediante esta segunda relação intersube tia *undamental
mediante a relação do res'eito moral E na idade mais madura a
moral  o $om'ortar se de manei ra não instrumental de um em
relação ao outro  sem're desem'enha "m 'a'el
in$om'araelmente mais *orte em relaç"es estreitas do Que *a$e a
estranhos, 'orQue desta maneira os 'ontos de dierg]n$ia são
muito mais *ortes

> C* .1  \amo $8 The Ob%ect o& Moralit'. !ondres 34>3, ' =3s

8
Se isto estiesse roais ou menos $orreto, então dois 're
$on$eitos teriam Que ser $ondenados Primeiro, a id#ia am'lamente
di*undida, Que amor e ami0ade se sustentariam sem morai G
$ontrrio 'are$e ser o $aso& $omo ainda eremos no $onteRto da
inter'retação de Ldam Smith, o res'eito moral em todas as suas
sutile0as, a*inal, a'enas 'ode ser desenolido em relaç"es
estreitas, e ele # *undamental 'ara estas Em segundo lugar,
di*i$ilmente 'ode $onen$er a tese desenolida 'or Piaget em seu
liro sobre T &uízo morai na criança , Que em relação a seus 'ais
$rianças a'enas desenolem um res'eito unilateral  Que ele
entende $omo um misto de temor e amor, Que seria 'ortanto uma
atitude 'r#mo ra  e Que a'enas numa idade 'osterior, m #eer$
grou#( elas desenolem um res'eito m^tuo Em relação a muitos
mandamentos não entendidos 'ode este ser o $aso, mas 'are$e
ina$eitel 'ara Quest"es morais tão *undamentais $omo o sentido
'ara a ustiça, 'ara a manutenção da 'romessa e a eR'e$tatia de
Que os 'ais, 'or sua e0, se atenham s normas Que eles eRigem
L im'li$ação 'si$olgi$ a do desenolim ento, $ontudo, não #
o mais im'ortante 'ara a minha tese Sea Qual *or o modo de se
desenolerem amor e moral nas $rianças, um amor maduro ou uma
ami0ade sem os $om'one ntes morais, 'are$e sem $onstân$ia e sem
'eso, de modo Que *atores de 'oder e de de'end]n$ia o$u'am o seu
lugar Podemos agora tomar de tal *orma a distinção de Fromm
entre relação eQuilibrada de amor e as *ormas simbiti$as, Que $ada
relação de amor ou de ami0ade somente 'ode ser eQuilibrada se ela
essen$ialmente tamb#m # determinada 'ela atitude moral  res'eito,
não instrumentali0ação L assimetria das *ormas simbiti$as
determinadas atra#s do dom6nio ou da submissão #, enQuanto não
res'eit o ou não eRig]n$ia da autonomia e dos direitos, uma atitude

do unierso da amoralidade
 Tale0 'ossa 'are$er Que esta $on$e'ção a'enas se distingue
teRtualmente da 'r'ria $on$e'ção de Fromm G resultado

88
'are$e ser o mesmo, $onQuanto a reiação eQuilibrada de amor
im'li$a res'eito Se re$onhe$emos a atitude moral $omo um *ator
inde'endente temos, no entanto, uma di*erença essen$ial Isto se
mostra tanto 'ara o $on$eito de amor Quanto 'ara o da moral, e no
*im das $ontas, 'ara a 'ergunta de 'artida 'ela am'liação da moral
estendendose a todos a 'artir das 'essoas de relaç"es diretas
Em rela ção ao $on$ eito de $amor, Fromm os$ila entre um
$on$eito uniersal, $omo se en$ontra em %L 45, e o da sem're de
noo retomada $erte0a, Que somenteU o amore"ilibrado mere$e
o nome VamorU Con$eitua6mente # mais satis*a trio se 'rimeiro
de*inimos o amor de maneira tão gen#ri$a Que suas *ornias
simbiti$as tamb#m seam re$onhe$idas $omo amor, sendo então
de*inido o amor de Fromm, no Vsentido erdadeiroU, 'ela
di*erença es'e$6*i$a do eQuil6brio E não 'odemos er $omo isto
'oderia ser 'oss6el sem a in$lusão da atit"de moral uma e0 Que o
re$onhe$imento da autonomia e dos direitos *a0 essen$ialmente
'arte do eQuil6brio
Xais im'ortante # a $onseQ7]n$ia 'ara o $on$eito de moral
Pois, se a a*irmação mora # uma a*irmação Que se distingue da
a*etia, e Que 'ara ser satis *atria dee a'enas assum ir em si a
a*irmação a*etia, então a eRtensão a todos sa$ri*i$a o 'aradoRo Que
'ossu6a a id#ia de Fromm sobre uma eRtensão do amor a todos G
assentimento morai # aQuele Que todos os membros da $omunidade
moral eRigem de todos, $omo resulta da minha eR'li$ação nas
'rimeiras liç"es Por isso, numa moral tradi$ional6sti$a, ele de
antemão re*erese in$lusie a todos e am'liase uniersalmente tão
logo a moral sea $om'reendida de modo moderno Xesmo se uma
$riança ini$ialmente a'enas # introdu0ida na atitude moral no
$onteRto das 'essoas de relaç"es mais estreitas, e tamb#m Quando
neste $onteRto ela se ] 'rimeiramente motiada 'ara a a$eitação
da atitude moral 'elo interesse na $on*iabilida de destas relaç"es, o
ti'o de isão moral $on*orme o seu sentido, # então $ontudo
re*erido

<AA
a todos Cada 'essoa est lire 'ara delimitar $omo Quiser o
dom#nio da motiação morai mas não o da atitude moral (Isto
naturalmente não eR$lui Que as obrigaç"es se distinguem segundo a
'roRimidade ou a distân$ia Wue elas se distinguem assim, #
e?atamente o res"ltado do u60o sobre o modo Que todos deem se
$om'ortar, 'ro*erido na 'ers'e$tia de "al"er "m$9
Chegar6amos portanto ao seguinte resultado& Que uma de
terminada *orma de amor não # 'oss6el sem res'eito, mas Que
J os $o n$eitos am or e re s'eito se so bre'"em 9ã o eR iste
amor sem res'eito, e uma e0 assumida a atitude morai o -ter de&
obrigatoriamente estendese 'ara al#m das relaç"es a*etias JIsto
nat"ralmente aão eR$lui Que o res'eito sea 'or sua e0 a*etio 6$*
su'ra, seRta lição), e nisto est es$ondido o nScleo de erdade do
mandamento do amor ao 'rRimo Xas este a*eto não 'ode ser mal
entendido, no sentido de Que as relaç"es eR$lusias do amor e da
ami0ade não têm limites Podemos clarearnos isto
partic"larmente mudandoo 'ar a o 'assio Eu gostaria de ser
res'eitado 'or $ada um, mas Quem gostaria de ser amado 'or
todos[ G $ontrrio de res'eito não # dio, mas humilh ação e
indi*erençak
G lugar 'riilegiado Que a 'ostura moral 'ossui 'ara uma
relação de amor satis* atria *a0 'arte da atitu de moral, $onstitu i
uma ra0ão 'ara sermos motiados a nos $om'reendermos $omo
membros da $omunidade morai Se ns s 'odemos estar bem
numa relação eQuilibrada de amor e se a relação eQuilibrada de
amor não # 'oss6el sem a atitude morai então temos uma boa
ra0ão 'ara nos entendermos moralmente  Estas $onsideraç"es
teri$as são a'oiadas 'elo dado em'6ri$o Que aQuelas $rianças
Que não 'odem $onstruir relaç"es de intimid ade obiamente

'ade$em sob um lack of moral sen se' 


Poder6amos en$errar esta arti$ulação de id#ias de tal modo,
Que o motio 'ara o Querersermoral sea o nãoQuerer sers
Fromm desta$ou o alor de erdade $entrai do nãoQue

P9
rersersolitrio ,%L =3s) Fromm $om'reende as *ormas de amor
do dom6nio e da submissão $omo *ormas malogradas do não
Querersersolitrio Wuem ama desta maneira 'ermane$e tio
solitrio Quanto aQuele Que não # ne$essitado de amor, Gb
seramos anteriormente Que, na 'ergunta 'elos bons motios Que
temos 'ara sermos morai s, não 'odemos *a0er nada mais do Que
$hamar atenção daQuilo Que temos Que *a0er $om'le mentarmente
se Quisermos lirarnos da moral
Deer6amos manternos isentos de uma tend]n$ia dogmti$a
de Fromm Fromm tende a di0er& 'orQue o homem # desta e
daQuela maneira ('or eRem'lo, não Quer ser s), ele tem de 9ão
ne$essitamos de uma tese antro'olgi$a tão *orte, e 'odemos
sim'l esment e di0er& se tu não Queres ser solit rio, tens de, mas
est na tua liberdade 're*erir uma ida solitria (ou não) L'enas
'odemos mostrar Que tudo est rela$ionado $om o lack of moral
sense' 9ão eR iste u m 6?
iem deU absoluto, nem moral e nem
motia$ional
Estas eR'li$ aç"es sobre a moti ação 'odem ser istas $omo
uma am'liação direta das $onsideraç"es Que *i0emos sobre 'oder
e moral no *inal da Quinta lição T6nhamos distinguid o na Quint a
lição duas Quest" es de moti ação& ! Temos boas ra0"e s 'ara nos
$om'reendermos $omo membros da $omunidade moral[ = Temos
boas ra0" es 'ara nos $om'ortarmos moralmente[ Ls ra0"es Que
na Quinta lição $itei 'or 'rimeiro, as ra0"es de se $om'reender
$omo membro de uma $omunidade moral em geral  'orQue $aso
$ontrrio somente 'oderia er meus semelhantes $omo obetos, e
não $omo suei tos res'o nse is  'erte n$iam  'rime ira Questã o
Ls ra0"es Que *oram $itadas agora, ao $ontrrio, *a0em 'arte
'rimeiramente da segunda 'ergunta, mas tamb#m agem
igualmente sobre a 'rimeira Pro$uramos mostrar aQui Que eu
de *ato tenho de 'ro$eder moralmente diante das 'essoas Que me
são 'rRimas, se a relação a*etia Que tenho $om elas # 'ara ser
satis*atria 2imos 'or#m ao mesmo tem'o& se 'ro$edemos
moralmente

<A=
em relação s 'essoas Que nos são 'rRimas, entramos desta *orma
no mundo moral $omo tal em relação a todos Xas # obiamente
bem eidente "e não me sentirei motiado de me $om'ortar
moralmente *a$e Quelas 'essoas Que me são distant es Então de
*alo sei Que dianle deles me deeria $om'ortar desta maneira, mas
eo $aso não tenho moti o 'ara tal$ Isto eR'li$a a dis$re'ân$ia entre
a uniersalidade de nosso modo moral de er e o al$an$e m6nimo
de nossa motiação moral Esta dis$re'ân$ia $hama
'arti$ularmente a atenção em nosso tem'o ERiste uma *orte
tend]n$ia, tamb#m 'ara homens Que 'ensam de maneira
uniersalista, de limitarse no essen$ial  *am6lia e ser $orretos no
Que res'eita ao resto 'or motios $on tratualistas  solidão
também 'ode ser s"perada mesmo na es*era mais 6ntima  LQui
mostrase o $arter limitado deste argumento da motiação 9a
'rRima lição reto marei mais uma e0  Questão da motiação a
'artir de uma outra 'ers'e$tia, ligandoa $om Ldam Smlt*a

$ inersamente 'odemos $om'ortarnos de modo moral numa 'ers'e$tia uniersal e


$ontudo 'ermane$er solitrios L morai então, $aso minha argumentação estier $orreta,
a'enas seria uma moral de 'rin$6'ios, e nã o uma moral ien$iada Quem  sabe re'ousando
sobre *orças motri0es irra$ionais

<A<
D@CIXL W+I9TL !IMNG L
am'liação do $on$eito 8antiano em
$oneRão $om Ldam Smith:
atitudes intersubjetivas
uniersalm ente a'roadas_

9a penSltima lição $hamei a atenção 'ara o *ato de Que a


doutrina aristot#li$a das irtudes tem d"as paites4 'odese $on
siderar as irtudes (ou algumas delas) $omo aQuelas dis'osiç"es
Que sere m ao bemes tar, ou 'ode se consider'las (ou algumas
delas) $omo as dis'osiç"es Que são moralm ente a'roadas Se
inter'retarmos Lristteles de *ornia imanente, então esta distinção
# eidentemente arti*i$ial Ela $ontudo se im'"e 'elo $onte^do 9a
lição anterior inter'retei um autor moderno Que a'ro*unda a
'rimeira linha, e na lição de hoe dedi$ome a outro autor moderno,
o Que desenoleu eR'li$itamente a outra 'ers'e$tia& Ldam Smith
em 0he 0heor1 of %oral ?en$ timent s (3>;4) 3 Poder6a mos 'ensar
Que as $onsideraç"es da lição anterior $ondu0em a uma $on*usão
na distinção entre ir

_ Tradução de Llo6si o -uede6 l

3 Gs n^meros das 'ginas de minhas $itaç"es re*eremse  edição de GR*ord, reali0ada


'or DD  Rap)ael e A$\L Xa$tle (34>5) As $i*ras re!eremse a parte, seção, $a'6tulo e
'ar gr a*o ($ orr es' ond end o  e str utu ra da edi çã o d e G R*o rd )

<A?
t"des da !elicidade e irtudes morais 9ão são as mesir mo
deraç"es Que dis'"em 'ara o bemestar e Que são moralmente
a'roadas[ Mara Lristteles eidentemente !oi assim, rms na
Questão 're$isamos manter $lara esta distinção conceit"ai, mesmo
Que 'ossam o$orrer sobre'osiç"es Tamb#m na lição anterior se
insistiu nesta distinção L6 eu não *alei de nenlmma irtude morai,
usas a'enas tentei mostrar Que a irtude ja *eli$idad e, no sentido
Que Fromm d  relação eQuilibrada entre a"tonomia e
de'end] n$ia, im'li$ a na atitude moral$ 7on a atit"de mora não
estaa $ontudo im'li$ad a nen)"ma 9irr>de es'e$i*i$amente moral,
mas sim'lesmente o res'eito more P das 'essoas, portanto, "ma
atitude moral Que 'ode ser 'er*eitamente des$rita atra#s do
$on$eito 8antiano, sem 'or conseg"inte 're$isar re$orrer s irtudes
morais
Con!rontamonos 'ortanto $om a Questão de saber se além dos
$onhe$idos ti'os de regras 8antianas e $ontra6Ria7stas ainda
eRistem, 'ara a moral uniersalista, virt"des morais, a saber
irtudes Que não 'odem ser redu0idas a $ondutas ou regras de
$onduta, isto #, Que seam atitudes, em noo terren4  Que
sim'lesmente *ora 're'arado de *orma aga atra#s da irter
'retação Que dei das irtudes so$iais (intersubetias  em risp
Jt$eles Tamb#m aQui trataase de e"ilibrios entre aterse asi e
relação de de'end]n$ia, donde a 'roRimidade de $or&rido em relação
s irtudes da *eli$i dade Xas se atitudes deste 44po, enQuanto
mandamentos, deem ter um lugar numa moral uniersal, então
deeriam ser aQuelas Que em todos seriam jese adas na
'ers'e$tia de todos (ou de QualQuer "m9$ LQui naturalmente
tamb#m não se 'ode tratar de uma $onstrução *ilos*i$a, e Adam
Smith tamb#m # da o'inião Que as virr:des Que eie a'resenta são de

*ato geralmente
+' não tenh am re$onhe$idas n& i&autilitarismo
sido ista s pelo adia (' 3:/de*endido
Ii<:) Wue elas
'or Kume,
ante$essor de Ldam Smith, e no 8antismo, seria então ao $ontrrio a
$onseQ7]n$ia de ama mio'ia *ilos*i$a, sobre $uas 'resum6eis
ra0"es ainda ire& me 'ronun$iar mais tarde
Sistemati$amente, Ldam Smith não organi0ou seu liro de
maneira satis*atria Corres'ondendo  sua hi'tese em'6ri$a um
tanto estranha, Que a $ons$i]n$ia moral en*im não 'arte
'rimariamente de regras, nem de 'rin$6'ios, mas indutiamente de
e?periências concretas do sentimento 1\UW ($Q$$9, o livro 'arte
do *ato da sim'at ia, $uas im'li $aç"es normativas a'enas serão
eiden$iadas gradualmente
Somente na 5 'arte da obra, Que *un$iona Quase $omo
a']ndi$e Smith trata de Kome, seu ante$essor, resulta ndo da6 um
'anorama das irtudes, Que em sua maior 'arte  $omo totalmente
em Kume  est rela$ionado $om utilidade& a irtude da sabedoria
'rti$a ,#rudence< # o $arter Que um indi6duo 're$isa 'ara
al$ançar a 'r'ria *eli$idade/ ustiça e beneol]n$ia são as
dis'osiç"es 'ara se al$ançar a *eli$idade dos outros Estas irtude s
#odem( a*irma Smith (=5=/ 2! Con$! I), ser eR'li$adas, 'or um
lado, a 'artir dos nossos a*etos ego6stas, e, 'or outro, a 'artir dos
nossos a*etos altru6stas, $omo o 'ensa Kume E mesmo estas
irtudes não teria 'odido desenoler de maneira $ont6nua, Quem
não se deiRasse determinar ao mesmo tem'o 'ela $onsideração dos
sentimentos dos outros, e na erdade de tal maneira, Que $om isto
sea determi nante o obserador im'ar$ial ,im#arcial s#ectator<'
Em ^ltima anlise haeria $ontudo uma outra irtude *undamental, a
do autodom 6nio ,self$command<( $ua *ormação na erdade 'ode
mos tamb#m 'ensar $om $rit#rios 'ruden$iais/ isto $ontudo a'enas
de tal *orma, Que os a*etos eR$essios sim'lesmente seam
re'rimidos, não moderados ou trans*ormados/ estes ^ltimos a'enas
seriam 'ossibilitados atra#s do sentimento da $oneni]n$ia
,#ro#riet1^<( $uo $rit#rio seria a 'ossibilidade de outros im'ar$iais
'oderem tomar 'arte neles (=5</ 2I Con$l <>)

9as duas 'rimeiras 'artes da obra en$ontramos $ontudo uma


outra *ormulação, na Qual este 'onto de ista do obserador
im'ar$ial, *undamental 'ara Smith, # isto $omo determi

<A5
nante 'ara a 9irtude gerai' LQui as irtudes são diididas em dois
ti'os 1\, =<=;,5>/ Li$$UB,I,i$U e II$L introd$94 "m ti'o
re'resenta as irtudes da $oneni]n$ia em sentido mais restrito, e
estas di0em res'eito  $a'a$idade de a$om'anhar a!etivamente aos
outros LQui en$ontraremos o n^$leo da #ti$a de Smith& este
re*erese totalmente a uma relação de de'end]n$ia de car'ter
"niversal, da de'end]n$ia da 'r'ria a!etividade da a!etividade
dos outros / re*ere se  abertura a*eti a 'ara os outros, o Que Quer
di0er, 'ara os seus a*etos e sua $a'a$idade a*etia G segundo
1tipo9 d60 res'eito ao m#rito e seu contr'rio ,merit or demerit s
Qualidades, pelas "ais merecemos recompensa o" $astigo 
somente este seg"ndo tipo de virt"de "e é re!erido  ustiça e 
benevolência ,&ustice and beneficence<' 2 o Snico tipo de virt"de
"e é considerado por ("me, o Qual porém tamb#m  posso
a$res$entar  é considerado por Yan* (são as obrigaç%es negatias
e 'ositias de ;ant9$ E na =  parte do livro$ 5mit) incl"sive
proc"rar' demonstrar "e tamb ém estas irtudes se *undam na
irtude da conveniência$
Consideremos $ontudo 'rimeiro o n^$leo de sua $on$e'ção 
Esta # introdu0ida hesitosamente no in6$io da 3 'arte Smith ini$ia
$om o *enmeno em'6ri$o da sim'atia ,s1m#ath1) Por $om'aiRão
,#it1 and com#assion< entendemos o sen tir$om (ou sim'atia), o
sentir $om a a*lição dos outros Entendemos Que a sim'atia tamb#m
'ode ser $om'reendida neste sentido restrito, mas Que ela tamb#m
'ode, e aQui dee ser entendida no sentido am'lo, Que ela est 'elo
sentir$om, $om todos os a*etos dos outros (3A/ !i,3;) Certamente
não são todos os a*etos e sentimentos dos outros Que des'e rtam
sim'atia, 'or eRem'lo, raramente remos sim'atia $om sentimentos
de 'ra0eres $or'orais/ e diante de a*etos so$iais negatios $omo

$lera e ran$or, reagimos 'rimeiramente de *orma negatia, mas em


geral todas as 'essoas t]m, ainda Que (uns) mais ou (outros) menos,
uma in$linaçã o a reagir de maneira ` 'arti$i'atia diant da alegria
e da a*lição dos outros

<A>
Até aQui o 'onto de 'artida de Ldam 5mit) 'oderia 'are$er
semel)ante ao 'rin $6'io de 5c)open)a"er, a'enas mais am'lo
Xas em Smith agora se d "ma s#rie de 'assos Que mostram Que o
seu # um $on$eito $om'letamente di*er ente do "e ini$ialmente
'oderia 'are$er (Ll#m disso, estã nat"ralmente  de antemão
$laro Que a sim'atia $om a alegria do o"tro não 'ode ser
entendida $omo motio 'ara outra $oisa 1agir$ moral9  $omo a
$om'aiRão em 5c)open)a"er$ Por iss o, o $on$eito desim'atia de
Smith tamb#m se distingue !"ndamentalmente do de ("me$ C!$
<=>/ ILhMB$9
G 'rimeiro 'asso # Que Smith, no = $a'6tulo da I seção,
obsera Que  tend]n$ia de sentir (sim'ati0ar) $om os outros
$orres'onde re$i'ro$amente, 'or 'arte dos outros, o deseo de
Que outros sim'ati0em com eles& V9ada nos agrada mais Que 'oder
'er$eber em outras 'essoas uma sim'atia $om todos os a*etos em
nosso 'eito/ e nada nos $ho$a mais Que a 'er$e'ção do $ontrrio` 
(3</ !!=1 _ Esta re$i'ro$idade no sentir$om e na de'end]n$ia
deste sentimento a'are$e nas 'rimeiras seç"es $omo uma
re$i'ro$idade Que o$orre 'arti$ularmente entre amigos Xas se
o$] não tem nenhum sentime nto (de $om'aiRão) em relação aos
in*ort^nios Queme adieram, ou nenhum sentimento Que estea
numa re6ação $orreta 'ara $om minha a*lição, ou se o$] não sente
QualQuer indignação diante da o*ensa Que eu so*ri, ou nenhuma
indignação Que estea numa relação $orreta $om o meu
ressentimento, então não 'odemos mais *alar sobre estes assuntos
Então tomamonos insu'orteis uns aos outros 9em eu 'osso
su'ortar sua $om'anhia nem o$] a minha 2o$] est 'erturbado
$om meu a*eto e minha eem]n$ia, assim $omo eu estou irritado
diante da sua *ria indi*erença e insensibilidadeU (=3& 6i?;)

Contudo, ra'idamente se toma $laro Que Smith de *orma


alguma 'ensa esta re$i'ro$idade na sintonia a*etia $omo limitada
aos Que nos estão 'rRimos, aos amigos/ es'eramos , sem d^ida,
en$ontrla numa 'orção maior entre os amigos

<A:
(=</ I$i$Q$W9, mas ela tamb#m o$orre entre estranhos Isto antes de
tudo 'are$e $omo mais um *ato em'6ri$o, Que 'ode se a'resentar de
modo mais *orte ou mais *ra$o, Xas em Smith a$res$e ntase agora
eR'li$itamente um as'e$to normativo$
ERiste e*etiamente desde o $omeço, naQuele Que $ultia a
sim'atia, uni u60o sobre, a $oneni]n$ia dos a*etos (3 'arte,
I seção, cap$ < e ?) +ma primeira raão 'or Que # assim ã #
dada no \cap#t"lo 1\_ I$i$ LI94 o momento Que libera a sim'atia
nã$#, $omo em S$ho'enhauer, o do a*eto do outro ou sua
eR're ssão, mas a situação Que # a $ausa deste a*eto Wuem , 'or
eRem'lo, 'ade$e algum in!ortSnio *6si$o de muita dor des'erta
nossa $omiseração, mesmo Qee'essoalmente não e?ternalie
nenhuma dor/ e se, ao $ontrrio, algu#m se QueiRa eR$essiak
mente de um 'eQueno in!ortSnio, somos in$a'a0es de sintoni0ar
$om o seu a*eto Gu se algu#m se $om'orta de uma maneira
ergonhosa, sentimos ergonha 'or ele mesmo Que ele 'r'rio não
a sinta 9esta di*erença entre o nosso sentimento 1sentircom9 e o
a!eio de "em a"i é re!erido est' implicado um u60 o sobre a
ade"ação do se" a!et o em relação  situação "e o provoco"$
"al é o critério para este +"#o de avaliaçãoH
9oamente Smith d 'rimeiro uma res'osta Que ele $orrige
mais tarde LQui no $a'6tulo <, ele a*irma Que o ^ni$o $rit#rio 'ara
o ulgamento da deQuação ou inadeQuação # se esta situação do
outro 'ode des'ertar sim'atia em mim, ou se eu me 'osso imaginar
Que numa situação eQuialente eu tamb#m reagiria desta *orma L
obeção est na argumentação, Que minha reação a*etia diante de
uma situação deste ti'o, ou minha $a'a$idade 'ara sim'atia, 'ode
igualmente ser inadeQuada Portanio ou *i$amos na mera *ati$idade
da sintonia entre duas 'essoas, e isto então seria uma *ati$idade
'uramente subetia
 uma alternati a Que Smith em momento algum $onsidera ou eu
tenho Que deiRar em aberto, Que meu ti'o de reação igualmen te se
a'resenta $omo inadeQuada, a 'artir da 'ers'e$

<A4
t6 a de "m ter$eiro e de "m Quarto e, em ultimaanlise, a 'artir da
'ers'e$tia de 5ual5uer o"tro$ Lssim 5mit) $hega ao seu $on$eito
de observador im'ar$ial
Para $om'reend]lo $orretamente deemos 'rimeiramente
obserar Que Smith desde o 'rin$6'io *ala $omo bio nesta maneira
obetia do ulgamento da adeQuação do a*eto do outro Isto se
a$entua 'elo *ato de, $on*orme se d o ulgamento, o a*eto do outro
ser a'r oado 9 desa'roado ,a##ro9e f dis$ #ro9*<' Esta $lara
im'li$ação normatia 'are$e serir 'ou$o 'ara a introdução
em'6ri$a Para entendermos agora o Que Smith Quer di0er $om o
obserador im'ar$ial, deemos 'er$eber Que ele $ondu0 o leitor do
dis$urso de um obserador não es'e$ialmente Quali*i$ado
,s#ecfator<( 'ara o dis$urso de um obserador im'ar$ial, atra#s de
diersas 'eQuenas modi*i$aç"es, Que $omo tais não são
'arti$ularmente ressaltadas @ im'ortante notarmos Que 'rimeiro ele
sim'lesmente *ala de obserador (=3/ !!?5) Smith, mesmo Quando
mais tarde *ala do obserador im'ar$ial, nun$a se re*ere a um
obserador teri$o, mas sem're tem em ista aQuele Que mant#m
uma atitude 'arti$i'atia diante dos a*etiamente atingidos E disto
resulta um 'rimeiro *ator, *undamental 'ara Smith, na di*erença
entre o a*eto do atingido e o sentimento (sentir$om) do outro (do
Vobseradorf)& aQuele Que ien$ia, ele mesmo, a emoção (alegria,
dor, ressentimento, et$), ien$iaa normalmente mais *orte Que
aQuele Que a sente $om ele (=3 s/ 3?; e >) $omo uma emoç ão
Vre*letidaU ($* 'assagem men$ionada) $om base na sua $a'a$idade
de imaginação e 'orQue se $olo$a no lugar do outro (==/ Ii?:)
Por isso 'ara a*inal 'oder $hegar a um a$om'anhamento
a*etio re$6'ro$o, im'ortam duas $oisas Tanto o Que 'arti$i'a do
a*eto Quanto aQuele Que # 'or ele 'rimariamente atingido tem Que ter
desenolido uma dis#osição fundamental 5ue #ossibilite a
adeQuada sintonia a*etia, e as duas dis'osiç"es *undamentais aQui
eRigidas são irtudes/ são 'ara Smith as

<3A
duas irt udes !"ndamentais 'or eR$el]n$ia& 'or um lado, sen
sibilidade, e 'or outro auto$ontrole ( sensibüit1 and self$com$
mand< 1I$i$ ;5) Smith colocaas, 'or sua e0 sob um
denominador $omum, Quando di0& V@ 'or isso Que sentir muito
'ara os outros e 'ou$o 'ara si, $ontrolar os a*etos a"tore!eri dos
e $eder aos a*etos Que Querem bem, $onstitui a 'er*eição da
nature0a )"mana, e # o Snico $aminho 'ara gerar entre os
homens aQuela )armonia de sentimentos e a*etos, em Que re'ousa
toda a sua graça e $oneni]n$ia Como a grande lei do $ristianismo
# amar nosso 'rRimo $omo a ns mesm os, assim o grande
im'eratio da nature0a # amarnos tãosomente Quanto amamos a
nosso 'rRimo o"H o "e d na mesma, $om o nosso pr7?imo é
$a'a0 de nos amarU (!!;;)
2imos anteriormente Que no  = !iro Smith $om'ara o
auto$on trole resultan te da motiação da $oneni]n$ia, o Que Quer
di0er, da $a'a$idade de sintonia a*etia, Que somente #
desenolida a 'artir de $rit#rios 'ruden$iais Wuem se orienta 'ela
$oneni]n$ia 'ro$ura dosar ,flatten out< tanto a Vgradação do tom
natural U dos seus a*etos, Que os obserado res 'odem tomar 'arte
deles (Ii?>) Constantemente ele dee Vse imaginar $omo ele seria
a*etado, se a'enas *osse um dos obseradores de sua situaçãoU
(!t?:)
Com Vum dos obseradoresU  est im'li$itamente re*erido
aQuilo Que Smith eR'ressa mais tarde& VQualQuer umU 9a 'rimeira
'assagem em Que o$orre o termo Vobserador im'ar$ialU (Ii;?),
Vim'ar$ialU 'are$e sim'lesmente signi*i$ar algo Vnão a*etadoU, e
aQui, al#m disso, ainda 'are$e se tratar de amigo Xas então Smith
tamb#m *ala do indi&ferent s#ectator , do obserador indi*ere nte,
$om Que 'or#m noamente se Quer di0er& aQuele Que não # o
'rimariamente a*etado, não o insens6el/ mais tarde Smith em'rega
tamb#m o termo b1stcinder( o $asualmente 'resente (ou o
es'e$tador $ir$unstan$ial) Como $rit#rio geral estabele$ese em
^ltima anlise& VEstes e todos os outros a*etos da nature0a humana
'are$em $onenientes e
são a'roados Quando o $oração de QualQuer () obserador
im'ar$ial sim'ati0ar totalmente $om ele, Quando QualQuer um
indi*erentemente 'resente ,e9er1 indifferent b1$stander ) 'uder
'enetrar totalmente nestes a*etos e a$om'anhlosU (54/ Ki==)
Xais adiante Smith di0& VL $onersa $om em amigo nos lea a um
estado mel)or, e $o m "m estranho a um estado ainda melhorU
(3;</ II!<<:)
+m $rit#rio 'ara a sensibilidade adeQuada,  re*erido desde o
in6$io, #& Que o 'arti$i'ante Vdee re*a0e r toda a situação de seu
'ar$eiro em seus m6nimos detalhes/ de'ois ele dee se es*orçar
'ara eR'or $om a maior 'er*eição 'oss6el aQuela imaginria
mudança de situação, na Qual estã baseada a sua sim'at iaU (=3/
Ii?5) Posteriormente Smith assume isto de tal maneiraQue, nas
^ltimas 'artes do liro, *ala do Vobserador im'ar$ial e bem
in*ormadoU ('or eR =4?/ 2I!ii3?43
@ bio Que de um amigo se es'era uma outr a medida de
'arti$i'ação Que de um estranho (!i?4) Xas, 'rimeiro, segue da6
'ara a irtude do auto$ontrole, Que aQuele Que # a*etado 'ela
emoção 'ro$urar diante dos estranhos um grau de serenidade
ainda maior (su'erior) ($* 'assagem men$ionada) e, segundo, não
segue da6 Que o estranho tamb#m não 'ossa ulgar igualmente bem
a Questão da adeQuação do a*eto G amigo sentir $om maior
intensidade, mas se # $orreto sentir $om o outro, i #, se o a*eto do
outro dee ser a'roado, isto ele de$ide a 'artir da 'ers'e$tia de
um obserador QualQuer
/odemos el"cidar isto com base n"m a!eto "e 5mit) com
raão apresenta como especialmente cr#tico 1c!$  cap$ de I$ii9,
raiva e ressentimento$ fma ve "e este a!eto atinge negativa
mente a "m terceiro, também o sente o amigo da"ele "e o
e?pressa, de in#cio negativamente e sem simpatia$ A raiva,
m"itas e?terioriada de "ma maneira partic"larmente ag"da,
parNece  primeira vista como inade"ada$ Apenas sentirei com
ele, na medida em "e e" tomar con)ecimento das ra%es 1na
medida em "e compreender a sit"ação9 para "ma tal er"pção

P
de sentimentos de um amigo& minha indignação ( in'ination <
$orres'onde então ao seu ressentimento ( resentment ) Xeu amigo,
'or sua e0, alori0ar de modo 'arti$ular Que eu o a$om'anhe
're$isamente em sua raia, ainda mais do Que nos outros a*etos/ e
# este o 'onto em Que Smith di0ia Que uma in$om'r eensão, se
torna insu'ortel Por outro lado, o amigo não 'essoalmente
a*etado, $aso não se submeta sim'lesmente ao outro,, er a
situação a 'artir da 'r'ria nature0a, de uma maneira mais
obetia, e assim tamb#m na 'ers'e$tia de uma ter$eir a 'essoa
&with the e1es$5f a (hir' %erson , 3<;/ I‡!<< ), de modo Que no
$aso, 'or mais Que o Quisesse, não se ] na 'osição de
a$om'anharo a*eto do outro`Em $asos eR$e'$ionais, o outro
'or#m tamb#m age de maneira des're06el num sentido inerso,
Quando não reage $om ira diante das o*ensas Que eu re$onheço
$omo tais (<?s/ D!<<)
+m $aso es'e$ial, Que Smith 'ro'ria mente não trata, # na
turalmente aQuele em Que amigos, mas tamb#m estranhos, se
odeiam um ao outro G a*etado sem're tende, $omo di0 Smith, a
reagir $om eRtrema sensibilidade Por isso os $ontraente s terão um
em relação ao outro não a'enas os sentimentos negatios, mas
sentiment os Que são de 'arti$ular mente di*6$il $on$iliaçã o, 'orQue
$ada Qual tem os seus $omo dign os de a'roação& $ada um ]
$omo de$isio, atra#s de seu 'arti$ular $arter de ser a*etado, um
outro as'e$to do $om'leRo a$ont e$imento da ação LQui 'are$e
'arti$ularmente im'ortante o trans'orse 'ara a 'ers'e$tia de
aaliação de um ter$eiro, 'ara Que assim o su'osto obserador
im'ar$ial no seu 'r'rio interior $orres'onda $om o do interior do
outro ($* 3<;/ III<<)
Lnimosidades, sea entre 'rRimos, sea entre estranhos, t]m
Quase sem're este $om'onente do ressentimento m^tuo, o Qual
im'li$a na atitude da autousti *i$ação L 'artir daQui 'odemos
aaliar melhor, $omo  imos na lição anterior, a grande
im'ortân$i a Que tem a moral entre os amigos Pois, Quanto
mais 'rRimo se est um do outro tanto maiores são os 'ontos de
$ontato, e 'or isso tamb#m a multi'li$idade de 'ers'e$tias
di!erenciadoras no +"lgamento moral Esta estrutura das di*e
renças morais entre 'rRi mos de !ato dee ser aaliada a'enas
agora (aQu6), 'orQue agora eão estão mais em dis$ussão amo
ralidade e a imoralidade de aç"es e omiss"es, mas a moralidade e
a imoralidade das reaç"es a*etias diante da moralidade e%ou
moralidade das aç"es& 'orQue est em dis$ussão a adeQuação dos
u60os de aaliação Que estão na base destas reaç"es Xo emo
nos aQui de $erta *orma mim segundo n6el moral, isto
naturalmente não ale a'ena s 'ara o ressentimento m^tuo, mas
tamb#m 'ara a 'ossibilidade, dis$utida em'rimeira linha 'or
5rnit), de lançarse no dio $ontra um ter$eiro G leitor moderno
Que, 'artindo de Yant ou de Kume, tendesse a negar a usti*i$ação
do u60o de alor moral dos a*etos  algo bio 'ara Lristteles e
assumido de maneira noa 'or Smith  teria Qae se 'erguntar se
entao 'oder 6amos 'ensar em eitar este u60o ds alor no $aso
es'e$ial dos a*etos morais +ma e0 Que todo a*eto moral im'li$a
um u60o moral e uma e0 Que u60os Que 'retendem ser
moralmente usti*i$ados 'odem ser inusti*i$ados, o *ato do u60o
de aaliação moral das reaç"es morais não # a'enas um *ato
oni'resente no diaadia, mas # tamb#m uma $onseQ7]n$ia
ne$essria do u60o de aaliação moral no 'rimeiro n6el no n6el
das aç"es G a*eto moral  o ressentimento  não # uma Questão
'riada, mas ele muitas e0es atinge o outro mais *ortemente do
Que uma $orres'ondente ação reatia, abstra6do de Que ele sea o
'onto de 'artida de outras aç"es (retribuição, distan$iamento,
et$) Portanto, Quem a'enas admite de modo geral a eRist]n$ia de
aç"es morais e imora is, tem Que admiti r tamb#m Que eRistem

atitudes
designarde$omo
reaçãoatitude
moraisnem
e imorais
o a*eto9aturalme
moral nemnteseu
não u60o
'odemos
de
aaliação  tamb#m em Lristteles os a*etos $omo tais ainda são
atitudes deem 'or#m ser designadas assim as *irmes dis'osiç"es
de $arter, a se $om'ortar de uma determinada maneira em rela

PH
$ão aos 'r'rios a*etos e em relação aos a*etos (morais e não
morais) dos outros Estas são 're$isamente as irtudes do au
to$ontrol e e da sensibilidade de Smith
Chegamos agora ao 'onto em Que 'odemos $onsiderar a #ti$a
smith6ana da $oneni]n$ia  at# o momento a'enas re*erida  em
sua estrutura sistemti$a 9a ' => (!i! introd \_9 Smith
estabele$e uma $oneRão eR'l6$ita $om a tradição aristot#li$a
Somente aQue6e a*eto Que se eQuilibra sobre uma $erta medida
intermediria entre eR$esso e insensibilidade # um a*eto em Que
outros ( ~j os obseradores im'ar$iaisU) 'odem tomar 'arte L'enas
numa 'assagem 'osterior (=4?/ 2I!ii 3?4) o autor então eR'il$a
Que nenhum dos sistemas #ti$os eRistentes at# o momento e Que
iam $omo $oneni]n$ia aQuilo Que deeria ser a'roado em
'rimeira linha, isto #, $omo uma $one ni]n$ia dos a*etos, 'de
o*ere$er uma Vmedida 're$isa ou determinada 'ara esta
6?

