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UM FEITIÇO PARA ENCONTRAR UM AMOR.

Feiticeiros, ando vendo bastante postagens bem deprimentes sobre o Dia dos Namorados. O
que mais me assusta é que tais posts são de pessoas que se dizem seguras de si 364 dias no
ano. Então, vou deixar aqui um feitiço, ingredientes simples porém de execução complexa.
INGREDIENTES
- Um espelho.
- Um sabonete de limpeza facial.
- Um protetor solar com hidratante e vitamina C.
- Um perfume.
- Um creme/pomada de cabelo.
- Um pente. (Opcional)
EXECUÇÃO
Toda manhã ao acordar depois de sua higiene matinal, siga à risca esse passo-a-passo.
Se olhe no espelho, olho no olho, tenha um momento silencioso de contemplação. Sorria e
depois gargalhe, bem alto pois uma boa feiticeira necessita gargalhar.
Lave o rosto com o sabonete e junto dele, a pele em contato com a água fria retire todas as
impurezas. Passe o protetor em movimentos circulares até uniformizar a pele; volte a se olhar
no espelho.
Penteie ou modele o cabelo com as mãos ou com o pente, à maneira que preferir. Sinta a
maciez dos fios, a eletricidade por entre seus dedos. Lembre-se de sempre manter o olhar fixo
no espelho.
Finalize com o perfume. Um pequeno borrifo nos seguintes pontos: pulsos, umbigo, nuca,
pescoço e atrás das orelhas. Finalize com o seguinte encantamento:
" Espelho, espelho meu; que encanta a imagem que dentro de ti se reconheceu. Lembre-me
sempre de que não há ninguém melhor para amar a mim, do que eu."
Faça isso todos os dias.

O QUE OS FEITIÇEIROS MILLENNIALS NECESSITAM DO OFÍCIO?


Esse texto apesar de não ser uma tradução propriamente dita, foi inspirado em uma reflexão do
texto escrito pela Heron Michelle para o Patheos que aborta o tema. Então, aqui haverão partes
extraídas dele e opiniões pessoais minhas com relação ao que as novas bruxas e feiticeiras
estão buscando dentro da Arte.
Antes de tudo, vamos entender superficialmente quem são os Millenials que se resume em
qualquer pessoa nascida entre 1981 e 1996, tendo entre 22 e 37 anos em 2018. O escritor
Michael Dimmock diz em seus artigos que as gerações são uma lente através da qual podemos
entender a mudança social, ao invés de um rótulo que usamos para diferenciar os grupos. Logo,
para entender o que a bruxaria/feitiçaria têm se tornado para essa geração, precisamos
entender em qual contexto essas pessoas se encontram, quais são suas aspirações e
necessidades.
É incontestável dizer que a bruxaria hoje não é nem um pouco parecida com aquela que temos
como referência histórica, apesar de muitos grupos manterem tradições vivas, até mesmo elas
sofreram algumas mudanças para se adequar ao novo mundo. Isso é algo completamente
plausível e admirável pois não é um trabalho fácil; trazer para um contexto atual tradições
arcaicas e milenares mantendo sua essência original. Isso entendemos por Bruxaria Tradicional.
Temos que mencionar também a importância do papel da Wicca dentro desse contexto. Sua luta
por aceitação e envolvimento sociopolítico merece mérito pois reaproximou muitas pessoas da
Velha Arte; seu comportamento mais liberal e receptivo permitiu que a comunidade pagã
aumentasse consideravelmente a ponto de hoje termos voz ativa dentro de cenários até então
não permitidos.
Não é o ponto aqui discutirmos os lados e criarmos uma guerra entre o que achamos ou não da
Wicca ou da Bruxaria Tradicional. Necessitamos aprender a viver em harmonia e aceitar a
devida importância de cada uma. Isso tem suma importância na nossa análise sobre as
necessidades das bruxas Millenials.
Essa geração pode ser caracterizada da seguinte forma:
- Mais liberal e democrática das gerações adultas.
- Menos propensos à intolerância porque são as mais racial e etnicamente diversificadas, sendo
que essa tendência só aumenta com as gerações seguintes.
- Menos confiança do governo; cerca de quinze por cento confiam em seus governantes.
- Mais diplomáticos; acreditando que uma boa relação pública é fundamental para as relações
externas.
- Mais simpatizantes com as causas LGBT. Eles são a geração mais favorável para o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, acreditando que a homossexualidade deve ser
aceita.
- Menos religiosos, os estudos mostram que um em cada três Millennials dizem que são
religiosamente não afiliados; vinte de nove por cento deles não pensam que a crença em Deus é
uma condição necessária para a moralidade.
Desses dados, vamos focar no último apresentado. Analisemos em como essa geração enxerga
a religião, o que ela é para eles e como eles são ensinados a compreender esses conceitos.
