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5.

Combustíveis e combustão
5.1 – Uso de combustíveis no Brasil
5.2 – Petróleo, hidrocarbonetos e refino de petróleo
5.3 – Tratamento de gás natural
5.4 – Produção de etanol
5.5 – Produção de biodiesel
5.6 – Lubrificantes
5.7 – Propriedades de combustíveis p/ motores ICE
5.8 – Propriedades de combustíveis p/ICO

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5. Combustíveis e combustão
Matriz Energética veicular: 2013

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


• Tipos de petróleo: parafínico, naftênico, aromático ou misto.
• Classificação por grau API:
• Medida de densidade do óleo.
• Quanto mais alto o grau API, mais leve é o óleo
• Extra-leves: >40 API; Leves: 40>API>35; Médios:
35>API>25; Pesados: 25>API>20; Ultra-pesados: API <20
• Ex: Marlim (19,7 API), Cabiúnas (24,7), Brent (37),
WTI (32), Árabe leve (33,3) etc.
•Teor de enxofre: petróleos c/ altos teores de S são chamados
de “azedos” (sour) e o contrário, “doce” (sweet).
•Carga de refinaria: mistura de óleos de diferentes tipos e graus
API.
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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


• Que são hidrocarbonetos?
– Substâncias orgânicas compostas por cadeias carbônicas e
hidrogênio.
– Principais tipos encontrados no petróleo:
Alcanos ou Parafinas (CnH2n+2): saturados (sem ligações
duplas ou triplas entre carbonos), com ou sem
ramificações. Exemplos: metano, etano, propano, butano,
2,2,3 trimetil pentano (i-octano)
isobutano (metil propano)
metano butano

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


– Principais tipos
Cicloalcanos ou Naftenos (CnH2n): saturados, cíclicos,
com ou sem ramificações. Ex:
ciclohexano metil-ciclopentano

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


– Principais tipos
Aromáticos: presença do anel benzênico, cíclicos,
com ou sem ramificações.

Benzeno Tolueno Naftaleno

--- CH3

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


– Principais tipos
Alcenos (CnH2n): presença de uma ligação dupla,
com ou sem ramificações. Mono-olefinas

Eteno 1-buteno metil propeno (isobuteno)

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


– Principais tipos
Dienos e Alcinos (CnH2n-2): presença de duas ou mais
ligações duplas ou uma tripla, com ou sem ramificações.
Di- (poli) Olefinas

Acetileno 1-2-butadieno 1-3-butadieno

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


• Outras substâncias, derivadas de hidrocarbonetos, formam
outras famílias da química orgânica; usual: oxigênio, enxofre,
nitrogênio.

– Oxigênio: cetonas: R – C(=O) – R


aldeídos: R – C =O
ácidos carboxílicos: R – C = O (- OH)
fenóis: ABenz – OH
– Enxôfre: sulfeto de hidrogênio: H2S
mercaptanas: R – S – H
sulfitos: R – SO2
tiofenos: 2 ciclo penteno, subst.
– Nitrogênio: aminas: R – NH2 9
5. Combustíveis e combustão
5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino
Aromáticos polimerizados: presença do anel benzênico
em grande número, mas com a presença de outros
elementos (O, N, S, metais). Sólidos.
Asfaltenos

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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino


• Existem ainda várias outras famílias (funções) derivadas (p/ ex:
álcoois, éteres e ésteres)
• Podem existir compostos de funções múltiplas
• O número de combinações possíveis a partir da química
orgânica é absurdamente grande.
• O petróleo é composto, portanto, por um número muito grande
de diferentes substâncias
• O refino do petróleo produz derivados – que também são
misturas complexas de substâncias, com propriedades
adequadas a cada uso. Não é possível caracterizar um derivado
a partir da composição química (isto é, pelas substâncias que o
compõe, e em que proporção).
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5. Combustíveis e combustão

5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino

Destilação primária: separação


física das frações mais leves,
intermediárias e pesadas.