$oneni]n$ iaem Esta


en$ontrada medida outro
nenhum 're$is lugar
a e determinada
Que nos não 'ode ser
sentimentos
sim'at#ti$os do obserador im'ar$ial bem in*ormadoU Portanto,
naQuela 'arte da moral Que, 'ara al#m das obrigaç"es 'ositias e
negatias da beneol]n$ia e da ustiça Ldam Smith gostaria de
er re$onhe$ida $omo $entral de um lado, ele 'retende assumir a
tradição do aristotelis mo, mas de outro, $om o re$urso do seu
$on$eito de obserador im'ar$ial, dar, 'ela 'rimeira e0, um
sentido 're$iso  eR'ressão do meiotermo
Tr]s Quest"es se leantam 'ara ns& 3) Esta 'retensão #
leg6tima, isto #, o re$urso  'ossibilidade da 'arti$i'ação a*etia
atra#s do obserador im'ar$ial o*ere$e um $rit#rio Que d] 
eR'ressão do meiotermo um sentido bem de*inido[ =) Est $laro
Que os a*etos, se *orem ulgados desta *orma, são
_ então ulgados moralmente, e # este ulgamento
uniersal [ E signi*i$a isto Que a moral uniersalista, $omo ela nos
*oi dada sobre  base 8antiana, 're$isa desta *orma ser
ne$essariamente am'liada[ <) Como então deemos entender o
'rin$6'io moral3[
-es'ondendo  'rimeira 'ergunta deese 'rimeiramente
obserar Que  a di*erença entre o 'rimariamente a*etado e aQuele

Que # $a'a0
ulgado de 'arti$i'ar
$omo do seuuma*eto
estando entre t? lea ao 'onto de o a*eto ser
demaisU e um Vdemenos ; +ma
'essoa Que iesse e se desenolesse so0inha, Que tiesse os
sentimentos Que tiesse, não teria nenhum motio 'ara re*leti r
sobre eles (33A/ III 3<) l em sentimentos est#ti$os, nos Quais
ningu#m # o 'rimariamente a*etado, 'ro du0se a di*erença entre
sentimentos $om'artilh ados e meramente subetios (34s/ I$i$Q$\Q9
tem "m -bom +"#o& aQuele Que ulga $omo outros (ulgariam) a
'artir de 'ers'e$tias diersas, de diersos $onteRtos de
eR'eri]n$ia Gnde ao $ontrrio, como nos a*etos, um # o
'arti$ularmente a*etado, a6 esta Vharmonia e sintonia # mais di*6$il
e ao mesmo tem'o di*eren $iadam ente mais im'orta nteU (=A/
!iL;) LQui $om'lementamse dois as'e$tos, 'rodu0idos 'elo
*undamento do dis$urso dealgo obetio ou $orreto ($onenient e)&
a di*e rença de 'e rs  'e$iias, Que tamb#m temos no est#ti$o, e a
di*erença entre
M a*etado e não 'essoalme nte a*etado Estes dois as'e$tos di0em
res'eito aos dois momentos Que Smith in$ula  eR'ressão
Vim'ar$ialf`& o $arter 'rimrio de nãoa*eição ,indifferenc*< do
a$om'anhante 'oten$ial ís#eciator9 e a arbitrariedade do 'onto de
ista ,an1<'
Com isto est natural mente 'ressu'os to Que o nãoa*etado
Queira ou dea sentir $om o a*etado LQui 'ortanto temos Que *a0er
uma distinção, Que mesmo em Smith não se en$ontra tão
eR'li$itame nte L'rimeira $oisa # a $oneni]n$ ia das duas irtudes
*unda mentais, isto #, a dis'osição de dosar e res'e$tiamente
intensi*i$a r tanto os 'r'rios a*e tos (no 'rimariament e I a*etado) e
a dis'osição a*etia (em relação ao outro), de modo
 Que um 'ossa a$om'anhar o outro Como se torna $laro a 'artir
3 do 'argra*o a$ima $itado sobre a 'er*eição da nature0a huma
[ na, isto re'resenta o alor *undamental 'ara Smith& estar a*e
I tiamente aberto 'araos outros, tanto na 'ers'e$tia do
a*etado Quanto do 'arti$i'ante, daQuele Que 'arti$i'a do seu

P;
a*eto (aQui *alta um termo "nit'rio 'ara a abertura a*etia nas duas
'ers'e$tias/ -a 'arti$i'ação est mais 'ara o lado do nãoa!etado,

eladosU)
ter6amos Que $om'reender
Segundo, no Que di0ores'eito
termo $omo abrangendo
 reali0ação desteosalor
dois
!"ndamental, os a*etos (e estes são sem're os do primariamente
a*etado) são 'or soa e0 ulgados $omo apropriados$
L $oneni]n$ia das irtudes *undame ntais e o assim $om
'reendido $on$eito da 6? 'er*eição?a nat"rea )"mana& a'onta
'ara a ter$eira Questão, antes leantada Gbiamente não ne
$essitamos de outra eR'li$ ação 'ara sabermos Que estas dis'o
siç"es são *undamentais 'ara a 'ossibilidade da ami0ade Se $om
Lristtelesentendemos a ami0ade $omo o "ererestar 1iinto e a
dis'osição, a6 im'li$ada, de  L$om'ade$erse e $on*raterni0 arseU,
então nesta`^ltima esl o a$om'anhamento a*etio sim'a*#t i$.
re*erido 'or Smiih Lt# Que 'onto Smith agora, em seu enun$iado
sobre a V'er*eição da nature0a humanaU, 'ode $om'reender esta
dis'osição ao mesmo tem'o num sentido uniersal, ou sea, de
modo, Que deamos desenol]la de maneira a se re*erir a tal
todos
(embora naturalmente $om menor intensidade) Das eR'li$aç"es
eR'l6$ita s de Smith não 'odemos es'erar uma res'osta satis*atria
'ara esta Questão $entral Como  *i$ou $laro, Smith os$ila entre
uma $on$e'ção mais baseada numa des$rição de nossos
sentimentos *ti$os e uma des$rição normatia L `nature0a`, di0
ele, 'lantou em ns estes sentimentos, e 'odemos darnos $onta
Que eles são ^teis 'ara a sobrei] n$ia e a harmonia da so$iedade
Esta, 'or sua e0, 'ode ser 'ensada em diersos n6eis (:;s/
IIii<) +ma mera subsist]n$ia da so$iedade  # 'oss6el ao n6el
de um Vinter$âmbio $omer$ial de bons seriços`f& # a so$iedade do
$ontratualismo, $omo ela tamb#m # $onstitutia 'ara uma
Vso$iedade de ladr"es e assassinosUXelhor, 'or#m, # uma
so$iedade harmn i$a, onde não a'enas h a obrigatoried ade da
ustiça, mas onde dominam as irtudes da ustiça, da beneol]n$ia
e da $oneni]n$ia ($* 'assagem men$ionada) Smith,

P
'ortanto, distingue $laramente entre uma so$iedade $ontratua lista
de subsist]n$ia e uma boa so$iedade, Que # uma so$iedade moral
Xas, em 'arte alguma, ele distingue bem eR'li$itamente entre uma
so$iedade moral, assim $omo ela 'ode ser 'ensada segundo os
'rin$6'ios humeanos (ou 8antianos), e uma so$iedade ainda
melhor, Que sea ao mesmo tem'o determinada 'elo 'rin$6'io da
$oneni]n$ia
Xas agora 'ode ser *a$ilmente arti$ulado $omo ele di*e
ren$iaria o seu$on$eito do $on$eito 8antiano V2o$]sU, assim
'oderia ele obetar aos 8antianos e aos utilitaristas, V]em as
'essoas em sua relação um $om o outro $omo $aaleiros 'resos em
suas armadur asU Lmoral então a'enas $onsiste em Que nenhum
$aaleiro dee 'reudi$ar o outro (obrigaç"es negatias), e Que ele
tamb#m deese 'reo$u'ar $om os interesses dos outros
(obri gaç"es 'ositias), mas isto a'enas signi*i$ a Que $ada um,
segundo a ne$essidade, dee, atra#s das aberturas de sua
armadura, al$ançar ao outro os seus bons seriços @ sim'lesme nte

isto[ Xas, em nossa $ons$i]n$i a *ti$a do $otidiano não es'eramos


mais um do outro[ L$aso não es'eramos abrir nossa iseira e, em
e0 de s a$umular riQue0as e nos 'rote ger de 'reu60os, não
deemos atender um ao outro[ Xas o Que signi*i$a atender um ao
outro senão 'arti$i'a ção a*etia[U
Podemos es$lare$er este $on$e ito da $omuni$ação a*etia,
$ontrastandoo $om o $on$eito do agir $omuni$atio, ainda
baseado em Yant Para Kabermas um agir # $omuni$atio Quando
'ersegue suas metas sem des$onsiderar os interesses dos outros=,
isto #  *alando $om Yant Quando trata os outros, não $omo meios,
mas sem're tamb#m $omo *ins (de modo Que 'ossam $on$ordar
$om meu agir) Para o agir $omu

= Theorie des 8ommuni8atien Kandelns (Teoria do agir $omuni$ati o), Fran 8*ur t
i4:!oi 3 <:;<4>s

P
ni$atio, no sentido de Kabermas o VentendimentoU # *undamental
Xas isto a'enas # um entendimento m^tuo sobre( a saber, sobre os
interesses dos a*etados, enQuanto Que a $omuni$ação 'retendida
'or Smith # uma $omuni$ação com os outros, ema $omuni$ação
Que somente # 'oss6el enQuanto a*etia $om os a*etos dos outros
G Que se harmoni0a não são os interesses, masos a*etos G Que se
as'ira não # um auste dos inte resses, mas uma harmo nia dos
a*etos
@ isto Que ns Vna ida $omumU  segundo Smith, e $ontra a
orientação de Kume, a 'artir dos bens (e tamb#m a liberdade # em
bem) p es'eramos em nossa $ons$i]n$ia moral um do outro (3:/
I$i$$9$ E isto não # a'enas nmfaktum da $ons$i]n$ia moral mas o
'rin$6'io de Smith, o ulgamento do obserador im'ar$ial engloba
e eR'li$a as duas coisas+ de um lado, as irtude s das obrigaç"es
negatias e 'ositias, da ustiça e da beneol]n$ia e( de outro, as
da $oneni]n$ia Isto, entretanto, 'ode ser obtido do mesmo modo
$om a !7rm"la do im'eratio $ategri$o de Yant& deo $om'ortar
me assim $omo se desea na 'ers'e$tia de QualQuer um/ e o Que
$ada um Quer dos outros não # a'enas Que ele não sea lesado, Que
se $um'ra a 'alara $om ele, e Que na ne$essidade sea audado,
mas ele Quer igualmente Que nos rela$ionemos $om ele
a*etiame nte e Que 'or sua e0 se d] tal (se domine), de modo Que
sea 'oss6e l en$ontrarse $om ele a*etiamente E, 'ortanto, o
'r'rio 'rin$6'io 8antiano bem entendido Que se estende 'ara al#m
das obrigaç"es de $oo'eração e Que in$lui a abertura a*etia re$6
'ro$a eRigida 'or Smith
Ls duas irtudes *undamentais de Smith a da sensibilidade e
a do auto$ontrole, não são dis'osiç"es de ação, mas irtudes, as
Quais são irredutielmente atitudes, 'orQue são $om'reendida s
$omo atitudes da abertura intersubetia/ e agora 'odemos di0er
Que elas de *ato são eRigidas 'elo 'rin$6'io da moral uniersalist a,
$omo  o estabele$era Yant/ são atitudes eRiddas moral e
uniersalm ente Xas da6 tamb#m se

P8
guese, o Qee antes disting ui, Que tamb#m os a*etos são ulgados
moralmente [ @ este tamb#m um ulgamento uniersal[ E a in$lusão

dos a*etos no ulgamento morai não $ondu0  eRtensão da moral


'ara a es*era 'riada[
Para $omeçar $om a ^ltima Questão, uma am'liação do
ulgamento mora at# a es*era 'riada ] algo essen$ialmente
di*erente do Que a eR'ansão do direito 'enal 'ara a es*era 'riada
($* su'ra, d#$ima 'rimeira lição) Ossim tamb#m o vê Smith
L'enas aç"e s estão sueitas ao direito 'enai (3A;& I!ii< =), os
motios entretanto são ulgados moralmente E na medida era Que
todos os a*etos, assim $omo Smith os $om'reende, t]m um as'e$to
social, eles tamb#m, estão sueitos ao ulgamento morai 9s não
nos 'res$reemos uns aos outros $omo deemos agir, a não ser a6
onde as aç"es di0em res'e ito a outros/ 'res$reemon os $ontudo
$omo aos deemo s $om'ortar em relação a nosso s a*etos, o Que
Quer di0er, $omo ns mesmos deemos $ultiar os a*etos,

$onsiderando Que elesda t]m,


$om'onente essen$ial ao menos
mutualidade 'oten$ialmente,
L 'artir um
da6 Smith tee
]Rito em integra r no seu $on$eito de $oneni]n$ia tamb#m as
irtudes Que em si e 'or si não estão rela$ionadas $om outros,
$omo a moderação, $om a Qual, 'or isso, tiemos di*i$uldade em
Lristteles 'ara in$lu6 la na eR'li$ação Que no nosso entender,
nele se insinuaa L moderação $om relação a 'ra0eres $or'orais
(a ^ni$a Que # dis$utida 'or Lristteles), mas tamb#m aQuela Que
se re*ere a a*etos $omo ambição, inea, et$, não # ela $omo tal
uma *orma de abertura 'ara os outros, mas a $ondição 'ara esta
abertura Lgora, não 'are$e ne$essrio Que os a*etos Que se dão
desta *orma, e Que deem ser a'roados ou desa'roados, seam
istos assim uniersalmente 9uma so$iedade # tido $omo
moderação, o Que em outra # isto $omo eR$esso ou insensibi 
lidade LQui entram em ogo momentos $onen$ionais, mas,
eRatamente da mesma *orma $omo o imos 'ara a gentile0a
(d#$ima ter$eira lição), eles 're$isam ser entendidos $omo eR

P9
'ressão da atitude in6ersubetia *undamental, a Qual, 'or sua e0,
não # $onen$ional
Linda terei Que retomar, $omo Smith tamb#m 'ro$ura in tegrar
em sua $on$e'ção de $oneni]n$ia, as irtudes da ustiça e da
beneol]n$ia 1ã no < $a'6tulo de !i3, Smith eR'li$a Que o
ulgamento mora global re*erese a dois as'e$tos distintos do agir&
'rimeiro, o motio da ação  e a $orres'ondente irtude da
$oneni]n$ia segundo, o resultado da ação/ se a ação *or 'ro'6$ia
'ara os outros, então deer6amos *alar de m*rito( e, sendo
'reudi$ial, de dem*rito( G eiRo de Kume $onsiste em s ter
$onsiderado este segundo as'e$to Gnde Smith agora na II 'arte
trata deste as'e$to, ele 'ro$ura demonstrar 5az' m*rito 'or sua e0
est basead o na $oneni ]n$ia  re*leRão # a seguinte& L reação
natural Quando sou 'reudi$ado, # o ressentimento e_ Quando
bene*i$iado, o agrade$imento Lssim introdu0idos, ressentimento e
agrade$imento são de $erta *orma a*etos 'r#morais/ o *ato de se
*alar de uma Vreaçã o naturalU signi *i$a Que a relação # ista de

maneira
seu anloga
obeto Quela
Signi*i$a QueQue
# eRiste, 'or eRem'lo,
neste mesmo sentidoentre o retribuir
VnaturalU $i^me e o
o bem $om o bem e o mal $om o mal Lo 'rimeiro deno minamos
re$om'ensa, ao ^ltimo $astigo G a*eto do agrade$imento e a
tend]n$ia  retribuição 'ositia, e o a*eto do ressentimento e a
tend]n$ia  retribuição negatia, estão, 'or $onseguinte,
analiti$amente in$ulados` G obserador im'ar$ial ulga estes
sentimentos da mesma *orma $omo todos os outros a*etos em
relação  situação  Qual eles reagem Isto $ontudo im'li$a neste
$aso ($a'6tulo ;) num sentimento $om'osto da 'arti$i'ação G
obserador tem uma Vsim'atia indiretaU 'ara $om o a*etado,
'orQue

< Podemos $ons iderar $omo *a0endo 'arte da de*in ição de um a*eto, Que eie não a'en as
tenha um $onte^do 'ro'osi$ional mas Que *a0 'arte deie uma determinada
tend]n$ia de agir$ c!$ YennZ )c tio n* Emo ti on an'(i88, ( 5>
ao mesmo tem'o ele se trans'"e 'ara os motios daQuele Que o
'reudi$ou ou bene*i$iou 9este $aso, o Que est na base do
ulgamento, se o agrade$imento ou o ressentimento dee ser
a'roado, # este du'lo trans*erirse a*etiamente 'ara os dois
a*etados Somente se aQuele Que age 'or 'rimeiro merece as
reaç"es a*etias do destinatrio  agrade$imento ou ressentimento 
as reaç"es deem ser a'roadas/ e ele as mere$e se tier agido
'or motios $onenientes ou inconvenientes$ Se algu#m re$ebe
uma $oisa boa, mas 'or motios in$onenientes 'or 'arte do
doador  'or eRem'lo, 'ara matlo ou 'or uma liberalidade
insensata e esbanadoraU  então o agrade$imento # in$oneniente
e o doador não mere$e nenhuma re$om'ensa (>=/ 3!!<=) E seo
'reu60o $ondu0 uma usti*i$ada indignação, então # in$oneniente
a reação do ressentimento_
Smith 'ortanto *undame nta a desa'roação de aç"es ileg6
timas sobre a sim'atia $ora o ressentimento do a*etado e a
a'roação de aç"es ^teis sobre a sim'atia $om o agrade$imento do
a*etado Em II6;> (' >5) Smith ante$i'a um $eti$ismo do leitor
relatiamente a esta inter'retação da desa'roação da
ilegitimidade (VilegitimidadeU ou VinustiçaU 'ara Smith signi*i$a
sem're 'reu60o) Fa$e a isto ele salienta a 'er*eita analogia entre
ressentimento e agrade$imento Xas eu não $reio Que ele $onsiga
eliminar a d^ida Em outras 'assagens do liro, as obrigaç"es
negatias ('ortanto, as da VustiçaU) são a'resentad as $omo uma
'edra *undamental da moral 6$* ' 3>;/ III53A) E em sua
eR'li$ação do ressentimento a ser a'roado $omo um
(ressentimento) Que 'ressu'"e Que o 'reu60o não tem 'or sua e0
um ressentimento leg6timo 'or *undamento, 'are$e de *ato
'ressu'osto Que o 'reudi$ar em si e 'or si, inde'endente de
motios, dee ser desa' roado a'enas uma e0 Em e0 de
$onstruir a ilegitimidade sobre a in$onen i]n$ia, 'are$e mais
ra0oel di0er sim'lesm ente de aç"es ileg6timas, Que elas são
desa'roadas 'elo obserador im'ar$ial Smith 'roaelmente não
*a0 isto 'orQue seu s#ectator nun$a # en

P
tendido no sentido meramente teri$o& 'rimariam ente ele # sem're
aQuele Que sentecom, e a'enas sobre este *undamento ele #

aQuele Que
'are$er ter ulga (a'roando
sentido am'liar ou desa'roando)
a tal Xas então
'onto se" $on$eito 'oderia
de observador
im'ar$ial,, de modo Que se in$ulasse $om a 'ergunta 8antiana&
V$omo desearia $ada um Que eu me $om'orte[U, da mesma *orma
$omo esta 'ergunta 8antiana, 'or sua ve, teria Que assumir
untamente o $on$eito smit)iano da $a'a$idade de 'arti$i'a ção G
observador im'ar$ial seria, no sentido de 5mit), aQuele Que ulga
todos os a*etos e atitudes, indagando se 'ode sim'ati0ar $om eles
a 'artir da 'ers'e$tia de um nãoparticipante e seria ao mesmo
tem'o, no sentido de Yant, aQuele Que ulga todas as aç"es,
indagando se 'ode dese+'las a 'artir da 'ers'e$tia de QualQuer
"m$
Lgrade$imento e ressentimento não 'oderiam ser istos 
$omo anlogos, 'orQue tamb#m as obrigaç"es negatias e a

obrigação 'ositia da generosidade e `da auda não estão no


mesmo n6el -essentimento, dierso do Que Smitti o eR'li$a,
então deeria ser isto $omo um a*eto Que de antemão $ont#m
uma im'li$ação moral, 'orQue 'reudi$ar ceteris #aribus ser de
antemão desa'roado G ressentimento não a'enas obteria sua
dimensão moral atra#s da sim'atia im'ar$ ial mas eie eRige
sim'atia im'ar$ia l 'orQue # a reação a uma inustiça @ di*erente o
$aso em relação ao agrade$imento G agrade$imento # a reação a
uma ação 'ositia, Que # lire e $om a Qual não se tem
$om'romiss o LQui a tentatia de 5mit), de integrar em sua teoria
da $oneni]n$ia a di*usa obrigação 'ositia da auda, 'oderia
$ontribuir 'ara tirar a inde*inição desta obrigação, na Qual ela se
en$ontra na #ti$a 8antiana Ela se desenole no sentido de
re$olo$ar a obrigação da auda na irtude da generosidade, onde,
na tradição aristot#li$a, ela tinha o seu lugar Lssim a motiação
moral 'ara o dar tamb#m *i$a mais $lara Llegria, segundo Smith,
'rodu0 sim'atia, ami0ade no obserador im'ar$ial, e ela 'rodu0
uma Vdu'la sim'atiaf, se ela # o

PP
resultado de uma ação de algu#m outro, $ua motiação # a'roada
(Iii?3)
@ $om'aratiamente se$undrio at# Que 'onto # *eli0 a
tentatia de Smith de tamb#m *undar sobre a $oneni]n$ia as
obrigaç"es 'ositias e negatias, e se isto a*inal interessa a Smith
($* outro ti'o de a'resentação na 'arte 5, su'ra) ?
G de$isio # Que a moral das obrigaç"es em relação a
omiss"es e aç"es $omo tais tem sido $om'lementada 'ela moral da
$oneni]n$ia, Que # uma moral da atitude de $omo nos deemos
$om'ortar a*etiamente em relação aos outros_ Dois as'e$tos, at#
o momento não men$ionados desta 'arte $om'lementar da morai,
Que ainda dee ser entendida $omo moral do im'eratio
$ategri$o, são& 'rimeiro, Que esta 'arte da moral não 'ode ser
submetida a regras 'ela ra0ão anteriormente re*erida e a dis$ussão
muito 'onderada de Smith $om a moral de regras, nos $a'6tulos ? e
; da III 'arte, s 'ode ser entendida tendo em ista Que ele
sobre tudo 'ensa nas irtudes das atitudes G segundo (as'e$to ) #
Que esta $om'lementação # naturalmente uma $om'lementação de
obrigaç"es 'ositias G dom6nio da obrigação 'ositia, Que na
moral de regras est redu0ida  ^ni$a obrigação inde*inida de
audar, adQuire, atra#s da in$lusão dos a*etos e das atitudes, uma
noa signi*i$ação *undamental naQuilo Que # o*ere$ido na
re$i'ro$idade
Se agora $om'aramos o resultado em Ldam Smith $om as
irtudes so$iais em Lristteles, então o mais im'ortante #
'res$indir de sua id#ia 'arti$ular de uma 'oss6el redução tamb#m
das obrigaç"es negatias e 'ositias, e sim'lesmente $on$eber as
irtudes da $oneni]n$ia $omo $om'lemento do $on$eito 8antiano
Wue a #ti$a de Smith 'ode ser ista $omo melhor $om'lementaç ão
do $on$eito 8antiano do Que do $on

? C*, de outro lad o 'assagen s tão $laras $omo 6I !I> (' 33<)

PH
$e6to )"meano, isto resulta 'rimeiramente do seu re$urso ao
obserador im'ar$ial, o "al, +"ntamente $om o im'erati o $a
tegri$o, 'ode ser diretamente in$ulado a um 'rin$i'io moral
*undamentâ unitrio/ e (isto resulta assim), era segundo lugar,
'orQue Smith  +' deido  signi*i$a ção *undamental da sim'at6a 
reeita a orientação de Keme baseada na utilidade 'ara a so$iedade
e a$entua Que todosos mandamentos morais são tais, *a$e aos
indi6duos (' :4s& I!i!<3A)
Wuanto ao $onte^do 'odemos então di0er Que as duas irtudes
da $oneni]n$i a de Smith  sensibilidade e auto$ontrol e
 estão 'rRim as das irtud es so$ia is de Lristt eles, 'orQue elas
são igualmente *ormas de uma abertura eQuilibrada 'ara osoutros
G aanço de$isio em Smith $ontudo não $onsiste no $onte^do,
mas no *ato de !"ndament'lo sobre um 'rin$6'io moral, Que al#m
de tudo tem $arter uniersal @ um 'rin$6'io id]nti$ o ao de ;ant$
ConQuanto em Fromm a 'rioridade $onsistia no *ato de Que ele
'odia dar  eR'ressão do meiotermo um sentido 'r'rio, 'orQue
os 'los t]m um sentido 'r'rio 
o resultado $ontudo não *oi irtudes morais, mas irtudes da
*eli$idade o *aiar do meiotermo 'ermane$e tão *ormal em Smith
$omo em Lristteles& obt#m $ontudo sua determinação atra#s do
6n$ulo retroatio ao obserador im'ar$ial Sim'li*i$ando,
'oder6amos di0er& a a0ia *rmula aristot#li$a # substitu6da 'elo
'rin$6'io 8antiano
L'enas 'or#m o 'rin$6'io 8antiano tenha sido am'liado at# as
atitudes intersubet ias, dis'omos então de uma $hae $om a Qual,
no $aso, tamb#m 'odemos e deemos assumir, 'ara a
*undamentação uniersalista, outras irtudes e 6$ios, Que são
re$onhe$idos na $ons$i]n$ia $otidiana @ ra0oel re*erir
'rimeiramente a Questão s demais irtudes so$iais de Lristteles
Ldam Smith, $om sua orientação $om base na 'arti$i'ação a*etia
re$6'ro$a e na irtude da sensibilidade Que dela resulta, tinha
elaborado um d'o de atitude em relação aos outros Que nem
mesmo eRiste em Lristteles, Em Lristteles

<=;
a in$lusão dos a*etos na doutrina das irtudes 'ermane$ia em
grande 'arte 'or ser elabo rada, $om eR$eç ão da irtude da mo
deraçã o, Que ele $ontudo a'enas re*eria aos 'ra0eres $or'ora is, e
$uo $arter so$ial *ora a'resentado a'enas 'or Smith Por outro
lado, en$ontramos em Lristteles irtudes Que não eram
'rimariamente re*eridas a a*etos, mas a aç"es [ as Quais $ontud o 
$omo imos  tinham Que ser entendidas $omo atiidades no
$om'ortarse *a$e aos outros, e Que eram igualmente atitude s,
sobretudo no dar e no darse, $omo a generosidade e as irtu des
so$iais 2irtudes deste ti'o a'are$em em Smith a'enas  margem,
'orQue elas não 'odem ser $om'reendidas a 'artir do ogo da
a*etiidade L 'ergunta, se elas não obstante deem ser
re$onhe$idas $omo irtudes morais, 'ode sem d^ida, $om base
no $rit#rio 8antiano, ser res'ondida a*irmatiamente& QualQuer um
gosta ria do outro Que se en$ont rasse $om eie sob estas *orma s de
$onduta& da generosidade ;, da amabilidade e da gentile0a, e assim
o eRigimos uniersalmente um do outro

Xas não 're$isamos e tamb#m não 'odem os limit arnos s


irtu des arist ot#li$ as .osta ria de $itar sobretudo duas atitu des
das Quais a 'rimeira re*erese ao anteriormente designa

; 6ão (odemos sim'lesmente substituir a generosidade 'elo mandamento do deer de audar


Tanto a generos idade Quanto o deerau dar deem em erdade ser 'ensados de -orma
dosada, $on*orm e a 'roRimidad e +-am!ia, amigos, i0inhos) G mandamento do de er
au dar est  $on tud o rel a$i ona do $om açes, e a genero sidade # 'rimariamente uma
atitude Como ta eia # re*erida, não sim'lesment e aos outros, mas ao mesmo tem'o a si
G Que se sugere # uma relação eQuilibrada entre as ne$essidades 'r'rias e as dos outros
Por isso, enQuanto irtude do >dar e re$eberf, ea tamb#m F diretamente trans-er!/e'ar a o
darseasimesmo e'ar a a 'er mis são da 'ar ti$ i'a ção de out ros nos seu s (ró(rios re$ursos
de QualQuer ti'o ' eR do tem(o $or isso Quem F aarento em reação ao dinheiro, F
$omumen te tamb#m aarento $onsig o e $om o seu tem'o Com o 6$io da aare0a est

a'arent ada a nãoirt ude de não'o dera$ei tar L genero sidade # segund o Lrist teles a
/irtude do dar e do re$eber E o 'oder re$eber adeQuado, Que no/amente se en$ontra entre
dois eRtremos, # uma atitude a'arentada $om o 'oderdar adeQuado e Que não 'ode ser
ista duma /e1 'or tod as 'or uma #ti $a Que só $onsidera as açes

P;
do segundo n6el daQuilo Que # moral e a segunda eR'ressa a
atitude moral *undamental, Que est na base de todas as aç"es
morais 'arti$ulare s,

G Que en Que ro di0e r $om o segu ndo ni el em moral são os


sentimentos morais (Que 'or sua e0 sem're im'li$am ulgamentos
morais), uma e0 Que são eR'ressos diante dos outros 9ão 'ode
haer duida, se dou a entender a em outro o meu resse ntimento
ou minha indignação, Que isto # um 'ro$edimento ling76sti$o ou
algum outro ato simbli$o (muitas e0es basta uma eR'ressão
*a$ial) Que 'ode *erir, e Que nesta medida # 'or sua e0 um obeto
de ulgamento moral Ldam Smith alori0a muito, Que o
ressentimento ,resentment< # aQuele a*eto Que do ângulo isual do
obserador im'ar$ial mais ne$essita de moderação, e isto elo
a'enas em relação Quele, *a$e ao Qual o $ultiamos, mas de modo
geral Pois, ressentimento sem're 'ressu'"e Que nos $onsideramos
`moralmente 'reudi$ados ou diminu6dos, nos sentimos o*endidos,
mas $ontudo no nosso direito Por isso, não a'enas estamos irados,

mas o sentimento
moralmente Que sentimos
 e em $onseQ7]n$ia $ontra os outros
obetiamente temse
sustentado G 'or
ressentimento assim entendido # sem're autousti*i$a do, e tende
'or isso  insa$iabilidade Eu ã $hamei a atenção, Que Smith
'ro'riamente não tratou o $aso do ress entimento m^tu o
'arti$ularmente di*undido no $otidian o  na *am6lia, entre amigos,
$olegas de trabalho e todos Que 're$isam $oo'erar uns $om os
outros G ressentimento, Quando não engolido ou re'rimido,
$ondu 0 $omum ente a um $ontr aress entim ento, 'orQue& # uma
ne$essidade natural Que o eRtemali0emos 'ara Quem o 'roo$ou
(entendemos Que s assim 'odemos tirar a lim'o a sua im'li$ação
moral), mas o outro (Que o 'ro o$ou) $omumente inter'reta
diersamente a (sua) situação de ação re$6'ro$a e mesmo não se
$onsidera sem ra0ão, ou a'enas 'ar$ialmente, e 'or isso sente 'or
sua e0 a nossa reação $omo o*ensa Esta # a situação habitual de
$on*litos de re$i'ro$idade Que sem're são $onsiderados $ategorias
morais, e Que não

P
'odem ser ra'idamente tratados $omo *enmenos su'er*i$iais
LQui s em d^ida eRiste uma irtude de $arter uniersal, o $arter
da re$on$iliação Trata se de uma atitude a ser uniersal mente

a'roada, 'orQue eRigida a 'artir da 'ers'e$tia do obserador


im'ar$ial G obser ador im'ar$ ial não a'enas eRige  $omo ã no
sim'les ressentimento  a dis'osição de não a'enas er "nilateral
mente a situação de ação, o "e na erdade # um $om'onente
essen$ial da $a'a$idade 'ara a re$on$iliação, mas, ã 'ressu'ondo
esta dis'osição, eRige a ontade 'ara o restabele$imento da
harmonia/ e *a0 'arte disto a dis'osição a*etia  Que dee ser dada
a $om'reender $omuni$a tiamente  'ara a retirada eR'l6$it a de
'osiç"es assumidas e 'ara a su'eração da autous6in$ação Esta
irtude tem seus 'los de 6$io $ara$ter6sti$os, de um lado, no
$arter de irre$on ciliação e H de outro, na resignação Im'orta
obserar, Que o $arter da re$on$iliação # uma atitude $omuni$atia
Que 'assa a se eR'rimir, e não a'enas uma dis'osição
LQuela atitude $omun i$ati a em Que # eR'ressa a dis'osiç ão

moral$laramente
mais *undamentalemdoseures'eito uniersal
$ontrrio, 'ode ser ERistem
na humilhação $om'reendida
aç"es
Que t]m e*eitos humilhantes, mas elas não são ne$essariamente
eR'ressão de uma atitude humilhante/ s e0es aQuele Que reali0a
estas aç"es não tem $ons$i]n$ia Que elas são humilhantes
Inersamente, algu#m 'ode tratar um outro de uma determi nada
*orma 'ara eR'ressar o seu des're0o/ então as aç"es são no m6nimo
tamb#m s6mbolos da humilhação L histria Que segue, o$orrida h
alguns anos em Berlim G$idental nos *orne$e uma boa imagem da
Questão& um as'irante ao asilo soli$ita  autoridade sanitria um
atestado m#di$o 'ara *a0er uma o'eração na sua 'erna, Que
e*etiamente 're$isa ser o'erada G *un$ionrio negase,
argumentando Que a 'ema não 're$isa ser $urada 'orQue o
as'irante ao asilo não tem 'ermissão de trabalhar G #rocedimento
imoral # Que o *un$ionrio nega ao asilante o so$orro deido Isto
 'or si # humilhante, mas o *un$ionrio eR'ressa eR'li$itamente,
no enun
$iado do 'orQu], a atitude de humilhação, dando a entender ao
 as'irante ao asilo Que o seu alor $onsiste a'enas mo alor
instrument al Que ele teria no 'ro$esso do trabalho 5

Desla *orma, a atitude do res'eito*i$a mais $lara na sua


subtração, 'orQue $omumente nos en$ontramos $om nossos
semelhantes $om um m6nimo de testemunho de $onsideração
Gbserei a$ima Que gentile0a e es'e$ialmente $um'rimentos
deem ser entendidos $omo sinal de res'eito Poder6amos *a
$ilmente Querer a*astar o sentido do $um'rimento 'ara o eon
J en$iona! mas todo aQuele Que eR'erimentou o * ato de um
outro deiRar de saudlo sabe Quão grae isto *' Com isto um d a
entender ao outro Que $omo 'essoa (sueito moral ) ele não eRist e
'ara ele
Em so$iedades de $lasses, onde eRiste a id#ia Que 'essoas Que
'erten$em a $lasses ou $astas distintas t]m um alor dierso, a
$onsideração dosada # eR'ressa na maneira do $um'rimentar e do
tratamento assim#tri$os Portanto, 're$isamos $om e*eito
re$onhe$er Que o $um'rimentar sim#tri$o # um mandamento da
moral uniersal, ainda Que não a'arente
L 'alara Vres'eitoU ( ms#ect), assim $omo a 'alara Vre
$onhe$imento_ ($* su'ra, d#$ima Quarta lição), não estão muito
$laras G Que # o obeto do re$onhe$imento, e o Que # o obeto do
res'eito[ Podemos distinguir aQui tr]s n6eis G n6el mais
*undamental # Que, Quando res'eitamos algu#m, o re$onhe$emos
$omo sueito de direitos L isto tamb#m $orres'onde Que, se nu ma
so$iedade tradi$ionalista as 'essoas são $onsideradas
diersamente, então # assumido um alor distin

