You are on page 1of 59

volume IV - número 22 - julho/agOsto 1967

diretor responsável
Adalberto Miehe
tedator chefe íNDICE
Alfredo Franke
secretório
Fausto P. Chermont
consultores RECEPTOR TV, 59cm 167
eng. Tomas Hajnal
eng . Luciano Kliass
desenhos A NOVA SIMBOLOGIA DE ELETRONICA 175
Alcides J . Pereira
revisão SIMULADOR DE DUPLO FEIXE PARA OSCILOSCóPIOS 177
Adauto V. B. Conde
publicidade
Roberto Finotti GERADORES TERMOELÉTRICOS (conclusão) 179
fotografias
Fotolabor Ltda .
dichês A ELETRONICA E A ESPIONAGEM INDUSTRIAL 181
Clicheria Unid:J S. A.
serviços gráficos METRONOMO ELETRONICO TRANSISTORIZADO 185
Escolas Profissionais Salesianos
distribuição exclusivo TRIGONOMETRIA 187
poro todo o Brasil
Fernando Chinaglia Distribuidora S. A. AMPLIFICADOR DE ÁUDIO PARA RÁDIO DE AUTOMóVEL 191
R. Teodoro da Silva, 907
Rio de Janeiro
DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA - PHILIPS FG-R81-A 193
distribuição em Portugal
e Províncias Ultramarinas
Centro do Livro Brasilei ro Ltda .
COMO NASCE UM CINESCóPIO 195
R. Rodrigues Sampaio, 30-B
Lisboa
O MULTIVIBRADOR MONOESTÁVEL 197
proprietários e editôres
ETEGIL ENCICLOPÉDIA DOS SEMICONDUTORES - I 199
Ed. T écnico-Grófico Industriol Ltdo.
redação e administração TRANSISTORES DE POT~NCIA - I 201
R. Sta. lfigênio, 180
Tel. 35-4006 - C. P. 30 869
São Paulo - Brasil
T6dae ae apllca96ae aqui daecrltae, utilizam mate-
PREÇOS rial• t•cllmanta encontrado• no marcado nacional.
Exemplar avulso . . . . . . NCr$ 1,00 Os artigos assinados silo de exclusiva responsabilidade de seus
autores. E:: vedada a reproduçao dcs textos e das llustraçoes
ASSINATURA 1 ANO publicados nesta revista. salvo mediante autorlzaçllo por escrl·
to da redaçao.
Registrod:J . . . . . . . . . . . NCr$ 5 ,00
Aéreo Registrado . . . . . . NCr$ 7,00
ASSINATURA 2 ANOS
Registrado . . ... .. . . .. NCr$ 9,00
Aérea Registrado . ... . . NCr$ 13,00 Aspecto das linhos de Montagem de ci-
ASSINATURA 3 ANOS nescópios do Sylvonio, colhido em suas
Registrada . . . . . . . . . . NCr$ 13,00 instalações fabris de São Paulo. Veja o
Aéreo Registrado ... ... NCr$ 19,00 artigo "Como nasce um cinescópio", à
As assinaturas deverão ser enviados página 195 .
poro
ETEGIL - C. P. 30869 -S. Paulo
Receptor de TV, 59 cm
INTRODUÇAO Discriminador de som
• Faixa linear: 120kHz
O projeto do televisor aqui apresentado foi nor- • Sensibilidade: 43mV/kHz (valor efi-
teado no sentido de obter-se um ótimo compromisso caz)
entre qualidade e custo, procurando-se chegar ao • Rejeição de AM: maior que 20dB
melhor desempenho de cada estágio, utilizando-se
os circuitos mais convencionais, o que é essencial Sincronização
para receptores econômicos. • Faixa de retenção ver-
tical: 45-60Hz
O televisor não emprega transistores mas ape- • Faixa de retenção hori- de 14 até acima de 18
nas diodos semicondutores e válvulas, podendo ser zontal: kHz
considerado como uma das últimas versões com esta
configuração, já que, graças ao fabuloso progresso • Faixa de captura hori-
da tecnologia dos transistores, não há dúvida de que, zontal: 600 + 600Hz
daqui para a frente, tais dispositivos serão empre- MAT: 13,5 - 15kV
gados em escala cada vez maior pelos fabricantes
de TVs, tendo em vista as vantagens que apresen-
tam quando comparados com as válvulas. FONTE DE AL~ENTAÇAO

