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Contribuição de um Aeroporto
Industrial ao desenvolvimento sócio-
econômico regional [Rio de Janeiro] 2008
X, 127 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ,
M.Sc., Engenharia de Transportes, 2008)
Dissertação - Universidade Federal do
Rio de Janeiro, COPPE
1. Transporte Aéreo
2. Transporte de carga
3. Aeroporto Industrial
I. COPPE/UFRJ II. Título ( série )
ii
Dedico este trabalho à minha família e a todos os amigos que me acompanharam ao longo
de minha vida, seja em momentos pessoais, acadêmicos ou profissionais, que sem
perceberem contribuíram para a pessoa que sou!
iii
AGRADECIMENTOS
À Deus pela saúde, inteligência e persistência que foram determinantes para a realização
deste trabalho;
Aos meus queridos amigos Gustavo Rocha e Edson Arruda, aos quais devo grande parte da
minha orientação profissional, acadêmica e pessoal.
Ao meu orientador acadêmico Prof. Dr. Amaranto Lopes Pereira, que com sua sabedoria e
compreensão acreditou na minha capacitação de realizar este desafio;
Ao Prof. Dr. Respicio Antônio do Espírito Santo Júnior, que sempre disponível para ajudar
me concedeu conselhos preciosos, os quais contribuíram muito na realização deste desafio,
e no aprimoramento do meu conhecimento sobre transporte aéreo;
iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.).
v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
In today’s global economy, the growing need for efficiency and flexibility in the
distribution of goods has increased the need for the use of centralized logistics structures for
distribution. In light of this affirmation, this study’s objective is to identify the degree of
implementation of the concept of the “industrial airport” within Brazil and abroad. In
addition, the study seeks to identify the contributions this type of structure may offer with
respect to the agility of the transportation sector and the economic and social development
of the surrounding region.
vi
ÍNDICE DO TEXTO
Página
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO..........................................................................................01
1.1 Apresentação...................................................................................................................01
1.2 Conceito..........................................................................................................................02
1.3 Relevâncias do tema........................................................................................................03
1.4 A estrutura do trabalho....................................................................................................04
1.5 Metodologia....................................................................................................................05
CAPÍTULO II – A LOGÍSTICA..........................................................................................07
2.1 A Logística......................................................................................................................07
2.2 A evolução e história da Logística..................................................................................07
2.3 A Logística no Brasil......................................................................................................12
2.4 As principais funções logísticas......................................................................................13
2.5 A função de transporte....................................................................................................15
2.6 A função transporte no Brasil.........................................................................................20
2.7 Conceito e classificação dos terminais de transporte......................................................22
vii
4.2 Aeroportos de carga nos EUA.........................................................................................49
4.3 Aeroportos de carga na Europa.......................................................................................53
4.3 Aeroportos de carga no Brasil.........................................................................................54
CAPÍTULO V – DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO.....................................57
5.1 Conceitos de desenvolvimento sócio-econômico...........................................................57
5.2 Conceitos de Cluster e Arranjo Produtivo Local............................................................60
5.3 Competitividade..............................................................................................................62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................98
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Página
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Página
x
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
Acredita-se que o impacto econômico catalisador gerado pelo transporte aéreo seja
maior que a combinação dos impactos diretos e indiretos. Pois afeta a performance da
economia global contribuindo para a integração global, considerado indispensável para
os negócios.
1
GPD (Global Product Domestic) – ATAG (Air Transport Action Group), 2004.
1
A maior parte da carga aérea é de produtos manufaturados de alto valor agregado
ou produtos que serão manufaturados. 40% do valor da carga inter-regional é
transportada via aéreo. Se incluísse o mercado intra-regional seria cerca de 25% do
valor total da carga internacional, que corresponde a aproximadamente US$ 1.750
bilhões em 2004, segundo Airports Council International (ACI).
1.2 Objetivo
1
INFRAERO
2
Pretende-se ainda identificar os benefícios diretos, indiretos e/ou catalisadores que
este tipo de estrutura pode proporcionar à economia regional, no intuito de contribuir
com novos dados e informações para o planejamento de novas plataformas logísticas,
principalmente no Brasil.
Este tema é significante nos dias de hoje, mas será muito mais importante no longo
prazo, pois a expectativa de crescimento anual do transporte de carga aérea no mundo
medida em tonelada quilômetro é de cerca de 5,9% pelas projeções da AIRBUS 1 e de
6,4% de acordo com as projeções da ATAG 2 .
1
Global Market Forecast 2004-2034 – Airbus 2004
2
The economic & social benefits of air transport – ATAG - 2004
3
No Brasil, a Instrução Normativa 241 da Secretaria da Receita Federal define que o
estabelecimento de um entreposto aduaneiro em um aeroporto é definido como
Aeroporto Industrial. E a INFRAERO possui projetos para transformar os maiores
aeroportos em movimento de carga em aeroportos industrial, como exemplos os
Aeroportos Internacionais Tancredo Neves (Confins) e Viracopos (Campinas).
4
CAPÍTULO 4: AEROPORTO INDUSTRIAL: Este capítulo descreve os conceitos
relacionados ao Aeroporto Industrial encontrados na pesquisa realizada por esta autora.
Buscando a identificação da origem do conceito, do conceito original e das suas
“adaptações”, ou ainda, “aprimoramentos”, de forma a identificar uma relação com o
conceito difundido no Brasil. Citando exemplos deste tipo de estrutura nos Estados
Unidos e na Europa.
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1.5 Metodologia
• Logística;
• Transporte de carga aérea
• Terminais Aeroportuários
• Aeroporto Industrial
• Desenvolvimento econômico
6
Identificados e organizados os dados levantados em pesquisa, deu-se início à fase
de elaboração dos textos e dados que comporiam o documento final a ser apresentado à
banca examinadora, de acordo com as normas da COPPE/UFRJ.
CAPÍTULO II – LOGÍSTICA
2.1 A Logística
Por vezes o curso da história tem sido mudado por guerras e, em outros, as guerras
têm sido de natureza revolucionária, trazendo consigo modificações na direção da qual a
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sociedade marcha. Muito antes de estar ligada a atividades empresariais, a logística era
uma atividade exercida pelos militares. Ainda hoje, os dicionários trazem a definição da
palavra como ramo da ciência militar que trata da obtenção, distribuição, manutenção e
reposição de material e pessoal.
Muitas definições têm sido propostas. Entretanto, todas guardam uma grande
semelhança. O Council of Logistic Management, a maior organização profissional de
gerência logística do mundo, define a logística como “o processo de planejar,
implementar e controlar de maneira eficiente e eficaz o fluxo e a armazenagem dos
produtos, bem como os serviços de informações associadas, cobrindo desde do ponto de
origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender os requisitos do
consumidor”. A grande contribuição desta definição está na mudança de visão a respeito
do cliente. O serviço ao cliente passa a ter uma importância no processo logístico na
mesma proporção do produto físico e do fluxo de informação.
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No século XX a logística passa a ser considerada elemento importante no
planejamento estratégico da empresa, tendo como um dos principais objetivos a
maximização de resultados. Surgem a partir daí, a logística integrada e o gerenciamento
da cadeia de suprimento ou de negócios, ambos novos paradigmas pertencentes ao
enfoque sistêmico do processo produtivo. Passando a englobar os processos que
envolvem toda a cadeia de negócios, desde a matéria-prima até a entrega do produto
final aos clientes.
Com o passar dos tempos fatores econômicos como a globalização, aumento das
incertezas econômicas, proliferação de produtos, menores ciclos de vida de produtos e
maiores exigências de serviços, mudanças no ambiente competitivo e no estilo de
trabalho tornaram clientes e consumidores cada vez mais exigentes. Estes fatores
modificaram o conceito puro de logística. Na base do moderno conceito logístico
integrado está o entendimento de que a logística deve ser vista como instrumento de
marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar valor por meio de serviços
prestados. Logística integrada deve ser tratada como um sistema, ou seja, um conjunto
de componentes integrados, trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir
um objetivo comum, que compreendem fatores de excelência logística, tais como:
sucesso do cliente, integração interna, integração externa, processos baseados no tempo,
mensuração abrangente e benchmarking.
1
Curso de Mestrado em Engenharia de Transporte – PET/COPPE/UFRJ
9
marketing de produtos e serviços de determinada empresa. Supply Chain é um esforço
de coordenação nos canais de distribuição, por meio de integração de processos na
cadeia de suprimentos que interligam seus diversos participantes, desde o consumidor
final até o fornecedor de matérias-primas. A implementação do conceito de Supply
Chain exige mudanças significativas tanto nos procedimentos internos quanto nos
externos, principalmente no que diz respeito ao relacionamento com clientes e
fornecedores.
De acordo com PEREIRA (2005), um sistema logístico pode ser visto como um
sistema complexo, com uma organização estruturada sobre “uma pluralidade de níveis
lógicos solidários podem ser irredutíveis”. Dentro de um planejamento integrado, um
sistema logístico, tomando por base o fluxo material que constitui a coluna vertebral da
logística, compreende o conjunto de cinco subsistemas, com objetivos bem
determinados e sujeitos as interações capazes de assegurar o alcance do objetivo geral do
sistema como um todo. Os subsistemas do sistema logístico acham-se abaixo
discriminados:
- Suprimentos: compreende todas as atividades que possibilitam o fluxo de
materiais e informações desde os pontos de fornecimento até a empresa.
- Produção: este subsistema encarrega-se da movimentação das matérias-primas e
materiais ao longo de todo o processo de manufatura, seguindo até a colocação dos
produtos acabados no armazém correspondente. Aborda tarefas de transporte,
armazenagem, manuseio de produtos, controles, etc.
- Distribuição Física: mediante este subsistema é que se consegue levar os
produtos acabados até os clientes. Aborda tarefas de transporte, armazenagem,
manuseio, de produtos, embalagem, controles, etc.
- Assistência Técnica: subsistema encarregado de oferecer todo serviço logístico
após a venda. A essência deste subsistema é assegurada pela movimentação e pela
armazenagem dos recursos necessários para garantir este serviço.
- Reutilização: tem por finalidade estabelecer a nova utilização que se dará ao
produto que conclui seu ciclo de vida ou ao produto já utilizado. Compreende também o
retorno do produto quando se tornar necessário. Aborda tarefas de transporte,
armazenagem, manuseio, controles, etc.
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Todos os sub-sistemas têm suas ações coordenadas através de um planejamento
integrado que rege a execução dos fluxos material, informativo e financeiro.
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Contudo, cabe ressaltar que existem vários aspectos que constituem barreiras e
limitações à evolução das empresas brasileiras na direção desta moderna Logística e do
SCM, tais como: estrutura organizacional ineficaz e sem interação, entraves da
legislação trabalhista, bases informacionais precárias, telemática pouco desenvolvida,
dificuldades de parcerias, sistemas de custo inadequados, e finalmente, a primordial
importância dos sistemas de transportes que não atuam de forma integrada, o que
permitiria a multimodalidade / intermodalidade e redução de seus custos elevados.
