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Até tentam nos vender “umas coisinhas” com essa promessa. Acredite: não funcionam!
Mas, não seria legal se você pudesse estudar de uma maneira mais inteligente e conseguir reter
melhor o conhecimento?
Melhor ainda…
Não seria legal aprender mais rápido e conseguir mais tempo para todas as outras tarefas da
vida?
Não se preocupe, eu não estou aqui para te vender uma pílula do conhecimento,
no entanto posso afirmar que existem formas bem legais e comprovadas cientificamente de
aprender mais rápido!
Tá duvidando?
Uma pesquisa da Loma Linda School of Medicine de 2008 mostrou que ser exposto à informação
por mídias ou formas diferentes estimula partes diferentes do cérebro. Quanto mais partes do
cérebro são ativadas, mais você reterá a informação.
Então, quando você estiver aprendendo algum assunto, poderá fazer o seguinte:
Vamos imaginar que você esteja se preparando para estudar matemática, língua portuguesa,
inglês e economia.
Para acelerar seu aprendizado, em vez de estudar uma disciplina em cada dia da semana
(matemática na segunda, língua portuguesa na terça, inglês na quarta e economia na quinta)
estude um pouquinho de cada no mesmo dia (estude todas no mesmo dia todos os dias).
Fazendo dessa forma, você vai aprender mais rápido do que estudar cada uma delas em dias
diferentes da semana.
Por quê?
Porque estudando conteúdos muito similares de uma só vez acaba gerando confusão, pois é
muita informação parecida e nosso cérebro meio que precisa de “um break” para processar
informações parecidas.
Então, para estudar de uma forma inteligente, aprenda várias matérias no mesmo dia! Seu
cérebro terá mais tempo para consolidar o aprendizado.
3. Revise periodicamente
Se você quiser transferir o conhecimento da memória de curto para longo prazo, precisa revisar
periodicamente.
A quantidade de revisão e intervalos depende de por quanto tempo você quer reter a
informação, mas, de forma geral são recomendadas as seguintes revisões:
Isso é apenas uma sugestão, caso queira aprofundar no assunto, veja o artigo que preparamos
sobre a importância da revisão nos estudos.
4. Não seja da turma do fundão
Estudos mostraram que quem senta nas primeiras filas tende a ter melhores resultados nas
provas.
Sentando nas primeiras filas você conseguirá ver melhor o quadro, ouvir melhor a explicação e
terá menos distrações.
Bem, agora você sabe onde estão os melhores lugares, basta escolher.
Não tenha dúvida: fazer várias coisas ao mesmo tempo torna você menos produtivo, mais
distraído e “mais burro”.
Estudos mostraram que pessoas que dizem que são ótimas em fazer tudo ao mesmo tempo, na
verdade não são.
Se você realmente quer aprender, concentre-se em uma coisa de cada vez. Então, não tente
estudar enquanto está assistindo TV ou verificando seu Instagram.
Exemplo #1
Ou seja, você criou uma frase engraçada e fácil de lembrar que pode ajudá-lo durante a prova.
Quanto mais “doida” e “mais memorizável” for a frase, melhor a chance de ajudá-lo na
memorização.
Exemplo #2
Imagine que você queira memorizar a Competência da União para legislar privativamente
(sobre Direitos):
Comercial
Agrário
Penal
Aeronáutico
Civil
Eleitoral
Trabalho
Espacial
Desapropriação
Processual
Marítimo
Além dos recursos mnemônicos você pode utilizar mapas mentais, resumos ou flash cards,
tabelas, diagramas e muitas outras ferramentas que comprimam a informação a ser gravada.
7. Faça anotações à mão, não no notebook
Estudos mostram que alunos que fazem anotações à mão tendem processar e reter melhor a
informação, pois acabam escrevendo “com as próprias palavras” e isso ajuda na memorização.
Já os que fazem anotações no laptop, tendem a anotar exatamente o que foi dito pelo professor
sem uma análise, o que prejudica o processamento da informação.
Não sei se você percebeu, mas quanto mais “trabalho”, “raciocínio” e “relacionamentos com
outros conhecimentos” dermos ao cérebro, mais rápido aprendemos.
Obviamente, os que fazem anotações à mão acabam se saindo melhor nas provas.
E se eu não passar?
Todo mundo enfrenta esses e outros medos antes de fazer uma prova.
Mas, se essas preocupações crescem e viram ansiedade, podem atrapalhar sua nota.
A solução?
Os pesquisadores também descobriram que essa técnica é melhor para “medos habituais” que
acompanham toda a vida.
Em outro estudo, foi observado que estudantes que escreviam seus sentimentos em diários
tinham melhor memória e aprendizado.
Se você encarar seus sentimentos negativos e escrevê-los, eles acabam perdendo importância e
gerando menos efeitos em sua ansiedade.
Então, para ficar menos ansioso, separe 10 minutos e escreva todos os sentimentos negativos
que você tem em relação a prova e tudo mais. Fazendo isso, é muito provável que você
conseguirá boas notas.
Décadas de estudos mostram os testes ou exercícios são cruciais para melhorar suas notas.
Em um experimento na University of Louisville a psicóloga Keith Lyle dividiu uma aula em dois
grupos.
Um dos grupos recebeu ao final de cada aula um teste com 4 a 6 perguntas sobre o assunto
estudado.
Ao final da pesquisa, o grupo que recebeu testes conseguiu uma nota significantemente melhor
que a do grupo que não recebeu.
Você precisa fazer MUITOS exercícios para melhorar e conseguir melhores notas.
