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8º Período – Dr.

Nestor Avelino Leite Medicina – UNEC Gabriela Campos

Urgência & Emergência


TERCEIRA ETAPA: Causas:

• Parada e Reanimação Cardiopulmonar 1. Perturbações da atividade elétrica cardíaca:


arritmias secundárias ou não à insuficiência
• Manejo das Arritmias Cardíacas
coronariana.
• Choque
• Sepse
2. Depressão miocárdica: IAM, IC, hipóxia, acidose,
distúrbios eletrolíticos, fármacos, etc.

Parada e RCP: 3. Baixo débito cardíaco: hipovolemia,


tamponamento, pneumotórax, embolia pulmonar,
etc.
- O atendimento primário é olhar se o paciente está
morrendo ou não. + Não deixa-lo morrer.
Sinais Clínicos:
- Depois, temos o atendimento secundário. Que engloba a
aferição da pressão arterial, chamar o especialista e realizar
Inconsciência
um tratamento definitivo.
Ausência de movimentos respiratórios
Ausência de pulso
Procedimentos Iniciais após o reconhecimento de
CONCEITO:
uma PCR
Solicitar ajuda/desfibrilador/monitor
Parada cardíaca: cessação súbita da circulação
Colocar a vítima em decúbito dorsal horizontal, em
sistêmica
uma superfície plana e dura
Parada respiratória: cessação dos movimentos
Manter a cabeça e o tórax no mesmo plano
ventilatórios espontâneos
Iniciar suporte básico de vida (ABCD primário)
Podemos ter uma parada respiratória sem ter
É obrigatório que o paciente que esteja em PCR
uma parada cardíaca, mas nunca teremos uma
esteja inconsciente!!!
parada cardíaca sem uma parada respiratória.
Tríade Obrigatória da PCR:
A primeira impressão que devemos ter do paciente é
1. Inconsciência
se ele possui drive respiratório ou não.
2. Ausência de movimentos respiratórios
3. Ausência de pulso
Não ter drive respiratório nem ter pulso periférico
significa Que o paciente está em PCR.
SUPORTE BASICO AVANÇADO DE VIDA 2010:
Avaliação inicial:
SOBREVIDA:
No hospital: 30 a 46%
ABCD
Outros locais: 2 a 26%
CABD
Mortalidade em 24 à 48h (mesmo com cuidados intensivos).
Suporte Básico – BLS:

Fatores de risco cardiovascular:

DataSUS:
35% das mortes no Brasil são por causas
cardiovasculares, resultando em mais de 300 mil
casos por ano.

MS:
820 óbitos por dia, 1 pessoa à cada 2 minutos
75% pré-hospitalar
20% sem sintomas prévios
Acima de 85% morrem antes de chegarem ao PS
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CABD PRIMÁRIO: Resumo: CABD primário:


Vamos utilizar o C-A-B em PCR:

C
A
B
Circulação
Abertura das vias aéreas
Boa ventilação
C
Dentro do ”C” Circulação:
Verificar pulsos centrais – carotídeo e femoral.
Se o paciente estiver em PCR, imediatamente, começamos a Se há pulso central e não tem pulso periférico = é provável
fazer as compressões torácicas. que a pressão sistólica esteja menor ou igual a 90 mmHg.
Fazer a compressão até chegar o material. Se houve a verificação e não há pulso = Inicia a RCP.
30 compressões intercaladas com 2 ventilações.
- CABD PRIMÁRIO: Devagar demais = não gera fração de ejeção nas
Verificar o pulso carotídeo (5-10 seg) câmaras cardíacas e não gera perfusão tecidual
Iniciar RCP adequada.
30 compressões intercaladas com 2 ventilações em Rápido demais = não dá tempo de ocorrer a diástole
um ou dois socorristas de forma adequada.
Acima de 100 compressões por minuto Posição do braço de quem está fazendo a compressão
Rápida e forte torácica deve ser de 90° em relação ao corpo do paciente.
Retorno do tórax à posição de repouso A força da compressão vem da região lombar e do peso do
RCP efetiva mantém fluxo cerebral e coronariano corpo em cima do tórax do paciente.
Tem que fazer o tórax descer – ao menos 5 centímetros – tem
que afundar o tórax para, assim, comprimir o coração e
deixar o tórax retornar a sua posição normal para, assim,
- CABD PRIMÁRIO: permitir que haja diástole completa.
Elevação da mandíbula / Hiperextensão da coluna
cervical / Tração da mandíbula
OBS.:
A principal causa de parada respiratória em paciente
A
inconsciente é a QUEDA DA LÍNGUA que obstrui as vias Dentro do ”A” Abertura das vias aéreas:
aéreas do paciente. Abertura das vias aéreas + Estabilizar a coluna
Deve-se posicionar a cabeça e levantar o queixo, isso cervical + Elevação da mandíbula.
já corrige a parada respiratória iminente. Não podemos nos esquecer de estabilizar a coluna cervical.
Atentar se há lesão cervical Se não conhecemos a história clínica da pessoa em PCR, até
que se prove o contrário, essa pessoa tem traumatismo
raquimedular!!! (Temos que pensar assim).
Mesmo que não tenha sido um acidente o causador da
condição do paciente.
Se há indícios de traumatismo raquimedular e o
paciente está necessitando de uma intubação,
não podemos hiperestender sua coluna
cervical!!!
Só é feita uma intubação orotraqueal se não foi possível fazer
- CABD PRIMÁRIO: uma ventilação efetiva.
Realizar 2 ventilações Conseguimos perceber se a ventilação está efetiva
◦ Duração de 1,0 segundo através da visualização da expansão torácica do
◦ Observar parede torácica elevar-se paciente!