Chegamos, então, a uma conclusão dúbia pois socialmente são ensinados sobre uma fé que
não dá margens a questionamentos e historicamente são ensinados sobre o sofrimento que
inúmeras pessoas passaram e até morreram em nome da religião.
Isso fez com que os Millenials procurassem saídas alternativas para sua fé. Houve então um
crescimento nos agnósticos, nos espiritualistas (não são os espíritas kardecistas) e nas crenças
que resgatam uma conexão com a natureza, dentro disso encontramos com a bruxaria.
As bruxas da nova geração buscam uma espiritualidade que equilibre misticismo e praticidade,
sabedoria antiga e ciência moderna. Eles apreciam a estética de bruxa moderna fashionista
(Jovens Bruxas, AHS: Coven, Salem, etc.) mas também apreciam uma explicação sensata, bem
organizada, cuja pesquisa seja profunda sobre o por quê das bruxas fazerem o que fazem. Já
se foram os dias em que um feiticeiro "neófito" aceita um conhecimento raso apenas porque
algum velho branco da Inglaterra o disse. Essas pessoas estão trabalhando em seus próprios
conceitos, redescobrindo o que tudo isso significa para elas a um nível particular através de uma
convivência em comunidade. São exímias observadoras.
Tampouco se importam com os movimentos “new age/paz e amor”, em que os mistérios da
noite foram negados, encobertos com poesia, e depois branqueados pelo brilho da "luz" da
"gratidão". Esses jovens, os novos feiticeiros, são atraídos pelo obscuro pois há em suas
essências uma curiosidade e também uma compreensão, mesmo que implícita, de que é
preciso conhecer ambos os lados da bruxaria para se conhecer o verdadeiro Ofício.
Essas bruxas estão bem conscientes de que a sociedade ocidental está à beira de um colapso e
elas terão que lidar com os resultados. Isso faz com que sejam os adultos mais conscientes
sobre política e sociedade; razão pela qual há uma urgência sobre o que buscam dentro do
Ofício; uma autenticidade e discernimento em um mundo cada vez mais enganoso e explorador,
a bruxaria é para eles não só uma forma de espiritualidade, mas também uma forma de
resistência.
Os Deuses estão vivos e latentes novamente. Essas novas bruxas encontraram um ponto de
equilíbrio nunca visto antes na história da feitiçaria. A magia teúrgica (sacerdotal/devocional)
encontrou espaço para coexistir ao lado da feitiçaria selvagem, onde um mesmo praticante sabe
como cultuar os Deuses de forma devocional e ao mesmo tempo possui a maestria da feitiçaria
visceral. Essas bruxas modernas preenchem o espaço social da espiritualidade com a sua
devoção e dedicação aos Deuses antigos, mas também enfrentam a opressão por saberem
formas de amaldiçoar e envenenar, não tendo medo de agir quando necessário.
Millenials se envolvem com a feitiçaria para conquistar seus medos e desafiam o status quo sem
vergonha de se exporem por quem realmente são. Estas bruxas redefinem o propósito da vida
nesta sociedade, começando por si mesmas, causando assim mudanças a níveis grandiosos
pois suas jornadas são fonte de inspiração para os que estão começando e procuram alguém
em quem se espelhar ao iniciar suas próprias jornadas.
Ansiedade, depressão e estresse sem precedentes atormentam os jovens e muitos recorrem à
feitiçaria para encontrar mecanismos de cura para esses males e recuperar o propósito de vida.
A feitiçaria que eles buscam há um envolvimento com questões de evolução pessoal e social,
eles anseiam por algo maior dentro da existência mundana caótica.
Além dessas questões individualistas que falamos até agora, existe um outro ponto
interessantíssimo nas bruxas modernas que consiste em uma preocupação com o meio
ambiente; os conceitos de sustentabilidade e acessibilidade estão constantemente sendo
debatidos no meio pagão. A magia explorada não está no quintal de Doreen; ela cresce em
nossos próprios quintais. O poder de cada solo está sendo redescoberto e o costume de
reproduzir velhos grimórios europeus ao pé da letra está sendo questionado. Existe uma
preocupação em torno de gastos desnecessários em adquirir coisas que poderiam facilmente
ser substituídas por outras cujo valor é mais franqueável.
Essa geração propõe uma bruxaria mais acessível, independente do gênero, orientação sexual,
raça, afluência ou antecedentes culturais. Dizem que estão cansados do sistema
"heteronormativo" nas velhas metáforas da “religião da fertilidade” e rejeitam todas as
referências de classismo, sexismo, racismo e sociedades secretas porque “despertaram” da
ilusão da segregação.
