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A seguir falaremos dos materiais utilizados quando realizaremos anestesia: anestésico tópico apresentado em
forma de solução (pastoso) aplicado com cotonete ou com pinça de algodão, a carpule (seringa para carpule),
tubete anestésico e agulha.
SERINGAS:
- Critérios da American Dental Association (ADA):
- Devem ser duráveis e esterilizáveis;
- Devem ser capazes de aceitar uma ampla variedade de agulhas/tubetes e permitir esterilização;
- Devem ser baratas, autocontidas, leves e uso com uma das mãos (pois na técnica de anestesia
apenas uma das mãos aplica o anestésico);
- Devem propiciar uma aspiração eficaz e devem ser fabricadas de modo que o sangue possa ser
facilmente observado no tubete (precisa permitir o refluxo, para saber o local em que está, pois já foi
visto que anestésico em vaso não gera o efeito desejável – apenas toxicidade e alergia).
- Partes da seringa:
Refluxo ativo
- Adaptador da agulha rosqueável (cuidado para não jogar fora junto com a seringa);
- Embolo com arpão;
- Apoio para os dedos;
- Corpo da seringa;
-Anel do polegar – nunca adaptar o dedo todo dentro do anel, sempre deixar apenas a ponta do dedo.
Auto refluxo
Na de auto refluxo o adaptador de agulha é fixo, e o garfo serve para movimentar a seringa quando vamos
inserir o tubete anestésico.
Obs: A forma de colocar o tubete é diferente nos dois tipos de seringa.
O corpo das duas seringas é vasado para que tenhamos ideia da medida que injetamos (ela não vem com
medida, então temos que visualizar o todo, a metade, um quarto etc, mas algo muito preciso é impossivel). Por
isso que nos calculos desconsideramos os valores quebrados, pois é impossivel fazer essa medição.
Obs: Em uma regra geral, se, durante os cálculos o valor for quebrado (ex: 4,57), arredondar para mais. No
caso de 4,57, seriam 5 tubetes.
Modo de usar da carpule de auto-refluxo: puxar toda a haste para trás, colocar o tubete por cima e depois
voltar a posição. A parte da agulha que entra em contato com o anestube rasga-o (o diafragma é de borracha).
Modo de usar da carpule de refluxo ativo: puxa para trás a haste de metal e coloca o anestésico primeiro na
frente e depois a trás (igual a pilha). O corpo da seringa não “cai” como na anterior.
Atenção:Para reduzir o risco de pegar pequenos vasos e até um vaso calibroso durante a técnica anestésica
(principalmente o Alveolar inferior, que é o vaso mais calibroso) é recomendável o uso da seringa de refluxo
ativo, principalmente em crianças e idosos. Pois, se a pressão existente dentro do vaso não for suficiente a
seringa de auto-refluxo não funcionará.
AGULHAS
Partes da agulha:
1. Bisel (o que vai entrar em contato com o tecido). Obs: deve estar sempre voltado para baixo.
2. Haste
3. Calota (faz a adaptação da haste ao adaptador da seringa)
4. Adaptador da seringa
5. Extremidade (que penetra no tubete anestésico)
Obs: a seringa deve ser aberta sempre por baixo
Sequência de montagem:
- Puxa o êmbolo pra trás
- Coloca o tubete*
- Fecha
- Coloca a agulha*
- Testa se está saindo anestésico
*Obs: Essa sequência é de acordo com o Mallamed. O professor faz ao contrário: primeiro coloca a agulha e
depois o tubete. Pois a agulha pode entortar e não perfurar o diafragma. (faz apenas na de auto-refluxo, pois
a de refluxo ativo tem o ganchinho que prende no tubete)
Remoção da agulha:
Usa uma pinça hemostática ou um porta agulha, depois jogar no descarpack (seringa e tubete anestésico de
vidro), autoclavar e não jogar no lixo comum.
Obs: Nunca reencapar agulha com a mão!
Obs: Para proteger a agulha durante os procedimentos- esconder ela dentro de um pacotinho de gaze.
TUBETES ANESTÉSICOS
Padrão internacional de tubete anestésico: de vidro com uma listra colorida que identifica a solução.
- O êmbolo de borracha desliza mais facilmente
(libera com menos pressão, incomoda menos o paciente)
- O vidro é transparente (plástico é mais fosco) - observa melhor alteração de coloração
- Mais seguro ( se cair ele quebra, o de plástico pode ser perfurado e injetar algo dentro)
- As informações são impressas numa etiqueta, a qual é laminada envolta do tubete anestésico, dessa forma,
as informações não são apagadas. (O de plástico é impresso e facilmente apagado)
- Rugosidades do plástico pode alterar a composição do anestésico, se deteriora mais fácil.
Obs.: Anestésicos de padrões maiores não são encontrados de plástico. Ex: Articaína.
O QUE HÁ DENTRO DA SOLUÇÃO?
- Droga anestésica;
- Cloreto de sódio: responsável pela isotonicidade (??) de solução;
- água estéril: é o diluente;
- Vasoconstrictor nos tubetes com vasoconstrictor;
- metabissulfito de sódio: estabilizar o vasoconstrictor;
-metilparabeno: agente bacteriostático.
Com esses valores, é possível identificar a massa ativa disponível pra utilizar no tubete. Com a
concentração cálculo a massa ativa.
1 tubete = 36 mg ou 18µg de lidocaína (2% do volume do tubete equivale 36 mg de anéstesico)
Anestesico:
2% = 2g (2000mg) para cada 100 mL de solução.
