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Em 07 de dezembro de 2004.
Processo: 48500.002105/04-78.
I –DO OBJETIVO
A presente nota técnica tem por objetivo adequar os procedimentos de prestação dos
serviços de transmissão e contratação de acesso, para contemplar nos Contratos de Prestação de Serviços
de Transmissão – CPST e Contratos de Conexão à Transmissão – CCT as capacidades operativas das
instalações de transmissão, as Funções Transmissão e os Pagamentos Base correspondentes.
II – DOS FATOS
diferentes por parte das Transmissoras e Distribuidoras quanto ao carregamento admissível de Linhas de
Transmissão, representando custos adicionais para permitir a expansão do sistema; ao relatório PAR 2004-
2006 de 26 de maio de 2003 do ONS, que traz alternativas de expansão, oneradas por desconsideração do
limite de emergência em linhas de transmissão; à carta Elektro CT/R/230/2004, de 27 de agosto de 2004,
que expressou a desconformidade da Elektro quanto à limitação de capacidade operativa imposta pela
Transmissora CTEEP nas instalações de transmissão que atendem aquela Distribuidora ;ao relatório CCPE-
CTET – 039.2004, de setembro de 2004, que redefiniu alternativas para o suprimento do Vale do Paraíba,
face às limitações de capacidade operativa das linhas de transmissão com valores inferiores aos contratados
no CPST, informados pela Transmissora CTEEP.
6. Para que as Funções Transmissão e seus respectivos Pagamentos Base fossem utilizados
nos CPST, em 14 de março de 2003 a ANEEL encaminhou para o ONS e todas as concessionárias de
transmissão, o Ofício Circular nº 002/2003-SRT contendo instruções para preenchimento dos Anexos I e II do
mesmo.
9. Finalmente, tendo verificado que os termos aditivos aos CPST não haviam sido assinados
ainda em razão de dificuldades de preenchimento das FT e dos PB, alegadas tanto pelo ONS quanto pelas
transmissoras, a ANEEL, por meio do Ofício Circular nº 009/2003-SRT, apresentou novas orientações que
complementam ou eventualmente alteram aquelas encaminhadas pelos Ofícios Circulares nºs 002, 003 e
007/2003-SRT, determinando como data limite, o dia de 29 de setembro de 2003 para que os termos aditivos
aos CPST´s tivessem sido assinados pelas partes com os seus anexos devidamente preenchidos.
10. Mesmo decorridos os prazos estabelecidos pelo Ofício nº 009, os Anexos dos CPST não
foram adequadamente preenchidos, gerando por parte das concessionárias de transmissão juntamente com o
ONS, questões adicionais sobre as orientações apresentadas nos supracitados Ofícios. Estas se
manifestaram por meio da CARTA ONS 526/200/2003, de 8 de setembro de 2003, solicitando novos
(Fls. 3 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
esclarecimentos referentes a questões que foram previamente identificadas em discussões com os agentes
de transmissão, durante o processo de preparação dos referidos anexos.
III – DA ANÁLISE
14. Para este fim, é necessário que a operação em condições de regime normal e de emergência
seja efetuada de modo a permitir sua continuidade operacional, flexibilizando a operação do Sistema
Interligado Nacional, induzindo a utilização racional dos sistemas e minimizando os custos de ampliações e
reforços das redes.
16. Por ser condição prevista nas normas técnicas, a suportabilidade a sobrecargas temporárias
em instalações de transmissão, decorrentes de situações de emergência no Sistema Interligado Nacional, é
inerente à prestação do serviço público de transmissão e condição necessária para atendimento aos
princípios da regularidade, continuidade, eficiência, segurança e modicidade das tarifas.
17. Em atendimento à Norma Técnica NBR 5422, de fevereiro de 1985, que fixa as condições
básicas para o projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, com garantia de níveis mínimos
de segurança e limite de abrangência de perturbações que eventualmente incidam sobre a linha, verifica-se
que estão disciplinadas as condições de operação para Regime Normal de Operação das linhas de
transmissão no Brasil. O valor da corrente de projeto, obtido a partir da Temperatura de Projeto da referida
(Fls. 4 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
linha, em conformidade com a Norma, ou sua sucessora, será obtido pela metodologia do “Cálculo da
Capacidade Operativa de Longa Duração de Linhas de Aéreas de Transmissão Aéreas”, conforme descrição
sumária no Anexo A.
