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Unidade 6 – Reprodução

Capítulo 1 – Capítulo 2 – Capítulo 3 –

Reprodução Assexuada Reprodução Sexuada Ciclos de Vida


Unidade 6 – Reprodução

A Reprodução assegura a continuidade da espécie, através de


processos muito variados, mas sempre baseados na
capacidade de replicação do DNA.

Reprodução Assexuada Reprodução Sexuada


Cap. 1 – Reprodução Assexuada

A reprodução assexuada ocorre quando um indivíduo se reproduz


sem a união de gâmetas.
Está, geralmente, associada à divisão nuclear mitótica – mitose,
mantendo assim a estabilidade dos carateres nos indivíduos de
uma espécie, ao longo do tempo.
Estratégias de Reprodução Assexuada

Bipartição ou Cissiparidade
A bipartição é um processo de reprodução assexuada a partir do qual uma
célula ou um indivíduo se divide em dois, que depois vão crescer até
atingirem o tamanho do progenitor.

Característica de organismos unicelulares.

O ser vivo divide-se em dois seres vivos geneticamente iguais.


Estratégias de Reprodução Assexuada

Bipartição

Planária

https://www.youtube.com/watch?v=scHnkSK
G3r4&feature=player_detailpage
Estratégias de Reprodução Assexuada

Bipartição

Paramécia
Estratégias de Reprodução Assexuada

Gemulação ou Gemiparidade

A gemulação ocorre quando, na superfície da célula ou do indivíduo, se forma


uma dilatação denominada gomo ou gema.
Estratégias de Reprodução Assexuada

Gemulação ou Gemiparidade

Típico de leveduras, o progenitor emite uma gema – que


pode ou não destacar-se do progenitor. Essa gema
contém material genético evoluindo para um novo ser
vivo.

Progenitor
Núcleo
Protuberância Gomo

Levedura
Célula-filha
Estratégias de Reprodução Assexuada

Gemulação em seres multicelulares

Anémona-do-mar
Hidra
https://www.youtube.com/watch?v=WQLfsHMc6jQ
Estratégias de Reprodução Assexuada

Fragmentação
A fragmentação é um tipo de reprodução assexuada em que se obtêm vários
indivíduos a partir da regeneração de fragmentos de um indivíduo
progenitor.

O ser vivo divide-se em fragmentos.

Cada um desses fragmentos consegue regenerar-se e originar um novo ser vivo.


Estratégias de Reprodução Assexuada
Estratégias de Reprodução Assexuada

Esporulação

Formação de células reprodutoras assexuadas – os esporos – que, por


germinação, originam novos seres vivos.

Comum em:
• fungos (por ex. bolor-do-pão)
Estratégias de Reprodução Assexuada

Esporulação

Esporangióforo
Estratégias de Reprodução Assexuada

Divisão Múltipla

Divisão múltipla do núcleo do progenitor em vários núcleos.

Cada um desses núcleos pode evoluir para um ser vivo único.

Característico do agente causador da malária.


Estratégias de Reprodução Assexuada

Multiplicação Vegetativa

Certas estruturas vegetais pluricelulares originam, por diferenciação, novas


plantas. Os casos mais comuns ocorrem a partir de folhas, caules aéreos ou
subterrâneos.

Exemplos:

estolhos – morangueiro;

Rizomas – fetos;

Tubérculos – batateira;

Bolbos – cebola.
Multiplicação vegetativa

Multiplicação Vegetativa

Certas plantas desenvolvem pequenos propágulos nas margens das folhas.


Cada um deles é uma plântula em miniatura, que cai ao solo, dando origem
a uma planta adulta.
Multiplicação vegetativa

Multiplicação Vegetativa

Os morangueiros produzem plantas novas em caules prostrados chamados estolhos. Cada


estolho parte do caule principal e vai dar origem a várias plantas novas. O caule
principal morre assim que as novas plântulas desenvolvem as suas próprias raízes e

folhas.
Multiplicação vegetativa

Rizomas: caules subterrâneos alongados


Lírio, bambu, fetos.
Multiplicação vegetativa

Tubérculos da batateira:
Caules subterrâneos volumosos
Multiplicação vegetativa

Bolbos de tulipa e de cebola


Caules subterrâneos com gomos
terminais
Multiplicação vegetativa

Processos Tradicionais de Multiplicação Vegetativa


Multiplicação vegetativa

Enxertia por borbulha


Multiplicação vegetativa

Processos Tradicionais de Multiplicação Vegetativa

Alporquia
Multiplicação vegetativa
Multiplicação vegetativa

Enxertia por encosto

Enxertia por garfo


Estratégias de Reprodução Assexuada

Partenogénese
Formação de um novo indivíduo a partir de um óvulo não fecundado.

