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ao clima brasileiro
Renata Dalbem
Arquiteta e Urbanista. Mestranda Prograu – Universidade Federal de Pelotas, UFPel,
Rua Benjamin Constant, nº 1359, CEP 96010-020, Pelotas, RS, Brasil.
E-mail: <renata_dalbem@hotmail.com>.
Resumo
Devido ao aumento excessivo do consumo de energia elétrica, onde os edifícios são responsáveis por
48,5% do consumo no Brasil, tem-se valorizado alternativas mais eficientes na concepção e execução
dos projetos arquitetônicos. Passivhaus é uma certificação criada na Alemanha, cujo principal objetivo
é reduzir o consumo de energia primária das edificações, sendo o limite 120kWh/m².ano. Edificações no
padrão Passivhaus devem seguir cinco princípios de projeto: elevado isolamento térmico do envelope,
minimização das pontes térmicas, estanqueidade do ar, esquadrias de elevada qualidade e sistema de
ventilação mecânica com recuperação de calor (período frio) e ventilador entálpico (período de verão).
O artigo trata da apresentação de um projeto desenvolvido de uma edificação residencial que atende
aos padrões da Passivhaus, propondo alternativas compositivas e tecnológicas observando a definição
de equipamentos e sistemas para a implantação no contexto do sul do Brasil, observando também o
seu desempenho termoenergético. O balanço energético da edificação é calculado ulitlizando a ferra-
menta PHPP (Passive House Planning Package), desenvolvida pelo Passivhaus Institut na Alemanha,
que verifica o atendimento do nível de consumo de energia primária, como também outros indica-
dores, como consumo de aquecimento e horas de superaquecimento. Como resultado destaca-se o
atendimento do projeto aos requisitos pré-estabelecidos pelo Regulamento Alemão.
Palavras-chave: Passivhaus. Energia elétrica. Sustentabilidade.
forme os dados do BEN2 2014 o consumo em 2013 sumo de energia ou de eficiência energética míni-
foi 243.911 (10³ tep), sendo que 18% desse valor foi ma das máquinas e equipamentos produzidos ou
gasto em energia elétrica. comercializados no país, bem como os edifícios.
As edificações representam 48,5% do con- Em 2003 a ELETROBRAS/PROCEL criou o
sumo de energia elétrica do Brasil, sendo o setor Programa Nacional para Eficiência Energética dos
residencial o maior consumidor, responsável por Edifícios (Procel Edifica) visando promover o uso
24,2% deste, seguido do setor comercial 16,3% e do mais eficiente de recursos naturais em edifícios.
setor público 8% (BEN, 2014). Em uma edificação Em 2005, surgiram as primeiras normas de ava-
residencial, considerando uma média entre as re- liação do desempenho térmico no país. A primei-
giões do país, os equipamentos de refrigeração são ra foi a NBR 15220, a qual avalia o desempenho
responsáveis por 27% do consumo; 24% é atribuí- térmico de edificações de interesse social. Nesta
do ao aquecimento de água; 20% ao ar condiciona- mesma norma encontra-se o zoneamento biocli-
do; 14% à iluminação e 15,5% representam outros mático brasileiro, o qual estabelece diretrizes e
equipamentos. (LAMBERTS, 2014). estratégias bioclimáticas para as diferentes oito
A adoção de medidas passivas para as cons- zonas do país. Em seguida, em 2008 foi publicada
truções é uma das melhores maneiras para se a primeira versão da NBR 15575, que avalia o de-
obter edifícios com alta eficiência energética. As sempenho de edificações residenciais e define 13
tecnologias existentes aliadas a estratégias e so- aspectos a serem considerados durante a análise
luções de projeto podem fazer com que o edifício do edifício residencial. Essa norma foi atualizada
atinja o conceito NZEB - Net Zero Energy Bui- em 2013 quando efetivamente passou a vigorar.
