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ANATOMIA II – CABEÇA – RESUMO

Considerações Gerais:

Parte superior do corpo, fixada ao tronco pelo pescoço.

Abriga o encéfalo, sendo o local de nossa consciência, criatividade, tomada de decisão, etc.

Possui receptores sensitivos especiais – olhos – orelha – boca – nariz (permitem a interação com o meio)

A cabeça consiste no encéfalo e seus revestimentos protetores, as orelhas e a face que possui algumas aberturas
e passagens, com glândulas lubrificantes e válvulas para fechar algumas delas, os aparelhos mastigatórios e as
órbitas que abrigam o aparelho visual.

Crânio:

É o esqueleto da cabeça, formado por uma série de ossos que dão origem a duas partes: o neurocrânio e o
viscerocrânio.

- neurocrânio – revestimento ósseo do encéfalo e seus revestimentos membranáceos, as meninges cranianas,


contendo também as partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo. Possui um teto na
fórmula de cúpula (calota craniana) a calvária e um assoalho ou base do crânio.

O neurocrânio é formado por uma série de 8 ossos: 4 ossos ímpares: frontal – etmoidal – esfenoidal – occipital e
2 conjuntos de ossos bilaterais: temporal e parietal.

Os ossos que formam a calota craniana são basicamente ossos planos (frontal – parietal – temporal) e ossos que
formam a base do crânio são basicamente irregulares.

A maioria dos ossos da calota craniana é unida por suturas entrelaçadas, porém na infância, alguns ossos
(esfenóide e occipital) são unidos por cartilagem hialina.

O viscerocrânio (esqueleto facial) compreende os ossos da face que formam a parte anterior do crânio e
consistem nos ossos que circundam a boca (maxila e mandíbula), o nariz e maior parte das órbitas.

15 ossos irregulares:

3 ossos ímpares – mandíbula – etmóide – vômer

6 ossos que ocorrem como pares bilaterais: maxilar – conchas nasais inferiores – zigomáticos – palatinos – nasais
– lacrimais

As maxilas formam a maior parte do esqueleto superior formando o esqueleto da arcada dentária superior e a
mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior que é móvel por que se articula com a base do crânio nas
articulações temporomandibulares – ATM.

Vários ossos do crânio são pneumáticos: frontal – temporal – esfenóide – etmóide, ou seja, que contém espaços
aéreos, provavelmente para reduzir seu peso.

Forame Magno - Estruturas que atravessam o forame magno:

- medula espinhal

- as meninges do encéfalo e medula espinhal

- artérias vertebrais

- artérias espinais posteriores e anteriores

- nervo acessório – NC XI

Forames etmoidais

- artéria – veia – nervos etmoidais

Canal óptico:

- Nervo óptico NC II

- artérias oftálmicas

Forame jugular – Estrutura que passa pelo forame jugular:


- veia jugular interna

- nervo glossofaríngeo – NC IX

- nervo vago – NC X

- nervo acessório – NC XI

- seio sigmóide

- ramos meníngeos das artérias faríngea ascendente e occipital

Meato acústico interno – estruturas que atravessam o meato acústico interno:

- nervo facial – NC VII

- nervo vestibulococlear – NC VIII

Canal carótico – estruturas que atravessam o canal carótico:

- artéria carótida interna

Forame estilomastóideo – estruturas que atravessam o forame estilomastóideo:

- nervo facial – NC VII

- artéria estilomastóidea

Estruturas que atravessam o forames da lamina cribiforme do osso esfenóide:

- nervos olfatórios – NC I

Fissura orbital superior: estruturas que atravessam a estrutura

- veias oftálmicas

- nervo oculomotor – NC III

- nervo troclear – NC IV

- nervo trigêmeo – NC V1

- nervo abducente – NC VI

- fibras simpáticas

Forame redondo:

- nervo trigêmeo – NC V2

Forame oval:

-nervo trigêmeo – NC V3

-artéria meníngea acessória

Forame espinhoso:

- vasos meníngeos médios

- ramo meníngeo do ramo mandibular do nervo trigêmeo NC V3

Sulco do nervo petroso maior

- nervo petroso maior

- ramo petroso da artéria meníngea média

Forame do nervo hipoglosso:

- nervo hipoglosso – NC XII


Forame mastóideo

- veia emissária mastóidea e ramos meníngeos da artéria occipital

Estrutura do couro cabeludo:

Formado por pele (geralmente com pelos) e tecido subcutâneo que cobrem o neurocrânio, a partir das linhas
nucais superiores até as margens supra-orbitais do osso frontal. Lateralmente, o couro cabeludo se estende sobre
a fáscia temporal até os arcos zigomáticos.

Formado por 5 camadas, cujas três primeiras estão intimamente ligadas:

- Pele: fina, exceto na região occipital, contendo muitas glândulas sebáceas e sudoríparas.

- Tecido conjuntivo: forma a camada subcutânea densa e ricamente vascularizada

-Aponeurose epicrânica: lamina tendínea larga e forte que cobre a calvária e serve como fixação para ventres
musculares que convergem da fronte e do occipúcio – o músculo occipitofrontal – e dos ossos temporais de cada
lado – os músculos temporoparietal e auricular superior.

O ventre frontal do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo anteriormente, enruga a fronte e eleva a
sobrancelha.

O ventre occipital do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo posteriormente, alisando a pela da fronte.

O músculo auricular superior eleva a orelha.

- Tecido conjuntivo frouxo: uma camada esponjosa incluindo espaços virtuais que podem ser distendidos por
líquido em virtude de lesão ou infecção. Permite livre movimento do couro cabeludo propriamente dito (3 primeiras
camadas).

- Pericrânio: camada densa de tecido conjuntivo que forma o periósteo externo do neurocrânio.

Face:

Superfície anterior da cabeça desde a fronte até o queixo e de uma orelha a outra.

São supridos pelo nervo facial NC VII

Músculos da face (expressão facial) e do couro cabeludo:

- Estão no tecido subcutâneo, da parte anterior e posterior do couro cabeludo, da face e do pescoço.

- A maioria dos músculos se fixa ao osso ou a fáscia e produz seus efeitos por tração da pele.

- músculo occipitofrontal (ventre frontal e occipital)

- músculo orbicular do olho (parte orbital e palpebral)

- músculo corrugador do supercílio

- músculo prócero

- músculo levantador do lábio superior

- músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz

- músculos zigomáticos menor e maior

- músculo bucinador

- músculo masseter

- músculo orbicular da boca

- músculo nasal (parte transversa e alar)

- músculo risório

- músculo abaixador do septo nasal

- músculo abaixador do lábio inferior


- músculo abaixador do ângulo da boca

- músculo platisma

Nervos da face:

A inervação cutânea (sensitiva) da face é realizada principalmente pelo nervo trigêmeo (NC V)¸enquanto a
inervação motora dos músculos faciais é realizada pelo nervo facial (NC VII).

Nervos cutâneos da face:

- Os nervos cutâneos do pescoço superpõem-se àqueles da face.

- Os ramos cutâneos de nervos cervicais do plexo cervical estendem-se sobre a face posterior do pescoço e do
couro cabeludo.

- O nervo auricular magno (C2/C3) inerva a parte inferior da orelha e grande parte da região parotídea da face (a
área sobre o ângulo da mandíbula).

- O nervo trigêmeo – NC V, origina-se na superfície lateral da ponte do mesencéfalo por duas raízes: motora e
sensitiva.

A raiz sensitiva consiste nos processos de neurônios pseudo-unipolares localizados em um gânglio sensitivo (o
gânglio trigeninal) na extremidade distal da raiz que é evitada pelos axônios neuronais multipolares que formam
a raiz motora.

O NC V é o nervo sensitivo da facial e o nervo motor para os músculos da mastigação e vários músculos
pequenos (milo-hióideo e ventre anterior do digástrico)

Os processos periféricos dos neurônios do gânglio trigeminal constituem três divisões do nervo:

- nervo oftálmico – NC V1

- nervo maxilar – NC V2

- nervo mandibular – NC V3

As duas primeiras divisões do nervo trigêmeo (oftálmica e mandibular) são completamente sensitivos, mas
também recebe fibras motoras (axônios) da raiz motora do NC V que supre principalmente os músculos da
mastigação.

Nervo Oftálmico: NC V1

Divisão superior do nervo trigêmeo. Origina-se no gânglio trigeminal como um nervo completamente sensitivo

Entra na órbita através da fissura orbital superior e trifurca-se em nervo frontal, nasociliar e lacrimal.

Com exceção do nervo nasal externo, os ramos cutâneos do NC V1 chegam à pele da face através da abertura da
órbita.

O nervo frontal, o maior produzido pela trifurcação de NC V1, segue ao longo do teto da orbita, bifurcando-se a
meio caminho em direção a sua abertura para formar os nervos supra-orbital e supratroclear, distribuídos para
a fronte e para o couro cabeludo.

O nervo nasociliar que é ramo intermédio do NC V1, envia ramos para o bulbo do olho e divide-se na orbita em
nervo etmoidal posterior, nervo etmoidal posterior e nervo infratroclear.

O nervo infratroclear é o principal ramo cutâneo do nervo nasociliar

O nervo etmoidal anterior segue seu trajeto atravessando as cavidades cranianas e nasais.

O ramo terminal do nervo etmoidal anterior é o nervo nasal externo que é um nervo cutâneo que supre o nariz
externo.

O nervo lacrimal, o menor ramo da trifurcação do NC V1, é basicamente ramo cutâneo, mas também possui
algumas fibras secretomotoras, enviadas através de um ramo comunicante, de um gânglio associado ao nervo
maxilar para a inervação da glandular lacrimal.

Nervo maxilar – NC V2

O nervo maxilar (NC V2), divisão intermediária do trigêmeo, se origina como um nervo totalmente sensitivo:
- O NC V2 segue anteriormente a partir do gânglio trigeminal e deixa o crânio através do forame redondo na base
da asa maior do osso esfenóide.

- Entra pela fossa pterigopalatina onde emite ramos para o gânglio pterigopalatino e continua entrando na orbita
pela fissura orbita inferior.

O nervo maxilar dá origem ao nervo zigomático e segue anteriormente até o sulco infra-orbital como nervo infra-
orbital

O nervo zigomático segue lateralmente pela parede da orbita e dá origem a dois dos três ramos cutâneos no NC
V2: o nervo zigomático facial e o nervo zigomaticotemporal

O nervo zigomático temporal envia ramo comunicante que leva fibras secretomotoras para o nervo
lacrimal.

O trajeto do nervo infra-orbital dá origem a ramos palatinos para a mucosa do seio maxilar e dentes posteriores.

Chega a pele da face atravessando o forame infra-orbital, na superfície infra-orbital da maxila

Esses três ramos cutâneos do nervo maxilar suprem a área da pele derivada das proeminências maxilares
embrionárias.

Nervo mandibular:

- Divisão maior e inferior do nervo trigêmeo, formado pela união de fibra sensitivas do gânglio sensitivo com a raiz
motora do nervo NC V no forame oval na asa maior do osso esfenóide, onde o NC V3 emerge do crânio.

O nervo mandibular possui três ramos que suprem a área da pele derivada da proeminência mandibular
embrionária. Também envia fibras motoras para os músculos da mastigação;

O NC V3 é a única divisão do NC V que possui fibras motoras

Os principais ramos cutâneos do NC V3 são: bucal, mentual e auriculotemporal.

Na pele, o nervo auriculotemporal passa profundamente a glândula parótida, conduzindo fibras secretomotoras
para ela a partir de um gânglio associado a esta divisão do NC V.

Nervos do couro cabeludo:

A inervação do couro cabeludo anterior as orelha se faz através de todas as três divisões do NC V, o nervo
trigêmeo. Posteriormente as orelhas a inervação provém dos nervos cutâneos espinhais C2/C3.

Ramos anteriores:

- nervo auricular magno – ascende verticalmente ao músculo ECM, posteriormente a veia jugular externa,
suprindo a pele que cobre o ângulo da mandíbula.

- nervo occipital menor - segue a margem posterior do músculo ECM, ascendendo posterior à orelha, suprindo o
couro cabeludo posterior à orelha.

Ramos posteriores:

- nervo occipital maior – emerge entre o axis e o músculo obliquo inferior da cabeça, depois perfura o trapézio,
suprindo a região occipital do couro cabeludo.

- nervo occipital terceiro – perfura o trapézio, suprindo o couro cabeludo na região occipital inferior e
suboccipital.

Nervos motores da face:

Os nervos motores da face são o nervo facial para os músculos da expressão facial e a raiz motora do nervo
trigêmeo/nervo mandibular para os músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigóideo lateral e medial)

Esses nervos também suprem alguns músculos mais profundos, relacionados à boca, orelha média e pescoço.

Nervo facial:

Emerge do sulco bulbo-pontino!

Possui uma raiz motora e uma raiz sensitiva/parassimpática (sendo a ultima o nervo intermédio).
A raiz motora do nervo VII supre os músculos da expressão facial, incluindo os músculos superficiais do pescoço
(platisma), músculos auriculares, músculos do couro cabeludo, etc.

Após o trajeto tortuoso no osso temporal, o NC VII emerge do crânio através do forame estilomastóideo.

Imediatamente dá origem ao nervo auricular posterior, que passa postero-superiormente à orelha para suprir o
músculo auricular posterior e o ventre occipital do músculo occipitofrontal.

O tronco principal do NC VII segue anteriormente e é englobado pela glândula parótida, na qual forma o plexo
parotídeo, que dá origem à 5 ramos terminais do nervo facial:

-temporal – zigomático – bucal – marginal da mandíbula – mentual, todos os nomes relacionados à região que
inervam.

O ramo temporal – emerge da margem superior da glândula parótida e cruza o arco zigomático para suprir os
músculos auricular superior e anterior, ventre frontal do músculo occipitofrontal e principalmente a parte superior
do músculo orbicular do olho.

O ramo zigomático – inervam a região inferior do músculo orbicular do olho e alguns músculos faciais inferiores à
órbita.

O ramo bucal – passa externamente ao músculo bucinador para suprir esse músculo e os músculo do lábio
superior (fibras inferiores do músculo levantador do lábio superior e parte superior do músculo orbicular da boca)

O ramo marginal da mandíbula – inerva o músculo risório e os músculos do lábio inferior e do queixo, cruzando
a margem inferior da mandíbula, profundamente ao músculo platisma chegando à face.

O ramo cervical – segue inferiormente a partir da margem inferior da glândula parótida e passa posteriormente a
mandíbula para suprir o músculo platisma.

Vascularização superficial da face e do couro cabeludo:

Ricamente suprida por artérias superficiais e veias externas

Ocorrem anastomoses entre os ramos terminais das artérias e veias

A maioria das artérias da face são ramos ou derivados de ramos da artéria carótida externa

A maioria das veias faciais externas é drenada por veias que acompanham as artérias da face.

Artérias superficiais faciais:

- Artéria facial: responsável pelo principal suprimento arterial da face (músculos da expressão facial e face),
sendo um ramo colateral da artéria carótida externa, ascendendo profundamente à glândula submandibular e
espirala-se até a margem inferior da mandíbula, imediatamente anterior ao músculo masseter.

- Cruza a mandíbula, o músculo bucinador e a maxila, seguindo sobre a face medial até o ângulo medial do olho
(canto).

- Situa-se profundamente ao músculo zigomático maior e levantador do lábio superior.

- A artéria facial envia ramos para os lábios superior e inferior, artéria labial superior e artéria labial inferior,
segue ascendendo à superfície lateral do nariz, anastomosando-se com a artéria dorsal do nariz, ramo da artéria
oftálmica.

Na sua parte final lança um ramo denominado artéria nasal lateral (irriga a pele da asa e dorso do nariz) e sua
parte terminal da artéria facial é denominada artéria angular (parte palpebrar inferior e parte superior da
bochecha)

Artéria temporal superficial:

Irriga os músculos da face e pele das regiões frontal e temporal.

Menor ramo da artéria carótida externa, o outro é a artéria maxilar.

A artéria temporal superficial emerge na face entre a articulação temporomandibular (ATM) e a orelha, entra na
fossa temporal e termina no couro cabeludo, dividindo-se em ramo frontal e parietal, ramos que seguem
próximos ao ramo do nervo auriculotemporal.

Artéria facial transversa:


Ramo da artéria temporal superficial na glândula parótida e cruza a face superficialmente ao músculo masseter.

Divide-se em muitos ramos que irrigam a glândula parótida e o ducto parotídeo, masseter e a pele da face.

Anastomosa-se com ramos da artéria facial.

Artérias supra-orbital e supratroclear, ramos da artéria oftálmica (ramo da artéria carótida interna) acompanham
os nervos de mesmo nome, irrigando músculos e pele do couro cabeludo.

A artéria mentual, único ramo superficial derivado da artéria maxilar, emerge do forame mentual e segue até o
queixo, irrigando os músculos faciais e a pele do queixo.

Artérias do couro cabeludo:

- Possui rico suprimento sanguíneo.

- As artérias seguem na segunda camada do couro cabeludo (tecido subcutâneo) entre a pele e a aponeurose
epicrânica. Anastomosam-se livremente entre si.

O suprimento arterial provém das artérias carótidas externas através das artérias occipital, auricular posterior
e temporal superficial e das artérias carótidas internas através das artérias supra-orbital e supratroclear.

As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue ao neurocranio, sendo suprido basicamente pela artéria
meningea média.

Veias externas da face:

- A drenagem da face pode ser feitas por vias superficiais e profundas.

Veia facial:

- Seguem o trajeto das artérias faciais, são veias sem válvulas que proporcionam a drenagem superficial primária
da face.

- As tributárias da veia facial incluem veia facial profunda que drena o plexo venoso pterigóideo da fossa
infratemporal.

- Inferiormente a margem inferior da mandíbula, a veia facial se une a um ramo comunicante anterior da veia
retromandibular.

- A veia facial drena direta ou indiretamente para a veia jugular interna (VJI).

- No ângulo medial do olho (canto) a veia facial se comunica com a veia oftálmica superior, que drena para o
seio cavernoso.

Veia retromandibular:

- Veia profunda da face formada pela união da veia temporal superficial e veia maxilar

-Segue posteriormente ao ramo da mandíbula, dentro da substancia da parótida, superficialmente a artéria


carótida externa e profundamente ao nervo facial

- Quando emerge do pólo inferior da mandíbula, a veia retromandibular se dividem em ramo anterior que se une a
veia facial e um ramo posterior que se une a veia auricular posterior, inferiormente a parótida, para formar a veia
jugular externa que segue inferior e superficialmente no pescoço para drenar na veia subclávia.

Veias do couro cabeludo:

- A drenagem do couro cabeludo é feita através das veias acompanhantes das artérias do couro cabeludo, as
veias supra-orbitais e supratrocleares, drenando a parte anterior do couro cabeludo e a fronte, além das
pálpebras (superior e inferior) e conjuntiva.

- As veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores drenam o couro cabeludo anterior e posterior
à orelha

- As veias occipitais drenam a região occipital do couro cabeludo.

- A drenagem venosa de partes profundas do couro cabeludo é feita através das veias occipitais profundas que
são tributárias do plexo venoso pterigóideo.

Drenagem linfática da face e do couro cabeludo:


Não há linfonodos no couro cabeludo e com exceção da região parotídea/bucal não há linfonodos na face.
A linfa do couro cabeludo, da face e do pescoço drena para o anel superficial (colar pericervical) de linfonodos –
submentual – submandibular – parotídeo – mastóideo – occipital – localizado na junção da cabeça e outros
vasos faciais.
Os vasos linfáticos da face acompanham outros vasos faciais.
Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias e os linfáticos profundos acompanham as artérias.
Todos os vasos linfáticos da cabeça drenam direta ou indiretamente para os linfonodos cervicais profundos,
uma cadeia de linfonodos que acompanha a veia jugular interna no pescoço.
A linfa desses linfonodos profundos segue até o tronco linfático jugular que se une ao ducto torácico no lado
esquerdo e à veia jugular interna ou veia braquiocefálica no lado direito.

A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, incluindo as pálpebras drena para os linfonodos parotídeos
superficiais.

A linfa dos linfonodos parotídeos profundos drena para os linfonodos cervicais profundos.

A linfa proveniente do lábio superior e as partes laterais do lábio inferior drena para os linfonodos
submandibulares

A linfa proveniente do queixo e da parte central do lábio inferior drena para os linfonodos submentuais.

Glândula parótida:

É a maior dos três pares de glândulas salivares.

A glândula parótida é encontrada durante a dissecação do trígono submandibular do pescoço.

As glândulas submandibulares são encontradas ao dissecar o assoalho da boca.

A glândula parótida é revestida por uma cápsula fascial resistente, a bainha parotídea.

Possui um formato irregular devido a área ocupada pela glândula, o leito parotídeo, é anterior inferior ao poro
acústico externo, estando entre o ramo da mandíbula e o processo mastóide.

O ápice da glândula parótida situa-se posterior ao ângulo da mandíbula e sua base está relacionada ao arco
zigomático.

O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da margem anterior da glândula.

Na margem anterior do músculo masseter, o ducto segue medialmente e perfura o bucinador e entra na cavidade
oral através de uma pequena abertura oposta ao 2 dente molar maxilar.

Incrustado na substância da glândula parótida:

- plexo parotídeo do nervo facial NC VII

- veia retromandibular

- artéria carótida externa

- Na bainha da parótida e na glândula estão os linfonodos parotídeos.

Inervação da glândula parótida e estruturas relacionadas:

- O NC VII não inerva a glândula parótida

- O nervo auriculotemporal, ramo do nervo mandibular (NC V3) está intimamente relacionado à parótida.

- O nervo auricular magno, ramo do plexo cervical formado por fibras de C2 e C3, inerva a bainha parotídea.

- O componente parassimpático do nervo glossofaríngeo (NC IX) envia fibras secretores pré-sinápticas para o
gânglio ótico. As fibras parassimpáticas pós-sinápticas são conduzidas do gânglio até a glândula pelo nervo
auriculotemporal.

A estimulação das fibras parassimpáticas produz a saliva.

As fibras simpáticas são derivadas dos gânglios cervicais através do plexo nervoso parotídeo externo sobre a
artéria carótida externa, quando ativas reduzem a secreção da glândula.

Fibras nervosas sensitivas seguem até a glândula através dos nervo auricular magno e auriculotemporal.
ANATOMIA II – “PESCOÇO”

Estruturas superficiais do pescoço:

Esternocleidomastóideo e trapézio:

O esternocleidomastóideo é um músculo que se estende obliquamente no pescoço, desde a junção


esternoclavicular até o processo mastóideo.

Apresenta duas cabeças de origem, arredondada tendínea e esternal, com origem na parte anterior do
manúbrio e outra achatada e clavicular, com origem na parte superior do terço medial da clavícula.

O músculo esternocleidomastóideo insere-se na superfície lateral do processo mastóideo e na metade lateral


da linha nucal superior, no osso occipital.

O músculo esternocleidomastóideo é cruzado pelo músculo platisma, veia jugular externa e nervos auricular
magno e transverso do pescoço.

O esternocleidomastóideo cobre:

- os grandes vasos do pescoço

- o plexo cervical

- porção de vários outros músculos: (esplênio – digástrico – levantador da escápula – escalenos – esterno-
hióideo – esternotireóideo e omo-hióideo e a cúpula da pleura)

O músculo esternocleidomastóideo é o músculo chave do pescoço, pois divide a área quadrilátera lateral do
pescoço e trigonos anterior e posterior.

Trapézio:

Origina-se no terço medial da linha nucal superior da protuberância occipital externa, processo espinhoso
das ultimas vértebras e todas as vértebras torácicas e as fibras originadas na região occipital inserem-se na
borda posterior e superior do terço lateral da clavícula. Os restantes das fibras inserem-se no acrômio e na
espinha da escápula.

Ambos os músculos são Inervados principalmente pelo nervo acessório NC XI.

Há também uma inervação proprioceptiva e motora, através dos nervos cervicais C2 e C3


(esternocleidomastóideo) e C3 e C4 (trapézio).

Ações do esternocleidomastóideo e do trapézio:

- O trapézio eleva e gira a escápula e é o único músculo que pode ser relaxado.

- O músculo esternocleidomastóideo realiza movimentos de flexão, extensão e rotação.

Trigonos do pescoço:

Quadrilátero do pescoço:

Limites:

- Superior: borda inferior da mandíbula e uma linha que vai do ângulo da mandíbula até o processo
mastóideo.

- Inferior: face superior da clavícula

- Anterior: linha mediana anterior do pescoço

- Posterior: borda anterior do trapézio

Essa área é dividida pelo músculo esternocleidomastóideo em dois trigonos, um anterior ao músculo e outro
posterior ao músculo.

Trígono posterior do pescoço:

- Limites:

- Inferior: face superior do terço intermédio da clavícula


- Posterior: borda anterior do trapézio

- Anterior: borda posterior do esternocleidomastóideo

O trigono posterior está cruzado pelo ventre inferior do músculo omo-hióideo.

Divide em duas áreas menores:

- trigono occipital

- trigono supraclavicular

Teto do trigono posterior:

- camada de revestimento da fáscia e o músculo platisma

Assoalho do trigono posterior:

- esplênio da cabeça

- levantador da escápula

- escaleno médio

- escaleno posterior

- primeira digitação do serrátil anterior

Conteúdo do trígono posterior:

- nervo acessório

- linfonodos

- plexo braquial

- terceira parte artéria subclávia

- nervo dorsal da escápula – músculo rombóide

- nervo torácico longo – músculo serrátil anterior

O nervo acessório cruza o ponto médio do trigono posterior e localiza-se sobre a o músculo levantador da
escápula, estando localizado no teto fascial do trigono.

O nervo acessório compreende a porção craniana e espinhal, ambas passam pelo forame jugular, onde
trocam fibras.

A porção craniana (ramo interno) se junta ao nervo vago (NC X) e o ramo externo corre em direção posterior e
inferior, para se distribuir no esternocleidomastóideo e trapézio.

Acima do ponto médio da borda anterior do esternocleidomastóideo, o nervo acessório cruza o trigono
posterior do pescoço, localizando-se sobre o levantador da escápula.

Cerca de 5 cm acima da clavícula passa profundamente a borda anterior do trapézio.

Ramos superficiais do plexo cervical do pescoço:

- Está localizado profundamente na parte superior do pescoço, coberto pela veia jugular interna e pelo
esternocleidomastóideo.

- Ele é formado pelos quatro ramos ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais. Os ramos superficiais ou
cutâneos do plexo são os nervos occipital menor, auricular magno, e transverso do pescoço (C2 E C3) e os
nervos supraclaviculares (C3, C4).

Todos esses ramos superficiais emergem próximo ao ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo.

Nervo occipital menor: O nervo occipital menor faz a volta em torno do nervo acessório ao longo da borda
posterior do esternocleidomastóideo, corre atrás da orelha e inerva a pele e a face lateral e da superfície crânica
da cabeça.
Nervo auricular magno: Passa em torno da borda posterior do esternocleidomastóideo e ascende obliquamente,
através deste músculo até a glândula parótida, se dividindo e inervando a pele sobre a glândula e sobre o
processo mastóideo, além das duas superfícies da orelha.

Nervo transverso do pescoço (cervicais transversos): Passa em torno do ponto médio da borda posterior do
esternocleidomastóideo e cruza este músculo profundamente ao platisma. Seus ramos inervam as regiões lateral
e anterior do pescoço.

Nervos supraclaviculares: Emergem como um tronco abaixo da borda posterior do esternocleidomastóideo, o


tronco se divide em nervos supraclaviculares anterior, médio e posterior, cruzam a clavícula superficialmente e
inervam a pele do ombro do plano mediano.

Veia jugular externa:

- drena grande parte da face e do couro cabeludo e uma fração significante de sangue cerebral

- Começa abaixo ou no interior da glândula parótida, sendo formada principalmente pela união da veia
retromandibular com a veia auricular posterior, sendo variável seu modo de formação.

- Corre em direção posterior e inferior, cruzando obliquamente o esternocleidomastóideo, coberta pelo platisma.

- Perfura a fáscia do trigono posterior do pescoço e termina na veia subclávia ou na veia jugular interna.

- Se estende em direção posterior e inferior a partir do ângulo da mandíbula até o ponto médio da clavícula.

- Visível sobre o esternocleidomastóideo.

Trígono anterior do pescoço:

- Superior: borda inferior da mandíbula e uma linha que vai do ângulo da mandíbula até o processo mastóideo.

- Anterior: a linha mediana anterior do pescoço

- Posterior: borda anterior do esternocleidomastóideo

- O trigono anterior é cruzado pelo músculo digástrico, estilo-hióideo e ventre superior do omo-hióideo.

Divisão do trigono anterior:

- Trígono digástrico ou submandibular:

- borda inferior da mandíbula

- ventre anterior e posterior do digástrico

- Trígono submentual:

- corpo do osso hióideo

- ventres anteriores direito e esquerdo do digástrico

- Trígono carotídeo:

- ventre posterior do digástrico

- ventre superior do omo-hióideo

- borda anterior do esternocleidomastóideo

Assoalho do trigono carotídeo:

- parte do tireo-hióideo

- parte do hioglosso

- parte do músculo constritor médio da faringe

- parte do músculo constritor inferior da faringe

Conteúdo do trigono carotídeo:

- artéria carótida comum


- artéria carótida interna

- artéria carótida externa

- veia jugular interna

(todas cobertas pela borda anterior do esternocleidomastóideo)

- * tributária da VJI

- * ramos da carótida externa

- * porções dos três últimos nervos cranianos

- * laringe, faringe e nervos laríngicos

- Trigono muscular:

- ventre superior do omo-hióideo

- linha mediana do pescoço

- borda anterior do esternocleidomastóideo

(esterno-hióideo e esterno-tireóideo formam seu assoalho)

Teto do trigono anterior

- fáscia e músculo platisma

Assoalho do trigono anterior

- milo-hióideo

- hioglosso

Conteúdo do trígono anterior:

- nervo glossofaríngeo

- nervo vago

- artéria facial (profundo à glândula)

- veia facial (superficial à glândula)

- artéria carótida externa (porção)

- glândula parótida (porção)

- glândula submandibular

- artéria carótida interna

- veia jugular interna

Músculos infra-hióideos:

- Esterno-hióideo (parte posterior do manúbrio e da extremidade medial da clavícula)

- Omo-hióideo (dois ventres unidos por um tendão intermediário, originando-se na borda superior da escápula,
próximo a incisura supra-escapular e se insere na borda inferior do corpo do osso hióideo)

- Esterno-tireóideo (coberto pelo esterno-hióideo, origina-se na parte posterior do manúbrio e a partir das
cartilagens costais superiores, inserindo-se numa linha obliqua sobre a lâmina da cartilagem tireóide.

- Tireo-hióideo (continuação superior do esterno-tireóideo, originando-se na linha obliqua da cartilagem tireóidea e


inserido na borda inferior do corno maior do osso hióide.

Inervação:

- O omo-hióideo, esterno-hióideo e esternotireóideo são inervados pela alça cervical.


- O tireo-hióideo é inervado principalmente diretamente por um ramo do nervo hipoglosso.

(Atuam como um grupo para deprimir a laringe, o osso hióideo e o assoalho da boca, além de aliviar a pressão no
ápice do pulmão e sobre a VJI.

Estruturas profundas do pescoço:

- As principais artérias da cabeça e pescoço são as artérias carótidas comuns direita e esquerda, cada uma
das quais se divide em artéria carótida externa, que irriga as estruturas externas do crânio, face e grande
parte do pescoço e artéria carótida interna, que irriga estruturas do interior da cavidade craniana e da
órbita.

Artéria carótida comum:

- A artéria carótida comum direita origina-se no ponto de divisão do tronco braquiocefálico (atrás da junção
esternoclavicular direita), enquanto que a esquerda é ramo do arco da aorta, apresentando uma porção torácica
antes de atingir o pescoço atrás da juntura esternoclavicular esquerda.

- Cada artéria carótida comum se divide freqüentemente ao nível da borda superior da lamina da cartilagem
tireóide, isto é, ao nível da 4ª vértebra cervical.

- O ponto de divisão é 3 cm abaixo da borda inferior da mandíbula.

- Geralmente há uma dilatação na artéria carótida interna, o seio carótico, inervado pelo nervo glossofaríngeo e
nervo vago.

Relações superficiais:

-A artéria carótida comum é cruzada pelo omo-hióideo ao nível da cartilagem cricóidea à nível da 6* vértebra
cervical.

-Abaixo do omo-hióideo, a artéria está disposta profundamente aos músculos, esterno-hióideo, esterno-tireróideo,
esternocleidomastóideo e platisma.

- Em sua parte superior a artéria carótida comum localiza-se coberta pela borda anterior do
esternocleidomastóideo

A raiz superior da alça cervical localiza-se superficialmente à artéria, freqüentemente fora da bainha carotídea.

A veia jugular interna localiza-se na face lateral

Relações superficiais:

- tronco simpático

- músculos pré-vertebrais

- processos transversos das vértebras cervicais (4ª a 6ª vértebra cervical).

Artéria carótida externa:

- Estende-se do nível da borda superior da lâmina da cartilagem tireóidea.

- Ela se divide no interior da glândula parótida em artéria temporal superficial e artéria maxilar.

- É antero-medial à carótida interna

Relações superficiais:

- Começa no trigono carotídeo, onde está parcialmente coberta pelo esternocleidomastóideo e cruzada pelo nervo
hipoglosso e veias lingual e facial.

- Passa profundamente ao ventre posterior do músculo digástrico e estilo-hióideo.

- Penetra na glândula parótida

Ramos da artéria carótida externa:

- Artéria tireóidea superior: tem origem abaixo do corno maior do osso hióide, coberta pelo
esternocleidomastóideo, possui um ramo importante: artéria laríngea superior.

-Artéria lingual: origina-se a nível ou acima do osso hióide


Artéria facial: Se volta em torno da borda inferior da mandíbula e na borda anterior do masseter, seguindo em
direção superior e para frente na face, terminando no ângulo medial do olho, anastomosando-se com os ramos da
artéria oftálmica.

Irriga os músculos da expressão facial e a veia facial localiza-se atrás da artéria.

A artéria facial da origem as artérias labiais superior e inferior e ao ramo nasal lateral, terminando com artéria
angular.

Artéria occipital: origina-se na parte posterior da artéria carótida externa e pode ser dividida em três porções:
anterior, profunda e posterior ao esternocleidomastóideo.

No trigono carotídeo, o nervo hipoglosso passa em torno da artéria occipital na sua origem. A artéria passa
posterior e superior, profundamente a borda inferior do ventre posterior do digástrico.

Cruza a veia jugular interna, carótida interna e os três últimos nervos cranianos.

Profundamente ao esternocleidomastóideo, a artéria occipital ocupa o sulco occipital do osso temporal,


medialmente ao processo mastóideo. Aí a artéria está coberta pelos músculos associados ao processo mastóide
(ECM, esplênico da cabeça, longo da cabeça e digástrico).

Posterior ao esternocleidomastóideo, a artéria occipital perfura o trapézio estando acompanhada do nervo occipital
maior e divide-se em ramos para o couro cabeludo.

Artéria auricular posterior:

Origina-se na parte posterior da artéria carótida externa e acima do ventre posterior do digástrico, correndo
posterior e superior, superficial ao processo estilóide e coberta pela glândula parótida, termina entre o processo
mastóide e a orelha, dividindo-se em ramo frontal e occipital, além de dar origem à artéria timpânica posterior.

Artéria faríngea ascendente:

Origina-se na parte póstero-medial da artéria carótida externa, ascendendo entre a parede da faringe e a artéria
carótida interna.

Artéria maxilar e artéria temporal superficial – a artéria carótida externa divide-se nesses dois ramos terminais.

Artéria carótida interna:

- começa à nível da borda superior da lâmina da cartilagem tireóide.

- penetra o crânio através do canal carótico e termina na fossa craniana média dividindo-se em artérias cerebrais
anteriores e médias.

- possui o seio carótico, cujas parede possui receptores de pressão que são estimulados com a alteração da
pressão sanguínea.

- A artéria carótida interna não dá nenhum ramo no pescoço. Seu trajeto pode ser considerado em quatro partes:
cervical – petrosa – cavernosa – cerebral.

- Origina-se no trigono carótico, onde está parcialmente coberta pelo ECM e cruzada pelo nervo hipoglosso (NC
XII).

Passa posteriormente ao ventre posterior do digástrico e do estilo-hióideo e está cruzada pelas artérias auricular
posterior e occipital.

A artéria carótida externa está antero-medial à artéria carótida interna no início, e num ponto mais superior se
torna lateral.

A veia jugular interna e o nervo vago localizam-se em posição lateral a artéria carótida interna.

Na base do crânio a veia jugular interna se localiza posteriormente à artéria, estando separadas pelos últimos
nervos cranianos.

Cada artéria carótida é cruzada pelo omo-hióideo correspondente, oposto à cartilagem cricóidea (6ª vértebra
cervical).

Nervo glossofaríngeo:

Aferente da língua e da faringe e sensível para o estilo-faríngeo e para a glândula parótida.


Emerge da medula espinhal, passando pelo forame jugular onde apresenta dois gânglios: um superior (jugular) e
um inferior (petroso), que contém corpos celulares de fibras aferentes, depois passa entre a veia jugular interna
e a artéria carótida interna, descendo anterior a artéria carótida interna e curvando em direção anterior em torno
do estilofaríngico, correndo pela borda posterior do hioglosso.

Nervo vago:

- Predominantemente aferente

- NC X

- Apresenta extensa distribuição na cabeça e no pescoço e no tórax e abdome.

- Apresenta fibras aferentes e eferentes para a faringe e laringe.

- Emerge da medula espinhal e passa através do forame jugular. No forame apresenta dois gânglios: um superior
(jugular) e outro inferior (nodoso), que contém corpos celulares de nervos aferente e numerosas conexões com os
nervos cranianos VII, IX, XI, XII e os cervicais C1 e C2. Abaixo do gânglio inferior o vago recebe o ramo interno no
nervo acessório NC XI, cujas fibras se distribuem juntamente com o vago.

O vago desce no interior da bainha carotídea, entre a VJI e, sucessivamente as artérias carótidas interna e
comum.

O vago passa entre a veia jugular interna e a primeira parte da artéria torácica.

Os ramos da cabeça e do pescoço do nervo vago são:

Originados do gânglio superior: ramo meníngico e ramo auricular

Originados do gânglio inferior: ramos faríngicos – laríngico superior e laríngeo recorrente (que inerva a
mucosa da laringe e todos os músculos da laringe, exceto o músculo cricotireóideo). Suas fibras são derivadas
da parte craniana do nervo acessório, originando-se em níveis diferentes dos dois lados do corpo.

O nervo direito origina-se anteriormente a primeira parte da artéria subclávia, passando em torno deste
vaso.

O nervo esquerdo origina-se no tórax, sobre o lado esquerdo do arco da aorta, passando em torno deste
vaso.

Ambos os nervos ascendem no interior do sulco traqueoesofágico, na altura do primeiro ou segundo anel
da traquéia.

Envia um ramo para laringofaringe e está intimamente relacionado com a glândula tireóide.

Lesão no nervo laríngeo recorrente causa uma afonia e deconforto respiratório.

Nervo acessório:

Formado pela união parte craniana (interna) e da parte espinhal (externa).

As raízes cranianas emergem da face lateral da medula espinhal, logo abaixo das raízes do vago.

Atravessam o forame jugular onde trocam fibras ou se unem por uma longa distância.

Abaixo do forame jugular a porção cranina ou interna se junta ao nervo vago, abaixo do gânglio inferior do
vago.

A porção espinhal ou externa distribui-se ao esternocleidomastóideo e ao trapézio.

Corre em direção posterior, superficialmente a VJI, perfurando ou não o esternocleidomastóideo, cruza o trigono
posterior do pescoço acima do ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo.

5 cm acima a cima da clavícula passa profundamente a borda anterior do trapézio e forma um plexo com C3 e C4.

Nervo hipoglosso:

- principal nervo motor da língua.

- suas raízes emergem da medula espinhal entre a pirâmide e a oliva, passando pelo canal do hipoglosso do
osso occipital.
- desce atrás da artéria carótida interna e dos nervos glossofaríngeo e vago, depois desce entre a artéria torácica
interna e veia jugular interna, anterior ao vago.

- forma uma alça em direção anterior em torno da artéria occipital, depois cruza as artérias carótida interna,
externa e lingual.

- Localiza-se sobre o hioglosso e passa profundamente ao milo-hióideo e ao digástrico, estando abaixo do ducto
submandibular e nervo lingual.

Conteúdo da bainha carotídea:

- artéria carótida comum

- artéria carótida interna

- nervo vago

- veia jugular interna

- linfonodos cervicais profundos

Artéria subclávia:

A principal artéria que leva sangue para o membro superior é conhecida como subclávia, axilar e braquial nas
diferentes partes de seu trajeto.

O território irrigado pela subclávia estende-se até o telencéfalo, parede abdominal e dedos.

A artéria subclávia esquerda origina-se diretamente do arco da aorta, enquanto a subclávia direita do tronco
braquiocefálico.

A artéria subclávia esquerda, por esta razão, apresenta uma porção torácica.

O trajeto da artéria subclávia pode ser considerado em três porções:

Primeira porção: da origem do vaso até a borda medial do músculo escaleno anterior

Segunda porção: posterior ao músculo escaleno anterior

Terceira porção: da borda lateral do músculo escaleno anterior até a borda externa da primeira costela, onde a
artéria subclávia passa a ser denominada artéria axilar.

A veia subclávia passa anteriormente ao escaleno anterior e une-se na borda medial deste músculo com a
veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica, assim é coextensiva somente com a 2ª e 3ª parte da
artéria subclávia.

A primeira parte da artéria subclávia direita e a parte cervical da primeira parte da artéria subclávia esquerda
formam um arco de direção posterior e lateral atrás da juntura esternoclavicular.

A artéria subclávia (3ª parte) é mais superficial e está localizada principalmente no trigono supraclavicular.

Ramos:

- artéria vertebral

- artéria torácica interna

- artéria escapular descendente

- tronco tireocervical

- tronco costocervical

A artéria vertebral irriga a parte posterior do encéfalo.

Origina-se na primeira parte da subclávia, medialmente ao escaleno anterior, ascende através dos forames
transversos das primeiras seis vértebras cervicais, correndo atrás da massa lateral do atlas e entra na cavidade
craniana através do forame magno.

Na borda inferior da ponte, une-se com o vaso do lado oposto e dá origem à artéria basilar (que se divide em duas
artérias cerebrais posteriores).
O trajeto da artéria vertebral é dividido em partes: cervical – vertebral – suboccipital – intracraniana.

A parte cervical da artéria vertebral ascende atrás da artéria carótida comum através de um espaço piramidal
entre o escaleno anterior e o longo do pescoço.

A parte vertebral ascende através dos forames transversos das seis primeiras vértebras

Tronco tireocervical: Origina-se da primeira parte da artéria subclávia e divide-se em três ramos:

- tireóidea inferior

- cervical ascendente

- cervical transversa

- supra-escapular

Tronco costocervical: Origina-se na parte posterior da primeira porção da subclávia (lado esquerdo do corpo) e
parte posterior da segunda porção da subclávia (lado direito do corpo), se divide em:

- artéria cervical profunda

- artéria intercostal suprema (dois primeiros espaços intercostais)

Artéria dorsal da escápula: origina-se na segunda ou terceira parte da artéria subclávia, correndo tanto entre o
tronco superior e médio, quanto entre os troncos médio e inferior do plexo braquial. Ao atingir a borda medial da
escápula, a artéria dorsal da escápula desce junto com o nervo de mesmo nome e dá origem a ramos para o
músculo rombóide.

Veia jugular interna:

Drena o encéfalo, o pescoço e a face

Tem inicio no forame jugular, e é uma continuação do seio sigmóide.

Desce pela bainha carotídea e termina atrás da porção medial da clavícula, unindo-se com AA subclávia para
formar a veia braquiocefálica.

Os linfonodos cervicais profundos localizam-se ao longo do trajeto da veia jugular interna.

Na base do crânio a artéria carótida interna localiza-se anteriormente à veia jugular interna (canal carótico é
anterior ao forame jugular) e os dois vasos estão separados neste ponto pelos quatro últimos nervos cranianos.

Tributárias da VJI:

- lingual

- faríngicas

- tireóidea superior e média

- seio petroso inferior

Ducto linfático direito, ou do lado esquerdo o ducto torácico abrem-se comumente na veia jugular interna
ou na junção da mesma com a subclávia.

O ducto torácico recebe a linfa da maior parte do corpo, incluindo o lado esquerdo da cabeça e do pescoço.

O ducto linfático direito recebe linfa do lado direito da cabeça e do pescoço, do membro superior direito e do lado
direito do tórax.

Plexo cervical:

Os ramos ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais unem-se para formar o plexo cervical, enquanto que os
quatro inferiores e grande parte do primeiro torácico, se unem para formar o plexo braquial.

Está localizado anteriormente ao músculo levantador da escápula e escaleno médio e coberto pela veia jugular
interna e esternocleidomastóideo.

Os ramos do plexo cervical inervam a pele da parte posterior da cabeça, do pescoço e do ombro, além do
diafragma.
Ramos superficiais: C2 e C3

- occipital menor

- auricular magno

- transverso do pescoço

Supraclaviculares: C3 e C4

Ramos profundos: C3 e C4

- para o esternocleiomastóideo: C2 e C3

- trapézio

- levantador da escápula

- escalenos

Os ramos cutâneos emergem do ponto médio da borda posterior do esternocleidomastóideo.

O plexo braquial está entre o escaleno médio e o anterior.

Nervo frênico:

-Inerva o diafragma e as membranas serosas do tórax e abdome. Ele tem origem principalmente do 4° nervo
cervical, mas comumente apresenta duas raízes, uma principal vinda do 4° nervo cervical e uma raiz acessória
vinda do 5° nervo cervical.

É formado na borda lateral do escaleno anterior e corre verticalmente em direção inferior através da parte anterior
deste músculo, cruzado pelas artérias cervicais transversas e supra-escapular, passando depois entre as artérias
e veias subclávias, percorrendo o tórax em direção ao diafragma.

No lado esquerdo cruza a primeira parte da artéria subclávia e o direito a segunda parte.

Contém tanto fibras aferentes como eferentes.


Membro Superior - Resumo

Braço:

- Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão no
compartimento anterior do braço, supridos pelo nervo músculo cutâneo, e um extensor, o tríceps braquial,
localizado no compartimento posterior, suprido pelo nervo radial. Um auxiliar do tríceps posicionado distalmente,
o ancôneo, também está situado no compartimento posterior

Bíceps braquial:

Origem: A cabeça curta tem origem no processo coracóide da escápula e a cabeça longa tem origem no
tubérculo supraglenoidal da escápula.

Fixação: Na tuberosidade do rádio através da aponeurose do músculo bíceps braquial.

Supina e flete o antebraço

Uma faixa membranosa que sai do tendão do bíceps braquial denominada aponeurose do músculo bíceps
braquial, atravessa a fossa cubital e funde-se à fáscia do antebraço, conferindo proteção para as estruturas dessa
fossa.

Braquial:

Situado posterior (profundamente) ao bíceps.

É o principal flexor do antebraço

Origem: processo coracóide da ulna

Fixação: metade distal da face anterior do úmero

Flete os braços em todas as posições

Coracobraquial:

Origem: no processo coracóide da escápula

Fixação: terço médio da face medial do úmero.

Ajuda a fletir e aduzir o braço

É perfurado pelo nervo musculocutâneo

O nervo mediano e a artéria braquial podem seguir profundamente ao coracobraquial e serem comprimidos por
ele.

Tríceps braquial:

Possui três cabeças: longa – lateral e medial

É principal extensor do antebraço

Origem: A cabeça longa tem origem no tubérculo infraglenoidal da escápula e a cabeça lateral tem origem no
face posterior do úmero (superior ao sulco do nervo radial)

Fixação: Extremidade proximal do olecrano e da ulna

Inervado pelo nervo radial.

Ancôneo:

Auxilia o tríceps na extensão do antebraço

Origem: no epicôndilo lateral do úmero

Fixação: face lateral do olecrano e parte superior da face superior da ulna

Inervado pelo nervo radial

Nervos do Braço:
São ramos terminais dos fascículos do plexo braquial, acompanham a artéria axilar e a parte mais superior da
artéria braquial e descem no braço. O nervo mediano e ulnar passam diretamente ao antebraço, mas o nervo
radial emite ramos musculares e cutâneos no braço.

Nervo músculocutâneo:

É um ramo do fascículo lateral, geralmente perfura o músculo coracobraquial.

Desce entre os bíceps, superficialmente, e o braquial profundamente e atinge a face lateral do braço. Inerva o
bíceps braquial, o braquial e o coracobraquial, além de raras vezes inervar o braquiorradial, depois se convertendo
a nervo cutâneo lateral do antebraço, que atravessa a fáscia bem lateralmente ao tendão do bíceps, acima do
cotovelo.
Depois divide-se em ramos anterior e posterior, dos quais um ou ambos passam posterior à veia cefálica.

Nervo mediano:

Formado por raízes do fascículo lateral e medial do plexo braquial. Continua no lado lateral da artéria braquial.

Mais ou menos na metade do braço cruza gradualmente a artéria braquial pela frente, descendo medialmente a
este vaso. Na fossa cubital está localizado atrás da veia intermédia do cotovelo, coberto pela aponeurose do
bíceps braquial (bicipital), penetrando depois entre as duas porções do pronador redondo.

Nervo ulnar:

Ramo do fascículo medial do plexo braquial desce medialmente a artéria axilar e continua no contorno medial da
artéria braquial

Na metade do braço atravessa o septo intermuscular medial e desce com a artéria colateral ulna superior e o
nervo colateral ulnar, atingindo a parte posterior do epicôndilo medial, dando um ramo para a juntura do cotovelo,
penetrando no antebraço entre as duas porções do músculo flexor ulnar do carpo.

Nervo radial:

Ramo do fascículo posterior desce por trás da artéria axilar e braquial e segue posteriormente junto com a artéria
braquial profunda. O nervo radial curva-se ao redor do úmero coberta pela cabeça lateral do tríceps. Passa pelo
sulco do nervo radial e perfura o septo intermuscular lateral do braço e dirige-se anteriormente para a fossa
cubital, onde à nível ou abaixo do epicôndilo lateral divide-se em ramos superficial (sensitiva) e
profundo(motora).

Supre todos os músculos do compartimento posterior do braço e antebraço

Artérias do braço:

Artéria braquial:

Continuação da artéria axilar a partir da borda inferior do redondo maior. O nervo mediano situa-se lateralmente, o
nervo ulnar e cutâneo medial do antebraço medialmente e o nervo radial posteriormente. O nervo axilar deixa a
axila através do espaço quadrangular e não mantém relação com a artéria braquial.

Sua parte superior está medialmente ao úmero, mas sua parte inferior está na frente deste osso.

Posteriormente, encontra-se sobre os tríceps e o braquial

O nervo mediano cruza em frente da artéria, vindo de lateral para medial

No cotovelo está situada no centro da fossa cubital, sendo cruzada pela aponeurose do bíceps separando-a da
veia intermédia do cotovelo.

A artéria braquial divide-se no nível da fossa cubital em artérias radial e ulnar para irrigar o antebraço e a mão.

Os principais ramos da artéria braquial originadas de sua face medial são:

- artéria braquial profunda

- artéria colateral ulnar superior

- artéria colateral ulnar inferior

As artérias colaterais ajudam a formar a rede articular do cotovelo, juntamente com as artérias recorrentes das
artérias radial – ulnar e interossea que seguem superior, anterior e posterior a articulação do cotovelo.
Essas artérias anastomosam-se com ramos descendentes da artéria braquial profunda e com as artérias
colaterais ulnares.

Artéria braquial profunda:

Maior artéria da braquial, tendo origem alta.

Acompanha o nervo radial ao longo do sulco do nervo radial, seguindo posteriormente ao redor do corpo do
úmero, termina dividindo-se em artéria colateral media e radial que participam da rede articular do cotovelo.

Artéria colateral ulnar superior:

Origina-se da face medial da artéria braquial perto do meio do braço e acompanha o nervo ulnar posteriormente
ao epicôndilo medial do úmero, anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar posterior (ramo da artéria
ulnar)

Artéria colateral ulnar inferior:

Origina-se da artéria braquial 5 cm acima da prega do cotovelo

Depois segue inferiormente passando pelo epicôndilo medial anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar
anterior (ramo da artéria ulnar).

Circulação colateral do cotovelo:

Anteriormente ao epicôndilo lateral a artéria colateral radial une-se com a artéria recorrente lateral (ramos da
artéria radial).

Por trás do epicôndilo lateral a artéria colateral média une-se com a artéria recorrente interossea (derivada da
artéria interossea posterior que é ramo junto com a artéria interossea anterior de um tronco denominado artéria
interossea comum que é ramo da artéria ulnar)

Anteriormente ao epicôndilo medial a artéria colateral ulnar inferior une-se com a artéria recorrente ulnar
anterior.

Por trás do epicôndilo medial a artéria colateral ulnar superior une-se com a artéria recorrente ulnar posterior

Ocorrem também conexões transversas: ex: entre a artéria colateral média e posterior com a artéria colateral ulnar
inferior

Fossa cubital:

Depressão na face anterior do cotovelo:

Limites:

Superior: linha imaginária que une o epicôndilo medial e o lateral

Medialmente: a massa de músculos flexores do antebraço originados no epicôndilo medial, mais especificamente,
o pronador redondo.

Lateralmente: a massa de músculos extensores do antebraço, originados no epicôndilo lateral e da crista supra-
epicondilar, mais especificamente, o braquiorradial.

Assoalho: músculo supinador e o braquial

Teto: formado pela continuidade da fáscia do braço e do antebraço reforçadas pela aponeurose do bíceps
braquial, tecido subcutâneo e pele.

Conteúdo da fossa cubital:

- Parte terminal da artéria braquial e o inicio dos ramos ulnar e radial.

- Veias acompanhantes (profundas) das artérias

- Tendão do músculo bíceps braquial

- nervo mediano

- nervo radial e a divisão em ramos superficial e profundo


Superficialmente, no tecido subcutâneo sobre a fossa estão a veia intermédia do cotovelo situada
anteriormente à artéria braquial e os nervos cutâneos medial e lateral do antebraço, relacionados à veia basílica e
cefálica.

O antebraço:

Constituído por um grupo anterior e posterior.

Os do grupo anterior são os flexores e pronadores

Os do grupo posterior são os extensores e supinadores

Músculos da região anterior do antebraço:

- 5 músculos superficiais e 3 profundos

- O grupo superficial origina-se no epicôndilo medial, sendo inervado pelo nervo mediano.

- O grupo profundo é inervado pelo nervo interósseo anterior, ramo do nervo mediano.

Os músculos dos dois grupos que não são inervados pelo mediano, o são pelo nervo ulnar

Grupo superficial:

Pronador redondo: tem origem na crista supra-epicondilar do úmero e uma porção mais profunda do processo
coronóide da ulna, descendo lateralmente para se inserir na face lateral do rádio.

Inervação: nervo mediano

Flexor radial do carpo: origina-se no tendão comum do epicôndilo medial. Insere-se principalmente na face
anterior do 2° e 3° dedos.

Inervação: nervo mediano

Flete a mão

Palmar longo: origina-se no tendão comum do epicôndilo medial, inserindo-se na face anterior do retináculo dos
flexores e no ápice da aponeurose palmar.

Inervação: nervo mediano

Mantém tensa a aponeurose palmar nos movimentos da mão

Flexor ulnar do carpo: origina-se no tendão comum do epicôndilo medial e uma porção originada do olecrano e
borda posterior do corpo da ulna, inserindo-se no pisiforme, hámulo do hamato e base do 5° metacárpico.

Inervação: nervo ulnar

Flexor das mãos

Flexor superficial dos dedos: uma poção forte origina-se no tendão comum do epicôndilo medial e outra mais
fraca origina-se na borda superior da borda anterior do rádio, sendo unidas por uma porção fibrosa que cobre o
nervo mediano, fixando-se no 2° 3° 4° e 5° dedos.

Inervação: nervo mediano

Flete a falange medial sobre a proximal

Grupo profundo:

Flexor profundo dos dedos: origem na superfície anterior da ulna e processo coronóide e segue descendo para
se fixar profundamente aos tendões do músculo flexor superficial dos dedos até chegar a base das falanges
distais do 2° 3° 4° e 5° dedos.

Inervação: a parte lateral é suprida pelo nervo interósseo anterior que é ramo do nervo mediano e a parte medial
é suprida pelo nervo ulnar.

Flete a falange distais sobre as médias

Flexor longo do polegar: origina-se na superfície anterior do rádio e da porção adjacente da membrana
interóssea. Em geral também tem origem no epicôndilo medial, e desce para se fixar na face palmar na base da
falange distal.
Inervação: nervo interósseo anterior que é ramo do nervo mediano

Flete a falange distal do polegar

Pronador quadrado: origina-se da superfície anterior e borda distal da ulna e insere-se na superfície anterior na
borda anterior do terço inferior do rádio.

Inervação: a parte lateral é suprida pelo nervo interósseo anterior que é ramo do nervo mediano.
Pronador do antebraço

Músculos da região posterior do antebraço:

São os músculos extensores

7 músculos superficiais e 5 profundos

A maior parte do grupo superficial origina-se na face posterior do epicôndilo lateral do úmero por um tendão
comum, sendo inervados pelo nervo radial ou por seu ramo profundo (ou pelo nervo interósseo posterior)

- Grupo superficial:

- Braquiorradial:

- tem origem na crista supracondilar lateral do úmero e insere-se na face lateral do rádio acima do processo
estilóide.

- Inervado pelo nervo radial

- Flete o braço

- Extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo:

O longo origina-se na parte inferior da crista supracondilar lateral e insere-se na face posterior da base do 2°
metacárpico.

O curto tem origem no epicôndilo lateral pelo tendão comum e insere-se na face posterior da base do segundo e
terceiro metacárpicos.

- Inervados pelo nervo radial ou pelo ramo profundo desse nervo.

Extensores da mão.

- Extensor dos dedos:

- origina-se no epicôndilo lateral pelo tendão comum onde vão descer até chegar no dorso da mão onde insere-se
nos 2° 3° 4° dedos.

- inervado pelo ramo profundo do nervo radial

- Extensor do dedo mínimo:

- origina-se do tendão comum do epicôndilo lateral e vai até a aponeurose do dedo mínimo.

- inervado pelo ramo profundo do nervo radial

- entende a falange do dedo mínimo

- Extensor ulnar do carpo:

- origina-se do tendão comum do músculo epicondilar lateral e inserindo-se na face medial da base do quinto
metacárpico.

- Inervado pelo ramo profundo do nervo radial

- Ancôneo:

- origina-se no dorso do epicôndilo lateral, inserindo-se na face posterior da ulna

- inervação feira pelo nervo radial.

- Estabilizador das junturas


Grupo profundo:

- Supinador:

- tem origem no epicôndilo lateral do úmero.

- inervado pelo ramo profundo do nervo radial

Abdutor longo do polegar:

- originam-se da parte superior da face posterior da membrana interóssea

- insere-se do lado das bases do primeiro metacárpico

- inervado pelo nervo interósseo posterior

- Estende o polegar

Extensor curto do polegar:

- origina-se na face posterior do rádio, inserindo-se na base da falange proximal

- suprido pelo nervo interósseo posterior

Tabaqueira anatômica:

Abdutor longo do polegar

Extensor longo do polegar

Extensor curto do polegar

Nervo do antebraço:

Nervo mediano: abandona a fossa cubital geralmente passando entre as duas porções do pronador redondo, no
antebraço e mão está acompanhando a artéria mediana.