Ocorre em abelhas, pulgões, e nalguns peixes, anfíbios e répteis.

Mecanismo característico de seres vivos que vivem isolados.


Estratégias de Reprodução Assexuada

o Os processos de reprodução assexuada estão associados à divisão nuclear


por mitose uma vez que o único progenitor dá origem a um conjunto de
indivíduos que lhe são geneticamente idênticos – clones.

o Clone – grupo de células geneticamente idênticas e descendentes de uma


só célula inicial.

o Clonagem – Processo através do qual se obtém um clone.


Micropropagação vegetativa

Micropropagação Vegetativa
Produção de plantas por cultura in vitro

o Prática atualmente muito utilizada.

o A partir de um fragmento selecionado produzem-se muitas plantas


geneticamente idênticas.

o O rendimento é muito elevado.

o O produto final é robusto e livre de doenças.


Micropropagação vegetativa
Micropropagação vegetativa
Micropropagação vegetativa
Clonagem

Clonagem de Animais por transferência de núcleos

O núcleo de uma célula do animal que se pretende clonar é transferido


para um óvulo de outro animal da mesma espécie, ao qual se retirou o
núcleo.
Clonagem

Alguns casos conhecidos de clonagem…


o 1952 – Um sapo, nos Estados Unidos;

o 1963 – uma carpa;

o 1996 – Ovelha Dolly;

o …

o 2000 – cinco porcos;

o Gato CC;

o …
o Apesar do entusiasmo na clonagem de animais complexos, existem ainda
dificuldades técnicas significativas. A taxa de sucesso é pequena, ocorrendo,
muitas vezes, abortos ou o nascimento de animais com deformações.
Clonagem
Cap. 2 – Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de dois gâmetas.


A formação dos gâmetas está associada à divisão nuclear
meiótica.

Meiose e fecundação são processos que contribuem para a


variabilidade genética entre indivíduos da mesma espécie.
Fecundação e Meiose
Fecundação e Meiose

o Todas as células, como o ovo, cujos núcleos possuem pares de


cromossomas homólogos designam-se por células diploides (2n).

o Células que possuem um só cromossoma de cada par de cromossomas


homólogos designam-se por células haploides (n).
Fecundação e Meiose

Fecundação – duplicação cromossómica

o Fecundação – fusão de duas células sexuais (gâmetas) resultando o ovo


ou zigoto, portador da soma dos cromossomas transportados pelos
gâmetas – duplicação cromossómica.

o O número de cromossomas de cada espécie permanece constante ao


longo das gerações devido à meiose.
Fecundação e Meiose

Meiose – redução cromossómica


Fecundação e Meiose

Meiose – redução cromossómica

o Assegura a redução do número de cromossomas

para metade – redução cromossómica – passando

de 2n (diploidia) para n (haploidia);

o Envolve duas divisões sucessivas – divisão I e divisão

II – em que são produzidos quatro núcleos

haplóides a partir de um diplóide.


Fecundação e Meiose

Meiose – redução cromossómica

o Divisão I – divisão reducional – ocorre redução do

número de cromossomas.

o Divisão II – divisão equacional – mantém-se o

número de cromossomas. No entanto, cada

cromossoma passa a ser constituído por apenas um

cromatídio.
Fecundação e Meiose

Meiose – redução cromossómica

o A meiose é precedida pela interfase,

durante o qual se efectua a

replicação do DNA.

o Assim, no início da meiose cada

cromossoma é formado por dois

cromatídios.
Fecundação e Meiose

Meiose
Fecundação e Meiose

Meiose – Divisão I

Profase I
o Etapa mais longa.

o Emparelhamento dos cromossomas homólogos - sinapse.

o Formam-se as díadas cromossómicas ou bivalentes.

o Estabelecimento de pontos de quiasma.

o Permuta de segmentos entre cromatídios de cromossomas homólogos nos


pontos de quiasma - crossing-over ou sobrecruzamento.

o Intensificação da condensação da cromatina – Tétradas cromatídicas

o Desorganização do invólucro nuclear e do nucléolo.

o Inicia-se a formação do fuso acromático


Fecundação e Meiose

Meiose – Profase I – Crossing-over


Meiose
Meiose
Meiose

Meiose – Divisão I

Metafase I

o Disposição aleatória dos cromossomas homólogos de cada bivalente na placa equatorial.

o Localização dos pontos de quiasma no plano equatorial.

o Máximo encurtamento dos cromossomas.