Processo inicial p/ obtenção de


derivados (energéticos ou não)

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5. Combustíveis e combustão
5.2 Petróleo, hidrocarbonetos e refino

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5. Combustíveis e combustão
5.3 O tratamento do gás natural

• Separação de
frações
condensáveis
(LGN)
•Separação GLP e
gasolina natural
•Eliminação de
enxofre, se for o
caso (sour gas)
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5. Combustíveis e combustão
5.3 O tratamento do gás natural
• Sweetening: eliminação de H2S e CO2 por absorção em solução
de aminas: MEA, DEA

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5. Combustíveis e combustão
5.3 O tratamento do gás natural

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5. Combustíveis e combustão
5.4 O processo de produção de etanol - histórico
1920 – Experimentos com etanol em motores
1940 – Uso generalizado de etanol em mistura com gasolina (II GG)
1973 – Primeira crise do petróleo
1975 – Programa Proálcool
1978 – CATs : Centro de Apoio Tecnológico para oficinas de
conversão de motores para álcool
1979 – Produção em série de motores a etanol
1980 – Programa OVEG – substituto de diesel
1985 – Veículos a etanol alcançam 94% da vendas
1989 – Problemas no suprimento de etanol e baixos preços do
petróleo causam acentuada queda na demanda por motores a
etanol
2003 – Produção em série dos veículos flex
2005 – Programa brasileiro de biodiesel 17
5. Combustíveis e combustão
5.4 O processo de produção de etanol
O conteúdo energético da cana

Açúcares 608 x 103 kcal


+

Bagaço 598 x 103 kcal

Palha e pontas 512 x 103 kcal


= 1 barril de petróleo
1 ton de cana 1,386 x 106 kcal
1,718 x 106 kcal
Cerca de 29 % do conteúdo
energético da cana não tem ainda
um aproveitamento Ou seja: 1 ton cana ≈ 1,2 barris de petróleo
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Fonte: Dedini, 2004
5. Combustíveis e combustão
5.4 O processo de produção de etanol
Diagrama de fluxos na produção de etanol de cana

Tratamento Filtração

Torta de filtro

Agua Evaporação Fermentação Vinhaça


8 a 12 h
Moenda

Melaço
Cozimento Destilação
Cana
Desidratação

Bagaço Centrifugação Retificação

Etanol
Secagem Etanol
Açúcar anidro 19
hidratado
5. Combustíveis e combustão
5.4 O processo de produção de etanol

Comparações entre matérias-primas

Matéria prima Relação de Emissões de CO2


energia evitadas
Cana 8,0 – 9,3 80% - 89%
Milho 0,6 – 2,0 -30% - 38 %
Trigo 0,97 – 1,11 19% - 47%
Beterraba 1,2 – 1,8 35% - 56%
Mandioca 1,6 – 1,7 63%
Lignocelulose * 8,3 – 8,4 66% - 73% 20
*Estimado – processo ainda em desenvolvimento Fonte: Horta Nogueira, 2008
5. Combustíveis e combustão
5.5 O processo de produção de biodiesel

Trigliceride
Óleo vegetal
Gordura animal

Molécula típica de
diesel

Metil-éster típico
Biodiesel
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5. Combustíveis e combustão
5.5 O processo de produção de biodiesel

Se pode fazer em qualquer laboratório MAS:


Falsa simplicidade: manuseio de metanol, purificação do
biodiesel, recuperação de metanol, tratamento adequado para os
sub-produtos, volumes de glicerina e sua venda 22
5. Combustíveis e combustão
5.5 O processo de produção de biodiesel

• Preparação do óleo
• Preparação do metanol c/
catalisador
• Reação do óleo ou gordura
com metanol e catalisador
• Separação de fases
• Purificação do biodiesel
• Recuperação de metanol
• Sub-produtos
• Glicerina

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5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes

Quando duas superfícies de contato se deslocam uma em relação à


outra, há atrito. Consideram-se três espécies de atrito:
• Atrito seco  superfícies metálicas estão em contato sem a
presença de lubrificante;
• Atrito úmido  pequena película de lubrificante reduz o atrito,
mas sem impedir que as superfícies metálicas entrem em contato
pela crista das suas rugosidades;
• Atrito líquido  película de lubrificante é contínua e homogênea,
impedindo que as duas superfícies metálicas entrem em contato.
A viscosidade caracteriza as particularidades de escoamento do óleo.
Pode-se medir-se por diferentes métodos, fazendo parte de cada um
deles um sistema de unidades
A viscosidade de um óleo modifica-se com a temperatura. Quanto mais
quente está o óleo, mais a viscosidade diminui.
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5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes
A principal qualidade de um óleo: viscosidade suficiente para
assegurar um atrito líquido a temperaturas de funcionamento das
peças do motor entre 353 °K e 423 °K (80 a 150 °C).
O ponto de combustão é a temperatura na qual o óleo emite vapores
suscetíveis de serem inflamados. Deve ser o mais elevado possível, de
modo a evitar as fugas por vaporização ao contato das partes
inferiores do pistão do motor quente. A temperatura de combustão é,
geralmente, superior a 493 °K (220 °C) para os óleos finos e ultrapassa
253 °K (250 °C) para os óleos espessos.
O ponto de congelamento é a temperatura em que o óleo não escorre
mais de uma proveta quando esta é inclinada. Deve ser o mais baixo
possível, de modo a facilitar que o motor entre em movimento depois
de tempo prolongado sob temperaturas muito baixas.

