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PSICOPEDAGOGIA
PRÉ - PROJETO
MANAUS/2018
FRANCISCA CLAUDIA FERNANDES DE SOUZA
2 - DELIMITAÇÃO
3- PROBLEMATICA
Esta pesquisa tem por finalidade mostrar a importância dos jogos matemáticos na
psicopedagogia tem por objetivo analisar o emprego e a importância de jogos e brincadeiras como
estratégias alternativas na organização do trabalho pedagógico significativo em turma de
alfabetização. A prática educativa só tem sentido se possibilita a compreensão do diferencial: no
ensinar não há transferência de conhecimento, mas a criação de possibilidades para a sua produção
ou a sua construção. A escola nesse contexto passou a ser um lugar de importância fundamental,
pois pode integrar os jogos e as brincadeiras à aprendizagem e propiciar prazer às crianças, além do
acesso ao conhecimento significativo. Os jogos e brincadeiras no cotidiano escolar de sala de aula
em turma de alfabetização vêm ganhando mais espaço, uma vez que percebemos seu caráter
criativo, imaginário, inovador e sociabilizador. O desenvolvimento integral da criança é perceptível,
pois, a mesma busca compreender o mundo que a cerca e construir de forma única e participativa
sua relação com o conhecimento.
Destacamos que, para o profissional da área de educação, a compreensão sobre os jogos e as
brincadeiras é de fundamental importância, pois implica uma reflexão sobre o real valor dessas
ferramentas como mediadoras da aprendizagem lúdica. Além disso, os jogos e as brincadeiras
contribuem em muito para a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com
iniciativa, participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal. Encarando, pois, a temática
por esse prisma, é notório que precisamos entender a importância da utilização dos jogos e
brincadeiras na prática pedagógica, perceber que a escola precisa abrir um espaço para que alunos
vivenciem a ludicidade como meio para desenvolverem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a
aprendizagem significativa na alfabetização. Enfim, esta investigação prima pela análise de jogos e
brincadeiras como ferramentas no processo de ensino aprendizagem lúdica na alfabetização,
considerando a relação professor-aluno, a aprendizagem significativa e a organização do trabalho
pedagógico do professor no cotidiano escolar em sala de aula. Busca também uma melhor
compreensão das ações mediadoras do professor através de jogos e brincadeiras como meio
facilitador da aprendizagem dos alunos, investindo, assim, numa aprendizagem lúdica.
4 – JUSTIFICATIVA
Esta pesquisa assim se organiza tendo o tema de: A Importância dos jogos matemáticos onde
jogos e brincadeiras como ferramentas no processo de aprendizagem lúdica na alfabetização.
Delimitamos o tema a ser pesquisado em: A Importância dos jogos matemáticos na Psicopedagogia
em turma de alfabetização. E, enfim, a questão norteadora é: aprender a ler e escrever é um
processo de descoberta da criança. A professora em sala de aula pode mediar essa descoberta da
leitura e da escrita utilizando jogos e brincadeiras numa aprendizagem lúdica? Pensando na
organização do trabalho pedagógico do professor da turma de alfabetização, na utilização de jogos e
brincadeiras por ele proposto, na sua concepção sobre a aprendizagem lúdica e na vivência das
crianças com as atividades lúdicas, algumas questões orientaram esta investigação:
5 - OBJETIVOS
- Verificar a importância dos jogos matemáticos nas turmas de alfabetização em relação ao uso de
jogos e brincadeiras no cotidiano escolar;
- Compreender a relação professor e aluno
- Analisar as estratégias utilizadas pelo professor na utilização de jogos e brincadeiras como
mediadores do processo de aprendizagem no cotidiano escolar e na organização do trabalho
pedagógico.
6 – METODOLOGIA
Antigamente e ainda hoje as crianças aprendiam por meio da imitação nas atividades do dia
a dia. A interação das crianças era importante, pois transmitiam as experiências compartilhadas por
gerações passadas, sendo que a aprendizagem de fato acontecia a partir do contato com a prática.
Bueno (2009) revela que nessa cultura a educação, caracterizada pelos jogos com representação, a
aprendizagem era mais significativa, pois tinham exemplos. Sendo assim, o ato de brincar oferecia a
inserção dos papéis sociais, possibilitando o aprendizado das regras.
