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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO

INDEPENDENTE

COMPUTAÇÃO MÓVEL E UBÍQUA

17/9/2018
DOCENTE
TOMÁS SALOMBO
INTEGRANTES
EDINELA N. J. R. CHICICOTE-------------------------------------150608
JESSICA NELES-------------------------------------------------------150021
TIBÚRCIO N. PAULINO---------------------------------------------140263
INDICE

Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
CAPÍTULO 1 – REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................... 4
1.1 Definições ..................................................................................................................... 4
1.1.1 Computação Móvel ............................................................................................. 4
1.1.2 Computação Pervasiva ou Ubíqua?................................................................... 5
2. Principais Desafios da Computação Móvel e Ubíqua ....................................................... 8
2.1 Principais Problemas e Desafios da Computação Móvel ..................................... 8
2.2 Princípios e Desafios da Computação Ubíqua ...................................................... 9
3 Problemas em longo prazo .............................................................................................. 13
a. Privacidade ................................................................................................................ 13
b. Complexidade ............................................................................................................ 14
c. Expansibilidade ......................................................................................................... 15
d. Segurança ................................................................................................................... 15
CAPÍTULO 2 – TECNOLOGIAS ENVOLVIDAS................................................................................. 16
2.1 Computação Móvel ............................................................................................... 16
2.2 Computadores móveis ........................................................................................... 16
2.3 Computadores Wearable ...................................................................................... 19
2.4 Conexão Wireless .................................................................................................. 21
2.2 Ambientes Inteligentes ...................................................................................................... 22
2.2.1 Interfaces Hands-Free.............................................................................................. 22
2.2.2 Consciência de Contexto .......................................................................................... 23
2.2.3 Ambiente Inteligente ................................................................................................ 23
CAPÍTULO 3 - ÁREAS DE ATUAÇÃO DA COMPUTAÇÃO UBÍQUA................................................. 24
CONCLUSÃO / RECOMENDAÇÕES ............................................................................................... 27
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 29
INTRODUÇÃO
A tecnologia da informação está em constante transformação. A cada instante é
descoberta uma inovação. Quando se observa a criação dos primeiros computadores e
toda a sua evolução até chegar aos desktops e notebooks utilizados em nossas casas, nota-
se o quanto o homem tem conseguido utilizar tanta tecnologia em aparelhos cada vez
menores. Esses aparelhos bastante sofisticados que objetivam atender as necessidades do
mundo moderno, proporcionam ao homem ter acesso a dados e informações que antes
ficavam guardadas em casas, escritórios, em qualquer ambiente, desde que o mesmo tenha
acesso a uma conexão com a internet ou com algum outro dispositivo que esteja
conectado a uma rede. Assim, a essa possibilidade de acessar informações em outros
locais dá-se o nome de mobilidade.
Com o avanço da tecnologia móvel, a popularização e uma maior utilização da
internet, juntamente com a utilização da tecnologia wireless, tudo isso unido ainda com
outras tecnologias, faz então surgir à oportunidade de tornar realidade à implantação da
tecnologia conhecida como computação ubíqua. Que ao contrário dos computadores
atuais cujo foco é uma máquina bastante potente, esse conceito tem como foco, uma
tecnologia voltada para equipamentos pequenos, os quais não possuem um nível elevado
de processamento e possuem uma grande capacidade de conectividade.
Quando se pensa em computação ubíqua observa-se uma maior utilização de
dispositivos computacionais móveis, que são capazes de trazer para a vida do homem
algumas tarefas que antes da mobilidade eram inviáveis e muitas vezes até impossíveis.
Com essa tecnologia, parte-se do princípio de que existirão dispositivos computacionais
em qualquer ambiente, a qualquer hora.
Para Araújo (2003), a computação ubíqua surgiu da necessidade de se unir
mobilidade com o que há de melhor na computação pervasiva que é a funcionalidade. A
partir dessa integração é possível chegar a um dispositivo computacional que está em
movimento à habilidade de poder adaptar suas configurações conforme as suas
necessidades, bem como pelos ambientes que se move. Sendo assim, pode-se notar que é
um grande desafio conseguir fazer essa integração de maneira correta e segura para os
usuários.
Com um avanço incrível não restam dúvidas que essa tecnologia veio para ficar e
cada vez mais vai ganhando espaço no mercado. Sua importância e
utilização/participação na vida do homem, através das pesquisas realizadas, têm sido
notadas. Hoje já é possível encontrar essa tecnologia sendo usada em veículos, na
segurança, em apartamentos inteligentes, entre outros. Assim, a utilização de dispositivos
inteligentes tem como característica, oferecer para o usuário a capacidade em se
adaptarem conforme necessário analisando o contexto no qual tanto o usuário quanto o
dispositivo estejam inseridos.

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CAPÍTULO 1 – REFERENCIAL TEÓRICO
Tem surgido a cada dia, cada hora, cada segundo, novas tecnologias capazes de
mexer, transformar, influenciar e auxiliar a vida cotidiana dos seres humanos. Atualmente
o que tem dominado o mercado é a computação móvel. Sua característica marcante é o
fato de ter a capacidade de oferecer ao usuário uma mobilidade jamais vista antes, pois,
a computação móvel surgiu com o intuito não só de proporcionar, mas também de permitir
ao usuário acessar suas informações e serviços, independente de onde estiverem
localizados.
Contudo, isso só se tornou possível também graças ao avanço de outra tecnologia,
conhecida como comunicação sem fio, a qual proporciona ao usuário a oportunidade de
não se privar em uma estrutura física estática. Assim se observa, então, que a
comunicação sem fio trabalha como auxiliar da computação móvel.

1.1 Definições

1.1.1 Computação Móvel


Segundo Rocha e Toledo,
A computação móvel é um paradigma que permite que um computador portátil
equipado com uma interface de comunicação sem fio possa participar de uma computação
distribuída independentemente da sua localização física ou estando em movimento. Isto
se tornou possível graças aos avanços nas tecnologias de telecomunicação, redes e
dispositivos de computação portáteis. (ROCHA; TOLEDO. 2005)
O grande avanço da tecnologia móvel é o uso da tecnologia de comunicação celular, redes
locais sem fio e ainda serviços via satélite que permitem que informações e recursos
possam ser acessados e utilizados em qualquer lugar e em qualquer momento, com
aparelhos cada vez mais sofisticados que objetivam atender as necessidades do mundo
moderno.
Já para Araújo,
A computação móvel baseia-se no aumento da nossa capacidade de mover
fisicamente serviços computacionais conosco, ou seja, o computador torna-se um
dispositivo sempre presente que expande a capacidade de um usuário utilizar os serviços
que um computador oferece, independentemente de sua localização. Combinada com a
capacidade de acesso, a computação móvel tem transformado a computação numa
atividade que pode ser carregada para qualquer lugar. (ARAÚJO. 2003)
Percebe-se então que independente do autor, a essência da computação móvel está
no fato de proporcionar uma maior mobilidade ao usuário independente de sua
localização, desde que existam outros recursos que sejam capazes de oferecer uma
comunicação entre os dispositivos, de forma que os dispositivos sejam capazes de se
interagirem e se relacionarem uns com os outros.

2
1.1.2 Computação Pervasiva ou Ubíqua?
Diante desse fenômeno novo e revolucionário conhecido como computação
móvel, depara-se então com a computação ubíqua ou computação pervasiva, que ao
contrário dos computadores atuais cujo foco é uma máquina bastante potente, esse
conceito tem como foco, uma tecnologia voltada para equipamentos pequenos, os quais
não possuem um nível elevado de processamento e possuem uma grande capacidade de
conectividade.
Vale ressaltar que quando se diz conectividade, não se deve pensar em apenas uma
rede simples, mas sim em qualquer equipamento que seja capaz, de alguma forma, de
ajudar na execução de alguma tarefa.
Na computação pervasiva o dispositivo deve ter a capacidade de não só reconhecer
o ambiente em que se encontra como também ser capaz de se ajustar, configurar de forma
que seja utilizado pelo usuário com uma melhor precisão e principalmente, capaz de
atender as necessidades para o seu funcionamento. Baseando-se nisso, para Araújo:
O conceito de computação pervasiva implica que o computador está embarcado
no ambiente de forma invisível para o usuário. Nesta concepção, o computador tem a
capacidade de obter informação do ambiente no qual ele está embarcado e utilizá-la para
dinamicamente construir modelos computacionais, ou seja, controlar, configurar e ajustar
a aplicação para melhor atender as necessidades do dispositivo ou usuário. O ambiente
também pode e deve ser capaz de detectar outros dispositivos que venham a fazer parte
dele. Desta interação surge à capacidade de computadores agirem de forma “inteligente”
no ambiente no qual nos movemos, um ambiente povoado por sensores e serviços
computacionais. (ARAÚJO. 2003)
Já para alguns pesquisadores, a computação pervasiva utiliza-se de equipamentos
que proporcionam um elevado nível de acoplamento e inversamente a isso possui um
nível bem baixo de mobilidade, enquanto que a computação ubíqua ao contrário desta
dispõe de uma tecnologia com um elevado nível para as duas características, ou seja, tanto
a possibilidade de se acoplar a novos dispositivos quanto possui índices elevados de
mobilidade.
Mark Weiser foi o pioneiro a usar o termo computação ubíqua, passando assim, a
ser considerado o pai da computação ubíqua, a partir da publicação do artigo “O
computador do século 21” (The Computer for the 21st Century). Weiser desde aquela
época já previa que a computação passaria por diversas etapas e que em algum momento
o homem iria passar a utilizar o computador com mais funcionalidades e ainda com o
aumento de disponibilidade de serviços.
Para Weiser, a computação ubíqua tem que proporcionar de alguma forma, que
por mais que o computador seja desenvolvido, ele deve ficar em segundo plano, ou seja,
ao ser utilizado a atenção não deve ser voltada para ele, e que futuramente os usuários
iriam ter um foco maior nas tarefas realizadas e não nas ferramentas utilizadas para o
desenvolvimento dessas tarefas, partindo daí a idéia de que a computação ubíqua deveria
interagir com o ser humano de maneira imperceptível ou quase.
Conforme Araújo (2003), a computação ubíqua surgiu da necessidade de se unir
mobilidade com o que há de melhor na computação pervasiva que é a funcionalidade. A
partir dessa integração é possível chegar a um dispositivo computacional que está em
movimento à habilidade de poder adaptar suas configurações conforme as suas
necessidades, bem como pelos ambientes que se move. Sendo assim, pode-se notar que é
um grande desafio conseguir fazer essa integração de maneira correta e segura para os
usuários; já Domingues (2008), diz que a computação ubíqua, é uma tecnologia que
depende muito do avanço entre a comunicação entre o homem e o computador, pois, a