- CABD PRIMÁRIO: B
Verificar o ritmo se for FV/TV será indicado então o Dentro do ”B” Ventilação!
choque São realizadas 2 ventilações com duração de 1 segundo entre
Desfibrilar: uma e outra. Observar parede torácica elevar-se e abaixar-se.
◦ Choque monofásico de 360 Joules
◦ Choque bifásico equivalente (150-200
Joules) D
Dentro do ”D” Desfibrilação. É verificar o ritmo cardíaco.
PCR = Iniciar compressão Chegou o carrinho de parada
É verificar se se trata de uma fibrilação ventricular ou de uma
(tem que ter máscara, ambú e respirador).
taquicardia ventricular. Caso seja uma FV ou TV = é indicado
Sem respirador não faz uma perfusão tecidual de oxigênio
o choque/desfibrilar. Sempre se usa a carga máxima do
ideal para o paciente nessas condições.
aparelho!
Choque monofásico = 360 J / Choque bifásico = 200 J
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Diagnóstico diferencial:
3. Taquicardia Ventricular Tipo de arritmia
Assistolia ou AESP cardíaca em que há uma frequência cardíaca muito
Fibrilação ventricular e Taquicardia ventricular elevada.
sem pulso
Taquicardia ventricular
Fibrilação ventricular

Assistolia e AESP (Atividade Elétrica Sem Pulso) se tratam de


ritmos não chocáveis.

1. Assistolia e AESP 4. Fibrilação Ventricular Não há QRS que coincida


com outro.

Assistolia Linha reta no monitor. Não tem nenhuma


alteração de despolarização e repolarização cardíaca. Não • Toda vez que houver um QRS aberrante, alargado,
tem nenhuma marcação de evento elétrico. esquisito = Significa que está ocorrendo um evento
• Ausência de atividade elétrica. ventricular. O ventrículo não está obedecendo ao
• Reverte em menos de 10% dos casos. feixe de despolarização cardíaco.
OBS.: Quando estamos diante de uma assistolia sempre • Se a gente tem o QRS estreito, bonitinho = Significa
devemos fazer o “Protocolo da Linha Reta”. que está ocorrendo uma desfibrilação lá no nó
“CGD” sinoatrial e ele está descendo o feixe de
C Cabos – Checar se há algum cabo solto/desconectado. despolarização cardíaco bonitinho, saiu do átrio,
G Ganho – aumentar o ganho de “n” e para “2n”, caso haja chega ao ventrículo e faz um QRS certinho (vemos no
algum traçado pequeno, o monitor irá mostrar. ECG normalmente).
D Derivação – Podemos mudar a derivação analisada. Caso
estejamos usando “D2” (mais comum de ser usado), podemos • Não há possibilidade de uma pessoa estar em
mudar para “D3”. fibrilação ventricular e estar viva, lúcida, acordada.
• Se for pra monitorizar pela pá, deve-se colocar no as
pás de maneira correta no paciente a ativar o modo
“pá” do aparelho. Suporte Básico de vida avançado:
• Se for monitorizar pelo eletrocardiógrafo do
aparelho, basta colocar no D2 do paciente e também (ABCD secundário)
ativar essa função no aparelho.
Circulation:
AESP Qualquer ritmo que não seja os outros dois Massagem cardíaca externa de alta qualidade
(fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular), mas que Monitorize > se ritmo chocável > desfibrilação
seja ritmo organizado (mas não é necessariamente um Infusão de drogas (EV e IO apenas)
ritmo regular) e não tem pulsos nem evento mecânico. Ou
seja, é uma “Atividade Elétrica Sem Pulso”. Airway:
• Conceito: “AESP é caracterizada por presença de Manter manobras de abertura de vias, considere via aérea
traçado eletrocardiográfico, porém sem contração avançada (TOT ou Máscara Laríngea).
miocárdica capaz de efetuar fluxo sistêmico”.
Breathing:
Ventilação bolsa - máscara e FiO2 100%
2. Fibrilação Ventricular ou Taquicardia 30:2 se ambú, 10-12vpm se TOT
Ventricular Sem Pulso São ritmos chocáveis. Considere o Capnógrafo

Differential Diagnosis:
FV / TV / Assistolia / AESP

Cuidados Pós RCP: UTI (hipotermia, controle


hemodinâmico e metabólico, tratamento) para a
causa base.
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SUPORTE DE VIDA AVANÇADO: 7. Volta a fazer a Compressão + Ventilação


Intubação orotroqueal
Desfibrilador Cada ciclo tem 2 minutos de duração.
Drogas
1° Ciclo = Chegou o paciente Monitorizou Vi o ritmo
- Intubação orotraqueal: cardíaco (está não chocável) Volta a fazer compressão +
LARINGOSCOPIA: DROGA (Adrenalina 1mg. Uma ampola EV) Passou 2
Introduzir a lâmina do laringoscópio acima do lábio minutos!
inferior, afastando a língua lateralmente para Olho o pulso e não tem pulso! = Inicia o 2° ciclo.
visualizar a epiglote (seta).
Verificar a posição do tubo, através de ausculta • OBS.: Só usamos a Amiodarona em casos em que
bilateral do tórax, do epigástrio e da capnografia. não temos Adrenalina disponível. Aí sim podemos
Insuflar o balonete com cinco a dez mililitros de ar. usar Amiodarona como possível droga dentro do
Fixar o tubo em posição. ciclo.
Radiografar para verificar se a posição do tubo
• NADA SUPERA A ADRENALINA!
encontra-se a mais de 2 cm da carina.
• Adrenalina é SEMPRE UTILIZADA no primeiro ciclo!!!