O jogo é conhecido como um instrumento apenas para entreter a criança. Contudo, segundo
Bueno (2009), a partir da observação, pode-se perceber que o jogo está presentenas diversas
culturas, representando uma peculiaridade que é natural do ser humano. Além disso, até os animais
brincam, dessa forma, o jogo pode ter um sentido biológico. O jogo com regras oferece ao
educando a socialização, a expressão do prazer, a forma natural de trabalho, além de ser uma
preparação para a vida. (BUENO, 2009, p. 106).
A partir do jogo o aprendente vivência suas experiências emocionais da fantasia e do lúdico,
segundo (BUENO, 2003, p. 155), sendo que o jogo é a fantasia em ação. A imaginação desenvolve
funções que são positivas do faz de conta e o jogo é o canal da fantasia, pois não exerce o sentido de
realidade e desenvolve hábitos para a elaboração desse sentido, proporcionando a fantasia.
8- O LÚDICO E A APRENDIZAGEM
Na educação para obter um ensino mais eficaz, se fez necessário aperfeiçoar novas técnicas
e didáticas diferentes e uma prática inovadora e prazerosa. Dentre essas técnicas sobressai o lúdico,
um recurso didático dinâmico que garante resultados positivos na educação, apesar de exigir
extremo planejamento e cuidado na execução da atividade ou na brincadeira elaborada.
O jogo, nas suas variadas formas, auxilia no processo da aprendizagem, tanto no
desenvolvimento cognitivo, psicomotor como também no desenvolvimento da motricidade fina e
ampla, bem como no desenrolar da imaginação, da interpretação, da criatividade, a obtenção e
organização de pensamento, que por sua vez, acontecem quando brincamos e jogamos, quando se
obedecem às regras, tudo é um fator determinante para aprendizagem tanto no âmbito educacional
como no social, etc.
De acordo Bueno (2009), o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Por isso
a criança precisa brincar para se desenvolver, necessita do jogo como forma de integração com o
mundo, como forma de trocas de vivências com a cultura onde vivem, para que a aprendizagem
ocorra de forma integrativa e global.
A criança ao brincar e jogar de forma lúdica, se envolve tanto que coloca na ação da
brincadeira o seu sentimento e emoção. Podemos ate afirmar que a atividade lúdica funciona de
uma forma integrativa entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do
brincar, desenvolve-se a capacidade, facilidade para à aprendizagem, aflora o desenvolvimento
social, cultural e individual, contribuindo para uma vida saudável, física e mental.
Contudo há ferramentas que ajudam nessa aprendizagem, como os jogos educativos juntamente
com a ação psicopedagógica e de outros profissionais para desenvolver a aprendizagem global do
aprendente, como veremos a seguir.
O lúdico é uma forma dinâmica e produtiva para se obter um bom aprendizado, pois os
jogos e as brincadeiras têm como principal característica instigar o desejo de aprender. Brincar é
atuar de forma criativa no espaço potencial de todas as probabilidades, sendo assim, o brincar não é
só próprio da criança, mas também do adolescente, do jovem, até de adultos e idosos, cada
indivíduo com suas potencialidades e seus recursos de vida.
De acordo com STAREPRAVO (2009) O espaço lúdico durante o diagnóstico traz
possibilidade de um melhor entendimento da real situação e nível de desenvolvimento do
aprendente. A intervenção psicopedagógica deve explorar os jogos pedagógicos, pois brincar é
universal e rompe as fronteiras entre o diagnóstico e o tratamento, uma vez que o próprio
diagnóstico passa a ter um caráter terapêutico.
Os jogos como intervenção psicopedagógica desenvolvem não somente os aspectos
cognitivo, mas também a expressão corporal e motora. Com isso, a aprendizagem é mais
significativa para o educando, sendo mais efetiva, ou seja, há uma aprendizagem de fato. Algumas
atividades lúdicas são instrumentos válidos para os psicopedagogos, como os jogos e brincadeiras
que propiciam aos aprendentes o aprender brincando. Atividades que auxiliam o desenvolvimento
da coordenação motora global, coordenação motora fina, percepção corporal e cognitiva como as
atividades de seriação.