5 9os reatos sobre sobre/i/_n%ia em %am(os de $on$e ntração , em %entros de tortura e


estabee%imentos miitaresde trabalhos *orçados, sem(re de noo (odemos ler ue (ior do
ue tudo ue se %ause *isi$amente a a6gu#m F a des(ersonaii1ação da humihação, ue (or
isso tambFm sig ni! ica o m^imo do (ra1er s^di%o 6a terminoogia da tradição ud ai$ o
$ristã, tratase da 'ro*anação da -a%e humana
to, ou sea, sustentase Que elas t]m direitos di*erentes Tamb#m
'ensamos $omu mente, ao *alarmos do res'eito 'r'rio, Que o
a*etado est $ons$iente dos seus direitos, mesmo Que não seam
res'eitados 'elos outros Dentro da moral uniersalista a atitede
$omuni$atia *undamenta indi$ada #& tratar de ta *orma a outra
'essoa, de modo a lhe dar a entender& o$] tem os direitos morais
Que $ada em tem
Em (egel t6nhamos isto "e ele rela$iona o re$onhe$ime nto
$om a liberdade do outro (su'ra, d#$i ma Quarta lição9, e tamb#m
no hodierno uso ling76sti$o 'are$e estar dimdido&
$om'reender mos o res'eito 'or uma 'essoa $omo re$onhe$iment o
de sua auto nomia Como em Kegel, 'odemos er isto $omo o
re$onhe$imento de umfakmm , mas # mais ra0oel $om'reend]lo
moralmente $omo o re$onhe$imento do direito do outro 
liberdade/ e isto tamb#m ainda na *orma es'e$ial, assumindo
'essoalmente o $om'romisso de se $onter, de modo a 'ermitir a
liberdade do outro 2isto desta maneira, o res'eito  liberdade do
outro # uma #arte im'ortante do seu res'eito enQuanto sueito de
direitos De noo 'oderemos di0er Que muitas e0es se
$om'reende o dis$urso do res'eito 'r'rio no sentido de Que se
est $ons$iente de sua autonomia e Que se gostaria de sab]la
re$onhe$ida E tale0 uma das 'rimeiras (ainda Que unilateral)
mani*estaç"es da moralidade na $riança o *ato de ela insistir na
sua autonomia Para isso 'are$e não eRistir nenhum eQuialente
nos animais
+m ter$eiro $om'onente na $om'reensão do res'eito 'are$e
ser Que ns $onsideramos o 9alor da outra 'essoa Wue
$onsideramos o seu alor moral, isto naturalmente est im'li$ado
no res'eito enQuanto sueito moral, mas ningu#m se satis*a0 $om
isto Cada um tem um alor moral Xas $ada Qual gostaria de ser
re$onhe$ido , 'ara al#m`disso, em suas reali0aç"es L mRima mais
im'ortante 'ara todos, Que t]m a er $om a edu$ação e a *ormação
de seres humanos, sendo aQui indi*erente em Que n6el isso o$orre,
# Que os animem em sua $a'a

PP9
$idade Por isso, re$onhe$er algu#m em seu alor moral sem're
im'li$a re$onhe$] lo em sua autoestima, ou ao menos em soa
ne$essidade de autoestima Esta im'li$ação eRiste menos

diret amente do Que a anterior, a da autonom ia LQui # 're$iso


re$onhe$er Que esta ne$essidade no re$onhe$imento da autoestima
eRiste de *orma tão *undamental 'ara as 'essoas, $omo a
ne$essidade de ser amado, mas enQuanto esta ^ltima somente 'ode
ser 'reen$hida 'or 'ou$os, a 'rimeira dirigese a todos Para os
'edagogos dãose aQui*reQ7entemente $on*litos entre, de um lado,
ustiça e era$idade na aaliação do alor (tamb#m em relação 
*ormação da $orres'ondente era$idad e de Quem $res$e na relação
$onsigo mesmo) e, de outro, o mandamento do res'eito da
ne$essidade de autoestima
Gs $r]s mati0es nomeados na $om'reensão do res'eito estão
'ortanto analiti$amente interligados Em es*eras di*erentes das
relaç"es intersubetias o daraentender do res'eito # de
im'ortân$ia diersa neste tr6'li$e sentido  G res'eito # natur al

mente $entral em
*unda mental emrelaç"es de amor
relaç"es e de ami0ade,
assim#tri$as, $omo mas # igualmente
as do 'edag ogo,
anteriormente $itadas, bem $omo (# im'ortante) no ti'o das
relaç"es do ci +i l ser9ant $om a sua $lientela (Em alemão não
temos um termo adeQuado 'ara ci+il ser+ant , 'orQue a *unção do
*un$i onrio ( eamter< # 'rimariamente isto em relação ao
Vem'regador f e ao Estado, e não em relação ao '^bli$o) L
relação assim#tri$a, na Qual se en$ontra o ci9il ser9ant , indu0 ao
abuso, assim $omo a do 'edagogo e de todas as relaç"es de 'oder
ERiste aQui uma tend]n$ia natural ao desres'eito, não a'enas 'elo
'ra0er do 'oder, mas at# 'or indi*erença Pensemos, 'or eRem'lo,
num seriço de imigração& na Llemanha, o *un$ionrio sentase
muitas e0es atrs de um idro *os$o, e os 'edidos e as res'ostas
são 'assados atra#s de uma *resta ($omo a das armaduras do
$aaleiro, de Que se tratou antes)/ a autoridade in$lusie 'ensa ter
Que 'roteger o *un$ionrio da ista do outro Em todos os $antos
do mundo $res$em atualmente os a'aratos buro$rti$os, e a $rise
no 'ro

PP
$edi mento da buro$ ra$ia # igualmente uniersal Con*ro ntar se
sem're de noo e 'assageiramente $om 'essoas estranhas # um
desa*io 'ara o Qual não amadure$eu Quem est a$ostumado a
relaç"es *amiliares, mas no Qual ele tamb#m # abandonado 'elas
'r'rias instituiç"es e na sua *ormação Poder6amos imaginar Que
a6 seria uma tare*a im'ortante , e tale0 nem tão di*6$i l, 'ara os
*ormadores dos ci9il ser9ants( mostrarl)es as satis*aç"es Que
'oderiam obter a 'artir de relaç"es de res'eito $om aQueles aos
Quais deeriam seri r Tale0 tamb#m $arre gam 'arte da $ul'a
nesta mentalidade de 9idro o#aco as #ti$as modernas, Que
a'resentaram as aç"es de maneira tão unilateral e "e não
$onsideraram a im'ortân$ia da atitude das relaç"es entre `as
'essoas
Seria uma tare*a 'r'ria  Que não 'retendoseguir aQui 
es$lare$er 'or Que, 'or eRem'lo em Yant, não *oram $onsideradas
as irtudes da atitude intersubetia, ainda Que, 'restando bem
atenção, elas resultem 'or si do im'eratio $ategri$o Xais grae
*oi $ertamente o *ato de a doutrina das irtudes na tradição
aristot#li$a  e mesmo  no 'io'rio Lristteles  ter assumido a
*orma de uma mera listagem, a Quai tinha Que 'are$er insu'ort el
'ara a #ti$a moderna , elaborada sobre um 'rin$6'io unitrio
*undante/ e assim 'ode ne$essitar da id#ia genial de Ldam Smith 
^ni$a e em seu alor de erdade noamente $a6da no
esQue $imen to de ligar o 'rin$6 'io da im'ar$i alida de $om a id#ia
do im'ul sionar se a*etio L'enas assim as irtu des 'uderam
tomarse noamente a$ess6eis 'ara a $ons$i]n$ia moderna Xas
em Yant tamb#m 'de ter 'rimeiramente uma *unção de
usti*i$ação , o sentido *orte da moral, bem $omo a orientação a
'artir das obrigaç"es a$ess6eis 'ara o $ontratualismo
9o Que res'eita esta ^ltima a*irmação, 're$isamos $ontudo
'erguntar se ao menos uma 'arte das irtudes da atitude
intersubetia não 'ode 'er*eitamente ser *undamentada tamb#m
 $ontratualisti$amente Isto 'are$e não ser 'oss6el a6

PP
onde  $omo no daraentender do res'eito do o"tro   est mais
im'li$ado do Que # a$ess6el 'ara urna Quase moral ('odem os
$ontu do eos imaginar uma so$iedade $ontr atual ista de *ingidos) 
2irtudes, $omo $arter de re$on$iliação, mas tamb#m de
amabilidade, et$, 'are$em entretanto 'er*eitamente $onenientes
no sentido contrat"alista, se o a*etado est interes sado Que o seu
entro se rela$io ne c7m ele desla *orma Isto 'ortanto de'ende de
"ais ne$essidades 'ressu 'omos 'or 'arte do $ontratualista 9ão #
igualmente ingên"o, a 'artir da 'ers'e$tia agora al$ançada,
a'enas 'ressu'or ne$essidades materiais no contrat"alismo, $omo
'ara aQuele Que 'arte de "m $on$eito de ser humano bom,
de*inido 'elo im'erati o $ategri$ o[
J2er as 'ossi bilida des do contrat"alismo de maneira tão ge
nerosa Quanto 'oss6el # de uma im'ortân$ia tão *undamental
'orQue os moti9os 'ara a a$eitação de uma atit"de genuinamente
moral são tão *ra$os  ao menos tanto Quan to 'udemos er at#
agora  enQuanto Que no contrat"alismo não h 'roblema em
relação  motiação
2UCI)A SEKTA LIÇ=O Continuação
dos (robemas da uinta ição:
moti/ação e (ausibii1açãoV o
utiitarismoV uestes de a(i%ação?

De'ois Que 'ude mostrar na lição anterio r $omo o $on$eito


8antiano se deiRa am'l iar Quant o ao seu $onte ^do, de modo a
tamb#m englobar, sob um e o mesmo 'rin$6'io do im'eratio
$ategri$o, as irtudes das atitudes intersubetias a serem
unie rsalm ente rati*i $adas, 'osso retom ar s Quest "es *orma is
ainda não satis*atoriamente es$lare$idas -etomarei 'rimeiro
mais uma e0 a Quest ão da moti ação, e agora em $oneRão $om
Ldam Smith L maneira $omo ele a *ormula nos $ondu0 'or si s
a oltarmos  'ergunta 'elas ra0"es  Que na Quinta lição *i$ara
'ar$ialmente aberta  do 'rin$6'io 8antiano  o im'eratio
$ategri$o  ser, dentre todos os 'rin$6'ios morais não
trans$endentes dis'on6eis, o ^ni$o 'laus6el Que se im'"e 9a
^ltima 'arte da lição $hegarei a *alar das Quest"es da a'li$ação
do 'rin$6'io 8antiano, at# o momento Quase $om'let amente
negligen$iadas 'or mim Estas Quest"es mostrarse

_ Tradução de Llo6sio -uedell

PPH
ão $omo 'arti$ularmente di*6$eis na obrigação 'ositia de audar, e
esta 'roblemti$a então deer ser es$lare$ida de maneira noa na

'rRima lição,'orQuando
sem're usado 'retendo
mim mas nun$a *ortale$er o as'e$to
desenolido/ at# de
Que se trata agora
direitos 
@ em suas eR'osiç"es sobre autoulgamento moral, a'arte III
do seu liro, Que Ldam Smith desenole $omo ele 'ensa a
motiação 'ara o agir moral Como todos os motios de ação e as
$ondutas dos outros, assim tamb#m ulgamos os 'r'rios, se eles
'odem ser a'roados na 'ers'e$tia do obserador im'ar$ial ($a'
3) G alor de erdade *undamental Que, 'ara o Vtem deU moral e a
ação $orres'ondente, em Smith, $omo tamb#m emKume e $omo
tamb#m em minha a'resentação (mas em o'osição a Yant)
$onQuista a a'roação dos outros, permi telhe reeitar toda *onte
'r'ria do agir moral, $omo a ra0ão de Yant ou o Vsentido mora i;f
de Kut$heson (<=is/ 2l6iii 1) [ e er sua motiação eR$lusiamente
em rela ção ao ser$&ustifica$ dameníe$a#m9ado( em Que o $rit#rio
'ara o Vusti*i$adamen teU se en$ontr a na 'ers'e$tia do
obserador im'ar$ial
G )$ $a'6tulo ini$ia $om a sent ença& VG ser human o tem
naturalmente deseo, não a'enas de ser amado, mas tamb#m de ser
digno de amorU (33</ II!=3), e em outro teRto o binmio amado
digno de amor tamb#m # substitu6do 'elo binmio a're$iado
digno de a'reço ( #raise< (33?/ II!==) e a'roado digno de
a'roação ,a##ro9e< (33>/ III=>) @ este ter$eiro binmio Que #
o de$isio 'ara Smith, 'ois amor( $omo Smith não eR'li$ita
melho r, # uma outra *orma de assentime nto ,e$ &ahung ), embora
tamb#m esta $ontenha um $om'onente obetio no serdignode
amor, e seres humanos a9aliam não a'enas a moralidade dos
outros mas tamb#m sua 'osição so$ial e isto # o maior motio e
o mais geral 'ara a $orru'ção de nossos sentimentos moraisU (53/

!iii1i)/ eles entretanto então aaliam o Que não # digno de


aaliação/ aQuil o Que # digno de aaliação $oin$id e $om o Que #
digno de a'roação

PP@
Smith $onsidera $omo um dado da nature0a, Que ns Queremos
ser amados e Que Queremos agradar ,to #lease ), e da mesma *orma

Que Queremos ser a'roados em nosso agir e em nosso ser 


nature0a nos teria *eito assim (IIs/ III=5s ), e 'ara Smith isto #
tanto mais assim, 'orQuanto ele  ] a sim'atia e a ne$essidade de
sim'atia $omo um dado da nature0a Xas 'or Que a gente não
lhe dee $on$eder Que o Quererser a'roado não # algo Que 'ossa
ser ded u0ido de outro lega r[ E Qual # o moti9o mais $laro 'ara
Querer erse $omo membro da $omunidade moral, e tamb#m 'ara
Querer agir moralmente[ Desiandonos de 5mit), 'odemos di0er
Que não 're$isa estar
i ligado $om isto em dogmatism o antro'olgi$o& 'ois $omo deik
Ramos em aberto o lack of moral sense , 'odemos deiRar em /
aberto at# onde algu#m se Quer $om'reender assim Podemos,
'or $onseguinte, di0er sim'lesmente ao nosso interlo$utor& se 'ara
ti # im'ortante ser amado, então tamb#m est im'li$ado o Querer
sera'roado Isto tamb#m imos em Fromm Lgora 'odemos
'rosseguir Para ti tale0 tamb#m sea im'ortante
I agradarQueles$uo amor tu eão alori0as, e tamb#m ser 'or
eles a#ro9ado  Lssim estaria su'erada a restrição da motia /
ção, da Qual tratei na 'en^ltima lição, e Que est rela$ionada
/ $om as relaç"es 'ro*undas, e Que 'or isso de *ato # a mais *orte
Smith a$res$entou ainda a outra nuan$e, de Que # eidente 
Que ns Queremos ser assim $omo o a'roamos nos outros
(III=>) L *orma mais eleada de a'roação # 'or ele deno 
minada de admiração (=A/ Ii?<) 9ão # eidente Que ns Que
‰ remos ser $omo são os outros Que admiramos (33?/ 33=< e
‰ 335& III=;)[ G Que 'or#m, mais admiramos # Quando algu#m
 tamb#m se $om'orta assim $omo ele o $onsidera digno de
‰ a'roação, mesmo Quando ele não # a'roado
6 Ser digno de a'roação e ser a'roado 'odem, 'ortanto
I se'ararse, e Quando eles se se'aram na $ons$i]n$ia ,e@usst$
* sein< do indi6duo $onstituise o Que se denomina uma $ons
$i]n$ia ,:e@issen<' Wuerer ser louado embora não se sea

PP;
digno de louor # VaidadeU , Vo *undamento do 6$io, da simu
lação e da mentira mais rid6$ul os e des're06 eisU (33;/ III$_$Q9$
Embora não deamos a'oiar a'enas na 'r'ria $ons$i]n$ia
,:e@issenH a $ons$i]n$ia ,e@usstsein< de Que a nossa $onduta #
digna de a'roação, 'orQue isto 'ode ser 'ar$ial e 'ode de*ormar
(3=>/ IL_$_W9, # $ontudo somente a $ons$i]n$ia ,e$ @iísstsein) de
nos$ termos $om'ortado de maneira digna de Ja'roação, tamb#m
Quando $riti$ados, Que nos 'ode 'rodu0ir a $orres'ondente
tranQ7ilidade de alma, enQuanto o Que nos transtorna # saber Que
somos Vo obeto natural de dio e de indignaçãoU, ainda Que
seamos louados (33:/ YYY)'<' VLssusta ma is ser dig no de
$r6ti$aU do Que Vser $riti$adoU 1\\W **l=3A)
@ im'ortant e er $orreta mente em sua $oneRã o o deseo de
louor e o deseo de ser digno de louor L6 onde Smith introdu0 a
di*erença ele a'enas di0/ VG deseo de ser digno de $onsideração
não # de *orma alguma total mente abstra6do do deseo de ser
$onsideradoU (33?/ **l==), e 'ara uma #ti$a obet i6sima  era
sem're ra0oel $onstruir o serustamentea're $iado sobre um
alor Que *osse lire de a'reço Xas, da mesma *ornia $omo na
eR'osição Que *i0, tamb#m 'ara Smith 'are$e im'oss6el
re$onhe$er um tal $on$eito de alor *lutuante G Que distingue o
deera're$ iar (a a're$iação $orreta) da a're$iação *ti$a 'ode ser
a'enas uma determinada maneira do 'r'rio a're$iar, e esta Smith
identi*i$ ou $orretamente $om a maneira de a're$iar do obserador
im'ar$ial (3A4s/ II 3=) G obser ador im'ar$ial não 'ode ser
'ensado $omo algu#m *ora daQueles Que *ati$amente a'roam,
mas ele sim'lesmente est em *unção dos Que a'roam, na medida
Que eles o *a0em a 'artir de uma 'ers'e$tia im'ar$ial G
obserador im'ar$ial # a id#ia regulatia da 'r'ria a'roação, e
esta id#ia regulatia *a0 de antemão 'arte da a'roação (di*erente
do Que re$eber amor ou *aor), 'orQue esta eRig]n$ia obetia *a0
'arte do sentido da a'roação L'roar signi*i$a, assim o sustenta

PP
Smith, eRatamente $omo eu tentei demonst rlo antes& ulgar
algu#m $omo (sendo) bom
Pode auRilia r aQui re$ordarm os as aaliaç"es anlogas, rias
Quais di0emos Que algu#m # bom enQuanto algo& um bom
$o0inheiro, to$ador de 'iano, et$ LQui não *alamos de a'roar ou
de desa'roar  estas eR'ress"es s são em'regadas 'ara a
dimensão $entral (enQuanto ser humano) p mas (*alamos) eRa
tamente da mesma *orma do louor, da admiração e da $r6ti$a,
Estas são igualmente asserç"es das Quais desde o $omeço *a0 'arte
um ordenamento obetio, re*erido ao Que # uniersalmente lido
Isto então 'are$e signi*i$ar obiamente& algu#m, 'ara o Qual #
im'ortante to$ar 'iano, tamb#m Quer sem're saber to$ar bem
'iano Ee não se 'ode dar 'or satis*eito em ser a'laudido, mas
'ro$ura o a'lauso usti*i$ado 9ão eRiste um $rit#rio, $omo o
'r'rio a'lauso, 'araum a'lauso usti*i$ado, se ele e*etiamente
resulta de $om'et]n$ia e da eR'eri]n$ia e $onQuanto tem 'retensão
 alidade uniers al ERatamente a mesma $oisa a$ont e$e $om
aQuele Que, enQuanto ser humano, Quer agir de modo a ser digno de
admiração Para Quem a*ina interessa ser a'roado, $aso não se
eQuioQue $omo o aidoso, 'ara Quem o sera'roado se redu0 ao
agradar, 're$isa interessarse em ser louado na 'ers'e$tia do
obserador im'ar$ial, 'orQue esta 'ers'e$tia *a0 de QualQuer
modo 'arte do sentido da 'roação
G Que ainda *ortale$e esta teoria da motiação # o *ato de ela
$onter desde o $omeço esta 'ers'e$tia da di*erença da a'roação
e do dignodea 'roa ção Isto 'or#m Quer di0er Que ela, 'or si,
a'onta 'ara a usti*i$ação da a'roação ! #, 'ara as ra0"es, 'ara as
razGes do u60o moral Posso agora 'assar 'ara este segundo tema
da lição de hoe
Podemos distinguir diersos n6eis nos Quais o u60o moral
'ode se enganar, i /' $& ersos n6eis nos Quais 'ode ser assumida
a 'ers'e$tia do ohador im'ar$ial Smith denomina
eR'li$itamente a'enas uai 'rimeiro Ei te 'rimeiro n6p
el) $onsiste no *ato de aQuele Que me ulga moralmente não estar
bem Vin*ormadoU sobre minha $onduta ( 335/ 333=,;) 9este
'rimeiro n6el o engano s eRiste no estado de $oisas em'6ri$o& â
medida normatia estã segura Xas em diersos n6eis tamb#m nos
'odemos enganar sobre a medida normatia
L 'rimeira eRiste na $om'leRidade da situação Ela no $aso
não # a'enas em'iri$amente $om'leRa, mas eRige a $onsideração
de m^lti'los as'e$tos normatios, todos na 'ers'e$tia do
obserador im'ar$ial Com esta 'roblemti$a, re*er indonos  a
Smith ,  nos imos $on*rontados na lição anterior Embora Smith
não se re*ira a ela na 'resente temti$a, ela $ontudo lhe teria sido
em 'rin$6'io *a$ilmente a$ess6el
fm ter$eiro n6el de engano 'oss6el, ã eRtra'olando de
Smith, di0 res'eito  'ergunta, Quem $onstitui a $omunidade moral
E o obserador im'ar$ial QualQuer um Que 'arti$i'a de
determinada $omunidade moral ou ele # "m ser humano QualQuer[
Smith naturalmente a'oia o segundo $aso/ mas mesmo assim 'ode
se, ainda de maneira não arbitrria, restringir a multi'li$idade de
'ontos de ista 'oss6eis aos ('ontos de ista) da 'r'ria
so$iedade Somente 'odem estabele$er o Que $om'reendemos 'or
um ser humano bom aQuelas normas Que, na 'assagem dos u60os
morais de uma so$iedade 'ara os de outra (so$iedade),
'ermane$em inarieis/ nisto naturalmente, bem $omo na
'assagem 'ara uma 'essoa QualQuer, deese 'ressu'or Que` as
outras so$iedades 'or sua e0 desistam de seus u60os morais auto
sin$rti$os 9ão se trata do den$ amador $omum in*erior dos
sistemas morais *ti$os Lssim s resultaria um sistema no Que
res'eita seu $onte^do, eQuialente  moral $ontramalista
9um Quarto e ^ltimo n6el da 'roblemati0ação das normas,
de'aramonos *inalme nte $om a usti*i$ação x 'r'r io $rit# rio
^itim o norma tio do u60o, e $om isto estar, s noam ente dia&/ le
do 'roblema da *undamentação ou 'laibili0a
$ão do 'rin$6'io su'erior P ro$urei mostrar na Quinta lição Que não
*a0 $ntido er $omo absoluta uma *undamentação do 'rin$6'io do
u60o, e Que $ontudo # 'oss6el e ne$essrio $om'arar entre si os
diersos 'rin$6'ios de u60o dos diersos sistemas morais e, ainda
Que não sea 'oss6el uma *undamentação ra$ionai de um
'rin$6'io, 'odese $om'reender $omo mais ra$ional esta
com#aração dos 'rin$6'ios
J Com re*er]n$ia ao 'rin$6'io de u60o de Ldam Smith 'o
der6amos entretanto 'erguntar Que sentido ainda 'oderia ter
Questionarmos 'or sua e0 o princ#pio do obserador im'ar$ial
9ão # este 'rin$6'io, assim 'oder6amos perg"ntar, +' em si e 'or si
o $on$eito da nãorelatiidade[
Isto $ornu do não # tio b io $omo 'are $e, o Que  se es
$lare$e no *ato de o obser9ador im'ar$ial não ser sem mais a5uele
5ue &ulga im'ar$ialmente G Que ulga im'ar$ialmente 're$isa de
uma #ers#ecti9a segundo a Qual ulga G obserador im'ar$ial,
$omo Smith o introdu0,  'ressu'"e uma determinada
'ers'e$tia, a saber, a 'ers'e$tia de ser $a'a0 de em'aria Xas
$omo isto # 'or sua e0 eRigido, 'odese 'erguntar[ 2imos, al#m
disso, Que o obserador im'ar$ial assim $om'reendido # de *ato
adeQuado 'ara *undamentar as atitudes bsi$as do auto$ontrole e
da sensibilidade, mas Que # menos adeQuado 'ara a
*undamentação das irtude s da Vustiça e do *a0erbemU, das
obrigaç"es de ação negatias e 'ositias Para a sua
*undamentação 'are$ia ne$essrio in$ular o 'rin$6'io ` smithiano
$om o 8antiano Tamb#m em Yant o 'rin$6'io do u60o im'ar$ial
a'onta 'ara uma 'ers'e$tia, e esta # a $onsideração im'ar$ial
dos interesses dos a*etados Pre$isamos 'ortanto distinguir entre a
'ergunta Vo Que $ada Qual $onsidera $omo moralmente bom[U e a
'ergunta _`o Que QualQuer um desea 'ara si[U G Que $ara$teri0a o
$on$eito 8antiano # o *ato de ele construir a 'rime ira Questão
sobre a segunda
L mesma $oisa et tamb #m im#licitamente $ontida na 'o
sição de Smith, 'ois ele 'ressu'"e $omo interesse antro'oi

PH9
gi$o *undam ental, Que todos deseam 'ara si, Que se entre a*e
tiamente em sua a*etiidade G mesmo ale naturalment e 'ara as
o"t!as irtudes, das Quais 'ro$urei mostrar no *inal da lição
anteriork Que iodos deseam, Que se  ao seu en$ontro nestas
atitudes (re$on$iliação, testemunho de res'e ito) A relação $om
VtodosU não 're$isa ser $om'reendida $omo sem eR$eção e não
im'li$a nenhuoi dogmatismo em'6ri$oantro'olgi$o De modo
semelhante 'ressu'omos "niversalmente Que seres )"manos
deseam não serem lesados, e isto nos outros bens e males,Que são
a'oiados em nossos u60os morais Ls sentenças im'eratias,
$onstru6das sobre estes a'oios (dos u60os morais), não se tomam
menos lidas 'elo *ato de em algum $aso 'arti$ular, algu#m não
ter os deseos bsi$os normais, -etomare i ainda a este 'onto
Pensar a moral nestas duas eta'as, de modo a $onstruir $om
Yan6 o Que antes denomi namos a 'rimeira Quesul$ o Que 'are$e
$omo moral mente bom na 'ers'e$tia de um QualQuer, i é, de
algu#m Que ulga im'ar$ialmenteU[) sobre a segunda (V$omo
desea Qual Quer um, Que iodos o tratem ou em relaç ão a ele se
$om'ortem[U), # sumamente 'laus6el Xas isto naturalmente não
é, $omo Yant 'ensaa, um 'asso anal6ti$o, e sim sint#ti$o 1
emos isto no *ato de tamb#m uma moral tradi$ional6sti$a e
mesmo toda moral re$onhe$er o dis$urso de um Vui0 im'ar$ialU,
de*inindo $ontudo diersamente a #ers#ecti9a  G $on$eito
8antiano, abstraindo de 'remissas trans$endente s, 'are$e, 'or
$onseguinte, ser somente o ^ni$o 'rin$6'io de u60o a se im'or
naturalmente (su'ra ' 434;) Em 'rimeiro lugar # ra$ional
abstrair de 'remissas trans$endentes e, em segundo  assim
t6nhamos isto se 'ress u'omos 'remissas trans$endente s, não
'odemos $hegar a "m $on$eito de bem obetiamente ilimitado 
de alidade uniersal
Lgora 'or#m temos Que trat ar da Questão ainda não res
'ondida na Quinta lição Até aonde o 'rin$6'io de lear igualmente
em $onsideração os direitos e os interesses de todos #
de *ato o ^ni$o 'rin$6'io de u60o a se eiden$iar naturalmente
Este enun$i ado tem um $om'onent e 'ositio e um negatio, G
'ositio& a$onselhase este 'rin$6'io de u60o/ o negatio& outros
'rin$6'ios de u60o não são a$onselhados, ou 'are$em arti*i$iais,
não 'laus6eis
Llterando um 'ou$o a eR'osição Que *i0 na Quinta lição,
'osso di0er 'ositiamente& o Que # mais ra0oel, se a*inal
Queremos a'oiarnos na dimensão moral, desta$ando $omo bom
determinada atitude e um deteminado ti'o de $om'ortamento, do
Que& #rimeiro , basearse nos deseo s e nas aers"es de todos e,
segundo , Que se $onsidere a todos de modo igual[ G segundo
'onto surge sim'lesmente do *ato de Que um tratamento desigual
?
eRigiria 'remissas $om'lementares  oltarei a isto na lição sobre
ustiçaU, G 'rimeiro 'onto # tão eidente, Que ele, de $erta
maneira,  se d a 'artir da 'osição $oe6ra tualista, mas sobretudo
Quando agora temos em ista uma 'osição 'rRima do
$ontratualismo, Que de $erta *orma se 'ode estabele$er entre a
Quasemoral e a moral @ a 'osição do 'ingente moral ,free rider<'
Da mesma *orma $omo o $ontratua lista 'odese 'ensar o
'ingente $omo algu#m Que o'ta 'elo lack of moral sense , mas
enQuanto o $ontratualista 'ressu'"e Que seus $ontraentes são
igualmente $ontratualistas o 'ingente 'ressu'"e a $ons$i]n$ia
moral dos outros & ele susten ta Que eles t]m um dis$urso moral e
Que tamb#m t]m uma $ons$i]n$ia moral E uma e0 Que # do seu
interesse Que tenham esta $ons$i]n$ia, tamb#m haer de eRigir
Que eles se $om'reendam desta maneira Ele 'or sua e0 usar a
linguagem moral, sem $ontudo 'or ela se deiRar motiar, e 'ro'or
$ondutas morais sem t]las ('essoalmente) G 'ingente # aQuele
membro 'arasita da $omunidade moral, Que Quer usu*ruir de todas
as suas antagens sem se $om'rometer $om suas eRig]n$ias
Esta # a ra0ão 'or Que o 'ingente moral o*ere$ e uma boa base
de orientação ('ara saber) Que normas morais gostar6amos Que os
outros seguissem +ma e0 Que a'enas # natural
Que ele desee Que os seus deseos seam res'eitados, ele 're*erir
ier numa $omunidade moral $uo 'rin$6'io su'erior de

ulgamento
1ogo no $oro#daQueles
o res'eito
Quedos interesses
alori0am Por isso ele
'ositiamente se enQuadrar
$om'ortarse
desta maneira (Seria nat"ralmente ainda melhor  'ara ele, se os
seus deseos *ossem mais res'eitados do Que os de todos os outros
Xas, um a e0 "e um sistema moral deste ti'o aio 'ode ser
*ormulado, ele assume este, Fa0 isto naturalmente , $aso !ier 'arte
dos melhor estabele$idos, 'ara Que se estabeleçam ainda melhor, e
'or isso 're*erir as interpretaç%es do 'rin$6'io da im'ar$iali dade
Que e*etiamente o 'ossibilitam) Com iodas as outras obrigaç"es
de $onte^d o, a Que se submete a $omunidade moral da Qual *a0
'arte, sobretudo $om todas asobrigaç"es 'ara $onsigo mesmo,
ele, 'rimei ro, não 'ode *a0er nada Segundo, elo as a$eitar  tão
logo a sua obedi]n$ia ou a'arente obedi]n$ia tamb#m lhe *or
eRigida Isto  'or#m Quer di0e r Que se ele tiesse Que de*inir
$omo dee ser uma com"nidade moral, esta então seria
eRatamente aQuela Que sentiria a *alta daQuilo Que ela tem 'or
bom, a'enas nos interesses dos seus membros (Wue os interesses
deem ser $onsiderados de modo igual e uniersalmente, isto
naturalmente não # algo Que ele 'ode Querer E o Que resulta do
se$ giindo 'onto $itado na 'gina <?=)
Se 'ortanto 'erguntamos 'ela moral Que sea a melhor na
'ers'e$tia de seus bene*i$iados, então 'are$e ser a ^ni$a ra
0oel aQuela Que resulta do $on$eito 8antiano  'ergunta 'elos
interesses do 'ingente tem o sentido de Que, de dentro da 'ergunta
?X9 Que todos t]m $omo bom[U, eRtra6mos a outra 'ergunta V$omo
Querer QualQuer um Que 'ro$edam os outros[U G 'ingente , $omo
o $ontratualista, a'enas se a'oia na 'ergunta V$omo eu Quero Que
se $om'o rtem os outr os em relação a mim[U, e a am'lia at# a
'ergunta VQue 'roeito tem 'ara mim (e tamb#m 'ara os outros)
aQuilo Que os outros 'ensam sobre o Que signi*i$a ser bom[U
Poder6amos entre tanto obetar& basearse aQui na 'ergu nta,
'ara Quem sere a moral, 'ressu'"e o Que deia ser demonstrado

Podese $ontudo $ontra'or& naturalmente o 'roeito 'r'rio não #


a 'ers'e$tia de Quem se $om'reende moral mente Xas
'retender unta moral Que não bene!iciasse o ser )"mano 'oderia
'are$er "m posicionamento pec"liar Que  'or isso não seria
'laus6el  su'osto sem're Que 'ermaneçam eR$lu6das 'remissas J
trans$endentes
Podemos agora, na *undamentação da $ese de Que o 'rin$i'io
do `im'eratio $ategri$o # o ^ni$o 'rin$i'io de u60o a se
a$onselhar nat"ralmente, 'assar 'ara o segundo $om'onente, um
$om'onen te negativo (ou sea), 'assar 'ara a 'roa da nãopV
a"sibilidade de outros 'rin$6'ios nãotranscendentes de u60o S
'odemos tratar destes na medida,` em Que eles (eRistem e) estão
diante de ns (não 'odemos usti*i$ar um 'rin$6'io $ontra uma
'ro'osta alternatia des$onhe$ida) lã tinha dito anteriormente Que

não 'are$e#tero ^ni$o


$ategri$o sentido'rin$6'io
a 'ro'osição anal6ti$a,
de u60o moral Que o im'eratio
nãotranscendente
#ensã9eL Ll#m deste *oram 'ro'ostos sobretudo os tr]s seguintes
$on$eitos nãotranscen dentes de moral Primeiro, o $on$eito da
$om'aiRã o generali0 ada no Qual as obrigaç"es são redu0idas a
uma ^ni$a, a obrigação de não 'rodu0ir e de im'edir o so*rimento
E # uma obrigação Que se este nde ao mesmo tem' o a todos os
seres $a'a0es de so*rimento A segunda 'ossibilidade seria uma
moral Que se re*ere, não a'enas aos interesses e aos deseos de
todos, mas tamb#m a algo di*erente e mais eleado, sobretudo 
manutenção do ser$omunitrio, i$ #, do Estado A ter$eira # a do
utilitarismo
G utilitarismo 'ode ser $om'reendido $omo a moral da
$om'aiRão trans*orma da 'ositiamente, e 'or isso o utilitarismo
tamb#m engloba em gerai os animais/ em e0 do a*eto morai
bsi$o da $om'aiRão, o$orre em Kut$heson a beneol]n$ia / j %&
e9olence ), e esta naturalmente engloba tamb#m a moral da

PHH
$om'aiRão Xas, uma e0 Que  dis$uti, 'or o$asião da mora da
$om'aiRão (nona lição), a 'ro'osta de am'liar mesmo 'ara os
animais o $6r$ulo daQueles em relação aos Quais 6 obrigaç"es
morais, 'are$e mais signi*i$atio abstrair desta as'e$to na
dis$ussão $om o utilitarismo Tem "m sentido pes#nvo 'ensar o
utilitarismo restrit o aos seres humanos, e assim, ele tamb#m *oi
de*endido em 'arte Pam a dis$ussão Que se eRige agora, isto tema
antagem de Que então o "tilitarismo o*ere$e uma alternati a $lara
'ara a moral do im'eratio $aiegri$o, Que da mesma *orma se
re*ere a todos os seres humanos, e somente a eles, e Que $ontudo
$om'reende diersamente as obrigaç"es e tem umoutro 'rin$6'io
de ustiça
1ã 'ro$ure i mostrar na nona lição Que a 'rimeira destas tr]s
'ro'ostas alternatias 'ara ema moral (sem 'rin$6'ios
transcendentes9 est errada ,ab@egig<+ de modo algum 'ode se do
'onto de ista *ormal, constr"ir "ma moral sobre a $om'aiRão, um
sistema normatio
9o Que di0 res'eito  segunda 'ro'osta, Kegel *$ & ^ltimo
*ilso*o s#rio a de*ender uma $on$e'ção deste ti'o [&6s 're$isase
naturalmente $om'reender esta 'ro'osta $om& uni ersai, $ontudo,
$om a eliminação de 'remissas $om'lementares, ela não #
'ensel Id#ias *as$istas, segundo as Quais $ 'r'rio ser do Estado
re'resenta o ^ni$o alor, ou o alor su'rrior, de modo algum
'odem ser moralmente *undamentadas e isto # naturalmente um
dado im'ortante 'ara a dis$ussão $on$reta $om 'arti $ularismos
na$ionalistas modernos& 'arti$marismos não 'odem ser
*undamentados moralmentesem 'remissas trans$endentes) L
^ni$a $oisa Que 'oder6amos 'ensor seria 'or $onseguinte Que todos
os seres humanos eRiam &e todos os seres humanos, Que 'ara al#m
da $onsideração d$  indi6duos em 'arti$ular, atribuam  sua
res'e$tia nação, e & &m isto tamb#m  *idelidade do indi6duo 'ara
$om a sua naa7o, um alor Que não 'ode ser redu0ido aos
interesses dos indi6duos Como 'or#m se 'retende *undamentar tal
alor sem 'remissas
trans$endentes[ Ls irtudes es'e$i*i$amente so$iais, "e são
eRigidas 'elos diers os *ilso*o s Que têm em i sta um u$omu
nitarismo&, 'odem, $omo imos $om re*er]n$ia a Ldam 5mit), ser
!"ndamentadas $om base no 'r'rio im'eratio $ategri$o, ou
seriam complementaç%es $aa $om'reens ibilidade $omo
$om'onentes do bem *i$aria 'airando no ar
Das tr]s 'ossibilidades alternatias $itadas resta 'or eoa
seg"inte somente o utilitarismo $omo um $on$orrente s#rio Por
isso ele tamb#m # ao lado doPantismo, o ^ni$o $on$eito #ti$o não
rela$ionado $om 'remissas trans$endentes Que tem tido uma
grand e in*lu]n$ia na modernidade, e Que sobretudo 'redominaa
grandemente na #ti$a inglesa desde 3:AA Tamb#m autores atuais
ainda têm a $on$e'ção de Que o 'rin$i'io do u60o do utilitarism o #
3
de modo geral, ao menos  'rimeira 6sta, o mais $onin$ente ,G
"tilitarismo tinha at# re$entemente tal 'redom6nio no $onteRto
anglosaR ão Que mesmo a6 onde ele # $riti$ado 'ressu'"ese Que
ele #a 'ro'osta mais ra0oel de um 'rin$6'io Que dee ser
dis$utido Por isso as obeç"es em gerai tamb#m a'enas sustentam
Que as $onseQ7]n$ia s do 'rin$6'io utilitarista estão em $ontradição
$om as intuiç"es do common senseW'
Isso *oge, no entanto, das intenç"es de nossa anlise LQui
a'enas 'odemos tratar de $om'arar aQuele 'rin$6'io do u60o Que
eu designei $omo aQuele Que se im'"e naturalmente, o im'eratio
$ategri$o, $om o #rincí#io do utilitari smo, Que, no 'ensamento de
autor es $omo =amocP, 'are$e natural .osta ria de mostrar Que o
'rin$6'io utilitarista de *ato tem algo a seu *aor e Que tem sido
negligen$ia do no 8antismo& de modo al

