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Em 5 anos, teremos uma nova forma de olhar o mundo. A supervisão infravermelha vai
ser possível para qualquer mortal, mesmo que não tenha vindo de Krypton. E novas
ferramentas vão nos ajudar a mapear o planeta de uma forma completamente nova. Pelo
menos é nisso que aposta a IBM, a gigante americana de tecnologia.
Todo ano, a empresa anuncia 5 inovações que terão o maior impacto na vida das
pessoas nos próximos 5 anos. A maioria dessas mudanças vem impulsionada pelo
desenvolvimento de inteligências artificiais cada vez mais poderosas – o que não é
coincidência nenhuma, já que o aprendizado de máquinas é uma das especialidades da IBM.
Vamos a elas:
1. Escutando doenças
Você já deve ter reparado que sua voz muda dependendo do seu estado de humor. A
inteligência artificial, segundo a IBM, quer transformar essa percepção instintiva em uma
forma de diagnosticar doenças.
Pesquisas mostram que o padrão natural de fala de pacientes com Alzheimer,
Parkinson e até ansiedade e depressão muda de forma quase imperceptível aos ouvidos, mas
que um computador inteligente seria capaz de detectar com precisão, até nos estágios mais
precoces dessas doenças. Algumas das pistas incluem a escolha de palavras, a entonação e até
a sintaxe usada pelos pacientes.
Para 2022, a IBM aposta que nossos smartphones já terão apps de diagnóstico
instantâneo de saúde mental, baseados em reconhecimento vocal – e monitorar essas
doenças pode se tornar tão corriqueiro quanto usar o Whatsapp.
2. Visão do Superman
Nossos olhos só são capazes de enxergar formas específicas de luz. Em todo o enorme
espectro de ondas eletromagnéticas, o que chamamos de luz visível são as ondas com
comprimento entre 390 e 700 nanometros. Para enxergar raios-x, luz infravermelha e
microondas, só se você tiver equipamentos especializados – ou se for um personagem de
quadrinhos.
Nos próximos 5 anos, porém, os cientistas da IBM prometem que teremos uma visão
digna do Superman, mas utilizando os métodos do Batman. Isso porque não teremos olhos
diferentes, mas sim tecnologia portátil, acessível e desenvolvida para enxergar diferentes
comprimentos de onda que hoje só são vistos em laboratório.
A previsão mais realista é que sensores e câmeras de hiperimagem tragam essa
mudança para as nossas vidas. Nos carros, por exemplo, elas podem ajudar motoristas a
enxergar melhor na estrada em situações de neblina ou de chuva. Mas a IBM vai ainda mais
longe: as fotos de comida que tiramos podem ser associadas a análise de imagem para já
informar o valor nutricional de cada refeição – ótimo para quem está de dieta, péssimo para
quem prefere ignorar as calorias daquela sobremesa que ficou linda no Instagram.
3. Um novo tipo de mapa
Esqueça tudo que você aprendeu na aula de geografia: em 5 anos a IBM acredita que
teremos um novo tipo de mapa para analisar o mundo à nossa volta. São os macroscópios –
em vez de permitir enxergar detalhes minúsculos como os microscópios, eles vão unir
diferentes tipos de dados gerados diariamente para nos ajudar a enxergar padrões – sociais,
econômicos, de poluição, de saúde – em comunidades, cidades e países.
Todo mapa é um conjunto de dados, mas a proposta destes macroscópios é nos ajudar
a visualizar as quantidades absurdas de dados que geramos utilizando computadores e
eletrônicos que, cada vez mais, vão ser inteligentes e conectados à rede, gerando dados a cada
segundo. A aposta da IBM é que, em 5 anos, vamos aprender a agregar dados diferentes –
misturando informações de drones, de telescópios e de previsão do tempo, para antever
quedas de asteroides, por exemplo. Mas não é preciso ir tão longe: quando sua geladeira, sua
privada e cada uma das lâmpadas da sua casa for inteligente e conectada à internet, um
mapinha da sua própria casa vai se mostrar muito mais útil do que você imagina hoje.