19. Essa metodologia contém uma proposta para operação de linhas de transmissão em Regime
de Curta Duração (Emergência), que contempla os limites de carregamento para qualquer classe de tensão
entre 69 e 750 kV, a qual permite uma utilização segura, pois conservativa, dos circuitos em operação no
Sistema Interligado Nacional.
20. A partir dos limites de carregamento obtidos por esta metodologia, a operação do sistema
poderá ser feita de forma flexível e segura, inclusive em condições de emergência. Os limites estabelecidos,
poderão, complementarmente, ser ainda reduzidos por outros fatores restritivos de caráter temporário
correspondentes a componentes e acessórios associados à função linha de transmissão e/ou fatores
restritivos de caráter sistêmico do tipo limite de estabilidade e nível de tensão, assim como por fatores
restritivos do tipo interferências na faixa de passagem, os quais necessitarão ser justificados pelas
transmissoras e suportados pelo correspondente laudo técnico elaborado pelo ONS.
21. Da mesma forma, a norma ABNT- NBR 5416, de julho de 1997, estabelece critérios e
condições de carregamento de transformadores de potência, em Regime de Operação de Longa e Curta
Duração, que permitem ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS coordenar de forma segura a
operação do sistema elétrico interligado. Este marco técnico é considerado como adequado para garantir a
operação dos transformadores de potência do sistema interligado brasileiro, e contempla os limites de
carregamento aos quais estes equipamentos das transmissoras podem ser operados em condições normais
de operação e em emergências. As diferentes condições de carregamento, para cada transformador,
conforme descritas em norma, deverão ser incorporadas aos Procedimentos de Rede, para os equipamentos
de transformação pertencentes à Rede Básica, e dispostas nos Contratos de Conexão para os
transformadores pertencentes às Demais Instalações de Transmissão.
22. Com relação à capacidade operativa de longa duração sazonal de linhas de transmissão, que
corresponde ao carregamento de linhas de transmissão para as condições verão-dia, verão-noite, inverno-dia
e inverno-noite, o ONS deverá estabelecer os valores correspondentes, através do desenvolvimento de
critérios compatíveis com estas condições operativas. As Instruções de Operação constantes dos
Procedimentos de Rede deverão incorporar estes valores sazonais de capacidade, de modo a possibilitar o
uso otimizado da Rede Básica. Até que sejam implementados estes procedimentos, as Instruções de
Operação, que dispõem sobre este tema, permanecerão vigentes.
Prestação de Serviços de Transmissão – CPST, Contratos de Uso do Sistema de Transmissão – CUST e dos
Contratos de Conexão à Transmissão- CCT.
25. Neste sentido, visando a utilização nos CPST, nas reclassificações de instalações da Rede
Básica, nos respectivos CCT e nos Procedimentos de Rede, ficam definidas e caracterizadas:
Tabela I
grama, embritamento,
arruamento, iluminação do pátio,
proteção contra incêndio,
sistema de abastecimento de
água, esgoto, canaletas,
acessos, edificações, serviços
auxiliares, área industrial,
sistema de ar comprimido
comum às funções,
transformador de aterramento e
de potencial e reator não
manobrável sob tensão, de
barra, e equipamentos de
interligação de barra e
barramentos.
(*) São também aqui considerados todos os dispositivos de proteção, controle e medição e as instalações
associadas ao equipamento principal.
III – Para as instalações de transmissão que tenham sido objeto de outorga de concessão,
mediante licitação: valores declarados pela concessionária de transmissão no CPST. Neste caso, será objeto
de fiscalização pela ANEEL a proporcionalidade dos valores informados.
