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O livro ‘Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos’ inicia dizendo que “somos

totalmente ignorantes a respeito da surdez”. Concordo com essa afirmativa porque antes da
disciplina Libras eu tinha pouco conhecimento sobre esse universo. Já tinha visto alguém
usando, mas não conhecia como a língua de sinais se processava. Também nunca convivi
diretamente com nenhuma pessoa surda. Logo, essa leitura foi fundamental para conhecer
melhor essa realidade.
A obra afirma que não há possibilidade de realizar a transliteração da língua falada para
a língua de sinais porque cada uma possui sintaxe, gramática e semântica próprias e são
estruturadas de forma diferente. Isso confirma o que vimos durante as aulas: sinais que
representam frases inteiras da língua falada e que constituem um alfabeto próprio.
Certamente que a obtenção de instrução formal contribui para a socialização que leva à
percepção de que os surdos são tão capazes quanto os ouvintes, pois possuem a mesma
necessidade de se comunicarem e também absorvem conhecimento na mesma intensidade.
Além disso, o ambiente acadêmico pode leva-los a áreas como engenharia e filosofia.
Por outro lado, assegura que a língua de sinais não utiliza o ponto de interrogação. Dessa
maneira, entendemos que a maneira de formular frases é um pouco diferente da maneira como
normalmente fazemos na língua falada. Assim, concluímos que o entendimento do surdo
depende da maneira como a sentença comunicativa é construída.
Sustenta ainda que, assim como na língua falada, a língua de sinais também possui
variedades linguísticas. Afinal, se há variações regionais na língua falada, também existem
expressões na língua de sinais que só são usadas em determinadas localidades.
Contudo, ao se referir à oficialização da educação bilíngue para crianças surdas, o livro
destoa um pouco do que já temos em nosso país. Tudo porque, felizmente, no Brasil isso já é
uma realidade por causa da Lei n°. 10.436/2002 que faz com que governos estaduais e
municipais disponibilizem professores de Libras nas escolas públicas.
Portanto, a elaboração desta resenha nos conduziu à compreensão de que quanto mais
pessoas tiverem conhecimento sobre a língua de sinais, mais os surdos poderão ser incluídos
em todos os ambientes da comunidade em que estiverem inseridos. Afinal, na maior parte dos
estabelecimentos comerciais, ainda não há pessoas capacitadas para atender aos surdos e isto
limita a interação deles com grande parte do que faz parte da sociedade. Concluí que não existe
uma língua universal de sinais, mas existem sinais que são semelhantes em várias línguas de
sinais. No entanto, a maior barreira na vida de um surdo é a falta de acesso à comunicação
humana e para que ela se efetue é necessário utilizar a língua de sinais. Até porque, de acordo
com o livro, quanto mais o surdo que conhece a língua de sinais, for exposto a mais pessoas
que também conheçam, mais incluído ele estará na comunidade em que vive. Porém, talvez seja
preciso tornar a educação bilíngue obrigatória para todos os alunos, pois dessa forma,
dificilmente haverá exclusão, já que onde quer que o surdo vá, ele encontrará alguém capaz de
compreendê-lo.

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