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CEAD – CENTO DE ENSINO

ALUNAS: Anne Carolina do E. S. Gomes


Elizainy Santos de Oliveira
Fabiana Patrícia B. de Araújo
Geane Alves Lopes
Sebastiana Cândida Pereira

Cuiabá – MT

2018
CHOQUES

CHOQUE CARDIOGÊNICO
O choque cardiogênico é a incapacidade do coração ao bombear uma quantidade
necessária para a manutenção dos órgãos nobres, causando então a queda da
pressão arterial, falta de oxigênio nos tecidos e acúmulo de líquidos nos pulmões.

A causa mais grave de um infarto é geralmente isso, o choque cardiogênico que é


umas das maiores complicações e que se não for tratado com urgência pode levar a
morte em até 50% dos casos.

Causas
 Estágios terminais de infecção.
 Doenças das válvulas cardíacas.
 Miocardite aguda: inflamação do músculo cardíaco.
 Insuficiência ventricular direita.
 Intoxicação do coração por medicamentos e toxinas.

Sintomas
 Pressão arterial baixa
 Extremidades frias e úmidas
 Palidez
 Elevação da frequência cardíaca
 Redução da quantidade de urina

Diagnóstico
O diagnóstico de choque cardiogênico precisa ser feito o mais rápido possível no
hospital e, por isso, caso exista suspeita é muito importante ir rapidamente à
urgência do hospital. O médico poderá utilizar alguns exames, como medição da
pressão arterial, eletrocardiograma ou raio X do peito, para confirmar o choque
cardiogênico e iniciar o tratamento mais adequado.

Tratamento
O tratamento para choque cardiogênico geralmente é iniciado logo na urgência do
hospital, mas depois é necessário ficar internado em uma unidade de cuidados
intensivos, onde podem ser feitos vários tipos de tratamento para tentar aliviar os
sintomas, melhorar o funcionamento do coração e facilitar a circulação sanguínea:

1. Uso de medicamentos

Além do soro que é aplicado diretamente na veia para manter a hidratação e


alimentação, o médico pode ainda usar:

Remédios para aumentar a força do coração, como Noradrenalina ou Dopamina;

Aspirina, para diminuir o risco de formação de coágulos e facilitar a circulação do


sangue;

Diuréticos, como Furosemida ou Espironolactona, para diminuir a quantidade de


líquidos no pulmão.

Estes remédios também são administrados diretamente na veia, pelo menos durante
a primeira semana de tratamento, podendo depois ser tomados oralmente, quando o
quadro melhorar.

2. Cateterismo

Este tipo de tratamento é feito para restaurar a circulação para o coração, caso
tenha ocorrido um infarto, por exemplo. Para isso, o médico geralmente insere um
cateter, que é um fino longo e comprido, através de uma artéria, geralmente na
região do pescoço ou da virilha, até ao coração para remover um possível coágulo e
permitir que o sangue volte a passar adequadamente.

3. Cirurgia

A cirurgia normalmente só é utilizada nos casos mais graves ou quando os sintomas


não melhoram com o uso de medicamentos ou cateterismo. Nestes casos, a cirurgia
pode servir para corrigir uma lesão no coração ou para fazer um bypass cardíaco,
no qual o médico coloca outra artéria no coração para que o sangue passe até à
região que está sem oxigênio devido à presença de um coágulo.

Quando o funcionamento do coração está muito afetado e nenhuma técnica


funciona, a última etapa do tratamento consiste em fazer um transplante cardíaco,
porém, é necessário encontrar um doador compatível.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
O choque hipovolêmico, também conhecido como choque hemorrágico, acontece
quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração deixe de
ser capaz de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas
graves em vários órgãos do corpo e colocando a vida em risco.

Causas
Pode ter varias causas dentre elas:

 Dor de cabeça constante, que pode ir piorando;


 Cansaço excessivo e tontura;
 Náuseas e vômitos;
 Pele muito pálida e fria;
 Confusão;
 Dedos e lábios azulados;

Este tipo de choque geralmente é mais frequente após pancadas muito fortes, como
acidentes de trânsito ou quedas de grande altura, mas também pode acontecer
durante cirurgias, por exemplo.