Ramos:

- musculares: deixa o nervo mediano pelo seu lado medial, inervando o pronador redondo. O flexor radial do
carpo, o palmar longo e o flexor superficial dos dedos.

- nervo interósseo anterior: desce na frente da membrana interóssea entre as margens do flexor profundo dos
dedos e flexor longo do polegar.

Nervo ulnar: penetra no antebraço entre as porções de origem do flexor ulnar do carpo. Situa-se então sobre o
flexor profundo dos dedos coberto pelo flexor ulnar do carpo. No terço médio do antebraço encontra-se com a
artéria ulnar que o acompanha lateralmente, para baixo.

Nervo radial:

Após perfurar o septo intermuscular lateral no braço, o nervo radial, situa-se profundamente entre o braquial e o
braquiorradial, se dividindo em ramo profundo e superficial abaixo do epicôndilo lateral. O ramo superficial é
cutâneo, acompanhando a artéria radial, que se situa lateralmente, inervando-a.

O ramo profundo é muscular e dirige-se lateralmente ao rádio entre as camadas superficial e profunda do
supinador, inervando-o. Em seu trajeto descíduo, acompanha a artéria interóssea posterior, onde no restante de
seu trajeto é denominado nervo interósseo posterior, inervando o supinador, extensor radial curto do carpo,
extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor ulnar do carpo. O nervo interósseo posterior inerva os
músculos da tabaqueira anatômica, abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar, extensor longo do
polegar.

Artérias do antebraço:

- Artéria radial: menor ramo terminal da artéria braquial tem origem na fossa cubital, ao nível do colo do rádio. Na
parte distal do antebraço, a artéria radial é superficial e se encontra na face lateral do flexor radial do carpo, o qual
serve de guia para ela, na sua região proximal dá origem a um ramo denominado artéria recorrente radial que
participa da circulação colateral do cotovelo.

- Artéria ulnar: maior ramo terminal da artéria braquial tem origem na fossa cubital, ao nível do colo do rádio.
Dirige-se para baixo e medialmente no terço superior do antebraço, depois se situa sobre o flexor profundo dos
dedos. O nervo mediano cruza a artéria ulna na porção proximal desse músculo, sendo separado também pelo
pronador redondo. Nos dois terços distais do antebraço o nervo ulnar situa-se medialmente à artéria, sendo
ambos cobertos pelo flexor ulnar do carpo.

Ramos:

- artéria recorrente ulnar anterior

- artéria recorrente ulnar posterior

- artéria interóssea comum

- artéria interóssea anterior

- artéria interóssea posterior

- artéria recorrente interóssea

Membro Superior - Ombro e Axila

- Possui quatro segmentos:

- Ombro

- inclui as regiões peitoral – escapular e supraclavicular

- construído sobre a metade do cíngulo do membro superior

- o cíngulo do membro inferior (escápulas - clavículas e manúbrio do esterno)


Braço

- primeira porção do membro superior

- situado ao longo do úmero

- estende-se entre o ombro e o cotovelo

Antebraço

- segunda porção do membro superior

- situado ao longo da ulna e rádio

- estende-se entre o cotovelo e o punho

Mão

- parte distal do membro superior

- formada ao redor do carpo – metacarpo e falanges

- formada pelo punho – palma – dorso e dedos

*esqueleto axial – crânio – coluna vertebral – caixa torácica

*cíngulo do membro superior – clavículas – escápulas – manúbrio do esterno

Ossos do membro superior:

- O cíngulo do membro superior e os ossos da parte livre do membro superior formam o esqueleto apendicular
superior.

- O esqueleto apendicular superior articula-se com o esqueleto axial apenas na articulação esternoclavicular.

- As escápulas e clavículas são sustentadas e estabilizadas, além de movimentadas por músculos


toracoapendiculares que se fixam às costelas, esterno e vértebras.

Clavícula:

Une o membro superior ao tronco

Sua extremidade esternal articula-se com o manúbrio do esterno na articulação esternoclavicular

Sua extremidade lateral articula-se com o acrômio da escápula na articulação acromioclavicular.

Sua face superior situada logo abaixo da pele e do platisma é lisa e a face inferior é áspera por que ligamentos
fortes unem-na a 1ª costela perto de sua extremidade esternal (possui na clavícula uma impressão do
ligamento costoclavicular que permite essa ligação).

O tubérculo conóide perto da extremidade acromial da clavícula permite a fixação do ligamento conóide
(inferior e posterior) , a parte medial do ligamento coracoclavicular pelo qual o restante do membro superior é
suspenso pela escápula.

A linha trapezóidea, a qual se fixa o ligamento trapezóideo, é a parte lateral do ligamento coracoclavicular.

O sulco do músculo subclávio no terço medial do corpo da clavícula é o local de fixação do músculo
subclávio.

Trajeto anterior ao ângulo superior da escápula até chegar ao esterno.

Escápula:

- É um osso plano triangular situado sobre a face póstero-lateral do tórax sobre a 2ª -7ª costelas

- A face posterior é dividida desigualmente por uma crista óssea espessa que se projeta a espinha da escápula,
em uma pequena fossa supra-espinal e uma fossa infra-espinal muito maior.

A espinha da escápula ainda possui uma crista da espinha da escápula lateralmente ao tubérculo deltóide.

- A face anterior ou costal forma uma fossa subescapular


- Essas superfícies ósseas largas das três fossas oferecem fixação para músculos.

O corpo da escapula possui forma triangular e possuindo ângulo superior, inferior e lateral e ainda margem
medial ou vertebral – lateral ou axilar e margem superior

A espinha se torna lateralmente mais espessa dando origem ao acrômio (possui um ângulo) que se articula com
a extremidade acromial da clavícula.

O tubérculo deltóide da espinha da escápula indica o ponto medial de fixação do músculo deltóide.

A articulação do ombro (glenoumeral) situa-se logo abaixo a articulação acromioclavicular.

Súpero-lateralmente, a face lateral da escápula possui uma cavidade glenoidal que recebe a cabeça do úmero
e articula-se com ela.

O processo coracóide, é superior a cavidade glenoidal e projeta-se ântero-lateralmente.

A cabeça da escápula é o ângulo lateral da escápula e a cavidade glenoidal é sua principal característica.

O colo da escápula fica entre a cabeça e o corpo da escápula.

A margem superior da escápula é marcada pela incisura da escápula.

Úmero:

- maior osso do membro superior

- articula-se com a escápula e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo

- A cabeça do úmero se articula com a cavidade glenoidal da escápula

- O colo anatômico separa a cabeça dos dois tubérculos (maior e menor)

- Indica a linha de fixação da cápsula articular do úmero.

- O colo cirúrgico do úmero (comum de fraturas) está distal a cabeça e aos tubérculos.

- Os tubérculos maior e menor oferecem fixação e alavanca para alguns músculos, o maior fica na margem
lateral do úmero e o menor projeta-se para a região do osso.

- O sulco intertubercular ou bicipital separa os tubérculos e permite a passagem do tendão da cabeça longa
do bíceps braquial.

- O corpo do úmero tem duas características proeminentes: a tuberosidade para o músculo deltóide,
lateralmente e o sulco do nervo radial (obliquo) posteriormente, no qual se situa o nervo radial e a artéria
braquial profunda, quando passam anteriormente a cabaça longa e entre as cabeças medial e lateral do tríceps
braquial.

A extremidade inferior do úmero de alarga formando as cristas supraepicondilares medial e lateral e termina
epicôndilo medial (origem dos músculos flexores – local do nervo ulnar) e lateral (origem dos músculos
extensores) permitindo a fixação de músculos

A extremidade distal do úmero, incluindo a tróclea, capítulo, fossa do olecrano, fossa coronóidea e fossa
radial formam o côndilo do úmero.

Capítulo – face articular que se articula com o rádio

Tróclea – face articular que se articula com a ulna (na incisura troclear da ulna)

Fossa coronóidea – recebe o processo coronóide da ulna durante a flexão completa do cotovelo.

Fossa do olecrano – recebe o olecrano da ulna na extensão completa do cotovelo.

Fossa radial – acomoda a margem da cabeça do rádio quando o antebraço é totalmente fletido.

Ossos do antebraço:

- Dois ossos do antebraço

- Realizam movimentos de supinação e pronação (devido o radio poder girar sobre a ulna).

Ulna:
- osso que estabiliza o antebraço

- mais medial e mais longo dos dois ossos do antebraço

- articula-se com o úmero e com a cabeça do radio em sua porção proximal

- articula-se com o úmero através do olecrano e do processo coronóide que se projeta anteriormente

- a incisura troclear articula-se com a tróclea do úmero.

- abaixo da incisura troclear está a tuberosidade da ulna para a fixação do tendão do músculo braquial

- Na face lateral do processo coronóide há uma concavidade lisa e arredondada a incisura radial que se articula
com a cabeça do rádio.

- Inferior e lateralmente a incisura radial está a crista do músculo supinador.

- Entre a crista do músculo supinador e o processo coronóide está a fossa do músculo supinador, locais de
fixação do músculo supinador.

Na região distal há uma alargamento pequeno, denominado cabeça da ulna, com um pequeno processo
estilóide da ulna (medialmente) , a ulna não participa da articulação radiocarpal.

Rádio:

- localiza-se lateralmente, sendo o mais curto dos dois ossos do antebraço.

- Sua extremidade proximal inclui cabeça, colo e tuberosidade voltada medialmente.

- A cabeça do rádio articula-se com o capítulo do úmero durante a flexão e extensão do cotovelo.

- O colo do rádio está logo abaixo da cabeça.

- A tuberosidade do radial situa-se na parte medial do osso.

Na extremidade distal encontra-se medialmente a incisura ulnar do rádio que acomada a cabeça da ulna.

- Lateralmente, localiza-se o processo estilóide do rádio.

- Na região dorsal da parte distal do rádio está o tubérculo dorsal do rádio, localizado entre os sulcos superficiais
para a passagem dos tendões dos músculos do antebraço.

- Os dois ossos são unidos através de uma membrana interóssea do antebraço.

Mão:

- O punho ou carpo é formado por oito osso da mão dispostos em duas fileiras proximal e distal de quatro osso,
conferindo flexibilidade ao punho.

Ossos proximais:

- escafóide (barco) – articula-se com o rádio

- semilunar (forma de meia-lua) – articula-se com o rádio

- piramidal (pirâmide) – articula-se com o disco articular da articulação radioulnar distal.

- pisiforme (forma de ervilha) – localizado na face palmar do piramidal

Ossos distais:

- Trapézio – (quatro faces) – articula-se com o 1° e 2° metacarpais

- Trapezóide – (articula-se com o 2° metacarpal)

- Capitato – (articula-se com o 3° metacarpal)

- Hamato – (articula-se com o 4° e 5° metacarpais) – tem um processo – (hamulo do hamato)


Os ossos metacarpais formam o esqueleto da palma da mão entre o carpo e as falanges, é formado pelos cinco
ossos metacarpais. Cada metacarpal possui base – corpo e cabeça.

O 3° metacarpal é destingido por um processo estilóide.

Cada dedo possui três falanges, exceto o polegar (1º) que tem apenas duas

Cada falange tem base (proximal) – corpo (medial) e cabeça (distal).

Estruturas superficiais dos membros superiores:

- Profundamente à pele está o tecido subcutâneo (fáscia superficial) contendo gordura e fáscia muscular,
profunda, circundando os músculos.

Fáscia do membro superior:

- A fáscia da região peitoral está fixada à clavícula e ao esterno.

- A fáscia peitoral reveste o músculo peitoral maior e é contínua inferiormente com a fáscia da parede
anterior do abdome.

- A fáscia peitoral deixa a margem lateral do músculo peitoral maior e torna-se fáscia axilar que forma o assoalho
da axila.

- Profundamente a fáscia peitoral e ao músculo peitoral maior, ou camada de fáscia, a fáscia clavipeitoral que
reveste o músculo subclávio e o músculo peitoral menor, tornando-se contínua com a fáscia axilar.

- A parte da fáscia clavipeitoral entre o peitoral menor e o subclávio, denominada membrana costocoracóide é
perfurada pelo nervo peitoral lateral que supre principalmente o músculo peitoral lateral.

- A parte da fáscia clavipeitoral inferior ao peitoral menor, o ligamento suspensor da axila, sustenta a fáscia
axilar, e traciona juntamente com a pele abaixo dela para cima durante abdução do braço, formando a fossa
axilar.

Os músculos escapuloumerais que cobrem a escápula e formam o volume do ombro também são revestíveis
por fáscia muscular.

A fáscia deltóide desce sobre a face superficial a partir da clavícula, acrômio e espinha da escápula.
Inferiormente é contínua com a fáscia peitoral e posteriormente com a fáscia infra-espinhal.

Os músculo que cobrem as superfícies anterior e posterior da escápula são cobertos superficialmente por fáscia
muscular, que está fixada às margens da escapula e posteriormente à espinha da escápula.

As fáscias infra-espinhal e supra-espinhal sobre os músculos supra-espinhal e infra-espinhal densa, na face


posterior da escápula são densas e opacas e para ver o músculo deve-se retira-las.

fáscia do braço ou fáscia braquial envolve o braço com uma manga justa profundamente à pele e ao tecido
subcutâneo.

É continua superiormente com as fáscias deltóide, peitoral, axilar e infra-espinal.

A fáscia braquial está fixada inferiormente aos epicôndilos do úmero e ao olecrano da ulna e é continua com a
profunda fáscia do antebraço.

Dois septos intermusculares, os septos intermusculares medial e lateral, estendem-se da superfície profunda
da fáscia do braço até o centro do corpo e as cristas supra-epicondilares medial e lateral do úmero.

Esses septos dividem o braço em compartimentos fasciais anterior (flexor) e posterior (extensor) cada um
contendo músculos que têm funções semelhantes e inervação comum.

São importantes, pois direcionam e disseminam infecções e hemorragias.

No antebraço compartimentos fasciais semelhantes são circundados pela fáscia do antebraço e separados pela
membrana interóssea que une o radio e a ulna.

Na parte posterior e distal do rádio e da ulna a fáscia do antebraço forma uma faixa transversal espessa,
denominada retináculo dos extensores que mantém os tendões dos músculos extensores em posição e
anteriormente forma também um espessamento denominado fáscia carpal palmar.
Em nível mais profundo continua como retináculo dos flexores onde se estende entre as proeminências dos
ossos carpais externos e converte a concavidade anterior do carpo em túnel do carpo através do qual passam os
tendões dos músculos flexores e o nervo mediano.

Nervos cutâneos do membro superior:

C3 e C4 suprem a base do pescoço, estendendo-se lateralmente sobre o ombro

C5 supre o braço lateralmente (superior ao membro abduzido)

C6 supre o antebraço lateralmente e o polegar

C7 supre os três dedos médios e o meio da superfície posterior do membro

C8 supre o dedo mínimo, a região medial da mão e o antebraço (inferior ao braço estendido)

T1 supre o meio do antebraço até a axila

T2 pequena parte do braço e a pele da axila

T1 e T2 (relacionados com a mediação das dores em um infarto, sendo que a essa dor pode irradiar para baixo da
região medial do braço esquerdo)

A maioria dos nervos cutâneos do membro superior é derivada do plexo braquial, uma importante rede de nervos
formada pelos ramos anteriores dos nervos espinais C5 – T1.

Porém os nervos do ombro são derivados do plexo cervical, uma rede de nervos que consiste em uma série de
alças nervosas formadas entre ramos anteriores adjacentes dos nervos espinhais C1 – C4. O plexo cervical
situa-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo na face ântero-lateral do pescoço.

São basicamente nove nervos cutâneos que inervam o braço e antebraço:

(ver plexo braquial)

Veias superficiais do membro superior:

- As principais veias superficiais do membro superior são a veia cefálica e basílica que se originam no tecido
subcutâneo no dorso da mão a partir da rede venosa dorsal.

- A veia cefálica ascende a partir da face lateral da rede venosa dorsal, prosseguindo ao longo da margem lateral
do punho e da superfície antero-lateral da região proximal do antebraço e do braço, sendo freqüentemente visível
através da pele.

- A veia cefálica comunica-se com a veia intermédia do cotovelo que passa obliquamente através da face
anterior do cotovelo na fossa cubital e se une a veia basílica. Depois segue superiormente entre o músculo
deltóide e o músculo peitoral maior no sulco deltopeitoral para depois entrar no trigono clavipeitoral
perfurando a membrana costocoracóide, que é parte da fáscia clavipeitoral, se unindo a parte terminal da veia
axilar.

A veia basílica ascende no tecido subcutâneo a partir da extremidade medial da rede venosa dorsal ao longo da
face medial do antebraço, sendo freqüentemente visível na pele. Em seguida passa profundamente perto da
junção dos terços médio e inferior do braço, perfurando a fáscia do braço e seguindo paralelamente à artéria
braquial e ao nervo cutâneo medial do antebraço até a axila, formando a veia axilar.

A veia intermédia do antebraço, altamente variável, ascende no meio da fáscia anterior do antebraço entre a
veia cefálica e basílica.

Drenagem linfática do membro superior:

- Os vasos linfáticos superficiais originam-se de plexos linfáticos na pele e nos dedos, palma e dorso da mão
e ascendem principalmente com as veias superficiais, como a cefálica e a basílica.

- Alguns vasos que acompanham a veia basílica entram nos linfonodos cubitais, localizados acima do epicôndilo
medial e medialmente a veia basílica.

- Os vasos eferentes dos linfonodos ascendem no braço e terminam nos linfonodos axilares umerais (laterais).

- Alguns vasos linfáticos cruzam a parte proximal do braço e a face anterior do ombro para entrar nos linfonodos
axilares apicais, porém alguns vasos entram previamente nos linfonodos deltopeitorais.
- Os vasos linfáticos profundos acompanham as veias profundas e terminam em linfonodos axilares umerais. Eles
drenam a linfa das cápsulas articulares, periósteo, tendões, nervos e músculos e ascendem com as veias
profundas.

Os linfonodos axilares são drenados pelo tronco linfático subclávio.

Músculos toracoapendiculares anteriores do membro superior:

Quatro músculos toracoapendiculares anterior (peitoral) movem o cíngulo do membro superior: peitoral maior –
menor – subclávio – serrátil anterior

O peitoral maior é um músculo grande em forma de leque que cobre a parte superior do tórax.

Possui partes: esternal – clavicular – abdominal

Possui cabeças esternocostal e clavicular

Sua margem lateral forma a massa muscular que representa a maior parte da parede anterior da axila.

O peitoral maior e o músculo deltóide delimitam o sulco deltopeitoral, no qual segue a veia cefálica. Entretanto,
músculos divergem um pouco superiormente e juntamente com a clavícula formam o trigono clavipeitoral ou
deltopeitoral.

Inervação: nervos peitoral lateral e medial

O peitoral menor situa-se na parede anterior, onde é praticamente coberto pelo peitoral maior, possui um formato
triangular, sua base é formada por alças carnosas fixadas às extremidades anteriores da 3ª e 5ª costelas, esse
músculo estabiliza a escápula e ajuda na elevação da costela durante a respiração.

Inervação: nervo peitoral medial

Com o processo coracóide, o peitoral menor forma uma “ponte” sob a qual passa os nervos e vasos que seguem
para o braço.

O subclávio situa-se quase que horizontalmente quando o braço está em posição anatômica. Este músculo está
localizado inferiormente à clavícula e assegura proteção para os vasos subclávios e o tronco superior do plexo
braquial.

Inervação: nervo para o músculo subclávio

O serrátil anterior situa-se sobre a parte lateral do tórax e forma a parede medial da axila, suas alças musculares
seguem posteriormente e depois medialmente para se fixar a toda a extensão da face anterior da margem medial
da escápula, incluindo seu ângulo inferior. É um músculo que realiza a extensão da escápula.

Inervação: nervo torácico longo

Músculos toracoapendiculares posteriores e escapuloumerais

Grupos superficiais e intermédios extrínsecos do dorso

Fixam o esqueleto apendicular superior (do membro superior) ao esqueleto axial (tronco)

Os músculos intrínsecos do dorso (próprio e profundo do dorso), mantém a postura e controlam o movimento da
coluna vertebral

Os músculos posteriores do ombro são divididos em três grupos:

- músculos torocaroapendiculares posteriores superficiais: (extrínsecos do ombro)

- trapézio

- latíssimo do dorso

- músculos torocaroapendiculares posteriores profundos: (extrínsecos do ombro)

- levantador da escápula

- rombóide maior

- rombóide menor
- músculos escapuloumerais: (intrínsecos do ombro)

- deltóide

- redondo maior

- redondo menor

- quatro músculos do manguito rotador:

- redondo menor

- supra-escapular

- infra-escapular

- subescapular

Músculos torocaroapendiculares superficiais: (extrínsecos do ombro)

- Trapézio:

- Local de fixação direta do cíngulo do membro superior ao tronco

- Músculo triangular que cobre a face posterior do pescoço e metade superior do tronco

- Fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral

- Suas fibras são divididas em três partes:

- superiores: elevam a escápula (descendente)

- médias: retraem a escápula (transversa)

- inferiores: deprimem a escápula e abaixam o ombro (ascendente)

Inervação: nervo acessório (NC XI)

Latíssimo do dorso:

- Cobre vasta área do dorso

- Segue do tronco até o úmero atuando diretamente sobre a articulação do ombro e indiretamente sobre o cíngulo
do membro superior

- Estende, retrai e roda o úmero, medialmente.

Inervação: nervo toracodorsal

Músculos torocaroapendiculares profundos: (extrínsecos do ombro)

- Levantador da escápula e os rombóides

- Fixam diretamente o esqueleto apendicular ao esqueleto axial

Levantador da escápula:

- Profundamente ao ECM e ao trapézio

- A partir dos processos transverso das vértebras segue inferiormente até a margem súpero-medial da escápula.

- Com os rombóides e o peitoral menor roda a escápula

Rombóides:

- Situam-se profundamente ao trapézio

- Formam faixas paralelas largas que seguem ínfero-lateralmente, das vértebras até a margem medial da escápula

- Retraem e giram a escápula


- O rombóide maior é mais fino e grosso e aproximadamente duas vezes mais largo que o rombóide menor que é
mais espesso

Inervação: nervo dorsal da escápula

Músculos escapuloumerais: (intrínsecos do ombro)

- Seis músculos

- deltóide

- redondo maior

- redondo menor

- supra-escapular

- infra-escapular

- subescapular

Deltóide:

- músculo espesso, com textura grosseira que cobre o ombro

- delta invertido

- possui três partes:

- partes semipeniformes anterior e posterior – balançar os membros durante a marcha

- parte média multipeniforme

Inervação: nervo axilar

Redondo maior:

- A margem inferior do redondo maior forma a margem inferior da parte lateral da parede posterior da axila.

Inervação: nervo subescapular inferior

Músculos do manguito rotador:

- supra-escapular

- infra-escapular

- subescapular

- redondo menor

- Todos, com exceção do supra-espinal são rotadores do úmero.

- O supra-espinal auxilia ainda o deltóide na abdução dos 15 primeiros graus do braço

- Os tendões dos músculos do manguito rotador se fundem e reforçam a lâmina fibrosa da cápsula articular da
articulação do ombro.

- Mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula

Inervação:

- supra-espinal – nervo supra-escapular

- infra-espinal – nervo supra-escapular

- subescapular – nervo axilar

- redondo menor – nervos subescapulares superior e inferior


Axila:

- Espaço piramidal inferior à articulação do ombro e superior à fáscia axilar na junção entre o braço e o tórax.

- A axila oferece uma passagem protegida pelo membro superior aduzido para as estruturas neurovasculares

- A partir desse centro de distribuição, as estruturas neurovasculares seguem:

- superiormente: através do canal cervicoaxilar até ou partindo da raiz do pescoço

- inferior e lateralmente: até o próprio membro

- inferior e medialmente: ao longo da parede torácica até os músculo toracoapendiculares inferiores (serratil
anterior e latíssimo do dorso)

- anteriormente: através do trigono clavipeitoral até a região peitoral

- posteriormente: através do espaço quadrangular até a região escapular

A axila tem um ápice, uma base e quatro paredes, sendo três musculares.

Ápice da axila: no canal cervicoaxilar, a passagem entre a primeira costela, a clavícula e a margem superior da
escápula. Artéria, veias, vasos linfáticos e nervos atravessam essa abertura superior da axila para entrar ou sair
do baço.

Base da axila: formada pela pele côncava, tecido subcutâneo e fáscia axilar que se estende do braço até a
parede torácica no nível da 4ª costela, formando a fossa axilar. É limitada pelas pregas axilares anterior e
posterior, pela parede torácica e pela face média do braço.

Parede anterior da axila: possui duas camadas, formadas pelos peitorais maior e menor, fáscia peitoral e fáscia
clavipeitoral associadas a eles. A prega axilar anterior é a parte mais inferior da parede anterior da axila.

Parede posterior da axila: formado pela escápula e pelo subescapular em sua face anterior e inferiormente pelo
redondo maior e latíssimo. A prega axilar posterior é a parte mais inferior da parede posterior, estendendo-se
mais inferiormente que a prega axilar anterior e é formada pelo latíssimo do dorso, redondo maior e tegumento
subjacente.

Parede medial da axila: é formada pela parede torácica (1ª-4º costelas e músculos intercostais) e pelo serrátil
anterior sobrejacente.

Parede lateral da axila: é uma parede óssea formada pelo sulco intertubercular no úmero.

A axila contém vasos sanguíneos axilares (artéria axilar e seus ramos e veia axilar e suas tributárias), vasos
linfáticos e vários linfonodos axilares.

Contém também nervos que formam os fascículos e ramos do plexo braquial que são uma rede de nervos
interunidos que vão do pescoço até o membro superior.

Na região cervical essas estruturas são envolvidas pela bainha axilar, extensão da fáscia cervical.

Artéria axilar:

- Começa na margem lateral da primeira costela como continuação da artéria subclávia e termina na margem
inferior do redondo maior.

- Segue posterior ao peitoral menor até o braço e torna-se artéria braquial quando passa na margem inferior do
redondo maior

- O peitoral menor divide a artéria axilar em três partes (o número das parte indica o número de ramos)

1º parte: está localizada entre a margem lateral da primeira costela e a margem medial do peitoral menor é
envolvida com a bainha axilar e possui um ramo: artéria torácica superior

2º parte: situa-se posteriormente ao peitoral menor e possui dois ramos: artéria toracoacromial e torácica
lateral que seguem medial e lateralmente ao músculo, respectivamente.

3º parte: estende-se da margem lateral do peitoral menor até a margem inferior do redondo maior e possui três
ramos: artéria subescapular (maior ramo da axilar) artéria circunflexa anterior do úmero e circunflexa
posterior do úmero.
- Artéria torácica superior: vaso pequeno e variável que se origina imediatamente inferior ao subclávio e segue
ínfero-medialmente posterior à veia axilar e supre o músculo subclávio, músculos no 1º e 2º espaço intercostais,
alças superiores do serrátil anterior e músculos peitorais sobrejacentes.

- Artéria toracoacromial: tronco largo que perfura a membrana costocoracóide e divide-se em quatro ramos
(acromial – deltóide – peitoral – clavicular), profundamente posterior à cabeça clavicular do peitoral maior.

- Artéria torácica lateral: tem uma origem variável, porém geralmente origina-se da segunda parte da artéria
axilar e desce ao longo da margem lateral do peitoral menor, seguindo-o até a parede torácica, suprindo os
músculos peitoral, serratil anterior, intercostal, linfonodos axilares e a face lateral da mama.

- Artéria subescapular: o ramo da artéria axilar com maior diâmetro desce ao longo da margem lateral do
músculo subescapular na parede posterior da axila, se divide em: artéria circunflexa da escápula curva-se
posteriormente a margem lateral da escápula, seguindo posteriormente entre o subescapular e o redondo maior
para suprir os músculo do dorso da escápula e artéria toracodorsal continua o trajeto da artéria subescapular e
supre os músculos adjacentes, principalmente o latíssimo do dorso.

As artérias circunflexas do úmero circundam o colo cirúrgico do úmero, anastomosando-se entre si.

A artéria circunflexa anterior do úmero segue no sentido lateral e profundamente ao músculo


coracobraquial e bíceps braquial, supre o ombro.

A artéria circunflexa posterior do úmero segue medialmente através da parede posterior através do
espaço quadrangular com o nervo axilar para suprir o ombro e os músculos adjacentes (deltóide –
redondo maior e menor e a cabeça longa do tríceps).

Espaço quadrangular delimitação:

Superior - margem inferior do subescapular ou músculo redondo menor (posterior)

Inferior - margem superior do redondo maior

Lateral - colo cirúrgico do úmero

Medial - margem lateral cabeça longa do tríceps braquial

Espaço triangular delimitação:

Superior - margem inferior do subescapular ou músculo redondo menor (posterior)

Inferior - margem superior do redondo maior

Lateral - margem medial cabeça longa do tríceps braquial

Intervalo triangular ou hiato triangular

Superior - margem superior do redondo maior

Inferior - margem superior do redondo maior

Lateral – corpo do úmero

Medial - cabeça longa do tríceps braquial

Veia axilar:

- Situa-se inicialmente na face ântero-medial da artéria axilar com sua parte terminal ântero-inferior à artéria.

- Junção da veia braquial (acompanhantes da artéria braquial) com a veia basílica na margem inferior do redondo
maior.

- Possui três partes correspondentes a da artéria axilar. A primeira parte da veia axilar termina na margem lateral
da 1ª costela, onde se torna veia subclávia.

- As veias correspondentes ao ramos da artéria toracoacromial não se fundem para entrar por uma tributária
comum, algumas entram independentemente na veia axilar, outras drenam para a veia cefálica, que então entra
na veia axilar superiormente ao peitoral menor, perto da sua transição para a veia subclávia.

- A veia axilar recebe direta ou indiretamente as veias toracoepigástricas que é formada pelas anastomoses das
veias superficiais da região inguinal com as tributárias da veia axilar (geralmente a torácica lateral).
Linfonodos axilares:

São organizados em cinco grupos principais: peitoral – subescapular – umeral – central e apical.

Os linfonodos peitorais estão situados ao longo da parede medial da axila e recebem a linfa principalmente a
parede torácica anterior e maior parte da mama.

Os linfonodos subescapulares estão situados ao longo da prega axilar posterior recebendo linfa da face posterior
da parede torácica e região escapular

Os linfonodos umerais estão situados na parede lateral da axila, sendo mediais e posteriores a veia axilar,
recebendo quase toda a linfa do membro superior exceto aquela transportada pelos vasos linfáticos que
acompanham a veia cefálica que drenam para os linfonodos apicais.

Os vasos linfáticos seguem até os linfonodos centrais que estão localizados profundamente ao peitoral menor,
perto da base da axila e os vasos eferentes desses linfonodos seguem até os linfonodos apicais que estão no
ápice da axila ao longo da face medial da veia axilar e da primeira parte da artéria axilar, recebendo linfa de todos
os grupos de linfonodos axilares. Seus vasos eferentes atravessam o canal cervicoaxilar se unindo para formar o
tronco linfático subclávio que pode receber os troncos jugular e broncomediastinal no lado direito para formar o
ducto linfático direito. No lado esquerdo, o tronco linfático subclávio une-se mais comumente ao ducto
torácico.

Plexo Braquial:

A maioria dos nervos no membro superior origina-se do plexo braquial, que supre o membro superior,
começando do pescoço e se estendendo até a axila.

Quase todos os ramos originam-se na axila, após o plexo cruzar a primeira costela.

O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores dos nervos C5 – C6 – C7 – C8 – T1 que
constituem as raízes do plexo braquial, atravessando a abertura entre os músculos escalenos anterior e médio
com a artéria subclávia.

Na parte inferior do pescoço as raízes do plexo unem-se para formar três troncos:

- tronco superior: união das raízes de C5 e C6

- tronco médio: formado sozinho pela continuação da raiz de C7

- tronco inferior: união das raízes de C8 e T1

Cada tronco do plexo atravessa o canal cervicoaxilar e forma divisões anteriores e posteriores. As divisões
anteriores suprem os compartimentos anteriores (flexores) do membro superior e as divisões posteriores suprem
os compartimentos posteriores (extensores) do membro superior.

As divisões dos troncos formam três fascículos do plexo braquial:

As divisões anteriores dos troncos superior e médio unem-se para formar o fascículo lateral

A divisão anterior do tronco inferior forma o fascículo medial

As divisões de todos os três troncos unem-se para formar o fascículo posterior

Os fascículos têm relação com a segunda parte da artéria axilar que é indicada por seus nomes. O fascículo
lateral situa-se lateralmente à artéria axilar.

O produto da formação do plexo são os nervos periféricos.

O plexo braquial é dividido em partes supraclavicular e infraclavicular pela clavícula.

Os ramos da parte infraclavicular do plexo originam dos fascículos do plexo braquial.

Considerando-se os ramos colaterais e terminais, o fascículo lateral origina três ramos e os fascículos medial
e posterior dão origem a cinco ramos.

Fascículo lateral:

- ramo lateral do nervo mediano


- nervo músculocutâneo

- Sai da axila perfurando o músculo coracobraquial, desce entre os músculos bíceps braquial e braquial,
suprindo ambos, além da pele da face lateral do braço. Continua como nervo cutâneo lateral do antebraço
(inerva a pele na porção lateral do antebraço)

- nervo peitoral lateral

Fascículo medial:

- ramo medial do nervo mediano

- nervo ulnar

- Sai da axila, desce a região medial do braço, passa posteriormente ao epicôndilo medial, depois
descendo a face ulnar do antebraço até a mão. Inerva o músculo flexor ulnar do carpo e a porção medial do
músculo flexor profundo dos dedos.

- nervo peitoral medial

- nervo cutâneo medial do braço

- nervo cutâneo medial do antebraço

Fascículo posterior:

- nervo radial

- Sai da fossa axilar posteriormente à artéria axilar, segue posteriormente ao úmero no sulco do nervo
radial com a artéria braquial profunda, entre as cabeças lateral e media do tríceps, perfura o septo intermuscular
lateral, passa próximo ao epicôndilo lateral do úmero, entra na fossa cubital dividindo-se em nervo radiais
superficiais (cutâneo) e radiais profundos (motor). Inerva todos os músculos do compartimento posterior do
braço e antebraço, pele da região posterior e ínfero-lateral do braço, região posterior do antebraço e o dorso da
mão entre o 1º e 3º dedos.

nervo axilar

-Sai da fossa axilar posteriormente atravessando o espaço quadrangular com a artéria circunflexa
posterior do úmero, dá origem ao nervo cutâneo lateral superior do braço, espiralando-se ao redor do
colo cirúrgico do úmero. Inerva a articulação do ombro, redondo menor e deltóide, além da pele súpero-
lateral do braço.

- nervo subescapular superior

- nervo subescapular inferior

- nervo toracodorsal

Nervo mediano: forma-se lateralmente a artéria axilar, desce no braço adjacente à artéria braquial, com o nervo
cruzando gradualmente à artéria anteriormente para se situar medialmente à artéria na fossa cubital. Inerva os
músculos do compartimento anterior do antebraço (exceto o flexor ulnar do carpo e a metade ulnar do flexor
profundo dos dedos)

Ramos supraclaviculares do plexo braquial:

Raízes:

- nervo dorsal da escápula (face posterior do ramo anterior de C5)

- nervo torácico longo (face posterior do ramo do ramo anterior de C5, C6, C7)

Tronco:

- nervo supra-escapular (ramo do tronco superior – C4, C5, C6)

- nervo para o músculo subclávio (ramo do tronco superior – C4, C5, C6)
Membro Inferior - Resumo

Veias e drenagem linfática da pele:

Arco venoso dorsal – localizado sobre os ossos metatársicos

Veia safena magna: parte dos pés, medialmente ao hálux, passando na frente do maléolo medial e cruz
obliquamente a face medial da tíbia em companhia do nervo safeno. Continua subindo a borda medial da tíbia e
situa-se atrás dos côndilos mediais da tíbia e do fêmur, depois corre para cima ao longo da margem medial da
coxa, dispondo-se sobre o trigono femoral e atravessa a fáscia crivosa que atravessa o hiato safeno, termina
perfurando a bainha femoral e drenando para veia femoral.

Veia safena parva: parte dos pés, lateralmente ao dedo mínimo, ascende lateralmente ao longo da borda lateral
do tendão calcanear, depois passa entre as cabeças do gastrocnêmico e perfura a fáscia da fossa poplítea ,
termina geralmente na veia poplítea ou safena magna.

Veias profundas:

Principais veias profundas são a femoral e a poplítea e as veias que acompanham as artérias tibial anterior,
posterior e fibular.

A maior parte do sangue retorna através das veias profundas.

As veias comunicantes conectam veias superficiais e profundas

veias perfurantes: direta – indireta – mista – atípica

A ação muscular, combinada com o arranjo de válvulas, é um importante fator no retorno sanguíneo do membro
inferior.

As veias superficiais podem ser obliteradas sem afetar gravemente a circulação, desde que as veias profundas
estejam intactas

Drenagem Linfática:

- Os principais vasos linfáticos coletores são superficiais e profundos.

- Os profundos ascendem ao longo dos vasos sanguíneos e desembocam nos nódios poplíteos

- Os superficiais, juntos com o da região glútea, abdominal, genitália externa (exceto a glande do penis ou clitóris),
útero (vasos ao longo do ligamento redondo) e anus, convergem para os linfonodos inguinais.

Os superficiais são divididos em dois troncos: medial e lateral, sendo que o medial desemboca nos linfonodos
inguinais e os laterais podem se unir ao tronco medial ou terminar nos linfonodos poplíteos.

Os linfonodos poplíteos são pequenos e situam-se profundamente à fáscia da fossa poplítea, sendo que seus
vasos aferentes são profundos e acompanham os vasos tibiais e seus eferentes acompanham os vasos femorais
e terminam nos linfonodos inguinais.

Os linfonodos inguinais estão em sua maior parte situados em telas subcutâneas, começando logo abaixo da
junção safenofemoral. São descritos geralmente como possuindo grupos profundos e superficiais.

Região Glútea:

A pele da nádega é inervada pelos nervos cutâneos superior, médio e inferior da nádega.

Fáscia da região glútea:

Envolve o glúteo máximo e continua para a aponeurose glútea, sobre o glúteo médio dividindo-se em torno do
tensor da fáscia lata.

Inferiormente a aponeurose glútea continua como trato iliotibial da fáscia lata e superiormente está aderida a
crista ilíaca, além de posteriormente está ligada ao ligamento sacrotuberal.

O quadrante lateral e superior da nádega, juntamente com a parte anterior da região glútea (a parte que contém o
tensor da fáscia lata) são relativamente avasculares e livre de nervos principais, sendo uma região utilizada para
injeções intramusculares.

Músculos da região glútea:

- Glúteo máximo
- Inervação: nervo glúteo inferior

- Ação: extensor da coxa

- Glúteo médio

- Inervação: nervo glúteo superior

- Ação: abdução e rotação medial da coxa

- Glúteo mínimo

- Inervação: nervo glúteo superior

- Ação: abdução e rotação medial da coxa

Estes músculos são providos de vasos e nervos glúteos que os atingem através do forame isquiático maior.

O músculo tensor da fáscia lata é inervado pelo nervo glúteo superior

Músculo tensor da fáscia lata:

Origina-se no lábio externo da crista ilíaca e da espinha ilíaca ântero-superior e se insere no trato iliotibial.

- Inervação: nervo glúteo superior

- Ação: Flexão e rotação medial da coxa

Rotadores laterais da coxa:

- 6 músculos:

- piriforme

- gêmeo superior

- obturador interno

- gêmeo inferior

- quadrado femoral

- obturador externo

O obturador externo é inervado pelo nervo obturatório e os demais por ramos do plexo sacral.

Esses seis músculos fazem a rotação lateral da coxa.

Vasos e nervos da região glútea:

Artérias glúteas: originam-se, direta ou indiretamente da artéria ilíaca interna.

Artéria glútea superior: maior ramo da artéria ilíaca interna situa-se entre o tronco lombossascral e o primeiro
nervo sacral, suprindo o glúteo máximo, médio e mínimo, deixa a pelve e passa através do forame isquiático maior
por cima do piriforme.

Artéria glútea inferior: outro ramo da artéria ilíaca interna, geralmente localizada entre o segundo e terceiro
nervos sacrais. Situa-se sobre o glúteo máximo e segue medialmente o nervo isquiático, conjuntamente com o
nervo posterior da coxa. Situa-se atrás do obturador interno – do quadrado femoral e do adutor magno.

Veias:

As veias glúteas inferior e posterior geralmente são duplas, acompanham a artéria e desembocam na veia ilíaca
interna. Sãos importantes para o retorno do sangue do membro inferior.

Nervos:

Principais nervos que inervam ou atravessam a região glútea:

- nervo glúteo superior

- nervo glúteo inferior


- nervo pudendo

- nervo cutâneo posterior da coxa

- nervo isquiático

Nervo glúteo superior: Atravessa o forame isquiático maior, por cima do piriforme para inervar com seu ramo
superior o glúteo médio e o ramo inferior inerva o glúteo médio e mínimo, o tensor da fáscia lata e a juntura
do quadril.

Nervo glúteo inferior: Atravessa o forame isquiático maior, por baixo do piriforme. Divide-se em ramos que
inervam o glúteo máximo.

Nervo cutâneo posterior da coxa: Ramo do plexo sacral (S1 a S3) que penetra a região glútea através do
forame isquiático maior, por baixo do piriforme, desce profundamente ao glúteo máximo junto com a artéria glútea
inferior e o nervo isquiático.

Torna-se superficial próximo à fossa poplítea e acompanha a veia safena parva até o final à metade da sura.

Nervo isquiático:

- Maior nervo do corpo, sendo formado por dois nervos, o tibial e o fibular que estão unidos.
- O nervo isquiático é um ramo do plexo sacral ( L4 a S3) através do forame isquiático maior e passa por baixo do
piriforme, sendo que algumas vezes o ramo fibular perfura o piriforme.

O nervo isquiático desce diante do glúteo máximo, entre o trocanter maior e o tuber isquiático.

Anteriormente, situa-se sobre o gêmeo superior – obturador interno – gêmeo inferior – quadrado femoral.

A seguir o nervo penetra na coxa.

Coxa e Joelho

A pele da coxa é inervada pelo ramos cutâneos do nervo femoral e obturatório, pelo nervo cutâneo lateral e
posterior, pelo nervo ilioinguinal e pelo ramo femoral do nervo genitofemoral.

Fáscia da coxa:

- A fáscia da coxa (lata) está presa às porções subcutâneas do osso do quadril.


- As expansões internas de sua face profunda até o fêmur formam os septos intermusculares lateral e medial,
formando três compartimentos: anterior – posterior e medial

A parte da fáscia lata sobre o vasto lateral é espessa e forma o trato iliotibial que se estende para dentro em
direção ao lábio lateral da linha áspera e da linha supracondilar lateral, acima o trato continua para a crista ilíaca
como aponeurose glútea.

Hiato safeno:

Abertura ovóide 4 cm abaixo do tubérculo púbico e lateralmente a ele, onde a veia safena magna passa para veia
femoral.

Bainha femoral – trigono femoral – canal dos adutores

As porções mais altas da artéria e das veias femorais ficam atrás do ligamento inguinal situado no sulco entre o
iliopsoas e o pectíneo.

A artéria femoral, a veia e o canal femorais estão envolvidos por um funil femoral denominado bainha femoral.

Trigono femoral – Está localizado no terço superior da face anterior, contendo os vasos e nervos femorais.
Segundo Fraxe, a delimitação do trigono femoral é a seguinte:

-medialmente: borda medial do adutor longo

- lateralmente: borda medial do sartório

- superiormente: ligamento inguinal

- teto: fáscia lata

- assoalho: músculo iliopsoas – pectíneo – adutor longo


A veia femoral fica atrás da artéria na porção inferior do trigono femoral passa acima para o seu lado medial

Lateralmente à artéria femoral encontra-se o nervo femoral, acima, e o nervo safeno e nervo para o vasto medial,
embaixo.

Canal dos adutores:

- Está localizado no terço médio da parte medial da coxa. Contém os vasos femorais, o nervo safeno e o nervo
para o vasto medial.

Delimitações:

- lateralmente: vasto medial

- medialmente: adutor magno

- superficialmente: recorberto pelo sartório e fáscia subsartorial

O nervo safeno acompanha a artéria femoral através de todo o canal, por sua vez, ele é lateral, anterior e medial
ao vaso.

Região posterior da coxa:

- Músculos:

- bíceps femoral

- cabeça longa

- cabeça curta

- semitendíneo

- semimembranáceo

Com exceção da cabeça curta do bíceps femoral que é inervada pela porção fibular do nervo isquiático, os outros
são inervados pela porção tibial do nervo isquiático, esses que são inervados pela porção tibial são chamados de
músculos do jarrete.

São os principais extensores da coxa e flexores da perna.

Nervos:

O nervo isquiático tendo entrado na região glútea através do forame isquiático maior, desce sobre a cobertura do
glúteo máximo, penetra na coxa abaixo do piriforme e a frente dos músculos gêmeo superior – obturador interno –
gêmeo inferior – quadrado femoral. No seu lado medial encontram-se o nervo glúteo inferior e o nervo cutâneo
posterior da coxa. O nervo isquiático geralmente de bifurca no terço inferior da coxa, se ocorre no plexo sacral o
fibular adota um trajeto mais posterior e perfura o piriforme.

Região medial da coxa:

Músculos:

- pectíneo

- adutor longo

- adutor curto

- adutor magno

- grácil

- obturador externo (roda a coxa lateralmente)

Principal função: adução da coxa

Inervação: nervo obturatório

 Pectíneo – inervado pelo nervo femoral ou as vezes pelo nervo obturatório ou nervo obturatório acessório
 Adutor magno – sua porção extensora é inervada pelo ramo tibial do nervo isquiático
Vasos e nervos:

- Artéria obturatória

- Nervo obturatório

Região anterior da perna:

- iliopsoas

- principal flexor da coxa – inervado pelo plexo lombar

- quadríceps da coxa

- retofemoral – vasto lateral – vasto medial – vasto intermédio

- inervado pelo nervo femoral

- sartório

- inervado pelo nervo femoral

- forma o limite lateral do trigono femoral e recobre o canal dos adutores

- flexor da coxa e da perna

Vasos femorais:

- Artéria femoral:

É a continuação da ilíaca externa, abaixo do ligamento inguinal, no terço superior da coxa é relativamente
superficial no trigono femoral. No terço médio situa-se profundamente no canal do adutor. No terço inferior, o
nome da artéria é mudada para poplítea quando passa através do hiato dos adutores.

Ramos:

Região proximal:

- artéria epigástrica superficial

- artéria circunflexa superficial do ílio

- artéria pudenda externa superficial

- artéria pudenda externa profunda

Região distal

- artéria femoral profunda

- artéria descendente do joelho

Nervos:

Nervo femoral:

- Maior ramo do plexo lombar.

- Nasce na substância do psoas maior e emerge na borda lateral desse músculo, depois desce no sulco entre o
músculo ilíaco e psoas maior e penetra na coxa, atrás do ligamento inguinal, no compartimento lateral aos vasos
femorais. Penetrando no trigono femoral, origina vários ramos:

- nervo cutâneo femoral lateral

- nervo para o pectíneo

- nervo cutâneo anteriores

Nervo safeno: é considerado como a terminação do nervo femoral, desce com os vasos femorais através do
trigono femoral e do canal subsartorial, cruza a artéria femoral látero-medialmente e em seguida torna-se cutâneo,
envia ramo para a região do joelho e desce junto com a veia safena magna, inervando a pele na face medial da
perna e do pé.

Nervo cutâneo lateral da coxa:

Constitui um ramo independente do plexo lombar (L1 –L2 ou L2 ou L2-L3), mas pode do nervo femoral.

Emerge na borda lateral do psoas maior, cruzando o ilíaco obliquamente e penetra na coxa passando atrás do
ligamento inguinal. Divide-se em ramos posterior e anterior que vão inervar a face anterior e lateral da coxa.

Fossa Poplítea:

Área rômbica atrás do joelho

Limites:

- súpero-lateralmente: bíceps femoral (margem súpero-lateral)

- súpero-medialmente: semitendíneo e semimembranáceo (margem súpero-medial)

- ínfero-lateralmente e ínfero-medialmente: cabeça lateral e medial do gastrocnêmio

- posteriormente: pele e fáscia poplítea

- inferiormente: linha para o músculo sóleo da tíbia

Conteúdo da fossa poplítea:

- nervo fibular comum

- nervo tibial

- nervo cutâneo posterior da coxa

- ramo geniculado do nervo obturatório

- artéria poplítea

- veia poplítea

- veia safena parva

- linfonodos

- gordura

Nervos:

Nervo fibular comum:

- L4 – S2

- desce separadamente através da fossa poplítea, seguindo a borda medial do bíceps alcançando a fíbula,
dividindo-se a nível do colo desse osso em nervo fibular profundo e superficial.

- inerva a porção curta do bíceps na coxa

- na fossa poplítea inerva a juntura do joelho

- se divide em nervo cutâneo lateral da sura e um ramo comunicante fibular que se une ao cutâneo medial da
sura para formar o nervo sural.

Nervo tibial

Nervo incorporado ao isquiático, assim como o fibular comum, na região glútea e na coxa, também desce
separadamente na fossa poplítea, situa-se sobre o músculo poplíteo, sob o gastrocnêmico, passando
profundamente ao arco fibroso do sóleo até a parte posterior da perna.

Inerva o semitendineo na coxa, semimembranáceo, porção longa do bíceps femoral e o adutor magno.
Inerva o gastrocnêmico, sóleo, plantar, poplíteo e tibial posterior

Um ramo denominado nervo cutâneo medial da sura desce entre as duas porções do gastrocnêmico, une-se ao
ramo comunicante fibular para formar o nervo sural que situa-se no tendão calcanear que junto com a veia
safena parva dirige-se à parte posterior do maléolo lateral.

Perna:

A cútis e a tela subcutânea da pele são inervadas pelo nervo safeno, cutâneo posterior da coxa, cutâneo
medial da sura, cutâneo lateral da sura, sural e fibular superficial e as vezes pelo nervo obturatório

Fáscia da perna:

- É continua com a fáscia lata nas inserções comuns nos côndilos da tíbia e cabeça da fíbula.

- É fixa à borda anterior da tíbia

- Pelos septos intermusculares anteriores e posteriores são formados três compartimentos: anterior – lateral –
posterior.

Região anterior da perna:

Músculos:

- tibial anterior (dorsiflete e inverte o pé)

- extensor longo do hálux (estende o hálux e auxilia a dorsiflexão do pé)

- extensor longo dos dedos (dorsiflete e inverte o pé, além de extensão dos dedos)

- fibular terceiro

Inervados pelo nervo fibular profundo

Vasos e nervos:

- Artéria tibial anterior - começa na borda inferior do poplíteo, passa lateralmente através do arco fibroso
posterior (entre as porções tibial e fibular), acompanhada por duas veias e o nervo fibular profundo e passa
profundamente ao retináculo dos extensores.

- Nervo fibular profundo – Ao nível do colo da fíbula passa entre o sóleo e o fibular longo, segue descendo a
membrana interóssea, se junta à artéria tibial anterior e passam profundamente ao retináculo dos extensores.

Região lateral da perna:

- Músculos

- fibular longo

- flexor plantar do pé

- fibular curto

Inervados pelo nervo fibular superficial

- Um dos ramos terminais do fibular comum, desce na frente da fíbula e entre os fibulares e o extensor
longo dos dedos

Região posterior da perna:

Músculos:

- Superficiais:

- gastrocnêmico e sóleo (tríceps sural)

- plantar

- Profundos:

- poplíteo (rotador medial da tíbia)


- tibial posterior (inversor do pé)

- flexor longo dos dedos

- flexor longo do hálux (flete a falange distal do hálux)

Todas os músculos da porção posterior da perna são inervados pelo nervo tibial.

Tríceps sural:

- Cada porção é suprida por um ramo da artéria poplítea

- Importante músculo postural, sendo um flexor plantar do pé, atuando sobre a face lateral deste e tende a invertê-
lo.

Vasos:

- Artéria tibial posterior:

- Maior ramo terminal da artéria poplítea

- Veia tibial posterior:

- Formadas pela união das veias plantares lateral e medial

- Recebem as veias fibulares e unem-se com as veias tibiais anteriores para formar as veias poplíteas.

Essas veias drenam a maior parte do sangue da perna e do pé

Nervo:

Nervo tibial:

- desce através da fossa poplítea, situando-se sobre o músculo poplíteo, sobre a cobertura do gastrocnêmico. Na
borda inferior do poplíteo passa profundamente ao arco tendíneo do sóleo, desce sobre o tibial posterior e o flexor
longo dos dedos, cruzando depois posteriormente a artéria tibial anterior para ganhar seu lado lateral, terminando
sob a cobertura dos retináculo do flexor, dividindo-se em nervo plantar lateral e medial.
Sistema Circulatório

Músculo estriado cardíaco

- Forma a parede muscular do coração

- Parte da aorta, da veia cava superior e veia pulmonar também possuem

- Contrações involuntárias

- Freqüência cardíaca controlada por um marca-passo feito por fibras musculares especializadas controladas pelo
SNA.

- Possuem estrias transversais – discos intercalares

- Tem função de bombear o sangue do coração

- Para manter o nível de atividade contínuo o suprimento sanguíneo para o músculo cardíaco é 2x maior que o do
músculo estriado esquelético.

Sistema Circulatório

- Transporte de sangue pelo corpo todo

- Formado pelo coração, vasos sanguíneos e linfáticos

- O coração e os vasos sanguíneos formam a rede de transporte do sangue.

- O sangue conduz nutrientes, gases, hormônios, excretas, etc.

- Tipos de vasos: artérias – veias – capilares

- O sangue sob alta pressão é distribuído para o corpo por um sistema ramificado de artérias, indo até arteríolas e
chegando aos capilares onde formam o leito capilar, local onde ocorrem as trocas de oxigênio, nutrientes,
resíduos e outras substâncias.

O sangue do leito capilar entra em vênulas que drenam para pequenas veias e se abrem em veias maiores. As
veias cavas, superior e inferior, reconduzem o sangue pouco oxigenado para o coração.

- A maioria dos vasos do SC possui três camadas ou túnicas:

- Intima – revestimento interno de tecido epitelial formado por células achatadas – o endotélio, sustentados por
tecido conjuntivo. Os capilares sanguíneos são formados apenas por essa túnica.

- Média – camada intermediária que consiste basicamente de músculo liso

- Externa – camada externa de tecido conjuntivo

Artérias, veias e vasos linfáticos diferem pela espessura da camada média em relação ao tamanho da luz, à sua
organização, e, no caso das artérias, à presença de fibras elásticas.

Artérias:

- Conduzem o sangue que sai do coração e distribuem-no para o corpo

- As artérias diferenciam-se com base no tamanho geral, na quantidade relativa de tecido elástico do tecido
elástico ou muscular na túnica média, na espessura da parede em relação à luz, e na função.

- Existem três tipos de artéria:

- Artérias condutoras – são as grandes artérias elásticas. Recebem o débito cardíaco. Sua elasticidade permite
que as paredes se expandam quando o coração contrai, minimizando a mudança de pressão e retornem ao
tamanho normal entre as contrações cardíacas, empurrando o sangue para as artérias medias a jusante.

Ex: artéria aorta – tronco braquiocefálico – artéria subclávia – artéria carótida.

- Artérias distribuidoras – têm paredes constituídas por fibras musculares lisas dispostas em forma circular. Tem
a capacidade de reduzir seu diâmetro (vasoconstrição) controla o fluxo sanguíneo para diferentes partes do corpo.
A maioria daquelas que recebem nomes das partes dissecadas.
Ex: artéria braquial – artéria femoral
- Pequenas artérias e arteríolas – possuem luzes estreitas e paredes musculares espessas. O grau de
enchimento dos leitos capilares e o nível da pressão arterial são controlados principalmente pelo tônus muscular.
Se o tônus for maior que o normal ocorre hipertensão (aumento da pressão arterial). As pequenas artérias não
possuem nomes nem identificação específica.

As anastomoses – (comunicações) entre os múltiplos ramos de uma artéria oferecem vários possíveis desvios
para o fluxo sanguíneos no caso de alguma obstrução. Se um canal for obstruído, canais menores podem
aumentar o tamanho em um período relativamente curto, proporcionando uma circulação colateral que garantem
o suprimento sanguíneo para estruturas distais a obstrução.

Arteriosclerose: Isquemia e infarto:

Enrijecimento das artérias, espessamento e perda da elasticidade das paredes arteriais. Há um deposito de cálcio
na placa ateromatosa (ateroma), bem demarcadas nas superfícies das artérias.

O conseqüente estreitamento arterial e a irregularidade da superfície podem resultar em trombose que pode ocluir
a artéria ou ser deslocada para a corrente sanguínea (formando um êmbolo) e bloquear vasos menores
distalmente, tendo conseqüência a isquemia (redução do suprimento sanguíneo para um órgão ou região) e infarto
(morte ou necrose de uma área de tecido ou um órgão decorrente da redução do suprimento sanguíneo, sendo
significativa no coração (cardiopatia isquêmica e infarto no miocárdio), encéfalo (derrame) e partes distais
dos membros (gangrena).

Veias

Geralmente reconduz o sangue desoxigenado (venoso) dos leitos capilares para o coração, o que confere às
veias uma aparência azul-escura. As grandes veias pulmonares são atípicas, pois conduzem sangue arterial dos
pulmões para o coração.

Devido à menor pressão sanguínea no sistema nervoso, as paredes (especificamente à túnica média) das veias
são mais finas que as das artérias acompanhantes. Assim, não pulsam e nem ejetam sangue quando
seccionadas.

Existem três tipos de tamanhos de veias:

Vênulas – São as menores veias e drenam os leitos capilares unindo-se a vasos semelhantes para formar
pequenas veias. As pequenas veias são tributárias de veias maiores que se unem para formar plexos venosos,
como o arco venoso dorsal do pé.

Veias médias – drenam plexos venosos e acompanham as artérias médias. Nos membros e em alguns outros
locais onde a força da gravidade se opõe ao fluxo sanguíneo, as veias médias possuem válvulas que permitem o
fluxo em direção ao coração, mas não da direção inversa.

Exemplos: veias superficiais e veias acompanhantes que recebem o mesmo nome da artéria que
acompanham.

Veias grandes – são caracterizadas por largos feixes de músculo liso e uma túnica externa (adventícia) bem
desenvolvida – veia cava superior.

As veias são mais abundantes que artérias e embora sejam mais finas geralmente possuem diâmetros maiores
que elas e ainda possuem grande capacidade de expansão, se expandindo quando o retorno do sangue é
impedido por compressão ou pressões internas.

Por ter o diâmetro maior, as veias possuem 80% de sangue e artérias 20.

As veias tendem a ser duplas ou múltiplas. As veias acompanhantes, por exemplo, circundam as artérias
profundas em uma rede de ramificações irregulares. Essa disposição se faz para que haja troca de calor em
contracorrente, com o sangue arterial morno aquecendo o sangue venoso, mais frio em seu retorno de uma
extremidade fria para o coração.

As veias sistêmicas são mais variáveis que as artérias e as anastomoses venosas são mais freqüentes.

Varizes – perda de elasticidade das paredes das veias, tornando-as fracas, dilatando quando está sobre pressão
de uma coluna de sangue contra a gravidade, e por possuírem um calibre maior, as válvulas não se encontram ou
são destruídas pela inflamação, possuindo válvulas incompetentes.