O outro lado dessa geração de bruxas, já não tão positivo como os vistos até agora, é que elas
são extremamente sensíveis e carregam consigo inúmeros tabús com relação às velhas formas
de bruxaria; sacrifícios de sangue, veganismo, karma, dharma, leis de retorno e moralismo
exacerbado são pontos negativos para as novas bruxas. Elas ao mesmo tempo que desejam
poder e liberdade; temem a responsabilidade do poder que lhes é concedido uma vez que não
há ninguém para se apoiarem. Isso resulta em bruxas fracas e dependentes de ordens
iniciáticas, não para se desenvolverem, mas para usarem como muletas espirituais.
Concluímos então, que a feitiçaria vêm trazer para a nova geração algo semelhante à sua
origem, pois além de uma forma de espiritualidade, ela se tornou uma arma de revolução contra
a opressão social. As feiticeiras modernas não se escondem mais nas sombras, embora muitas
ainda se ocultem por trás de seus iniciadores, elas possuem voz ativa e estão determinadas em
mudar o curso das coisas que não acham corretas, são destemidas e corajosas, beirando a
inconsequência algumas vezes.

SAGRADOS FOGOS DE HÉCATE


(recitado no ritual de São Paulo)
Antania, Einalian, Lycania, Monogenes, Brimo, Dadophoros. Minhas palavras correm pelo ar.
Na hora das bruxas eu me posto diante do altar cujos caminhos me levam a terra, ao céu e ao
mar.
A escuridão se esvai à medida que Érebo cede espaço à luz do cheio luar e Nyx concede
licença a grande imperatriz que vem pomposa brilhar.
Deixando minhas palavras correrem livres; bruxedos, malefícios e espíritos a conjurar, me posto
de joelhos para a rainha das bruxas invocar.
Os crânios. A herança do poder que cada filho teu recebe daqueles que neste mundo em outros
tempos costumavam teu nome pronunciar.
O fogo. Pálida luz que ilumina a escuridão em meio ao conturbado, terrestre, melancólico mundo
que estamos a vivenciar.
A chave. Entrada e saída por todos os portais que todas as verdadeiras bruxas aprendem, sem
temor, a transitar.
A adaga. Medeia que em sua ira colocou dois filhos para sangrar, e sendo assim, mostrou a
todos que ninguém melhor do que uma filha tua, para saber como e quando se vingar.
Um buquê de ervas. Circe, que cozinhou, macerou e cantou canções para os mortos levantar,
fazendo tremer o mundo, anunciando que nem mesmo a morte pode impedir suas crias de
enfeitiçar.
Teus alvos cães, cantam noite adentro os mistérios que só os caminhantes das sombras irão
escutar. Anunciando a chegada daquela cujo nome emana magia ao entoar.
Hécate, tricefalos, artemísia, enodia, cthonia, phosphoros, propilaia, kourotrophos, soteira.
Mãe dos anjos, rainha dos espectros, filha das estrelas; matrona de toda pessoa que se orgulha
em ser feiticeira.
Me abrace, me acolha, me lembre, de que nunca estarei só, de que tu andas ao meu lado e
serás em vida e morte minha parteira.
Que se preciso for, assume além da forma de Pharmakeia, a de Deusa Guerreira.
Nós não somos os netos e netas das bruxas que não foram queimadas. Somos os ascendentes
na Arte dos Indomados, tocados pelas sombras e escolhidos em nossas próprias encruzilhadas.
Somos as novas bruxas da Tessália e os novos feiticeiros de En-dor. Somos a herança do
amanhã, a beleza por trás da provação e o mistério que envolve o ciclo da renovação.
Ouça-nos então Hécate. Seja nosso pranto, nosso conjuro, poema ou oração.
Ouça com fervor as vozes que reverberam tudo aquilo que habita o nosso coração.
Vivemos a vida deliciosamente em uma eterna e eufórica alusão.
A tudo o que os puritanos condenam ao inferno da perdição por medo do que podem encontrar
ao se depararem com tua imensidão.
Então,
Hécate que olha pelos que caminham em genuína verdade.
Cujas vozes são ecos de tua divindade.
Cujos poderes são aspectos de tua complexidade.
Cujos reflexos são lembretes da sua veracidade.
Receba estes agrados, nos teus fogos sagrados, deste feiticeiro e toda essa comunidade.

Ouça o cantar do feiticeiro,


Sob o clamar dos mortos.
Ouça o choro do medo,
Diante de vossos olhos.
Por muito tempo louvaste,
Chamaste teu espírito
Que jaz em paz
No universo do infinito.
Será deus seu criador?
Ou será sua invenção?
A ilusão nos engana,
Já cegos de medo
Ao cantar do feiticeiro.
Liberte-se!