12
2.4 Principais funções logísticas
A seguir uma breve descrição das funções logísticas extraídas do material da disciplina
“Análise e Operações de Sistemas Logísticos”, ministrada pelo Professor Amaranto
Lopes Pereira 1 :
2.4.3 Processamento de Pedidos: É uma atividade primária importante, pelo fato de ser
um elemento crítico no que se refere ao tempo necessário para levar bens e serviços aos
1
Curso de Mestrado em Engenharia de Transporte – PET/COPPE/UFRJ
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clientes. É a atividade que inicializa a movimentação de produtos e a entrega de
serviços.
2.4.9 Manutenção de Informação: Manter uma base de dados com informações de custo
e desempenho. Informações importantes para que uma empresa, em termos logísticos,
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possa operar eficientemente. Dentre as informações mantidas na base de dados, podemos
citar: a localização de clientes, volume de vendas, padrões de entregas e níveis de
estoques.
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O custo final da mercadoria para o comprador permite comparar diferentes
fornecedores potenciais e medir competitividade de cada um, o custo do transporte pode
representar desde um pequeno percentual ou até mesmo mais do que o dobro de seu
preço de produção.
Remessas e entregas mais rápidas e freqüentes custam, em geral, mais caro, mas
permitem reduções sensíveis nos custos de armazenagem. A proteção fornecida pelo
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acondicionamento e embalagem das cargas tem custos diretamente proporcionais à sua
eficácia.
Linhas não-regulares são aquelas cujos navios não têm uma rota regular
estabelecida, inversamente ao que ocorre com as linhas regulares. A sua rota é
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estabelecida à conveniência de armadores e/ou embarcadores, podendo ser diferente a
cada viagem, e os navios podem ser afretados ou tramps.
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2.5.4 Transporte Aéreo
O transporte aéreo é uma atividade que envolve com facilidade vários países,
devido à velocidade do meio utilizado. Quanto aos tipos, pode ser um transporte
nacional (doméstico ou cabotagem), ou internacional (operações de Comércio Exterior).
O transporte aéreo é baseado em normas da IATA – International Air Transport
Association, e em acordos e convenções internacionais. A associação das empresas
aéreas na IATA é voluntária. Essa associação representa as companhias aéreas,
estabelece tarifas máximas de fretes e divide o globo em três conferências operacionais.
São vários os modelos de aviões utilizados na navegação aérea, porém, todos eles
são classificados em três tipos quanto a sua configuração e utilização: all cargo – full
cargo (somente carga), combi (aeronave mista) e full pax (avião de passageiros). A
configuração da aeronave é determinada pelo deck superior.
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a) Gasodutos: destina-se ao transporte de gases, e destaca-se a recente construção do
gasoduto Brasil-Bolívia, com quase 2000 Km de extensão, para o transporte de gás
natural.
b) Minerodutos: aproveita a força da gravidade para transportar minérios entre as regiões
produtoras e as siderúrgicas e ou portos. Os minérios são impulsionados por um forte
jato de água.
c) Oleodutos: utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petróleos
brutos e derivados aos terminais portuários ou centros de distribuição.
O professor Paulo Fernando Fleury junto com sua equipe da COPPEAD apontou
no estudo do panorama do transporte de carga no país não somente a situação atual e as
deficiências do transporte, mas elaborou também uma análise comparativa em relação a
países desenvolvidos como os Estados Unidos. Esta análise revela o quanto nosso país
está defasado na questão de infra-estrutura e investimento da distribuição logística em
relação a países que apresentam características geográficas semelhantes ao Brasil.
20
insegurança nas estradas, baixa eficiência energética, e altos níveis de poluição
ambiental. Como comprovado no estudo, tudo isso vem ocorrendo ao mesmo tempo em
que o setor de transportes aumenta sua importância na economia brasileira.
21
um fatores que favorece o crescimento da utilização do transporte aéreo no mercado
doméstico brasileiro e mundial.
22
Os terminais de cargas possuem outras definições específicas, como por exemplo,
de RIVES, que define os terminais de carga como sistemas dinâmicos compostos de
infra-estrutura e instalações na qual a “modalidade” pode realizar o tráfego de veículos e
o transbordo de mercadorias desde seus equipamentos específicos aos meios
complementares de dispersão e concentração.
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- Terminais Intermediários: São aqueles situados entre as extremidades de um trecho de
via.
Observação: Quanto à localização os terminais ainda podem ter:
- Uma Macro-localização: Neste caso os terminais Uni ou Plurimodais que sejam
concentradores ou distribuidores, devem buscar-se situar no centro de gravidade dos
fluxos da área de influência de forma a minimizar os transportes complementares de
arrecadação ou de distribuição.
- Uma Micro-localização: É uma multi-função de componentes naturais, modalidades,
mercadológicas e legais que devem ser estudadas em conjunto em busca de uma solução
otimizante. Como principais funções podem citar as seguintes: função do uso do solo,
função do sistema viário, função do topo-hidrogeologia, função do mercado e função
dos incentivos governamentais.
- Uma Localização Difusa: aquela espalhada aleatoriamente pela área de influencia
direta.
- Uma Localização Concentrada: aquela situada em uma parcela da região de influência
direta.
24
armazenagem, a função é agilizar o fluxo de mercadorias entre várias origens e seus
destinos.
- Beneficiadores: São terminais que além de concentrar cargas particularmente as
agrícolas, beneficiam os produtos antes do embarque, melhorando sua qualidade de
modo a alcançarem as especificações do mercado. Alteram as propriedades do(s)
produto(s) e podem funcionar também tanto como concentradores ou reguladores, um
exemplo é o beneficiamento do minério de ferro em Tubarão (ES). Melhora as
características dos produtos estocados, preservando-os e / ou controlando sua qualidade,
através de processos físicos, químicos, biológicos ou de suas combinações, exemplo:
catagem, secagem, expurgo, padronização etc.
- Reguladores/Estocadores: São terminais destinados ao armazenamento de quantidades
significativas de um ou mais produtos, em particular, produtos sazonais, de modo a
atenuar os picos de transporte e tornar homogênea a distribuição durante um maior
período de tempo. Servem à produção que não é uniforme ao longo do ano,
proporcionam armazenamento mais barato, cria empregos fixos no interior, e fixa
riquezas.
- Distribuidores: São terminais que têm a finalidade de assegurar a concentração de
produtos destinados à distribuição para consumo em determinada área, de modo a
facilitar a comercialização.
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localizar próximo ou no interior dos centros urbanos, pois se dedicam prioritariamente
ao transporte de passageiros.
Todo tipo de carga pode ser transportado pela modalidade aéreo. A modalidade,
contudo, é mais adequado a cargas de alto valor agregado (equipamentos eletrônicos,
máquinas, etc.), baixo peso (volume) e mercadorias com data de entrega rígida e
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prioridade de urgência (documentos, produtos perecíveis, amostras, etc.). Baixo nível de
perdas e menor seguro podem compensar, em certos casos, custos relativos maiores. (...)
A carga oferece uma significativa fonte de receita adicional para as companhias aéreas,
representando, em alguns casos, 30% da receita total (BNDES, 2001c).
27
equipamentos distintos das embalagens são mantidas como uma unidade para manuseio
de transferência. Os mais comuns são: contêineres padrões ou específicos, estrados ou
“Pallets”, pré-lingados e sistemas especiais em que o veículo sem tração constitui o
elemento unificador como o “Piggyback”, o TAFC (Trailer On Flat Car), LASH
(Aboard Ship), etc.
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Esta carga é composta por artigos ou substâncias capazes de impor risco
significativo à saúde, segurança ou propriedades quando transportadas por via aérea.
Este tipo de carga requer cuidados especiais no manuseio e armazenamento. Ex: gases,
líquidos inflamáveis, material radioativo, etc.
São aquelas que embora pudessem ser classificadas em uma das categorias acima,
formam uma classe especial pelo fato de exigirem um manejo diferenciado com
permanente manutenção.
29
atuarem neste ramo de negócio os agentes de cargas precisam ser credenciados pela
ANAC e pela IATA.
30
Algumas características de mercado são importantes no transporte de carga aérea,
tais como: intermodalidade, distribuição e tecnologia, e merecem ser destacadas, por
representarem fatores importantes no entendimento do aumento da demanda dos últimos
anos.
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3.3 Terminal Aeroportuário de Carga Aérea
• Fluxo de Importação: É aquele em que a carga tem acesso pelo lado aéreo e saída
pelo lado terrestre.
32
Figura 1: Fluxo de importação
• Fluxo de Exportação: É aquele em que a carga tem acesso pelo lado terrestre e
saída pelo lado aéreo.
Figura 2: Fluxo de exportação
• Fluxo de Trânsito: É aquele em que a carga tem acesso e egresso pelo mesmo
lado, sendo este mais freqüentemente o lado aéreo.
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O fluxo de trânsito pode ainda ser dividido em:
- Fluxo de Trânsito Imediato: É aquele em que a carga deixa a aeronave em um
aeroporto, mas que tem como destino um outro aeródromo ou uma EADI (Estação
Aduaneira do Interior), não sendo estocada no armazém do Terminal daquele aeroporto.
- Fluxo de Trânsito Atracado: É aquele em que a carga é recebida, mas não deixa o
terminal no prazo previsto, devendo ser armazenada.
34
3.4 Mercado de Carga Aérea
Cabe ressaltar, que a frota citada é composta basicamente por aeronaves antigas,
de tecnologia ultrapassada, o que acarreta redução de margens e impossibilidade de
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competir em alguns mercados específicos, pois seus custos operacionais são mais
elevados do que os das aeronaves mais modernas.
A demanda crescente por parte do mercado interno tem levado a uma maior
ocupação da capacidade de carga ofertada pelas aeronaves. A tabela 3 mostra a
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evolução do volume de carga doméstica transportada embarcada nos aeroportos
nacionais.
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devido à falta de capacidade ofertada e principalmente devido à falta de aeronaves
adequadas ao volume de carga, com custos operacionais condizentes com os trechos
voados. O mercado doméstico, em referência a utilização de aeronaves puramente
cargueiras, não apresenta uma distribuição uniforme do volume de carga necessária, que
justifique altos investimentos. Apesar de apresentar altos índices de crescimento no
volume de carga expressa, o qual tecnicamente, está relacionado ao transporte aéreo.
1
Dados fornecidos pela Companhia (2006).
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principalmente por parte das empresas internacionais. De acordo com a INFRAERO, o
aeroporto de Viracopos detêm 37% do tráfego internacional de carga realizado pelas
empresas regulares, equiparando-se aos principais aeroportos brasileiros como os
Aeroportos Internacional de São Paulo e o Internacional do Rio de Janeiro, que
representam respectivamente 40% e 17% de todo o volume.
Como pôde ser observado no mercado doméstico, também houve uma maior
ocupação da capacidade oferecida de carga no seguimento do transporte aéreo
internacional. Este aumento do aproveitamento está influenciado pela redução
expressiva da capacidade oferecida, conforme observado na tabela 4.