Capilares Sanguíneos:

Para que o oxigênio e os nutrientes conduzidos pelas artérias beneficiem as células que formam os tecidos
corporais, devem deixar os vasos transportadores e entrar no espaço extravascular entre as células.
Os capilares são ductos endoteliais simples que unem os lados arteriais e venosos da circulação e permitem a
troca de materiais com o liquido extracelular ou intersticial (LEC).

O sangue entra nos leitos capilares através das arteríolas que controlam o fluxo e é drenado pelas vênulas. Á
medida que a pressão hidrostática nas arteríolas forca a entrada e a passagem do sangue no leito capilar também
forçam a saída de liquido contendo alguns componentes sanguíneos.

A maior parte desse LEC agora contendo resíduos e CO2 é reabsorvida em virtude da pressão osmótica.

Há locais onde a comunicação entre arteríolas e vênulas são feitas diretamente, suprindo e drenando. Os locais
dessas comunicações chamadas de anastomoses arteríolo-venulares (SHUNTS AV), permitem que o sangue
passe diretamente do lado arterial para o venoso sem passar pelos capilares, e esses shunts são mais recorrentes
na pele e servem também como conservador do calor corporal.

Em outras situações o sangue atravessa dois leitos capilares antes de retornar ao coração, o sistema venoso que
constitui dois leitos capilares são chamados de sistema venoso porta.

Ex: o sistema venosos pelo qual o sangue rico em nutrientes passa dos leitos capilares do trato alimentar para os
leitos capilares ou sisunóides do fígado, o nome que se dá é sistema porta hepático.

Sistema Linfático

- Grande parte não visível no cadáver.

- Pela hipótese de Starling a maior parte dos líquidos e eletrólitos que entram nos espaços extracelulares
provenientes dos capilares sanguíneos também é reabsorvida por eles.

- Entretanto até três litros de líquido por dia não são reabsorvidos por dia pelos capilares sanguíneos.

- Além disso, parte da proteína plasmática passa para os espaços extracelulares, e o material originado das
próprias células teciduais que não pode atravessar as paredes dos capilares sanguíneos, como o citoplasma das
células que desintegram, entra continuamente no espaço em que vivem as células. Se houvesse acumulo desse
material nos espaços extracelulares, ocorreria osmose inversa, atraindo ainda mais líquido e resultando em
edema (excesso de líquido intersticial, que se manifesta na forma de inchaço). Porém essa quantidade
permanece constante em condições normais e geralmente não há acúmulo de proteínas e resíduos celulares nos
espaços extracelulares devido ao sistema linfático.

- O sistema linfático é responsável por drenar esse excesso de líquido tecidual e resíduos formados na
decomposição celular e infecção.

- Os componentes mais importantes são:

- Plexos linfáticos – rede de capilares linfáticos que se originam em fundo cego nos espaços extracelulares
(intercelulares) da maioria dos tecidos. São formados por endotélio muito fino que não possui membrana basal, e
permitem a entrada de vários componentes para seu interior

- Vasos linfáticos – rede presente em quase todo o corpo com vasos de paredes finas e válvulas linfáticas
abundantes. São encontrados em quase todos os lugares onde há vasos sanguíneos, exceto nos dentes, no osso,
na medula óssea e em todo o sistema nervoso, cujo excesso de líquido drena para o líquor.

- Linfa – o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos, geralmente é
transparente, aquosa tem composição semelhante ao plasma sanguíneo.

- Linfonodos – pequenas massas de tecido situadas ao longo do trajeto dos vasos linfático nas quais a linfa é
filtrada em seu trajeto até o sistema venoso.

- Linfócitos – células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos

- Tecido linfóide – locais que produzem linfócitos, como o agregado na parede do trato digestório, no baço, timo e
infonodos, e como tecido mielóide da medula óssea vermelha.

Os vasos linfáticos superficiais, mais numerosos convergem e seguem a drenagem venosa onde drenam para
vasos linfáticos profundos recebendo a drenagem de órgãos internos. Os vasos linfáticos superficiais e profundos
atravessam os linfonodos tornando-se maiores à medida que se fundem com vasos que drenam regiões
adjacentes. Os vasos linfáticos maiores entram em grandes vasos coletores, denominados troncos linfáticos, que
se unem e formam o ducto linfático direito ou o torácico.

Ducto linfático direito – drena linfa da parte superior direita do corpo (lado direito da cabeça, pescoço e tórax,
além do membro superior direito). Na raiz do pescoço, entra na junção das veias jugulares interna direita e
subclávia direita.

Ducto torácico – drena linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo
fundem-se no abdome, formando um saco coletor dilatado, denominado cisterna do quilo e a partir dele ou da
fusão dos troncos, o ducto ascende, entrando no tórax e atravessando-o para entrar no ângulo venoso esquerdo
(junção de veias jugulares interna esquerda e subclávia esquerda).

Os vasos linfáticos além dessa comunicação padrão com as veias, se junta com elas em outras partes do corpo.

Outras funções do sistema linfático:

- Absorção e transporte de gorduras e vitaminas lipossolúveis da alimentação e formação de um mecanismo de


defesa para o corpo.

* O câncer invade o corpo por contigüidade (crescimento para tecidos adjacentes) ou por metástase
(disseminação de células tumorais para locais distantes do tumor original ou primário).

A metástase pode ocorrer de três formas:

- semeadura direta das membranas serosas das cavidades corporais.

- disseminação linfogênica – carcinomas (tumores epiteliais)

- disseminação hematogênica

* Linfangite são inflamações secundárias dos vasos linfáticos e linfonodos, podendo ocorrer devido o sistema
linfático estar envolvido no transporte químico ou bacteriano após traumatismo grave ou infecção.

* Linfedemas é o acúmulo de líquido intersticial quando a linfa não drena determinada área do corpo.

Mediastino

- Compartimento central da cavidade torácica

- Coberto de cada lado pela pleura mediastinal

- Contém todas as vísceras e estruturas torácicas, exceto os pulmões

- Se estender da abertura superior do tórax até o diafragma, e do esterno e cartilagens costais anteriormente até
os corpos vertebrais, posteriormente.

- As principais estruturas do mediastino são circundadas por vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos, nervos e
gorduras.

- Dividido em duas partes principais: mediastino inferior e superior

- Mediastino superior: vai da abertura torácica superior até o plano transverso do tórax, à nível do ângulo do
esterno anteriormente e T4 e T5 (disco IV), posteriormente.

- Mediastino inferior: situado entre o plano transverso do tórax e o diafragma

O mediastino inferior ainda é subdividido pelo pericárdio em anterior, médio e posterior.

O pericárdio e seu conteúdo (coração e raízes de seus grandes vasos) constituem o mediastino médio.

Algumas estruturas como o esôfago seguem verticalmente ao mediastino e, portanto, situam-se em mais de um
compartimento mediastinal.

Níveis das vísceras em relação à divisão do mediastino

Na posição de decúbito dorsal:

- O arco da aorta situa-se superiormente ao plano transverso do tórax

- A bifurcação da traquéia é transeccionada pelo plano transverso do tórax

- O tendão central do diafragma situa-se à nível da sínfise xifoesternal e da vértebra T9.


Na posição ortostática:

- O arco da aorta é transeccionada pelo plano transverso do tórax.

- A bifurcação da traquéia situa-se superior ao plano transverso do tórax.

- O tendão central do diafragma situa-se à nível do processo xifóide e da vértebra T9-T10 (disco IX).

Pericárdio - Moore

O mediastino médio inclui o coração, o pericárdio e as raízes dos grandes vasos: aorta ascendente – tronco
pulmonar – veia cava superior que entram e saem do coração.

O pericárdio é uma membrana fibroserosa que cobre o coração e o início de seus grandes vasos.

O pericárdio é um saco fechado formado por duas camadas:

- camada externa resistente – pericárdio fibroso – é continuo e funde-se com o tendal central do diafragma.

- lamina parietal do pericárdio seroso – membrana com aspecto brilhante que reveste a superfície interna do
pericárdio fibroso.

- lamina visceral (epicárdio) do pericárdio seroso – membrana que está ligada intimamente com o coração e os
grandes vasos.

O pericárdio fibroso: Continuo superiormente com a túnica adventícia dos grandes vasos e fixado anteriormente
na superfície do esterno pelos ligamentos esternopericárdicos e ainda e continuo com o tendão central do
diafragma onde são fixados ao músculo através do ligamento pericardicofrênico.

O tendão central do diafragma e o pericárdio fibroso não são dissecáveis, ficando o coração bem preso nesse
saco fibroseroso.

A cavidade pericárdica é um espaço virtual entre a lamina parietal e a lamina visceral que contém um liquido
que evita o atrito quando o coração contrai e relaxa.

Possui dois seios importantes:

- seio transverso do pericárdio

seio oblíquo do pericárdio

O suprimento arterial do pericárdio é feito por um ramo fino da artéria torácica interna, a artéria
pericárdicofrênica que geralmente segue o nervo frênico até o diafragma.

Outros suprimentos sanguíneos menores:

- artéria músculofrênica – ramo terminal da artéria torácica interna

- artérias brônquica, esofágica e frênica superior – ramo da aorta torácica

- artérias coronárias – primeiros ramos da aorta (lamina visceral)

A drenagem é feita pelas:

- veias pericárdicofrênicas – tributárias das veias braquiocefálicas (torácica interna)

- tributárias do sistema venoso ázigo

Inervação:
- Nervos frênicos

- Nervos vagos

- Troncos simpáticos

Coração - Moore

Bomba dupla, auto-ajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham em conjunto para impulsionar sangue
para todas as partes do corpo. O lado direito do coração (coração direito) recebe sangue pouco oxigenado
(venoso) do corpo através da veia cava superior e veia cava inferior e bombeia-o através do tronco pulmonar, para
ser oxigenado nos pulmões. O lado esquerdo recebe sangue bem oxigenado (arterial) dos pulmões através das
veias pulmonares e bombeia-o para a aorta a fim de que seja distribuído para o corpo.

Possui quatro câmaras: átrio direito e esquerdo e ventrículo direito e esquerdo.

Os átrios são câmaras de recepção que bombeiam sangue para os ventrículos (câmaras de ejeção). As ações
sincrônicas de bombeamento das duplas bombas atrioventriculares (AV) cardíacas (câmaras direita e esquerda)
constituem o ciclo cardíaco.

O ciclo começa com o alongamento e enchimento dos ventrículos para receber o sangue (diástole) e termina com
o encurtamento e esvaziamento do ventrículo (sístole).

Dois sons são ouvidos no ciclo cardíaco: um quando o sangue é transferido do átrio para os ventrículos e outro
som quando os ventrículos ejetam o sangue do coração.

Esses sons são produzidos pelo fechamento das válvulas que impedem o refluxo do sangue durante as
contrações.

A parede cardíaca é formada por três camadas:

Endocárdio – camada de endotélio

Miocárdio – camada intermediária helicoidal e espessa, formada pelo músculo cardíaco.

Epicárdio – camada externa (mesotélio) formada pela lamina visceral do pericárdio seroso.

As paredes do coração consistem principalmente em miocárdio espesso, principalmente nos ventrículos.

Quando os ventrículos se contraem, eles produzem um movimento de torção devido a orientação helicoidal de
suas fibras musculares cardíacas.

O coração e as raízes dos grandes vasos no interior do saco pericárdico estão relacionados com o esterno, as
cartilagens costais e extremidades das 3* e 5* costelas.

Externamente, os átrios são demarcados dos ventrículos pelo sulco atrioventricular (coronário) e os ventrículos
direito e esquerdo são separados pelo sulco interventricular anterior e posterior.

Possui:

Ápice: inferior – anterior – esquerdo

- formado pela parte ínfero-lateral do VE

- imóvel durante o ciclo cardíaco

- local onde se ouve o som da valva mitral são máximos – batimento apical

Base: superior – posterior – direito

- formado pelo AE (maior área) e AD

- estende-se superiormente até a bifurcação do tronco pulmonar e inferiormente até o sulco coronário

- recebe as veias pulmonares no AE e as VCS e VCI no AD.

As quatro faces do coração:

- Face esternocostal (anterior) – VD

- Face diafragmática (inferior) – VE e parte VD

- Face pulmonar direita – AD

- Face pulmonar esquerda – AE (forma a impressão cardíaca do pulmão E).

As quatro margens do coração:

Margem direita – AD e VCS-VCI

Margem esquerda – VE e parte aurícula esquerda

Margem superior – AD e AE e aurícula esquerda e direita


Margem inferior – VD e VE

Cavidades cardíacas:

Átrio Direito

- Forma a margem direita do coração

- Recebe sangue venoso da VCI e VCS e o seio coronário

- Possui uma aurícula direita – câmara adicional

O átrio direito possui:

- Uma parte posterior lisa com paredes finas (seio das veias cavas) na qual se abrem as veias cavas (VCS e
VCI) e o seio coronário, trazendo sangue desoxigenado do coração.

- Uma parede anterior muscular rugosa formada por músculos pectíneos.

- Um óstio AV direito, através do qual o AD transfere sangue venoso que recebeu para o VD.

- Possui externamente, separando a parte lisa e áspera da parede atrial por um sulco denominado sulco terminal
e internamente pela crista terminal.

A VCS (geralmente não possui válvula e possui um óstio denominado (óstio da veia cava superior) se abre na
parte superior do AD no nível da 3* cartilagem costal direita. A VCI se abre no nível da 5* cartilagem costal direita.

O óstio do seio coronário, um tronco venoso curto que recebe a maior parte das veias cardíacas, situa-se entre
o óstio AV direito e o óstio da VCI (que possui uma válvula de mesmo nome). O óstio do seio coronário possui
uma válvula com o mesmo nome, válvula do seio coronário.

O septo interatrial separa os átrios e possui uma depressão, do tamanho de uma impressão de um polegar, a
fossa oval e sua valva que é remanescente da circulação fetal, e possui uma borda chamada de limbo da fossa
oval

ventrículo direito:

O VD forma a maior parte a face esternocostal e uma pequena face diafragmática e quase toda a margem inferior
do coração.

Superiormente, afila-se em um cone arterial que conduz ao tronco pulmonar.


O interior do VD possui elevações musculares chamadas de trabéculas cárneas.

Uma crista muscular interna chamada de crista supraventricular separa a parede muscular rugosa da parte de
influxo da parede lisa do cone arterial.

A parte de influxo no VD recebe sangue através do óstio AV direito que é circundado pelo esqueleto fibroso do
coração. A valva AV direita protege o óstio AV direito.

As cordas tendíneas fixam-se nas válvulas anterior, posterior e septal e se são originadas dos músculos
papilares que são projeções musculares cônicas fixas na parede ventricular.

Os músculos papilares se contraem antes da contração do VD, tencionando as cordas tendíneas e aproximando
as válvulas da valva AD direita ficam fechadas sem sofrer prolapso (serem levadas ao AD) durante a contração
ventricular.

A regurgitação (fluxo retrógrado) de sangue do VD é impedida pelas válvulas da valva.

Três músculos papilares das válvulas da valva AV direita.

- músculo papilar anterior – maior e mais proeminente dos três, originando-se na parede anterior do ventrículo
direito ligando suas cordas tendíneas à valva atrioventricular direita.

- músculo papilar posterior – menor que o anterior, origina-se da parede inferior do ventrículo direito e suas
cordas tendíneas fixam à válvula posterior da valva atrioventricular direita
- músculo papilar septal – menor que os dois, originando-se do septo interventricular e suas cordas tendíneas
fixam à válvula septal da valva atrioventricular direita.

O septo interventricular formado por parede muscular e membranácea, é uma divisória forte, posicionada
obliquamente entre os ventrículos direito e esquerdo formando as paredes de cada um; Devido a pressão arterial
muito mais intensa no ventrículo esquerdo a parte muscular do septo interventricular , a espessura da mesma é
parecida com a parede do ventrículo esquerdo que é duas a três vezes mais espessa que a parte do ventrículo
direito.

Superior e posteriormente, uma membrana fina forma a parte membranácea do septo, muito menor.

A trabécula septomarginal ou banda moderadora de Leonardo da Vinci é um feixe muscular curvo que
atravessa a câmara interventricular direita para o inferior do septo interventricular até a base do músculo papilar
anterior. Essa trabécula é importante, pois conduz arte do ramo direito do fascículo atrioventricular que é uma
parte do complexo estimulante do coração até o músculo papilar anterior.

No ventrículo direito há uma região de musculatura lisa o cone arterial e mais embaixo está a crista
supraventricular que direciona o fluxo sanguíneo para o cone arterial em direção ao óstio do tronco pulmonar.

A valva pulmonar está situada no ápice do cone arterial no nível da terceira cartilagem costal esquerda e
possuem válvulas semilunares.

Átrio Esquerdo:

- Forma a maior parte da base do coração

- Chegam nele quatro veias pulmonares sendo direita e esquerda – superior e inferior, entram na parte posterior
do átrio esquerdo.

- A aurícula esquerda possui músculos pectíneos

- Possui o assoalho da fossa oval

- Possui musculatura lisa, exceto na aurícula esquerda

- Possui um septo interatrial que separa os dois átrios

- Um óstio atrioventricular esquerdo através do qual o átrio esquerdo transfere sangue oxigenado para o ventrículo
esquerdo.

Ventrículo Esquerdo:

- O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração

- Forma grande parte de sua face esquerda e margem esquerda e maior parte da face diafragmática.

- Possui paredes muito espessas (2x a 3x) se comparado com o ventrículo direito

- Paredes cobertas de trabéculas cárneas que são mais finas e mais numerosas que as do ventrículo direito.

- músculos papilares anteriores e posteriores, maiores que os do ventrículo direito.

- Parte lisa próximo ao óstio atrioventricular esquerda denominada vestíbulo da aorta.

- Possui uma valva atrioventricular esquerda – bicúspide ou mitral que possui duas válvulas, anterior e
posterior que guarda o óstio da aorta

- Possui uma valva aórtica situada entre o ventrículo esquerdo e a parte ascendente da aorta, localizada à nível
do 3* espaço intercostal, possuindo três válvulas semilunares, esquerda – direita – posterior.

- A margem de cada válvula tanto na valva tronco pulmonar e aórtico possui uma margem chamada de lúnula e
na região central espessa forma o nódulo.

Vascularização do coração:

Compreendem as artérias coronárias e veias cardíacas, que conduzem sangue que entra e sai do miocárdio.

O endocárdio recebe oxigênio e nutrientes por difusão.

Estão incrustados em tecidos adiposos, logo abaixo do epicárdio atravessando toda a sua superfície.
Os vasos sanguíneos são afetados pelas enervações simpáticas e parassimpáticas.

As artérias coronárias são o suprimento arterial do coração, os primeiros ramos da aorta, suprem o miocárdio
e o epicárdio e originam-se do seio da artéria aorta e seguem por lados opostos do tronco pulmonar.

As artérias coronárias suprem os átrios e os ventrículos.

Artéria coronária direita: (ACD) origina-se do seio da aorta direita (óstio) da parte ascendente da aorta passa
para o lado direito do tronco pulmonar, seguindo no sulco coronário.

A ACD geralmente emerge o seu primeiro ramo: ramo do nó sinoatrial que supre o nó sinoatrial – nó SA.

A ACD desce e emerge dela um novo ramo: ramo marginal direito que supre a margem direita do coração
seguindo em direção ao ápice do coração, mas não o alcança, virando para a esquerda e continuando no sulco
coronário até a face posterior do coração.

Na cruz do coração (descendente - parte posterior) – junção dos septos e paredes das quatro câmaras
cardíacas, a ACD dá origem ao ramo do nó atrioventricular que supre o nó atrioventricular.

Os nós SA e AV que fazem parte do complexo estimulante do coração.

O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá origem ao ramo interventricular posterior.

O domínio da artéria coronária direita é mais comum em 67% das pessoas seguindo no sulco IV até o ápice do
coração.

A ACD supre a face diafragmática (parte do ventrículo esquerdo) e:

- Átrio direito
- maior parte do ventrículo direito
- Nó sinoatrial – 60% das pessoas
- Nó atrioventricular – 80% das pessoas

Artéria coronária esquerda: (ACE), origina-se do seio da aorta esquerda (óstio) da parte ascendente da aorta,
segue entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco pulmonar e segue no sulco coronário.

- 40% das pessoas o ramo do nó sinoatrial ou ramo do nó SA origina-se no ramos circunflexos da ACE e
ascende na parte posterior do sulco IV anterior.

A ACE dá origem a dois ramos:

- ramos interventricular anterior (descendente - anterior – esquerda)

- ramo circunflexo

O ramo IV anterior segue pelo sulco IV até o ápice do coração e se anastomosa com o ramo IV posterior da ACD.
O ramo IV anterior supre partes adjacentes dos dois ventrículos. Em muitas pessoas o ramo IV anterior origina um
ramo lateral (diagonal) que desce sobre a face anterior do coração.

O ramo circunflexo segue o sulco coronário ao redor da margem esquerda até a face posterior.

A artéria marginal esquerda, um ramo do ramo circunflexo, segue a margem esquerda do coração e supre o
ventrículo esquerdo.

A ACE geralmente supre:

- o átrio esquerdo

- maior parte do ventrículo esquerdo

- parte do ventrículo direito

- maior parte do seio interventricular (anterior) e o feixe atrioventricular (AV) do complexo estimulante do
coração

- nó sinoatrial (40% das pessoas)

- nó atrioventricular (20% das pessoas)

Variações das artérias coronárias:


- No padrão dominante direito mais comum, presente em 67% das pessoas, a ACD (dominante) e a ACE
compartilham aproximadamente igual o suprimento sanguíneo do coração.

- No padrão dominante esquerdo, presente em 15% das pessoas, a ACE é dominante por que o ramo
interventricular posterior é um ramo da artéria circunflexa.

Em 4% da população há uma artéria coronária acessória.

Em 10% da população existe anastomose entre a ACD e ACE no sulco coronário e entre os ramos IV anterior e
posterior.

Infarto do miocárdio:

- Oclusão de uma grande artéria do coração.

- Ramo IV anterior: 40% a 50%.


- ACD: 30% a 40%.
- Ramo circunflexo da ACE: 15% a 20%

Drenagem venosa do coração:

- Drenado por veias que se abrem no seio coronário e parcialmente por pequenas veias que se abrem no AD.

- O seio coronário, principal veia do coração, é um canal venoso que segue da esquerda para a direita e recebe:

- veia cardíaca magna

- veia cardíaca parva

- veia cardíaca interventricular posterior

- veia marginal esquerda

- veia posterior do ventrículo esquerdo

Complexo estimulante do coração:

Na seqüência de eventos de um ciclo cardíaco, o átrio e o ventrículo trabalham juntos como uma bomba de cada
lado do coração.

O complexo estimulante consiste em células musculares cardíacas e fibras condutoras altamente especializadas
para iniciar o impulso e conduzi-los rapidamente através do coração.

O tecido do nó sinoatrial inicia o batimento cardíaco e coordena as contrações das quatro câmaras do coração

O nó sinoatrial (suprido pelo ramo do nó sinoatrial) (SA) é uma pequena coleção de tecido nodal, fibras
musculares especializadas e tecido conjuntivo fibroelástico, é o marca-passo do coração.

O nó sinoatrial é estimulado pelo sistema nervoso autônomo simpático para acelerar a freqüência cardíaca e pelo
sistema nervoso autônomo parassimpático para retornar ou aproximar-se da freqüência basal.

Está localizado na extremidade superior do sulco terminal. O nó (SA) inicia e controla os impulsos para a
contração, produzindo um impulso aproximadamente 70x por minuto.

O sinal de contração produzido pelo nó (SA) é propagado através da musculatura de ambos os átrios.

O nó atrioventricular é um conjunto de tecido nodal que está localizado na região postero-inferior do septo
interatrial, perto da abertura do seio coronário.

O sinal gerado pelo nó AS atravessa as paredes do átrio direito, propagado pelo músculo cardíaco, que transmite
o sinal do nó SA para o nó AV.

O nó AV distribui o sinal para os ventrículos através do fascículo AV ou feixe de Hiss. A estimulação simpática
acelera a condução e a parassimpática a torna mais lenta.

O fascículo AV, a única ponte entre o miocárdio atrial e ventricular segue do nó AV até o esqueleto fibroso do
coração, ao longo da parte membranácea do septo interventricular (SIV).
Na junção da parte membranácea com a muscular do septo, o fascículo AV ou feixe de Hiss se em ramo direito
e ramo esquerdo que prosseguem em cada lado do SIV e se dividem em ramos subendocárdicos (fibras de
Purkinje) que se estendem até as paredes dos ventrículos.

Os ramos subendocárdicos do ramo direito estimulam o músculo do SIV, o músculo papilar anterior através das
trabéculas septomarginais (bandas moderadoras) e a parede do ventrículo direito.

O ramo esquerdo estimula o músculo do SIV, o músculos papilares anterior e posterior e a parede do ventrículo
esquerdo.

 O suprimento arterial do nó AV e SA provém geralmente da ACD (80% e 60%)

Mediastino Superior:

Situa-se superiormente ao plano transverso do tórax, que atravessa o ângulo do esterno e a junção das vértebras
T4 e T5 (disco IV).

Em direção ântero-posterior seu conteúdo é:

- Timo

- Grandes vasos, com as veias (braquiocefálicas e VCS) anteriores às artérias (arco da aorta e raízes dos
principais ramos – tronco braquiocefálico – carótida comum esquerda – subclávia esquerda)

- Continuação inferior das vísceras cervicais (traquéia anteriormente e esôfago posteriormente).

- Ductos torácicos e troncos linfáticos

Grandes vasos:

- As veias braquiocefálicas são formadas posteriormente às articulações esternoclaviculares pela veia jugular
interna e veia subclávia.

- No nível da margem inferior da 1* cartilagem intercostal direita as veias braquiocefálicas unem-se para formar a
VCS. A veia braquiocefálica esquerda tem comprimento maior que o dobro da direita, por que passa do lado
esquerdo para o direito, desviando o sangue da cabeça, pescoço e membro superior esquerdo para o átrio direito.

- A veia cava superior reconduz o sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma e termina à nível da 3*
cartilagem costal e situa-se do lado direito do mediastino superior, anterolateral à traquéia e posterolateral a parte
ascendente da aorta, sendo que sua metade inferior localiza-se no mediastino médio.

- A parte ascendente da aorta possui aproximadamente 2.5 cm e começa no óstio da aorta. Seus únicos ramos
são as artérias coronárias que tem origens no seio da aorta, pertencendo ao mediastino médio, pois está situada
inferior ao plano transverso do tórax.

O arco da aorta, continuação curva da parte ascendente da aorta, começa posterior a 2* articulação esternocostal
direita no nível do ângulo do esterno, curva-se superior e posteriormente para a esquerda e depois inferiormente.

O arco da aorta ascende anterior à artéria pulmonar e à bifurcação da traquéia e termina tornando-se parte
torácica da aorta posterior a 2* articulação esternocostal esquerda.

O ligamento arterial liga a artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta.

O arco possui três ramos:

- tronco braquiocefálico

- carótida comum esquerda

- subclávia esquerda

Mediastino posterior:

- Parte posterior do mediastino anterior

- inferior ao plano transverso do tórax, anterior as torácicas T5 – T12, posterior ao pericárdio e entre a pleura
parietal dos dois pulmões.

Contém:
- parte torácica da aorta (termina na parte abdominal da aorta – T12) – passando para o abdome através do
hiato aórtico.

- ducto torácico

- tronco linfático

- linfonodos

- veias hemiázigo

- esôfago

- plexo nervoso esofágico

- troncos simpáticos torácicos

- nervos esplâncnicos torácicos

Sistema ázigo:

- drena as paredes do dorso e tóraco-abdominais e as vísceras do mediastino.

- veia ázigo – via colateral entre a VCS e VCI e drena o sangue das paredes do tórax e do abdome. Ascende no
mediastino posterior, passando perto das faces direitas dos corpos oito vértebras torácicas inferiores, curva-se
sobre a face superior da raiz do pulmão direito para unir-se a VCS, semelhante de como o arco da aorta passa
sobre a raiz do pulmão esquerdo.

Comunica-se com as veias intercostais posteriores

- veia hemiázigo – origina-se do lado esquerdo pela junção das veias subcostal esquerda e lombar ascendente,
ascende no lado esquerdo da coluna vertebral posterior à parte torácica da aorta até T9, onde cruza para a direita
e se liga a veia ázigo, recebendo em seu trajeto três veias intercostais posteriores inferiores, veias esofágicas
inferiores e veias mediastinais.

- veia hemiázigo acessória – começa no 4* ou 5* espaço intercostal e desce do lado esquerdo da coluna
vertebral de T5 a T8, unindo-se a veia ázigo. Algumas vezes une-se a veia hemiázigo e drena com ela para a
ázigo. Está geralmente ligada à veia intercostal superior esquerda (drena os três primeiros espaços
intercostais), drenando principalmente para a veia braquiocefálica, embora possam drenar para a veia hemiázigo
acessória.

Mediastino Anterior:

- Situa-se entre o corpo do esterno e os músculos transversos do tórax e o pericárdio posteriormente. É continuo
com o mediastino superior no ângulo do esterno e limitado inferiormente pelo diafragma. O mediastino anterior é
formado por tecido conjuntivo frouxo (ligamento esternopericárdico), gordura, vasos linfáticos, linfonodos e
vasos torácicos internos.

Tórax:

Parte superior do tronco, situada entre o pescoço e o abdome.

Possui formato de cone truncado, sendo mais estreitas superiormente, com a circunferência aumentando
inferiormente.

A parede da cavidade torácica é relativamente fina, praticamente com a mesma espessura do esqueleto.

O esqueleto torácico assume a forma de uma gaiola, chamada de caixa ou jaula torácica, com as grades
horizontais com grades horizontais formadas por costelas e cartilagens costais sustentadas pelo esterno vertical e
pelas vértebras torácicas.

O assoalho da cavidade torácica, o diafragma, sobre uma acentuada invaginação debaixo para cima por vísceras
da cavidade abdominal.

O tórax possui os principais órgãos do sistema respiratório e circulatório.

A cavidade torácica é dividida em três compartimentos: o compartimento central ou mediastino abrigam as


estruturas condutoras que formam as vísceras torácicas, exceto o pulmão.

Os pulmões ocupam os compartimentos laterais ou cavidades pulmonares situadas de cada lado do mediastino,
ocupando a maior parte da cavidade torácica.
A maior parte da estrutura da cavidade torácica é ocupada por estruturas envolvidas na condução do ar e do
sangue que entram e saem dos pulmões.

As mamas estão localizadas sobre as paredes torácicas.

Parede torácica:

Inclui a caixa torácica e os músculos que se estendem entre seus elementos

Pele

Tela subcutânea

Músculos e fáscia que cobrem a superfície ântero-lateral

Estruturas que cobrem sua superfície posterior são consideradas do dorso

As glândulas mamárias situam-se no tecido subcutâneo da parede torácica

Embora os ombros sejam claramente parte do membro superior, os músculos toracoapendiculares ântero-laterais
(peitoral maior – peitoral menor – subclávio – serrátil anterior) são encontrados na parede torácica e podem
ser considerados parte dela, onde formam o leito das mamas.

Músculos toracoapendiculares posteriores (trapézio e latíssimo do dorso) são considerados músculos


superficiais do dorso, porém em termos de função são claramente músculos do membro superior.

O formato abobado da caixa torácica permite significativa rigidez, devido ao pequeno peso de seus componentes,
permitindo:

- proteção dos órgãos internos e abdominais (a maioria cheia de ar e líquidos)

- resistir às pressões internas geradas pelos movimentos pulmonares (expiração e inspiração)

- proporcionar fixação para os membros superiores e sustentação do peso

- proporcionar a fixação de muitos músculos que movimentam e mantém a posição do membro superior,
além de proporcionar fixação para os músculos do abdome, pescoço, dorso e respiração:

As articulações e as pequenas espessuras e flexibilidade das costelas, confere flexibilidade, permitindo a absorção
de muitos golpes.

Como as estruturas mais importantes no interior do tórax (coração – pulmão – grandes vasos – traquéia) estão em
movimento constante, o tórax é uma das regiões mais dinâmicas do corpo

Em cada respiração, os músculos diafragma – músculos da parede torácica e músculos da parede


abdominal, variam o volume da cavidade torácica, expandindo a cavidade torácica, onde causa as expansões
dos pulmões e entrada de ar.

Depois, principalmente devido à elasticidade pulmonar e o relaxamento muscular, reduzem o volume da cavidade,
comprimindo os pulmões e causando a expulsão do ar.

Esqueleto da parede do tórax

- O esqueleto torácico forma a caixa torácica osteocartilaginosa, que protege as vísceras torácicas e alguns órgãos
abdominais.

- 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas (maior parte da caixa torácica)

- 12 vértebras torácicas e alguns órgãos abdominais

- esterno

Costelas – Cartilagens costais – Espaços intercostais

- costelas: são ossos planos e curvos, que formam maior parte da caixa torácica.

- 3 tipos:

- verdadeiras

- 1° - 7° costelas – fixação no esterno


- falsas

- 8° - 10° costelas – fixação na cartilagem da costela acima delas, tendo uma conexão indireta com o
esterno.

- flutuantes

- 11° - 12 costelas – não se conectam, nem mesmo indiretamente, com o esterno, terminando na
musculatura abdominal posterior

Costelas típicas:

- cabeça: com duas faces articulares, sendo que uma delas articula-se com a vértebra correspondente e a outra
com a vértebra superior a ela (superior e inferior)

- colo: une-se a cabeça com o corpo da vértebra no nível do tubérculo.

- tubérculo: possui duas faces articulares, sendo uma lisa para articulação com os processos transversos da
vértebra.

- corpo:

fino longo e curvo

possui o ângulo da costela

sulco costal

-borda inferior da costela

-protege vasos e nervos intercostais

Costelas atípicas:

1° costela:

- póstero-inferior à clavícula

- corpo mais largo

- mais curta

- mais curva

- possui uma única face articular em sua cabeça, para articulação com a vértebra T1.

- dois sulcos transversais na face superior para os vasos subclávios, separados pelo tubérculo do músculo escaleno
anterior.

2° costela:

- corpo mais fino

- mais longo

- menos curvo

- cabeça com duas faces articulares para articulação com as vértebras T1/T2

- tuberosidade para o músculo serrátil anterior

10° - 12° costelas:

- possui somente uma face articular que se articula com uma só vértebra.

11° - 12° costelas:

- não possuem tubérculo

- não possuem colo


- são curtas

Cartilagens costais:

- prolongam as costelas anteriormente

- contribuem para elasticidade da parede torácica

- aumentam gradualmente de 1°-7° e depois reduzem gradualmente

- 1°-7° fixam de forma independente no esterno

8°-10° articulam-se com as cartilagens imediatamente acima a elas, formando uma margem costal cartilaginosa e
contínua

11° - 12° formam proteções anteriores dessas costelas, não alcançando nenhuma cartilagem ou osso.

- As cartilagens de 1° - 10° fixam-se no esterno através da extremidade anterior da costela.

Espaço intercostal:

- espaço entre as costelas

- denominam-se de acordo com a costela que forma a borda superior do espaço.

- existem 11 espaços intercostais, assim como 11 nervos intercostais

- os espaços intercostais são preenchidos por músculos intercostais e membranas intercostais

- dois conjuntos de vasos e nervos intercostais são identificados pelo mesmo numero do espaço intercostal.

- o espaço abaixo da 12° costela é chamado de espaço subcostal e o ramo anterior do nervo T12 é o nervo
subcostal

- esses espaços são alargados ântero-lateralmente e alargam-se com a inspiração

Vértebras torácicas:

- são vértebras típicas, pois são independentes

- possuem:

- corpo vertebral

- arcos vertebrais

- 7 processos para articulações e conexões musculares

Aspectos característicos:

- fóveas costais no corpo vertebral, geralmente em pares inferiores e superiores para as articulações das cabeças
das costelas.

- fóveas costais dos processos transversos para articulação com o tubérculo da costela, exceto as duas últimas
vértebras torácicas.

- processos espinhosos longos e inclinados inferiormente

- a primeira costela articula-se com a vértebra T1

Esterno

- osso plano

- alongado

- forma a região anterior da parede torácica

Divisão:
- manúbrio, situado à nível de T3 e T4, onde seu lado esquerdo situa-se anterior ao arco da aorta e seu lado direito
sobre a fusão das veias braquiocefálicas para formar a veia cava superior.

- corpo

- possui 10 cm de comprimento

- situa-se anterior à borda direita do coração

- situado entre T5 – T9.

- processo xifóide

- a primeira costela está situada na borda lateral do manúbrio, ínfero-lateralmente à incisura clavicular (sincondrose
da primeira costela).

- ângulo do esterno, situado entre os discos IV T4-T5 e do espaço entre os processos espinhosos de T3-T4, além
de marcar o segundo par de cartilagens costais.

- sínfise manúbrioesternal

- corpo mais longo e mais fino que o manúbrio

- localizado entre T5-T9

- possui incisuras costais

- incisura jugular que se situa à nível da borda inferior do corpo vertebral T2, e no espaço entre o 1° e 2° processos
espinhosos torácicos.

- processo xifóide, menor e mais variável, situado no nível de T10, onde sua junção com o corpo do esterno na
sínfise xifoesternal indica o limite inferior da parte central da cavidade torácica.

- a veia cava superior entra no átrio direito no nível da 3° cartilagem costal

Abertura do tórax:

- possui paredes completas

- aberta inferior e superiormente

- abertura superior entra em contato com o pescoço e membros superiores

- abertura inferior entra em contato com o diafragma (base da respiração corrente) que a fecha completamente

Limite superior:

- anterior: borda superior do manúbrio

- posterior: vértebra T1

- lateralmente: 1° par de costelas + cartilagens costais

Estruturas que passam entre a cavidade torácica e o pescoço:

- traquéia

- esôfago

- vasos

- nervos

A abertura superior possui inclinação ântero-inferior devido à obliqüidade da 1° costela.

Limite inferior:

- posterior: vértebra T12

- póstero-lateral: 11° e 12° costelas

- ântero-lateral: 7° - 10° cartilagens costais – margens costais


- anterior: articulação xifoesternal

A abertura superior é obliqua devido a parede posterior ser mais longa que a anterior.

O diafragma separa quase que completamente a cavidade torácica e abdominal

As estruturas que passam do tórax para o diafragma ou vice-versa atravessam o diafragma, como exemplo o
esôfago e a VCI, ou passam posterior a ela, como exemplo a artéria aorta.

As cúpulas do diafragma sobem até o 4° espaço intercostal.

As vísceras abdominais, incluindo o fígado, baço e estômago, situam-se superiormente ao plano da abertura inferior
do tórax, internamente à parede torácica.

As costelas ou espaços intercostais são bases para a localização ou descrição da posição das estruturas ou de
locais de traumas na parede torácica ou profundamente a ela, como exemplo o som das valvas cardíacas são
ouvidos entre o 5° e 6° espaços intercostais, inferior ao mamilo esquerdo.

Existem linhas que dividem o tórax em vários quadrantes importantes:

Linha mediclavicular:

- atravessa o ponto médio da clavícula

Linha axilar anterior:

- verticalmente ao longo da prega axilar anterior formada pela borda inferior do músculo peitoral maior que passa da
clavícula para o úmero no braço.

Linha axilar média:

- segue do ápice da fossa axilar, paralela à linha axilar anterior

Linha axilar posterior:

- paralela à linha axilar anterior, seguindo verticalmente ao longo da prega axilar posterior, formada pelo músculo
latíssimo do dorso e redondo maior quando vindos da parte posterior do úmero.

Linha mediana posterior (médiovertebral) – situado ao longo do processo espinhoso das vértebras.

Linha escapular: paralela à linha mediana posterior e cruza os ângulos inferiores da escápula

Músculos da parede torácica:

- Músculos dos membros superiores fixam-se na caixa torácica:

- peitoral maior

- acessório da respiração – ajuda a elevar as costelas

- peitoral menor

- serrátil anterior

- subclávio

- latíssimo do dorso

- escalenos do pescoço

- acessório da respiração, fixam a ajudam a elevar as costelas

Os músculos da parede torácica são:

- serratil posterior

- superior – elevação das primeiras costelas

- inferior – atravessa a abertura inferior do tórax

- levantadores das costelas


- 12 músculos em formam de leque que elevam as costelas

- intercostais

- intercostal externo

- 11 pares

- ocupam espaços desde o tubérculo da costela até as articulações costocondrais

- anteriormente as fibras musculares são substituídas por uma membrana intercostal externa

- seguem ínfero-anteriormente da costela acima para a costela abaixo

- superiormente: borda inferior da costela acima

- inferiormente: borda superior da costela abaixo

- contínuos com o obliquo externo

- ativados na inspiração

- intercostal interno

- 11 pares

- formam um ângulo reto com as fibras do intercostal externo

- fibras seguem ínfero-posteriormente dos sulcos costais até as bordas superiores das costelas
inferiores a eles

- fixam-se nos corpos das costelas e suas cartilagens costais até o ângulo das costelas,
posteriormente.

- medialmente ao ângulo, os músculos intercostais internos são substituídos por membranas


intercostais internas.

- contínuos com o músculo obliquo interno e ativados pela expiração

- intimo

- parte profunda dos músculos intercostais internos

- separados pelos nervos e vasos intercostais

- subcostais

- seguem a mesma direção dos músculos intercostais internos

- transverso do tórax

- 4ª a 5ª tiras que fixam posteriormente ao processo xifóide

- seguem súpero-lateralmente e fixam às 2° e 6° cartilagens costais

- são contínuos com o transverso do abdômen, ântero-lateralmente

- deprime levemente a costela.

Diafragma:

- músculo primário da respiração

- assoalho/teto que separa o abdômen do tórax

Nervos da parede torácica:

- 12 pares de nervos espinhais torácicos que suprem a parede torácica

- forames IV – nervos espinhais torácicos se dividem em ramos anteriores e posteriores


- ramos anteriores – T1 – T11 formam os nervos intercostais que percorrem a extensão dos espaços intercostais

- ramo anterior de T12 segue inferior à 12ª costela, é o nervo subcostal

- os ramos posteriores seguem em sentido posterior para inervar os músculos da pele e região dorsal

Nervos intercostais típicos:

- 3° - 6° - entram nos espaços intercostais nas regiões mais mediais, posteriormente, seguindo inicialmente na
fáscia endotorácica entre a pleura parietal e a membrana intercostal interna.

- próximo ao ângulo da costela, os nervos passam entre os músculos intercostais interno e intimo, seguindo no
sulco costal, inferior às artérias intercostais, sendo abrigado junto com a artéria e veia nas margens inferiores da
costela sobrejacentes.

- os ramos colaterais desses nervos originam-se perto do ângulo da costela e segue ao longo da borda superior da
costela abaixo.

- seguem anterior entre os músculos intercostal interno e íntimo emitindo ramos para esses e outros músculos,
aparecendo na superfície do músculo intercostal interno, perto do esterno, para se tornarem nervos cutâneos
anteriores.

- cada par de nervos intercostais constitui um miótomo

- formam um miótomo de um nervo típico os músculos associados ao espaço intercostal que inclui o nervo:

- intercostal

- levantador da costela

- subcostal

- serrátil posterior

- transverso do tórax

Ramos de um nervo típico:

- Ramos comunicantes:

- une cada nervo intercostal ao tronco simpático ipsilateral

- Ramos colaterais:

- originam-se próximo ao ângulo da costela e descem para seguir ao longo da margem superior da costela
inferior, ajudando a suprir os músculos intercostais e a pleura parietal

- Ramos cutâneos laterais:

- originam-se próximo da linha axilar média e perfuram os músculos intercostais externos e internos
inervando, ao se dividir em dois, a pele, as paredes laterais do tórax e abdômen.

- Ramos cutâneos anteriores:

- suprem a pele na face anterior do tórax

- penetram nos músculos e membranas intercostais e se dividem em medial e lateral.

- Ramos musculares:

- suprem os músculos intercostais, subcostal, levantador da escápula, transverso do tórax e serratil


posterior.

Nervos intercostais atípicos:

- ramo anterior do 1° nervo intercostal torácico se divide em parte superior e inferior

- parte superior: une-se ao plexo braquial


- parte inferior: torna-se o 1° nervo intercostal

1° e 2° nervos intercostais:

- seguem na superfície interna da primeira costela e não ao longo dos sulcos costais

- 1° nervo intercostal: não possui ramo cutâneo lateral ou anterior

- se houver um ramo:

- supre a pele da axila

- comunica-se com o nervo intercostobraquial ou o nervo cutâneo medial do braço

2° nervo intercostal:

- dá origem a um grande ramo cutâneo lateral, o nervo intercostobraquial

- emergindo do 2° espaço intercostal na linha axilar média, penetra o músculo serrátil anterior e
entra na axila para suprir:

- pele

- tecido subcutâneo

- comunica-se com o nervo medial cutâneo do antebraço

- suprindo as partes mediais e posteriores do braço

7° - 11° nervos intercostais:

- após lançarem ramos cutâneos laterais cruzam a margem costal posteriormente e supre a pele e
os músculos abdominais

- não estando entre as costelas tornam-se os nervos toracoabdominais da parede anterior do


abdômen.

Vascularização da parede torácica:

- segue nos espaços intercostais, paralelos às costelas

Artérias da parede torácica:

- aorta torácica:

- ramos anteriores

- ramos posteriores

- ramos subcostais

- artéria subclávia:

- artéria intercostal suprema

- artéria torácica superior

- artéria torácica lateral

As artérias intercostais seguem através da parede torácica entre as costelas

Com exceção do 10° - 11° espaços intercostais, cada espaço é suprido por três artérias:

- artéria intercostal posterior

- artéria colateral da artéria intercostal posterior

- par de artérias intercostais anteriores


Artérias intercostais posteriores:

- dos 1° e 2° espaços intercostais - surgem da artéria intercostal suprema, ramo do tronco costocervical

- dos 3° - 11° espaços intercostais e as artérias subcostais, do espaço subcostal – originam-se da aorta torácica
descendente em sua face posterior.

- a aorta está localizada a esquerda da coluna vertebral

- as artérias intercostais direitas cruzam o corpo vertebral e seguem posteriormente ao esôfago, ducto torácico, veia
ázigo, pulmão direito e pleura.

- todas enviam um ramo posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinhal para suprir a medula
espinhal, coluna vertebral, músculos do dorso e pele.

- originam um ramo colateral que cruza o espaço intercostal para seguir a borda superior da costela.

- acompanham os nervos intercostais nos espaços intercostais

- próximo ao ângulo da costela, a artérias entram no sulco das costelas onde ficam entre veia e nervo

- seguem na fáscia endotorácica seguindo depois entre o músculo intercostal interno e intimo.

- ramos terminais e colaterais se anastomosam com artérias intercostais anteriores, anteriormente

Artéria torácica interna:

- originam-se da primeira porção da artéria subclávia

- descem até o tórax posteriormente à clavícula e a 1° cartilagem costal

- cruzada próximo a sua origem pelo nervo frênico ipsilateral (de lateral para medial – posteriormente)

- descem sobre a superfície interna do tórax laterais ao esterno e posteriores às seis cartilagens costais superiores
e músculos intercostais internos interpostos e ao passar o segundo espaço intercostal segue anteriormente ao
músculos transversos do tórax.

- terminam no sexto espaço intercostal dividindo-se em epigástrica superior e músculofrênica

- origina diretamente as artéria intercostais anteriores que suprem os seis espaços intercostais superiores

Artérias intercostais anteriores:

- suprem as partes anteriores dos nove espaços intercostais

- seguem um próximo a margem superior da costela inferior e outro na margem inferior da costela superior

- nos do 1° - 2° espaços intercostais situam-se entre a pleura parietal e os músculos intercostais internos.

- nos 3° - 6° espaços intercostais, são separados da pleura por tiras do músculo transverso do tórax

- nos 7° - 9° espaços intercostais derivam das artérias musculofrênicas, também ramos da torácica interna

- Estão ausentes nos espaços intercostais inferiores sendo supridos somente por artérias intercostais posteriores e
ramos colaterais

Veias da parede torácica:

- acompanham artérias e nervos intercostais situadas nos sulcos das costelas

- são 11 veias intercostais posteriores e uma veia subcostal de cada lado

- as veias intercostais posteriores se anastomosam-se com as veias intercostais anteriores (tributária da veia
torácica interna

- próximo a coluna vertebral recebem um rumo posterior que acompanham o ramo posterior do nervo espinhal
daquele nível e uma veia intervertebral que drenam o plexos venosos vertebrais

- As veias torácicas internas são acompanhantes de artérias de mesmo nome


- As veias do 1° espaço intercostal direita e esquerda drenam na veia braquiocefálica de cada lado

- As veias do 2° e 3° espaços intercostais direito formam um tronco chamado de veia intercostal superior direita que
drena para a veia ázigo

- As veias do 2° e 3° espaços intercostais esquerdo formam um tronco chamado de veia intercostal superior
esquerda, que podem receber tributárias como as veias brônquicas e as veias pericárdicofrênicas que drena para
veia braquiocefálica.

- As veias do 4° - 11 espaços intercostais direito drenam para a veia ázigo

- As veias do 4° - 8° espaços intercostais esquerdo drenam para a veia hemiázigo acessória

- As veias do 9° - 11° intercostais esquerdo drenam para a veia hemiázigo

Vísceras da cavidade torácica:

A cavidade torácica é dividida em três partes:

- cavidades pulmonares direita e esquerda (contém os pulmões e a pleura – memb. de revestimento)

-mediastino – compartimento entre as duas cavidades pulmonares e separando-as completamente, que contém
praticamente todas as outras estruturas torácicas, como o coração, partes torácicas dos grandes vasos, parte
torácica da traquéia, esôfago, rimo e outras estruturas como os linfonodos.

Verticalmente: abertura superior do tórax até o diafragma e ântero-posteriormente do esterno até os corpos
vertebrais.

Pleuras e Pulmões:

- As cavidades pulmonares são revestidas por membranas pleurais (pleuras) que também se refletem e cobrem a
superfície externa dos pulmões contidos nas cavidades.

- Existem a pleura parietal (externa) e pleura visceral (interna)

- Entre as duas pleuras está o espaço pleural

- As pleuras visceral e parietal são contínuas na raiz do pulmão e formam o saco pleural

- O pulmão está fora do saco pleural, mas é circundado por ele

Pleuras:

- Cada pulmão é revestido por um saco pleural seroso, que consiste em duas membranas contínuas: pleura
visceral, que reveste toda a cavidade e a pleura parietal que reveste as cavidades pulmonares.

- A cavidade pleural, espaço entre as camadas da pleura, contém um líquido pleural seroso que lubrifica as
superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura deslizem uma sobre a outra durante a respiração.

- A pleura visceral (pulmonar) cobre intimamente o pulmão e está aderida a todas as suas superfícies, incluindo
as superfícies no interior das fissuras horizontal e oblíqua, não podendo ser dissecada, fornece ao pulmão uma
superfície lisa e deslizante, permitindo que se mova sobre a pleura parietal.

A pleura víscera é contínua com a pleura parietal no hilo pulmonar, que é onde as estruturas que formam a raiz
do pulmão (brônquio e vasos pulmonares) entram e saem.

- A pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, estando aderido à parede torácica, mediastino e diafragma.

A pleura parietal é dividida em quatro partes:

- parte costal – cobre as superfícies internas da parede torácica

- parte diafragmática – cobre a superfície superior do diafragma, exceto ao longo das fixações

- mediastinal – cobre as faces laterais do mediastino

- cúpula da pleura – estende-se através da abertura superior do tórax e entra na raiz do pescoço, formando uma
cúpula pleural sobre o ápice do pulmão (a parte que se estende a cima da primeira costela).

A parte costal de pleura parietal é separada da superfície interna da parede torácica (esterno, costelas, cartilagens
costais, músculos e membranas intercostais e laterais das vértebras torácicas, pela fáscia endotorácica
A parte mediastinal da pleura parietal cobra as superfícies laterais do mediastino, a divisão entre as cavidades
pulmonares

A parte mediastinal continua até a raiz do pescoço na forma de cúpula da pleura, é contínua com a pleura costal
anterior e posteriormente e com a pleura diafragmática inferiormente

No hilo do pulmão se reflete lateralmente sobre as estruturas que formam a raiz do pulmão e torna-se contínua
com a pleura visceral

Inferiormente à raiz do pulmão essa continuidade entre a pleura parietal e visceral é uma dupla camada “vazia”
entre o pulmão e o mediastino, anterior ao esôfago.

Uma camada mais fina e elástica da fáscia endotorácica, a fáscia frênicopleural, une a parte diafragmática com
às fibras musculares do diafragma.

A cúpula da pleura é a parte superior formada pela pleura mediastinal e pleura costal, cobrindo o ápice do pulmão,
através da abertura superior do tórax até a raiz do pescoço. O topo da cúpula da pleura situa-se de dois a três
centímetros acima do nível do terço medial da clavícula, no nível do colo da primeira costela.

A cúpula da pleura é recoberta por uma extensão da fáscia endotorácica, a membrana suprapleural (de Sibson)
que se fixa à borda interna da primeira costela e ao processo transverso da 7° vértebra cervical.

Os pulmões não ocupam completamente as cavidades pulmonares durante a expiração, assim a pleura
diafragmática periférica está em contato com as partes mais inferiores da pleura costal. Esses espaços virtuais
são chamados de recessos costodiafragmáticos

Recessos localizados posteriormente ao esterno, onde a pleura costal está em contato com a mediastinal são
chamados de recessos costomediastinais

A pleura parietal é sensível, sendo inervada pelo nervo frênico e intercostal

Pulmão:

- Órgãos vitais da respiração

- Ocupam totalmente as cavidades pulmonares

- São elásticos e retraem 1/3 do seu volume quando a cavidade é aberta

- Os pulmões são separados um do outro pelo mediastino, ao qual estão fixados pelas raízes do pulmão
(brônquios – artérias pulmonares – veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos
(fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais) e vasos linfáticos.

Se a raiz do pulmão for seccionada antes da ramificação do brônquio principal e da artéria pulmonar, sua
configuração é:

- Medial ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as laminas parietais e viscerais da pleura.

- O nervo frênico passa anterior à raiz do pulmão e o nervo vago passa posterior à raiz.

- As fissuras horizontal e oblíqua dividem os pulmões em lobos.

- O pulmão direito possui três lobos e o pulmão esquerdo possui dois.

- O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, por que a cúpula
direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio são mais salientes à esquerda.

- A borda anterior do pulmão é relativamente reta, enquanto o esquerdo possui um incisura cardíaca, devido a
um desvio do ápice do coração para o lado esquerdo.

- A língula se estende abaixo da incisura cardíaca, devido à esse desvio

- Cada pulmão possui:

- 1 ápice (a cima do nível da primeira costela até a raiz do pescoço, recoberta pela cúpula da pleura)

- 3 margens (costal mediastinal e diafragmática)

- 3 faces (anterior inferior e posterior)

- As impressões pulmonares só são visíveis em cadáveres embalsamados.


- A face costal do pulmão é grande, lisa e convexa, está relacionada à pleura parietal

- A face mediastinal é côncava e está relacionada com o mediastino médio que contém o pericárdio e o coração,
ainda incluindo o hilo pulmonar que recebe a raiz do pulmão da qual a pleura forma a bainha pleural

- O ligamento pulmonar pende inferiormente da raiz do pulmão

- Se embalsamado, há um sulco para o esôfago e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito

- Como dois terços do coração estão à esquerda da linha média, a impressão cardíaca no pulmão esquerdo é
muito maior, além de possuir o sulco do arco da aorta e aorta descendente um sulco menor para o esôfago.

A face diafragmática também é côncava formando a base do pulmão, que se apóia sobre a cúpula do diafragma,
sendo que a concavidade é mais profunda no pulmão direito devido a posição do fígado

A margem anterior do pulmão é o local onde as faces mediastinais e costais se encontram e se superpõem ao
coração. A incisura cardíaca entalha essa face no pulmão esquerdo.

A margem inferior do pulmão circunscreve a face diafragmática do pulmão e a separa das faces costal e
mediastinal.

A margem posterior do pulmão é o local onde as faces costais e mediastinais se encontram posteriormente, sendo
larga e arredondada e situa-se na cavidade ao lado da região torácica da coluna vertebral.

Traquéia e brônquios:

Começando na laringe, as paredes das vias aéreas são sustentadas por anéis de cartilagem hialina.

Localizada no mediastino superior

Bifurca-se no nível do plano transverso do tórax (ângulo esternal) um pra cada pulmão, seguindo ínfero-
lateralmente para entrar em seus hilos

O brônquio principal direito é mais calibroso, mais curto e mais vertical por que entra diretamente no hilo do
pulmão.

O brônquio principal esquerdo segue ínfero-lateralmente abaixo do arco da aorta, e anterior ao esôfago e à
aorta torácica para chegar ao hilo do pulmão

Nos pulmões se ramificam para formar as raízes da árvore traqueobrônquica, como componente da raiz de cada
pulmão, formados por ramos da artéria e veias pulmonares e brônquios.

Cada brônquio principal divide-se em brônquios lobares (secundários), três à direita e dois à esquerda, que
sumprem os segmentos broncopulmonares que são:

- segmentos piramidais do pulmão com seu ápice voltado para a raiz e sua base na superfície pleural

- As maiores subdivisões de um lobo

- Supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo terciário da artéria pulmonar.

- Designados de acordo com o brônquio segmentar que os suprem

- Drenados por partes intersegmentares das veias pulmonares situadas no tecido conjuntivo interposto e drenam
segmentos adjacentes

- Cirurgicamente ressecáveis

- Geralmente entre um numero de 18 à 20, sendo 10 no pulmão direito e 8-10 no esquerdo

- Os brônquios segmentares geram brônquios terminais e depois bronquíolos respiratórios

- Cada bronquíolo respiratório da origem de 2-11 ductos alveolares e cada um com 5-6 sacos alveolares
revestidos por alvéolos.

O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica da respiração, se desenvolvendo até os 8 anos de idade (300
milhões)

Brônquio principal direito

Brônquio lobar superior do brônquio principal direito


- brônquio segmentar superior do brônquio lobar superior do brônquio principal D

- brônquio segmentar anterior do brônquio lobar superior do brônquio principal D

- brônquio segmentar posterior do brônquio lobar superior do brônquio principal D

Brônquio intermédio do brônquio principal direito

Brônquio lobar médio do brônquio principal direito

- brônquio segmentar lateral do brônquio lobar médio do brôquio principal D

- brônquio segmentar medial do brônquio lobar médio do brônquio principal D

Brônquio lobar inferior do brônquio principal direito


- brônquio segmentar superior do brônquio lobar inferior do brônquio principal D
- brônquio segmentar basilar anterior do brônquio lobar inferior do brônquio principal D
- brônquio segmentar basilar posterior do brônquio lobar inferior do brônquio principal D
- brônquio segmentar basilar medial do brônquio lobar inferior do brônquio principal D
- brônquio segmentar basilar lateral do brônquio lobar inferior do brônquio principal D
Brônquio principal esquerdo

Brônquio lobar superior do brônquio principal esquerdo

- Brônquio da divisão superior

- brônquio segmentar ápico-posterior do brônquio lobar superior do brônquio principal E

- brônquio segmentar anterior do brônquio da divisão superior do brônquio lobar superior do


brônquio principal E

- Brônquio lingular

- brônquio lingular superior do brônquio lingular do brônquio lobar superior do brônquio principal
E

- brônquio lingular inferior do brônquio lingular do brônquio lobar superior do brônquio principal E

Brônquio lobar inferior do brônquio principal direito


- brônquio segmentar superior do brônquio lobar inferior do brônquio principal E – 6º
- brônquio segmentar basilar ântero-medial do brônquio lobar inferior do brônquio principal E
- brônquio segmentar basilar posterior do brônquio lobar inferior do brônquio principal E
- brônquio segmentar basilar lateral do brônquio lobar inferior do brônquio principal E

Vascularização dos pulmões e pleuras:


- Cada pulmão possui um artéria pulmonar que o irriga e suas veias pulmonares que o drenam
- As artérias pulmonares direita e esquerda originam-se do tronco pulmonar no nível do ângulo esternal e
conduzem sangue pouco oxigenado para os pulmões.
- Cada artéria pulmonar torna-se parte da raiz do pulmão e lança seu primeiro ramo para o lobo superior antes de
entrar no hilo.
- Cada artéria pulmonar desce pôstero-lateralmente ao brônquio principal e divide-se em artérias lobares e
segmentares
Conseqüentemente, cada ramo segue para cada lobo e segmento broncopulmonar do pulmão, geralmente na
face anterior do brônquio correspondente. As artérias e brônquios formam pares no pulmão, ramificando-se
simultaneamente e seguindo trajetos paralelos

As veias, duas de cada lado levam sangue oxigenado para o AE do coração, começando nos capilares
pulmonares, vão se unindo a vasos cada vez maiores, seguindo independente das artérias e brônquios, passando
entre os segmentos adjacentes e recebendo sangue deles no seu trajeto até o hilo.
As veias da pleura visceral drenam para a veia pulmonar e as veias da pleura parietal unem-se a veias sistêmicas
em partes adjacentes da parede torácica.