UM SIMPLES MALEFÍCIO DE LUA NOVA


Para dar fim em uma pessoa que esteja te difamando ou espalhando mentiras sobre ti segue um
malefício simples e de grande eficácia.
Faça um unguento com os seguintes ingredientes:
- Vinagre de vinho tinto
- Três tipos de pimentas fortes (malagueta, dedo-de-moça e jiquitaia baniwa)
- Limão espremido
- Dieffenbachia (comigo ninguém pode)
A melhor configuração para esse tipo de feitiço é a seguinte:
- Lua Nova ou Lua Minguante
- Dia da Lua ou de Mercúrio
- Hora de Saturno ou de Marte
Faça da seguinte forma. A noite segundo as configurações escolhidas, pegue uma língua de boi
de corte-a no meio, abrindo espaço o suficiente para colocar as seguintes coisas em seu
interior:
- Um pedaço de madeira pequeno com o nome da pessoa a ser enfeitiçada.
- Um punhado de musgo de cemitério.
- Um punhado de terra de formigueiro.
Costure a língua de forma cruzada de modo a prender todos os ingredientes dentro. Após isso
coloque-a dentro de um recipiente qualquer e cubra-a com o unguento. Leve isso até os pés de
uma árvore velha ou até uma lápide abandonada. Enterre a língua de forma a deixar a terra
consumi-la ou coloque-a dentro da lápide. Verta o unguento enquanto recita as seguintes
palavras.
" Ecce enim Deam Pythonissam adiuvat me Pythonissam susceptor animae meae.
Averte mala inimicis meis in veritate tua disperde illos.
Voluntarie sacrificabo tibi confitebor nomini tuo Pythonissam quoniam bonum. Quoniam ex omni
tribulatione eripuisti me et super inimicos meos despexit oculus meus."
Saia imediatamente em seguida, sem olhar para trás ou falar com ninguém por pelas próximas
horas

Hino Órfico 59 - Às Moiras


(Pode-se queimar incenso de uma mistura de sândalo, estoraque e mirra)
Filhas da noturna Nyx, renomadas, aproximem-se, infinitas Moiras, e ouçam a minha prece;
Vós que no lago celeste, onde as águas brancas irrompem de uma fonte escondida nas
profundezas da noite, e através de uma caverna escura e pedregosa deslizam, em uma caverna
profunda, residem invisíveis;
De onde, em largo curso em volta da Terra sem limites, vosso poder estendeis a aqueles de
nascimento mortal;
Aos homens que se enchem de esperança, levianos, alegres, uma raça presunçosa, nascida
apenas para se decompor.
A esses se unindo, em um véu púrpuro impenetrável aos sentidos, vós vos ocultais, quando no
plano da Moira cavalgais em júbilo em um grande carro, com glória por vosso guia;
Até que tudo se complete, vosso redondo céu apontado, em justiça, esperança, e concluso laço
de cuidado, os prazos absolvidos, prescritos pela antiga lei, de poder imenso, e simplesmente
sem uma falha.
Pois as Moiras sozinhas com visão irrestrita supervisionam a conduta da espécie humana.
A Moira é o olho eterno e perfeito de Zeus, pois Zeus e a Moira discernem todas as nossas
ações.
Vinde, poderes gentis, bem-nascidas, benignas, famosas, Atropos, Lakhesis e Cloto chamadas;
Imutáveis, aéreas, que vagueiam pela noite, indômitas, invisíveis à vista mortal;
Moiras que tudo produzem, que tudo destroem, ouçam, considerem o incenso e a prece
sagrada; escutem estes ritos inclinadas a serem propícias, e afastem para longe a aflição, com
mente plácida.

Hecate
No governo das minhas noites,
No governo dos meus dias,
No governo dos meus firmamentos,
No governo das minhas terras,
No governo dos meus submundos,
Peço-lhe
Peço-lhe
Peço-lhe,
Deusa Hecate,
A primazia sagrada
De a Ti erguer
Esta
Primeira Elegia!
Poderosa Governante
Dos Firmamentos
És Tu,
Ó,
Celeste
Deusa Hecate!
Poderosa Governante
Das Terras
És Tu,
Ó,
Próxima de todos os
Habitantes das Terras
Deusa Hecate!
Poderosa Governante
Do Submundo
És Tu,
Ó,
Próxima de todos os
Habitantes dos Submundos
Deusa Hecate!
Que As Encruzilhadas
Dos Destinos Eternos
De Todos Os Seres,
Deusa Hecate,
Sob A Proteção De
Vossas Torres
Nos Firmamentos
Estejam,
Sob A Proteção De
Vossos Pilares
Nas Terras
Estejam,
Sob A Proteção De
Vossos Olhares
Nos Submundos
Estejam!