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Existem diversas nomenclaturas que designam as locações logísticas: “Centro
Logístico”, o mais conhecido, foi definido segundo IZQUIERDO (1994), como “um
conjunto de instalações e equipamentos – infra-estrutura de transporte - onde se
desenvolvem diferentes atividades relacionadas diretamente com o transporte, nacional e
internacional, que pode ser utilizado conjuntamente por industriais e por distribuidores, e
que dispõe de uma série de serviços complementares colocados à disposição dos
diferentes usuários – empresas de transporte, industriais, armazenadores, distribuidores,
agentes, etc. -. No centro logístico se desenvolve o transbordo, a consolidação e/ou o
intercâmbio modalidade de mercadorias e nele as mercadorias podem ser armazenadas
ou submeter-se a processos de transformação e acabamento”.
Existem estruturas que segundo ROSA (2005) podem ser consideradas como
concorrentes das atividades logísticas. No mercado brasileiro as próprias empresas de
transporte, os operadores multimodais, os operadores logísticos e os departamentos
logísticos internos das grandes empresas são concorrentes dos centros logísticos uma
vez que a maioria destas empresas supre, em grande parte, a logística de transporte,
oferecendo às vezes o monitoramento da movimentação da mercadoria, e ainda oferece,
mas com deficiências, os outros serviços de logística como exemplo: a resposta rápida
frente aos pedidos (just in time), controle de estoques, despachos aduaneiros, etc.
Outras figuras institucionais que oferecem algum tipo de serviço logístico, que por
muitas ocasiões, também são concorrentes dos “Centros logísticos” são:
- As Zonas de Processamento de Exportação – ZPE – áreas destinadas à
manipulação de mercadorias destinadas ao comércio exterior que normalmente fornecem
alguns serviços logísticos e na maioria dos casos terceirizam os serviços de distribuição
(transporte);
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- Os Terminais Retro Portuários Alfandegados –TRA - são “terminais situados em
zona contígua à área de porto organizado ou instalação portuária, compreendida no
perímetro de cinco quilômetros dos limites da zona primária, demarcada pela autoridade
aduaneira local, nos quais são executados os serviços de operação, sob controle
aduaneiro, com carga de importação e exportação, embarcadas em contêiner, reboque ou
semi-reboque”. (Lei 1.910/maio de 1996). Agregam valor ao serviço logístico por
contarem com experiência em movimentação, desova e consolidação de contêineres,
além de possuir grande área para armazenagem.
41
Subzona de serviços gerais: destinada ao homem com áreas de recepção,
informação, acomodação e alimentação, bancos, agência de viagens; à máquina, com
áreas de estacionamento, abastecimento e reparos e, à empresa, com áreas de serviços
de alfândega, administração e comunicação.
Subzona de transportes: que agrupa infra-estruturas de grandes eixos de
transportes. É muito importante que a plataforma seja multimodalidade e possua
terminais multimodais, integrando transporte rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo.
Subzona destinada aos operadores logísticos: dando condições de prestar serviços
de fretamento, corretagem, assessoria comercial e aduaneira, aluguel de equipamentos,
armazenagem, transporte e distribuição.
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Para que este empreendimento seja viabilizado, vários fatores devem ser
agregados e integrados, com a fusão entre a produção e a distribuição Just in time, o
transporte multimodalidade, avançado sistema de telecomunicações, sistema de
informações, apoio comercial e recursos de conhecimento (GREIS et al, 1997).
Para KASARDA (1998) este termo designa o local onde ocorrem a transferências
de cargas entre vários modalidades de transporte e onde os equipamentos (caminhões,
aeronaves, trens e navios) podem estacionar, manobrar e realizar as trocas destas cargas
(terminais multimodais). Adicionado o termo “Global” pode-se entender o significado
que o professor Kasarda quer transmitir ao propor a criação do Global TransPark: os
objetos que estejam no espaço do “GTP” podem ser direcionados para qualquer parte do
planeta independente de fronteiras nacionais e que os “porões” dos equipamentos de
transporte são verdadeiras commodities a serem comercializadas por seus operadores.
Para se tornar eficiente é indispensável que o aeroporto internacional faça parte deste
complexo por ser o meio de transporte que pode operar com velocidade e amplitude
global.
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multimodalidade. Este cenário cria um ambiente logístico para a produção e
distribuição, aumentando a competitividade das indústrias e estimulando as exportações.
De acordo com entrevista realizada por OLIVEIRA (2004), SCHAD entende que
uma estrutura como o Global TransPark e o Aeroporto Industrial são aquisições
valorosas para o país no que tange o aumento de negócios nas futuras regiões, porém
enfatiza a importância de um processo de adequação dos sistemas logísticos em
funcionamento no pais. Dentre os principais pontos abordados, o entrevistado aponta
para um estudo sobre a multimodalidade nos transportes de cargas e pessoas; melhoria
da infra-estrutura de transportes que atualmente não oferece agilidade compatível com
empreendimentos que conjugam velocidade na entrada e saída de mercadorias;
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aperfeiçoamento de acordos bilaterais de transporte internacional e investimentos em
equipamentos de grande porte para transporte internacional (aviões e navios).
KASARDA (1998) propôs que várias plantas do Global TransPark poderiam estar
ligadas a outras instalações semelhantes que fossem desenvolvidas nos Estados Unidos,
Ásia, Europa e América latina, proporcionando uma rede global que ligaria as principais
regiões econômicas do mundo. O autor ainda sugeriu criação de um Global TransPark
no Brasil para que o país se tornasse um hub para as operações desta natureza
conectando a América latina ao demais centros econômicos mundiais.
Outro conceito que vem sendo difundido pelo Professor John Kasarda é o
“Aerotrópolis” ou “Cidades Aeroporto”.
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Segundo o autor, os aeroportos estão progressivamente mudando, deixando de ser
lugares onde as aeronaves operam, incluindo pistas, torres de controle, terminais,
hangares e outras facilidades direcionadas apenas aeronaves, passageiros e cargas,
passando a ter uma visão mais ampla, mais abrangente que reconhece de modo
crescente o desenvolvimento de outras atividades diferentes das aeronáuticas.
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aeronáuticas e o uso desta região comercial tem transformado numerosas cidades-
aeroportos em aeroportos-cidades”, KASARDA, 2006.
• Dallas-Forth Worth está alugando áreas do aeroporto para uma ampla variedade
de arrendatários comerciais, incluindo exploração de petróleo e gás natural.
1
Revista “Airport Innovation” – www.airport innovation.com (2006)
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informações e complexos de tecnologias de comunicação, varejo, hotéis, centros de
entretenimento, parques industriais, parques logísticos, além do desenvolvimento de
áreas residenciais.
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Por definição, um Aerotrópolis é uma cidade na qual o layout, infra-estrutura e
economia estão centrados em torno de um grande aeroporto, e de acordo com
KASARDA, o seu desenvolvimento inicia a "quinta onda" de mudança para o mundo da
infra-estrutura de transporte. O conceito de Aerotrópolis tem atraído o interesse de
muitos investidores e está gerando um grande impacto no desenvolvimento comercial.
Estas infra-estruturas vão ser determinantes na localização das empresas e dos negócios,
assim como no desenvolvimento urbano para o século XXI, tal como as auto-estradas
foram no século XX, os caminhos-de-ferro no século XIX e os portos marítimos no
século XVIII”. Segundo KASARDA os três A’s (acessibilidade, acessibilidade,
acessibilidade) irão substituir os três L’s (localização, localização, localização).
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No princípio da década de 80, um acordo entre o governo federal e a administração
do Rickenbacker Airport, que operava somente como uma base da força aérea
americana, permitiu a utilização do aeroporto por aeronaves civis. Desde então,
Rickenbacker vem se projetando como um forte hub de carga aérea, iniciado pela
instalação da empresa Flying Tigers em 1985, pertencente atualmente a FEDEX. Mas o
crescimento acelerado do aeroporto somente começou em meados dos anos 90, quando
um modelo de gerenciamento público privado foi implantado e a estratégia de se tornar
uma grande plataforma multimodalidade de alta velocidade colocada em prática. Outro
item que fortaleceu seu desenvolvimento foi à implantação em 1991 da Foreign Trade
Zone (FTZ), como uma zona de livre comércio, responsável por estimular as
exportações através de incentivos fiscais. A FTZ é uma área segura e fechada, localizada
dentro ou próximo ao porto de entrada da mercadoria, onde podem ser feitas sua
armazenagem, recondicionamento, industrialização e exibição sem a incidência de
impostos se for direcionada ao mercado externo.
É servido por 9 operadoras de carga aérea: Air Tahoma (subcontratada pela DHL),
Atlas, Evergreen International Airlines, Eagle (hub nacional), FedEx Express (hub
regional), Polar Air Cargo, Gemini, UPS (hub regional), Mountain Air.
50
Através da figura 5, é possível verificar a evolução da carga aérea transportada
pelo aeroporto no período de 1991 a 2005. Nos primeiros 6 anos, ocorreu um constante
crescimento, sendo significativo o salto entre 1996 e 1997. Esse aumento expressivo
pode ser justificado pela implantação da alfândega americana, facilitando o acesso a
usuários da FTZ. A queda referente ao período entre 1998 e 1999 é devida ao
encerramento das operações nos EUA da Wascator Manufacturing Company, primeira
empresa a compor a FTZ, subsidiária da Eletrolux, fabricante de eletrodomésticos.
O Fort Worth Alliance Airport está localizado entre Fort Worth e Dallas, no Texas,
ocupando uma área de 2,2 milhões de metros quadrados. Constituído a partir da
audaciosa parceria pública privada entre a FAA, a cidade de Fort Worth e a empresa
Hillwood Development foi o primeiro aeroporto 100% industrial criado. Oficialmente
inaugurado em 1989 para se tornar um complexo logístico, oferece um sistema
multimodalidade de transporte, incluindo, além da modalidade aérea, a ferroviária e o
rodoviário.
Fort Worth Alliance Airport faz parte do conceito Alliance Texas, nome dado à
parceria pública privada, que compreende uma área de 70 milhões de metros quadrados,
abrigando, além da plataforma multimodalidade, complexos industriais, comerciais,
51
residenciais, educacionais e de lazer. Para a realização dessa parceria, foram gastos cerca
de U$ 6 bilhões o que chamou a atenção de investidores ao redor do mundo. Assim
como no Rickenbacker International Airport, no Alliance Texas foi implantado o FTZ
para prover benefícios às empresas globais.
A partir de 1997, quando a FedEx implantou seu hub regional, mais de 100
empresas de grande porte se instalaram no Alliance Texas, como a Honeywell, Nokia,
BFGoodrish, Aerospace, Bell Helicopters, Zenith Eletronics, AT&T, Gulfstream, Nestle
Distribution e Dell Computers. O impacto econômico local ocorrido entre 1990 a 2004
foi de U$ 26 bilhões, proporcionando a criação de 24.000 empregos em cerca de 140
empresas instaladas.
