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Cursos de Especialização
Planejamento deve ser sempre ser entendido como um sistema associado ao Controle.
Planejamento e Controle são termos que normalmente aparecem associados, pois mantém entre
si uma relação de interdependência e um caráter cíclico.
Com a visão voltada para o Planejamento enquanto sistema, e estabelecendo sua relação com o
Controle, encontramos as definições de Formoso et al (1999) e de Assumpção (1996):
Assumpção (1996) trabalha com o conceito de modelos e propõem uma interação dinâmica
entre Planejamento e Controle:
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Slack, Stuart Chambers e Alan Harrison (1997) definem Planejamento como conjunto de
intenções e o Controle como conjunto de ações que visam o direcionamento do plano. O
Controle inclui o monitoramento do que aconteceu na realidade, a comparação com o que fora
planejado e as ações para providenciar as mudanças necessárias de realinhamento do plano.
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[...] processo é o conjunto de atividades que tem por finalidade transformar, montar,
manipular e processar insumos para produzir bens e serviços que serão
disponibilizados para clientes.
Mayer, Painter e de Witte (1992) definem Modelo como um sistema caracterizado por objetos,
propriedades e relações projetado com uma estrutura particular para imitar ou reproduzir as
características do mundo real. O poder de um modelo vem de sua habilidade em simplificar os
sistemas reais que ele representa e poder prever comportamentos do sistema real a partir de
simulações do modelo.
Romano (2003) define a Modelagem como a etapa da análise de um sistema, na qual são
definidos os recursos, itens de dados e suas inter-relações, sendo que, a partir dela, é
estabelecido o modelo, definido como:
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Gráfico de Gantt
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Esta técnica foi criada na década de 50 pela Dupont para o cálculo de prazos em projetos de produtos
químicos. Em 1957, a Remington converteu a técnica CPM para o processamento de computadores
Univac surgindo então o primeiro aplicativo comercial processador de redes de planejamento.
Em 1957 a Marinha Norte Americana contratou a empresa de consultoria Bozz, Allen & Hamilton
para o desenvolvimento de um sistema de planejamento para a construção de um m foguete sendo este
projeto batizado de polaris.
Por ser fundamental o cumprimento dos prazos e dada a extensão da rede, foi desenvolvida uma
ferramenta de gerenciamento denominada de PERT, Técnica de Avaliação e Revisão de Projetos. É
semelhante ao método CPM, porém são calculadas as datas pessimistas, realistas e otimistas dando-se
por esse motivo um tratamento probabilístico às durações dos eventos. Segundo registros históricos, o
projeto polaris contemplava 10.000 empresas subcontratadas que precisavam ser gerenciadas todas
numa única linguagem! Segundo Barbosa e Ferreira (2005), o método se mostrou extremamente
eficaz, pois o prazo global do projeto foi reduzido de cinco para três anos com a aplicação do método.
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O sistema Pert é representado por setas orientadas que representam as atividades e círculos que
representam os eventos (ou nós).
A F
B G
E
Atividades: são as tarefas ou serviços a serem executados aos quais se associam durações e recursos.
Na rede são representados por um segmento orientado sem escala.
Eventos: são os pontos de controle do plano, representam o início ou o fim das atividades. Não
consomem tempo e nem recursos. Aos eventos associam-se datas. Nas redes são representadas por um
círculo.
Toda rede inicia-se por um evento que caracteriza o início do plano e termina em um evento que
caracteriza o fim do plano.
As redes PERT/CPM, segundo Cukierman, abordam o projeto de um ponto de vista sistêmico, já que
fornecem uma visão de totalidade devido à necessidade de se estabelecer interdependência entre todas
as atividades. Além disso, segundo esse autor, ressaltam as entradas, o processo ou o desenvolvimento
das ações de acordo com as relações de correspondência entre elas e as saídas.
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9 Estabelece a relação das atividades que serão utilizadas para a programação e controle
da obra. A figura a seguir, exemplifica um modelo de EAP segundo Assumpção:
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A determinação das datas de início e término das atividades de um projeto requer cálculos
especiais por causa da intensa interação que há entre as diferentes atividades de um projeto.