Dai a este Vosso Filho,
Este que é Vosso Filho,
Bardo inominável sofrido,
Bardo inominável sofredor,
Bardo inominável
No Trevoso Corredor
Das Mansões
Da Deusa Matéria,
Deusa Hecate,
A Tocha Iluminada
Das Verdades
Iluminantes
De Vossa Espada!
Vossa Espada,
Deusa Hecate,
Espada Dos Firmamentos
De Todos Os Destinos!
Vossa Espada,
Deusa Hecate,
Espada Das Terras
De Todos Os Destinos!
Vossa Espada,
Deusa Hecate,
Espada Dos Submundos
De Todos Os Destinos!
Aos Mundos,
Aos Firmamentos Dos Mundos,
Aos Submundos Dos Mundos,
Tu,
Deusa Hecate,
Magistral com Vossa Espada,
Magistral comandando
Os Lobos Da Luz,
Os Lobos Das Trevas,
Os Lobos Da Vida,
Os Lobos Das Morte,
Os Lobos Das
Encruzilhadas
Da Criação,
O Grande Lobo Da Criação,
Doai A Lâmina,
A Lâmina Do Caminho,
O Caminho Real,
Real Iluminante
Caminho
Nas Sendas Do Irreal
Que Levem
À Senda Do Real!
Doai,
Deusa Hecate,
Da Lua Dos Destinos,
Da Imaterial Lua Oculta
Da Criação,
A Forma Do Poder,
O Poder Da Forma,
Aos Que Querem
Vossas Luzes Em Formas,
Vossas Luzes Em Poder!
Doai,
Hecate Propylaia,
O Correto Caminho
Em Direção
Ao Portão!
Doai,
Hecate Propolos,
A Condução De
Todos Os Seres
Que Querem
Ser Conduzidos
Pelos Ocultos
Caminhos!
Doai,
Hecate Phosphoros,
O Encontro Dos Que
Procuram A Luz
Com A Luz
Que Se Encontra
Nas Sendas
Da Estrada
Existencial!
Doai,
Hecate Kourotrophos,
Os Nascimentos
Para As Novas Vidas
Que São Verdadeiras
No Véu Aberto
E Rasgado
Da Imaterialidade!
Doai,
Hecate Chthonia,
O Saber Que Leva
Ao Guardião Da Soleira
E À Transposição
Da Soleira!
Doai,
Ao lado de
Thanathos,
Ao lado de
Hypnos,
Ao lado de
Morpheus,
Deusa Hecate,
A Morte Verdadeira
Para Os Que Querem
Morrer Para A Carne,
O Sono Verdadeiro
Para Os Que Querem
Despertar Fora Da Carne,
Os Sonhos Realizados
Para Todos Aqueles
Que Querem Vencer A Carne!

Inquisição
Ataram-me as mãos, o rígido nó feito com corda naval.
Rasgaram-me a carne, buscando a marca do Diabo através do punhal;
Lavaram minha alma; gritaram: "Confessa bruxa; confessa ser do mal";
Largaram-me. Estirada, esfolada, alma corrompida e pele marcada.
Chão duro, úmido e frio. A dignidade, roubada; a vida, confiscada.
Ergui a cabeça para ver a noite e suas luas; abandonada em tantas torturas.
A escuridão me abraçou, consolou e enviou suas criaturas.
Uma última lição a me ensinar. Um último mistério a me iniciar.
O caminho do meio prestes a finalizar, e pronta para meu legado deixar.
Crocitando veio o negro corvo e no rasante de suas asas; o estorvo.
Conta-me os contos do inverno, retira-me por um momento desse inferno.
Canta-me os encantos da magia, devolva-me o poder e a energia.
Estrada do Norte, ao fim cheguei. Bruxaria.
Coaxando veio o cinzento sapo, a cada úmido salto curando o coração farrapo.
Conta-me os contos de esperança, restaura-me o sentimento de carinho e confiança.
Canta-me os encantos da emoção, ressuscite a beleza e a inspiração.
Estrada do Oeste, ao fim cheguei. Transfiguração.
Assobiando veio a alva lebre, ervas em sua boca para aliviar a ferida e a febre.
Conta-me os contos da vida, relembra-me de como ela bela e florida.
Canta-me os encantos da sabedoria, guia-me pela dor até a euforia.
Estrada do Sul, ao fim cheguei. Feitiçaria.
Sibilando veio a rubra serpente, rastejando através do meu inconsciente.
Conta-me os contos do prazer, aquece meu corpo e todo meu ser.
Canta-me os encantos de proteção, de guerras que transformaram essa nação.
Estrada do Leste, ao fim cheguei. Libertação.
O sol da redenção minha visão incomodava; a punição por fim era anunciada;
Pobres almas festejavam a morte de uma estrige;
Não sabiam que a Noite um castigo inflige.
