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ano
em ografia
T e r m
Edição do Autor
1ª Edição
ISBN: 978-989-97792-0-4
As sugestões e informações dadas neste livro, não devem ser interpretadas como modelo único a seguir,
assim como, as temperaturas admissíveis nos vários equipamentos não devem ser tomados como valores
padrão, mas como resultado da experiência profissional do autor durante mais de 25 anos consecutivos
na área da termografia.
Ao Engenheiro José Parsotam, que desde a primeira hora me incentivou duma forma
muito particular, o meu muito obrigado.
O que é a termografia? Para que serve? Como se utiliza? Quais as suas vantagens?
São estas as questões a que espero responder neste livro.
Ao longo dos últimos 25 anos, inspeccionei milhares de quilómetros de cabos de
tensão; centrais de produção de energia eléctrica e subestações, unidades fabris
dos mais variados sectores, navios petrolíferos, estádios de futebol, postos de
transformação. São tão variadas as áreas onde trabalhei, quanto as utilizações para
a termografia. E é essa multiplicidade de aplicações que me motiva a partilhar com
o leitor tudo aquilo que aprendi durante a minha carreira profissional, esperando,
desta forma, ajudar quem agora se inicia neste ramo de actividade, ou quem apenas
deseja saber um pouco mais sobre sistemas termográficos.
Para o leitor, que agora começa a interessar-se pela termografia, ficam aqui os meus
apontamentos, recolhidos ao longo de várias décadas de investimento profissional e
pessoal na área. Espero que, no fim, o leitor entenda e, acima de tudo, ganhe gosto
por esta actividade que, apesar de quase invisível no nosso dia-a-dia, se revela de
grande importância no seu objectivo final: a nossa segurança.
Alberto Caramalho
Índice
Agradecimentos 3
25 Anos em Termografia 5
1. Introdução 5
1.1. Âmbito 6
2. Histórico 7
2.1. Avanços nos Sistemas de Termografia 10
4. Câmaras Termográficas 31
4.1. O que é uma Câmara Termográfica? 31
4.2. Sistemas para Formação de Imagem 32
4.2.1. Tipos de Refrigeração 32
4.3. Fórmula de Medição 33
4.4. Cuidados a ter com as Câmaras Termográficas 37
4.5. Evolução dos Sistemas de Termografia 37
5. Aplicações da Termografia 39
8. Inspector de Termografia 83
8.1. Requisitos e formação 83
8.2. Certificação 84
8.3. Regras Básicas de um Inspector de Termografia 85
8.4. Curiosidades 85
10. Exemplos 91
10.1. Resumo 91
10.2. Cabo Condutor 97
10.3. Barramento de Baixa Tensão 126
10.4. Régua de Bornes 140
10.5. Disjuntor de Baixa Tensão 153
10.6. Contactor de Baixa Tensão 173
10.7. Térmico 189
10.8. Fusível de Baixa Tensão 200
10.9. Interruptor - Telerruptor 231
10.10. Fichas e Pinças de Ligação 243
10.11. Transformador de Intensidade em Circuitos de Baixa Tensão 254
10.12. Condensadores 260
10.13. Transformador – Baixa Tensão 269
10.14. Electrónica – Correntes Fracas 277
10.15. Baterias de Corrente Contínua 294
10.16. Ligadores de Circuitos de Terras 300
10.17. Indução 308
10.18. Transformadores de Potência 316
10.19. Barramento de Média Tensão 340
10.20. Disjuntor de Média Tensão 346
10.21. Seccionador de Alta e Média Tensão 353
10.22. Fusível de Média Tensão 363
10.23. Transformadores de Medida – Média e Alta Tensão 367
10.24. Caixa Fim de Cabo de Alta e Média Tensão 375
10.25. Isolador de Média e Alta Tensão 381
10.26. Descarregador de Sobretensões – Pára-Raios 389
10.27. Linhas Aéreas 393
10.27.1. Linhas Aéreas de Baixa Tensão 408
10.28. Motores 411
10.29. Isolamento Térmico 425
Glossário 453
1. Introdução
Como sabemos, não podemos colocar as nossas mãos nos equipamentos que se encontrem
em laboração para sabermos se estão frios, quentes ou muito quentes, sejam eles eléctricos
ou não, e é aqui que a termografia se revela como uma ferramenta indispensável na área
da manutenção preventiva, pois os equipamentos são examinados nas suas condições
normais de serviço, sem necessidade de qualquer interrupção no seu funcionamento.
Para termos uma ideia da realidade actual, seriam necessárias muitas, mas mesmo
muitas, folhas de papel A4, para colar os recortes de jornais que todos os dias por
esse mundo fora reportam situações de incêndios em edifícios e outras instalações,
com origem em curto-circuitos, provocados por sobreaquecimentos e, se a tudo
isto, somarmos as inúmeras notícias que aparecem nas rádios e televisões com o
mesmo tipo de incidentes? E a quantidade de incêndios e outras anomalias que não
são do conhecimento público, mas que acontecem não poucas vezes em todo o tipo de
instalações? Daí resultam, quase sempre, avultados prejuízos materiais e, em algumas
vezes, com repercussões físicas mais ou menos graves em vidas humanas, sendo que
também o próprio meio ambiente é prejudicado, já que em algumas situações são
libertados gases nocivos para a atmosfera, que vão piorar ainda mais o ar que todos
respiramos. Vamos então falar de uma técnica que pode ajudar a prevenir estas situações:
vamos falar de termografia e da sua importância na área da manutenção preventiva.
Um dos factores que mais influenciou o autor a escrever este livro foi a inexistência
no mercado de uma obra que abranja, de uma forma consistente, este tema, ou
seja, que foque não só o histórico e a teoria dos infravermelhos e da termografia,
como também as suas directas ligações aos aspectos práticos no campo de acção e
de intervenção. Foi este vazio em termos de documentação que mais sensibilizou
o autor a avançar com este projecto, que ao fim de mais de três anos de trabalho
viu agora o seu epílogo. Dos seus mais de vinte e cinco anos de actividade nesta
área, resultaram mais de 40.000 horas com câmaras termográficas aos ombros, em
que recolheu uma quantidade superior a 180.000 imagens térmicas e outras tantas
fotos dos mais distintos equipamentos e aparelhos existentes no mercado. As
imagens seleccionadas para este livro, foram retiradas de um álbum que o autor foi
construindo, dia após dia, ao longo destas duas dezenas e meia de anos.
1.1. Âmbito
Este livro é direccionado para aqueles que agora se iniciam na área de inspecções de
termografia, para todos os que, de uma maneira geral, estão ligados à manutenção,
chefes e executantes, directores fabris, responsáveis pela segurança de instalações,
empresas seguradoras. A sua leitura e consulta pode ser também uma mais-valia
para alunos de cursos técnicos e de escolas técnico profissionais, por exemplo nas áreas
de electricidade e de mecânica e, particularmente, para quem gosta de ler e tomar
conhecimento de coisas que desconheciam até agora, ou já tenham ouvido falar, ainda
que de uma forma ligeira. Não é de todo descabido o autor estar convencido que este livro
pode ajudar a que o nome da termografia seja efectivamente mais falado e divulgado
entre todas as áreas de actividade da nossa sociedade empresarial e, ao mesmo tempo,
levar à criação de um espaço onde esta técnica se encaixe e desenvolva com naturalidade,
como por exemplo, a sua integração como matéria escolar de disciplinas técnicas.
2. Histórico
1800 – Descoberta da Radiação Infravermelha
Sir William Herschel (1738 – 1832) ........
era possível ver-se a imagem térmica através da luz reflectida onde os efeitos de
interferência da película de petróleo tornavam a imagem visível a olho nu. Sir John
conseguiu ainda obter um registo rudimentar da imagem térmica em papel, a que
chamou “termógrafo”.
Um cientista Inglês, Sir James Dewar, utilizou pela primeira vez gases liquefeitos
como agentes de refrigeração, tais como nitrogénio líquido com uma temperatura
de – 196 ºC (- 320,8 ºF)) em pesquisas a baixa temperatura. Em 1892, inventou um
contentor isolado por vácuo único, no qual é possível armazenar gases liquefeitos
durante dias seguidos. A vulgar “garrafa-termo”, utilizada para conservar bebidas
quentes e frias, baseia-se neste invento.
Os sistemas mais sensíveis até essa altura baseavam-se todos em variantes da ideia do
bolómetro, mas o período entre as duas grandes guerras assistiu ao desenvolvimento
de dois novos e revolucionários detectores por infravermelhos: o conversor de
imagens e o detector de fotões. Inicialmente, o conversor de imagens recebeu maior
atenção por parte dos militares, dado que, pela primeira vez na história, permitia
que um observador visse literalmente no escuro. Porém, a sensibilidade do conversor
de imagens limitava-se aos comprimentos de onda próximos dos infravermelhos e
os alvos militares de maior importância (como por exemplo os soldados inimigos)
tinham de ser iluminados por feixes infravermelhos de detecção. Uma vez que isto
envolvia o risco de denunciar a posição do observador a um observador inimigo
com o mesmo equipamento, é compreensível que o interesse dos militares pelo
conversor de imagens tenha desvanecido. As desvantagens táctico-militares dos
chamados sistemas “activos” de formação de imagens térmicas (ou seja, equipados
com feixes de detecção) incentivaram, logo após a segunda guerra mundial
(1939 – 1945), programas militares secretos abrangentes de pesquisa de infravermelhos
2.1.1. Foto obtida após intervenção, que mostra o estado em que se encontrava a câmara de corte
esquerda (setas de cor vermelha) e uma das câmaras de corte em bom estado (setas de cor verde).
2.2. Arco da fase esquerda, na saída de um pórtico de subestação, com muito forte sobreaquecimento
(seta de cor vermelha). As setas de cor amarela localizam os arcos das fases do meio e direita,
em bom estado. O arco apresenta-se muito quente em toda a sua extensão.
2.3. Pára-raios de 220 KV - Fase esquerda com forte sobreaquecimento (na imagem identificado com seta
de cor vermelha) e os das fases do meio e direita, em bom estado (setas de cor amarela).
Este pára-raios acabou por explodir no dia seguinte à sua detecção,
não tendo havido tempo para a sua substituição.
2.5. Disjuntor de 220 KV – Câmara de corte da fase direita com forte sobreaquecimento,
com origem nos contactos superiores (seta de cor vermelha).
A amarelo, as fases esquerda e meio, que se encontravam em bom estado.
2.6. Seccionador de alta tensão – ligações nas tomadas de corrente com forte sobreaquecimento
(setas de cor vermelha) e a amarelo uma tomada de corrente em bom estado.
3.1. Introdução
Existem outras formas de luz (ou radiação) que não podemos ver; o olho humano
só pode ver uma pequena parte do espectro electromagnético: num dos extremos
do espectro não podemos ver a luz ultravioleta e, no outro extremo, os nossos olhos
não podem ver os infravermelhos. As radiações infravermelhas encontram-se entre
as zonas visíveis e invisíveis do espectro electromagnético, a principal fonte de
radiação infravermelha é o calor ou radiação térmica e qualquer objecto que tenha
uma temperatura acima do zero absoluto (-273 ºC / 60 K), emite uma radiação na
zona dos infravermelhos; aqueles objectos que pensamos estarem muito frios, como
por exemplo cubos de gelo, também emitem radiação, os calores que sentimos do sol,
de um fogo ou de um radiador, também são infravermelhos. Ainda que os nossos
olhos não o vejam, os nervos da nossa pele podem sentir o calor; quanto mais quente
está o objecto, maior quantidade de radiação infravermelha ele emitirá.
IR = Infrared
Um corpo negro consiste num objecto que absorve toda a radiação de que é alvo,
em qualquer comprimento de onda. A aparente utilização imprópria de negro para
um objecto que emite radiação é explicada pela Lei de Kirchhoff (Gustav Robert
Kirchhoff – 1824 – 1887), que determina que um corpo capaz de absorver toda a
radiação em qualquer comprimento de onda é igualmente capaz na emissão de
radiações.
Tomemos agora em consideração três expressões que descrevem a radiação emitida por
um corpo negro: lei de Planck; lei do deslocamento de Wien; lei de Stefan-Boltzmann.
Em que:
O factor 10-6 é utilizado, uma vez que a emitância espectral nas curvas é expressa em
Watt/m²m. Caso o factor seja excluído, a dimensão será Watt/m²µm.
Figura 3.5.1. Emitância radiante espectral do corpo negro segundo a lei de Planck,
representada graficamente para várias temperaturas absolutas.
Esta é a fórmula de Wien (Wilhelm Wien - 1864 – 1928), que exprime matematicamente
a observação comum de que as cores variam de vermelho até laranja ou amarelo à
medida que a temperatura de um radiador térmico aumenta. O comprimento de onda
da cor é o mesmo que o calculado para λ máx. É conseguida uma boa aproximação
ao valor de λ máx. para uma determinada temperatura de corpo negro se aplicar a
regra do polegar 3 000/T µm. Assim, uma estrela tão quente como a Sírio (11 000 K),
que emite uma luz branca-azulada, irradia com o pico de emitância radiante espectral
que ocorre dentro do espectro ultravioleta invisível, a um comprimento de onda de
0,27 µm. O Sol (aproximadamente 6 000 K) emite luz amarela, regista o pico a cerca
de 0,5 µm no centro do espectro de luz visível.
A uma temperatura ambiente (300 K) o pico de emitância radiante regista-se a 9,7 µm,
na banda afastada de infravermelhos, enquanto que, à temperatura do nitrogénio
líquido (77 K), a máxima da quase insignificante quantidade de emitância radiante
regista-se a 38 µm, nos comprimentos de onda extremos de infravermelhos.
Em física, um corpo é considerado negro quando absorve toda a energia que nele
incide. Na realidade isto quase nunca acontece. Podem ocorrer três processos que
evitam que um objecto real se comporte como um corpo negro: pode ser absorvida
uma fracção da radiação incidente (α), pode ser reflectida uma fracção (ρ) e pode
ser transmitida uma fracção (τ). Estas quantidades de energia variam em maior ou
menor percentagem dependentemente das características do corpo.
Uma vez que todos estes factores são mais ou menos dependentes do comprimento
de onda, o índice λ é utilizado para representar a dependência espectral das suas
definições. Assim:
É de notar que estamos a falar dos três destinos possíveis da energia incidente sobre
um objecto real. Desta forma, a soma destes três factores é sempre igual a 1 para
qualquer comprimento de onda. Resumindo, temos então a seguinte relação:
αλ + ρλ + τλ = 1
Segundo a lei de Kirchhoff, para qualquer material, a emissividade espectral e a
absorção espectral de um corpo são iguais em quaisquer temperaturas e comprimentos
de onda especificados, ou seja:
ελ = αλ donde:
ελ + ρλ + τλ = 1
Em termos gerais, existem três tipos de fontes de radiação, que se distinguem pelas
formas como a emitância espectral de cada uma varia com o comprimento de onda.
Figura 3.8.2. Emitância radiante espectral Figura 3.8.3. Emissividade espectral de três
de três tipos de radiadores. tipos de radiadores.
α=ε
Absorção = Emissão
Quando a placa se torna opaca, esta fórmula fica reduzida à fórmula única:
ελ = 1 - ρλ
Esta última relação é particularmente conveniente, pois é muitas vezes mais fácil
medir a reflexão do que medir directamente a emissividade.