As artérias brônquicas levam sangue para as estruturas que formam a raiz do pulmão, tecido de sustentação
dos pulmões e a pleura visceral
As duas artérias brônquicas esquerdas originam-se diretamente da aorta torácica
A artéria brônquica direita origina-se diretamente da aorta ou às vezes da 3ª artéria intercostal posterior direita
ou de um tronco comum compartilhado com as artérias brônquicas esquerda.
As artérias brônquicas enviam ramos para o esôfago e para os brônquios principais, suprindo esses ramos, indo
até os bronquíolos, através de seus ramos mais distais que se anastomosam com ramos das artérias pulmonares.
As veias brônquicas drenam apenas o sangue levado ao pulmões pelas artérias brônquicas, principalmente os
ramos próximos da raiz do pulmão e o restante é drenado pelas veias pulmonares, especificamente aquela que
retorna da pleura visceral, das regiões mais periféricas do pulmão e dos componentes distais da raiz do pulmão.

A veia brônquica direita drena para veia ázigo e a esquerda para a veia hemiázigo acessória ou para a veia
intercostal superior esquerda.
As veias brônquicas recebem parte do sangue das veias esofágicas
A pleura parietal é suprida pelas artérias da parede torácica

Plexo linfáticos pulmonares:


- comunicam-se livremente
O plexo linfático superficial (subpleural) situa-se profundamente a pleura visceral e drena o parênquima
pulmonar e a pleura visceral.
Os vasos linfáticos desse plexo drenam para os linfonodos broncopulmonares no hilo do pulmão
O plexo linfático profundo está na submucosa dos brônquios e no tecido conjuntivo drenam as estruturas que
formam a raiz do pulmão.
Os vasos linfáticos desse plexo drenam para os linfonodos intrapulmonares (pulmonares, localizado ao longo
dos brônquios lobares.
Os vasos que saem desses linfonodos continuam a seguir os brônquios até o hilo do pulmão, onde drenam para
os linfonodos broncopulmonares

A linfa do plexo linfático superficial e plexo linfático profundo drena para os linfonodos traqueobrônquicos
superior e inferior, respectivamente superior e inferior à bifurcação da traquéia e brônquios principais.

O pulmão direito drena principalmente através dos respectivos conjuntos de linfonodos no lado direito. O lobo
superior do pulmão esquerdo drena para os linfonodos no lado esquerdo. O lobo inferior do pulmão direito drenam
para os linfonodos traqueobrônquicos superiores direito.

A linfa proveniente dos linfonodos traqueobrônquicos segue para o tronco linfático bronquiomediastinais
direito e esquerdo, sendo que esses troncos geralmente terminam nos ângulos venosos (junção da
subclávia com a jugular interna)
O tronco bronquiomediastinais direito pode fundir-se com grandes outros troncos, como o ducto linfático direito.
O tronco bronquiomediastinais esquerdo drena para o ducto torácico
A linha proveniente da pleura parietal cervical drenam para os linfonodos axilares

Nervos dos pulmões e da pleura:


- Os nervos dos pulmões e das pleuras são derivados dos plexos pulmonares anteriores e posteriores à raiz do
pulmão.
- Essas redes contém fibras parassimpáticas do nervo vago (NC X)
- As células ganglionares parassimpáticas – estão situadas nos plexos pulmonares e o longo da arvore brônquica.
- As células ganglionares simpáticas estão situadas no gânglio simpáticos paravertebrais dos troncos simpáticos.
- As fibras parassimpáticas do nervo vago são motoras para o músculo liso da árvore brônquica
(broncoconstritoras), inibidoras para os vasos pulmonares (vasodilatação) e secretoras para as glândulas
da árvore brônquica (secretomotoras).

As fibras aferentes viscerais reflexas do nervo vago são distribuídas para:


- mucosa brônquica
- músculos brônquicos
- tecido conjuntivo
- artérias e veias pulmonares

As fibras aferentes viscerais que medeiam os impulsos nociceptivos (impulsos gerados em resposta a estímulos
dolorosos ou prejudiciais) da pleura visceral e dos brônquios acompanham as fibras simpáticas, enquanto as da
traquéia acompanham as fibras parassimpáticas do nervo vago.

Os nervos vagos tornam-se parte do plexo esofágico, perdendo sua identidade, porém depois formam troncos
vagais anterior e posterior

Os ramos dos plexos pulmonares acompanham as artérias pulmonares e principalmente os brônquios até os
pulmões e no seu interior

As fibras simpáticas são inibitórias para os músculos brônquicos (broncodilatação), motoras para os vasos
pulmonares (vasoconstrição) e inibitória para as glândulas alveolares da árvore brônquica

Os nervos da pleura parietal provem dos nervos intercostais e frênicos


A pleura costal e a parte periférica da pleura diafragmática são supridas pelo nervo intercostal, medeando
sensação de tato e dor.

A parte central da pleura diafragmática e a pleura mediastinal são supridas pelos nervos frênicos.

Obs: A pleura visceral é insensível a dor por que não recebe nervos da sensibilidade geral, já a pleura parietal
parte costal) é extremamente sensível a dor, onde sua irritação pode causa dor local

Mediastino:
- ocupado entre as duas cavidades pulmonares, sendo o compartimento central da cavidade torácica
- é coberto de cada lado pela pleura mediastinal, contendo todas as vísceras torácicas exceto o pulmão
Delimitação:
- abertura superior do tórax
- diafragma
- esterno e cartilagens costais
- corpos das vértebras torácicas
Dividido didaticamente em: superior e inferior
Delimitação do mediastino superior:
- abertura superior do tórax
- plano transverso do tórax que inclui o ângulo esternal, anteriormente e passa posteriormente através da
junção das vértebras T4 e T5 no disco intervertebral.
Delimitação do mediastino inferior
- plano transverso do tórax
- diafragma
O mediastino inferior é dividido pelo pericárdio em: anterior médio e posterior
O pericárdio e seu conteúdo (coração e raízes dos grandes vasos constituem o mediastino médio)
Estruturas como o esôfago, segue verticalmente através do mediastino e portanto situam-se em mais de um
compartimento mediastinal

Em posição decúbito dorsal / vertical:


- o arco da aorta situa-se superior ao plano transverso do tórax em decúbito dorsal e verticalmente é
transeccionado pelo por ele.
- a bifurcação da traquéia é transeccionada pelo plano transverso do tórax em decúbito dorsal e superior a
ele em posição vertical
- o tendão central do diafragma situa-se no nível da sínfise xifoesternal e da vértebra T9.

Abdome:

- entre o tórax e a pelve

- compõe-se pelo sistema digestório – urinário – reprodutor

- contenção dos órgãos abdominais:

- ântero-lateralmente: paredes músculo-aponeuróticas

- superiormente: diafragma

- inferiormente: músculos da pelve (suspensos entre dois anéis ósseos)

Considerações gerais: Paredes – Cavidades – Regiões – Planos

- as paredes abdominais músculo-aponeuróticas se contraem para aumentar a pressão intra-abdominal e se


distendem, acomodando expansões causadas por ingestão, gravidez e deposição.

- as paredes anterolaterais do abdome e diversos órgãos situados contra a parede posterior são cobertos em
suas faces internas com uma membrana serosa ou peritônio que se reflete sobre as vísceras abdominais.

- assim se forma uma bolsa ou espaço virtual revestido entre as paredes e as vísceras denominado cavidade
peritoneal que contém geralmente apenas liquido extracelular parietal que possui função lubrificante.

- o movimento visceral associado à digestão ocorre livremente, e as reflexões do peritônio em dupla camada que
passam entre as paredes e as vísceras proporcionam passagem para vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.

- a cavidade abdominal forma a parte superior e principal da cavidade abdominopélvica, que se estende entre
o diafragma e o diafragma da pelve.

- a cavidade abdominal não tem assoalho próprio por que é continua com a cavidade pélvica, sendo separada
virtualmente pelo plano da abertura superior da pelve.
- a cavidade abdominal estende-se superiormente na caixa torácica até o 4º espaço intercostal, sendo que
órgãos abdominais superiores, baço, fígado, parte dos rins e estômago são protegidos pelas costelas.

Em resumo, a cavidade abdominal:

- parte principal da cavidade abdominopélvica

- está entre o diafragma e a abertura superior da pelve

- é separada da cavidade torácica pelo diafragma

- continua inferiormente com a cavidade pélvica

- está protegida pela cavidade torácica superiormente

- é sustentada e parcialmente protegida inferiormente pela pelve maior

- é encerrada ântero-lateralmente por paredes abdominais músculo-aponeuróticas, que possuem várias camadas.

- onde se localizam a maior parte dos órgãos do sistema digestório, parte do sistema urinário e genital (rins e a
maior parte dos ureteres) e baço.

Divisão do abdome em nove regiões:

- definida por dois planos:

- dois sagitais – planos medioclaviculares (seguem do ponto médio da clavícula à 9 cm da linha mediana
até os pontos medioinguinais que são pontos médios das linhas que unem a espinha ilíaca antero-
superior à margem superior da sínfise púbica de cada lado.

- dois transversos – planos transpilórico (nível de L1 e frequentemente cruza o piloro, que é a parte
distal do estômago, sendo importante, pois cruza outras estruturas importantes: fundo da vesícula biliar colo do
pâncreas, origem da AMS e veia porta, raiz do mesocolo transverso, junção duodenojejunal e o hilo dos rins.) e
interespinhal (atravessa a EIAS).

- para descrições clínicas gerais:

- quadrantes (através de dois planos – plano transumbilical e o disco IV entre as vértebras L3 e L4,
dividindo-o em metade superior e inferior e o plano mediano vertical, que atravessa o corpo longitudinalmente,
dividindo-o em metade direita e esquerda).

- quadrante superior direito:


- lobo direito do fígado
- vesícula biliar
- flexura (hepática) cólica direita
- parte pilórica do estômago
- cabeça do pâncreas
- rim direito
- glândula suprarrenal direita
- duodeno – 1ª – 3ª porção
- parte superior do colo ascendente
- metade direita do colo transverso

- quadrante superior esquerdo:


- lobo esquerdo do fígado
- estomago
- corpo e cauda do pâncreas
- rim esquerdo
- glândula suprarrenal esquerda
- jejuno e íleo proximal
- metade esquerda do colo transverso
- parte superior do colo descendente
- flexura (esplênica) ou cólica esquerda
- baço

- quadrante inferior direito:


- maior parte do íleo
- apêndice
- ceco
- parte inferior do colo ascendente
- parte abdominal do ureter direito
- bexiga (se muito cheia)
- ovário direito
- tuba uterina direita
- útero (se aumentado)
- parte abdominal do funículo espermático direito

- quadrante inferior esquerdo:


- parte inferior do colo descendente
- colo sigmoide
- bexiga (se muito cheia)
- parte abdominal do ureter esquerdo
- ovário esquerdo
- tuba uterina esquerda
- útero (se aumentado)
- parte abdominal do funículo espermático esquerdo

Parede ântero-lateral do abdome

- dividida em anterior, lateral e posterior.


- não há uma divisão definida entre a parede anterior e lateral do abdome
- a parede é músculo- aponeurótica, exceto a parede posterior, que inclui a coluna vertebral lombar.
- estende-se da caixa torácica até a pelve
- limitada superiormente pelas cartilagens da 7ª a 10ª costela e processo xifoide
- limitada inferiormente pelo ligamento inguinal e margens superiores das faces antero-laterais do cíngulo do
membro inferior (crista ilíaca – cristas púbicas – sínfise púbica)
- formada por pele e tecido subcutâneo, composto por gordura, músculos (3 camadas) e suas aponeuroses e
fáscia muscular, gordura extraperitoneal e peritônio parietal.

Fáscia da parede antero-lateral do abdome:

- abaixo do umbigo a parte mais profunda da fáscia é reforçada por muitas fibras elásticas, formando duas
camadas.
- camada adiposa superficial de tecido subcutâneo – fáscia de Camper
- camada membranácea profunda de tecido subcutâneo – fáscia de Scarpa (continua inferiormente
até a região perineal como fáscia perineal superficial ou fáscia de Colles), mas não vai até as coxas.
- fáscia muscular superficial
- músculo obliquo externo
- fáscia muscular intermediária
- músculo obliquo interno
- fáscia muscular profunda
- músculo transverso do abdome
- as fáscias musculares e a musculatura não podem ser facilmente separadas
- fáscia endoabdominal ou parietal do abdome ou transversal (face interna da parede abdominal)
- gordura extraperitoneal – quantidade de gordura entre a fáscia transversal e o peritônio parietal
- peritônio parietal – revestimento da cavidade abdominal

Músculos da parede ântero-lateral do abdome:


- três músculos planos (obliquo externo, interno e transverso) e dois verticais.
- todos os três músculos planos são contínuos com aponeuroses
- entre a LMC e a linha mediana
- as aponeuroses se entrelaçam com as do lado oposto e formam a linha alba que se estende do
processo xifoide até a sínfise púbica.
- esse entrelaçamento ocorre também entre as camadas superficial e intermédia e as camadas
intermediária e profunda.
- dois músculos verticais da parede ântero-lateral estão contidos na bainha do reto – músculo reto do
abdome e músculo piramidal

- músculo obliquo externo


- maior e mais superficial dos três músculos planos
- origem: faces externas das 5ª à 12º costelas
- inserção: linha alba - tubérculo púbico – metade anterior da crista ilíaca
- inervação: nervos toracoabdominais (5 nervos torácicos inferiores – T7/T11) e nervo subcostal
- não se origina posteriormente da aponeurose toracolombar
- suas fibras mais posteriores possuem uma margem livre onde atravessam a região entre sua origem
costal e a crista ilíaca.
- suas fibras relacionam-se com as fibras do músculo obliquo interno formando junto um “músculo
digástrico”
- a aponeurose do músculo obliquo externo passa acima do reto do abdome para formar a lamina anterior
da bainha do reto tanto acima quando abaixo da linha arqueada.
- inferiormente sua aponeurose fixa à crista púbica.
- o ligamento inguinal (derivado da margem inferior da aponeurose do obliquo externo) é continuo com
a fáscia profunda da coxa

- músculo obliquo interno


- músculo intermediário dos três músculos planos do abdome
- fibras seguem perpendiculares das do obliquo externo, com trajeto supero-medial.
- suas fibras se tornam aponeuróticas também em nível de LMC.
- origem: fáscia toracolombar, dois terços anteriores da crista ilíaca e metade lateral do ligamento inguinal.
- inserção: margem inferior de 10ª-12º costelas, linha alba, e linha pectínea do púbis.
- inervação: nervos toracoabdominais (ramos anteriores dos seis nervos torácicos anteriores e os
primeiros nervos lombares)
- sua aponeurose acima da linha arqueada divide-se para formar a lamina anterior e posterior da bainha
do reto
- sua aponeurose abaixo da linha arqueada une-se a aponeurose do músculo obliquo externo e transverso
do abdome para formar a lamina anterior da bainha do reto.

- músculo transverso do abdome


- músculo mais profundos dos três músculos planos do abdome
- origem: faces internas das 7ª à 12º costelas, cartilagens costais, fáscia toracolombar, crista ilíaca e terço
lateral do ligamento inguinal.
- inserção: linha alba – crista púbica e linha pectínea
- inervação: nervos toracoabdominais (ramos anteriores dos seis nervos torácicos anteriores e os
primeiros nervos lombares)
- fibras seguem transversalmente, exceto as inferiores que seguem paralelas as do músculo oblíquo
interno.
- sua aponeurose acima da linha arqueada forma junto com o a divisão posterior da aponeurose do
músculo obliquo interno a lamina posterior da bainha do reto.
- sua aponeurose abaixo da linha arqueada forma junto com a aponeurose do músculo obliquo interno e
do obliquo externo a lamina anterior da bainha do reto.
- entre os músculos obliquo interno e transverso do abdome há uma plano neurovascular entre a camada
média e profunda dos músculos, contendo nervo e artérias que suprem a parede antero-lateral do
abdome.
- na parede anterior da parede abdominal os nervos e vasos deixam o plano neurovascular e
situam-se principalmente no tecido subcutâneo.

- músculo reto do abdome


- principal músculo vertical
- origem: crista púbica e sínfise púbica
- inserção processo xifoide e 5ª a 7ª cartilagens costais
- inervação: nervos toracoabdominais (ramos anteriores dos seis nervos torácicos anteriores e os
primeiros nervos lombares)
- o par de músculos retos é separado pela linha alba e se aproximam inferiormente
- é largo e espesso superiormente e fino e estreito inferiormente
- recoberto em sua maior parte pela lamina anterior da bainha do reto e fixado a ela em mais ou menos
três inserções tendíneas

- músculo piramidal
- ausente em 20% das pessoas
- situa-se anteriormente a parede inferior do reto do abdome e se fixa a face anterior do púbis e o
ligamento púbico anterior,
terminando na linha alba.

Bainha do músculo reto – linha alba e umbigo:


- compartimento fibroso incompleto dos músculos reto do abdome e piramidal
- encontrados artérias e veias epigástricas superiores e inferiores, vasos linfáticos e partes distais dos
nervos toracoabdominais (partes abdominais dos ramos anteriores dos nervos espinhais T7°-T12°).
- formada pela decussação e entrelaçamento de aponeuroses dos músculos planos
- a aponeurose do músculo obliquo externo contribui para a parede anterior em toda a sua extensão
- os dois terços superiores da aponeurose do músculo obliquo interno dividem-se em duas camadas, uma
passando anteriormente ao músculo e outra posteriormente, sendo que a lâmina anterior une-se a
aponeurose do músculo obliquo externo para formar a lamina anterior da bainha do reto do abdome e a
lamina posterior se junta a aponeurose do músculo transverso do abdome para formar a lamina posterior
da bainha do reto do abdome.
- começando a um terço de distância do umbigo a crista púbica as aponeuroses dos três músculos
passam anteriormente ao reto do abdome para formar a lamina anterior da bainha do reto e somente a
fáscia transversal cobrindo o reto do abdome posteriormente.
- 3/4 superiores – parede posterior aponeurótica do reto do abdômen – separados dos 1/3 inferiores pela
linha arqueada.
- em toda sua extensão, as fibras das laminas anterior e posterior se entrelaçam para formar a linha alba.
- a linha alba segue verticalmente por toda a extensão da parede anterior e separa as bainhas do reto
bilateralmente indo do processo xifoide á sínfise púbica e dá passagem para pequenos vasos e nervos
para a pele.
- contém o anel umbilical onde os vasos umbilicais entravam e saiam
- todas as camadas da parede antero-lateral do abdome se fundem no umbigo.

Funções e ações dos músculos da parede antero-lateral do abdome:


- processo expansivo do abdome
- proteção das vísceras abdominais
- comprimem o conteúdo abdominal e aumentar a pressão intracraniana, fazendo oposição ao diafragma.
- processos de excreção de substancias para fora do corpo.
- envolvidos nos movimentos do tronco nas vértebras lombares e controle da inclinação da pele

Nervos da parede antero-lateral do abdome:


- ramos anteriores dos nervos espinhais T7-T12, suprem a maior parte da parede abdominal, não
participam da formação do plexo.
- ocorre uma exceção em nível de L1, onde o mesmo bifurca-se em dois nervos periféricos
- cada dermátomo segue posteriormente sobre o forame IV e segue a inclinação das costelas ao redor do
tronco.
- dermátomo T10 – umbigo
- dermátomo L1 – prega inguinal

- a pele e os músculos da parede antero-lateral do abdome são supridos pelos seguintes nervos:
- nervos toracoabdominais: nervos formados pelos ramos anteriores dos seis nervos espinhais
torácicos inferiores (T7-T11), sendo nervos intercostais inferiores distais à margem costal,
seguindo para o plano neurovascular entre o obliquo interno e o transverso do abdome.
- ramos cutâneos laterais torácicos: ramos dos nervos espinhais torácicos T7-T9 ou T10,
entram no tecido subcutâneo ao longo da LAM e os ramos cutâneos anteriores perfuram a bainha
do reto para entre no tecido subcutâneo próximo ao plano mediano.
- nervo subcostal: ramo do nervo espinhal T12
- nervo ílio-hipogástrico e ilioinguinal: ramos terminais do ramo anterior do nervo espinhal L1 –
perfura o transverso do abdome para seguir entre a segunda e terceira camada de músculos e seus ramos
perfuram a aponeurose do obliquo externo da parede abdominal mais inferior.

- T7-T9 – INERVAÇÃO DA PELA ACIMA DO UMBIGO


- T10 – INERVAÇÃO DA PELE AO REDOR DO UMBIGO
- T11 + NERVO ESPINHAL (RAMOS) + ILIO-HIPOGÁSTRICO + ILIOINGUINAL – INERVAÇÃO
DA PELE INFERIOR AO UMBIGO

- ocorre comunicação entre os nervos toracoabdominais + ilio-hipogástrico + subcostal

Vasos da parede antero-lateral do abdome


- pele e tecido subcutâneo são suprido por um plexo subcutâneo venoso que drena para a veia
torácica interna (medialmente) e veia torácica lateral (lateralmente) e inferiormente para a
veia epigástrica superficiais e inferiores, tributárias da veia femoral e ilíaca externa.
- as veias cutâneas que circundam o umbigo anastomosam-se para as veias paraumbilicais que
são tributárias de veia porta que são paralelas às veias tributárias obliteradas (ligamento
redondo do fígado).
- um canal lateral anastomótico superficial denominada de veia toracoepigástrica pode existir ou
se desenvolver entre a veia epigástrica superficial (tributária da veia femoral) e a veia torácica
lateral (tributária da veia axilar)
- as veias profundas acompanham as artérias de mesmo nome.
- uma anastomose venosa medial profunda pode existir ou se desenvolver entre a veia epigástrica
inferior (tributária da ilíaca externa) e as veias epigástricas superficial/torácica interna (tributárias
da veia subclávia), garantindo circulação colateral caso ocorra algum trauma.

- os vasos sanguíneos primários são:


- vasos epigástricos superiores
- ramos dos vasos musculofrênicos (desce ao longo da margem costal)
- vasos epigástricos inferiores
- vasos circunflexos ilíacos profundos dos vasos ilíacos externos
- vasos circunflexos ilíacos superficiais e epigástricos superficiais da artéria femoral e vai safena
magna
- vasos intercostais posteriores do 11º espaço intercostal e ramos dos vasos intercostais
- a artéria epigástrica superior que é continuação direta da torácica interna entra pela
bainha do reto através de sua lamina posterior suprindo a parte superior do reto do abdome
e se anastomosando com a epigástrica inferior aproximadamente na região umbilical.
- a artéria epigástrica inferior que é ramo imediatamente superior ao ligamento inguinal da
ilíaca externa entra superiormente pela fáscia transversal para entrar na bainha do reto
atrás da linha arqueada na parte inferior do músculo reto do abdome suprindo a parte
inferior desse músculo e se anastomosando com a epigástrica superior aproximadamente
na região umbilical.

Drenagem linfática:
- vasos linfáticos superficiais acompanham as veias subcutâneas
- os vasos linfáticos superficiais superiores ao plano transumbilical drenam para linfonodos
axilares ou paraesternais.
- os vasos linfáticos superficiais inferiores ao plano transumbilical drenam para linfonodos inguinais
superficiais.
- os vasos linfáticos profundos acompanham as veias profundas da parede abdominal e drenam
para linfonodos ilíacos externos, comuns e lombares direito e esquerdos.

Face interna da parede ântero-lateral do abdome:


- recoberta por fáscia transversal – gordura extraperitoneal – peritônio parietal
- a parte infraumbilical desta superfície apresenta várias pregas peritoneais, algumas sendo resquícios
fetais.
- 5 pregas no total, duas de cada lado e uma no plano mediano:
- prega umbilical mediana – ápice da bexiga até o umbigo – cobre o ligamento umbilical mediano
(remanescente do úraco). - pregas umbilicais mediais – laterais a prega umbilical mediana –
cobres os ligamentos umbilicais mediais (formadas por partes ocluídas das artérias
umbilicais).
- pregas umbilicais laterais – laterais as pregas umbilicais mediais – cobres os vasos epigástricos
inferiores (sagram se seccionadas).
- as depressões laterais as pregas são denominadas – fossas peritoneais sendo cada uma local de
possível hérnia.
- as fossas entre as pregas são as:
- fossas supravesicais: entre as prega umbilical mediana e mediais, tendo movimento devido o
enchimento e esvaziamento da bexiga.
- fossas inguinais mediais: entre as pregas umbilicais mediais e laterais, comumente
denominada de trigonos inguinais ou de Hesselbach, local onde se forma hérnias incomuns na
parede inferior do abdome, a hérnia inguinal indireta.
- fossas inguinais laterais: laterais as pregas umbilicais laterais, incluem os anéis inguinais
profundos e são locais mais comuns de hérnia na parede inferior do abdome, a hérnia inguinal
indireta.
- a parte supraumbilical da face interna da parede anterior do abdome possuem o ligamento falciforme
que se estende entre a parede antero-superior do abdome e o fígado, encerrando o ligamento redondo
do fígado e veias paraumbilicais em sua margem livre inferior, sendo que o ligamento redondo é um
resquício da circulação fetal (veia umbilical) que se estendia do umbigo até o fígado no período pré-natal.

Região Inguinal:

- se estende entre a EIAS até o tubérculo púbico


- região onde estruturas entram e saem da cavidade abdominal.
- possível local de herniação.
- a maioria das hérnias ocorrem em homens visto que ocorre a passagem do funículo espermático pelo canal
inguinal.
- a gônada masculina embora no períneo se forme no abdome e migra para o períneo através do canal inguinal.

Ligamento inguinal e trato iliopúbico:

- estendem-se da EIAS até o tubérculo púbico e constituem um retináculo anterior (flexor) bilaminar da
articulação do quadril.
- o retináculo cobre o espaço subinguinal que passam os flexores do quadril e estruturas
neurovasculares que servem o membro inferior
- essas faixas fibrosas são as mais espessas, mais ínfero-laterais das camadas externa e interna da
parede antero-lateral do abdome
- o ligamento inguinal é uma faixa densa que constitui a parte mais inferior da aponeurose do músculo
obliquo externo, tendo a maioria de suas fibras da extremidade medial se inserindo no tubérculo púbico e
a minoria seguindo outro trajeto.
- algumas fibras profundas seguem posteriormente para fixarem ao ramo superior da púbis
lateralmente ao tubérculo dando origem ao ligamento lacunar.
- as fibras laterais continuam seguindo a linha pectínea da púbis e formando o ligamento
pectíneo.
- algumas fibras superiores desviam-se do tubérculo púbico e cruzam a linha alba para se
fundirem com o músculo obliquo externo contralateral, formando o ligamento inguinal refletido.

- o trato iliopúbico é a margem inferior espessa da fáscia transversal que se apresenta paralela e
posterior ao ligamento inguinal, e reforça a parede posterior e o assoalho do canal inguinal e ainda une as
estruturas que atravessam o espaço subinguinal.

Canal Inguinal:

- formado em relação a descida do testículo à região inguinal


- é uma passagem obliqua com cerca de 4 cm de comprimento
- segue em sentido ínfero-medial através da parte inferior da parede antero-lateral do abdome
- situa-se paralelo e superior à metade medial do ligamento inguinal
- principal ocupante desse canal em homens: funículo espermático e em mulheres: ligamento redondo do útero.
- contém vasos sanguíneos e linfáticos e o nervo ílioinguinal em ambos os sexos.
- possui uma abertura em cada extremidade:

- anel inguinal profundo (interno) – entrada interna para o canal inguinal localizado na região superior
intermediária do ligamento inguinal e lateral à artéria epigástrica inferior inicia a evaginação da fáscia transversal,
formando uma abertura que permite a entrada no canal inguinal do: ducto deferente – vasos testiculares dos
homens (ou ligamento redondo do útero em mulheres), tendo ainda essa fáscia uma continuação com o canal
inguinal formando um revestimento interno, a fáscia interna.

- anel inguinal superficial (externo) – é a saída pelo qual o funículo espermático ou ligamento redondo
do útero emerge no canal inguinal, originado por uma divisão de fibras da aponeurose do músculo obliquo externo
e as partes da aponeurose situadas laterais e mediais ao anel superficial, e que formam suas margens, são
chamados de pilares. O pilar lateral fixa-se ao tubérculo púbico e o pilar medial à crista púbica.
- possui paredes:

- anterior:

- anel profundo: pilar lateral da aponeurose do músculo obliquo externo + músculo


obliquo interno

- terço intermédio: aponeurose do músculo obliquo externo (pilar lateral + fibras


intercrurais)

- anel superficial: aponeurose do músculo obliquo externo + fáscia desse músculo +


continuando com o fáscia espermática externa.

- posterior:

- anel profundo: fáscia transversal

- terço intermédio: fáscia transversal

- anel superficial: foice inguinal associada ao ligamento inguinal reflexo

- teto:

- anel profundo: fáscia transversal

- terço intermédio: músculo obliquo interno e transverso do abdome

- anel superficial: pilar medial da aponeurose do músculo obliquo externo

- assoalho:
- anel profundo: trato iliopúbico

- terço intermédio: ligamento inguinal

- anel superficial: ligamento lacunar

Funículo espermático:

- contém estruturas que entram e saem dos testículos


- começa no anel inguinal profundo lateralmente aos vasos epigástricos inferiores
- atravessa o canal inguinal, sai no anel inguinal superficial e termina no escroto na margem posterior do
testículo
- os revestimentos fasciais derivados da parede antero-lateral do abdome durante o desenvolvimento pré-
natal circundam o funículo espermático

. - revestimento:

- vestígio do processo vaginal


- fáscia espermática interna (derivada da fáscia transversal)
- fáscia cremastérica (derivada das fáscia do músculo obliquo interno)
- músculo cremáster
- fáscia espermática externa (derivada do músculo obliquo externo)
- escroto

- constituintes do funículo espermático:

- ducto deferente
- artéria testicular
- artéria do ducto deferente
- artéria cremastérica
- plexo venoso pampiniforme
- fibras nervosas simpáticas nas artérias e fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas do ducto
deferente
- ramo genital do nervo genitofemoral
- vasos linfáticos
- vestígios do processo vaginal

Peritônio e Cavidade Peritoneal:

- membrana serosa que reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras


- possui duas lâminas, o peritônio parietal (reveste a face interna do estômago) e o peritônio visceral (reveste a
maioria das vísceras).
- o peritônio parietal possui a mesma rede vascular e linfática e a mesma inervação somática da região da parede
que reveste.
- o peritônio parietal é sensível a dor, pressão, calor, frio e laceração
- a dor no peritônio parietal é geralmente bem localizada, exceto na face inferior do pilar central do diafragma que
é inervada pelo nervo frênico.
- o peritônio visceral e os órgãos que cobre possuem mesma vascularização sanguínea e linfática e inervação
visceral e é insensível a dor, pressão, calor, frio e laceração.
- dor no peritônio visceral é geralmente mal localizada sendo referida nos dermátomos dos gânglios vertebrais que
emitem fibras sensitivas, particularmente para as partes medianas desse dermátomo
- assim:
- dor oriunda de derivados do intestino anterior: sentida no epigástrio
- dor oriunda dos derivados do intestino médio: sentida na região umbilical
- dor oriunda dos derivados do intestino posterior: sentida na região púbica
- o peritônio e as vísceras estão na região abdominopélvica e a relação víscera e peritônio é a seguinte:

- órgãos intraperitoneais: são quase completamente cobertos por peritônio visceral, e não ficam dentro
da cavidade peritoneal, mas sim sofreram uma invaginação para dentro do saco fechado. Ex: estômago e
baço.
- órgãos extraperitoneais – retroperitoneais – subperitoneais: externamente – posteriormente ou
inferiormente ao peritônio parietal e são apenas parcialmente cobertos por peritônio (geralmente apenas
uma superfície).
- Ex: rins: situados entre a parede posterior do abdome e o peritônio parietal (apenas na face anterior) e
bexiga: só apresenta peritônio parietal em sua face superior.

Cavidade peritoneal:
- situada dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente com a cavidade pélvica.
- é um espaço virtual entre o peritônio parietal e visceral.
- não contém órgãos, mas contém o liquido peritoneal que lubrifica as laminas permitindo que as
vísceras se movimentem sem atrito e permitem também o movimento da digestão.
- esse líquido contém ainda leucócitos e anticorpos que resistem a infecção.
- drenado por vasos linfáticos da superfície inferior do diafragma
- nos homens é totalmente fechada e nas mulheres possui uma conexão através da tuba uterina, da
cavidade uterina e vagina.

* mesentério: duas laminas de peritônio com uma fina lamina de tecido conjuntivo frouxo entre elas

Formações Peritoneais:

- formato complexo
- abriga uma grande extensão de intestino a maior parte da qual é revestida por peritônio
- são usados vários termos para descrever as partes do peritônio que unem os órgãos a outros órgãos ou
à parede abdominal e os compartimentos e recessos resultantes:

- mesentério:

- lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão


- continuidade do peritônio parietal e visceral
- proporciona um meio para a comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo
- conecta um órgão intraperitoneal à parede posterior do abdome (geralmente) – ex: mesentério do
intestino delgado
- intestino delgado (mesentério) – mesocolo transverso – mesocolo sigmóideo – mesogástrio –
mesoapêndice
- possuem um centro de tecido conjuntivo contendo sangue e vasos linfáticos, nervos, linfonodos e
gordura.

- omento:

- é uma extensão dupla ou prega de peritônio que passa do estômago e da parte proximal do duodeno
para órgãos adjacentes na cavidade abdominal
- omento maior: é a prega peritoneal proeminente que pende como um avental na curvatura maior do
estomago e da parte proximal do duodeno e após descer este se dobra de volta e se fixa à superfície
anterior do colo transverso e seu mesentério.
- omento menor: conecta a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado e
também conecta o estomago a tríade portal (veia porta – artéria hepática – ducto colédoco na margem
livre do omento menor

Ligamento peritoneal: consiste em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a outro órgão ou à
parede abdominal:

- o fígado está conectado:

- à parede anterior do abdome pelo: ligamento falciforme


- ao estomago pelo: ligamento hepatogástrico (porção do omento menor)
- ao duodeno pelo: ligamento hepatoduodenal (margem livre espessa do omento menor que dá
passagem à tríade portal).
- esses dois ligamentos são partes contínuas do omento menor e são separados apenas por
conveniência.

- o estômago está conectado:

- à superfície inferior do diafragma pelo: ligamento gastrofrênico.


- ao baço pelo: ligamento gastroesplênico. (reflete para o hilo do baço)
- ao colo transverso pelo: ligamento gastrocólico. (a parte do omento maior semelhante a um
avental que desce e volta-se por baixo e depois ascende até o colo transverso.
- esses ligamentos possuem uma fixação continua na curvatura maior e todas fazem parte do
omento maior
- os órgãos intraperitoneais possuem uma área não coberta por peritônio visceral – áreas nuas
– para entrada e saída de estruturas neurovasculares.

- prega peritoneal.

- é uma reflexão de peritônio elevada da parede do corpo por vasos sanguíneos, ductos e vasos
fetais obliterados (pregas umbilicais).
- algumas pregas possuem vasos sanguíneos e sangram quando seccionados. Ex: pregas
umbilicais laterais – contém as artérias epigástricas inferiores.

- recesso peritoneal (fossa).

- é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal. Ex: recesso inferior da bolsa
omental entre as laminas do omento maior e as fossas supravesical e umbilical entre as pregas
umbilicais.

Subdivisões da cavidade peritoneal ou saco maior:

- a cavidade peritoneal é dividido em sacos peritoneais maior e menor


- a cavidade peritoneal (saco maior) – parte principal e maior
- a bolsa omental (saco menor) – situa-se posteriormente ao estomago e ao omento menor
- o mesocolo transverso (mesentério do colo transverso) divide a cavidade abdominal em
compartimento supracólico (contendo estomago – fígado – baço) e infracólico (intestino delgado e colo
ascendente e descendente).
- o compartimento infracólico situa-se posteriormente ao omento maior e é dividido em espaços
infracólico direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado.
- há comunicação livre entre os dois espaços pelos sulcos paracólicos (entre as faces laterais dos colos
e a parede póstero-lateral do abdome).

- bolsa omental ou saco menor:


- cavidade situada posteriormente ao estomago, omento menor e estruturas subjacentes
- possui um recesso superior (limitado pelo diafragma e ligamento coronário do fígado) e o
recesso inferior (situado entre as partes superiores da camada do omento maior).
- permite o livre movimento do estomago sobre as estruturas posteriores e inferiores porque as
paredes anterior e posterior da bolsa omental deslizam suavemente uma sobre a outra.
- comunica-se com o saco peritoneal ou saco maior através do forame omental ou epiplóico,
uma abertura situada posteriormente a margem livre do omento menor (ligamento hepatoduodenal).
- pode estar localizado passando um dedo do ao longo da vesícula biliar até a margem livre do
omento menor.
- limites do forame omental:

- anterior: ligamento hepatoduodenal (contendo a tríade portal)


- posterior: VCI e pilar direito do diafragma
- superior: fígado
- inferior: primeira parte do duodeno (parte superior)

- limites da bolsa omental:

- anterior: parede posterior do estomago

- posterior: peritônio que recobre o rim esquerdo e suprarrenal esquerda

- inferior: colo transverso + mesocolo transverso + face anterior do pâncreas

- superior: lobo esquerdo do fígado

Vísceras Abdominais:

- parte terminal do esôfago


- estômago
- intestino
- baço
- pâncreas
- fígado
- vesícula biliar
- rins
- glândula suprarrenal

- quando a cavidade abdominal é aberta para estudar esses órgãos, torna-se evidente: fígado – estomago –
baço (que ocupam quase toda a cúpula do diafragma) e recebem proteção da parte inferior da caixa
torácica.
- se observa também o ligamento falciforme e divide o fígado superficialmente em lobo direito e esquerdo.
- o omento maior cobre quase todo o intestino
- a vesícula biliar projeta-se inferiormente à margem aguda do fígado.
- o suprimento arterial do trato alimentar provém da parte abdominal da aorta.
- os três principais ramos da aorta que irrigam o intestino são o tronco celíaco e as artérias mesentéricas superior
e inferior.
- a veia porta formada pela união das veias mesentéricas superior e esplênica, é o principal canal do sistema
venoso porta, que recebe sangue da parte abdominal do trato alimentar, do pâncreas, baço e maior parte da
vesícula biliar e leva para o fígado.

Esôfago:

- tubo muscular com 25cm de comprimento com o diâmetro médio de 2cm que conduz o alimento da faringe para
o estomago
- estruturas relacionadas: traqueia, coluna vertebral, parte descendente da aorta e estomago
- começa em nível da cartilagem cricóidea e desce posterior à traqueia através do hiato esofágico.
- apresenta as seguintes camadas:
- lamina muscular longitudinal externa
- lamina muscular circular interna
- mucosa.

- ligamento frênicoesofágico – une o esôfago ao diafragma


- possui três constrições:
- constrição cervical – em seu inicio na junção fanringoesofágica, causada pela parte cricofaríngea
do músculo constritor inferior da faringe – (clinicamente denominado: esfíncter superior do esôfago) –
vista ântero-posterior.

- constrição broncoaórtica ou torácica – constrição na qual o esôfago é primeiramente cruzada pelo


arco da aorta e depois pelo brônquio principal esquerdo (vista lateral).

- constrição diafragmática – onde atravessa o hiato esofágico.

- o esôfago:

- segue a curva da coluna vertebral enquanto desce através do pescoço e do mediastino


- possui laminas musculares circulares internas e longitudinais externas
- terço superior: músculo estriado esquelético
- terço médio: possuem os dois tipos de músculos
- terço inferior: músculo liso
- atravessa o hiato esofágico no pilar direito do diafragma à esquerda do plano mediano no nível de T10
- termina no estomago em nível de T11 à esquerda da linha mediana no nível da 7ª cartilagem costal.
- circundado pelo plexo esofágico distalmente.
- alimento passa pelo esôfago e desce auxiliado pela gravidade e o peristaltismo
- está fixado às margens do diafragma do hiato esofágico pelo ligamento frenicoesofágico
- a parte abdominal possui 1,25 cm de comprimento, passa no hiato esofágico no pilar direito do diafragma
para óstio cárdico.
- passando anteriormente e a esquerda de sua decida
- a margem direita do esôfago é continua com a curvatura menor do estomago

- a margem esquerda é separada da curvatura maior pela incisura cárdica


- a junção gastroesofágica situa-se à esquerda da vértebra T11, no plano horizontal e possui uma linha
Z onde há uma mudança de mucosa esofágica para gástrica.
- a irrigação da parte abdominal do esôfago: artéria gástrica esquerda e pela artéria frênica inferior
esquerda

- a drenagem venosa das veias submucosas é feita pelo sistema venoso porta através da veia
gástrica esquerda e através do sistema venoso sistêmico através das veias esofágicas que entram
na veia ázigo.

- a drenagem linfática é feita pelos linfonodos gástricos esquerdos, onde seus vasos drenam para
os linfonodos celíacos.

- é inervado pelo plexo nervoso esofágico formado pelos troncos vagais anteriores e posteriores
(que se tornam ramos gástricos anteriores e posteriores) e pelos troncos simpáticos torácicos através dos
nervos esplâncnicos torácicos maiores e plexos periarteriais ao redor da artéria gástrica esquerda e
frênica inferior.
Estômago:

- quatro partes:

- cárdia – circunda o óstio cárdico

- fundo – parte superior dilatada que é relacionada à cúpula, chegando ao 5º espaço intercostal esquerdo,
e a incisura cárdica está
localizada entre o esôfago e o fundo, que pode ser dilatado por gás, líquido ou alimento

- corpo – parte principal do estomago, entre o fundo e o antropiloro

- parte pilórica – a região afunilada de saída do estomago, sua parte larga, o antropiloro, leva ao canal
pilórico, sua parte estreita. O piloro região distal da parte pilórica que é significativamente estreita, é um
espessamento acentuado da lâmina circular de músculo liso, que controla a saída do conteúdo gástrico
através do óstio pilórico para o duodeno.

- estomago possui duas curvaturas:

- curvatura menor: forma a margem mais curta do estomago e possui uma incisura angular é o entalhe
agudo a aproximadamente dois terços da distância ao longo da curvatura menor que indica a junção do
corpo e da parte pilórica do estomago.
- curvatura maior: forma a borda convexa mais longa do estomago

- interior do estômago:

- quando contraída a mucosa gástrica forma estrias longitudinais denominadas pregas gástricas são mais
centuadas em direção à parte pilórica.
- há formação de um canal gástrico temporário, durante a deglutição

- relações do estômago:

- coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos e uma área posterior do óstio
cárdico
- omento menor – curvatura menor
- omento maior – curvatura maior
- anteriormente está relacionado com o diafragma, lobo esquerdo do fígado e a parede anterior do abdome
- posteriormente está relacionado com a bolsa omental e com o pâncreas
- a superfície posterior do estomago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental
- inferior e lateralmente: colo transverso

- leito do estômago:
- região na qual o estomago se apoia em decúbito dorsal é formado por estruturas que formam a parede
posterior da bolsa omental:
- cúpula esquerda do diafragma
- baço
- rim e suprarrenal esquerda
- artéria esplênica
- pâncreas
- mesocolo e colo transverso

- vasos e nervos do estomago:


- estomago possui um suprimento arterial rico, originado no tronco celíaco e seus ramos
- a maior parte do sangue provem de anastomoses ao longo da curvatura menor e maior do estomago
pelas artérias gástricas direita (ramo da artéria hepática própria ou comum) e esquerda (dá origem a um
ramo esofágico e é ramo do tronco celíaco), e artérias gastromentais (epiplóicas) direita (ramo da artéria
gastroduodenal) e esquerda (ramos da artéria esplênica), respectivamente.
- o fundo e a parte superior do corpo recebem sangue das artérias gástricas curtas e posteriores
(ramos da esplênica)
- a artéria gastroduodenal que é ramo da hepática comum saem dois ramos: artérias
pancreaticoduodenal superior anterior e superior posterior, sendo que essa ultima emerge primeiro.
- a artéria pancreaticoduodenal inferior é ramo da artéria mesentérica superior e se divide em ramo
anterior e posterior

- as veias gástricas acompanham as artérias em relação ao trajeto e a posição


- as veias gástricas direita e esquerda drenam para a veia porta
- as veias gástricas curtas e gastromental esquerda drenam para a esplênica
- a veia esplênica se une a veia mesentérica superior para formar a veia porta.
- a veia mesentérica inferior drena para a veia esplênica
- a veia gastromental direita drena para a veia mesentérica superior (VMS)
- a veia pré-pilórica drena para a gástrica direita
- a veias pancreaticoduodenais drenam para a veia gastromental direita

- vasos linfáticos:

- acompanham as artérias ao longo das curvaturas maior e menor do estomago


- os vasos linfáticos dos linfonodos gástricos desembocam nos linfonodos celíacos
- a linfa dos 2/3 superiores do estomago drenam para os linfonodos gástricos
- a linfa do fundo e da parte superior do corpo do estomago drenam para os linfonodos
pancreaticoesplênicos
- a linfa dos 2/3 direitos do terço inferior do estomago drenam para linfonodos pilóricos
- a linfa do terço esquerdo do terço inferior do estomago drenam para linfonodos
pancreaticoduodenais

- inervação:

- a inervação parassimpática do estomago provém dos troncos vagas anteriores e


posteriores e seus ramos que entram no abdome através do hiato esofágico

- o tronco vagal anterior, derivado principalmente do nervo X esquerdo entra no abdome como
ramo isolado na superfície anterior do esôfago e segue em direção a curvatura menor do
estomago, dando origem a ramos gástricos hepáticos e duodenais que deixam o estomago
no ligamento hepatoduodenal e segue emitindo ramos gástricos anteriores.

- o tronco vagal posterior, derivado principalmente do nervo X direito entra no abdome na


superfície posterior do esôfago e segue em direção a curvatura menor do estomago, dando
origem a ramos para a superfície anterior e posterior do estomago e ainda emite um ramo
celíaco que vai para o plexo celíaco e depois continua na curvatura menor dando ramos
gástricos posteriores.

- a inervação simpática do estomago provem dos segmentos T6 a T9 da medula espinhal e


segue para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico maior e é distribuído através dos
plexos ao redor das artérias gástricas e gastromentais, sendo uma inervação vasoconstritora e
antiperistáltica.

Intestino Delgado:

- formado por duodeno – jejuno – íleo


- se estende do piloro até a junção ileocecal
- duodeno: primeira e mais curta parte do intestino delgado, mais larga e mais fixa
- segue um trajeto em formato de C em torno da cabeça do pâncreas
- começa no piloro no lado direito e termina na junção duodenojejunal do lado esquerdo no nível de
L2-L3
- assume a forma de um ângulo agudo – a flexura duodenojejunal
- a maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio na parede posterior do abdome e é considerada
parcialmente retroperitoneal
- dividido em quatro partes:

- superior ou primeira: antero-lateral à vértebra L1


- parte descendente ou segunda: desce ao longo das faces direita das vértebras L1 – L3
- parte horizontal ou terceira: cruza a vértebra L3 (anterior)
- parte ascendente ou quarta: começa na margem esquerda de L3 e eleva-se até L2

- os primeiros dois cm do duodeno possui mesentério e são móveis, denominada ampola do


duodenal
- os três cm distais da parte superior e as outras três parte não possuem mesentério e são imóveis
por que são retroperitoneais

- principais relações do duodeno:

- superior ou primeira
- anterior: peritônio – vesícula biliar – lobo quadrado do fígado
- posterior: ducto colédoco – veia porta – VCI – artéria gastroduodenal
- medial:
- superior: colo da vesícula biliar
- inferior: colo do pâncreas

- parte descendente ou segunda:


- anterior: colo e mesocolo transverso – alças do intestino delgado
- posterior: hilo do rim direito – vasos renais ureter – músculo psoas maior
- medial: ducto colédoco – ducto pancreático – cabeça do pâncreas
- superior:
- inferior:

- parte horizontal ou terceira: cruza a vértebra L3 (anterior)


- anterior: AMS – VMS – alças do intestino delgado
- posterior: ureter – músculo psoas maior direito – aorta - VCI
- medial:
- superior: AMS – VMS – cabeça e processo uncinado do pâncreas
- inferior:

- parte ascendente ou quarta: começa na margem esquerda de L3 e eleva-se até L2

- anterior: inicio da raiz do mesentério e alças do jejuno


- posterior: músculo psoas maior direito – margem esquerda da aorta
- medial: cabeça do pâncreas
- superior: corpo do pâncreas
- inferior:

- a parte superior ascende do piloro e é superposta pelo fígado e vesícula biliar, onde o peritônio
cobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente, exceto na ampola e ainda a parte
proximal tem o ligamento hepatoduodenal (parte do omento menor) fixado superiormente e o
omento maior fixado inferiormente.

- a parte descendente segue inferiormente curvando a cabeça do pâncreas, situando-se a direita


da VCI e paralela a ela, sendo que os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua
parede póstero-medial e geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática que se
abre na papila maior do duodeno, localizada postero-medialmente na parede da parte
descendente do duodeno, sendo esta totalmente retroperitoneal.

a parte horizontal: segue transversalmente para a esquerda passando pela frente da veia cava
inferior, aorta e L3 e passa atrás da artéria e veia mesentérica superior e pela raiz do mesentério
do jejuno e íleo, sendo que superiormente está a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado e
posteriormente separada da coluna vertebral pelo psoas maior direito, VCI, aorta e pelo vasos
testiculares ou ovarianos direitos e ainda deve-se salientar que sua face anterior é coberta por
peritônio.

- a parte ascendente: segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a
margem inferior do corpo corpo do pâncreas e se une ao jejuno na junção duodenojejunal,
sustentada pela fiação de um músculo suspensor do duodeno ou ligamento de Treitz formado por
músculo esquelético do diafragma e músculo liso da 3ª e 4ª porção do duodeno, seguindo posterior ao
pâncreas e veia esplênica e anterior a veia renal esquerda.

- artérias do duodeno:

- originam-se do tronco celíaco e da AMS.


- o tronco celíaco através da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal
superior, supre o duodeno proximal à entrada do ducto colédoco até a parte descendente do
duodeno.
- a artéria mesentérica superior com seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o
duodeno distal á entrada do ducto colédoco.
- essas duas artérias situam-se na curva entre o duodeno e a cabeça do pâncreas e irrigam as
duas estruturas e se anastomosam à nível da entrada do ducto colédoco sendo formada pelo
tronco celíaco e AMS
- da parte abdominal do esôfago até a 2ª porção do duodeno – tronco celíaco
- da 2ª porção do duodeno até a flexura cólica esquerda – AMS
- da flexura cólica esquerda até o reto – AMI.

- veias do duodeno:

- seguem as artérias e drenam para a veia porta, algumas diretamente e outras indiretamente pela
VMS e veia esplênica.
- vasos linfáticos:

- seguem as artérias sendo que os vasos linfáticos anteriores do duodeno drenam para
linfonodos pancreaticoduodenais e linfonodos pilóricos e os vasos linfáticos posteriores do
duodeno drenam para os linfonodos mesentéricos superiores e esses, através de vasos linfáticos
eferentes, desembocam nos linfonodos celíacos.

- nervos do duodeno:

- derivam do nervo vago e esplâncnicos maior e menor através dos plexos celíaco e mesentérico
superior, de onde são conduzidos para o duodeno através de plexos periarteriais que se estendem
até as artérias pancreaticoduodenais.

Jejuno e íleo:

- começa na flexura duodenojejunal onde o trato reassume um trajeto intraperitoneal


- o íleo termina na junção ileocecal
- juntos possuem de 6 a 7 cm
- o jejuno represente 2/5 e o íleo 3/5 da parte intraperitoneal do intestino delgado
- a maior parte do jejuno está no QSE do compartimento infracólico
- a maior parte do íleo está no QID sendo que sua parte terminal geralmente está na pelve e ascende
até a face medial do ceco
- não há uma divisão exata
- o mesentério: é uma prega de peritônio em forma de leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior
do abdome e sua origem é direcionada obliquamente inferiormente e para a direita, estende-se da junção
duodenojejunal à esquerda da linha mediana,no nível de L2, e vai até a junção ileocecal na fossa ilíaca
direita, sendo que a raiz do mesentério cruza sucessivamente a as partes ascendente e horizontal do
duodeno, aorta, VCI, ureter direito, psoas maior e vasos gonadais direito.
- entre as duas camadas de mesentério estão os vasos mesentéricos superiores, linfonodos, gordura e
nervos autônomos.

- artéria mesentérica superior:


- supre o jejuno e o íleo
- origina-se da parte abdominal da aorta, 1 cm abaixo do tronco celíaco a nível de L1 e segue entre as
camadas do mesentério, enviando de 15 a 18 ramos para o jejuno e o íleo, que se unem e formam arcos
arteriais que dão origem aos vasos retos.

- veia mesentérica superior:


- drena o jejuno e o íleo, situando-se anteriormente e à direita da AMS e termina posteriormente ao colo do
pâncreas, onde se une a veia esplênica para formar a veia porta.

- vasos linfáticos:
- os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gorduras são denominados
lactíferos e drenam seu liquido leitoso para os plexos linfáticos do jejuno e íleo, que drenam para as
camadas do mesentério e segue para três grupos de linfonodos:

- linfonodos justaintestinais – próximo a parede intestinal


- linfonodos mesentéricos – dispersos entre os arcos arteriais
- linfonodos centrais superiores localizados ao longo da parte proximal da artéria mesentérica superior

- os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos mesentéricos
superiores e os vasos linfáticos do íleo terminal drenam para linfonodos ileocolicos.

- inervação:

- a AMS e seus ramos são circundados por plexo nervoso neurovascular através do qual são
conduzidos para as partes do intestino supridas por essa artéria.

- as fibras simpáticas nos nervos para o jejuno e íleo originam se de segmentos de T8-T10 e
chegam ao plexo mesentérico superior através do tronco simpático e nervos
esplâncnicos maior, menor e imo.
- as fibras simpáticas pré-sinápticas fazem sinapse nos corpos celulares dos neurônios simpáticos
pós-sinápticos nos gânglios celíacos e mesentérico superior(pré-vertebral)

- as fibras parassimpáticas para o jejuno e íleo provem dos troncos vagais posteriores,
onde as fibras parassimpáticas pré-sinápticas fazem sinapse com neurônios parassimpáticos
pós-sinápticos nos plexos mioentéricos e submucoso na parede intestinal.

- em geral a estimulação simpática reduz a motilidade e secreção do intestino e atua como


vasoconstritor, interrompendo ou reduzindo a digestão e disponibilizando sangue para fugir ou lutar
- a estimulação parassimpática aumenta a motilidade e a secreção do intestino, restaurando a
atividade digestória após uma reação simpática.
- o intestino delgado possui também fibras sensoriais (aferentes viscerais).
- é insensível a maioria dos estímulos dolorosos, incluindo incisão e queimadura, entretanto é
sensível a distensão que é percebida como cólica (dores abdominais espasmódicas).

Diferenças entre Jejuno e Íleo:

- Jejuno
- cor: vermelho-vivo
- calibre: 2-4 cm
- parede: espessa e pesada
- vascularização: maior
- vasos retos: longos
- arcos: alças grandes
- gordura no mesentério: menor
- pregas circulares: grandes – altas e próximas
- nódulos linfoides: poucos

- Íleo
- cor: rosa-claro
- calibre: 2-3 cm
- parede: fina e leva
- vascularização: menor
- vasos retos: curtos
- arcos: alças pequenas
- gordura no mesentério: maior
- pregas circulares: poucas – baixas – esparsas ou ausentes
- nódulos linfoides: muitos

Intestino Grosso:

- local de absorção de água dos resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo-os em fezes que são
temporariamente armazenadas
- formado por: ceco – apêndice – colo ascendente – colo transverso – colo descendente – colo sigmoide –
reto – canal anal
- o intestino grosso pode ser diferenciado do delgado por:
- apêndices omentais do colo: projeções pequenas semelhantes ao omento
- três tênias do colo:
- (1) – mesocólica, a qual se fixa aos mesocolos transverso e sigmoide (posterior – colo
ascendente e descendente)
- (2) – omental, a qual se fixam os apêndices omentais (colo transverso)
- (3) – livre, à qual não estão fixados mesocolos ou apêndices omentais (anterior – colo
descendente e ascendente)
- saculações: saculações da parede do colo entre as tênias que as formam
- um calibre muito maior que o do intestino delgado.

Ceco e apêndice:

- primeira parte do intestino grosso, continua com o colo ascendente


- bolsa intestinal cega com aproximadamente 7,5cm de comprimento e largura, localizada no quadrante inferior
direito, inferiormente à junção ileocecal.
- geralmente está situado a 2,5 cm do ligamento inguinal e é quase todo coberto por peritônio, entretanto não
possui mesentério.
- por ser livre, pode ser deslocado da fossa ilíaca, porém algumas pregas cecais de peritônio o fixam a parede
lateral do abdome
- o íleo entra no ceco pelo óstio ileal que formam a papila ileal que possui dois lábios: lábio ileocólico e
ileocecal.
- no óstio ileal há o frênulo do óstio ileal, que quando o ceco se contrai, o frênulo se contrai, fechando o óstio
evitando refluxo.

- apêndice: é um divertículo intestinal cego de (6-10 cm) que contém massas de tecido linfoide, originando-se na
parte posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal, possuindo um mesoapêndice, originado na face
posterior do mesentério do íleo terminal, fixando-se ao ceco e a parte proximal do apêndice, sendo sua posição
geralmente retrocecal ou retroileal.

- irrigação:
-o ceco é irrigado pela artéria ileocólica, ramo da AMS.
- a artéria apendicular, ramo da artéria ileocólica irriga o apêndice
- drenagem:
- um veia tributária da VMS, a veia ileocólica drena sangue do ceco e da apêndice.
- os vasos linfáticos do ceco e do apêndice seguem até os linfonodos do mesoapêndice e linfonodos
ileocólicos, os vasos linfáticos eferentes seguem até os linfonodos mesentéricos superiores.

- inervação:
- simpática e parassimpática do ceco e do apêndice provém dos nervos do plexo mesentérico superior
- as fibras nervosas simpáticas originam-se na parte torácica inferior da medula espinhal e as fibras
nervosas parassimpáticas provém dos nervos vagos.
- as fibras nervosas aferentes do apêndice acompanham os nervos simpáticos até o segmento T10.

