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AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA (ABIN)

LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA - TODOS


OS CARGOS (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA E AGENTE TÉCNICO
DE INTELIGÊNCIA).
TEORIA E EXERCÍCIOS
AULA 8
PROF: RICARDO GOMES

AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA (ABIN)


Prezados Alunos!
Aula 8 de Legislação de Interesse da ABIN!
Bons Estudos!
Ricardo Gomes

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

o 5 Parte Especial do Código Penal (Decreto-Lei nº


2.848/40) e alterações, no referente aos seguintes
tópicos:
a) Título XI, Capítulo I - dos crimes praticados por
funcionário público contra a administração em
geral.

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a) Crimes praticados por funcionário público contra a administração


em geral.

Peculato.
• TIPO PENAL: Apropriar-se o funcionário público de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Esse é o crime de FURTO praticado por funcionário
público. Aqui é o crime praticado com dolo (com a intenção
clara e objetiva de furtar).
O crime pode ser praticado em 2 condutas diversas:
a. Apropriação – o funcionário público se apodera de
coisa sob sua posse, em razão do cargo público,
passando a comportar-se como se fosse dono
dela. Ex: servidor que leva consigo notebook da
repartição e não o devolve e nem informa que foi
ele que se apoderou do bem.
b. Desvio – é a malversação ou dar destinação
diversa à coisa. Ex: desvio de verba pública.
A apropriação e o desvio podem ser para si mesmo ou para
terceiros.
• Também comete o crime quem o funcionário público,
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 12 ANOS e MULTA.

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Peculato culposo.
• TIPO PENAL: Caso o furto seja praticado pelo funcionário
público apenas com CULPA (imprudência, negligência ou
imperícia), a penalidade será reduzida.
Ex: servidor que deixa armário ou cofre aberto de forma
negligente, de que era responsável pela guarda, e ocorre
furto do material protegido.

• PENALIDADE: reclusão, de 3 MESES a 1 ANO.


• Atenção!
No peculato CULPOSO, caso o funcionário público repare o
dano ANTES da sentença irrecorrível (antes do trânsito em
julgado), extinguirá a punibilidade (não haverá crime).
Se o ressarcimento do dano for posterior à sentença
irrecorrível, a pena será reduzida em METADE.

Peculato mediante erro de outrem.


• TIPO PENAL: Apropriar-se de dinheiro ou qualquer
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de
outrem.
Exemplo: servidor que recebe valores a mais do que o
particular devia ao erário e se apropria dele.

• PENALIDADE: reclusão, de 1 a 4 ANOS.

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Inserção de dados falsos em sistema de informações.


• TIPO PENAL: Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos
de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
dano.
Esse crime visa proteger a integridade dos dados de
informática dos bancos de dados e dos sistemas dos órgãos
públicos.
Exemplo: servidor do INSS que insere dado incorreto de
aposentadoria do servidor e, com base nele, concede
indevido benefício previdenciário;
Exemplo 2: Oficial da ABIN que altera dados do sistema da
Agência para manipular a atividade de Inteligência.
Obs: Esse crime é praticado por funcionário público
devidamente autorizado a incluir e gerenciar os dados dos
sistemas informatizados ou dos bancos de dados.
O crime exige que o servidor obtenha vantagem indevida
ou cause dano.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 12 ANOS.

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de


informações.
• TIPO PENAL: Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
informações ou programa de informática SEM autorização
ou solicitação de autoridade competente.
• Este crime NÃO exige que o servidor obtenha vantagem

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indevida ou cause dano, basta a modificação ou alteração


sem autorização.

• PENALIDADE: detenção, de 3 MESES a 2 ANOS e


MULTA.
• Penas + GRAVOSAS:

o se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se a


pena privativa de liberdade + a de MULTA.
o As penas são aumentadas de 1/3 (um terço) até a
METADE se da modificação ou alteração resulta DANO
para a Administração Pública ou para o administrado.

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento.


• TIPO PENAL: Extraviar, sonegar ou inutilizar livro oficial
ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
cargo.
Exemplo: servidor do Poder Judiciário que extravia processos
de determinados Advogados, em atos de corrupção judicial.

• PENALIDADE: reclusão, de 1 a 4 ANOS.

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas.