2° Ciclo = Compressão + Ventilação Checar o pulso


Causas de PCR:
(permanece sem pulso) Olho o monitor Ritmo está
chocável Realizo a cardioversão! Uso carga máxima (de
360 joules ou de 200 joules) e realizo o choque no paciente.

Então, analiso o pulso.


Caso ainda esteja sem pulso, eu vejo se o paciente está
chocável ou não chocável.

Se o paciente é chocável = CARDIOVERSÃO NOVAMENTE.


Se o paciente não é chocável = Vou direto para a
COMPRESSÃO + Ventilação.

• E, é claro, independentemente se o paciente é


chocável ou não, ainda nesse ciclo, fazemos
Amiodarona 300mg em bolus.

E, dessa forma, no próximo ciclo (3° ciclo), uso Adrenalina


1mg, e no ciclo seguinte (4° ciclo), uso Amiodarona 150mg
(dose de amiodarona pela metade da primeira dose de
amiodarona utilizada).
DROGAS: E, assim, desse momento para frente, NUNCA mais uso
amiodarona no paciente.
Medicações utilizadas DURANTE a PCR São duas: • Faço apenas a Adrenalina 1mg EV = ciclo SIM, ciclo
NÃO. Ou seja, de 4 em 4 minutos!
1. Adrenalina
2. Vasopressina
Informações dos slides: DROGAS NA PCR:
Adrenalina faremos de 4 em 4 minutos.
Amiodarona (antiarrítmico) faremos apenas se o Vasopressor (a cada 3-5 minutos):
paciente estiver chocado. - EPINEFRINA (adrenalina) ampolas 1mg EV ou através da
Se houver risco de choque faremos apenas a cânula endotraqueal.
adrenalina. Dose máxima: Não existe

EXEMPLO: - VASOPRESSINA: 20 unidades/ml


Paciente com arritmia dá entrada no PS. 40 unidades (única dose) para poder substituir a primeira ou
1. Inicia compressão torácica segunda dose de epinefrina.
2. Chegou ventilação
3. Inicia Compressão + Ventilação Antiarrítmico:
4. Monitoriza + Checam os pulsos (e a paciente - AMIODARONA (ampola 150 mg)
permanece sem pulsos) Fazer em bolus de 300mg EV podendo repetir uma vez após
5. O monitor mostra ASSISTOLIA. 3-5 min a dose de 150mg
6. Inicia o “Protocola da Linha Reta” (e a paciente Manutenção: 1mg por minuto por 6 horas e 0,5mg por
realmente está em assistolia) minuto por mais 18hrs.
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LIDOCAÍNA (segunda escolha)


Dose: 1 a 1,5mg/kg
Manejo das Arritmias Cardíacas:
SULFATO DE MAGNÉSIO: 1 a 2g/hora EV .

ATROPINA: Não usar mais atropina no


algoritmo de assistolia e atividade elétrica sem
pulso.

Cuidados Pós-Parada:

Otimizar a função cardíaca, ventilatória e normalizar


perfusão de órgãos vitais.
Internação em UTI
Ventilação
Manter a saturação de oxigênio SUPERIOR A 94%
Não hiperventilar
PaCO2 deve ser mantida de 40 – 45 mmHg

Corrigir a perfusão:
Tratar causas reversíveis e utilizar drogas
(dopamina, noradrenalina)
Infundir volume
Manter (PAS ≥ 90mmHg ou PAM ≥ 65mmHg)

Realizar uma hipotermia terapêutica (para pacientes que


apresentam lesão neurológica grave):
- Temperatura: 32 – 34°C
- Durante 12-24h
- Iniciar precoce (em menos de 2h)
- Reaquecimento lento (0,25°C por hora)

Paciente com síndromes coronarianas agudas


precipitando PCR, a cineangiocoronariografia
melhora a sobrevida.

Hiperglicemia acima de 180mg/dl não deve ser


tolerada.

Colocar adrenalina se estiver hipotenso.


Colocar amiodarona se estiver com muita
arritmia.
Fazer intubação orotraqueal caso não tenha
intubado ainda.

Ondas:
Onda P – despolarização atrial
Complexo QRS – despolarização ventricular +
repolarização atrial
Onda T – repolarização ventricular

Quando o paciente chegar calado, não vamos primeiramente


ao pulso dele não. Devemos realizar o Protocolo AVDI.
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AVDI:
A ALERTA/ACORDADO. Estou vendo que ele está
acordado.
V VOZ/VERBAL. Pergunta, cutuca, sacode, chama o
paciente pelo nome.
D DOR. Faço um estímulo doloroso. Pode ser no mamilo ou
no esterno. Fricção esternal é melhor!
I INCONSCIENTE. Reconheço e confirmo que meu paciente
está inconsciente, está desacordado.