De um modo geral, as atividades foram de grande aceitação por parte dos alunos e
professores da Escola Estadual Waldemiro Perez e atingiram os objetivos esperados. 90% dos
professores responderam que a brincadeira faz parte do cotidiano escolar e que é fundamental a
pratica de atividades lúdicas principalmente na educação infantil, apesar de muitas não oferecerem
espaço adequado procuram realizar um bom trabalho.
O objetivo geral desse trabalho também foi alcançado, sendo ele: Possibilitar o processo de
ensino aprendizagem, mostrar que através do lúdico pode-se formar um clima agradável para o
desenvolvimento deste processo melhorando e aprimorando as ferramentas de trabalho do educador
e do educando.
A partir da realização das atividades do projeto, foi percebido que as crianças
frequentadoras demonstraram muita ansiedade em realizar tais tarefas. O interesse era tanto que a
frequência das crianças aumento durante o período da aplicação do projeto descrito.
Talvez, um dos porquês da evasão escolar, esteja na falta de motivação durante as aulas, se
nossos alunos de hoje tivessem um mínimo de motivação na sua idade escolar, certamente, teríamos
uma educação de qualidade e professores muito mais bem satisfeitos com o seu trabalho
desenvolvidos.
10. 2.1 O professor como elaborador de atividades de jogos nas aulas de Matemáticas
De modo geral, é mais comum encontrar propostas de trabalho com jogos nas aulas de
Matemática nas quais o professor apresenta-se como aquele que propõe a situação de jogo. Nessas
propostas, aparecem mais frequentemente situações de execução da atividade de jogar e, em raras
vezes, situações nas quais os alunos são convidados a um processo de resolução de problemas e
investigação sobre o ato de jogar. Nesse sentido, ressalta-se a relevância dessa segunda tendência
como um caminho para aprender Matemática por meio do jogo.
Outra possibilidade a ser contemplada no trabalho com jogos nas aulas de Matemática se dá
a partir de jogos produzidos pelos próprios alunos.
Sobre isso é importantes destacar que segundo Starepravo
Quando a participação do aluno ocorre desde a elaboração do jogo é dada a ele a
oportunidade de aprimorar suas ideias sobre determinados conteúdos matemáticos. Isso se
deve ao fato de que terá que desenvolver estudos objetivando o domínio do conteúdo e
condições de criar um jogo, isto é, as estratégias e o modo como esse conhecimento
matemático será abordado, culminando com a confecção do material em si. Esse
procedimento envolve o aluno em um movimento contínuo e aprofundamento de suas
teóricas.
A elaboração do jogo pelo aluno pode desencadear um processo de estudo de determinado
conteúdo matemático específico, de modo que o jogo produzido apresente ideias matemáticas
corretas e claras. Os jogos elaborados pelos alunos podem contemplar várias estruturas entre os
quais de destacam: os jogos de cartas (como os de memórias ou mico), jogos de dominó, jogos de
bingo, jogos de dados, trilhas, boliches de garrafas pet, entre outros. O que se dá dessas estruturas é
a incorporação de uma proposta de jogos matemáticos a e partir da estrutura original, aliada à
produção de regras e à confecção do material específico. O emprego de materiais de reciclagem é
sempre uma ótima opção. Por exemplo, é possível construir um ábaco com palitos de churrasco,
tampas de refrigerantes e uma caixa de pasta de dente ou outra caixa para suporte. Como mostra na
figura 5.
Figura 5 Fonte coleção explorando o ensino matemático
10 3.3 JOGOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Ao longo da nossa história vemos que o homem foi construindo seus próprios conceitos
matemáticos por meio de utilização de objetos concretos (pedra, graveto, sementes, nós em corda,
ET c.) quando teve necessidade de contar seus pertences, limitar sua propriedade.
Vemos que os conceitos matemáticos foram sendo construídos paulatinamente até
chegarmos ao presente avanço tecnológico.
Mas, existem ainda hoje, educadores que insistem em impor conceitos matemáticos aos
seus alunos de forma tradicional, dando o conceito e aplicando exercícios de fixação, não dando a
oportunidade para o aluno construí-lo.