Estes cálculos são realizados diretamente na rede do projeto, utilizando-se apenas operações
aritméticas básicas. O cálculo da rede consiste basicamente em definir o caminho crítico do
projeto. Este cálculo divide-se em duas etapas: avanço e retorno.
No avanço, os cálculos são feitos no sentido do nó inicial da rede para o nó final da rede. No
retorno, o sentido dos cálculos é inverso.
9 Cedo do Evento
9 Tarde do Evento
O cedo de um evento corresponde à data mais cedo para dar início à execução das atividades
que emanam deste evento, contada a partir do início do projeto, considerando-se que todas as
atividades que chegam até este evento não sofram atrasos na execução.
O tarde de um evento corresponde à data mais tarde possível para atingir o evento sem que o
projeto sofra atrasos.
Os valores de cedo e tarde do evento são incluídos na própria rede, junto ao número do evento.
Uma forma prática para sua representação é:
Onde:
i= evento “i”
ci = cedo do evento i
ti = tarde do evento i
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Seja:
Então, durante os cálculos da fase de avanço, os cedos são obtidos através da expressão:
C( j) = max(i) [C (i)+ D( i j) ]
Em termos práticos: se em determinado evento CHEGAR mais do que uma atividade deve-
se escolher aquela de MAIOR duração.
Convenciona-se que para o evento inicial do projeto, i = 1, o cedo seja nulo. Ou seja, C(1) = 0
Então, durante os cálculos da fase de retorno, os tardes são obtidos através da expressão:
Em termos práticos: se em determinado evento PARTIR mais do que uma atividade deve-se
escolher aquela de MENOR duração.
Convenciona-se que para o último evento do projeto, j = n , o tarde seja igual ao cedo deste
evento. Ou seja: T(n) = C(n)
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Datas mais cedo de eventos: “é a menor data em que o evento pode ocorrer desde que
as atividades anteriores se desenvolvam em suas durações previstas”
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2. A atividade B tem 4 horas de duração e o evento 15 está ligado ao seu término. Então, o
evento 15 apenas ocorrerá ao término da quarta hora da atividade B.
Note que o valor 4 foi obtido da soma da data 0 (zero) do evento 10 mais a duração 4 da
atividade B: 0+4=4
3. A atividade A tem duração igual de 6 horas, mas o evento 20 terá data mais cedo igual a 9,
isto é, a soma da data 4 do evento 15 mais a duração 5 da atividade C. Equivale dizer que
o evento 20 deverá ocorrer no mínimo, 5 horas (duração de C) depois do evento 15 que,
por sua vez, ocorre ao término da quarta hora do evento 10. Logo, 4+5 = 9 e não 0+6= 6
Data mais tarde de eventos: é a maior data em que o evento pode ocorrer, sem atrasar a
conclusão do empreendimento.
A data mais tarde de cada evento é calculada a partir de uma data mais tarde imposta ao fim do
projeto. Essa data imposta deverá ser ainda maior ou igual á data mais cedo do evento final do
projeto.
1. Digamos que a data mais tarde imposta ao evento final (25) do projeto seja 12. Portanto,
igual à data mais cedo do evento 25.
2. Para que a data 12 do evento 25 não seja prejudicada e sabendo que a atividade D tem
duração de 2 horas, a data mais tarde em que o evento 20 deve ocorrer é 12-2=10. A
data mais tarde do evento 20 é igual a 10.
3. Da mesma forma, para que a data mais tarde 12 do evento fim do projeto não seja
prejudicada e sabendo que a duração da atividade E é 8 horas, a data mais tarde do
evento 15 é 12-8=4. Se por outro lado dizemos que a data mais tarde em que o evento
15 deve ocorrer é 10 (data mais tarde do evento 20) menos 5 (duração da atividade C),
temos como resultado “5”. Acontece que 5+8=13, sendo 8 a duração da atividade E, o
que prejudica a data mais tarde do projeto (12).