A peste, a praga e a desgraça são três irmãs que a todos atinge.
E a chegada delas se aproxima à medida que a minha vida se extingue.
Por fim as chamas me consumiram; meu corpo e meus ossos.
Minh'alma puxada para o alto pelo Mistério pertencente a todos os nossos.
E a fúria da noite caiu, trovejando em todos os lugares sua maldição.
Um lamento, mortas vozes numa poderosa e interminável canção.
Uma promessa assegurando uma futura geração.
"Queima-nos na fogueira da inquisição ou enforca-nos no tronco da salvação;
Quando nossas cinzas tocarem o chão, mil feiticeiros emergirão."
FAST LUCK OIL
De acordo com o folclore, esse óleo é para o indivíduo que precisa atrair dinheiro, melhores
negócios, boa sorte, amor e as melhores coisas da vida, além de remover a negatividade e
eliminar os obstáculos, com muita rapidez. Em certos círculos, ele é usado como um óleo de
vestir velas em feitiços, misturar em banhos, lavagens de chão, ou usar como perfume mágico.
Existem muitas receitas de produtos "fast luck" com os mais diversos ingredientes; isso é
comum quando lidamos com folk magic, uma vez que cada indivíduo mescla e adapta a receita
para sua interpretação pessoal.
Então deixarei aqui duas variações de preparo do Fast Luck Oil que para mim são bastante
coerentes uma vez que já utilizei os dois e criei a minha própria versão com base nos resultados
que obtive. Algo que incentivo todos a fazerem, por sinal.
RECEITA 1 (de Zora Neale Hurston)
- Óleo essencial de canela
- Óleo essencial de baunilha
- Óleo essencial de wintergreen, também chamado de gaultéria.
Não há uma proporção a seguir para a mistura, mas podemos usar o seguinte raciocínio:
A canela é amplamente usada na magia popular afro-americana para atrair negócios e boa
sorte, portanto, seu uso como óleo essencial faz sentido nesta fórmula. A baunilha aparece em
várias outras fórmulas também, principalmente as de sorte no amor, então, novamente, não se
surpreende ao encontra-la no Fast Luck. Wintergreen é uma incógnita porque embora tenha
poucas atribuições mágicas, ela atua como um blend dos aromas contraditórios de canela e
baunilha. Em todo caso, sem ele, não se obtém o cheiro característico de "Fast Luck Oil".
Logo, podemos ter como base os óleo de canela e baunilha e o wintergreen como um
harmonizador desses aromas, o que já indica como podemos alcançar uma proporção entre
essa mistura.
RECEITA 2 (de um livro do Museu da Farmácia)
- Óleo essencial de canela
- Óleo essencial de lemongrass ou capim-limão
- Óleo essencial de bergamota
Além da canela, essa receita não se parece muito com a fórmula padrão. No entanto,
funcionalmente é aceitável uma vez que temos a canela para dinheiro e amor, como descrito
acima; o capim-limão é uma famosa erva polivalente que fortalece e intensifica as propriedades
da canela; e bergamota é interessante aqui por ser um ingrediente do tipo dominante, mas às
vezes é usado para ajudar uma pessoa a controlar uma situação e não apenas uma pessoa, e
talvez seja por isso que ela foi incluída.
De qualquer forma, as mesmas instruções que escrevi na primeira receita valem para essa com
relação às proporções.
PS: lembrando que essa fórmula não é para ser ingerida ou usada em contato com a pele.
Usamos o Fast Luck em feitiços, mojos, amuletos, gris-gris, lavagens de chão e banhos.
GARRAFA DA BRUXA - por FAERIE K.
As "garrafa da bruxa" provavelmente são bastante familiares para muitos pagãos, pelo menos
como um conceito. Não é uma bruxa presa em uma garrafa, ou algo que as elas bebem em
suas reuniões. Eles são uma espécie de "feitiço engarrafado". A tradição é originária do folclore
britânico, viajou com imigrantes para as Américas e além. Muitos pagãos modernos incluíram as
"garrafa de bruxa" em sua coleção de feitiços, ampliando e diversificando essa antiga tradição
(tornando-a mais comparável com sua ética pessoal).
UM POUCO DE HISTÓRIA
A história das "garrafa da bruxa" remonta a centenas de anos. As origens desta tradição foram
datadas dos anos de 1500. Eles foram usados mais ativamente por alguns anos durante esse
período, que é o mesmo momento em que a caça às bruxas estava acontecendo. Após esse
período, a tradição diminuiu consideravelmente. A última garrafa histórica foi encontrada em
uma cabana construída em meados do século 19, em Pershore, Worcestershire, Reino Unido.