Devido a constantes melhoramentos e avanços nesta tecnologia, hoje em dia são três
e não duas como há uns anos atrás, as bandas espectrais para as quais os detectores
dos sistemas de termografia são fabricados para captarem a radiação infravermelha,
sendo que, a que era considerada SW, passa agora a MW (Figura 3.12.1):
Existem algumas diferenças entre si, no que a aplicações diz respeito, por exemplo:
Onda Curta (SW): Muito bom em trabalhos de investigação, restauro de peças de
arte, aplicações militares, etc.
Onda Média (MW): muito bom para se inspeccionarem equipamentos através de
vidros e acrílicos.
Onda Larga (LW): muito bom para se examinarem equipamentos no exterior
de instalações com presença do sol, ou seja, em zonas expostas a reflexos solares
(Figura 3.13.2).
Além dos três grupos principais de detectores, existem subgrupos BB (1,5 a 5,0 µm),
MBB (2,5 a 5,0 µm) e, LWIR (7 a 14 µm).
As câmaras utilizadas em aplicações industriais possuem geralmente detectores de
3,5 a 5,0 µm, e 7,5 a 14 µm (ou 13,0 µm, conforme o fabricante), sendo que os outros
detectores são utilizados em aplicações muito especiais, tanto militares como em
investigação.
Trabalhei com ambos os sistemas e, com qualquer um deles, se pode trabalhar com
garantias de grande qualidade, tanto em instalações interiores como exteriores, sendo
que os de onda larga eliminam melhor os reflexos solares. Isto é importante para a
examinação, por exemplo, de linhas aéreas de transporte e distribuição de energia
eléctrica e de subestações localizadas ao ar livre.
Figuras 3.13.1. e 3.13.2. Termogramas obtidos com sistemas de onda média e onda larga
respectivamente.
4. Câmaras Termográficas
A figura seguinte mostra, de uma forma simples, como o objecto de interesse aparece
na câmara de infravermelhos, ou seja, no sistema de termografia, neste caso, da FLIR
SYSTEMS. A energia infravermelha (A) proveniente de um objecto é focada por um
conjunto de lentes (B) sobre um detector de infravermelhos (C). O detector envia
a informação à electrónica do sensor (D) para processar a imagem. A electrónica
converte os dados provenientes do detector em uma imagem (E) que pode ser vista no
visor integrado num monitor de vídeo standard ou num monitor de cristais líquidos.
Sistema de varrimento
Formação de imagem
Sistema de Varrimento Sistema FPA (Focal Plane Array)
A imagem é formada ponto a ponto, Possui um grande número de sensores
através de um conjunto de espelhos que captam todos os pontos
giratórios. da imagem.
Tempo de integração de 5 µs Tempo de integração de 15 ms
O varrimento óptico implica uma grande Os sistemas electrónicos substituem
complexidade mecânica os sistemas mecânicos.
Sensores do tipo MCT (mercúrio/ Composição típica dos sensores: Ptsi
cádmio/telúrio)
Aceitando a descrição anterior, pode utilizar-se a figura abaixo com vista a obter uma
fórmula para calcular a temperatura do objecto a partir da saída da câmara calibrada.
Foi assumido que a Trefl é idêntica para todas as superfícies emissoras incluídas
no hemisfério, visto a partir de um ponto na superfície do objecto. Evidentemente,
esta é por vezes uma forma de simplificar a situação real. Trata-se, porém, de uma
simplificação necessária para se obter uma fórmula exequível e poder ser atribuído
pelo menos, teoricamente um valor a Trefl que represente uma temperatura eficaz
relativa a um meio adjacente complexo.
De notar ainda que partimos do princípio de que a emitância para o meio adjacente
é = 1. Isto está correcto de acordo com a lei de Kirchhoff: todas as radiações que
afectem as superfícies adjacentes serão, eventualmente, absorvidas pelas mesmas
superfícies. Assim, a emitância é = 1. (de notar, no entanto, que a discussão
anterior requer que se tome em consideração a esfera completa à volta do objecto).
A potência total da radiação recebida pode agora ser formulada (equação 2):
Wtot = ετWobj + (1 – ε) τWrefl + (1 – τ ) Watm
• Emitância do objecto ε;
• Humidade relativa;
• Distância ao objecto (Dobj);
• Temperatura (efectiva) do meio adjacente ao objecto, ou a temperatura ambiente
reflectida Trefl;
• Temperatura da atmosfera Tatm.
Esta tarefa pode, por vezes, tornar-se num “fardo” pesado para o inspector, uma
vez que não existem formas simples de encontrar valores precisos de emitância e
de transmitância atmosférica para o caso real. As duas temperaturas deixam de
constituir um problema, desde que o meio adjacente não contenha fontes de radiação
intensa e vasta.
Uma pergunta pertinente relacionada com esta situação é a seguinte: qual a
importância de se conhecerem os valores correctos destes parâmetros? Pode ser
importante ficar já com uma perspectiva do problema, analisando vários casos de
medição e comparando as magnitudes relativas dos três termos de radiação. Isto
dará indicações sobre quando é importante utilizar os valores correctos e de que
parâmetros.
As figuras abaixo ilustram as magnitudes relativas das três contribuições de radiação
para três temperaturas de objecto diferentes, duas emitâncias e duas amplitudes
espectrais: SW e LW. Os parâmetros restantes possuem os seguintes valores fixos:
τ = 0,88
Trefl = + 20 ºC (+ 68 ºF)
Tatm = + 20 ºC (+ 68 ºF)
Agora, suponhamos que o objecto não é negro, possui uma emitância de 0,75
e a transmitância é de 0,92. Suponhamos, ainda, que os dois segundos termos da
equação 4, juntos, equivalem a 0,5 Volts. Então, o cálculo de Uobj através da equação
4 resulta em Uobj = 4,5/0,75/0,92–0,5 = 6,0. Esta é uma extrapolação algo exagerada,
particularmente se considerarmos que o amplificador do vídeo pode limitar a saída a
5 Volts! De notar que a aplicação da curva de calibragem é um procedimento teórico
• Não apontar a lente para fontes de radiação muito fortes, por exemplo, o sol;
• Ensaios sob chuva não muito intensa podem ser realizados, ainda que com
atenção redobrada, devendo a câmara ser protegida, por exemplo, com um saco
plástico de polietileno transparente. A correcção de atenuação causada pelo
saco de plástico pode ser efectuada ajustando a distância até ao objecto, até que
a leitura da temperatura seja a mesma que a obtida sem a cobertura de plástico;
• Quando passamos de uma inspecção no exterior com uma temperatura baixa
para o interior de uma outra, devemos aguardar algum tempo. Para se medir
correctamente, deve-se aguardar que a câmara aqueça o suficiente para que a
condensação se evapore. Isto permite também que o sistema de compensação
de temperatura interna se ajuste à alteração das condições;
• A limpeza da câmara e da própria lente deve-se fazer em conformidade com
as instruções do fabricante, sendo que, com a lente, se devem ter especiais
cuidados.
Como foi referido no capítulo “Histórico”, trabalhei com distintas câmaras termográficas
de vários fabricantes, mas foi a FLIR SYSTEMS a que mais me impressionou, devido à
elevada qualidade e durabilidade dos seus sistemas. A sua evolução:
1965 - Primeiro sistema de imagens térmicas para manutenção condicional (Modelo 650).
1973 - Primeiro scanner de infravermelhos portátil com bateria para manutenção
condicional de aplicações industriais (Modelo 750).
1975 - Primeiro sistema compatível com TV (Modelo 525).
1978 - Primeiro sistema de exploração de comprimento de onda dual capaz de fazer
a gravação analógica em tempo real de fenómenos térmicos (Modelo 780).
Agente no crescimento do mercado de Pesquisa e desenvolvimento.
1983 - Primeiro sistema de medição e reprodução de imagens térmicas com medição
de temperatura visual em ecrã.
1986 - Primeiro sistema com refrigeração termoeléctrica.
1989 - Primeiro sistema de câmara de infravermelhos de peça única para Manutenção
Condicional e Pesquisa e Desenvolvimento com armazenamento digital
incorporado.
1991 - Primeiro sistema de relatório e análise termográfica baseado em Windows.
1993 - Primeiro sistema matriz de plano focal (FPA) para aplicações de Manutenção
Condicional e Pesquisa e Desenvolvimento.
1995 - Primeiro sistema completo de infravermelhos FPA tipo câmara de vídeo
(THERMACAM).
1997 - Primeiro sistema de Manutenção Condicionada/Pesquisa e Desenvolvimento
baseado em microbolómetro não refrigerado.
5. Aplicações da Termografia
Nas linhas aéreas de baixa tensão, são examinados os cabos condutores, ligadores,
uniões e isoladores.
Estas inspecções podem ser complementadas com uma vistoria/ronda (exame visual
dos equipamentos, com utilização de binóculos).
Indústria
Construção Civil
Telecomunicações
Painéis solares - Energia limpa, amiga do ambiente e barata, felizmente cada vez
mais usada; também nesta área a termografia é importante, por exemplo, na detecção
de eventuais falhas nas células dos painéis solares.
Navios
São examinados os quadros gerais e parciais de baixa tensão, quadros dos grupos
geradores e de emergência, motores, isolamento térmico de máquinas, de condutas de
vapor e outros fluidos, válvulas e purgadores, sendo que nos navios os equipamentos
à vista ou sem isolamentos têm valores limite de temperaturas que não podem ser
ultrapassados.
Aviação e Aeroportos
Medicina
Veterinária
Vigilância e Salvamento
Aplicações Militares
Os militares recorrem com muita frequência à termografia para várias tarefas neste ramo.
Uma área muito nobre, que tem a ver com o restauro e beneficiação de obras de arte e
de edifícios de património histórico, tais como frescos e monumentos, verificação da
autenticidade tanto de obras, como de assinaturas de autores, são outra das aplicações
da termografia, sendo aqui utilizados sistemas mais sensíveis, ou seja os SW.
Impacte Ambiental
Área muito importante para todos nós, também aqui a termografia é uma ferramenta
útil e eficaz, por exemplo, para verificação do gradiente térmico em zonas de
descargas de águas e resíduos utilizados em unidades industriais ou em centros de
produção de energia para rios e oceanos; detecção e estudo da influência de resíduos
sólidos ou líquidos derivados de grandes indústrias; evolução da taxa de crescimento
da vegetação; determinação da temperatura correcta em superfícies marítimas de
espécies vegetais e animais, etc.
Meteorologia
7. Procedimentos em Inspecções
de Termografia
Régua de bornes 70
Fusível (corpo) 100
Alta e média tensão
Cabo condutor isolado, até 15 KV 70
Cabo condutor isolado para alta tensão 60
Ligações em linhas aéreas de transporte e distribuição de energia 50
Ligações 60
Corpo 90
Figura 7.1.2.1. Tabelas de temperaturas para vários materiais.
É muito importante salientar que estes são valores que não devem ser verificados nas
inspecções pois, ao acontecer, tal situação recomendaria uma intervenção urgente,
dado que os valores máximos admissíveis estariam já atingidos e, com o decorrer
do tempo e variações de cargas, essa temperatura muito provavelmente atingiria
patamares superiores. Em suma, mesmo quando se detectam temperaturas inferiores
aos valores apresentados, deve-se analisar pormenorizadamente caso a caso, tendo
em consideração a temperatura registada e as condições de serviço na altura.
No capítulo 10, são dados vários exemplos dos mais distintos equipamentos em
diferentes condições de serviço, que nos dão uma ideia aproximada dos valores de
temperaturas em que devem funcionar e que não devem ser ultrapassados.
P = I2 x R
7.1.4. Sobreaquecimento
Como é sabido, a finalidade da inspecção de termografia é a detecção de equipamentos
que apresentem sobreaquecimento, ou pontos anormalmente quentes (diferença de
temperatura entre um componente em mau estado e um outro nas mesmas condições
de serviço e em bom estado), para a sua posterior reparação ou substituição, evitando-
-se assim avarias com maior ou menor grau de gravidade.
e estas serem consideradas normais para as suas condições habituais de serviço. Por
exemplo, bobines de contactores, enrolamentos e núcleos de transformadores podem
muito bem suportar estas temperaturas e, se falarmos de resistências, estes valores
podem subir algumas dezenas de graus Célsius e serem perfeitamente admissíveis.
Num circuito trifásico é facilmente detectado um sobreaquecimento pois, em
princípio, as três fases devem apresentar temperaturas semelhantes. No entanto,
acontece com alguma frequência as três fases apresentarem sobreaquecimento, sendo
então necessário, por parte do inspector, conhecimentos suficientes dos valores de
temperaturas que os equipamentos podem suportar para as várias condições de
serviço. Num circuito monofásico ou num outro qualquer, um operador experiente
não tem dificuldades em localizar e identificar qualquer equipamento que apresente
temperaturas superiores às que deveria ter.
Uma das perguntas que mais vezes é colocada ao inspector de termografia é: qual
o valor de temperaturas que determinado aparelho pode suportar, estando em
funcionamento? A resposta a esta questão não é tão fácil assim, pois vários factores
devem ser tomados em consideração antes de nos pronunciarmos. É importante
conhecer os valores que constam na tabela 7.1.2.1.
Os equipamentos e aparelhos trazem, de fábrica, tabelas com os valores das
condições de funcionamento, tanto para a carga máxima que podem suportar em
regime permanente, como para a temperatura máxima ambiente admissível do local
onde vão funcionar.
A consulta e conhecimento destas tabelas é importante, mas, na prática, outros
valores se colocam e, em primeiro lugar, vêm as condições de serviço na altura dos
ensaios, que devem ser comparadas com as de outros períodos de funcionamento.
outro lado, uma diferença de 3 ºC entre elementos também nas mesmas condições de
serviço, recomendarem um grau de intervenção (3). Na primeira situação encontram-se
os ligadores, cabos condutores, bobines de equipamentos vários, etc. e, na segunda
situação, encontram-se os descarregadores de sobretensões ou pára-raios e também a
cabeça de transformadores de intensidade instalados em circuitos de níveis de carga
mais elevados. É fundamental conhecer a percentagem da intensidade de serviço
em relação à nominal nesse circuito e se o mesmo está nas condições normais de
funcionamento e há quanto tempo. Isto é muito importante na avaliação para cada
caso. Como foi já referido, podemos estar em presença de pequenas diferenças de
temperaturas entre o equipamento com sobreaquecimento e um outro de referência
e ser recomendada uma intervenção urgente, se por exemplo, as condições de
laboração na altura dos ensaios estiverem abaixo das suas condições normais de
funcionamento.
Cabe no entanto, ao responsável da manutenção da instalação, a última palavra sobre
as medidas a tomar, em função do grau de gravidade de cada caso.