 Assim ( e?$,  =amocP, The ob,ect of Moraiit. Londres, \WB #, ( : -t)e sim
(es! o- ai suggestionsU

 C*, aFm de amo%& sobretudo Bii!iamsin4 11 5mart e B iiams, tilita-


rianism *or and against, Cambridge 8P

PH;
gum ele # re$omendado naturalmente, se 'ro$edemos $omo eu o *i0
 e eu 'enso Que es6a # a maneira Que se irr, <e isto #, 'artindo da
eliminação das 'ossibilidades de *undamentaç ão trans$endent es e
deQue # insu*i$ien te 'ermane$er no $ontra t"alismo$
Contado, o *ato de ter haido e ainda haer autores Que
$onsideram o 'rin$6'io do "tilitarismo $omo natura l dee ser
$om'reendido a 'artir de determinada $olo$ ação da "estão Que
'or sua e0 lhes 'are$ia natural Wuanto sei, o 'rin$6'io do
utilitarismo surge 'ela 'rimeira e0 em E Kut$heson_ em seu
ensaio An Mn5uir1 7onceming the Triginal ofour ídeas ofVir  me or
moral :ood( 'ubli$ado em 3>=;, Kume, $uos dois ensaios morais
surgiram em 3><: e 3>;3Š 'ersegue um $on$eito semelhante e #
$om ele Que $om mais *a$ilidade 'odemos estabele$er uma
$oneRão Kume ainda 'arte de um $atlogo de irtudes Sua tese
'or#m # Que o alor moraI das irtudes gerais $onsiste no *ato de
estas dis'osiç"es de $arter serem ^teis, em 'arte 'ara ns mesmos
e em 'arte 'ara os outros 3 Se nos limitamos s irtudesQue são
^teis 'ara os outros, então elas deem ter em sua base a de*esa do
bemestar dos outros, e ("tc)eson denomina este sentimento
Vbeneol]n$iaU e Kome *a0 o mesmo Kut$heson ainda o
denomina Vsim'atiaU` <
Para $om'reender $orretamente em sua estrutura a 'roa de
Kume, de Que somente t]m aut]nti$o alor aQuelas irtudes morais
$ua obserân$ia # boa 'ara os outros, e Que as Virtudes
monsti$asU deem ser reeitadas (' =34), 'odese $onsi

P ,? Treatise o* Kuman 9ature, P i/ro, e Lrt EnQuirZ Con$erning vlie Prin$i'les o*


Mor als . Re-irome somente ao segundo trabaho, na edição de Seib<Bigge, GR -ord
89

H C- En/ uir * se%ção , (arte 

@ Em Wume %! (ara bene+olence ( !  (arasm%ath ,8 $ara Wut%heson


e- 22 Ra(hae 0ri tis h Mor ali sts 13 4 1544. GR*ord 8;8, /o I ( 

PH
derã‡a $omo imediatamente 'ara6el a  tese 'or mim de*endida ,
Que a moral somente se 'ode re*erir aos deseos e interesses dos
outros G 'onto de 'artida da 'osição utiiitarista # 'ortanto o
mesmo do im'eratio $ategri$o, e eie 'are$e mesmo ser o ^ni$o
'onto de 'artida lido de ema moral Que não se a'6a mais em
'remissas trans$endentes Se $onsiderssemos o res'eito 'elos
interesses de outros de maneira bem gen#ri$a $omo benevolência,
não haeria, a 'artir de uma 'ers'e$tia Pantiana, nada a obetar
$ontra esta eR'ressão, a'enas 'ressu'osto Que agora ela estea
em1ugar de uma atitude de res'eito 'ara $om todos
LQui 'or#m os $aminhos $omeçam a se se'arar, e 'odemos
$om'reender melhor o 'onto de dierg]n$ia , tomando em $onta as
obeç"es de Ldam Smith $ontra Kume São essen$ialmente doas
Smith oltase, 'rimei ramente, $ontra o $on$eito de -"tilidade&,
$om'reendido de maneira muito estreita, 'er Que não se 'odem
obter a 'artir deste $on$eito as irtudes da $oneni]n$ia, 'or ele
de*endidas (3::/ I2=< e <=>/ ‡! ‡‡!<I>) isto Smith tamb#m *eria
*eito aler $ontra ;ant$ Em segundo lugar Smith oltase $ontra
uma mudança $ara$t er6st i$a, Que sem're se en$ontra de noo em
Kume e Que se tomou *undamental 'ara o utilitarismo& o dis$urso
da utilid ade e da *eli$i dade da sociedade  Segundo Smith a moral
não nos a'ont a 'ara o Vinteresse da so$iedadeU, mas 'ara os
interesses dos indi6duos (:4s/ IIii<3A)
Em Kume não $hega a se im'or o $rit#rio es'e$6*i$o de
ustiça, de Que se dee res'eitar a $ada um $omo um outro, e uma
e0 Que ele *ala de diersos, ou sea, da so$iedade, não se trata
mais 'rimariamente dos indi6duos e de seus direitos, mas da
utilidade 'ara a so$iedade @ este 'ensamento Que $omo ta não #
uma $onseQ7]n$ia do anterior Que *oi elaborado de maneira mais
aguda 'or Bentham
2oltemos $ontudo antes a Kut$heson 9ele se en$ontra,
eR'resso 'ela 'rirrŠa e0, o 'rin$6'io do utilitarismo& VL me
loor $ondut a # aQuela Que 'ro'or$ iona a maior *eli$idade 'ara o
maior n^meroU 5 @ esta *rmula Que # ista 'or auto res $om o
\amo$8,  'rimeira ista, $omo 'arti$ularmente eidente Es
$lareçamos 'rimeiro o Que de *ato ale 'ara eles ("tc)eson
$olo$a orna Questão im'ortante na 'assagem $itada da Qual se
're$isa admitir Que ela mal !oi analisada no 8antismo& $omo nos
$om'ortamos moralmente melhor "ando estamos diante de
di9ersas alternatias de comportamento, 'elas Quais diersas
'essoas são 'ositia ou negatiamente a*etadas[ Em ;ant e
tamb#m em Smit8 esta Questão, per!eitamente leg6tima e
importante, não # $onsidera da Se` porém re*letimos sobre o Que
'ara ela resulta do seo 'rin$i'io do +"#o  da $onsideração
im'ar$ial dos interesses de todos  então ao menos 'odemos $itar
este 'rin$i'io uniersal& os interesses de todos devem ser
igualmente $onsiderados, a isto eles têm VdireitoU
Isto, 'or#m, não # obiamente idêntico  res'osta& o $onunto
da *eli$id ade dee ser eRaltado 1e o do 'reu60o des're0ado) Ls
duas 'ers'e $tias de$isias, nas Quais a di!erença *i$a $lara, são,
'rimeiro, Que no 'rin$6'io do u60o do res'eito uniersal id]nti$o 
dos mesmos direitos  in$luise um 'rin$6'io de ustiça, o Qual *alta
no dis$urso da Vmaior *eli$idade 'ara a maioriaf  Como se
es$lare$er na elaboração 'osterior em <ent)am, tratase a'enas
da totalid ade da *eli$idade e da in*eli$idade, do 'reu60 o e do
'roeito G modo $omo ela # re'artida # indi*erente, ao menos em
^ltima anlise e a 'artir do 'rin$6'io
Segundo, Que todos, na 'ers'e$tia do obserador im'ar$ial,
t]m um mesmo direito a um res'eit o bsi$o, não Quer di0er Que
numa Questão $on$reta, $omo deemos $om'ortarnos em relação a
muitos  deamo`s tratar indistintamente a

5 C* no lugar men$ionado (-a'hael) ' =:?

PH8
todos Lo $ontrrio, resultam a6 tamb#m 'ers'e$ti as de distinção,
Que 'or#m são as Que se $ons6roem sobre o 'rin$6'io da
im'ar$ial idade, e Que no resul tado noame nte se distinguem do
'rin$6'io da Quantidade de *eli$idade Wuero sobretudo $hamar
atenção 'ara os tr]s gru'os de $asos, Que notoriame nte $ausam
di*i$uldades aos utilitaristas G 'rimeiro # o dos assim
denominados direitos es'e$iais $on$edidos, Quando, ' eR, eRiste
uni $on]nio ou *oi *eita ema 'romessa Este direito 'ode
naturalmente, atra#s de outras $onsideraç"es, ser eentualmente
sus'enso, mas 'rimeiro ele (e*etiamente) eRiste, enQuanto Que um
utilitarismo $onseQ7ente sem're 're$isaria estar 'ronto a Quebrar
uma 'romessa, se isto eo todo $ondu0isse a mais *eli$idade G
segundo gru'o de $asos # o das relaç"es de 'roRimidade e de
distân$ia, nas Quais estamos uns 'ara $om os outros Tamb#m aQui
'odemos *alar em`direitos Xeu *ilho tem o direito ao meu am'aro,
Que outros não t]m Por isso ns somos obrigados, na
'ers'e$tiado obserador im'ar$ial, a outros 'ro$edimentos em
relação aos Que nos estão 'rRimos do Que aos Que estão distantes
de ns, e esta obrigação noamente eRiste inde'endente do
'roeito gerai Que da6 resulta Ter$eiro, as obrigaç"es negatias, ao
menos sem $rit#rios $om'lementares, 'are$em o$u'ar um lugar
mais im'ortante Que as 'ositias Em todo $aso assim o emos a
'artir da 'ers'e$tia do obserador im'ar$ial Tamb#m isto se
'ode eR'ressar na terminologia do direito G m#di$o Que Quer
salar $in$o dos seus 'a$ientes $om les"es de rgãos não tem o
direito de, 'assando 'elo hos'ital, esQuartear um seRto Que
J est sã o, em bora segundo o 'ri n$6'io utilitarista tiesse
Que *a0]lo, 'ois a 'erda geral seria menor se $in$o *i$assem em
ida e a'enas um *osse morto
Em muitas destas Quest"es os utilitaristas argumentam de tal
maneira Que no resultado e $om base nas relaç"es em'6ri$as

$om'lementares, o seu 'rin$6'io 'ode $onsiderar as obe ç"es


Lssim, ainda Que não eRista a lei de uma diisão 'ro'or$ional,
resultaria, na base de um 'roeito sem're menor

P@9
dos l6mites, uma tend]n$ia 'ara uma diisão 'ro'or$ional e
aQueles, $uos direitos es'e$iais *orem lesados, so*re rão mais
tamb#m Quando *orem lesados os direitos dos seus (*amiliares)
De$isio é, 'or#m, Que isto agora se tome uma Questão Que dee
ser es$lare$ida em'iri$amente Do 'r'rio 'rin$6'io de u60o
moral não seguem estes resultados Que, em relação a ele, resultam
diretamente no 'rin$6'io do res'eito igual dos direitos A
arg"mentação Que neste n6el se dã entre o utilitari sta e seus
$r6ti$os Que de*endem o common sense tem tão 'ou$o sentido,
'orQue os $r6ti$os sustentam Que o utilitarismo tema'enas uma
'lausibilidade e Que somente 'ode ser $riti$ado em suas
$onseQ7]n$ias, enQuanto Que aQuilo Que interes sa # er Que o
#rincí#io (do Jutilitarismo) não # 'laus6el em *a$e do #rincí#io
do im'eratio $ategri$o
@ na erdade, uma antagem, Que na tradição utilitarista em
geral se tenha re*letido mais sobre a Questão das alternatias de
$om'ortame nto em relação a muitas 'essoas, do Que no 8antismo,
e Que 'or isso o 'rin$ 6'io utili tarista tamb#m sem're tinha um
sentido eminentemente 'ol6ti$o Xas ser Que o 'rin$6'io
utilitarista  resulta da $onsidera ção das Quest"es morais mais
$om'leRas[ Isto somente 'oderia ser $on*irmado se, $omo
eRatament e *a0em os utilitaristas, redu06ssemos a uma soma a
res'osta  'ergunta $itada Esta res'osta # a'enas (do 'onto de
ista da teoria da de$isão) a te$ni$amente mais sim'les Somas
t]m sem d^ida uma *unção  # mais grae Quando morrem on0e
seres humanos do Que Quando morrem de0 Xas o erro bsi$o do
utilitarismo # Que ele reduziu  soma (adiç"e s e subtraç "es de
*eli$idade e de mis#ria) as Quest"es& $omo se dee agir em
situaç"es onde mais 'essoas são a*etadas e $omo se deem
distinguir as $orres'ondentes Quest"es 'ol6ti$oso$iais
Bentham tomou mais aguda a id#ia de Kut$heson de tal
maneira Que 'ara ele a so$iedade ,the communit1< # $omo um
V$or'o *i$t6$ioU, $uos membros são as 'essoas indiiduai s, e
a *eli$idade das 'essoas, 'or isso, se esgota em 'artes de *eli$idade
da so$iedade` Entretanto, a so$iedade, $om'reendida em o'osição
aos hegel ianos a'ena s $omo soma , # o 'r'rio sueit o, Que # mais
ou menos *eli0, Tamb#m Bentham tem na erdade um 'rin$6'io Que
'ode ser $om'reendido $omo um ti'o de 'rin$6'io de +"stiça4
E9er1bod1 to countforone( nobo$ d1 for more than mie  L direção
'rogressia deste 'rin$6'io não 'ode ser des$onsiderada Ele
cont"do a'ena s tem o sentido de "e, na soma da *eli$id ade a ser
calc"lada, o bemestar de ningu#m 'ode aler mais do Que o bem
estar de outro Ele não re'resenta direitos iguais,
G 'rin$6'io do u60o militarista est 'ortanto tão 'ou$o $laro
Que # 're$ iso perg"ntarmos, ao $ontrrio, $omo a*inal 'odemos
$hegar a um 'rin$6'io tão estran)o$ LQui 'odemse 'rimeiramente
obserar os erros es'e$6*i$os Que 'assaram desa 'er$ebidos a
Kut$heson , Kuine e Bentham Quando eles, em seu $on$eito de
beneol]n$ia em relação a diersos, des$onsideraram o dado
Sltimo dos indi6duos e de seus direitos e $hegaram  soa id#ia de
soma, Que 'or nada 'ode ser usti*i$ado Cara$ter6sti$o 'ara a
*raQue0a da 'osição Que da6 resulta # tamb#m Que ela não se 'ode
$one$tar $om sentido nos 'ressu'ostos inQuesti oneis mas a'enas
insu*i$ient es do $ontra tuaiismo Bentham ridi$ulari0ou o dis$urso
dos direitos, designandoo $omo Vabsurdo sobre 'ernasde'auU
(nonsense on stilts ), o Que a'enas tinha sido usti*i$ado em relação
 id#ia, de *ato insustentel, de direitos VnaturaisU Do $on$eito
dos direitos tratarei na 'rRima lição
Segundo, se o erro do utilitarism o a'enas *oi eR'osto uma e0
a 'artir da realidade, # agora naturalmente ra0oel eR'li$ lo
tamb#m ideologi$am ente (Eu  di0ia na 'rimeira lição

B$ Ln hudi6$6ion to the Prin$i'ies o* Xorais and !egislaiion 1p"blicado por <"ms e Kart)
!ondres, 34>A, ' 3=s J `
Que nun$a se deeria ini$iar $om $r6ti$a ideolgi$a, mas ela tem
sentido, se a in$orreção ou a não'lausibilidade de urna 'osiçã o
a'enas *oi mostrada urna e0 e eRatamente 'or isso *or ne$essrio
uma eR'li$ação indireta) G utilitarismo # a ideologia do
$a'italismo_ 'ois ele 'ermite o $res$imento da e$onomia $omo
tal, seiri dar moramente $onta daQuilo Que di0 res'eito a Quest"es
de 'artil ha Se P,GS perg"ntamos $omo "ma idéia em si ião 'ou$o
'laus6el se 'de manter 'or tanto tem'o $omo a'arentemente
$onin$ente, então a o$ulta ra0ão ideolgi$a *orae$e uma
in!ormação signi*i$atia G dito benthamia no e9er1bod1 to
coimifor one( nohod1for more than one tem sua direção
'rogressia eR$lusiamente oltada $ontra o sistema !e"dalista,
segundo o Qual os indi6duos t]m um alor dierso Por isso
tamb#m *oi ideal nesta 'ers'e$tia, $omo ideologia da burguesia
9ão se 'ode tratar aQui de uma $r6ti$a geral de todos os
as'e$tos do utilitarismo Gmito ' e?$, o *ato de o utilitarista ser
uma 'essoa Que se Quer $om'reender moralmente e Que se $obra
'ermanente e eRageradamente, o Que Xa$8ie, em sua brilhante
dis$ussão $om o utilitarismo` , denominou líihe etkics of#hantas1
LQui a'enas estaa em Questão a $om'aração do 'rin$6'io
utilitaris ta $om o 'rin$6'io do im'eratio $ategri$o, e uma e0
Que o 'rin$6'io utilitarista *oi a*inal o ^ni$o $on$orrente s#rio,
'ode a 'retensão, de Que o $on$eito 8antiano # aQuele Que
naturalmente se im'"e [ aler $omo $on*irmada at# 'roa em
$ontrrio
+ma a'arent e antagem do utilitarismo # Que ele $ont#m a
id#ia de um $l$ulo de de$isão, segundo o Qual $ada Questão moral
$om'leRa, abstratament e, a'are$e $omo 'er*eitamente sol^el Eu
'or#m  $hamei atenção Que esta antagem não # nenhuma
antagem a 'artir da 'ers'e$ti a moral, mas Que eia

: Ethics' $a' 5 e sobretudo ;


# t#$ni$a, e in$lusie, nesta 'ers'e$ti a t#$ni$a, a antagem a'enas
eRiste abstratamente/ em sua 'ossibil idade de reali0a ção ela #
a'ar]n$ia& 'ara o Que dee ser baseado em $onsideração, esta id#ia
da $om'utabilidade # sem serentia, tanto em QualQuer Questão
'essoal Quanto em QualQuer Questão 'oi6ti cosocial, não a'enas
'orQue este $l$ulo im'li$a em Que 'oder6amos omitir
$onseQ7]n$ias gerais, mas tamb#m 'orQue im'li$a na *alsa
s"stentação $de "e osdeseos eas aers"es dos a*etados são
comens"r'veis e Que se omite a Questão dos direitos es'e$iais
Temos Que nos 'erguntar agora Que re$ursos de *unda
mentação 'ossui o 'rin$6'io 8antiano em situaç"es Que são tanto
em'6ri$a "anto normativamente $om'leRas e nas Quais são
a*etados os interesse s de muitosC omo um 8antiano teria Que
res'onder  'ergunta da Qual 'artiu Kut$heson[
lã na inter'retação de ;ant eu mostrei Que o 'r'rio ;ant s
tratou 'or alto os $on*litos normatios, 'orQue ele 'artiu da
'ressu'osição de Que obrigaç"es negatias sem're t]m 'rimado
diant e das 'ositi as De dentro das obrigaç "es negatias não
surgem $on*litos, e elas tamb#m 'odem ser obseradas lires de
$ondi$ionamentos em relação a (todas as) outras Wue obrigaç"es
negatias tenham o 'rimado, Que 'or $onseguinte Vo *im não
usti*i$a o meioU, 'are$e em gera 'laus6el (o eRem'lo a$ima $om
os seis 'a$ientes ilustra de maneira muito $lara esta eid]n$ia),
mas, 'rimeiro, em Yant isto 'ermane$e uma mera tese, e se
'erguntamos $omo ela 'ode ser *undamentada/ segundo, em $aso
algum este 'rimado 'ode aler sem eR$eção L 'r'ria histria da
mentira de Yant # um eRem'lo Ela # usti*i$ada, 'orQue desta
maneira se sala a ida de um ser humano Isto tamb#m  dis$uti
na inter'retação de Yant (no lugar men$ionado) e o 'ro'io Yant o
resole de maneira tão $ontraintuiti a
9a mesma o$a&/` o tratei da solução de Kare, de $omo se
dee 'ensar a resolução de Quest"es mais $om'leRas a 'artir
do 'rin$i'io 8antiano (' 3;:) 9a lição de hoe $hame i atenção
Que o 'rin$6'io 8antiano $ont#m dois elementos& 'rimeiro, aQuele
Que se eR'ressa na 'ergunt a Vo Que "al"er "m 'oderia QuererU,
'ergunta "e de $erta *orma se re*ere  base em'6ri$a 'si$olgi$a e
antropol7gica, sobre o Que são as $oisas boas e m6s+ segundo, o
Que 'ode ser designado $omo estrutura normatia, o (element o) do
u60o normatio $omo tal, Que nos $asos sim'les $onsiste em Que
todos eRigem moralmente de todos $om'ortaremse de tal maneira
Que não lesem os res'e$tio s bens, ou Que os 'roteam
Da6 resulta em 'rimeiro lugar a lista sim'les das normas
bsi$as,  Qual se restringiu ;ant$ O solução de Kare ai no sentido
de Que o 'rin$6'io de u60o sobre a situação mais $om'leRa, $ontido
nos dois 'assos anteriormente $itados, dee, de agora em diante,
ser a'li$ado renoado no todo, L é, o Que ulga moralmente 're$isa
$onsiderar 'rimeiramente, Que bens e males estão em Questão 'ara
os diersos a*eta dos, e em segundo lugar, 'ergunta rse $omo se
'oder resoler o $on*lito de interesses e de normas Que da6 resulta,
de modo a $onsiderar im'ar$ialmente o interesse de todos os
a*etados Lssim, ' eR, o $on*lito entre a obrigação de não mentir e
a de 'roteger algu#m seria resolido em *aor da segunda L
medida de Quem ulga moralmente # a 'ergunta& $omo 'oder ser
resolido este $on*lito na 'ers'e$tia de um ui0 5ual5uer e $om a
$onsideração dos bens e males Que estão em Questão 'ara todos os
a*etados[
L Que ainda mais deemos 'restar atenção # aQuilo Que est
im'li$ado neste $on$eito +ma e0 Que estão em Questão os
interesse s de rios, aQuele Que ulga tem Que tentar $olo$arse
simultaneamente na situação`de $ada um e $om'arar em sua
im'ortân$i a os diersos interesses, $omo se admite, Que tamb#m
QualQuer outro os 'onderaria Gs elementos *ortemente intuitios
Que estão $ontidos neste 'ro$edimento não 'odem ser
des$onsiderados G 'ro$edimento naQuilo Que antes deno
minei de base 'si$ol gi$a 'ressu'"e 'rimeiramente uma Ks6a de
estados de $oisas em gera alendo $orno bens e sobretudo $omo
males e igualmente ('ressu'"e) sua 'onderação relatia (' e?$, ser
enganado ('ela ment ira) # um mal menor do Que ser entregu e 
morte) Segundo& uma e0 'ressu'osta esta lista de 'rioridades dos
males, Que garan tia tem aQuele Que ulga moralmente, de Que o
resultado a Que $heg a # id]nti$o ao Que c)egaria QualQuer outro
Que lerasse ulgar imparcialmenteH
Tamb#m *oram 'robl emas deste ti'o Que tomaram atratia
uma #ti$a do dis$urso, e não )' d^ida Que dis$ursos 'odem audar
aQui/ # $ontudo im'orta nte $larea r bem, onde e $omo audam e
onde não Primeiro 'oderia 'are$er Que no 'rimeiro dos dois n6eis
$itados a a"tointerpretação dos a*etados 'udesse tomar
dis'ense l uma re'resenta ção obetia das 'rioridades dos males,
mas isto de *ato # s raramente o $aso Este $aso, ' eR, se daria se
eu soube sse Que o 'erseguido, desiando da situação 'si$ol gi$a
normal, 'ro$ur asse a sua morte  De modo geral 'or#m os deseos
dos a*etados 're$isam ini$ialmente ser 'ressu'ostos $omo normais,
e muitas e0es tamb#m não se deiRam Questi onar e segundo, no
Que di0 res'eito  im'ortân$ia $om'aratia dos deseos dos
a*etados, os 'r'rios a*etado s, 'orQue são 'arte, são os menos
a'ro'riados 'ara este ulgamento 9o segundo n6el, ao $ontrrio,
onde me deo 'erguntar se minha tentatia de u60o moral
im'ar$ial # de *ato im'ar$ial, sem're *a0 sentido *a0er o $ontrole
atra#s de um dis$urso Gutros 'odem a'resentar 'ontos de ista
Que eu não tinha $onsiderado Xas este dis$urso, $omo  'ro$urei
mostrar na oitaa lição, não # um dilogo $om os a*etados L in
$lusão dos a*etados s 'ode $om'li$ar a im'ar$ialidade E este
dis$urso s tem o sentido de elear a 'retendida obetiidade,
da`mesma maneira $omo tamb#m a$onte$e num u60o teri$o
Considero a $on$e'ção de Kare a ^ni$a adeQuada 'ara o
'rin$6'iQ de Yant G Que nela nos 'odemos $larear # Que enQuanto
o 'rin$6'io militarista $ont#m um 'ro$edimento de$i
srio, ao menos em sua 'retens ão, o $on$e ito 8antiano soment e
'ode ser $om'reendido $omo 'rin$6'io de u60o e Que, em base
aos dois $itados momentos intuitios, não 'ode $ondu0ir a
nenhum rsultado $laro G Que o $on$eito moral 8antiano *orne$e
# somente um $rit#rio a 'artir do Qual se ulga, não "m
'ro$edimento de$isrio Ot# nos $asos mais sim'les, sem $olisão
de normas, aQuilo Que designei de base 'si$olgi$a $ont#m um
*ator de indeterminação, e este se multi'li$ a tão logo a situação de
u60o *iQue mais $om'leRa G $ontrole do 'r'rio resultado
atra#s das $on$e'ç"es de outros 'ode ser ^til mas tamb#m ele
não 'ode resoler os dilemas morais  solução # *reQ7entemente
"ma Questão de de$isão 'essoal
5eg"ndo min)a concepção, a indeterminação Que no 'rin$6'io
8antiano resulta diante de situaç"es mais $om'leRas não # nada
Que de'onha $ontra este 'rin$6'io, mas # ao $ontrrio um as'e$to
essen$ial de nossa real situação moral $omo ela se d a's a
eliminação de 'remissas tradi $ional6sti$as Somente uma moral
Que era baseada na autoridade 'odia $onter res'ostas $laras 'ara
todas as 'erguntas G Que resta Quando se desiste das 'remissas
tradi$ional 6sti$as # somente "m 'onto de ista moral um modo de
ulgar Que se distingue essen$ialmente de um 'rin$6'io Que
im'li$a em um 'ro$edimento de$isrio Esta maneir a de ulgar
$ont#m eRatamente os dois *atores antes $itados  a $onsideração
dos interesses e a im'ar$ialidade  e nada mais' E eidente Que
estes dois *atores não bastam 'ara a solução de muitas Quest"es
morais
L re*leRão moral # 'or isso um 'ro$edimento ra$ional/ ela
$ont#m os dois 'ontos de ista Que 'erten$ em ao $on$eito 8an
tiano e eR$lui todos os outros Este 'ro$edimento do u60o *orne$e
um n^$leo ra$ional 'ara a re*leRão $on$reta/ *i$a $ontudo aberta
nas margens, e em todas as Quest"es morais 'ro*undas ir m$a um
irredut6el *ator de$isrio 'essoal E o Que, ' eR, no
eRisten$ialismo de Sartre, tem sido *alsamente absoluti0ado $omo
o sentido daQuilo Que # moral Pare$e igualmente absur
do a$reditar Que no $#u eRiste um liro Que $ont#m as res'ostas
'ara todas as di*i$uldades morais, $omo (tamb#m 'are$e absurdo),
se isto não eRiste, Que tudo *i$a arbitrrio Ls duas $on$e'ç"es
resultam de iimae mesma 'ressu'osição, a orientação a 'artir de
uma mora autoritria Deste 'onto de ista, $om o re$onhe$ime nto
de uma 'arte do moderno *undamento do +"#o  $oro o
re$onhe$imento a'enas dos interesses, e de todos os interesses 
tamb#m se 'ode des$re er o utilitarismo $omo uma tentati a de
obter em substituto 'ara a su'osição, 'oss6el nas #ti$as
autoritrias, de Que todas as Quest"es morais são em si resolidas
obetiamente
Pare$e, no entanto, eRistir um 'roblema moral muito grande,
Que sobretudo se esQuia obstinadamente a um es$lare$iment o
satis*atrio na 'ers'e$tia do 'rin$6'io do u60o 8antiano a saber,
o 'roblema do 'rimado das obrigaç"es negatias em relação s
'ositias G 'r'rio Yant a*irmou tão $laramente este 'rimado
Quanto ele *oi $laramente negado 'elo utilitarismo G Que, assim #
're$iso 'erguntar, o obserador im'ar$ial tem $omo re$ursos de
*undamentação 'ara es$lare$er esta Questão[ Eidentemente estas
bases de *undamentação somente 'odem se en$ontrar no 'rimeiro
dos dois n6eis antes distinguidos/ 'are$e mais grae ser lesado do
Que algu#m não ser audado
LQui $ontudo # 're$iso distinguir duas Quest"es& 'rimeiro,
deese lear a obrigação 'ositia tão a s#rio eRatamente Quanto a
negatia[ Segundo, 'odese usti*i$ar Que se 'reudiQue sem're as
obrigaç"es 'ositi as, em *aor de obrigaç"es negatias[ Somente a
segunda 'ergunta , se *or negada, $orres 'onde  mRima Vo *im
nun$a usti*i$a os meiosU Esta mRima 'are$e $laramente *alsa
neste tom absoluto, 'orQue, $omo se mostrou no eRem'lo da
mentira e da delação, muit6ssimas e0es somos obrigados a
des$um'rir obrigaç" es 'ositias em *aor de obrigaç"es negatias
LQui a di*erença na dimensão dos males 'are$e ser de$isia Xas
onde, gostar6amos de saber, en$ontrase a linha, e $omo #
*ormulada a *undamentação[
Eu não tenh o "ma res'osta s is*airia 'ara esta segunda 'e
unta/ Quero $ontudo 'ro$urar mostrar na 'rRima lição Que, se nas
Quest"es da moral não nos baseamos 'rimariamen te nas
obrigaçGes , mas nos direitos , $omo  $on*orme 'ro$urarei
mostrar  're$isamos *a0]lo sobre o !"ndamento do $on$eito
8antiano, muitas $oisas indi$am Que, $ede estão em Questão
situaç"es !"ndamentais, a obrigação 'ositia, a6nda Que não dea
ser leada tão a s#rio Quanto a negatia, $ontudo não deem *i$ar
muito atr's desta
Pare$e signi*i$atio `'rimeiro es$lare$er Que 'oder6amos ter
Que tratar e su'erar aQui um outro *a6or subetio de Quem ulga
moral mente, do Qual até aQui ainda eão tratei Wuem ulga
moralmente 'ro$era er im'ar$ialmente um estado de $oisas
moralmente signi*i$ante Xas o Que signi*i$a im'ar$ial mente[
Eidentem ente Que o 'onto de ista não dee ter uma *unção& Xas
isto eu eR'us até aQui de tal maneira, Que a totalidade dos 'ontos
de ista tinha sido assumida $omo de $erta *orma simultânea E
$ontudo 'roel Que, sobretudo na aaliação relatia dos bens e
dos males, tamb#m a dimensão do tem'o tenha uma *unção L
relatiidad e de um 'onto de ista a ser su'erada 'oderia, 'ortanto,
tamb#m ser $om'reendida histori$amente Se a'li$amos isto ao
'resente 'roblema das obrigaç"es negatias e 'ositias, Que em
sua totaiidade deem ser istas $omo as regras da $oo'eração,
então 'are$e eidente Que em tem'os diersos se tinha $on$eitos
diersos sobre $omo se dee 'ensar a $oo'eração em geral e na
mesma medida tamb#m uma boa $oo'eração G 'ensamento de
Yant, de Que obrigaç"es 'ositias são sem're se$undrias, 'are$e
ser um re*leRo da moral es'e$i*i$am ente burgu#s$a'italista, e na
turalmente haeremos de distinguir este 'ensamento $on$reto de
Yant daQuilo Que denomino o $on$eito 8antiano, 'ortanto, o
'rin$6'io do u60o do im'eratio $ategri$o +ma moral Que

re$onhe$e obrigaç"es
basearse Quanto ao seu'ositias a'enas
$onte^do, marginalmno
estreitamente ente$ontratua
'are$e
lismo  Que 'arte do 'ressu'osto de Que a $omunidade moral
# uma $omunidade dos *ortes, Que em $aso normal 'odem $uidar
de si mesmos, e Que 'or isso no essen$ial a'enas 're$isam
'roteger se $ontra janos re$6'ro$os, L mane ira $omo Yant, em
seu Quarto eRem'lo A, ies$ree aQue6e Que ne$essita ser audado,
'are$e a des$rição de um $aso (isolado) de urg]n$ia L_
$omunidade de $oo'eração, Que est 'ressu'osta, 'are$e, 'or
tanto, $omo $onstitu6da eR$lusiamente de homens adultos e
$a'a0es de 'roer o seu 'r'rio sustento G$ultase Que uma
grande 'arte da $omunidade # $onstitu6da de $rianças, mulheres,
idosos e in$a'a0es  sea 'or serem de*i$ientes, sea 'orQue não
en$ontram trabalho Este # um 'ensamento Que de *aio não seriu
'ara nenhuma #'o$a, mas 'ara a ideologia da burguesia
$a'italista +m outro $on$eito de $omunidade de $oo'er ação
$onsideraria a situação real de Que 'artes $onside reis da
$omunidade não 'odem $uidar e 'roer a si mesmos9este $aso,
os direitos Que $orres'ondem s obrigaç"es 'ositias teriam Que
ser tidos, ou $omo iguais ou $omo Quase tão $entrais Quanto os
direitos Que $orres'ondem s obrigaç"es negatias 
Fundase não a'enas numa ideologia es'e$6*i$a sobre as
ra0"es da 'obre0a o *ato Que algo tão eidente tenha *i$ado o$ulto
no 'ensamento morai de $oda uma #'o$a, mas tamb#m se
rela$iona $om o *ato de ter haido $ertas $on$e'ç"es moralmente
signi*i$atias sobre as obrigaç"es es'e$iais Que eRistem em
relação s $rianças, mulheres, idosos e de*i$ientes Que *a0em 'arte
da 'r'ria ou da grande *am6lia G *ato de estas $on$e'ç"es,
eR$eto em relação s $rianças, desmoronarem em nossa #'o$a,
'ode ser uma ra0ão 'ara 'are$er Que noamente nos estamos
tomando mais sens6eis 'ara a 'roblemti$a geral dos direitos de
am'aro
7mb#m sem're 'are$e inde'endente da situação histri$a
eRistirem, na medida em Que $res$e a distân$ia, determinadas

re'resentaç"esdosobre
'ers'e$tia a diminuição
obserador da obrigação
im'ar$ial 'are$em'ositia Que naA
$orretas,
res'onsabilidade 'ara $om os 'r'rios *ilhos # uniersalmente
re$onhe$i da, mas não tee $onseQ7 ]n$ias 'ara o $on$eito geral
nas teorias morais da modernida de Pare$e ter 'er*e itamente
sentido Que 'artamos de uma res'onsabilidade 'rimeiro do
indi6duo 'ara $onsigo mesmo  isto  resulta do 'rin$6'io da
autonomia, e 'odese er a6 uma base 'ara o 'rimado das
obrigaç"es negatias  e Que então se re$onheça "ma
res'onsabi lidade subsidiria dos indi6duos 'ara $om todos os Que
l)e estão 'rRimos Esta então ineitaelmente ai desa'are$endo
em distân$ias maiores at# Vo so$orro na ne$essidade e Quando não
$usta es'e$ial es*orço 'ara alg"ém&$
9a 'ers'e$tia da moral usual e de sua $om'reensão das
obrigaç"es 'ositias 'ara os Que estão distantes surge hoe 'ara o
indi6duo moralmente $ons$iente, diante da 'obre0a no mundo,
"m sentimento 'e$uliar de $ada "m ser eRigido em demasia, e a
^ni$a sa6da 'are$e ser a indi*erença +m auR6lio 'ontual 'are$e
arbitrrio, e 'or isso 'are$ e de noo moralmente Questionel
Além disso& at# aonde se 'retende ir[ Até Que se sea 'obre Quanto
os mais 'obres[ LQui eRiste, segundo 'enso, uma *alsa
'ressu'osição Pensamos Que os direitos aos Quais $orres'ondem
as obrigaç"es 'ositias são $om're, di dos $omo direitos Que os
a*etados têm em relação a$ inc  duos( em e0 de (t]los) em
relação  so$iedade A maneira $omo o indi6duo $onsegue
assumir adeQuadamente sua res'onsabilidade em relação a estes
direitos # a mudança da $om'reensão de si do ser $omunitrio
Estas relaç"es, segundo 'enso, somente 'odem ser es$lare$idas e
$orrigidas se 'er$eber mos Que, a 'artir do $on$eito de Yanu o
$on$eito de direito dee ser $onsiderado em $erto sentido $omo
determinante Esta # a 'roblemti$a Que dis$utirei na 'rRima
lição
DEGhlA SH„XL !6MLG Direitos
humanos_