Colo:

- é dividido em quatro partes – ascendente – transverso – descendente – sigmoide


- o colo situa-se primeiro à direita do intestino delgado, depois sucessivamente superior e anterior a ele, depois
á esquerda dele e finalmente
inferiormente a ele.
- o colo ascendente é a segunda parte do intestino grosso, passando superiormente na margem direita da
cavidade abdominal, do ceco até o lobo direito do fígado onde vira para a esquerda na flexura direita do colo ou
flexura hepática, sendo mais estreito que o ceco e secundariamente retroperitoneal ao longo da face direita da
parede posterior do abdome.
- é coberto por peritônio anteriormente e nas suas laterais, entretanto, possui um mesentério curto.
- o colo ascendente é separado da parede antero-lateral do abdome pelo omento maior.
- um sulco vertical revestido por peritônio, o sulco paracólico direito, situa-se entre a face lateral do colo
ascendente e a parede abdominal adjacente.

- irrigação:

- o suprimento arterial do colo ascendente e da flexura cólica direita provém de ramos da AMS, as
artérias ileocólica e cólica direita, essas artérias anastomosam-se entre si e com o ramo direito da
artéria cólica média.
- o primeiro arco anastomótico que é continuado pelas artérias cólica esquerda e sigmóidea para formar
um canal arterial contínuo, o arco justacólico (artéria marginal) que se estende por toda a extensão do
colo, perto de sua margem mesentérica

- drenagem:
- as tributárias da VMS, as veias ileocólica e veia cólica direita, drenam o sangue do colo ascendente.

- linfonodos epicólicos e paracólicos:


- linfonodos epicólicos e paracólicos, perto dos linfonodos ileocólicos e cólicos direitos intermediários, e daí
para os linfonodos mesentéricos superiores.
inervação:
- os nervos para o colo ascendente são derivados do plexo mesentérico superior.

- colo transverso:

- 45cm de comprimento
- terceira parte do intestino grosso, sendo a mais longa e móvel parte do intestino
- atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo ou hepática, sendo ela mais
aguda e menos móvel do que a direita, sendo chamada também de flexura esplênica.
- situa-se anteriormente à parte inferior da porção esquerda do fígado e fixa-se ao diafragma ao diafragma
através do ligamento frênicocólico.
- faz uma volta para baixo frequentemente inferior ao nível da crista ilíaca e está aderido ou fundido a
parte posterior da bolsa omental.
- a raiz do mesocolo transverso situa-se ao longo da margem inferior do pâncreas e é contínua com o
peritônio parietal posteriormente.
- geralmente situa-se no nível de L3

- irrigação:
- irrigado pela artéria cólica média, ramo da AMS.
- pode receber também, através de anastomoses, sangue da cólica direita e esquerda, para das
anastomoses que formam o arco justacólico ou artéria marginal.

- drenagem:
- feita pela veia mesentérica superior

- vasos linfáticos:
- feita para os linfonodos cólicos médios que drenam para os linfonodos mesentéricos superiores

- inervação:
- seguem do plexo mesentérico superior através dos plexos periarteriais das artérias cólicas direita e
média
- esses nervos conduzem fibras simpáticas, parassimpáticas (vagais) e aferentes viscerais.

- colo descendente:

- ocupa uma posição secundariamente retroperitoneal, entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca
esquerda
- é continuo com o colo sigmóideo
- o peritônio cobre o colo anterior e lateralmente, e liga-o a parede posterior do abdome
- possui um mesentério curto em 33% das pessoas
- passa anteriormente a margem lateral do rim esquerdo
- possui um sulco paracólico esquerdo

- colo sigmoide:

- alça em S
- comprimento geralmente de 40cm
- une o colo descendente e o reto
- estende-se da fossa ilíaca até o segmento S3, onde se une ao reto
- possui um longo mesentério, tendo considerável liberdade de movimento
- a raiz do mesocolo sigmoide tem origem em V invertido que se estende medial e superiormente ao longo
dos vasos ilíacos externos e depois medial e inferiormente a partir da bifurcação dos vasos ilíacos comuns
até a face anterior do sacro
- o ureter esquerdo e a divisão da artéria ilíaca comum esquerda situam-se retroperitonealmente, posterior
ao ápice da raiz do mesocolo sigmoide.
- os apêndices omentais do colo sigmoide são longos e desaparecem quando o mesentério sigmoide
termina

- irrigação do colo sigmoide e transverso:


- provêm de artérias cólica esquerda e sigmóidea ramos da AMI.
- no nível da flexura cólica esquerda há uma divisão: a artéria mesentérica superior irriga a parte
oral à flexura e a artéria mesentérica inferior irriga a parte aboral à flexura.
- as artérias sigmoideas descem para a esquerda e se bifurcam em ramos ascendentes e descendentes
- o ramo superior da artéria sigmóidea se anastomosa com o ramo descendente da cólica esquerda,
formando o arco justacólico

- drenagem venosa:
- feita pela veia mesentérica inferior conduz o sangue do colo descendente e sigmóidea para a veia
esplênica e depois para a veia porta.

- drenagem linfática:
- a linfa segue para os linfonodos epiplóicos e paracólicos e depois seguem para os linfonodos
cólicos intermediários ao longo da cólica esquerda, onde desembocam nos linfonodos mesentéricos
inferiores
- a linfa da flexura cólica esquerda também pode drenar para os linfonodos mesentéricos superiores

inervação:

- oralmente a flexura cólica esquerda: as fibras simpáticas e parassimpáticas seguem juntas através
dos plexos periarteriais
- arboralmente a flexura cólica esquerda: as fibras simpáticas e parassimpáticas seguem vias distintas
- a inervação simpática é feita pelos: parte lombar do tronco simpático através dos nervos
esplâncnicos lombares do plexo mesentérico superior e dos plexos periarteriais que seguem a
AMI.
a flexura cólica esquerda marca a divisão entre a inervação parassimpática cranial (vagal) e
sacral(esplâncnica pélvica)
- a inervação parassimpática é feita pelos: nervos esplâncnicos pélvicos através do plexo e nervos
hipogástricos inferiores que ascende retroperitonealmente ao plexo.

- reto e canal anal:

- parte terminal fixa (basicamente retroperitoneal e subperitoneal) do intestino grosso


- continua com o colo sigmoide a nível de S3
- a junção ocorre na extremidade inferior do colo sigmoide
- continuo inferiormente com o canal anal

Baço:

- massa ovóide, arroxeada, carnosa e tem aproximadamente o tamanho de uma mão fechada
- QSE ou hipocôndrio esquerdo
- recebe proteção da caixa torácica
- participa como órgão de defesa do corpo – no período pré-natal é um órgão hematopoiético
- envolvido na destruição de hemácias no sangue e armazena sangue, plaquetas em pequena quantidade
- órgão intraperitoneal, exceto no hilo esplênico (entrada e saída de ramos da veia esplênica e artéria esplênica)
- está apoiado sobre a flexura esquerda do colo
- está associado posteriormente a 9ª-11ª costelas e separado delas pelo diafragma e pelo recessos
costodiafragmático

Relações:

- anterior: estomago
- posterior: parte esquerda do diafragma
- inferior: flexura esquerda do colo
- medial: rim esquerdo

- o baço possui 12cm de largura e 7cm de espessura


- 1 polegada de espessura – 3 polegadas de largura – 5 polegadas de comprimento – 7 libras de peso
- a face diafragmática é convexa e encaixa na concavidade do diafragma
- as margens superior e anterior são agudas
- as margens inferior e medial (posterior) são arredondadas
-as trabéculas originadas na face profunda da cápsula, conduzem vasos sanguíneos que entram e saem
do parênquima ou polpa esplênica.
- o baço está ligado a curvatura maior do estomago pelo ligamento gastroesplênico (conduzindo vasos gástricos
curtos e gastromentais esquerdos até o estomago) e ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal.
- o hilo esplênico está em contato com a cauda do pâncreas e constitui o limite esquerdo da bolsa
omental.

- irrigação:
- artéria esplênica, ramo do tronco celíaco que segue um trajeto posterior à bolsa omental, anterior ao rim
esquerdo e ao longo da - margem superior do pâncreas.

- drenagem:
- feita pela veia esplênica que é formada por tributárias que emergem do pâncreas
- recebe a VMI e segue posteriormente ao corpo e a cauda do pâncreas na maior parte de seu trajeto
- se une a VMS para formar a veia porta, posteriormente ao colo do pâncreas

- vasos linfáticos:
- deixa os linfonodos do hilo esplênico para os linfonodos pancreáticos e esplênicos, relacionados à
margem superior e posterior do pâncreas.

- inervação:
- nervos derivados do plexo nervoso celíaco, tendo função vasomotora.

Pâncreas:

- glândula acessória da digestão


- alongada e de localização retroperitoneal
- localização transversa na parede posterior do abdome, posterior ao estomago, entre o duodeno a direita e o
baço à esquerda
- o mesocolo transverso fixa-o à sua margem anterior:
Divisão do pâncreas:

- cabeça – colo – corpo – cauda


- cabeça:
- parte expandida da glândula circundada pela curva em C do duodeno à direita dos vasos mesentéricos
superiores
- fixada a face medial das partes descendentes e horizontais do duodeno
- possui um processo uncinado, que é uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estendendo-
se medialmente para a esquerda, posterior a AMS.
- está apoiada posteriormente VCI, artéria renal e veia renal direita, e veia renal esquerda
- no trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco na
face póstero-superior da cabeça ou incrustado em sua substancia.

- colo:
- é curto, de 1,5 a 2 cm e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores que formam um sulco em
sua face posterior
- a face anterior é coberta por peritônio
- a VMS se une a veia esplênica posteriormente ao colo para formar a veia porta
- corpo:
- continua a partir do colo e situa-se a esquerda dos vasos mesentéricos superiores
- passa sobre a aorta e a vértebra L2
- posteriormente a bolsa omental
- a face anterior do corpo do pâncreas forma o assoalho da bolsa omental e parte do leito do estomago
- a face posterior é desprovida de peritônio e está em contato com a aorta, suprarrenal esquerda, AMS,
rim e vasos renais esquerdos
- cauda:
- situa-se anterior ao rim esquerdo
- intimamente relacionada ao hilo esplênico e flexura cólica esquerda
- relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal com os vasos esplênicos.

- ducto pancreático
- começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça e se relaciona com o
ducto colédoco, onde na
maioria das vezes se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) que se abre na papila
maior do duodeno, em sua parte descendente.
- em 25% dos casos se abrem separados
- os esfíncteres do ducto pancreático – colédoco – da ampola hepatopancreática (de Oddi) – são
esfíncteres de músculo liso que conduzem a bile para o duodeno.
- um ducto pancreático acessório se abre na papila menor do duodeno e em 60% dos casos
comunica-se com o ducto pancreático principal.

irrigação:
- proveniente dos ramos da artéria esplênica – artérias pancreáticas. (10 ramos)
- forma vários arcos com ramo das artérias gastroduodenais e mesentérica superior
- as artérias pacreaticoduodenal superiores anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal e as
artérias pacreaticoduodenal inferiores anterior e posterior, ramos da AMS, suprem a cabeça.

drenagem:
- as veias pancreáticas são tributárias das veias esplênica e mesentérica superior, entretanto a maioria
drena para a esplênica.

- vasos linfáticos:
- a maioria termina em linfonodos pancreáticos e esplênicos e outros em linfonodos pilóricos
- os vasos eferentes desses linfonodos drenam para linfonodos mesentéricos superiores ou
linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos.

- inervação:
- são derivados dos nervos vago e esplâncnicos abdominopélvicos que atravessam o diafragma.
- as fibras simpáticas e parassimpáticas chegam ao pâncreas passando ao longo das artérias do plexo
celíaco e do plexo mesentérico superior.

- as fibra simpáticas e parassimpáticas chegam às ilhotas pancreáticas e células acinares, sendo que as
parassimpáticas são secretomotoras, mas a secreção pancreática é principalmente mediada por secretina e
colecistocinina, hormônios formados pelas células epiteliais do duodeno, sob estímulo do conteúdo acido do
estomago.
Fígado:

- ocupa quase todo o hipocôndrio direito e o epigástrio e estende-se até o hipocôndrio esquerdo, inferiormente ao
diafragma que o separa
da pleura, pulmões, pericárdio e coração
- com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo trato gastrointestinal são levados primeiramente ao
fígado pelo sistema porta
- armazena glicogênio e secreta a bile
- a bile passa do fígado, pelos ductos biliares – ductos hepáticos direito e esquerdo que se unem para formar o
ducto hepático comum que se une com o ducto cístico para formar o ducto colédoco.
- armazenada na vesícula biliar

Faces – Reflexões e Relações do Fígado:

- face diafragmática - convexa (anterior – superior e algo posterior) – tem forma de cúpula e se relaciona com a
face inferior do diafragma
- face visceral – côncava (póstero-inferior)
- as duas faces são separadas por uma margem inferior aguda
- os recessos subfrênicos que são extensões superiores da cavidade peritoneal existem entre o diafragma e a
parte superior e anterior da face diafragmática do fígado
- os recessos subfrênicos são separados em direito e esquerdo pelo ligamento falciforme do fígado que se
estende do fígado até a parede anterior do abdome.
- a parte supracólica da cavidade peritoneal imediatamente inferior ao fígado é denominada recesso subepático.
- o recesso hepatorrenal é a extensão póstero-superior do recesso subepático, situado entre a face visceral do
fígado e o rim e glândula suprarrenal direita.
- o recesso hepatorrenal comunica-se com o recesso subfrênico direito através
- a face diafragmática di fígado é coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado que é
demarcada pela reflexão do peritônio para o fígado como as laminas anterior e posterior do ligamento coronário.
- as laminas do ligamento coronário encontram-se para formar o ligamento triangular direito do fígado
- a lamina anterior do ligamento coronário é continua à esquerda com a lamina direita com o ligamento falciforme
- a lamina posterior do ligamento coronário é continua com a lamina direita do omento menor
- próximo a extremidade esquerda do fígado as laminas anterior e posterior do ligamento coronário se encontram
para formar o ligamento triangular esquerdo
- a veia cava inferior atravessa um profundo sulco da veia cava
- a face visceral do fígado é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado que é
uma fissura transversal onde a veia porta, artéria hepática, e vasos linfáticos, plexo nervoso hepático e os ductos
hepáticos que suprem e drenam o fígado entram e saem.
- ao contrário da faca diafragmática lisa a face visceral possui inúmeras fissuras e impressões de outros órgãos
- a fissura sagital direita – sulco continuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e
posteriormente pelo sulco da veia cava.
- a fissura sagital esquerda – sulco continuo formado anteriormente pela ligamento redondo
(remanescente da veia umbilical fetal) e posteriormente pelo ligamento venoso (remanescente do
ducto venoso fetal)
- o ligamento redondo e pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do ligamento falciforme

- o omento menor que encerra a tríade portal – ducto colédoco – artéria hepática própria e veia porta), segue do
fígado até a curvatura menor
do estomago e nos dois primeiros centímetros da parte superior do duodeno, sendo que sua margem livre,
estende-se entre a porta do fígado e o duodeno (ligamento hepatoduodenal) e encerram estruturas que
atravessam a porta do fígado.
- o restante do omento menor (ligamento hepatogástrico) estende-se entre o sulco do ligamento venoso do fígado
e a curvatura menor do estomago.

- relações do fígado:

- lado direito da face anterior do estomago – área gástrica


- parte superior do duodeno – área duodenal
- omento menor
- vesícula biliar
- flexura cólica direita e colo transverso – área cólica
- rim e suprarrenal direita – área renal e suprarrenal
- lobos anatômicos:

- lobo direito e esquerdo – pela fissura sagital esquerda e ligamento falciforme


- as fissuras sagitais direita e esquerda e a porta do fígado delimitam o lobo caudado (posterior e superior) e
quadrado (inferior e anterior ao lado da vesícula biliar)
- o lobo caudado geralmente da origem a uma cauda denominada processo papilar e o processo caudado
estende-se para a direita, entre a veia cava e a porta, unindo o lobo caudado e o lobo direito

- divisão funcional do fígado:

- fígado direito e esquerdo


- terceiro figado – lobo caudado (vascularização é independente da tríade porta e é drenado por veias hepáticas
que entram diretamente na VCI, distal as veias hepáticas principais e é suprido por ramos de ambas as divisões.
- cada parte recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática própria e veia porta e é drenada por seu próprio
ducto hepático.
- pode ser dividido em oito segmentos hepáticos – cada um suprido por ramos secundários ou terciários da tríade
portal.

- dividido em direito e esquerdo – fissura portal principal (na divisão primária da tríade portal – onde está a
veia hepática média)
- na face visceral esse plano é demarcado pela fissura sagital direita
- na face diafragmática é demarcado pela linha de Cantlie que segue da fossa da vesícula biliar até
a VCI
- o fígado direito e esquerdo são divididos pelas fissuras portais direita e esquerda (ou umbilical) – onde
estão as veias hepáticas direita e esquerda
- a fissura portal esquerda ou umbilical é demarcada pelo ligamento falciforme e pela fissura
sagital esquerda
- a fissura portal direita não tem demarcação externa
- cada divisão recebe um ramo secundário da tríade portal
- a divisão medial do fígado esquerdo é parte do lobo anatômico direito e a lateral do lobo
anatômico esquerdo
- um plano transverso subdivide-se três das quatro divisões

Vasos sanguíneos:

- tem suprimento sanguíneo duplo


- uma fonte venosa e uma arterial
- trás 75-80% do sangue para o fígado sendo o sangue porta é 40% mais oxigenado que o sistêmico que retorna
para o coração
- leva todos os nutrientes absorvidos pelo trato alimentar, exceto lipídio
- a artéria hepática trás apenas 25% do sangue para o fígado
- a veia porta é curta e larga e é formada pela união entre VMS e veia esplênica posterior ao colo do
pâncreas
- a artéria hepática comum ramo do tronco celíaco e a medida que dá origem a artéria gastroduodenal é
denominada artéria hepática própria onde na porta do figado tanto ela quanto a porta se dividem em ramos
esquerdo e direito, sendo denominados ramos primários, suprindo os fígados direito e esquerdo e as ramificações
desses ramos primários dao origem a ramos secundários ou pedículos portais, que suprem a divisão medial e
lateral do fígado direito e esquerdo, onde sofrem ramificações para suprir os oito segmentos hepáticos.
- entre as divisões terciárias da veia porta estão as veias hepáticas esquerda, intermédia e direita
- as veias hepáticas formadas pela união das veias coletoras que por sua vez drenam as veias centrais se abrem
na VCI logo abaixo do diafragma.
- a fixação dessas veias à VCI mantém o fígado em posição

Drenagem linfática:

- entre ¼ e ½ da linfa recebida pelo ducto torácico provém do fígado


- os vasos linfáticos do fígado ocorrem com linfáticos superficiais e linfáticos profundos
- a linfa coletada drena para linfonodos hepáticos que drenam para linfonodos celíacos que por sua vez drenam
para a cistena do quilo
- depois seguem para o ducto linfático direito e ducto torácico
- a face visceral drena por via abdominal e a face diafragmática drena por via torácica

Inervação:

- derivados do plexo hepático que acompanham os ramos da artéria hepática e veia porta até o fígado
- formado por fibras simpáticas do plexo celíaco e fibras parassimpáticas dos troncos vagais anterior e posterior
- as fibras nervosas acompanham os vasos e ductos biliares da tríade portal
ANATOMIA HUMANA – UROGENITAL

SISTEMA URINÁRIO:

Responsável por manter o equilíbrio corporal - homeostase

As estruturas superiores (rins e ureteres) são estruturas retroperitoneais primárias na parede posterior do abdome,
permanecendo desde a formação nessa região.

Os rins produzem a urina, que é conduzida pelos ureteres até a bexiga na pelve e levada pela uretra até o meio
externo.

Rins:

Os rins são órgãos responsáveis pela filtração do sangue, retirando excessos de água, sais e resíduos
metabólicos, eliminados na urina, enquanto devolvem nutrientes para o sangue.

Órgãos excretores de substâncias tóxicas como: uréia, ácido úrico e amônia.

Funcionam com órgãos endócrinos, produzem a ERITROPOIETINA, (EPO), que funciona como estimulante da
produção de glóbulos vermelhos na medula óssea vermelha dos ossos longos.

Os rins são órgãos que possuem duas faces, sendo uma anterior e outra posterior, duas margens, sendo uma
lateral e outra medial e dois pólos ou extremidades, sendo uma inferior e outra superior.

O rim direito é menor e mais baixo que o rim esquerdo devido ao posicionamento anatômico do fígado.

Cada rim possui em sua extremidade superior uma glândula supra-renal, que é responsável pela produção de
hormônios corticóides.

Localização dos rins:

Os rins estão localizados no retroperitônio sobre a parede posterior do abdome, um de cada lado da coluna
vertebral á nível das vértebras T12 – L3 quando em posição decúbito e L1 – L4, quando em posição ortostática,
sendo que o rim direito se localiza um pouco mais abaixo que o esquerdo e os dois estão próximos às costelas
flutuantes (11* e 12*). Os mesmos medem aproximadamente 10 cm de comprimento 5 cm de largura e 2.5 cm de
espessura.

Superiormente estão associados ao diafragma que os separa das cavidades pleurais e da 12ª par de costelas

Mais inferiormente as faces posteriores dos rins estão associadas ao músculo quadrado lombar

O nervo e os vasos subcostais e os nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico descem diagonalmente as faces


posteriores dos rins

O fígado, duodeno e colo ascendente ficam anteriores ao rim direito.

O rim direito é separado do fígado pelo recesso hepatorrenal

O rim esquerdo está relacionado ao estomago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente.

Na margem medial côncava de cada rim a uma fenda vertical, denominada de hilo renal onde a artéria renal entra
e a veia renal e a pelve renal saem do rim.

No hilo a veia renal está anterior à artéria renal que está anterior à pelve renal, sendo o hilo a entrada para o seio
renal

O seio renal é ocupado pela pelve, pelos cálices, vãos e nervos e por gordura

Cada rim possui faces anterior e posterior e margens lateral e medial

A pelve renal é uma expansão afunilada da extremidade superior do ureter, sendo seu ápice continuo com ele

A pelve renal recebe dois ou três cálices maiores, onde cada um deles se divide em dois ou três cálices menores

Cada cálice menor possui uma papila renal que é o ápice da pirâmide renal e em pessoas vivas estão
colapsadas

As pirâmides e o córtex associados formam os lobos do rim


Entre as pirâmides renais há as colunas renais

Revestimento:

São envolvidos por quatro camadas de revestimentos: (interno para externo)

- Cápsula fibrosa ou renal (colada ao rim)

- Cápsula adiposa ou gordura perirrenal

- Fáscia renal – não cobre o pólo inferior – está entre o rim e a glândula suprarrenal

- Gordural pararrenal

(Fáscia periureteral – extensão da fáscia que envolve o ureter)

Relações com outros órgãos:

Parte superior

- Glândula supra-renal

Parte inferior - Trigono lombar

- Borda medial do músculo oblíquo externo

- Borda lateral do músculo grande dorsal

- Osso ilíaco

Parte anterior – Rim direito

- Fígado

- Duodeno

- Colo ascendente

Parte anterior – Rim esquerdo

- Estômago

- Baço

- Colo descendente

- Jejuno

- Pâncreas

Parte posterior – Rins direito e esquerdo

- quadrado lombar e psoas maior

- diafragma

Características gerais:

Na margem medial côncava de cada rim está o hilo renal onde a artéria renal entra e a veia e pelve renal deixam
os rins. O hilo renal dá acesso ao seio renal, que é ocupado pelo cálice menor e maior, pelve renal e gordura,
além das pirâmides renais. A parte mais externa dos rins é chamada de córtex renal e a parte mais interna onde
estão localizadas essas várias estruturas recebe o nome de medula renal.

Ureteres:

São ductos musculares medindo e 25 a 30 cm e são responsáveis por conduzir a urina dos rins até a bexiga.

O trajeto do rim até a bexiga é retroperitoneal, seguindo inferiormente do ápice das pelves renais passando sobre
a margem da pelve na bifurcação das artérias ilíacas comuns, sob a face anterior do músculo psoas maior, em
seguida, passam ao longo da parede lateral da pelve e entram na bexiga.

As partes abdominais dos ureteres aderem intimamente ao peritônio parietal e tem trajeto retroperitoneal
Possuem três constrições:

- utereropiélica, pélvica ou abdominal – junção dos ureteres e pelves renais de cada rim.

- na margem posterior, no cruzamento dos vasos ilíacos.

- parte intramural da bexiga

Irrigado e drenado através de ramos das artérias e veias renais, além das artérias e veias gonadais (ramos da
parte abdominal da aorta) e das artérias ilíacas comuns onde esses ramos dividem-se em ascendentes e
descendentes e se anastomosam.

Os vasos linfáticos do ureter unem-se aos vasos coletores renais e drenam para os linfonodos lombares direito
e esquerdo e os linfonodos ilíacos comuns.

A drenagem linfática das partes pélvicas dos ureteres são drenados para os linfonodos ilíacos externos
internos e comuns.

Glândula suprarrenal:

- localizadas entre as faces supero-mediais dos rins e o diafragma


- são revestidas por fáscias renais pelas quais estão fixadas ao diafragma
- separadas dos rins por um septo de fáscia renal
- cada glândula possui um hilo por onde as veias e vasos linfáticos entram e saem, mas as artérias e nervos estão
relacionados em vários locais.
- as margens mediais das glândulas estão afastadas entre 4 e 5 cm
- nessa área da direita para a esquerda: VCI – pilar direito do diafragma – gânglio celíaco – tronco célico – AMS –
pilar esquerdo do diafragma
- cada glândula tem duas partes: medula e córtex
- o córtex: derivado da mesoderma e secreta: corticosteroides e androgênios – retenção renal de sódio e água,
aumentando o volume sanguíneo, afetando também músculos e órgãos como coração e pulmões.
- a medula: relacionadas a neurônios dos gânglios simpáticos (pós-sinápticos), tanto em derivação quanto em
função, secretando adrenalina para a corrente sanguínea em resposta a neurônios pré-sinápticos, ativando o
corpo para um estado de fuga ou luta, aumentando a frequência cardíaca.

Vasos e nervos dos rins e suprarrenais:

Artérias e veias renais:

- As artérias e veias renais: originam-se no nível do disco IV entre as vértebras L1 e L2,


- A artéria renal direita mais longa passa posterior à VCI
- Cada artéria divide-se próximo ao hilo renal em cinco artérias terminais, sendo cada área suprida por eles uma
unidade independente.
- as artérias segmentares são distribuídas:
- artéria segmentar superior
- artéria segmentar ântero-superior
- artéria segmentar ântero-inferior
- artéria segmentar inferior
- artéria segmentar posterior ( continuação de um ramo posterior da artéria renal)

- Algumas veias renais drenam para formar as veias renais direita e esquerda que se situam anteriormente ás
artérias renais direita e esquerda e a veia renal esquerda, mais longa, recebe a veia gonadal esquerda e uma
comunicação com a veia lombar ascendente e depois passa anteriormente à aorta.
- Cada veia renal drena para a VCI

Artérias e Veias Suprarrenais:

- a função endócrina da glândula suprarrenal torna necessária uma irrigação abundante


- as artérias suprarrenais se se ramificam em 50-60 artérias antes de entrarem na glândula
- as artérias suprarrenais se originam de três fontes:
- artérias suprarrenais superiores – artérias frênicas inferiores
- artérias suprarrenais médias – parte abdominal da aorta
- artérias suprarrenais inferiores – artérias renais
- a drenagem venosa é feita por uma grande veia suprarrenal, onde a direita drena para a VCI e a esquerda, mais
longa, drena ou na frênica inferior ou na veia renal esquerda.

Linfáticos dos rins, e glândulas suprarrenais:

- os vasos linfáticos renais drenam para linfonodos lombares direito e esquerdo


- os vasos linfáticos dos ureteres drenam para linfonodos lombares direito e esquerdo (parte superior) e
linfonodos ilíacos comuns (parte média) e linfonodos ilíacos comuns, externos e internos (parte inferior).
- os vasos linfáticos suprarrenais drenam para linfonodos lombares
Nervos dos rins, ureteres e glândulas suprarrenais:

- rins: plexo nervoso renal que consiste em fibras simpáticas e parassimpáticas e é suprido por fibras dos
nervos esplâncnicos abdominopélvicos (imo)

- ureter: plexo nervoso renal – aórtico abdominal e hipogástrico superior e as fibras aferentes viscerais
seguem até os segmentos medulares T11-L2, sendo que a dor ureteral é referida no QI ipsilateral da
parede anterior do abdome e na região inguinal.

- suprarrenal: plexo nervoso celíaco e nervos esplâncnicos maior e menor e imo

Ductos biliares e vesícula biliar:

- conduzem a bile do fígado para o duodeno


- bile é armazenada na vesícula biliar
- canalículos biliares – ductos biliares interolobulares – ductos biliares coletores – ducto hepático direito e
esquerdo que drenam as partes direita e esquerda do fígado
- os ductos hepáticos direito e esquerdo se unem e formam o ducto hepático comum, após deixa a porta
do fígado
- o ducto hepático comum, recebe no lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco que é parte da
tríade portal extra-hepático do omento menor que conduz a bile para o duodeno.

- ducto colédoco:
- forma-se na margem livre do omento menor pela união dos ductos císticos e hepático comum
- comprimento de 5 a 15 cm
- desce posteriormente a parte superior do duodeno e situa-se no sulco na face posterior da cabeça do
pâncreas
- no lado esquerdo da parte descendente do duodeno entra em contato com o ducto pancreático e se
unem para formar a ampola hepatopancreática, que desembocam na papila maior do duodeno
- no esfíncter do ducto colédoco há um músculo circular que ao se contrair impede a bile de entrar na
ampola e no duodeno, voltando para a vesícula biliar

- Irrigação do ducto colédoco:


- artéria cística – parte proximal
- artéria hepática direita – parte média
- artéria pancreaticoduodenal superior posterior – parte distal ou retroduodenal
- artéria gastroduodenal – parte distal ou retroduodenal

- drenagem do ducto colédoco:


- veia pancreaticoduodenal superior posterior que drena a parte distal do ducto colédoco e desemboca na
veia porta ou em suas tributárias.
- as veias que drenam a parte proximal do ducto colédoco e dos ductos hepáticos comuns entram
diretamente no fígado

- vasos linfáticos
- os vasos linfáticos do ducto colédoco drenam para os linfonodos císticos, omentais e hepáticos
- os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos seguem para os linfonodos celíacos

- vesícula biliar

- órgão que possui de 7 a 10 cm de comprimento


- situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado, situada na junção das partes direita e esquerda do
fígado
- possui uma relação forte com o duodeno
- o corpo da vesícula biliar situa-se anterior ao duodeno
- seu colo e o ducto cístico situam-se superiores ao duodeno
- armazena 50 ml de bile
- o peritônio circunda completamente o fundo da vesícula biliar e liga seu corpo e colo ao fígado
- possui três partes:
- fundo: extremidade larga do órgão que se projeta da margem inferior do fígado, estando localizada no
nível da 9ª cartilagem costal distal a LMC.
- corpo: toca a face visceral do fígado – colo transverso e parte superior do duodeno
- colo: estreito voltado para a porta do fígado, fazendo uma curva em forma de S e une-se ao ducto cístico

- ducto cístico:
- 3 a 4 cm de comprimento
- une o colo da vesícula com o ducto hepático comum
- a mucosa do colo forma a prega espiral que ajuda a manter o ducto aberto e propõe uma resistência ao
esvaziamento súbito da vesícula
- o ducto cístico segue entre as laminas do omento menor, paralelo ao ducto hepático comum e une-se a ele para
formar o ducto colédoco

- irrigação:
- realizada pela artéria cística (vesícula e ducto)
- origina-se geralmente da artéria hepática direita no ângulo entre o ducto hepático comum e o ducto cístico –
trigono de Calot
- ducto cístico – ducto hepático comum – artéria cística = trigono de Calot
- há variações na origem da artéria cística

- drenagem:
- as veias císticas que drenam o colo da vesícula biliar e do ducto cístico – entram no fígado diretamente ou
drenam através da porta após se unirem as veias que drenam o ducto hepático e a parte superior do colédoco
- as veias do fundo e do corpo seguem para a face visceral do fígado e drenam para os sinusóides hepáticos
(sistema porta paralelo)

- vasos linfáticos:
- a drenagem linfática da vesícula biliar é feita pelos linfonodos hepáticos e linfonodos císticos
- os vasos linfáticos eferentes drenam para linfonodos celíacos

- inervação:
- advém do plexo nervoso celíaco (fibras (de dor) aferente visceral e simpático), nervo vago (parassimpático –
causa a contração da vesícula biliar) e também são estimuladas pelo hormônio colecistocinina produzido no
duodeno.

Veia Porta e anastomoses portossistêmicas:


- a veia porta é o principal canal do sistema venoso porta
- formada anteriormente a VCI e posteriormente ao colo do pâncreas no nível de T1 e plano transpilórico
- formada pela união da veia esplênica e VMS
- à medida que se aproxima da porta do fígado se bifurca em ramos direito e esquerdo
- recebe sangue com oxigenação reduzida, mas rico em nutrientes do trato alimentar + vesícula biliar – pâncreas –
baço e envia ao fígado
- anastomoses em que o sistema porta comunica-se com venoso sistêmico são formadas na submucosa do
esôfago, submucosa do canal anal, região paraumbilical, vísceras secundariamente retroperitoneais ou no
fígado.

- quando o sistema porta por alguma razão é reduzida ou obstruída o sangue ainda consegue chegar ao lado
direito do coração devido a essas vias colaterais.
- essas vias estão disponíveis por que o sistema porta não possui válvulas, o que significa que o sangue pode fluir
em direção a VCI.

Parede posterior do abdome:

- a parede posterior do abdome é formada por:


- 5 vértebras lombares e discos IV associados
- músculos da parede posterior do abdome: músculos psoas, quadrado lombar, ilíaco, transverso do
abdome, oblíquos do abdome.
- diafragma
- fáscia, inclusive a toracolombar.
- plexo lombar: formados pelos ramos anteriores dos nervos espinhais lombares
- gordura, nervo e vasos (aorta e VCI)
- linfonodos

Fáscia:

- a parede posterior é coberta por uma camada contínua da fáscia endoabdominal


- é contínua com a fáscia transversal que reveste o músculo transverso do abdome
- a fáscia do músculo psoas está fixada medialmente às vértebras lombares e á margem da pelve
- a fáscia do músculo psoas funde-se com a fáscia do músculo quadrado do lombo e a aponeurose toracolombar
- inferiormente à crista ilíaca, a fáscia do músculo psoas é contínua com a parte dá fáscia ilíaca que cobre o
músculo ilíaco

Aponeurose toracolombar:

- complexo facial extenso fixado à coluna vertebral medialmente que, na região lombar tem laminas posterior,
médio e anterior
- é espessa e forte na região lombar
- o revestimento dos músculos verticais profundos do dorso (músculo eretor da espinha) pelas laminas posterior e
média da aponeurose toracolombar na face posterior do tronco é comparável ao revestimento da bainha do reto
na face anterior
- a parte lombar dessa aponeurose de estende da 12ª costela até a crista ilíaca e fixam lateralmente aos músculos
obliquo interno e transverso
- não se fixa ao músculo obliquo externo está fixada no músculo latíssimo do dorso
- a lamina anterior da aponeurose toracolombar (fáscia do músculo quadrado do lombo), que reveste a face
anterior do quadrado do lombo

Músculos da parede posterior:

- psoas maior
- sentido ínferolateral
- situa-se lateralmente às vértebras lombares
- segue profundamente ao ligamento inguinal até chegar ao trocânter menor do fêmur.
- o plexo nervoso lombar está inserido na parte posterior do músculo psoas maior

- ilíaco
- músculo triangular grande situado nas faces laterais das partes inferiores do psoas maior
- músculo psoas + ilíaco = músculo íliopsoas – principal flexor da coxa e estabiliza a articulação do quadril
- só o psoas pode produzir movimento (flexão ou curvatura lateral) da coluna lombar

- quadrado lombar
- adjacente aos processos transversos das vértebras e lateral às partes superiores do psoas maior
- o ligamento arqueado lateral cruza o músculo

Nervos da parede posterior:

- componentes dos sistemas nervosos somático e autônomo


- os nervos subcostais (ramo anterior de T12) originam-se no tórax e passam posterior ao ligamento arqueado
lateral e segue em sentido anterolateral na face anterior do músculo quadrado lombar
- atravessam o músculo transverso do abdome e obliquo interno para inervar o obliquo externo
- os nervos espinhais lombares – L1 a L5 saem da medula espinhal através do forame IV inferior as vértebras
correspondentes, onde se dividem em anterior e posterior, sendo que cada ramo tem fibras sensitivas e motoras.
- os ramos posteriores seguem posteriormente para inervar os músculos do dorso
- os ramos anteriores seguem lateral e inferiormente e suprem as partes inferiores do tronco e membros inferiores
- as partes iniciais dos ramos anteriores dos nervos espinhais L1-L2 e L3 dão origem a ramos comunicantes
brancos que conduzem fibras simpáticas pré-ganglionares para os troncos simpáticos lombares
- a parte abdominal dos troncos simpáticos (troncos simpáticos lombares) formado por quatros gânglios simpáticos
para vertebrais

O plexo nervoso lombar:

- forma-se anteriormente aos processos transversos lombares


- ramos anteriores de L1 – L4
- nervo femoral (L2-L4) – emerge da margem lateral do músculo psoas, inerva o músculo ilíaco e passa
profundamente ao ligamento inguinal até a face anterior da coxa suprindo os flexores quadril e extensor joelho.
- nervo obturatório (L2-L4) – emerge da margem medial do músculo psoas, e segue até a pelve menor
passando através do forame obturatório, até a face medial da coxa, suprindo os músculos adutores.
- tronco lombossacral (L4-L5) – passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve participando na
formação do plexo sacral

- os nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico – originam-se do ramo anterior de L1, entrando no estomago


posteriormente ao ligamento arqueado medial e segue inferolateralmente, anteriormente ao músculo quadrado
lombar, seguindo superior e paralelamente à crista ilíaca perfurando o músculo transverso do abdome próximo à
espinha ilíaca antero-superior.
- a seguir atravessam os músculos obliquo interno e externo para suprir os músculos abdominais e a pele das
regiões inguinal e púbica.

- o nervo genitofemoral – (L1-L2) – perfura o psoas maior e segue inferiormente sobre sua face anterior e
profundamente a fáscia o músculo iliopsoas, divide-se no nível das artérias ilíacas comuns e externa em ramos
genital e femoral

- nervo cutâneo femoral lateral da coxa: (L1-L2) – segue inferiormente sobre o músculo ilíaco e entra na coxa
profundamente ao ligamento inguinal, inerva a pele e face antero-lateral da coxa.

Vasos da parede posterior:

- parte abdominal da aorta


- veia cava inferior
- plexo nervoso periarterial aórtico
- seguem na linha mediana da parede posterior do abdome, anteriormente as vértebras lombares.

Parte abdominal da aorta:


- 13 cm de comprimento
- começa no hiato aórtico (T12) até nível de (L4)
- divide-se em artéria ilíaca comum direita esquerda
- as artérias ilíacas comuns divergem-se em sentido ínferolateral, acompanhando a margem medial dos psoas
- aí cada artéria ilíaca comum se bifurca em artéria ilíaca externa (segue o iliopsoas) e interna (entra na pelve)
- a ilíaca externa possui ramos importantes: artéria epigástrica inferior e circunflexa ilíaca profunda que irrigam a
parede antero-lateral do abdome.

Relações anteriores:

- plexos e gânglios celíacos


- corpo do pâncreas e veias esplênicas
- veia renal esquerda
- parte horizontal do duodeno (3ª parte)
- alças do instestino delgado

- a parte abdominal da aorta desce anteriormente aos corpos das vértebras T12 a L4
- as veias lombares esquerdas seguem posteriores para chegar a VCI
- à direita a aorta está relacionada com:
- veia ázigo – ducto torácico – cisterna do quilo – pilar direito do diafragma – gânglio celíaco (á
direita)
- pilar esquerdo do diafragma – gânglio celíaco esquerdo
- pode-se considera a artéria sacral mediana um ramo parietal impar, pois se origina na parte posterior da aorta

Veias da parede posterior do abdome:

- são tributárias da VCI


- com exceção da renal esquerda desemboca na veia renal esquerda
- começa anteriormente às vértebras L5 pela união das veias ilíacas comuns, ocorrendo a 2,5 cm a direita do
plano mediano inferior a bifurcação da aorta.
- ascende à direita dos corpos das vértebras LIII a LV e sob o músculo psoas maior direito até a direita da aorta
- deixa o abdome através do forame da veia cava
- entra no diafragma em nível de T8.
Medula espinhal:

Massa cilíndrica, de tecido nervoso, situada dentro do canal vertebral sem ocupá-lo completamente.
Medida – 45 cm (geralmente)
Se comunica com o bulbo superiormente no nível do forame magno do osso occipital
Limite caudal: 2ª vértebra L2
Termina afunilando-se e formando um cone medular que continua com um delgado filamento meníngeo, o
filamento terminal

Forma e estrutura geral da medula:

-cilíndrica – achatada no sentido ântero-posterior.

- Apresenta duas dilatação denominadas: intumescência cervical e intumescência lombar


- São áreas em que fazem a conexão com a medula às grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e
lombossacral, que inervam os membros superiores e inferiores, onde a formação dessas fibras deve-se a maior
quantidade de neurônios que entram ou saem destas áreas e que são necessárias para a inervação dos membros

A superfície da medula espinhal apresenta os seguintes sulcos longitudinais:

- fissura mediana anterior

- sulco lateral anterior

- sulco lateral posterior

- sulco mediano posterior

* na medula cervical há o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco intermédio posterior e o sulco lateral
posterior e que continua em um septo intermédio no interior do funículo posterior.

Nos sulcos laterais anterior e posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos
nervos espinhais.

Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta forma de borboleta.

Três colunas de cada lado

- Coluna anterior

- Coluna lateral (medula torácica e parte lombar)

- Coluna posterior

Possui no centro da substancia cinzenta localiza-se o canal central da medula ou ependimário

A substancia branca, mais externa, é formada por fibras mielínicas que descem e sobem a medula e podem ser
agrupadas em três funículos:

- Funículo anterior – entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior

- Funículo lateral – entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior

- Funículo posterior – entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior

Na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em
fascículo grácil (medial) e fascículo cuneiforme (lateral)

Conexão com nervos espinhais – segmentos medulares

A medula é o maior condutor de informações que sai e entra no encéfalo através dos nervos espinhais

Nos sulcos laterais anterior e posterior, fazem conexões os filamentos radiculares, que se unem e formam as
raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais.

As duas raízes se unem e formam os nervos espinhais ocorrendo essa união distalmente ao gânglio espinhal que
existe na raiz dorsal.

A conexão com os nervos marca a segmentação da medula que não é completa, pois não existem nenhum septo
ou sulco transversal entre um segmento e outro.

31 pares de nervos espinhais

31 segmentos medulares distribuídos em:

8 segmentos cervicais

12 segmentos torácicos

5 segmentos lombares

5 segmentos sacrais

1 segmento coccígeo

O nervo C1 está localizado acima da vértebra C1, entre ela e o osso occipital
O nervo C8 está localizado abaixo da vértebra C7, ocorrendo o mesmo com os nervos abaixo de C8.

Topografia Vertebromedular:

A medula não ocupa todo o canal vertebral, terminando no nível de L2, abaixo desse nível, o canal contém
somente as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que estão dispostas em torno do cone
medular e filamento terminal, constituindo a causa equina.

Como a coluna vertebral alonga-se de forma desigual a do segmento medular, há um afastamento dos segmentos
medulares das vértebras correspondentes.
Ex: as vértebras T11 e T12 não estão relacionados com o segmento medular correspondente

Entre C2 e T10 – acrescentam-se duas unidades a vértebra e tem-se o numero do segmento medular subjacente.

Ex: vértebra C6 está sob o segmento medular C8

As vértebras T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares

As vértebras L1 correspondem aos cinco segmentos sacrais

Envoltórios da medula:

- dura-máter

- aracnoide

- pia-máter

Dura-máter:

A meninge mais externa é a dura-máter, envolvendo toda a medula como se fosse um dedo de luva, o saco dural.

A dura-máter espinhal é contínua com a dura-máter craniana

Caudalmente, a dura-máter termina à nível de S2.

Os orifícios para as passagens dos nervos espinhais é obliterado, impedindo a passagem de liquor.

Aracnóide:

Dispõe-se entre a dura-máter e a pia-máter, sendo justaposto à dura-máter e a um emaranhado de trabéculas


aracnóideas que unem esse folheto com a pia-máter.

Pia-máter:

Meninge mais interna, aderindo intimamente à superfície e na fissura mediana anterior. Quando a medula termina
no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando o filamento terminal que perfura o fundo do saco
dural e continua até o hiato sacral.

Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe prolongamentos da dura-máter e esse conjunto é
denominado filamento da dura-máter espinhal e segue para perfurar o periósteo da superfície dorsal do cóccix
constituindo o ligamento coccígeo.

A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado sendo
elementos de fixação e importante ponto de referência para cirurgia, ficando entre as duas raízes dos nervos
espinhais.

Espaços entre as meninges:

3 espaços:

- epidural: entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral – tecido adiposo e plexo venoso vertebral interno.

- subdural: entre a dura-máter e aracnoide – estreita – peque a quantidade de líquido – evita aderência das
paredes.

- subaracnóide: contém uma quantidade razoável de líquor (cerebroespinhal)


Tronco Encefálico:

Entre a medula e o diencéfalo


Ventral ao cerebelo
Grupo de corpos de neurônios em núcleo e fibras nervosas, que se agrupam em fascículos – tratos – lemniscos.
Nervos cranianos possuem núcleos ou fibras nervosas do tronco encefálico.
Divisão: bulbo – ponte – mesencéfalo.

Bulbo:

- limite inferior: nível do forame magno

- limite superior: sulco bulbo-pontino

- superfície do bulbo percorrida por sulcos que continuam com o sulco da medula.

- esses sulcos delimitam áreas anterior, lateral e posterior.

- fissura mediana anterior

- pirâmide (feixe de fibras descendentes que ligam áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula).

- trato corticoespinhal

- decussação das pirâmides – fibras do trato corticoespinhal cruzam a parte caudal da pirâmide

- entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior – área lateral do bulbo

- oliva – na área lateral do bulbo

- nervo XII – emergência no sulco lateral anterior – ventral a oliva

- nervos IX - X – XI (raiz craniana e espinhal) emergem seus filamentos radiculares do sulco lateral posterior

- o canal central da medula se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho: porção aberta do bulbo

- limites laterais do IV ventrículo – lábios do sulco mediano posterior

- entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior – área posterior do bulbo (continuação do funículo
posterior da medula).

- dividida em fascículo grácil e cuneiforme pelo sulco intermédio posterior

- estes fascículos são compostos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula que terminam em
massas de substâncias cinzentas – núcleo grácil e cuneiforme que produzem duas eminências importantes: o
tubérculo grácil e o tubérculo cuneiforme, medial e lateral, respectivamente.

- os dois tubérculos continuam com o pedúnculo cerebelar inferior.

- pedúnculo cerebelar médio – parte da ponte.

Ponte:

- parte interposta entre o bulbo e o mesencéfalo

- situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela turca

- sua base apresenta estrias transversais devido à feixes transversais que convergem e formam o pedúnculo
cerebelar médio.

- no limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio emerge o nervo V, através de uma raiz maior, sensitiva e
uma raiz menor, motora.

- percorrendo longitudinalmente a superfície anterior da ponte há um sulco denominado: sulco basilar, que aloja a
artéria basilar

- a ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino de onde emergem, de medial para lateral: nervo VI, nervo
VII e nervo VIII, o nervo VI emerge entre a ponte e a pirâmide, o nervo VIII emerge próximo ao flóculo do cerebelo,
mais lateralmente e o nervo VII emerge medialmente ao nervo VIII.
A parte dorsal da ponte e a parte aberta do bulbo (posterior) não apresenta demarcação constituindo, ambas, o
assoalho do quarto ventrículo.

IV ventrículo:

- A cavidade do rombencéfalo tem forma losângica e é denominada IV ventrículo.

- parede anterior: bulbo e ponte

- parede posterior: cerebelo

- assoalho: parte dorsal da ponte e parte aberta do bulbo, limitado ínfero-lateralmente pelo pedúnculo cerebelar
inferior e os tubérculos grácil e cuneiforme e súpero-lateralmente pelo pedúnculo cerebelar superior (conjunto de
feixes nervosos que saem de cada hemisfério cerebelar, convergem e penetram o mesencéfalo). O assoalho é
percorrido em toda sua extensão pelo sulco mediano.

- eminência medial – limitada lateralmente pelo sulco limitante que se alarga para formar duas depressões
denominadas fóvea superior e fóvea inferior. A eminência medial ao meio do IV ventrículo dilata e forma o colículo
facial, formado por fibras do nervo facial, que contorna o núcleo do nervo abducente.

- na parte caudal da eminência medial há o trigono do nervo hipoglosso, correspondente ao núcleo do nervo
hipoglosso e lateralmente a esse trigono e caudalmente a fóvea inferior há o trigono do nervo vago, que possui o
núcleo dorsal do nervo vago.

- lateralmente ao trigono do vago há o funículo separans que o separa da área póstrema (relacionada ao vômito)

- lateral ao sulco limitante e estendendo-se ao recessos laterais há uma região denominada área vestibular, que
correspondem aos núcleos do nervo vestíbulo-coclear.

- lateralmente à fóvea superior, estendendo-se até o aqueduto cerebral está o lócus ceruleus que possui coloração
escura, onde se localizam os neurônios mais ricos em noradrenalina do encéfalo

- cruzando transversalmente a área vestibular existem as estrias medulares do IV ventrículo

- continua caudalmente: canal central do bulbo

- continua cranialmente: aqueduto do mesencéfalo (comunicação do IV e III ventrículos)

- a cavidade do IV ventrículo se prolonga lateralmente formando os recessos laterais que se comunicam com o
espaço subaracnoideo por meio das aberturais laterais do IV ventrículo (forame de Lushka). Há também uma
abertura mediana do IV ventrículo (forame de Magendie), sendo por meio dessas cavidades que o liquido
cerebroespinhal (liquor) passa para o espaço subaracnoideo.

Teto do IV ventrículo:

- véu medular superior, que se localiza entre os dois pedúnculos cerebelares superiores – metade caudal

- tela corióide – metade cranial, emitindo projeções vascularizadas que se invaginam na cavidade ventricular para
formar o plexo corióide que produz o liquido cerebroespinhal que se acumula nessa cavidade e passa para o
espaço subaracnoideo através das aberturas laterais e mediana do IV ventrículo.

- através das aberturas laterais próximas ao flóculo cerebelar uma pequena porção do plexo corioide exterioriza-
se.

Mesencéfalo:

- Entre a ponte e o diencéfalo

- atravessado pelo aqueduto cerebral (comunica o III e o IV ventrículo)

- dorsalmente ao aqueduto – teto do mesencéfalo

- ventralmente ao aqueduto – pedúnculo cerebrais

- os pedúnculos cerebrais se dividem em tegmento (dorsal) e base do pedúnculo cerebral (ventral)

- o tegmento é separado da base através de substancia negra (neurônios que contém melanina)
- existem dois sulcos relacionados com a substancia negra, chamados de sulco medial do pedúnculo cerebral e o
sulco lateral do mesencéfalo.

- do sulco medial do pedúnculo cerebral emerge o nervo III.

Teto do mesencéfalo:

- em vista dorsal, apresenta quatro eminências arredondadas, os colículos superiores e inferiores

- caudalmente a cada colículo inferior emerge o nervo IV, contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre a
ponte o mesencéfalo.

- os colículos se ligam a pequenas eminências do diencéfalo denominadas de corpos geniculados através dos
braços dos colículos, que são feixes de fibra nervosas.

- o colículo inferior se une ao corpo geniculado medial (via auditiva)

- o colículo superior se une ao corpo geniculado lateral (via óptica)

Pedúnculos cerebrais:

- dois grandes feixes de fibras nervosas que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para
penetrar profundamente no cérebro

- delimitam uma depressão denominada fossa intertubercular, limitada anteriormente pelos corpos mamilares que
são eminências do diencéfalo.

- o fundo dessa fossa contém a substância perfurada posterior

Cerebelo:

- Dorsal ao bulbo e ponte

- Contribui para a formação do teto do IV ventrículo

- Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital

- Separada do lobo occipital devido a tenda do cerebelo

- Liga-se a medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior

- Liga-se a ponte pelo pedúnculo cerebelar médio

- Liga-se ao mesencéfalo pelo pedúnculo cerebelar superior

- manutenção da postura e do equilíbrio e aprendizagem de habilidades motoras

Aspectos anatômicos:

- dividido em vérmis e hemisférios cerebelares

- organização interna definida em substancia branca denominada corpo medular do cerebelo de onde irradiam as
laminas brancas do cerebelo, sendo revestida externamente pelo córtex cerebelar, formado por substancia
cinzenta

- possuem quatro pares de núcleos de substancia cinzenta que são os núcleos centrais do cerebelo denominados:
fastígio – globoso – emboliforme e denteado (evidente) emitindo todas as fibras nervosas eferentes do cerebelo.

Lóbulos e fissuras:

- 17 lóbulos e 8 fissuras

- lóbulos importantes: nódulo (último lobo do vérmis) situado acima do teto do IV ventrículo – flóculo (lóbulo
alongado transversalmente e localizado atrás do pedúnculo cerebelar inferior, ligando-se ao nódulo pelo
pedúnculo do flóculo, constituindo o lobo flóculo-nodular, que mantém o equilíbrio) –tonsila (evidentes na parte
ventral, sobre a face dorsal do bulbo)

- fissuras importantes: prima – posterolateral


Divisão anatômica:

- as fissuras posterolateral e prima, dividem o cerebelo em lobos.

- a fissura posterolateral divide o cerebelo em lobo flóculo-nodular e corpo do cerebelo que é dividido pela fissura
prima em lobo anterior e posterior

- Pedúnculos cerebelares:

- superior

- médio (limite com a ponte – nervo V)

- inferior

Vérmis – corte sagital:

- lingula

- fissura pré-central

- lóbulo pré-central

- fissura pré-culminar

- cúlmen

- fissura prima

- declive

- fissura pós-clival

- folium

- fissura horizontal

- túber

- fissura pré-piramidal

- pirâmide

- fissura pós-piramidal

- úvula

- fissura posterolateral

-nódulo

- a fissura prima divide o cerebelo em parte anterior do lóbulo quadrangular e parte posterior do lóbulo
quadrangular

- a fissura horizontal divide o cerebelo em lóbulo semilunar superior e lóbulo semilunar inferior

Anatomia macroscópica do diencéfalo:

- diencéfalo + telencéfalo = cérebro, que corresponde ao prosencéfalo.

- compreende: tálamo – hipotálamo – epitálamo – subtálamo – todas relacionadas ao III ventrículo

III ventrículo:

- aqueduto cerebral – comunicação entre o III e IV ventrículos


- forames interventriculares ou de Monro – comunicação entre o III ventrículo e os ventrículos laterais

- em um corte medial o III ventrículo é exposto e verifica-se uma depressão denominada sulco hipotalâmico que se
estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular e divide a região em tálamo, acima e hipotálamo,
abaixo.

- atravessando a cavidade ventricular está a aderência intertalâmica que também associa os dois hemisférios
cerebrais

Assoalho:

- quiasma óptico

- infundíbulo

- túber cinéreo

- corpos mamilares

(pertencentes ao hipotálamo)

Parede posterior:

- epitálamo

Teto:

- estrias medulares do tálamo

- tela corióide

Parede anterior:

- lâmina terminal

Paredes laterais:

- face medial do tálamo

Tálamo:

- duas massas ovoides volumosas de substância cinzenta disposta uma em cada lado na porção laterodorsal do
diencéfalo

- a extremidade anterior apresenta uma eminência: tubérculo anterior do tálamo

- a extremidade posterior, maior que a anterior, apresenta o pulvinar do tálamo que se projeta sobre os corpos
geniculados lateral e medial (metatálamo)

- a face superior do tálamo: faz parte do assoalho do ventrículo lateral

- a face medial do tálamo: faz parte da parede lateral do III ventrículo

- a face lateral do tálamo: é separada do telencéfalo pela capsula interna (compacto feixe de fibras que liga o
córtex cerebral a centros nervosos subcorticais)

- a face inferior do tálamo: continua com o hipotálamo e subtálamo

- área relacionada à sensibilidade

Hipotálamo:

- área pequena do diencéfalo

- abaixo do tálamo
- relacionada com o controle da atividade visceral

- possuem estruturas:

- corpos mamilares – eminências arredondadas de substância cinzenta, evidentes na parte anterior da fossa
interpenduncular.

- quiasma óptico – região onde chegam as fibras dos nervos ópticos que se cruzam em parte e continuam no trato
óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais

- túber cinéreo – situada atrás do quiasma e trato óptico, entre estes e os corpos mamilares, que prende a hipófise
através do infundíbulo.

- infundíbulo – formação em forma de funil que se prende ao túber cinéreo

- regula o sistema nervoso autônomo e glândulas endócrinas, além da homeostase.

Epitálamo:

- limita-se posteriormente o III ventrículo

- acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo.

- glândula pineal – elemento mais evidente

- prende-se anteriormente a dois feixes transversais que cruzam o plano mediano, a comissura anterior (limite
entre o diencéfalo e o mesencéfalo) e a comissura das habênulas, localizada entre duas eminências triangulares,
denominadas trigonos das habênulas que estão entre a glândula pineal e o tálamo.

- continua de cada lado com as estrias medulares do tálamo, cujo lateralmente se insere a tela corióide do III
ventrículo e posteriormente na comissura das habênulas.

Subtálamo:

- zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo

- não se relaciona com as paredes do III ventrículo

- localizado abaixo do tálamo, limitado lateralmente pela capsula interna e medialmente pelo hipotálamo

- possui função motora

Anatomia macroscópica do telencéfalo:

- dois hemisférios + lamina terminal

- os dois hemisférios são unidos por fibras comissurais – corpo caloso

- cavidades: ventrículos laterais direito e esquerdo conectada com o III ventrículo através dos forames
interventriculares

- cada hemisfério possui três faces: dorsolateral – medial – inferior

- cada hemisfério possui três polos: frontal – temporal – occipital

Sulcos e giros – divisão em lobos

- depressões: sulcos

- cristas: giros

- aumentam a superfície sem grande aumento no volume

- sulcos importantes: sulco lateral (Sylvius) sulco central (Rolando) – fissuras

- sulco lateral: inicia-se na base do cérebro, separando o lobo frontal do lobo temporal, dirigindo-se para a face
dorsolateral onde se divide em três ramos terminais: anterior, ascendente e posterior, sendo os ramos anterior e
ascendente, pequenos e pertencentes ao lobo frontal e o ramo posterior longo e terminando no lobo parietal,
separando os lobos parietal e frontal do lobo temporal.

- sulco central: sulco profundo que corre obliquamente a face dorsolateral separando o lobo frontal do logo parietal
e origina-se na face medial do hemisfério e desce até o ramo posterior do sulco lateral, onde anterior a esse sulco
há um giro importante, denominado giro pré-central, relacionado à motricidade e outro giro posterior a ele,
denominado giro pós-central, relacionado a sensibilidade.

- os lobos cerebrais são: frontal – temporal – parietal – occipital – insular (interno ao sulco lateral).

- lobo occipital único que é relacionado direta ou indiretamente com a visão

- o lobo frontal localiza-se acima do sulco lateral e anterior ao sulco central

- na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parietoccipital.