• Localização da instalação;
• Previsão da duração do tempo de trajecto;
Foto 7.3.1.1. Troço sem tampa em chão falso Foto 7.3.1.2. Botões de paragem de emergência
Começamos por anotar todos os quadros que vamos analisar e referir os circuitos que
estejam na altura fora de serviço. Se tivermos já uma listagem com todos os circuitos
existentes em cada quadro tanto melhor, pois será só colocar um sinal (X) em frente
ao respectivo circuito. Deverá ser anotada a intensidade de corrente de serviço e
a nominal para cada circuito, desde que existam aparelhos de medida para esse
efeito e a temperatura ambiente na zona. Verificar a possibilidade ou não de troca de
circuitos que estejam em serviço pelos de reserva, no sentido de serem examinados
na maior quantidade possível. O mesmo procedimento aplica-se à examinação dos
equipamentos não eléctricos. Dá-se então início à inspecção propriamente dita. Em
seguida, ficam alguns pontos que podem ajudar a executar a inspecção de uma forma
mais abrangente e a tirar algumas dúvidas que eventualmente possam existir.
A examinação dos equipamentos deve ser feita através de ângulos diferentes, pelos
seguintes motivos:
7.4.2. Reflexos
No interior dos quadros eléctricos, devemos ter em atenção que muitos componentes
encontram-se encobertos por outros e, aqui, a experiência do inspector é sem dúvida
uma mais-valia. As celas ou gavetas onde esses componentes se encontram, como foi
referido, têm geralmente, na sua superfície interior, acabamentos polidos, com muita
reflectividade. Estas paredes interiores devem então ser examinadas com muita
atenção, pois aí irão aparecer imagens reflectidas pelos equipamentos que apresentem
temperaturas mais altas (e mesmo por nós próprios e pela câmara termográfica).
Temos então que saber distinguir se é ou não um ponto anormalmente quente ou,
por outro lado, tratando-se de um ponto quente, ser considerada uma situação
normal, por exemplo, quando as fontes dos reflexos forem resistências, bobines de
contactores, núcleos de transformadores, ou mesmo lâmpadas de iluminação (ver
imagens abaixo).
Se nos movermos de um lado para o outro e o ponto, que numa primeira fase foi
considerado anormalmente quente, também se mover, fica claro que se tratam de
reflexos e não de um componente com sobreaquecimento.
(A) (B)
(C) (D)
(E) (F)
Figuras 7.4.2.15. Reflexo de reactância em parede polida de cela de média tensão
No exterior, por exemplo, numa subestação ou a examinar uma linha de alta tensão,
a presença do sol obriga a uma especial atenção, pois os reflexos são constantes e
confundem-se com pontos de temperaturas mais altas que aqueles que não têm
reflexos. Se for um ponto anormalmente quente, seja de que ângulo for a observação,
ele apresentará sempre sobreaquecimento. Pelo contrário, se, ao movermo-nos, esse
ponto também se mover, claro está que estamos em presença de um reflexo.
7.5.3. Emissividade
A relação entre a radiação emitida por um objecto e a que emitiria o corpo negro à mesma
temperatura e mesmo comprimento de onda, é uma definição para emissividade e o
seu valor está compreendido entre 0 e 1. Este é o parâmetro mais importante para a
medição da temperatura dos objectos de interesse e o seu valor deve ser introduzido
correctamente nos sistemas de termografia. A título de exemplo, se um objecto tiver 72
ºC para uma emissividade de 0,90 atribuída correctamente e, se por qualquer motivo,
modificarmos esse valor para 0,60, estamos a introduzir um considerável erro na
operação, pois agora são registados não os 72 ºC, mas 92 ºC, ou seja, 20 ºC de diferença.
Um material com uma superfície fosca ou oxidada tem uma emissividade
consideravelmente mais elevada que um que apresente a sua superfície polida ou
espelhada. Normalmente, os materiais dos objectos e os tratamentos de superfície
possuem uma gama de emissividade compreendida entre 0,1 e 0,95. A emissividade
de uma superfície extremamente polida (espelho) é inferior a 0,1, enquanto uma
superfície oxidada ou pintada possui uma emissividade bastante mais elevada.
Tinta à base de óleo, independentemente da cor no espectro visível, possui uma
emissividade superior a 0,90 em infravermelhos.
A título de curiosidade, a neve, com uma emissividade visível fraca, tem uma
emissividade bastante elevada nos infravermelhos (esta propriedade permite-lhe
um retorno ao estado líquido de forma lenta, mesmo estando exposta ao sol) e a pele
humana possui uma emissividade próxima de 1.
No aço, o calor vai em frente e no alumínio o calor espalha-se. O calor em material
oxidado é reflectido no seu interior.
• Superfície;
• Material;
• Temperatura;
• Comprimento de onda;
• Geometria;
• Ângulo de observação.
Uma câmara termográfica capta qualquer radiação através da lente, não apenas a
radiação emitida pelo objecto visualizado, mas também a radiação proveniente de
outras fontes e que tenha sido reflectida pelo alvo. Em superfícies muito polidas
(tipo espelho) não é possível medir a sua temperatura correctamente, a não ser que,
junto à área que queremos medir (se tal for possível), coloquemos um pedaço de
fita eléctrica com elevada emissividade ou se pintarmos essa zona com tinta fosca.
O valor obtido será idêntico ao da área em que queremos conhecer a temperatura,
devido à propagação do calor.
Etapa Acção
Procure fontes de reflexão possíveis, considerando que o ângulo de
incidência = ângulo de reflexão (a = b)
Atenção:
A utilização de um par termoeléctrico para medir a temperatura de reflexão não é
aconselhável por duas razões importantes:
Etapa Acção
1 Amarrote uma porção grande de uma folha de alumínio.
Etapa Acção
1 Seleccione um local para colocar a amostra.
Determine e defina a temperatura aparente reflectida em conformidade
2
com o procedimento anterior.
Etapa Acção
Coloque um pedaço de fita eléctrica com uma emissividade elevada
3
na amostra
Aqueça a amostra, no mínimo, 20 K acima da temperatura da divisão.
4
O aquecimento deve ser razoavelmente uniforme.
5 Foque e ajuste automaticamente a câmara e imobilize a imagem.
Ajuste o Nível e o Campo para obter o melhor brilho e contraste para
6
a imagem.
7 Defina a emissividade para a da fita (normalmente 0,97).
Meça a temperatura da fita utilizando uma das seguintes funções de
medição:
• Isotérmica (ajuda-o a determinar a temperatura e quão uniforme foi
8
o aquecimento da amostra);
• Ponto (cursor de medição), mais simples;
• Caixa Média (boa para superfícies com emissividade variável).
9 Anote a temperatura.
10 Desloque a função de medição para a superfície da amostra.
Altere a definição da emissividade até conseguir ler a mesma
11
temperatura da medição anterior.
12 Anote a emissividade.
REDMIL
TABELA DE EMISSIVIDADES
urgente, que deverá ser assinada pela pessoa que a recepciona, ficando uma cópia na
posse do inspector de termografia. Equipamentos que não apresentem temperaturas
elevadas, mas indiciem estar em mau estado, devem também constar nestes
impressos. Em seguida, exemplifica-se uma dessas fichas.
REDMIL - Termografia
ÁREA: Sala Eléctrica A Data:
LOCALIZAÇÃO: MCC - AB CIRCUITO: Motor da bomba 1202
EQUIPAMENTO / TEMPERATURAS: Contactor com 133 ºC
GRAU DE INTERVENÇÃO: (3) URGENTE
OBSERVAÇÕES: Contactor em mau estado. Deve ser substituído.
Tomei conhecimento: Inspector de Termografia:
É usual entregar, juntamente com esta ficha, a imagem térmica e respectiva foto do
equipamento em causa, com o auxílio de um computador e impressora portáteis.
deverá ser entregue ao cliente, no máximo, dez dias após a conclusão da inspecção e
nele deverão constar:
É usual indicar no relatório de inspecção, em espaço reservado para esse efeito, o tipo
de intervenção que foi efectuada e a causa do sobreaquecimento.
8. Inspector de Termografia
acarretar outras consequências. Se isto suceder pela acção dum trabalhador da casa,
as coisas são resolvidas internamente, o mesmo não se passando se for o inspector
de termografia o causador do incidente, pois para todos os efeitos é um trabalhador
de fora, e a primeira questão que é logo colocada: quem é que autorizou que um
funcionário do exterior mexesse nesse equipamento?
Outra razão: quadros metálicos que tenham peças soltas no seu interior, ao serem
mexidos, podem eventualmente causar curto-circuitos, com as consequências mais
ou menos graves que daí resultarão para as pessoas presentes e para os equipamentos.
Outra das situações possíveis é o desconhecimento, por parte do inspector, da
existência de dispositivos fim de curso num determinado quadro que, ao ser aberto,
o colocará fora de serviço. Um técnico da casa estará, concerteza, precavido para
estas situações.
8.2. Certificação
8.4. Curiosidades
urgente, foi chamado ao local o Director dessa fábrica, para ser ele a decidir o que
fazer. Haviam muitas encomendas em lista de espera, mas uma delas tinha prazo
de entrega muito apertado, pelo que foi sugerido pelo Director, e de acordo com o
responsável da manutenção, que o TI com sobreaquecimento fosse arrefecido através
de um ventilador colocado no local para esse efeito e alguns circuitos foram retirados
de serviço, para se baixarem as cargas nessa área. A ideia era que, esse ponto com
defeito, aguentasse até ao sábado seguinte, de forma a garantir a satisfação da
encomenda principal. Esse TI foi vigiado hora a hora, para não haver nenhuma
surpresa desagradável. Tudo foi bem sucedido mas, no sábado, ao reparar-se a
ligação, verificou-se que o TI, devido às altas temperaturas suportadas, encontrava-
se bastante degradado, pelo que teve que ser substituído. Ou seja, aquilo que se tinha
programado fazer em duas horas, acabou por demorar três dias, pois não havia TI
de reserva.
Num posto de transformação, mediu 690 ºC num ligador de uma travessia passa-
muros, na chegada da linha aérea de média tensão. Foi de imediato comunicado ao
responsável da zona, que providenciou a saída de serviço de parte da linha aérea onde
este posto de transformação se encontrava ligado e se procedesse à sua reparação.
Na pior das hipóteses, uma inspecção por ano deve ser levada em consideração. Duas
inspecções por ano, uma no Verão e outra no Inverno, seria já uma mais-valia para
uma garantia do bom funcionamento térmico dos equipamentos de uma instalação
e, a partir daqui e em função do que em cima foi escrito, passar-se a uma maior
frequência na sua execução.
Ter em atenção:
Figura 9.2.. Imagem térmica e foto, obtidas após reparação no borne da figura 9.1,
indicam que o mesmo ficou em óptimas condições, ou seja, sem quaisquer sobreaquecimentos.
Aqui, devido à muito alta temperatura registada no borne do lado direito (284 ºC),
já se recomenda a sua substituição.
10. Exemplos
10.1. Resumo
Neste capítulo, é feita uma ligeira abordagem às características técnicas e respectivas
definições de cada aparelho e equipamento, em que são apresentados os mais
diversos exemplos que, nas inspecções realizadas pelo autor apresentavam, na
altura, sobreaquecimento. As imagens térmicas foram obtidas com diferentes
sistemas de termografia, facilmente perceptíveis pelas paletas de cores das escalas de
temperaturas. Estas imagens foram recolhidas em situações reais de funcionamento
dos equipamentos, muitas vezes em condições difíceis, apresentando algumas fotos
uma qualidade inferior, devido ao facto de serem conseguidas em locais pouco
iluminados, não havendo na altura tempo para o seu melhoramento, sob o risco de
ficarem outros equipamentos por examinar.
Iremos chamar pontos fracos àqueles que, com maior frequência, originaram os
sobreaquecimentos por mim detectados nos mais variados tipos de equipamentos e
aparelhos, não tendo qualquer relação com a excelente qualidade com que todos são
fabricados e colocados no mercado.
Cada termograma (imagem térmica) é identificado numa caixa (figura 10.0), sendo
sugerido o grau de intervenção para cada caso, em conformidade com o seu grau de
gravidade e tendo em consideração:
Identificação do aparelho/equipamento
Exemplos de várias paletas de cores, sendo que em que em cima estão representadas
as temperaturas mais altas e, na parte inferior, as temperaturas mais baixas.
Mesmas paletas de cores, agora invertidas, em que as áreas mais escuras representam
as temperaturas mais altas.
Figura 10.0.1
1 – Mau aperto;
2 – Terminal mal cravado;
3 – Falha interna;
4 – Pressão insuficiente na zona de contacto;
5 – Contacto incorrecto com a sua base;
6 – Mesma carga e componente com defeito;
7 – Aparelho subdimensionado;
8 – Fase sobrecarregada;
9 – Aparelhos encostados a fontes de calor;
10 – Aumento da temperatura com a subida da intensidade de corrente.
3 – Falha interna.
Zona mais quente bem visível na superfície exterior do aparelho.
Fase 2U 2V 2W 2U 2V 2W
Ampere 400 500 500 500 600 600
ºC 74 45 45 110 59 50
Pontos fracos:
Dependendo da sua secção e do tipo de material com que é feito o seu isolamento, um
cabo condutor pode suportar temperaturas de trabalho um pouco acima dos 70 ºC
(cabos com isolamento específico, podem suportar temperaturas acima dos 100 ºC).
No entanto, estes valores recomendam já uma análise cuidada e com alguma
brevidade, sendo importante saber qual a intensidade de corrente normal de serviço
e a intensidade máxima que poderá percorrer esse circuito.
Na prática, numa inspecção termográfica, todos os cabos que estejam acima dos 50 ºC,
recomendam um estudo de modo a se compreender o porquê dessa temperatura, e se a
mesma poderá de alguma forma ser baixada. É normal, em determinados circuitos, por
exemplo, os de compensação do factor de potência, os cabos atingirem temperaturas
de aproximadamente 60 ºC. Tudo isto aplica-se, claro está, aos condutores das fases,
normalmente percorridos por intensidades de corrente superiores. Os condutores de
neutros (transportam apenas as correntes de desequilíbrios proveniente de outros
A análise aos cabos condutores merece uma atenção especial, pois muitas vezes
encontram-se em feixes, dentro de calhas e de caleiras, muito encostados uns aos
outros, não os deixando respirar suficientemente e, por indução, verem a sua
temperatura aumentar. Os cabos que são visíveis, facilmente são examinados, o
mesmo não acontecendo aos que estão escondidos, devendo aqui ser efectuada uma
análise atenta e pormenorizada em toda a área onde se encontram, para verificação
se a fonte de calor está ou não nos cabos detrás.
A título de curiosidade, o ponto de fusão do cobre é aos 1083 ºC e do alumínio é aos 658 ºC.
CABO CONDUTOR
Localização Á saída de um transformador de potência
Temperaturas Cabo condutor com 91 ºC. Outros cabos com 85 ºC
Secção dos cabos condutores insuficiente em relação à
Causa
Intensidade de Corrente que os percorrem.
Acção Substituir estes cabos condutores ou, dividir Cargas.
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente.
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 35 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabos condutores em circuito de intensidade
Temperaturas Cabos condutores com 88 ºC
Secção dos condutores insuficiente em relação à intensidade
Causa
que os percorre.
Acção Substituir estes cabos condutores.
Carga (Ampere) Intensidade de Serviço: 55 Intensidade Nominal: 100
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 33 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabos na saída para um motor
Temperaturas Fase R: 35 ºC Fase S: 35 ºC Fase T: 46 ºC
Desequilíbrio de cargas entre fases, ou existência de
Causa
problemas no motor alimentado por estes cabos condutores
Acção Verificar condições de funcionamento e próprio motor
Carga (Ampere) Fase R: 22 Fase S: 22 Fase T: 30
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabos à saída de um transformador de potência
Cabo mais afastado da fase do meio com 78 ºC. Restantes
Temperaturas
cabos com aproximadamente 57 ºC
Causa Cabo com vários fios cortados por baixo do isolamento.