lding – os quais são edifícios que possuem um Em 2007, foi publicada pelo Instituto Na-
balanço de energia neutro, significando que eles cional de Meteorologia, Qualidade e Tecnologia
consomem a mesma energia que entregam para (INMETRO), a primeira versão do RTQ-C3, que
a rede de abastecimento (LAUSTEN, 2008 apud foi revisto e teve sua versão oficial publicada em
MARSZAL, 2010). 2009. Logo em seguida, em 2010, foi publicado o
No mundo, a preocupação com economia RTQ-R4, Regulamento de Eficiência Energética
de energia e construções mais sustentáveis fez para edificações residenciais. A Etiqueta Nacional
com que vários países aprimorassem seus códi- de Conservação de Energia (ENCE) geral nível A,
gos de construção. Em 2002 a União Europeia fez a partir de agosto de 2014, tornou-se obrigatória
a primeira publicação do Energy Performance of apenas para edifícios públicos em nível federal
Buildings Directive (EPBD), que tem como objeti- com área igual ou superior a 500m2 (obras novas
vo garantir que em todos os estados membros as ou que sofram processos de retrofit). Porém, es-
construções serão Nearly-ZEB ou nZEB, edifícios pera-se que dentro de alguns anos torne-se obri-
com consumo próximo de zero. A meta é que até gatória para todas as edificações independente-
o final de 2018, novos edifícios públicos ocupados mente do uso.
ou próprios deverão ter consumo próximo a zero Uma das maneiras de alcançar edifícios com
e até o final de 2020 esta regra valerá para todas as alto desempenho, como NZEBs, é a utilização do
novas edificações. Sendo assim cada país deverá conceito “Passivhaus” que refere-se a um padrão
definir suas metodologias, de acordo com as suas de construção de baixo consumo de energia, de-
condições nacionais, regionais ou locais. senvolvido em 1988, na Alemanha, por Bo Adam-
No Brasil, as discussões sobre desempenho son e Wolfgang Feist. O primeiro protótipo de
térmico e energético são mais recentes. A preocu- casa passiva foi construído em 1991, em Darms-
pação com o assunto se tornou maior após o ano tadt, na Alemanha. O edifício foi monitorado de
de 2001, com a grande crise no setor energético modo a verificar seu desempenho.
que obrigou o país a buscar medidas mais eficien- A certificação Passivhaus é conferida às edi-
tes, junto à racionalização do consumo de energia ficações em que as condições interiores confortá-
elétrica. Em outubro de 2001, publicou-se a Lei veis podem ser mantidas durante todo o ano com
10295 (BRASIL, Lei n. 10.295) que definiu as po- consumo mínimo de energia. O conceito Passi-
líticas nacionais sobre conservação e uso racional vhaus pode ser aplicado não só em edifícios resi-
de energia no país. Em 19 de dezembro de 2001 o denciais, mas também em comerciais, industriais
decreto 4059, entrou em vigor para regular a Lei e públicos.
3 Regulamento Técnico da Qualidade - Comercial.
10.295, e estabeleceu os níveis máximos de con- 4 Requisitos Técnicos da Qualidade do Nível de Efi-
2 Balanço Energético Nacional. ciência Energética de Edifícios Residenciais.
Segundo o PHI5, para atender todos os crité- de introdução (MEAD), guia para projetistas e
rios da certificação deve-se implementar os cinco construtores (MCLEOD), os quais apresentam os
princípios da Passivhaus: bom nível de isolamen- conceitos e as exigências da Passivhaus.
to térmico, minimização de pontes térmicas, es- O PHI exige que cinco critérios abaixo se-
quadrias de alto desempenho, ventilação com re- jam cumpridos para que o projeto possa receber
cuperação de calor e estanqueidade da edificação. certificação:
Os critérios devem ser verificados utilizan- a) A demanda de energia para aquecimento
do a última versão do Passive House Planning não deve ser superior a 15 kWh/(m².a),
Package (PHPP). Para obter a certificação Qua- ou a carga térmica não deve ser superior
lity-Approved Passive House o edifício deverá ser a 10W/m²;
qualificado na fase de projeto e após a conclusão b) a demanda de energia para arrefecimen-
da obra. As edificações que atenderem a todos os to não deve ser superior a 15 kWh/(m².a);
requisitos exigidos podem ser certificadas pelo c) a demanda de energia primária, energia
PHI ou por outra entidade credenciada. total a ser usada para todas as aplicações
Em 2014 a Universidade de Aveiro (Portu- domésticas (aquecimento, água quente e
gal) e a Universidade Federal de Pelotas (Brasil) eletricidade doméstica) não deve exceder
iniciaram uma parceria de pesquisa no âmbito 120 kWh/(m².a);
da eficiência energética das construções. A pro- d) o edifício deve ser hermético, com um
posta prevê a análise da viabilidade técnica e eco- máximo de 0,60 renovações de ar por
nômica da adaptação do padrão de desempenho hora à pressão de 50 Pascal (ACH750);
de uma Passive Hause ao contexto climático no e) o conforto térmico deve ser atendido