52
o transporte aéreo de carga e passageiro no mundo todo. Somente a partir de 2004 é que
se iniciou o processo de recuperação, verificado através da inclinação positiva da curva.
Desde sua inserção como aeroporto civil, em 1993, Frankfurt-Hahn tem se tornado
um dos aeroportos alemães de maior crescimento. Atualmente, está em décimo primeiro
lugar no ranking dos maiores aeroportos e em quarto lugar em carga movimentada na
Alemanha. O grande salto se deu quando uma empresa low-cost irlandesa se estabeleceu
no aeroporto, aumentando não só o número de passageiros, mas também o número de
empresas instaladas na região, saindo de 30 em 1996 para mais de 100 empresas em
2005, gerando 2.400 empregos. É considerado um aeroporto low-cost, único na região
de Rhine-Main a possuir o sistema de atendimento de 24/7 para handling e transporte de
carga.
Na figura 7 percebe-se uma curva bem parecida com a apresentada pelo Texas
Alliance. De 1998 a 2000, houve crescimento do volume de carga transportada. Em
53
2001, ocorreu uma queda bastante expressiva justificada pela crise econômica mundial e
agravada pelos atentados de 11 de Setembro. Já a partir de 2003, observa-se a
recuperação do volume de carga transportada.
54
reaproveitamento de áreas aeroportuárias ociosas, visando a contribuir para transformar
os aeroportos deficitários em superavitários.
55
Figura 8: Infra-estrutura de negócios necessária para implantação do Aeroporto
Industrial
56
CAPÍTULO V – DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECÔNOMICO
57
forma mais eficiente que a movimentação de trocas de bens e serviços para mensurar a
economia de um país. No entanto, um fator inseparável deste relacionamento é o desejo
de aumento do poder de troca e as melhores formas de se obtê-lo. A principal
comparação entre os países que compõem o cenário internacional se dá através de
indicadores que caracterizam o desenvolvimento econômico de cada um deles. A
comparação do rendimento, da acumulação de riquezas, do poder de troca, dentre
outros, entre os países fez surgir o ambiente de competitividade internacional.
58
Isto fica claro na definição de desenvolvimento econômico apresentada pelo MCT
(2001) “crescimento sustentável da renda per capita e do emprego, associada à melhoria
da distribuição da renda pessoal e regional e a conservação do meio ambiente”. Em
pleno século XXI cada vez mais torna-se importante a consideração das questões
ambientais no desenvolvimento econômicos, ou seja, é imprescindível que as ações em
prol de melhorias na economia de um país sejam atreladas aos princípios de exploração
sustentável dos seus recursos.
59
Segundo estudos realizados pela ALOP (2003) a crença na irreversibilidade dos
efeitos do processo de redução da intervenção do Estado nacional nos grandes processos
econômicos e na produção de serviços públicos faz surgir a idéia de que os governos
locais devem assumir um comportamento cada vez mais de agentes de desenvolvimento
econômico, preocupando-se centralmente em garantir a competitividade da região
dentro da dinâmica econômica globalizada. A atração de investimentos torna-se a
prioridade maior, e o governo local passa a ser visto como instrumento de viabilidade
local da instalação e sucesso de novos empreendimentos, por meio do fornecimento de
infra-estrutura urbana e subsídios. O Aeroporto Industrial pode ser entendido como
uma ação por parte dos governos locais voltada para o desenvolvimento econômico
regional.
60
serviços finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultorias
e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros – e suas variadas formas de
representação e associação. Incluem também diversas outras instituições públicas e
privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos, como escolas
técnicas e universidades; pesquisas, desenvolvimento e engenharia; política, promoção e
financiamento. REDESIST (2004).
61
concebidos como ponto de confluência entre a organização de sistemas regionais locais
de inovação no plano institucional e emergência de redes de firmas como forma padrão
de conformação empresarial desses sistemas.
De acordo com OLIVEIRA (2004) nas discussões sobre o tema APL no Brasil,
uma diferença importante é a presença constante do conceito de Sistemas Produtivos e
Inovativos Locais, que segundo CASSIOLATO e LASTRES (2003), são aqueles
arranjos produtivos em que interdependência articulação e vínculos consistentes
resultam em interação, cooperação e aprendizagem, com potencial de gerar o
incremento da capacidade inovativa endógena, da competitividade e do
desenvolvimento local. Assim, consideramos que a dimensão institucional e regional
constitui elemento crucial do processo de capacitação produtiva e inovativa. Diferentes
contextos, sistemas cognitivos e regulatórios e formas de articulação e de aprendizado
interativo entre agentes são reconhecidos como fundamentais na geração e difusão de
conhecimentos e particularmente aqueles tácitos. Tais sistemas e formas de articulação
podem ser tanto formais como informais.
5.3 Competitividade
62
De acordo com a COMEC (2001) citado pelo OLIVEIRA (2004), a promoção da
competitividade regional encontra desafios com que se defrontam os governos. Em uma
era denominada por um processo cada vez mais intenso de globalização econômica e
competição por oportunidades de inserção internacional, são exigidas atitudes mais
agressivas, flexíveis e antecipatórias das mudanças ambientais. Políticas públicas
reativas e adaptativas às mudanças já não são suficientes. O que se exige é uma grande
dose de pró-atividade, e antecipação, de promoção de mudanças.
63
A presença no país de indústrias competitivas relacionadas leva, com freqüência, a
novas indústrias competitivas. As indústrias correlatas são aquelas nas quais as
empresas, ao competir, podem coordenar ou partilhar atividades na cadeia de valores,
ou aquelas que envolvem produtos complementares (como computadores e softwares
aplicativos), PORTER, 1993.
64
A demanda por serviços aéreos aumenta a influência do transporte aéreo na
economia global, possibilitando o movimento rápido de milhões de pessoas, e bilhares
de dólares em mercadorias pelos mercados ao redor do mundo.
Ainda de acordo com a pesquisa realizada da ATAG 25% das vendas das
companhias são dependentes do transporte aéreo, e 70% das companhias afirmam que
este tipo de transporte é o melhor facilitador para expandir a participação no mercado.
Por ser um negócio de capital intensivo, a produtividade por trabalhador na indústria de
transporte aéreo é 3,5 vezes maior que a média dos outros setores.
1
Estudo da Air Transport Action Group realizado pela Oxford Economic Forecasting (OEF) – 2005.
65
Figura 9: Fluxo de Impactos do Transporte Aéreo
66
Podem ser divididos em:
- On-airport (on-site): administração aeroportuária, empresas aéreas, controle de
tráfego aéreo, comunicações aeronáuticas, meteorologia, autoridades de fiscalização e
controle, serviços de rampa e de handling de bagagens; e
- Off-airport (off-site): agentes de carga, empresas de catering e estacionamentos.
67
6.3 Impactos Induzidos
São de fundamental importância para uma análise detalhada das influências sócio-
econômicas dos aeroportos. Podem ser definidos como “emprego, receita/valor
agregado, produção e taxas gerados pelas despesas provenientes dos ganhos dos
empregados das atividades relacionadas direta e indiretamente com o aeroporto” (ACI-
Europe).
Este tipo de impacto é definido e citado mais claramente nas abordagens e nos
estudos Europeus. De difícil apropriação e quantificação, podem ser definidos como
“emprego, receita/valor agregado, produção e taxas gerados pela atração, retenção ou
expansão da atividade econômica dentro da área de estudo, como resultante da
acessibilidade de mercados em função do aeroporto, por exemplo, os investimentos
68
feitos pelas empresas que se localizam num raio de aproximadamente 60 minutos do
aeroporto por via rodoviária” (ACI-Europe).
69
mercado, isto impacta diretamente nos serviços de infra-estrutura do transporte aéreo de
carga.
• Prosperidade para comunidade regional: gera diversas atividades econômicas no
entorno de áreas ligadas ao transporte aéreo.
Figura 10: Quantidade de empregos por região e Impacto no Produto Interno Bruto
Empregos em Milhares
Diretos/Indiretos/Induzidos 0,5 3,2 4,1 0,6 0,5 4,6
Catalisadores 2,6 6,6 3,4 1,6 0,5 0,8
Total 3,1 9,8 7,5 2,2 1 5,4
GPD em Bilhões
Diretos/Indiretos/Induzidos 11,3 148,2 273,6 20,6 16,1 409,6
Catalisadores 44,2 540,1 768,1 101,4 46 583,2
Total 55,5 688,5 1041,7 122 62,1 992,8
Fonte: OEF, 2004
70
6.5 Os Benefícios do Transporte Aéreo
71
Previsões sugerem que a economia global se tornará cada vez mais dependentes
do comércio de troca na próxima década. É esperado que este comércio duplique.
Crescendo duas vezes mais que a taxa de crescimento do GPD, com os mercados
emergentes liderando o caminho.
Por exemplo, o Kenya exporta pelo ar produtos agrícolas como vegetais, frutas
frescas e flores para a Europa, além destes mesmos produtos a economia do Caribe
também é um dos maiores exportadores de peixe. A Colômbia é o maior exportador de
flores para os Estados Unidos, é estimado que 16% do valor de exportações da
Colômbia são realizadas pelo transporte aéreo.
72
Mais de 50% dos centros logísticos na Europa das companhias americanas e
asiáticas estão localizadas na Holanda. O percentual de negócios em diferentes setores
dependentes do aeroporto são 88% do setor de transporte e distribuição, 72% operações
internacional de larga escala, 75% de serviço de hotelaria, 46% serviços financeiros e
negócios, e 42% do setor de tecnologia.
73
O transporte aéreo melhora o mercado de trabalho porque exige profissionais
altamente qualificados. Funcionários de companhias aéreas, pode viajar constantemente
ou ficar baseado em duas localidades (matriz e filial), pelo fato de que a rede aérea
internacional, está a disposição facilitando e até mesmo influenciando suas decisões
onde vão trabalhar e morar, dados confirmados por 43% das companhias através da
pesquisa da IATA.
Como citado acima são vários os benefícios que o transporte aéreo pode oferecer à
economia de uma região e consequentemente a sociedade. A instalação de uma estrutura
aeroportuária nos arredores de uma região possibilita seu desenvolvimento. Por possuir
características específicas o Aeroporto Industrial pode contribuir muito além do que um
aeroporto clássico, pois visa aumentar e facilitar a capacidade de produção e
escoamento de determinadas indústrias.
74
sistemas locais na economia globalizada, pois trata-se da oferta de infra-estrutura, por
parte dos governos locais, acompanhando esta tendência mundial, reunindo vantagens e
incentivos disponíveis tanto localmente como em âmbito nacional.
Além dos incentivos fiscais para exportação: isenção do IPI, ICMS, COFINS e
PIS, há a suspensão de todos os tributos ligados aos insumos de produção importados,
minimização dos custos de estoque e redução dos custos logísticos de transporte e de
seguro pela agregação de valor na zona primária.
