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CADERNO PENAL IV – Profa.

Thais Bandeira

Crimes contra a Administração Pública


1. Espécies
1.1. Relevância
2. Progressão de Regime
3. Crimes Funcionais
3.1. Extraterritorialidade
3.2. Classificação
3.3. Conceito de Funcionário público

Divisão dos Crimes praticados contra a Administração Pública


1. Crimes praticados por funcionários públicos
2. Crimes praticados por particulares
3. Crimes praticados contra a administração pública estrangeira
4. Crimes contra a administração da justiça
5. Crimes contra as finanças públicas

Progressão de Regime – Regra Geral


- Requisito temporal: cumprimento de 1/6 da pena*
* Nos crimes hediondos, 2/5 ou 3/5, se reincidente
- requisito subjetivo: bom comportamento carcerário

Regra específica para os crimes cometidos contra a administração pública:


Além dos requisitos da regra geral, deve haver a reparação do dano ou devolução do produto
do ilícito praticado + acréscimos legais (Art. 33, § 4º, CP)

E quando a reparação é impossível de ser realizada?


- O CP não contém previsão neste sentido
- Seria esta omissão inconstitucional? Seria ferir a individualização da pena?

Hipótese de extraterritorialidade
Art. 7º, I, c), CP: Ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes
cometidos contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
Esta hipótese é de extraterritorialidade incondicionada.
* A pena cumprida no exterior é computada no cumprimento da pena cominada no Brasil (Art.
8, CP)

Classificação dos crimes funcionais:


a) Funcionais próprios: São aqueles crimes em que, perdida a característica funcional, a
conduta resta completamente atípica, pois o crime só ocorre no âmbito do
funcionalismo público. Assim, caso a mesma conduta seja praticada por particular,
será considerada absolutamente atípica.
b) Funcionais impróprios: São os crimes em que, perdida a característica funcional, existe
outro tipo penal que descreve conduta similar praticada por um particular. Ou seja,
nestes casos, se a conduta tipicamente descrita em crime contra a administração
pública for praticada por um particular, haverá apenas tipicidade relativa, pois a
mesma ainda poderá ser subsumida à hipótese de incidência de um crime comum.

Conceito de funcionário público para o direito penal: Art. 327, CP, Norma explicativa.
“Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou
sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública. Equipara-se a funcionário público
quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica
da Administração Pública”.
* este conceito só é aplicável aos crimes praticados por funcionário público. Interpretação
topográfica da norma.

Nos crimes cometidos por particular contra funcionário público, aplica-se a este conceito sua
significação mais restritiva.

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1. Conceito de funcionário Público


1.1. Aplicação
1.2. Concurso de pessoas

Peculato
1. Espécies
2. Peculato apropriação e desvio
2.1. Núcleos do tipo
2.2. Elementar
2.3. Natureza do Bem
2.4. Peculato-uso?
3. Peculato-furto
3.1. Núcleos do tipo
3.2. Ausência de posse e/ou facilidade
3.3. Presença de “extraneous”
4. Peculato culposo
4.1. Traço distintivo
4.2. Reparação do dano
- Próprio agente?
- Peculato doloso?

Art. 327, CP: Conceito de funcionário público. “Agente Público” no direito administrativo.
(“ainda que transitoriamente ou sem remuneração”)

1. Contratações temporárias são consideradas para efeitos penais.


2. O sujeito contratado para prestar serviço pontual para a administração pública
também é considerado funcionário público.
3. Estagiários se enquadram neste conceito de funcionário público.
4. Mesários, durante eleições, também são considerados funcionários públicos, jurados
também são “múnus” público (encargo público).
5. Defensores dativos se enquadram no conceito de funcionário público para efeitos
penais.
6. Defensor “ad hoc” também.

§1º, 327, CP. Norma de equiparação.

Considera-se funcionário público quem exerce cargo, emprego em entidade paraestatal e


aquele que trabalha em empresa contratada ou conveniada para execução de atividade típica
da administração. Ex: Empresas contratadas para a prestação de serviços públicos (lixo, água,
luz).
§2º, 327, CP: Causa de aumento de pena

Incide sobre o sujeito que exerce função de direção ou cargo em comissão de sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público, além dos órgão
da administração direta.