sul do país. para todas as áreas de permanência du-
rante o inverno, bem como no verão, não
ultrapassando 10% das horas em um de-
2 Objetivo do artigo terminado ano à temperatura de 25 °C.
Para o atendimento desses limites, é neces-
O objetivo do artigo é apresentar e analisar sário que todos os componentes da construção
o projeto arquitetônico adaptado para atender opacos da envolvente exterior da habitação (pa-
aos cinco requisitos da Passivhaus, observando redes externas, pisos e cobertura) sejam muito
a sua adaptabilidade e viabilidade para ser cons- bem isolados termicamente. Para climas mais
truído na cidade de Pelotas (RS), zona bioclimá- frios, é recomendado uma transmitância térmi-
tica brasileira 2. ca (valor U) de 0,15 W/(m²K), no máximo. Para
climas mais quentes, como é o caso do sul da Eu-
ropa, situação semelhante à Pelotas, o valor da
3 Método transmitância térmica recomendada é de 0,30 W/
m²K. Além disso, as pontes térmicas devem ser
evitadas ou reduzidas ao máximo, sendo conside-
A pesquisa foi desenvolvida em três etapas: rado um valor Psi (Ψ) menor ou igual (≤) a 0,01
na primeira etapa foi realizada a revisão de litera- W/m²K. O isolamento térmico deve ser aplicado
tura, já na segunda etapa foi desenvolvido o pro- continuamente em toda a envolvente do edifício.
jeto arquitetônico. Na terceira etapa foi realizado Isso reduz significativamente as perdas de calor
o cálculo do balanço energético, utilizando a fer- e também mantém as temperaturas das superfí-
ramenta PHPP (Passive House Planning Package) cies internas iguais à temperatura do ar interior.
e na quarta e última etapa foi feita a análise dos Durante os períodos quentes no verão, o alto
resultados obtidos.
isolamento térmico do envelope é uma proteção
contra o calor. Para assegurar o conforto térmico
3.1 Revisão de literatura durante o verão, o sombreamento e a ventilação
suficientes também são importantes.
A revisão de literatura foi feita com o objeti- As unidades de janelas devem ter vidros tri-
vo de compreender os conceitos de casas passivas, plos e ambos devem atingir um valor de trans-
para a aplicação no projeto arquitetônico. A orga- mitância térmica de 0,80 W/m²K (0,85 W/m 2K
nização BRE6 do Reino Unido possui publicações instalado). Um benefício no uso dos vidros triplos
5 Passivhaus Institute.
6 Building Research Establishment Limited. 7 ACH: air change per hour.
é que a temperatura da superfície das janelas po- versidade Federal de Pelotas. A residência (figura
derá se aproximar da temperatura das superfícies 1) possui 126,45 m² distribuídos em dois pavi-
internas vizinhas. Em condições climáticas seme- mentos, sendo que no térreo estão a cozinha e
lhantes à região sul da Europa, podem ser usados sala de estar integrados, solário, dois dormitórios
vidros duplos (caso da adaptação no sul do Brasil). e banheiro, e o pavimento superior com área de
A estanqueidade do edifício deve ter um re- trabalho, área técnica e lavabo. O projeto ainda
sultado de teste de pressão menor ou igual (≤) a 0.6 contempla garagem para um carro. O solário foi
ACH (Air Changes per Hour) - número de renova- localizado na orientação norte, possui cobertura
ções de ar por hora, observando uma pressão de e paredes translúcidas, de modo á aproveitar os
50 Pascal. Essa deve ser a média da pressurização ganhos de radiação solar para aquecimento pas-
e despressurização. O vazamento de ar indeseja- sivo no inverno, sendo que no verão poderá ser
do pode significativamente aumentar a exigên- totalmente aberto para permitir a ventilação na-
cia de aquecimento de espaço de uma habitação, tural. (POUEY, 2012).
causando desconforto local devido a correntes A edificação foi elevada 70 cm do solo, de-
de ar e possivelmente causar a formação de umi- vido a grande umidade da região. O porão irá
dade dentro da estrutura do edifício que podem, conter aberturas que permitam a sua ventilação,
eventualmente, reduzir o desempenho e sua vida proporcionando a perda de calor pelo piso no pe-
útil. Alcançar estanqueidade no local requer uso ríodo de verão com a possibilidade de fechamen-
de membranas adequadas, de barreiras de vapor to no inverno. (POUEY, 2012).
