Professional Documents
Culture Documents
197
OS ECON OMIS TAS
198
MARX
199
OS ECON OMIS TAS
113 Not a à 2ª ediçã o. Qu a n do, por t a n t o, Ga lia n i diz: O va lor é u m a r ela çã o en t r e pessoa s —
“La Ricch ezza è u n a r a gion e t r a du e per son e” —, ele dever ia t er a cr escen t a do: u m a r ela çã o
ocu lt a sob u m a ca pa m a t er ia l. (GALLIANI. Della M on eta. p. 221, t . III da coleçã o de
Cu st odi. “Scr it t or i Cla ssici It a lia n i di E con om ia P olit ica ”. P a r t e Moder n a , Milã o, 1803.)
200
MARX
114 "Qu e se deve pen sa r de u m a lei qu e se pode im por a pen a s por m eio de r evolu ções per iódica s?
É , pois, u m a lei n a t u r a l, qu e se ba seia n a in con sciên cia dos pa r t icipa n t es." (E NGE LS,
F r iedr ich . “Um r isse zu ein er Kr it ik der Na t ion a loekon om ie”. In : Deu tsch -Fran zoesisch e J ah r-
bu ech er. E dit a do por Ar n old Ru ge e Ka r l Ma r x, P a r is, 1844.)
201
OS ECON OMIS TAS
115 Not a à 2ª ediçã o. Rica r do t a m bém n ã o est á livr e de su a r obin son a da . “E le fa z im edia t a m en t e
o pesca dor e o ca ça dor pr im it ivos, com o possu idor es de m er ca dor ia s, t r oca r o peixe e a
ca ça , em pr opor çã o a o t em po de t r a ba lh o m a t er ia liza do n esses va lor es de t r oca . Nessa
opor t u n ida de ele ca i n o a n a cr on ism o de fa zer com qu e pesca dor es e ca ça dor es pr im it ivos,
pa r a ca lcu la r o va lor de seu s in st r u m en t os de t r a ba lh o, u t ilizem a s t a bela s de a n u ida des
de u so cor r en t e em 1817 n a Bolsa de Lon dr es. Os ‘pa r a lelogr a m os do sr . Owen ’* pa r ecem
ser a ú n ica for m a de socieda de qu e ele con h ecia a lém da bu r gu esa .” (MARX, Ka r l. Z u r
Kritik et c. p. 38-39.)
*
Rica r do m en cion a os “pa r a lelogr a m os do sr . Owen ” em seu escr it o On Protection to Agri-
cu ltu re. 4ª ed., Lon dr es, 1822. p. 21. E m seu s pla n os u t ópicos de u m a r efor m a socia l, Owen
pr ocu r ou com pr ova r qu e t a n t o sob o a spect o da r en t a bilida de com o da vida dom ést ica ser ia
m a is con ven ien t e a ssen t a r u m a colôn ia em for m a de u m pa r a lelogr a m o. (N. da E d. Alem ã .)
202
MARX
116 Not a à 2ª ediçã o. “É u m pr econ ceit o r idícu lo, difu n dido r ecen t em en t e, de qu e a for m a de
pr opr ieda de com u n a l qu e se desen volveu de m odo n a t u r a l seja especifica m en t e for m a esla va ,
a t é m esm o exclu siva m en t e for m a r u ssa . E la é a for m a or igin a l, qu e podem os com pr ova r
en t r e r om a n os, ger m a n os, celt a s, da qu a l, por ém , u m m ost r u á r io com plet o com m ú lt ipla s
pr ova s se en con t r a a in da h oje en t r e os h in du s, m esm o qu e pa r cia lm en t e em r u ín a s. Um
est u do m a is exa t o da s for m a s a siá t ica s de pr opr ieda de com u n a l, especia lm en t e da s in dia n a s,
com pr ova r ia com o da s dist in t a s for m a s de pr opr ieda de com u n a l desen volvida n a t u r a lm en t e
r esu lt a m difer en t es for m a s de su a dissolu çã o. Assim podem ser der iva dos, por exem plo, os
difer en t es t ipos or igin a is de pr opr ieda de pr iva da r om a n a e ger m â n ica da s difer en t es for m a s
de pr opr ieda de colet iva in dia n a .” (MARX, Ka r l. Z u r Kritik et c. p. 10.)