Na fase de choque hipovolêmico profundo a excitação cresce até ao delírio e depois


começa a fase de sedação, em que já há insuficiências significativas da função
cerebral e cardíaca, que, se os níveis de volemia não forem repostos progride até
aos danos irreversíveis e depois à morte.

Diagnóstico
Como a palidez é muitas vezes difícil de avaliar, é mais seguro comprimir a pele e
tecidos subcutâneos no dedo do pé ou em outro local do paciente até essa região
ficar esbranquiçada. Se a cor avermelhada demorar a voltar mais de 2-3 segundos o
choque é um diagnóstico provável. As veias do pescoço estão colapsadas ao
contrário do choque cardiogênico.

Em 1953 os fisiologistas Jeremy Swans e William Ganz desenvolveram o cateter de


Swan-Ganz com a finalidade de avaliar as pressões do átrio direito, do ventrículo
direito, da artéria pulmonar e dos capilares pulmonares (pressão de oclusão). A
empresa Edwards inicia sua comercialização em 1970.
Tratamento
O tratamento para o choque hipovolêmico é feito através da transfusão sanguínea e
a administração de soro diretamente na veia, sendo fundamental parar a causa do
sangramento, ou a situação que leva à perda de líquidos.

A morte causada pelo choque hipovolêmico só ocorre se a quantidade de sangue e


líquido perdida corresponder a mais de 1/5 do volume total da quantidade de sangue
de um ser humano, o que significa, aproximadamente, 1 litro de sangue.

Primeiro socorros para choque hipovolêmico

O choque hipovolêmico é uma situação de emergência que deve ser tratada o mais
rápido possível. Assim, se existir suspeita deve-se:

1. Chamar imediatamente a ajuda médica, ligando para o 192;


2. Deitar a pessoa e elevar os pés cerca de 30 cm, ou o suficiente para que
fiquem acima do nível do coração;
3. Manter a pessoa quente, utilizando cobertores ou peças de roupa;

Caso exista uma ferida que esteja sangrando, é importante tentar parar a
hemorragia utilizando um pano limpo e fazendo pressão sobre o local, para
minimizar a perda de sangue e dar mais tempo para que a equipe médica chegue.

CHOQUE SÉPTICO
O choque séptico, ou septicemia, é uma infecção generalizada que acontece quando
bactérias, fungos ou vírus chegam à corrente sanguínea, e espalham-se por todo o
corpo. O choque séptico provoca uma diminuição da pressão arterial, dificultando a
chegada de sangue e de oxigênio no cérebro, coração, rins e outros órgãos. Isto
leva à presença de sinais e sintomas como febre, dificuldade para respirar, pouca
urina, inchaço e alterações da pressão sanguínea, diminuição da pressão arterial,
febre alta, baixa produção de urina e diminuição das plaquetas sanguíneas.

O tratamento do choque séptico é feito com a pessoa internada em Unidade de


Terapia Intensiva (UTI) com o uso de medicamentos e antibióticos para regularizar
as funções cardíacas e renais e eliminar o microrganismo. Quando tratado a tempo,
o choque séptico tem cura.
Sintomas do choque séptico
Os sinais e sintomas mais comuns do choque séptico são:

 Frequência cardíaca maior que 90 bpm;


 Frequência respiratória maior que 20 ipm (respiração rápida);
 Leucócitos acima de 12 000 ou abaixo de 4 000 cel/mm3;
 Pressão muito baixa;
 Inchaço;
 Pouca urina;
 Diminuição das plaquetas sanguíneas;
 Dificuldade em respirar;
 Perda da consciência ou confusão mental;

Ainda pode haver tontura, fadiga, calafrio e vômito. As pessoas mais suscetíveis ao
choque séptico são os pacientes hospitalizados, pois possuem a imunidade já
comprometida, o que pode favorecer que uma infecção local se desenvolva para
uma infecção generalizada. Pacientes idosos, desnutridos e pós-cirúrgicos são
também mais propensos a desenvolver o choque séptico.

