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1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
2 OBJETIVOS
Produzir uma mini palestra, a fim de esclarecer alguns hábitos, que poderão
diminuir fatores de risco para esta infecção causada pelo C. albicans;
Coletar as amostras de urina;
Confeccionar as lâminas para o exame direto;
Fazer a urocultura;
Verificar a presença do fungo Candida albicans;
Comparar os resultados obtidos com a presença dos sinais e sintomas
clínicos e a literatura;
Comparar os resultados e avaliar o retorno social.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Micologia
Fungos são seres aclorofilados, que não tem capacidade de produzir energia
ou material plástico por meio da energia da luz e do gás carbônico (CO 2), ou seja,
eles não têm a capacidade de realizar fotossíntese, porque não possuem
cloroplasto. São seres heterotróficos quimiotróficos, dependendo das substâncias
previamente formadas. São eucariotas, podendo ser haplóides, diplóides ou
poliplóides; tem parede rígida quitinosa. Os fungos reproduzem-se de forma
vegetativa, sexual, assexual e parassexual. (MINAMI, 2003).
Esses seres estão dispersos pelo meio ambiente: no ar atmosférico, em
vegetais, no solo, na água. São estimados em 250 mil espécies, mas menos de 150
foram descritos como patogênicos aos seres humanos. As leveduras são fungos
com capacidade de colonizar o homem e os animais, e quando perde o equilíbrio
parasita-hospedeiro, podem causar diferentes quadros infecciosos com formas
clinicas localizadas ou disseminadas. (LEVY, 2004).
Por outro lado, fungos filamentosos, ou bolores, normalmente, não fazem
parte da microbiota animal, tornando o homem um reservatório de menos
importância para esse grupo de fungos. As portas de entrada são as vias aéreas
superiores, ou quebra na barreira epidérmica, quando ocorre traumatismo com
objetos perfuro-cortantes. (LEVY, 2004).
O fungo C.albicans é um fungo conhecido por sua forma leveduriforme
(Blastoconídeos) no estado saprofítico, onde está associado com a colonização
assintomática; ou em formas filamentosas (pseudo-hifas e hifas verdadeiras)
observadas em processos de colonizações patológicas, em condições subótimas,
nesse fungo pode acontecer formação de clamidósporos (esporos arredondados que
possuem uma espessa parede celular). Dessa maneira, o fungo adquire uma
capacidade de se adaptar a diferentes nichos biológicos podendo ser então
considerado, rigorosamente, um organismo “pleomórfico’. (ALVARES et al., 2007)
Diferentes espécies de Candida colonizam a microbiota normal, da pele, do
trato gastrointestinal e geniturinário. Como colonizantes comensais estas espécies
não causam infecção, a não ser que haja um desequilíbrio nos mecanismos de
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defesa ou fatores externos, ou, por exemplo, ouso de antimicrobianos que alteram a
flora normal. (PEIXOTO et al., 2014)
Candida albicans é classificado como fungo gram positivo, dimórfico,
saprófita, apresentando virulência limitada, é encontrado na vagina em 20% de
mulheres sadias e assintomáticas. (VALL; ALMEIDA FILHO, 2001)
3.3 Epidemiologia
tenha aumentado nos últimos anos. A etiologia da CVV também tem sido associada
a mais de uma espécie de Candida, ou a associação da mesma com outros
microorganismos. (RODRIGUES et al., 2013).
A doença acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva e tem como
características clinicamente, prurido vulvar intenso, ardência, leucorreia, dispareunia,
disúria, edema e eritema vulvovaginal. (RODRIGUES et al., 2013).
Em relação à raça, embora não se tenha elementos concretos que indique a
razão do maior isolamento de C.albicans em mulheres de raça negra, tudo indica
que um dos prováveis fatores seja a condição sócio-econômica dessas pacientes, já
que condições precárias de higiene e carência nutricional têm favorecido o
desenvolvimento da levedura. (GARCIA; SIQUEIRA, 1988).
A CVV representa um dos diagnósticos mais frequentes na prática diária em
ginecologia, sua incidência tem aumentado de forma drástica, tornando a segunda
infecção genital mais freqüente nos Estados Unidos e Brasil. Na Europa é a primeira
causa de vulvovaginite. (ALVARES et al., 2007).
Os dados epidemiológicos disponíveis no Brasil são mais escassos. Um
estudo transversal realizado em 1996, com um público de 72 mulheres não grávidas,
que procuraram o Serviço de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Minas Gerais, foram observados uma prevalência de
candidíase vulvovaginal de 25% confirmado por cultura. (ROSA; RUMEL, 2004).
Em outro estudo transversal realizado em 1998-1999, onde foram avaliadas
205 mulheres atendidas no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da
Universidade do Espírito Santo, demonstrou prevalência de 25% de candidíase
vulvovaginal entre as assintomáticas e de 60% entre as que apresentavam sintomas
de vulvovaginite. (ROSA; RUMEL, 2004).
