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O objetivo do direito civil é regular as relações entre particulares. Ex: relações negociais, pais e
filhos, particular e coisa, direitos subjetivos, etc.
Pablo Stolze: “Direito Civil pode ser conceituado como o ramo do direito que disciplina todas
as relações jurídicas da pessoa, seja uma com as outras (físicas e jurídicas), envolvendo
relações familiares e obrigacionais, seja com as coisas (posse e propriedade).”
Código civil:
Parte geral – Regras sobre pessoas, bens e fatos jurídicos.
Parte especial – direito das obrigações; de empresa; das coisas; família; sucessões.
*Lei 95/98: orienta a produção legislativa, complementando o art. 59, parágrafo único, CF/88.
Seu art. 13 menciona as codificações e consolidações, o § 1º define consolidação.
Argumentos justificadores:
- Ideia de unificação do direito vigente em determinado país pela utilização de um critério
uniforme.
- Possibilita a unidade política da nação.
- Permite e/ou facilita o estudo sistematizado do direito (que passa a se encontrar
cientificamente organizado).
- Confere maior estabilidade e segurança às relações jurídicas.
- Conversão do direito pensado pela doutrina em direito positivado.
Microssistemas
-Tratam de temas setoriais.
- Possuem lógica e principiologia próprias.
Argumentos favoráveis:
- Fossilização das codificações.
- Dificuldade dos códigos de acompanhar a celeridade da vida, isto é, das alterações políticas,
econômicas e sociais.
- a vantagem das leis especiais, estatutos e microssistemas consiste em disciplinar não
somente as exigências da sociedade industrializada, como também alterar velhas figuras e
institutos sob o influxo de novas ideias solidárias e humanitárias, que não poderiam ser, plena
e eficazmente, reguladas por um código ultrapassado e conservador.
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Código Alemão
- Parte geral e parte especial
- Parte geral: direito das pessoas, dos bens e dos negócios jurídicos
- Parte especial: dividida em quatro livros (direito das obrigações; reais; de família; das
sucessões)
- variação hermenêutica que busca interpretar o direito privado à luz do código civil e,
especialmente, da constituição federal e seus princípios.
- a constituição dispõe em diversos momentos sobre matéria cível, inclusive de caráter mais
específico – temas centrais do direito civil: família, contratos, propriedade.
- eficácia horizontal dos direitos fundamentais: as normas que protegem as pessoas, prevista
na CF/88, têm aplicação nas relações entre particulares.
Histórico do CC/02
2) alteração principiológica do direito privado, em relação aos ditames básicos que constavam
na cofificação anterior, buscando a nova codificação valorizar a eticidade, a socialidade e a
operabilidade.
5)dar nova estrutura ao código civil, mantendo a parte geral (conquista preciosa do direito
brasileiro, desde Teixeira de Freitas) mas com nova organização na matéria, a exemplo das
recentes codificações.
6- não realizar propriamente a unificação do direito privado, mas sim, dos direitos das
obrigações, em virtude do obsoletismo do código comercial de 1850, com a consequente
inclusão de mais um livro na parte especial, que se denominou direito de empresa.
Vigor: Também chamado de “força da norma”, diz respeito à força vinculante da norma, isto é,
a impossibilidade dos sujeitos subtraírem-se ao seu império. Não se confunde nem com
vigência, nem com eficácia, pelo fato de que, no vigor, o que se verifica é a realização efetiva
de resultados jurídicos. Assim, uma norma já revogada (ou seja, não mais vigente) pode
continuar sendo aplicada em juízo, se disser respeito a situações consolidadas sob sua
vigência. (Ultratividade)
*regra X princípios
Exceção: a ultratividade, que nada mais é do que o fenômeno o qual a norma não mais vigente
continua a vincular os fatos anteriores à sua saída do sistema.
Obrigatoriedade da norma: Art. 3º LINDB: “ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que
não a conhece”.
Início da entrada em vigor de uma norma(regra): art. 1º, caput, LINDB: 45 dias após sua
publicação.(salvo disposição contrária: caso de vigor e vigência imediatos. Art. 8º, 95/98)
Vacatio legis (Período de vacância): Período e, que a lei, embora publicada, aguarda a data de
início de sua vigência, em função de três hipóteses possíveis. 1ª) Fixação de data posterior
para o momento de início de produção dos efeitos da lei. 2ª) entrada em vigor, 45 dias após
publicação, em ausência de norma explicita. 3ª) Estar explícita ou implicitamente pendente de
regulamento (norma de eficácia limitada)*.
Republicação: se, antes de entrar em vigor, houver republicação, novo período de vacatio legis
passa a correr.
Vigência temporária (caducidade): a lei torna-se sem efeitos pela superveniência de uma causa
prevista em seu próprio texto sem necessidade de norma revogadora. É também o caso de leis
cujos pressupostos fáticos desaparecem (lei que se destina ao combate de determinada
doença, por exemplo).
1ª caso: advento do termo fixado para a sua duração.
2º caso: implemento de condição resolutiva(leis circunstanciais).
3º caso: consecução de seus fins.
Princípios da continuidade: A lei permanece em vigor até que outra a revogue, salvo
dispositivo em contrário. Art. 2º , caput, LINDB.
Revogação
Quanto a sua forma de execução:
A) expressa: a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o fizer.
b) Incompatibilidade das disposições novas com as já existentes
Quanto a abrangência:
A) total: abrogação.
b)parcial: derrogação
Princípio da territorialidade:
Território real X ficto
Extraterritorialidade
Estatuto pessoal
Aplicação do direito estrangeiro no Brasil.