Fecundação e Meiose

Meiose – Divisão I

Anafase I

o Separação aleatória dos cromossomas homólogos (redução cromossómica).

o Cada cromossoma, formado por dois cromatídios, migra para um dos pólos da
célula.

o Esta ascensão polar ocorre devido à retração das fibras do fuso acromático.
Meiose
Meiose

Meiose – Divisão I

Telofase I

o Descondensação dos cromossomas e reconstituição dos núcleos.

o Cada núcleo com metade do número de cromossomas do núcleo diplóide inicial.

o Da divisão I resultam dois núcleos haplóides, tendo cada cromossoma dois


cromatídios.
Meiose
Meiose

Meiose – Divisão II

Profase II

o Individualização dos cromossomas.

o Desaparecimento do invólucro nuclear e dos nucléolos.

o Afastamento dos centríolos e formação do fuso acromático.


Meiose

Meiose – Divisão II

Metafase II

o Cromossomas no seu máximo encurtamento.

o Disposição dos cromossomas na zona equatorial.

o Localização dos centrómeros no plano equatorial.


Meiose – Metáfase II
Meiose

Meiose – Divisão II

Anafase II

o Rompimento dos centrómeros e separação dos cromatídios.

o Ascensão polar dos cromossomas monocromatídicos.


Fecundação e Meiose

Meiose – Divisão II

Telofase II

o Dissolução do fuso acromático.

o Reorganização de cada núcleo-filho.

o Descondensação dos cromossomas.

o Da divisão II resultam quatro núcleos haploides, cada


um com um cromossoma de cada par de homólogos.
Meiose – Divisão II
Meiose

Meiose

Prófase I Metáfase I Anáfase I Telófase I

Prófase II Metáfase II Anáfase II Telófase II

http://www.mhhe.com/biosci/bio_animations/08_MH_Meiosis_Web/index.html
http://highered.mheducation.com/sites/0072495855/student_view0/chapter28/animation__how_mei
osis_works.html
Mitose e Meiose – Aspetos comparativos
Mitose e Meiose
Mitose e Meiose

Variação da quantidade de DNA durante a meiose

o Interfase – a célula diplóide replica o


DNA que passa de 2Q para 4Q.

o Anafase I – redução de 4Q para 2Q


aquando da separação de cromossomas
homólogos.

o Anafase II – redução de 2Q para Q


aquando da separação dos cromatídios.
Mitose e Meiose
Mutações – Variabilidade genética

Mutações

o Durante a meiose podem ocorrer alterações do material genético


denominadas por mutações tanto ao nível dos genes (mutação génica) como
da estrutura e número de cromossomas – mutação cromossómica.

o Os efeitos são desde inconsequentes a fatais.

o As mutações são por vezes, a chave do sucesso evolutivo dos seres vivos.

o As mutações são uma fonte importante de variabilidade genética.


Mutações – Variabilidade genética

Mutações Cromossómicas

o Na divisão I – não separação de


cromossomas homólogos.

o Na divisão II – não separação de


cromatídios irmãos.
Mutações – Variabilidade genética

Mutações Cromossómicas
Reprodução sexuada e variabilidade genética

A meiose e a fecundação promovem a variabilidade genética

Crossing-over
Reprodução sexuada e variabilidade genética

A meiose e a fecundação promovem a variabilidade genética

(cariogamia)
Reprodução sexuada e variabilidade genética

o A variabilidade genética resulta da meiose, da


fecundação ao acaso e das mutações

o A meiose contribui para a recombinação genética.