Desde a Quinta lição e na lição 're$edente sustentei etentei


mostrar Que a moral do res'eito uniersal e igualitrio # a ^ni$a
mora Que 'ode ter uma 'retensão 'laus6el de reali0ar a id#ia de
um ser humano bom ('ar$eiro de $oo'eração) 9isto es6
im'li$ado Que o $om'ortamento moral $onsiste em re$onhe$er o
outro $omo sueito de direitos iguais/ is$o signi*i$a Que s
obrigaç"es Que temos em relação ao outro $orres'ondem 'or sua
e0 direitos,
Lt# o momento, 'or#m, não es$lare$i o Que isto signi*i$a
Estamos autori0ados  assim 'odese 'erguntar  a a$eitar Que
aQueles em relação aos Quais temos obrigaç"es t]m a6go $omo
direitos $orres'ondentes (s obrigaç"es)[ G Que signi*i$a ter um
direito[
Eu deeria $larear de antemão Que, ao se *alar de direitos Que
os sueitos Vt]mU, entendemse os assim denominados Vdire itos
subetiosU, $omo são designados na uris'rud]n$ia alemã e
romana, 'or $ausa da ambig7idade da 'alara direitoU ,iiis( droit
et$) Que eRiste nestas l6nguas 9o alemão não a'enas *alamos de
direitos dos sueitos, mas, ' eR, do direito $iil

* iradução de Llo6sio -uedei!


ou direito 'enal, ou tamb#m, de Vdireito e ordemU/ no ingl]s *aia
se em ?? la@ U, e o dis$urso de Bnghf não # neste sentido amb6guo,
de modo Que não se eRige a6 o $om'lemento VsubetioU
Entretanto tamb#m no ingl]s os$ilam untamente outras n"ances
de signi*i$ado, assim $omo no alemão V$orretoU (Vr6$htigU ), Vde
direitoU 1-rec)tens&9, Que igualmente deemos manter distantes
Quando se Xa de direitos subetios De uma e0 'or todas dee
se eita r o eQu6o$o de Que 'or Vdireito subetiof` se entenderia
algo subetio, no sentido de seras sim a 'artirde uma
'ers'e$tia subetia G direito subetio # designado desta
maneira a'en as 'or ser o direito de algu#m, 'ortanto, de mm
sueito Isto estio # normalmente uma Questão absolutamente
obetia Se algu#m me 'rometeu algo, eu tenho obetiamente o
direito  o direito subetio  de Que ele $um'ra a 'romessa
L 'ergunta diretia desta lição # 'ortanto& o Que signi*i$a
Que s obrigaç"es morais $orres'onde m direitos morais  Isto então
a$res$enta algo de noo[ 2 o Que # este noo[ Esta Questão
tamb#m nos $ondu0ir ao $on$eito dos direitos humanos, Que # "m
$on$eito $entrai da moral 'ol6ti$a Por u60os de moral 'ol6ti$ a
$om'reendo aQueles nos Quais se de$ide sobre o serbom e ser
mau de um Estado, de maneira anlog a $omo em u60os morais
sobre indi6duos& tamb#m aQui os termos VbomU e Vmauf, ou as
$orres'ondentes 'alaras da ne$essidade 'rti$a, serão
em'regados no sentido VabsolutoU, $omo elu$idei anteriormente
Tamb#m estes u60os são de maneira anloga *undamento 'ara
emoç"es morais, ao menos 'ara o sentimento de indignação
K 'ou$o *oi a'resentada a 'ergunta de M$L$ acPie V , se não seria
mais $orreto $onstruir a moral em gera sobre o con

\$ `Can there be a ri~[ oased moral theorZ[ f 'or mim $itado, $on*o rme& \aldron (ed),
0heories of-içlusO GR*ord, ‡4?: ' ;   

P;P
$eito do direito subetio, em e0 dos $on$eitos *undamentais do
8antismo e do "tili arismo, o $on$eito das obrigaç"es e o da
utilidade $oletia Xas esta o'osição s *a0 sentido em relação ao
utilitarism o Designase mormente o utilitaris mo $omo uma moral
te*eoiogi$a i #, orientada 'ara algum *im (obetio) (do grego
telas<( e aQui agora de *ato 'odese di0er Que, em relação a isto,
ema morai baseada em direitos re'rese nta "ma $lara o'osição O
'ro'osta de rela$ionar a moral $om direitos # uma $ontra'osição
'ara o utilitarismo L $onsideração dos direitos inalieneis de
todos # um $on$eito teleol7gico Que est em o'osição ao $on$eito
da utilidade $oletia (a ser austada entre os indiv#d"os9$ L
o'osição ao 8antismo, 'or#m, não se eiden$ia imediatamente @
uma detur'a ção de Yant a'res entar sua 'osiçã o $omo a de uma
obrigação 'or obrigação, $omo o *a0 Xa$8ie 1\B\) A = *rmula
do im'eratio categ7rico de Yant mostra "e e $omo tamb#m 'ara
ele a obri gação tem um $onte^do teieold$o e este 'odese
$om'reender 'e r *eitamente $omo $onsidera$ão dos direitos dos
outros L $on trastação entre #ti$a teleol7gica e deontolgi$a, Que
se $ostuma *a0er na #ti$a anglosaRni$a, não # tão signi*i$ati a
$omo 'are$e, 'orQue toda mora tem a*inal um irredut6el
$om'onente deontolgi$o Tamb#m o utilitarismo não 'ode
dedu0ir do $itado obeti o a ser bus$ad o a $oni$ção de Que ele
de9e ser bus$ad o Eu 'enso al#m disso Que Xa$8i e se engana ao
a$reditar Que o 'rimado moral do $on$eito do direito 'oderia ser
$om'reendido de tal maneira Que, $omo $on$eito *undamental,
'udesse substituir o da obrigação (3>A) Isto não # 'oss6el 'orQue
o $on$eito de obrigação moral baseiase 'or sua e0 no de uma
determinad a sanção/ e o dis$urso sobre direitos *i$aria no ar sem 
$orrelação $om o dis$urso de obrigaç"es, assim de*inido
Formalmente somente # 'oss6el $ons  tmir o dis$urso sobre
direitos $om`base no dis$urso sobre obrigaç"es, e se, 5uanto ao
contedo( o $on$eito do direitose de  monstrasse $omo o 'rimeiro,
então, isto  $omo ainda etemos
 s 'od eria t er o sen tido d e Que a 'e rgunta sob re Qua is as
obrigaç"es Que eRistem # resolida a 'artir dos direitos e de Que r
U^ direito $orres'ondem diersa s obrigaç"es, não eRisti o a$i
uma $orrelação um'orum
Para $om'reender o Que a*ina dee ser entendido 'or direito
e, $on*orme isto, 'or direi to moral, temos Qiie  $omo 'rimeira
lare*a  nos entender a res'eito do sentido daQueles direitos
sube tios Que ainda não t]m um sentido mora ou legal, ou em
iodo $aso não 're$isam t]lo Fala se aQui de direitos es'e$iais ou
'essoais, em o'osição aos direitos gerais, dos Quais então se trata
no direito e na moral Este direito es'e$ial # $on$edido, ' eR,
atra#s de uma 'rome ssa, ou tamb#m Quando eu em'resto algo a
algu#m Estes direitos são sem're instituidos atra#s de um ato
ling76sti$o  no Qua eu, 'or eRem'lo, digo i?eu te 'rometoU, Veu te
em'restoU  e atra#s disto # simultaneamente estabele$ida uma
obrigação $orrelatia, Que agora, 'or#m, # a obrigação *a$e a uma
determinada 'essoa Por eRem'lo, se 'rometo a algu#m Que
$hegarei amanhã, então me $om'rometo em relação a esta 'essoa a
ir amanhã/ isto signi*i$a& eu ihe $on$edo o direito de $obrar de
mim o $um'riment o da 'romessa, inersame nte, Quando em'resto
algo a uma 'ess oa estabeleço 'ara ela, atra#s deste ato lin
g76sti$o a obrigação em relação a mim& deol]lo/ $on$edi me
desta maneira o direito de obter de olta o em'restado
Como a $riança a'rende aQuilo Que se Quer di0er $om a
eR'ressão Veu 'rometof 3[ L mãe tentaria eR'li$ar 'ara a $riança,
Que Quando ela (mãe) em'rega este termo, ela d  $riança a
autor i0ação de eRigir o $um'rimento da 'romessa E a $riança
'ode a'render a *a0  mesmo L mpe  *alando em linguagem
*igurada  d  $riança uma r#dea na mão, na Qual ela se amarrou&
e a $riança agora a'rende Que 'ode 'uRar a r#dea $on*orme desea,
mas Que tamb#m 'ode soltla Esta ^ltima 'ossibilidade
designamos $omo ren^n$ia ao $um'rimento da eRig]n$ia do
direi to (no ingl]s eRiste 'ara isto uma 'alara 'r'ria & to @ai9e
ones right<'
Podemos designa r isto $oiro um ioao de $on$edei  a$su
\ 2F \

mir um direito L $riança $om'reendeu o Que # um direito deste


ti'o e a $orres'ondente obrigação relatia, Quuirdo ela
$om'reendeu, $omo a mãe tem de reagir, diante do 'ro$edimento
Que ela ($ria nça) toma,  G Que agora signi*i $a este Vmuss U (Vtem
de ;)[ Cer$o em to$os 9_ medos de em'rego do leni defV ($6
segunda lição), tamb#m aQui deese 'erguntar Qual e a sanção no
sentido mais am'lo do termo Deese 'or $onseguinte 'erguntar o
Que a$onte$e se a $riança nio reage $omo ela tem de reagir LQui
não basta sim'lesmente des$reer o Que a$onte$e em'iri$amente
Pois mais a'rendemos em'iri$amente ao mesmo tem'o, Quando '
eR a'rendemos 9 ogo da 'romessa, Que # moralmente mm
des$um'rir a 'romessa Isto signi*i$a Que a'rendemos Que aQui se
reage$om a t6'i$a sanção morai Pre$isamos $ontudo 'oder di0er
?i
# mau Quebrar a 'romessaU, o Que 'ressu'"e Que $om'reendemos
o Que signi*i$a $um'rir ou Quebrar uma 'romessa, inde'endente de
isto ser mau Tamb#m numa so$iedade na Qual não houesse moral
 se 'odemos imaginar uma so$iedade deste ti'o  # 'oss6el *a0er
uso da instituição de *a0er'romessas, e da mesma *orma do
estabele$imento dos outros direitos es'e$iais e $orrelatias
obrigaç"es Se 'ortanto a mãe Quisesse eR'li$ar 'ara a $riança
a'enas a 'romessa $omo tal, ela teria Que reter 'ara si todas as
a're$iaç"es morais 9este n6el mais sim'les, a sanção a'enas
$onsiste no *ato de a regra do ogo ter sido in*ringida Portanto, se
a $riança não mantiesse a sua 'romessa, a mãe a'enas 'oderia
di0er& -é assim, então tu nem seQuer ogas este ogoU, e a ^ni$a
sanção ulterio r então seria  $omo sem'r e num ogo  Que a mãe
'or sua e0 não seguiria ogando este ogo $om a $riança
Portanto, antes de todas as a're$iaç"es morais, a $riança agora
teria a'rendido o Que signi*i$a ter direito e ter 'oder ( Vollmacht ),
natura men te sem em'regar estes termos Isto $onsiste em ela ter
$om'reendid o Que se $obrar os seus direitos, a outra 'essoa tem de
 tem deU no sentido das regras
deseeg pp zW+ ja a abeira G $u agora resulta disto 'ara
o $on$eriD de um jyret6o subetio, 'r su'osto Que 'odemos
$onsiderar os dira8os es'e$ia is $omo a *orma 'rotot6'i$a[ @ em
'oder ,Vo>hnccr me no $a so ma is si irt$es # @straido enrre
j()? $essos a*rr#s de um ato ling76sti$o& uma 'esso a o
$on$ede o [  a ri mesma ($omo no em'restar algo a algu#m) o" a
outra 'essoa ($omo numa 'romessa) E desta maneira ela sem're
$olo$a a outra 'essoa numa obrigação VrelatiaU ER'ressamos esta
obrigação relatia ao di0ermos -e" 6he *i$o deendo IstoU 1no
sentido litera, Quando algo me # em'restado), ou tamb#m
drn'6esmente& a res'eito disto tenho obrigação com ele Esta
obrigação, 'or#m, não # a'enas relatia s 'essoas, $omo Quando,
' e?$, *alamos da obrigação dos 'ais 'ara $om o sen *ilho, mas ela
tem ao mesmo lem'o a 'e$uliaridade de 'oder ser sus'ensa
,abrufhar< e ser $obrada, mas tamb#m de ser anulada 'ela 'essoa
'ara $om a Qual (e somente atra#s da Qual não haendo outras
$om'li$aç"es) ela eRiste
Dissemos anteriorme nte Que direitos deste ti'o são em si e 'or
si 'r#morais e 'r#legais Lgora 'or#m nos 'odemos es$lare$er
Que os diersos ti'os de obrigaç"es 'odem sobre'orse Se
$onsideramos moralmente mau Quebrar uma 'romessa então isto
signi*i$a Que eRiste uma obrigação moral nãorelatia, a saber& a
de $um'rir a obrigação relatia Que temos 'ara $om aQuele ao Qual
*i0emos a 'romessa Podemos analogamente di0er Que então o
direito do outro # *ortale$ido atra#s de um direito moral [ Lt# o
momento não, 'ois ainda não sabemos de modo algum o Que # um
direito moral G *ortale$imento moral do direito es'e$ial dse 'or
enQuanto somente mediante a sobre'osição da obrigação relatia
'ela obrigação moral E uma situação bem anloga Quando obriga
ç"es e direitos são *ortale$idos atra#s de uma sanção legal/ 'or
eRem'lo& o $um'rimento de um a$ordo  entendese 'or a$ordo

uma 'romessa
sanção ur6di$are$6'ro$a  'odede'or
Fala se então um sua e0 ser(Tamb#m
$ontrato a'Qiado 'ela
 se 'ode
em'regar no senado lato o termo V$ontrato $omo
tal 'ara o a$ordo G Que, ' eR, se entende intema$iona‹mnte 'elo
direi to eR'resso 'or B#acta sunt ser9anda f e Que nã o # a'oiado
'or sanç"es[) Gs n6eis moral e legal 'odem 'or sua e0 sobre'or
se um ao outro, L norma mora Va$ordos t]m Que ser $um'ridosU
(no sentido moral do termo) 'ode tomars e *undamento de uma
$orres'ondente eoraia 'enal, e o direito $ontratual 'ode,
inersamente, ser ulgado moralmente
Isto nos $ondu0 a im'ortante distinção entre direitos es'e$iais
e direitos gerais Fa0 sentido não s ali$erçar os direitos es'e$iais
atra#s de $orres'ondentes direitos gerais, morais e%ou legais, mas
tamb#m de rela$ionar com direitos 'artes de outras normas morais
e legais[ Esta am'liação não estã isenta de di*i$uldades,
$onsiderando Que $om base nos direitos es'e$iais agora $hegamos
a $onhe$er 'e$uliarida des es'e$6*i$as im'li$adas no dis$urso sobre
direitos  direitos são relatios e 'edem ser $obrados Se eu tenho
um direito moral ou legal sobre algo teria Que eRistir, assim
'are$e, uma instân$ia moral ou legal de $obrança Como esta
instân$ia deeria ser 'ensada, # muito mais *$il de ser isto no
direi to do Que na moral& ter um direito legal sobre algo 'are$e
signi*i$ar Que eRiste uma instân$ia ur6di$a unto  Qual este direito
'ode ser $obrado
Xas Que sentido tem a*ina l *alar de um direito Vsobre algoU [
9a uris'rud]n$ia *aiase aQui de um Bius in reni em o'osição ao
direi to relati$s' essoas do direito es'e$ial, desig nado $omo
Bius in #erse$O arí^W' G Que ' eR signi*i$a Que eu tenho um direito
 'ro'rie 3e,  integridade *6si$a, et$[ Pare$e $laro Que tamb#m
este direito tem Que ser relatio 'essoa a'enas de *orma elada,
mas $omo dee ser $om'reendida esta relação $om a 'essoa[
Podem os $om'reend]la em analogia direta $om a relação Que
eRiste nos direitos es'e$iais

_$ C* - LleRZ theorie 'er Gntn'rechte. BadenBaden, ' >=s/ 1 reinberg


-D"ties$ -ightS and Ciai msU, )me ric an Plui oso %hi cai 6iui neri< [  455) ' I<4
 $omo o 'ro' $e Lle Z de modo Que ter di reito a alguma V$o isa`f
signi*i$a Que o Estado est sob a $orres'ondente obrigação
rsiâ7a[ Xas tamoem não di0emo s Que, se temos este dimit o, a
ningu*rt * 'ermitido iolio[ ]este $aso o destinatrio da
eRig]n$ia in$ulada com o direito seriam todos, Bthe @orld ai
large  $omo di0 Feieberg Xas são todos ama instân$ia de
$obrança[ Desta maneira isto 'oderia s"gerir Que a relação $om as
'essoas, dada 'or "m ius aã rem , tiesse Que ser $om'reendida de
duas maneiras& $omo uma eRig]n$ia 'ara todos e $omo eRig]n$ia
ao Estado $omo seo re'resentante) Xas $omo se deeria
$om'reender este VeU[ Ll#m disso, não se $on*unde aQui ema
$om'reensão es'e$i*i$amente legal e "m a especi!icamente moral
do ius ad remi
Cont"do, $omo se deeria $om'reender um direito moral sem
uma instân$ia de $obrança[ Desta maneira 'oderseia 'ensar Que
uma $om'reensão da morai rela$ionada $om direitos a'onta 'or si
mesma 'ara uma reali0ação numa ordem ur6di$a G `todosU, aos
Quais se dirigiria a eRig]n$ia moral  $aso então se 'ossa a'oiar em
direitos não seria a'enas a $omunidade moral $omo *alei dela at#
aQui, mas eria a $omunidade enQuanto se 'ode a'elar a eia $omo a
uma instân$ia, a Qual 'ode eRe$utar udi$ia lmente o seguimento
das normas morais
K Bedau 'ara es$lare$er o Que signi*i$a *aiar de direitos
humanos, 'ro's num artigo, International Kuman -ightsU_,
$om'arar tr]s modelos de so$iedade L 'rimeira so$iedade seria
uma so$iedade na Qual de modo algum se *aiaria de direitos gerais,
mas somente de obrigaç"es, $omo no Lntigo Testamento, LQui eu
tenho Que $om'lementar Que tamb#m uma so$iedade deste, ti'o
$onhe$e a instituição da $on$essão de direitos

$ n& T -egan und D 2ande 2$er íc6 And 2+isncs Odr AJ' T'toa (+SL), 34:=, '
=:><A>aQui=j>r`7 JJ
es'e$iais/ nem seQuer # 'oss6el 'ensar uma so$ieda de humana
sem esta instituição G segundo modelo de so$iedade de Bedau 
$onhe$e direitos gerais, os Quais $ontudo são $on$edidos 'ela
ordem ur6di$a e estão in$ulados a 'e$uliaridades e 'a'#is
es'e$6*i$os das 'essoas em Questão Por *im, ao ter$eiro modelo de
so$iedade, todos os seres humanos, inde'endente de todas as
'e$uliaridades e dos 'a'#is es'e$6*i$os, teriam determinados
direitos sim'lesment e enQuanto sao seres )"manos$
2in$ulamse $om o ^ltimo 'asso de Bedau dois 'assos& a
'assagem de direitos legais 'ara direitos morais (Que tamb#m
'odem ser desiguais) e a 'assagem de direitos gerais es'e$iais 'ara
direitos uniersais Xo ter$eiro 'asso de Bedau mostrase $ontudo
uma outra di*i$uldade, al#m da anteriormente $itada, Que 'are$e
estar ligada ao dis$urso sobre direitos morais  e então sobre
direitos humanos Baseados nos direitos es'e$iais ns imos
nãoa'enas Que direitos 'odem ser $obrados, i #, Que t]m um 6ou
muitos) des6inatrio(s), mas tamb#m Que 'are$e *a0er 'arte de sua
ess]n$ia Que eles são $riados, $on$edidos G Que 'or#m então 'ode
signi*i$ar Que seres humanos ?6 t]mU determinados direitos
sim'lesme nte 'orQue são seres humanos[
2o$]s 'oderiam obetar Que tale0 não sea $orreto $ontar,
tamb#m nos direitos gerais, $om todas as $ara$ter6sti $as essen$iais
Que en$ontramos nos direitos es'e$iais Tale0 seam direm os
gerais e de modo 'arti$ular direitos morais, algo essen$ialmente
dierso e o $on$eito de direito subetio 'oli alerle Xas mesmo
Que não ti#ssemos Que es$lare$er os direitos gerais a 'artir dos
direitos es'e$ia is, Que são de $om'reensão mais *$il, 'are$e
estranha a $on$e'ção Que sim'lesmente 'oder6amos ter $ertos
direitos G Que signi*i$a ter um direito Que não *oi $on$edido[
Tamb#m aQui o dis$urso sobre direitos legais o*ere$e di*i$uldades
menores, uma e0 Que num direito legal est $laro Que algu#m tem
um direito na
medida Que este lhe *oi $on$edido, neste $aso 'ela & rdemur6di$a 
Tamb#m nesta 'ers'e$tia a unidade $on$eiraai em reação aos
direitos es'e$iais 'ode, 'or $onsegui/&e ser $om'reendida mais
*a$ilmente nos direitos legais do $ue nos $orais
Para a$entuar o *ato de Que nos direitos morais se irara
daQueles direitos Que ns VtemosU, e Que não a'eras nos são
$on$edidos 'or alguma ordem ur6di$a, a 'rimeira tradição
moderna dos direitos human os tem *alado de direhz r naturais 
Isto soa $omo se ti#ssemos nas$ido $om estes direitos e os
ti#ssemos assim $omo temos rgãos, ou $omo se $s $arreg s
semos $omo grãos de ouro em nosso $oração +m senrio
$om'reens6el 'odia ter este dis$urso, na melhor das hi'$ie ses,
numa isão teolgi$a Desta maneira di0 na de$laração da
inde'end]n$ ia norteameri$ana, Que todos os seres humaros *oram
'roidosff 'or seu $riador de V$ertos diret$$ s inalieneisU
L ra0ão de esta $on$e'ção teolgi$a 'are$er de $om'reensão
mais *$il de$orre naturalmente do *ato de Que agora &rn} b#m os
direitos Que temos V'or nature0aU ou Vde ar$emã$ jã$
$on$edidos& são $on$edidos 'or Deus Xas a*inal esia &re'reensão
# tamb#m a'enas uma a'ar]n$ia Pois &ar&o nos 66 reitos es'e$iais
Quanto nos direitos legais # essen$ial Que a instân$ia Que $on$ede
os direitos sea id]nti$a Quela ura&  Qual eles 'odem ser
$obrados Gs direitos $on$edidos 'or Deus $ontudo não 'odem ser
$obrados unto a ele Portanto, a $0n $e'ção teolgi$a dos direitos
humanos $omo instiraidos por Deus soment e 'ode ter o sentido de
Que Deus estabele$eu a ordem moral $omo um todo, i #, a
humanidade $omo urra $omunidade moral, $uos membros
'odem$obrarse murui mente estes direitos& ele teria $riado todo
o sistema i&s dire&&&s e das obrigaçGes re$6'ro$as 9o entanto, os
direito s então s} mente teriam o seu sentido es'e$6*i$o en5uanto
cir> ++]s nr, pe dida em Que os membros da $omunidade se re$&
nhe$erem
mutuamente  Disso, no entanto, não de$orre Que teremos Que di0er
Que os direitos são re$i'ro$am ente $$n$ rd idos 'or estes membros
da $omunidade morai Que se re$onhe$em um ao outro, e Que Deus
somente # 'ensado $omo aQuele Que 'er sua e0 *undou esta
$omunidade  e 'or $onseg!te a mor[
+rna met*ora enganadora 'are$ida $om a dos direitos morais
$omo direitos naturais # o dis$urso 8antiano de um lor absolutoU
de todas as 'essoas, re$entemente assumido 'or . 2Iastos ?
2Iastos não *undamenta esta $on$e'ção do alor absoluto de
todos os seres human os/ 'ensa $ontu do Que ela est na base de
nossa $ons$i]n$ia de direitos humanos inalieneis`9esta medida
ele ainda ai mais longe do Que Yant 'orQue 'ara Yani a
$on$e'ção do ser humano $omo *im em si *iindase na ra0ão& 'or
isso ela não est *$ant$ na base dos direitos e das obri gaç"es
morais do Que se ea se identi*i$asse $om a $ons$i]n$ia de Que
estes (direitos e obrigaç"es morais) eRistem, ou sea se
identi*i$a sse $om a moral do res'eito uniersal
9ão # 'or#m então mais ra0oel e mais $iaro renun$iar se
$om'letamente a *alar, de modo obs$uro, em alores absolutos[
Em 2Iastos *i$a 'arti$ularmme $laro Que o ^ni$o sentido da
introdução de alores absolutos $onsiste em a'oiar os direitos
humanos, i #, a moral do res'eito uniersal Xas não 'erdemos
nada se sim'lesmente abandonam os a $rença no alor absoluto G
sentido substan$ial desta $rença 'ermane$e o mesmo, a saber, Que
re$onhe$emos todos os seres humanos $omo 'ortadores de
direitos E agora 'odemos di0er mais $laramente o Que w *oi
sugerido na inter'retação da $on$e'ção teolgi$a& Que, na medida
em Que nos $olo$amos sob a moral do res'eito uniersal somos
ns mesmos Que $on$edemos a todos os seres humanos os direitos
Que dela resu+am Portanto,

? V1usti$e an d *$QualitZ ` im'resso em \aldro n (ed), fh eor ie s of -ig ht s( ?3>5


tamb#m os direitos moris s;o direitos $on$edidos L instân$ia Que
os $on$ede #  *aiando 8antianamente  a 'r'ria legislação moral,
$u somos n$s mesmos na medida Que nos $olo$aV mos s$b esia
legisiação Deido  sua i&b6g^idade, # meihor eitar o dis$urso
s$bre lire& tos naturais& o sea sentido 'ositio $onsiste
sim'lesmente m *ato de aQui se trat ar de dire itos  se a*ina l os
re$onhe$ermos  Que alem diante de toda legisl ação ur6di$a
'ositia
ERiste natural mente a‹go Que se 'erde nesta $on$e'ção, e eu
sem're de noo *aço a eR'eri]n$ia Que is‹o # lamentado 'or
muitos& Que a moral 'erde a base Que 'are$ia 6er enQuanto se rinha
a $oni$ção de Que e6a *oi institu6da 'or Deus, 'ela nature0a ou
'ela ra0ão Xas um $a6 a'oio # naturalmente *i$t6$io Xesmo Que
ele eRistis se, teria $ontudo somente este sentido& se eu me sinto
obrigado em relação  nature0a ou  ra0ão, então tenho Que`ser
morai Xas at# Que 'omo deer6amos ter um motio 'ara nos
re$onhe$ermos $omo ligados, anees  nature0a ou  ra0ão ou a
QualQuer oinra $oisa do Que  moral[ Somente a $on$e'ção
religiosa teria um sentido 'ositio Xas ela 'ressu'"e uma
motiação , em ^8ima anlise in*antil, 'ara a Qual # normatia uma
insrân$ia ordenada absolutamente ;
Com isto ter6amos então assegurado em relação  unidade do
$on$eito de direito& # amb6guo di0erse Que todos os seres
humanos V mU os direitos morais Tamb#m os direitos morais
são dire& ,s $on$edidos, $on$edidos 'ela 'r'ria moral (ou, uma
e0 Que tamb#m isto # amb6guo, são $on$edidos 'or ns,

; 9o Chi le, ' eR Quando se 'ro $ura argumentar dest a maneira, obetas e& Xas a Que
'od emos então a'elar , 'a ra Q ue n ão s e r e'ii a o a$ onte$ ido[U Xas Kitier  S talin e Pi no$he t e
seus $arras$os deiRaramse im'ressionar tão 'ou$o 'or estas instân$ias de a'elaçã o Quanto
'ela 'r'r ia mora i/ e a ^_, i$a manei ra 'ela Qua l # ' oss 6e l eita r Q ue os $ rim es sem'r e de
noo se su$edam * $onseguir Que o maior n^mero 'oss6el de seres humanos a$redite nos
direitas h/ manos ou se $om'reenda moralmente ( ei' tamb#m P Sieghartm 0he Lci@ful
-\ g + ++s of%ankind' GR*ord I4S; ' ?A)
na medida em Que nos $om'reendemos moralmente) De maneira
mais 're$isa ter6amos Que di0er agora& se a*inal eRistem direi is

morais, então eles são dados desta maneira Xas eles eRistem[
L'enas de'ois Que se de$idiu de Que de'ende a eRist]n$ia
desses direitos, teremos um $rit#rio de ulgamento 'ara 'oder_ mos
es$lare$er& primeiro, se eles a*ina l eRistem e, segundo, Quais os
direitos deste ti'o Que deem ser re$onhe$idos Se, 'ois, os direitos
da moral são $on$edidos  $aso a*inal eRistam , então esta
'ergunta somente 'ode ser res'ondida a 'artir da6 donde deem ser
res'ondidas todas as 'esuntas morais, $omo imos na Sltima
lição& $omo Queremos, a 'artir de um 'onto de ista im'ar$ial, Que
todos se $om'ortem[ G conceito de direito subetio e suas
im'li$aç"es $onstituem sem d^ida uma segunda $ondição
restri*igidora Estes dois 'ontos de orientação não são $ontudo
$om'letamente inde'endentes um do outro 2imos antes Que
'oderia tra0er di*i$uldades a'li$ar ao elemento moral o $on$eito de

direitos subetios,
es'e$iais e legaisassim $omo o obtiemos
Xostrouse $omQue
entrementes basetamb#m
nos direitos
direitos
morais são $on$edidos Contudo ainda *i$a em aberto se e até Que
'onto eles 'odem ser $obrados LQui se 'oderia 'ensar Que o
$on$eito de direito subetio teria Que ser modi*i$ado um 'ou$o no
dom6nio moral& Que não 'oderemos manter no elemento moral to
dos os as'e$tos Que en$ontramos nos direitos es'e$iais e legais
Isto Quer di0er Que agora 'odemos deiRar em aberto se ternos Que
distinguir entre um $on$eito mais *ra$o dos direitos subetios e
outro mais *orte, e se no dom6nio moral somente ale o mais *ra$o
Este # o lugar onde a Questão $on$eituai se diide $om o $rit#rio
moral de ulgamento& Pois # a 'artir do $rit#rio de ulgamento Que
se dee de$idir se o dis$urso sobre direitos morais a*inal 'ode ser
deseado a 'artir de um 'onto de ista im'ar$ial $omo tamb#m se a
'artir deste 'onto de ista # deseel Que $om'reendamos os
direitos morais tamb#m $omo direitos no sentido *orte
Diante das $onsideraç"es $on$eituais ini$iais e inseguras
temos agora "m itinerrio $laro L 'rimeira Questão # se a*inal
eRistem direitos morais E 'ara isto basta $om'reender o dis$urso
numsent6do *ra$o Como *ra$o agora 'odemos designar aQuele
$on$eito de um direito subetio "niversal, segundo o Qual este não
'ode ser $obrado G Que d sentido *alar em direitos na moral, ao
menos neste sentido *ra$o[ Eu tenho, ' e?$, o direito de não ser
lesado, e este ius in rem signi*i$a Que todo s os outros são
obrigados a não me lesar Wuando aQui *alam os em direito , o Que
se di0 mais do Que, Que todos t]m a $orres 'ondente obrigação[
Primeiro, Que agora $ada "m não a'enas tem a obrigação dese
$om'ortar de tal e tal maneira diante de mim, mas Que re$onhe$e
$omo base desta obrigação o direito relatio Que eu tenho em
relação a ele (bem $omo em relação a todos os outros) Por isso
tamb#m 'odemos di0er Que ele de9e 'ro$eder de tal maneira em
relação a mim 9ão 'osso, em erdade, $obrar o meu direito, mas

'osso eRigilo $omo algo Que me $om'ete e Que não de'ende da


benevolência dos outros LQui tamb#m # a'li$el a met*ora da
r#dea Se re$onhe$emos o outro $omo sueito de direitos, então o
'ensamos $omo tendo em suas mãos inde*inidamente muitas
r#deas inis6eis, nas Quais estamos amarrados enQuanto membros
da $omunidade moral e das Quais, no $aso, ele nos 'ode lembrar
Isto tale0 não sea muito, mas # alguma $oisa G ou6ro agora
# isto $omo sueito de direitos e não a'enas $omo mero obeto de
nossas obrig aç"es/ $om'reendemos nossa obrigação $omo um
re*leRo do seu dire ito E se agora nos 'erg untamos se este
*ortale$imento da morai # eseel a 'artir da 'ers'e$tia
im'ar$ial dos a*etados, então a res'osta somente 'oder ser
*ormulada 'ositiamente, e 'or isso estes direitos (assim 'odese
$on$luir ra'idamente 'ara a eRist]n$ia) e4lsían( e eu, 'ortan to,

tinha ra0ão$ategri$o
im'eratio 'ara assim $om'reender
9o entanto de antemão
geralmente tamb#m sea a$entua
morai do
mais aQuilo Que de *ato estaa  $ontido no im'eratio $ategri$o&
Que de agora em diante tudo ser ulga
do a 'artir da 'ers'e$tia daQueles Que t]m os direitos 9ão
obstante o $on$eito do direito este+a baseado no da obrigação,
a$onte$e "e, Quanto ao $onte^do, as obrigaç"es resultam dos
interesses e das ne$essidades e dos direPos Que deias emanam4 os
direitos resultan das ne$essi dades , se istc 'are$er $omo deseel
n"m ulgamento imparcial$
Gbseremos agora ainda Que, se olharmos a obrigação a
partir da 'ers'e$tia dos Que 'ara ela estão legitimados , obligados
ou dos usti* i$ados "erechgteiiL o$orre uma relação re$6'ro $a
inersa entre um e todos A"ele Que # obrigado, é obrigado em
relação a todos LQuele Que tem legitimação tem seus direitos
*a$e a todos, isto 'ode 'are$er ini$ialmente se$undrio, uma e0
Que os direitos e as obrigaç"es 'are$em eRistir nos em !imção dos
outros Isto po rém não est $erto, 'orQue, p$$ e?$, $rianças
'eQuenas somente t]m direitos e não t]m obrigaç"es L
re$i'ro$idade somente eRiste no n^$leo da $omunidade morai/ na

'eri*eria somente h direitos, e em nenhum lugar a'enas


obrigaç"es
Lgora, 'or#m, $heg amos ao 'onto em Que 'odem os dar o
'asso de$isio em relação ã Questão, se direitos morais *ortes
tamb#m são, 'rimei ro, 'enseis e, segundo, dese eis L *ra
Que0a 'e$uliar do $on$eito de direito moral, $omo o a'resentei
antes, $onsiste nisto& aQuele Que tem o direito, de *ato 'ode eRigi
lo, mas não dis'"e de nenhum instrumento 'ara dar *orça a esta
eRig]n$ia al#m do a'eio  ordem moral Ls r#deas são $onstitu6das
de um material muito et#reo, enQuanto Que nos direitos es'e$iais
'odese ao menos dar *orça a sua eRig]n$ia, $onsiderando Que de
outra *orma se Quebraria o ogo, e nos direitos legais a sanção  #
de si '^bli$a G *ato da eRig]n$ia da obserân$ia dos direitos
morais eRistir 'ara todos en*raQue$e ainda mais estes mesmos

direitos na 'ers'e$tia
'ode di0er daQeleseQue
'ara si mesmo& eu os
não 'ossui, 'orQuanto
o 'reudi$ar, $adaoutro
algum Qual o
'reudi$ar Lt# o momento não eRiste uma instân$ia Que
'roiden$ie 'ara Que to
dos $um'r am suas obriga ç"es e unto  Qual eu 'ossa $obrar os
meus direitos