Acção Substituir este troço de cabo.
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente.
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 30 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Troço entre um alternador e um quadro eléctrico (Q.G.BT)
Temperaturas Fase U: 59 ºC Fase V: 41 ºC Fase W: 41 ºC
Causa Cabo com defeito
Acção Substituir este troço de cabo entre alternador e Q.G.BT
Carga IS: 700 Ampere IN: 2000 Ampere IS/IN (%): 35
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 32 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Alimentação de um motor
Temperaturas Cabos condutores com 74 ºC
Secção dos cabos condutores, insuficiente em relação à
Causa
Intensidade de Corrente que os percorrem.
Acção Substituir estes cabos condutores, ou, dividir cargas.
Carga (Ampere) Intensidade de Serviço: 90
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabo condutor entre contactor e um variador de frequência
Temperaturas Fase R: 51 ºC Fase S: 83 ºC Fase T: 51 ºC
Causa Cabo com cortes profundos, por baixo do isolamento
Acção Substituir este troço de cabo
Carga 90 Ampere em cada fase
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabo condutor entre um seccionador e um contactor
Temperaturas Fase R: 74 ºC Fase S: 43 ºC Fase T: 43 ºC
Cabo com fios interrompidos, circulando a intensidade de
Causa corrente por menos fios do que o necessário, aumentando
assim a sua temperatura
Acção Substituir este troço de cabo
Carga (Ampere) Fase R: 70 Fase S: 72 Fase T: 73 Nominal: 100
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Fase com sobreaquecimento é a que apresenta intensidade de corrente mais baixa.
CABO CONDUTOR
Localização Cabo condutor de alimentação a um motor
Temperaturas Cabo condutor com 46 ºC. Restantes cabos com 33 ºC
Provavelmente com cortes por baixo do isolamento, que
Causa
diminuem a secção do cabo, junto ao terminal
Acção Verificar estado deste troço de cabo.
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente.
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabo condutor na chegada a um barramento
Temperaturas Cabo com 129 ºC. Outros cabos condutores com 40 ºC
Causa Terminal mal cravado
Acção Fazer nova ponta de cabo
35 Ampere. Noutros períodos do dia, a intensidade
Carga de corrente sobe consideravelmente, aumentado a
temperatura.
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 17 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Alimentação de um motor
Temperaturas Fase R: 60 ºC Fase S: 117 ºC Fase T: 85 ºC
Isolador de apoio com defeito. É bem visível na imagem
Causa térmica, o isolador de apoio bem mais quente que o
parafuso de aperto.
Acção Fazer nova ponta de cabo e substituir isoladores de apoio
Sem intensidades de corrente. Motor estava parado à 10
Carga (Ampere)
minutos
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 15 ºC
Observações: Cabos condutores e isoladores de apoio em mau estado, devido às altas temperaturas
suportadas. Isoladores identificados com seta de cor amarela.
CABO CONDUTOR
Localização Alimentação de um motor
Temperaturas Fase R: 73 ºC Fase S: 82 ºC Fase T: 177 ºC
Terminal do cabo, de material diferente do parafuso e
Causa
porca. Isolador de apoio com defeito. Contacto incorrecto.
Fazer nova ponta de cabo; substituir porca e parafuso de
Acção
aperto e próprio isolador de apoio.
Carga (Ampere) Fase R: 240 Fase S: 240 Fase T: 240 Nominal: 400
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 18 ºC
Observações: Ponta do cabo condutor em mau estado, devido às altas temperaturas suportadas. Isolador
de apoio identificado com seta de cor amarela.
CABO CONDUTOR
Localização Percurso para um quadro de baixa tensão
Temperaturas Zona da emenda com 104 ºC
Causa Contacto/aperto insuficiente
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Cabo com 45 Ampere
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
CABO CONDUTOR
Localização À saída de caixa fim de cabo de baixa tensão
Temperaturas Fase vermelha: 56 ºC Fase verde: 37 ºC Fase amarela: 35 ºC
Causa União com mau contacto
Acção Limpar zona de contacto e apertar união correctamente.
Carga (Ampere) Fase vermelha: 38 Fase verde: 37 Fase amarela: 37
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Saída de um Q.G.BT, para um motor
Temperaturas Fase R: 73 ºC Fase S: 30 ºC Fase T: 30 ºC
Causa Terminal mal cravado
Acção Fazer nova ponta de cabo
Carga (Ampere) Fase R: 28 Fase S: 28 Fase T: 28
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Alimentação a um Q.G.BT
Temperaturas Fase R: 60 ºC Fase S: 60 ºC Fase T: 127 ºC
Causa Terminal mal cravado, ou de secção diferente do condutor
Cravar correctamente terminal, ou fazer nova ponta de
Acção
cabo
Carga (Ampere) Fase R: 220 Fase S: 225 Fase T: 230
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 24 ºC
Observações: Bem visível a origem do aquecimento no terminal, que se apresenta bem mais quente que
o parafuso de aperto.
CABO CONDUTOR
Localização Troço entre fusível e contactor
Temperaturas Fase R: 80 ºC Fase S: 58 ºC Fase T: 60 ºC
Curvatura pronunciada, provocou pontos fracos no cabo
Causa
condutor, por baixo do isolamento.
Acção Substituir este troço de cabo
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
CABO CONDUTOR
Cabos condutores entre transformador de potência e
Localização
Q.G.BT
Temperaturas Superfície exterior onde passam os cabos com 50 ºC
Secção insuficiente e provável defeito no isolamento dos
Causa
cabos
Verificar o estado em que se encontram estes cabos
Acção
enterrados
Carga 220 Ampere em cada fase
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
Observações: A temperatura obtida, foi na camada exterior das tampas em cimento da caleira onde
passam os cabos (estão enterrados), encontrando-se os mesmos, provavelmente, com temperaturas
bem superiores. Este troço deve ser aberto e verificarem-se as condições em que os cabos se encontram,
nomeadamente o estado do seu isolamento.
CABO CONDUTOR
Localização Cabo condutor de 6 KV entre um motor e o arrancador
Temperaturas Cabo identificado em foto com 52 ºC. Restantes com 33 ºC
Provável defeito nos contactos do lado esquerdo da fase
do meio (contactor do arrancador), obrigando toda a
Causa
corrente a passar pelo cabo do lado direito, aumentando
consideravelmente a sua temperatura.
Verificar este troço de cabo e contactos do contactor do
Acção
arrancador.
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
Observações: Percurso dos cabos entre o motor, caleira e arrancador. Imagens térmicas revelam um dos
cabos bem mais quente que os restantes.
CABO CONDUTOR
Localização Cabo condutor de 60 KV
Temperaturas Pequeno troço com 53 ºC. Restante cabo com 30 ºC
Causa Defeito no isolamento
Retirar de serviço e verificar isolamento na zona indicada
Acção
em foto
Carga Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: O cabo em questão, encontrava-se coberto com muita sujidade, pelo que o valor real da
temperatura nesse ponto, deverá ser superior. Na zona indicada, não existiam quaisquer uniões ou
ligações.
CABO CONDUTOR
Localização Circuito de iluminação
Temperaturas Cabos com 45 ºC
Causa Enrolados em espiral
Acção Devem ser desenrolados
Carga 10 Ampere
Grau intervenção (2) Temperatura ambiente: 20 ºC
CABO CONDUTOR
Localização Cabos à saída de um transformador de baixa tensão
Temperaturas Núcleo do transformador com 82 ºC
Causa Contacto entre núcleo e condutores
Acção Afastar condutores do núcleo do transformador
Carga Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Com o decorrer do tempo, a temperatura do núcleo do transformador poderá danificar o
isolamento destes condutores.
Tubo metálico, onde no seu interior estão três cabos de 6 KV (um por cada fase).
Este tubo serve de protecção física aos referidos cabos MT, que alimentam um
transformador de potência (em vazio na altura). Esta é uma zona de uma fundição,
onde constantemente saltam fagulhas provenientes de um forno próximo.
Um pequeno barrote em madeira servia de suporte à zona da curvatura do tubo
e, uma dessas fagulhas incendiou o referido barrote que por sua vez aqueceu em
demasia o tubo metálico. Por sorte estava no local e recomendei que antes de se
meter o transformador em serviço, se verificasse o estado do isolamento dos cabos
MT. Verificou-se então, que o isolamento dos três cabos estava muito danificado,
precisamente na zona da curva, devido às altas temperaturas suportadas.
GALERIA DE IMAGENS
Cabo condutor com 76 ºC. Deve ser aliviado, tanto na intensidade de corrente, como na curvatura.
Deve ser retirada a abraçadeira que o prende aos restantes condutores.
Cabo de troçada na saída de um PT, para rede aérea de baixa tensão, com 68 ºC.
Cargas devem ser aliviadas.
Cabos condutores entre contactor e seccionador. Fases com intensidades de corrente iguais.
Fase R: 79 ºC Fase S: 49 ºC Fase T: 57 ºC
Substituir este shunt.
Pontos fracos:
• Ligações incorrectas;
• Junções de materiais diferentes;
• Uniões ou emendas com apertos insuficientes;
• Barras subdimensionadas para as intensidades de corrente que as percorrem;
• Isoladores de apoio com defeito.
GALERIA DE IMAGENS
Barramento de baixa tensão. Fase S - Ponto de ligação do circuito esquerdo com 96 ºC.
Referência com 37 ºC. Limpar zona de contacto e apertar correctamente.
Barramento de baixa tensão. Fase R – 3º parafuso de aperto a contar da direita com 78 ºC.
Recomenda-se a sua substituição.
Barramento de baixa tensão. Fase amarela – condutor com 88 ºC. Referência com 50 ºC.
Verificar cravação do terminal.
Barramento aéreo. Saída para um disjuntor com 70 ºC. Verificar encaixes no barramento.
Serve para unir ou seccionar os cabos condutores num determinado circuito, seja de
força ou de comandos.
Pontos fracos:
• Apertos incorrectos;
• Borne com defeito ou mal montado;
• Borne com secção diferente da do cabo a que liga;
• Isolamento do cabo na zona de aperto, aumentando a resistência de contacto;
• Zona de contacto, de material diferente do cabo condutor.
Temperaturas acima dos 50 ºC devem ser analisadas com maior cuidado, devendo-se
ter em atenção se o borne aquece no seu todo ou se o calor se concentra em algum
ponto em particular, nomeadamente nas zonas de contacto e de ligação. Podemos
estar em presença de temperaturas na casa dos 20 ºC ou 30 ºC, e ser possível a
verificação, por exemplo, de bornes mal apertados, bastando para isso que algum
ou alguns deles se apresentem mais quentes que outros nas mesmas condições de
serviço.
RÉGUA DE BORNES
Bornes de força em quadro de baixa tensão – circuito lado
Localização
direito
Temperaturas Fase R: 58 ºC Fase S: 68 ºC Fase T: 121 ºC
Causa Borne de secção inferior aos restantes.
Acção Substituir borne
Carga (Ampere) Fase R: 27 Fase S: 27 Fase T: 27
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
Observações: O borne da fase S apresenta algum sobreaquecimento devido ao facto de estar encostado
ao da fase T.
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de força em quadro de baixa tensão
Temperaturas Borne do lado direito com 284 ºC. Restantes bornes com 20 ºC
Causa Parafuso inferior com defeito
Acção Substituir borne
Carga Impossibilidade de medição de intensidade de corrente.
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 12 ºC
Observações: Este circuito encontrava-se apenas com 5 minutos em serviço. Borne e parafuso em muito
mau estado. Risco de incidente a qualquer momento.
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de força em quadro de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 36 ºC Fase S: 40 ºC Fase T: 130 ºC
Mau contacto entre condutor e borne. Parafuso com rosca
Causa
moída
Acção Substituir parafuso
Carga (Ampere) Fase R: 40 Fase S: 40 Fase T: 40
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 16 ºC
Observações: Na altura da intervenção, verificou-se que o parafuso inferior tinha a rosca moída, pelo que
se procedeu à sua substituição por um outro.
RÉGUA DE BORNES
Localização Régua de bornes em Q.G.BT – Circuito do lado esquerdo
Temperaturas Borne de neutros com 82 ºC. Bornes das fases com 42 ºC
Causa Borne com defeito
Acção Substituir
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 30 ºC
Observações: Borne dos condutores neutros do lado esquerdo em mau estado, havendo fortes
probabilidades de contacto a qualquer momento com o borne da fase à sua direita e consequente curto-
circuito. Condutores neutros apresentavam cor bastante escura, em vez da cor azul.
RÉGUA DE BORNES
Localização Régua de bornes em quadro de baixa tensão
Borne do lado esquerdo com 67 ºC. O segundo borne,
Temperaturas devido à sua proximidade, com 45 ºC. Restantes bornes
com 37 ºC
Ponto mais quente localiza-se no corpo do borne e não na
Causa
zona dos parafusos, indiciando que o mesmo tenha defeito
Acção Substituir borne
Carga (Ampere) Fase R: 16 Fase S: 15 Fase T: 14
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de força em quadro de baixa tensão
Temperaturas Borne com 49 ºC, mas em muito mau estado
Causa Borne com defeito
Substituir bornes, incluindo os mais próximos, devido às
Acção
altas temperaturas suportadas.
Carga Sem intensidades de corrente, na altura dos ensaios
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 17 ºC
Observações: É bem visível o mau estado em que este borne se apresenta. Este circuito encontrava-se à
alguns minutos sem intensidades de corrente, pelo que se recomendou uma intervenção imediata.
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de força na saída de um Q.G.BT
Temperaturas Fase R: 40 ºC Fase S: 82 ºC Fase T: 38 ºC
Causa Mau aperto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase R: 40 Fase S: 42 Fase T: 40
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 18 ºC
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de força em quadro de baixa tensão
Temperaturas Borne do lado esquerdo com 73 ºC. Referência com 30 ºC
Causa Parafuso superior mal apertado
Acção Apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase R: 15 Fase S: 13 Fase T: 10
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 12 ºC
Observações: Neste quadro, conjunto de caixas de junções substituem régua de bornes.
RÉGUA DE BORNES
Localização Régua de bornes em quadro de baixa tensão
Temperaturas 10º borne da esquerda com 105 ºC. Referência com 45 ºC
Causa Parafuso superior com rosca moída
Acção Substituir parafuso
Carga Impossibilidade de medição de intensidade de corrente
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 18 ºC
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de comandos de um disjuntor de baixa tensão
Temperaturas 4º borne da direita com 108 ºC. Restantes bornes com 45 ºC
Causa Borne com defeito
Acção Substituir este borne
Carga Sem registo de intensidade de corrente. Comandos.
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
RÉGUA DE BORNES
Localização Bornes de circuitos de comandos
Temperaturas Borne superior com 52 ºC
Causa Borne com defeito
Acção Substituir
Carga -
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
GALERIA DE IMAGENS
4º Borne da esquerda com 61 ºC. Shunt da base mal apertado ou com defeito.
Recomenda-se a sua substituição.
22º Borne da esquerda com 37 ºC. Restantes bornes com 23 ºC. Fazer reapertos.