• TIPO PENAL: Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
diversa da estabelecida em lei.
Este crime é praticado pelo funcionário público que tenha o

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poder de administração de verbas ou rendas públicas (Ex:


Presidente da República; Ministros, Governadores,
Secretários, Diretores ou Presidentes de Autarquias ou
Empresas Estatais).

• PENALIDADE: detenção, de 1 a 3 MESES ou MULTA.

Concussão.
• TIPO PENAL: Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida.
O crime é praticado por funcionário público que exige
explícita ou implicitamente vantagem indevida pela
assunção do cargo público. É uma forma de extorsão
executada por funcionário público.
O funcionário exige, constrange, influencia de forma
intimidativa o particular (com coerção).
O crime de concussão diferencia-se da corrupção passiva
pelo verbo EXIGIR. No crime de corrupção passiva é
praticada pelo verbo solicitar ou receber vantagem
indevida.

o Concussão – exigir vantagem indevida;


o Corrupção Passiva - solicitar ou receber vantagem
indevida.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 8 ANOS e MULTA.

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Excesso de exação.
• TIPO PENAL: Caso o funcionário exija tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza.
• Esse é o crime de concussão praticada por servidores do
Fisco (Auditores Fiscais da Receita).

• PENALIDADE: reclusão, de 3 a 8 ANOS e MULTA.


• Caso o funcionário venha a desviar os recursos recebidos,
que deveriam ser recolhidos aos cofres públicos, a
penalidade será de reclusão, de 2 a 12 ANOS e MULTA.

Corrupção passiva.
• TIPO PENAL: Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 12 ANOS e MULTA.


• A Penalidade será de detenção de 3 MESES a 1 ANO ou
MULTA se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem. Exemplo: pedido de outro
funcionário público (Chefes ou pares).

• Penas + GRAVOSAS:

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o Se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o


funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer
ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional,
a pena é aumentada em 1/3.
Ex: Policial Rodoviário Federal, que solicita vantagem
indevida para deixar de aplicar multa ou de apreender
veículo irregular.

Facilitação de contrabando ou descaminho.


• TIPO PENAL: Facilitar, com infração de dever funcional, a
prática de contrabando ou descaminho.
O crime de contrabando e descaminho é praticado pela
importação ou exportação de mercadoria proibida ou iludir-
se, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria.
O crime de facilitação de contrabando ou descaminho é
praticado pelo funcionário público, que permite/facilite a
realização do crime previsto no art. 334 do CP por terceiro.
O crime só pode ser praticado pelo funcionário público que
seja incumbido da prevenção ou repressão aos crimes de
contrabando ou descaminho.

• PENALIDADE: reclusão, de 3 a 8 ANOS e MULTA.

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Prevaricação.
• TIPO PENAL: Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
O crime consiste no fato de espontaneamente o servidor
deixar a finalidade pública do ato a ser praticado para
satisfazer interesse pessoal.
Ex: servidor que não dar andamento a processo
administrativo disciplinar que deveria ser instaurado ou
apurado, para proteger amigo ou parente.
Ex 2: Delegado de Polícia que se recusa a instaurar Inquérito
Policial solicitado pelo MPF.
Ex 3: não abertura de licitação (dispensa) para contratação
de empresa de interesse da autoridade.
• PENALIDADE: reclusão, de 3 MESES a 1 ANO.

• TIPO PENAL: Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou


agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo.
Esse crime protege a administração pública contra
comportamentos de servidores que colocam em risco a
segurança interna e externa aos presídios, não vedando
acesso dos presos a aparelhos de comunicação.

• PENALIDADE: detenção, de 3 MESES a 1 ANO.

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Condescendência criminosa.
• TIPO PENAL: Deixar o funcionário, por indulgência
(tolerância ou concordância), de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente.
• O crime é praticado de 2 formas diversas:
1. Deixar de responsabilizar servidor que tenha
praticado infração disciplinar ou penal (ex:
deixar de instaurar PAD ou sindicância de forma
indevida, ou mesmo exculpar incorretamente);
2. Não representar a irregularidade de que tiver
ciência.

• PENALIDADE: detenção, de 15 DIAS a 1 MÊS ou MULTA.

Advocacia administrativa.
• TIPO PENAL: Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário.
• O servidor comete o crime quando patrocina (defende,
pleiteia, advoga) perante companheiros ou superiores
hierárquicos o interesse particular. Deve o agente ostentar
a condição de funcionário público + aproveitando-se das
facilidades desta qualidade de servidor.