para formar uma proteção hermética contínua. O projeto foi orientado sobre o eixo leste-
Deve ser especificado também um equipa- -oeste, maximizando a fachada norte, aumentan-
mento de ventilação mecânica com recuperação do assim os ganhos de radiação solar no inverno,
calor (MVHR8). A eficiência do equipamento de sendo que as menores fachadas para leste e oeste,
recuperação de calor deve ser maior do que 75%, reduzem os ganhos indesejáveis no verão. A área
e deve ser especificada uma unidade certificada envidraçada corresponde a 24% da área opaca
pelo PHI. O permutador de calor não mistura do edifício. O percentual de abertura na fachada
o ar fresco que entra com o ar de exaustão, mas norte é de 24,95%, sul 5,93%, leste 1,97% e oeste
simplesmente troca o calor por intermédio das 5,91%. As esquadrias possuem também persianas
paredes de dutos para reduzir a necessidade de ou elementos para a proteção solar.
aquecimento.
A temperatura interior utilizada para plane-
jamento e verificação é 20ºC e para o verão é uma
temperatura de 25ºC como limite máximo, usa-
dos para determinar a frequência de superaque-
cimento e projeto do sistema de arrefecimento do
edifício. Estes valores apenas devem ser muda-
dos em casos justificados. (Passive House Institut,
2013, p. 31)
voltória para atender aos requisitos da Standard transmitância térmica total do elemento de cons-
Passivhaus. As tabelas 1, 2, 3 e 4 apresentam a trução, considerando as resistências superficiais
espessura, condutividade térmica e a resistência interna e externa.
térmica dos materiais utilizados e o resultado da
Fonte: Autores
Fonte: Autores
3.2.5 Sistema de ventilação mecânica com zinha e banheiros) que passam por um trocador
recuperador de calor de calor (serpentina) retirando este calor e tro-
3.2.5 Sistema de ventilação cando mecânicacom o ar exterior,
com o qual é insuflado
recuperador para
de calor
Por razões de eficiência energética e higiene, os ambientes de permanência (dormitórios, salas
Por razões
a Passivhaus requer um sistemadedeeficiência energética
ventilação me- e higiene, a Passivhaus
e outros compartimentos). As unidades derequer
ven- um sistem
cânica com recuperação de calor de alta eficiência. tilação são certificadas pelo Institut Passivhaus e
ventilação
Para climas com mecânica
inverno menos rigoroso,com
porémrecuperação de calor
possuem eficiência de altadeeficiência.
de recuperação calor maior Para climas
com verão mais extremo, recomenda-se a venti- ou igual (≥) a 75%. (MCLEOD).
inverno menos rigoroso, porém com verão mais extremo, recomenda-se a vent
O sistema de ventilação mecânica adotado
lação mecânica com ventiladores entálpicos, com
mecânica
vistas à redução do consumo com ventiladores
de energia para o projetocom
para res- entálpicos, é do vistas
tipo ComfoAir 350, dado
à redução Zehn-
consumo de en
friamento artificial. O sistema MVHR, funciona der, com eficiência de 84% de recuperação de ca-
retirando o arpara resfriamento
de ambientes artificial.
úmidos e quentes (co- Olor,
sistema
ilustradoMVHR,
na Figura funciona
3. retirando o ar de amb
úmidos e quentes (cozinha e banheiros) que passam por um trocador de
Revista de Arquetitura IMED, 4(1): 26-36, jan./jun. 2015 - ISSN 2318-110931 é insuflado
(serpentina) retirando este calor e trocando com o ar exterior, o qual
os ambientes de permanência (dormitórios, salas e outros compartimentos
R. Dalbem, J. M. R. de Freitas, E. G. da Cunha
Figura 3: Sistema de ventilação mecânica adotado solares e reservatório de água quente. A demanda
– ComfoAir 350 de água quente considerada para o projeto foi de
50 litros por pessoa, sendo a ocupação da edifica-
ção 3,6 pessoas.