Com este valor de temperatura é muito mais fácil a acção de correcção da anomalia.
Pontos fracos:
GALERIA DE IMAGENS
Bloco de disjuntores de baixa tensão. Disjuntores com 112 ºC, 115 ºC, 110 ºC e 100 ºC.
Desgaste interno. Devem ser substituidos.
Disjuntores com 91 ºC, 100 ºC e 102 ºC. A funcionarem nos limites das intensidades nominais.
Devem ser aliviadas cargas, ou substituir por uns de calibre superior.
Inversor - rede/grupo gerador. Circuito de rede – Fase T com 73 ºC. Fases R e S com 31 ºC
Origem do sobreaquecimento é no terminal (mal cravado).
Corrigir sua cravação.
Aparelhos de potência, que têm como finalidade o comando de circuitos vários, por
exemplo, de iluminação, ventilação, motores, aquecimento, etc.
Funcionam através de controlo remoto e possuem rearmamento automático, sem
encravamento mecânico, actuando por meio do seu próprio mecanismo.
São fabricados com a finalidade de aguentarem um elevado número de manobras,
sendo que, em alguns casos, estão constantemente a abrir e a fechar contactos.
Pontos fracos:
Devemos ter em atenção que, se existirem vários contactores nas mesmas condições de
serviço e um deles se apresentar com os referidos 70 ºC e os outros com temperaturas
mais baixas, então algo estará errado, devendo-se fazer um estudo a esse contactor
e ao circuito onde está inserido. Contactores de circuitos de iluminação podem
suportar, durante muito tempo, temperaturas na casa dos referidos 70 ºC.
Muitas vezes, deparamo-nos com contactores em boas condições térmicas, mas sendo
audível som de vibrações mais ou menos intensas, que normalmente têm origem na
zona dos contactos, devendo estas situações ser referenciadas no relatório, em espaço
reservado para observações.
Imagem térmica obtida de um outro ângulo, que realça o ponto mais quente que vem
do interior do aparelho.
GALERIA DE IMAGENS
10.7. Térmico
Pontos fracos:
• Maus apertos;
• Contactos internos imperfeitos;
• Lâminas de contacto pasmadas, com pressão insuficiente;
• Aquecimento excessivo.
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão. Saída para um motor
Temperaturas Fase R: 65 ºC Fase S: 98 ºC Fase T: 228 ºC
Causa Defeito interno
Acção Substituir este térmico
Carga (Ampere) Fase R: 62 Fase S: 62 Fase T: 62 Nominal: 65
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão. Saída para um motor
Temperaturas Fase R: 123 ºC Fase S: 60 ºC Fase T: 50 ºC
Causa Defeito interno
Acção Substituir este térmico
Carga (Ampere) Intensidade de serviço: 95 Intensidade Nominal: 150
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão. Saída para um motor
Temperaturas Fase R: 105 ºC Fase S: 117 ºC Fase T: 103 ºC
Causa Falha interna - desgaste
Acção Substituir este térmico
Carga Intensidade de serviço: 65 Ampere
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão. Saída para um motor
Temperaturas Fase R: 53 ºC Fase S: 68 ºC Fase T: 152 ºC
Causa Pressão insuficiente nas molas de contacto
Acção Verificar estado da mola de pressão
Carga (Ampere) Fase R: 62 Fase S: 63 Fase T: 67
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 37 ºC Fase S: 40 ºC Fase T: 75 ºC
Causa Aperto incorrecto
Limpar zona de contacto e apertar correctamente.
Acção
Distribuir intensidades iguais nas três fases
Carga (Ampere) Fase R: 53 Fase S: 56 Fase T: 64
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Parafuso e porca com indícios de terem suportado temperaturas mais altas.
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 47 ºC Fase S: 53 ºC Fase T: 78 ºC
Causa Aperto incorrecto
Verificar se isolamento do condutor está na zona de
Acção
contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase R: 30 Fase S: 30 Fase T: 32
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 60 ºC Fase S: 71 ºC Fase T: 113 ºC
Isolamento do condutor na zona de contacto e aperto
Causa
incorrecto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase R: 35 Fase S: 36 Fase T: 36
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 63 ºC Fase S: 41 ºC Fase T: 39 ºC
Causa Terminal mal cravado
Acção Cravar correctamente o terminal
Carga (Ampere) Fase R: 44 Fase S: 40 Fase T: 40
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 7 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 97 ºC Fase S: 93 ºC Fase T: 88 ºC
Causa Defeito interno
Acção Substituir térmico
Carga (Ampere) Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 24 ºC
TÉRMICO
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 43 ºC Fase S: 44 ºC Fase T: 97 ºC
Causa Defeito na lâmina térmica
Acção Verificar condições da lâmina térmica nesta fase
Carga (Ampere) Fase R: 33 Fase S: 33 Fase T: 35
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 24 ºC
Aparelho que serve para proteger circuitos eléctricos, por exemplo, em situações
de curto-circuito, evitando-se assim riscos de avarias, incêndios e outras anomalias.
Devem fundir sempre que a sua intensidade de corrente nominal seja ultrapassada
durante um certo período de tempo. Basicamente, podem ser de facas, cilíndricos e de
rolo. São constituídos por contactos e por um corpo, no interior do qual se encontra
um filamento que funde a partir do momento que a intensidade de corrente para o
valor que está preparado seja ultrapassada.
Pontos fracos:
SECCIONADOR DE FUSÍVEIS
Localização Quadro de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 100 ºC Fase S: 47 ºC Fase T: 39 ºC
Causa Contacto incorrecto na maxila superior
Acção Limpar zona de contacto e corrigir base da maxila
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
SECCIONADOR DE FUSÍVEIS
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 30 ºC Fase S: 129 ºC Fase T: 49 ºC
Causa Maxila inferior com defeito
Acção Limpar zona de contacto e corrigir pressão da maxila
Carga (Ampere) Fase R: 30 Fase S: 30 Fase T: 30
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 15 ºC
SECCIONADOR DE FUSÍVEIS
Localização Quadro de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 74 ºC Fase S: 51 ºC Fase T: 52 ºC
Causa Contacto da maxila inferior, incorrecto
Acção Limpar zona de contacto e corrigir base da maxila
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
PORTA FUSÍVEIS
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 397 ºC Fase S: 147 ºC Fase T: 110 ºC
Causa Maxilas com defeito
Devido às altíssimas temperaturas suportadas,
Acção
recomenda-se a substituição deste aparelho
Carga (Ampere) Fase R: 26 Fase S: 26 Fase T: 26
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 15 ºC
PORTA FUSÍVEIS
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Neutro: 32 ºC Fase R: 70 ºC Fase S: 30 ºC Fase T: 25 ºC
Causa Maxilas com defeito
Acção Substituir conjunto
Carga (Ampere) Fase R: 15 Fase S: 15 Fase T: 15
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 15 ºC
GALERIA DE IMAGENS
Interruptor
Aparelho de comando, que abre e fecha circuitos eléctricos e, regra geral, é manobrado
manualmente.
Pontos fracos:
A sua temperatura não deverá exceder a dos condutores que neles ligam. Recomenda-se
uma especial atenção na verificação da origem do sobreaquecimento, pois, quando
se localiza na zona dos contactos internos, o calor irá propagar-se pelo cabo ou cabos
e poderá fixar-se ou no borne de ligação ou no terminal de um dos referidos cabos
condutores, provocando a ideia, em quem inspecciona, de que a origem é nos referidos
bornes ou terminais. São aparelhos muito fáceis de examinar termograficamente.
INTERRUPTOR
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 39 ºC Fase S: 47 ºC Fase T: 123 ºC
Causa Contactos com defeito
Acção Corrigir ou substituir este aparelho
Carga (Ampere) Fase R: 38 Fase S: 38 Fase T: 38
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 18 ºC
INTERRUPTOR
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 21 ºC Fase S: 56 ºC Fase T: 21 ºC
Causa Contacto direito da fase do meio com defeito
Acção Verificar zona de contacto
Carga (Ampere) Fase R: 75 Fase S: 85 Fase T: 75
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 14 ºC
Observações: A diferença de 10 Ampere não justifica os valores de temperaturas registados, pelo que os
contactos da fase S devem ser vistoriados.
INTERRUPTOR
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 100 ºC Fase S: 106 ºC Fase T: 60 ºC
Causa Contactos internos com defeito
Acção Substituir este interruptor
Carga (Ampere) Fase R: 33 Fase S: 33 Fase T: 28
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 18 ºC
Observações: As diferenças de intensidades de corrente entre as fases R e S e a T, não justificam as
temperaturas registadas.
INTERRUPTOR
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase amarela: 69 ºC Fase verde: 45 ºC Fase vermelha: 45 ºC
Causa Pressão insuficiente nos contactos
Acção Corrigir zona de contacto
Carga (Ampere) Fase amarela: 46 Fase verde: 46 Fase vermelha: 47
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
Observações: Em certas ocasiões, o calor libertado pelos contactos era de tal forma intenso, que originou o
enfraquecimento das propriedades condutoras no cabo que une o interruptor ao barramento à sua direita.
INTERRUPTOR
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 95 ºC Fase S: 35 ºC Fase T: 46 ºC
Causa Ponteira mal cravada
Acção Corrigir sua cravação. Verificar ligação superior na fase T
Carga (Ampere) Fase R: 43 Fase S: 38 Fase T: 38
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
INTERRUPTOR
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Borne de aperto dos condutores com 200 ºC
Causa Defeito interno, com origem nos contactos
Acção Substituir este aparelho
Carga (Ampere) Sem registo de intensidades de corrente
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 20 ºC
Observações: O parafuso de aperto encontrava-se soldado, devido às altas temperaturas suportadas,
apresentando-se o cabo condutor com o seu isolamento em mau estado.
INTERRUPTOR
Localização Circuito de iluminação
Temperaturas Interruptor do lado direito com 69 ºC
Causa Contactos com defeito
Acção Substituir este interruptor
Carga 8 Ampere
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 17 ºC
INTERRUPTOR
Localização Circuito de iluminação
Temperaturas Interruptor com 80 ºC
Causa Contactos com defeito
Acção Substituir este interruptor
Carga 10 Ampere
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Foi detectado um sobreaquecimento na superfície exterior de um interruptor (imagem
superior). Após ter sido retirada a protecção exterior, fez-se o registo da imagem térmica, que revela a
zona mais quente, ou seja, a origem deste sobreaquecimento (imagem inferior).
Imagem térmica e foto que revela a zona mais quente (sem protecção exterior).
TELERRUPTOR
Localização Circuito de iluminação
Temperaturas Telerruptor com 111 ºC
Causa Falha interna - desgaste
Acção Substituir este aparelho
Carga Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TELERRUPTOR
Localização Circuito de comandos
Temperaturas Telerruptor com 108 ºC
Causa Falha interna - desgaste
Acção Substituir este aparelho
Carga Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 16 ºC
Observações: Na superfície exterior do aparelho é bem visível uma mancha escura, que indicia a presença
de altas temperaturas no seu interior.
GALERIA DE IMAGENS
Pontos fracos:
As zonas de contacto das fichas com as respectivas tomadas onde ligam, não devem
apresentar diferenças de temperaturas significativas, o mesmo sucedendo em relação
aos seus cabos de alimentação. Diferenças de temperaturas entre as fichas / tomadas
e o ambiente superior a 15 ºC, devem merecer uma análise mais cuidada. Pinças que
unem celas ou gavetas a barramentos e, dependendo do valor da sua intensidade de
corrente de serviço, podem suportar temperaturas mais altas, ou seja, até valores de
aproximadamente 50 ºC, devendo no entanto verificar-se a sua causa.
Deve-se ter muita atenção na análise de celas ou gavetas em que as pinças estão
escondidas por detrás dos equipamentos, sendo aqui importante alguma experiência
do inspector, pois uma concentração de calor nas zonas circundantes das pinças pode
indiciar maus contactos nas mesmas.
FICHA
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Ficha do lado esquerdo com 48 ºC. Ficha direita com 44 ºC
Causa Contacto incorrecto entre ficha e tomada
Acção Corrigir zona de contacto
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (2) Temperatura ambiente: 23 ºC
FICHA
Localização Quadro geral de baixa tensão – saída para um motor
Temperaturas Fase superior: 42 ºC Fase meio: 108 ºC Fase inferior: 40 ºC
Causa Desgaste na zona de contacto
Acção Substituir esta ficha
Carga (Ampere) Fase superior: 45 Fase meio: 45 Fase inferior: 45
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 18 ºC
Observações: Na foto é visível um orifício na ficha, devido às altas temperaturas suportadas.
FICHA - PINÇAS
Quadro geral de baixa tensão – Ficha na saída para um
Localização
motor
Temperaturas Fase superior: 105 ºC Fase meio: 90 ºC Fase inferior: 74 ºC
Causa Pressão insuficiente na zona de contacto
Acção Corrigir molas de pressão ou substituir pinças
Carga (Ampere) Fase superior: 45 Fase meio: 45 Fase inferior: 45
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
FICHA
Localização Ficha na saída para um motor
Temperaturas Ficha com 122 ºC
Contacto incorrecto no interior da ficha e intensidade de
Causa
serviço acima da nominal (em sobrecarga)
Acção Substituir esta ficha e aliviar cargas.
Carga Circuito com 45 Ampere. Intensidade nominal: 32 Ampere
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 18 ºC
FICHA
Localização Parte exterior de uma cela, na saída para um motor
Temperaturas Superfície exterior da cela com 94 ºC
Causa Maus contactos no interior desta cela
Acção Corrigir contactos no interior da cela
Carga (Ampere) Fase R: 42 Fase S: 42 Fase T: 42
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
Observações: Devido a encravamento, esta gaveta só pode ser examinada pela superfície exterior e,
na zona onde encaixam as fichas, foram medidos 94 ºC, o que significa que no interior desta gaveta as
temperaturas serão bem superiores.
FICHA
Localização Parte exterior de uma cela, na saída para um motor
Temperaturas Fase R: 29 ºC Fase S: 67 ºC Fase T: 29 ºC
Causa Ligação incorrecta na união do condutor com a ficha
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase R: 22 Fase S: 22 Fase T: 22
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
Observações: De salientar que os 67 ºC foram medidos na superfície exterior da manga de borracha
(protecção), pelo que a temperatura na ligação será com toda a certeza superior á registada.
FICHA
Localização Alimentação de um motor
Temperaturas Ficha com 51 ºC na superfície exterior
Causa Mau contacto nos pinos de união
Acção Corrigir pressão dos referidos pinos
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (2) Temperatura ambiente: 26 ºC
Caixa de Derivação
Caixa de Junções
GALERIA DE IMAGENS
Aparelhos que servem para a alimentação aos amperímetros, ou seja, para que se
possibilite a medição da intensidade de corrente que circula num determinado
circuito eléctrico.
Os Transformadores de Intensidade são montados/colocados em série nos
respectivos circuitos.
Pontos fracos:
• Ligações incorrectas;
• Terminais e ponteiras mal cravados;
• Bornes com defeito ou mal encaixados no corpo do transformador;
• Isolamento com defeito;
• Falhas internas.
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 42 ºC Fase S: 42 ºC Fase T: 61 ºC
Causa Borne com defeito
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente.