E um dos conceitos a ser citado é o conceito de número, que segundo os estudos e as
descobertas de Jean Piaget, ele não pode ser transmitido, pois é um conceito construído pelo
próprio indivíduo por meio de um processo que envolve seu amadurecimento biológico, as
experiências vividas e informações que recebe do meio (Ribeiro 2009).
O sucesso do ensino da matemática depende de como os docentes estão trabalhando com os
conteúdos. O professor tem que buscar novas metodologias que inovem suas aulas para motivar
seus alunos, para que ele possa tomar parte ativa na aprendizagem.
O jogos na educação matemática é um instrumento de ensino e aprendizagem. Pois além de
valorizarem o aspecto lúdico da aprendizagem, os jogos têm papel importante na integração da
criança ao contexto escolar. Podem auxiliar o aluno, com ajuda do professor, a: construir o
conhecimento matemático em grupo; entender e discutir as regras de ação e negociar ideias e
decisões; além de desenvolver comunicações matemáticas e validá-las. Amarelinha, trilhas,
tabuleiros, cara ou coroa, boliche de pet, caça ao tesouro, memórias, são algumas dos diversos jogos
que é possível experimentar com as crianças. Também é importante trazer para a sala de aula os
jogos próprios da cultura de sua região, conhecidos por seus alunos, e suscitar a exploração dos
conteúdos matemáticos neles envolvidos.
A importância do jogo está nas possibilidades de aproximar o aluno do conhecimento
científico, levando-o a vivenciar “virtualmente” situações de solução de problemas que o
aproximem da realidade muitas vezes vividas por ele ou por outras pessoas.
O trabalho com jogos pode ser realizado com diversas intenções. Mas, segundo
STAREPRAVO (2009), quando se pensa em aquisição de conhecimento deve-se ter bem claro que
tipo de jogo usar, em qual momento deve ser inserido na sala de aula e a maneira de fazer a
intervenção.
O professor deve ter o cuidado de não usar o jogo de forma indevida no contexto escolar, para que
isso não ocorra, ele deve prever em seu planejamento de como agir para que possa explorar tudo
que o jogo lhe permite para atingir seus objetivos.
3.4.1 Boliche
O jogo de Boliche de Garrafas Pet é conhecido pela maioria das crianças e pode ser
explorado desde a Educação Infantil, permitindo numerosas variações de acordo com os objetivos
que se pretende atingir. No Ensino Fundamental o objetivo é derrubar o maior número de garrafa
em cada rodada, com o posterior contagem dos pontos acumulados em cada uma.
A seguir, apresentamos um jogo que foi aplicado em várias salas de aula do 6º ano do
Ensino Fundamental da Escola Municipal Professora Sônia Maria Barbosa localizada na zona leste
do Bairro Cidade de Deus. Este jogo teve objetivo não apenas matemáticos, mas também a
interpretação de texto (regras do jogo) e na matemática de revisão de conteúdo, já que este engloba
vários assuntos do Ensino Fundamental. O Jogo aplicado foi o Boliche de garrafa de pet material
reciclável, vamos descrever como aplicamos o jogo, de que maneira os alunos se comportaram e
depois listaremos as regras do jogo e o do boliche. No primeiro momento apenas apresentamos aos
alunos o boliche e as regras por escrito, não demos nenhuma explicação de como jogar e pedimos
que jogassem, após várias partidas em duplas, pedimos para os mesmos fazerem um relatório de
como interpretaram as regras e como foi o jogo.
No dia seguinte, repetimos as mesmas duplas, porém lemos e interpretamos as regras junto
com os alunos, na continuidade pedimos que jogassem novamente, agora com a interpretação
correta das regras e depois de várias jogadas solicitamos que fizessem um novo relatório nessa nova
visão.
Percebemos que alguns alunos no primeiro dia não conseguiram interpretar corretamente as
regras do jogo, mas mesmo assim jogaram da maneira deles.
Analisando as turmas, vimos que os alunos se envolveram, foram participativos e produtivos, porém
apresentaram algumas dificuldades com os cálculos, matemática básica.
A seguir, apresentamos as regras e o Boliche de Garrafas pet:
3.4.1.3 O jogo
Material necessário:
● 10 garrafas de refrigerantes PET com um pouco de areia no fundo (para não caírem
com o vento).