75
CAPÍTULO VII – AEROPORTOS BRASILEIROS
1
ANAC (Agência de Aviação civil) www.anac.gov.br
2
Carga embarcada mais carga desembarcada www.infraero.gov.br
76
Através de informações sobre a estrutura atual dos aeroportos, tais como
movimentação atual e volume de exportações e importações regionais, e dos
levantamentos conceituais abordados em capítulos anteriores, é possível apresentar uma
breve análise da situação dos aeroportos-indústrias apontadas pela INFRAERO.
Com uma área de 14 km², dos quais 5 km² é área urbanizada, o complexo
aeroportuário conta com um sistema de acesso viário próprio. A Rodovia Helio Smidt se
1
Beting, Gianfranco. Guarulhos Hub Sulamericano. Jetsite.
2
Airports Council International (maio de 2007). World Wide Airport Traffic Statistics. aicm.com.mx
3
Wingfield, Brian (14 de janeiro de 2008). The World's Most-Delayed Airports. Forbes.com.
77
estende por parte do perímetro do aeroporto, tendo ligação com as rodovias Presidente
Dutra e Ayrton Senna.
Toda estrutura para passageiros é dividida em dois terminais (TPS1 e TPS2) com
260 balcões de check-in, onde as atividades operacionais funcionam 24 horas por dia.
Operam 37 companhias aéreas nacionais e internacionais, voando para 23 países em
mais de 100 cidades do Brasil e do mundo.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 13.774.086,00 m²;
Pátio das Aeronaves: 468.110 m²;
Pista Dimensões(m):3.700x45 e 3.000x45;
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros:TPS I: 8.250.000 e TPS II: 8.250.000
Área(m²) do Terminal de Passageiros: TPS I: 87.850 e TPS II: 91.940
Estacionamento Aeronaves: 66 posições
78
Viracopos apresenta o maior terminal de cargas da América do Sul. O Terminal de
Logística de Carga de Importação e Exportação possui uma área de mais de 81 mil
metros quadrados, com capacidade de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por
ano. Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no
Brasil, uma passa por Viracopos.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 17.659.300 m²;
Pátio das Aeronaves: 1.458.000 m²;
Pista Dimensões(m): 3.240x45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 2.000.000
Área(m²) do Terminal de Passageiros: 30.000
Estacionamento Aeronaves: 11 posições
1
[http://www.infraero.gov.br/ Infraero: Investimentos na ampliação de Viracopos.
79
proporcionar alto padrão de eficiência dos seus serviços e cobertura de seus custos
operacionais.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 14.050.529,01 m²
Pátio das Aeronaves: 18.575,90 m²
Pista Dimensões(m): 2.700 x 45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros:TPS-I: 3.060.000 e TPS-II: 460.000
Área(m²) do Terminal de Passageiros:TPS-I: 43.659 e TPS-II: 2.607
Estacionamento Aeronaves: 15 posições
80
7.1.4 – Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) – Rio de Janeiro – Rio
de Janeiro
Com uma área de 17,88 km², é a atual porta de entrada de todos os vôos
internacionais e nacionais que servem o Rio de Janeiro, exceto vôos da ponte aérea e
aqueles que partem de e para cidades do interior do estado. Possui dois terminais de
passageiros (TPS1 e TPS2), com capacidade para 7 milhões e 8 milhões de passageiros,
respectivamente, totalizando 171 balcões de check-in, operando 24 horas por dia. Dispõe
de 53 posições de estacionamento de aeronaves, sendo 23 com pontes de embarque. O
aeroporto ainda é servido de um terminal de carga aérea, além de possuir a Base Aérea
do Galeão situada em seu perímetro.
81
7.1.5 – Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek – Brasília – Distrito Federal
82
estrutura aeroportuária e um moderno terminal de passageiros (inaugurado em 2001)
capaz de atender a 6.000.000 passageiros/ano e receber 24 aeronaves simultaneamente.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 10.573.286,90 m²
Pátio das Aeronaves: 211 mil m²
Pista Dimensões(m): 3.005 x 45 e 1.520 x 45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros:6.000.000
Área(m²) do Terminal de Passageiros: 69.750 m²
Estacionamento Aeronaves: 24 posições
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 3.888.457,41 m²;
Pátio das Aeronaves: 139.616m²;
Pista Dimensões(m): 3.300x45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 5.000.000
83
Área(m²) do Terminal de Passageiros: 52.000
Estacionamento Aeronaves: 26 posições
7.1.8 – Aeroporto Internacional Salgado Filho – Porto Alegre – Rio Grande do Sul
84
7.1.9 – Aeroporto Internacional Pinto Martins – Fortaleza – Ceará
Com o novo TECA, a capacidade será expandida para 5 mil toneladas de carga
(importação e exportação), com três câmaras frigoríficas. A atual câmara, que comporta
flores e rosas - inaugurada em 16 de agosto de 2002, com 140 m² de área - será
reinstalada no novo terminal. As novas câmaras, para frutas e pescados, terão área de
140 m². Somando tudo, o novo Terminal terá uma área de aproximadamente 9.000 m².
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 5.194.229,77 m²;
Pátio das Aeronaves: 152.857 m²;
Pista Dimensões(m): 2545x45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 3.000.000
Área(m²) do Terminal de Passageiros: 38.500
Estacionamento Aeronaves: 14 posições
7.1.10 – Aeroporto Internacional de Congonhas – São Paulo – São Paulo
85
O Aeroporto Internacional de Congonhas/São Paulo (IATA: CGH, ICAO: SBSP) é
o segundo mais movimentado aeroporto do Brasil, localizado na cidade de cidade de São
Paulo, no distrito do Jabaquara, distante 8 km do marco zero da capital paulista.
Com uma área pouco maior 1,5 km², serve de acesso ao aeroporto a avenida
Washington Luís, que tem ligação com as avenidas Vinte Três de Maio e dos
Bandeirantes.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 1.626.516,98 m²;
Pátio das Aeronaves: 77.321 m²;
Pista Dimensões(m):1.940x45e 1.435x49
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 12.000.000
Área (m²) do Terminal de Passageiros: 51.535
Estacionamento Aeronaves: 23 posições
86
Antes da transferência dos vôos, Confins estava com uma ocupação anual em torno
de 350 mil passageiros. Após a transferência dos vôos para Confins, o aeroporto fechou
2005 com quase quatro milhões de passageiros e continua crescendo. O aeroporto tem
poucos vôos internacionais, porém a Infraero prevê um considerável aumento desses
vôos.
O governo de Minas iniciou a maior obra viária já projetada para Belo Horizonte.
Chamada de Linha Verde, trata-se de uma adequação das vias que ligam o centro de
Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, transformando-as em uma
via rápida. A previsão é de que, após terminadas as obras, o trajeto do centro de Belo
Horizonte até Confins seja efetuado em 35 minutos. Atualmente, este percurso é
realizado em aproximadamente 60 minutos.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 15.010.000 m²;
Pátio das Aeronaves: 86.000 m²;
Pista Dimensões(m): 3.000x45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 12.000.000
Área (m²) do Terminal de Passageiros: 53.950
Estacionamento Aeronaves: 15 posições
7.1.12 – Aeroporto Internacional de São José dos Campos – S.J. dos Campos – São
Paulo
1
Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_Tancredo_Neves
87
O Aeroporto Internacional de São José dos Campos (IATA: SJK, ICAO: SBSJ)
está localizado na cidade de São José dos Campos, distante cerca de 100km da capital,
São Paulo.
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 1.740.110,20 m²;
Pátio das Aeronaves: 2.500 m²;
Pista Dimensões(m): 2.676x45
88
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 90.000
Área (m²) do Terminal de Passageiros: 864
Estacionamento Aeronaves: 13 posições
A extensão possibilita uma maior autonomia de vôo e viagens sem escala para
Miami, Nova York, Paris e Londres. Essas vantagens barateiam o custo do transporte de
mercadorias e estimulam a exportação de frutas direto de Petrolina.
A estrutura é toda preparada para atender à produção perecível, com seis câmeras
frigoríficas, com capacidade de armazenamento de 17 mil caixas cada uma, e dois túneis
de resfriamento. Foram construídas docas e a antecâmara do terminal recebeu
climatização para evitar que as frutas sofram choque térmico ao sair da temperatura
ambiente, que varia entre 32°C e 38°C, para as câmaras frigoríficas, entre –2°C e 8°C.
89
• Complexo Aeroportuário:
Sítio Aeroportuário: 4.188.215,18 m²;
Pátio das Aeronaves: 5.474 m²;
Pista Dimensões(m): 3.250x45
Capacidade/Ano do Terminal de Passageiros: 150.000
Área (m²) do Terminal de Passageiros: 2.027
Estacionamento Aeronaves: 10 posições
90
Tabela 6: Resumo da Carga transportada
Carga Transportada (em toneladas)
Ano Carga Geral Correio Total geral
2003 1.214.614 231.584 1.446.198
2004 1.358.518 215.163 1.573.681
2005 1.360.140 233.938 1.594.078
2006 1.229.679 306.291 1.535.971
2007 1.315.474 341.841 1.657.315
% Cresc 07-03 8,3% 47,6% 14,6%
Fonte: INFRAERO
A análise do período do ano 2000 ao ano 2006, dos dados da ANAC demonstra o
crescimento de 21% no mercado doméstico, sendo um crescimento mais significativo na
região nordeste, onde nos últimos anos recebeu um aumento de indústrias, tais como
automobilística, além do mercado de agricultura (frutas) e pescado. É possível observar
que todas as regiões apresentam crescimento positivo nos últimos três anos, com
exceção da região norte que apresentou uma redução 6,7% no último ano analisado.
Em outra análise ainda dos dados fornecidos pela ANAC confirma a constatação
citada acima com relação ao mercado doméstico que apresenta um crescimento de
17,2% na carga correio e 41,3% na carga geral.
91
Tabela 8: Carga transportada no Brasil
Doméstico + Internacional
Ano Correio Carga Ton-km utilizada
2000 98.084.003 2.179.661.965 6.773.932.641
2001 78.899.580 2.096.522.530 6.767.540.930
2002 81.657.538 2.148.991.605 6.795.720.377
2003 78.109.676 2.206.467.335 6.676.908.999
2004 123.664.778 2.449.143.233 7.342.640.894
2005 111.101.182 2.598.607.460 8.185.256.453
2006 105.100.341 2.302.468.246 7.725.109.015
% cres. 00-06 7,2% 5,6% 14,0%
Doméstico
Ano Correio Carga Ton-km utilizada
2000 72.575.266 696.904.532 2.936.195.769
2001 53.985.287 754.331.212 3.169.588.774
2002 46.174.786 742.650.656 3.159.797.712
2003 33.280.376 702.926.624 2.970.585.881
2004 81.473.477 796.613.144 3.358.812.628
2005 71.885.007 893.014.251 3.993.996.805
2006 85.089.850 984.726.457 4.672.475.233
% cres. 00-06 17,2% 41,3% 59,1%
Internacional
Ano Correio Carga Ton-km utilizada
2000 25.508.737 1.482.757.433 3.837.736.872
2001 24.914.293 1.342.191.318 3.597.952.156
2002 35.482.752 1.406.340.949 3.635.922.665
2003 44.829.300 1.503.540.711 3.706.323.118
2004 42.191.301 1.652.530.089 3.983.828.266
2005 39.216.175 1.705.593.209 4.191.259.648
2006 20.010.491 1.317.741.789 3.052.633.782
% cres. 04-06 -21,6% -11,1% -20,5%
Fonte: Anuário Estatítico ANAC 2006
92
Sendo apenas a colocação em quantidade de carga diferente. O Aeroporto
Internacional de Cumbica em Guarulhos continua sendo a via de escoamento de carga
mais importante do país.