Carga (Ampere) Fase R: 20 Fase S: 20 Fase T: 20
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Fase L1: 93 ºC Fase L2: 38 ºC Fase L3: 38 ºC
Causa Terminal mal cravado e/ou borne com defeito
Limpar zona de contacto e apertar correctamente. Verificar
Acção
terminal.
Carga (Ampere) Fase R: 30 Fase S: 30 Fase T: 30
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 17 ºC
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE
Localização Quadro parcial de baixa tensão
Temperaturas Fase L1: 50 ºC Fase L2: 181 ºC Fase L3: 50 ºC
Causa Borne do TI com defeito
Acção Substituir TI
Carga (Ampere) Fase R: 34 Fase S: 34 Fase T: 34
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Fase R: 28 ºC Fase S: 28 ºC Fase T: 80 ºC
Causa Terminal mal cravado, no borne esquerdo
Acção Fazer nova ponta de cabo
Carga (Ampere) Fase R: 30 Fase S: 30 Fase T: 30
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
GALERIA DE IMAGENS
Corpo do TI da fase amarela com 55 ºC. Fases vermelha e verde com 39 ºC.
Verificar estado do TI. Três fases com a mesma intensidade de corrente.
10.12. Condensadores
São aparelhos que têm capacidade para armazenar energia eléctrica e são compostos
por duas armaduras metálicas separadas por um dieléctrico. São normalmente
utilizados no sentido de se melhorar a compensação do factor de potência numa
instalação eléctrica.
Pontos fracos:
• Defeitos internos;
• Desgaste;
• Ligações incorrectas;
• Encaixes incorrectos nas suas bases.
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores de média tensão
2º elemento do lado direito com 94 ºC. Restantes
Temperaturas
condensadores com aproximadamente 36 ºC
Causa Mau aperto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 15 ºC
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores de média tensão
Elemento do lado direito com 63 ºC. Restantes
Temperaturas
condensadores com aproximadamente 45 ºC
Causa Desgaste
Acção Substituir este elemento
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Escala de temperaturas saturada. Na imagem aparecem 50 ºC, quando na realidade foram
medidos 63 ºC no ponto mais quente do condensador.
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores
Temperaturas Elemento com 57 ºC. Referência com 36 ºC
Causa Falha interna
Acção Substituir este elemento
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores de baixa tensão
Elemento do lado esquerdo com 74 ºC. Restantes
Temperaturas
condensadores com aproximadamente 40 ºC
Causa Defeito na sua base
Acção Substituir este elemento
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Os pontos quentes que se vêm na parte superior dos condensadores, são resultantes da
existência de resistências no local.
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores de baixa tensão
Temperaturas Fase inferior – Elemento com 72 ºC. Referência com 42 ºC
Causa Defeito interno
Acção Substituir este elemento
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores de baixa tensão
Condensador com 56 ºC. Restantes condensadores com
Temperaturas
aproximadamente 37 ºC
Causa Defeito interno
Acção Substituir este elemento
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
CONDENSADOR
Localização Banco de condensadores de baixa tensão
Temperaturas Condensador superior esquerdo. Terminal com 105 ºC
Causa Terminal mal cravado
Acção Fazer nova ponta de cabo
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
GALERIA DE IMAGENS
São aparelhos que transformam os valores da tensão para vários níveis, por exemplo:
400 V / 230 V / 24 V e são utilizados principalmente em circuitos de iluminação, de
medida e de comandos.
Pontos fracos:
GALERIA DE IMAGENS
Borne geral de neutros com 115 ºC. Bornes das fases com 45 ºC.
Uma falha neste borne, pode ter implicações graves nos circuitos alimentados
por este transformador.
Pontos fracos:
• Ligações incorrectas;
• Terminais mal cravados;
• Desgaste/defeito dos equipamentos;
• Condições de funcionamento incorrectas;
• Outros.
A análise termográfica neste tipo de equipamentos requer muita experiência por parte
do inspector, pois irá deparar-se com diferentes valores de temperaturas em espaços
muito reduzidos, sendo necessária muita atenção e paciência na sua examinação.
Normalmente, só a partir de aproximadamente 90º C é que se deve fazer um estudo
mais em pormenor do equipamento em causa. Nas ligações, quaisquer pequenas
diferenças de temperaturas devem ser registadas para posterior correcção, o mesmo
se passando em situações de equipamentos idênticos e nas mesmas condições de
serviço, que apresentem temperaturas diferentes.
ELECTRÓNICA
Localização Amperímetro
Temperaturas Fase R: 34 ºC Fase S: 90 ºC Fase T: 34 ºC
Causa Borne superior com defeito
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase R: 20 Fase S: 20 Fase T: 20
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Controlador/analisador
Temperaturas 2º borne da direita com 56 ºC. Referência com 36 ºC
Causa Mau contacto no borne de ligação
Acção Verificar estado do borne e ligação
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (2) Temperatura ambiente: 22 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Aparelho multifunções
Temperaturas Ficha do lado direito com 75 ºC. Ficha esquerda com 31 ºC
Causa Mau contacto
Acção Verificar pinos de encaixe
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Aparelho indicador de nível (verso do indicador)
Aparelho do lado direito – Borne superior com 74 ºC e
Temperaturas
borne do meio com 79 ºC
Causa Mau contacto
Limpar zona de contacto e encaixar correctamente o
Acção
condutor. Verificar cravação dos terminais
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Armário de instrumentação e de comandos
Temperaturas Parafuso com 198 ºC
Causa Parafuso com defeito
Acção Substituir
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Armário de instrumentação
Temperaturas Corpo de condensador com 144 ºC
Causa Falha interna
Acção Substituir este componente
Carga (Ampere) Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 12 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Armário de instrumentação - Ponte rectificadora
Temperaturas Borne do lado esquerdo com 72 ºC. Borne direito com 42 ºC
Causa Mau contacto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 12 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Mesa de controlo de uma máquina de fabrico
Temperaturas Superfície exterior da malha de protecção com 102 ºC
Motor de um ventax em sobreaquecimento, provocava
Causa
este aquecimento na referida malha de protecção
Acção Substituir o referido motor por detrás da malha
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Resistência com 883 ºC
Causa Desgaste/condições de serviço
Acção Substituir esta resistência
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 25 ºC
Observações: Esta resistência encontrava-se ao “rubro”, devido às altíssimas temperaturas suportadas.
Foi feita uma avaliação das condições de serviço e este elemento foi substituído.
ELECTRÓNICA
Localização Quadro de comandos de central de ar condicionado
Temperaturas Relé com 67 ºC, na zona dos contactos do lado direito
Causa Pinos do relé com encaixe incorrecto na sua base
Acção Substituir relé e base
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
Observações: O electricista ao fazer pressão no relé para um melhor encaixe, originou a saída de serviço
desta central de ar condicionado. A correcção das anomalias deve ser feita, sempre que possível, em vazio.
ELECTRÓNICA
Localização THIRYSTOR
Temperaturas Condutor direito com 67 ºC. Condutor esquerdo com 44 ºC
Causa Borne de aperto com contacto incorrecto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Carta electrónica em quadro de comandos
Temperaturas Fusível do lado direito com 177 ºC na maxila inferior
Causa Mau contacto na base da maxila
Acção Substituir base e fusível. Verificar condições de serviço
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
ELECTRÓNICA
Localização Relé interface
Temperaturas Relé com 108 ºC. Restantes relés com 38 ºC
Causa Contacto inferior com defeito
Acção Substituir relé
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 23 ºC
GALERIA DE IMAGENS
Fonte de alimentação – Diodo com 124 ºC. Verificar terminal e zona de contacto.
Variador de frequência – Bornes de alimentação – Fase R com 90 ºC, Fases S e T com 50 ºC.
Limpar zona de contacto e apertar correctamente.
Pontos fracos:
• Ligações incorrectas;
• Defeitos internos;
• Cabos / Shunts com defeito;
• Outros.
BATERIAS C.C.
Localização Grupo de baterias C.C.
Temperaturas Base das baterias com 53 ºC
Causa Desgaste
Acção Substituir este grupo de baterias
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
BATERIAS C.C.
Localização Grupo de baterias C.C.
Temperaturas Shunt entre elementos com 44 ºC. Restantes shunts com 27 ºC
Causa Borne com defeito
Acção Substituir borne ou próprio elemento
Carga (Ampere) Intensidades de corrente muito fracas
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
BATERIAS C.C.
Localização Bateria em carga inicial, (durante fabrico)
Temperaturas 4º elemento da bateria com 52 ºC. Referência com 40 ºC
Causa Defeito interno
Acção Anular este elemento
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
BATERIAS C.C.
Localização Banco de baterias de C.C. durante ensaios de carga
Temperaturas Shunts com 69 ºC e 68 ºC. Restantes shunts com 23 ºC
Causa Shunts com defeito
Acção Substituir estes shunts
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
BATERIAS C.C.
Localização Banco de carga de baterias
Temperaturas Alicates de ligação com 102 ºC e 71 ºC. Referência com 45 ºC
Causa Mau contacto entre alicate e condutor
Acção Substituir alicates
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
São pontos que unem a massa de uma determinada estrutura à terra, com utilização
de um ou mais condutores para esse efeito, sendo assim estabelecido um contacto
entre esses pontos e, por conseguinte, garantida uma determinada diferença de
potencial entre os equipamentos em tensão e a referida massa da estrutura onde
estão localizados, funcionando também como protecção de pessoas e equipamentos.
Pontos fracos:
• Ligações defeituosas;
• Soldaduras incorrectas;
• Cabos eléctricos com problemas de isolamento e consequentes passagens à
massa;
• Eléctrodos de terras com valores de resistências elevados.
TERRAS
Localização Quadro geral de baixa tensão
Temperaturas Borne de terras com 85 ºC
Causa Cabo condutor com passagem à massa
Verificar resistências de isolamento da estrutura do
Acção
quadro e dos cabos condutores nele instalados
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 12 ºC
Observações: Este parafuso do borne de terras, deveria estar à mesma temperatura da estrutura metálica
do quadro (16 ºC), ou seja, apresenta um sobreaquecimento de 69 ºC.
TERRAS
Localização Barramento de terras de um posto de transformação
Temperaturas Borne de terras com 31 ºC
Causa Circuito de terras incorrecto. Ligação incorrecta
Verificar valores das resistências de terras de serviço
Acção e de protecção, deste posto de transformação. Apertar
correctamente
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 10 ºC
TERRAS
Localização Barramento de terras, em cela de um transformador
União de dois troços do barramento com 21ºC. Restantes
Temperaturas
uniões e barramento com 13 ºC
Causa Mau contacto na união entre os dois troços de barramento
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 12 ºC
TERRAS
Localização Borne de terras
Temperaturas Borne com 80 ºC
Causa Isolamento do cabo superior, na zona de contacto
Acção Corrigir posição do cabo e apertar correctamente
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 28 ºC
TERRAS
Localização Borne de terras em quadro de comandos de uma máquina
Temperaturas Borne com 63 ºC
Causa Contacto incorrecto no circuito borne/quadro/terra
Acção Verificar valores das terras e zona de ligação
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TERRAS
Barramento de terras em cela de transformador de
Localização
potência
Temperaturas Borne esquerdo com 52 ºC. Restantes bornes com 33 ºC
Causa Borne encontrava-se desapertado
Acção Corrigir aperto
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
TERRAS
Cabo de guarda (ou de terra) de poste de linha aérea de
Localização
muito alta tensão
Cabos condutores e pinças de amarração com 28ºC.
Temperaturas Ligador de cabo de guarda com 50 ºC. Restantes ligadores
de terras com 18 ºC
Causa Ligador mal apertado
Acção Verificar circuito de terras, incluindo ligadores
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 18 ºC
Observações: Uma diferença de temperatura tão significativa entre os condutores e este ligador de terras,
significa que este ponto deve ser intervencionado com a máxima brevidade.
10.17. Indução
Fenómeno que acontece, por exemplo, quando materiais metálicos (chapas, barras,
abraçadeiras, parafusos, bucins, etc.), se localizam entre fases num circuito eléctrico,
ou quando expostos a outros tipos de campos magnéticos, provocando-lhes um
aquecimento que pode atingir valores de temperaturas muito elevados e, se esses
materiais estiverem encostados aos cabos eléctricos, estes podem ver o seu isolamento
danificar-se. Aquando da inspecção termográfica, é normal o aparecimento destas
situações e, em função das temperaturas observadas serem ou não relevantes, o
inspector deverá proceder da maneira mais correcta, ou seja, avaliar se deve ou não
obter o registo térmico do equipamento. Tudo vai depender da temperatura obtida e
da proximidade dos cabos eléctricos e outros equipamentos.
INDUÇÃO
Cave de uma sala eléctrica – cabo de 6 000 V (estava
Localização
desligado)
Temperaturas Cabo condutor esquerdo com 30 ºC. Restantes com 21 ºC
Este cabo (desligado) encontrava-se apoiado na esteira
metálica e, no outro extremo, estava também desligado,
Causa pelo que este aquecimento se devia à indução a que estava
sujeito em todo o percurso, vindo a reflectir-se na sua ponta
metálica (terminal).
Acção Isolar pontas
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
Imagem térmica que mostra o ponto da esteira onde apoia o terminal do cabo de 6 000 V
INDUÇÃO
Caixa de saída de cabos de baixa tensão de um
Localização
transformador
Temperaturas Chapa metálica entre bucins das fases R e S e S e T com 102 ºC
Causa Problemas de indução
Substituir chapa metálica por outro material, ou fazer
Acção
rasgos na referida chapa
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
INDUÇÃO
Localização Passagem de cabos de baixa tensão para um piso inferior
Temperaturas Zona do bucim da fase S com 85 ºC. Restantes fases com 46 ºC
Indução provocada por bucim metálico. Restantes fases
Causa
sem passagem por interior de bucins
Acção Substituir este bucim por outro não metálico
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Aquecimento pode, com o decorrer do tempo, danificar o isolamento dos cabos.
INDUÇÃO
Chapa metálica entre fases R e S em quadro de baixa
Localização
tensão
Temperaturas Chapa metálica com 74 ºC
Causa Chapa localizada entre duas fases
Acção Envolver em material isolante ou fazer corte na chapa
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
Observações: Aquecimento pode com o decorrer do tempo, danificar o isolamento dos cabos condutores.
INDUÇÃO
Localização Abraçadeiras de suporte a cabos de baixa tensão
Temperaturas Barras metálicas de suporte aos cabos com 75 ºC
Indução provocada pelos cabos que são envolvidos pelas
Causa
respectivas abraçadeiras
Acção Colocar material isolante nas abraçadeiras
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
INDUÇÃO
Localização Viga em betão numa cave de uma sala eléctrica
Temperaturas Viga com 58 ºC na superfície exterior
Cabos de média tensão envolvem a viga em betão, onde
no seu interior, estão verguinhas metálicas, dando origem
Causa
a uma circulação de corrente, que provoca aquecimento na
própria viga.
Acção Afastar cabos de média tensão da referida viga
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
Observações: Na foto, os cabos de média tensão encontram-se sinalizados com setas de cor amarela.
GALERIA DE IMAGENS
Podem ser elevadores ou redutores, em função do lado onde é aplicada a tensão, isto
é, se a mesma for aplicada ao enrolamento com menor número de espiras, ele será
elevador, se a tensão for aplicada ao enrolamento com maior número de espiras ele
será redutor.