- na face dorsolateral é uma linha que une a terminação do sulco parieto occipital até a incisura pré-occipital

- do meio desta linha até o ramo posterior do sulco lateral, traça-se uma linha que limita o lobo temporal do lobo
parietal.

Morfologia das faces dos hemisférios cerebrais:

Face dorsolateral:

- lobo frontal – possui três sulcos principais:

- sulco pré-central

- sulco frontal superior

- sulco frontal inferior

- entre o sulco central e o sulco pré-central está o giro pré-central, onde se localiza a principal área motora do
cérebro.

- acima do suco frontal superior, continuando com a face medial, se localiza o giro frontal superior.

- entre o sulco frontal superior e o sulco frontal inferior está o giro frontal médio

- abaixo do sulco frontal inferior está o giro frontal inferior, sendo este dividido pelos ramos anterior, ascendente e
posterior do sulco lateral em três partes: orbital - triangular e opercular, sendo que a primeira situa-se abaixo do
ramo anterior, a segunda entre este ramo e o ramo ascendente, e a ultima entre o ramo ascendente e o sulco pré-
central.

- o giro frontal inferior do hemisfério cerebral esquerdo é denominado giro de Broca e na maioria dos indivíduos se
localiza uma das áreas da linguagem do cérebro.

Lobo temporal:

- dois sulcos principais

- sulco temporal superior

- sulco temporal inferior

- entre o sulco lateral e o sulco temporal superior se localiza o giro temporal superior

- entre o sulco temporal superior e o sulco temporal inferior se localiza o giro temporal médio

- abaixo do sulco temporal inferior se localiza o giro temporal inferior que se limita com o sulco occipito-temporal,
geralmente situado na face inferior do hemisfério cerebral.

- afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece seu assoalho que é parte do giro temporal superior, e sua
porção posterior é atravessada por vários giros transversos, cujo mais evidente é o giro transverso anterior, sendo
importante visto que é nele que se localiza a área da audição.

Lobo parietal:
- sulco pós-central

- sulco intraparietal

- entre o sulco central e sulco pós-central fica o giro pós-central, onde se localiza uma das mais importantes áreas
sensitivas do córtex, a área somestésica.

- o sulco intraparietal divide o lobo parietal em lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior

- no lóbulo parietal inferior se localizam dois giros, sendo um localizado na extremidade do ramo posterior do sulco
lateral, chamado de giro supramarginal e o outro localizado na extremidade do sulco temporal superior,
denominado giro angular.

- Lobo occipital:

- pequena área da face dorsolateral

- contém sulcos e giros inconstantes, sendo o sulco occipital transverso limite para o sulco intraparietal.

Lobo insular:

- lobo cerebral que durante o desenvolvimento cresce menos que os demais

- recoberto pelos lobos frontal – temporal – parietal

- apresenta giros e sulcos cujos principais são: sulco circular da insular, sulco central da insula, giros curtos e
longo da insula.

Face medial:

- corte sagital mediano, expondo o diencéfalo e estruturas inter-hemisféricas, como o corpo caloso, fórnix e septo
pelúcido.

Corpo caloso – fórnix e septo pelúcido:

- corpo caloso – maior das comissuras inter-hemisféricas, formado por um grande numero de fibras mielínicas que
cruzam o plano sagital e penetra de cada lado do centro branco medular, unindo áreas simétricas de cada
hemisfério.

- em corte medial apresenta: rostro (termina na comissura anterior, que é uma comissura inter-hemisférica), joelho,
tronco, esplênio do corpo caloso.

- entre a comissura anterior e o quiasma óptico temos a lamina terminal que também é uma comissura inter-
hemisférica que constitui o limite anterior do III ventrículo.

- fórnix – emerge abaixo do corpo caloso, indo em direção a comissura anterior está o fórnix que possui duas
metades laterais afastadas nas extremidades e unidas pela comissura do fórnix no trajeto abaixo do corpo caloso.

- a porção intermédia onde as duas metades se unem é denominado corpo do fórnix, as extremidades são
denominadas anteriormente de coluna do fórnix que terminam no corpo mamilar correspondente, cruzando a
parede lateral do III ventrículo e posteriormente de pernas do fórnix que divergem e penetram no corno inferior do
ventrículo lateral de cada lado, onde se ligam ao hipocampo.

- entre o corpo caloso e o fórnix está o septo pelúcido, que separa os dois ventrículos laterais.

Lobo occipital:

- sulco calcarino – nos lábios localiza-se a área visual

- sulco parietoccipital – separa o lobo occipital do lobo parietal, se unindo ao sulco calcarino

- entre o sulco calcarino e o sulco parietoccipital encontra-se o cúneus.


- abaixo do sulco calcarino situa-se o giro occipito-temporal medial que continua anteriormente com o giro para-
hipocampal.

Lobo temporal e parietal:

- sulco do corpo caloso – começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo
caloso, onde continua com o sulco do hipocampo.

- sulco do cíngulo – curso semelhante ao sulco do corpo caloso e delimita junto com este sulco o giro do cíngulo,
terminando em dois ramos: o sulco subparietal e o ramo marginal que curva em direção a margem superior.

- destacando-se da metade do giro do cíngulo em direção a margem superior do hemisfério existe quase sempre o
sulco paracentral que delimita junto com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal o lóbulo paracentral, cujo sulco
central termina no seu meio.

- na parte anterior e posterior do lóbulo paracentral localizam-se, respectivamente a área motora e sensitiva,
relacionadas com a perna e o pé.

- a região abaixo do rostro do corpo caloso e adiante da lâmina terminal é a área septal, sendo considerado um
dos centros do prazer do cérebro.

Face inferior:

Lobo temporal:

- apresenta sulcos importantes, de lateral para medial:

- sulco occipito-temporal

- sulco colateral

- sulco do hipocampo

- entre o sulco occipito-temporal e o sulco temporal inferior se localiza o giro temporal inferior.

- entre o sulco occipito-temporal e o sulco colateral se localiza o giro occipito-temporal lateral.

- entre o sulco colateral e o sulco calcarino e o sulco do hipocampo está o giro occipito-temporal medial e o giro
para-hipocampal, cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o uncus.

- o sulco colateral (lateral ao giro occipito-temporal medial) pode ser continuo com o sulco rinal (lateral ao giro
para-hipocampal)

- o sulco rinal separa áreas de córtex muito antigas (paleocórtex – situadas medialmente) de áreas mais recentes
(neocórtex – localizadas lateralmente).

- o sulco do hipocampo origina-se na região do esplênio do corpo calos, onde continua com o sulco do corpo
caloso, termina separando o giro para-hipocampal do uncus.

O giro para-hipocampal se liga ao giro do cíngulo através do istmo do giro do cíngulo

Assim: uncus – giro para-hipocampal – istmo do giro do cíngulo – giro do cíngulo constituem uma estrutura que
circunda as estruturas inter-hemisféricas e por muitos é considerado um lobo independente denominado lobo
límbico, a parte anterior do giro para-hipocampal é a área entorrinal importante para a memória e uma das
primeiras regiões do cérebro a ser lesada na doença de Alzheimer.

Lobo frontal:

- apresenta um único sulco olfatório chamado de sulco olfatório

- medialmente ao sulco olfatório situa-se o giro reto


- o restante da face anterior é ocupado por sulcos e giros denominados sulcos e giros orbitários

- possui o bulbo olfatório que é uma estrutura ovóide de substância cinzenta que continua com o trato olfatório,
ambos alojados no sulco olfatório que recebem inúmeros filamentos do nervo I.

- o trato olfatório se bifurca formando estrias olfatórias lateral e medial, as quais delimitam uma área triangular, o
trigono olfatório.

- atrás do trigono olfatório e adiante do trato óptico, localiza-se uma série de orifícios para a passagem de vasos, a
substância perfurada anterior.

Morfologia do ventrículo lateral:

- os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo liquido cerebroespinhal


denominadas ventrículos laterais direito e esquerdo

- se comunicam com o III ventrículo pelo respectivo forame interventricular

- possuem uma parte central e três cornos que correspondem aos três polos do hemisfério

- as partes que se projetam para o lobo frontal: corno anterior

- as partes que se projetam para o lobo temporal: corno inferior

- as partes que se projetam para o lobo occipital: corno posterior

- com exceção do corno inferior, todas as outras estruturas tem o teto formado pelo corpo caloso

Morfologia das paredes ventriculares:

- corno anterior:

- teto e parede anterior: corpo caloso

- parede medial: septo pelúcido (que separa o corno anterior dos dois ventrículos laterais)

- assoalho e parede lateral: cabeça do núcleo caudado

- parte central:

- estende-se dentro do lobo parietal, do nível do forame interventricular para trás, até o esplênio do corpo
caloso e se bifurca em corno inferior e posterior na região denominada trigono colateral.

- teto: corpo caloso

- parede medial: septo pelúcido

- assoalho: partes do fórnix, plexo corióide, parte lateral da face dorsal do tálamo, estria terminal e corpo
do núcleo caudado.

- corno posterior:

- estendem-se para dentro do lobo occipital

- suas paredes em quase toda sua extensão são formadas por fibras do corpo caloso

- borda medial do corno posterior há duas elevações: bulbo do corno posterior e calcar avis.

- corno inferior:

- curva-se inferiormente e a seguir anteriormente, em direção ao polo temporal, a partir do trigo colateral.

- teto: substancia branca do hemisfério e ao longo de sua margem medial, a cauda do núcleo caudado e a
estria terminal, estruturas que acompanham a curva descrita pelo corno inferior, sendo que na cauda do núcleo
caudado, localiza-se o corpo amigdaloide que possui função relacionada às emoções e ao medo.

- o assoalho do corno inferior apresenta duas eminências: a eminência colateral, formada pelo sulco colateral e a
eminência do hipocampo, formada pelo sulco do hipocampo, situada medialmente a ela.
* o hipocampo é uma elevação curva localizada acima do giro para-hipocampal, sendo constituída de um córtex
muito antigo (arquicórtex), se liga a perna do fórnix pelas fimbrias do hipocampo que são feixes de fibras nervosas
ao longo de sua borda medial e ao longo dela está localizado o giro dentetado que é uma fita estreita de
substancia cinzenta.

O hipocampo se liga ao giro para-hipocampal através do subinculum, tendo função relacionada a memória.

Plexos corióides dos ventrículos laterais:

- os plexos corióides da parte central dos ventrículos laterais continuam com os do III ventrículo e acompanha o
trajeto curvo do fórnix, atingindo o corno inferior do ventrículo lateral.

- o corno anterior e posterior não possuem plexos corióides

Organização interna dos hemisférios cerebrais:

- córtex cerebral (que reveste um centro branco medular do cérebro – centro semioval)

- no interior do centro branco medular existem massas de substâncias cinzentas denominadas os núcleos da base

Núcleos da base:

- núcleo caudado

- núcleo lentiforme

- putâmen

- globo pálido

- claustrum

- corpo amigdaloide

- núcleo accumbens

- núcleo caudado:

- massa alongada cinzenta relacionada com o ventrículo lateral em quase toda sua extensão

- sua extremidade anterior dilatada constitui a cabeça do núcleo caudado

- segue como corpo do núcleo caudado

- a cauda do núcleo caudado estende-se até a extremidade anterior do corno inferior

- a cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do putâmen

- núcleos com função relacionada à motricidade

- núcleo lentiforme

- situado profundamente ao hemisfério

- medialmente se relaciona com a capsula interna que o separa do núcleo caudado e do tálamo.

- lateralmente se relaciona com a ínsula, do qual é separado por uma substancia branca e pelo claustrum

- dividido em putâmen (lateral) e globo pálido (medial), e é dividido por uma lamina de substância branca
em porção lateral e medial.

- função sobretudo motora

- núcleo caudado + núcleo lentiforme = núcleos estriados dorsais


- Claustrum:

- delgada calota de substancia cinzenta entre o córtex da insula e o núcleo lentiforme

- separa-se do córtex insular por uma lamina de substância branca denominada cápsula extrema

- entre o claustrum e o núcleo lentiforme existe outra lamina de substância branca: a cápsula externa

- da face lateral até a superfície ventricular:

- córtex insular

- capsula extrema

- claustrum

- capsula externa

- putamên

- lamina medular lateral

- parte lateral do globo pálido

- lamina medular medial

- parte medial do globo pálido

- capsula interna (perna posterior)

- tálamo (lâmina medular interna)

- corpo amigdaloide ou amígdala

- massa esferoide de substancia cinzenta situada no polo temporal do hemisfério cerebral, tendo relação
com a cauda do núcleo caudado, tendo função relacionada com emoção, em especial com o medo.

- núcleo accumbens

- massa de substancia cinzenta situada na zona de união entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen,
integrando o conjunto denominado de corpo estriado dorsal, sendo importante área do prazer do corpo

Centro branco medular do cérebro:

- formado por fibras mielínicas

- dois tipos: fibras de projeção – ligam o córtex cerebral a centros subcorticais

- fibras de associação – ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro

- entre as fibras de associação, temos aquelas que unem os dois hemisférios atravessando o plano mediano

- corpo caloso

- comissura anterior

- comissura do fórnix

- as fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a capsula interna.

- o fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui pouco para a formação do centro medular

- a capsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral

- estas fibras formam o feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e
do tálamo, situados medialmente.

- Acima dos níveis deste núcleo a capsula interna passa a ser denominada coroa radiada.
- dispõe-se na capsula interna uma perna anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo
lentiforme e uma perna posterior bem maior situada entre o tálamo e o núcleo lentiforme e quando essas duas
porções se encontram formam o corpo estriado ventral.

Meninges e liquor:

- três membranas conjuntivas: dura-máter, aracnoide, pia-máter.

- leptomeninge: aracnoide e pia-máter

- paquimeninge: dura-máter

- proteção dos centros nervosos e risco de patologias como meningites ou meningiomas.

Dura-máter:

- membrana conjuntiva mais superficial e resistente

- formada por tecido conjuntivo rico em colágeno, vasos e nervos.

- a dura-máter do encéfalo difere-se da dura-máter espinhal devido ser formada por dois folhetos, um externo e
um interno, dos quais somente o interno continua com a dura-máter espinhal e o externo adere-se intimamente
aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo destes ossos.

- Não há espaço epidural no encéfalo, pois a dura-máter está aderida aos ossos do crânio.

- A dura-máter, em particular seu folheto externo é muito vascularizada, cuja principal artéria que a irriga é a
artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar interna.

- pregas da dura-máter no encéfalo:

- Em algumas áreas, o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem em
compartimentos que se comunicam amplamente. As principais são:

- foice do cérebro: septo medial vertical que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios
cerebrais.

- tenda do cerebelo: septo transversal que separa os lobos occipitais do cerebelo, ainda separa a fossa posterior
da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em compartimento superior ou supratentorial e outro
inferior ou infratentorial.

- A borda livre da tenda do cerebelo é denominada incisura da tenda do cerebelo ajusta-se ao mesencéfalo e em
algumas circunstancias pode romper os nervos III e IV.

- foice do cerebelo: pequeno septo mediano localizado abaixo da tenda do cerebelo, entre os dois hemisférios
cerebelares.

- diafragma da sela: pequena lamina horizontal que fecha superiormente a sela turca deixando apenas o orifício
para a passagem da hipófise, que a isola e protege e ao mesmo tempo dificulta sua cirurgia.

- cavidades da dura-máter:

- quando ocorre a separação do folheto da dura-máter em alguma região.

- ex: cavo trigeminal ou de Meckel, que contém o gânglio trigeminal.

- seios da dura-máter:

- canais venosos revestidos por endotélio e situados entre dois folhetos que compõem a dura-máter encefálica.

- o sangue proveniente das veias do encéfalo drena para os seios da dura-máter até a veia jugular interna.

- se dispõem ao longo da inserção das pregas da dura-máter, distinguindo os seios em relação com a abobada e
com a base do crânio.
- seios da abóbada do crânio:

- seio sagital superior:

- percorre a margem de inserção da foice do cérebro, terminando próximo a protuberância occipital


externa, na confluência dos seios, formada pela confluência do seio sagital superior, reto e
occipital e pelo inicio do seio transverso direito e esquerdo.

- seio sagital inferior

- percorre a margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto

- seio reto

- localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo.

- recebe em sua extremidade anterior, o seio sagital inferior e a veia cerebral magna, terminando
na confluência dos seios.

- seio transverso

- é par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital,
desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser denominado de seio
sigmoide.

- seio sigmoide

- em forma de S, continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua com a veia
jugular interna, drenando quase a totalidade do sangue venoso da cavidade craniana.

- seio occipital

- pequeno e dispõe-se ma margem de inserção da foice do cerebelo

Seios da base do crânio:

- seio cavernoso:

- seio grande e irregular situado de cada lado do corpo do esfenoide e da sela turca

- recebe sangue das veias oftálmicas superior e central da retina

- drena através do seio petroso superior e seio petroso inferior

- se comunica do o seio cavernoso do lado oposto através do seio intervenoso

- atravessado em artéria carótida interna – nervo VI – nervo IV – nervo III – ramo oftálmico do
nervo V.

- aneurismas da artéria carótida interna pode comprimir os nervos que atravessam o seio
cavernoso

- seios intercavernosos:

- unem os dois seios cavernosos, envolvendo a hipófise.

- seio esfenoparietal:

- percorre a face interior da pequena asa do osso esfenoide e desemboca no seio cavernoso

- seio petroso superior

- dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo na porção petrosa do osso
temporal

- drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmoide

- seio petroso inferior

- percorre o sulco petroso inferior


- termina lançando-se na veia jugular interna

- plexo basilar

- ocupa a porção basilar do osso occipital

- comunica-se com o seio petroso inferior e cavernoso

- liga-se ao plexo do forame occipital e através deste ao plexo venoso vertebral interno.

Aracnóide:

- membrana justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, com pequena
quantidade de líquido necessário à lubrificação.

- a aracnoide separa-se da pia-máter através do espaço subaracnoideo que contém o liquor havendo ampla
conexão do encéfalo com a medula

- possuem as trabéculas aracnóideas que atravessam o espaço para se ligar à pia-máter.

Cisternas subaracnoideas:

- tanto a dura-máter quanto a aracnoide acompanham grosseiramente o encéfalo e a pia-máter adere intimamente
a superfície do encéfalo acompanhando os giros sulcos e depressões

- as dilatações do espaço subaracnoideo são chamados de cisternas subaracnoideas, contendo grande


quantidade de liquor

- as cisternas mais importantes são:

- cisterna cerebelo medular

- cisterna pontina

- cisterna interpeduncular

- cisterna quiasmática

- cisterna superior (da veia cerebral magna ou de Galeno)

- cisterna da fossa lateral do cérebro

Granulações aracnóideas

- pequenas eminências que penetram no interior dos seios da dura-máter, sendo mais abundantes no seio sagital
superior

- por terem paredes revestidas apenas por endotélio levam uma porção de liquor para o sangue

Pia-máter:

- mais interna das meninges

- aderindo intimamente à superfície do encéfalo e medula, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais

- dá resistência aos órgãos nervosos

- acompanha vasos que penetram no tecido nervoso, formando a parede externa dos espaços perivasculares

- o liquor destes espaço diminuem o efeito da pulsação

Liquor:

- liquido que ocupa o espaço subaracnoideo e as cavidades ventriculares

- proteção mecânica do sistema nervoso central

- qualquer pressão sobre um ponto do liquido se distribui para todos os outros pelo principio de Pascal
- amortece os choques mecânicos

- o espaço subaracnoideo fica repleto de liquido e com isso diminui o peso flutuando no liquor

- límpido e incolor

- 100 a 150 ml e renovação a cada oito horas

- os plexos corióides produzem o liquor

Circulação do liquor:

- produzido pelo plexo corioide (dobras da pia-máter, vasos sanguíneos e células ependimárias) e células
ependimárias das paredes ventriculares.

- ventrículos laterais

- forames interventriculares

- III ventrículo (plexo corióide – contribuição com liquor produzido)

- aqueduto cerebral

- IV ventrículo (plexo corióide – contribuição com liquor produzido)

- por meio das aberturas mediana e laterais do IV ventrículo ganhando o espaço subaracnoideo, sendo
reabsorvido pelas granulações aracnóideas que se projetam nos seios da dura-máter pela qual chega a circulação
sistêmica

- no espaço subaracnoideo da medula o liquor desce em direção caudal, e parte dele volta, pois a outra é
reabsorvida nas pequenas granulações aracnóideas nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as
raízes dos nervos espinhais

- seu movimento se dá pela posição onde se produz o liquor e pela pulsação das artérias

- além de proteção mecânica o liquor mantém o equilíbrio do meio químico dos ventrículos, excreção dos produtos
do metabolismo das células nervosas e veiculo de comunicação entre diferentes pontos do SNC.

Correlações anatomoclínicas:

- Hidrocefalia:

- existem processos que interferem na produção, circulação e absorção de liquor, causando as


hidrocefalias.

- aumento da pressão e quantidade do liquor, dilatando o ventrículo e comprimindo o tecido nervoso.

- tipos: comunicantes e não comunicantes

- comunicantes: aumento da produção de liquor ou deficiência na absorção em razão de patologias


relacionadas ao plexo corioide, seios da dura-máter e granulações aracnóideas.

- não comunicantes: mais frequente e é resultado da obstrução do trajeto do liquor nos seguintes pontos:

- forame interventricular

- aqueduto cerebral

- aberturas medianas e laterais do IV ventrículo

- incisura da tenda

- Hipertensão craniana:

- aumento do volume de qualquer componente da cavidade craniana reflete sobre os demais órgãos
- tumores – hematomas – comprimem regiões da cavidade crânio-vertebral

- realizar exame do fundo de olho – edemas da papila óptica

- Hérnia intracraniana:

- o aumento do volume de qualquer componente do sistema nervoso devido a processos expansivos


acarreta no aumento de volume e pressão nas pregas da dura-máter causando vazamento de tecido nervoso para
um compartimento vizinho.

- hérnias mais importantes pelas graves consequências que acarretam: hérnia de uncus e de tonsila

- Hérnia de úncus:

- um processo expansivo cerebral, determinando um aumento de pressão no compartimento


supratentorial, empurra o úncus que faz a protusão através da incisura do cerebelo, comprimindo o mesencéfalo.

- compressão do nervo oculomotor na base do pedúnculo cerebral

- ocorre dilatação da pupila no mesmo lado da lesão com resposta lenta à luz, progredindo para dilatação
completa.

- sintomas mais característicos é a perda de consciência ou coma, por lesão em estruturas mesencefálicas
responsáveis por ativação do córtex pré-central.

Hérnias de tonsila:

- processo expansivo na fossa posterior, com um tumor em um dos hemisférios cerebelares pode
empurrar as tonsilas através do forame magno, nesse caso ocorre compressão do bulbo, causando morte por
lesão nos centros respiratórios e vasomotor.

Hematomas extradurais e subdurais:

- rupturas de vasos que resultam em acumulo de sangue nas meninges sob forma de hematomas

- lesões das artérias meníngeas devido a traumatismos no crânio resultam em acumulo de sangue entre a dura-
máter e os ossos do crânio formando um hematoma extradural que cresce e separa a dura-máter do osso, e
empurra o tecido nervoso, sendo fatal se não tratado em horas.

- nos hematomas subdurais o sangramento se da no espaço subdural, geralmente em consequência da ruptura de


uma veia cerebral no ponto em que ela entra no seio sagital superior, resultando em sangue acumulado entre a
dura-máter e a aracnoide.

- No espaço subaracnoideo o sangue se espalha no liquor, sem formar hematomas e pode ser visualizado em
uma punção lombar.

- cefaleia intensa e algumas vezes inconsciência.

Vascularização do SNC e Barreiras Encefálicas:

- o sistema nervoso depende do O2

- períodos sem O2 comprometem o SN causando lesões, onde 10s ocorre perda de consciência, 5 min leva a
lesões irreversíveis, áreas diferentes são lesadas em tempos diferentes.

- AVC hemorrágicos ou isquêmicos interropem a circulação de determinadas áreas encefálicas causando necrose
do tecido nervoso, acompanhadas de alterações motoras, sensitivas e psíquicas.

- no sistema nervoso central não existe circulação linfática, havendo somente a liquórica que não corresponde à
circulação linfática, nem anatomicamente ou fisiologicamente.

Vascularização do encéfalo:

- Fluxo sanguíneo cerebral


- só é superado pelo fígado e rim

- o consumo de O2 é mais alto na substância cinzenta do que na substância branca

- FSC = PA/RCV

Vascularização do encéfalo:

- irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais que se originam no pescoço, onde não dão ramos
importantes, sendo especializadas para a irrigação do encéfalo.

- na base do crânio estas artérias formam o polígono anastomótico de Willis de onde saem as principais artérias
para a vascularização cerebral

- possuem paredes finas propensas a hemorragias

- as artérias que penetram no encéfalo são envolvidas na sua porção inicial por liquor que diminui o choque da
onda sistólica.

- há quase independência das circulações extracranianas e intracranianas, e algumas conexões entre as duas são
insuficientes para criar uma circulação colateral útil em caso de obstrução no território da carótida interna.

Artéria carótida interna:

- ramo de bifurcação da carótida comum, após o trajeto pelo pescoço penetra na cavidade craniana através do
canal carotídeo do osso temporal, atravessa o seio cavernoso descrevendo um S, o sifão carotídeo, em seguida
perfura a dura-máter e a aracnoide e no inicio do sulco lateral divide-se em artéria cerebral média e artéria
cerebral anterior que se ramificam em ramos menores.

- além dos dois ramos, a mesma dá alguns ramos importantes:

- artéria oftálmica – emerge da carótida quando esta atravessa a dura-máter, logo abaixo do processo clinóide
anterior, irrigando principalmente o bulbo ocular.

- artéria comunicante posterior – anastomosa-se com a artéria cerebral posterior que é ramo da artéria basilar para
a formação do polígono de Willis

- artéria carióidea anterior – dirige-se para trás ao longo do trato óptico, penetra o corno inferior e irriga o plexo
corioide e capsula interna, núcleos da base e diencéfalo.

Artéria basilar e vertebral:

- as artérias vertebral direita e esquerda destacam-se das artérias subclávias correspondentes, sobem dentro dos
forames transversos das vértebras cervicais, perfuram a membrana atlantoccipital, dura-máter e aracnoide,
penetrando o crânio no forame magno.

- percorrem a seguir a face ventral do bulbo e aproximadamente do nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para
formar um tronco único, a artéria basilar.

- as artérias vertebrais dão origem a duas artérias espinhais posterior e à artéria espinhal anterior que
vascularizam a medula.

- originam-se também as artérias cerebelares inferiores posteriores (irrigam a porção inferior e posterior do
cerebelo)

- a artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina-se bifurcando em artérias cerebrais posteriores direita
e esquerda

- ramos da artéria basilar

- artéria cerebelar superior – nasce atrás das cerebrais posteriores, distribuindo-se no mesencéfalo e parte
superior do cerebelo.

- artérias pontinas.

- artéria do labirinto – penetra o meato acústico interno junto com os nervos VII e VIII, vascularizando
estruturas do ouvido interno.

- artéria cerebelar inferior anterior – irriga a parte anterior e da face inferior do cerebelo.
Polígono de Willis:

- situa-se na base do cérebro

- circunda o quiasma óptico e o tuber cinéreo

- formado pelas artérias cerebrais anterior, média e posterior, comunicante anterior e comunicante posterior,
direitas e esquerdas.

- artéria comunicante anterior: anastomosa duas artérias cerebrais anteriores adiante do quiasma óptico

-artéria comunicante posterior: une de cada lado a carótida interna com a artéria cerebral posterior

- artérias cerebrais anterior – média e posterior: emitem ramos corticais e ramos centrais, vascularizando o
córtex e substancia branca adjacente e penetrando na base do cérebro para irrigar o diencéfalo, núcleos da base
e capsula interna, respectivamente e formam uma região perfurada vista quando se retira a pia-máter denominada
de substância perfurada anterior e posterior. São especialmente importantes e denominadas de artérias estriadas,
ramos centrais que se destacam da artéria cerebral média e penetra a substancia perfurada anterior,
vascularizando o corpo estriado e a capsula interna (lesões nessas artérias são sérias devido à irrigação da
capsula interna que é uma importante fibra de projeção).

Território de irrigação das três artérias cerebrais:

- artéria cerebral anterior: dirige-se adiante e para cima contornando o joelho do corpo caloso e ramifica-se na
face medial de cada hemisfério desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital e distribui-se para a parte mais alta
da face dorsolateral, onde se limita com o território da artéria cerebral média.

- lesão nessa artéria causa diminuição de sensibilidade e paralisia no membro inferior do lado oposto, decorrente
de lesões das áreas corticais motoras e sensitivas que corresponde à perna e se localizam na porção alta dos
giros pré e pós-central (lobo paracentral).

- artéria cerebral média: percorre o sulco lateral em toda sua extensão, distribuindo-se em ramos que irrigam a
maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério.

- esse território compreende áreas corticais importantes, como a área motora, somestésica, centro da linguagem,
etc.

- lesões nessa artéria causa diminuição de sensibilidade no lado oposto do corpo, exceto do membro inferior,
levando a graves distúrbios da linguagem e agrava se atingir os ramos centrais profundos, como as artérias
estriadas que vascularizam os núcleos da base e capsula interna;

- artéria cerebral posterior: ramos da bifurcação da artéria basilar, dirigindo-se para trás, contornam o pedúnculo
cerebral, percorrendo a face inferior do lobo temporal até chegar ao lobo occipital onde irrriga a área visual e sua
lesão causa cegueira em uma parte do campo visual.

- mesmo com a anastomose entre o sistema carotídeo e o vertebral não há passagem significativa de sangue
entre os dois sistemas, do mesmo modo que a troca de sangue entre as metades esquerda e direita do circulo
arterial.

Vascularização venosa do encéfalo:

- são maiores e mais calibrosas que elas.

- drenam para os seios da dura-máter de onde o sangue converge para as veias jugulares internas as quais
recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico.

- os seios da dura-máter ligam-se também às veias extracranianas através das veias emissárias que passam
através de pequenos forames no crânio.

- como não possuem musculaturas em suas paredes, as veias se utilizam das três forças para realizar a circulação
venosa:

- aspiração da cavidade torácica

- força da gravidade

- pulsação das artérias

- as principais veias do encéfalo são divididas em dois sistemas:


- sistema venoso superficial

- constituído por veias que drenam o córtex e a substância branca adjacente e se anastomosam
amplamente na superfície do cérebro, onde formam grandes troncos denominados: veias
cerebrais superficiais superiores e inferiores.

- as veias cerebrais superficiais superiores provém da face medial e da metade superior da face
dorsolateral de cada hemisfério, desembocando no seio sagital superior.

- as veias cerebrais superficiais inferiores provém da metade inferior da face dorsolateral de cada
hemisfério e de sua face inferior, terminando nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e
no seio transverso, sendo a principal veia superficial inferior a veia cerebral média superficial que
percorre o sulco lateral e termina em geral no seio cavernoso.

- sistema venoso profundo

- drenam sangue de regiões profundas do cérebro como, corpo estriado, capsula interna,
diencéfalo, e grande parte do centro branco medular, sendo a mais importante veia deste sistema é a veia
superficial magna ou de Galeno, para qual converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo, formada
pela confluência das veias cerebrais internas, logo abaixo do esplênio do corpo caloso, desembocando no seio
reto.

Vascularização da medula:

- irrigada pelas artérias espinhal anteriores e posteriores, ramos da artéria vertebral e pelas artérias
radiculares que penetram a medula com as raízes dos nervos espinhais.

- a artéria espinhal anterior que é derivada de dois ramos recorrentes que emergem das artérias vertebrais
e vão da fissura mediana anterior até o cone medular e emitem ramos sulcais, essa artéria vasculariza as colunas
e os funículos anterior e lateral da medula.

- as artérias espinhais posteriores direita e esquerda, ramos das artérias vertebrais dirigem-se
dorsalmente ao bulbo percorrendo a medula longitudinalmente, medialmente aos filamentos radiculares das raízes
dorsais dos nervos espinhais, vascularizando a coluna e o funículo posterior da medula.

- artérias radiculares derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco
(tireoidea inferior – intercostais – lombares e sacrais), penetrando os forames intervertebrais junto com os nervos
espinhais e dão origem a artérias radiculares anterior e posterior, sendo que as artérias radiculares anteriores se
anastomosam com a artéria espinhal anterior e as artérias radiculares posteriores se anastomosam com as
artérias espinhais posteriores.

Barreiras encefálicas:

- dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de sangue entre o sangue e o tecido nervoso ou entre o
sangue e o liquor

- regulam a passagem para o tecido nervoso não só de substâncias a serem utilizadas pelo neurônio, mas
remédio e substancias toxicas.

- existem dois tipos de barreira – hematoencefálica e hematoliquórica.

Localização da barreira hematoencefálica

- está no capilar do SNC formado pelo endotélio e membrana basal muito fina

- os pés vasculares dos astrócitos formam uma camada quase completa em torno do capilar

- a barreira não está no conjunto desses três elementos se sim no endotélio que apresentam três características
que os diferenciam dos demais capilares e que se relacionam com o fenômeno da barreira encefálica

- são unidas por junções oclusivas, que impedem a penetração de macromoléculas.

- não existem fenestrações que são áreas muito finas do endotélio

- são raras as vesículas pinocitóticas


Localização da barreira hematoencefálica

- localiza-se nos plexos corióides, sendo que seus capilares não participam desse fenômeno.

- substancias são barradas no nível da superfície do ependimário para a cavidade ventricular esses também
possuem junções oclusivas que unem as células próximas à superfície ventricular, constituindo a base da barreira
hematoliquórica.

Funções das barreiras:

- impedir a passagem de agentes tóxicos para o SNC

- neurotransmissores encontrados no sangue, como adrenalina que se não barrada pode alterar fisiologicamente o
cérebro.

- barreira de proteção do encéfalo contra agentes que poderiam lesá-lo ou alterar seu funcionamento.

- permite a passagem de substancias importantes para o funcionamento das células do sistema nervoso, como AA
e glicose.

Fatores de variação da permeabilidade da barreira hematoencefálica

- cada região encefálica possui mais ou menos permeabilidade para com certas substancias.

Orgãos circunventriculares:

- em algumas áreas do cérebro a barreira encefálica não existe

- áreas com endotélio fenestrado e sem junções oclusivas

- estão em volta do III e IV ventrículos

- são receptores de sinais químicos vindos do sangue ou relacionados a secreção de hormônios.

- secretores de hormônios

- glândula pineal (secreta metatonina)

- eminência media (pertence ao hipotálamo e está relacionada no transporte de hormônios do hipotálamo


para adeno-hipófise)

- neuro-hipófise (local de liberação dos hormônios hipotalâmicos)

- receptores químicos

- área póstrema – sensível a sinais químicos relacionados ao sangue, como o hormônio colecistocinina,
secretado pelo trato gastrointestinal, onde essa informação é repassada ao hipotálamo para a regulação da
atividade gastrointestinal ou ao centro do vomito que em função dessa informação pode desencadear refluxo.

- órgão subfornicial – situada no forame de Monro, abaixo do fórnix – possuem neurônios sensíveis à
baixa quantidade de angiotesina que regula o volume de sangue circulante – aumenta a sede – o centro da sede
do hipotálamo lateral recebem informações dos neurônios do órgão fornicial aumentando a sede.

- órgão vascular da lâmina terminal – sensível ao aumento de pressão osmótica do sangue,


desencadeando a sede e estimulando a secreção de hormônios antidiuréticos pelo hipotálamo.

Nervos em geral – Terminações Nervosas – Nervo Espinhais:

Características gerais e estrutura dos nervos:

- nervos são cordões esbranquiçados formados por feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo,
cuja função principal é unir o sistema nervoso central aos órgãos periféricos.
- divididos em nervos cranianos e nervos espinhais, com a união se fazendo com o encéfalo ou medula,
respectivamente.

- função principal: conduzir impulso nervoso do SNC até a periferia (eferentes) e da periferia para o SNC
(aferentes)

- as fibras são geralmente mielinizadas e com neurilema.

* nervo óptico – mielinizado e sem neurilema

* nervo olfatório – amielinizado com neurilema

- o nervo é constituído por: epineuro – perineuro – endoneuro.

- são muito vascularizados, mas pouco ou quase totalmente insensíveis.

- então se um nervo é estimulado ao longo de seu trajeto a sensação geralmente dolorosa será sentida no
território que ele enerva.

- quando um membro é amputado os cotos nervosos irritados podem originar impulsos que são interpretados pelo
cérebro como se fossem originadas no membro retirado – dor fantasma – pois um individuo sente dor em um
membro inexistente.

- durante seu trajeto o nervo pode bifurcar ou se anastomosar. Nesses casos, não há bifurcação ou anastomose
de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos, ou que se
destaca de um nervo para seguir outro.

- em sua terminação as fibras nervosas motoras ou sensitivas de um nervo em geral ramificam-se muito.

- distingue-se um nervo em origem real e aparente, a real corresponde à localização dos corpos dos neurônios
que constituem os nervos como a coluna anterior da medula, os núcleos dos nervos cranianos ou gânglios
sensitivos.

- a aparente, corresponde ao ponto de emergência do nervo na superfície do sistema nervoso central.

Condução dos impulsos nervosos:

- a condução do impulso nervoso sensitivo (aferente) se faz através dos prolongamentos periféricos dos neurônios
sensitivos.

- esses neurônios tem seu corpo celular localizado nos gânglios sensitivos das raízes dorsais dos nervos
espinhais e nos gânglios de alguns nervos cranianos.

- são células pseudounipolares ou bipolares que possuem um prolongamento periférico (forma as terminações
nervosas) que se liga ao receptor e outro que se liga a neurônios da medula ou tronco encefálico.

- o prolongamento periférico é morfologicamente um axônio, mas funcionalmente um dendrito e o prolongamento


central é funcional e morfologicamente um axônio.

- os impulsos sensitivos são conduzidos dos prolongamentos periféricos para o prolongamento central não
passando pelo corpo celular.

- os impulsos nervosos motores são conduzidos do corpo celular para o órgão eferente.

- quanto à velocidade existem:

- A – ricamente mielinizadas e divididas em alfa – beta – gama

- B – fibras pré-ganglionares – vistas no SNA

- C – fibras pós-ganglionares – não mielinizadas do SNA e algumas responsáveis por impulsos térmicos e
dolorosos

- os axônios de tamanhos equivalentes que enervam o tendão e músculos são chamados de músculos I II III e IV.
O grupo IV contém fibras amielínicas. As fibras C (pós-ganglionares) e IV, velocidade de condução de 0,5m/s a
1m/s. Nas fibras A alfa, a velocidade pode atingir 120m/s e nas A beta, 75m/s.

Lesões dos nervos periféricos: regeneração de fibras nervosas


- lesões nos nervos periféricos trazem como consequência perda ou diminuição da sensibilidade ou motricidade
do território enervado.

- no inicio do processo de regeneração os axônios emitem numerosos ramos que aumenta a chance de eles
encontrarem o caminho correto até seu destino, pois se crescerem de forma difusa formam neuromas, formados
de tecido conjuntivo, células de Schwann e emaranhados de fibras nervosas.

- As fibras nervosas da parte periférica do sistema nervoso autônomo também possuem grande poder de
recuperação.

- No sistema nervoso central a regeneração não ocorre e quando ocorre é muito limitado, embora sejam
potencialmente capazes para a regeneração.

Terminações Nervosas:

- modificação nas extremidades periféricas das fibras nervosas que podem ser aferentes (sensitiva) ou eferentes
(motoras).

- as terminações sensitivas quando estimuladas dão origem a impulsos nervosos que seguem pela fibra em
direção ao corpo neuronal e são levados ao SNC para áreas específicas onde são “interpretados” resultando em
diferentes formas de sensibilidade.

- as terminações nervosas motoras existem na porção terminal das fibras eferentes e são elementos pré-
sinápticos das sinapses neuroefetuadoras, inervando músculos ou glândulas.

Terminações nervosas sensitivas (receptores)

- receptores gerais – ocorre em todo o corpo, parte do sistema sensorial somático, respondendo a diferentes
estímulos.

- dor – temperatura – tato – postura corporal e propriocepção.

- receptores especiais – fazem parte dos órgãos do sentido – visão – audição – equilíbrio – gustação e olfação,
(cabeça)

Classificação Fisiológica dos Receptores:

- um determinado receptor livre é responsável apenas por uma dessas formas de sensibilidade e especificidade
significa dizer que um receptor possui máxima sensibilidade para um estimulo.

Classificação:

- quimiorreceptores – sensíveis a estímulos químicos – olfação e gustação

- osmorreceptores – detectam variações de pressões osmóticas

- fotorreceptores – receptores sensíveis a luz – cones e bastonetes

- termorreceptores – receptores que detectam variações de calor e frio – alguns localizados no hipotálamo
(variações de temperatura no sangue) – terminações nervosas livres

- nociceptores – receptores de estímulos mecânicos, térmicos ou químicos que dependendo da intensidade causa
lesões – terminações nervosas livres.

- mecanorreceptores – receptores de estímulos mecânicos, situando-se os receptores de audição – equilíbrio do


ouvido interno – receptores do seio carotídeo – receptores viscerais – cutâneos ( tato – pressão – vibração).

Outra classificação:

Através da localização:

- extereoceptores – superfície externa do corpo – ativados por agentes externos do corpo – calor – frio – tato –
pressão – som - luz

- propriocepetores – situados mais profundamente – músculos – tendões – ligamentos – {impulsos nervosos


proprioceptivos que podem ser consciente (capacidade de perceber a posição ou movimento) ou inconsciente
(não despertam sensação)}.

- interoceptores ou visceroreceptores – localizam-se nas vísceras e vasos sanguíneos e são origem a diversas
formas de sensações viscerais, geralmente pouco localizadas, como a fome, a sede e a dor visceral, sendo
grande parte desses inconscientes, transmitindo aos SNC informações necessárias à coordenação visceral, tais
como teor de O2, a pressão osmótica do sangue e a pressão arterial.

Os proprioceptores e os extereoceptores estão relacionados à parede corporal, sendo, pois considerados


receptores somáticos e os interoceptores transmitem impulsos relacionados às vísceras e são então
denominados viscerais.

Os receptores somático da pele:

- a maioria são mecanorreceptores e quimiorreceptores.

- geralmente um estimulo ativa vários receptores, cabendo ao SNC à geração de percepções.

- apresentam estrutura mais simples que os receptores especiais

- são classificados em livres e encapsulados, conforme tenham ou não uma capsula conjuntiva.

Receptores livres:

- receptores gerais livres são as terminações das fibras nervosas sensoriais que perdem bainha de mielina,
preservando os envoltório de células de Schwann, sendo os mais frequentes.

- veiculam informações de tato grosseiro, dor, temperatura e propriocepção

- na categoria de receptores livres estão os discos de Merkel e os nociceptores, que estão envolvidos em tato e
pressão contínuos e sinalizando que o tecido epitelial está sendo lesado ou em risco de lesão, sendo a maioria
polimodal (respondem a mais de um tipo de estimulo) e são encontrados somente nas meninges no encéfalo,
respectivamente.

- as informações são levadas a medula por meio de fibras A gama ou C e estabelecem sinapses com neurônios
da região da coluna posterior

- os nociceptores, presentes ainda nas vísceras entram na coluna pelo mesmo caminho dos exteroceptores, e as
duas formas de informação se misturam, dando origem ao fenômeno de dor referida, segundo o qual a ativação
de um nociceptor visceral dá origem a uma sensação cutânea.

- ex: infarto em que o nociceptor está no coração mas a dor é localizada na parede torácica superior ou no braço
esquerdo

- termorreceptores: receptores de estímulos de calor ou frio não dolorosos fazendo sinapse em nível de corno
posterior da medula e ascendem na medula através de um caminho semelhante ao vi da dor.

Receptores encapsulados:

- mais complexos que os livres e possuem mais ramificações na extremidade do axônio no interior de uma capsula
conjuntiva

- terminações encapsuladas mais importantes:

- corpúsculos de Meissner: presentes sobretudo na pele espessa das mãos e dos pés, receptores de tato
– pressão e estímulos vibratórios, porém de forma mais lenta que os percebidos pelos corpúsculos de Paccini.
Importante na percepção de texturas.

- corpúsculos de Pacinni: maiores receptores ocorrendo em tecidos das mãos e pés ou em território mais
profundo, como os septos intermusculares e periósteo. Responsáveis pela recepção de estímulos vibratórios
rápidos e repetitivos.

- corpúsculos de Ruffini: são receptores de tato e pressão, estando presentes tanto na pele espessa das
mãos e dos pés quanto na pele pilosa do restante do corpo.

- fibras neuromusculares: pequenas estruturas em forma de fuso situadas nos ventres dos músculos
estriados esqueléticos, dispondo paralelamente com as fibras destes músculos (fibras extrafusais). Cada fuso é
constituído de 2 a 10 fibras estriadas denominadas fibras intrafusais. Este fuso neuromuscular recebe fibras
nervosas sensitivas que se enrolam em torno da região equatorial das fibras intrafusal, constituindo as
terminações anuloespirais. Possui também enervação motora representada pelas fibras eferentes gama que se
originam em pequenos neurônios motores na coluna anterior da medula.

- órgãos neurotendinosos: receptores encontrados na junção dos músculos estriados esqueléticos com
seu tendão.
Terminações nervosas motoras:

- podem ser somáticas ou viscerais

- terminam na musculatura estriada esquelética (somáticas)

- terminam em glândulas – musculatura lisa e musculatura cardíaca (viscerais)

Terminações eferentes somáticas:

- as fibras eferentes somáticas relacionam-se com as fibras musculares estriadas através da placa motora onde a
terminal axônica emite ramos cotendo pequenas dilatações denominadas de botões sinópticos de onde é liberado
neurotransmissor.

Terminações eferentes viscerais:

- o mediador químico pode ser a noradrenalina ou a acetilcolina

- as terminações eferentes somáticas: colinérgicas

- as terminações eferentes viscerais: colinérgicas e adrenérgicas

- não existem formações como as placas motoras

- possui vesículas sinápticas granulares (noradrenalina) e agranulares (armazenam acetilcolina)

Nervos espinhais:

- 31 pares

- fazem conexão com a medula espinhal, correspondendo aos 31 segmentos medulares existentes.

- 8C – 12T – 5L-5S – 1CC

- cada nervo espinhal é formado pela união da raiz dorsal e raiz ventral, as quais se ligam ao sulco lateral posterior
e ao sulco lateral anterior da medula respectivamente através dos filamentos radiculares.

- na raiz dorsal localizam-se o gânglio espinhal (onde estão os corpos dos neurônios sensitivos, pseudounipolares,
cujos prolongamentos central e periférico formam a raiz).

- raiz ventral é formada por axônios de neurônios que se localizam na coluna anterior e lateral da medula

- raiz dorsal é formada por axônios de neurônios que se localizam na coluna posterior da medula

- da união da raiz dorsal (sensitiva) e da raiz ventral (motora) origina-se o tronco do nervo espinhal que
funcionalmente é misto.

Componentes funcionais das fibras dos nervos espinhais:

- as fibras que se ligam perifericamente a terminações nervosas aferentes conduzem os impulsos e são
denominadas aferentes, as fibras originadas em exteroceptores conduzem impulsos originados na superfície,
relacionados à dor, temperatura, pressão e tato.

- as que são originadas em interoceptores são viscerais

- as fibras proprioceptivas podem ser conscientes ou inconscientes.

- as fibras que se ligam perifericamente a terminações nervosas eferentes conduzem os impulsos e são
denominadas eferentes podendo ser somáticas (músculo estriado esquelético) ou viscerais (músculo liso ou
cardíaco ou glândulas).

- os nervos espinhais são muito heterogêneos visto que podem existir fibras situadas lado a lado, conduzindo
impulsos em direções diferentes para estruturas diferentes, pois são “isoladas” uma das outras e possuem
funcionamento independente.

Trajeto dos nervos espinhais:


- o tronco do nervo espinhal sai do canal vertebral pelo forame intervertebral e logo se divide em ramo ventral e
ramo dorsal

- os ramos dorsais se distribuem aos músculos e à pele da região dorsal do tronco, nuca e região occipital (3
primeiros pares)

- os ramos ventrais são a continuação do tronco do nervo espinhal distribuindo-se pela musculatura, pele, ossos e
vasos dos membros, pela região do pescoço e do tronco.

- os ramos ventrais dos nervos espinhais torácicos (nervos intercostais), possuem trajeto paralelo, cada um
seguindo em seu espaço intercostal.

- os ramos ventrais dos outros nervos se anastomosam e se intercruzam e formam plexos e os nervos originados
desses plexos são plurissegementados (contendo fibras originadas em mais de um segmento medular).

- nervos intercostais – unissegmentares – fibras que só se originam em um segmento medular

- seu trajeto pode ser superficial ou profunda, sendo que são predominantemente sensitivos e motores,
respectivamente.

- mesmo quando se penetra um músculo o nervo não é totalmente motor, pois passam fibras sensitivas que
veiculam impulsos proprioceptivos originados nos fusos neuromusculares, de mesmo modo que o nervo cutâneo
não são puramente sensitivos, pois apresentam fibras eferentes viscerais.

Territórios cutâneos de inervação

- dermátomo – território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal.

- recebe o nome da raiz que o inerva – C3 – C5 – T4

- secção de três raízes para perda completa de sensibilidade

- herpes zooster – afeta a raiz dorsal inervando uma área correspondente a um dermátomo.

- dermátomos na fase embrionária – mesma sequência das raízes espinhais

- após o nascimento – se mantém apenas no tronco

- as fibras radiculares podem chegar aos dertmátomos através de nervos unissegmentares (cada nervo, um
dermátomo) ou plurissegmentares.

- ex: nervo mediano – C6 – C7 – C8

Relação entre as raízes e os territórios de inervação motora:

- campo radicular motor – território inervado por uma única raiz

- músculos podem ser unirradiculares ou plurirradiculares

Nervos Cranianos:

- fazem conexão com o encéfalo

- a maioria liga-se ao tronco encefálico, com exceção do nervo I, que se ligam ao encéfalo e do nervo II que
provém do diencéfalo.

- os nervos III – IV – VI – inervam os músculos do olho.

- o nervo V – possui três ramos – oftálmico – maxilar – mandibular

- o nervo VII – compreende o nervo facial e o nervo intermédio (raiz sensitiva e visceral do nervo facial)

- o nervo VIII – compreende dois componentes: uma para parte coclear e outro para a parte vestibular,
relacionados à audição e ao equilibrio

- o nervo X – é também chamado de pneumogástrico

- o nervo Xi – possui uma raiz craniana ou bulbar e uma raiz espinhal


Os nervos cranianos apresentam mais complexidade funcional do que os nervos espinhais

- Fibras aferentes

- somáticas ou viscerais

- gerais ou específicas

- Fibras eferentes

- somáticas ou viscerais

- gerais ou específicas

Componentes aferentes:

- na extremidade cefálica dos animais desenvolveram-se órgãos da visão – audição – gustação – olfação que
possuem receptores especiais.

- as fibras nervosas em relação a esses receptores são classificadas como especiais:

- fibras aferentes somáticas gerais

- originam-se em proprioceptores e exteroceptores conduzindo impulsos de temperatura – dor –


pressão – tato - propriocepção

- fibras aferentes somáticas especiais

- originam-se na retina e no ouvido interno – relacionados com: visão – audição – equilíbrio

- fibras aferentes viscerais gerais

- originam-se nos visceroceptores e conduzem impulsos relacionados à dor visceral

- fibras aferentes viscerais especiais

- originam-se em receptores gustativos e olfatórios, considerados vísceras, pois estão localizados


em sistemas viscerais.

Componentes eferentes:

- fibras eferentes somáticas

- músculos estriados esqueléticos miotômicos

- fibras eferentes viscerais

- especiais

- músculos estriados esqueléticos bronquioméricos

- gerais

- músculo liso – cardíaco – glândulas

- inervação parassimpática do SN e terminam em gânglios viscerais, de onde são levados para


diversas outras áreas viscerais, sendo fibras pré-ganglionares, promovendo a inervação pré-
ganglionar destas estruturas.

A inervação do músculo digástrico é interessante por que seu ventre anterior é inervado pelo nervo V e o seu
ventre posterior é inervado pelo nervo VII.

O músculo esternocleidomastóideo e trapézio são inervados pela raiz espinhal do nervo XI.

Inervação da musculatura branquiomérica:

- V par – musculatura mastigadora – ventre anterior do digástrico -1*

- VII par – musculatura da mímica facial – ventre posterior do digástrico e estilo-hióideo -2*
- IX par – músculo estilofaringeo – constritor superior da faringe -3*

- X par – músculos constritor médio e inferior da faringe e músculos da laringe - 4* e 5*

Estudo dos nervos cranianos:

- nervo I - olfatório

- pequenos feixes nervosos originados na região olfatória de cada fossa nasal, através da lamina crivosa
do osso etmoide, terminando no bulbo olfatório.

- é exclusivamente sensitivo

- classificado com nervo aferente visceral especial

- nervo II – óptico

- feixe de fibras que se originam na retina penetrando no crânio pelo canal óptico

- forma o quiasma óptico com o nervo do lado oposto onde ocorre cruzamento parcial de fibras

- indo até o corpo geniculado lateral

- exclusivamente sensitivo – fibras conduzem impulso visual

- classificado como nervo aferente somático especial

- nervo III – IV – V: oculomotor – troclear – abducente

- nervos motores

- distribuindo-se aos músculos extrínsecos do globo ocular (elevador da pálpebra superior – reto superior –
reto inferior – reto lateral – reto medial – obliquo superior – obliquo inferior) – sendo todos esses inervados pelo
oculomotor, exceto o reto lateral e o obliquo superior, inervados pelo abducente e troclear, respectivamente.

- penetrando no crânio pelo canal óptico

- fibras eferentes somáticas

- o nervo III possui fibras responsável pela inervação pré-ganglionar dos músculos intrínsecos do bulbo
ocular, que apresentam musculatura lisa, sendo classificado como nervo eferente visceral geral.

nervo V, trigêmeo

- nervo misto, com maior componente sensitivo.

- possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora

- seus três ramos – oftálmico – mandibular e maxilar – são responsáveis pela sensibilidade geral de
grande parte da cabeça

- os três ramos sensitivos classificam-se como nervos aferentes somáticos gerais

- conduzem impulsos

- exteroceptivos (temperatura – tato – pressão – dor) advindos:

- pele da face e da fronte

- mucosa da cavidade bucal, nariz, e seios paranasais.

- dentes

- 2/3 anteriores da língua

- dura-máter craniana

- proprioceptivos (propriocepção)
- músculos da mastigação

- articulação temporomandibular (ATM)

- a raiz motora do nervo V é constituída de fibras que acompanham V3, distribuindo-se aos músculos da
mastigação (temporal – masseter – pterigoideo lateral e medial – milo-hióideo e o ventre anterior do digástrico).

- classificadas como fibras eferentes viscerais especiais

- quadro clínico comum: nevralgias – crises dolorosas intensas no território de um dos ramos do nervo

- nervo VII – facial

- emerge o sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora (nervo VII propriamente dito) e uma raiz sensitiva
(nervo intermédio)

- penetram juntamente com o nervo VIII no meato acústico interno, onde os dois componentes do nervo facial se
juntam em um só tronco, penetrando o canal facial, que encurva para trás e forma o joelho externo ou gânglio
geniculado.

- o nervo facial inerva todas as glândulas grandes da cabeça, exceto a parótida, que mesmo a atravessando não a
inerva, sendo esta inervada pelo nervo VIII.

- emerge pelo forame estilomastóideo, atravessa a glândula parótida e se ramifica para os músculos mímicos,
esilo-mastóideo, ventre posterior do digástrico.

- classificam-se as fibras como eferentes viscerais especiais, constituindo componente mais importante do VII par.

- os outros quatro componentes funcionais do VII par pertencem ao nervo intermédio que possui:

- fibras eferentes viscerais especiais - para os músculos da mímica, estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico

- fibras eferentes viscerais gerais – inervação pré-ganglionar das glândulas lacrimal – submandibular - sublingual

- aferentes viscerais especiais – recebe impulso de 2/3 anteriores da língua

- as fibras aferentes são prolongamentos de neurônios sensitivos situados no gânglio geniculado e o componentes
eferentes originam-se em núcleos do tronco encefálico.

Nervo VIII – vestibulococlear:

- exclusivamente sensitivo, que penetra na ponta na porção lateral do sulco bulbo-pontino entre a emergência do
VII par e o flóculo do cerebelo.

- ocupa o meato acústico interno

- parte vestibular e parte coclear

- a parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que
conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio, originados da porção vestibular do ouvido interno.

- a parte coclear do VIII par é constituída de fibras que se originam nos neurônios sensitivos do gânglio espiral e
que conduzem impulsos que estão relacionados com a audição.

- lesões nesse nervo causam diminuição da audição por comprometimento da parte coclear do nervo, juntamente
com vertigem e alteração no equilíbrio.

Nervo IX, glossofaríngeo

- nervo misto

- emerge do sulco lateral posterior

- sai do crânio pelo forame jugular

- apresenta dois gânglios em seu trajeto, um gânglio superior e um gânglio inferior

- ramificam-se na língua e na faringe


- apresentam:

- fibras aferentes viscerais gerais – responsável pela sensibilidade geral do terço posterior da língua,
faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva e seio e corpo carotídeo.

- fibras eferentes viscerais gerais – pertencente a divisão parassimpática do SNA e que terminam no
gânglio óptico, desse gânglio saem fibras nervosas do nervo auriculotemporal que vão inervar a glândula parótida

Nervo X, vago:

- nervo misto

- maior dos nervos cranianos

- emerge do sulco lateral posterior do bulbo

- emerge no crânio através do forame jugular

- percorre o pescoço e tórax, terminando no abdômen.

- inervam a laringe e a faringe

- entrando na constituição dos plexos viscerais que inervam autonomamente as vísceras torácicas e abdominais

- possuem dois gânglios, sendo um superior situado em nível do forame jugular e um inferior, situado abaixo do
forame jugular.

- entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório.

- os componentes funcionais das fibras do nervo vaso:

- fibras aferentes viscerais gerais – conduzem impulsos aferentes originados na faringe – laringe –
traqueia – esôfago – vísceras – tórax – abdômen.

- fibras eferentes viscerais gerais – inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais

- fibras eferentes viscerais especiais – inervam os músculos da faringe e laringe

- nervo laríngeo recorrente – grande parte das fibras do ramo interno do acessório e alguma parte
do vago

- fibras eferentes do vago – núcleos do bulbo

- fibras aferentes nos gânglios superior (fibras somáticas) e inferior (fibras viscerais)

Nervo XI, acessório:

- Estrutura da Medula Espinhal

Termos:

- substancia cinzenta: constituídas de neuroglia – corpos de neurônios – fibras predominantemente amielínicas

- substancia branca: neuroglia e fibras predominantemente mielínicas

- núcleo: massa de substancia cinzenta dentro de substancia branca ou grupos de neurônios com
aproximadamente a mesma estrutura e mesma função.

- formação reticular: agregado de neurônios separados por fibras nervosas que não correspondem exatamente às
substancias brancas ou cinzentas, sendo encontrado na parte central do tronco encefálico – aquilo que não for o
núcleo e não for substancia branca.

- córtex: camada fina de substancia cinzenta que se dispõe na superfície do cerebelo e cérebro

- trato: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e mesmo destino,
podendo ser mielínicas ou amielinicas. A nomeação do trato se dá por dois nomes: primeiro nome indicando a
origem e o segundo a terminação e pode haver um terceiro nome indicando a posição: ex: trato corticoespinhal
lateral: indica um trato cujas fibras se originam do córtex cerebral, terminam na medula e se localiza o funículo
lateral da medula.