93
• Identificar os conceitos sobre Aeroporto Industrial existentes no Brasil e
no exterior.
• Identificar os benefícios de um Aeroporto Industrial para o
desenvolvimento sócio-econômico regional.
• Analisar os aeroportos apontados como Aeroportos Industriais, e
identificar se os mesmos encontram-se condizentes com o conceito estudado.
Esta dissertação não tem a pretensão de esgotar o assunto, muito pelo contrário,
pretende contribuir para aprofundamento de novos estudos sobre o tema que tem
grandes perspectivas de colaborar com o desenvolvimento sócio-econômico regional,
principalmente no nosso país. Espera-se que esta contribuição possa inspirar novos
pesquisadores e incentivar novos desenvolvedores de aeroportos industriais, servindo de
aceleradores do crescimento econômico.
O maior obstáculo desta pesquisa foi falta de dados sobre o transporte de carga
aérea no Brasil, existem poucas instituições que divulgam informações sobre este
mercado, e os dados não são completos, além de apresentar distorções se comparados.
O fator que deu origem a procura por estruturas que facilitam e contribuem o
crescimento econômico sem dúvida foi a globalização acelerada e a necessidade
incessante de melhorar os processos logísticos de forma a permitir que os mercados
através de suas indústrias possam ser cada vez mais competitivas em níveis globais. O
conceito de logística integrada evoluiu para logística global, tendo como base o
gerenciamento das cadeias de abastecimento.
94
apresentar crescimentos mais significativos na Balança Comercial, importante indicador
dos níveis de exportação e importações brasileiras, o que demonstra a existência de um
grande potencial para o mercado de transporte aéreo de carga.
95
De acordo com a Instrução Normativa SRF nº 241 para a implementação de um
Aeroporto Industrial é necessário apenas o credenciamento junto a INFRAERO. E para
obter espaço dentro dessas zonas industriais aeroportuárias, os empresários participam
de concorrência pública. E de acordo com a licitação as empresas interessadas devem
contribuir para a preservação do meio ambiente, não exercendo atividades que
comprometam o meio ambiente e nem prejudiquem as operações de segurança das
operações aeroportuárias, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável.
96
A implantação de um complexo industrial do porte do Aeroporto Industrial exige
uma análise minuciosa das condições espaciais e estruturais da região que pretende
instalá-lo, a fim de que seja o mais adequado às atividades econômicas da região. A
acessibilidade e integração com outras modalidades são essenciais na determinação de
qual aeroporto deve ser homologado como um Aeroporto Industrial.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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transport.
98
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promotion of economic growth, Journal of Transport Geography.
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Education Society for Resource Management.
99
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Grupo Editorial Spagat, número 385, Ano 41,São Paulo.
GANDRA, Mauro, 2007, Fórum Nacional, Publicação Estudos e Pesquisas número 202,
Idéias para o planejamento estratégico da aviação comercial do Brasil, Instituto
Nacional de Altos Estudos, Rio de Janeiro.
KASARDA, John D. 2001 Logistics & The Rise of Aerotropolis, American Society of
Real Estate Counselors.
KASARDA, J. D., 2006, Airport Cities & The Aerotropolis: New Planning Models,
Revista Airport Innovation, USA.
100
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KASARDA, J. D., 2006, The Rise of the Aerotropolis, Revista The Amercian City,
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101
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Janeiro.
ROSA, Denise Portella, 2004, Artigo Rio de Transportes II, O Potencial da entrada
dos terminais de transporte na indústria de serviços logísticos, PET/COPPE/UFRJ,
Rio de Janeiro.
SADLER, Marilyn, 2007, Charting The Future, Revista HUB, The Magazine of
Memphis Logistics Council, Menphis, USA.
102
WIKIPÉDIA, vários acessos em 2008, Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_de_Brasilia>
103
ANEXO I – LEI NORMATIVA SRF 241
104
Art. 5º As mercadorias admitidas no regime, conforme referido nos arts. 3º e 4º, poderão
ser submetidas, ainda, às seguintes operações, nos termos e condições estabelecidos
nesta Instrução Normativa:
I - exposição, demonstração e teste de funcionamento;
II - industrialização; e
III - manutenção ou reparo.
Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado
em estação aduaneira interior (porto seco), recinto alfandegado de uso público
localizado em aeroporto ou porto organizado, instalação portuária de uso público ou
instalação portuária de uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da
Receita Federal (SRF).
Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado
em estação aduaneira interior (porto seco), recinto alfandegado de uso público
localizado em aeroporto ou porto organizado ou instalação portuária de uso público,
previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal (SRF). (Redação dada pela
IN SRF 289, de 27/01/2003)
Art. 6º O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado
em porto seco, recinto alfandegado de uso público localizado em aeroporto ou porto
organizado, instalação portuária de uso público ou instalação portuária de uso privativo
misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal (SRF). (Redação
dada pela IN SRF 463, de 19/10/2004)
§ 1º O regime poderá ser operado, ainda, em:
I - recinto de uso privativo, alfandegado em caráter temporário para a exposição de
mercadorias importadas em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, concedido ao
correspondente promotor do evento; e
II - local não alfandegado, de uso privativo, para depósito de mercadoria destinada a
embarque direto para o exterior, por empresa comercial exportadora, constituída na
forma do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, e autorizada pela SRF.
§ 2º O credenciamento referido no caput será exigido, no caso de porto seco,
exclusivamente para as operações referidas no art. 5º.
105
REQUISITOS E PROCEDIMENTOS
106
§ 1º Não poderão ser autorizadas operações de industrialização, manutenção ou reparo
com mercadorias que ponham em risco a segurança do recinto ou causem dano ao meio
ambiente.
§ 2º Para os efeitos do § 1º o processo de credenciamento deverá ser instruído com
manifestação expressa do concessionário ou permissionário do recinto quanto ao
cumprimento do requisito.
§ 3º O credenciamento de que trata este artigo será concedido a título precário e poderá
ser cancelado a qualquer tempo, inclusive em razão de requisição fundamentada de
autoridade competente em matéria de segurança ou meio ambiente.
Art. 10. Quando o recinto alfandegado for credenciado para a realização de atividades de
industrialização receberá as seguintes denominações:
I - aeroporto industrial, se localizado em aeroporto;
II - plataforma portuária industrial, se localizado em porto organizado ou instalação
portuária; ou
III - porto seco industrial, se localizado em porto seco.
Alfandegamento de Recinto para Feira, Congresso,
Mostra ou Evento Semelhante
Art. 11. A solicitação de alfandegamento temporário de recinto de uso privativo para o
armazenamento de mercadorias importadas destinadas a exposição em feira, congresso,
mostra ou evento semelhante, devidamente justificada e instruída com a correspondente
autorização do órgão competente, será apresentada pelo promotor do evento à SRRF
com jurisdição sobre o recinto, com as seguintes informações:
I - período e local do evento;
II - identificação dos expositores;
III - indicação da natureza das mercadorias a serem expostas; e
IV - leiaute das áreas de realização do evento, incluídas as destinadas à guarda dos
volumes anteriormente à realização do despacho aduaneiro de admissão no regime e,
quando for o caso, aquelas reservadas à exposição de mercadorias nacionais ou
nacionalizadas.
Parágrafo único. No exame do mérito da solicitação serão consideradas a justificativa
para o alfandegamento e as condições relativas à segurança fiscal.
107
Art. 12. O deferimento da solicitação fica condicionado, ainda:
I - ao atendimento às condições exigidas para a emissão da Certidão Negativa de
Débitos de Tributos e de Contribuições Federais administrados pela SRF; e
II - à apresentação de termo de fiel depositário das mercadorias a serem admitidas no
regime.
Art. 13. O ADE de alfandegamento, expedido pela SRRF, conterá:
I - a identificação do beneficiário;
II - a denominação e o período de realização do evento;
III - o endereço do recinto;
IV - o prazo de alfandegamento;
V - a unidade local da SRF de jurisdição;
VI - a autorização para a entrada e movimentação, no recinto alfandegado, de
mercadoria nacional ou nacionalizada, quando couber; e,
VII - os controles e outras obrigações a cargo do beneficiário.
Parágrafo único. O prazo do alfandegamento, observadas as peculiaridades do evento,
estará limitado a período que alcance não mais que os trinta dias anteriores e os trinta
dias posteriores aos fixados para início e término do evento.
108
V - possua registro especial como empresa comercial exportadora, nos termos do
Decreto-Lei nº 1.248, de 1972; e,
VI - apresente termo de fiel depositário das mercadorias.
Parágrafo único. A solicitação será dirigida à SRRF com jurisdição sobre o recinto,
contendo as seguintes informações:
I - identificação e endereço do recinto;
II - dimensões, capacidade de armazenamento e tipo de recinto; e,
III - prazo requerido para a autorização.
Art. 15. A autorização será outorgada por meio de ADE expedido pela SRRF, contendo:
I - a identificação e o número do registro especial da empresa beneficiária;
II - o endereço e o CNPJ do estabelecimento da empresa beneficiária onde será operado
o regime;
III - a unidade da SRF com jurisdição sobre o recinto; e,
IV - o prazo de vigência da autorização.
§ 1º O recinto indicado na autorização deverá ser utilizado exclusivamente para o
depósito de mercadorias submetidas ao regime de entreposto aduaneiro na exportação,
na modalidade de regime extraordinário.
§ 2º A autorização de que trata este artigo poderá ser concedida por tempo
indeterminado quando se tratar de imóvel de propriedade da empresa beneficiária.
109
d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento,
manutenção ou reparo referidos na alínea "c"; ou
e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País, ou
destinados a exportação, que atendam às condições para admissão no regime.
II - porto organizado e instalações portuárias:
a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de embarcações,
e de equipamentos e instrumentos de uso náutico;
b) provisões de bordo de embarcações utilizadas no transporte comercial internacional;
c) bens destinados à manutenção, substituição ou reparo de cabos submarinos de
comunicação; ou
d) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País ou
destinadas a exportação, que atendam às condições para admissão no regime.