Os sintomas do choque séptico surgem quando o microrganismo chega na corrente


sanguínea e libera suas toxinas, que estimulam o sistema imune da pessoa a
produzir e liberar citocinas e mediadores inflamatórios para combater essa infecção.
As toxinas liberadas pelo microrganismo danificam a pele, causando os sinais típicos
de um processo inflamatório, como edema, inchaço e febre. Caso não seja tratado, o
excesso de citocinas e a grande concentração de toxinas pode diminuir a chegada
de sangue e oxigênio em alguns órgãos, o que pode levar à falência desses órgãos.

Causas do choque séptico


O choque séptico pode ser causado por diversos fatores, sendo o mais comum a
migração de bactérias, fungos ou vírus, que estão localizados num único órgão, para
a corrente sanguínea, espalhando-se por todo o corpo e atingindo outros órgãos.

Outras possíveis causas de choque séptico é a presença de sondas e cateteres


infectados, já que são equipamentos hospitalares que estão em contato direto e
diário com o paciente hospitalizado. Saiba mais sobre as causas do choque séptico.

Diagnóstico do choque séptico


O diagnóstico do choque séptico é feito com base no exame clínico da pessoa e em
exames laboratoriais. Normalmente é feito um exame de sangue em que se
identifica se a contagem de células sanguíneas está alterada (hemácias, leucócitos
e plaquetas), se há algum problema na função dos rins, qual a concentração de
oxigênio no sangue e se há alguma alteração na quantidade de eletrólitos presentes
no sangue. Os outros testes que o médico pode solicitar estão relacionados com a
identificação do microrganismo que causa o choque.

O diagnóstico é conclusivo para choque séptico quando a pessoa apresenta pelo


menos dois dos seguintes sintomas ao mesmo tempo: febre ou hipotermia
(diminuição da temperatura corporal), taquicardia (aumento dos batimentos
cardíacos) ou taquipneia (aumento da frequência respiratória) e leucocitose
(aumento no número de leucócitos) ou leucopenia (diminuição no número de
leucócitos).

Como é feito o tratamento


O tratamento é feito em internamento na UTI e requer o uso principalmente de
antibióticos para que o microrganismo causador do choque seja eliminado. O
antibiótico é definido pelo médico a partir da identificação do microrganismo e perfil
de susceptibilidade dele aos antibióticos ou antifúngicos. Entenda como é feito o
antibiograma.

Além disso, pode ser que o paciente precise respirar por aparelhos, receber sangue
ou medicamentos para regularizar a pressão arterial e a função renal. O paciente
diagnosticado com choque séptico deve permanecer na UTI até que seu estado seja
estável e o microrganismo eliminado, sendo assim possível a alta. Veja mais sobre o
tratamento para o choque séptico.

Choque séptico tem cura


Apesar de ter uma alta taxa de mortalidade, o choque séptico tem cura quando
identificado nos primeiros sintomas e o tratamento é iniciado imediatamente. No
entanto, quando há sepse grave, que é quando ocorre mau funcionamento de
determinado órgão, afetando o fluxo sanguíneo para algumas partes do corpo, pode
ser que o quadro não melhore evolua para morte se a pessoa tiver outras doenças
associadas.
Bibliografia

FRAZÃO, Arthur - CLÍNICO GERAL. Médico generalista, especialista em Oftalmologia pela


Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 2008, com registro profissional no
CRM/PE 16878. www.tuasaude.com

LIMA, Drª Ana Luiza. CARDIOLOGISTA. Médica Cardiologista, formada pela Universidade
Federal de Pernambuco, em 2008 com registro profissional nº CRM/PE – 16886.
www.tuasaude.com

Tintinalli, Judith E. (2010). Emergency Medicine: A Comprehensive Study Guide


(Emergency Medicine (Tintinalli)). New York: McGraw-Hill Companies. pp. 165–172. ISBN 0-
07-148480-9. www.wikipedia.org

Pacagnella RC, Souza JP, Durocher J, Perel P, Blum J, Winikoff B, Gülmezoglu AM (2013).
"A systematic review of the relationship between blood loss and clinical signs". PLoS ONE. 8
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www.wikipedia.org

PORTAL EDUCAÇÃO: www.portaleducacao.com.br

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