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FARMACOLOGIA II
MEDICINA - 5º PERÍODO - TURMA XIX
GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, COLLINS, RIAD
PRODUTORA: THAY
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FARMACOTERAPIA DA ASMA
INTRODUÇÃO
É uma doença extremamente comum
Afeta de 5 a 10% da população industrializada (poluição industrial)
Representa 1 a 3% dos atendimentos médicos
500.000 internações/ano
5.000 mortes/ano
Estimativa da OMS 200 milhões de pessoas no mundo, incluindo crianças,
sofrem com asma
Brasil 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos têm asma
o 3,9 milhões mulheres
o 2,4 milhões homens
o Percentual de habitantes acima de 18 aos diagnosticados Regiões: Sul
(5,3%); Sudeste (4,8%); Norte (4,5%); Centro-Oeste (4,2%); Nordeste (3,2%)
Climas frios provocam pré-disposição a indivíduos asmáticos
ASMA
Síndrome (envolve sistema respiratório, autônomo e imume) caracterizada por
obstrução reversível e recorrente do fluxo de ar nas vias aéreas em resposta a
estímulos que, por si só, não são nocivos e não afetam os indivíduos não asmáticos
Asma alérgica Ocorre após sensibilização prévia
Pode ser aguda ou crônica
Asma aguda grave Estado de mal asmático Maior gravidade Risco à vida
o Requer internação imediata
o De difícil reversão
o Pode ser fatal
o Requer hospitalização
Asma crônica
o Crises intermitentes de dispnéia, sibilos e tosse
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PROCESSOS COMUNS
PRINCIPAIS SINTOMASAS
Dificuldade respiratória (falta de ar dispnéia)
Tosse seca
Chiado ou ruído no peito (sibilos)
Ansiedade
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FASES DA ASMA
1. Fase imediata
Sistema nervoso autônomo parassimpático Broncoespasmo
Antígeno Degranulação de mastócitos Liberação de espasmógenos +
quimiotaxinas + quimiocinas (atraem e ativam células do sistema imune)
Broncoespasmo
2. Fase tardia
Processo inflamatório após exposição ao alérgeno Sistema imune Humoral
Liberação de IgE Fator de indução de manutenção do processo
inflamatório Ativação de mastócitos e eosinófilos (liberam mais substâncias
espasmógenas + mediadores pró-inflamatórios + substâncias que causam dano
direto ao tecido das vias aéreas proteína básica principal dos eosinófilos e
proteína catiônica dos eosinófilos agressão ao tecido brônquico rigidez
brônquica)
Células do sistema imune inato ativam células apresentadoras de antígenos
que, ao captarem o antígeno, conduzem até os linfonodos Ativam TCD4
Th0 Th2 Liberação IL-4, IL-5, IL-13 (faem a manutenção da liberação dos
eosinófilos processo persistente) e Formação de plasmócitos Anticorpos
IgE
Resultado final: Broncoespasmo intesno + Lesão do tecido muscular bronquial
Estreitamento e dificuldade de fluxo do ar nas vias aéreas
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Resultado Final
o Reação asmática crônica
o Broncoconstrição Estreitamento e enrijecimento dos brônquios
o Edema vasogênico Liberação de mediadores vasodilatadores Edema
em torno dos brônquios Ajuda a agravar o quadro
o Hipersecreção de muco
o Inflamação crônica
o Remodelagem das vias respiratórias A longo prazo
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células eosinófilas causando edema) Fármaco antagonista que bloqueia o
receptor CysLT1 Impede que o Leucotrieno C4 provoque broncoconstrição
BRONCODILATADORES
Agonistas β2 adrenérgicos
Xantinas
Antagonistas de receptores muscarínicos
Modificadores da atividade dos leucotrienos
AGENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS
Glicocorticóides
Cromoglicato e Nedocromil
Anticorpo Anti-Imunoglobulina E (IgE)
VIA INALATÓRIA
É preferencial
Atuação direta na via aérea
Menor tempo de início da ação
Menores doses necessárias para o mesmo efeito
Menos efeitos colaterais sistêmicos
Inaladores pressurizados com doses medidas (DMs):
o Bombinhas, sprays, aerossol nebulimetro pressurizado
o Mais utilizados
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o Sempre com espaçador maximiza a liberação e miniza a deposição na
orofaringe pode causar infecções fúngicas
o Orientar uso correto, SEMPRE!