3
partir do momento que for possível aproximar e aperfeiçoar cada vez mais essa
comunicação, esse processo vai se tornar cada vez mais natural. Contudo ele ressalta a
necessidade de desenvolver interfaces naturais para chegar no objetivo final.
Assim, pode-se dizer que a computação ubíqua tem de certa forma se beneficiado
com o desenvolvimento crescente tanto da computação móvel quanta da computação
pervasiva. Com isso, é necessário aprimorar técnicas que sejam capazes de proporcionar
ao usuário final, a integração entre a mobilidade e a funcionalidade. Onde que, ao utilizar
qualquer dispositivo computacional, e que este enquanto que em movimento conosco
pelos ambientes os quais os indivíduos se movem, sejam capazes de construir e também
de se configurar de acordo com a necessidade encontrada.
Quando se pensa em computação ubíqua observa-se uma maior utilização de
dispositivos computacionais móveis, que são capazes de trazer para a vida do homem
algumas tarefas que antes da mobilidade eram inviáveis e muitas vezes até impossíveis.
Com essa tecnologia, parte-se do princípio de que existirão dispositivos computacionais
em qualquer ambiente, a qualquer hora.
Apesar de muitos autores considerarem as duas tecnologias como uma só, não
havendo assim distinção entre os termos, na verdade, é possível notar que a computação
ubíqua está entre a computação móvel e a computação pervasiva conforme mostra a figura
1.

Figura 1 – Relação entre computação pervasiva, ubíqua e móvel (ARAUJO, 2003)

Ao aplicar os conceitos e conhecimentos da computação ubíqua, percebe-se que


uma mesma aplicação pode ser acessada por vários dispositivos com características
totalmente diferentes, onde o usuário está em movimento e a aplicação também segue em
movimento cada vez que esse usuário muda de ambiente. Os dispositivos de certa forma
“falam a mesma língua”, ou seja, se interagem entre si, tornando um tipo de computação
distribuída, a qual é realizada por dispositivos computacionais capazes de oferecer uma
conectividade nos ambientes onde são implantados, fazendo com que essa computação
fique “camuflada” à percepção do usuário.
Esses dispositivos estarão conectados entre si, formando uma grande rede ubíqua
e irão interagir buscando auxiliar nas diversas atividades das pessoas, instituições,
empresas, desde as tarefas simples até as mais complexas (figura 2). Para isso, há dois
pontos chaves na computação ubíqua o tamanho desses dispositivos e suas localizações,
para que eles possam interagir e se integrar automaticamente com outros dispositivos em
novas localizações.

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Figura 2 – Rede Ubíqua

Nesse novo modelo de computação não se espera que ocorra uma revolução na
inteligência artificial, ou nos modelos de programação, mas sim uma integração entre
dispositivos. Diferentes tipos de objetos, com funcionalidades distintas estarão integrados
em toda a parte. Além de um sistema de software que implemente aplicações ubíquas,
tornam-se necessários novos sistemas e serviços que deverão integrar diferentes infra-
estruturas e modelos com inovadoras aplicações em larga escala.
O simples fato de se conectar dispositivos móveis uns com os outros, bem como
dispositivos fixos aplicados com computação distribuída não representam a computação
ubíqua. Nesse tipo de computação é necessário criar interfaces naturais, simples, que
sejam capazes de fornecer ao usuário de maneira clara aquilo que ele necessita e
principalmente que esses dispositivos tenham a capacidade de se auto-configurar
conforme a necessidade.
Em um ambiente inteligente onde se predomina a computação pervasiva, é muito
importante que os dispositivos tenham a capacidade de “conversarem” entre si. Afinal,
esse tipo de ambiente é fundamental para que cada vez mais possa atingir o que Mark
Weiser já previa antigamente, que é a capacidade de comunicação dos dispositivos de
maneira tão sutil, e ainda a capacidade dos dispositivos em se adaptar ao ambiente de
forma que o usuário nem perceba, de forma que a computação se torne algo imperceptível.
Esses ambientes inteligentes cheios de dispositivos de computação se
comunicando e interagindo com o homem o tempo todo sem que se perceba, é o que
melhor representa a computação ubíqua, ou seja, o usuário não percebe que está
interagindo com a máquina, que ao mesmo tempo interage com o ambiente,
conseqüentemente o ambiente também está interagindo com o usuário sem que ele note.
Na computação ubíqua é importante também que as aplicações sejam sensíveis ao
contexto, ou seja, conforme o ambiente as aplicações devem capturar as informações ali
necessárias para oferecer ao seu usuário aplicações compatíveis com o local onde o
usuário está localizado. Para isso são utilizados muitos sensores os quais são responsáveis
por capturar as informações necessárias e transmitir os dispositivos de forma
imperceptível ao usuário.
Informações que antes as pessoas precisavam encontrar, com a computação
ubíqua será diferente, essas informações estarão disponíveis a qualquer momento, com
isso o usuário ganhará tempo para executar outra atividade, bem como poderá ser mais
produtivo, pois, terá tempo para se fixar melhor em determinadas tarefas, tendo em vista
que a computação o auxiliará em tarefas que antes ele deveria desenvolver.

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Muito se fala em computação ubíqua porém não se pode esquecer que para que
esse tipo de tecnologia realmente aconteça, será preciso muitas coisas dentre elas, que o
preço dos dispositivos envolvidos nesse tipo de computação sejam mais baratos,
tornando-se mais acessíveis a todas as classes sociais, afinal, não deve-se pensar em
computação ubíqua sem pensar em uma grande quantidade de pessoas podendo estar
conectadas na grande rede ubíqua.
Outro fator importante é sempre estar atento em construir aplicações que seja
capazes de trabalharem bem entre muitos dispositivos, tendo em vista que a vasta
quantidade de marcas de diversos tipos de dispositivos diferentes pode gerar uma certa
dificuldade para que esses dispositivos possam se comunicarem. Cada vez mais esse tipo
de aplicação tem sido desenvolvida principalmente para oferecer uma maior integração e
interação entre os usuários que utilizam dispositivos completamente diferentes.
Deve-se levar em conta também que a quantidade de banda disponível em uma
rede tem que ser alta, pois, não teria sentido criar uma grande rede, sem que as pessoas
pudessem estar conectadas com uma banda pequena, pois, os usuários poderiam perder a
vontade de permanecer conectados em uma rede onde a demora na troca de dados
informações fossem constantes.
De fato quando a computação ubíqua estiver presente na vida do homem, podemos
dizer que as informações estarão de certa forma globalizadas, afinal, independente de
onde estiver terá total capacidade de acessar uma informação e também essa informação
estará disponível na rede para que todos os outros dispositivos que quiserem ter acesso a
determinadas informações também terão, daí o fato de as informações serem
globalizadas.

2. Principais Desafios da Computação Móvel e Ubíqua

2.1 Principais Problemas e Desafios da Computação Móvel


Em soluções de computação móvel, nos deparamos com vários problemas e
desafios:
 Características do Ambiente – Redes sem fio possuem largura de banda
limitada, elevadas taxas de erro de transmissão devido a interferências e a
possibilidade de desconexões freqüentes, seja por interferências ou por
mobilidade.
 Energia - Devido à mobilidade, dispositivos móveis devem ter suas próprias
fontes de energia. O problema é que as baterias existentes não são muito duráveis.
 Interface com Dispositivos Móveis – Dispositivos móveis geralmente têm telas
pequenas, inexistência de teclados comuns ou mouse. As formas de interação com
o dispositivo são diferentes e mais limitadas.
 Capacidade dos Dispositivos Móveis – Esses dispositivos possuem recursos
restritos de processamento e memória.
 Segurança – Redes sem fio são mais sujeitas a ataques maliciosos. Como não há
uma rede física, os dados são propagados pelo ar e podem ser interceptados
facilmente se não houver um esquema de autenticação e criptografia.
 Necessidade de Adaptação – No desenvolvimento de soluções devem ser levadas
em consideração.