203
OS ECON OMIS TAS
117 Segu n do a idéia do a n t igo filósofo gr ego E picu r o, os deu ses exist ir a m n os in t er m ú n dios,
os espa ços en t r e os m u n dos; eles n ã o t êm n en h u m a in flu ên cia n em sobr e o desen volvim en t o
do u n iver so n em sobr e a vida do h om em . (N. da E d. Alem ã .)
204
MARX
118 A in su ficiên cia da a n á lise de Rica r do da gr a n deza de va lor — e ela é a m elh or — ser á
dem on st r a da n os Livr os Ter ceir o e Qu a r t o desse escr it o. Qu a n t o a o va lor em ger a l, a E co-
n om ia P olít ica clá ssica , em lu ga r a lgu m , dist in gu e expr essa m en t e e com con sciên cia cla r a
o t r a ba lh o, com o ele se r epr esen t a n o va lor , do m esm o t r a ba lh o, com o ele se r epr esen t a n o
va lor de u so de seu pr odu t o. Na t u r a lm en t e, ela fa z de fa t o essa dist in çã o, pois por u m la do
con sider a o t r a ba lh o sob o a spect o qu a n t it a t ivo, por ou t r o sob o a spect o qu a lit a t ivo. Nã o
lh e ocor r e, por ém , qu e a m er a difer en ça qu a n t it a t iva en t r e os t r a ba lh os pr essu põe su a
u n ida de ou igu a lda de qu a lit a t iva , por t a n t o, su a r edu çã o a t r a ba lh o h u m a n o a bst r a t o. Ri-
ca r do, por exem plo, decla r a -se de a cor do com Dest u t t de Tr a cy, qu a n do est e diz: “Vist o qu e
é segu r o qu e som en t e n ossa s ca pa cida des física s e espir it u a is sã o n ossa r iqu eza or igin a l,
é o u so dessa s ca pa cida des, cer t a espécie de t r a ba lh o, n osso t esou r o or igin a l; é sem pr e esse
u so a qu ele qu e cr ia t oda s a qu ela s coisa s, qu e den om in a m os r iqu eza . (...) Além disso é sa bido
qu e t oda s essa s coisa s r epr esen t a m a pen a s o t r a ba lh o qu e a s cr iou , e se ela s t êm u m va lor
ou a t é m esm o dois va lor es difer en t es, en t ã o a pen a s podem t ê-los a pa r t ir (do va lor ) do
t r a ba lh o do qu a l eles se or igin a m ”. (RICARDO. T h e Prin ciples of Pol. E con . 3ª ed., Lon dr es,
1821. p. 334.* ) Apen a s in dica m os qu e Rica r do a t r ibu i a Dest u t t seu pr ópr io sen t ido m a is
pr ofu n do. Dest u t t , de fa t o, diz, por u m la do, qu e t oda s a s coisa s qu e for m a m a r iqu eza
“r epr esen t a m o t r a ba lh o qu e a s cr iou ”, por ou t r o la do, por ém , qu e ela s r ecebem seu s “dois
va lor es difer en t es” (va lor de u so e va lor de t r oca ) do “va lor do t r a ba lh o”. E le ca i a ssim n a
su per ficia lida de da econ om ia vu lga r , qu e pr essu põe o va lor de u m a m er ca dor ia (a qu i do
t r a ba lh o) pa r a por m eio disso det er m in a r depois o va lor da s ou t r a s m er ca dor ia s. Rica r do
o lê de t a l for m a qu e, t a n t o n o va lor de u so com o n o va lor de t r oca , r epr esen t a -se t r a ba lh o
(n ã o o va lor do t r a ba lh o). E le m esm o, por ém , dist in gu e t ã o pou co a s du a s fa ces do ca r á t er
do t r a ba lh o qu e se r epr esen t a du pla m en t e, qu e é obr iga do por t odo o ca pít u lo “Va lu e
a n d Rich es, t h eir Dist in ct ive P r oper t ies” a se h a ver , com m u it o esfor ço, com a s t r ivia -
lida des de u m J .-B. S a y. N o fim , ele fica , por t a n t o, t odo su r pr een dido qu e Dest u t t con cor de
com ele sobr e o t r a ba lh o com o fon t e de va lor e a in da a ssim com Sa y, sobr e o con ceit o
de va lor .