• PENALIDADE: detenção, de 1 a 3 MESES ou MULTA.

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• Se o interesse defendido perante a administração pública for


ILEGÍTIMO (ilegal), a pena é maior: detenção, de 3
MESES a 1 ANO e MULTA.

Violência arbitrária.
• TIPO PENAL: Praticar violência, no exercício de função ou
a pretexto de exercê-la.
O crime foi revogado pela Lei nº 4.898/65, que trata dos
crimes de abuso de poder.

• PENALIDADE: detenção, de 6 MESES a 3 ANOS + a Pena


da Violência.

Abandono de função.
• TIPO PENAL: Abandonar cargo público, fora dos casos
permitidos em lei.
• A lei prevê esta conduta criminosa com o objetivo de não
deixar paralisada a máquina administrativa, diante da
probabilidade de dano à administração. Parece com a
conduta de deserção militar.
No âmbito da Lei nº 8.112/90, o abandono do cargo só se dá
a partir de + de 30 DIAS de ausência ao serviço (isto é,
com o 31º DIA de falta já configura o ilícito administrativo e
penal).

• PENALIDADE: detenção, de 15 DIAS a 1 MÊS ou MULTA.

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• Penas + GRAVOSAS:

o Se do fato resulta prejuízo público - detenção, de 3


MESES a 1 ANO;
o Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de
fronteira - detenção, de 1 a 3 ANOS e MULTA.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.


• TIPO PENAL: Entrar no exercício de função pública antes
de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la,
sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
exonerado, removido, substituído ou suspenso.
• O crime é praticado de 2 formas diversas:
1. Antecipar-se no exercício de função pública (sem
ainda preencher os requisitos legais. Exemplo: sem
tomar posse, inspeção médica, diplomação do
cargo eletivo).
2. Prolongar o exercício de função pública (Ex:
servidor já exonerado, aposentado, removido,
substituído que ainda pratica atos das atribuições de
seu antigo cargo).

• PENALIDADE: detenção, de 15 DIAS a 1 MÊS ou MULTA.

Violação de sigilo funcional.


Atenção! Crime com foco na ABIN!
• TIPO PENAL: Revelar fato de que tem ciência em razão do

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cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-


lhe a revelação.
O servidor deve saber do segredo revelado em razão do seu
cargo ou função que exerce, devendo estar entre suas
atribuições o conhecimento do fato secreto.
Também comete o mesmo crime o servidor que:
1. permite ou facilita, mediante atribuição,
fornecimento e empréstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas não
autorizadas a sistemas de informações ou
banco de dados da Administração Pública;
Cuidado com suas senhas!!!
2. se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

Obs: se for caso de espionagem ou revelação de segredo


que ofenda a segurança nacional, o agente comete os crimes
dos arts. 13, 14 e 21 da Lei nº 7.170/83.

Lei nº 7.170/83
Art. 13 - Comunicar, entregar ou permitir a comunicação ou a entrega, a
governo ou grupo estrangeiro, ou a organização ou grupo de existência ilegal, de
dados, documentos ou cópias de documentos, planos, códigos, cifras ou assuntos que,
no interesse do Estado brasileiro, são classificados como sigilosos.
Pena: reclusão, de 3 a 15 anos.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:

I - com o objetivo de realizar os atos previstos neste artigo, mantém


serviço de espionagem ou dele participa;
II - com o mesmo objetivo, realiza atividade aerofotográfica ou de
sensoreamento remoto, em qualquer parte do território nacional;
III - oculta ou presta auxílio a espião, sabendo-o tal, para subtraí-lo à

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ação da autoridade pública;


IV - obtém ou revela, para fim de espionagem, desenhos, projetos,
fotografias, notícias ou informações a respeito de técnicas, de tecnologias, de
componentes, de equipamentos, de instalações ou de sistemas de processamento
automatizado de dados, em uso ou em desenvolvimento no País, que, reputados
essenciais para a sua defesa, segurança ou economia, devem permanecer em
segredo.
Art. 14 - Facilitar, culposamente, a prática de qualquer dos crimes
previstos nos arts. 12 e 13, e seus parágrafos.
Pena: detenção, de 1 a 5 anos.

Art. 21 - Revelar segredo obtido em razão de cargo, emprego ou função


pública, relativamente a planos, ações ou operações militares ou policiais contra
rebeldes, insurretos ou revolucionários.