6
2.2 Princípios e Desafios da Computação Ubíqua

Na computação ubíqua três princípios são identificados: diversidade, descentralização


e conectividade, tornando-se necessária a padronização de dados e protocolos de
comunicação para atingir a conectividade e interoperabilidade desejada com padrões de
aplicações comuns e especificações dos padrões abertos.
Segundo Araújo (2003), com a diversidade os dispositivos acenam com uma nova
visão de funcionalidade do computador, tendo como objetivo atender necessidades
específicas de usuários particulares, no entanto poderão surgir dificuldades para gerenciar
as diferentes capabilidades de diferentes dispositivos, pois cada um tem características e
limitações próprias.
A diversidade dos dispositivos tem sido melhorada constantemente, logo, já é um
avanço na computação ubíqua, pois, a diversidade é um dos princípios mais importante
da computação ubíqua, quando se pensa que os usuários estarão com dispositivos
diferentes, com funcionalidades diferentes, marcas totalmente diferentes, mas que sejam
capazes de oferecer a este usuário uma funcionalidade necessária e escolhido por ele. Essa
diversidade nos dispositivos faz com que o usuário não fique preso a apenas uma
tecnologia e principalmente oferece a ele a possibilidade e oportunidade de utilizar aquilo
que vai ser útil não só para o seu trabalho, como para o seu lazer e entretenimento por
exemplo. Telefones que acessam a internet, possuem editores de texto, oferecem uma boa
resolução de vídeo e também capacidade de armazenamento e processamento são os
dispositivos que devem cada vez mais ganhar o mercado e a preferência dos usuários.
Na computação ubíqua cada dispositivo tem uma responsabilidade específica. Isso é
chamado de descentralização a qual requer servidores que precisam manter registros de
perfis de usuários e de dispositivos com capacidades diferentes, além de serem altamente
flexíveis e poderosos para tratar de um vasto número de dispositivos em movimento.
Araújo (2003), afirma ainda que na computação ubíqua tem-se a visão da conectividade
sem fronteira, em que dispositivos e aplicações que neles movem-se juntamente com os
usuários entre diversas redes heterogêneas de curta, média ou longa distâncias.
Como as responsabilidades são distribuídas entre muitos aparelhos, cada um tem um
papel a cumprir para que no final cada tarefa executada por cada um, favoreça para que
se tenha um ambiente ubíquo completamente distribuído e integrado. Para que se possa
chegar a tal ponto é necessário não só a integração dos dispositivos móveis como também
dos servidores, com outros dispositivos fixos distribuídos pelo ambiente como um todo.
Nessa parte da computação ubíqua devem-se considerar também as aplicações envolvidas
para que haja um gerenciamento dessa distribuição, afinal, vai ser preciso ter um controle
de quem executa qual tarefa, dos perfis dos usuários, o momento em que as informações
dos servidores deverão ser atualizadas, tudo isso sem a intermediação do usuário.
Uma boa saída para o gerenciamento são os middlewares. Neles são concentrados
vários tipos de serviços e são executados para que possa dar segurança nas informações
ali contidas. Os middlewares são uma camada entre os dispositivos de hardware e os
softwares, são capazes de desempenhar funções e serviços dos mais variados, como
autenticação e identificação, bem como servem para efetuarem o compartilhamento entre
os mais variados dispositivos. Na verdade um middleware é uma camada de software que
tem como objetivo principal conseguir fazer a abstração das camadas inferiores, ou seja,
de certa forma está diretamente ligado para um bom funcionamento e comunicação entre
os hardwares e softwares.
O terceiro e último princípio é o da conectividade que fará com que os diversos tipos
de dispositivos descentralizados consigam estar conectados uns aos outros trocando

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informações entre si e com o ambiente sempre que necessário. A conectividade é o que
representa estar conectado a todo o momento e em qualquer lugar, é a partir dela que a
computação ubíqua deixa de existir apenas em um ambiente e vai ganhando território
fazendo com que novos ambientes ubíquos apareçam e conseqüentemente formando uma
grande rede ubíqua com informações totalmente globalizadas.

Segundo Costa, Yamin e Geyer, para que haja um ambiente ubíquo são
encontrados dez desafios:
1. Heterogeneidade: Sendo o poder computacional pulverizado nos mais diversos
elementos do ambiente, é de se esperar que existam divergências entre estes. Tais
diferenças podem abranger a plataforma (hardware e software), tipo de rede de
comunicação, e devem ser tratadas a fim de agregar o maior número possível de
dispositivos ao ambiente.
2. Escalabilidade: Com o grande número de dispositivos, usuários e aplicações operando
em um smart space, a escalabilidade é uma questão de suma importância a fim de se
garantir uma interação agradável e consistente junto ao usuário. Além disto, o ambiente
deve lidar com a volatilidade dos recursos e usuários que podem entrar e sair do ambiente
de maneira dinâmica.
3. Tolerância a falhas: Em um ambiente tão volátil e rico em interações, lidar com as
alterações no ambiente não pode levar o usuário a uma queda na qualidade dos serviços
prestados, caso contrário não teremos a transparência almejada pela ubicomp.
Adicionalmente, o ambiente deve prover disponibilidade aos recursos e informações
garantindo a confiança do usuário no ambiente.
4. Segurança: Em um ambiente que conta com uma grande movimentação de usuários e
dispositivos, garantir o controle de acesso a recursos e informações é um critério crítico
a ser observado. Mesmo assim, esta é uma característica desafiadora a se alcançar de
maneira compatível aos princípios de transparência almejados pela ubicomp.
5. Integração espontânea: A volatilidade do ambiente, tanto em questão de dispositivos
quanto de usuários, deve ser tratada de maneira espontânea. Desta maneira novos recursos
disponíveis e novos usuários podem interagir junto ao ambiente de maneira não
burocrática.
6. Mobilidade: Diversos componentes computacionais estão presentes junto ao usuário
(celulares, relógios, jóias, etc.), a mobilidade destes dispositivos e seus recursos no
ambiente deve ser considerada pelos sistemas presentes. Al_em disto, o próprio usuário
possui mobilidade junto ao ambiente e as aplicações devem tratar esta questão conforme
cada caso e tipo de interação.
7. Sensibilidade ao contexto: Compreender o estado do ambiente a partir das
informações disponíveis bem como deduzir as conseqüências da alteração deste estado é
necessário que o sistema atue de forma proativa no smart space.
8. Gestão de contexto: Conhecendo o contexto no qual o usuário se encontra no ambiente
e suas relações, é permitido então a este a tomada de decisões que levem a ações em prol
do usuário.
9. Interação transparente com o usuário: As formas de interação entre as aplicações e
o usuário devem explorar características e habilidades que permitam um contato mais
natural e menos intrusivo, permitindo que o usuário concentre seu foco na tarefa e não na
interação.
10. Invisibilidade: Esta característica remete ao objetivo primordial da computação
ubíqua. Todas as ações, interações e decisões tomadas pelas aplicações e mesmo como o
ambiente é construído e modelado deve permitir que o usuário mantenha seu foco nas

8
tarefas e não nos sistemas que o rodeiam. (COSTA; YAMIN E GEYER, 2008 apud
BUZETO, 2010)

Criar um ambiente ubíquo não é tão simples como alguns pesquisadores


imaginam, vai além de simplesmente fazer com que os dispositivos móveis sejam capazes
de se interagirem. Nos desafios citados se tem uma noção clara do quanto um ambiente
ubíquo é complexo e as aplicações são dependentes uma das outras.
Com base nos princípios da computação ubíqua juntamente com esses desafios e
considerando que a computação ubíqua é a união entre a computação móvel com a
computação pervasiva, percebe-se que a partir disso começam a surgir novas definições
e conceitos para as mais diversas tecnológicas envolvidas. Conceitos sobre computação
desagregada, computação sensível a posição, interfaces sensíveis a objetos e realidade
aumentada, mostram o quanto a computação ubíqua vai modificar a vida do homem.
A computação desagregada tem a idéia de que os dispositivos de interface terão a
capacidade de se configurarem e se reconfigurarem conforme a necessidade. Quando se
tem muitos computadores conectados em rede, existe a possibilidade de transferir dados
e informações de maneira compartilhada para cada um deles, com isso essa computação
desagregada permite que o usuário possa se mover em um determinado ambiente, fazendo
com que a aplicação mova junto com ele. Considerando que o usuário estaria em um sala,
por exemplo, seria o mesmo que dizer que uma apresentação poderia se mover para
qualquer tela da sala a qual o usuário quisesse.
A partir daí se pode pensar também que a computação estará sensível a posição
afinal conforme este usuário se move a interação do usuário com os dispositivos também
mudam de lugar. A idéia principal é fazer com que o usuário não fique preso a apenas um
local e que quando em movimento sempre que necessário seja disponibilizado a sua
aplicação. Esse tipo de tecnologia já vem sendo estudo de muitos países para a utilização
em museus inteligentes nos quais a medida que o turista vai se movendo um guia
automático do museu vai te acompanhando e lhe dando detalhes sobre o local visitado.
Já as interfaces sensíveis a objetos permitem que o usuário utilize seu dispositivo
móvel para capturar informações sobre determinado objeto. Esses objetos quando
colocados próximo ao dispositivo, adaptados com sensores ou que contenham
informações em um código de barras previamente cadastrado por exemplo, oferece ao
usuário a possibilidade do dispositivo móvel reconhecer o objeto e conseqüentemente
oferecer informações detalhadas sobre ele. Atualmente essa tecnologia tem sido utilizada
em alguns supermercados da Europa e dos Estados Unidos da América. Muitos locais
também já fazem o uso da tecnologia RFID (Radio Frequency IDentification), que é uma
tecnologia que se utiliza da radio freqüência para conseguir fazer a captura dos dados dos
objetos.