2000 = 20 mg/mL
100
1mL(solução)---------------------20 mg (anestésico)
1,8mL(solução)----------------- x (anestésico)
Vasoconstrictor:
C(concentração) = m (massa)
V(volume)
m= massa do soluto (principio ativo)
C= 1000 mg
100.000 ml
C= 0,01mg/mL
1mL------------0,01mg
1,8 mL---------- x
x = 0,018 mg ou 18 µg de vasoconstrictor
Os excipientes são: bissulfito de sódio (antioxidante), cloreto de sódio e água (para injeção).
Existem anestésicos com vaso de 1:50.000 (vasoconstrictor mais concentrado, muito usado para periodontia e
cirurgia); 1:100.000; e 1:200.000 (usado para dentística).
Padrão: Lidocaína a 2% + epinefrina 1:100.000 (concentração) ou
Lidocaína 36 mg + epinefrina 18 µg (massa ativa).
A dose máxima recomendada de carborina é de 1mg para pacientes adultos saudáveis. Dependendo
do anestésico que você ta usando vai ter que ler a bula para saber quanto usar. (No caso 1:72, tendo
que usar no máximo 5 tubetes. )
A dose máxima de prilocaina 3% é lmitada a 450mg por causa da cianose sintomática. 1 tubete de
prilocaína tem 450 mg de prilo, 10 tubetes têm 540. Niveis de metomoglobinemia menores que 20%
não produzem usualmente sinais e sintomas. Mas mesmo que chegue ao percentual de
metomoglobinemia isso não vai ser o suficiente para causar bulmezina azul , agora é óbvio , se tem a
opção de usar lidocaina , irá usar a lidocaína, e se só tem prilocaína não irá usar a prilocaína em uma
dose mais baixa.
A metemoglobinemia pode ser revertida dentro de 15 minutos com a administração de azul metileno de
1 a 2 mg por kg/peso solução de 1% por via intravenosa por cerca de 5 minutos. Então, mesmo que ele
tenha um bebezinho azul , ainda dá para reverter o bebezinho azul. Aí qual é a história da
metemoglobinemia? Marketing, defesa de mercado, o concorrente descobre que o outro causa, só que
é óbvio , isso depende da dose.
Pergunta: Vamos dizer que a dose máxima que posso usar seja 6 tubetes, mas é um procedimento
simples e Eu quero usar menos, quanto vai ser esse menos que vou usar? Porque quero usar a dose
mínima necessária. Resposta = usa meio, sempre baixo para metade a dose, se não melhorar a
técnica vou usar ¼ , nunca faz um tubete de uma vez toda não, quando se fala de um tubete todo em
uma região anatômica, se refere ¼ em uma região, fazer ¼ em outra e fazer ¼ na outra região, isso é o
que se faz na prática na verdade, agora pegar um tubete todo na vestibular de um canino e 1,8 mL ali é
impossível de fazer isso, sempre faço e deixo alguma coisa. Porque no alveolar inferior não faz dois
tubetes, não existe anestesia por impedimento, não adianta encharcar o lugar errado que não irá
anestesiar .
Paciente com alergia fazer MEPIVACAINA SEM VASO, porque o incipiente ele é cloreto de sódio
e água para injeção, ou fazer preparo da solução na hora.
Na ampola tenho epinefrina de 1:1000. O que se deve fazer é diluir uma coisa mais ou menos : 1:100.000
(100x + diluída)
1:200.000 (200x + diluída)
Primeira coisa é diluir para 10. O que é dluir para 10? Quando for diluir para 10 tenho que quebrar a ampola
que tem
V1 = 1mL e V2 = 9mL 10 mL concentração, ou seja parti de um volume inicial de 1 e caí num volume final de
9, que deu 10x mais , ou seja quando quebrar essa ampola, aspirar 1mL aqui e somar a mais 9, que dará 10,
quanto vai ser a minha concentração de epinefrina? 1:10.000, pois era 1:1000, e quando diluí para 10 ela foi
1:10.000.
O que se deve fazer agora? Diluir de novo, mas antes tem que separar.
Então, quando faz, começa tirando 1mL daqui, descarta , aspira a seringa 1mL e completa com 9mL, E dilui
para 10 , depois joga 1mL da solução que foi preparada dentro da lidocaína, porque antes tinha lidocaína a
2%. Quanto tinha de lido? 20mL. E agora vai ter 19mL, quanto vai ter de lido? 2%. Porque? foi tirada massa e
volume, então a concentração não se altera.
Lidocaína 2%- 20mL
- 1mL 19mL
Pergunta: No caso da adrenalina ele vai ter vasoconstrictor , mas não vai ter antioxidante, porque? Reposta:
Devido ele ser preparado na hora.
Problema: Não pode guardar!! Vai fazer para usar naquele determinado momento.
Regra de dissolução simples – Dilui para 10 , depois dilui para 20 , se dilui para 10 multiplica por 10 e se
diluir para 20 multiplica por 20, só que lembrando, é soluto mais solvente , se tenho 1mL e coloco mais 10mL
termino com 11mL e não com 10, para terminar em 10mL, tenho 1mL e somo com mais 9mL que é igual a
10Ml
Exemplos:
Lidocaína 2% + epinefrina
4,4mg/kg - 300 mg
Paciente de 10kg
1kg - 4,4
10kg - 44mg
2% - 36mg
1tubete - 36mg
2 tubete - 4,4
= 1,2
Paciente de 100kg
1kg - 4,4
100kg- 300mg
1tubete - 36
2 tubetes - 300mg
= 8,33