Particular atenção foi dada à fonte de alimen- Alimentação com llOV - 50/60Hz
tação, capaz de funcionar em 110/220V e 50/60Hz,
e, além do sistema de alimentação de filamentos em O circuito utilizado consiste num dobrador de
paralelo (6,3V) será apresentada a versão para vál- onda éompleta, os dois diodos sendo do tipo BY127.
vulas equivalentes da série P (300mA). A escolha dos capacitores do dobrador foi deter-
minada pela eficiência de retificação, que deve ser
a mesma para ambas as freqüências da rêde, as
CARACTERISTICAS PRINCIPAIS capacitâncias sendo iguais a 250 microfarads. As
respectivas tensões de trabalho são diferentes: um
Regime de Trabalho dos capacitores, que também faz parte do circuito
quando alimentado com 220V, está especificado em
300V enquanto que o outro, utilizado sõmente no
Alimentação: 110/220V - 50/60Hz caso da rêde de llOV, está especificado em 150V.
Corrente CC total de ali-
mentação: 360mA O circuito dispõe ainda de um resistor limita-
Sistema de recepção: Padrão FCC dor de corrente de surto ("surge current") cujo va-
lor é de 5 ohms.
Sistema de recepção de
som: Interportadoras
FI de vídeo: 41,25MHz Alimentação com 220V - 50/60Hz
Primeira FI de som: 45,75MHz
Segunda FI de som: A fonte é constituída por retificador de meia
4,5MHz onda, utilizando um diodo BY127, e o capacitor de
Desempenho filtro é de 250[J.F/300V, como já foi visto acima.
Estágios de RF Para que as tensões finais de +B sejam as mes-
• Amplificação máxima mas para qualquer uma das duas tensões de rêde,
(antena-detetor): 250.000 vêzes a eficiência do retificador de meia onda foi propo-
Amplificador de vídeo sitadamente reduzida, graças a adição de outro re-
sistor limitador de corrente de surto (18 ohms), re-
• Amplificação: 30 vêzes sultando num valor total de 23 ohms.
• Freqüência de corte
(-3dB) 3,5MHz Filtros
• Saída máxima (pico a
pico): lOOV Tanto o filtro LC como os RC são comuns às
Amplificador de áudio duas fontes de alimentação e foram projetados para
• Potência máxima: 1,5W (10% de distor- que os níveis de ondulação não ultrapassem os li-
ção) mites aceitáveis na pior das condições, ou seja, quan-
do a rêde é de 220V - 50Hz.
• Sensibilidade para saída
máxima: 430mV (valor eficaz) A tabela I (pág. 170) apresenta as tensões e cor-
• F a i x a de passagem rentes obtidas em cada ponto de +B e os estágios
(-3dB): 130 - 8.000Hz por êles alimentados.