9
A tecnologia RFID, ganhou força nos últimos anos por ser a tecnologia que pode
proporcionar um algo a mais do que o código de barras. Afinal, em um ambiente onde se
utiliza dessa tecnologia os dispositivos eletrônicos que ali estiverem tem a possibilidade
de localizar o produto desejado. O RFID também é conhecido como etiquetas eletrônicas
e auxilia as empresas nas mais variados tipos de serviços, como: reduzir desperdício,
limitar roubos, gerir estoque, controle de estacionamentos, rastreamento de containers e
pallets, segurança em aeroportos uso em pedágios para carros, aumentar a produtividade,
bem tudo isso são coisas que apenas com o uso do código de barras não são possíveis.
Figura 3 – Funcionamento da Tecnologia RFID

Por fim tem-se a realidade aumentada que é uma tecnologia que surgiu nos anos 90
mas que apenas a partir do ano 2000 que passou a ser mais acessível, consequentemente
mais utilizada. Para Kirner e Siscoutto,
Enquanto a realidade virtual depende de equipamentos de visualização, como
monitor, projetor e capacete, normalmente utilizados em ambientes fechados, a realidade
aumentada não apresenta esta restrição com dispositivos misturadores, podendo ser usada
em qualquer ambiente (fechado ou aberto), sendo, portanto mais abrangente e universal.
(KIRNER; SISCOUTTO, 2007).

Para muitos autores a realidade aumentada é a possibilidade de enriquecer


determinado ambiente com objetos virtuais através de outras tecnologias em tempo real.
De certa forma isso seria uma melhoria para esse ambiente que um computador pode lhe
proporcionar sendo através de imagens, textos, tudo isso de forma virtual.
A realidade aumentada é diferente da realidade virtual e cada uma possui suas
características. Bimber compara a realidade aumenta com a realidade virtuala da seguinte
forma:
 a realidade aumentada enriquece a cena do mundo real com objetos virtuais,
enquanto a realidade virtual é totalmente gerada por computador;
 no ambiente de realidade aumentada, o usuário mantém o sentido de presença no
mundo real, enquanto que, na realidade virtual, a sensação visual é controlada
pelo sistema;
 a realidade aumentada precisa de um mecanismo para combinar o real e o virtual,
enquanto que a realidade virtual precisa de um mecanismo para integrar o usuário
ao mundo virtual. (BIMBER, 2004 apud KIRNER; SISCOUTTO, 2007)

10
“Realidade aumentada é um sistema que suplementa o mundo real com objetos
virtuais gerados por computador, parecendo coexistir no mesmo espaço” (AZUMA, 2001
apud MATOS, ). Logo se percebe que a realidade aumentada tem sido utilizada na criação
de objetos e ainda vários tipos de animações em 3D, ficando mais claro de se perceber a
mistura do que é real e do que não é.
Diante dessas tecnologias envolvidas nota-se que a computação ubíqua vem
seguindo um avanço considerável, a medida que novas tecnologias vão sendo englobadas
e principalmente vão sendo aperfeiçoadas cada vez mais para proporcionar ao usuário a
possibilidade de utilizar diversas tecnologias incorporadas em vários ambientes que
estarão disponibilizadas conforme a necessidade e funcionalidade.
Atualmente não é possível encontrar ambientes assim, ainda é um desafio mais
daqui a alguns anos a chance disso tornar realidade está cada vez maior. A população de
um modo geral vem se adaptando ao uso de novas tecnologias frequentemente e
principalmente vem fazendo o uso dela para melhorar o seu dia a dia, facilitanto então o
modo como realiza algumas tarefas.
Contudo alguns fatores ainda devem ser levados em conta em relação a
computação ubíqua. A partir do momento em que muitas pessoas, vários dispositivos
estarão conectados a todo momento, e trocando informações, questões como privacidade
e segurança sempre são questionadas. Afinal, serão muitos dados e informações que
estarão compartilhados em rede.
Como a computação ubíqua é uma tecnologia recente, esses fatores ainda são
apenas deduções e questionamentos, mas que a cada dia tem sido melhorados através das
tecnologias que são incorporadas à computação ubíqua. Quando melhora a segurança dos
dispositivos móveis, a segurança dos ambientes inteligentes, de certa forma se está
melhorando a segurança da computação ubíqua afinal, são tecnologias que precisam estar
integradas para que haja um ambiente ubíquo.

3 Problemas em longo prazo

a. Privacidade
Ainda não se sabe como será a privacidade do usuário a partir do momento em
que a computação ubíqua estiver mais presente na vida das pessoas. Atualmente tudo não
passa de especulações. É muito difícil prever, de certo mesmo só o fato de que a
privacidade será um dos problemas da computação ubíqua, tendo em vista a grande
quantidade de pessoas integradas e informações armazenadas.
A partir do momento em que for possível estabelecer um padrão de como será
feito o tratamento dos dados e o armazenamento de informações, ficará mais fácil detectar
até que ponto a computação ubíqua vai invadir a privacidade do usuário, se o usuário vai
ter cada vez mais seu espaço sendo invadido ou se existirá formas de apenas oferecer
aquilo que ele achar que convém.
Vale ressaltar que na computação ubíqua a troca de informações, a integração dos
dispositivos e principalmente a interação entre eles, vai proporcionar um fluxo maior de
informações sobre cada usuário, devido a isso a privacidade de cada um estará mais
exposta, afinal, usuários de grupos diferentes, cidades diferentes, culturas diferentes,
estarão interligados na mesma rede trocando informações.
O que se espera é que com o avanço das tecnologias envolvidas no processo, a
privacidade do usuário seja mantida e que os dados dele tenham uma garantia de

11
integridade alta, pois, não teria sentido uma pessoa acessar uma rede onde ficaria exposta
e principalmente compartilhar informações desejadas com outras pessoas com o medo de
que as informações sejam capturadas por outras pessoas.
Quando a computação ubíqua estiver mais presente no cotidiano das pessoas,
fazendo parte das tarefas rotineiras é que será possível avaliar o sistema como um todo,
afinal, além de avaliar como as pessoas reagirão a essa nova tecnologia e ao seu uso,
também será possível avaliar as possíveis falhas da tecnologia e como elas poderiam
causar um dano a algum usuário, bem como também será possível se ter uma idéia de
como será a interação entre os mais variados tipos de dispositivos e como será o seu
comportamento.
O fato é que a privacidade deve ser mantida e como um ambiente ubíquo requer
sistemas inteligentes, talvez estes sistemas sejam capazes de oferecer uma conexão segura
a ponto de fazer com que os dados trafeguem normalmente pela rede, oferecendo apenas
informações básicas a respeito de cada usuário que no momento estiver fazendo uso da
rede.

b. Complexidade
O fato de vários dispositivos diferentes se conectarem faz com que a computação
ubíqua se torna ainda mais complexa. Aplicações que atendam todo tipo de dispositivo,
gerenciamento de informações dos mais variados formatos, padrões de segurança para
garantir uma maior integridade e confiabilidade nos dados, requerem certa complexidade
no desenvolvimento de aplicações ubíquas.
Contudo essa complexidade jamais deve ser visível para o usuário. A forma como
as aplicações são feitas por mais complexo que seja não pode e não deve aparecer para o
usuário, afinal, ele tem que apenas utilizar os recursos oferecidos a ponto de nem perceber
que está utilizando algo computacional para o desenvolvimento de alguma tarefa. Por
mais complexa que seja a funcionalidade oferecida ela deve ser onipresente.
De certa forma os sistemas ubíquos terão certo controle na vida das pessoas. Os
mais diversos tipos de público que fizerem uso da tecnologia deverão estar integrados
totalmente, com isso tanto os benefícios que a tecnologia vai trazer como a necessidade
de atualizações deverá ser feita de forma a atender esses usuários com conhecimentos
diferentes. Até porque é um tipo de tecnologia que vai ser utilizada por crianças, idosos,
pessoas com necessidades especiais, etc., enfim, a complexidade vem da vasta quantidade
de informações que os sistemas ubíquos processarão, o retorno que essas informações vai
oferecer a cada tipo de usuário e ainda a integridade e principalmente a confiabilidade nas
informações, pois, a partir do momento que a computação ubíqua estiver inserida
totalmente os dispositivos interagirão a todo momento com seus usuários oferecendo-lhes
informações das mais variadas.
Um exemplo de fácil compreensão sobre a complexidade das informações pode
ser visualizado da seguinte maneira: de manhã um usuário acorda com o seu celular
despertando às 06h30. Rapidamente já informa ao usuário que o mesmo tem uma reunião
marcada na empresa às 08h00. Logo, já começa a fazer o levantamento da rota que o
usuário deverá fazer de casa até o trabalho, levando em consideração o tempo que precisa
estar na empresa e o melhor caminho a ser escolhido no trânsito para que o usuário
consiga chegar à empresa no tempo previsto. Esse simples exemplo mostra o tanto de
informações um dispositivo terá que oferecer ao usuário de forma invisível e sem a
interferência, daí já se vê à complexidade em aplicações nas quais o dispositivo terá que
oferecer a esse usuário informações atualizadas em tempo real.