Próximo passo CHAMAR AJUDA!


Temos que ter sensibilidade e atenção à todos esses detalhes!
• Nunca se esquecer de realizar o AVDI e o CAB antes
de qualquer alarme, qualquer reação para
ressuscitar ou prestar socorro imediato ao paciente.
Bradiarritmias:

Bradiarritmias e Taquiarritmias

Há uma frequência cardíaca menor que 60 bpm.

OBS.:
Atenção aos sinais:
Hipotensão
Alteração do SNC
Dor torácica

QRS alargado = problema ventricular


QRS estreito = problema atrial
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Suddenly dropped QRS! = Complexo QRS subitamente


bloqueado.
Onda P + Complexo QRS permanece normal antes e depois do
bloqueio. Não há distanciamento prévio.
QRS simplesmente SOME de uma vez.

Se o QRS do BAV 2° Grau – Mobitz II começa a alargar o


Laudo: BRADICARDIA SINUSAL. bloqueio = Soluciona com a colocação de um Marcapasso
Cardíaco.

BAV de 1° Grau:

Onda P se distancia do QRS (maior que 20 segundos), mas


permanece o enlace atrioventricular.
Espaços PR estarão com tamanho superior a 20 segundos.

Se paciente instável Haverá hipotensão + alteração aguda


do estado mental + sinal de choque + dor torácica (aperto, BAVT ou BAV de 3° Grau:
tipo isquemia, em pontada, não precisa ser uma dor típica) +
insuficiência coronariana aguda.

BAV de 2° Grau – Mobitz I:

Ocorre dissociação do batimento atrioventricular. Átrio bate


em um ritmo e o ventrículo bate em outro ritmo.
Frequência do pulso = é o batimento ventricular.

FC está baixa (menor que 60 bpm). Está, aproximadamente,


QRS estreitos. 10-20 bpm).
Há aumento do espaço PR até bloquear totalmente. Não há enlace Onda P – Complexo QRS.
Tem ondas P’s espalhadas em todo o QRS.
É o “Fenômeno Wenckbach”.
Onda P se distancia do complexo QRS até bloquear o enlace Causas:
onda P – complexo QRS = Quebra o enlace após se distanciar.

BAV de 2° Grau – Mobitz II:

Há bloqueio atriventricular sem que haja aumento do espaço


PR.
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Tratamento: Mais comum de usar. Mais fácil de colocar. Tem que


trocar de 8 em 8 horas (essa é sua desvantagem –
mas nesses casos constantes de bradiarritmias,
coloca-se o marcapasso definitivo).

• Marcapasso transvenoso provisório – fica no ápice


do esterno.
• Marcapasso definitivo – em casos de bradiarritmias
frequentes; que não melhoram nem revertem.
Coloca-se no centro cardiológico. Especialista que
realiza o procedimento.

Medicações:

Marcapasso Transcutâneo:
Paciente muito magrelinho = usa-se uma miliamperagem
mais reduzida (25 mA). Um choquinho no coração reverte a
bradiarritmia dele.
Paciente mais gordão = usa-se uma miliamperagem mais
elevada (35 mA).
• Em ambos a frequência cardíaca colocada é de 60-
70bpm.
A droga das bradiarritmias é Atropina 0,5mg (podemos fazer
3mg, ou seja, 6 ampolas) a cada 3 a 5 minutos.

Para paciente ESTÁVEL = Usar ATROPINA!

Terapia Elétrica:

Para paciente INSTÁVEL = Usar a TERAPIA


ELÉTRICA (marcapasso)!
RECAPTULAÇÃO PRA PROVA:
Bradiarritmia a gente tem BAV de 2º grau Mobitz I
e Mobitz II.
• Mobitz I → P-R aumentando até bloquear;
• Mobitz II → não aumenta. P-R tá até bloqueado.
BAVT: A gente tem dissociação total entre batimento
atrial e ventricular.
Tipos: Tratamento é atropina pra todo mundo, não
• Marcapasso transcutâneo – Puncionar um acesso resolveu é marcapasso.
central (na subclávia, normalmente) Passar o
cateter/a sonda do marcapasso e olhar no monitor
levando o cateter até o coração. Antes que o QRS faça
uma espícula (significa que encunhou/encostou no
átrio ou no ventrículo) Então, dá início às
alterações cardíacas tanto em relação à questão
eletrocardiográfica (QRS não fica mais alargado e
começa a normalizar), quanto em relação à resposta
mecânica do coração (FC aumenta, fica
normocárdico, não fica mais bradicárdico).
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Taquiarritmias: - Taquiarritmias Ventriculares (QRS alargado): maior ou


igual a 12 segundos.
Taquicardia ventricular monomórfica
Flutter ventricular
Taquicardia ventricular polimórfica
Fibrilação ventricular

São um pouco mais complicadas que as bradiarritmias.

• Todas terão o QRS alargado.


• Taquicardia Ventricular Monomórfica = QRS
alargado + Possui ritmo cardíaco regular
• Taquicardia Ventricular Polimórfica = QRS alargado
São bem semelhantes às bradiarritmias. + Possui ritmo cardíaco irregular + QRS diferentes
Pacientes dizem “Meu coração está tremendo”. “Meu coração (tem uma sequência de 1 a 5 QRS’s iguais e, de
está batendo aqui na garganta”. repente, sua morfologia é modificada).