26. Dados todos estes aspectos, apresentamos a seguir, as orientações para preenchimento dos
Anexos do CPST´s relativos a alocação de equipamentos, bem como seus respectivos PB, nas FT
caracterizadas pela Tabela 1, de forma a alterar, consolidar e /ou complementar todas as informações
amplamente tratadas pelos Ofícios Circulares mencionados nesta Nota Técnica, e promover os
esclarecimentos solicitados na CARTA ONS 526/200/2003:
(Fls. 7 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
I) Quanto ao tratamento a ser dado aos equipamentos reserva (transformadores, reatores, etc):
a) não devem constar nos anexos do CPST, mas os PB associados devem ser distribuídos
entre os equipamentos semelhantes localizados na mesma subestação. Por exemplo: um
grupo de reatores monofásicos (3+1) x 50 Mvar, cujo PB de cada unidade monofásica seja
R$ 100,00, deve ser representado no campo apropriado da FT como R$ 400,00, devendo
constar no campo "observações" que existe uma unidade reserva. Esta regra vale tanto
para reservas locais como regionais. A unidade reserva deverá ser alocada na subestação
constante da planilha.
II) Quanto ao tratamento a ser dado às instalações de usuários da Rede Básica cedidas por meio de Contrato
de Cessão de Uso – CCU à Transmissora, por força das Resoluções nºs 433/2000 e 489/2002 enquanto
vigentes; ou transferidas, de acordo com o disposto no §5º do art. 7º da Resolução nº 67 de 8 de junho de
1994:
a) Equipamentos cuja receita de O&M já foi definida – devem constar nos anexos do CPST
com os PB associados, alocando-os nas respectivas FT;
Para os equipamentos e/ou Conexões remanejados – seus respectivos PB (RBNI) devem ser
alocados separadamente dos PB (RBSE) das FT correspondentes, somando os mesmos no final, conforme
disposto nos exemplos dos anexos D e E desta Nota Técnica.
(Fls. 8 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
28. Após a publicação da Resolução nº 070/2004, esta Agência disponibilizou em seu “site”,
motivada pela presente Nota Técnica, Nota Técnica nº 024/2004 e respectivos anexos, as Tabelas
individualizando as instalações de transmissão por concessionária, com respectiva parcela da Receita Anual
Permitida – RAP e encargos anuais de conexão associados, atualizados em conformidade com a Resolução
nº 070/2004, para que sejam preenchidos os Anexos I e II dos CPST´s, nos quais o duadécimo da RAP de
cada instalação corresponde ao respectivo PB.
29. O preenchimento dos referidos PB nos anexos dos CPST deverão estar em conformidade
com as funções descritas na Tabela I e com os valores que se originaram de planilhas conforme modelo
(anexos C, D e E) desta Nota Técnica, resultando nos anexos F e G (exemplos).
IV – DO FUNDAMENTO LEGAL
30. O parágrafo 1º do art. 6o da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, dispõe sobre o serviço
adequado ao pleno atendimento dos usuários, desde que satisfaça as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação, modicidade tarifária;
(Fls. 9 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
32. O Parágrafo único do art 9º da Lei nº 9648, de 27 de maio de 1998, atribui à ANEEL o
estabelecimento das condições gerais de contratação do acesso e uso dos sistemas de transmissão e
distribuição de energia elétrica; os incisos IV e V do artigo 7º do Decreto nº 2655, de 2 de julho de 1998,
determinam à ANEEL o estabelecimento das condições gerais de acesso e uso dos sistemas de distribuição
e transmissão, com vistas a induzir a utilização racional dos sistemas e a minimização dos custos de
ampliação ou utilização dos sistemas elétricos.
35. Os incisos VII e XVI do Art 4º do Anexo I do Dec 2335, de 06 de outubro de 1997,
determinam à ANEEL aprovar metodologias e procedimentos para otimização da operação dos sistemas
interligados, e estimular a melhoria do serviço prestado, zelando pela sua qualidade.
V – DA CONCLUSÃO
VI - DA RECOMENDAÇÃO
37. Recomendamos, em consonância com o detalhamento exposto nos itens anteriores, que
seja aberta audiência pública, para que os agentes e os setores da sociedade interessados neste tema,
mediante elementos complementares aos identificados nesta Nota Técnica, contribuam para o aprimoramento
deste ato regulamentar, que disciplina os requisitos de qualidade pretendidos.