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Logo, se pode notar que esses dispositivos ubíquos serão responsáveis por muito
mais informações do que se pode imaginar e também terão todo o controle das
ferramentas e aplicações que nele são utilizadas, fazendo com que os serviços oferecidos
sejam monitorados constantemente para que não ofereça riscos ao usuário.

c. Expansibilidade
À medida que a computação ubíqua vai sendo descoberta, desenvolvida e
aplicada, os desafios e problemas aos poucos vão sendo solucionados. A expansibilidade
requer que como a quantidade de usuários conectados em determinados momentos será
muito extensa, então se tem a preocupação para que a computação ubíqua esteja preparada
para aceitar todos esses usuários.
Com isso, fornecer um serviço de qualidade vai ser uma tarefa difícil afinal, o
desenvolvimento e o aparecimento de novos dispositivos é mais rápido do que o
desenvolvimento de novas aplicações. Solucionar um problema de congestionamento e
demora na conexão de usuários e tráfego dos dados pode não ser tão simples. Logo, talvez
fosse então necessário que se criasse padrões específicos para o desenvolvimento de
aplicações ubíquas, pois, assim tornaria mais fácil a implementação de aplicações para
esse tipo de tecnologia, o que poderia facilitar também para uma maior expansão. Todavia
vale lembrar que a computação ubíqua não ficará restrita apenas a um determinado local,
com isso será preciso que a tecnologia esteja preparada e principalmente consiga se
adequar de forma precisa para que alcance uma maior utilização por parte dos usuários.

d. Segurança
Com o passar do tempo e o desenvolvimento das tecnologias de informação, foi
constatada então o quanto a informação é valiosa, seja ela para um usuário comum ou
uma empresa. Com isso surgiu também à importância em manter essa informação
sigilosa. Começava-se então a preocupação em segurança da informação das mais
diversas formas para prevenir a perda e o roubo de informações indesejadas.
Características como confidencialidade, integridade e disponibilidade representam que as
informações serão confidenciais, exatas e precisas sempre que necessário.
A segurança das informações serve para prevenir que outras pessoas ou programas
não tenham acesso a informações não autorizadas. Quando se imagina vários dispositivos
conectados deve-se imaginar a utilização de um antivírus atualizado e que firewalls
estejam disponíveis nos dispositivos para garantir a segurança das informações. Outros
mecanismos também deverão ser incorporados para aumentar cada vez mais a segurança,
a utilização de criptografia, certificados digitais e controle de usuários também são uma
boa alternativa para auxiliar as outras tecnologias utilizadas, porém, ainda não existe um
padrão da forma como se deve configurar esses mecanismos.
Na computação ubíqua a segurança deve ser abordada levando em consideração
os outros itens relacionados acima como privacidade, complexidade e expansabilidade.
Será um grande desafio a inserção dessa nova tecnologia de forma segura tendo em vista
o quanto complexa é sua implantação. Outro fator é o fato de que as informações deveram
ser seguras para oferecer ao usuário a utilização de um serviço de forma transparente e
confiável. Contudo a segurança na computação ubíqua ainda é tema de pesquisas, afinal,
deve se ter a certeza do quanto um sistema ubíquo é seguro e privativo antes de ser
colocado para fazer parte da vida cotidiana das pesssoas, pois, é uma tecnologia na qual
um erro simples ou a troca nas informações poderam causar danos e riscos à vida dos
usuários.

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O sistema deverá ser seguro a ponto de proteger os dados e as informações
necessárias sobre cada usuário, não permitindo que as mesmas sejam capturadas,
roubadas, alteradas ou simplesmente acessadas por pessoas não autorizadas. Outro ponto
preocupante é que podem existir falhas por parte dos envolvidos, sejam eles: os usuários
que podem ter pouco conhecimento na área e utilizar o seu dispositivo de forma errada,
os softwares que podem ser passíveis de erros e por fim tem-se as más configurações dos
computadores e hardwares envolvidos num sistema ubíquo.

CAPÍTULO 2 – TECNOLOGIAS ENVOLVIDAS

2.1 Computação Móvel


A computação móvel tem como principal funcionalidade a capacidade de fornecer
ao usuário mobilidade. Através desta o usuário não precisa ficar estático, parado no
mesmo lugar para desempenhar uma tarefa ou rodar uma aplicação. Mas para que a
computação móvel torne uma grande vantagem é necessário sempre estar lado a lado com
a capacidade de acesso, pois, não seria interessante para o usuário apenas se locomover
se não fosse possível acessar suas informações em qualquer lugar.
Os usuários desse tipo de computação são muitos, e bastante exigentes. Com o
avanço da tecnologia, o uso da computação móvel foi impulsionado pela grande número
de telefones celulares, logo, esses usuários já perceberam uma desvantagem da
computação móvel ainda não solucionada, mas que no futuro deve ser resolvida que é a
questão de que hoje os dispositivos móveis não possuem ainda a capacidade de extrair
informações sobre o contexto onde estão inseridos, com isso o modelo computacional
mesmo que em movimento continua sendo o mesmo. A idéia é de que futuramente estes
dispositivos sejam capazes de reconhecer os ambientes onde estão inseridos e
proporcionar ao usuário não só a mobilidade, mas também a capacidade de se adaptar ao
meio.
Esse tipo de computação é dependente de outras tecnologias como a comunicação
sem fio e também faz uso de sistemas distribuídos. Características como portabilidade,
conectividade e mobilidade sempre estão presentes nesse tipo de tecnologia, afinal, esse
tem sido o diferencial para conseguir atrair tantos usuários. Com a criação da computação
móvel juntamente com a popularização do uso e o avanço na tecnologia da internet, foi
possível ao homem acessar informações que antes ficavam restritas apenas a sua casa,
empresa, escritório. Enfim, a computação móvel veio para auxiliar e dar mais mobilidade
a determinadas tarefas do cotidiano, tirar a idéia do computador de mesa e fixar a idéia
de mobilidade, ou seja, onde quer que vá leva consigo o que necessita, afinal pode estar
conectado em qualquer lugar.
Porém não basta apenas o dispositivo ser móvel. É necessário que ele consiga
“conversar” com outros dispositivos, trocar informações para que o usuário possa usar ao
máximo o que esse tipo de tecnologia oferece.

2.2 Computadores móveis


Os computadores móveis são pequenos dispositivos portáteis, os quais possuem
muitas aplicações, que se pode ter um simples acesso a internet ou até mesmo realizar

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tarefas mais complexas, que antes eram realizadas apenas pelos computadores de mesa.
Esse tipo de computador de certa forma é adaptado/adequado para caber em qualquer
aplicação, executar qualquer tarefa, observando sempre as funcionalidades que o
dispositivo é capaz de oferecer.
Atualmente o que tem se visto é a união de várias funcionalidades em um único
aparelho. Com isso, aparelhos menores têm sido desenvolvidos sempre agregando cada
vez mais funcionalidades antes jamais utilizadas em aparelhos tão pequenos. Este tem
sido o desafio da tecnologia da informação, desenvolver equipamentos capazes de
proporcionar ao ser humano uma mobilidade jamais vista. Se antes era necessário sempre
ter um computador para executar algumas tarefas hoje já não é mais.
A esse novo tipo de tecnologia pode-se chamar de computação de bolso, afinal,
esse nome vem da possibilidade dos computadores móveis serem carregados dentro do
bolso. Esse tipo de dispositivo atualmente tem sido quase completo, muitos até já
possuem sistemas operacionais completos, capazes de realizarem determinadas tarefas
tão bem quanto um computador de mesa com capacidade de processamento maior.
Nessa nova categoria se assim for denominados, primeiramente pode-se citar os
celulares, os quais têm conseguido executarem funções antes executadas e principalmente
existentes nos computadores. Além deles, deve-se lembrar também, de vários outros
dispositivos que tem sido modificados constantemente fazendo com que o homem em
muitas tarefas cotidianas passe a utilizá-los, são eles: os palmtops, mp3 players (hoje já
se tem até o mp12), iPods, pendrives, câmeras digitais, TV’s portáteis.
O que antes era visto como uma tendência, especulação ou até mesmo como
pesquisa, hoje já se tornou realidade. Já é notável a grande ascensão desse tipo de
tecnologia e como ela foi ganhando mercado de forma rápida e principalmente sempre
com novidades, o que chama ainda mais a atenção dos usuários desse tipo de tecnologia.
Há alguns anos possuir um aparelho que tivesse a união de várias funcionalidades
seria coisa futurista, pois bem, o futuro já chegou e o que era tendência virou realidade, e
o que se pode perceber é que a tendência agora é miniaturizar os dispositivos, ou seja,
colocar cada vez mais funcionalidades e processamento em dispositivos cada vez
menores.
Existem também os computadores portáteis os quais são computadores móveis
conforme mostra a figura 3, que executam tarefas tão bem quanto os computadores de
mesa, só que oferecem ao seu usuário a possibilidade sempre que necessário de se
locomover e continuar usando o computador normalmente. Esses computadores
geralmente são leves possuem dimensões pequenas e são alimentados por baterias, o que
possibilita serem utilizados em qualquer local. São também chamados de notebooks.

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Figura 4 – Notebook

Já os computadores de mão, também conhecidos como PDA (Personal Digital


Assistants), são computadores ainda menores que os notebooks, também alimentados por
baterias, que são utilizados principalmente como uma agenda, onde o usuário coloca seus
compromissos, anota telefones e endereços, acessa internet. Lembrando que cada
dispositivo tem sua característica e funcionalidade, ou seja, o usuário pode encontrar
PDA’s que não acessem a internet ou que não realizem alguma outra funcionalidade. A
característica marcante desse tipo de dispositivo é que ele não possui teclado, possui telas
sensíveis ao toque, também chamadas de Telas Touch Screen, que é por onde o usuário
faz a entrada dos dados, utilizando-se dos próprios dedos ou com uma caneta apropriada
para tal função, abaixo na figura 5 pode-se ver um modelo de um PDA.

Figura 5 – PDA

Talvez uma das mais recentes das tecnologias citadas, os Tablet PCs, são
computadores que possuem um sistema operacional, uma tela sensível ao toque com
capacidade de interagir com uma caneta complementar. São computadores que unem as
funcionalidades dos computadores móveis com os computadores de mão. Este tipo de
dispositivo pode ser utilizado sentado, caminhando, em pé, o que proporciona uma
maior mobilidade aos seus usuários.

16
Figura 6 – Tablet

2.3 Computadores Wearable


Computadores wearable são computadores móveis que podem ser “vestidos”. Este
tipo de dispositivo apresentado na figura 6, possui as mesmas características de um
simples computador de mesa, tem capacidade de processamento e executa softwares
normalmente. O que o diferencia dos outros computadores, é que por serem possíveis de
“vestir”, são dispositivos que podem ser fixados ao corpo humano e que mesmo assim,
seu usuário consegue se locomover e realizar todos os movimentos normalmente, bem
como o computador realize todas as suas funcionalidades.