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4. Para que a data mais tarde do evento 20 (10) não seja prejudicada, a data mais tarde em
que o evento 10 deve ocorrer é 10-6=4. Entretanto, para que a data mais tarde do evento
15 não seja prejudicada, a data mais tarde em que o evento 10 deve ocorrer é 4-4=0.
Prevalece esta última porque, do contrário, somando-se a data mais tarde do evento 10 à
duração da atividade B temos 4+4=8, o que é prejudicial á data mais tarde do evento 15
(4).
O desenho final mostra as datas mais cedo e mais tarde na rede de referencia.
Em alguns projetos, algumas atividades são flexíveis em relação ao seu início e término;
outras não são, sendo que algum atraso em qualquer delas acarretará atraso do projeto.
Evento crítico: é aquele que apresenta a menor folga de evento podendo no limite ser
igual a zero, ou seja, a data mais tarde do evento ser igual a data mais cedo do evento.
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Atividade crítica: uma atividade é crítica quando é compreendida entre eventos críticos
e corresponde à maior duração entre eles, limitada pelos valores de data mais cedo de
início e fim. É a atividade de menor folga em um projeto.
Caminho crítico: é aquele no qual as atividades não têm folga para iniciar nem para
terminar.
É muito importante manter uma vigilância sobre as atividades críticas, uma vez que,
qualquer atraso nas mesmas originará um atraso em todo o projeto.
Assim mesmo, não se deve deixar de controlar as atividades não-críticas porque apesar de
terem folgas, têm seus limites tanto para começar como para terminar. Se passarmos deste
limite, as mesmas tornar-se-ão críticas. Por esta razão é conveniente calcular as
magnitudes destas folgas de tempo.
Uma maneira de apurar as folgas das atividades é utilizar-se das datas de realização das
atividades:
Primeira Data de Início - é a data em que a atividade pode ser iniciada caso as
atividades antecessoras foram iniciadas na primeira oportunidade e completadas nas
durações estimadas. Ou seja:
Última Data de Início - é a data-limite de início de uma atividade para que o projeto
não sofra atrasos. Ou seja:
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UDT(i, j) = T( j)
Folga total: é a disponibilidade de tempo que a atividade pode utilizar de forma que,
iniciada na data mais cedo do seu evento início, tenha sua conclusão na data mais tarde
do seu evento fim
Primeiro, devemos identificar todos os eventos críticos do projeto, isto é, aqueles que
possuem a menor folga permissível para o projeto. Lembrar que a menor folga permissível
do projeto é calculada no evento final e é obtida subtraindo-se da data mais tarde a data
mais cedo.
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Essa rede, utilizada nos cálculos anteriores, teve agora adicionado o cálculo das folgas que
estão representadas na parte superior dos eventos.
Recordando que a folga será o tarde do evento menos o cedo do evento (abaixo do nó),
identificamos que os eventos 10,20, 30 e 50 tem a menor folga em toda a rede sendo,
portanto os evento críticos.
2. A diferença entre a data mais cedo do evento fim e a data mais cedo do evento início
deve ser igual à duração da atividade em questão.
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Exemplo 2
Calcular as datas de realização e folgas totais das atividades, e definir o caminho crítico do
PROJETO I abaixo:
Solução
Elaboração do Cronograma
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importante, pois pela variação da data de inicio da atividade, entre a PDI e a UDI, pode ser
possível diminuir a necessidade máxima de recursos.
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Exercício
Durações estimadas: A=20, B=50, C=20, D=30, E=20, F=60, G=30, H=30. A data mais
tarde do projeto é igual à data mais cedo e a data mais cedo do evento início do projeto é
igual a zero.
_ A D;E;F
_ B G
_ C H
A D G
A E H
A F _
B;D G _
C;E H _
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Referências Bibliográficas
CRUZ, T. Workflow: a tecnologia que vai revolucionar processos. 2 ed. São Paulo:
Atlas, 1998. 226p
LAUFER, A.; Tucker, R.L is construction Project planning really doing its job?: a critical
examination of focus, roles and process. Construction Management and Economics,
Londres, 1987
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