De acordo:
Anexo A
i) Este modelo está baseado nos trabalhos de Vincent Morgan, Norma 738 do IEEE e
Recomendações do WG 22-12 do CIGRÉ.
ii) Entende-se como Ampacidade de uma Linha de Transmissão com condutores aéreos, a
sua capacidade de carregamento em períodos de longa duração, com os condutores
submetidos às condições geo-ambientais específicas.
iii) O modelo desenvolvido utiliza a equação clássica do equilíbrio térmico: todo o calor
recebido (ganho) é igual ao calor perdido (perda).
iv) Os termos usados nas equações adiante estão definidos nas legendas abaixo.
Re Número de Reynolds
s Ângulo de declinação solar (o)
Z Ângulo horário (o)
S Ângulo de azimute solar (o)
Ângulo entre condutor e raio solar (o)
Hs Ângulo de altura solar (o)
Q j + Qs = Pc + Pr (1.1)
Q j = Pc + Pr − Qs
2. Cálculo de Qj :
Q j = R Tc * I 2 (2.1)
Para a determinação de RTc deve-se utilizar o modelo previsto na norma IEEE 738, que
calcula a resistência elétrica do condutor por interpolação linear entre as resistências a 25 e 75º.C. Este
modelo apresenta resultados praticamente iguais ao modelo de cálculo proposto por Morgan, e permite
apresentar dados de resistência constantes da bibliografia Transmission Line Reference Book 345 kV and
above.
(Tc − 25)
R Tc = R25 + * ( R75 − R25 ) (2.2)
(75 − 25)
3. Cálculo de Pc :
Pc = π * λ f * (Tc − Ta ) * Nu (3.1)
Tc + Ta
Tf = (3.3)
2
Nu = B2 * Re m2 (3.4)
D*V
Re = (3.5)
υf
Sendo a rugosidade calculada uma função do diâmetro do cabo e do diâmetro do tento de alumínio:
d
RR = (4.1)
2 * (D − d)
4. Cálculo de Pr :
Pr = σ * ε * π * D * (Tc 4 − Ta 4 ) (4.2)
5. Cálculo de Qs:
π ξ π ξ
Qs = a s * D * {I B * [sen(η ) + * F * sen( Hs ) * cos 2 ( )] + * I d * cos 2 ( ) * (1 + F )} (5.1)
2 2 2 2
Cálculo de IB e Id :
[
I B = CN * I B 0 + 1,4 * 10 −4 * Hg * (1353 − I B 0 ) ] (5.2)
IB = valor corrigido da radiação ao nível da LT. Corresponde ao valor da radiação padrão ao nível do mar,
corrigida conforma a altitude da linha e a transparência da atmosfera.
sen( Hs )
I B 0 = 1280 * (5.3)
sen( Hs ) + 0,314
IB0 = Valor da Radiação Padrão ao nível do mar, (sem considerar efeito de turbidez ou poeira no ar).
(Fls. 14 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
Alteração no modelo:
Utilizar o valor da radiação incidente global na altura da LT, obtido através de medição. Este
valor já engloba todas as possíveis correções, e resulta em correção zero para a altitude da LT. Caso não se
tenham valores medidos, deverá ser utilizado o valor de 1000W/m em conjunto com CN. A equação
resultante é:
I B = I B0 (5.4)
Qs = αs * D * I B (5.5)
onde s = 0,5, conforme recomendação do CIGRÉ
6. Ampacidade
Com os valores de Pc, Pr e Ps calculados, bem como o valor de RTc, calcula-se a ampacidade a partir
da equação:
Qc + QR − QS
I= (6.1)
RTC
A formulação matemática completa deste Modelo, assim como a forma de consideração dos
parâmetros necessários para o referido cálculo, está descrita em Nota Técnica no processo número
48500.002105/04-78 e disponível na ANEEL, mediante solicitação.
(Fls. 15 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
Anexo B
1. Conceituação de Emergência
1.1 A definição de operação em emergência encontra-se no item 3.5 da atual NBR 5422: “situação em que a
linha transporta corrente acima do valor nominal do projeto, durante períodos de tempo considerados curtos
em relação ao período anual de operação”.