Pena: reclusão, de 2 a 10 anos.

• PENALIDADE: detenção, de 6 MESES a 2 ANOS e


MULTA, se o fato não constitui crime mais grave.
• Penas + GRAVOSAS:

o se da ação ou omissão resulta dano à Administração


Pública ou a outrem – reclusão de 2 a 6 ANOS, e
MULTA.

Violação do sigilo de proposta de concorrência.


• TIPO PENAL: Devassar o sigilo de proposta de
concorrência pública (licitação), ou proporcionar a terceiro o
ensejo de devassá-lo.
Esse crime foi revogado por outro crime especial previsto na
Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93, art. 94).

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• PENALIDADE: detenção, de 3 MESES a 1 ANO e MULTA.

Funcionário público.
O conceito de funcionário público para fins PENAIS não se
restringe aos que ocupam cargo público! O conceito do Direito Administrativo
é bem mais restrito. No âmbito penal, considera-se funcionário público todo
aquele exerça cargo, emprego ou função pública, até mesmo de forma
transitória ou sem remuneração. Exemplo: jurado, mesários eleitorais,
terceirizados, estagiários, servidores efetivos, empregados públicos, ocupantes
de cargo em comissão, etc.
Ademais, são equiparados a funcionário público para fins
penais quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e
quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada
para a execução de atividade típica da Administração Pública. Ex: empresas
terceirizadas.
Importante!
Causa de Aumento de Pena autores ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou
fundação instituída pelo poder público – a pena aumenta em 1/3!

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 122 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Caso um servidor público venha a apropriar-se ou desviar bem móvel público
em proveito alheio, cometerá o crime de corrupção passiva.

COMENTÁRIOS:
Peculato.
• TIPO PENAL: Apropriar-se o funcionário público de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Esse é o crime de FURTO praticado por funcionário
público. Aqui é o crime praticado com dolo (com a intenção
clara e objetiva de furtar).
O crime pode ser praticado em 2 condutas diversas:
a. Apropriação – o funcionário público se apodera de
coisa sob sua posse, em razão do cargo público,
passando a comportar-se como se fosse dono
dela. Ex: servidor que leva consigo notebook da
repartição e não o devolve e nem informa que foi
ele que se apoderou do bem.
b. Desvio – é a malversação ou dar destinação
diversa à coisa. Ex: desvio de verba pública.
A apropriação e o desvio podem ser para si mesmo ou para

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terceiros.
• Também comete o crime quem o funcionário público,
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 12 ANOS e MULTA.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 123 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
O peculato pode ser praticado na forma culposa e dolosa. Nos dois casos, caso
o servidor repare o dano antes da sentença irrecorrível a punibilidade será
extinta.

COMENTÁRIOS:
Peculato culposo.
• TIPO PENAL: Caso o furto seja praticado pelo funcionário
público apenas com CULPA (imprudência, negligência ou
imperícia), a penalidade será reduzida.
Ex: servidor que deixa armário ou cofre aberto de forma
negligente, de que era responsável pela guarda, e ocorre
furto do material protegido.

• PENALIDADE: reclusão, de 3 MESES a 1 ANO.


• Atenção!
No peculato CULPOSO, caso o funcionário público repare o

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dano ANTES da sentença irrecorrível (antes do trânsito em


julgado), extinguirá a punibilidade (não haverá crime).
Se o ressarcimento do dano for posterior à sentença
irrecorrível, a pena será reduzida em METADE.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 124 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Se um servidor autorizado a acessar dados de sistema vier a inserir dados
falsos para obtenção de vantagem indevida, cometerá o crime de inserção de
dados falsos em sistema de informações.

COMENTÁRIOS:
Inserção de dados falsos em sistema de informações.
• TIPO PENAL: Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos
de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
dano.
Esse crime visa proteger a integridade dos dados de
informática dos bancos de dados e dos sistemas dos órgãos
públicos.
Exemplo: servidor do INSS que insere dado incorreto de
aposentadoria do servidor e, com base nele, concede
indevido benefício previdenciário;
Exemplo 2: Oficial da ABIN que altera dados do sistema da
Agência para manipular a atividade de Inteligência.
Obs: Esse crime é praticado por funcionário público

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devidamente autorizado a incluir e gerenciar os dados dos


sistemas informatizados ou dos bancos de dados.
O crime exige que o servidor obtenha vantagem indevida
ou cause dano.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 12 ANOS.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 125 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
A simples modificação de sistema de informação sem autorização da
autoridade competente é considerada crime.