Pontos fracos:
Transformadores Secos
Pontos fracos:
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 60 KV/6 KV – Travessia de 6 KV
Temperaturas Fase esquerda: 58 ºC Fase meio: 58 ºC Fase direita: 164 ºC
Causa Mau contacto interior/exterior da travessia
Limpar zona de contacto e apertar correctamente. Verificar
Acção
estado interior da travessia
Na altura dos ensaios com 258 Ampere, podendo em
Carga
outros períodos do dia atingir os 350 Ampere
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 24 ºC
Observações: Quando da intervenção da equipa de manutenção, verificou-se que o ligador estava soldado
à travessia que vem do interior do transformador, devido às altas temperaturas suportadas.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 11 KV/60 KV – Travessia de 11 KV
Temperaturas Fase 0: 50 ºC Fase 4: 59 ºC Fase 8: 153 ºC
Causa Mau contacto
Desapertar ligador, limpar zona de contacto e apertar
Acção
correctamente.
Carga Serviço: 34 MW Nominal: 64 MW S/N (%): 53
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 13 ºC
Observações: Na imagem, é bem visível o parafuso que se apresenta mais quente.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 6 KV/30 KV (elevador)
Fase 1U: 90 ºC Fase 1V: 52 ºC Fase 1W: 52 ºC
Temperaturas
Fase 2U: 45 ºC Fase 2V: 45 ºC Fase 2W: 71 ºC
Causa Ligações incorrectas e terminais mal cravados
Limpar superfícies de contacto e apertar correctamente,
Acção
incluindo a verificação dos terminais
Carga Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 26 ºC
Observações: Mancha de óleo junto às travessias (seta azul) pode indiciar presença de anomalias no
interior do transformador.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 60 000 V/6 000 V – Travessia de 6 KV
Temperaturas Fase 2U: 65 ºC Fase 2V: 101 ºC Fase 2W: 100 ºC
Mau contacto entre travessia e ligador. Parafusos de
Causa
material diferente dos ligadores.
Acção Substituir parafusos e ligadores com uns de material igual
Carga (Ampere) Fase 2U: 170 Fase 2V: 170 Fase 2W: 170
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 18 ºC
Observações: Neste tipo de ligações, o material dos ligadores e dos parafusos devem ser idênticos,
sob o risco de se transformarem em bimetálicos, com fortes probabilidades do aparecimento de
sobreaquecimentos. Este transformador encontrava-se com poucas horas de serviço. Tinha sido instalado
no dia anterior.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 30 000 V/6 000 V – Travessia de 6 KV
Temperaturas Fase vermelha: 85 ºC Fase verde: 47 ºC Fase amarela: 47 ºC
Causa Mau contacto na cabeça da travessia
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 6000 V/400 V – Travessia de baixa tensão
Temperaturas Fase amarela: 50 ºC Fase verde: 90 ºC Fase vermelha: 49 ºC
Causa Mau contacto no interior da cuba
Acção Verificar ligações no interior da cuba do transformador
Carga (Ampere) Fase 2U: 180 Fase 2V: 180 Fase 2W: 180
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
Observações: Esta imagem mostra que os parafusos de aperto estão mais frios que o ligador, e o isolador
de travessia apresenta também aquecimento, o que indicia ligações incorrectas no seu interior.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador MT/BT – travessia de baixa tensão
Temperaturas Neutro: 68 ºC Fase 2U: 41 ºC Fase 2V: 40 ºC Fase 2W: 40 ºC
Causa Ligações incorrectas no interior da cuba
Acção Verificar ligações no interior da travessia e da cuba
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 17 ºC
Observações: O espigão que vem do interior do transformador apresenta-se com a mesma temperatura
das porcas de aperto na travessia, o que significa que a origem do sobreaquecimento vem de dentro para
fora do transformador. De salientar que este sobreaquecimento se localiza no neutro e não nas fases.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador MT/BT – travessia de baixa tensão
Temperaturas Fase amarela: 110 ºC Fase verde: 54 ºC Fase 2W: 49 ºC
Causa Mau contacto
Limpar zona de contacto e apertar correctamente. Verificar
Acção
estado da base que apresenta sobreaquecimento
Carga (Ampere) Fase R: 500 Fase S: 600 Fase T: 600 IN: 1800
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador 15 000 V/400 V – lado dos 400 V
Temperaturas Neutro: 34 ºC Fase 2U: 39 ºC Fase 2V: 87 ºC Fase 2W: 165 ºC
Causa Apertos incorrectos
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Fase 2U: 240 Fase 2V: 240 Fase 2W: 240 IN: 1000
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 10 ºC
Observações: Noutros períodos do dia, este transformador atinge os 350 Ampere, o que originará a subida
de temperatura nos ligadores.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador MT/BT - Terminal de BT
Temperaturas Fase 2U: 113 ºC Fase 2V: 50 ºC Fase 2W: 50 ºC
Causa Terminal mal cravado
Acção Fazer nova ponta de cabo
Carga (Ampere) Fase 2U: 180 Fase 2V: 180 Fase 2W: 180
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: Os ensaios decorreram com uma intensidade de corrente de serviço de 180 Ampere mas,
noutros períodos do dia, este transformador atinge no secundário valores de aproximadamente 300
Ampere, o que levará o cabo com defeito a temperaturas bem mais altas. Na imagem térmica é bem visível
o aquecimento no terminal.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Transformador MT/BT de um posto de transformação
Localização
aéreo
Temperaturas Cuba do transformador com 55 ºC na superfície exterior
Causa Falha interna
Acção Verificar interior da cuba do transformador
Carga Sem registo de intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 8 ºC
Observações: Se olharmos com atenção a imagem térmica, verificamos que a travessia de média tensão
do lado esquerdo se apresenta mais quente que as restantes, sendo que, a origem desse aquecimento é
no interior do transformador. Abaixo apresenta-se uma imagem térmica deste transformador, mas com
isotérmicas, que nos ajuda a compreender melhor a distribuição das temperaturas.
Mesma imagem térmica, com isotérmicas, que realçam o ponto mais quente,
assinalado com cor vermelha (ao lado direito dos bornes de baixa tensão).
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador MT/BT
Temperaturas Cuba com 96 ºC na superfície exterior
Causa A trabalhar com intensidades de corrente muito elevadas
Acção Aliviar cargas
Carga Transformador com 1200 Ampere
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 35 ºC
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador seco MT/BT - enrolamento
Temperaturas Fase U: 127 ºC Fase V: 50 ºC Fase W: 50 ºC
Falha no isolamento por cima do shunt da relação de
Causa
transformação
Acção Verificar o estado interno deste enrolamento
Carga (Ampere) Fase 2U: 250 Fase 2V: 250 Fase 2W: 280
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: De salientar que o ponto mais quente é na superfície exterior do enrolamento. Zona indicada,
com indícios de ter suportado temperaturas muito elevadas.
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Transformador seco MT/BT – barramento comum
Temperaturas Fase U: 25 ºC Fase V: 62 ºC Fase W: 25 ºC
Causa Mau aperto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 14 ºC
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Serpentinas de arrefecimento
Temperaturas Área assinalada com 48 ºC. Referência: 34 ºC
Causa Sujidade acumulada
Acção Limpar serpentinas
Carga Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 14 ºC
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Localização Serpentinas de refrigeração, lado 6 KV
Temperaturas Grupo identificado em foto com 21 ºC. Restantes com 37 ºC
Este grupo encontra-se provavelmente desligado do corpo
Causa
do transformador
Acção Verificar este circuito
Carga Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 12 ºC
GALERIA DE IMAGENS
O isolador de travessia apresenta-se mais quente que o ligador, o que significa que a
origem deste sobreaquecimento vem de dentro para fora do transformador.
Pela coloração que esta travessia apresenta, significa que já suportou temperaturas
muito altas, provavelmente noutras condições de serviço, ou seja, com cargas mais
altas, pelo que neste caso se recomenda uma intervenção muito rápida. Verificar
ligações no interior da cuba.
Locais onde ligam vários circuitos (entradas e saídas) e, geralmente, são em alumínio
ou cobre, sendo que a sua secção varia em função da carga a que vão ser sujeitos.
Podem ser em barras, cabos ou em tubos, localizados ao ar livre ou no interior de
salas eléctricas e, em alguns casos, encontram-se isolados a vácuo no interior de
tubagens para esse efeito.
Pontos fracos:
BARRAMENTO MT
Barramento de 10 000 V – no interior de conduta sob
Localização
vácuo, à saída de um grupo alternador
Temperaturas Superfície exterior da conduta com 111 ºC
Causa Uniões elásticas mal apertadas
Acção Apertar correctamente
Carga Barramento com 1100 Ampere
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
Observações: De salientar a distância entre o barramento e a superfície exterior da conduta, pelo que, a
temperatura na união elástica será com toda a certeza bem superior à registada.
BARRAMENTO MT
Localização Barramento de média tensão
Temperaturas Fase 0: 33 ºC Fase 4: 60 ºC Fase 8: 36 ºC
Causa Mau contacto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 18 ºC
BARRAMENTO MT
Localização Barramento de média tensão – ligador em forma T
Temperaturas Fase vermelha: 40 ºC Fase verde: 26 ºC Fase amarela: 27 ºC
Causa Mau contacto/aperto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (2) Temperatura ambiente: 21 ºC
BARRAMENTO MT
Localização Barramento de média tensão – ligador em forma T
Temperaturas Fase vermelha: 37 ºC Fase verde: 28 ºC Fase amarela: 29 ºC
Causa Mau contacto/aperto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Impossibilidade de medição da intensidade de corrente
Grau intervenção (2) Temperatura ambiente: 22 ºC
BARRAMENTO MT
Localização Barramento de média tensão
Temperaturas Uniões no barramento com 200 ºC e 209 ºC
Causa Mau aperto/contacto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 28 ºC
Observações: Uniões com indícios de terem suportado temperaturas muito altas.
Pontos fracos:
• Ligações incorrectas;
• Contactos no interior das câmaras de corte com defeito;
• Contactos visíveis incorrectos;
• Perda do meio isolante no interior das câmaras de corte;
• Isolamento das câmaras de corte com defeito;
• Isolamento das hastes de manobra com defeito.
Este tipo de equipamento é de fácil análise, devendo a atenção do inspector recair sobre
os pontos de ligação e câmaras de corte, onde as temperaturas devem ser uniformes.
A sua temperatura não deve exceder muito a temperatura ambiente do local onde
estão instalados, excepto em circuitos de média tensão que apresentem intensidades
de corrente muito elevadas. Nestes casos, temos sempre outros equipamentos como
referência, por exemplo, os barramentos que neles ligam.
Pontos fracos:
Imagens térmicas obtidas com teleobjectiva, que realçam a zona mais quente que origina este
sobreaquecimento. Termogramas com escalas de cor diferentes.
GALERIA DE IMAGENS
Como os de baixa tensão, servem para proteger os circuitos onde estão instalados,
contra curto circuitos e sobrecargas, sendo compostos por um corpo, no interior do
qual está um filamento que vai fundir a partir do momento que a intensidade de
corrente nominal seja ultrapassada durante um certo período de tempo e por dois
contactos, um superior e outro inferior.
Pontos fracos:
• Falhas internas;
• Contactos (maxilas) com defeito;
• Subdimensionados em relação à intensidade de corrente que os percorrem
São de fácil análise e, como normalmente temos três elementos como comparação,
uma ou duas fases servem como referência. As temperaturas de funcionamento têm
a ver com a intensidade de corrente que por eles circula, mas, diferenças superiores
a 20 ºC entre a temperatura do fusível e a ambiente deverão ser registadas para
posterior análise.
Transformador de Intensidade
Pontos fracos:
A sua temperatura não deverá exceder muito a ambiente do local onde estão
instalados, excepto em situações de intensidades de corrente muito elevadas. Nestes
casos, diferenças de temperaturas entre o TI e a ambiente, acima dos 20 ºC, deverão
ser registadas e esse TI ser vigiado. É muito importante conhecermos a intensidade de
corrente de serviço na altura da inspecção e a sua intensidade nominal. Se a intensidade
de serviço for baixa em relação à nominal, qualquer pequeno sobreaquecimento deve
ser devidamente registado e analisado.
Transformador de Tensão
Pontos fracos:
A sua temperatura exterior deverá ser muito próxima à do ambiente do local onde
estão instalados.
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE - MT
Localização Posto de transformação
Temperaturas Fase amarela: 34 ºC Fase verde: - Fase vermelha: 58 ºC
Causa Aperto incorrecto
Acção Limpar zona de contacto e apertar correctamente
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE - AT
Localização Painel de uma subestação – 60 KV
Temperaturas Fase 8: 20 ºC Fase 0: 22 ºC Fase 4: 75 ºC
Causa Apertos incorrectos e provável falha interna
Acção Verificar shunt da relação de transformação
Carga (Ampere) Intensidade Serviço: 220 Intensidade Nominal: 400
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 10 ºC
Observações: Se as ligações estiverem correctas, a origem do aquecimento será com toda a certeza no
interior do TI. Quando da intervenção da manutenção, verificou-se a segunda hipótese
TRANSFORMADOR DE INTENSIDADE - AT
Localização Painel de uma subestação – 60 KV
Temperaturas Fase 0: 36 ºC Fase 4: 19 ºC Fase 8: 19 ºC
Causa Maus apertos
Limpar zonas de contacto e apertar correctamente, incluindo
Acção
os shunts da relação de transformação na cabeça do TI
Carga (Ampere) Intensidade Serviço: 120 Intensidade Nominal: 400
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 15 ºC
TRANSFORMADOR DE TENSÃO - MT
Localização Painel de uma subestação
Temperaturas Fase direita: 35 ºC Referência: 26 ºC
Causa Falha no isolamento
Acção Verificar isolamento na base deste pólo
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 10 ºC
TRANSFORMADOR DE TENSÃO - MT
Localização Cela de média tensão
Temperaturas Fase amarela: 36 ºC Fase verde: 29 ºC Fase vermelha: 29 ºC
Causa Isolamento com defeito
Acção Beneficiar isolamento
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 21 ºC
Observações: Bem audível o som de crepitação vindo deste TT.
TRANSFORMADOR DE TENSÃO - AT
Localização Painel de uma subestação – 60 KV
Temperaturas Fase 0: 25 ºC Fase 4: 23 ºC Fase 8: 23 ºC
Causa Falha interna
Acção Substituir este TT
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 21 ºC
Observações: As três fases deveriam apresentar a mesma temperatura.
Servem para unir os cabos condutores aos equipamentos respectivos, com a devida
separação das três fases, por exemplo, a seccionadores, disjuntores, transformadores,
linhas aéreas, etc. Normalmente, as suas pontas podem ser isoladas a óleo ou a seco.
Pontos fracos:
• Ligações incorrectas;
• Terminais mal cravados ou de secção diferente do cabo;
• Tranças de terra mal ligadas ou soldadas;
• Isolamento com defeito;
• Pontas executadas incorrectamente.
GALERIA DE IMAGENS
Serve para isolar os equipamentos que conduzem a corrente eléctrica da massa das
estruturas onde se encontram.