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5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes
As propriedades obtidas pela incorporação de aditivos são:
• Poder detergente: dissolver os produtos sólidos de combustão,
borrachas e óleos grafíticos; evita a formação de depósitos sobre
as paredes internas do motor;
• Poder dispersante: possibilidade de conservar em suspensão
todos os produtos dissolvidos e de impedir a sua acumulação no
fundo do cárter ou nos filtros; completa a ação dos produtos
detergentes;
• Resistência à oxidação: o contato com ar do cárter e gases
ácidos de combustão tende a transformar o óleo por oxidação.
Redução do seu poder lubrificante.
Os aditivos destinados a resistir aos fenômenos de oxidação fazem
com que o óleo conserve durante mais tempo as suas qualidade
lubrificantes. Estes aditivos neutralizam os ácidos que pouco tendem a
acumular-se no cárter do motor, e cuja presença origina desgastes nas
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superfícies de atrito.
5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes
Classificações dos óleos lubrificantes
Quanto à matéria-prima: minerais
(derivados de petróleo), sintéticos
(sintetizados em laboratório) e semi-
sintéticos (misturas balanceadas dos
dois); sintéticos são melhores (mais
estáveis à oxidação) e mais caros.
Quanto viscosidade (SAE): altas
temperaturas (SAE 10 a SAE60), baixas
temperaturas (SAE 5W a 20W) e
multiviscosos (SAE 20W40, etc).

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5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes

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5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes
Classificações dos óleos lubrificantes
Quanto à aplicação (API)
Para motores ICE: SA, SB,.., SJ, SL ; S 
service; letras: mais modernos e
avançados, letras mais longe do A; veículo
projetado para usar SG pode usar
superiores, mas não inferiores.
Para motores ICO: CA, CB...CG 
Commercial; letras seguem mesma lógica
dos motores ICE. Números: 2 indica
motores de 2 tempos; CF  diesel com
altos teores de enxofre; 4: diesel com
baixos teores de enxofre.
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5. Combustíveis e combustão
5.6 Lubrificantes

Diesel

Gasolina, etanol

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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
A combustão: a auto-ignição de misturas combustíveis
Auto ignição de uma mistura A/C
Ensaios em máquinas de compressão rápida:
1. Compressão rápida até ponto “B”: a mistura passa a se resfriar 
não houve combustão
2. Compressão até “B’”: T permanece constante por certo
tempo e depois aumenta bruscamente  período de indução,
seguido por combustão.
3. Compressão até “B’’”: mesmo efeito, mas
com menor período de indução.
4. Existe T min p/ que ocorra a reação: T(AI)
5. Depende também da densidade da mistura

Válido para QUALQUER mistura A/C (diesel


inclusive).
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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
A combustão: a auto-ignição de misturas combustíveis
Auto ignição de uma mistura A/C
Fatores que afetam a auto-ignição (AI):
Combustível (gasolina, etanol, diesel, gás natural, etc.)
Temperatura da mistura
Densidade da mistura
Tempo (período de indução)
Período de indução (atraso químico)  reações de pré-chama,
endotérmicas, de “quebra de moléculas” e formação de radicais para
a reação em cadeia.

Auto-Ignição:
Em motores ICO  é o mecanismo de funcionamento
Em motores ICE  deve ser evitada; mecanismo correto é o de
propagação de chama a partir da vela, no momento correto do ciclo
 a chama deve percorrer a câmara; 32
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
Volatilidade – deve ser alta o suficiente em baixas temperaturas para
garantir partida a frio do motor, mas limitada para evitar emissões
evaporativas. A temperatura máxima de ebulição deve ser limitada
para evitar a diluição do lubrificante.
Octanagem – Resistência à auto-ignição (KNOCK) – deve ser
grande, para permitir o uso de alta taxa de compressão, para melhor
desempenho e eficiência do motor.
Calor de combustão – energia contida na mistura ar-combustível –
deve ser grande pois a massa de mistura determina a potência do
motor.
Estabilidade – não deve se decompor e nem formar depósitos ou
gomas
Corrosividade – mesmo em presença de umidade, não deve atacar
os materiais dos componentes do sistema de alimentação de
combustível do motor.
Compatibilidade química – deve ser compatível com materiais com
33
que entra em contato, especialmente plásticos e borrachas
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
a) Octanagem: Número de octano (ON)