OBS.:
DOR TORÁCICA É SINAL DE INSTABILIDADE DO
PACIENTE.

Arritmias Cardíacas:

- Taquiarritmias Supraventricular (QRS estreito): menor


ou igual a 12 segundos: Paciente chegou e não tem drive respiratório e não tem
Extrassístole atrial pulso Podemos DESCARTAR fibrilação ventricular.
Taquicardia sinusal
Taquicardia atrial A PCR é diagnosticada vendo se tem drive respiratório e se
Fibrilação atrial tem pulso central.
Flutter atrial
Taquicardia supraventricular (TPSV)

Qual saber?
Taquicardia supraventricular parocística:
Taquicardia
QRS estreito
Ritmo regular
Fibrilação atrial:
Taquicardia
QRS estreito
Ritmo irregular
Tratamento:
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• Taquicárdico, QRS alargado...


• ... com ritmo ventricular:
- Regular = Taquicardia Ventricular Monomórfica
- Irregular = Taquicardia Ventricular Polimórfica

Se paciente INSTÁVEL Cardioversão/Conversão elétrica.


Sedar o paciente, caso ele esteja acordado.

Terapia Elétrica:
Usando o Aparelho Bifásico Fazer 100 joules, 150 joules,
200 joules.
Usando o Aparelho Monofásico Fazer 200 joules, 300
joules, 360 joules.

Se não reverter = AUMENTA A CARGA!

• Lembrar-se de SINCRONIZAR o aparelho (apertar o


botãozinho de sincronizar que todo aparelho tem)!
• O aparelho tem a capacidade de perceber quando o QRS
está começando, então, ele dispara o choque bem em
cima do próprio QRS, para normaliza-lo.

Se paciente ESTÁVEL Manobra vagal.


Não resolveu? = Adenosina 6mg (repetir mais 6mg EV).
• Taquicárdico, QRS estreito e ritmo regular = Taquicardia
Paroxística Supraventricular.

Se paciente ESTÁVEL Betabloqueador (Atenolol ou


Propranolol).
• Taquicárdico, QRS estreito e ritmo irregular = Fibrilação
atrial.

Se paciente ESTÁVEL Amiodarona 150mg em 10 minutos.


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ECG’s:

Taquicardia Ventricular Monomórfica Resposta escrita na questão 9:


“BAVT – Há dissociação atrioventricular. Não há
alteração na Onda P e Complexo QRS pode ser
variável”.

Taquicardia Ventricular Monomórfica

Fibrilação Ventricular

Resposta escrita na questão 12:


“Assistolia. Até o momento a consulta do médico está
1°) Taquicardia Ventricular Polimórfica
parcialmente correta...”.
2°) Taquicardia Ventricular Polimórfica

Resposta escrita na questão 7:


“Mobitz tipo 1 – Intervalo PR variável. Aumenta
progressivamente – até que há o bloqueio AV.
Resposta escrita na questão 17:
Mobitz tipo 2 – Intervalo PR constante; não aumenta
“BAV de 2° Grau – Mobitz tipo 1”
até bloquear AV subitamente.”
Resposta escrita na questão 18:
“Bradicardia Sinusal”
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estado de alto débito cardíaco e baixa resistência vascular


Choque: sistêmica.

Definição: Exemplos:
Choque Séptico
É um estado de hipoperfusão orgânica efetiva generalizada. Choque Neurogênico
Onde as células não recebem o aporte de oxigênio necessário Choque Anafilático
para manter a sua homeostase.

A homeostase é dependente de 2 fatores:


Fluxo sanguíneo para o órgão Princípios Básicos da Hemodinâmica:
Distribuição adequada deste fluxo através do tecido.
Pressão Arterial Média (PAM): Pressão necessária para
Tipos de choque: perfusão adequada tecidual.

1. Choque hipovolêmico: Débito cardíaco (DC): Fluxo total gerado pela bomba
cardíaca em determinado tempo.
Redução do volume sanguíneo em relação ao espaço vascular
total, levando à queda das pressões e volumes de enchimento Resistência Vascular Sistêmica (RVS): Resistência imposta a
diastólico ventricular. passagem sanguínea, determinada pelo tônus muscular.

Exemplo:
Rompimento do baço, com grande perda sanguínea.

Débito Cardíaco:
É determinado por:
Pré-carga = retorno venoso
Pós-carga = RVS
Contratilidade miocárdica
2. Choque Cardiogênico:
Frequência Cardíaca.
DC = VS x FC
Falência da bomba cardíaca seja pela perda contrátil ou
problema estrutural intra-cardíaco, levando ao aumento das OBS:
pressões e volumes de enchimento diastólico ventricular. Nas taquiarritimias com frequência cardíaca muito elevada o
débito cai contrariando a fórmula acima.
Exemplo:
IAM de grande extensão que evolua para choque Cateter de Swan- Ganz:
cardiogênico. Introduzido em uma veia profunda (jugular ou subclávia) até
uma das artérias pulmonares.
Monitora:
Pressão da Artéria Pulmonar (PAP)
Pressão Venosa Central (PVC) = enchimento do
3. Choque Obstrutivo Extra-cardíaco: coração direito
Pressão Capilar Pulmonar (PCP)= enchimento do
Fator estrutural extra-cardíaco que dificulta a circulação de coração esquerdo
sangue. Débito Cardíaco