A tradicional "garrafa da bruxa" durante os séculos XVI e XVII era uma garrafa de pedra alemã
chamada "bartmann" ou "bellermine". Garrafas similares de material de pedra foram fabricadas
na Holanda e na Bélgica. A técnica não foi dominada na Inglaterra antes da fabricação de
garrafas em 1660 e "bartmann" era rara na Grã-Bretanha.
A garrafa recebeu o nome de um cardeal chamado Bellarmino somente depois que a tradição da
"garrafa da bruxa" já ter começado. Essas garrafas tinham uma barriga redonda e eram
decoradas com uma imagem de um homem barbudo e um medalhão de imagens florais ou
naturais estilizadas.
Embora essas garrafas fossem fabricadas ativamente na Alemanha muito antes do tempo de
Bellarmino - que era contra a Reforma - essas garrafas receberam seu nome como um
comentário satírico sobre o Cardeal. Sua barba se assemelhava ao típico homem barbudo
retratado nelas. Mais tarde, a imagem do homem de barba foi redirecionada para representar o
Diabo, que se adequava bem às "garrafas da bruxa" afinal, as bruxas eram consideradas como
pessoas aliadas do Diabo.
Garrafas de vidro também foram usadas, mas, de acordo com minhas fontes, nunca foram tão
populares quanto as "garrafas da bruxa" no padrão "bartmann".
As velhas "garrafas da bruxa" continham coisas como pregos dobrados, cabelos humanos
(cabeça e pubianos) e urina. A urina é tida como um ingrediente importante para as "garrafas da
bruxa" conhecida há muito tempo nas tradições populares, mas as descobertas reais com a
garrafa ainda contendo urina têm sido raras. No entanto, todas as garrafas de bruxas
encontradas na Inglaterra que foram testadas para urina, mostraram-se positivas. Outros itens
tradicionais contidos nas "garrafas da bruxa" incluem pequenos ossos, espinhos, agulhas,
pedaços de madeira e, em alguns casos, pedaços de tecido em forma de coração.
As garrafas foram encontradas mais frequentemente enterradas sob lareiras. Outros locais
foram no chão, enterrados lá ou rebocados dentro das paredes. A lareira é, de um ponto de vista
mágico, um risco de segurança, pois tem uma conexão direta com os céus abertos acima.
Acredita-se que a maldição de uma bruxa ou mesmo a própria bruxa poderia entrar em uma
casa através da lareira. Outro risco de segurança era a entrada principal, à medida que as
portas são abertas e fechadas várias vezes ao longo do dia. Além da lareira, as garrafas eram
muitas vezes escondidas perto da entrada.
USOS TRADICIONAIS
O período mais ativo do uso de "garrafa da bruxa" e as caças às bruxas não coincidem por
acidente. O medo das bruxas produziu maneiras de proteger-se contra elas durante os
momentos em que o menor infortúnio poderia facilmente ser interpretado como causado por
uma maldição colocada em um ou outro membro da família. Do ponto de vista de uma bruxa
moderna, o real propósito para construir uma "garrafa da bruxa" não era tão agradável: eles
tinham como objetivo manter as bruxas e suas maldições afastadas. O conteúdo de uma
"garrafa da bruxa" foi projetado não só para desviar o ataque de uma bruxa, mas também para
fazer com que ela sofresse as agonias provocadas por todas as coisas desagradáveis contidas
dentro da garrafa. Simplesmente para voltar o feitiço contra o feiticeiro.
A urina na garrafa simboliza o alvo da maldição. Acredita-se que o amaldiçoador e o alvo da
maldição tenham uma conexão forte e acredita-se que a maldição vise não apenas a vítima
pretendida, mas também os fluidos corporais do alvo. Quando a garrafa foi colocada de uma
maneira que facilitou que a maldição se encontre com a urina (dentro da "garrafa da bruxa")
antes do alvo real, a maldição atingia a garrafa e não a vítima pretendida. É por isso que as
garrafas geralmente estavam escondidas onde estavam. A importância do cabelo e dos pêlos
pubianos era semelhante à da urina.
As "garrafas da bruxa" são uma parte das antigas tradições de magia simpática com intenções
de causar dor para a bruxa com os conteúdo nela contidos. De acordo com as crenças
populares, o uso de "garrafa da bruxa" muitas vezes trazia a própria bruxa, contorcendo-se em
agonia, batendo na porta de seu alvo, implorando que alguém quebrasse a garrafa, prometendo
reverter a maldição lançada.
Acredita-se que a "garrafa da bruxa" continua ativa enquanto a esta permanecer escondida e
inteira. As pessoas sofreram muitos problemas ao esconder suas "garrafa de bruxa". Aqueles
enterrados debaixo de lareiras foram encontrados somente depois que o resto do edifício foi
derrubado.