Iso-octano Combustíveis n-Heptano


ON = 100 Padrão ON = 0

Diz-se que a amostra sob Iso-octano: 2-2-4-trimetil pentano

análise possui octanagem X, se Ensaio em motor padronizado (CFR), com


metodologia padronizada e parâmetros
a detonação ocorre como se controlados.
fosse uma mistura de X % de MON e RON (Motor - Research)
iso-octano e (100-x)% de n- Detonação: auto-ignição explosiva da
heptano. mistura ar-combustivel; o motor pode34ser
danificado
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
a) Número de octano (ON)
Norma ASTM D-2699 – método pesquisa – RON
Primeiro ensaio de octanagem; mistura não aquecida, 600 rpm,
avanço fixo a 13º APMS. Mais adequado para situações de alta
carga em baixas rotações.
Norma ASTM D - 2700 – método motor – MON:
Condições mais severas de ensaio: mistura aquecida, avanço de
centelha variável (19 a 26º), 900 rpm. Mais adequado para
situações de alta carga em rotações mais elevadas.
IAD: média aritmética das octagens MON e RON
Exemplos: pesquisa motor
Gasolina 92-98 82-90
metano 120 120
propano 112 97
benzeno 115
metanol 106 92 35
etanol 107 89
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE

b) Volatilidade: Curvas típicas de destilação

O combustível deve evaporar e


misturar com o ar, produzindo uma
mistura homogênea apta a propagar Diesel
uma chama após a faísca da vela.

Temperatura (oC)
As curvas de destilação medem esta
propriedade. As frações que
evaporam a temperaturas mais baixas Etanol
são as que auxiliam a partida a frio do
motor. As frações que evaporam a
temperaturas mais altas possuem
maior conteúdo energético.
% Evaporada
Note-se que o etanol possui curva de
evaporação horizontal (substância
pura) 36
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE

c) Pressão de vapor Reid


Pressão de vapor Reid
A pressão de vapor deve ser
alta o suficiente para
promover a partida a frio, mas

Pressão (kPa)
não alta demais, para prevenir
o “vapor lock”
O etanol pode apresentar
problemas de partida a frio e
sua dirigibilidade na fase de
aquecimento do motor ode
Temperatura (oC)
ser prejudicada.

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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
d) Calor latente de vaporização
O combustível líquido deve passar para o estado de
vapor antes de se misturar com o ar, para formar a
mistura homogênea esperada.
O alto calor latente do etanol pode ser interessante
para resfriar a mistura a ser admitida (aumentando o
rendimento volumétrico), mas pode, por outro lado,
afetar negativamente a partida a frio.
e) Calor de combustão
É a energia química contida no combustível, por
unidade de massa. Maior poder calorífico significa
menor consumo específico [g/kW.h] e menor consumo
por kilômetro rodado [l/km]. 38
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
e) Calor de combustão – cont.
Poder calorífico superior: água formada na combustão está
no estado líquido.
Poder calorífico inferior: água formada na combustão está no
estado gasoso.
f) Estabilidade à oxidação
Oxidação lenta em presença do ar; armazenamento por
longos períodos; formação de gomas; depósitos na câmara
de combustão. Ensaios: goma atual lavada e período de
indução;
g) Corrosividade:
Associada a formação de ácidos durante o após a
combustão; aditivos reduzem a corrosividade; enxofre na
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gasolina aumenta;
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
• Especificações técnicas de um combustível constituem um
conjunto de características físicas e químicas, usualmente
apresentadas como valores máximos ou mínimos aceitáveis,
definido de forma a garantir o desempenho do equipamento
destinado a utilizá-lo.
• Todas as propriedades são medidas de acordo com métodos
de ensaio padronizados e normalizados.
• A ANP é o órgão encarregado de estabelecer as
especificações técnicas dos combustíveis derivados do
petróleo e de biocombustíveis líquidos.
• Para poder ser comercializado, um combustível deve estar
“especificado” – isto é, obedecer o conjunto de propriedades
especificadas.
• Combustíveis não especificados só podem ser usados em
testes, com prévia autorização da ANP e dos órgãos
ambientais.
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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE

Gasolina:
• É um combustível derivado do petróleo, composto por
hidrocarbonetos selecionados durante o processo de refino, e
que se destina a satisfazer as demandas de motores de ignição
por centelha.
• Composta por parafinas, olefinas, naftenos e aromáticos.
• Obtida por misturas de correntes de destilação direta, produtos
de craqueamento catalítico, reforma catalítica, hidro-refino,
alquilação ou isomerização.
• Gasolina brasileira: comum, premium e aditivada; toda a
gasolina de uso rodoviário possui etanol (20 – 25%volume por
lei); a gasolina de aviação (GAv) não contém etanol e ainda usa o
chumbo tetra-etila para aumento da octanagem.
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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE

• As especificações técnicas da gasolina brasileira são


definidas pela ANP e renovadas quando necessário.
• Atualmente as especificações técnicas da gasolina
automotiva são definidas pela Portaria ANP 309/2001
(disponível pelo site da ANP: www.anp.gov.br)
• Uma nova especificação para a gasolina (Resolução
ANP 38/2009) já está aprovada e deverá entrar em vigor
a partir de janeiro de 2014, quando as novas normas de
emissões de poluentes por veículos leves entrar em
vigor (fase L6 do PROCONVE). A grande mudança é a
redução drástica do enxofre (de até 1000 ppm para até
10 ppm)
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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
Gasolina comum Gasolina Premium
Tipo A Tipo C Tipo A Tipo C
Destilação
10% evaporado, max. ºC 65,0 65,0 65,0 65,0
50% evaporado, max. ºC 120,0 80,0 120,0 80,0
90% evaporado, max. ºC 190,0 190,0 190,0 190,0
Final, max. ºC 220,0 220,0 220,0 220,0
Resíduos, máx. %vol 2,0 2,0 2,0 2,0
MON, min. — (8) (9) 82,0 (9) — —
Índice octano , min.(10) — (8) 87,0 (8) 91,0
Enxofre:
até 1000 ppm RVP 37,8 ºC (11) kPa 45,0 / 62 69,0 45,0 / 62,0 69,0
Enxofre, max. (14) % mas 0,12 0,10 0,12 0,10
Benzeno, max. (14) %vol 1,2 1,0 1,9 1,5
Lead, max. (5) g/L 0,005 0,005 0,005 0,005
Hidrocarbonetos: %vol
Sem chumbo,
Aromaticos, max. 57 45 57 45
desde 1989
Olefinas, max. 38 30 38 30

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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
• Etanol: é um álcool, uma substância pura composta por
moléculas de C2H5OH
• O etanol de cana de açúcar contém também alguma água e
traços de impurezas do processo de produção.
• São usados dois tipos de etanol combustível no Brasil:
• Etanol anidro – baixo conteúdo de água (0,4% em volume,
max.); é obtido do etanol hidratado por eliminação de água
(solventes ou peneiras moleculares). Este etanol é
misturado na gasolina.
• Etanol hidratado – até 4,9% de água em volume. Produzido
por destilação direta. Usado como combustível puro em
veículos flex ou a álcool

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5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
• Vantagens no uso do etanol:
– Recurso renovável
– Alta octanagem: bom p/ motores ICE
– Alta octanagem: em mistura com gasolina eliminou a
necessidade de usar chumbo na gasolina
– Oxigenado: menos CO, CxHy formados na combustão
– Maior eficiência térmica pode ser obtida
– Baixa emissão global de CO2 (LCA)
– Estimula a agricultura

• Desvantagens:
– Maior consumo volumétrico (litros/100 km)
– Problema de compatibilidade com alguns materiais
(especialmente borrachas e ligas de alumínio)
– Problemas para partida a frio em ambientes frios 45
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE
• Especificações do etanol combustível: Resolução ANP 7/2011
(anidro e hidratado)
Especificação Unidade Anidro Hidratado
Cor Laranja Incolor
Conteúdo alcoólico % volume 99,6 min 95,1 – 96,0
Conteúdo alcoólico % massa 99,3 min 92,5 – 93,8
Conteúdo de etanol (min.) % volume 98,0 94,5
Condutividade Elétrica (max) µS/m 350 350
Acidez (mg ácido acetico) mg/l 30 30
Massa especifica (20 oC) kg/m3 791,5 max. 807,6 – 811,0
pH 6,0 – 8,0
Goma lavada mg/100 ml 5 5
Hidrocarbonetos (max) % volume 3 3 46
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE

Comparação: etanol hidratado e gasolina pura

Parâmetro Unidade Gasolina Etanol


Poder calorífico inf. kJ/kg 43.500 28.225
Conteúdo energético kJ/l 32.180 22.350
Densidade kg/l 0,72-0,78 0,792
RON 90-100 102-130
MON 82-92 89-96
Calor latente kJ/kg 330-400 842-930
Relação ar/comb. 14,5 8,8
Pressão de vapor kPa 40-65 15-17
Temp. de ignição oC 220 420
Solubilidade água %v/v ~0 100 47
Outros Exemplos:
ETANOL 100% Vol. 0% E22
5. Combustíveis e... Linha de misturas possíveis 100% E100
0% Gasolina
90
93% Etanol
7,0% Água

Gasolina E-22 Etanol E100 80 25% E22


22% Etanol 93% Etanol 75% E100
78% Gasolina 7% Água 19,5% Gasolina
75,25% Etanol
70
5,25% Água
Exemplo :
40% E22 50% E22
60% E100 60 50% E100
39% Gasolina
57,5% Etanol
31,2% Gasolina
3,5% Água
64,6% Etanol 50
4,2% Água 75% E22
25% E100
40 58,5% Gasolina
39,75% Etanol
1,75% Água

30 100% E22
0% E100
78,0% Gasolina
20
22,0% Etanol
0% Água

10

Região de duas fases

48
Valores em % volume a 24°C
GASOLINA 100% Vol. ÁGUA 100% Vol.
5. Combustíveis e combustão
5.7 Propriedades de combustíveis p/ motor ICE

• Gás natural veicular:


– Alta octanagem: bom p/ motores ICE
– Maior eficiência térmica pode ser obtida
– Especificação técnica  igual à do gás natural para outros usos;
Resolução ANP 16/2008;
– Para motores ICE  número de metano mínimo :65

– NM = 1,445 x (MON) – 103,42


– Ex: composição após UPGN  MON = 127  NM = 80,1
• Desvantagens:
– Menor rendimento volumétrico, redução de potência
– Dificuldade de distribuição (só onde há distribuição de gás
natural) – exceto Manaus.
49
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

Definição de óleo diesel

• Óleo diesel é um combustível derivado do petróleo e


composto por hidrocarbonetos selecionados de acordo com
as necessidades dos motores de ignição por compressão.
Deve possuir boas características de auto-ignição (Número
de Cetano), boas propriedades lubrificantes (sistema de
injeção de alta pressão) e boa atomização.

• Óleo diesel é obtido de uma mistura de correntes médias de


destilação direta ou a vácuo, e de outros processos. Para
atender a necessidades ambientais, o processo de
hidrotratamento (HDT) hoje é requerido (eliminar enxôfre)
50
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Propriedades fundamentais do óleo diesel
• Número de Cetano – definição similar à do número de octano,
mas com requerimentos diametralmente opostos  facilidade
de auto-ignição é requerida
– Número de cetano: 100 n-hexadodecano (cetano)
0 α- metil naftaleno
– Assim como para a determinação da octanagem, o motor é
padronizado e o método segue uma norma rígida.
• Índice de cetano  valor calculado para a qualidade de
ignição do combustível diesel; evita a necessidade de caros
ensaios de combustíveis para determinação do número de
cetano. Não pode ser empregado para avaliar as
propriedades de outros combustíveis que não sejam
hidrocarbonetos derivados de petróleo (correlações).

51
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Propriedades fundamentais do óleo diesel
• Índice de Cetano – cálculo (ASTM D976):

ICC=454,74-1641,416D+774,74D2-0,554T50+97,803(logT50)2

onde D é a densidade a 15 oC (g/cm3)


• Cálculo ABNT NBR 14759 (2007) (ASTM D4737):

T10N=T10-215
T50N=T50-260
T90N=T90–310
B=exp[-3,5*(D-0,85)]-1

52
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Propriedades fundamentais do óleo diesel
• Número de cetano derivado – Ensaio alternativo ao CFR (ASTM D
6890): mede o atraso de ignição; número de cetano é depois
calculado;
186,6
DCN = 4,460 +
ID
onde ID é o atraso de ignição medido, em ms