Podese agora di0er& a 'artir do meu direit o, ' eR,  inte


gridade *6si$a (ou $or'oral), resulta, al#m da eRig]n$ia "e eu
tenho em rel ação a todos indi9idualmente , uma eRig]n$ ia 'ara
todos comunitariamente , a saber, de me proteger e $onuntame nte
$riar uma instân$ ia onde eu 'ossa$obrar me" direito e onde este
re$ebe a sua *orça Kaeria 'ortanto ema obrigação moral 'ara a
$riação de uma instân$ia legal $omo re'resentação unitria de
todos e isto signi*i$a& resultaria (a ser de*inido a 'artir da6 em suas
tare*as) uma eRig]n$ia moral 'ara a $riação de um Estado G
direito morai 'ode, 'ortanto , ser per!eitamente $om'reendido no
sentido !orte, mas somente de tal maneira, Que da6 resulte uma
obrigação moral $oletia, uma $orres'ondente instân$ia ur6di$a a
ser institu$ional i0ada Pre$isamos 'or $onseguinte nos 'erguntar
mais, se este re*orço legal do direito moral # deseela 'artir da
'ers'e$tia im'ar$ial de $ada "m$ LQuele Que Quer ter um direito a
c, não a'enas Quer Que outros seam indiidualmente obrigados a
não dis'utlo $om ele, mas Quer Que os outros tamb#m seam $o
letiamente obrigados a 'roteger o seu direito/ 'ois um direito não
'rotegido ale 'ou$o Segue, 'ortanto, Que de *ato tamb#m eRiste
nesta ordem moral o direito rnorai *orte , Que im'li $a em um
$orres'onde nte direito legal
Esta usti*i$ação moral do Estado distinguese daQuela
usti*i$ação habitual do Estado a 'artir do interesse ego6sta de $ada
"m$ 9este 'rimeiro n6el, 'or#m, as duas maneiras de usti*i$ação
dirigemse, Quanto ao $onte^do 'ara a mesma direção 'orQue em
todos Que 'or motios $ontratuaiistas se unem num Estado
'odemos 'ressu'or Que t]m estes interesses G Estado, assim $omo
ele resultou neste 'rimeiro n6el no Qual 'rimeiro eu a'enas
$onsiderei a 'roteção dos assim denominados direitos de de*esa, #
in$lusie id]nti$o Quele da *undamentação liberal$ontratualista
do Estado Tamb#m em

P
!o$8e a 'roteção dos direitos de de*esa  tamb#m istos 'or ele
$omo direitos morais  e a introdução de um $orres'ondente direito
'enal, *orne$em a *undamentação do Estado 9o entanto, eremos
em seguida Que $omo a moral do res'eito se distingue do
$ontratualismo, separarseão logo os $aminhos da !"ndamentação
do Estado, con!orme resultam, res'e$tiamente, da 'ers'e$tia
moral o" da 'ers'e$tia $ontratualista
+m 'oeto no Qual ã se distingue aQui o $on$eito moral do
contrat"alista é$"e o contrat"alista 're$isa deslo$ar $om'le
tamente o direito 'ara a relação do detentor do direito $om o
Estado, $omo o imos antes em Ale?, enQuanto Que a *unda
mentação moral 're$isa 'reer uma du'la irradiação dos direitos&
'rimeiro o direito eRiste em relação a todos os outros indi6duos, e
s se$undariamente, na medida Que estes indi6duos não $um'rem
suas obrigaç"es, 'ortanto subsidiariame nte, o direito eRiste *a$e ao
Estado 9o Que segue ainda serão retomadas diersas e0es estas
duas relaç"es, das Quais a segunda s surge Quando desa'are$e a
'rimeira, 'ortanto subsidiariamente Se eu *aio de uma Vdu'la
irradiaçãoU, isto sim'l esmente tem o sentido de Que o direi to
relatio eRiste 'rimeiro em relação a todos, indiidualmente, e em
segundo lugar, subsidiariamente , em relação ao $oletio L'enas
neste segundo n6el o direito 'ode ser $obrado, mas isto tamb#m #
su*i$iente Como mostrou Kenr Shue  a Quem deo a re*er]n$ia a
estes dois n6eis de obrigaç"es, Que sem're $orres'ondem a um
direito  *i$a mal 'ara um Estado Quando o 'rimeiro n6el est
muito $orro6do/ na medida Que isto *or o $aso, o Estado ter Que
tomarse um Estado 'oli$ ia 5 Shue tamb#m mostrou al#m disso
Que ainda eRiste um ter$eiro n6el de obrigaç"es Que resultam de
um e mesmo direito, a saber, a obrigação de audar Queles Que,
não obstante a 'roteção, lhes a$onte$e o

5, K Sh ue as ic -ig fns ' Prin$e'ton i2rc ' 5=


mal 1p$ _s, ' s9$ Esta obrig ação, a "al, urna e0 "e a tare*a #
grande demais 'ara os indiiduos, dee ig"almer$e ser em
preendida 'rimeiro $omo uma obrigação do $oletio, do Estado,
'are$e ig"almente 'assar no teste mora da dese+abilidade, a 'artir
de "m a 'ers'e$tia im'ar$ial/ 'or conseg"inte, tamb#m neste
sentido o direito moral tem Que ser 'ensado $omo J*oita6e$ido
A"i, 'or#m,  nos encontramos no lugar onde se eRigemais do
Estado do Que o$orre na$tradição liberal
Es$lareçamos ainda ema outra $uriosida de da teoria liberal
dos direitos )"manos Que não resulta do 'rin$6'io contrat"al ista$
Gs direitos )"manos são $om'reendidos nesta tradição
'rimeiramente $omo direitos de de*esa *a$e s interenç"es do
Estado, e s com muita hesitação são tamb#m $om'reendidos
$omo direitos uniersais  'roteção Isto somente 'ode ser
$om'reendido a 'artir da histria 'r#reom $cion'ria do
aparecimento dos direi tos huma nos yCana agna, et$), onde
*i$aram abertos os !ins do 'r'rio Estado 9o entanto, 'or mais
de$isia e im'ortante Que sea aQuela 'roteção dos direitos
humanos, re*erida eR$lusiam ente s iolaç"es do 'r'rio Estado,
a $omeçar $om o direito de não ser arbitrariamente 'reso e o
direito a "m 'ro$esso honesto idue #rocess<( esta restrição
$ontudo então não tem mais sentido, se o Estado uma e0 #
$om'reendido $omo uma organi0ação dos 'r'rios $idadãos, Que
o *undam 'ara guarne$erem re$i'ro$a mente os seus direitosf

> A histria prérevol"cion'ria dos direitos )"manos na +"rispr"dência alemã esclarece de


Que maneira esta se 'rende $om 'arti$u lar obsessão a eZ#a concepção unilateral, a Qual
'r o'r iar nT 0e a !oi en$idanoliberalismo,$omo }$ ia
a're sen taçã o de LieR 2ssencialme nte mais 'onde rad a ou rra is oscilante * ne3ta
'er s'e $ti a a $ on$ e'$ ã& +c ae !ende$ em se" liro introdu&^ri$ B&$c f s of%ankind 1?!ord$
3ƒ`; $ /$ Sieghart , o eR'ert ingl ]s para . irei to l"mano internacional e a"tor de $al
La@ of Uum an -ig hts( GR*ord 34:<
Wue LleRZ s# m muita di*i$uldade re$onhe$e tamb#m estes
Vdireitos  er$ z$iaU, Que serem 'ara a 'roteção do $idad ão em
*a$e dos outros $idadãos :, tem $ertamente ainda uma outra ra0ã$,
Que o Estado dee ter o menor $usto 'oss6e! Xas, uridi$amente
$om'reendido, o interesse mim VEstado m6nimoU a'enas $onsiste,
incl"sive na tradição liberal, no *ato Jde o Estado serir
e?cl"sivamente aos interesses 1compreendidos entretanto nem
sentido 'uramente negatio) de seus $idadãos Xas, $omo ã o
disse com eR'ressão 5)"e 1Us9, # 'or si uma *i$ção a id#ia de Que
eRistem direitos aos Quais o Estado sim'lesmente s 'ode atender
in$luindo a6,  'ara si,todas as interenç"es Xesmo se os
direitos s se restringiss em Queles direitos $ontra as interenç"es
do Estado, este mesmo Estado, atra#s da organi0ação de
instan$ias $orres'ondent es, et$, teria "e fazer aigo 'ela 'roteção
dos $idad ãos/ teria Que assumir alguma $oisa 2isto a 'artir de
ema *undamentação moral do Estado, da 'roteção dos direitos dos
$idadãos, 'are$e eidente Que, 'or ra0"es de direitos humanos, o
Estado sea obrigad o a instituir uma urisdi ção 'enal +ma e0
$on$edido isto, não se 'ode $ontudo er $omo, na base do
re$onhe$imento dos mesmos direitos, o Estado não seria al#m
disso obrigado, noamente de maneira subsidiria, a audar
'ositiamente aQueles Que ele não 'de 'roteger E 're$iso
obserar Que at# o momento ainda sem're e eR$lusiamente se
trata da garantia da integridade *6si$a, $onQuanto esta tenha sido
*erida 'or indi6duos, dos Quais o Estado não 'de 'roteger seus
$idadãos
Eiden$iase entretanto logo um outro 'asso, $orretamente
'ro'osto 'or Shue (;>)& o Estado tamb#m # obrigado a audar a
seus $idadãos em relação  sua integridade *6si$a, Quando estes
não *orem iolados 'or outros $idadãos, mas atingidos, ', eR, 'or
$atstro*es da nature0a Este $ertamente # o 'rimeiro 'asso Que
eRtra'ola $laramente da tradição iiberal dos direi

: C!$ 'ar gr a*o sob re -direitos de 'roteção_f, ' ?3 Gs


tos humanos Ele $ontudo se d $omo ne$essrio a 'artir da
'ers'e$tia moral, a 'artir da 'ers'e$tia im'ar$ial da desea
b7idade de QualQuer um L 'ers'e$tia moral 'ois, não 'ode ser
$om'reendida $omo se *osse 'oss6 el $ondu0ir os interesses dos
nãoa!etados e dos a*etados a urna harmon6a, a um $om'romisso 
isto seria um 'oeto de ista conirar"alista mas tamb#m o não
atingido ulga, na medida Que ele assum e o 'oeto de ista mora,
"e # 're$iso audar aQuele "e # atingido 'ela m sorte
Isto agora 'are$e tão eidente Que # 're$iso perg"ntarse
inersamente 'or Que isto não *oi isto na tradição liberai$ 
motio não 'ode ir6ais estar r6a $om'reensão do direito, mas
a'enas na moral Que est na siia base Este $aso, pois, distin g"e
se do anterior somente atra# s disto& no $aso anterior os a*etados
*oram lesados 'or outros, enQuanto Que no atuai são a'enas
ne$essitados  Gs dois $asos distinguemse, 'ortanto, a'enas atra#s
daQuilo Que deu origem  ne$essidade de auda Até Que 'onto

dee tal[
$omo direito
"m +ma e0base
Que arse
todosem restabele$imento
os direitos e não
Que temos *a$e ao naEstado
auda
$ustam alguma $oisa e são 'or $onseguinte direitos e*i$a0es, não
haendo neste sentido direitos 'uramente VnegatiosU, a 'retensa
distinção entre direitos negatios e 'ositios *a$e ao Estado a'onta
'ara uma $orres'ondente distinção dos direitos morais no sentido
*ra$o, ! é, em relação aos indi6duos/ e isto Quer di0er, a'onta 'ara
a distinção de obrigaç"es negatias e 'ositias de indi6duos Esta
distinção de *ato eRiste na 'ers'e$tia dos indi6duos Que t]m
obrigaç"es, sim'lesmen te 'orQue 'osso $um'rir minhas obrigaç"es
negatias 'ara $om todos, enQuanto Que as 'ositias a'enas 'osso
$um'rir $om relação a alguns 'ou$os Contudo  imos
anteriormente Que Quest"es morais, desde Que istas $omo
Quest"es de direitos, 're$isam ser de$ididas a 'artir da 'ers'e$ti a
dos a*etados, e na 'ers'e$tia dos a*etados não eRiste uma

distinção tão essen$ial, no sentido de indi$ar se sua integridade


*6si$a *oi iolada 'or outros seres humanos ou 'or
outras $ir$unstân$ ias/ 'or isso # 're$iso di0er& todos os outros t]m
a obr igação de se "nir e remediar o Estado, ou de rede!inir
moralmente o Estado eRistente
/odemos es$lare$er melhor a sit"ação no $aso das crianças,
Que de antemão são necessitadas  e de ini$io incl"sive
absolutam ente ne$essitadas Todos ns, tamb#m os representantes
do tack of moral sense( começamos $oroo $rianças fma criança
a$aso não tem direito a a'oio& 'roteção, sustento, um ambiente
adeQuado, no "al 'ossa $res$er e 'ros'erar, et$%[ Des$onsiderase
$om tanta *a$ilidade este *ato tão eidente, a'enas 'orQue
normalmente são os 'ais "e assumem esta obrigação 'ositia
Xas a$aso não somos da o'inião Que, se os 'a6s não conseg"em
$um'rir s"a obrigação, n7s o"trosj 'or $onseguinte a so$iedade 
o Estado temos a obrigação de tomar deles as $rianças e assumilas
e da mes ma !orma responsabiliarse s"bsidiariamente por elas,
"ando as crianças não têm 'ais[ L alternatia # desam'aro e
morte Tamb#m aQui o 2stado s7 precisa entrar s"bsidiariamente$
as isto nat"ralmente não signi*i$a Que o direito *a$e  so$iedade
a'enas eRista 'roisoriamente& ele eRiste sem're e $onsiste
eRatamente no *ato de a $riança ter de ser audada
subsidiariamente 'ela so$iedade, o Que ale da mesma *orma 'ara
todos os outros gr"pos de 'essoas ne$essitadas de auda
9a 'ers'e$tia de uma $riança 'eQuena o direito 'rimrio # o
direito V'ositioU e o *ato de Que além disso ela 're$isa ser
'rotegida $ontra iolaç"es est in$lu6do no direito 'ositio Xas
não 're$is amos então di0er Que, numa 'ers'e $tia do direi to, os
direitos positivos são mesmo os prim'rios, e "e eles somente não
se a'li$am em todas as situaç"es onde a 'essoa 'ode audarse a si
mesma[ Es'eramos de $ada "m Que 'ossa audar a si mesmo, Que
de *ato o *aça E a maioria tamb#m o Quer 9isto est o
*undamento 'ara o 'rimado das obrigaçGes negatias
9ormalmente $ada Qual Quer audar a si mesmo e incl"sive,
"ando est' necessitado de a+"da, "er a+"darse a si mesmo o
"anto pode$ /or isso a a+"da, "ando necess'ria$
tem Que ser, em orimeira linha, no sentido de 'ro'i$iar a au6o
auda Isso resu a da ne$essida de de autonomia e da obrigação da6
resultante de re$onhe$er a autonomia (Toda auda em demas6a , ou
mesmo a auda Que não # demasiada,  # in$moda 'ara uma
$riança de um ano de idade/ e Quase todo idoso, doente oti
de*i$iente sente a auda $omo humilhante e Quer *a0er ele mesmo
tildo Que 'ode, 'assando muitas e0es os limites do 'oss6el
ERatamente 'or isso, toda auda # algo Que somente 're$isa ser
dado subsidiariamente, e nisto est a distinção 'ara as obrigaç"es
negatias Isto $ontudo não signi!ica Que a obrigação s alha
eR$e'$ional mente/ a'enas sua 'er$e'ção ale e?cepcionalmente$
G *ato desta auda a'enas ser eo$ada subsidiariam ente, $omo
agora *i$ou $laro, iem um du'lo sentido& 'rimeiro, slo a'enas
ne$essitados de auda aQueles Que não 'odem audarse a si
'r'rios (aQu6 in$lusie 'oderia ser omitida a 'alara V'odemU,
'orQue a totalidade daQueles Que 'odem se audar e $ontudo não o
*a0em # um n^mero insigni*i$ante/ este # um 'roblema eRagerado
a 'artir do lado $onserador/ segundo, onde se trata de indiiduos
Que ne$essitam de auda e nao são re*eridos gru'os inteiros, a
obrigação # 'rimeiram ente dos *amiliare s  o $aso mais $laro # a
obrigação dos 'ais , e somente onde esta obrigação *alha mão s
em $asos 'arti$ulares, mas no $aso tamb#m em reiação a todas as
$aie ``rias, $omo em nosso tem'o em relação aos idosos) ela 'assa
'ara a $omunidade, o Estado,
E uma 'arti$ularidade da moral moderna Que 'rimeiro te
nhamos Que es$lare $er aQuel as relaç"es Que em so$iedade s 'r#
modemas geralmente 'are$iam eidentes 4 L6 elas resultam $om
toda naturalidade da a'li$ação do 'rin$6'io 8antiano do u60o
Como então não *oram istas 'or Yant[ Como nos

4 C* Shue =:

P P
8antianos e em grande 'arte em todos os moralistas modernos, o
direito *undamenta  auda tinha uma eRist]n$ia tão marginal, Que
a obrigação de audar era ista $omo Vsu'rarogat riaU
(su#eremgatorisch< (isto Quer di0er, entr e outras $oisas, Que não
eRistia 'retensão de direito) e somente eRistiria Quando não
$ustasse nenhum es*orço es'e$ial Deemos res'onden 'erQu# não
era isto o re$urso ao Estado[ Xas tamb#m na moral burguesa
o$orre o rec"rso ao Estado, cont"do $om orientação e?cl"siva$nas
obrigaç%es negativas$ PorQu][ Tale0 se 'ossa di0er aQui Que a
e$onomia $a'itali sta, baseada no mer$ado, s"gere 'artir da *i$ção 
normati a 'ara a ideologia do $a'italismo  Que a so$iedade a'enas
se $onsti tui de homens adulto s e a'tos 'ara o trabalho, os "ais
normalmente 'odem 'roiden$iar 'or si mesmos, *i$ando a
ne$essidade de auda $omo "m *enmeno marginal Estando
algu#m sem re$urso, seria normalmente ele mesmo o $ul'ado
(desta situação) Desta maneira Yant 'de $hegar a uma morai Que,
Quanto ao $onte^do, não se distingue do contrat"alismo$ G

contrat"al
$ontudo moralmesmo
umaismo, abstraindo
dos *ortes de sem
Gs Que são s" as la$unas
re$urso *ormais,
$aem 'elas #
malhas da rede do $ontratual ismo/ e se os *ones $hegam a a$ertar
um regulamento $om os *ra$os, $omo se ee resul tasse de um
$ontrato, tomando 'or#m o resultado $omo moral $om direitos
iguais, então estes direitos, Quanto ao $onte^do, resultam mais ou
menos $omo eles a'are$em na moral 8antiana` A

3A L 'ergu nta sobre se temos obrig aç"es morais em relação aos anima is # muitas e0es
tamb#m dis$ut ida de maneir a a 'erguntar se animais tamb#m t]m direitos Lntigam ente eu
'ensaa Que isto seria uma am'liaç ão do $on$eit o de direi to Que não tem sen tid o, 'orQue #
essen$ial 'ara o dis$urso sobre direitos, Que estes 'ossam ser
$obrados G elemento ético dos animais 'are$ia $om isto carregarse $om o *ardo de uma
argu men taçã o Que 'are $ia desnecess'ri a, 'or Que a'a ren tem ent e a #ti $a dos ani mai s
'ode ria ser ela bor ada da mes ma *or ma eR$ lus ia men te $om o $on $ei to de obr iga ção , e
$om $erte0a est $orreto, Que nem a todas as obrigaç"es $orres'ondem direitos De outro
lado, tem 'er *ei tame nte sen tido !alar tamb#m de direitos de $rianças, direitos Que não
'ode m s er $obr ados 'or elas mes mas / e a literat"ra mui
9o interior da dis$ussão +"r#dicoconstit"cional sobre direitos
humanos ou *undamentais o $on$eito de liberdade eRer$e

tradicionalmente o 'a'el !"ndamental$ L ideologia UQue estaa


a#r's[5isto em Que o ser )"mano na -condição nat"ral 0
 sem E stado  seria em 'rin$6'io lire/ $om a !"ndação de um
Estado ele l)e de" 'arte de sua liberdade/ a tare*a do Estado
leg6timo $onsi ste em assegurar reciprocamente a liberdade dos
indi6duos, con"anto Queela não pre+"di"e a liberdade dos
outros Se o Estado, no desem'enho desta tare*a, limita a liberdade
de indi6 duos, entã o nisto ele est' in$ulado Quelas liberdades
dos outros, as Quais são estabele$idas 'elos direitos !"ndamentais$
Lt# Ale? es$ree& VDireitos !"ndamentais deem garantir a
liberdadeU (=AA), e 'or isso -o argumento 'rin$i'al 'ara direitos
so$iais !iindamentais& in$lusie teria Que ser -"m arg"mento de
liberdadeU (?;:) L orientação unilateral a 'artir da liberdade ]
$ontudo *alsa at# 'ara a tradição , liberal 'orQue sobretudo o
direito  ida e  integridade *6si$a não # um direito de liberdade&$
Além disso, a id#ia de uma $ondição natu ral é, isto do 'onto de
ista moral "m mito

tipi as e0es *a0 re*er]n $ia  $ir$ uns tân$ ia de Que o dis $urs o sob re dir eito s não
're ssu '"e Que os dir eit os de um indiv#d"o tenham Que ser $obreis 'or ele mesmo 1c!$,
' e?emplo$ KD Li8en V -igl us , Uuma n and Tüie n9is * Xonist 345: ' ;A=s aQui '
;A:) DeiRei, 'ois, aberto, na nona lição, se temos Que incl"ir os animais na moral Xas
uma e0 $on$ed ido isto , ent ão é !'c il de er Que, em relação a ani mais, dão se
'ro ble mas an logo s aos des eno lid os no teR to desta lição  G su eit o prim'rio da
res'onsabilidade 'ara Que animais não seam maltratados tem Que ser a so$iedade/
tamb #m os ani mai s, uma e0 $on $edi da a obr iga ção em relação a eles t/m Que ter
direitos Que 'ossam ser $obrados E o Estado Que teria Que 'roibir eR'eri]n$ias e maus
tratos dos animais Por outro lado di*i$ilmente se Querer re$onhe$er obrigaç"es 'ara a
'ro teç ão de ani mai s, $on tra dan os Que não se am motivados 'or ser es huma nos  9is to
'ar e$e mostrarse noamente a in$erte0a, na Qual nos en$ontramos em relação a toda a
'ro ble mt i$a da #ti $a dos anim ais  Se ` eRis tem obrigaç%es morais 'ara $om os animais,
entã o estas 'are$ em restringirse s obr iga ç"e s`n egat ia s e a um dire ito de au da
som ent e a6 onde est as obrig aç" es% negatias tierem sido in*ri ngidas

11  C* Shue 3:= nota 3?)

3: ;
ruim, 'orQue eie 'arte eR$lusiamente l  s adultos Que t]m
$ondiç"es de 'roiden$ iar 'or si mesmos 9enhum Indi6duo
amais teria 'odido sobreier se não tiesse nas$ido no interior de
uma $omunidade Pre$isamos $ontudo re$onhe$ er naturalmente a
liberdade e a autonomia do indi6duo $omo um bem $entral e 'or
isso a ne$essidade de ser 'roteg ido em sua liberda de $omo "ra
direito moral $entrai, Xas *undamental 'ara a perg"nta 'elos
direitos Que a gente tem somente 'ode ser o $on$eito da
ne$essidade (ou do interesse) 3V G lugar da liberdade *i$aria no ar
se ela eão *osse uma das ne$essidades *undamenta is do indi6duo a
ser re$onhe$ida moralmente , da mesma *orma $omo a ne$essidade
da integridade *6si$a, mas tamb#m, ' e?$$ $omo a ne$essidadede
$uidado e de 'roid]n$ias em $aso de ne$essidade de auda, e de
& edu$ação na *ase da in*ân$ia (em ingl]s dirseia menos
autoritariamente u#bringing< f bem $omo a ne$essidade da
'arti$i'ação 'ol6ti$a G $on$eito de liberdade não 'ode ser
$olo$ado anteriormente  enun$iação dos direitos *unda mentais
Por isso, o Que re$entemente e muitas e0es o$u'ou o seu iugar # a
dignidade humana assim $omo no artigo  da De$laração
{ +niersal dos Direitos Kumanos das 9aç"es +nidas, de 34?:, mas
V tamb#m no artigo !i da Constituição da -e'^bli$a Federai da
Llemanha, de 34?4 Isto entretanto, $om *a$ilidade 'oderia
'are$er uma *rmula a0ia, se re$onhe$er a dignidade de um
6 homem signi*i$a re$onhe$]lo $omo sueito de direitos Teremos
Que 'erguntarnos se o a'elo  dignidade do ser humano 'ode
V!
tra0er maior resultado do Que este re$urso $ir$ular aos direitos
2ale a 'ena eRaminar mais de 'erto a tese de LleRZ de Que
& aQueles direitos Que não são direitos de liberdade, 'ortanto os
assim denominados Vdireitos so$iaisU, deeriam ser *unda

3= C* K Be dau, Dlhe -ight @ LifeD( The Xoms6, I45S ' ;>3& Shue ' 3:

ml
dos atra#s de uma am'liação do 'r'rio $on$eito de

liberdadee 'ositia
negatia Ale? re$orre aQui
9ão se a umaaQui
entende das distinç"es entre liberdade
aQuela liberdade Que, '
eR ; a'are$e em Yant e Kegei no dis$urso sobre liberdade 'ositia
$omo liberdade 'araU, segundo a Qual, ' eR, somente seria lire,
a"ele Que # moral_ < Este $on$eito de liberdade positiva dee ser
re$usado 'orQue # *also denominar $omo lire a "m 'ro$edimento
Que est' amarrado a alguma $oisa, e nesta medida não # lire
ERiste entretanto, na *iloso*ia anglosaRni$a, uma distinção entre
liberda de negatia e 'ositia Que # assumida por Ale? numa outra
terminolo gia, a Qual tem sentido O distinção # mais *$il de ser
$om'reendida se $onsideramos o $aso negatio 5eg"ndo esta
distinção uma 'essoa # não7re no sentido negatio se e somente
se # im'edida 'or outros (mediante $oação) de ser lire/ ela # ao
$ontrrio não7re no sentido mais am'lo, no sentido 'ositio, se
ela não tem a $a'a$idade e os re$ursos 'ara agir E KaZe8 deu um
eRem'lo bem $laro& um al'inista Que $aiu na *enda de uma ro$ha
est, no sentido negatio, lire 'ara sair da6, 'orQue ningu# m
im'ede isto, enQuanto Que no sentido 'ositio ele não est 7re 'ara
sair 'orQue não tem as $ondiç"es 'ara tal
Segundo esta distinção, os $lssi$os direitos de liberdade são
todos eles direitos de liberdade negatia LleRZ 'are$e designar
'or assim di0er não7berdade negatia e 'ositia $omo não
liberdade Vur6di$aU e Ve$onmi$aU, $om Que ern todo $aso atinge o
'roblema $entral 2isto em n6el mundial, uma grande 'arte da
humanidade ie e$onomi$a mente não7re/

3< +ma boa $ombinação en$ontrase no 'r'rio LleRZ , na ' 34> Es'e$ia lmente sobre
Kegel, $6 meu 7onsci/ncia de si e autodeterminação , ' <?4s, e sobre Keideg ger meu
7onceito de 9erdade em Uitsserí e Ueidegger<( ' <:=s Tanto em Kegel Quant o em
Keidegger os $on$eitos 'ositios de liberdade resultarão numa negação da liberdade no
sentid o usual enQuan to Que em Yant 'ermane $e aberta a relação das duas (liberdade
'os iti a e n ega ti a) 
isto Quer di0er, *altalhes o a$esso aos re$urs os Que 6hes 'ossi
bilitariam a liberdade, sea de a*inai manterse ein ida, e de

maneira de
'ositia Vhumanamente dignaU&
*a0er aQuilo Que muitos'ara
# ne$essrio não$onserar
t]m a liberdade
em ida a
si 'r'rios e a seus *ilhos Es$a nãoIiberdade, no interior do
sistema $a'italista mundial não $onsiste sim'lesmente no *ato de
uma 'arte da humanidade não ter osre$ursos, mas em Que os
re$ursos eRistentes se en$ontram nas mãos dos ri$os/ estes são
assegurados em sua 'ro'riedade atra#s de um direito 'enal Que #
moralmente unilate ral e t]m 'or isso um 'oder a 'artir do Qual
'odem eR'lorar os 'obres, tanto Quanto estes a*inal 'odem
'arti$i'ar da riQue0a eRistente Portanto, não se trata de *ato de
uma nãoIiberdade meramente 'ositia, mas, ao ser im'edido aos
'obres o a$esso aos re$ursos, tratase de um misto entre não
7berdade 'ositia e negatia 3_
obtenção de es'aços m6nimos de liberdade 'ositia, nos Quais
todos os seres humanos $a'a$i tam a si 'r'rios a 'roide n$iar seu
bemestar, na medida de suas $ondiç"es, 'are$e,
na 'ers'e$tia moral um direito tão *undamental Quanto o direito 
integridade *6si$a e $ertos direitos negatios de liberdade LleRZ
'or#m se engana, Quando 'ensa Que em gera 'ode $om'reender os
direitos so$iais $omo direitos de liberdade am'liados, 'orQue 'ara
atitude s de ida 're$isam ser dadas, não a'enas $ondiç"es eRternas
(re$ursos), mas tamb#m *a$uldades 'r'rias Wuem # noo ou
idoso demais ou doente ou de*i$iente não 'ode audarse a si
mesmo, mesmo Que tiesse os re$ursos 'ara tal Por isso 'are$e
estar eR$lu6do assegurar, em nome dos direitos humanos, uma
eRist ]n$ia humana digna de todas as 'essoas, eR$lusiamente
atra#s da am'liação do $on$eito de liberdade Contudo, 'are$eme
aliosa a tentatia

3? Xais detal hadamen te eu tratei desta 'roblemti$ a em meu artigo V!iberal ism, !ibert)
and the Issue o* E$o nom i$ Kuman -ights 34::) in/ #hiiosnphi.sche u&* siit+e.
<;=<>A
de LleRZ de *a0er isto tanto Quanto 'oss6el, não '$rrae $err& ele
'ensa, a garantia da liberdade seria normatia 'ara a $om'reensão

global dos direitos


tonomiaNposs#vel # umahumanos, mas *undamental
ne$essidade 'orQue a maior au
dos seres
humanos, e 'or isso toda auda, tanto Quanto 'ossn e! deeria ser
uma auda 'ara a autoauda Xais uma e0 ret$rtaase aQa& 'o tema
do _?subsidia*ianiente ,a S Queles Que mesmo ter da assegur ado
o seu direito ao trabalho eão 'odem audarse a a 'r'rios 're$isa
ser assegurada diretamente uma eRist]n$ia humana digna , mas
tamb#m isto de ta manei ra, Que sea $&2 re$id a aos a*eta dos,
sobretudo, ' eR, aosde*i$i entes, una o'ortunidade 'ara aprender
e treinar atiidades Que lhes seam 'oss6eis Gs direitos ao
atendimento do idoso, de d tente e a& a$identado não são direitos
de liberdade
ERistem tr]s obieç%es standard $ontra o re$onhraimen& t dos
direi tos so$ia is G 'rimeiro enun$ia Que estes / não '} dem ser
garantidos in$ondi$ional mente, 'orQue is&& e'ene da riQue0a da
nação Este argumento $ontudo não 'e &a mm&& em Quase todos os
'a6ses do mundo Que gastam sortas noteis 'ara o eR#r$ito (o
`direito  segurança >f) e nos Qna&s eRiste riQue0a, a Qual a'enas
teria Que ser redivid#da atra 3 ie im'ostos e re*orma agrria
Segundo, a'ontarse Que os direitos *undamentais t]rn Que
ser $laros, uma e0 Que 're$isam o*ere$ er $ond&& &es 'ara ser
$obrados uridi $amente Gs direitos so$iais *undamentai s, ' eR, o
direito a um m6nimo de eRist]n$ia humana digna, eRigem $ontudo
determinaç"es arbitrrias Este argumento $ontudo tamb#m não
inga, 'orQue de *ato tamb#m $& outro[ direitos *undamentais
eRigem, em sua 'ro'orção, de&jrminaç"es arbitrrias L Que $ustos
na 'ol6$ia #, ' eR o$naado $ Estr o 'ara assegurar a integridade
*6si$a de seus $i$aãos[`

3; C* Shue ', <>s


G argumento Que 'are$e de$isio 'ara LleRZ # um ter$eiro& se
os direitos so$iais *undamentais *ossem assumidos na $onstituição,

então Va e$onomia dom#st i$a seria, em suas 'artes essen$iais,


$onstitu$ionalmente estabele$ida (?5=)/ isto $$rr$u0iria a um
deslo$amento da 'ol6ti$a so$ial da $om'et]n$ia ao 'arlamento 'ara
a $om'et]n$ia do tribuna constit" $ionâF (?53   Este argumento
tem duas *raQue0as Primeiro& de um lado os direitos so$iais não
eRigem a'enas $ustos, mas sobretudo  $omo a'onta
paniemarmente $om insist]n$ia Shue p regulamentaç"es ur6di$as&
de outro lado, os direitos $lssi$os motiam, em 'arte da mesma
*orma, $ustos noteis 5eg"ndo4 Ale?, n"ma abordagem ur6di$a
interna da $onstituição, s"stenta, nat"ralmente sob $ondiç"es,
*irme $omo a?ioma, Que os direitos *undamentais t]m Que ser
estabele$i dos na $onstituição VDireitos *undamentais são
'osiç"es tão im'ortantes Que sua $on$essão ou nãoconcessão não
'ode ser $on*iada  maioria 'arlamentar sim'lesU (`?A5) Kaeria
'or isso Vuma $olisão entre o 'rin$6'io da demo$ra$ia e o dos di
reitos *undamentaisU (?A>) Isto, 'or#m, est a'enas histori$a
mente $orreto Basi$ament e não h nenhuma ne$essidade de *a0er
de'ender de uma maioria de dois terços em e0 de uma maioria
sim'les do 'arlamento aQueles direitos Que são tidos $omo
*undamentais, em sua garantia 'ol6ti$a
Finalmente LleRZ ainda $ita "m outro argumento, Que em
o'osi ção aos anteriores não # *ormal, mas de $onte^do& a rea
li0ação dos direitos so$iais *undamentais eRige a restrição de um
dos $lssi$os direitos negatios, o direito  'ro'riedade LQui
estamos diante de "m erda deiro $on*lito e 'or isso não 'are$e
$onin$ente uma 'osição $omo a de*endida 'or P, Sieg hart 35, Que
todos os direitos são im'ortantes e Que hão deeria

\$ 9o lug ar men $io nad o, ' 3A> 


mos estabele$er nen)"ma 'rioridade Para o de*ensor $onseQ7ente
da tradição liberai, tot6$ o im'osto Que sere 'ara a redistribuição
ale $omo roubo Wuem *6o entanto re$on he$e os direitos so$iais p
e na 'ers'e$tia moral, isto 'are$e *orçoso ter Que di0er& o
direito  'ro'riedade dee ser restringido m medida em Que ee
'reudi$a aos outros direitos dos $idadãos
Lo *inal Quero tratar da Questão Que at# aQui *i$ou aberta& se
'odemos dar um sentido $on$reto ao dis$urso sobre a dignidade
humana L 'alara Vdignidad e ;_ $ausa di*i$uldades Griginalmente
signi*i$aa tanto $omo& de $ategoria bsi$a e de
alor/ 'erten$ia 'ortanto, nesta medida, a uma so$iedade es
trati*i$ada, e uma 'essoa se $om'ortaa dignamente se ela se
$om'ortaa de a$ordo $om o seu alto grau Em Yant 3` tratase
então da mesma dignidade de todos os membros da $omunidade
moral uniersal e o termo # usado $omo sinnimo de Valor
in$ondi$ionalf_ (<5) -es'eito e dignidade são 'ara Yant $or
relatos 3:
-es'eitar a algu#m signi*i$a re$onhe$]lo $omo sueito de
direitos morais 9s $ontudo tamb#m em'regamos o termo de tal
maneira Que 'ossamos di0er& eles iem em Vrelaç"es hu
manamente dignasU L,'enas este uso da linguagem 'are$e a'ontar
'ara um $erto n6el de satis*ação das ne$essidades Xas $omo se
dee $om'reender este uso da linguagem e $omo ele se rela$iona
$om o dis$urso da dignidade do ser humano $omo $om aQuilo Que
ns re$ onhe$  nos Quando re$onhe$emos os seus direitos[ LQui
'oderia audar mais um 'ensamen to de K Shue Shue distingue
entre hasic rigkts e direitos restantes 1\_, _7s9, de modo Que os
direitos *undamentais são aQueles Que 're$isam ser obserados, a
*im de Que o ser

3>  Cl rundlegung, ?<??<5

3: `%$ der -itten. Tugendlehre <:s \er8e 2I ?5=s


re__& p ruem não 6i s1 oz no Quj esa jarantiao e$les $6tenos rio
'ode ' eRz go0ar seus kckoE '$ *ri$os  'artir 6iss d[e ao
menos urna aga noçã o de Que n6e6 're$isa ser o m6nimo 'ara a
eRist]n$ia E 'oss6el $anali0ar agora de tal maneira este
'ensamento, de modo Que as relaç"es, nas Quais ie um ser
humano, seam humanamente dignas, eRatamente Quano elas
'reen$hem a $ondição m6nima 'ara Que ele 'ossa go0ar os seus
direitos e 'ara Que lee, neste sentido, uma eRist]n$ia
humanamente dignaU, es'e$6*i$amente Vhumanad
I

: CV ■ %n//A L : Ç = :
Gustiça?