Exemplos: Juntamente deve-se monitorar a PAM invasiva com


Tamponamento Cardíaco um cateter na art. Femoral e assim o programa
Pneumotórax hipertensivo calcula a RVS.
TEP maciço
Hipodinâmico X Hiperdinâmico:

4. Choque Distributivo:

Perda do controle vasomotor e ao distúrbio micro


circulatório, que leva a uma vasodilatação arteriolar e
venular, que após a reposição de fluidos, evolui para um
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Choque Hipodinâmico: Choque Anafilático:


(Exemplo de Choque Distributivo)
Fisiologicamente quando o DC cai a PA tende a cair Lesões cutâneas: urticárias.
também sendo esta queda percebida por baroceptores que Sintomas gastrointestinais: náuseas, vômitos,
através do simpático e da medula adrenal libera diarreia, cólicas.
catecolaminas que vão atuar aumentando a contratilidade, a Tontura, Síncope.
FC e fazendo vasoconstricção aumentando a RVS. Vias aéreas: estridor, rouquidão, disfonia, sibilos,
broncoespasmo.
Choque.
Choque Hiperdinâmico:
Tratamento:
Tem-se uma vasodilatação inapropriada, que desvia - Suporte Inicial:
o sangue dos capilares extravasando para o interstício com O2 CN 3L/min
isso ocorre uma diminuição da RVS e do retorno venoso, Acesso venoso
diminuindo o DC fazendo inicialmente uma hipovolemia SF 0,9%
relativa. Após a reposição vigorosa de fluídos o retorno
venoso é corrigido e aparece a natureza hiperdinâmica do - Adrenalina:
choque. Dose de 0,3 a 0,5ml IM ou SC
Em crianças, a dose é: 0,01mL/kg/dose
Quadro Clínico:
- Anti-histamínico:
Choque Hipodinâmico: Ranitidina 50mg EV 8/8h
Fácies de sofrimento, palidez, sudorese, alteração do Em crianças, a dose é: 1 a 2 mg/kg/dose 6/6h
estado mental, pulsos finos.
FC > 100bpm - Corticoide:
FR> 22ipm Metilpredinilosona 125mg EV 6 em 6 horas.
Base excess < - 5 mEq/L ou Lactato > 4 mM** Prednisona 40 a 60mg de 6 em 6 horas.
Débito urinário < 0,5 ml/Kg/h
Hipotensão arterial - Broncodilatador

*O restante do quadro depende da etiologia. - Observação por 8 a 24 horas.


** Primeiros indícios de que um paciente está em choque.

Choque Neurogênico:
Choque Hiperdinâmico: (Exemplo de Choque Distributivo)
O choque séptico deve ser suspeitado na vigência de
um quadro sugestivo associado à disfunção orgânica Causado por doenças neurológicas como, AVEs
e/ou a presença de hipotensão arterial não hemorrágicos, TCE, TRM.
responsivo a reposição de fluidos. Produzem uma súbita desenervação vascular que
Laboratório: reduz o retorno venoso diminuindo o débito cardíaco
Leucocitose + Desvio para esquerda + Acidose lática faz queda da RVS.

Disfunção Orgânica:
Critérios Diagnósticos:
Cérebro:
Sepse = Foco infeccioso + 2 critérios desses: A isquemia ocorre quando a PAM esta menor que 50 mmHg
Temperatura Axilar superior a 38ºC PAM = PAS + 2x PAD / 3
Taquicardia – FC superior a 100bpm
Taquipneia – FR superior a 20irpm Coração:
Leucocitose (tantão de leucócitos) ou leucopenia A resposta cardíaca é o aumento da frequência e
(tantinho de leucócitos) contratilidade.
Dois desses critérios positivos = SIRS (Síndrome da
Resposta Inflamatória Sistêmica) Pulmões:
Devido à acidose metabólica que ocorre o corpo tenta
Sepse grave = Critérios acima + disfunção de um órgão ou compensar com aumento da FR levando a alcalose
acidose lática. respiratória.

Choque séptico = Todos acima + Pressão Arterial Sistólica Rins:


MENOR que 90mmHg não responsiva a reposição de fluidos. Começa fazendo uma pré-renal por hipofluxo, evoluindo pra
uma renal por NTA.
8º Período – Dr. Nestor Avelino Leite Medicina – UNEC Gabriela Campos