1.2 As condições de emergência são conceituadas no item 10.4 da NBR 5422. Segundo este item, as
condições de emergência devem obedecer aos seguintes critérios:
a) Ter duração inferior a 4 dias, e
b) O somatório das emergências em base anual não deve exceder a 5% do total de horas
em regime normal de operação (aproximadamente 432 horas).
4. Metodologia
Esta metodologia define fatores multiplicativos para o cálculo dos valores dos limites de
corrente em regimes de operação de curta duração de forma conservativa e embasados na atual NBR5422.
Está sendo considerada, para todas as classes de tensão, a menor redução da distância de
segurança vertical para o solo admitida na NBR 5422, para regiões accessíveis apenas a máquinas agrícolas
determinada para as LTs da classe de 230 kV, (igual a 0,59 m, representativo do pior caso, já que todas as
demais são superiores a 1,0 m).
Este valor está associado a um aumento de temperatura nos cabos condutores e,
conseqüentemente às correntes máximas admissíveis, considerando as condições ambientais determinadas
para o regime de longa duração (o que torna ainda mais conservativo o resultado). Na Figura 1 este
encadeamento é ilustrado.
Figura 1: metodologia
Temperatura
de Projeto Mantendo TA – V – RS
Distâncias de Distâncias de
Segurança Segurança
Longa Duração (Regime de Emergência)
Redução de Distância
Admitida em Norma
onde,
TA = Temperatura Ambiente
V = Velocidade do Vento, e
RS = Radiação Solar.
4.1 Utilizando-se este modelo, foi determinado o aumento de temperatura associado à redução das distâncias
de segurança verticais em 0,59 m, obtendo-se um valor de 16,4 ºC superior ao considerado para o projeto da
LT. Este valor definiu o valor da corrente a considerar na Operação em Regime de Curta Duração
(emergência).
4.2 O fator multiplicativo (fator de sobrecorrente) é obtido pela relação entre os dois valores de corrente, o de
Curta Duração e o de Longa Duração, determinados através de simulação, para diversos tipos de cabos
condutores e diversas temperaturas de projeto.
(Fls. 17 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
4.3 Considerando a necessidade da metodologia abranger todas as LT´s do sistema elétrico brasileiro e a
inexistência de determinações para o estabelecimento das distâncias de segurança para LT´s de classes de
tensão superiores a 230 kV na NBR 5422, foi efetuada uma análise adicional baseada nos seguintes pontos
principais:
a) A NBR 5422, em seus itens 3.5 - caracterizador do regime de operação em emergência
e 5.2.2.1 - que determina a verificação da ocorrência de temperaturas superiores à de
projeto, estabelecem a existência de correntes de emergência independentemente da
classe de tensão da LT ;
b) O National Electrical Safety Code - NESC, em sua edição 2002, extensamente utilizado
no projeto de Linhas de Transmissão em nível mundial, permite o uso de distâncias
reduzidas de segurança, conforme as tabelas 232-3 e 232-4 do documento NESC ;
c) Com base nestas tabelas e dados típicos relativos às classes de tensão superiores a 230
kV, determinaram-se as distâncias de segurança, aplicando-se o modelo apresentado na
figura 1;
4.4 Considerando, finalmente que além das distâncias de segurança, nenhum outro fator envolvido no cálculo
era função da classe de tensão da LT, pode-se concluir que os fatores multiplicativos (fatores de
sobrecorrente) determinados para a operação das LT´s em regime de Operação de Curta Duração
(Emergência) para as LTs de classe de tensão até 230 kV, pode ser estendido para todas as classes de
tensão de forma conservativa.
5. Conclusão
Com base nos resultados obtidos, são estabelecidas as seguintes determinações para a
operação em Regime de Curta Duração (Emergência):
a)Os limites de carregamento das LTs de qualquer classe de tensão entre 69 e 750 kV, para
operação em regimes de curta duração, serão dados pelos limites de carregamento para o
regime normal de operação, multiplicados pelo fator multiplicativo (fator de sobrecorrente),
conforme a Temperatura de Projeto, de acordo com a tabela a seguir:
b)Estes fatores independem da bitola dos condutores utilizados ou do seu tipo (AAC, ACSR
ou ACAR);
(Fls. 18 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
d)os valores de fatores multiplicativos acima definidos devem ser considerados como valores
mínimos, independentemente de qualquer outra condição de projeto ou operação.