Xa lição anterior imos Que a moral no sentido 8antiano lea


'or si mesma a ter de ser $om'reendida $orno uma mora de
direitos, no sentido *orte, dentre os dois Que distingui/ imos
tamb#m Que esta $om'reensão eRige, 'or sua e0, a eRist]n$ia de
um Estado *one 6e eentualmente de uma $omunidade de Estados
*one h Quilo a Que o ser bom obrigo os ind6 idnos não a'enas #
reali0el mediante um Estado, mas deemos di0er tamb#m,
inersamente, Que um Estado somente dee ser $onsiderado
moralmente bom, se assegura os direitos humanos no sentido
am'lo, se garante a dignidade humana, isto # tamb#m os direitos
e$onmi$os de seus $idadãos
L Questão da usti*i$ação morai do Estado # tratada tradi
$ionalmente, e tamb#m nos es$ritos re$entes mais im'ortantes,
não a 'artir do $on$eito de direito, mas do de ustiça Dos dois
autores entes mais im'ortantes no Que di0 res'eito ao tema da 1u
niça so$i al, 3 -als e < L$8erm an 3, o 'rimeiro absol utamente
não dis$ute os direitos *undamentais, o segun

? Tradução de Fernando Pio de Ameida Fle$8

 1ohn -ais, A 0heoi1 o& ustice. Kar ard ! e_t $ress 34>3& tradução aemã: "ine
0heorie der :erechtigkeit( Fran8*urt 34>[ , Bru$e L$8erman -ocial ustice in he
/iberal -tate. ale +niersitZ Press, 3ƒ‚A
do in$lui em soa $on$e'ção de ustiça a'enas os direitos negati os
de liberdade, e a 'ossibilidade de uma am'liação não # seQuer
dis$utida Terenos, 'or#m, de 'ergumarnos $omo se re6s$ionam
mutuamente estes dois 'rin$i'ais 'on$os de re*er]n$ia 'ara a
aaliação mora da organi0ação estatal da so$iedade  direitos
humanos e ustiça/ na literatura e6es não são dis$utidos
$onuntamente
Se $onsiderarmos 'rimeirament e o $on$eito de ustiça, $omo
tal, não en$ontraremos nos dois autores $itados auR6lio algum de
orientação 'ara uma $om'reensão *undamental deste $on$eito Isto
se dee, em 'rimeiro lugar, a Que ambos, tomandoo $omo
eidente, 'artem a'enas de um determinado dom6nio em Que
*alamos de ustiça, o da $hamada ustiça distributia, e, em
segundo lugar, a Que ambos sim'lesmente 'ressu'"em um
$on$eito igualitrio de ustiça distributia -ais admite, sem
ra0ão, Que nestes 'ressu'ostos *undamentais uma $lari*i$ação
$on$eitua nada 'rodu0, e Que sim'lesmente temos de 'artir de
nossas intuiç"e s 2eremos Que um $on$eito igualitri o de ustiça 
$omo em geral uma determinada moral  $ertamente não 'ode ser
dedu0ido de aigo, mas Que se 'ode mostrar Que resulta
ne$essariamente sob determinados 'ressu'ostos =

= Xinha $r6ti$a no artig o VComments on some metho dologi$al as'e$ts o* -als` TheorZ o*
1usti$eU in& Anal 1se und 3ri ük 3 (34>4), ' >>:4/ traduç ão aiemã em !rob leme der Eilu k
!roblemas da EticaH( ' 3A<=) ainda não se re*eriu a este 'onto *undamental Wuanto ao
mais, mante nho inteira mente a $r6ti$a $ontida neste artigo Ela se re*ere s di*i$ul dades
esre$ia6s Que resultam da $hamada srcinal #osition( Que -als usa $omo o modele a 'artir
do Qual todas as Quest "es da ustiça 'ol6t i$a deem ser de$idi das Fosso a0ora resum ir
assim esta $r6ti$a& -als hesita entre admitir Que o *undamento de seus 'rin$6'ios da ustiça
sea nossa intuição moral _ou a srcinal #osition' Wuanto ao $onte^do, naturalmente s 'ode
ser a int uiç ão morãi, 'ois a srcinal #osition *undas e eR$lusiam ente em ser um bom
re'rese ntante de uma determina da intuição moral (igualitria) 9isto reside , 'or#m Que a
'or este leres entmte não # a'e nas su'#r* lua, mas no$ia, 'ois, $as o
Quitem do re're sentan te $onseQ7]n$ias Que não resultam da intuição
9osso 'rimeiro 'asso ter de $onsistir em lar6*i Que
entendemos 'or ust o e ? tistiga_ sem  'ress u'or ema de
terminada $on$e'ção de ustiça, analogamente ao modo $omo nas
'rimeiras 8ç"es 'ro$urei indi$ar o Que se dee emeider 'or Vuma
moralff Este 'asso ser aQui sensielmente mais *$il, 'orQue
nosso entendimento desta 'alara, 'elo menos desde os gregos,
'ermane$eu em seu $erne admiraelmente $onstante Gs dois
'ontos de re*er]n$ia mais ^teis 'odem ser $onsiderados ainda a
de*inição Que Platão, seguindo Simonides , o*ere$e no !iro 3 da
-e#blica (<<le [ <<=bp$), bera $omo a distinção aristot#li$a entre
ustiça distributia e $orretia  Lmbos 'are$em essen$iais 'ara o
$'e ainda hoe, antes detoda determinação de $onte^do,
entendemos 'or VustoU

morai, la6s conse5ü/ncias têm de ser não a'enas reeitadas mas na medida em "e isto
* o $aso mostrase "e a oriinal%osi7on não é am rom representante$ Com
isto 'or#m, $ai 'or $erra todo o 'onto de 'artida na y ingina+ #nsnion' 2i a 'ode ter nã$
$ tarante $ eii alor mas 'ara 'robl emas es'e$iais e somente Quando *or in$la a
ra% ã 'or Que a ori ent ação 'or $ia $ melhor $uanio a $ai s 'roblemas , do Que $
mediata 'eia /ntuição morei ou 'rn$6'ie rr$ra8  Para um $t$`$
re`Crfo 'G`it& rk ia 'osição de $onte^do de -au6s $* minha a'resentação em F -addat0
(ed) Keit $ib lioth ek der Y ?ach biic hen Fran8*urt 34:?, ' <5A<5<
G liro de AcPerman 'ar e$e me  Qua nto ao 'omo de 'an +a$ sens6el mente su'erior ao
de -a 6s, por"e L$8 erma n, em 'rim eiro lugar, 'an e dir etam ente de seus dois
'ri n$6 'ios igu alit ri os *un dam ent ais (' 33) e ass im ei ta algo art i*i $ia i $om o a oriinal
%o si7 on8 em segundo l"gar, 'or Que ] o 'ro ble ma da ust iça so$ ial não na Que stã o de
$omo um Estado dee ser organi0 ado de uma e0 'or todas, mas nas Quest" es, a serem
sus$itadas nas deidas $ir$unstan$ias, de $omo se dee *undamentar a legitimidade das
di*erenç as de 'ode r e?istentes ip$ s9$ L$8erm an imagina as argumentaç"es a *aor e
$on tra, $omo dil ogo s Que não 'odem *erir ambos os princ#pios (bem $omo alguns
'ri n$6 'ios *or mais su'l eme nta res ) L eR' osiç ão dos arg ume nto s em di logo s aume nta a
$lare0a/ $reio, todaia, Que L$8erman se engana a$reditando Que a *orma dial7gica é um
elemento essen$ial de sua 'osição (' 3A) Todos os seus dilogos 'odem ser entendidos
$omo argume ntação sim' les& a primeira e a seg und a 'es soa não são essen$ iais  L
obeção j semelhante Quela, $ontra a $on$e'ção de (abermas$ L$8erman disting"ese
certamente de (a)ermas 'or seu di logo ser li mit ado `f 9constraine': 'or seu s
'ri n$6 'ios  9o Sltimo $a'6tulo de seu liro L$8erman 'ro$ura, na erdade, *undamentar
estes 'rin$6' ios, 'or sua e0 dialogicamen#e$ Com isto resultam em L$8erm an ias 9
mas de dilogo c"+a di*erença ele não 'are$e 'er$eber
L de*inição 'latni$a # a seguinte/ usto # to #roshekon hekasto
a#odidonai( o Que *oi 'osto 'or +l'iano na *rmula& suum cai5ue
tribuere $om Que 2iastos a'oia sua eR'li$ ação& tea ação # msta
se e somente se # determinada eR$lusia mer*e 'eia
e$nsiderae&io aos direitos de 6$dos os Que são atingidos
substan$ialmente 'orelaU_ Pare$eme duidoso tradu0ir a
eR'ressão de Platão, o "e-cabe& a $ada um, 'or -direitos&$
Certamente tamb#m flpiano *ala de ius( mas não me 'are$e $laro
Que a 'alara sea entendida no sentido de direito subetio e nem
seQuer VobetiamenteU, $omo o Que # $orreto 'ara $ada um
1con!orme  lei9$ Wuanto ao $onte^do, a $on$e'ção de 2iastos
'are$eme *ra$assar no $aso da ustiça $orretia +ma 'ena dee
ser usta, mas isto não 'ode J ter o sentido de Que aQuele de $ua
'ena se trata tenha um direito a ela ; mas somente Que ele a
Vmere$eU * ;+er'ient<:. Creio, 'ortanto, Que deemo s tradu0ir
assim a de*inição de Platão& uma ação # usta Quando d a $ada um

o Que mere$e Toda ustiça 'are$e estar re*erida ao m#rito


Desde Lristteles entendese 'or ustiça $orretia aQuela em
Que uma situação moral ou ur6di$a *oi tirada do eQuil6brio e tem de
ser restabele$ida Ls duas es'#$ies de ustiça $orretia Que
Lristteles distingue #Etica a Nicmaco YY < iais) $orres'ondem 
di*erença entre Direito Ciil e Direi to Penal Lristteles *ala em
transação oluntria e inoluntria/ no 'rimeiro $aso, isto #, onde
h uma transação bilateral 'odem surgir 'retens"es re$6'ro$as
Quanto a danos, Que um ui0 deer $om'ens ar/ o ui0 dee de$idir
de mod o usto Qual das 'artes merece uma $om'en sação 9o
segundo $aso, tratase de uma %transaçãoU em Que um lado #
a'enas a 6tima& *urto, roubo,

< 1usti$e and EQualitZ U, ' 5A (in& \aidro n, 0heories of -ights<( onde se en$ontra tamb#m a
re*er]n$ia a +l'iano
homi$6dio, et$ LQui o ui0 tem de de$idir se o a$usado merece
urna 'ena
L *igura da ustiça a'resentada nas $atedrais medieais,
sustent ando uma balança na mão e tra0endo uma eada nos olhos,
re'resenta esta ustiça $orretia L enda nos olhos simboli0a a
im'ar$ialidade eRigida e mani*estamente $onstitutia
de toda ustiça Im'ar$ialidade de modo algum signi*i$a i
igualdade, mas im'li$a Que a'enas 'ro*ere um ulgamento usto
aQuele Que de$ide o $aso im'ar$ialmente, isto #, sem distinção
de 'essoaU, o Que signi*i$a de modo 'ositio& eR$lusiamente em
$onsidera ção ao Que os enolidos, em ra0ão do Que *i0eram ,
merecem 
Tamb#m no $aso da ustiça distribu tia o $on$eito *unda
mental # o de m#rito Falase em uma ustiça distributi a sem're
Que algu#m $em de distribuir bens ou males entre rias 'essoas,
 'ortanto, em uma *am6lia ou em uma em'resa $omum,
sobretudo, 'orem,  no Estado ou na $omunidade dos Estados Gs
bens 'odem ser es'e$ialmente, direitos, bens materiais ou 'oder
Tamb# m Quando obrigaç"es 'erante a $oletiidade deem ser
distribu6das ('or eRem'lo, seriço militar), estas o 'odem ser
usta ou inustamente +ma distribuição igualitria 'ressu'"e Que
todos mere $em o mesmo, e, Quando se # da o'iniã o de Que uma
distribui ção igual não seria usta, admitese Que as di*erentes
'essoas, 'or determinadas ra0"es, mere$em mais ou menos
Podese di0er, em e0 de Vo Que mere$e , i?o Que lhe $abeU,
$omo Platão  o *e0 +ma de$isão usta sobre re'aração ou
distribuição 'ressu'"e sem're um 'ano de *undo morai, i sto #,
regras morais eRistentes ou *atos moralmente releantes em
$onsideração aos Quais a de$isão 'ossa ser usta, isto #, adeQuada
L $onsideração eR$lusia destes *atos e regras, isto #, do Que $ada
um merece em ra0ão dos *atos e de a$ordo $om as regras, $onstitu6
o Que se 'retende di0er $om Vim'ar$ialidade_f G *ato de Que a
im'ar$ialidade sea eRigida em ambas as *or

P8
H%

mas de ostiça Que Lristteles distinguiu $onstitui a unidade do


$on$eito Que abrange as duas *ormas Por isso a ustiça, entendida
$omo irtude ($omo di'osiçã o 'ara a ação)  segundo o *a0 2lastos
na de*inição antes $itada # uma irtude 'e$ulia r de segunda ordem&
enQuanto as demais obrigaç"es re*eremse aos outros indi6duos,
esta virt"de do partil)arcorretamente # eRigida sem're Que se
tier de reagir adeQuad a mente a *atos moralmente releantes 
previamente dados, tanto Quando o 'artilhar $onsiste em uma
re'aração, $omo Quando $onsiste em uma distribuição

? A mel)or !enomenolog#a ou )ermenê"tica de nossa compreensão da ustiça Que $onheço * a


de Mo)n Stuart Xill no $a'6tulo ; de se" o#sculo Jtilitarismo( G *ato de "e o "e Xili
di0 sea tão proveitoso, +"stament e ond e dis $ute aQue le $on $ei to Que # na erdade
omitid o 'elo "tilitarismo, deese $ertam ente a Que ili nos demais $a'6tulos do liro
'ro $ur a de* end er "ma tes e 're ia men te dad a en"anto Que aQui 'ode entrar sem
're $on$ eit os no prev iamente dado ill são $on seg ue, oo enta nto , a'r een der
"nitariamente os di*erentes signi*i$ados
N2m nos so $onteR to, # interessant e obsera r Que ilV tamb #m menciona dois signi
*i$ados n ão $s"bs"midos no $on$eito a$ima desen olid o Ldmit e, em 'ri meir o luga r,
Que a id#ia mais srcinria de ustiça tenha sido a de conformit1 to la@' isto $orres'onde
a'roRi madament e ao 'rimeiro conceito de ustiça Que Lristteles ainda ante'"e  sua
dis tin ção entre +"stiça $orr eti a e dis trib uti a e seg"ndo o "al é X+"sto& "em #
nomimos' isto é, Quem se comporta con!orme s leis 6 !ti ca a i cor nac a* 9$
Em segundo lugar Xill salie nta, $omo um signi* i$ado de ustiça, Que algu #m # inusto
Quando *ere os direitos de outros, e entende tais direitos eR$lusiamente re*eridos a deeres
negatios, inusto neste sentido seria, 'ortanto, Quem *ere seus
deeres negati os K *ilso *os Que em'regaram a 'ala ra usti ça eR$lu siame n te
neste sentido, por e?emplo, Adam 5mit) e S$ho'enhauer
Este signi*i$ado est estreitamente liga do  $on$e'ção de Lristteles de Que, tanto aus*iça
distri butia, $omo a $orretia, $onstituem o $ontrrio do Que ele denomina #leone4í a( o
Querer termai s (do Que o Que lhe $om'et e) Isto 'ode sur'reender  'rimeira ista, 'orQue
Quando um ui0 ou algu#m Que distribui bens de$ide inustamente o motio di*i$ilmente
ser o de Que ele 'r' rio Quer ter mais L $on$e'ção de Lristteles to mase toda ia,

$om'reens6el, se $onsiderar mos o erro não da 'ers'e$tia de Quem 'artilha, mas dos
enolidos Se os enolidos Querem outra 'artilha Que não aQuela natural de um 'onto de
ista im'ar$ial, o moti o'adrã o ao menos # o de Que se Queira ter 'ara si mais do Que lhe
$om'ete
Com isso se 'de in$ular a $on$e'ção de Que, mesmo aQuele Que *eriu a ordem moral,
 * $onsiderado `inustoU Tamb#m ns 'odemos di0er& $ie obtee 'ara si
.ostaria de re*erirme  ustiça $orretia a'enas na medida em
Que isto # im'ortante 'ara a $om'reen são do $on$eito unitr io de
ustiça, G a'ro*undamento ulterior da 'roblemti$a da ustiça
$orretia eRigiria, em 'rimeiro lugar, re*leti r sobre o *ato de Que,
*alar de m#rito, 'ressu'"e aQui Que aQuele Que

antagens inustas L 'artir `da6 # $om're ens6e l Que Lristteles entenda a'arent emente
$omo Inusto em es'e$ial aQtie6e Que agiu in$orretamente na `transação m$
voiimt'ria&$ E a partir da6 resulta imediatamente o signi*i$ado Que Xi6l desta$a aQui e
Que levo"  tra dição Que se 'od e constatar na terminologia de Lda m 5mit) e
5c)open)atser$ Isto signi *i$ a, tod aia, Que o modo de agi r moralmente re' ro el e
event"al mente pass#vel de 'ro$esso 'enal, # $lassi* i$ado retroatiam ente, do 'onto de
ista em "e # $om'reendido a paitir da 'ers'e$tia da +"stiça corretiva$ Isto não 'are$e
es'e$ialmente sensato e e?plica também 'or Que est e $on $ei to de +"stiça não se im's ã
consciência geral @ 'oss6el Que o *ato de Lrist teles $lassi*i $ar assim a iolação do
deer negatio, ten)a soa ra0ão em Que ele não poderia inserir adeQuadamente de outro
modo os deeres negativos em s"a #ti$a da irtude $$* a$ima ' =>=)
2mbora não sea es'e$ialm ente convincente desig nar a iolaçã o de deeres negatio s
$omo inustiça ilV tem ra0ão em Qoe daQui resulta um $on$eito mais restrito de deer
Yant 'ensa de modo similar Tamb#m 'ara ;ant # $ara$ter6sti$o dos deeres negatios
Que sua obserân$ia 'ossa ser 'enalmente *orçada Isto sugere, 'or#m, segundo o eR'osto
na lição anterior, Que o Que dee ser $onsiderado *undamental 'ara a unidade desta $iasse
* aQuilo Que # (em princ#pio9 'as s6 el de 'ro $es so penal e não os deeres negativos$ A
violação dos deveres dos pais para $om seus *ilhos, 'or eRem' lo, tamb#m é 'as s6e l de
'ro $es so 'en ai Por iss o, $om o $on $ei to "nitariamen te mai s rest rito de deere s, é
re$o men d el uma de*i niç ão seg und o a Qual $ada de er de uma 'esso a L, Que
$orres'onda a um direito da 'essoa <, Que < tem $ontra L, 'ertença a este $on$eito mais
restrito (isto abrange agora todos os deeres negatios Que se re*erem a um direito de B,
Que se irradia assim a todos os outros indi6duos, $omo tamb#m os deeres 'ositios
es'e$i ais Que $orres' ondem a um direito de <$ Que este tem es'e$ialmente $ontra L, de
tai sorte Que di0emos Que L tem a res'onsabilidade 'or <9$ Deemse distinguir destes
direitos aQueles Que a 'essoa < tem 'ara$om a com"nidade inteira (e onde # soment e a
$omuni dade inteira Que tem a res'on sabilid ade 'or <9$ Esta 'are$e ser a distinção
resultante Quando se $onsidera o $on$eito de direito $omo o 'rimrio no Que di0 res'eito
ao $onte^do
G 'rimeiro dos signi*i$ados su'lem entares de ustiça men$ionad os 'or >l 'ode ser
in$ulado  $on$e'ção Que de*endi no teRto de Que toda ação re*erida a outros # Vusta
se # V$orreta de a$ordo $om a ordem ur6di$a ou $om a ordem moral Também neste
$aso, todavia, parece ser introdu0ida "ma comple?idade em aç%es
imorais sim'les, Que se 'rodu0 somente a 'artir do 'onto de ista do ui0 Que a're$ia
o$aso

<44
'erturbou o eQuil6brio sea lire, no sentido de im'utel e, em
segundo lugar, entrar nas $onseQ7]n$ias Quanto ao sentido da 'ena
Falar de Vm#rito` 'ode *$ilmente $ausar estranhe0a VLlgu#m
a mere$e alguma $oisa[U, 'oderseia 'erguntar Xas então se
'ressu'oria um $on$eito enganador de m#rito, de algum modo
entendido $omo absoluto G *ato de Que uma 'essoa mereça ema
determinada reação moral, ou Que, no $aso o'ostok não mereça ou
ainda Que mereça, 'or eRem'lo, agrade$imento ou uma 'ena, não
'ressu'"e uma meta*6si$a es'e$ial da 'essoa/ o Que se Quer di0er #
sim'lesmente Que a reação mora (ran$or ou indignação, 'or
eRem'lo), ou a 'ena [ # ou não adeQuada ; lã a reação do sentimento
moral #, enQuanto reação, um dado moral no 'lano Que designei
$omo segundo, e este segundo 'lano, o 'lano da reação, 'erten$e
essen$ialmente  moral Seris$amos a reação moral, ris$amos
tamb#m a 'er$e'ção moral e $om isso a moral em geral Lo se *alar
de Vm#ritoU, su'"ese Que a reação sea adeQuada, $oneniente, isto
#, em es'e$ial não eRagerada Xas subsiste natural mente, al#m

disso, a su'osição
im'utabilidade Se isto*undamental da liberdade
# negado, eliminase tamb#m no sentido de
a 'os

E 'ara ns irreleante saber Qual o signi!icado histori$amente mais srcinrio 9e n)"m
dos dois signi*i$ados s"plementares men$ionados 'or ill 'ar e$e ter ho e 'en etr ado de
modo es'e$ial mente 'ro*undo na $ons$i]n$i a geral as isto é se$und rio 9ão #
es'e$i alment e im'ortante saber dentro de Que limit es a 'ala ra Vusto # !atieamente
em'regada G Que im'oria * $lari*i$aremse as $oneR"es G $on$eito de ustiça, $omo o
desen oli no teR to, mostra dentro de suas distinç"es traço s unitrios "e 'er mite m
'ar e$e r sen sat a a des ign açã o pela 'ala ra unit ri a ` ust iç af, ain da Que Que st"e s er bais
seam em ^ltima instân$ia irreleantes Xen$ionese aind a um signi!icado
es'e$ialmente rrc, 4ene no dis$urso
Quotidiano Di0emos Que uma 't  nusta se ela ulga inad68i"Camente$ aalia
erradamente os 'esos, *a$e a uma  &`o moral $om'leRa ('or eRem'lo, "ando tanto ela
$omo o"tra $en sura mse IT+ zzment e) 1usti ça neste sen tid o ~ como +"lgamento
r
$om'aratio adeQuado de r e```` fes morais) não re'resenta um $on$eito de ustiça a
mais& est na pro?imida le  e"ata da ustiça $orretia
; Sobre grati dão e ran$or, 'e na e rec"r,$ ` ,a $* Adam Smi6h Theor of=(on> =en- limenis(
/arte 6l Se$ão i
sibilidade de aaliar moralmente a açao e de reagir adeQuadamente
a elaU
Wuanto ao sentido da 'ena, resulta Que se não renun$iam os ao
$on$eito de ustiça, a teoria da 'ena, $omo retribuição, nã$ 'ode
ser Inteiramente abandonada em *aor de uma teoria da
Intimidação Da6 ser a obeção'adrão $ontra uma teoria 'ura
mente intimidativa a de Que ela # inusta& as 'ess oas não são
'unidas 'orQue mere$em a 'ena mas 'ara intimidar outros, a !im
de não agirem de modo similar/ a 'essoa 'unida é, desta maneira,
iestrame*itâl60adâ >,
G erdadeiro tema desta lição #, todaia_ aQuela ustiça Que
nas teorias da ustiça $onhe$i das # a ^ni$a temat60ada a ustiça
distribut ia G 'onto mais *undamental eoi dis'uta na teoria da
iusti$a distributia re*erese naturalmente ã Questão de $omo a
regra de distribuição tem de se__ en$arada& to$os mere$em a
mesma Quantidade dos bens a serem distribu6dos ou não[ Desde os
in6$ios da re*leRão o'"em se aQui duas 'osiç"es, L 'rimeira # a
igualitria& a outra # a Que Lrist teles de*endeu e Que Quero
designar aQui $omo aristot#li$a Ela di0& o igual somente Queles
Que mere$em igualmente/ seria inusto distribuir igualmente aos
Que mere$ em o desigual Este e o 'onto em Que muitos autor es
modernos, $omo -a!s e L$8er man, sim'lesmente 'ressu'"em
um $on$eito igualitrio de ustiça G Que se 'ode de in6$io
$lari*i$ar $on$eitualmente aQui[

5 Sobre esta $oneRão, $* o artigo de F Stras on Freed om and -esemmen tU Pro$u
rei mostrar Que o $on$eito de liberdade não dee ser entendido met7*isi$amenre em Der

Begri** der \ii ien s*re 6hei tU (VG $on $ei to de iirearb6tri~D, reim'resso em meu s
!hi ioso# hisc he Aitf sitf ze "Ens aios filo s.fi cos< '

> +ma 'osição 'onderada Q uanto a esta di*6$il Questão # de*endida 'or E S}nn /hã , 
ser Vom ?inn der ?t rafe ,=o sentido da #ena<( ."ttingen, 345< +m derens`r de$idido da
teoria da intimidação # L YennZ, no $a'6tulo ? de seu liro F u ' a n d
-es'onsibilitZ Londres$ \WB$
h im'ortante 'er$eber em 'rimeiro lugar Que as duas $on
$e'ç"es não são inteiramente o'ostas, $omo 'ode 'are$er 
'rimeira ista K $on$ordân$ias Primeiramente, o de*ensor da
$on$e'ção igualitria est de a$ordo $om o aristot#li$o em
Que, doas 'essoas mere$em o desigual, # inusto darlhes o igual
9ega sim'lesmente Que 'essoas di*erentes tenham um m#rito
desigual, isto #, Que se distingam de um modo de$isio 'ara a
distribuição
Em segundo lugar, e mais im'ortante& o aristot#li$o $on$orda
$om o de*ensor da $on$e'ção igualit ria em Que, se não 'odem ser
alegadas ra0"es releantes 'ara m#rito desigual, deese distribuir
igualmente Podese ilustrar de modo $laro Que isto #
*orçosamente assim, mediante o eRem'lo da diisão de uma torta,
*reQuentem ente $itado na Questão da ustiça distributia Se uma
torta dee ser diidida entre rias $rianças, 'odemse alegar
di*erentes ra0"es 'ara uma diisão desigual +ma $riança 'oderia
de$larar estar es'e$ialmente *aminta Este # o $hamado argumento
da ne$essidade Gutra 'oderia di0er Que a mãe  lhe 'rometera a
metade da torta& o argumento do direito adQuirido +ma ter$eir a
'oderia alegar Que traba lhou 'ara a mãe& o argumento do m#rito
em sentido mais estrito (desem'enho) +ma Quarta 'oderia di0er
Que a ela # deida uma 'orção maior, 'orQue # a 'rimog]ni ta Esta
ra0ão em a ser a de Que ela tem ante$i'adamente um alor maior
Todas estas ra0"es são eentualmente releantes Se, todaia,
nenhuma ra0ão releante *or alegada, resta somente a diisão
igualitria 9ão basta a'enas 'oder alegar uma ra0ão, a ra0ão tem
de 'are$er eidentemente releante Se uma $riança dissesse ser
lhe deida a 'orção maior , 'orQue tem olhos a0uis, isto seria
re$usado $omo irreleante (a menos Que *osse m re$onhe$idas
'remissas adi$ionais)
G aristot#li$o 'ressu'"e , 'ortanto, a $on$e'ção igualitria
como fundamento+ a distribuição igual #, tamb#m 'ara ele, a usta,
se não h ra0"es Que de'onham $ontra ela Da6 ser en/

 H iX`tu
,  

?A=  t
neo, a6nda Que *reQ7enteme nte intentado, leara 'osição igualitria
a uma obrigação 'rimr ia de *undament ação L 'osição igualitria
em e 'or si mesma não ne$ess ita de *unda mentação a6 goma& a
obrigação de *undamentação  o onus #rohandí $ est do outro
!ado Igualdade e desigualdade não estão imediatamente ema
*rente  outra Per$ebese isto  no *ato de Que a $on$reti0 ação da
igualdade # uma ^ni$a, enQuanto Que a desigualdade não re'resenta
uma $on$e'ção Se # 'ro'osta uma $on$e'ção designai, esta #
sem're uma entre in*initas outras, e se tem não a'enas de
*undamentar o as'e$to, mas tamb#m indi$ar o Quanto mais L
'osição 'riilegiada da iguaida$e resulta de ser ela a regra mais
sim'les de distribuição G $on$eito o'osto ao de uma distribuição
usta  $omo, em gerai, ao de QualQuer de$isão usta  # ode
distribuição ou de$isão arbitrria L 'rimeira alternatia em uma
distribuição #& se ela dee ser arbitrria ou nãoarb8rria Se não
*or arbitrria, ser seguido um 'adrão de medida obetio

Ingressamos
'ara assim no dom6nio
o aristot#li$o do igual, Que
G aristot#liço 'ermane$e tamb#m
sim'lesroente disdngue
di*erentes $lasses Que limitam a igualdade, mas no interior de $ada
$lasse a igualdade 'ermane$e Somente a's se uma ra0ão 'ara
distribuição desigual 'are$er eidente, aQuele Que não obstante,
$onsidere a distribuição igual $omo a $orreta estar na obrigação
de *undament ar 'ortant o a'enas relatiament e a uma limitação de
sua 'osição Que  a'areça $omo *undamentada
Podemos agora dar mais um 'asso e 'erguntar& temos ra0"es
'ara limitar a $on$e'ção igualitria[ LQui me 'are$e *un
damentalmente im'ortante distinguir entre o Que Quero denominar
dis$riminação 'rimria e se$undri a De*ino a dis$rimin ação
'rimria de tal modo Que ela o$orre Quando se admite haer uma
distinção 'r#ia de alor entre os homens G a'elo da $riança 
sua 'rimogenitura # deste ti'o L ela $orres'ondem dis$riminaç" es
histri$as $onhe$ida s& os bran$os alem mais do Que os negros, as
mulheres alem menos, et$ Koue tais dis$riminaç"es 'rimrias
na moral tradi$ionalista/ elas, to
daia, não mais 'are$em 'oss6eis, eliminado s os 'ress u'ost os
*undamentados de modo tradi$ionalista G Que Quero di0er não #
Que no interior de uma moral do res'eito igual não # mais 'oss6el
uma 7is$riminação 'rimria  isto seria triial, 'orQue 'ressu'os to
ao se *aiar de Vres'eito 6giiaiU mas Que a moral Que 'ermane$e tem
de ser uma mor a do res'eito igua l, #or5ue não mais se 'ode
*undamentar uma dis$riminação 'rimria
Esta não dee ser uma asserção a'od6ti$a  Pensemos em $omo
seria ama tal *undamentação Em uma moral tradi$ionalista isto
não seria 'roblema, 'orQue *undamentaç"es tradi$ionalistas são o
Que a autoridade estabe le$e ,?etzungen der Antoritãt9$ Se não se
dis'"e de 'remissas tradi$ionalistas, ter seia de 'oder
*undamentar de Que modo 'ro'riedades naturais, $omo ser m"l)er,
'erten$er a outra raça, et$, 'odem ter $onseQ7]n$ias normatias&
ter menos alor o", *ormulado de maneira mais $om'reens6el, ter
menos direitos Xuitos *ilso*os $onsideram $ada uma de tais

$onseQ7]n$ias uma de
$onseQ7]n$ia a 'artir uma $ia
-!al' naturalista`_,-nat"ra@
'ro'riedade ms ao menos uma
isto # não
normatia, 'ara algo normatio # ineitel& Quando *iRamos o
dom6nio daQueles seres diante dos Quais temos obrigaç"es morais,
isto somente 'ode o$orrer em uma 'ro'osição tal Que a atribuição
de direitos se in$ule a uma 'ro'riedade nãonormatia Como o
a'resentei (' =A>), esta 'ro'riedade # o 'e rt en $e r em sentido mais
estrito ou mais am'lo,  $omunidade dos seres $a'a0es de $oo
'eração
Esta 'ro'o sição 'are$ e ser, 'or#m , a nica deste ti'ok Toda
'ro'osição ulterior teria de indi$ar $omo, no interior desta
$omunidade, determinadas 'ro'riedades leam a gradaç"es
normatias Toda 'ro'riedade ulterior 'ensel 'are$e norma
tiamente irreleante  Su'ondo, 'or eRem'lo, Que as inestigaç"es
em'reendidas 'or alguns 'esQuisadores ameri$anos sobre a
intelig]n$ia m#dia de bran$os e negros de *aio leassem 
$onstatação de uma di*erença, não se 'ode er em Que
medida resultariam da6 $onseQ7]n$ias normatias/ ou a $ir
$unstân$ia de Que as eRig]n$ias de direitos iguais 'ara as mulheres
são, ao menos erbalmente, in$ontesta das em toda 'arte onde id#ias
tradi$ionalistas não são e*i$a0es, 'ode ser $onsiderada igualmente
$omo indi$ io de Que não estam os em $ondiç"e s de $onsidera r as
di*erenças naturais eRistentes, 'or eRem'lo, entre mulheres e
homens $omo releantes Quanto a seus direitos
Deer6amos $ertamente re$onhe$er Que a situação se toma mais
di*6$il Quando se trata de uma 'ro'riedade Que, segundo seu
'r'rio sentido, di0 Qoe não se # $a'a0  ou Que se # menos $a'a0 
de $oo'eraç ão, $omo 'or eRem'lo, Vde*i$ie nte mentalU ou `em
estado de $omaU LQui seriam imagineis *undament aç"es em Que
'essoas assim $ara$te ri0adas teriam menos direitos L muitos esta
id#iaare$e tão desumana Q6ieToe1de logo nem seQuer admitem
esta di*i$uldade e de$laram Que 'ara não $airmos aQui em tim
'lano in$linado, remos de insistir in$ondi$ionalmente em Qoe iodos
os homens t]m direitos iguais  mesmo aQueles Que não 'erten$em
ao dom6nio $entral *ormado 'elos $a'a0es de $oo'eração, nem
estão sim'lesmente a $aminho dele Esia # $om $erte0a, uma
$on$e'ção deseel mas a insist]n$ia re$eosa em uma tese *one
a'enas 'orQue de outro modo se $airia em um 'iano in$linado, não
tem um e*eito es'e$ialm ente $onin$ente L argumentaç ão $orreta
aQui # &oaelrnente a de Que todos os Que 'erten$em  $omunidade
de $oo'eração, mas não 'odem ou Quase não 'odem $oo'erar, são
sim'lesmente mais $arentes de auR6lio ($* a lição anterior) Dee
se tamb#m tomar $laro neste $onteRto Que, mesmo no $aso em Que
a 'ro'riedade não 'areça de antemão irreleante, toda limitação de
direitos nela a'oiada seria, em sua eRata medida, arbitrria&
somente se 'ode, ou ter todos os direitos, ou não ter direito algum
Wuanto Queles Que iem a'enas egetatiamente, 'are$e natural
di0er Que tamb#m não mais são $arentes de auda, e 'ortanto, não
# mais sensato di0er Que t$ibam direitos
Em todo $aso, deese distinguir entre 'redi$ adosQue di0em
res'eito ao status da $a'a$idade de $oo'eração e outros 'redi$ados
$lassi*i$adores ($omo VmulherU, Vde $orU, et$) Wuanto aos
'rimeiros, # ne$essria uma argumentação su'lementar 'ara aos
assegurarmos da igualdade& Quanto aos ^ltimos, a a*irmação de uma
desigualdade normatia # de antemão des'ro'ositada, semel)antes
*undamentaç"es não 'are$em seQuer 'enseis
E im'ortante ter $laro $omo o argumento em *aor da
igualdade de 'rin$6' io entre todos os homens, result ante de se
eR$lu6r a dis$riminação 'rimria, se distingue das re*leR"es
anteriores em Que indiQuei Que a igualdade tamb#m suba0 a todos
os argumentos em *aor de uma desigualdade distributia Ls
re*leR"es anteriores eram 'uramente $on$eituais L eR$lusão da
dis$riminação 'rimria, em $ontra'artida, ã 'erten$e a uma
determinada moral, # algo Que !aparte da $onstituição desta
moral L 'artir da6 se 'ode entender tamb#m a maior insegurança de
minha argumentação, 'orQue uma determinada $on$e'ção moral
não 'ode ser $ogente
G Que entendemos 'or dis$riminação 'rimria tomase mais
$laro ao 'assarmos agora ao $on$eito o'osio, A de dis$riminação
se$undria Entendo 'or dis$riminaç"es se$undrias todas as
*ormas de distribuição desigual Que se 'ossam 'rodu0ir, ainda Que
no 'lano 'rimrio não o$orra desigualdade alguma, isto #, Quando
se 'ressu'"e Que todos t]m o mesmo alor @ inteiramente natural
Que 'ossa haer ra0"es 'ara $onsiderar usta uma distribuição de
bens e males, embora res'eitemos ou 're$isamente 'orQue
res'eitamos a todos igualmente Podese ilustrar isto
'reliminarmente uma e0 mais mediante o eRem'lo da diisão da
torta L mãe Que ama e res'eita igualmente todos os seus *ilhos
'ode, não obstante, entender $omo usto na diisão da torta Que
aQuele Que tem *ome re$eba mais, e do mesmo modo outras ra0"es
'odem ser 'ara ela ra0"es 'ara uma dil ^'o desigual usta
K em es'e$ial tr]s 'ers'e$tias de distribui ção desigual
se$undria *undamentada, Que desem'enham um 'a'el na dis
$ussão sobre a ustiça e são men$ionadas $omo 'adrão de medida
da distribuição em lugar da igualdade& ne$essidade (a $riança
*aminta), m#rito em sentido mais estrito (desem'enho)_, direito s
adQuiridos (a 'romessa da mãe)
Ls 'retens"es destes tr]s 'ontos de ista 'are$em relatii 0ar
a id#ia de ustiça distributia/ eles $ontradi0em a distribuição
igualitria e se $ontradi0em tamb#m mutuamente
 Xa$IntZre $r] mesmo, Que estas contradiç%es dissolem o $on$eito
moderno de ustiça e, 'ortan to, dep%em contra a moral moderna
em gerai 4 Estas $on$lus "es são estranh as, 'ois as di*i$ul dades Que
se mostram aQui pertencem ao sentido de ustiça distributia em
geral (os tr]s 'ontos de ista desempen)am um 'a'el tamb#m
Quando a dis$riminação 'rimria não # eR$lu6da), e o *ato de Que
um $on$eito 'ossa lear em sua a'li$ação a 'ossibilidades
$ontraditrias não o anula de modo algum/ 'ode no mRimo
mostrar Que sua a'li$ação não # sim'les e eentualmente não eR$lui
*atores decisionistas na 'onderação 1 imos, todaia, Que esta #
uma $ara$ter6sti$a da moral nãotradi$ionalista (' <<is)
Deemos ter $laro em 'rimeiro lugar Que estes di*erentes
'ontos de ista a'enas entram em ogo em um determinado 'lano
da ustiça aistributia e` Que tamb#m no 'odem ser releantes $om
re*er]n$ia  distribuição de todas as es'#$ies de

