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Conceito
Os para-raios ou, de forma mais genérica, supressores de
surtos de tensão, são os equipamentos responsáveis pelo
controle de parte das sobretensões existentes nos
sistemas elétricos de potencia, contribuindo
decisivamente para a sua confiabilidade, economia e
continuidade de operação.
O Para-Raio é um dispositivo de proteção projetado para
limitar sobretensões à niveis aceitáveis sem ocasionar
interrupções do sistema Projetado para proteger outros
equipamentos mais caros, sacrificandose de forma segura
em sobretensões que excedam os limites de projeto da
subestação
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Para raios
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Conceito
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Conceito
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Para raios
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Evolução
L – linha de transmissão.
8 T – Transformador.
Para raios
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Evolução
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Elementos de construção
Oxido de zinco (ZnO)
O carboneto de silicio (SiC)
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Para raios - Pára-Raios de Carboneto de
Silício
O carboneto de silício é capaz de conduzir altos níveis de
correntes de descargas com baixas tensões residuais, no entanto
oferece alta impedância para os valores subsequentes
fornecidos pelo sistema. Se fosse construído sem o centelhador,
um pára-raios SiC, passaria a conduzir uma elevada corrente,
que ao circularia no pára-raios causaria um aquecimento
exagerado devido às perdas Joule nos resistores não-lineares,
gerando uma grande dissipação de potência, podendo ocasionar
explosões no momento em que a corrente não pudesse ser
interrompida.
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Para raios - Pára-Raios de Carboneto de
Silício
Os pára-raios são
formados por um resistor
não linear, centelhador
série, corpo de porcelana,
desligador automático,
protetor contra
sobrepressão, mola de
compressão e abaixo
detalharemos as partes
que compõem o
equipamento.
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Para raios - Pára-Raios de Carboneto de
Silício
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Para raios – óxido de zinco
O carboneto de silício é capaz de conduzir altos níveis de
correntes de descargas com baixas tensões residuais, no entanto
oferece alta impedância para os valores subsequentes
fornecidos pelo sistema. Se fosse construído sem o centelhador,
um pára-raios SiC, passaria a conduzir uma elevada corrente,
que ao circularia no pára-raios causaria um aquecimento
exagerado devido às perdas Joule nos resistores não-lineares,
gerando uma grande dissipação de potência, podendo ocasionar
explosões no momento em que a corrente não pudesse ser
interrompida.
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Para raios óxido de zinco
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Para raios óxido de zinco
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Para raios óxido de zinco
Pode-se descrever o comportamento do descarregador
de óxido de zinco em função das três regiões de
condução das pastilhas:
Região 1 - O descarregador tem uma alta impedância para a
tensão nominal. A corrente ao longo do descarregador é na
sua maioria capacitiva com uma pequena componente resistiva;
Região 2 - O descarregador entra em condução quando a
tensão aplicada ultrapassa o valor da tensão estipulada do
descarregador;
Região 3 - O descarregador manifesta uma relação tensão –
corrente não linear.
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Relação não-linear da tensão vs. corrente de
um descarregador de óxido de zinco
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Para raios corrente de fuga
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Para raios
Os pára-raios de óxido de zinco apresentam as seguintes
vantagens técnicas e operacionais:
Simplicidade de construção, que aumenta a confiabilidade;
o nível de proteção melhor definido, um melhor
desempenho sob contaminação;
uma maior capacidade de absorção de energia, entra e sai
de condução suavemente;
uma melhor capacidade de dissipação de calor,
melhorando suas propriedades térmicas;
por não possuírem centelhadores, a curva de atuação dos
pára-raios a óxido de zinco não apresenta transitórios.
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Para raios
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Para raios
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Conceito
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Tensão de Operação contínua - MCOV
Os pára-raios sem centelhadores apresentam um valor limite de
tensão eficaz de freqüência fundamental que pode ser aplicado
continuamente entre os seus terminais sem alterações no seu
desempenho elétrico. Este valor de tensão é definido como a
Máxima Tensão Contínua de Operação (MCOV) do pára-raios.