● 1 bolinha de borracha ou bola de meia.
Números de Participantes:
● 7 ou 8 alunos para cada conjunto de garrafas.
Modo de Jogar:
Disponha as garrafas como mostra a figura 6 a seguir, Os alunos formam uma fila em frete
às garrafas, mantendo determinada distância delas. O primeiro aluno a jogar lança a bola na direção
das garrafas com o objetivo de atingi-las. Em seguida, verificar o número de garrafas derrubadas e
organiza-as novamente para o próximo aluno, dirigindo-se ao fim da fila. Enquanto esperar sua vez
de jogar novamente, faz um registro indicando a quantidade de garrafas derrubadas. Os registro
podem ser feito livremente, uma única tabela que pode ser fixa na parede ( ao alcance dos alunos).
Vence quem derrubar o maior número de garrafas, depois de somar todos os números da primeira
rodada até a última rodada. Antes de iniciar, é interessante conversar com os alunos sobre o jogo,
pois muitos deles já conhecem o jogo. Aceite sugestões e ideias dos alunos.
Figura 6
Fonte: Feira de Jogos Matemáticos Escola Municipal Professora Sônia Maria Barbosa 2012
A figura 7 representa a tabela de garrafas derrubadas.
Garrafas derrubadas
Aline
André
Camila
Os registros dos alunos nos fornecem informações sobre o seu processo de elaboração do
número. Numa mesma turma podemos encontrar diferentes níveis de representação para a
quantidade de garrafas derrubadas, como o desenho das próprias garrafas, registro de risquinhos,
bolinhas ou outros símbolos. Assim, é importante deixar espaço suficiente para os diferentes tipos
de registros ( e na apenas para o registro de números usando algarismos). A partir do jogo foi
possível trabalhar contagem, comparação de quantidades, idéias da adição e subtração, noção
espacial e registro pictórico e numérico. Além disso, para nortear a contagem de pontos do boliche,
foram discutidos no grupo textos sobre o brincar, sobre os conteúdos número e sistema de
numeração e também sobre a noção do zero, toda vez que não derrubavam garrafas. Foi muito
interessante trabalhar com o boliche (algo que já usávamos vez ou outra) de forma a observar como
as alunos s interagem entre si e com o jogo propriamente dito, atentando para como elas se
apropriam da contagem e da noção de quantidade, bem como as estratégias de registro que utilizam.
3.4.2 Bingo
Desta forma, os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve,
pois a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos, reinventar
coisas, exigindo assim uma adaptação mais completa construída através de um plano de ação que
permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais, de maneira geral.
MATERIAL E MÉTODOS
A fundamentação teórica deste trabalho foi baseada em obras de grandes autores, que ao
longo de suas experiências, se propuseram passar seu conhecimento a diante, para melhor ajudar e
auxiliar aqueles que necessitam de um apoio pedagógico e científico. Entre eles o autor Starepravo,
Ribeiro, Pintombeira e Panizza .
Sem a ajuda deles, esse trabalho não seria possível, pois toda pesquisa é formada através
da obtenção de dados coletados, a partir de leituras que servem como suporte para o acadêmico.
Para a coleta de dados deste trabalho foram utilizados vários recursos como: estudo
exploratório, análise de livros didáticos, paradidáticos e de pesquisas, acesso à internet, pesquisas
em revistas científicas e educativas, além das importantes aulas práticas onde foram utilizados os
jogos matemáticos no 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professora Sônia Maria
Barbosa onde foi realizada a primeira Feira de Jogos Matemáticos.
O objetivo desses trabalhos foi verificar de que forma os jogos e brincadeiras contribuem no
desenvolvimento e na aprendizagem da criança na educação do ensino fundamental. Os alunos
devem jogar pelo prazer que o jogo proporciona e devemos estar conscientes de que, mesmo sem as
nossas interferências, elas estão enfrentando desafios, fazendo antecipações, coordenações,
avaliando resultados, ou seja, mesmo que envolvidas em uma atividade puramente lúdica, esta pode
trazer benefício ao desenvolvimento e à aprendizagem.