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Figura 7 – Computador Vestível

Por serem computadores vestíveis, possuem características diferenciadas, como:


“peso e tamanho, periféricos de entrada e saída, consumo de energia, resistência a
choques e vibrações, resistência a variação de temperatura e umidade, interferências
eletrostáticas e eletromagnéticas, e confiabilidade” segundo (LEHRBAUM, 1997 apud
OLIVEIRA; JÚNIOR; LOUREIRO, 2001).
O computador vestível para Donati e Prado,
Ele deve estar incorporado ao espaço pessoal do usuário sem, no entanto limitar
os seus movimentos ou impedir a sua mobilidade. Está sempre ligado e acessível, e com
uma performance computacional que permite auxiliar o usuário em atividades motoras
e/ou cognitivas. O que diferencia um computador vestível de outros dispositivos móveis
como palmtop ou celular, é a possibilidade de apreender informações tanto do usuário
como do ambiente, tornando seu funcionamento mais interativo. Isto se deve a existência
de sensores no sistema que podem, por exemplo, medir a posição do wearer, seu
deslocamento, ou sinais vitais, reconhecer a presença de objetos/pessoas em torno e
também as condições do ambiente como temperatura, luminosidade. Esta constante
disponibilidade e integração do dispositivo vêm assim gerar uma outra forma de sinergia
entre o homem e o computador, que potencializa a capacidade do usuário de interagir e
atuar concomitantemente em diferentes espaços: digitais e físicos – locais e remotos
quando conectado a Web. (DONATI; PRADO, 2004)

Por outras palavras, “um wearable é um sistema computacional que se pode vestir
tal como uma peça de roupa ou de joalheria” (PICARD, 1997b apud DIAS, 2005).
Assim percebe-se então que um computador vestível, tem a capacidade de realizar
muitas funções, possível até mesmo de conseguir captar informações do ambiente onde
está, gerando assim, uma maior interatividade entre máquina e usuário, afinal, de certa
forma os dois acabam se tornando apenas um.
Conforme são programados, esses dispositivos quando em ambientes que
proporcionam uma maior interatividade, conectividade, disponibilidade e integração,
ainda possibilitam ao usuário novas conexões, gerando assim, uma nova forma de o
usuário poder se estender e principalmente, poder atuar naquele espaço onde ele está.

18
Para Ziller, Mantovani e Souza,
Assim como os óculos e as roupas fazem parte dos sujeitos, os computadores wearable
também devem ser incorporados como as vestimentas e os acessórios e interagirem com
os usuários a partir do contexto em que se inserem. A intenção é adaptar a tecnologia ao
corpo dos sujeitos e a seus contextos de interação com informações. (ZILLER;
MANTOVANI; SOUZA, 2007)

2.4 Conexão Wireless


O termo Wireless é utilizado para as redes sem fio. Essa palavra vem da união de
outras duas palavras em inglês, Wire que quer dizer fio ou cabo e da palavra Less que
significa sem. Daí a nomenclatura de sem fio. Logo, foi adotado o padrão Wireless para
caracterizar qualquer tipo de conexão onde há a transmissão de informações sem a
utilização de cabos ou fios.
Muitos dos aparelhos usados atualmente já se utilizam dessa tecnologia, dos
simples controles remotos das TV’s aos mais badalados celulares fazem uso das redes
sem fio. Esse tipo de rede serve para fazer a conexão entre equipamentos fixos e móveis
ou equipamentos móveis somente. Ao contrário da rede convencional cabeada, a
transmissão das redes sem fio é feita através de ondas de rádio. Nas redes convencionais,
existem algumas classificações como: PAN, LAN, MAN.
As redes PAN (Personal Area Network) são redes feitas para conexões simples,
que possuem uma capacidade de alcance muito pequena, logo, é utilizada apenas para
conexões próximas, pois, como a distância entre os dispositivos é pequena, características
como a velocidade de transmissão, por exemplo, não influenciam muito na conexão.
Já as redes LAN (local Area Network) são utilizadas a partir do momento em que
o usuário necessita fazer uma conexão entre dois ou mais computadores. Representa uma
rede local, pode ser feita em qualquer lugar, em casa, escritório, consultório ou em uma
empresa.
Existem também as MAN (Metropolitan Area Network) que são redes que
ocupam o perímetro de cidades, estados. Esse tipo de rede é muito utilizado pelas
empresas que fornecem o serviço de provedores de acesso, que utilizam desse modelo
para fazerem a conexão com os pontos de distribuição da internet, também por empresas
que utilizam para se conectarem com suas filiais.
As redes wireless seguem esse mesmo padrão, para se diferenciar uma rede local
convencional de uma rede local wireless apenas adota-se o uso do “W” antes do tipo de
rede utilizado, exemplo, WLAN, que significa uma rede local sem fio de uma empresa
ou residência. Outras tecnologias como Wi-fi, InfraRed (infravermelho), Bluetooth
também são muito utilizadas para fazer a conexão sem fio.
Os raios infravermelhos são usados para conexões de curta distância, bastante
utilizado para conexão entre celulares e dispositivos que necessitam de conexões
instantâneas e não permanentes. Para utilizar esse tipo de conexão sempre havia a
necessidade de alinhar os dispositivos. Posteriormente aos raios infravermelhos, foi
desenvolvida a tecnologia Bluetooth. Uma tecnologia que se utiliza a rádio frequência, e
atua com um alcance de aproximadamente 10 metros, possui velocidade maior do que os
raios infravermelhos. Principal vantagem em relação aos raios infravermelhos é que é
possível a conexão com mais de um dispositivo ao mesmo tempo, o que não ocorre com
os raios infravermelhos que se limitam a apenas dois aparelhos conectados
simultaneamente.
Wi-Fi é um termo licenciado pela Wi-Fi Alliance para se referir a redes sem fio
baseadas no padrão IEEE 802.11. Na verdade nada mais é do que uma tecnologia que

19
permite a conexão entre mais de um dispositivo sem fio. Tem sido muito utilizado devido
ao baixo custo para “montar uma rede Wi-Fi” e por ser bastante prático. Esse tipo de rede
funciona através de ondas de rádio, assim como são usados os celulares e televisores.
Segundo Karas,
As redes Wi-Fi operam através de ondas de rádio, da mesma forma que telefones
celulares e televisores. Um adaptador sem fio para computador transforma os dados em
sinais de rádio e os emite através de uma antena. O roteador, dispositivo conectado a
Internet através de cabos, recebe esse sinal, decodifica-o e o envia para a Internet. O
mesmo ocorre no sentido contrário, estabelecendo-se assim a comunicação entre os
dispositivos sem fio. Os pontos de acesso para conexão com a Internet Wi-Fi recebem o
nome de hotspots, comumente encontrados em aeroportos, cafés, bibliotecas, entre
outros. Uma vez em um hotspot, basta ligar seu dispositivo portátil (laptop, smartphone
etc.) com adaptador Wi-Fi e acessar a Internet. (KARAS. 2008)
As redes wireless são utilizadas principalmente onde as conexões são simples e
baratas, e também onde a estrutura de uma rede convencional cabeada não pode ser
aplicada. Mesmo que para muitos, a confiabilidade dos dados, bem como a eficiência das
redes sem fio, quanto a transmissão de informações, o fato de ser uma tecnologia simples
de se configurar e um custo relativamente baixo, fazem com que a procura por esse tipo
de tecnologia aumente cada vez mais.
Atualmente boa parte das redes wireless oferece uma boa conexão, tendo em vista
que devem atender aos padrões internacionais. Logo, percebe-se que essa padronização
dos dispositivos faz com que cada vez mais as redes wireless possam estar conectadas
com as redes convencionais. Com esse avanço das redes sem fio, futuramente poderá se
ter bem mais redes o que leva a crer que o usuário terá a possibilidade de estar conectado
em uma rede a todo instante, em qualquer lugar. Esse tipo de rede deixará de ser usada
apenas em redes pequenas, redes domésticas, e ganharão território, podendo ser utilizadas
até mesmo em redes WAN’s que são redes para conexões muito distantes.

2.2 Ambientes Inteligentes


São ambientes desenvolvidos para que o usuário possa de alguma forma executar
tarefas de forma remota, ou seja, conseguir desempenhar uma função à distância. Esse
tipo de ambiente proporciona a conexão de diversos tipos de dispositivos móveis e fixos,
que quando acionados pelo usuário desempenhem uma função desejada.

2.2.1 Interfaces Hands-Free

São dispositivos que não necessitam da utilização das mãos ou necessitam apenas
do uso limitado das mãos para o seu funcionamento. São dispositivos que de alguma
forma deixam as mãos dos usuários livres para que eles possam desempenhar outras
tarefas. Esses dispositivos móveis que quando usados em um local continue conectado,
interagindo com o dispositivo principal, por exemplo, a utilização de um fone Bluetooth.
O usuário através de um som que também possui a tecnologia Bluetooth, conseguirá se
mover pela casa ouvindo suas músicas através do fone de ouvido sem precisar ficar fixo
a apenas um local da casa.
Utiliza-se de comunicação sem fio e são bastante utilizados através de comandos
de voz. Atualmente muitas montadoras de carros utilizam esse tipo de dispositivo que
possibilita, por exemplo, o condutor a atender uma chamada do telefone celular através
do comando de voz sem a necessidade de parar o carro, nem tão pouco de efetuar algum

20
outro tipo de comando no telefone. Porém, muitos países têm proibido o uso dessa
tecnologia nos veículos, pois, constataram que mesmo sendo utilizada, os índices de
acidentes de trânsito continuaram elevados.