COMENTÁRIOS:
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
informações.
• TIPO PENAL: Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
informações ou programa de informática SEM autorização
ou solicitação de autoridade competente.
• Este crime NÃO exige que o servidor obtenha vantagem
indevida ou cause dano, basta a modificação ou alteração
sem autorização.

• PENALIDADE: detenção, de 3 MESES a 2 ANOS e


MULTA.
• Penas + GRAVOSAS:

o se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se a


pena privativa de liberdade + a de MULTA.

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o As penas são aumentadas de 1/3 (um terço) até a


METADE se da modificação ou alteração resulta DANO
para a Administração Pública ou para o administrado.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 126 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Caso um funcionário público venha a aplicar verbas públicas em destinações
diversas da lei pode responder por crime previsto no código penal.

COMENTÁRIOS:
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
• TIPO PENAL: Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
diversa da estabelecida em lei.
Este crime é praticado pelo funcionário público que tenha o
poder de administração de verbas ou rendas públicas (Ex:
Presidente da República; Ministros, Governadores,
Secretários, Diretores ou Presidentes de Autarquias ou
Empresas Estatais).

• PENALIDADE: detenção, de 1 a 3 MESES ou MULTA.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 127 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Se um servidor solicitar ou receber vantagem indevida em razão do cargo,
cometerá necessariamente o crime de concussão.

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LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA - TODOS
OS CARGOS (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA E AGENTE TÉCNICO
DE INTELIGÊNCIA).
TEORIA E EXERCÍCIOS
AULA 8
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COMENTÁRIOS:
Concussão.
• TIPO PENAL: Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida.
O crime é praticado por funcionário público que exige
explícita ou implicitamente vantagem indevida pela
assunção do cargo público. É uma forma de extorsão
executada por funcionário público.
O funcionário exige, constrange, influencia de forma
intimidativa o particular (com coerção).
O crime de concussão diferencia-se da corrupção passiva
pelo verbo EXIGIR. No crime de corrupção passiva é
praticada pelo verbo solicitar ou receber vantagem
indevida.

o Concussão – exigir vantagem indevida;


o Corrupção Passiva - solicitar ou receber vantagem
indevida.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 8 ANOS e MULTA.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 128 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Se um funcionário exigir contribuição social não autorizada por lei cometerá o
crime de concussão.

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OS CARGOS (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA E AGENTE TÉCNICO
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COMENTÁRIOS:
Excesso de exação.
• TIPO PENAL: Caso o funcionário exija tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza.
• Esse é o crime de concussão praticada por servidores do
Fisco (Auditores Fiscais da Receita).

• PENALIDADE: reclusão, de 3 a 8 ANOS e MULTA.


• Caso o funcionário venha a desviar os recursos recebidos,
que deveriam ser recolhidos aos cofres públicos, a
penalidade será de reclusão, de 2 a 12 ANOS e MULTA.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 129 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
A corrupção passiva é praticada pelos atos de solicitar ou de receber vantagem
indevida, bem como ao aceitar a promessa de tal vantagem.

COMENTÁRIOS:
Corrupção passiva.
• TIPO PENAL: Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem.

• PENALIDADE: reclusão, de 2 a 12 ANOS e MULTA.

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• A Penalidade será de detenção de 3 MESES a 1 ANO ou


MULTA se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem. Exemplo: pedido de outro
funcionário público (Chefes ou pares).

• Penas + GRAVOSAS:

o Se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o


funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer
ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional,
a pena é aumentada em 1/3.
Ex: Policial Rodoviário Federal, que solicita vantagem
indevida para deixar de aplicar multa ou de apreender
veículo irregular.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 130 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
O contrabando e o descaminho são praticados necessariamente por
funcionários públicos.

COMENTÁRIOS:
Facilitação de contrabando ou descaminho.
• TIPO PENAL: Facilitar, com infração de dever funcional, a
prática de contrabando ou descaminho.
O crime de contrabando e descaminho é praticado pela
importação ou exportação de mercadoria proibida ou iludir-
se, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de

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mercadoria.
Já o crime de facilitação de contrabando ou descaminho é
praticado pelo funcionário público, que permite/facilite a
realização do crime previsto no art. 334 do CP por terceiro.
O crime só pode ser praticado pelo funcionário público que
seja incumbido da prevenção ou repressão aos crimes de
contrabando ou descaminho.