4. Laboratórios de bolso
Se você odeia aguentar a fila de exames e ainda ter que esperar semanas pelos
resultados, a IBM aposta que seu sofrimento pode accabar nos próximos anos. Isso porque
uma das tendências apontadas pela empresa são os laboratórios de bolso – chips de silicone
com a capacidade de análise de todo um laboratório de bioquímica, capazes de revelar
informações vindas de amostras de suor, de sangue e de urina.
A ideia é que eles sejam associados a aparelhos portáteis para monitorar doenças no
conforto da casa do paciente – como já acontece hoje com o controle de glicemia de
diabéticos. Em um mundo povoado pela “internet das coisas”, esses laboratórios de bolso
seriam associados aos dados que já são gerados hoje em dia por apps que monitoram o sono e
que contam o número diário de passos para dar uma visão universal da saúde de cada pessoa.
5. Gestão de poluição
A tecnologia atual já é capaz de ter medidas cada vez mais precisas das mudanças
climáticas, da qualidade do ar e da produção de CO2. A previsão da IBM é que a velocidade
dessa análise aumente muito – em um piscar de olhos, saberíamos exatamente quais os
poluentes que estão se acumulando diariamente na atmosfera e de onde eles vêm. Por um
lado, isso nos faz perceber com ainda mais intensidade os impactos da ação humana na
natureza. Mas também nos dá uma ferramenta para lutar contra isso: os cientistas da empresa
americana acreditam que vazamentos de gás, por exemplo, vão levar segundos para serem
identificados, em vez de semanas. A velocidade com que resolveremos esses problemas,
porém, continua sendo responsabilidade nossa.
AS TECNOLOGIAS QUE VÃO FAZER 2022 UM ANO MUITO DIFERENTE (14.11.2014 às 11h16)
No último dia da componente online da iniciativa que juntou Expresso e IBM na análise
das melhores ideias que marcam as urbes modernas conheça uma lista de conceitos,
apresentada pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers Computer Society, que no
futuro vão ser a norma e não a excepção.
Sustentabilidade
O mundo não é só para quem vive agora, é também para as gerações que aí vêm. Este
é o grande fundamento para as práticas sustentáveis, que se procuram adotar a todos os níveis
para garantir um melhor aproveitamento dos recursos financeiros e ambientais.
Computação quântica
Um sistema baseado em mecânica quântica para realizar operações relacionadas com
análise de dados. Ao contrário dos computadores tradicionais, cuja arquitetura digital assenta
em bits e numeração binária, este modelo tem como base 'qubits'.
Nanotecnologia
O estudo de manipulação da matéria numa escala atómica e molecular pode vir a
revelar-se essencial.
Circuitos integrados 3D
Chips com duas ou mais camadas de componentes eletrónicos integrados,
verticalmente e horizontalmente, num único circuito estão a ser ativamente pesquisados pela
indústria dos semicondutores.
Processador multi-core
As vantagens de um dispositivo que junte mais de um processador num único circuito
resultam em índices de performance superiores, menor consumo de energia e capacidade de
realizar mais tarefas em simultâneo.
Universal memoy
A memória para substituir todas as memórias. À medida que as necessidades
aumentam e se procura aumentar a capacidade de respostas dos sistemas digitais, os
principais atores da indústria procuram um dispositivo capaz de reunir as melhores
características dos diferentes tipos de memória.
Cloud computing
A computação em nuvem diz respeito à uilização da memória e das capacidades de
armazenamento e cálculo de computadores a partir de servidores compartilhados e
interligados por meio da Internet. O objetivo é que se consiga ter um uso personalizado em
qualquer dispositivo, em qualquer parte do globo.
Sistemas inteligentes
Redes de transporte e energia com uma autonomia e capacidade de alteração
automática perante as circunstâncias serão a norma
Computer vision
A capacidade dos sistemas digitais em interpretarem e transformarem imagens da vida
real está a conhecer um grande avanço e terá uma grande importância
Computação biológica
Área de estudo interdisciplinar que aplica técnicas da ciência da computação,
matemática aplicada e estatística a questões de análise teórica e prática de biologia
Robôs medicinais
Unidades robóticas cada vez mais avançadas vão ter tarefas com maior nível de
complexidade para ajudar os médicos e potenciar uma nova era na medicina.