O Ensino de Lógica de Programação como Ferramenta de Metodologia Ativa de
Aprendizagem
Manoel Pereira de Lima Filho (Aluno), Professor Orientador2 Aldameres Cavalcanti da Mota ,
Professora/Tutora3Ana Clara C. Miranda.
UFRPE
Introdução
A mudança dos modelos educacionais tradicionais
para modelos mais ativos de aprendizagem busca
tirar o foco da aprendizagem no professor,
aprendizagem passiva, e protagoniza o aluno,
aprendizagem ativa, tornando-o colaborador do seu
aprendizado. Leite (2018), afirma que o perfil do
professor vem mudando, deixando de ser o
“transmissor do saber”, tornando-se um facilitador
e mediador do conhecimento. Não só o professor
muda, mas as tecnologias estão mudando, estão
presentes na educação e sempre estiveram.
Tecnologias são novidades inerentes ao tempo e ao
conhecimento científico do homem naquele
período. O livro é uma tecnologia, o e-book é outra
tecnologia e possuem a mesma finalidade. Não se
pode afirmar que toda forma de ensinar deva se
basear em tecnologias. Bates (2017, p. 245) alerta
para uma mudança de paradigmas, pois uma
tecnologia pode não substituir outra:
Pode-se perceber que a educação adotou e adaptou a
tecnologia por um longo período de tempo. Há
algumas lições úteis a serem aprendidas com o pas-
sado da evolução do uso da tecnologia para a
educação, em particular que muitas reivindicações
feitas para uma tecnologia emergente recente podem
nem serem verdadeiras, nem novidades. Além disso,
uma nova tecnologia raramente substitui por
completo uma tecnologia mais antiga. (BATES,
2017,p.245).
Utilizar jogos digitais ensinando lógica de
programação seria acrescentar mais uma ferramenta
ao universo de possibilidades para que alunos, pais
e professores possam aprender e desenvolver seus
potenciais num mundo que se transformar numa
grande velocidade em virtude do uso intenso de
tecnologias digitais.
O próprio aluno mudou, são os nativos digitais que
estão acostumados a receber informações mais
rapidamente do que seus professores conseguem
transmitir. Preferem o visual antes do textual, são
multitarefas, multimídia, preferem aprender na
prática que aprender por manuais (MATTAR,
2010).
Graduando do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação – UAEADTec, Universidade Federal Rural de Pernambuco; Polo
Surubim; E-mail:manoeltito@hotmail.com.
2
Professora do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação – UAEADTec; Universidade Federal Rural de Pernambuco; E-mail:
(inserir o e-mail do segundo autor).
3
Professora/Tutora do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação – UAEADTec, Universidade Federal Rural de Pernambuco; E-mail:
(inserir o e-mail do terceiro autor).
Os jogos digitais são atraentes para os nativos
digitais pois reúnem os aspectos visual, sonoro e
verbal de linguagem (Mattar, 2010).
Segundo Prensky, “as crianças jogam games
porque estão aprendendo, e adoram aprender
quando o aprendizado não é forçado”.
(PRENSKY)
Entender como nossos alunos aprendem é repensar
a sala de aula, é adequar à educação para que os
alunos possam aprender e se engajarem.
Surge, na tentativa de trazer novas potencialidades,
as metodologias de aprendizagem ativa como sala
de aula invertida, aprendizagem baseadas em
projeto, jogos na educação, e outras.
A aprendizagem ativa é a oposição da atividade
passiva, onde na primeira, o aluno resolve
problemas e desenvolve projetos, assim pode-se
criar oportunidade para a construção do
conhecimento e na segunda o aluno será um
“receptor” de informações, tendo o professor como
“transmissor”. (LEITE, 2018).
O uso de tecnologias pode ser uma alternativa, uma
estratégia para aprendizagem, usar jogos,
programar jogos, usar e-book, animações e diversas
mídias podem colaborar com a educação do século
XXI para o aluno do século XXI.
A proposta do trabalho a ser desenvolvido é
alinhar o uso de um modelo ou modelos de
aprendizagem ativa ao uso de tecnologias como
ferramenta educacional, é o que Leite (2018) define
como Aprendizagem Tecnológica Ativa:
A aprendizagem tecnológica ativa (ATA) é um
modelo explicativo sobre como ocorre a incorporação
das tecnologias digitais às metodologias ativas no
processo de ensino e aprendizagem visando melhorar
a performance do aluno, que assume o protagonismo
de sua aprendizagem, com autonomia e
comprometimento.(LEITE, 2018,p.)