2.2.2 Consciência de Contexto


A computação consciente do contexto, que vem do termo em inglês context-aware
computing, é um tipo de computação onde uma aplicação é capaz de fornecer a vários
usuários informações sobre o local onde eles se encontram. Tem como objetivo atender
muitos usuários ao mesmo tempo, mas para isso é necessário a criação de perfis, pois, é
através desses perfis que a computação consciente de contexto consegue diferenciar cada
usuário e fornecer informações conforme seu perfil.
Segundo Dey e Abowd, (2000) apud Gonzaga, (2008), “definiu contexto como
qualquer informação que pode ser considerada relevante para caracterizar a situação e
uma entidade”. Logo, entidade deve ser considerada como uma pessoa, ou um lugar, até
mesmo um objeto o qual possa ser considerado de suma importância para que haja a
interação entre a aplicação e o usuário, onde, deve-se incluir também o próprio usuário e
a aplicação.
Sua principal característica é oferecer ao usuário dados e informações ao usuário
do local onde ele se encontra. A idéia é que o usuário quando em movimento com um
dispositivo móvel, seja capaz de em determinado ambiente, trocar informações sempre
que necessário, utilizando-se não só da consciência do contexto, mas também da
computação pervasiva.
Para a consciência de contexto, os ambientes possuem sistemas distribuídos, onde
através de sensores, atuadores passam a agir de forma intuitiva realizando uma
comunicação entre os dispositivos, conforme o contexto oferece as informações,
ocasionando principalmente uma adaptabilidade. De certo modo essa comunicação só é
existente a partir do momento em que todos os envolvidos comecem a compartilhar
informações uns com os outros.
Logo, percebe-se que essa tecnologia veio para auxiliar uma maior comunicação
entre usuário e ambiente, sem que o usuário necessite fazer qualquer tipo de configuração
em seu dispositivo. Não se pode pensar em computação consciente de contexto
separadamente, é uma tecnologia que caminha junto com a computação pervasiva e
móvel, proporcionando ao usuário uma interatividade jamais vista.
A capacidade de extrair informações do ambiente e informar diferentes usuários,
bem como reconhecer cada tipo de usuário inserido no ambiente, faz dessa tecnologia
uma peça fundamental para que no futuro o uso da computação ubíqua seja de fato
concretizado. A partir do momento em que os dispositivos começarem a trocar
informações com o ambiente e se auto-configuarem de forma imperceptível ao usuário,
será o sinal de que a computação ubíqua proposta por Mark Weiser está acontecendo.
Nesse tipo de computação, nota-se que sempre que o usuário estiver próximo de
um ambiente consciente do contexto, será possível a ele a capacidade de reconfiguração
automática conforme em movimento com seu dispositivo. Sempre que necessário a troca
de informações vai acontecer, de forma que o dispositivo e o ambiente troquem
informações, em que tanto a aplicação vai poder se adaptar automaticamente ao contexto
que foi percebido, como também a aplicação vai ter capacidade de mostrar ao usuário
informações conforme o contexto as apresentar.

2.2.3 Ambiente Inteligente

21
Quando se pensa em ambiente inteligente, logo se imagina um lugar onde os
dispositivos tenham a capacidade de desempenharem funcionalidades de interatividade.
Para se ter uma idéia, uma residência inteligente é composta por vários ambientes
inteligentes, capazes de interagirem com o ambiente e conseqüentemente oferecer um
retorno para determinada situação.
Para que se tenha um ambiente inteligente é necessário aperfeiçoar o máximo a
relação entre usuário e equipamento, também é muito importante fazer um detalhamento
do local para que se possa aproveitar o máximo do ambiente com divisões em vários
setores que sejam capazes de controlar os sistemas e ainda capturar informações precisas
dos padrões de sensoriamento, afinal, “são ambientes que promovem muita interação,
pois têm alto tráfego de pessoas e agregam muitos sensores e DIs” (BOLZANI, 2004).
Nem sempre todo o ambiente vai ser inteligente, mas conforme a necessidade
pode-se definir novos ambientes, nesse caso, o ambiente inteligente vai ampliar sua área
de atuação para outros lugares. Geralmente isso acontece quando existem sistemas que
servem para dar apoio para pessoas que possuem algum tipo de deficiência, idosos e até
mesmo crianças. A idéia é oferecer a elas um ambiente seguro.
Ainda conforme Bolzani,
Um ambiente inteligente é então um espaço virtual definido pelo propósito que se
pretende desempenhar e não necessariamente pelo espaço físico estabelecido. Ambientes
inteligentes podem se sobrepor, seguindo, no entanto, uma hierarquia bem definida de
ações e propósitos sempre direcionada à segurança dos ocupantes e ao estabelecido em
padrões vigentes. (BOLZANI, 2004).
Num ambiente inteligente, existe uma grande variedade de sensores, atuadores e
também dispositivos inteligentes, conhecidos como DI’s, que possuem cinco partes:
núcleo básico, interface de rede, software de aplicação e controle, entradas e saídas de
dados e interface com o usuário conforme figura 7, e que quando programados,
configurados e conectados de forma correta, proporcionam uma grande quantidade de
serviços e principalmente métodos de gerenciamento de uma residência.
“Qualquer equipamento que tenha autonomia para desenvolver uma tarefa básica,
efetuar troca de informações com outros dispositivos, possibilitar comando remoto e ter
capacidade de tomada de decisão pode ser considerado um dispositivo inteligente.”
(BOLZANI, 2004).

CAPÍTULO 3 - ÁREAS DE ATUAÇÃO DA


COMPUTAÇÃO UBÍQUA
O primeiro passo dado para aplicação da computação ubíqua no coditiano,
aconteceu no laboratório da XeroxPARC com a realização do projeto Xerox PARCTab,
o qual era capaz de reconhecer usuários dentro de um ambiente e mudar de
comportamento conforme o contexto lhe passava as informações. Posteriormente novos
projetos foram surgindo. Os projetos AURA E GAIA são conhecidos mundialmente
quando se fala em computação ubíqua. O projeto AURA é desenvolvido pela Carnegie
Mellon University, a idéia do projeto é uma plataforma computacional capaz de auxiliar

22
o usuário na realização de determinadas atividades. Sua característica é oferecer ao
usuário a possibilidade de se locomover em um ambiente e a medida que ele se move essa
plataforma computacional oferece a ele a oportunidade de continuar utilizando
determinada aplicação. Sempre que o usuário troca de ambiente ou passa a utilizar um
dispositivo diferente, lhe é oferecido então novas aplicações com funcionalidades
compatíveis ao ambiente bem como ao dispositivo. Já o projeto GAIA é desenvolvido
pela University of Illinois, sua principal característica é a composição de um middleware
que seja capaz de fazer todo o gerenciamento do ambiente, onde os dispositivos presentes
no ambiente são vistos pelo middleware, que abstrai as informações necessárias, tornando
as disponíveis em apenas uma máquina.
No Brasil já existem vários projetos sendo desenvolvidos pelo país sobre a
temática, alguns bastante interessantes, contudo, tornar-se parte da vida do homem é um
desafio para essa nova tecnologia e um novo cenário será criado e vivenciado por todos,
hospitais totalmente integrados com os pacientes, serviços de segurança inteligados
diretamente com a polícia, museus e parques que poderão oferecer ao usuário visitas sem
a necessidade do acompanhamento de um guia, estarão a disposição quando essa
tecnologia estiver totalmente integrada. Isso sem falar nas residências inteligentes. Há
algum tempo pensar numa casa que pudesse ser controlada através de comandos de voz
ou controle remoto, ou ainda por comandos através de um celular, era praticamente difícil
de se imaginar. Hoje já é possível e já começaram a fazer parte da vida de algumas
pessoas, porém não é tão barato. Casas com locais onde as luzes se acendem quando o
sensor capta os movimentos de uma pessoa no ambiente, cortinas que se abrem e fecham
com o uso de controle remoto, sistemas de segurança que avisam pelo celular informações
precisas e em tempo real, são alguns benefícios que a tecnologia vem inserindo na vida
do homem. Benefícios como estes que fazem com que a computação ubíqua se torne tema
de discussões e pesquisas. A inteligência do homem aliada a sua capacidade de inventar,
proporciona que novas tecnologias como essa sejam inseridas no nosso dia a dia.
Como o cenário da saúde não é dos melhores. Hospitais superlotados, atendimento
precário, falta de profissionais em determinadas áreas, tudo isso mostra que a
infraestrutura de serviços na área da saúde tem deixado a desejar, muitos projetos tem
seguido a linha de resolução de problemas voltados para a área da saúde e medicina,
buscando solucionar problemas encontrados atualmente. O que se espera é que
futuramente esses projetos possam fazer parte da vida das pessoas de forma benéfica
oferecendo-lhes uma maior comodidade e principalmente funcionalidade.
Esses projetos estão sendo desenvolvidos principalmente visando uma melhoria
para pacientes com determinadas doenças, idosos, crianças etc. Através de ambientes e
dispositivos ubíquos será possível oferecer uma medicina baseada em informações do
paciente. Com dispositivos integrados e em constante comunicação com computadores
centrais, será possível, por exemplo, que todos os dados e informações necessárias desse
paciente fiquem gravadas e principalmente ofereça a possibilidade de intervenções
médicas de maneira rápida e segura. Nesse tipo de tecnologia a todo momento haverá o
captura, análise e interpretação das informações, para que se possa ir fazendo um
diagnóstico ou acompanhamento do paciente de forma precisa.
O uso constante da computação ubíqua na área da saúde vai proporcionar não só
um atendimento remoto, mas também acelerar o fluxo das informações dentro de um
hospital a partir do momento que em existir uma maior integração dos dispositivos
computacionais. Diante disso os profissionais ali envolvidos poderão ter acesso a
informações detalhadas e necessárias para um bom atendimento.
Com o aumento da expectativa de vida, consequentemente a quantidade de idosos
tem aumentado. Os idosos estão mais propícios a determinados tipos de doenças e