9 Passivhaus Institut.
Qa = T + V - h Equação 01
1,9
5.3 Demanda de energia primária
0,0
4,4
10
Paredes exteriores que é a energia total a ser usada para todas as
Cobertura aplicações domésticas (aquecimento, água quente
1,4 Laje de Piso
e eletricidade doméstica) foi de 103 KWh/(m².a),
0,0 Estufa
12,8
Esquadrias
estando dentro do limite permitido pela certifica-
5
4,6
Portas externas ção é de 120 KWh/(m².a).
Pontes Térmicas
Ventilação
0,6
Ganhos solares 5.4 Emissões de dióxido de carbono (CO2)
0,4
Ganhos internos
1,0
Necessidade de aquecimento anual
As emissões de gases com efeito de estu-
0
Perdas Ganhos
conforto no interior das edificações. Para a ob- MCLEOD, Rob., MEAD, Kym., STANDEN, Mark.
tenção de bons resultados, é recomendado o uso Passivhaus primer: Designer’s guide A guide for
de estratégias de design passivo, como orientação the design team and local authorities.
do edifício no eixo leste/oeste, compacidade do PASSIVE HOUSE INSTITUT. Passive House Plan-
edifício e áreas de abertura adequadas. ning Package PHPP, Versão 8, 2013.
Com o intuito de atingir o alto desempe- PASSIVE HOUSE REQUERIENTS. Passive House
nho energético da edificação estudada e para que Institute. Disponível em: <http://passivehouse.
a mesma atendesse aos critérios da Passivhaus, com/02_informations/02_passive-house-requi-
foram necessárias algumas alterações no siste- rements/02_passive-house-requirements.htm>.
Acesso em: 13 jun. 2015.
ma construtivo e equipamentos, como o uso de
sistema de ventilação com recuperação de calor e PEREIRA, Cláudia. D.; GHISI, Enedir. Calibração
sistema construtivo com baixa transmitância tér- de um modelo computacional de uma residên-
cia unifamiliar localizada em Florianópolis. In:
mica, diferente de uma construção convencional.
ENTAC - XII Encontro Nacional de Tecnologia
Os autores gostariam de expressar agradeci- do Ambiente Construído, Fortaleza, 2008.
mento à Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio
POUEY, Juliana Al-Alam. Projeto de edificação
Grande do Sul (FAPERGS) pelo auxílio à realiza-
residencial unifamiliar para a zona bioclimática
ção da pesquisa. 2 com avaliação termo energética por simulação
computacional. Dissertação de Mestrado, PRO-
GRAU-UFPel. Pelotas-RS, 2011.
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Pontes Térmicas no Desempenho Térmico e
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EN ISO 10077: 2000. Thermal performance of
buildings and building components. Thermal
performance of windows, doors and shutters.
Calculation of thermal transmittance – Part 2:
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mittee for Standardisation.
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Arquitetura. 3ª Ed. Eletrobras/Procel, 2014.
LAUSTSEN, Jens, Energy Efficiency Requirements
in Building Codes, Energy Efficiency Policies
for New Buildings, Organisation for Economic
Co-operation and Development/International
Energy Agency, Paris, France, 2008.
MEAD, KyM. BRYLEWSKI, Robin. Passivhaus prim-
er: Introduction An aid to understanding the key
principles of the Passivhaus Standard.
Abstract
Due to the excessive increase of energy consumption, where the buildings are responsible for 48,5% of
the consumption in Brazil, more efficient alternatives have been valued in the conception and execu-
tion of architectonic projects.
Passivhaus is a certification created in Germany, whose main objetive is to reduce the primary energy
consumption of the buildings, the limit being 120kWh/m2 per year. Buildings in Passivhaus standard
have to follow five project principles: high thermal insulation of the envelopment, minimization of the
thermal bridges, tightness of the air, high quality frames and mechanical ventilation system with heat
recovery (cold season) and enthalpy fan (hot season).
The article is about the presentation of a developed residential building project that meets the Passi-
vhaus standards, proposing compositional and technological alternatives observing the definition of
equipment and systems for deployment in the southern Brazil context, also noting their thermoener-
getic performance. The energy balance of the building is calculated using the PHPP tool (Passive Hou-
se Planning Package), developed by the Passivhaus Institut in Germany, which verifies the compliance
of primary energy consumption level, as well as other indicators, such as consumption of heat and
hours of overheating. As a result we highlight the project’s compliance with pre-established require-
ments by the German Regulation.
Keywords: Passivhaus. Electrical energy. Sustainability.