* As autarquias não foram consideradas pelo 327, CP (textualmente)


** Caio Jader Barbalho e incidência do §2º para chefes do executivo.
*** STF: “interpretação compreensiva” X interpretação extensiva.

Concurso de pessoas (vale para todos os crimes)


Não se comunicam as circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime
(Art. 30, CP)

Havendo concurso entre funcionário público (“intraneous”) e um terceiro (“extraneous”),


utiiliza-se a regra contida no art. 30, CP, que dispõe acerca da comunicabilidade das
elementares. Ambos, portanto, responderão pelo crime funcional.
* circunstâncias X elementares

OBS> Segundo as regras do art. 30, CP, quando estivermos diante de um dado presente no
crime (ex: emprego de veneno, repouso noturno) devemos observar se ele tem caráter
objetivo (“modus operandi”) ou pessoal (sujeito do crime). Se tiver caráter objetivo, essa
característica se estende a todos os co-delinquentes, mas se tiver caráter pessoal, devemos
avaliar se ela representa uma circunstância ou uma elementar do crime. A circunstância é uma
característica que modifica o crime, mas se for suprimida, o tipo penal continua a existir,
enquanto a elementar é um dado essencial que não pode ser suprimido.
* Não se estende ao o crime funcional caso este não sabia da condição de funcionário do seu
parceiro de crime. (Art. 2º, §º, CP, desvio subjetivo de condutas)

Peculato 312, CP. Se praticado por prefeitos, aplica-se o decreto 201/67.

Espécies do 312, caput: Peculato apropriação e peculato desvio. § 1º, Peculato furto, e § 2º
,Peculato culposo.

Peculato apropriação e desvio (caput). Dois núcleos do tipo:


1. Apropriar-se
2. Desviar

Em ambos os casos, crime material, que possui resultado naturalístico. Crime que deixa
vestígios.

Ambas as modalidades admitem tentativas.

O funcionário deve ter a posse do dinheiro, valor ou bem móvel em razão das suas funções.

Natureza do Bem: Público ou particular.

Cabe para este crime o princípio da insignificância?


STF/STJ dizem que não, pois o que está em jogo não é o bem, mas sim a moralidade
administrativa.
Em crimes militares, porém, o STF já aceitou a possibilidade de aplicação do princípio da
insignificância.

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Peculato – Art. 312, CP (continuação)

Espécies de peculato:
- Apropriação/ Desvio
- Furto
- Culposo

DL 201/67: Peculato-uso/ Prefeitos


- Art. 1º, II, Utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou
serviços públicos (fato típico apenas aplicável aos prefeitos)

No peculato do CP não existe o verbo utilizar:


1. Parte da doutrina considera fato atípico.
2. Outra corrente compreende que o peculato-uso se encaixa na modalidade desvio
3. Existe peculato uso a depender do bem que o sujeito utilize (doutrina mista).
- Bem consumível: existe peculato
- Bem não consumível (não existe peculato)

Peculato-furto (§1º, 312, CP)


Dois núcleos: subtrair e concorrer.
Apropriar (posse) # subtrair. Neste último, não há posse, mas sim facilidade de acesso ao bem.

Também há a figura do funcionário público que concorre para que a subtração seja feita por
um terceiro.

Na ausência de posse e/ou facilidade não há peculato, mas sim crime patrimonial comum.

Peculato culposo
Traço distintivo: O núcleo é, de novo, concorrer, no tipo culposo. Mas esta concorrência é
culposa, não itencional. Ocorre por imprudência, negligência ou imperícia. A conduta do
funcionário público acaba facilitando o crime de outrem.

*parte minoritária da doutrina diz que o crime de outrem deve ser , necessariamente, um
peculato.

Para o peculato culposo, a reparação do dano pode surtir dois efeitos (§3º, 312, CP):
1. Se antes do trânsito em julgado: Extinção de punibilidade (fato típico, ilícito e culpável,
mas não há punibilidade).
2. Se após o trânsito em julgado: Pena imposta reduzida em ½.

A reparação do dano não necessariamente precisa ser feita pelo próprio agente do crime.

No peculato DOLOSO, a reparação de dano antes do recebimento da denúncia gera a


incidência do Art. 16, CP (arrependimento posterior).
* O arrependimento posterior cabe até o despacho do juiz, recebendo a denúncia ou queixa.