: E natura l em alemão *ala r de m#ri to &?er'ienst: em sentido mais estrito, 'or


o'osi
ção ao sent ido mais amplo 1mo ral9& em inglês h duas 'ala ras/ desen 'ara o

4 Afte r V irtu e $a'6tulo 3> C!$, Quanto aos tr]s 'ontos de ista,, especialmente D
iller, ?ocial 2ustice( GR*ord 34>5 EnQuanto em -ats e AcPerman os tr]s 'ontos
de ista o$orrem a'enas marginalmente, 'ara Xiller são $entrais Xiiler é da o'inião
de Que eles são $ara$ter6sti$os de tr]s sistemas econ^micosociais distintos

?A>
bens L'enas em um determinado 'lano, 'orQue são os 'ontos de
ista de uma distribuição desigual Que eentualmente restam,
mesmo Quando a dis$riminação 'rimria  *oi eR$lu6da, e a isto se
asso$ia imediatamente Que, $omo Quer Que outros bens seam
distribu6dos $om a eR$lusão da dis$riminação 'rimria, ao menos
a distribuição igual dos direitos se mant#m  LQueles '"#orks Que
$r]em estar a ustiça distrib"tiva de antemão diidida 'elos
di*erentes 'ontos de` ista, não 'er$ebem Que estes 'ontos de ista
não atingem o re$onhe$imento igual dos direitos humanos DeiRa
se *a$ilmente de 'er$eber Que a ustiça distributia não se re*ere
a'enas a bens materiais e Que na dis$ussão moderna, onde Quer
Que se $onsiderem direitos em geral, a igualdade # admitida $omo
eidente/ esta igualdade  # um resuliado da igualdade na Questão
da dis$riminação 'rimria
Xas tamb#m, na distribuição do bem 'oder, os dois 'rimeiros
'ontos de ista 'are$em eliminados Poderseia Querer $ontestar
isto Qu anto aoseg"ndo 'onto de ista  m#rito no sentido mais
estrito& $a'a$idade), 'ois não # 'ensel Que se 'ossa $onsiderar
usto Que deam de*inir os assuntos $omuns aQueles em maior
medida $a'a0es 'ara tanto[ 2]se todaia , *a$ilmente Que Quem
de*ende uma distrib uição desigual de 'oder, deido a $a'a$idade s
desiguais, não o *a0 absolutamente a 'artir de um 'onto de ista
de ustiça, mas a 'artir de um 'onto de ista de utilidade L
$ontradição aQui surgida não # 'ortanto, entre di*erentes
$on$e'ç"es de ustiça, mas entre dois 'ontos de ista di*erent es& o
da ustiça e o da utilidade  Xesmo a utilidade , se re*erid a a todos,
'ode ser um 'onto de ista moral Lssim, # inteiramente 'ensel
$hegar ao resultado de Que, da 'ers'e$tia do im'eratio
$ategri$o, isto #, da 'ers'e$ti a de QualQue r um, # moralmente
mais $orreto ante'or to$ai ou 'ar$ialmente a utilidade  ustiça
Xesmo o enolido 'ode eentualmente di0er a si mesmo& #
melhor, tamb#m 'ara mim, deiRar a outros a administração destes
assuntos $omuns Xas, nem ele, nem QualQuer outro, 'ode di0er
Que #, 'or isso, mais
usto/ #, antes, inusto, e h uma resignação mora  inustiça Ta6
'onderação en6re di*erentes 'ontos de ista moralmente releantes
'erten$e ao sentidodo 'ro$esso de $hegar  *ormulação de u60os
morais ,moralische Vrteilsfindung<( e # errneo estili0ar tal
o'osi ção entre di*eren tes 'ontos de ista relevantes, na *orma de
$"ma $ontradição Que '"e em Questão o sentido da morai moderna
(ou do $on$eito moderno de ustiça)
Se nos oltarmos agora  distribuição dos bens materiais,
$onsiderada moitas e0es, sem ra0ão, o ^ni$o 'roblema da ustiça
distributia, deeremos em 'rimeiro lugar tomar $om'reens6el
'or Que 're$isamente estes tr]s 'ontos de ista desem'enham um
'a'ei Se 'assamos da distribuição de direitos  distribuição de
'oder e, *inalmente,  distribuição de bens materiais, 'odemos
tomar $laro Que nos tr]s $asos se trata de uma distribuição Qoe do
'onto de ista moral # $ada e0 menos eidente Perten$e ao
$on$eito de $omunidade de $oo'eração Que seus membros se
atribuam mutuamente direitos, mas não em $ontra'artida, Que os
bens mat#rias seam $onsiderados algo  dis'osição 'ara ser
distribu6do, e tamb#m a distribuição de 'oder e igualmente
ne$essria a'enas na medida em Que # deseel uma
administração $oletia dos assuntos $omuns 9aQuela so$iedade
'r#estata! 'or eRem'lo, Que !o$8e tinha em ista $om o Que
denominou estado de nature0a, 'oderia tratarse a'enas de direitos,
não de 'od&r e em hi'tese alguma de distribuição de bens
WualQuer Que sea o bem a ser distribu6do, não *a0 'arte
do$on$eito de ustiça distributia Que tudo dea ser distribu6do,
mas a'en as Que, se algo dee ser distrib u6do, 'ara a distribuição
não ser arbi trria, tem de ser usta Podese, ao menos em um
'rimeiro 'asso, $onsiderar moralmente indi*erente se uma
so$iedade se entende em 'rin$6'io $omo $omunidade de bens, e
somente de'ois tem de *alar em uma distribuição usta ou inusta
de bens materiais,, ou se trans*ere todo o dom6nio da aQuisição
material s *am6lias indiiduais $omo *oi a $on$e'ção burguesa
tradi$ionalista& aso
$iedade teri a en$ão de auRiliar sem're Que o auR6lio *osse ne
$essrio, mas somente neste $aso, $omo imos na lição anterior G
*ato de uma $a diisão não ser $onsiderada moralmente aberta
resulta somente, mas então sem d^ida ne$essariamente, Quando
lear a Que, 'eia es$asse0 de re$ursos, aignns eRerçam 'oder
sobre outros, e isto eidentemente não # o $aso a'enas sob as
$ondiç"es da e$onomia moderna
1ustiça distributia de bens materiais #, 'ortanto, releante
somente Quando  # $erto Que os bens materiais estão  dis'osição
'ara serem distribu6dos Xo eRem'lo da torta isto era `'ressu'osto
Se 'ensarmos, 'ois, a $omunidade de $oo'eração $omo uma
em'resa $omem em Que todos, na medida em Que o 'ossam,
$ontribuem 'ara o ganho $omem, os dois 'ontos de ista da ustiça
 segundo a ne$essidade e segundo o m#rito ($ontribuição,
desem'enho)  resultam 'or si mesmos Con*orme Quão
indiidua6isti$amente os membros da em'resa se $om'reendam,
irão se in$linar mais a uma ou a outra $on$e'ção Caso se
$om'reendam $ontratua6isti$amente de $erto modo $omo uma
so$iedade annima, $onsiderarão inusto Que o out#ut (a
distribuição) não $orre s'onda ao in#nt' Com'reendendo se, em
$ontra'a rtida, $omo uma grande *am6lia, a distribuiçã o do out#ut se
orienta r somente 'ela ne$essidade Ll#m disso, $ada uma destas
$on$e'ç"es ser naturalmente relatii0ada 'ela eRist]n$ia de
a$ordos 'r#ios ,o er$eiro 'onto de ista)
Esta eR'osição 'ode tomar $om'reens6el $omo os tr]s 'ontos
de ista surgem no $aso es'e$ial da distribuição de bens Xas $om
isto nada ainda *oi dito sobre a sua legitimação ,erechtigung<'
Como deemos aaliar moralmente as tr]s
'retens"es[ 9esta Questão, ternos de manter diante dos olhos Que enr
todos os tr]s $asos se trata de ra0"es 'ara uma distribuição desigual L
distribuição igualitria # a base @m Que
medida se mostra moralmente *undamentado limitla[ ERa
minemos , 'or ordem, os tr]s 'ontos de ista
 L id#ia de uma ustiça segundo a ne$essidade # amb6gua
Wuando XarR, em sua VCr6ti$a do Programa de .othaf esta
bele$eu 'ara Va *ase mais eleada da so$iedade $omunistaU o
'rin$6'io VCada um segundo suas $a'a$idades, a $ada um segundo
suas ne$essidadesU, linha em ista uma so$ieda de onde houes se
abundân$ia, em Que de QualQoer modo todas as ne$essidades
'oderiam ser satis*eitas, Xas isto signi*i$a então Que a distribuição
resulta 'or si mesma 'ão h 'retens"es o'ostas, e neste $aso não
tem sentido *alar de ustiça XarR tinha $ons$i]n$ia disto
L eRig]n$ia de Que a distribuição não sea igual, mas Que
su$eda segundo a ne$essidade, tem sentido a'enas Quando a
ne$essidade maior dee ser medida no sentido m6nimo de Que se
'ossa di0er $om boas ra0"es Que algu#m 're$isa de mais meios do
Que outro , 'or ser mais ne$ess itado A5ui 'are$e ^til distinguir
ne$essi dade obetia de ne$essidade subetia 3 K ne$essidade
obetiamente *undamentada, Quando algu#m # *isi$amente
de*i$ie nte, 'or eRem'lo, aleiado, et$ Wuem # ne$essitado neste
sentido 'ossui desantagem, segundo $rit#rios obetios, e reQuer,
$omo di0 L$8erman uma Vindeni0açãoU +m $ego, 'or eRem'lo,
're$isa de auRilio es'e$ial Wuem re$ebe mais neste sentido #
uni$amente indeni0ado 'or algo Que lhe *alta Esta *orma de
$onsider ação es'e$ia l # um direito e não 'ode ser entendi da $omo
'ondo em Questão uma distribuição igualitria *undamental Tal
argumento aie 'ara todas as *ormas de ne$essidade es'e$ial 'or
eRem'lo, 'ara doentes e idosos
Dse, em $ontra'a rtida, uma *orma inteiram ente di*erente de
ne$essidade maior, Quando se di0 Que uma 'essoa tem mais
ne$essidades ou ne$essidades mais $aras do Queoutra L

3A Apoiome aQui em sugest"es de L$8erman ?ocial 2ustice in ike Liberal ?tate( 
H 0

H
ne$essidade maior não seria agui de meios materiais, mas os
'r'rios deseos seriam maiores Que os dos outros L ne$essidade
maior não seria a de uma $om'ensação de um minus , mas
re'resentaria ela 'r'ria um #lus' Entendo Que 'retens"es desta
es'#$ie tem de ser eliminadas,  em ra0ão de não serem a$ess6eis
a nenhuma mensurabilidade inters"b+etiva$ Se algu#m de$larasse
ne$essidade maior neste sentido, os outros 'oderiam
imediatamente *a0er o mesmo LQuilo em Que uni eamente se
'oderia 'ensar aQui # Que a so$iedade $onsidera bom Que alguns
de seus membros reali0em determinadas tare*as em Que a *ormação
# es'e$ialmente dis'endiosa ('or eRem'lo, artistas, des'ortistas)/
diante da Questão de Quem re$ebe as
$orres'ondent esbols asde estudo, et$, 'are$e surgir um dilema
de ustiça& est igualmente legitimado Quem Quer` Que tenha o
deseo de uma tal *ormação, ou isto se de$i de 'or um test e de
$a'a$idades[ 9ão deemos, 'or#m, admitir Que somente o
'rimeiro 'rin$6'io de es$olha # um 'rin$6'io de ustiça e Que o
segundo #, muito mais, um 'rin$6'io utiiitarista[
Em todo $aso não se}ode 'ortanto'r em Questão, do
'onto de ista da ne$essidade, a distribuição igualitrir'ois ,onde
h ne$essidade obenZa tratase de indeni0ação ou auR6lio es'e$ial,
Que 'or 'rin$6'io não 'reudi$a a distribuiçã o igualitria E Quanto
ao 'onto de ista do m#rito, em sentido mais estrito, o
desem'enho, a V$ontribuiçãoU[ LQui se dee distinguir entre
$a'a$idades e talentos es'e$iais, 'or um lado, e dedi$ação, 'or
outro Sobre a medida da dedi$ação, a 'r'ria 'essoa 'ode de$idir,
e 'are$e $orreto abrirlhe este es'aço maior& se 're*ere dedi$ar
menos tem'o e energ ia, não seria usto diante dos outros obter ,
ainda assim, a mesma indeni0ação 'or seu trabalho
Em $ontra'artida, não se 'ode $om'reender 'or Que algu#m
Que tenha talentos maiores dea re$eber uma remuneração mais
eleada, 'ois Quem 'ode reali0ar suas $a'a$idades
em mais alta medida no seu trabalho, al$ança no 'r'rio tra
balho uma satis*ação maior Se $on$ebemos as *ormas de trabalho
ne$essrias em uma so$iedade, ordenadas em urna s#rie Que
$om'reende desde aQuelas em Que os indi6duos rRiesnr  se
'odem desenoler at# s mais aborre$idas, Que 'odemos designar
trabalho ValienadoU, 'are$e antes usto Que um trabalho sea tanto
melhor remunerad o Quanto mais abnegado ERatamente $omo no
$aso anterior, Quando de$idiam entre mais oo menos dedi$ação, os
indi6duos 'oderiam agora de$idir se estão dis'ostos a um trabalho
mais abnegado 'or uma remuneração maior, ou a um trabalho $om
Que se 'ossam identi*i$ar, re$ebendo 'or ele menor remuneração
Pare$e usto $om'ensar o #liis em remuneração $om o minus em
satis*ação, e Que managers e $ientistas seam mal 'agos, mineiros e
liReiros, em $ontra'artida, bem Se algu#m tem um talento
es'e$ ial, *oi 're*erido 'ela nature 0a, e não 'are$e usto Que sea
ainda remunerado 'or 6slo 3  Ll#m disso, 'oder seia 'ensar Que
se a so$iedade *osse organi0ada $omo sugeri, o me$anismo de mer
$ado $uidaria de Que aQueles Que eRer$essem as 'ro*iss"es mais
interessantes no Que di0 res'eito ao $onte^do seriam os Que
'ossu6ssem maior talento 'ara elas, e não aQueles Que Querem
ganhar mais dinheiro, de tal modo Que resultaria, antes, uma
seleção de talentos Esta seria, $om $erte0a, a'enas uma re*leRão
se$und ria, Que nada mais teria a er $om a ustiça da distrib uição,
mas somente $om a 'rati$abilidade
@ $ertamente uma Questão em'6ri$a, ser ou não 'rati$el um
tal ordenamento Prati$a bilid ade e ustiça são 'ontos de ista
di*erentes Se 'erguntamos 'or Que em nossa so$iedade os $rit#rios
'ara o n6el de remuneração são eRatamente o inerso,
de*rontamonos $omum argumento 'uramente utilita rista& o
sistema de trabalhos so$ialmente ne$essrios *un$iona
su'ostament e a'enas se os trabalhos mais interessantes estie

33 C* tamb#m -ais A 0 heor1 of 2ustice' Œ 3>


rem in$ulados ao est6mulo adi$iona da remuneração mais
eleada LQui não se 'ode tratar da Questão em'6ri$a sobre a
es'#$ie de remuneração $om'aratia Que seria a mais 'rati$el,
mas de se'arar a Questão da maior 'rati$abilidade da Questão da
maior ustiça Su'onhamos, 'ois, Que o modelo re$#m esboçado
}or mim não sea 'rati$el e Que em uma e$onomia $a'italista
seam ne$essrios est6mulos G *ato de Que est6mulos seam
ne$essrios não signi*i$a Que a remuneração $om'aratia
entendida a 'artir deste 'onto de ista sea usta Lntes, 'are$e
agora natural $onsiderar $omo ideologia da so$iedade $a'italista a
$on$e'ção de Que o maior desem'enho `mere$e` uma
remuneração mais eleada& o sistema e$onmi$o # a'oiado
moralment e de modo *also 'ela alegação de Que o Que # ne$essrio
'or ra0"es e$onmi$as (ou 'are$e/ na erdade isto # do interesse
dos 'riilegiados) dee tamb#m ser usto,
@ $om $erte0a inteiramente 'oss6el $onsiderar moralmente
melhor este $on$eito, segundo o Qual os desem'enhos Que eRigem
$a'a$idades es'e$iai s deem ser melhor remunerados, embora sea
re$onhe$ido $omo o mais inusto ERatamente $omo no $aso da
distribui ção do 'oder, 'ode 'are$e r melhor da 'ers'e$tia de
QualQuer um Que um #lus em utilidade  um #ias em 'rodução de
riQue0a so$ial  $om'ense um minus em ustiça +ma distribuição
inusta 'ode a'are$er $omo moralmente melhor 1ustiça # a'enas
um as'e$to do bem
Posso elu$idar isto atra#s do 'rin$6'io $entral da ustiça de
-ais, o $hamado difference #rinci#ie' -als de*ende 'ri
mariamente uma $on$e'ção igualitria, Que limita, todaia, de
modo a admitir Que tamb#m # usta uma distribuição desigual, se
bene*i$ia os membros da so$iedade em 'ior sit7ação Segundo
-als, esta iimitação # ne$essria, ustamente 'orQue
eentualmente uma distribuição desigual elea a riQue0a total de
tal maneira Que, tamb#m aQueles Que atra#s disto re$ebem menos
do Que os outros, re$ebem, todaia,mais do Que de ou
tro modo teriam re$ebido E 'oss6el (mas $ertamente não *or
çoso) neste $aso es'e$ial Que uma distribuição desigual, assim
de*inida, sea 're*erida n esmo da 'ers'e$tia daQueles Que
re$ebem menos do Que os $etros G Que não # $laro em -ats #
Que neste $aso um 'onto de ista militarista mm mais 'eso moral
do Que a ustiça, e isto não se 'ode tomar $laro 'ara ele, 'or não
distinguir entre VbomU e VustoU 9ão se 'ode, $ontudo, duidar de
Que o diff*rence #rinci#ie signi*i$a um 'reu60o de algues *a$e 
distribuição igualitria, e 'are$e $urioso $onsiderar isto $omo a
ordem mais ustaU Criti$o aQui não a id#ia de -als, $omo ta!
mas Que ele não distinga os di*erentes 'ontos de ista releantes
'ara a aaliação moral de uma ordem so$ial, e não o 'ode *a0er
'or ter de antemão de*inido VustiçaU de tal modo, Que tudo o Que #
're*erido a 'artir da 'ers'e$tia da srcinai #osition a'areça $omo
usto 9a realidade, -als *e0 aQui uma $on$essão ao utilitarismo,
Que não #, $ontudo, re$onhe$ida $omo tal, deido a seu uso
ling76sti$o 'e$uliar
Wuanto ao segundo 'onto de ista, $hego, 'ortanto, tamb#m
ao result ado de Que -als não 'ode 'r em Questão a ustiça da
distribuiçã o igualit ria uma distribuiçã o nãoigua litria 'ode
ser a moralmente melhor, mas não 'ode ser a mais usta Em
$ontra'artida, terem os de admitir Que o ter$eiro 'onto de ista,
segundo oQual a distribuição usta # aQuela Que obsera direitos e
a$ordos eRistentes, $ontradi0 a distribuição igualitria Xas a
$ontradi0 sim'lesmente na medida em Que direitos adQuiridos
seriam *eridos 'or toda 'ro'osta de uma redistribuição Que dea
ser mais usta do Que a anterior, mas tamb#m 'or QualQuer
'ro'osta de mudança segundo alguma $on$e'ção de melhor K
aQui uma tensão Que se d sim'lesmente na dimensão tem'oral das
organi0aç"es humanas Se toda $onstelação so$ial # uma
$onstelação $om Quee in$u ‹am direitos, toda 'ro'osta de
organi0ar melhor a so$iedade # uma 'ro'osta Que *ere direitos
eRistentes

?3;
G 5ue minha dis$u ssão dos tr]s 'ontos de ista da distri
birição nãoigualitriausta deeria mostrar #, em 'rimeiro lugar,
Que a limitação da distribuição igualitria Que deles 'are$e resultar
tem um al$an$e menor do Que *reQ7entemente se su'"e/ em
seglindo lugar, Que temos a er menos $om uma limitação da
ustiça igualitria atra#s de outros 'ontos de ista da +"stiça do
Que mm uma limitação do 'ont o de ist a da usti ça, como lat
atra#s de outros 'ontos de ista, Que, todaia, event"almente
'odem, 'or sua e0, ser entendidos $omo 'ontos de ista do bem
moral/ e, em ter$eiro lugar, Que a eRist]n$ia de 'ontos de ista
$ontraditrios, Que t]m de ser $om'ensados entre si, não '"e
absolutamente em Questão, nem o $on$eito de ustiça, nem o
$on$eito de moralmente $orreto
Con$luindo, tenho de oltar  Questão& Em Que medida
deemos $onsiderar os interesses so$iais, e es'e$ialmente a

riQue0a so$ial,
ser diidido $omo
usta uma unidade, isto
ou inustamente[ #, $omo#,algo
L Questão diidido
'ortanto& Emou
Quea
medida # bom (moral mente bom) a#licar  so$iedade a id#ia de
ustiça distributia  indi*erentemente a $omo *or entendida[ l
a*irmei Que 'are$e *orçoso a uma moral distribuir direitos, 'orQue
isto est $ontido de antemão na id#ia de uma moral, e se a moral #
uma moral do res'eito igual uma ustiça igualitria $om relação a
direitos 'are$e *orçosa Do mesmo modo, não 'are$e haer
d^ida de Que temos de a'li$ar
o 'onto de ista da usti ça s di*ere nças de dis tribuição de 'ode r,
'orQue o 'oder de uns sem're signi*i$a a limitação da li berdade
de outros N QuestloeTmQue medida # moralmente  ne$essrio
a'li$ar a ustiça distributia a interesse s so$iais 'ode re*erir se,
'ortanto, a'enas  riQue0a so$ial e #, de resto, habitualmente
entendida somente desta maneira
LQui se dee atentar a Que nas 'ol]mi$as $ontra a id#ia de
ustiça igualitria são *reQ7entemente $on*undidos dois 'ensa
mentos inteiramente di*erentes Lo 'erguntar, sem distinguir
Vo Que de'"e a*inal em *aor de uma ustiça igualitria[U, na
maioria das e0es não se 'er$ebe Que esta Questão 'ode ser ent&
idida i dois modos distint os /odese, em 'rimeiro lugark ter em
ista a Questão de o Que de'"e em *aor de uma $on$e'ção
igualitria de ustiça $ontra outras $on$e'ç"es de ustiça Disto
tratei at# agora Xas 'odese tamb#m, em segundo lugar,
perg"ntar 'or Que, ou em Que medida, se dee a'li$ar o 'onto de
ista da ustiça  riQue0a so$ial
J Gbetase do se guinte modo $o ntra a $on$e 'ção d a riQue0a
so$ial $omo uma massa unitri a a ser diidi da entre todos 3= em
uma so$iedade Vnamrar ainda não trans*ormada ao modo so$ialista
ou ao do Estado do bemesta r so$ial, a 'rodução su$ede de tal
maneira Que os 'rodutos são sem're 'ro'riedade de indi6duos
Pare$e, 'ortanto, interenção arti*i$ial distribui r a `outros o Que
alguns indi6duos 'rodu0iram, e uma tai redistr i buição&'araisa o
deseo de trabalhar e de em'reender dos indi6duos Se tal deseo
'ermane$e,'roo$ar a tend]n$ia a Que a igualdade 'rodu0ida
olte sem're a se rom'er Ll#m disso, # inusto tomar dos
indi6duos o Que eles 'rodu0i ram 'or si mesmos L a'li$aç ão da
id#ia de ustiça aos bens materiais #, 'ois, tanto inusta $omo
ine*etia, tendo, al#m disso, $omo $onseQ7]n$ia o surgimento de
um a'arato buro$rti$o $enden$ial mente totalitrio
Este ra$io$6ni o 'arte de uma determinada id#ia de realida de, o
modelo de 'eQuenos 'rodutores 'roendo $ada um 'ara si mesmo e
sendo alguns mais a'li$ados ao trabalho do Que outros Se este
modelo $orres'ondesse  realidade, seria natural a$entuar o #lus em
liberdade nele $ontido, $ontra 'ostulados de distribuição 9o
$a'italismo, todaia, ele não $orres

3= C*, 'or eRem'lo , o artigo de Xinogue in& .XY Kun t, !hi los o#h 1 and !ol iti cs ,
Camb ridg e 344 A, e 'art es da arg ume nta ção de - 9o0i$8 em ?tate( Anarch1 and
Jto#ia' 9oa iorQ ue, 34>? 
'onde  realidade 9eea liberdade ne gatia de alguns le *a a
relaç"es de 'oder e, da6, a uma limitação da liberdade 'ositia de
outros L ideologi a liberal$onseradora 'ressu'"e tamb#m Que
todos 'artam de 're$ondiç"es iguais e Que, 'ortanto, $ada um tenha
de atribu ir somen te a si mesmo o *ato de Que 'oss ua menos  9a
realidade, os meios de 'rodução en$ontram se desde o in6$io nas
mios de alguns, e as 'ossibilidades de deseok
N volvimento de $ada 'essoa dependem de em Que !am#lia ela
nas$eu
9a argumentação daQueles Que se p%em $ontra a a'li$ação dos
'ontos de ista da ustiça  riQue0a social, temos, todaia, de
distinguir os argumentos morais Questioneis dos argumentos Que
t]m em ista a e*i$i]n$ia Como a imos ea 'r'ria dis$ussão da
ustiça, argumentos utilitaristas 'odem 'or e0es $om'elisar
inteiramentemesmolo*$ ds'e$*oitiora! argumentos de ustiça
/oderseia, portanto, transigir $om a argumentação $onseradora,
limitando a a'li$ação da id#ia de ustiça& $on$edendo a'enas Que a
a'li$ação da id#ia de ustiça  totalidade dos bens materiais de uma
so$iedade não #, de antemão, ne$essria  moral do res'eito igual,
'oderia ser sugerida a 'ossibilidade alternatia da
institu$ionali0ação de uma ustiça m6nima E se o*ere$e $omo tal
uma $on$e'ção *orte dos direitos humanos, Que in$lui
es'e$ialmente os direi tos e$onmi$os e o direito a $ondiç"e s
ini$iais iguais, $omo iguais $han$es de *ormação $ultural e a
su'ressão do direito de su$essão hereditria (Em *aor do direito
de su$essão hereditria, são men$ionados na maioria das e0es
'ontos de ista utilitaristas& a 'ossibilidade de transmitir bens aos
*ilhos # um est6mulo ne$essrio  sua aQuisição e $om isso 
'rodução/ sua inustiça est, todaia, *ora de d^ida)
Com isto, olto  Questão $om Que ini$iei esta lição, a Questão
de $omo se rela$ionam mutuamente a 'roblemti$a dos direitos
humanos e a da ustiça 1 indiQuei Que mesmo os direitos
humanos, Quanto aos Quais # $on$edido em geral $a
berem igualmente a todos, são uma Questão de ustiça, e se 'oderia
$om'letar isto do seguinte modo& a $on$e'ção dos direitos
)"manos # uma $on $e'ção da ust iça m#nima, e isto em dois
n6eis, um Qualitatio e outro Quantitat io L $on$e'ção de direitos
humanos da tradição libera # uma $on$e'ção da ustiça Qualitatia
m6nima& ao menos as situaç"es ur6di$as determina das, eR'ressas
nos direitos de liberdade negatia, são garantidas igualmente a
todos Em $ontra'artida, a $on$e'ção de direitos humanos Que
in$lui os direitos e$onmi$os assegura a todos os $idadãos direitos
a meios m6nimos de subsist]n$ia, isto é, a bens materiais, assim
$omo  o'ortunidade de adQuirilos ($omo o direito ao trabalho) e
direito Quelas 'restaç"es de seriços Que $om eles 'odem ser
obtidas ($omo $uidados J m#di$os, et$)
L 'artir da6 podese entender ao menos 'ar$ialmente 'or Que
uma teori a da ustiça $omo a de -als nem seQuer dis$ ute a
Questão sobre o deer haer direitos e$onmi$os L ra0ão est em
Que, $aso se assuma uma 'osição tão *orte $om re*er]n$ia 
distribuição usta de bens materiais $omo -als em 'rin$6'io o
*a0, a Questão dos direitos e$onmi$os # retirada ($ertamente 99
$aso de -als a$res$entase a isto o *ato de ele 'assar 'or alto os
'roblemas es'e$6*i$os dos gru'os so$iais Que não 'odem audar a si
mesmos, bem $omo o 'robiema do desem'rego) L $on$e'ção da
reali0ação dos direitos e$onmi$os #, ao menos em 'arte, uma
ersão alternatia *a$e  $on$e'ção da ustiça distributia E,
enQuanto reali0ação de uma ustiça e$onmi$a m6nima  $om
$erte0a  su*i$iente mente di*6$il de se e*etiar, Quando se 'ensa, a
t6tulo de eRem'lo, nos 'roblemas globais e se $onsidera Que o
direito ao trabalho, 'or eRem'lo, ainda não se reali0ou em nenhum
'a6s $a'italista uma ersão mais *ra$a, Que, todaia, lea
eentualmente em $onta a 'arte legitimada da argumentação
$onseradora $ontra a ustiça
J Isto não 'ode sig ni*i$ar, entretanto, Que a eRig]n$ia de
uma institu$ionali0ação dos direitos s$ioe$onmi$os 'ossa

?34
substituir a eRig]n$ia de mais ustiça Temse de distinguir a
eRig]n$ia de mais ustiça da $ari$atura de uma distribuição sã
'intada 'eios $onseradores L eRig]n$ia de uma remu rra$ão
}usta nelo trabalho_ tal $omo se $ont#m tamb#m em
S c
minhas re*leR"e s sobre uma remuneração usta, Que tale0 'areçam
ut'i$as, a'are$e $omo moralmente tio ne$essria Quanto a
eRig]n$ia da reali0ação dos direitos e$onmi$os, Se minha
des$rição da $on$e'ção dos direitos humanos $omo a de uma
ustiça m6nima *or $orreta, então o Que a toma moralmente
insu*i$iente reside 're$isamente nesta minimidade Em o'osição 
eRig]n$ia dinâmi$a de mais ustiça, a $on$e'ção dos direitos
humanos # estti$a segundo sua 'r'ria id#ia Como eRig]n$ias
reais,as duas $on$e'ç"es se $om'letam e J'odem tamb#m reagir
uma a outra de modo signi*i$atio Determinado $om'romisso de
auR6lio  subsist]n$ia 'ode, 'or eRem'lo, ser re$usado $omo
inusto Por outro lado, a $on$e'ção dos direitos humanos des$obre
dom6nios Que, embora tamb#m 'ossam ser en$arados $omo
dom6nios da ustiça, são *a$ilmente des$onsid erados,  Que a
dis$ussão normal sobre a ustiça *iRase no 'roblema da distribuição
dos bens materiais Dado Que a $on$e'ção dos direitos humanos,
mesmo Que e$onomi$amente am'liada, não '"e em Questão, 'elo
menos idealme nte, as di*erenças eRtremas de bemestar, tem de ser
$om'letada 'ela eRig]n$ia  ilimitada segundo o seu sentido  de
mais ustiça, $aso a id#ia de res'eito igual não se dea tornar uma
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\right, .*! on, 0he ?arieties of Goo'ness* !ondres, 345<
jX8+TICD

L'riori, 3;s, iC s=s, Conenç"es, ?4k =;<


Lbsoluto, gramati$almente, <> Costumes, eti$idade, Us, _\Ws$
Ldmiração ==3, =;?s Crianças, 34As, =4?, =44
L*etos morais, =A Des're0o, =;=s, =;?Œ, <=:
Lltru6smo, 3A3 s Deer, =5, <>?<, ?4, \Q$
Lmor ao 'rRimo, =4?, <A3 Dignidade, <:s <4A,

Lnimais, 34As, =AAŒ =W=s, Direitos naturais, <>Is


=A; =A:, <??, <:?s Direitos& gerais <5;s/ morais,
<5< <>A<>: <43/ es'e$iais,
L'roar ;:s, 5=, <<>s <;As, <;?, <5;/ subetios,
Lutoestima, 5As <5=s <>?& dos animais, <:?Œ
Lutonomia 55 45s, 4:, 3AA, Ego6sta, =>s, 4:3A=
3A;
Emotiismo, ==5, ==4s, =<?
Bom, 5=s, 5?, 5:s, :3s, :;
4<, 4>` @ti$a, 33, 3<s, <;s ?3 s
Colis"es de deeres, 3;:
@ti$a da $om'aiRão, 34A
Com'aiRão, 34As, 34;s, 344s,
=A5s/ generali0ada, 344 ERigir re$i'ro$amente, 5<
Con$eito de moral *ormai, Fal$ia naturalista, A<s
=;, <=
Cons$i]n$ia mora Feto, =A=, =A>=3A
(.eissen), =4s, <3 s 5<s, Fundamentação (de uma mo

5;s,
<?= 5:,>?, :>, 3A;, 33As, ral)& absoluta
$ontratuali 3?, ><,
sta, :A:=/ >;s/
natural
Coniratualismo, =4, <3, 55, >3, >?/ nãotradi$ionalista, ></
>:sz :A4345 relatia, :<s, :5/
tradi$ionalis
ta, =?, >=/ trans$endente,  Pingente moral, <?=
tradi$ional ista, >? Prometer, <?=
Identidade, 5As, >.s/ moral, Wuasemoral, :3,:<
pR' -a0ão, es$rito $om mai^s$ula,
Im'ar$ialidade, <<= ?>
Im'eratio, ?<, ?5, >;/ -a0"es de 'lausibilidade, Ws$
enieg# ri$o, ?>, :>43, 4?s,
lGIs, -e$onhe$er, <5= <>3, <:=s
Indignação, 3=, =As [ <3, 5= -egras de ogo ??s, ?:
5?, :, =;=, =;; -es'eito, <3 :> 4A, 4?, IA!
lii60os morais, 3=, 3;=A, <?:<;A, <5= <>=, ?A?, ?=A
==s, =;s, <?s, <4s, ;>, 5>s, Sanção, ?;?4 5<5;, :As,
:<s, IA=s 4; 4>_
Lack of moral sense, 5;s, :=, Sentimento de $ul'a, =;?s
4=45s, 3=;, 3<; Sentimentosfmorais,  a*etos
X#rito, <4#s, <44s/ em Ser bom, $on$eito
54/ 'laus6el, <! :;s, de, 5;
4<4;
sentido estrito, ?A>s, ?3=
Xera_ =><=, <?/ ema =? Teolgi$o, 35?, 34=, 34>
5>/ 'ol6ti$a <5</ Ter de, =;, <>?;, ;A, 5<,
tradi$ionalista =A; 5;, 5:, >; >>, 45 3A;
Xodaçâo moral, l`<As, 3<4, +tilitarismo, =3? =<=, =?:,
34Is% <A;
Xotios,  ra0"es 2alor absoluto <>=
9as$imento, =A:=3A 2ergonha, 3=, =As, 5Ws, 5=s,
9ature0a do ser humano, >?, :.s, =;?s/ moral, 53, 5<
>s 2irtudes de *eli$idade, =5>,
9e$essidade 'rti$a, <>s, ?; =54, =>:
9ormas ?<s/ morais, <s,
<:, ?=, ?5, ;:/ so$iais, ?:s
9ormas da ra0ão, ?;s, ?:
Gbrigação morai, <<, 5>
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Fran8lin, B, )R(
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L'e! YG, ?>, 3><, 3>:s, 3:3 =4:, <AA, <=;
Lristoteles, =Ak <=s, <;, ?! .authier, D, >:
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==:, =<< =<;=<4, =?=s, =?5,
=;As, =;;=5:, =54=:=, .eirth, L, 3>=, =<=
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Bedau, K, <54 Kare, -X, 3A<, 3;:s, 3>>,
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ris%4r1 I, P XarR, Y 3:s, =[ =:;s, ?33
Kunte ; (W$7 ;<, Xill, 1=$, <;[AA
>?, _s, \_U, 3=>, 35>s,
\W\s, =;As, =>?s, =4: <A; Xiller, D, ?A>
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<<;,<??, <?><?4, <;3 s 9iet0s$he E, 3?, =<<s, =<;
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?> ;5s, >?>> :=453A= IC5 3A3, 33=s 33;s, =;:=5=,
I>3, =3< =3;, =<A=<<, =<4 =55 =5: =>A =:=, <4;
=?= =?5s =?: <A> <4>
\Q$ <3: <<= <<;, <?As Protgoras :A
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<:?<:>, W\,WW$ =3;s, <4<<4;,?A3,?A>
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f 3reas de interesse:

C+!T+-L! rei/g&$&a . 3A< Lnos


M ;9 Administração  E%onomia 2 9 Cots%uese e Ensino Reigioso M  2o%urre
M ; Antro(oogia Tos da greia M  "L?(ir::Vlsoe e /ida, AutoaGuda
2 ; C%rrni%%%ão + PP Frans$arisn`o 2  iturgia P
W < Cui .` /a 2e/o%ionarios . 9; )arioogia
Li ó@ biosora 2 @ XVr%ra sa%a renta", -amiiar e so%ia
iZG ó> Wistorie e eogra-ia □ 9 ç:"?g%o
i' C nr%nro'u/enis □ ; K > $> d z br%r4Gra  Tetos e %oment^rio:
D B$ Letras e Literatura C3.; <& & 
□ ; $edagogia e Edu%ação + G> >
} , ~`$ r a` < igrea
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