- fascículo: trato mais compacto, sem uma diferenciação tão grande do termo trato.
- lemnisco: empregado para alguns feixes de fibras sensitivas que levam impulso ao tálamo

- funículo: nome dado a substancia branca da medula espinhal, contendo vários trato e fascículos.

- decussação: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e
que tem aproximadamente a mesma direção. Ex: decussação das pirâmides.

- comissuras: fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano e que possuem direções opostas.
Ex: corpo caloso

- fibras de projeção: são fibras que saem dos limites de determinada área ou órgão do SNC ligando áreas corticais
a subcorticais.

- fórnix
- cápsula interna

- fibras de associação: fibras que associam pontos mais ou menos distantes de determinada área sem, entretanto,
abandoná-las.

- comissura anterior

- comissura do fórnix

- corpo caloso

- modulação: mudança de excitabilidade de um neurônio causada por axônios de outros neurônios não
relacionados.

- neuroimagem funcional – técnica que permite estudar o estado funcional do SNC.

Estrutura da medula - aspectos gerais:

- todas as do capitulo quatro.

- comissura branca – local de cruzamento de fibras

- a coluna lateral só existe entre T1 e L2

- existe mais substancia branca do que substancia cinzenta nos níveis mais superiores que nos inferiores

Substancia cinzenta da medula:

- formato de H

- dividida por duas linhas que tangenciam os cornos anterior e posterior, dividindo a substancia cinzenta em:
coluna anterior – coluna posterior e substancia intermédia.

- traçando duas linhas anteroposteriores, dividindo a substancia cinzenta intermédia central e substancia
cinzenta intermédia lateral.

- de acordo com esse critério a coluna lateral faz parte da substancia intermédia lateral

- a coluna anterior divide-se em cabeça e base (contato com a substancia cinzenta intermédia lateral).

- a coluna posterior divide-se em base + pescoço e ápice (substância gelatinosa – portão da dor).

Classificação dos neurônios medulares:

- neurônio de axônio longo tipo I de Golgi

- radiculares – radiculas dos nervos

- somática – coluna anterior

- viscerais (alfa e gama) – pré- ganglionares – coluna lateral

- cordonais – localizado nos funículos no interior da medula espinhal – substancia cinzenta ou branca
- de projeção – grácil - cuneiforme

- de associação

- neurônios de axônio curto tipo II de Golgi

- neurônio internuncial – substancia cinzenta

Neurônios radiculares:

- seus axônios muito longos saem da medula para constituir a raiz ventral

- neurônios radiculares viscerais – são neurônios pré-ganglionares do SNA, cujos corpos localizam-se na
substancia cinzenta intermédia lateral, de T1 a L2 (coluna lateral) ou de S2 – S. Destinam-se a inervação de
músculos lisos, cardíacos e glândulas.

- Os neurônios radiculares somáticos destinam-se à inervação de músculos estriados esqueléticos e têm seus
corpos localizados na coluna anterior. São também denominados neurônios motores inferiores.

- os neurônios radiculares somáticos são divididos em alfa e gama, sendo que os alfas são grandes e tem axônio
grosso, e destinam-se a inervação de fibras musculares que contribuem efetivamente com a contração dos
músculos. Cada neurônio alfa juntamente com as fibras neuromusculares extrafusais (fora dos fusos
neuromusculares) constituindo a uma unidade motora

- os neurônios gama são menores e possuem axônios mais finos responsáveis pela inervação motora das
fibras intrafusais

- Eles recebem influencias de vários centros supraespinhais relacionado com a atividade motora e para a
execução de uma atividade motora eles são ativados juntamente com os motoneuronios alfa, permitindo
que os fusos neuromusculares continuem a enviar informações para o SNC mesmo durante a contração
muscular desencadeada por neurônios alfa (placa motora – reflexo miotático).

Neurônios cordonais:

- seus axônios ganham a substancia branca da medula onde ascendem ou descendem, passando a constituir as
fibras que formam os funículos, sendo que esse axônio pode passar no funículo de mesmo lado ou ipsilateral
(onde está o seu corpo) ou de lado contrário ou contralateral.

- os neurônios cordonais de projeção possuem um axônio longo ascendente, que termina fora da medula
(tálamo, cerebelo, etc), integrando as vias ascendentes da medula.

- os neurônios cordonais de associação possuem um axônio que ao passar para substancia branca se bifurca em
ramos ascendente e descendente ambos terminando na substancia cinzenta da própria medula, constituindo um
sistema que integra diferentes níveis medulares, permitindo a realização de reflexos intersegmentares.

Essas fibras se localizam em volta da substancia cinzenta onde formam os fascículos próprios, existentes nos três
funículos da medula.

Neurônio de axônio curto (internunciais)

- permanece sempre na substancia cinzenta

- ramificam-se próximo ao corpo celular e estabelecem conexões entre fibras aferentes que penetram pelas raízes
dorsais e os neurônios motores, fazendo assim inúmeros arcos reflexos medulares.

- células de Renshaw – localizada na porção medial da coluna anterior, onde seus impulsos inibem os neurônios
motores (neurotransmissor glicina)

- coluna anterior – corpo dos neurônios motores

Núcleos e lâminas da substancia cinzenta da medula:

- são agrupados em dois grupos: lateral e medial

- núcleos do grupo medial existem toda extensão da medula e os neurônios motores aí localizados inervam a
musculatura do esqueleto axial.

- núcleos do grupo lateral inervam a musculatura do esqueleto apendicular aparecendo somente nas
intumescências cervical e lombar, dando origem ao plexo braquial e lombossacral.

- no grupo lateral os neurônios motores mais mediais inervam a musculatura proximal dos membros.
- no grupo lateral os neurônios motores mais laterais inervam a musculatura distal dos membros.

- na coluna posterior são mais evidentes dois núcleos: o núcleo torácico = dorsal e a substancia
gelatinosa, sendo que o primeiro é mais visto na região torácica e lombar alta (L1 – L2) e relaciona-se com a
propriocepção inconsciente e contém neurônios cordonais cujos axônios vão para o cerebelo.

A substância gelatinosa tem organização complexa. Ela recebe fibras sensitivas que entram pela raiz dorsal
e nela funciona como o portão da dor, mecanismo que regula a entrada de impulsos dolorosos no sistema
nervoso, sendo que para seu funcionamento do portão da dor são importantes as fibras que chegam a substancia
gelatinosa vindas do tronco encefálico – temperatura – dor – pressão – tato

Rexed ao estudar a substancia cinzenta da medula verificou que os neurônios medulares se distribuem em
laminas regulares, sendo denominadas as laminas de Rexed, numeradas de I a X, no sentido dorsoventral.

Laminas de I a IV – área receptora, onde terminam os neurônios das fibras exteroceptoras que penetram pelas
raízes dorsais.

Laminas de V e VI – área proprioceptiva onde recebem informação de propriocepção (núcleo torácico) – base e
pescoço da coluna posterior

Lamina IX – contém neurônios motores que correspondem aos núcleos da coluna anterior.

Substancia branca da medula:

Organização de tratos e fascículos

- localizam-se os principais tratos e fascículos descendentes e ascendentes que formam suas respectivas vias

- quando se secciona uma fibra nervosa o segmento distal sofre degeneração walleriana

Vias descendentes:

- são vias que se originam no córtex cerebral ou em áreas do tronco encefálico e terminam fazendo sinapse com
neurônios medulares

- algumas terminam em neurônios pré-ganglionares constituindo vias descendentes viscerais

- outras terminam fazendo sinapses com neurônios da coluna posterior e participam dos mecanismos que regulam
a penetração de impulsos sensoriais no SNC.

- a maioria termina direta ou indiretamente em neurônios somáticos, constituindo as vias descendentes somáticas.

- as vias descendentes motoras são classificadas em dois sistemas: lateral e medial (anteromedial)

Sistema lateral:

- corticoespinhal lateral– se origina no córtex

- rubroespinhal – se origina no núcleo rubro do mesencéfalo

- ambos conduzem impulso aos neurônios da coluna anterior da medula relacionando com esses neurônios
diretamente ou através de neurônios internunciais.

- no nível da decussação das pirâmides no bulbo, os tratos corticoespinhais se cruzam, o que significa que o
córtex de um hemisfério cerebral comanda os neurônios motores da medula do lado oposto, visando realizar
movimentos voluntários.

- assim a motricidade voluntária é cruzada

- uma lesão no tratocorticoespinhal acima da decussação das pirâmides causa paralisia na metade oposta do
corpo

- um pequeno número de fibras não se cruza na decussação das pirâmides e continua em posição anterior
constituindo o trato corticoespinhal anterior localizado no funículo anterior da medula e faz parte do sistema
medial

- o trato corticoespinhal lateral localiza-se no funículo lateral da medula atingindo a medula sacral e é
responsável por controlar os músculos responsáveis pela motricidade dos músculos distais dos membros
(intrínsecos das mãos e pés)
- o trato rubro-espinhal liga-se aos neurônios mais laterais da coluna anterior, controlando os músculos
responsáveis pela motricidade das partes distal dos membros (intrínsecos e extrínsecos das mãos e pés).

- findam em um neurônio motor diretamente

Sistema medial:

- trato corticoespinhal anterior – tetoespinhal – vestíbuloespinhal – reticuloespinhal pontino –


reticuloespinhal bulbar

- locais de origem: córtex cerebral – teto mesencefálico (coliculo superior) – núcleos vestibulares (área vestibular
do IV ventrículo) – formação reticular (parte central do tronco encefálico) da ponte e do bulbo.

- todos os tratos terminam na medula em neurônios internunciais, através dos quais se ligam a neurônios motores
situados na parte medial da coluna anterior, controlando a musculatura axial (tronco – pescoço) e musculatura
proximal dos membros.

- os tratos vestibulosespinhais (lateral - núcleo vestibular lateral) ou (medial – núcleo vestibular medial) e
reticuloespinhais são importantes na manutenção do equilíbrio e postura básica e este último controla ainda
a musculatura axial e proximal dos membros.

- o trato reticuloespinhal pontina é importante para contração da musculatura extensora do membro inferior.

- o trato reticuloespinhal bulbar é importante para relaxamento da musculatura extensora do membro inferior.

- o trato tetoespinhal está relacionado à orientação motora da cabeça – coliculo superior – relacionado à visão –
associada o nervo acessório

- findam em neurônios internunciais

Vias ascendentes:

- relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela raiz dorsal do nervo espinhal trazendo
impulsos de várias áreas do corpo

- cada filamento radicular da raiz dorsal ao penetrar o sulco lateral posterior é divido em dois grupos de fibras:

- fibras do grupo lateral – são mais finas e dirigem-se ao ápice da coluna posterior

- fibras do grupo medial – são mais grossas e dirigem-se a face medial da coluna posterior

- antes de entrar na coluna posterior cada uma dessas fibras se bifurca, dando um ramo ascendente e
descendente, além de ramos colaterais, sendo que todos estes terminam na coluna posterior, exceto um grupo de
fibras do grupo medial cujos ramos ascendentes, muito longos, terminam no bulbo constituindo o fascículo grácil
e cuneiforme que ocupam o funículo posterior da medula fazendo sinapse no núcleos grácil e cuneiforme,
situados nos tubérculos do núcleo grácil e cuneiforme do bulbo.

Tipos de sinapses que as fibras e os colaterais da raiz dorsal podem realizar ao penetrar a substancia
cinzenta da medula.

- sinapses com neurônios motores da coluna anterior – arco reflexo simples – estiramento miotático – reflexo
patelar

- sinapses com neurônios inernunciais – arco reflexo complexo – sensitivo – internuncial – motor – polissináptico –
retirada

- sinapses com neurônios cordonais de associação – arcos reflexos interssegmentares - reflexo de coçar

- sinapses com neurônios pré-ganglionares – arco reflexo visceral – coluna lateral

- sinapse com neurônios cordonais de projeção – cujos axônios vão constituir as vias ascendentes da medula

As fibras que formam as vias ascendentes da medula são:

- ramos ascendentes de fibras do grupo medial da raiz dorsal (fascículo grácil e cuneiforme)

- axônios de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior

- essas fibras se reúnem em tratos e fascículos com características e funções próprias


SISTEMATIZAÇÃO DAS VIAS ASCENDENTES DA MEDULA:

Vias ascendentes do funículo posterior:

-fascículo grácil - situado medialmente (seu trajeto não cruza o plano mediano)

- fascículo cuneiforme - situado lateralmente (seu trajeto não cruza o plano mediano)

- estão separados pelo septo intermédio posterior

- formadas por ramos ascendentes de fibras do grupo medial que sobem no funículo para terminar no
bulbo

- o fascículo grácil inicia-se no limite caudal da medula e é formado por fibras que penetram a medula
pelas raízes coccígea, sacrais, lombares e torácicas baixas, terminando no núcleo grácil, situado no tubérculo do
núcleo grácil no bulbo.

- conduz impulsos provenientes dos membros inferiores e da metade inferior do tronco

- o fascículo cuneiforme é formado por fibras que penetram a medula pelas raízes cervicais e=e torácicas
altas, terminando no núcleo cuneiforme, situado no tubérculo do núcleo cuneiforme no bulbo.

- conduz impulsos provenientes dos membros superiores e da metade superior do tronco

O funículo cuneiforme e grácil são funcionalmente semelhantes, sendo assim, o funículo posterior conduz
impulsos relacionados a:

- propriocepção consciente – sentido de posição ou movimento – cinestesia – percepção sem o auxilio


da visão da parte do corpo ou de seu movimento.

- tato discriminativo ou epicrítico: permitem localizar e descrever as características táteis dos objetos

- sensibilidade vibratória: percepção de estímulos mecânicos repetitivos – sinais precoces de lesão no


funículo posterior

- estereognasia: capacidade de perceber com as mãos a forma e o tamanho do objeto e depende de


receptores de tato e propriocepção.

Vias ascendentes do funículo anterior:

- trato espinotalâmico anterior – formado por axônios cordonais de projeção que cruzam o plano mediano e
fletem-se cranialmente para formar esse trato cujas fibras terminam no tálamo e levam impulso de pressão e
tato leve (protopático).

- esse tipo de tato é diferente do que segue pelo funículo posterior, sendo menos discriminativo e permite, de
maneira grosseira, localizar a fonte de estimulo tátil.

- a sensibilidade tátil possui duas vias: uma direta vinda do funículo posterior e outra cruzada do funículo anterior

Vias ascendentes do funículo lateral

- trato espinotalâmico lateral – neurônios cordonais situados na coluna posterior cruzam o plano mediano na
comissura branca ganham o funículo lateral, onde se fretem cranialmente para constituir esse trato cujas fibras
terminam no tálamo e levam impulso de temperatura e dor aguda e bem localizada sendo essa a principal via
que leva esses estímulos para o cérebro.

- outra via de dor importante é a via espino-reticulo-talâmica, relacionada a uma dor difusa e crônica.

Trato espinocerebelar posterior:

- neurônios cordonais de projeção situados no núcleo torácico (coluna posterior) que ganham o funículo
lateral do mesmo lado, fletindo-se cranialmente para formar esse trato, onde suas fibras penetram o cerebelo pelo
pedúnculo cerebelar inferior, levando impulsos de propriocepção inconsciente originados em fusos
neuromusculares e órgãos neurotendinosos.

Trato espinocerebelar anterior:

- neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior e na substancia cinzenta intermediária


emitem axônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, fletindo-se cranialmente para
formar esse trato, onde suas fibras penetram o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior.

- fibras que se cruzaram na medula voltam a se cruzar novamente ao entrar no cerebelo, de tal modo que
o impulso nervoso termina no hemisfério cerebelar situado do mesmo lado que se originou e além da
propriocepção inconsciente detectam níveis de atividade da própria medula, relacionados ao trato corticoespinhal,
sendo o cerebelo informado através do trato espinocerebelar anterior sobre a chegada dos impulsos motores que
chegam à medula e sua intensidade, sendo essa informação usada pra controlar a atividade somática.

- lemnisco medial - funículo posterior

- lemnisco espinhal - espinotalâmico

- cordotomia – tratamento de câncer – dor – secção do trato espinotalâmico lateral

Considerações iniciais:

- Diferenças entre bulbo e medula

- fragmentação da substancia cinzenta no tronco encefálico, formando-se os núcleos dos nervos


cranianos.

- devido à presença de uma rede de fibras e corpos de neurônios denominada formação reticular que
preenche os espaços entre os núcleos e tratos mais compactos

- substancia cinzenta própria da medula e homóloga da medula.

- essas modificações são devido aos fatores:

- aparecimento de núcleos próprios do bulbo sem correspondência com a medula:

- substancia cinzenta própria do tronco encefálico

Estrutura do bulbo:

- decussação das pirâmides: as fibras do trato cortioespinhal percorrem as pirâmides bulbares


e a maioria delas decussa, ou seja, muda de direção, cruzando o plano mediano para continuar como trato
corticoespinhal lateral, atravessando a substancia cinzenta, separando a cabeça da base da coluna
anterior.

- decussação dos lemniscos ou sensitiva: lemniscos são feixes de fibras sensitivas que levam
impulsos a tálamo. Nos níveis mais baixos do bulbo, as fibras que se originam nesses núcleos são denominadas
fibras arqueadas internas que vão em direção ventral passando pela coluna posterior, fragmentando-a. depois
cruza o plano mediano (decussação sensitiva) e infletem-se cranialmente para formar o lemnisco medial de cada
lado.

- cada lemnisco medial conduz ao tálamo os impulsos nervosos que subiram do fascículo
grácil e cuneiforme da medula do lado oposto, sendo que estes impulsos estão relacionados com
propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória.

- abertura do IV ventrículo: assoalho constituído por núcleos dos nervos cranianos (substancia
homologa a medula), quando desaparecem os núcleos grácil e cuneiforme.

Substância cinzenta do bulbo:

- substancia cinzenta homologa à da medula (núcleos de nervos cranianos)


- núcleo motor do hipoglosso – núcleo motor onde se originam as fibras eferentes somáticas para a
musculatura da língua, situa-se no trigono do hipoglosso e suas fibras dirigem-se ventralmente para
emergir no sulco lateral anterior do bulbo, entre a pirâmide e a oliva.

- núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo – a este núcleo chegam fibras aferentes somáticas
gerais trazendo a sensibilidade de quase toda a cabeça pelos nervos V, VII, IX e X, sendo que as três últimas
trazem apenas sensibilidade geral do pavilhão auditivo, corresponde a substancia gelatinosa da medula com a
qual continua.

- núcleo do trato solitário: núcleo sensitivo que recebe fibras aferentes viscerais gerais e especiais
que entram no bulbo pelos nervos VII, IX e X. As fibras aferentes viscerais especiais estão relacionadas com a
gustação.

- núcleo salivar inferior (bulbo): origina fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo IX para
inervação da parótida.

- núcleo ambíguo: núcleo motor para musculatura estriada, onde deles saem fibras eferentes viscerais
especiais dos nervos IX – X – XI pares cranianos, destinados à musculatura da laringe e da faringe – situado no
interior do bulbo.

- núcleo dorsal do vago: núcleo motor pertencente ao parassimpático, onde estão situados neurônios
pré-ganglionares cujos axônios saem pelo nervo vago, correspondem à coluna lateral da medula, situa-se
no trigono do nervo vago.

- núcleos vestibulares: núcleos sensitivos que recebem fibras que penetram pela porção vestibular do
nervo VIII, e localizam-se na área vestibular, sendo apenas localizados os núcleos vestibulares inferior e
medial.

Substancia cinzenta própria do bulbo:

- núcleo grácil e cuneiforme que cruzam o plano mediano para formar o lemnisco medial – dão origem a fibras
arqueadas internas

- núcleo olivar inferior: é uma grande massa de substancia cinzenta que corresponde à oliva e recebe fibras do
córtex cerebral, medula e núcleo rubro – (oliva) e ainda se liga ao cerebelo por fibras olivocerebelares que cruzam
o plano mediano e penetram o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, distribuindo-se a todo o córtex desse
órgão, estando relacionada à aprendizagem motora – realização de uma tarefa mais rápida quando ela se repete
várias vezes.

- núcleos olivares acessórios medial e dorsal – tem basicamente a mesma estrutura, função e conexão do
núcleo olivar inferior, formando o complexo olivar inferior.

Substancia branca do bulbo:

Fibras transversais:

- divididas em arqueadas internas e externas

- fibras arqueadas internas: constituídas por dois grupos principais de significação muito diferente:
algumas são constituídas pelos axônios de neurônios do núcleo grácil e cuneiforme no trajeto entre
estes núcleos e o lemnisco medial e as outras são constituídas pelas fibras olivocerebelares que do
complexo olivar inferior cruzam o plano mediano, penetrando o cerebelo do lado oposto, pelo pedúnculo
cerebelar inferior.

- fibras arqueadas externas: originam-se no núcleo cuneiforme acessório tem trajeto próximo à
superfície do bulbo e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.

Fibras longitudinais:

- Formam as vias ascendentes, descendentes e de associação do bulbo.


Vias ascendentes:

- constituída por fascículos e tratos ascendentes da medula que terminam ou passam pelo bulbo em
direção ao cerebelo e ao tálamo e a eles acrescenta-se o lemnisco medial oriundo do bulbo.

- fascículo grácil e cuneiforme

- formadas por fibras do grupo medial da raiz dorsal que sobem através do funículo posterior em
direção ao bulbo diretamente.

- condução de impulsos sensitivos relacionados à propriocepção consciente – sensação


vibratória – estereognosia – tato epicrítico (discriminativo)

- lemnisco medial

- fita compacta formada através de fibras arqueadas internas que cruzam o plano mediano para o
lado oposto e seguem em direção ao tálamo

- trato espinotalâmico lateral

- se origina na coluna posterior, onde neurônios cordonais de projeção cruzam o plano mediano da
medula espinhal em direção ao funículo lateral, fletindo-se cranialmente até chegar ao tálamo que recebe
impulsos relacionados à temperatura e dor, sendo essa a principal via para essas duas sensações.

- trato espinotalâmico anterior

- se origina na coluna posterior, onde neurônios cordonais de projeção situados nessa coluna
cruzam o plano mediano e fletem-se cranialmente até chegar ao tálamo, conduzindo impulsos de
tato leve (protopático - grosseiro) e pressão.

- trato espinhocerebelar posterior

- neurônios cordonais de projeção, situados no núcleo torácico da coluna posterior, emitem


axônios ganham o funículo lateral do mesmo lado, fletindo-se cranialmente e suas fibras penetram
no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior levando impulsos de propriocepção inconsciente dos fusos
neuromusculares e órgãos tendinosos.

- trato espinocerebelar anterior

- neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior e na substancia cinzenta


intermédia emitem neurônios que ganham o funículo lateral do mesmo lado ou de lado
oposto, fletindo-se cranialmente para formar esse trato, onde suas fibras penetram no cerebelo
principalmente pelo pedúnculo cerebelar superior, sendo capaz de informar eventos que
ocorrem na própria medula, relacionados com a atividade do trato corticoespinhal para
controlar a motricidade somática.

- pedúnculo cerebelar inferior

- proeminente feixe de fibras ascendentes que percorre as bordas laterais da metade inferior do IV
ventrículo até o nível dos recessos laterais onde se fletem dorsalmente para penetrar no cerebelo.

- as fibras que o forma são: espinocerebelar posterior – olivocerebelares – fibras arqueadas


externas.

Vias descendentes:

Trato do sistema lateral da medula

- trato corticoespinhal

- conjunto de fibras originadas do córtex motor cerebral que passam no bulbo em transito para a
medula, ocupando as pirâmides bulbares – motor voluntário.

- motricidade voluntária da musculatura distal

- trato rubroespinhal
- originado de neurônios do núcleo rubro do mesencéfalo, sendo motor voluntário, mas no homem
é menos importante que o corticoespinhal e seu trajeto não passa pelas pirâmides bulbares.

- motricidade voluntária da musculatura distal

Trato do sistema lateral da medula

- constituído de fibras de vários pontos do tronco encefálico:

- trato corticoespinhal anterior

- motricidade voluntária da musculatura distal e proximal dos membros superiores

- trato teto-espinhal

- orientação espacial da cabeça associada com a visão

- tratos vestibuloespinhais lateral e medial

- lateral: ajuste na manutenção da postura

- medial: ajuste da postura da cabeça e pescoço

- tratos reticuloespinhais pontino e bulbar

- pontino: ativa a musculatura extensora do membro inferior

- bulbar: relaxa a musculatura extensora do membro inferior

- trato corticonuclear:

- constituído de fibras originadas em várias áreas do córtex cerebral e que terminam em


núcleos motores do tronco encefálico, no caso do bulbo, essas fibras terminam em núcleos ambíguo e
hipoglosso.

- trato espinhal do nervo trigêmeo:

- constituído de fibras sensitivas que penetram na ponte pelo nervo V e toma trajeto
descendente rumo ao núcleo do trato do nervo trigêmeo, onde terminam.

- trato solitário:

- formado por fibras aferentes viscerais que penetram o tronco encefálico pelos nervos VII
IX e X e tomam trajeto descendente ao longo do trato solitário no qual vão terminando em
níveis progressivamente mais caudais.

Vias de associação:

- formadas por fibras que constituem o fascículo longitudinal medial

- presente em toda extensão do tronco encefálico e níveis altos da medula, identificado em cortes na posição
medial e dorsal.

- corresponde ao fascículo próprio – via de associação da medula

- o fascículo longitudinal medial liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos

- especialmente importante para os nervos que estão relacionados com o bulbo ocular (III – IV – VI) e da cabeça
(núcleo de origem da raiz espinhal do nervo acessório que inerva os músculos esternocleiomastóideo e trapézio).

- recebe um contingente de fibras dos nervos vestibulares, trazendo informações sobre a posição da cabeça.

- sendo assim o fascículo longitudinal medial está relacionado com os reflexos que coordenam os
movimentos da cabeça com os dos olhos.

Formação reticular:

- ocupa grande área do bulbo preenchendo os espaços não ocupados pelos núcleos de tratos mais compactos
- nessa formação reticular está o centro respiratório, centro vaso motor e do vômito, importante na regulação
do ritmo respiratório.

Correlações anatomoclínicas:

- sintomas diversos

- sintomas mais característicos:

- disfagia – dificuldade em deglutição

- alterações de fonação – lesão no núcleo ambíguo

- alteração no movimento da língua – lesão do núcleo do hipoglosso

Núcleos do nervo craniano – substância cinzenta homologa da medula

Fascículo longitudinal posterior

Fascículo longitudinal medial

Lemnisco medial

Pirâmide – trato corticoespinhal

Substancia cinzenta própria do bulbo

Núcleos – grácil e cuneiforme

Complexo olivar – cerebelo

Fibras longitudinais – substancia branca

Fibras de associação

Fasciculo medial longitudinal

Complexo oculomotor

Raiz espinhal do nervo XI

Núcleos vestibulares

Formação reticular

Centro respiratório – quimiorreceptores – controle da repiração

Centro vasomotor – aumento da frequência cardíaca – vago – aumento da pressão arterial

Centro do vômito – área póstrema

Ponte

Dividido em duas partes

Ventral e dorsal

Fibras longitudinais

- TCE L

- TCN
- TCP

Fibras transversais

Núcleos

TEGMENTOS

- núcleos vestibulares

- núcleos cocleares

LEMNISCO LATERAL – NUCLEOS COCLEARES – FINDA NO PROPRIO TRONCO ENCEFÁLICO

LEMNISCO TRIGEMINAL

PARTE DORSAL OU TEGMENTO

- NUCLEOS FACIAL E ADBUCENTE

- NUCLEO SALIVATÓRIO SUPERIOR E NÚCLEO LACRIMAL – GLANDULAS SUBMANDIBULAR –


SUBLINGUAL

- NUCLEOS DO TRIGÊMEO – MOTOR – SENSITIVO (SOMÁTICO + VISCERAL GERAL)

MESENCÉFALO:

- TETO DO MESENCÉFALO

COLICULO SUPERIOR

- CAMADAS ALTERNADAS – ENTRE SUBSTANCIAS CINZENTAS E BRANCAS

- VISÃO

- NERVO OPTICO (BASTONETE E CONE – RETICULO COLIULAR) – TRATO OPTICO ( CORTEX


OCCIPITAL) – TETOESPINHAL.

COLICULO INFERIOR

- UM NÚCLEO PROPRIO DO COLICULO INFERIOR – AUDITIVA

- FINDA O LEMNISCO LATERAL

- CORPO GENICULADO MEDIAL

ÁREA PRE-TETAL

Cerebelo + núcleo olivar inferior – área de aprendizagem motora

Área –primária – recebe as fibras

Area secundária – recebe da primária

Área terciaria – raciocínio – supramodal

312 - somestética primária

57a – somestésica secundária


Área visual primária

- V1 – sulco calcarino – 17 de brodmann

- V3/V5 – dorsal – 18 - 19

- V2/V4 – ventral – 20 – 21 – 37

Area audição primária S1 S2 – áreas 41 e 42

- giro temporal superior

- giro transversa anterior

Área vestibular – propriocepção especial – apreciação consciente da orientação no espaço

Área olfatória – uncus e giroparahipocampal – giro rinal

Àrea gustativa – posterior a insula

Area gustativa secundária – região orbitofrontal (aferencia da insula)

Area motora primária – 4 de brodmann

2 - Area pré-motora – Area motora suplementar – mais anterior

Via cortiço-reticulo-espinhal

- neuronios espelhoss

- planejamento motor

- SE APRENDER COM O EXEMPLO

- APRENDIZADO MOTOR – ASSOCIADO COM O SISTEMA LIMBICO

- HIPOCAMPO – MEMORIA

S1 S2 M1 M2 M3

ELABORAÇÃO DO QUE DEVE SER FEITO EM RELAÇÃO AO COMPORTAMENTO SOCIAL

PRE MOTORA – ELABORA A SEQUENCIA DE MUSCULOS QUE SERÃO UTILIZADOS

MOTORA SUPLEMENTAR – INTENSIDADE E VELOCIDADE SE VAI OCORRER O MOVIMENTO

PRE FRONTAL – PRE MOTORAR SUPLEMENTAR – NECESSIDADE

SUPLEMENTE – PREMOTORA –PRE FRONTAL – ORDEM

AASSOCIAÇÃO TERCIARIA

- AREAS LIMBICAS - MEMORIA

- PRÉ FRONTAL -

- PARIETAL POSTERIOR

- CORTEX INSULAR ANTERIOR

- SITIO DA DOENÇA – PSCICOPATA


Ponte

- formada por uma parte ventral ou base da ponte e uma parte dorsal ou tegmento da ponte.

- no limite entre a base e o tegmento há um conjunto de fibras mielínicas de direção transversal – corpo
trapezoide

Parte ventral ou base da ponte:

- área própria da ponte

- maior que o tegmento

- observa-se na base da ponte:

- fibras longitudinais

- trato corticoespinhal: constituído de fibras que da área motora vão para os neurônios motores da
medula, tendo fibras dissociadas, sem estrutura compacta.

- trato corticonuclear: constituído por fibras que das áreas motoras do córtex se dirigem a
neurônios motores situados em núcleos de nervos cranianos, no caso da ponte os núcleos do VII –
V – VI.

- trato corticopontino: formado por fibras que se originam em várias partes do córtex cerebral,
terminando fazendo sinapse em neurônios pontinos.

- fibras transversais:

- os axônios dos neurônios pontinos constituem as fibras transversais da ponte ou fibras


pontinas ou pontocerebelares, que cruzam o plano mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar
médio.

- núcleos pontinos:

- os núcleos pontinos são pequenos aglomerados de neurônios espalhados por toda a base da
ponta, onde neles terminam fibras corticopontinas.

Parte dorsal ou tegmento da ponte:

- assemelha-se ao tegmento do mesencéfalo com o qual continua

- apresenta:

- fibras ascendentes

- fibras descendentes

- transversais

- substancia cinzenta homologa a da medula que são os núcleos dos pares III – V – VI – VII – VIII

- substancia cinzenta própria da ponte

- formação reticular

Núcleos do nervo VIII

- as fibras sensitivas das partes coclear e vestibular desse nervo terminam, respectivamente, nos núcleos
cocleares e vestibulares da ponte, cujas conexões são distintas.

- núcleos cocleares – corpo trapezoide – lemnisco lateral

- núcleos cocleares – são dois, o dorsal e o ventral, situados ao nível do pedúnculo cerebelar
inferior e se volta dorsalmente para penetrar no cerebelo, neste núcleo terminam as fibras que
constituem a porção coclear do nervo VIII.

- a maioria das fibras originadas nos núcleos cocleares ventral e dorsal cruzam para o lado oposto,
constituindo o núcleo
- contornam o núcleo olivar superior e fletem-se cranialmente para constituir o lemnisco lateral,
terminando no coliculo inferior, de onde os impulsos nervosos fletem-se para o corpo geniculado
medial

- um numero considerável de fibras do núcleos cocleares termina no núcleo olivar superior, do


mesmo lado ou lado oposto, de onde os impulsos seguem para o lemnisco lateral.

- todas essas informações são parte da via da audição, tendo os impulsos oriundos da cóclea são
levados ao córtex cerebral, onde são interpretados.

- é importante assinalar que muitas fibras originadas dos núcleos cocleares sobem no
leminisco lateral do mesmo lado ou terminam em núcleos olivares desse mesmo lado,
permitindo que a via auditiva possua componentes cruzados, ou seja, o hemisfério cerebral
de um lado recebe informações auditivas provenientes dos dois ouvidos.

- núcleos vestibulares e suas conexões:

- os núcleos vestibulares localizam-se no assoalho do IV ventrículo, ocupando a área vestibular

- são em numero de 4 núcleos: lateral – medial - superior e inferior.

- recebem impulsos originados da parte vestibular do ouvido interno e que informam sobre
a posição e movimentos da cabeça, passando pelos neurônios sensitivos do gânglio vestibular e chegam
aos núcleos vestibulares, pelos prolongamentos centrais desses neurônios formando a parte vestibular do
nervo VIII.

- chegam ainda fibras provenientes do cerebelo, relacionadas com a manutenção do


equilíbrio

- as fibras eferentes dos núcleos vestibulares formam ou entram na composição dos


seguintes tratos e fascículos

- fascículo vestibulocerebelar: formado por fibras que terminam no córtex do


espinocerebelo

- fascículo longitudinal medial: está envolvidos em reflexos que permitem ao olho ajustar-
se aos movimentos da cabeça.

- trato vestíbuloespinhal: suas fibras levam impulsos aos neurônios motores da medula e
são importantes para a manutenção do equilíbrio.

- fibras vestibulotalâmicas: enviam impulsos ao tálamo, de onde vão ao córtex, porém sua
localização é discutida

Núcleos dos nervos VII e VI

- as fibras que emergem do núcleo do nervo VII percorrem ao longo do lado medial do núcleo do nervo VI
e encurvam-se lateralmente para formar o coliculo facial, onde essa curvatura corresponde ao joelho interno do
nervo VII, depois emergindo no sulco bulbo-pontino, em direção ventrolateral

Núcleo salivatório superior e núcleo lacrimal.

- pertencem a parte craniana do SNAP originando fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo
intermédio, conduzindo impulsos para inervação das glândulas submandibular – sublingual e lacrimal.

Núcleos do nervo V

- além do núcleo do trato espinhal do bulbo o nervo V apresenta ainda na ponte o núcleo sensitivo
principal - o núcleo do trato mesencefálico e o núcleo motor.

- medialmente – núcleo motor

- lateralmente – núcleo sensitivo principal – continuação do núcleo do trato espinhal

- a partir do núcleo sensitivo principal, estende-se cranialmente, em direção ao mesencéfalo, o núcleo do


trato mesencefálico, acompanhado pelas fibras do trato mesencefálico do nervo V

- o núcleo motor origina fibra para os músculos mastigadores

- os demais recebem sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, saindo fibras ascendentes
que constituem o lemnisco trigeminal que termina no tálamo.
Fibras longitudinais do tegmento da ponte

- lemnisco lateral

- lemnisco trigeminal

- percorrem também fibras ascendentes originadas no bulbo, medula e cerebelo que são:

- lemnisco medial – ocupa na ponte ao contrario do bulbo uma faixa transversal, que cruza
perpendicular as fibras do corpo trapezoide, subindo ao tálamo

- leminisco espinhal – formado pela união do trato espinotalâmico lateral e espinotalâmico


anterior

- pedúnculo cerebelar superior – emerge do cerebelo, constituindo a parede dorsolateral da


metade cranial do IV ventrículo, sendo que no limite do mesencéfalo suas fibras decussam, ocorrendo a
decussação dos pedúnculos cerebelares superiores, constituem também o sistema eferente mais importante
do cerebelo.

Formação reticular da ponte:

- nessa formação localiza-se o lócus ceruleus que contém neurônios ricos em noradrenalina e os
núcleos da rafe situados ventralmente na linha média contendo neurônios ricos em serotonina.

Mesencéfalo:

- parte dorsal – teto do mesencéfalo

- parte ventral – pedúnculos cerebrais

- separados pelo aqueduto cerebral que percorre longitudinalmente o mesencéfalo e é circundado pela
substancia cinzenta central

- em cada pedúnculo há uma base do pedúnculo cerebral que fica na região ventral e uma parte dorsal o
tegmento do mesencéfalo.

- separando o tegmento da base observa-se a substância negra.

Teto do mesencéfalo:

- colículos superiores – via visual

- colículos inferiores – via auditiva

- área pré-tetal

- colículo superior

- série de camadas superpostas alternadamente entre substancia cinzenta e branca

-fibras da retina atingem o coliculo superior através do trato óptico e braço do coliculo superior,
além do corpo geniculado lateral.

- fibras provenientes do córtex occipital atingem o coliculo pelas radiações ópticas e braço do
coliculo superior

- fibras que formam o trato teto-espinhal e terminam fazendo sinapse com neurônios motores da
medula espinhal

- possui relação com o nervo III – regulação do movimento dos olhos

- estrutura importante para vias visuais

- colículo inferior
- massa cinzenta bem delimitada de substancia cinzenta, o núcleo do coliculo superior.

- recebem fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral

- manda fibras para o corpo geniculado medial através do braço do coliculo inferior

- algumas fibras cruzam de um coliculo para o outro – comissura do coliculo inferior

- estrutura importante para vias auditivas

- área pré-tetal

- situada no limite do mesencéfalo com o diencéfalo

- relacionada com reflexos da pupila

Base do pedúnculo cerebral

- formado por fibras descendentes do trato corticoespinhal, corticonuclear e cortiço pontino.

- essas fibras possuem localizações precisas – sabe-se a localização de fibras responsáveis pela
motricidade de cada parte do corpo.

-lesões nessa região causam paralisias do lado oposto ao da lesão

Tegmento do mesencéfalo:

- continuação do tegmento da ponte

- apresenta: formação reticular – substancia cinzenta – substancia branca

- substancia cinzenta homologa a da medula:

- situam-se os núcleos dos nervos III – IV – V

- do núcleo do nervo V está apenas o núcleo do trato mesencefálico que continua da ponte e
recebe informações proprioceptivas que entram pelo nervo trigêmeo

- núcleo do nervo IV: situa-se no nível dos colículos inferiores e tem fibras que saem dorsalmente
e emergem no véu medular superior, sendo que suas fibras são as únicas que saem da face
dorsal e trata-se de um nervo cujas fibras decussam antes de emergir no sistema nervoso,
inerva o músculo obliquo superior.

- núcleo do nervo III: situado ao nível do colículo superior dividido em parte somática que contém
neurônios motores responsáveis pela inervação do músculo reto superior – reto inferior – reto
medial e levantador da pálpebra emergindo na fossa interpeduncular constituindo o nervo
oculomotor. A parte visceral é o núcleo de Edinger Westphal que contém neurônios pré-
ganglionares, cujas fibras fazem sinapse no gânglio ciliar e estão relacionados com a inervação do
músculo ciliar e músculo esfíncter da pupila, sendo que estas fibras pertencem ao
parassimpático e são importantes para o reflexo pupilar.

- substancia cinzenta própria

- dois núcleos importantes relacionados com a atividade motora somática

- núcleo rubro e substancia negra

- núcleo rubro: controle da motricidade somática, recebendo fibras do cerebelo e áreas corticais e
dá origem ao trato rubro-espinhal que assim como o trato cortiçoespinhal termina nos núcleos
motores da medula, responsáveis pela motricidade voluntária da musculatura distal dos membros.
Esse núcleo também se liga ao complexo olivar inferior, através de fibras rubro-olivares que
integram o circuito – rubro – olivo – cerebelar.

- substancia negra: situada entre a base e o tegmento do pedúnculo cerebral é um núcleo


compacto com parte reticulada formada por neurônios que apresentam melanina. Esses neurônios
utilizam o neurotransmissor dopamina, ou seja, são dopaminérgicos. Ainda faz conexões
importantes com o corpo estriado nos dois sentidos: fibras nigro-estratais e estrato-nigrais.
Está relacionada à Doença de Parkinson.

- substancia cinzenta central: circunda o aqueduto cerebral e está relacionada com a regulação
da dor

Substância branca:

- assim como na ponte a maioria das fibras descendentes do mesencéfalo não passa pelo tegmento,
mas sim pela base do pedúnculo cerebral.

- já as fibras ascendentes percorrem o tegmento do mesencéfalo e representam a continuação dos


segmentos que sobem da ponte:

- leminisco medial

- lemnisco lateral

- lemnisco espinhal

- lemnisco trigeminal

- pedúnculo cerebelar superior – ao nível do coliculo inferior – cruza para o lado oposto –
decussação do pedúnculo cerebelar superior e sobe envolvendo o núcleo rubro.

- os quatro lemniscos ao nível do coliculo inferior mediolateral: medial – espinhal – trigeminal –


lateral (relacionado às vias auditivas, terminando no coliculo inferior, o restante termina no
coliculo superior).

Formação reticular

- área tegmentar ventral – neurônios ricos em dopamina

- núcleos da rafe – continuação da estrutura de mesmo nome da ponte – contendo neurônios ricos em
serotonina.

- introdução à pelve e períneo:

- o termo pelve é usado para designar várias estruturas: uma região, o cíngulo do membro inferior e a
cavidade pélvica.
- é considerada uma parte ínfero-posterior do abdome
- região de transição entre o tronco e os membros inferiores
- anatomicamente a pelve é o espaço ou compartimento circundado pelo cíngulo do membro inferior
(pelve óssea), parte do esqueleto apendicular do membro inferior.
- subdividida em pelve maior (recebe proteção das asas do ílio e pelve menor).
- a pelve não tem área de superfície externa
- a pelve maior oferece proteção para as vísceras abdominais inferiores de forma semelhante à proteção superior
pela caixa torácica
- a pelve menor oferece a estrutura óssea para os compartimentos da cavidade pélvica e do períneo no tronco
separadas pelo diafragma da pelve musculofascial
- externamente é coberta pelos músculos da parede ântero-lateral do abdome, anteriormente, a região glútea do
membro inferior póstero-lateralmente e o períneo inferiormente.

- refere-se à área da superfície entre do tronco entre as coxas e as nádegas que se estende do cóccix até o púbis.
- compartimento superficial situado profundamente (superior) a essa área e inferiormente ao diafragma da pelve.
- inclui o ânus e os órgãos genitais externos: o pênis e escroto do homem e a vulva da mulher.

- cíngulo do membro inferior:


- anel de ossos em forma de bacia que une a coluna vertebral aos ossos do fêmur.
- suas funções principais são:
- sustentar o peso do parte superior do corpo em pé ou sentada
- transferir o peso do esqueleto axial para o esqueleto apendicular inferior para fica de pé ou caminhar
- oferecer fixação de vários músculos da locomoção e postura
- conter e proteger as vísceras pélvicas (partes inferiores dos tratos urinários e órgãos reprodutivos
internos)
- conter e proteger algumas vísceras abdominais (intestino)
- sustentação para vísceras abdominopélvicas e útero grávido
- fixação para corpos eréteis dos órgãos genitais externos
- proporcionar fixação para músculos e membranas que auxiliam nessa função, formando o assoalho
pélvico e preenchendo espaços existentes.

- ossos e características do cíngulo do membro inferior:

- formado por ossos do quadril ou ilíacos que possuem formato irregular, sendo a formados pela fusão
dos ossos:
- sacro: formado pela fusão de cinco vértebras sacrais, originalmente separadas.
- as faces internas (mediais ou pélvicas) – limitam a pelve
- as faces externas – envolvidas nas fixação dos músculos dos membros inferiores
- em lactantes e crianças os ossos do quadril são formados por três ossos separados unidos por uma
cartilagem trirradiada, no acetábulo e que se fundem na puberdade.
- os dois ossos do quadril são unidos anteriormente pela sínfise púbica e articulam-se
posteriormente com o sacro, nas articulações sacroilíacas para formar o cíngulo o membro inferior.

- ílio – é a parte superior em forma de leque do osso do quadril, em sua face externa forma o acetábulo.
- a crista ilíaca segue o contorno do leque entre a EIAS e EIPS.
- a face côncava ântero-medial da asa forma a fossa ilíaca
- posteriormente, a face sacropélvica do ílio possui uma face auricular e uma tuberosidade ilíaca para
articulação com o sacro.

- ísquio – possui um corpo e um ramo


- o corpo do ísquio ajuda a formar o acetábulo
- o ramo do ísquio forma parte do forame obturado
- a grande protuberância póstero-inferior do ísquio é o túber isquiático
- a pequena protuberância póstero-medial pontiaguda perto da junção do ramo e do corpo do ísquio é a
espinha isquiática.
- entre o túber isquiático e a espinha isquiática está a incisura isquiática menor
- superiormente a espinha isquiática está a incisura isquiática maior

-púbis – é um osso angulado com um ramo superior do púbis que ajuda a forma o acetábulo e o ramo
inferior do púbis que ajuda a formar o forame obturado
- um espessamento na parte anterior do corpo do púbis é a crista púbica que termina no tubérculo
púbico
- a parte lateral do ramo superior possui uma linha obliqua denominada linha pectínea do púbis

- a pelve é dividida em pelve maior (falsa) e pelve menor (verdadeira), divida pela abertura superior da
pelve (entrada pélvica).
- a margem óssea que circunda a abertura superior da pelve é também chamada de margem pélvica
formada por:
- promontório e asa do sacro (face superior de sua parte lateral, adjacente ao corpo)
- linhas terminais direita e esquerda que consiste em linha arqueada, na face interna do ílio,
linha pectínea do púbis e crista púbica.
- o arco púbico é formado pelos ramos isquiopúbicos formados por ramos inferiores do púbis e
do ísquio.
- esses ramos encontram-se na sínfise púbica e suas margens inferior formam o ângulo
subpúbico.
- a largura do ângulo subpúbico é determinada pela distância entre os túberes isquiático direito
e esquerdo

- a abertura inferior da pelve (saída pélvica) é limitada por:


- anteriormente: arco púbico
- lateralmente: túber isquiático
- póstero-lateralmente: margem inferior do ligamento sacrotuberal (entre o cóccix e o tuber
isquiático)
- posteriormente: extremidade do cóccix
- os limites da abertura inferior da pelve são também os limites profundos do períneo

- a pelve maior (falsa) é a parte da pelve:


- superior à abertura superior da pelve
- delimitado pelas asas do ílio póstero-lateralmente e pela face antero-superior da vértebra S1
poteriormente
- ocupada por vísceras abdominais
- a pelve menor (verdadeira) é a parte da pelve:
- situada entre as aberturas superior e inferior da pelve
- limitada pela face pélvica dos ossos do quadril – sacro e cóccix
- inclui a cavidade pélvica verdadeira e as partes profundas do períneo (compartimento perineal)
- a face superior do diafragma da pelve forma o assoalho da cavidade pélvica verdadeira, mais
profunda centralmente.
- a face inferior do diafragma da pelve forma o teto do períneo, que tende a ser profunda na periferia e
superficial no centro.

- diferenças entre o cíngulo do membro inferior de homens e mulhesres:


- estrutura geral:
- homem: espessa e pesada
- mulher fina e leve

- pelve maior:
- homem: profunda
- mulher: superficial

- pelve menor:
- homem: estreita – profunda – afunilada
- mulher: larga – superficial – alargada

- abertura superior da pelve:


- homem: em forma de coração – estreita
- mulher: oval e arredondada – larga

- abertura inferior da pelve:


- homem: pequena
- mulher: grande

- arco púbico e ângulo subpúbico


- homem: estreito
- mulher: largo

- forame obturado
- homem: redondo
- mulher: oval

- acetábulo
- homem: grande
- mulher: pequena

- incisura isquiática maior


- homem: estreita
- mulher: larga (90°)

- articulação e ligamentos do cíngulo do membro inferior


- articulações primárias do cíngulo do membro inferior são: articulação sacroilíaca e sínfise púbica
- as articulações sacroilíacas: unem o esqueleto axial (o esqueleto do tronco, formado pela coluna vertebral
nesse nível) e o esqueleto apendicular inferior (esqueleto do membro inferior).
- as articulações lombossacras e sacrococcígeas embora sejam articulações do esqueleto axial, estão diretamente
relacionadas ao cíngulo do membro inferior.
- ligamentos fortes sustentam e fortalecem essas articulações

- articulações sacroilíacas
- ligamentos sacrilíacos anteriores – interósseos e posteriores (que se junta com fibras que se estendem
da margem posterior do ílio até a base do cóccix, formando o ligamento sacrotuberal, que segue da parte
posterior do ílio até a parte lateral do sacro e cóccix , até o túber isquiático, transformando a incisura isquiática
num forame isquiático maior
- o ligamento sacroespinhal, que segue da parte lateral do sacro e cóccix até a espinha isquiática,
subdivide esses forame nos forames isquiáticos maior e menor.

- sínfise púbica (secundária)


- disco interpúbico
- mais largo em mulheres
- possui ligamento púbico superior e inferior
- articulações lombossacras (secundária)
- as vértebras L5 e S1 articulam se na sínfise intervertebral (IV), formada pelo disco IV entre seus corpos
- articulação sacrococcígea (secundária)
- anterior e posterior
- a fibrocartilagem e os ligamentos unem o ápice do sacro à base do cóccix
- os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior reforçam a articulação

Cavidade Pélvica:

- a cavidade abdominopélvica estende-se superiormente para a caixa torácica e inferiormente para a pelve
- a cavidade pélvica – espaço limitado perifericamente pelas paredes e assoalho pélvicos ósseos, ligamentares e
musculares.
- parte ínfero-posterior da cavidade abdominopélvica, continua com a cavidade abdominal na abertura superior da
pelve
- conteúdo da cavidade pélvica:
- parte terminal dos ureteres
- bexiga
- reto
- órgãos genitais pélvicos
- vasos sanguíneos – linfáticos
- nervos
- transbordamento das vísceras abdominais:
- alças do intestino delgado – íleo
- intestino grosso – colo descendente, ascendente e sigmóide

- a cavidade pélvica é limitada:


- inferiormente pelo diafragma da pelve que está suspenso acima da abertura inferior da pelve
formando um assoalho pélvico, semelhante a uma tigela
- posteriormente: cóccix e parte inferior do sacro
- a parte superior do sacro forma um teto sobre a metade posterior da cavidade
- parede ântero-inferior: formada pela união dos corpos dos ossos púbicos e pela sínfise púbica
- o eixo da pelve é curvo e gira em torno da sínfise púbica

- parede e assoalho da cavidade pélvica:

- uma parede ântero-inferior


- corpo e ramos do púbis e sínfise púbica (sustentam o peso da bexiga)
- duas paredes laterais
- osso do quadril direito e esquerdo, local de fixação de músculos obturadores internos que protegem a
maior parte das paredes laterais da pelve e fixam-se no trocânter maior do fêmur e as faces mediais
desses músculos são cobertas pela fáscia obturatória que é espessa na região central como um arco
tendíneo que oferece fixação pra o diafragma pélvico que é limite entre a pelve e o períneo, formando o
assoalho da cavidade pélvica e o teto do períneo, sendo que essa fixação divide o músculo em uma parte
pélvica superior e perínea inferior.
- medialmente a parte pélvica desses músculos estão os nervos e vasos obturatórios e ramos dos vasos
ilíacos internos
- músculo obturador interno:
- face pélvica do ísquio/ílio
- fixação no trocânter maior
- inervação: nervo para o músculo piriforme (L5-S1-S2)
- função: roda a coxa lateralmente e manutenção da cabeça do fêmur no acetábulo

- uma parede posterior ou póstero-lateral


- formado pelo cóccix e parte inferior do sacro e paredes póstero-laterais músculoligantes formada por
ligamentos associados às articulações sacroilíacas (sacroilíaco anterior, sacroespinhal e sacrotuberal) e
músculos piriformes que se originam na parte superior do sacro, lateralmente aos seus forames
anteriores
- os músculos passam lateralmente deixando a pelve menor pelo forame isquiático maior e se fixam na
margem superior do trocânter maior do fêmur.
- profundamente a esses músculos estão os nervo do plexo sacral.
- uma abertura inferior do músculo piriforme permite a passagem de estruturas neurovasculares
entre a pelve e o membro inferior (região glútea).

- músculo piriforme:
- face pélvica do sacro
- fixação no trocânter maior
- inervação: ramos anteriores de S1 e S2
- função: roda a coxa lateralmente – abduz a coxa e manutenção da cabeça do fêmur no
acetábulo

- um teto
- parte superior do sacro
- um assoalho
- diafragma da pelve com forma de tigela
- formada pelos músculos isquiococcígeos e levantador do ânus e fáscias (cobrem a face superior
e inferior desses músculos)
- o diafragma da pelve separa a cavidade pélvica do períneo
- os músculos isquiococcígeos: originam-se nas faces laterais da parede inferior do sacro e cóccix
- o músculo levantador do ânus: é a maior parte do assoalho pélvico, fixada ao corpo do púbis anterior e
as espinhas isquiáticas posteriormente e a um espaçamento na fáscia obturatória, o arco tendíneo do
músculo levantador do ânus entre os dois locais ósseos de cada lado.
- o diafragma pélvico fica entre as paredes anterior, lateral e posterior da pelve menor
- uma abertura entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lado – o hiato
urogenital, dá passagem à
uretra e em mulheres, à vagina.

- músculos ísquiococcigeo:
- espinha isquiática
- fixação na extremidade inferior do sacro
- inervação: ramos dos nervos espinhais S4 e S5
- função: forma o diafragma da pelve que sustenta as vísceras pélvicas – flete o cóccix –
resite o aumento de pressão.

- o músculo levantador do ânus possui três partes de acordo com sua fixação e trajeto de suas fibras:
- puborretal – a parte medial, estreita e espessa do músculo levantador do ânus, formado por
fibras contínuas entre as faces posteriores dos corpos do púbis direito e esquerdo, formando uma
alça posterior em forma de U (alça puborretal)
- pubococcígeo – parte intermediária, mais larga e mais fina com origem lateral ao músculo
puborretal, a partir da face posterior do corpo do púbis e arco tendíneo anterior e fixam ao cóccix
(fibras laterais) e as fibras mediais formam o corpo anococcígeo.
- íliococcígeo – parte póstero-lateral do músculo levantador do ânus que tem origem no arco
tendíneo posterior e nas espinhas isquiáticas

- o músculo levantador do ânus forma um assoalho para sustentar as vísceras abdominopélvica, ajudando a
manter a continência urinária e fecal, sendo perfurado centralmente pelo canal anal

- músculo levantador do ânus:


- corpo do púbis – arco tendíneo da fáscia obturatória
- corpo do períneo – cóccix – anococcígeo – paredes da próstata – vagina – reto e canal
anal
- inervação: nervo para o músculo levantador do ânus (S4) – nervo anal – retal inferior –
plexo coccígeo
- função: forma o diafragma da pelve que sustenta as vísceras pélvicas – flete o cóccix –
resite o aumento de pressão.

Fáscia Pélvica:

- tecido conjuntivo que ocupa o espaço entre o peritônio membranáceo e as paredes e o assoalho pélvicos
musculares não ocupados pela lâmina.
- continuação da fáscia endoabdominal
- foi descrita como possuindo componentes parietais e viscerais

- fáscia parietal da pelve:


- reveste a face interna (profunda) dos músculos que formam as paredes e o assoalho da pelve
- obturador interno
- piriforme
- coccígeo
- levantador do ânus
- parte do esfíncter uretral
- parte especifica da face parietal recebem o nome do músculo que a cobrem (fáscia obturatória)

- fáscia visceral da pelve:


- reveste diretamente os órgãos pélvicos formando a lamina adventícia de cada um
- as duas laminas se tornam continuas no local onde os órgãos penetram a cavidade pélvica, possuindo nessa
região uma face parietal mais espessa denominada arco tendíneo da fáscia da pelve.
- a parte mais anterior esse arco: ligamento puboprostático em homens e pubovesical em mulheres e sua
parte mais posterior segue como ligamentos sacrogenitais

- fáscia endopélvica:
- fáscia remanescente continua com as fáscias membranáceas parietal e visceral que tem como função
acondicionar as vísceras pélvicas
- parte de seu tecido aureolar ou adiposo é desprovido de todos os vasos sanguíneos e linfáticos acomoda a
bexiga (expansão)
- espaço retropúbico e retorrenal

- bainha hipogástrica – espessa fáscia de pelve condensada, dando passagem a praticamente todos os vasos
sanguíneos e nervos seguem a parede antero-lateral até as vísceras pélvicas, juntamente com o ducto deferente
e o ureteres.
- divide-se em três ramos que são neurovasculares e que seguem até o órgãos pélvicos.
- há uma classificação cuja lâmina é denominada ligamento
- a lamina mais anterior é o ligamento lateral da bexiga que conduzem as artérias e veias vesicais superiores
- a lamina mais posterior segue até o reto e conduzem as artérias e veias vesicais superiores
- nos homens a lamina contem o septo retovesical
- na mulher a lamina segue até o colo do útero medialmente e a vagina como ligamento transverso do colo
- há um espaço pelvirretal da pelve que é divido nas regiões anterior pelos ligamentos retais laterais que são
as laminas posteriores das bainhas hipogástricas.
- esses ligamentos unem o reto à fáscia parietal da pelve nos níveis de S2-S4
- as artérias retais médias e os plexos nervosos retais estão envolvidos por ligamentos retais laterais

Estruturas Neurovasculares da Pelve:

- a maioria das estruturas situam-se extraperitonealmente, contra as paredes póstero-laterais


- os nervos situam-se mais superficialmente e os vasos mais internamente e em geral as veias são externas
(laterais) às artérias

- nervos pélvicos:

- inervada pelos nervos espinhais sacrais e coccígeos


- inervada pela parte pélvica do SNA
- os músculos piriformes e coccígeo formam um leito para o plexo nervoso sacral e coccígeo
- as raízes anteriores de S2-S3 emergem das digitações desses músculos
- a parte descendente de L4 se une ao ramo anterior de L5 para formar o tronco lombossacral
- o tronco segue inferiormente na face anterior da asa do sacro e se une ao plexo sacral

Plexo sacral:
- está localizado na parede póstero-lateral da pelve menor, onde está intimamente relacionado à face anterior do
músculo piriforme
- dois principais nervos originados do plexo sacral são os nervos isquiático e nervo pudendo que se situam
externamente à fáscia parietal da pelve.
- a maioria dos ramos do plexo sacral sai da pelve através do forame isquiático maior
- nervo isquiático:
- é o maior nervo do corpo
- formado pelos ramos anteriores de L4-S3 que convergem sobre a face anterior do músculo piriforme
- na maioria das vezes atravessa o forame isquiático maior para entrar na região glútea
- desce ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior do membro inferior
- nervo pudendo:
- principal nervo do períneo e o principal nervo sensorial dos órgãos genitais externos
- derivado de ramos anteriores de S2-S4
- acompanhado pela artéria pudenda interna, deixa a pelve através do forame isquiático maior entre os
mm piriforme e coccígeo.
- forma um gancho ao redor da espinha isquiática e do ligamento sacroespinhal e entra no períneo através
do forame isquiático menor.
- inerva a pele e os músculos do períneo.
- nervo glúteo superior:
- origina-se dos ramos anteriores dos nervos espinhais L4-S1
- deixa a pelve através do forame isquiático maior superiormente ao músculo piriforme
- inerva os mm glúteo, médio e mínimo e ainda o tensor da fáscia lata.
- nervo glúteo inferior:
- origina-se dos ramos anteriores dos nervos espinhais de L5-S2
- deixa a pelve através do forame isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme, superficialmente ao
nervo isquiático.
- acompanha a artéria glútea inferior e divide-se em vários ramos para inervar o músculo glúteo máximo
- nervo obturatório:
- origina-se dos ramos anteriores dos nervos espinhais de L2-L4 do plexo lombar no abdome (pelve maior)
e entra na pelve menor.
- segue ao longo da parede lateral da pelve até o canal obturatório e se dividem em partes anterior e
posterior
- suprem os músculo mediais da coxa
- nenhuma estrutura pélvica é suprida pelo nervo obturatório

- plexo coccígeo:
- pequena rede de fibras nervosas pelos ramos anteriores de S4-S5 e pelos nervos coccígeos
- situa-se na superfície pélvica do músculo isquiococcígeo, suprindo esse músculo.
- os nervos anococcígeos perfuram o músculo coccígeo e o corpo anococcígeo para suprimir uma
pequena área de pele entre a extremidade do cóccix e ânus.