53
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Propriedades fundamentais do óleo diesel
• Volatilidade é medida pela curva de destilação; diesel deve
ter alto flash point (segurança); por outro lado, todas as
frações presentes no spray de combustível devem evaporar
para queimar;
• Viscosidade: o óleo diesel deve lubrificar o sistema de
injeção; viscosidade também tem forte efeito sobre a
distribuição de tamanho de gotas e no diâmetro médio de
Sauter;
• Densidade: o sistema de injeção é muito sensível à
densidade (dosagem de combustível); altas densidades
podem impor esforços excessivos nas bombas injetoras ou
nos injetores;
• Frações poli-aromaticas devem ser restringidas (substâncias
precursoras de câncer) 54
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Propriedades fundamentais do óleo diesel
• Conteúdo de enxofre, emissões e formação de particulados:
chuva ácida, precursores de aglutinação de material
particulado
• Os novos níveis de emissões requerem um diesel
praticamente isento de enxofre. Alguns sistemas de pós-
tratamento são “envenenados” por enxofre.
• Redução no conteúdo de enxofre no diesel brasileiro: de
10.000 ppm max. na década de 80 para 10 ppm max em 2013
(500 ppm para o diesel interior).

55
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Especificações do óleo diesel
Diesel A – puro Diesel B – c/ biodiesel
S50 S500 S1800
Destilação
10% evaporado, max. ºC anotar anotar Anotar
50% evaporado, max. ºC 245 a 310 245 a 310 245 a 310
85% evaporado, máx ºC ---------- 360 370
90% evaporado, max. ºC 360 ------ ------
o
Viscosidade 40 C mm2/s 2,0 a 5,0 2,0 a 5,0 2,0 a 5,0
Resíduo de carbono máx. %massa 0,25 0,25 0,25
Número de cetano, min. — 46 42 42
Ponto de fulgor , max. ºC 38,0 38,0 38,0
Cor ----- ------- ------- Vermelho
Enxofre, max. ppm 50 500 1800
Massa específica 20 ºC Kg/m3 820 a 850 820 a 865 820 a 880
Cinzas max. %massa 0,01 0,01 0,01

RESOLUÇÃO ANP Nº 42, DE 16.12.2009 – alterada


pela Resolução 33/2010 56
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

• As especificações técnicas para o óleo diesel são definidas


pela Resolução ANP 33/2010, que também indica onde o
diesel de baixo teor de enxofre deve ser distribuido (áreas
metropolitanas e determinadas cidades)
• O óleo diesel não tem ainda um substituto renovável como o
etanol para a gasolina; há problemas a serem solucionados
ainda.
• Possíveis substitutos para o diesel:
– Óleos vegetais in natura
– Biodiesel (ésteres de óleos vegetais ou gordura animal)
– Etanol (com suas dificuldades)
– Diesel sintético de matérias primas renováveis (açúcares)
57
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Óleos vegetais em motores diesel - problemas

USO DE ÓLEO BRUTO DE GIRASSOL EM MOTOR DIESEL


José Valdemar Gonzalez Maziero; Ila Maria Corrêa
Centro APTA de Engenharia e Automação
60h com óleo de girassol puro sem aquecimento

58
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

Brasil: 60h com óleo de girassol puro


sem aquecimento

Óleos vegetais em motores diesel - problemas

59
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Óleos vegetais em motores diesel - problemas

• Redução de viscosidade: aquecer o óleo vegetal antes da injeção


• Mudar filtros de combustível
• Mudar a pressão de injeção e/ou o ponto de injeção
• Partir o motor a frio com diesel e mudar para o óleo vegetal apenas
quando este estiver quente.
• Para desligar o motor, mudar para diesel até que os filtros e linhas de
combustível estejam sem óleo vegetal
• Empregar tanque adicional para o óleo vegetal, com aquecimento em
caso de clima frio, para evitar a solidificação do óleo vegetal
• A adaptação do motor deve ser feita de forma profissional
•As propriedades do óleo vegetal não devem mudar muito a cada lote
•Misturas de óleo vegetal com diesel devem ser evitadas. 60
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