Em um estudo realizado em consultórios ginecológicos e laboratórios clínicos
da cidade de Alfenas - MG foram avaliadas 104 secreções vaginais, de mulheres
com suspeita de candidíase, segundo dados clínicos. Desse total, 79 eram de
mulheres de raça branca e 25 de raça negra com faixa etária de 18 a 56 anos. Teve
a maioria dos isolamentos para C.albicans representando 55,7%, entre a faixa etária
de 20 a 40 anos, e com maior índice de positividade na raça negra. (GARCIA;
SIQUEIRA, 1988).
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Figura 03: Crescimento de Candida albicans no meio Ágar Sabouraud dextrose + clorafenicol
3.5.3 Identificação
3.6 Tratamento
4 METODOLOGIA
Não se aplica.
área vaginal, se já teve episódios de Candidíase e quantas vezes. Após coletar estes
dados foram formulados os gráficos, observando os critérios de correlação.
Para a execução deste trabalho, inicialmente foi agendada uma data, para a
apresentação do projeto, para as alunas da Escola Estadual Delano Adjunto
Brochado, foi ministrada uma pequena palestra, que também teve como finalidade
explicar algumas formas de prevenção para Candidiase vulvovaginal, essa palestra
aconteceu no dia 05 de Maio. Neste dia foi entregue também o termo de
consentimento (anexo A) e um questionário (anexo B).
Foram explicados os métodos de coleta das amostras: a urina deverá ser
coletada em um frasco limpo e seco (o frasco foi distribuído no dia da palestra para
as alunas que aceitaram participar do projeto e assinaram o termo de
consentimento), e foram informadas também que seria utilizada a primeira urina da
manhã desprezando o primeiro jato, se não fosse possível a primeira urina, coletar
com o maior intervalo de tempo entre a última micção, em um frasco limpo e seco, a
urina de 24 horas não será utilizada no trabalho.
No dia seguinte às 7 horas da manhã foi recolhido o material coletado com as
alunas, essas amostras foram encaminhadas para o laboratório de Microbilogia da
Faculdade Tecsoma onde foram feitas as análises através do método direto, da
cultura em meio seletivo Ágar Sabouraud dextrose e depois houve repique para o
meio seletivo e diferencial o CROMagar Candida onde foi visualizada pelo menos
dois crescimentos ou seja foram feitas duas semeaduras do mesmo material.
Através do exame direto, que é um método mais simples, tem baixo custo, é
rápido, produtível e eficaz que permite a visualização do fungo e sua identificação
imediata por um profissional treinado. Consiste em colocar uma gota do material
coletado numa lâmina de vidro, adicionando hidróxido de potássio (KOH) a 10-20%
com tinta Parker 51 permanente na proporção de 2:1. Cobre-se, então, com lamínula
e aquece-se ligeiramente ao Bico de Bunsen. (MIOTTO et al ., 2004).
O KOH a 10% é usado para dissolver o material proteináceo, o que facilita a
detecção dos elementos fungicos, porque a solução alcalina não afeta os mesmos
(MIOTTO et al ., 2004) nos esfregaços, a Candida apresenta-se como uma levedura
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 03- Gráfico do questionário aplicado as alunas em relação aos sintomas coceira, dor e
vermelhidão na região vaginal (n=4).
16 6
17 15
18 4
19 1
20 1
Fonte: Dados coletados pelo pesquisador – Paracatu/MG, 2015.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
________________________________
Assinatura do Declarante
_________________________ ______________________________
Assinatura do aluno Coordenação
MSc. Claudia Peres da Silva
Em caso de dúvida em relação a esse documento, poderá entrar em contato com o telefone da
Faculdade TECSOMA, pelo número (38) 33115800 ou (38) 9854-9044 ou pelo e-mail: cintia-
silva.ptu@hotmail.com.
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Questionário
Iniciais e COD:
Idade:
LAUDO DE UROCULTURA
FACULDADE TECSOMA
Metodologia de análise:
Meio de cultura Ágar Sabouraud dextrose + cloranfenicol, Incubação em Estufa
Bacteriológica: 48 a 72 horas para fungo a 37,5ºC; Identificação visual através das
Colônias; Análise Microscópica da urina; Repicagem em duplicata no Meio Seletivo
para Identificação de fungos Candida spp, CHROMagar Candida.
RESULTADO
Exame:
(material: Urina)
CONCLUSÃO E ORIENTAÇÃO:
Data do Laudo:
________________________________
Acadêmico Responsável pela pesquisa
Observação:
Laudo referente à liberação de resultado da pesquisa “Incidência de Candida
albicans em alunas regularmente matriculadas no terceiro ano do ensino médio da
Escola Estadual Delano Adjuto Brochado no período de Março a Junho de 2015” na
cidade de Paracatu – MG, realizado dentro dos padrões analíticos de qualidade.