o A recombinação génica resulta:

o da recombinação de genes no crossing-over,


durante a Profase I;

o da separação aleatória dos cromossomas


homólogos durante a Anafase I;
Reprodução sexuada e
variabilidade genética

Combinações Genéticas

o Na meiose, o número de combinações possíveis dos


cromossomas de origem materna e de origem paterna é 2n sendo
n o número de pares de cromossomas homólogos, sem
considerar o crossing-over.

o Na fecundação, o número de combinações possíveis no zigoto é


igual ao produto das combinações genéticas possíveis nos dois
gâmetas que se fundem (2n x2n).
Estratégias na reprodução sexuada

Os organismos que
produzem simultaneamente
gâmetas masculinos e
femininos denominam-se
hermafroditas.
De que são exemplos os
caracóis, as minhocas ou as
orquídeas.
Estratégias na reprodução sexuada

Hermafroditismo suficiente

Ténia
Estratégias na reprodução sexuada

Hermafroditismo insuficiente

Minhocas
Estratégias na reprodução sexuada

Unissexualismo – Fecundação externa


Estratégias na reprodução sexuada

Unissexualismo – Fecundação interna


Estratégias na reprodução sexuada

Encontro de gâmetas

o Os seres vivos com reprodução sexuada desenvolvem estratégias


facilitadoras do encontro de gâmetas masculinos e femininos da
mesma espécie de modo a ocorrer a fecundação.

o Nos seres hermafroditas suficientes ocorre autofecundação.

o Nos restantes organismos em que ocorre hermafroditismo


insuficiente e unissexualismo, ocorre fecundação cruzada. Esta
pode ser externa (por norma, no meio aquático) ou interna (por
norma, no meio terrestre).
Estratégias na reprodução sexuada

Os gâmetas são produzidos em estruturas especializadas – os gametângios,


nas plantas, e as gónadas, nos animais.

Plantas Animais

Gametângios Gónadas

Anterídeos Arquegónio Testículos Ovários

Gâmetas Gâmetas

Anterozóides Oosferas Espermatozóides Óvulo


Reprodução sexuada nas plantas

o Os mecanismos reprodutores
nas plantas com flor são
extremamente variados.

o As flores podem ser


hermafroditas ou
unissexuadas.

o Os órgãos reprodutores são os


estames, órgãos reprodutores
masculinos, e os carpelos,
órgãos reprodutores
femininos.
Reprodução sexuada nas plantas

1- estigma; 2 – estilete; 3 – antera; 4 – filete;


5 – ovário; pedúnculo; 7 – pétala
Reprodução sexuada nas plantas
Estratégias na reprodução sexuada

Reprodução sexuada nas plantas

direta
Cap. 3 – Ciclos de Vida
Ciclos de vida – unidade e diversidade

O ciclo de vida é aplicável a todos os


organismos e corresponde à sequência
dos acontecimentos desde a conceção
do indivíduo até à sua própria
reprodução.

A meiose e a fecundação promovem a


alternância de fases nucleares:
haplófase e diplófase.
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Alternância de fases nucleares – num ciclo de vida uma fase haploide


(entidades com núcleo haploide) alterna com uma fase diploide (entidades
com núcleo diploide).

Fase haploide ou haplófase – entre a meiose e o momento da fecundação.

• constituída por células haploides


• n cromossomas
• resulta da meiose

Fase diploide ou diplófase – entre a fecundação e o momento da meiose.

• constituída por células diploides


• 2n cromossomas
• resulta da fecundação
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplonte

Espirogira
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplonte

Espirogira
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplonte

o Nos organismos haplontes, a meiose é pós-zigótica.


o Ocorre dominância quase absoluta da fase haploide.
o A única estrutura diploide é o zigoto.
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplonte

Clamidomonas (alga)
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo diplonte


Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo diplonte

o Os organismos diplontes têm meiose pré-gamética.


o Ocorre dominância quase absoluta da fase diploide.
o As únicas estruturas haploides são os gâmetas.
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo diplonte

Bodelha (alga)
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplodiplonte

Polipódio
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplodiplonte

Polipódio
Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplodiplonte

o Os organismos haplodiplontes possuem a haplófase e a diplófase bem


diferenciadas, porque ambas contêm uma entidade multicelular.

o A diplófase inclui o organismo adulto e é mais desenvolvida do que a haplófase.

o Os organismos haplodiplontes têm meiose pré-espórica.


Ciclos de vida – unidade e diversidade

Ciclo de vida de um ser vivo haplodiplonte

Musgo

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