Se a reparação ocorre após o recebimento da denúncia, esta tem efeito atenuante da pena
(art. 65, III, b, CP).

Art. 313, CP. Peculato mediante erro de outrem


1. Núcleo do tipo
2. Erro de outrem
3. Consumação
4. Elemento subjetivo

Núcleo: apropriar-se. O funcionário público já tem a posse do bem, em razão do erro de


outrem.

Erro de outrem
- Vítima se engana sozinha.
- Indução a erro (171, CP) *
- Ambas
* Pena menos gravosa

Não pode ser erro provocado e sim espontâneo. Doutrina majoritária.

Consumação: É o momento em que o funcionário público percebe o engano e se apropria.


(Dolo superveniente ao agir de outrem).

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Arts. 313-A e 313-B


1. Características essenciais
2. Formas de diferenciação
3. Punições compatíveis
Art. 314, CP – Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
1. Núcleo do tipo
2. Crime subsidiário
3. Elemento objetivo
Art. 315, CP – Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
1. Núcleo do tipo
1.1. Consumação
2. Sujeito ativo
3. Aprovação pelos órgãos fiscalizadores
4. Excludentes do crime
Art. 313-A e B
Crimes inseridos no ano 2000 no CP.

Art. 313-A, CP: Inserção de dados falsos em sistema de informações.

O tipo em questão trata também da exclusão e alteração de informações verdadeiras.

Sujeito ativo: Funcionário público autorizado. Tem acesso ao sistema de dados.

1ª conduta criminosa: Inserir ou facilitar a inserção de dados falsos.


2ª conduta criminosa: Alterar ou excluir dados verdadeiros do sistema.

Finalidade da ação criminosa (dolo específico da conduta – especial fim de agir):


1º - Obter vantagem indevida, para si ou para outrem
2º - Causar dano.

*questão de prova – palavra-chave no Google: Abelardo Fonseca.

O 313-A é, por vezes, conhecido pela alcunha de “peculato eletrônico” (nomenclatura utilizada
em algumas provas) quando o seu dolo é voltado para a obtenção de vantagem ilícita.

313 –B: Modificação ou alteração não autorizada do sistema de informações.

Refere-se à modificação do sistema informatizado. Proteção do sistema em si.

Penas do 313A X 313B

No art. 313B, se houver o dano, há incidência do Parágrafo Único: aumento de pena 1/3 a ½.
Não se exige, para o preenchimento do tipo, dano ou dolo específico.

Art. 314, CP - Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento


Núcleos do tipo: Extraviar (perder); Sonegar (ocultar); inutilizar (perder a finalidade).

Condutas que recaem sobre dois objetos materiais: livros e documentos. Objetos estes que se
encontravam na posse do funcionário público.
Sempre que as condutas descritas estivere enquadradas em tipos mais gravosos, aplicam-se
estes. Delito subsidiário.

Este crime só admite a modalidade dolosa.

Art. 315, Emprego irregular de verbas ou rendas públicas.


Recai sobre verbas ou rendas com destinação vinculada.

Lei strictu sensu: não há analogia em malan partem, impossível de ser feita em normas
incriminadoras.

*”desvio”:
- 312, CP, Peculato-desvio: desvia de finalidade pública para finalidade particular.
- 315, CP: mudança dentro da própria finalidade pública. Desvio da finalidade pública “a” para
a finalidade pública “b”.

** Crime julgado no JECRIM

Núcleo do tipo: “dar aplicação diversa”.

Polêmica sobre o momento da consumação: Bastaria a destinação irregular ou seria necessário


o emprego de fato da verba ou renda (esta última, a opinião da profa.).

Caso acompanhemos o raciocínio da profa., poder-se-ia falar em tentativa com a simples


destinação.
* A maioria destes casos gera improbidade administrativa.

O sujeito ativo deste crime é o gestor público.

Todos os atos de gestão passam por órgãos fiscalizadores. A aprovação do ato por estes órgãos
não é excludente de responsabilidade penal dos gestores, no entanto.

Improbidade administrativa:
- Enriquecimento ilícito
- Dano ao erário
- Ofensa aos princípios da administração

Para haver crime, deve haver tipo penal. Toda vez que há crime, há improbidade
administrativa; o contrário não é verdadeiro.