As tecnologias digitais exercem certo encanto nos
jovens, não temos como negar isso, pois mesmo
alguns adultos de hoje tiveram desejos em obter
computadores e consoles de jogos em determinado
 Figura 1 –
momento. Levy (1998, p.34) já confirmava nossa
paixão por novidades tecnológicas afirmando que:
“da mesma forma que ficamos apaixonados por
uma moto, um carro ou uma casa, ficamos
apaixonados por um computador, um programa ou
uma linguagem de programação”. Considerando
essa afirmação podemos dizer que, mais de quinze
anos depois o fascínio atual está pelos aparelhos
móveis como tablets e Smartphones, uma realidade
Elaboração do próprio autor – (gerado no sistema Scielo)
que democratizou o acesso à internet e seus
conteúdos.

Material e Métodos Referências

Nas primeiras fases do trabalho será realizada uma
pesquisa exploratória sobre o uso de jogos no
ambiente educacional e ensino de lógica de
programação e metodologias ativas, além de um
levantamento e análise de publicações de artigos
mais recentes sobre os temas jogos, educação,
metodologias ativas e narrativas de jogos digitais,
tendo como fonte a plataforma Scientific Electronic
Library Online (SciELO).
O Scientific Electronic Library Online - SciELO é
um banco de dados bibliográfico, biblioteca digital
e modelo cooperativo de publicação digital de
periódicos científicos brasileiros de acesso aberto
com o objetivo de aumentar a sua visibilidade,
acessibilidade, qualidade, uso e impacto.
Será uma pesquisa bibliográfica por se basear em
fontes disponíveis, como documentos impressos,
artigos científicos, livros, teses, dissertações.
LAKATOS, MARCONI (2018).
A metodologia é exploratória por utilizar um
levantamento bibliográfico como método de coleta
e será descritiva pois serão estabelecidas relações
entre variáveis.
Resultados e Discussões
Tendo a amostra sido realizada utilizando a string
“metodologia ativas de aprendizagem” com
critérios “apenas artigos”, e filtro de período com
base nos últimos três anos, de 2015 a 2017” e no
“idioma em, português ”. Após esses critérios,
foram encontrados 22 artigos, sendo essa a amostra
da presente pesquisa.
A partir da análise dos artigos, buscou-se
identificar, por meio de uma análise da bibliografia,
a quantidade de artigos publicados por ano, e como
se pode verificar na figura 1, o ano de 2016
concentra a maior produção de artigos sobre
metodologias ativas de aprendizagem e uma
considerada redução de produção em 2017.
BATES, A. W. (Tony). Educar na Era
Digital: design, ensino e aprendizagem. São Paulo:
Artesanato Educacional, 2017. 607 p. (Tecnologia
Educacional, n 8). Tradução de João Mattar et al.
Disponível em:
<http://abed.org.br/arquivos/Educar_na_Era_Digita
l.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de
pesquisa. 2. ed. SP: Atlas, 1991.
LAKATOS, Eva e Marconi, Marina. Metodologia
do Trabalho Científico. 8. ed. SP: Atlas, 2018.
LEITE, Bruno Silva. Aprendizagem Tecnológica
Ativa. Disponível em:
<https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ri
esup/article/view/8652160>. Acesso em: 05 out.
2018.
LEVY, Pierry. As Tecnologias da Inteligência. O
Futuro do Pensamento na Era da Informática.
Tradução de Carlos Irineu da Costa. Disponível em:
<https://wp.ufpel.edu.br/franciscovargas/files/2015/
03/LEVY-Pierre-1998-Tecnologias-da-
Intelig%C3%AAncia.pdf> Acesso em: 10 set.
2018.
MATTAR, João. Games em Educação. Como os
Nativos Aprendem. SP: Person Prentice Hall, 2010.
Scratch . Disponível em<:https://scratch.mit.edu/>
Acesso em 30 nov. 2018
Agradecimentos
Agradeço aos meus pais e aos meus primeiros
professores por me ensinarem, antes de tudo,
valores.