Abordagem Terapêutica: Noradrenalina


Potente efeito alfa vascular, vasoconstrictora.
1º - Medidas Gerais: Leve efeito nos receptores beta, fazendo um
O2 moderado efeito inotrópico.
Monitorização + Oxímetro Muito utilizada no choque séptico
Acesso Venoso Dose: 0,1 a 1,0 mcg/kg/min
Exames:
HMG, Na, K, Cr, PCR, CK, CKMB, gasometria, lactato. Adrenalina
Efeito inotrópico e vasopressor, agem em receptores
IOT: alfa, beta 1 e beta 2 adrenérgicos.
Se: Usada nos casos de choque cardiogênico ou séptico
Rebaixamento do nível de consciência refratários ao uso de outras aminas
Respiração agônica Dose: 0,1 a 1,0 mcg/kg/min
Queda na saturação de oxigênio *Muito Arritmogênica
* Cuidado com sedativo, pois piora a hemodinâmica e a PEEP
do ventilador tem que ser < 10 pois diminui o retorno venoso. Dobutamina
Grande potência inotrópica e um leve efeito
Hidratação: vasodilatação arteriolar.
A reposição depende de cada paciente e o sucesso Age em beta-1 miocárdio, aumentando a
terapêutico é medido com a melhora da diurese por contratilidade.
isso deve-se passar uma sonda vesical de demora Age em beta-2 periféricos, dilatando as arteríolas e
A reposição deve ser feita com solução Cristaloide e reduzindo a pós-carga
dependendo da perda sanguínea se for maior que 1500 Age em alfa vascular, fazendo vasoconstricção
ml deve solicitar juntamente a reposição de sangue. venular otimizando a pré-carga.
No caso de Choque obstrutivo por pneumotórax Aumenta a perfusão coronariana
hipertensivo deve ser realizada uma toracocentese de É menos arritmogênica
alívio. Principal indicação é no choque cardiogênico
Jelco 14 no 2º espaço intercostal do lado afetado na Se PAM > 70 ou PAS > 80mmHg.
linha hemi-clavicular, quando o ar sair pode conectar o Dose: 3 a 20 mcg/kg/min
jelco a um equipo de soro e coloca-lo em selo d’água.

Os pacientes politraumatizados devem receber


avaliação da cirurgia geral.

Aminas
Devem ser administradas por um acesso venoso
profundo e monitoradas de acordo com os parâmetros
de Swan-Ganz.
Estão indicadas nos casos de choque refratário à
reposição volêmica e quando a PAS < 80mmHg.

Dopamina
Em baixas doses (3-5mcg/kg/min) efeito
dopaminérgico.
Faz vasodilatação renal e esplâncnica.

Exemplo:
Paciente que está com a PA controlada porem não urina, a
dopamina na dose dopa, pode fazer vasodilatação renal e
melhorar o fluxo urinário.

Em doses mais altas (5-10 mcg/kg/min) age sobre


receptores beta 1 adrenérgico do nó sinusal e
miocárdio.
Efeito cronotrópico e inotrópico
Em doses altíssimas ( 8 a 20mcg/kg/min)
age nos receptores alfa vasculares fazendo
vasoconstricção
Amentam a RVS e o retorno venoso.
* Arritmogênica
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Sepse: Mediadores Pró-inflamatórios:

- Citocinas (TNF-alfa, IL-1): efeitos imunorreguladores e


fisiológicos. Capazes de provocar sepse.

- Metabólitos do ácido aracdônico.

- Fator Ativador Plaquetário (PAF): Favorece a


quimiotaxia de neutrófilos, liberação de superóxidos e o
aumento da síntese pulmonar de tromboxano.

- Complemento: A ativação maciça do complemento durante


a sepse serve como combustível para o recrutamento de
neutrófilos e contribui para o aumento da permeabilidade
capilar ao ativar cininas e histamina.

- Coagulopatias: a ativação generalizada das vias de


coagulação promove uma das mais sérias consequências da
sepse, CIVD.

- Óxido nítrico (NO): Vasodilatação periférica e perda da


Epidemiologia: regulação de fluxo sanguíneo.
Principal causa de morbimortalidade nos hospitais;
Principais focos: pulmão, abdome e trato urinário; - Células endoteliais e neutrófilos: as células endoteliais
Bactérias gram-negativas e gram-positivas expressam receptores em sua superfícia, estimulada por
respondem por 70% dos casos; mediadores (citocinas) e os neutrófilos expressam ligantes
Insuficiência Respiratória é comum e cerca de 75% destes receptores.
necessitam de V.M. por um período médio de 7-10
dias.
Fatores de Risco:
Mediadores Anti-inflamatórios

- IL-4, IL-10, IL-1Ra e receptores solúveis do TNF.


Neutralizam produtos bacterianos, bloqueiam a síntese e a
liberação de citocinas ou inibir a resposta inflamatória
celular.

DISFUNÇÃO ORGÂNICA:

A resposta final ao processo inflamatório morte


Patogênese: celular e apoptose.
Lesão orgânica = quebra da homeostase vascular normal
hipóxia.
Componentes bacterianos mais envolvidos na
Qualquer órgão pode ser afetado, porém alterações mais
patogênese da sepse.
relevantes = função miocárdica, vasculatura periférica e
- constituintes estruturais da parede celular (endotoxinas);
na troca gasosa pulmonar.
- exotoxinas;
- superantígenos;
- enzimas.

As endotoxinas induzem uma variedade de respostas


inflamatórias e contra regulatórias, causando
liberação de citocinas como TNF-alfa, IL-1 e IL-6.