Excludentes do crime:
- Estado de necessidade (exclusão de ilicitude)
- situação de inexigibilidade de conduta diversa (exclusão de culpabilidade – excludente
supralegal)

Art. 316, CP, Concussão + Excesso de exação

Concussão
1. Núcleo do tipo
1.1. Consumação
2. Exercício do cargo?
3. Concussão e corrupção

Verbo: Exigir.

O crime é dito consumado no momento da existência de vantagem (crime formal). O


recebimento da vantagem indevida é apenas exaurimento da ação criminosa.

A vantagem pode ser de qualquer espécie (não é crime material).

O agente não necessariamente deve estar em exercício da função – deve, no entanto, ser em
razão da função. *pode haver concussão antes do exercício da função.

** “carteiradas” normalmente são concussão.

Concussão X corrupção

O crime de concução tem o verbo ‘exigir’ (imperatividade, imposição). O de corrupção tem o


verbo “solicitar”.
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2. Excesso de exação
2.1. Conceito de exação
2.2. Cobrança em excesso
2.3. Lei penal em branco
2.4. Elemento subjetivo
2.5. Finalidade da cobrança
2.5.1. Penas cabíveis

Art. 317, CP – Corrupção passiva


1. Teoria monista
2. Núcleos do tipo
2.1. Consumação

§1º e §2º, 316, CP – Excesso de exação


Exação é a cobrança de tributos – o problema descrito no tipo é o excesso na cobrança.

O que caracteriza o excesso de exação:


1º exigência de um tributo indevido; ou
2º Exigência de um tributo devido, usando-se de meio vexatório ou gravoso.

§1º, 316 como lei penal em branco: precisa de um complemento para que o seu sentido seja
extraído. Elementos para preenchimento dos significantes no tipo: elementos do direito
tributário.

* lei penal em branco


- Homogêneo: o complemento desta é extraído de fonte de mesma hierarquia.
- Heterogênea: o complemento da lei penal é extraído de fonte de hierarquia diversa.

O funcionário “sabe” ou “deveria saber”: crime praticado a título de dolo direto ou eventual
(?!)

Exigir tributo devido ou indevido # exigir propina para não cobrar tributo ou cobrar a menor
(tipo previsto na lei 8.137/90, Art. 3º)
* Crimes tributários, pagamento e extinção da punibilidade

A finalidade da cobrança diferencia o §1º do §2º do 316, CP.


§1º: A cobrança indevida é remetida aos cofres públicos. Pena 3-8.
§2º Desvio, em proveito próprio ou alheio (excesso de exação com desvio). Pena 2-12.

Art. 317, CP, Corrupção Passiva


Este crime acontece do estado em direção ao particular – não necessariamente se refere a
uma postura passiva do funcionário público.

Teoria monista: Todos que contribuem para o crime devem ser compreendidos no mesmo
tipo.

Em tese, a duplicidade de tipos relativos à conduta da corrupção (ativa e passiva) estaria


violando a teoria monista. Esta violação, entretanto, é aparente, pois, na verdade, os tipos em
questão dissertam sobre condutas diferentes.

Corrupção passiva – 317, CP, Caput.


Núcleos: solicitar, receber, aceitar promessa.
OBS: Deve haver, por trás dessas condutas, o dolo de transgredir suas funções públicas.

Crime doloso.

Aplicação do princípio da adequação social a cretas condutas que formalmente se encaixariam


no caput do 317, CP.
*Ex: Lembranças de fim de ano. Teto TJ/Ba: R$ 100,00

Quando há consumação deste crime?


Aceitar promessa/ solicitar > Crime formal: não necessariamente a vantagem deve ter sido
entregue ao funcionário.

Receber: Crime material com resultado naturalístico.

Exige-se bilateralidade entre corrupção passiva e ativa? Não necessariamente.


Obs: Não há necessidade que o funcionário público esteja no exercício de sua função, mas que
atue em razão dela. Pode haver intermédio de outrem na conduta criminosa deste tipo.

§1º, 317, CP: Causa de aumento de pena, 1/3.


- O funcionário deixa de praticar seus atos de ofício.
- Pratica-os infringindo a lei.
§ 1º conhecida como corrupção exaurida.

Além da consumação, há o exaurimento.