• PENALIDADE: reclusão, de 3 a 8 ANOS e MULTA.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 131 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Se um servidor não apura irregularidade praticada por outro servidor ou se um
delegado que não instaura inquérito solicitado pelo MP poderão incorrer no
crime de prevaricação.

COMENTÁRIOS:
Prevaricação.
• TIPO PENAL: Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
O crime consiste no fato de espontaneamente o servidor
deixar a finalidade pública do ato a ser praticado para
satisfazer interesse pessoal.
Ex 1: Delegado de Polícia que se recusa a instaurar Inquérito
Policial solicitado pelo MPF.

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Ex 2: não abertura de licitação (dispensa) para contratação


de empresa de interesse da autoridade.
• PENALIDADE: reclusão, de 3 MESES a 1 ANO.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 132 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Caso você, na qualidade de servidor público, não represente à autoridade
competente uma irregularidade, poderá cometer o crime de condescendência
criminosa.

COMENTÁRIOS:
Condescendência criminosa.
• TIPO PENAL: Deixar o funcionário, por indulgência
(tolerância ou concordância), de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente.
• O crime é praticado de 2 formas diversas:
1. Deixar de responsabilizar servidor que tenha
praticado infração disciplinar ou penal (ex:
deixar de instaurar PAD ou sindicância de forma
indevida, ou mesmo exculpar incorretamente);
2. Não representar a irregularidade de que tiver
ciência.
• Ex: servidor que não dar andamento a processo
administrativo disciplinar que deveria ser instaurado ou
apurado, para proteger amigo ou parente.
• PENALIDADE: detenção, de 15 DIAS a 1 MÊS ou MULTA.

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 133 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Se um servidor público, bacharel em Direito e Advogado vier a defender
interesse privado perante a administração, este fato, por si só, implica no
crime de advocacia administrativa.

COMENTÁRIOS:
Advocacia administrativa.
• TIPO PENAL: Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário.
• O servidor comete o crime quando patrocina (defende,
pleiteia, advoga) perante companheiros ou superiores
hierárquicos o interesse particular. Deve o agente ostentar
a condição de funcionário público + aproveitando-se das
facilidades desta qualidade de servidor.
• O fato dele ser Advogado não quer dizer que está se valendo
da qualidade de servidor público. Somente comete o crime
aquele que abusa do seu poder de ocupante de cargo público
para defender interesse privado.

• PENALIDADE: detenção, de 1 a 3 MESES ou MULTA.

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 134 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Caso o servidor abandone cargo público, este fato terá duas repercussões: na
esfera penal e na esfera administrativa.

COMENTÁRIOS:
Abandono de função.
• TIPO PENAL: Abandonar cargo público, fora dos casos
permitidos em lei.
• A lei prevê esta conduta criminosa com o objetivo de não
deixar paralisada a máquina administrativa, diante da
probabilidade de dano à administração. Parece com a
conduta de deserção militar.
No âmbito da Lei nº 8.112/90, o abandono do cargo só se dá
a partir de + de 30 DIAS de ausência ao serviço (isto é,
com o 31º DIA de falta já configura o ilícito administrativo e
penal).

• PENALIDADE: detenção, de 15 DIAS a 1 MÊS ou MULTA.


• Penas + GRAVOSAS:

o Se do fato resulta prejuízo público - detenção, de 3


MESES a 1 ANO;
o Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de
fronteira - detenção, de 1 a 3 ANOS e MULTA.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 135 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).

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Se um Oficial da ABIN revelar segredo que ofenda a segurança nacional


cometerá o crime de violação de sigilo funcional previsto no Código Penal.

COMENTÁRIOS:
Violação de sigilo funcional.
Atenção! Crime com foco na ABIN!
• TIPO PENAL: Revelar fato de que tem ciência em razão do
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-
lhe a revelação.
O servidor deve saber do segredo revelado em razão do seu
cargo ou função que exerce, devendo estar entre suas
atribuições o conhecimento do fato secreto.
Também comete o mesmo crime o servidor que:
1. permite ou facilita, mediante atribuição,
fornecimento e empréstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas não
autorizadas a sistemas de informações ou
banco de dados da Administração Pública;
Cuidado com suas senhas!!!
2. se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

Obs: se for caso de espionagem ou revelação de segredo


que ofenda a segurança nacional, o agente comete os crimes
dos arts. 13, 14 e 21 da Lei nº 7.170/83.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 136 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).