USO MODERNO
De um modo geral, as "garrafa da bruxa" modernas são muito semelhantes às históricas na sua
estrutura básica, mesmo que o propósito tenha mudado. O propósito mais comum para a
construção de uma "garrafa da bruxa" hoje é capturar energias negativas direcionadas ao
construtor da garrafa, sua família ou sua casa. Embora alguns frascos estejam "espelhados" na
natureza, eles normalmente não são construídos para causar agonia ao remetente.* Algumas
garrafas destinam-se transmutar energia negativa em positiva e, em seguida, liberá-la para a
área circundante. Este tipo de garrafas podem ser classificadas como "protetoras".
A estrutura básica das "garrafa da bruxa" pode ser usada para fins diferentes do protetor, ex:
para obter ganhos financeiros, para ajudar com a criatividade artística, para gerar energia
positiva (em vez de "apenas filtrar energia negativa"), para melhorar a saúde, etc.**
Pode-se dizer que o princípio básico é o seguinte: praticamente falando, uma "garrafa da bruxa"
é um recipiente de algum tipo, geralmente um frasco ou uma garrafa, que é preenchida com
objetos e muitas vezes também líquidos que preenchem um determinado propósito mágico. A
pessoa que faz a "garrafa da bruxa", ou seja, a pessoa que lança o feitiço engarrafado, pode
carregar os objetos de forma prévia e construir a garrafa para trabalhar com esta carga até a
necessidade de renovar o feitiço. As "garrafa da bruxa" também podem ser construídas para
recarregar-se pela energia que elas "capturam" enquanto a garrafa permanecer intacta, seja
anos ou séculos.
Em vez de carregar magicamente os itens, pode-se construir uma garrafa cujos poderes se
baseiam em seu conteúdo, mas cumulativamente, resultando em potências mais fortes que a
soma de suas partes. Também esta versão pode ser projetada para ser sazonal ou "para todo o
sempre".
- Link para a matéria original: ​http://bit.ly/2EKQSbT​ -
* Nota pessoal 1: O politicamente correto e a hipocrisia dentro da bruxaria hoje fez com que
muitas bruxas se esqueçam de quem são as bruxas e do que elas representam. Esse mundo
colorido e cheio de purpurina só existe na cabeça de quem cria.
** Nota pessoal 2: Eu particularmente não entendo a necessidade de florear um propósito
simples de uma receita como essa com outros propósitos que não possuem a menor coerência.
RECEITA PESSOAL DE UMA GARRAFA DA BRUXA
Ingredientes
- Uma garrafa de argila/barro/vidro com tampa
- Pregos retorcidos de construção ou de trilho de trem (dependendo do tamanho da sua garrafa)
- Urina, sangue, sêmen e cabelos do construtor da garrafa
- Arame farpado, agulhas, alfinetes e lâminas com corte.
- Vinagre ou aguardente.
- Beladona, acônito, ou meimendro. (um composto de plantas venenosas que for acessível)
- Terra de um túmulo cuja pessoa tenha sido enterrada como indigente ou de um malfeitor.
- Uma aranha ou qualquer outro animal peçonhento.
MODO DE PREPARO
Gosto de algumas configurações para o preparo desse tipo de feitiço. Um dia de Marte em uma
hora da Lua, onde esta encontra-se em sua fase escura ou minguante dentro de um signo
regido por Saturno ou Plutão. Não gosto de ciclos fora de curso para esse trabalho também.
Não existe uma ritualística cerimonial para o preparo de uma Garrafa da Bruxa a não ser a
visualização e a consciência do que cada ingrediente posto ali representa.
Comece pelos que te representam, eles receberão todo o malefício lançado e ali ficarão retidos
para não atinjam sua pessoa física. Em seguida coloque as plantas, elas representam o veneno
que vai correr para a pessoa que lhe lançou o malefício, plantas desse cunho afetam
principalmente a saúde e os sentidos.
Os metais, pregos, agulhas, lâminas e afins vão em seguida e elas representam a tormenta que
atingirá a pessoa que tentou lhe causar dano. Após os metais, acrescente a terra de cemitério
junto com o animal peçonhento para aterrar e firmar todo o seu trabalho.
Encerre com o vinagre ou o aguardente pois líquidos fazem a magia fluir. Então sele a sua
garrafa, você pode usar cera de abelha ou até mesmo uma vela negra para fazer isso.
Essa é uma garrafa que jamais deve ficar à mostra, então encontre um jeito de deixa-la oculta
perto de alguma das entradas principais de sua residência. Enterre em um vaso perto da porta,
deixe ela no fundo de um armário, cimente ela na parede, enfim, não importa o que for fazer,
desde que ninguém descubra a existência dela.
Eu levo em consideração os saberes tradicionais que dizem que um feitiço desses perdura até
que a garrafa seja descoberta ou quebrada.

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