BRONCODILATADORES
1. Agonistas β2 adrenérgicos
Mecanismo de Ação
Via de administração
o Inalatória pó, aerossol ou solução nebulizada
o Oral
o Injetável
Efeitos indesejáveis
o Causados pela ativação do sistema nervoso autônomo simpático
o Tremores
o Tolerância Uso constante faz com que os receptores percam sua
capacidade de produzir efeito biológico
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Fármacos disponíveis – Agonistas β2 adrenérgicos de ação prolongada
o Inalatórios Formoterol, Salmeterol, Indacaterol
Mostra que esses dois últimos (Salmeterol e fotmoterol) tem duração de tempo
mais longa bom para pacientes que necessitam de efeito mais prolongado
2. Xantinas
Mecanismo de ação
o 1º: Inibição inespecífica das isoenzimas fosfodiesterases (PDE) do AMPc e
GMPc Prolongando o efeito de β2 adrenérgicos
o 2º: Antagonista competitivo de receptores de adenosina P1, subtipo A1
Inibição (quando ativados causam broncoconstrição)
Vias de administração
o Oral
o NÃO é possível administração por via inalatória
Efeitos indesejáveis
o Alguns efeitos causados pela ativação exacerbada do sistema nervoso
autônomo simpático e outros por efeito no SNC
o Anorexia
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o Náuseas e vômitos
o Nervosismo e tremores
o Disritmia
o Convulsões
Fármacos disponíveis
o Teofilina Cápsulas, xarope Mais conhecida
o Aminofilina
o Comum Associação de Xantinas + Agonistas β2 adrenérgicos (Teofilina +
Salbutamol)
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3. Antagonistas de Receptores
eceptores Muscarínicos
Mecanismo de ação
o Reverte a broncoconstrição provocada pela estimulação parassimpática (vagal)
o Via de bloqueio de receptores M3
Via de administração
o Inalação
o Pouco absorvido na circulação sistêmica
Fármacos disponíveis
o Ipatrópio Atrovent®
o Oxitrópio
o Tiotrópio
o Associação com agonistas
a β2 adrenérgicos (Berotec + Atrovent) Efeito mais
intenso
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Mostra que o salbutamol é mais eficiente em causar broncodilatação, se
comparado com o ipatrópio (atrovent), mas normalmente esses fármacos são
usados em associação Reduz a dose para associar
Inibidores da 5-lipoxigenase
lipoxigenase
o Zileutom Inibe a enzima que converte o ácido araquidônico em leucotrieno
A4
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Via de administração
o Oral
AGENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS
1. Glicocorticóides
Mecanismo de ação
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o Favorece a ação aditiva de agonistas β2 adrenérgicos Aumento da
brondilatação
Vias de administração
o Inalatória exceto a prednisona que é por via oral
Efeitos indesejáveis
o Candidíase orofacial Não uso do espaçador (evita a formação de grumos e
consequente depósito) Depósito do glicocorticóide no esôfago Infecção
fúngica
o Disfonia Causado também pelo não uso de espaçador
o Supressão da adrenal Uso prolongado
o Síndrome de Cushing Uso prolongado
Fármacos disponíveis
o Beclometasona Inalatório
o Budesonida Inalatório
o Ciclesonida Inalatório
o Fluticasona Inalatório
o Mometasona Inalatório
o Prednisona Comprimidos ou xarope
o Prednisolona Comprimidos ou xarope
o Deflazacort Comprimidos ou xarope
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Mostra que a associação de agonistas β2 adrenérgicos + glicocorticóides produzem
um efeito maior do que o uso isolado de glicocorticóides Pelo aumento de
receptores β2 adrenérgicos
2. Cromoglicato e Nedocromil
Mecanismo de ação
o NÃO apresentam ação broncodilatadora
o Eficazes nas duas fases da asma
o Mecanismo de ação não foi totalmente elucidado
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o Possível mecanismo: Inclui a inibição da atividade de mastócitos, eosinófilos e
linfócitos B Processo inflamatório Inibe a produção e liberação de
espasmógenos que causam remodelamento da musculatura lisa bronquial e
inibe a produção e liberação de IgE
Via de administração
o Inalação Solução nebulizada ou na forma de pó
o Pouco absorvido pelo TGI
Efeitos indesejáveis
o Irritação das vias aéreas superiores
o Reação de hipersensibilidade
Fármacos disponíveis
o Cromoglicato
o Nedocromil
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Mostra o efeito indireto sobre a produção de IgE, já que inibem a produção de
linfócitos B, além de inibir TNF-α (mediador pró-inflamatório responsável pelos
efeitos inflamatórios importantes da asma)
Mecanismo de ação
o Anticorpo monoclonal murino humanizado que se liga com alta afinidade ao
receptor de IgE na IgE humana
o Inativação de IGE
Inibe o recrutamento e degranulação de mastócitos e eosinófilos
Suprime a reação inflamatória mediada por linfócitos Th2
1. Inibe a interação da IgE com os mastócitos e eosinófilos (prof disse que esqueceu de
colocar no esquema)
2. Inibe diretamente a IgE
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3. Inibe a ativação dos linfócitos Th2 impedindo a formação de linfócitos B e de
plasmócitos Inibindo produção de IgE
Via de administração
o Parenteral
Efeitos indesejáveis
o Quando reconhecido o antígeno, o omalizumab pode desencadear resposta
imunológica Raro
Fármacos disponíveis
o Omalizumab
ETAPAS DE TRATAMENTO
1. Agonistas β2 adrenérgicos de curta duração
2. Baixa dose de corticóide inalatório
3. Agonistas β2 adrenérgicos de longa duração + Baixa dose de corticóide inalatório
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4. Agonistas β2 adrenérgicos de longa duração + Média/Alta dose de corticóide inalatório
5. Anticorpo Anti-IgE São mais específicos e com poucos efeitos colaterais
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