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algumas condições mais críticas de saúde. Muitos moram sozinhos e não tem ninguém
por perto caso precisem de uma ajuda imediata. Daí se vem a idéia de oferecer uma
assitência domicialiar à saúde. Utilizando-se da tecnologia da computação talvez se possa
oferecer algum tipo de controle e acompanhamento a distância desses tipos de pacientes.
Inicialmente é necessário preparar toda a casa do paciente com sensores, os quais serão
os responsáveis por fazer o monitoramento constante das atividades desenvolvidas por
ele.
Foi baseando-se nisso que a Universidade Federal de Fluminense, começou a
desenvolver o SCIADS (Sistema Computacional Inteligente de Assistência Domiciliar à
Saúde) o qual utilizando-se da computação pervasiva o sistema é capaz de realizar um
monitoramento remoto de saúde do paciente quando o mesmo está em seu domicílio.
Seguindo o contexto do projeto eles implementaram então um protótipo cujo o foco
principal é conseguir realizar a identificação constante da situação de saúde do paciente
e consequentemente atribuir a esse paciente um plano de cuidados. Utilizando-se de
dispositivos sem fio e sensores de movimento, através desse sistema é possível realizar a
captura de dados fisiológicos e as atividades realizadas.

Figura 9 – Estrutura Geral do SCIADS (LOQUES, 2011)

A computação ubíqua também tem sido utilizada em veículos para oferecer ao


usuário uma maior segurança quanto a furtos e roubos, possibilitando-se um rastreamento
remoto, ou até mesmo possibilitar a este usuário solicitar o pedido de um socorro quando
o veículo estiver com algum tipo de problema. Num cenário onde uma cidade já estiver
utilizando de computação ubíqua, com todos os dispositivos de forma integrada será
possível que os automóveis tenham a capacidade de abstrair informações, analisá-las e
oferecer um retorno ao motorista. Um exemplo, seria a capacidade de efetuar cálculos de
distância entre o saída e o destino, durante o trajeto o veículo passa perto de um posto de
combustível, logo, o dispositivo do veicúlo faz um levantamento da quantidade de
gasolina que ainda existe no tanque, verifica a distância percorrida, quanto ainda falta
para o destino final, e então vai oferecer ao motorista informação de que ele precisa ou
não parar no posto de gasolina para abastecer, ou ainda informá-lo que ainda não é
necessário que durante o trajeto existe outro posto de gasolina e que dá para ele ir até la.
Com esse exemplo, nota-se que a computação ubíqua não vai só oferecer ao usuário o
auxílio as tarefas do dia-a-dia, mas também vai tirar do usuário a preocupação de ter que
ficar lembrando de determinadas coisas que hoje ele tem que fazer, com a computação
ubíqua os dispositivos é que vai executar essa tarefa.
Outro ramo em que a computação ubíqua trará bastante auxílio é na área da
segurança. A partir do seu uso será possível, uma maior integração nas informações e

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principalmente em tempo real. Nessa área tem sido desenvolvido pela fusão entre a
Universidade Federal de Uberlândia e uma empresa privada, o projeto Guarda-Costas,
que tem como foco principal a segurança pública, e proporcionará a partir da internet,
celulares e outros dispositivos vários tipos de serviços.
A contribuição das outras tecnologias para o avanço da computação ubíqua é
essencial. Com isso a tecnologia móvel tem sido uma forte aliada. As duas tecnologias
junto tem possibilitado uma melhora e uma maior utilização dos sistemas de localização.
Com informações sendo capturadas através de satélites ou antenas wireless já se é
possível oferecer ao usuário de forma precisa a localização correta de um determinado
lugar. Com a proliferação das redes sem fio, se imagina que possa aumentar ainda mais a
oportunidade de se estar conectado e isso vai fazer com que cada vez mais o homem seja
capaz de se utilizar da computação ubíqua para desenvolver novas aplicações comerciais.
Já no âmbito do marketing a computação ubíqua vai poder oferecer para as
empresas a oportunidade de conhecer melhor os seus clientes e principalmente vai possuir
dados sobre seus gostos e os hábitos de consumo. Com isso poderão direcionar melhor os
produtos para seus clientes, pois, as empresas terão a oportunidade de oferecer ao seu
cliente um produto ou serviço conforme a sua necessidade. As ações de marketing não
precisarão ser expostas em outdoors ou apenas pela internet, afinal, com a computação
ubíqua o consumidor estará conectado o tempo todo, isso faz com que as empresas de
certa forma também vão estar conectadas com esse cliente durante esse tempo, a
tecnologia vai proporcionar a interação entre as partes e principalmente vai possibilitar
ao usuário a possibilidade de efetuar a compra de algum produto, pois, sempre estará em
contado direto com a empresa.
Como se percebe a computação ubíqua vai criando ramificações para diversas
áreas de atuação. A adaptação e adequação a essa tecnologia vai proporcionar um melhor
uso e aproveitamento da tecnologia. O que antes parecia apenas uma idéia já está virando
realidade e com o passar dos anos vai se firmar de vez. Alguns dos projetos citados
mostram de forma precisa o quanto a computação ubíqua vai poder ser útil no nosso
cotidiano. Já não se pode imaginar mais um mundo sem internet, afinal, hoje em dia
muitas coisas já dependem dessa tecnologia para seu funcionamento perfeito. Com o uso
da internet cada vez mais e o desenvolvimento constante das tecnologias móveis, são
fortes indícios de que a computação ubíqua tem tudo para se firmar de vez. Agora apenas
nos resta esperar seu desenvolvimento e principalmente aproveitar as funcionalidades que
ela oferecer.

CONCLUSÃO / RECOMENDAÇÕES
A computação ubíqua vem ganhando espaço a cada ano, através do avanço das
tecnologias móveis, da computação pervasiva, do avanço das redes sem fio e por
proporcionar a vida das pessoas recursos que antes não eram nem mesmo algo que se
pudesse imaginar que fosse possível de ser realizado. Com uma tecnologia toda nova, a
qual é capaz de tornar a computação invisível ou onipresente na sua utilização, que
consegue unir as melhores características das outras tecnologias tem tudo para se tornar
indispensável futuramente na vida das pessoas. Apesar de ainda não estar totalmente
inserida, a pesquisa bibliográfica realizada deixa claro que é questão de tempo para que
essa tecnologia esteja totalmente inserida no cotidiano das pessoas.

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Através do embasamento teórico sobre o tema em questão, percebe-se que alguns
questionamentos ainda não podem ser respondidos devido à tecnologia ainda não estar
totalmente inserida, logo, não é possível se ter uma idéia de como as pessoas vai reagir a
sua utilização, mesmo sabendo que ela trará muitos benefícios. Todavia é possível
perceber que questões como segurança e privacidade estão cada vez mais sendo discutidas
e pesquisadas com o intuito de melhorar para que se possa oferecer um serviço de
qualidade e com segurança, juntos com a complexidade de construir ambientes ubíquos
talvez sejam os grandes desafios para que a tecnologia seja de finalmente parte integrante
da vida das pessoas. A segurança vem sendo melhorada principalmente através do
desenvolvimento das outras tecnologias e a adoção de alguns padrões globalizados para
proporcionar que dispositivos diferentes com funcionalidades totalmente diferentes sejam
capazes de se comunicar e interagir através de conexões mais seguras. Já a privacidade é
um questionamento que só poderá ser analisado quando a tecnologia estiver em total uso,
aí sim, a reação das pessoas em relação à computação ubíqua poderá ser avaliada.
Contudo é impressionante o que vem acontecendo com essa tecnologia. O que
antes parecia apenas uma idéia de um visionário, hoje realmente vem acontecendo de
forma precisa conforme ele previu há décadas atrás. O que Mark Weiser previa realmente
está acontecendo e a era da computação ubíqua já está começando e caminha a passos
largos para ser inserida no nosso dia-a-dia. Em um futuro próximo já será possível fazer
o uso da computação ubíqua em vários lugares e os dispositivos serão os grandes
responsáveis pela nova vida. Tarefas que antes realizávamos serão realizadas por eles e
informações precisas eles serão capazes de nos oferecer a todo o momento, isso não é
mais pesquisa é fato.
Parece coisa do futuro, porém já é realidade. Ou simplesmente o futuro tenha
chegado e junto a ele quem se apresenta é a computação ubíqua oferecendo um novo
modelo de computação e deixando as pessoas atônitas, é como se ela estivesse mostrando
seu cartão de visitas e no final ainda se apresentasse, muito prazer eu sou a computação
ubíqua a sua companhia no seu dia-a-dia desde o momento em que tiver que te acordar e
te lembrar para dormir.
Ao final desse trabalho pode-se dizer que os objetivos traçados no início desse
trabalho foram atingidos de forma satisfatória. Foi possível conhecer melhor sobre essa
tecnologia recente que é a computação ubíqua, aprender um pouco do seu conceito e suas
características principais, a forma como ela pode ser aplicada no cotidiano das pessoas e
o que tem sido feito para colocar no mercado uma tecnologia de forma segura e precisa.
Todavia, além de novas pesquisas sobre a temática para levantamento de histórico
e influência no cotidiano das pessoas, como recomendações para trabalhos futuros sobre
a temática este pesquisador sugere também que sejam desenvolvidos trabalhos visando
esclarecer melhor o desenvolvimento na área da segurança e como os padrões
internacionais estão sendo adotados. Pode-se ainda criar um modelo de como deve ser e
como se dará o comportamento das aplicações ubíquas.

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