- nervos autônomos pélvicos:


- entram na cavidade pélvica por quatro vias
- troncos simpáticos sacrais – inervação simpática dos membros inferiores.
- são a continuação inferior dos troncos simpáticos lombares
- descem na face pélvica do sacro medialmente aos forames sacrais pélvicos
- convergem para formar o gânglio impar
- descem posterior ao reto e enviam ramos comunicantes para os nervos sacrais e
coccígeos
- fornece fibras pós-sinápticas ao plexo sacral para inervação simpática do membro
inferior

- plexos periarteriais das artérias: retais superiores – ováricas e ilíacas internas: fibras
simpáticas vasomotoras pós- sinápticas para a artéria envolvida.
- pequenas fibras pelas quais as fibras simpáticas entram na pelve
- função de movimento vascular das artérias

- plexos hipogástricos: via mais importante pela qual as fibras simpáticas são conduzidas
para as vísceras pélvicas.
- superior e inferior
- são fibras nervosas aferentes simpáticas e viscerais
- a principal parte do plexo hipogástrico superior deriva do plexo intermesentérico,
inferior a bifurcação da aorta.
- entra na pelve e divide-se em nervos hipogástricos direito e esquerdo que descem na
face anterior do sacro
- descem lateralmente ao reto nas bainhas hipogástricas
- abrem-se como um leque e se fundem aos nervos esplâncnicos pélvicos formando os
plexos hipogástricos inferiores direito e esquerdo que possuem fibras simpáticas e
parassimpáticas e fibras aferentes viscerais que continuam para as vísceras pélvicas
sobre as quais formam subplexos – plexos pélvicos
- em ambos os sexos os subplexos estão associados a face lateral do reto e ínfero-laterais
da bexiga
- no homem: associados à próstata e glândula seminal
- na mulher: útero e vagina

- nervos esplâncnicos pélvicos: via para inervação parassimpática das vísceras pélvicas,
colo descendente e sigmóide.
- originam-se na pelve a partir dos ramos de S2-S4 do plexo sacral
- conduz fibras parassimpáticas pré-sinápticas derivadas dos segmentos de medula S2-S4
e fibras aferentes viscerais nos gânglios sensitivos dos nervos espinhais correspondentes, a
maior contribuição dessa fibra vem de
S3.

- os nervos esplâncnicos pélvicos e plexos hipogástricos se unem na pelve

- inervação aferente visceral da pelve:


- todas as fibras aferentes viscerais que conduzem sensibilidade reflexa ( que não chega à
consciência) seguem com as fibras parassimpáticas.
- a linha de dor pélvica corresponde ao limite inferior do peritônio
- as vísceras pélvicas subperitoneais ou partes das vísceras são inferiores a linha de dor pélvica
- as vísceras abdominopélvicas ou faces das estruturas viscerais que estão em contato com o
peritônio são superiores a linha de dor pélvica.
- artérias pélvicas:
- seis artérias principais entram na pelve menor das mulheres e quatro na pelve menor dos homens
- as artérias ilíacas internas e ováricas (apenas nas mulheres) são pares e as artérias sacrais medianas e retais
superiores são impares

- artéria ilíaca interna:


- aproximadamente 4 cm de comprimento
- surge da bifurcação da artéria ilíaca comum no nível de L5-S1
- o ureter cruza a artéria ilíaca comum
- é separada da articulação sacroilíaca pela veia ilíaca interna e tronco lombossacral
- desce póstero-medialmente até a pelve menor, medialmente à veia ilíaca externa e ao nervo
obturatório e lateralmente ao peritônio.
- a artéria ilíaca interna é a artéria mais importante da pelve, principal responsável pela irrigação
sanguínea das vísceras pélvicas e por parte da irrigação da parte músculo esquelética da pelve e
também envia ramos para a região glútea e regiões mediais da coxa e períneo.
- a artéria ilíaca interna termina na margem superior do forame isquiático maior, formando as divisões
anterior e posterior.
- os ramos da divisão anterior artéria ilíaca são principalmente viscerais (reto – bexiga – órgãos
reprodutores), mas também incluem ramos parietais que seguem até a nádega e a coxa.
- os principais ramos da divisão anterior da artéria ilíaca interna:
- artéria umbilical
- antes do nascimento era a principal continuação da ilíaca interna, ascendendo pela
parede anterior do abdome.
- conduzem sangue pobre em O2 e nutrientes até a placenta
- formam os ligamentos umbilicais mediais quando ocluídas
- dá origem a artéria (ou artérias) vesical superior para a bexiga
- a artéria do ducto deferente origina-se geralmente da artéria vesical superior
- artéria obturatória
- geralmente surgem perto da artéria umbilical onde é cruzada pelo ureter
- segue antero-inferiormente sobre a fáscia obturatória na parede lateral da pelve
- segue entre o nervo e a veia obturatória
- deixa a pelve através do canal obturatório
- irriga músculos pélvicos – ílio – fermur – musculatura medial da coxa
- artéria vesical inferior
- ocorre apenas em homens sendo substituída em mulheres pela artéria vaginal
- - segue até o fundo da bexiga onde irriga as glândulas seminais – próstata – fundo da
bexiga e parte inferior do ureter.
- os ramos são a artéria para o ducto deferente (que pode vir da vesica superior) e
prostática
- artéria retal média
- pode originar-se independentemente da artéria ilíaca interna ou em comum com a artéria
vesical inferior ou pudenda interna
- irriga a parte inferior do reto e anastomosa-se com as artérias retais superior e inferior,
suprindo a próstata e as glândulas seminais.
- artéria vaginal
- homologo da artéria vesical inferior
- segue anteriormente e depois para a face lateral da vagina, enviando muitos ramos para
a face anterior e posterior da vagina – parte póstero-inferior da bexiga e parte pélvica da
uretra.
- artéria uterina
- origina-se diretamente da artéria ilíaca interna, mas pode originar-se da artéria umbilical.
- homologa da artéria do ducto deferente no homem
- desce na parede lateral da pelve anteriormente a artéria ilíaca interna e entra na raiz do
ligamento largo
- a artéria uterina enquanto segue medialmente no ligamento largo passa superiormente
ao ureter
- se divide em um ramo vaginal e um ramo ascendente que se bifurca em ramos ováricos
e tubários.
- artéria pudenda interna
- maior em homens do que em mulheres
- segue ínfero-lateralmente anterior ao músculo piriforme e ao plexo sacral
- deixa a pelve entre os músculos piriforme e coccígeo através do forame isquiático maior
- passa ao redor da face posterior da espinha isquiática ou do ligamento sacroespinhal e
entre na fossa ísquioanal através do forame isquiático menor.
- a artéria – veias e ramos do nervo pudendo atravessa o canal do pudendo, medialmente
ao tuber isquiático.
- divide-se em seus ramos terminais artéria profunda e dorsal do pênis ou clitóris
quando sai do canal do pudendo.

- artéria glútea inferior


- segue posteriormente entre os nervos sacrais (S2-S3) e deixa a pelve através do forame
isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme, supre a pele e os músculos das
nádegas além da face posterior da coxa.

- os principais ramos da divisão posterior da artéria ilíaca interna:


- artéria glútea superior
- essa artéria passa posteriormente e entre o tronco lombossacral e o nervo S1, deixa a
pelve através do forame i isquiático maior, superior ao músculo piriforme, para suprir os
músculos glúteos das nádegas. - artéria iliolombar
- segue supero lateralmente de forma recorrente até a fossa ilíaca e no interior dela divide-
se em ramo ilíaco e lombar, que supre o músculo ilíaco e o ílio e o quadrado lombar e psoas
maior respectivamente.
- artérias sacrais laterais
- passam medialmente e descem anteriormente aos ramos sacrais anteriores, suprem as
meninges vertebrais que envolvem os nervos sacrais, e alguns ramos suprem os músculos
eretores da espinha e pele sobre o sacro
- artéria ovárica:
- origina-se da parte abdominal da artéria aorta inferior a artéria renal
- superior à mesentérica inferior
- segue inferiormente aderindo ao peritônio parietal e passa anteriormente ao ureter emitindo ramos para
ele
- quando entra na pelve menor, cruza a origem dos vasos ilíacos externos e depois segue medialmente no
ligamento suspensor do ovário
- entra na parte superolateral do ligamento largo dividindo-se em ramos tubário e ováricos que suprem a
tuba uterina e o ovário.
- se anastomosam com os ramos correspondentes da artéria uterina

- artéria sacral mediana:


- pequena artéria impar
- origina-se na parte posterior da artéria aorta abdominal, acima de sua bifurcação
- segue anteriormente aos corpos das ultimas vértebras lombares, sacro e cóccix e termina em uma série
de arcos anastomóticos
- antes de entrar na pelve origina pares de artérias L5
- quando passa pelo sacro emite ramos sacrais que se anastomosam com ramos das artérias sacrais
laterais

- artéria retal superior:


- continuação direta da artéria mesentérica inferior
- cruza os vasos ilíacos comuns esquerdos e desce o mesocolo sigmóide
- no nível de S3 divide-se em dois ramos que suprem cada lado do reto e vai até esfíncter interno do ânus
inferiormente.
- os ramos da artéria retal superior anastomosa-se com ramos da artéria retal média (ramos da ilíaca
interna) e com a retal inferior (ramo da artéria pudenda interna)

- veias pélvicas:
- os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se formam pela anastomose ao redor das
vísceras pélvicas
- os vários plexos venosos drenam geralmente pelas veias ilíacas internas, porém alguns drenam para a
retal superior para a mesentérica inferior ou veias sacrais laterais, além da veia sacral mediana e em
mulheres as veias ováricas.
- as veias ilíacas internas se juntam as veias ilíacas externas para formar as veias ilíacas comuns e
que se unem para formar a veia cava inferior a nível de L4-L5.
- as veias ilíacas internas situam-se póstero-inferiormente às artérias ilíacas internas.
- as veias iliolombares geralmente drenam para as veias ilíacas comuns.
- as veias glúteas superiores são as maiores tributárias das veias ilíacas internas.
- as veias testiculares no caminho do canal inguinal em direção a suas terminações abdominais, mas
geralmente não drenam estruturas pélvicas.

- linfonodos pélvicos:
- recebem drenagem linfática dos órgãos pélvicos
- geralmente estão localizados próximos aos vasos sanguíneos associados
- linfonodos: ilíacos comuns – ilíacos externos – ilíacos internos – sacrais
Vísceras Pélvicas:

- incluem bexigas e partes dos ureteres – sistema reprodutivo – reto.

Órgãos urinários:
- ureteres
- bexiga
- uretra

Ureteres:
- tubo muscular de 25-30 cm que unem os rins à bexiga
- são retroperitoneais
- suas metades inferiores estão na pelve
- cruzam a bifurcação das artérias ilíacas comuns
- passam sobre a abertura superior da pelve e entram na pelve menor, deixando o abdome.
- as extremidades inferiores são circuncidadas pelos plexo venoso vesical
- vão em direção ínfero-medial obliquamente através da parede muscular da bexiga
- são 5 cm distantes um dos outros
- a única estrutura que passa entre os ureteres e peritônio em homens é o ducto deferente, cruzando o ureter na
prega uretérica.
- o ureter situa-se póstero-lateralmente ao ducto deferente e entra no ângulo póstero-superior da bexiga, acima da
glândula seminal.
- em mulheres o ureter passa medialmente à origem da artéria uterina, depois passado próximo a parede lateral
do fórnix da vagina entrando no ângulo póstero-superior da bexiga.

- suprimento arterial do ureter: artérias uterinas em mulheres e artérias vesicais inferiores nos homens
- drenagem venosa e linfática: acompanham as artérias e tem nomes correspondentes e a linfa é drenada para
linfonodos lombares e ilíacos comuns e ilíacos externos e internos.
- inervação: provenientes dos plexos autônomos adjacentes (renal - aórtico – hipogástricos)
- está situado superiormente a linha de dor pélvica
- as fibras aferentes (de dor) dos ureteres seguem as fibras simpáticas até atingirem os gânglios sensitivos
espinhais e os segmentos medulares da medula espinhal de T11 – L11 ou L2
- a dor ureteral é geralmente referida no QI ipsilateral do abdome, principalmente na região inguinal

Bexiga:
- víscera de paredes ocas
- quando vazia a bexiga do adulto está na pelve menor, superior e posterior ao púbis.
- separada desses ossos pelo espaço retropúbico
- situa-se principalmente inferior ao peritônio – subperitoneal, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica
anteriormente e pelo assoalho da pelve posteriormente.
- seu colo está firmemente fixado pelos ligamentos puboprostático em homens e ligamento pubovesical em
mulheres
- em crianças pequenas a bexiga está no abdome até os 6 anos, quando entra na pelve maior e na puberdade
está completamente na pelve menor.
- a bexiga no adulto está quase totalmente na pelve menor, sendo que sua face superior está no nível da margem
superior da sínfise púbica
- quando está cheia entra na pelve maior, podendo ascender até o umbigo.
- possui: um ápice – corpo – fundo – colo
- o ápice aponta em direção à sínfise púbica quando vazia
- fundo é oposto ao ápice, formando uma parede posterior.
- corpo é a principal parte da bexiga entre o ápice e o fundo
- o fundo e as superfícies ínfero-laterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga
- apenas a face superior é coberta por peritônio
- o fundo é separado do reto pelo septo retovesical em homens
- em mulheres o fundo está relacionado com à parede superior e anterior da vagina
- as paredes da bexiga são formadas pelo músculo detrusor
- as fibras internas formam o esfíncter interno da uretra involuntário
- se contrai durante a ejaculação para evitar ejaculação retrógrada
- algumas fibras formam o óstio interno da uretra
- os óstios da uretra e do ureter – formam o trigono vesical

- suprimento arterial da bexiga:


- ramos da ilíaca interna
- artérias vesicais superiores irrigam as partes ântero-superiores e em homens as artérias vesicais
inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga.
- em mulheres as artérias vaginais substituem as artérias vesicais inferiores e enviam ramos para a parte
póstero-inferior da bexiga
- as artérias obturatória e glútea inferior enviam ramos para a bexiga
- drenagem
- o nome das veias corresponde às artérias e são tributárias das veias ilíacas internas
- em homens o plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso prostático
- os vasos linfáticos da face superolaterais da bexiga seguem para os linfonodos ilíacos externos e os
do fundo e do colo drenam para os linfonodos sacrais ou ilíacos comuns.

- inervação
- as fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar superior da medula espinhal até
os plexos vesicais principalmente através dos plexos hipogástricos
- as fibras parassimpáticas dos níveis sacrais da medula são conduzidas pelos nervos esplâncnicos
pélvicos e plexo hipogástrico inferior
- as fibras parassimpáticas são motoras para o músculo detrusor e inibitórias para o esfíncter interno da
uretra da bexiga masculina
- a inervação simpática que estimula a ejaculação inibe o esfíncter interno evitando o refluxo do sêmen
- as fibras sensitivas são viscerais
- as fibras aferentes reflexas seguem o trajeto das fibras parassimpáticas como aquelas que transmitem
de dor da parte inferior da bexiga
- a face superior ou teto da bexiga é coberta por peritônio e, portanto é superior a linha de dor pélvica.
- as fibras de dor da parte superior da bexiga seguem as fibras simpáticas retrogradamente até os
gânglios sensitivos espinais torácico inferiores e lombares superiores (T11-L2 ou L3)

- parte proximal da uretra masculina


- tubo muscular de (18-22 cm de comprimento) que conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga até o
óstio externo da uretra na extremidade da glande do pênis, proporcionando também a saída para o
sêmen.
- dividida em 4 partes: parte intramural – parte prostática - parte membranosa – parte esponjosa
- a parte intramural estende-se quase verticalmente no colo da bexiga, circundada pelo esfíncter externo
da uretra – 0.5-1.5cm
- parte prostática da uretra – possui uma crista uretral entre os seios prostáticos, e os ductos
prostáticos se abrem nos seios prostáticos – desce através da parte anterior da próstata.
- parte membranácea – atravessa o espaço profundo do períneo circundada por fibras do esfíncter externo
da uretra, penetra na membrana do períneo.
- o coliculo seminal é uma eminência no meio da crista uretral que se abre par um fundo de saco
pequeno denominado utrículo prostático (vestígio do canal uterovaginal)
- os ductos ejaculatórios se abrem na parte prostática da uretra

- suprimento arterial da parte proximal da uretra:


- 2/3 proximais da uretra são irrigados por ramos das artérias vesicais inferiores e retais médias

- drenagem venosa da parte proximal da uretra:


- plexo venoso prostático

- drenagem linfática da parte proximal da uretra:


- linfonodos ilíacos internos ou externos

- inervação da parte proximal da uretra:


- plexo prostático (simpáticas – parassimpática – aferente visceral mista)

- uretra feminina:
- 4 cm de comprimento
- passa ântero-inferiormente ao óstio interno da uretra na bexiga
- posterior e inferior à sínfise púbica
- nas mulheres o óstio externo da uretra está no vestíbulo anterior ao óstio da vagina
- situa-se anterior à vagina
- segue com a vagina através do diafragma da pelve, esfíncter externo da uretra e membrana do períneo.
- a metade inferior da uretra está situada no períneo

- suprimento arterial da uretra feminina


- artéria pudenda interna e vaginal

- drenagem venosa
- veias seguem as artérias e tem nomes semelhantes
- drenagem linfática
- linda drenada geralmente para os linfonodos sacrais e ilíacos internos ou ainda menos comum
linfonodos inguinais

- inervação:
- plexo vesical e nervo pudendo
- as fibras aferentes viscerais seguem nos nervos esplâncnicos pélvicos, mas a terminação recebe
fibras aferentes somáticas do nervo pudendo.
- as fibras aferentes viscerais e somática estendem-se dos corpos celulares dos gânglios
sensitivos dos nervos espinhais de S2-S4.

Orgãos Genitais Internos Masculinos:

- testículos
- epidídimo
- ducto deferente
- glândulas seminais
- ductos ejaculatórios
- próstata
- glândulas bulbouretrais

- ducto deferente:
- continuação do ducto do epidídimo
- possui paredes musculares espessas
- começa na cauda do epidídimo
- ascende posterior ao testículo e medial ao epidídimo
- componente primário do funículo espermático
- penetra na parede anterior do abdome através do canal inguinal
- cruza sobre os vasos ilíacos internos e entra na pelve
- passa ao longo da parede lateral da pelve onde se situa externamente ao peritônio parietal
- termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório
- crua superiormente o ureter perto do ângulo póstero-superior da bexiga chegando ao fundo da bexiga
- a relação entre o ureter e o ducto deferente é semelhante aquela entre a artéria uterina e o ureter nas mulheres
- o ducto se dilata para formar a ampola do ducto deferente

- suprimento arterial do ducto deferente:


- ramo da artéria vesical superior (artéria para o ducto deferente) e termina anastomosando-s com a artéria
testicular posteriormente ao testículo.

- drenagem venosa:
- as veias do ducto deferente drenam a maior parte das vezes para a veia testicular, incluindo o plexo
pampiniforme distal

- drenagem linfática:
- a linda do ducto deferente drena para linfonodos ilíacos externos

- glândulas seminais:
- é uma estrutura alongada de 5 cm situada entre o fundo da bexiga e o reto
- secretam um liquido alcalino e agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto dos ductos
ejaculatórios e uretra
- as extremidades superiores seminais são recobertas por peritônio e situam-se posteriormente aos ureteres, onde
o peritônio da escavação retovesical as separa do reto.
- as extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente ligadas ao reto e estão separadas dele
apenas pelo septo retovesical
- o ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório

- suprimento arterial das glândulas seminais:


- originam-se nas artérias vesical inferior e retal média

- drenagem venosa:
- acompanham as artérias e possuem nomes semelhantes

- drenagem linfática:
- linfonodos ilíacos recebem linfa das glândulas seminais: parte superior: linfonodos ilíacos externos – parte
inferior: linfonodos ilíacos internos

- ductos ejaculatórios:
- são tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes
- originam-se perto do colo da bexiga e seguem juntos ântero-inferiormente atravessando a parte posterior da
próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático
- convergem para se abrir no colículo seminal por meio da abertura do utrículo prostático
- as secreções prostáticas se unem ao liquido seminal na parte prostática de uretra após o fim dos ductos
ejaculatórios

- suprimento arterial dos ductos ejaculatórios:


- artérias do ducto deferente (ramos da vesical superior) suprem o ducto ejaculatório

- drenagem venosa:
- as veias se unem no plexo venoso prostático e vesical

- drenagem linfática:

- próstata
- é a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino
- a parte glandular representa 2/3 da próstata o outro terço é fibromuscular
- circunda a parte prostática da uretra
- a cápsula fibrosa da próstata é densa e neuro vascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e
nervos.
- tudo isso é circundado pela lamina visceral da fáscia da pelve, formando a bainha fibrosa que é fina
anteriormente, contínua póstero-lateralmente com ligamentos puboprostáticos e densa posteriormente onde se
funde com o septo retovesical.
- a próstata possui:
- base relacionada com o colo da bexiga
- ápice está em contato com a fáscia da face superior dos músculos esfíncter da uretra e transverso
profundo do períneo
- uma face anterior muscular formando um hemiesfincter que faz parte do esfíncter da uretra, separado da
sínfise púbica por gordura retroperitoneal no espaço retropúbico.
- uma face posterior relacionada à ampola do reto
- faces ínfero-laterais relacionadas ao músculo levantador do ânus
- possui lobos:
- istmo da próstata: “lobo anterior” – é anterior a uretra – fibromuscular, continuação superior do
músculo esfíncter da uretra.
- lobo ínfero-posterior: “posterior” – situa-se posteriormente à uretra e inferiormente aos ductos
ejaculatórios, sendo facilmente palpável por exame retal digital.
- lobo direito e esquerdo: de cada lado da uretra formam a principal parte da próstata
- lobo médio situa-se entre a uretra e os ductos ejaculatórios e possui relação íntima com o colo
da bexiga
- os ductos prostáticos (20-30) se abrem principalmente para os sulcos, os seios prostáticos, situados se
cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra, seu liquido tem papel de
ativação dos espermatozóides.

- suprimento arterial da próstata:


- ramos da artéria ilíaca interna (artérias vesicais inferiores – pudendas internas – retais médias)

- drenagem venosa:
- as veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata
- esse plexo venoso prostático entre a capsula fibrosa e a bainha prostática, drena para as veias
ilíacas internas
- esse plexo é continuo com o plexo venoso vesical e plexo venoso vertebral interno

- drenagem linfática:
- linfa segue para linfonodos ilíacos internos ou ainda parte dela pode passar para os linfonodos
sacrais

-glândulas bulbouretrais:
- formato de ervilha
- situam-se póstero-lateralmente à parte membranácea da uretra, incrustadas no esfíncter externo
da uretra.
- os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte
membranácea da uretra e se abrem através de pequenas glândulas na região proximal da parte
esponjosa da uretra
- sua secreção entra na uretra durante o ato sexual

- inervação dos órgãos genitais internos da uretra:


- ducto deferente – glândulas seminais – ductos ejaculatórios – próstata são ricamente inervados por fibras
simpáticas
- as fibras simpáticas pré-sinápticas originam-se dos corpos celulares na coluna intermédia de células
dos segmentos T12 – L3 ou L3
na medula espinhal
- atravessam os gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos para se tornarem componentes dos
nervos esplâncnicos lombares e dos plexos hipogástricos e pélvicos.
- as fibras parassimpáticas pré-sinápticas dos segmentos S2 e S3 atravessam os nervos esplâncnicos
pélvicos que também se unem as plexos hipogástricos inferior/pélvico.
- o sistema simpático estimula a contrações peristálticas rápidas associadas a secreção das glândulas, e
exercendo uma força expulsiva para liberar espermatozóides
- o sistema parassimpático atravessa o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos, que
seguem até os corpos eréteis do pênis, responsável pela ereção peniana

Órgãos Genitais Internos Femininos:

- vagina
- útero
- tubas uterinas
- ovários

- vagina:
- túbulo músculo membranáceo de 7 a 9 cm que se estende do colo do útero até o vestíbulo da vagina, fenda
entre os lábios menores que contém os óstios externos da uretra e da vagina e as aberturas das duas glândulas
vestibulares.
- a extremidade superior da vagina é circundada pelo colo do útero

- a vagina:
- serve como canal para o liquido menstrual
- recebe o pênis e o ejaculado durante a relação sexual
- forma a parte inferior do canal pélvico
- comunica-se superiormente com o canal cervical que vai o istmo do útero até o óstio externo do
útero e inferiormente com o vestíbulo
- situa-se posteriormente à uretra que se projeta em sua parede ântero-inferior, e a bexiga e situa-se anterior ao
reto, passando nas margens mediais dos músculos levantadores do ânus.
- o recesso ao redor do colo da vagina é denominado fórnice da vagina, possui partes anterior-lateral e
posterior.
- o fórnice posterior da bexiga é a parte mais profunda e está relacionada com a escavação retouretina
- quatro músculos comprimem a vagina atuando como esfíncteres:
- pubovaginal – esfíncter externo da uretra – esfíncter uterovaginal e bulboesponjoso

- relações da vagina:
- lateralmente: músculo levantador do anus – fáscia visceral da pelve e ureteres
- posteriormente: (inferior para superior) – canal anal – reto e escavação retouterina

- suprimento arterial da vagina:


- parte superior: artéria uterina
- parte média e inferior: artéria vaginal e pudenda interna

- drenagem venosa
- plexos venosos vaginais
- continuas com o plexo venoso uterino e com o plexo venoso uterovaginal
- drenando para as veias ilíacas internas através da veia uterina

- drenagem linfática
- parte superior: linfonodos ilíacos externos e internos
- parte média: linfonodos ilíacos internos
- parte inferior: linfonodos ilíacos sacrais e ilíacos comuns
- óstio externo: linfonodos inguinais superficiais

- a parte mais inferior da vagina está localizada no períneo

- útero:
- órgão com formato piriforme e parede espessa
- o útero não grávido geralmente está na pelve menor com seu corpo sobre a bexiga e seu colo entre a bexiga e o
reto
- na mulher adulta o útero e antevertido (inclinado ântero-superiormente em relação ao eixo da vagina) e
antefletido (curvado anteriormente em relação ao colo) de forma que sua massa está sobre a bexiga.
- o corpo do útero que forma os 2/3 superiores do órgão, inclui o fundo do útero.
- o corpo é livremente móvel e está entre as laminas do ligamento largo
- possui duas faces, sendo a anterior relacionada com a bexiga e posterior com o intestino.
- o corpo é separado do colo pelo istmo do útero
- o colo é o terço inferior cilíndrico de 2,5 cm de comprimento: apresentando duas porções, uma
supravaginal entre o istmo e a vagina e a porção vaginal que se salienta para a vagina.
- a porção supravaginal é separada da bexiga posteriormente pela escavação retouterina
- os cornos do útero são regiões superolaterais, onde entram as tubas uterinas.
- a cavidade uterina continua inferiormente como canal do colo do útero
- parede do corpo do útero:
- perimétrio: revestimento seroso externo – fina lamina de tecido conjuntivo
- miométrio: amada média de músculo liso, sendo que essa camada está localizada vamos e nervos do útero.
- endométrio: camada mucosa interna – envolvido no ciclo menstrual – eliminada quando não houver fecundação
- o colo é principalmente fibroso formado por colágeno e pequena quantidade de músculo liso e elastina

- ligamentos do útero:
- ligamento útero-ovárico – fixa o útero póstero-inferiormente à junção uterotubária
- ligamento redondo do útero – fixa-se ântero-inferiormente a essa junção
- os dois ligamentos são vestígios do gubernáculo ovárico relacionado a descida da gônada de sua posição de
desenvolvimento sobre a parede
Posterior do abdome
- ligamento largo do útero – é uma dupla lamina de peritônio (mesentério) que se estende das laterais do útero
até as paredes laterais e o assoalho da pelve, ajudando a manter o útero em posição.
- o peritônio do ligamento largo é prolongado superiormente sobre os vasos como ligamento suspensor
do ovário
- a tuba uterina situa-se na margem livre ântero-superior do ligamento largo dentro de uma pequeno mesentério
denominado mesossalpinge
- o ovário situa-se dentro do mesentério chamado de mesovário na face posterior do ligamento largo, inferior
a mesossalpinge.
- a sustentação do útero é feita pelo diafragma pélvico
- a sustentação passiva do útero é feita por sua posição antefletida e antevertida

- relações do útero:
- o peritônio cobre o útero anterior e superiormente com exceção do colo
- o peritônio é refletido sobre a bexiga anteriormente e posteriormente sobre a parte posterior do fórnix da vagina
para o reto
- anteriormente: útero é separado da bexiga pela escavação vesicouterina onde o peritônio é refletido do útero
sobre a margem posterior da face superior da bexiga
- posteriormente o corpo do útero é separado do reto é denominado escavação retouterina
- lateralmente o ureter é cruzado superiormente pela artéria uterina, além do ligamento largo.

- suprimento arterial do útero


- artéria uterinas e ováricas

- drenagem venosa
- plexo venoso uterino

- drenagem linfática
- drenam para linfonodos lombares ou menos comum nos linfonodos inguinais superficiais ou ainda
linfonodos ilíacos externos, internos e sacrais.

- inervação da vagina e do útero:


- apenas a quarta ou quinta parte da vagina tem inervação somática – feita pelo nervo perineal profundo
que é ramos do nervo pudendo que conduz fibras aferentes viscerais e simpáticas, mas não fibras
parassimpáticas.
- a maior parte da vagina é visceral em termos de inervações
- os nervos para essa parte da vagina e útero, são derivados do plexo nervoso uterovaginal.
- fibras aferentes simpáticas – parassimpáticas – viscerais – atravessam esse plexo
- a inervação simpática origina-se nos segmentos torácicos inferiores e atravessa os nervos esplâncnicos
lombares e a série de plexos hipogástricos pélvicos
- a inervação parassimpática origina-se nos segmentos S2-S4 e atravessa os nervos esplâncnicos
pélvicos até o plexo hipogástrico inferior-utervaginal.
- a inervação aferente visceral das partes superior (intraperitoneal – fundo e corpo) e inferior
(subperitoneal – cervical) do útero e da vagina difere em termos de trajeto e destino.
- as fibras aferentes que conduzem impulsos de dor do fundo e corpo do útero (superior a linha de dor
pélvica) intraperitoneais seguem a inervação simpática retrograda para chegar aos corpos celulares dos
gânglios sensitivos dos nervos espinhais torácicos inferiores e lombares superiores.
- as fibras aferentes que conduzem o impulso de dor do colo e da vagina (inferior a linha de dor pélvica)
subperitoneais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterovaginal e
hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos
para chegarem aos corpos celulares dos gânglios sensitivos dos nervos espinhais S2-S4.
- todas as fibras aferentes viscerais do útero e da vagina não relacionadas à dor também seguem a ultima
via.

- tubas uterinas:
- estendem-se lateralmente dos cornos uterinos e se abrem para a cavidade peritoneal perto dos ovários
- estão na mesossalpinge
- distendem-se em direção póstero-lateral até as paredes laterais da pelve, onde curvam-se anteriores e
superiores ao ovário no ligamento largo
- divisão da tuba uterina:
- infundíbulo: extremidade distal que se abre para a cavidade peritoneal através do óstio abdominal, as
fimbrias abrem-se na parte medial do ovário, e uma grande fimbria ovárica está fixada ao polo superior do
ovário.

- ampola: parte mais larga e mais longa da tuba uterina que começa na extremidade medial do
infundíbulo,nesse local ocorre a fertilização

- istmo: parte da tuba que entra no corno uterino

- parte uterina: segmento intramural da tuba que atravessa a parede do útero

- ovário:
- local no qual se desenvolvem os óvulos
- glândulas endócrinas
- localizados perto da fixação do ligamento largo nas paredes laterais da pelve suspensos por pregas peritoneais
da face póstero-superior do ligamento largo pelo mesovário e das paredes laterais da pelve pelos ligamentos
suspensores do ovário.
- os vasos linfáticos e nervos ováricos entram e saem da face superolateral do ovário no ligamento suspensor do
ovário que constitui a parte lateral do mesovário do ligamento largo
- fixados ao útero pelos ligamentos útero-ováricos

- suprimentos neurovasculares da tuba uterina e ovário:


- artérias ovárica – parte abdominal da artéria aorta e descem ao longo da parede posterior da pelve
- os ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos da ilíaca interna) seguem ao longo das faces laterais
do útero para se aproximarem das faces mediais da tuba e ovário
- as artérias ováricas e uterinas terminam bifurcando-se em ramos ováricos e tubários, que irrigam o
ovário e tubas nas extremidades opostas.

- drenagem venosa:
- as veias que drenam o ovário formam o plexo nervoso pampiniforme, perto do ovário e da tuba
uterina.
- as veias do plexo se unem e formam a veia ovárica que deixa a pelve menor com a artéria ovárica,
sendo que a direita drena na cava inferior e a esquerda drena na veia renal

- drenagem linfática:
- vasos que ascendem até os linfonodos lombares direito e esquerdo
- inervação:
- fibras simpáticas descendentes dependem do plexo ovárico e uterino até os corpos celulares de T11-L1
- os ovários e tubas são intraperitoneais, sendo localizados acima da linha de dor pélvica
- fibras de dor aferente vísceral ascendem retrogradamente com ás fibras parassimpáticas através do
plexo uterino pélvico, dos nervos esplâncnicos pélvicos e hipogástrico inferior.

- reto:
- parte pélvica do trato alimentar continua com o colo sigmóide proximalmente e distalmente com o canal anal
- a junção retossigmóide situa-se anteriormente à S3
- o reto segue a curvatura do sacro e cóccix formando a flexura sacral do reto
- o reto termina antero-inferior à junção do cóccix antes da flexura anorretal que ocorre quando o intestino
perfura o diafragma da pelve
(músculo levantador do ânus)
- três flexuras laterais do reto (superior – intermediário – inferior) são vistas quando o reto é visto
anteriormente, sendo formadas em relação a três invaginações internas (pregas transversas do reto), duas a
esquerda e uma à direita
- a parte terminal dilatada do reto situa-se superior ao diafragma da pelve e o corpo anococcígeo é a ampola do
reto
- o peritônio cobre a face anterior e lateral do terço superior do reto, apenas a face anterior no terço médio e não
cobre o terço inferior que é subperitoneal.
- em homens o peritônio reflete-se do reto para a parede posterior da bexiga, onde forma o assoalho da
escavação retovesical.
- em mulheres o peritônio reflete-se do reto para a parte posterior do fórnix da vagina, onde forma o assoalho da
escavação retouterina.
- em ambos os sexos as reflexões laterais do peritônio formam as fossa pararretais
- situa-se posterior contra as vértebras sacrais inferiores e o cóccix, corpo anococcígeo, vasos sacrais medianos e
extremidades inferiores dos troncos simpáticos e plexos sacrais.
- em homens o reto está relacionado com o fundo da bexiga, partes terminais dos ureteres, ductos deferentes
glândulas seminais e próstata.
- em mulheres está relacionado anteriormente à vagina e separado da parte posterior do fórnice e do colo pela
escavação retouterina.
- inferiormente a esta escavação o septo retovaginal separa o reto da metade superior da parede posterior da
vagina

- suprimento arterial do reto:


- artéria retal superior (ramo da mesentérica inferior) – parte proximal do reto
- artéria retal média (ramo da vesical inferior) – parte média e inferior do reto
- artéria retal inferior (ramo da pudenda interna) – junção anorretal e canal anal

- drenagem venosa:
- veias retais superior – média – inferior
- há anastomoses entre veias portais e sistêmicas na parede do canal anal, sendo que a veia retal superior drena
para o sistema porta e a veia retal média e inferior drenam para o sistema sistêmico, essa área é importante
clinicamente devido à anastomose portocava.
- o plexo venoso retal submucoso comunica-se com o plexo venoso vesical em homens e com o plexo venoso
uterovaginal em mulheres
- o plexo venoso retal possui a parte interna e a parte externa e são basicamente anais em termos gerais

- drenagem linfática:
- os vasos linfáticos da parte superior do reto drenam para linfonodos pararretais e depois ascendem até os
linfonodos mesentéricos inferiores
- esses drenam para os linfonodos lombares
- os vasos linfáticos da metade inferior do reto drenam para os linfonodos sacrais diretamente
- da ampola distal os vasos linfáticos seguem para os linfonodos ilíacos internos

- inervação do reto:
- provem dos sistemas simpáticos e parassimpáticos
- a inervação simpática provém da medula lombar conduzida pelos nervos esplâncnicos lombares e dos plexos
hipogástricos e periarterial das artérias mesentéricas inferior e retal superior
- a inervação parassimpática provém do nível de S2-S4 da medula, seguindo através dos nervos esplâncnicos
pélvicos e dos plexos hipogástricos inferiores direito e esquerdo até o plexo retal.
- como o reto situa-se abaixo da linha de dor pélvica, todas as fibras aferentes viscerais seguem as fibras
parassimpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos dos nervos espinhais S2-S4.

-
-
- períneo:

-refere-se tanto a uma área superficial externa quanto a um “compartimento” superficial do corpo
- limitado pela abertura inferior da pelve e separado da cavidade da pelve pelo diafragma da pelve que é formado
pelos músculos levantadores do ânus e o isquiococcígeo.
- na posição anatômica a superfície do períneo é a região estreita entre as partes proximais das coxas, porém
quando abduzidos, é uma área em forma de losango que se estende do monte do púbis anteriormente, das
faces mediais das coxas lateralmente e das pregas glúteas e da extremidade superior da fenda interglútea
posteriormente.

- limites do períneo:
- sínfise púbica – anteriormente
- ramos inferiores do púbis e ramos isquiáticos – ântero-lateralmente
- túber isquiático – lateralmente
- parte inferior do sacro e cóccix – posteriormente

- uma linha transversa entre os túberes isquiáticos divide o períneo, em forma de losango, em dois
triângulos.
- o trigono anal situa-se posteriormente a essa linha
- o canal anal e seu orifício, o ânus, constituem as principais características superificiais e profundas do triangulo,
situados no centro e circundados pelo corpo adiposo isquioanal
- trigono urogenital situa-se anteriormente a essa linha, sendo que esse é fechado pela membrana do períneo
que se estende entre os dois lados do arco púbico, cobrindo a parte anterior da abertura inferior da pelve,
ocupando assim a abertura anterior do diafragma da pelve denominada de hiato urogenital, porém é perfurado
pela uretra em ambos os sexos.
- a membrana e os ramos isquiopúbicos aos quais se fixa fornecem uma base para os corpos eréteis dos órgãos
genitais externos – o pênis e escroto nos homens e vulva nas mulheres – que são as características superficiais
do triangulo.
- o ponto médio da linha que une os túberes é denominado ponto central do períneo, sendo essa a
localização do corpo do períneo que se situa profundamente a pele, posterior ao vestíbulo ou bulbo do pênis e
anteriormente ao ânus e canal anal.

- corpo do períneo – local de convergência de diversos músculos:


- bulboesponjoso
- esfíncter externo do ânus
- músculos transversos superficiais do períneo
- alças lisas e voluntário do músculo esfíncter externo da uretra.
- levantador do ânus e musculares do reto
- anteriormente, o corpo do períneo funde-se com a margem posterior da membrana do períneo e superiormente
com o septo retovaginal ou retovesical.

- as fáscias e espaços do trigono urogenital:

- as fáscias do períneo possuem camadas superficial e profunda, sendo formada por um panículo adiposo
superficial e um estrato membranáceo (Colles) e é continuo anterior e superior com o panículo adiposo do
abdome (Camper).
- em ambos os sexos o panículo adiposo do períneo é continuo posteriormente com o corpo adiposo da fossa
isquioanal
- o estrato membranáceo do períneo não se estende até o trigono anal e está fixado posteriormente a margem
posterior da membrana do períneo e ao corpo do períneo e lateralmente fixado à fáscia lata.
- nos homens o estrato membranáceo é continuo com a túnica dartos do pênis e do escroto e anteriormente ao
escroto é continuo com o estrato membranáceo do abdome (Scarpa)
- a fáscia de revestimento do períneo (Gallaudet) reveste os músculos isquiocarvernoso e bulboesponjoso e
transverso superifical do períneo.
- está fixada lateralmente aos ramos ísquiopúbicos e anteriormente fundida ao ligamento suspensor do
pênis e ainda é continua com a fáscia muscular que cobre o músculo obliquo externo do abdome e a
bainha do reto.
- em mulheres a fáscia de revestimento do períneo está fundida ao ligamento suspensor do clitóris e como nos
homens, com a fáscia profunda de revestimento do abdome.

- espaço superficial do períneo:


- é um espaço virtual entre o estrato membranáceo e a membrana do períneo limitado lateralmente pelos ramos
ísquiopúbico

- conteúdo: (homens)
- raiz (bulbo e ramos) do pênis e músculos isquiocavernoso e bulbocarvernoso.
- porção proximal da parte esponjosa da uretra
- músculos transversos superficiais do períneo
- ramos dos vasos pudendos internos e nervos pudendos

- conteúdo: (mulheres)
- clitóris
- bulbo do vestíbulo
- glândulas vestibulares maiores
- músculos transversos superficiais do períneo
- ramos dos vasos pudendos internos e nervos pudendos

- espaço profundo do períneo:


- limitado inferiormente pela membrana do períneo
- superiormente pela fáscia inferior do diafragma da pelve
- lateralmente pela porção inferior da fáscia obturatória (cobrindo o obturador interno)

- conteúdo: (ambos)
- parte da uretra
- parte inferior do músculo externo da uretra, acima do centro da membrana do períneo
- extensões dos corpos adiposos isquioanais

- em homens:
- parte intermédia da uretra
- músculos transversos profundos do períneo
- glândulas bulbouretrais
- estruturas neurovasculares dorsais do pênis

- em mulheres:
- parte proximal da uretra
- massa de músculo liso
- estruturas neurovasculares dorsais do clitóris

- características do trigono anal:

- fossas isquioanais:
- espaços cuneiformes de cada lado do canal anal situados entre a pele do canal anal e o diafragma da
pelve
- comunicam-se por meio do espaço pós-anal profundo sobre o ligamento anococcígeo, massa fibrosa
localizada entre o canal anal e extremidade do cóccix.

- delimitação da fossa isquioanal:


- lateralmente: ísquio e parte inferior do músculo obturador interno
- medialmente: músculo esfíncter externo do ânus
- posteriormente: ligamento sacrotuberal e músculo glúteo máximo
- anteriormente: corpo do púbis
- cada fossa isquioanal possui corpos adiposos que sustentam o canal anal e sua expansão durante a passagem
das fezes são chamados de corpos adiposos das fossas isquioanais.
- estes são atravessados por estruturas neurovasculares, incluindo vasos e nervos anais inferiores e retais e dois
outros nervos cutâneos, ramos perfurantes de S2 e S3 e ramos perineal de S4.

- canal do pudendo e feixe neurovascular:

- passagem horizontal na fáscia obturatória que cobre a face medial do músculo obturador interno
- e reveste a parede lateral da fossa isquioanal
- a artéria e veias pudendas internas, os nervo pudendo e o nervo para o músculo obturador interno
entram nesse canal na incisura isquiática menor.
- os vasos pudendos internos e nervo pudendo suprem, drenam e inervam respectivamente a maior
parte do períneo.
- quando a artéria e o nervo entram no canal dão origem à artéria retal inferior e nervos anais
inferiores que seguem medialmente para suprir os músculos esfíncter externo do ânus e a pele perineal
- próximo à extremidade distal do pudendo a artéria e o nervo bifurcam-se dando origem ao nervo e
artérias perineais e à artéria e nervos dorsais do pênis.
- o nervo perineal possui dois ramos: superficiais, que originam nervos escrotal ou labiais posteriores e o
profundo, que suprem músculo do espaço profundo e superficial do períneo a pele do vestíbulo e parte inferior da
vagina.
- o nervo dorsal do pênis ou clitóris é o nervo sensitivo primário que serve o órgãos masculino e
feminino, principalmente a glande na extremidade distal.

- canal anal:
- estende-se da face superior do diafragma até o anus
- começa no nível onde a ampola retal se estreita no nível da alça em U formada pelo
músculo puborretal
- circundado por músculos esfíncteres externo e interno do ânus
- o músculo esfíncter interno do ânus é involuntário
- o músculo esfíncter externo do ânus é voluntário, fixado anteriormente ao corpo do períneo e
posteriormente ao cóccix através do ligamento anococcígeo.
- a linha pectinada indica a junção entre a parte superior do canal anal e a parte inferior, sendo o
limite inferior das válvulas anais.

- suprimento arterial do canal anal:


- artéria retal superior – irriga o canal anal acima da linha pectinada
- artérias retais inferiores – irriga o canal anal inferiormente
- artérias retais médias – auxiliam nas duas partes formando anastomoses

- drenagem venosa:
- plexo venoso retal interno drena acima da linha pectinada para a veia retal superior, tributária da
mesentérica inferior
- plexo venoso retal interno drena abaixo da linha pectinada para a veia retal inferior, tributária da
cava.
- as veias retais médias fazem anastomoses com as veias retais inferiores e superior.

- drenagem linfática
- acima da linha pectinada: drenagem para linfonodos ilíacos internos e através deles para
linfonodos ilíacos e lombares
- abaixo da linha pectinada: drenagem para linfonodos inguinais superficiais, assim como a maior
parte do períneo.

- inervação do canal anal:


- superior à linha pectinada – inervação visceral do plexo hipogástrico inferior, envolvedo fibras
aferentes simpáticas, ‘ parassimpáticas e viscerais.
- as fibras simpáticas mantém o tônus do músculo esfíncter interno do ânus
- as fibras parassimpáticas inibem o tônus do músculo esfíncter interno do ânus e provocam a
contração para a defecação
- a parte superior do canal anal e o reto – situam-se abaixo da linha de dor pélvica, sendo que
todas as fibras aferentes viscerais seguem com as fibras parassimpáticas até os gânglios sensitivos
dos nervos espinhais de S2-S4.
- superiormente a linha pectinada o canal anal é sensível apenas para distensão, provocando
sensações conscientes e inconscientes.
- a inervação abaixo da linha pectinada: inervação somática derivada dos nervos anais inferiores
ramos do nervo pudendo, sendo sensível a dor, toque e temperatura.
- as fibras eferentes somáticas estimulam a contração do músculo esfíncter externo do ânus.

Peritônio e Cavidade Peritoneal

- o peritônio parietal que reveste a cavidade abdominal continua inferiormente até a cavidade pélvica, mas não
chega ao assoalho pélvico, do qual está separado pelas vísceras pélvicas sobre os quais é refletido e pela fáscia
pélvica na qual as vísceras estão inseridas.

- exceto pelo ovário e pelas tubas uterinas, as vísceras não são completamente revestidas por peritônio,
sendo situadas abaixo dele na maior parte, apenas as faces superior e superolateral são cobertas.

- apenas as tubas uterinas (exceto por seus óstios) são intraperitoneais e suspensas pelo mesentério

- os ovários, embora suspensos na cavidade peritoneal por um mesentério, não são revestidos pelo
peritônio brilhante¸ sendo cobertos por um epitélio cilíndrico de células cúbicas e fosco.

Formação do peritônio e cavidade peritoneal: homens

1 – desce sobre a parede anterior do abdome


2 – reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa supravesical.
3 – desce pelas laterais do teto da bexiga para ascender na parede lateral da pelve criando fossas paravesicais de
cada lado
4 – desce na face posterior da bexiga por até dois centímetros
5 – lateralmente forma uma prega interuretérica sobre os utereres, ductos deferentes e partes superiores das
glândulas seminais.
6 – reflete-se da bexiga e glândulas seminais até o reto formando a escavação retovesical
7 – a escavação retovesical estende-se lateral e posteriormente para formar as fossas pararretais de cada lado do
reto
8 – ascende no reto (parede anterior da parte inferior do reto) e no sentido ínfero-superior o reto é subperitoneal
e depois retroperitoneal
9 – envolve o colo sigmóide na junção retossigmóidea

Formação do peritônio e cavidade peritoneal: mulheres

1 – desce sobre a parede anterior do abdome


2 – reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa supravesical.
3 – desce pelas laterais do teto da bexiga para ascender na parede lateral da pelve criando fossas paravesicais de
cada lado
4 – reflete-se do teto da bexiga sobre o corpo do útero, formando a escavação vesicouterina.
5 – cobre o corpo e o fundo do útero e parte posterior do fórnix da vagina, estendendo-se lateralmente do útero
como uma dupla prega – ligamento largo que envolve as tubas uterinas, ovários e ligamentos redondos do
útero
6 – reflete-se da vagina até o reto formando a escavação retouterina (saco de Douglas) – mais profunda que a
escavação retovesical no homem
7 – a escavação retouterina estende-se lateral e posteriormente para formar as fossas pararretais de cada lado do
reto
8 – ascende no reto e no sentido ínfero-superior o reto é subperitoneal e depois retroperitoneal
9 – envolve o colo sigmóide na junção retossigmóidea

- uma camada entre a fáscia transversal e o peritônio parietal permitindo a distensão da bexiga entre essas
camadas.
- é o único local onde o peritônio não está aderido às estruturas adjacentes.
- nas mulheres, quando o peritônio situado na linha mediana chegam à margem posterior do teto da bexiga,
reflete-se sobre a face anterior do útero em seu colo, não estando relacionado à parte anterior do fórnix que é
subperitoneal
- as pregas retouterinas delimitam lateralmente as fossas pararretais.
- o ligamento largo estende-se entre o útero e a parede lateral da pelve de cada lado e divide as fossas
paravesicais e pararretais (profundas).
- no homem a prega uretérica formada quando o peritônio passa por cima e sobre o ureter e o ducto deferente de
cada lado da parte posterior da bexiga, separando as fossas paravesicais e pararretais, equivalente ao ligamento
largo
- os órgãos masculinos não estão em contato com o peritônio (exceto nos testículos – túnica vaginal e parte
superior da glândula seminal).
- o terço inferior do reto é subperitoneal
- o terço médio é coberto por peritônio apenas na face anterior
- o terço superior é coberto por peritônio na face anterior e lateral
- a junção retossigmóidea, é intraperitoneal

- períneo masculino:

- inclui a genitália externa (uretra – escroto – pênis) – músculos do períneo – canal anal

- uretra masculina distal:


- intramural – prostática – membranácea – esponjosa
- as partes intramural e prostática são descritas como pelve
- a parte membranácea da uretra começa no ápice da próstata e atravessa o espaço profundo do períneo
circundada pelo músculo esfíncter externo da uretra, depois penetra na membrana do períneo, terminando quando
a uretra entra no bulbo do pênis, sendo que póstero-lateralmente a esta parte da uretra estão as glândulas
bulbouretrais e seus ductos que se abrem na região proximal da parte esponjosa da uretra.
- a parte esponjosa da uretra começa na extremidade distal da parte membranácea da uretra e termina no óstio
esterno da uretra

- suprimento arterial da parte distal da uretra:


- ramos da artéria dorsal do pênis
- drenagem venosa da parte distal da uretra:
- as veias acompanham as artérias e possuem nomes semelhantes

- drenagem linfática da parte distal da uretra:


- drenam principalmente para linfonodos ilíacos internos – parte membranácea
- drenam para linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos – parte esponjosa

- inervação:
- igual a da parte prostática da uretra
- inervação autônoma (fibras eferentes) através do plexo nervoso prostático que se origina no plexo hipogástrico
inferior
- inervação simpática provém dos níveis lombares da medula espinhal através dos nervos esplâncnicos maiores
- inervação parassimpática provém dos níveis sacrais através dos nervos esplâncnicos pélvicos
- fibras aferentes viscerais: seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos dos
nervos espinhais sacrais
´- o nervo dorsal do pênis oferece inervação somática para a parte esponjosa do pênis

- escroto:
- saco fibromuscular cutâneo para os testículos
- situado póstero-inferiormente ao penis e abaixo da sínfise púbica
- formação bilateral indicada pela rafe do escroto e internamente septo do escroto

- suprimento arterial do escroto:


- artérias escrotais anteriores ramos das artérias pudendas externas (da artéria femoral) – face anterior
- artérias escrotais posteriores ramos terminais dos ramos perineais superficiais da artéria pudenda interna
- ramos das artérias cremastéricas (ramos da epigástrica inferior)

- drenagem venosa do escroto:


- as veias acompanham as artérias e possuem nomes semelhantes
- drenam basicamente para as veias pudendas externas
-
- drenagem linfática do escroto:
- drenam para linfonodos inguinais superficiais

- inervação do escroto:
- face anterior: ramos do plexo lombar – nervos escrotais anteriores (derivadas do nervo ilioinguinal) e o ramo
genital do nervo genitofemoral
- face posterior: nervos escrotais posteriores – ramos dos ramos perineais do nervo pudendo e ramos
perineal do nervo cutâneo lateral posterior.
- as fibras simpáticas conduzidas por esses nervos ajudam na termorregulação dos testículos, estimulando a
contração dos músculos dartos.

- pênis:
- formado por um par de corpos cavernosos
- um corpo esponjoso
- cada corpo cavernoso possui um revestimento fibroso – túnica albugínea
- superficialmente ao revestimento externo está a fáscia do pênis ou de Buck
- o corpo esponjoso contém a parte esponjosa da uretra
- os corpos cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano exceto posteriormente para formar o ramo
do pênis
- internamente os corpos cavernosos são separados pelo septo do pênis
- a raiz do pênis é a parte fixada formada pelos ramos, bulbo e músculos isquiocavernoso e isquioesponjoso
estando localiza na face superficial do períneo entre a membrana do períneo superiormente e a fáscia do períneo
inferiormente.
- a parte posterior da raiz do pênis é perfurada pela uretra
- o ligamento suspensor do pênis é uma condensação de fáscia do períneo e divide-se para formar uma alça
que está fixada a uma fáscia de revestimento situada entre o corpo e a raiz do pênis
- o ligamento fundiforme do pênis é uma massa de colágeno e fibras elásticas que desce na linha mediana a
partir da linha alba superior à sínfise púbica

- suprimento arterial do pênis:


- ramos das artérias pudendas internas
- dorsais do pênis (supre o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos – corpo esponjoso – pele – parte
esponjosa da uretra)
- profunda do pênis (supri o tecido erétil do pênis)
- artérias do bulbo do pênis ( suprem o bulbo e a glândula bulbouretral)
- drenagem venosa do pênis:
- veia dorsal profunda do pênis, passando entre as lâminas do ligamento suspensor do pênis, inferior ao ligamento
púbico inferior e anterior à membrana do períneo.
- o sangue dos revestimentos superficiais: veia dorsal superficial do pênis que drenam para a pudenda
externa

- drenagem linfática do pênis:


- linfonodos inguinais superficiais
- linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos – parta distal da parte esponjosa da uretra – glande
- linfonodos ilíacos internos – porção proximal da parte esponjosa da uretra

- inervação do pênis:
- derivam do segmento S2 – S4 atravessando os nervos esplâncnicos pélvicos e pudendos
respectivamente
- a inervação sensitiva e simpática é feita pelo nervo dorsal do pênis ramo do nervo pudendo
- ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele da raiz do pênis

- períneo feminimo:

- órgãos genitais externos femininos – músculos do períneo e canal anal

- órgãos genitais externos femininos:

- monte do púbis
- lábios maiores (cercando a rima do pudendo)
- lábios menores (cercando a rima do vestíbulo)
- clitóris
- bulbos do vestíbulo
- glândulas vestibulares maiores e menores
- os termos vulva e pudendo englobam todas essas partes

- a vulva serve:
- como tecido conjuntivo e erétil
- orientar o fluxo da urina
- evitar entrada de material estranho no trato urogenital

- monte do púbis:
- eminência adiposa anterior à sínfise púbica – tubérculos púbicos – e ramo superior do púbis

- lábios maiores: pregas cutâneas que proporcionam uma proteção indireta para o óstio externo da uretra e da
vagina

- lábios menores: pregas arredondadas sem pelos ou gorduras, circuncidados pela rima do pudendo e circundam
o vestíbulo para qual se abrem os óstios da uretra e vagina

- clitóris: órgão erétil localizado no encontro dos lábios menores anteriormente


- consiste em uma raiz e um corpo formado por dois corpos cavernosos e uma glande do clitóris coberta por
prepúcio
- glande é a parte mais inervada do clitóris

- vestíbulo: espaço circundado pelos lábios menores nos quais se abrem os óstios da uretra e vagina e os ductos
das glândulas vestibulares
- de cada lado do óstio externo da uretra há aberturas para os ductos parauretrais.

- bulbo do vestíbulo: massa pares de tecido erétil que se situam lateralmente ao óstio da vagina superior ou
profundamente aos lábios menores são homólogos ao bulbo do corpo esponjoso do pênis

- glândulas vestibulares maiores estão localizadas de cada lado do vestíbulo, póstero-lateralmente ao óstio da
vafina e inferiormente â membrana do períneo, situadas no espaço superficial do períneo sendo redondas ou
ovais e parcialmente superpostas pelos bulbos do vestíbulo e parcialmente circundadas pelos músculos
bulboesponjoso.

- suprimento arterial da vulva


- artérias pudendas externas e internas

- drenagem venosa:
- veias pudendas externas

- drenagem linfática:
- linfonodos inguinais superficiais – profundos e ilíacos internos (clitóris)

- inervação:
- face anterior: derivados do plexo lombar – nervos labiais anteriores (derivado do ilioinguinal) e ramo
genital do nervo genitofemoral
- face posterior: derivados do plexo sacral – nervos labiais posteriores (ramos terminais dos nervos
perineais) – suprem os lábios e o ramos musculares dos nervos perineais – suprem o óstio da vagina
e músculos superficiais do períneo
- nervo dorsal do clitóris – supre os músculos profundos do períneo e o clitóris
- o bulbo do vestíbulo é suprido por fibras parassimpáticas dos nervos cavernosos do plexo
nervoso urogenital
- a estimulação parassimpática produz secreções ereção e ingurgitamento do tecido erétil nos
bulbos do vestíbulo

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