Os superantígenos provocam estímulos


desordenados das células T, com ativação de até 20%
de todas elas.
8º Período – Dr. Nestor Avelino Leite Medicina – UNEC Gabriela Campos

Quadro Clínico: Exames Laboratoriais:

É instável, ocorrendo variações em curto espaço de


tempo
Taquicardia
Hipoxemia e taquipnéia
Febre ou hipotermia
Hipotensão e/ou má perfusão
Oligúria
Cefaléia
Alterações gastrointestinais
Alterações neurológicas

Diagnóstico: Investigação Microbiológica:

Anamnese - Coleta de hemoculturas (duas a três amostras):


- História clínica detalhada, com exame físico completo e uma negatividade em até 50% dos casos. Em casos específicos
investigação direcionada são essenciais no diagnóstico de (urinocultura, líquor, líquido pleural, sinovial).
qualquer doença infecciosa.
Investigação Radiológica:
Exame Físico
- Detalhado, deve incluir pele, feridas, nariz, ouvido, - RX de tórax: Essencial em todos os casos e pode evidenciar
garganta, avaliação retal e vaginal. Em pacientes sinais sugestivos de SDRA.
hospitalizados deve incluir também dispositivos - USG e TC: Avaliação de abscesso profundo.
intravasculares e avaliação das úlceras de pressão.
Alterações Histopatológicas:
Rash purpúrico ou gangrena periférica da Elas ocorrem devido a hipóxia tecidual, piora na perfusão e
meningococcemia acidose grave.
Embolização periférica da endocardite infecciosa
Rash eritematoso ou descamação da Síndrome do Pulmões: SDRA (sinais precoces de edema alveolar e
Choque Tóxico estafilocócico ou estreptocócico intersticial) e fibrose.
Sinal de Giordano na pielonefrite Rins: necrose tubular aguda (reversível na maioria
Consolidação pulmonar na pneumonia das vezes).
Hepáticas: necrose isquêmica zonal ou colecistite
acalculosa.
Cérebro: isquemia ou hemorragia.
Intestino: isquemia e ulcerações de mucosa, áreas
de infarto com hemorragias digestivas.

Exames Complementares: Tratamento:

Ressuscitação Inicial:
Iniciado sempre que houver hipoperfusão independente da
admissão em UTI.
- Identificando um paciente mal perfundido:
Hipotensão persistente após reposição volêmica
Lactato = 4 mmol/L

Durante as seis primeiras horas, é essencial seguir


estes parâmetros com a terapia de infusão de fluidos.
Pressão venosa central entre 8 – 12 mmhg
Pressão arterial média = 65 mmhg
Débito urinário = 0,5 ml/k/h
Saturação Venosa Central = 70% ou mista = 65%
8º Período – Dr. Nestor Avelino Leite Medicina – UNEC Gabriela Campos

Terapia de fluidos:
- Deve ser infundido os fluidos até que a PVC alcance 8 As hemoculturas são negativas em 50% dos casos,
mmHg. logo a decisão de suspender os antibióticos deve ser
- Administrar 500 mL de cristaloides ou coloides, com feita no julgamento clínico pessoal e evolução do
intervalos de 30 minutos aproximadamente. quadro.
- Se houver aumento das pressões de enchimentos cardíacos,
PVC ou pressão de oclusão da artéria pulmonar, sem melhora
hemodinâmica proporcional = interromper imediatamente,
pois indica disfunção cardíaca.

Vasopressores
- Utilizado quando a infusão de fluidos não consegue manter
a PAM > 65 mmHg.

Inotrópicos
- Utilizados quando há disfunção miocárdica
Produtos sanguíneos:

- Concentrado de hemácias - quando hemoglobina ≤ 7 g/dl e


hipoperfusão resolvida com ausência de isquemia
miocárdica, hipoxemia grave, hemorragia aguda, doenças
cardíacas cianóticas ou acidose lática.

- Plasma – distúrbios de coagulação associados a


sangramentos ou se há necessidade de realizar
procedimentos invasivos.

- Plaquetas – sangramentos e quando valores estiverem ≤


5000/mm3. Quando for realizar procedimentos invasivos,
manter valores > 50.000/mm3.

Antibioticoterapia:
- Deve ser iniciado imediatamente após a coleta de culturas,
dentro da primeira hora de diagnóstico do choque séptico;

- Deve incluir uma ou mais drogas com atividade contra


patógenos mais prováveis + boa penetração no foco
presumido da sepse.

- Conferir diariamente o resultado das culturas para redução


do espectro antimicrobiano o mais rápido possível – evitar
superinfecções e resistências.

- De 7 a 10 dias de tratamento: é o suficiente, porém alguns


pacientes tem resposta clínica mais lenta.
8º Período – Dr. Nestor Avelino Leite Medicina – UNEC Gabriela Campos

MEDIDAS DE SUPORTE NA SEPSE GRAVE:

Ventilação mecânica na SDRA

Sedação intermitente ou contínua com interrupções


diárias para que ocorra superficialização da sedação e
bloqueio neuromuscular - evitar uso pois causam
neuropatias e miopatias.

Controle glicêmico: glicemia < 150 mg/dl.

Insuficiência Renal: hemodiálise contínua ou


intermitente.

Bicarbonato: não utilizar se Ph > 7´15. Estudos mostram


aumento de lactato, da PCO2, sobrecarga salina e hídrica
e redução do cálcio ionizado.

Profilaxia da trombose venosa profunda: heparina não


fracionada 2-3 vezes/dia ou heparina de baixo peso 1
vez/dia

Profilaxia de úlceras de estresse: Bloqueadores H2 ou


inibidores de próton.

Considerar suporte limitado nos pacientes com evolução


desfavorável, mas sempre de acordo com os familiares.

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