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O conceito de funcionário público é bem amplo para fins penais. Assim, um


terceirizado pode ser reputado funcionário público para a prática de crimes
contra a administração pública. O fato de ser funcionário público implica em
causa de aumento de pena de 1/3.

COMENTÁRIOS:
O conceito de funcionário público para fins PENAIS não se
restringe aos que ocupam cargo público! O conceito do Direito Administrativo
é bem mais restrito. No âmbito penal, considera-se funcionário público todo
aquele exerça cargo, emprego ou função pública, até mesmo de forma
transitória ou sem remuneração. Exemplo: jurado, mesários eleitorais,
terceirizados, estagiários, servidores efetivos, empregados públicos, ocupantes
de cargo em comissão, etc.
Ademais, são equiparados a funcionário público para fins
penais quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e
quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada
para a execução de atividade típica da Administração Pública. Ex: empresas
terceirizadas.
Importante!
Causa de Aumento de Pena autores ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou
fundação instituída pelo poder público – a pena aumenta em 1/3!

RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS COM GABARITO

QUESTÃO 122 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Caso um servidor público venha a apropriar-se ou desviar bem móvel público
em proveito alheio, cometerá o crime de corrupção passiva.
QUESTÃO 123 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
O peculato pode ser praticado na forma culposa e dolosa. Nos dois casos, caso
o servidor repare o dano antes da sentença irrecorrível a punibilidade será
extinta.
QUESTÃO 124 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Se um servidor autorizado a acessar dados de sistema vier a inserir dados
falsos para obtenção de vantagem indevida, cometerá o crime de inserção de
dados falsos em sistema de informações.
QUESTÃO 125 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
A simples modificação de sistema de informação sem autorização da
autoridade competente é considerada crime.
QUESTÃO 126 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Caso um funcionário público venha a aplicar verbas públicas em destinações
diversas da lei pode responder por crime previsto no código penal.
QUESTÃO 127 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).

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Se um servidor solicitar ou receber vantagem indevida em razão do cargo,


cometerá necessariamente o crime de concussão.
QUESTÃO 128 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Se um funcionário exigir contribuição social não autorizada por lei cometerá o
crime de concussão.
QUESTÃO 129 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
A corrupção passiva é praticada pelos atos de solicitar ou de receber vantagem
indevida, bem como ao aceitar a promessa de tal vantagem.
QUESTÃO 130 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
O contrabando e o descaminho são praticados necessariamente por
funcionários públicos.
QUESTÃO 131 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Se um servidor não apura irregularidade praticada por outro servidor ou se um
delegado que não instaura inquérito solicitado pelo MP poderão incorrer no
crime de prevaricação.
QUESTÃO 132 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Caso você, na qualidade de servidor público, não represente à autoridade
competente uma irregularidade, poderá cometer o crime de condescendência
criminosa.
QUESTÃO 133 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Se um servidor público, bacharel em Direito e Advogado vier a defender
interesse privado perante a administração, este fato, por si só, implica no
crime de advocacia administrativa.

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QUESTÃO 134 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes).
Caso o servidor abandone cargo público, este fato terá duas repercussões: na
esfera penal e na esfera administrativa.
QUESTÃO 135 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
Se um Oficial da ABIN revelar segredo que ofenda a segurança nacional
cometerá o crime de violação de sigilo funcional previsto no Código Penal.
QUESTÃO 136 (LEGISLAÇÃO DA ABIN – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes).
O conceito de funcionário público é bem amplo para fins penais. Assim, um
terceirizado pode ser reputado funcionário público para a prática de crimes
contra a administração pública. O fato de ser funcionário público implica em
causa de aumento de pena de 1/3.