Henry Roediger III em seu Livro “Make It Stick: The Science of Successful Learning, scientists”
explica que quanto mais relação você conseguir fazer entre os conceitos que já aprendeu e os
novos conceitos que está sendo exposto, mais rápido você aprenderá.
Você poderá relacionar com o assunto “guerra” que já está na sua memória:
Os glóbulos brancos são “soldados” que defendem você contra as doenças que são “os
inimigos”.
Ou imagine que você está aprendendo sobre o Orçamento de um país, você pode correlacionar
ao orçamento de uma casa. As receitas (tributos) são os salários, as despesas de capital são
aquelas necessárias para “trabalhar e produzir mais” como a troca de um carro ou a compra de
uma casa e as despesas correntes são aquelas que você tem para se manter, como a gasolina e a
comida.
Fazer associações leva tempo e exige esforço, mas quando você consegue fazer essas
comparações e conexões, você grava durante muito mais tempo e seu desempenho melhora
absurdamente.
11. Leia as partes importantes em voz alta
Várias pesquisas mostram que ler informação em voz alta ajuda a aprender mais rápido que ler
silenciosamente.
Quando você lê em voz alta, você ao mesmo tempo ouve e visualiza a informação, utilizando
dois sentidos. Quando você lê silenciosamente apenas vê, utilizando apenas um sentido.
Mas vamos ser realistas, é impossível ler todo o conteúdo em voz alta, demora muito.
Passo 1: quando você estiver lendo, sublinhe os principais conceitos e fórmulas. Não estou
dizendo para você parar para memorizar, apenas sublinhe e continue lendo.
Passo 2: depois de terminar a leitura e sublinhar as principais informações, leia tudo que
sublinhou em voz alta várias vezes. Leia cada fórmula e informação devagar, para reter melhor.
Passo 5: para cada conceito e equação que não foi memorizado, repita os passos 2, 3 e 4.
Então,
se você acha que a melhor estratégia é ficar 6 horas estudando trancado em uma sala, está
completamente errado!
Minha sugestão é que você faça intervalos de 5 a 10 minutos depois de 40 minutos de estudo.
Outra coisa importante, durante esse período de relaxamento, tente evitar celular e
computador. Esses equipamentos não “deixam” você realmente descansar.
Outra opção, é utilizar o método pomodoro. Se você não conhece é uma excelente
oportunidade.
13. Tenha pequenas recompensas ao final de cada estudo
Antes de iniciar seu ciclo ou sessão de estudo, já imagine um “presentinho” para você mesmo ao
final da sessão. Muitos estudos mostram que essa técnica melhora a memória e o aprendizado.
Utilizando essa técnica você vai aprender mais rápido e de forma mais inteligente.
Estudos mostram que aqueles que tem como meta o aprendizado e não somente uma boa nota
na prova conseguem melhores resultados.
A Pisicóloga Carol Dweck da Stanford University afirma que o aluno com melhores notas é
aquele que:
Ou seja, os estudantes que não tem “sucesso” tendem a colocar a meta no objetivo (ser
aprovado) enquanto os que tem sucesso tendem a colocar a meta no aprendizado.
O aluno com as melhores notas entenderá que conseguiu o resultado se aprendeu, o outro se
for aprovado.
Os que focam no resultado geralmente estão pensando na sua imagem perante os outros. Eles
pensam: vou mostrar minha nota, minha aprovação, etc., para essa ou aquela pessoa.
Os que focam no aprendizado estão mais concentrados no crescimento pessoal, eles pensam:
vou aprender direitinho “tudo sobre crase” ou “tudo sobre probabilidade” pois “vai ser
interessante para meu conhecimento”, e se preocupam em atingir esse objetivo.
15. Beba ao menos 8 copos de água por dia
Não!
Estudos mostram que em torno de 75% das pessoas estão em um estado crônico de
desidratação. E, a desidratação é ruim para seu cérebro, consequentemente, seu aprendizado.
Leve sua “garrafinha de água” por onde estiver e beba mesmo antes de sentir sede.
Isso vai ajudar sua hidratação, desempenho e conta também como um intervalo para dar uma
refrescada também na mente.
Muitos estudantes afirmam que dormem pouco para conseguir mais tempo livre para estudar.
Todos os estudos sobre sono mostram que se você dormir bem conseguirá ficar mais focado e
aprender mais rápido, melhorará sua memória e lidará melhor com o estresse.
Então, dormindo bem você não perde tempo! Muito pelo contrário, você ganha velocidade de
aprendizado.
Existe outro estudo muito interessante que mostra que se você estudar algo difícil antes de
dormir e revisar no próximo dia conseguirá memorizar muito melhor.
Então, minha sugestão é que você dê uma estudada nos conteúdos difíceis um pouco antes de
dormir e revise no próximo dia.
E se você é festeiro e gosta de passar as noites em claro, tenho uma péssima notícia:
Vários estudos mostram que o povo que não dorme à noite tem notas piores nas provas e
piores desempenhos nas carreiras. Então, nada de noitadas nem de pouco sono.
Ovos de galinha! Mais precisamente, a gema que contém 90% da colina do ovo.
Estudos recentes mostram que isso era mito e que os ovos de galinhas são muito saudáveis!
Finalizando
Eu sei que o artigo foi longo, mas não se estresse com ele.
Você não precisa nem deve implementar todas as dicas do artigo, vá testando uma a uma e veja
qual apresenta melhores resultados para você.
As pessoas são diferentes e reagem de forma diferente a métodos e estímulos, você tem que
ser perspicaz para saber o que dá certo e o que não dá para sua realidade.