§2º corrupção privilegiada: Pena menor que a do caput. Não envolve a vantagem indevida.

Deixar de...
Praticar...
Retardar...
Atendendo a pedido, influência, de outrem

Corrupção privilegiada difere de prevaricação (art. 319, CP), pois nesta última a conduta é
praticada por sentimento/interesse pessoal.

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Art. 318, CP – Facilitação de contrabando ou descaminho

1. Crime remetido
1.1. Mudança na legislação
2. Núcleo do tipo
2.1. Figura do particular
2.2. Consumação
3. Sujeito do Crime
4. Competência

Art. 319, CP - Prevaricação


1. Núcleo do Tipo
1.1. Elemento normativo
1.2. Consumação
2. Traços distintivos

Art. 318, CP
É crime remetido, pois faz uma remissão expressa ao art. 334, CP e 334 – A, CP

O 334 foi separado em 334 e 334 – A. Lei de 2014.


334, CP: Descaminho;
334 – A, CP: contrabando.

Descaminho: importar ou exportar mercadoria criando alguma fraude para iludir o pagamento
de tributo. Pena 1 – 4 anos.
* problema tributário; mercadorias ilícitas.

Contrabando: Importar ou exportar mercadoria proibida. Pena 2 – 5 anos.

Núcleo do 318, CP: “facilitar”.


O funcionário público, então, incorreria com a facilitação no art. 318, CP, e o particular em
pratica de contrabando ou descaminho, nas penas do 334 e 334-A, CP.

Consumação: Com a facilitação, independentemente do contrabando ou descaminho se


consumarem. Crime formal.

Este crime só pode ser cometido a título de dolo.

O sujeito ativo deste crime é o funcionário público com a atribuição de fiscalização das
mercadorias.

Competência: em regra, da justiça federal, pois comumente praticados por agentes de


natureza federal.

Art. 319, CP – Prevaricação


Competência de julgamento: JECRIM.
Núcleos do tipo: retardar; deixar de praticar; praticar (infringindo a lei).
Traços distintivos:

Deixar de praticar infringindo a lei:


- mediante vantagem > 317, §1
- mediante pedido > 317, §2
- interesse pessoal > 319 (prevaricação)

Retardar ou deixar de praticar (indevidamente) > Elemento normativo do tipo, deve ser
valorado no caso concreto.
Ex> flagrante postergado, previsão legal (exemplo em contrário)

Consumação da prevaricação: Crime de mera conduta, consuma-se com a prática dos núcleos
do tipo.

Deixar de (...): Crimes omissivos próprios, puros.

Crime formal X mera conduta


* Greco diz que existe diferença entre ambos; Bittencourt iguala os dois conceitos como
sinônimos.

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319 – A , CP – Crime sem nomeNúcleo do Tipo

1. Nomen Iuris?
2. Núcleo do tipo
2.1. Elemento subjetivo
2.2. Consumação
3. Sujeito do crime
4. Partes do celular?

Crime sem nome: “Prevaricação imprópria”, segundo a doutrina.


Núcleo: “Deixar de cumprir o dever de vedar”

Sujeitos do crime: Agentes do sistema prisional.

Crime doloso; crime de mera conduta.

O particular que ingressa ou facilita o ingresso dos objetos citados está descrito no art. 349-A,
CP (crime comum).

O preso que é pego em posse de celular e outros objetos não comete um crime, mas sim uma
infração administrativa conhecida como falta grave (Art. 50, LEP).

319A e 349ª = mesma pena

Qual a conseqüência de falta grave?


Compromete o atestado de ‘bom comportamento carcerário’ (progressão de regime).
Perda de 1/3 dos dias remidos (remissão).

O art. 319 pode incidir sobre a conduta de passar partes do celular – STF.

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Art. 320, CP – Condescendência criminosa


1. Condutas criminosas
1.1 Núcleos do tipo
1.2 Consumação/ Tentativa
2. Elemento normativo
3. Prazo para providências
4. Arquivamento de processo disciplinar sem sanção.

321, CP – Advocacia administrativa


1. Nomenclatura
1.1. Quanto ao sujeito ativo
1.2. Quanto a conduta criminosa
2. Núcleo do tipo
3. Ilegitimidade do pedido
4. Traços distintivos

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