Observei que os alunos acham de fundamental importância o uso dos jogos no seu dia a
dia, tanto para passar ensinamentos para as eles mesmos, como também para acamá-los.
Os aspectos que mais destacaram nas entrevistas foram:
● Desenvolvimento da sociabilidade;
● Desenvolvimento da cordialidade, amizade, cooperação;
● Desenvolvimento do senso de humor, alegria de viver;
● Desenvolvimento do senso de auto-estima.
● Formação do caráter.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos nesse trabalho contribuem para o bom funcionamento da prática dos
jogos no processo de ensino e aprendizagem que muitos educadores buscam se basear. Eles são
importantes e indispensáveis, pois nos auxiliam e nos ajudam a obter resultados eficazes quanto à
realidade escolar.
Para o desenvolvimento deste Trabalho de Graduação foi realizada aulas práticas na Escola
Municipal Professora Sônia Maria Barbosa, na qual foi realizada a primeira de Feira Jogos
Matemáticos, os resultados obtidos foram bastante positivos para alguns alunos, porém alguns
alunos não mostraram nenhum interesse pelos jogos, pois não sabiam ler e nem escrever, mas
sabiam contar e participaram das brincadeiras e jogos com sorteio de brindes. Esses alunos não
conheciam a tabuada, entretanto isso não os impediu de resolver os problemas utilizando os jogos
do Boliche e Bingo da Tabuada.
CONCLUSÃO
Em relação aos jogos no processo de ensino e aprendizagem, pode-se afirmar que os jogos
permitiram que os alunos desenvolvessem o raciocínio mais lógico. Compreender as formas de
raciocínio dos alunos modificou minha postura como professora. Ao invés de me preocupar em como
explicar os conceitos matemáticos aos alunos, passei a ouvir as explicações que elas elaboravam. Ao
invés de ensinar os algoritmos, mostrando o que eu supunha ser a melhor forma de realizar cálculos,
passei a observar como elas operavam com os números, que tipo de ideias levantavam a respeito das
operações aritméticas e como solucionavam problemas envolvendo tais operações.
Acabei descobrindo que meus alunos tinha uma lógica própria, diferente da lógica dos adultos,
que aquilo que muitas vezes eu considerava como um erro, era verdade, a sua própria forma de elaborar
um conhecimento. Aprendi que não adianta impor-lhes a minha forma de pensar, pois colocariam nas
provas o que eu queria ver, mas continuaria secretamente, a pensar da forma que era lógica para eles.
Ou, o que é pior, com o tempo acabariam aprendendo a simplesmente reproduzir, sem nem pensar, sem
nem mais tentar compreender. Vários autores como Freinet, Piaget e Emilia Ferreiro, para citar algumas,
já tivessem descoberto tudo isso antes de mim.
Quando entramos em sala de aula, acreditamos que somos capazes de ensinar tudo aos nossos
alunos. Como já conhecemos os caminhos mais rápidos ou mais eficientes para resolver os problemas.
Se o nosso objetivo é que nossos alunos realmente aprendam, que se envolvam com o que estão
trabalhando, que saibam agir com autonomia e iniciativa diante dos problemas, devemos realmente o
encaminhamento que estamos dando às nossas aulas de Matemática.
O uso dos jogos nas aulas de Matemáticas pode ser um bom começo. Quando jogamos, nossos
alunos têm a oportunidade de formular e testar suas hipóteses, porque se veem, constantemente, diante
de situações-problemas. Os conteúdos, matemáticos são descobertos como ferramentas das quais podem
dispor para solucioná-los.
As descobertas são compartilhadas com os colegas e os erros são colocados em discussão com a
classe toda (e não escondidos). Os alunos aprendem a ouvir seus colegas e aprendem a falar em sala de
aula, a exteriorizar seus pensamentos, a argumentar em defesa de suas próprias ideias. Aprendem ainda,
que a escola é lugar de troca, de criação de descobertas.
REFERÊNCIAS
RIBEIRO, Flávia Dia. Jogo na Educação Matemática. São Paulo: Saraiva, 2009.
PANIZZA, Mabel. Ensinar Matemática na Educação infantil e nas séries inicias. Porto
Alegre : Artmed, 2008.