III - porto seco:
a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves e
embarcações;
b) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de outros
veículos, bem assim de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos;
c) máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de
informática, identificáveis por número de série, importados, para serem submetidos a
serviço de recondicionamento, manutenção ou reparo, no próprio recinto alfandegado,
com posterior retorno ao exterior;
d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento,
manutenção ou reparo referidos na alínea "c"; ou
e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa física ou jurídica, domiciliada ou
estabelecida no País, ou destinados a exportação, que atendam às condições para
admissão no regime.
Art. 17. A admissão no regime de entreposto aduaneiro não será autorizada quando se
tratar de:
I - mercadoria cuja importação ou exportação esteja proibida;
II - bem usado; e
III - mercadoria importada com cobertura cambial.
110
§ 1º O disposto no inciso II deste artigo não se aplica aos bens referidos na alínea "a"
dos incisos I, II e III, e na alínea "c" dos incisos I e III, do art. 16.
§ 2º O disposto no inciso III deste artigo não se aplica a mercadoria destinada a
exportação.
Atividades Admitidas
Art. 18. Em porto seco ou em outro recinto alfandegado credenciado a operar o regime
de entreposto aduaneiro na importação ou na exportação, além da prestação dos serviços
comuns a que se refere o inciso I do art. 5º da Instrução Normativa SRF nº 55/00, de 23
de maio de 2000, poderão, ainda, ser realizados os seguintes serviços, relativos às
mercadorias ali armazenadas:
I - etiquetagem e marcação, para atender a exigências do comprador estrangeiro;
II - exposição, demonstração e teste de funcionamento;
III - concernentes às operações de industrialização:
a) acondicionamento ou reacondicionamento;
b) montagem;
c) beneficiamento;
d) recondicionamento dos bens referidos na alínea "a" dos incisos I, II e III e alínea "c"
dos incisos I e III do art. 16; ou
e) transformação, no caso de preparo de alimentos para consumo a bordo de aeronaves e
embarcações utilizadas no transporte comercial internacional ou destinados a
exportação.
IV - manutenção ou reparo, no caso dos bens referidos na alínea "a" dos incisos I, II e III
e na alínea "c" dos incisos I e III do art. 16.
Beneficiários do Regime
Art. 19. É beneficiário do regime de entreposto aduaneiro na importação o consignatário
da mercadoria a ser entrepostada, pessoa jurídica estabelecida no País.
§ 1º O beneficiário do regime operado em porto seco poderá ser pessoa física desde que
investido da condição de agente de venda do exportador.
§ 2º Na hipótese de regime de entreposto aduaneiro para a exposição de mercadorias a
que se refere o inciso I do § 1º do art. 6º, o beneficiário será o promotor do evento.
111
§ 3º O permissionário ou concessionário do recinto alfandegado poderá ser beneficiário
do regime de entreposto aduaneiro na importação, quando figurar como consignatário da
mercadoria, devendo ser observada, neste caso, a restrição estabelecida no § 2º do art.
38.
Art. 20. São beneficiários do regime de entreposto aduaneiro na exportação:
I - na modalidade de regime comum, a pessoa jurídica que depositar, em recinto
credenciado, mercadoria destinada ao mercado externo; e
II - na modalidade de regime extraordinário, a empresa comercial exportadora referida
no inciso II do § 1º do art. 6º.
112
§ 1º A concessão automática prevista neste artigo fica condicionada ao atendimento dos
seguintes requisitos:
I - o conhecimento de carga deverá acobertar exclusivamente mercadorias destinadas ao
regime; e
II - o beneficiário deverá manter controle informatizado de estoque, atualizado
diariamente, sem prejuízo dos controles referidos no inciso II do art. 7º, de
responsabilidade do depositário das mercadorias.
§ 2º O atendimento ao requisito referido no inciso II do parágrafo anterior será
reconhecido pelo titular da unidade da SRF jurisdicionante do recinto, por meio de
ADE.
§ 3º Na hipótese de que trata este artigo, o regime subsiste a partir da data de entrada da
mercadoria no recinto alfandegado de uso público credenciado.
Art. 23. Na hipótese do artigo anterior, o beneficiário deverá apresentar à unidade da
SRF jurisdicionante do recinto, até o quinto dia útil subseqüente à concessão do regime,
os conhecimentos de carga relativos às mercadorias admitidas no regime, para:
I - o registro da destinação da mercadoria, no Sistema Integrado da Gerência do
Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (Mantra); ou
II - a realização das anotações destinadas à conferência final do manifesto, na hipótese
de unidade de despacho não usuária do Mantra.
113
Parágrafo único. O tratamento previsto no inciso I aplica-se também às mercadorias que
ingressem no recinto para serem utilizadas nas operações previstas nos incisos III e IV
do art. 18.
114
daquelas nacionais ou nacionalizadas submetidas ao regime de entreposto aduaneiro na
exportação.
Parágrafo único. As mercadorias nacionais ou nacionalizadas de que trata este artigo
deverão ser fornecidas por estabelecimento da empresa beneficiária do regime.
Art. 30. Na hipótese de regime de entreposto aduaneiro de mercadoria importada com
cobertura cambial, destinada a exportação, conforme previsto no § 2º do art. 17, o
beneficiário deverá registrar DI para efeitos cambiais.
Art. 30. Na hipótese de aplicação do regime de entreposto aduaneiro a mercadoria
importada que for destinada a exportação, o beneficiário deverá registrar DI para efeitos
cambiais. (Redação dada pela IN SRF 356, de 04/09/2003)
Art. 30. Para fins de nacionalização de mercadoria destinada à exportação, o beneficiário
deverá, dentro do prazo de aplicação do regime, registrar uma DI para efeitos cambiais.
(Redação dada pela IN SRF 548, de 16/06/2005)
§ 1º O beneficiário deverá solicitar, no mesmo dia, retificação da declaração de
admissão no regime, para incluir o número de registro da DI para efeitos cambiais no
campo destinado a informações complementares.
§ 1o Na data do registro da DI para efeitos cambiais, o beneficiário deverá solicitar a
retificação da declaração de admissão no regime, para incluir seu número no campo
destinado a informações complementares. (Redação dada pela IN SRF 548, de
16/06/2005)
§ 2º A correspondente declaração de exportação deverá ser registrada no prazo de
sessenta dias, contado da data de registro da DI para efeitos cambiais.
§ 2o A correspondente declaração de exportação deverá ser registrada no prazo de até
sessenta dias, contado da data de registro da DI para efeitos cambiais, observando-se,
ainda, o prazo de aplicação do regime. (Redação dada pela IN SRF 548, de 16/06/2005)
§ 3º O eventual despacho para consumo será realizado mediante registro, no Siscomex,
da respectiva declaração de importação e pagamento dos impostos suspensos, sujeitos
aos acréscimos moratórios, calculados na data de registro da correspondente DI para
efeitos cambiais, observado o prazo estabelecido no parágrafo anterior.
§ 3º No caso de bens industrializados com base em contrato firmado com empresa
estrangeira, o prazo a que se refere o § 2o será contado a partir da data prevista no
115
mencionado contrato para a entrega dos bens, observando-se, ainda, o prazo de aplicação
do regime. (Redação dada pela IN SRF 548, de 16/06/2005)
§ 4º Na hipótese de importação, com cobertura cambial, de mercadoria destinada à
exportação, o beneficiário deverá registrar a correspondente DI para efeitos cambiais na
mesma data de registro da declaração de admissão da mercadoria no regime. (Incluído
pela IN SRF 548, de 16/06/2005)
§ 5º O eventual despacho para consumo será realizado mediante registro, no Siscomex,
de uma declaração de importação, sem cobertura cambial, após autorização obtida em
processo administrativo, informando-se na ficha Básicas, no campo Processo Vinculado,
que se trata de Declaração Preliminar, e indicando-se o número do processo
administrativo correspondente e o pagamento dos impostos suspensos, sujeitos aos
acréscimos moratórios, calculados na data de registro da correspondente DI para efeitos
cambiais. (Incluído pela IN SRF 548, de 16/06/2005)
Art. 31. A movimentação de mercadoria da área de armazenamento para aquelas
destinadas à exposição, demonstração e testes de funcionamento, ou às operações a que
se referem os incisos III e IV do art. 18, bem assim o correspondente retorno parcial ou
total, inclusive do produto resultante, exigirá a prévia emissão de Relação de
Transferência de Mercadorias (RTM).
§ 1º A RTM autoriza a saída e a circulação da mercadoria identificada e quantificada,
mediante as assinaturas do depositário e do beneficiário do regime, atestando a
respectiva operação, em vias a serem arquivadas pelo prazo legal previsto na legislação
de regência, por ambos os responsáveis, independentemente de qualquer procedimento
da fiscalização.
§ 2º As mercadorias resultantes poderão ser objeto de armazenamento na área isolada
destinada às respectivas operações, referidas no caput deste artigo.
Art. 32. Os refugos, sobras e aparas resultantes da industrialização a que forem
submetidas as mercadorias deverão permanecer armazenadas na área isolada, enquanto
não realizada a correspondente:
I - exportação;
II - destruição, às expensas do beneficiário do regime e sob acompanhamento da
fiscalização; ou
III - despacho para consumo.
116
§ 1º Na hipótese do inciso III, os tributos incidentes na importação serão calculados
segundo a alíquota correspondente à mercadoria entrepostada e a base de cálculo
determinada em laudo expedido por entidade ou técnico credenciado pela SRF.
§ 2º As partes e peças defeituosas, que forem substituídas em decorrência das operações
de recondicionamento, manutenção ou reparo, deverão ser destruídas ou reexportadas.
Art. 33. O disposto no art. 31 aplica-se, também, na movimentação de bens destinados à
prestação de serviços de reposição, manutenção ou reparo de bens estrangeiros, nos
termos das alíneas "a", "c" e "d" do inciso I, "a" e "c" do inciso II e "a" a "d" do inciso
III do art. 16.
§ 1º A adoção do procedimento previsto neste artigo fica condicionada à manutenção,
pelo beneficiário, de controle informatizado de estoque, atualizado diariamente, sem
prejuízo dos controles referidos no inciso II do art. 7º, de responsabilidade do
depositário das mercadorias.
§ 2º O atendimento ao requisito previsto no parágrafo anterior será previamente
reconhecido pelo titular da unidade da SRF jurisdicionante do recinto, mediante
expedição de ADE.
Art. 34. As mercadorias submetidas ao regime poderão ser retiradas do recinto
alfandegado, para fins de:
I - exposição em feira ou evento semelhante; ou
II - recondicionamento, realizado no exterior, no caso de partes, peças e outros materiais
utilizados na manutenção ou reparo de embarcações ou aeronaves e de equipamentos e
instrumentos de uso náutico e aeronáutico.