1 – Planilhas de uma Concessionária fictícia contendo instalações de transmissão da Rede Básica com seus respectivos PB.
LEGENDA: SIGLA
DISCOR - Distribuidora DC
TRANSCOR - Transmissora TC
Rede Básica Sistêmica RB
Rede Básica Fronteira RBF
(Fls. 20 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
DISCOR - Distribuidora DC
TRANSCOR - Transmissora TC
Rede Básica Sistêmica RB
Rede Básica Fronteira RBF
Tipo
Comp. Tensão INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Linha USUÁRIO (km) (kV) Circuito Estrutura Condutor Pagamento Base (R$)
FRITEL / PATOS RB 37,5 230 CD AR 636.0 44.283,26
TOTAL 44.283,26
LEGENDA: SIGLA
DISCOR - Distribuidora DC
TRANSCOR - Transmissora TC
Rede Básica Sistêmica RB
Rede Básica Fronteira RBF
(Fls. 22 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
Novas instalações de transmissão da Rede Básica, autorizadas por Resoluções específicas (RBNI)
Receitas
Data Data Início Anuais para o PAGAMENTO
Reclassificação Estabelec Receita Anual
Empreendimento Referência da Operação ciclo 2004-2005 BASE R$
Usuário/Concessionária e Rec Permitida (R$) com RGR
de Preços Comercial
1/6/2003 1/6/2003
RB TRANSCOR SE Peseta II - implantação de 1 IB 230 kV 428/2002 230.727,55 01/06/2002 15/12/2002 311.653,32 25.971,11
construção do segundo trecho de linha da LT
RB TRANSCOR 230 kV, Gertel - Lagos / Peseta II, 400 km 428/2002 4.702.820,38 01/06/2002 15/12/2002 6.352.295,47 529.357,96
SE Peseta II - implantação de 1 EL, 230 kV,
RB TRANSCOR para a LT 230 Gertel - Lagos / Peseta II 428/2002 395.560,19 01/06/2002 15/12/2002 534.299,63 44.524,97
SE Gertel - implantação de EL em 230 kV,
RB TRANSCOR para a LT 230 kV, Gertel - Lagos / Peseta II 428/2002 393.924,32 01/06/2002 15/12/2002 532.089,99 44.340,83
TOTAL 644.194,87
LEGENDA: SIGLA
DISCOR - Distribuidora DC
TRANSCOR - Transmissora TC
Rede Básica Sistêmica RB
Rede Básica Fronteira RBF
(Fls. 23 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
FRITEL PATOS LT 230 kV , Circuito nº 1, 37,5 km 0,00 22.141,63 8.797,82 0,00 0,00 0,00 30.939,45
FRITEL PATOS LT 230 kV , Circuito nº 2, 37,5 km 0,00 22.141,63 8.797,82 0,00 0,00 0,00 30.939,45
LT 230 kV, Circuito nº 2, 400 km e 2
GERTEL -LAGOS PESETA II EL´S 230 kV 0,00 0,00 0,00 44.340,83 529.357,96 44.524,97 618.223,76
FUNÇÃO: TRANSFORMADOR
LEGENDA: SIGLA:
DISCOR - Distribuidora DC
TRANSCOR -
Transmissora TC
Rede Básica
Sistêmica RB
Rede Básica
Fronteira RBF
.
(Fls. 24 da Nota Técnica n° 028/2004-SRT/ANEEL, de 07/12/2004).
Anexo G – Anexo II do CPST: Descrição das Funções de Transmissão – FT pertencentes à Rede Básica, Pagamentos Base – PB e Capacidade Operativa.
Legenda: Sigla
DISCOR - Distribuidora DC
TRANSCOR - Transmissora TC
Rede Básica Sistêmica RB
Rede Básica Fronteira RBF