*
Com pa r e DE STUTT DE TRACY. É tém en ts d ’Id éologie. P a r t es Qu a r t a e Qu in t a . P a r is,
1826. p. 35-36. (N. da E d. Alem ã .)
119 É u m a da s fa lh a s bá sica s da E con om ia P olít ica clá ssica n ã o t er ja m a is con segu ido descobr ir ,
a pa r t ir da a n á lise da m er ca dor ia e, m a is especia lm en t e, do va lor da s m er ca dor ia s, a for m a
va lor , qu e ju st a m en t e o t or n a va lor de t r oca . P r ecisa m en t e, seu s m elh or es r epr esen t a n t es,
com o A. Sm it h e Rica r do, t r a t a m a for m a va lor com o a lgo t ot a lm en t e in difer en t e ou com o
a lgo ext er n o à pr ópr ia n a t u r eza da m er ca dor ia . A r a zã o n ã o é a pen a s qu e a a n á lise da
gr a n deza de va lor a bsor ve t ot a lm en t e su a a t en çã o. É m a is pr ofu n da . A for m a va lor do
pr odu t o de t r a ba lh o é a for m a m a is a bst r a t a , con t u do t a m bém a for m a m a is ger a l do m odo
bu r gu ês de pr odu çã o qu e por m eio disso se ca r a ct er iza com o u m a espécie pa r t icu la r de
205
OS ECON OMIS TAS
206
MARX
121 ”Va lu e is a pr oper t y of t h in gs, r ich es of m a n . Va lu e, in t h is sen se, n ecessa r ily im plies
exch a n ges, r ich es do n ot ." (Observation s on som e Verbal Dispu tes in Pol. E con ., Particu larly
R elatin g to Valu e, an d to S u pply an d Dem an d . Lon dr es, 1821. p. 16.)
122 "Rich es a r e t h e a t t r ibu t e of m a n , va lu e is t h e a t t r ibu t e of com m odit es. A m a n or a com m u n it y
is r ich a pea r l or a dia m on d is va lu a ble. (...) A pea r l or a dia m on d is va lu a ble a s a pea r l
or dia m on d." (BAILE Y, S. Op. cit., p. 165 et seqs.)
207
OS ECON OMIS TAS
123 SH AKE SP E ARE . M u ch Ad o Abou t N oth in g. At o III. Cen a III. (N. da E d. Alem ã .)
124 O a u t or de Observation s e S. Ba iley a cu sa m Rica r do de qu e ele t er ia t r a n sfor m a do o va lor
de t r oca de a lgo a pen a s r ela t ivo em a bsolu t o. Ao con t r á r io. E le r edu ziu a r ela t ivida de
a pa r en t e, qu e est a s coisa s, dia m a n t e e pér ola , por exem plo, possu em com o va lor es de t r oca ,
à ver da deir a r ela çã o, qu e se ocu lt a por t r á s dessa a pa r ên cia , à su a r ela t ivida de com o m er a s
expr essões do t r a ba lh o h u m a n o. Se os r ica r dia n os r espon dem a Ba iley com gr osser ia , m a s
n ã o com a cer t o, isso se deve som en t e a qu e eles n ã o en con t r a r a m n o pr ópr io Rica r do
n en h u m a explica çã o sobr e a con exã o in t er n a en t r e va lor e for m a va lor ou va lor de t r oca .
208