GABARITOS OFICIAIS

122 123 124 125 126 127 128 129 130 131
E E C C C E E C E E
132 133 134 135 136
C E C E E

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RESUMO DA AULA

Peculato.
• TIPO PENAL: Apropriar-se o funcionário público de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Peculato culposo.
• TIPO PENAL: Caso o furto seja praticado pelo funcionário
público apenas com CULPA (imprudência, negligência ou
imperícia), a penalidade será reduzida.
Peculato mediante erro de outrem.
• TIPO PENAL: Apropriar-se de dinheiro ou qualquer
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de
outrem.
Inserção de dados falsos em sistema de informações.
• TIPO PENAL: Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos
de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
dano.
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de
informações.
• TIPO PENAL: Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de

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informações ou programa de informática SEM autorização


ou solicitação de autoridade competente.
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento.
• TIPO PENAL: Extraviar, sonegar ou inutilizar livro oficial
ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
cargo.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
• TIPO PENAL: Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
diversa da estabelecida em lei.
Concussão.
• TIPO PENAL: Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida.
O crime de concussão diferencia-se da corrupção passiva
pelo verbo EXIGIR. No crime de corrupção passiva é
praticada pelo verbo solicitar ou receber vantagem
indevida.

o Concussão – exigir vantagem indevida;


o Corrupção Passiva - solicitar ou receber vantagem
indevida.

Excesso de exação.
• TIPO PENAL: Caso o funcionário exija tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza.
Corrupção passiva.
• TIPO PENAL: Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou

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aceitar promessa de tal vantagem.


Facilitação de contrabando ou descaminho.
• TIPO PENAL: Facilitar, com infração de dever funcional, a
prática de contrabando ou descaminho.
O crime de contrabando e descaminho é
Prevaricação.
• TIPO PENAL: Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
• TIPO PENAL: Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou
agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo.
Condescendência criminosa.
• TIPO PENAL: Deixar o funcionário, por indulgência
(tolerância ou concordância), de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente.
Advocacia administrativa.
• TIPO PENAL: Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário.
Violência arbitrária.
• TIPO PENAL: Praticar violência, no exercício de função ou
a pretexto de exercê-la.
Abandono de função.

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• TIPO PENAL: Abandonar cargo público, fora dos casos


permitidos em lei.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.
• TIPO PENAL: Entrar no exercício de função pública antes
de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la,
sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
exonerado, removido, substituído ou suspenso.
Violação de sigilo funcional.
Atenção! Crime com foco na ABIN!
• TIPO PENAL: Revelar fato de que tem ciência em razão do
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-
lhe a revelação.
O servidor deve saber do segredo revelado em razão do seu
cargo ou função que exerce, devendo estar entre suas
atribuições o conhecimento do fato secreto.
Violação do sigilo de proposta de concorrência.
• TIPO PENAL: Devassar o sigilo de proposta de
concorrência pública (licitação), ou proporcionar a terceiro o
ensejo de devassá-lo.
Importante!

Causa de Aumento de Pena autores ocupantes de cargos em comissão


ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração
direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída
pelo poder público – a pena aumenta em 1/3!

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LEGISLAÇÃO DA ABIN ESTUDADA

o 5 Parte Especial do Código Penal (Decreto-Lei nº


2.848/40) e alterações, no referente aos seguintes
tópicos:
o Título XI, Capítulo I - dos crimes praticados por
funcionário público contra a administração em
geral.

TÍTULO XI DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO


CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer


outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não


tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato culposo

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§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à


sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de
metade a pena imposta.

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício


do cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela


Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de


dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas
informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de
obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei


nº 9.983, de 2000)

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações


(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou


programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade
competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela


Lei nº 9.983, de 2000)

Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se


da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para
o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA - TODOS
OS CARGOS (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA E AGENTE TÉCNICO
DE INTELIGÊNCIA).
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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a


guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais


grave.

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da


estabelecida em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda


que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou


deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137,
de 27.12.1990)

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
8.137, de 27.12.1990)

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que


recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Corrupção passiva

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Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou


indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela


Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da


vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer
ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício,


com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Facilitação de contrabando ou descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de


contrabando ou descaminho (art. 334):

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela


Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou


praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de


cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio
ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosa

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Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar


subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a


administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Violência arbitrária

Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de


exercê-la:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente


à violência.

Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

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Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as


exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber
oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não


constitui crime mais grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)

I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de


senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a
sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº


9.983, de 2000)

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a


outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº


9.983, de 2000)

Violação do sigilo de proposta de concorrência

Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou


proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.

Funcionário público

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Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem,


embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou


função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de
serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos


crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de
função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo
poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

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