Pontos fracos:
• Defeitos internos;
• Montagem incorrecta, de valor de tensão inferior ao que deveria ter;
• Encaixes de fixação incorrectos;
• Sujidade excessiva.
GALERIA DE IMAGENS
Normalmente, existem três pára-raios, um para cada fase que, como sabemos, em
termos de comparação e de referência é uma boa ajuda, mas devemos ter em atenção
que os três pára-raios podem-se apresentar com defeito.
DESCARREGADOR DE SOBRETENSÕES
Localização 30 000 V - Painel de um transformador
Temperaturas Fase amarela: 54 ºC Fase verde: 27 ºC Fase vermelha: 27 ºC
Causa Falha interna
Acção Substituir este elemento
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 25 ºC
DESCARREGADOR DE SOBRETENSÕES
Localização Interior de um posto de transformação
Temperaturas Fase amarela: 18 ºC Fase verde: 24 ºC Fase vermelha: 18 ºC
Causa Falha interna
Acção Substituir estes elementos
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 12 ºC
Observações: De salientar que os descarregadores de sobre tensões das outras fases também apresentam
algum aquecimento, pelo que se recomenda a substituição dos três elementos.
DESCARREGADOR DE SOBRETENSÕES
Localização Quadro da baixa tensão
Temperaturas Descarregador de sobre tensões (de baixa tensão) com 82 ºC
Causa Desgaste
Acção Substituir este aparelho
Carga (Ampere) Sem registo
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 25 ºC
Pontos fracos:
Como foi referido noutro capítulo, quando no exterior, o sol origina muitos
reflexos nos equipamentos observados e, quanto menor for a emissividade desses
equipamentos, maiores as probabilidades do seu aparecimento. Em caso de dúvida,
basta movermo-nos em redor daquilo que estamos a examinar, se for um ponto com
sobreaquecimento ele aparecerá sempre, se for um reflexo, ele irá desaparecer.
10.27.1. Apoio de 60 000 V - Pinça de suspensão partida num dos lados, falta um dos suportes.
Situação que recomenda uma intervenção urgente
10.27.2. Mesmo Apoio, em que se vê de um outro ângulo, a pinça de suspensão partida.
10.27.3. 60 000 V – Cadeia de isoladores do cabo 3 com dois elementos completamente partidos.
10.27.4. Apoio de Linha Aérea 60 000 V - Isolador inferior completamente partido,
provavelmente devido a descarga atmosférica.
10.27.5. Linha aérea MT - Isolador rígido completamente solto do seu apoio e um outro partido.
10.27.6. Poste metálico de média tensão - Base do apoio muito torcida.
10.27.7. Linha aérea de média tensão - Isoladores muito partidos, em cadeia de amarração.
10.27.8. Isolador de um seccionador completamente partido.
10.27.9. Linha aérea de média tensão - Cabo condutor com vários cortes. Em mau estado.
10.27.10. Linha aérea de média tensão - Cabo condutor com vários cortes.
GALERIA DE IMAGENS
Pontos fracos:
A sua inspecção é efectuada com auxílio de viatura todo o terreno, desde a saída do
quadro geral de baixa tensão no posto de transformação, aos postes desse circuito,
incluindo as derivações para os respectivos clientes, sejam habitações, pequenas
indústrias ou armários de distribuição.
Estas inspecções são muito importantes, pois muitas vezes são os próprios ligadores
e uniões de condutores neutros que apresentam sobreaquecimento, o que em caso de
ruptura, em vez dos 230 Volt, seriam 400 Volt a chegarem ao consumidor, com todas
as consequências daí resultantes. As temperaturas nos cabos condutores e ligadores
não deverão exceder muito a ambiente.
Em simultâneo com a inspecção de termografia é efectuada uma ronda/vistoria em
que são observados o estado dos postes, isoladores, cabos condutores, e distância a
árvores e outros obstáculos.
10.28. Motores
Pontos fracos:
Os motores devem ser examinados dos mais variados ângulos, no sentido de todos os
seus componentes visíveis serem vistoriados. Normalmente, a carcaça exterior aquece
um pouco mais que o restante corpo do motor. Temperaturas de aproximadamente
30 ºC acima da ambiente devem ser registadas e devidamente analisadas.
MOTOR
Temperaturas Carcaça exterior com 130 ºC
Funcionamento na vertical e desgaste, provocam
Causa
aquecimento excessivo neste motor
Acção Verificar estado do enrolamento
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 34 ºC
MOTOR
Temperaturas Motor com 103 ºC, na zona do rolamento
Causa Rolamento com defeito
Acção Substituir este rolamento
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
MOTOR
Temperaturas Polie com 116 ºC
Causa Desgaste/desalinhada. Correias largas
Acção Substituir esta polie
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
MOTOR
Temperaturas Suporte de escova com 116 ºC. Referência com 52 ºC
Causa Mau aperto no parafuso
Acção Apertar correctamente. Substituir fiéis da escova
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 24 ºC
MOTOR
Temperaturas Polie com 112 ºC; correias com 125 ºC
Causa Desgaste
Acção Substituir estes elementos
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 32 ºC
MOTOR
Temperaturas Área assinalada em foto com 110 ºC
Causa Fricção entre correias e apoio metálico
Acção Corrigir posição das correias e do apoio
Grau intervenção (4) Temperatura ambiente: 22 ºC
MOTOR
Temperaturas Chapa de protecção às correias com 74 ºC
Causa Fricção das correias com a chapa
Acção Corrigir posição da chapa de protecção
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 21 ºC
MOTOR
Temperaturas Acoplamento com 70 ºC. Referência com 55 ºC
Causa Encaixe/alinhamento incorrecto
Acção Corrigir posições
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 25 ºC
MOTOR
Temperaturas Veio do motor/bomba com 100 ºC
Causa Rolamento com defeito
Acção Substituir rolamento
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 15 ºC
MOTOR
Temperaturas 1ª Chumaceira com 89 ºC. 2ª Chumaceira com 56 ºC
Causa Lubrificação insuficiente
Acção Beneficiar lubrificação
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 12 ºC
Motor
Motor
Equipamento mecânico
Tem como finalidade o isolar as paredes interiores das paredes exteriores, do calor
que circula em vários equipamentos, no sentido de as altas temperaturas existentes
no seu interior não se propagarem para as paredes exteriores, tendo em consideração
não só as perdas de energia, como a própria segurança das pessoas e equipamentos.
Falamos em altas temperaturas, mas o isolamento térmico pode também ser avaliado
em equipamentos de matérias com temperaturas negativas.
Cimento refractário e lã de vidro são os dois materiais mais usados nas paredes com
isolamento térmico e a termografia permite localizar eventuais áreas em que ele se
encontre desgastado.
As temperaturas observadas nas superfícies exteriores têm uma relação directa com
o que se passa no seu interior, havendo sempre outras áreas para comparação.
• Fornos;
• Caldeiras;
• Chaminés;
• Tanques de armazenamento dos mais variados tipos de matérias-primas;
• Condutas de vapor, fluidos e de gases;
• Dispositivos de frio, por exemplo, camiões frigoríficos;
• Moradias e edifícios - Outras aplicações.
MORADIA
Áreas identificadas em foto com temperaturas entre 18 ºC
Temperaturas
e 22 ºC
Causa Isolamento incorrecto permite infiltração de humidade
Acção Corrigir isolamento
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 20 ºC
MORADIA
Áreas identificadas em foto com temperaturas entre 19 ºC
Temperaturas
e 26 ºC
Causa Isolamento incorrecto permite infiltração de humidade
Acção Corrigir isolamento
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 22 ºC
MORADIA
Temperaturas Área assinalada com 18 ºC. Referência com 21 ºC
Causa Falha no isolamento
Acção Corrigir isolamento
Grau intervenção (3) Temperatura ambiente: 19 ºC
Imagem térmica de um elefante
Imagem térmica de um rinoceronte
À esquerda, cão com cara de poucos amigos. À direita, dois cavalos a conversarem entre si.
Imagens térmicas de uma mão, que deixou algum do seu calor numa parede,
após contacto de alguns segundos.
Imagem térmica de dois pés (nus) que deixaram algum do seu calor num mosaico do chão
onde apoiavam. Na foto à direita, as setas vermelhas assinalam o local onde se encontravam.
Naturalmente que o calor lá deixado não é visível à vista desarmada.
À esquerda, imagem térmica de dois chinelos a frio, ou seja, antes de serem calçados.
À direita, os mesmos chinelos após uso dos pés durante dois minutos.
Mão esquerda com ponta do dedo mindinho um pouco mais quente que os restantes,
talvez devido ao tempo considerável passado em consola de jogos, sendo o dedo mais utilizado.
Imagens térmicas obtidas uns bons 10 minutos após o final do “jogo”.
Ferro de engomar com 327 ºC. À direita, imagem térmica com isotérmicas,
em que a cor vermelha corresponde à área mais quente.
Calor deixado numa parede por ambas as mãos de uma criança após contacto de alguns segundos.
Sem dúvidas que se trata de um “esquerdino”, pois a mão esquerda
deixou uma mancha um pouco mais quente que a direita,
tendo sido aplicada a mesma pressão em ambas as mãos.
Imagem térmica e respectiva foto de uma cadeira, sem ter sido usada há algumas horas,
ou seja, à temperatura ambiente.
Após 3 minutos de uso, na imagem térmica é bem visível o rasto de calor lá deixado,
sendo perceptível o tronco, pernas e ambas as mãos.
À esquerda, imagem térmica de um copo de água com gelo e, à direita, o mesmo copo,
agora visto de cima, sendo bem visíveis as “pedras” de gelo (4) que apresentam
temperatura abaixo dos 0 ºC.
Imagens térmicas de cigarro, que apresenta temperatura acima dos 400 ºC.
GLOSSÁRIO
Absorção – Quantidade de radiação absorvida por um objecto, em relação à radiação
total recebida. Representada por um algarismo entre 0 e 1.
Ambiente – Objectos e gases que emitem radiações para o objecto a ser medido.
Cabo condutor – Tem como finalidade a condução da corrente eléctrica, pois oferece
pouca resistência à sua passagem, sendo normalmente em alumínio, cobre ou em
ligas próprias.
Cabo de guarda – Cabo de guarda (ou de terra), serve para proteger as linhas aéreas
de transporte e distribuição de energia eléctrica contra sobretensões, por exemplo
descargas atmosféricas e está fixado e ligado aos postes onde apoiam as referidas
linhas.
− Centrais térmicas (com utilização de carvão, gasóleo, gás natural, fuel oil, etc);
− Centrais geotérmicas (aproveitamento dos gases libertados pelo solo,
nomeadamente em locais de origem vulcânica);
− Centrais hídricas (aproveitamento da água de rios, armazenada em albufeiras
de barragens, ou aproveitando toda a água que passa numa barragem,
normalmente chamadas de fio de água);
− Centrais eólicas (aproveitamento da acção do vento = energia limpa e mais
barata);
− Centrais nucleares
− Centrais que aproveitam a força das ondas dos oceanos e de mares;
− Centrais com aproveitamento da energia solar; outras.
Condução – Processo que faz com que o calor se espalhe num determinado material.
Cor de saturação – As áreas que contêm temperaturas fora das definições de nível/
campo são coloridas com cores de saturação. As cores de saturação incluem uma cor
para o “excesso” e uma cor para a “capacidade excedida inferiormente”.
Corpo cinzento – Objecto que emite uma fracção fixa da quantidade de energia de
um corpo negro para cada comprimento de onda.
Corpo negro – Um corpo negro define-se como um objecto capaz de absorver toda
a radiação que sobre ele incide, seja a que comprimento de onda for. È um objecto
totalmente não reflector. Toda a sua radiação é devida à sua própria temperatura.
Sabendo-se que, para qualquer material, a emissividade espectral é equivalente à
absorção espectral (lei de Kirchhoff) um corpo negro pode também ser considerado
um emissor perfeito. Em termos de radiação térmica, pode-se concluir que nenhuma
superfície emite mais radiação infravermelha que o corpo negro à mesma temperatura.
Faixa – Local (percurso) onde passa uma linha aérea de transporte ou distribuição
de energia eléctrica e, em função do seu nível de tensão, deverá ser garantida uma
distância mínima de segurança a árvores, casas, a outras linhas aéreas, rios, pontes, etc.
Flecha – Distância mínima que não deve ser ultrapassada, entre o cabo condutor e o
solo ou outros obstáculos, num determinado vão de uma linha aérea.
FOV – Campo de visão (Field of view): consiste no ângulo horizontal que pode ser
visto através de uma lente de infravermelhos.
FPA – Matriz de plano focal (Focal plane array): tipo de detector de infravermelhos.
Isotérmica – Linha que une pontos com igual emissão de radiação de infravermelhos.
Se esses pontos tiverem igual emissividade, significa que têm a mesma temperatura.
É uma função que realça as partes da imagem que estão acima, abaixo ou entre um
ou mais intervalos de temperatura.
Quando da análise e interpretação de uma imagem térmica, a função isotérmica,
existente na maior parte dos sistemas de termografia, é a que garante uma melhor e
mais precisa localização do ponto ou zona mais quente ou mais fria dessa imagem.
Ligador – Acessório que une dois ou mais cabos condutores. Normalmente chamados
de paralelos ou bico de pato (TET – trabalhos em tensão).
Ohm (Lei de Ohm) – A diferença de potencial (V) entre dois pontos de um condutor,
é proporcional à corrente eléctrica.
Óptica externa – Lentes extra, filtros, ecrã térmico, etc., que podem ser colocados
entre a câmara e o objecto a ser medido.
Pinça de amarração (linhas aéreas) – componente que une dois troços de cabo
condutor e, que podem ser de compressão (um dos lados é comprimido e o outro
aparafusado) ou de passagem (o cabo entra e sai da pinça sem ser cortado, ou seja a
pinça faz de suporte)
Pinça de suspensão (linhas aéreas) – O cabo condutor entra e sai da pinça sem ser
cortado. Estas pinças servem apenas de apoio ao cabo condutor.
Ponto anormalmente quente – Elemento que tem uma temperatura superior à que,
pelas condições ambientais e de serviço, deveria ter.
Ponto nulo – Elemento detectado com sobreaquecimento mas que, ao ser reparado,
não demonstra haver razão para tal, devido ao facto de não se ter verificado nenhum
dano nem a sua possível origem. No entanto, diz-nos a experiência que, em situações
de pequenas diferenças de temperaturas, uma simples limpeza das superfícies de
contacto, ou um desligar seguido de ligar desse aparelho resulta na resolução do
problema anteriormente detectado com o sistema de termografia
Quadro geral de baixa tensão (Q.G.BT) – Local de onde saem as alimentações para
todos os circuitos dessa área e para os quadros parciais, sendo também alimentado
por um outro circuito, por exemplo, por um transformador de potência.
Quadro parcial de baixa tensão – Local de onde saem as alimentações para circuitos
pontuais.
Subestação – Destina-se a elevar o valor da tensão (da electricidade) que vem dos
centros de produção, para ser transportada em alta tensão até as zonas de consumo
e/ou baixar esse nível para poder ser distribuída em média tensão. Basicamente, é
composta pelos pórticos onde chegam e saem as linhas aéreas, pelos transformadores
Terminal – Terminal e/ou ponteira – acessório onde liga a ponta de um cabo condutor
e normalmente utilizado quando em presença de cabos multifilares.