III - industrialização, inclusive sob encomenda, de partes, peças e componentes
destinados à construção ou conversão de plataformas de petróleo, estruturas marítimas
ou seus módulos, de quetrata o inciso II e o parágrafo único do art. 62 da Lei n 10.833,
de 29 de dezembro de 2003. (Incluído pela IN SRF 463, de 19/10/2004)
§ 1º Na hipótese deste artigo, poderá ser adotado procedimento simplificado para
autorizar a saída e controlar o prazo para retorno ao recinto, com base na RTM,
acompanhada de Nota Fiscal ou do Conhecimento de Transporte, conforme o caso.
§ 2º A adoção do procedimento previsto neste artigo fica condicionada à manutenção,
pelo beneficiário, do controle informatizado de que trata o § 1º do art. 33.
117
§ 3º No caso a que se refere o inciso III, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º, o
procedimento está condicionado à apresentação, pelo beneficiário, de cópia do contrato
com a empresa: (Incluído pela IN SRF 463, de 19/10/2004)
I - sediada no exterior, contratante da construção ou conversão de plataforma destinada à
pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural, ou de seus módulos ou estruturas
marítimas;ou (Incluído pela IN SRF 463, de 19/10/2004)
II - contratada da empresa referida no inciso I, ou por esta subcontratada, para os fins de
execução do respectivo contrato de fornecimento de partes, peças ou componentes para a
plataforma em construção ou conversão, ou para suas estruturas ou módulos . (Incluído
pela IN SRF 463, de 19/10/2004)
§ 4º Na hipótese de impossibilidade de armazenamento do produto resultante da
industrialização no recinto a que se refere o caput, em razão de sua dimensão ou peso,
poderá ser autorizado pelo titular da unidade da SRF de jurisdição, a pedido do
beneficiário, o armazenamento em outros locais, inclusive no próprio estabelecimento
do exportador. (Redação dada pela IN SRF 548, de 16/06/2005)
EXTINÇÃO DO REGIME
118
Mercadorias Admitidas Apenas para Armazenamento
Art. 38. O beneficiário deverá dar início, no decorrer do prazo estabelecido para a
permanência da mercadoria importada no regime, ao respectivo despacho aduaneiro
para:
I - consumo;
II - admissão em outro regime aduaneiro especial ou atípico;
III - reexportação; ou
IV - exportação, na hipótese prevista no art. 30.
§ 1º A DI para consumo poderá ser apresentada, no Siscomex, por pessoa jurídica
diversa do beneficiário, na hipótese de aquisição direta do consignante.
§ 2º A declaração para extinção do regime deverá ser apresentada exclusivamente por
pessoa jurídica diversa do beneficiário, quando esse beneficiário for o administrador do
recinto em que a mercadoria importada se encontre armazenada.
§ 2º Nas hipóteses referidas nos incisos I, II e IV, a declaração para extinção do regime
deverá ser apresentada exclusivamente por pessoa jurídica diversa do beneficiário,
quando esse beneficiário for o administrador do recinto em que a mercadoria importada
se encontre armazenada. (Redação dada pela IN SRF 356, de 04/09/2003)
Art. 39. No prazo estabelecido para a permanência da mercadoria no regime de
entreposto aduaneiro na exportação, o beneficiário deverá:
I - dar início ao correspondente despacho aduaneiro de exportação;
II - na modalidade de regime comum, reintegrar a mercadoria ao estoque do
estabelecimento de origem ou recolher os impostos suspensos; ou,
III - na modalidade de regime extraordinário, recolher os impostos que deixaram de ser
pagos em decorrência dos benefícios fiscais auferidos pelo produtor-vendedor, nos
termos da legislação pertinente.
§ 1º O despacho de exportação será realizado com base em declaração de exportação
apresentada no Siscomex.
§ 2º O retorno ao mercado interno será autorizado pela autoridade aduaneira, com base
na Nota Fiscal correspondente.
Art. 40. A formalização da extinção do regime referente a bens destinados a reposição,
manutenção ou reparo de outros bens estrangeiros, nos termos do art. 33, poderá ser
objeto de procedimento simplificado de reexportação ou exportação, por meio de
119
apresentação periódica de Nota de Destinação de Mercadoria (NDM), a ser apresentada
à unidade da SRF jurisdicionante até o quinto dia útil do mês subseqüente ao da saída do
recinto.
Parágrafo único. O controle informatizado de estoque, previsto no § 1º do art. 33, deverá
vincular a NDM prevista neste artigo às correspondentes RTM.
120
Art. 43. As mercadorias admitidas no regime para exposição em feira, congresso, mostra
ou evento semelhante, no prazo de vigência estabelecido, poderão ser:
I - reexportadas;
II - despachadas para consumo;
III - transferidas para outro regime especial; ou
IV - admitidas no regime de entreposto aduaneiro em outro recinto alfandegado de uso
público.
§ 1º Nas situações referidas nos incisos III e IV, o pleito deverá ser instruído com
documento comprobatório da concordância do consignante em relação à nova destinação
das mercadorias.
§ 2º Na hipótese prevista no inciso IV:
I - a remoção da mercadoria será realizada sob o regime de trânsito aduaneiro;
II - será formulada DI para admissão no regime no recinto alfandegado que a receber,
ainda que não haja mudança de consignatário; e
III - não será reiniciada a contagem do prazo de permanência da mercadoria no regime.
§ 3º O material estrangeiro utilizado na montagem e decoração dos estandes poderá ser
destruído às expensas do interessado, mediante prévia autorização da unidade da SRF
jurisdicionante do recinto alfandegado.
121
I - dos impostos suspensos, bem assim da multa, de mora ou de ofício, e demais
acréscimos legais cabíveis, quando se tratar do regime de entreposto aduaneiro na
importação ou na exportação, na modalidade de regime comum; ou
II - dos impostos que deixaram de ser pagos em decorrência dos benefícios fiscais
auferidos pelo produtor-vendedor, bem assim da multa, de mora ou de ofício, e demais
acréscimos legais cabíveis, no caso do regime de entreposto aduaneiro na exportação, na
modalidade de regime extraordinário.
Art. 46. São responsabilidades do beneficiário do regime a que esteja submetida a
mercadoria objeto de industrialização:
I - observar as normas de escrituração e emissão de documentos fiscais previstos no
Decreto nº 2.637, de 25 de junho de 1998;
II - apurar o IPI incidente na importação e aquele relativo às operações de
industrialização, manutenção e reparo realizadas no recinto, nos termos das normas
específicas.
Art. 47. O beneficiário do regime deverá recolher os impostos suspensos em decorrência
da admissão das mercadorias que não retornem ao recinto alfandegado, no prazo
estipulado, sem que tenham recebido outra destinação aduaneira, conforme previsto no
art. 41, nas hipóteses a que se referem os arts. 33 e 34.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 48. O conhecimento de transporte que instrui a declaração de admissão de
mercadoria importada poderá ser desdobrado, para fins de instrução das correspondentes
declarações apresentadas para a extinção do regime.
Art. 49. O credenciamento de recinto para operar o regime de que trata esta Instrução
Normativa deverá ser suspenso, por meio de ADE da respectiva SRRF, quando ficar
constatado o descumprimento de qualquer dos requisitos estabelecidos, pelo prazo
necessário à regularização da pendência.
Parágrafo único. Enquanto perdurar a suspensão não será autorizada a admissão de
mercadorias no regime.
Art. 50. A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) expedirá os atos
necessários:
I - às orientações para a aplicação do disposto nesta Instrução Normativa;
122
II - ao estabelecimento das informações a serem apresentadas para os controles a que se
referem o inciso II do art. 7º, o inciso II do § 1º do art. 22, o § 1º do art. 33, o § 2º do art.
34 e o art. 37;
III - ao estabelecimento dos modelos da RTM e da NDM, a que se referem os arts. 31 e
40.
Art. 51. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 52. Fica revogada Instrução Normativa SRF nº 79, de 11 de outubro de 2001.
123
ANEXO II – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS AEROPORTOS
BRASILEIROS
124
Área dos Posições de
Região Aeroporto Sítio (m2) Pátio (m2) Pista (m) terminais (m2) aeronaves
3200x45
Centro-Oeste Brasília 28.995.153 57.113 3300x45 90.100 32
Centro-Oeste Goiânia 3.967.365 11.000 2500x45 7.650 6
Centro-Oeste Mato Grosso Varzéa 7.276.920 51.756 2300x45 5.600 31
Centro-Oeste Campo Grande 10.802.318 36.000 2600x45 6.000 25
Centro-Oeste Corumbá 1.032.422 15.883 1660x30 1.564 14
Centro-Oeste Ponta Porã 1.115.104 90.000 2000x45 1.075 13
Norte Palmas 23.739.952 41.360 2500x45 9.600 24
Norte Boa Vista 11.690.000 78.490 2700x45 4.958 7
Norte Porto Velho 13.040.527 30.250 2400x45 8.540 16
Norte Altamira 2.664.561 17.765 2003x38 648 8
2800x45
Norte Belem 5.615.783 82.384 1830x45 33.225 11
Norte Julio Cesar 2.840.991 20.500 1500x30 475 32
Norte Marabá 3.350.767 19.217 2000x45 603 15
Norte Carajás 2.872.957 16.000 200x45 833 32
Norte Santarém 10.741.277 55.200 2400x45 1.561 27
43659
Norte Manaus 14.050.529 18.576 2700x45 2607 15
Norte Tabatinga 6.503.350 68.800 2150x32 1.284 10
Norte Tefe 14.324.689 n/a 2200x45 297 11
Norte Macapá 15.156.375 21.900 2100x45 2.914 15
Norte Cruzeiro do Sul 15.712.860 22.500 2400x45 515 3
Norte Rio Branco 7.325.000 38.400 2185x45 4.292 29
Nordeste Aracaju 5.926.503 2.200 2200x45 10.600 10
2600x45
Nordeste Parnamirim 13.418.371 36.924 1825x45 11.560 25
2.600x45
Nordeste Natal 15.000.000 37.000 1825x45 16.482 n/a
Nordeste Parnaíba 1.160.595 10.696 2100x45 1.800 2
Nordeste Tersina 1.288.105 18.500 2200x45 3.080 4
Nordeste Petrolina 4.188.215 5.474 3250x45 2.027 10
Nordeste Recife 3.888.457 139.616 3300x45 52.000 26
Nordeste Campo Grande n/a 11.200 1600x42 2.500 10
Nordeste João Pessoa 3.886.920 113.175 2515x45 6.000 10
Nordeste Imperatriz 3.000.000 18.725 1798x45 1.082 12
2385x45
Nordeste São Luis 6.316.708 29.150 1525x41 8.100 35
Nordeste Fortaleza 5.194.230 152.857 2545x45 38.500 14
Nordeste Juazeiro 1.288.737 110x8 1800x45 900
Nordeste Paulo Afonso 1.466.769 12.047 1800x45 1.510 15
3005x45
Nordeste Salvador 10.573.287 211.000 1520x45 69.750 24
Nordeste Ilheús 739.687 10.199 1577x45 3.420 3
Nordeste Macéio 4.873.714 56.143 2600x45 22.000 17
125
ACI – Airport Council Internacional
AIRBUS –
126
RFID – Radio Frequency Identification
127