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Tensão Escolha da Tensão de Operação
Contínua e Tensão Nominal - MOCV
Tensão do sistema Uc
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Tensão Escolha da Tensão de Operação -
TOV
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Tensão de freqüência fundamental x
tempo” (TOV)
Devido a elevada capacidade de absorção de energia dos elementos de ZnO é
possível que esses elementos absorvam, por um determinado tempo, uma
quantidade de energia proveniente de sobretensões temporárias, e tenha
condições de dissipa-la sem afetar as suas características de operação e de
proteção. Essa característica do pára-raios é definida pela curva “Tensão de
freqüência fundamental x tempo” (TOV).
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Tensão Escolha da Tensão de Operação -
TOV
𝑇𝑂𝑉 = 1,25𝑥𝑀𝑐𝑜𝑣
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Tensão Escolha da Tensão de Operação -
TOV
TOV
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Definição da corrente de descarga nominal
dos pára-raios:
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Classe de tensão
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Classe de tensão
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Determinação da capacidade de absorção de
energia dos pára-raios
Além de suportarem as energias provenientes das sobretensões temporárias,
os pára-raios instalados nos sistemas elétricos devem ser capazes de
absorver as energias provenientes das sobretensões transitórias que ocorrem
nos sistemas, causadas por :
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Requerimentos de suportabilidade a
correntes de falta
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Distância de proteção dos descarregadores de
sobretensões
De acordo com a teoria de propagação de ondas, as sobretensões
transitórias de origem atmosférica, ou de manobra, propagam-se ao longo
dos condutores, surgindo reflexões quando ocorre uma alteração de
impedância característica. Devido à sobreposição das ondas poderão
ocorrer tensões superiores à sobretensão incidente. Como tal,
características de proteção dos descarregadores são apenas válidas no
ponto onde estes são instalados. proteção contra sobretensões pode não
ser suficiente se a distância de proteção entre o descarregador e o
equipamento a proteger for ultrapassada, necessitando de aproximar o
descarregador do equipamento.
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Distância de proteção dos descarregadores de
sobretensões
O cálculo da distância entre o transformador e o para-raios pode ser feito
através de programas digitais dedicados à análise de transitórios.
A distância de proteção dos descarregadores pode ser definida através da
figura , tendo em consideração a expressão:
𝑉𝑚 − 𝑉𝑑
𝐷= 𝑥𝐶
𝑘
Vd – tensão resultante da descarga do para-raios, isto é, tensão residual mais a queda de
tensão nos condutores de aterramento do para-raios;
C – constante que representa a natureza do cabo entre o para-raios e o transformador:
– para cabos subterrâneos: C = 75
– para cabos aéreos: C = 150;
K – taxa de crescimento da frente de onda, em kV/ms. Para sistemas eficazmente protegido,
verifica-se que a maior taxa de crescimento da tensão a que a isolação pode ser submetida
está entre 500 e 1.000 kV/ms. Para sistemas não eficazmente protegidos o valor da taxa de
crescimento da tensão pode atingir valores superiores a 1.000 kV kV/ms.
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Distância de proteção dos descarregadores de
sobretensões
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Distância de proteção
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Distância de proteção
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A figura precedente ilustra esquematicamente um para-raios (elemento A) utilizado como
equipamento de proteção apropriado de um transformador de potência (elemento T), o qual é
atendido por uma linha de transmissão (elemento L). Com relação a esse tipo de proteção e aos
equipamentos envolvidos nesse sistema, assinale a opção correta.
A.No esquema apresentado, o para-raios desempenha função de proteção similar à de um
disjuntor comandado por relé de distância associado à proteção de linha de transmissão.
B.Se o para-raios for de carboneto de silício com centelhadores, então o nível de proteção contra
impulsos de manobra para esse equipamento será determinado pelo valor médio da tensão
residual, obtida quando o para-raios é submetido a um impulso de corrente com tempo de crista
adequadamente ajustado.
C.Caso um impulso de tensão incida na linha de transmissão e o para-raios venha a atuar, a
isolação do transformador estará completamente protegida, uma vez que o impulso de tensão não
é transmitido para o transformador.
D.A tensão residual do para-raios é determinada conhecendo-se a corrente de curto-circuito fase-
terra no local em que o transformador é instalado.
E.Se for do tipo óxido metálico sem centelhadores, o para-raios apresentará níveis de proteção
contra impulsos atmosféricos e contra impulsos de manobra.
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