Biodiesel – definições:
• World Customs Organizations (WCO): misturas de mono-alkil-
ésteres, obtidos de óleos vegetais ou de gordura animal, renovável,
com propriedades de acordo com a Norma ASTM D 6751.
• Congresso dos Estados Unidos (2003): mono-alkil-ésteres, de origem
vegetal ou animal, com propriedades de acordo coma Norma ASTM
D 6751 e que cumpram as condições estabelecidas pela EPA.
• União Européia (Directive 2003/30/EC): metil ésteres de óleos
vegetais ou gordura animal, com propriedades similares às do diesel.
• Brasil (Lei 11.097/2005): combustível obtido de biomassa renovável,
que substitua o óleo diesel. Não há menção a ésteres. As
especificações técnicas do biodiesel (Resolução ANP 7/2008),
todavia, são similares às das Normas ASTM D 6751 e EN 14241 for
ésteres.
61
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Especificações do biodiesel B100

B100
Massa específica 20 ºC Kg/m3 850 a900
o
Viscosidade 40 C mm2/s 3,0 a 6,0
Teor de água max. mg/kg 500
Glicerol lvre máx %massa 0,02
Glicerol total, max. %massa 0,25
Mono, di, triglicerol max %massa Anotar
Resíduo de carbono máx. %massa 0,05
Número de cetano, min. — anotar
Ponto de fulgor , max. ºC 100,0
Teor de éster, min %massa 96,5
Ponto entupimento ºC 19
Enxofre, max. ppm 50
Contaminação total max mg/kg 24
Cinzas sulfatadas max. %massa 0,02
62
RESOLUÇÃO ANP Nº 7, DE 19.3.2008 - DOU 20.3.2008
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

Biodiesel – Vantagens:
• Recurso renovável (parcialmente), biodegradável e não tóxico
• Reduz emissões de efeito estufa;
• Combustível oxigenado, produz menores ~teores de CO, CxHy e
particulados durante a combustão
• Requer poucas adaptações no motor (depende dos teores)
• Alto número de cetano e boa lubricidade
• Alto ponto de fulgor (segurança)
• Estimula a agricultura
• Reduz necessidade de importação de diesel

63
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO
Biodiesel – desvantagens:

• Possui 8% menos energia (por kg) que o diesel (potência reduz, consumo
aumenta)
• Aumenta as emissões de NOx.
• Solvente; pode diluir gomas e causar entupimento de filtros;
• Menos estável; oxida mais rapidamente (armazenamento)
• Oxidação pode causar polimerização, formar sedimentos e aumentar a
acidez.
• Alto ponto de névoa; problemas de partida a frio; entupimento de filtros
em climas frios;
• Incompatibilidade com algumas borrachas, plásticos e cobre s suas
ligas.
• Pode causar entupimento de filtros se for contaminado por água ou sais
alcalinos 64
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

Saturados Mono-insaturados Poli-insaturados


Ácidos graxos C12:0 a C22:0 C16:1 a C22:1 C18:2; C18:3
Número de cetano alto (+) Medio Baixo
Ponto de névoa alto (-) Medio Baixo
Estabilidade alta (+) Media Baixo
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%

Biodiesel: diferentes
do
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G
C

Al

matérias primas
de
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go

Source: USDOE, 2006


65
Saturados Mono insaturados Poli-insaturados
5. Combustíveis e combustão
5.8 Propriedades de combustíveis p/ motor ICO

Poluentes locais:

Oxigênio no biodiesel:
• Reduz emissões de HC, CO e
PM
• Aumenta emissões de NOx

Gases de efeito estufa (GHG):


• O CO2 é parcialmente
renovável

Glicerina: pode ser um problema,


ou uma solução…

66
5. Combustíveis e combustão
5.9 Mercado de combustíveis no Brasil

2005 2013
a 2008 2009 2010 em diante
2007

2% 2% 2% 2% 5%
Autorizativo 2005 Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
2% jan-jun 3% jan-jun 5% jan 2010 Meta Original
3% jul-dez 4% jul
Evolução da Mistura
Diesel/Biodiesel 67
5. Combustíveis e combustão
5.9 Mercado de combustíveis no Brasil

DIESEL CIDE + Pis/Pasep e Cofins 178

LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS DE PRODUÇÃO NO


Alíquota Padrão
CENTRO/SUL
178
- biodiesel
BIODIESEL

Agronegócio + Mamona
ou Palma + Norte, 151 -31%
Nordeste e Semi-árido

Agricultura Familiar
Geral 70
-68%
Agricultura Familiar +
Mamona ou Palma + Norte, 0
Nordeste e Semi-árido -100%
50 100 150 200 R$ /68
m3 250
Biodiesel: CIDE inexistente + IPI zero

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