: CARVALHO, Beijamin de. A história da arquitetura.

Capítulo I – O sentido da arquitetura

1. O QUE É E PORQUE EXISTE A ARQUITETURA

Para introduzir o leitor ao assunto do livro, o autor começa definindo o que é

arquitetura e define como a intenção de fazer uma bela forma, colocando a
arquitetura dentro das artes plásticas. Ele faz também uma conexão do “belo”,
que seria a arte e a utilidade que trabalham juntas quanto o assunto é arquitetura.

O autor trata das utilidades e por fim define a arquitetura como a tradução
plástica de um aspecto ecológico-humano. O mesmo escreve sobre dois
conceitos distintos de arquitetura: o orgânico-funcional e o conceito plástico-
ideal. Beijamin observa o reino dos seres vivos e como todos, à sua maneira,
têm instinto de conservação que deverá ceder lugar à prática dos atos inúteis, e
entre eles a arte. Mas enquanto não cede, carrega o homem o instinto e a arte.

Declara que a arquitetura é uma imposição da necessidade da conservação da

vida, defendendo o homem do clima, abrigando-o. O autor explica também a
origem da palavra “clima” que produz desigualdade entre o dia e a noite. Recorre
a Demangeon que diz que a casa é um abrigo destinado a proteger do calor,
contra a chuva e permitir repouso à noite sob sua proteção.

O assunto é retornado ao instinto da conservação do homem que se protege

contra outro, para repousar e para escapar de intempéries. Afirma que a casa
tem uma vantagem, que é poder ser parcialmente modificado, regulado e
amenizado quando sobrevivem a causas de viciação ou de fenômenos
meteorológicos desfavoráveis. Beijamin também relatou sobre os prédios e
como eles não podem ser transportados ou adaptados.

De acordo com ele, o instinto de conservação teria reclamado a existência do

prédio e o arquiteto percebeu que o ato inicial de se abrigar não era o suficiente,
aperfeiçoando as coisas para minimizar o risco de doenças, rendimento
intelectual e físico. O autor também trata sobre as construções na Caldéia que
eram de tijolos, no Egito de pedra e na Grécia de mármore.

2. A LIÇÃO DA PLÁSTICA

Beijamin expõe as áreas de conhecimento da arquitetura como disciplina e o que

um arquiteto deve saber em consonância com os objetos da arquitetura. O
mesmo escreveu sobre a beleza do resultado que faz da arquitetura a mais
intrincada das artes. Dessa forma, utilidade gera beleza.

É abordado também sobre o arquiteto é antes de mais nada um artista, um

criador de formas condicionadas. Dessa forma, “arquiteto” significa construtor da
substância primordial, o criador. Logo, o arquiteto ordena, utiliza, manipula a
substância primordial que deu origem a tudo o que existe para concretizar um
material de beleza. Assim, Paul Valery afirma que o de todos os atos, o mais
completo é aquele de construir.