JULHO/AGOSTO, 1967 167


Alimentação dos Filamentos SELETOR DE CANAIS
O protótipo utiliza válvulas série E (V,=6,3V) O seletor utilizado é do tipo AT7638/16 o qual
que são alimentadas por um transformador com é constituído por um duplo triodo ECC189 ligado
primário para 110 e 220V e secundário de 2x6,3V. segundo a configuração "cascode" e um triodo-pen-
Como cada um dos enrolamentos secundários tem todo ECF80. A primeira válvula funciona como am-
capacidade de 5A as válvulas foram distribuídas tal plificador de RF enquanto que a segunda executa
como se segue: as funções de oscilador e misturador.
Primeiro Enrolamento: O seletor inclui um dos circuitos tanques do am-
(*) EL36 1,25A plificador de FI, que produz um poJo em 42,9MHz.
(*) EY88 l,55A e possui as seguintes características:
(*) ECL85 (vertical) 0,90A
Amplificação média:
(*) ECF80 (horizontal) 0,43A 35 vêzes
Fator de ruído
4,13A
Segundo Enrolamento: • Canais altos: 5,5KT.
• Canais baixos: 3,5KT.
(*) ECC189 0,365A
Desvio de freqüência
(*) ECF80 (seletor) 0,43A
(*) ECF80 (FI de vídeo) 0,43A (com 10% de variação do +B): 150kHz
EF184 (FI de vídeo) 0,30A Largura de Faixa
EF184 (FI de som) 0,30A
(*) ECL85 (áudio) 0,90A • Canais altos: IOMHz
(*) ECL84 0,72A • Canais baixos: 9MHz
EF183 0,30A
A59- llW 0,30A Rejeição de freqüência imagem
• Canais altos 60dB
4,045A • Canais baixos: 55dB
Rejeição de FI: 60dB
No caso da utilização de uma cadeia de fila-
mentos ligados em série as válvulas cujos códigos Entrada: 300.0., simétrica.
estão assinalados com um asterisco devem ser subs-
tituídas pelas suas equivalentes série P e a seqüên- AMPLIFICADOR DE FI DE VIDEO
cia deve obedecer a ordem indicada na figura 2. A
escolha de tal seqüência foi feita em função das Generalidades
máximas tensões catado-filamento suportáveis e da
maior ou menor sensibilidade a possíveis tensões de Para a obtenção da resposta em freqüência de-
zumbido (fuga catado-filamento), levando-se em con- sejada empregou-se um amplificador com sintonia
ta a função de cada válvula no circuito. escalonada, projetado de acôrdo com a aproxima-
No caso da tensão de rêde igual a 220V utili- ção de Butterworth ("maximally flat response"), o
za-se uma só cadeia de filamentos, o resistor limi- número de pólos sendo igual a cinco. A distribuição
tador sendo de 180.0.. Por outro lado, com tensão do quíntuplo sintonizado fica sendo a seguinte:
de rêde de llOV são necessárias duas cadeias, os • Acoplamento seletor-FI: dois pólos de sin-
resistores limitadores sendo de 120 e 60.0., respec- tonia (f,= 42,90MHz, Q, = 15 e fz = 45,10MHz,
tivamente. O arranjo efetuado na figura 2 permite a
eliminação do resistor de 180.0., pois, quando em
Qz = 15).
220V, temos 60.0. + 120.0. = 180.0.. • Primeiro acoplamento interestágio, ou seja,
entre EF183 e EF184: um pólo de sintonia (f, =
O emprêgo de válvulas ligadas em série dispen-
sa o transformador de filamento mas, neste caso,
= 42,25MHz, Q, = 40).
• Segundo acoplamento interestágio, ou seja,
sendo a tensão de rêde igual a llOV, deverá ser
utilizado um circuito dobrador de meia onda ao entre EF184 e ECF80: um poJo de sintonia (f. =
invés de onda completa. = 45,75MHz, Q, = 40).
• Acoplamento Fl-detetor: um pólo de sin
Comutação 110/220V tonia (fs= 44MHz e Qs = 12).
O primeiro poJo, como vimos, resulta no sele-
No protótipo construído foi utilizada alimenta- tor enquanto que o segundo (fz Q,), acha-se na en-
ção paralela para os filamentos e, assim, sem as trada do primeiro amplificador de FI. O acopla-
cadeias, a comutação 110!220V implica somente na mento entre seletor e Fl-1 é feito por intermédio de
troca das ligações dos enrolamentos primários do um capacitor de 82pF (a capacitância total, cabo +
transformador de filamento e em pequenas altera- + capacitor é da ordem de 90pF).
ções no circuito retificador. Finalmente, a armadilha para 41,25MHz, tam-
Dêste modo, foram utilizados dois soquetes oe- bém está ligada à entrada do primeiro amplifica-
tais convencionais e um plug correspondente, o en- dor de FI de vídeo, sendo constituída pelo conjunto
caixe dêste plug no soquete relativo à tensão de rêde L,o, e C,...
a ser utilizada completando as respectivas ligações.
As conexões para o plug provêem do chassi ao qual ·
êle é solidário, ou melhor, não são conduzidas di- Condições CC
retamente ao cabo da rêde. Os esquemas das fi-
guras 3 e 4 apresentam o circuito da fonte, ligações As condições CC do amplificador de FI de ví-
do plug e soquetes de comutação. Os pontos mar- deo, estão ilustradas na tabela II, (pág. 170) sendo
cados A e B são terminais de pontes isolantes fixa- que as indicadas para a EF183 referem-se à condi-
das ao chassi. ção de máxima condução (sinais fracos).

168 REVISTA ELETRONICA


TABELA I
Tensões e correntes obtidas em cada ponto de + B e os estágios por êles alimentados

v
PONTO
I (V)
I I (mA)
I ESTAGIOS ALIMENTADOS
- - -·

+B, 240 220 Saída de áudio (anodo), saída horizontal, la. FI d~


vídeo e CAG
+B, 220 6 Pré e saída de áudio (grade 2)

+B1 230 25 Saída de vídeo

+B• 210 20 Oscilador horizontal, separador de sincronismo

+Bs 210 31 Saída vertical.


+B, 185 60 2a. e 3a. FI de vídeo, seletor e FI de som.

TABELA II
Condições CC do amplificador de FI de vídeo.

V,(V) v,,(V)
l I,( mA)
I I,,(mA)
I W,(W)
I W.,(W)

EF183 200 50 0,3 11 4,3 2,2 0,2


EF184 170 168 1,8 9 3,5 1,5 0,6

ECF80 160 158 2,3 6,5 1,8 1,1 0,3

Os índices a, g,, k referem-se à placa, grade n. 0 2 e catodo, respectivamente.

TABELA 111
Resultados das medições fietas no pentodo da ECL 84 amplificadora de vídeo.

CONDIÇõES
I V.(V)
I V .,(V)
I l.(mA)
I I,,(mA)
I W.(W)
I W.,(W)

Sinais fracos 85 160 26 6 2,2* 0,96

Sinais fortes 150 220 13 3,5 2 * 0,77

* Valôres aproximados, que constituem um limite superior do real.

TABELA IV
Condições CC do amplificador de FI de som (EF 184)

~-
CONDIÇõES
I V,(V)
I V .,(V)
l I.(mA) I.,(mA) W.(W) W.,(W)

Sem sinal 50 50 4 2 0,2 0,1

Com sinal 60 60 2,5 3,5 0,15* 0,21

* aproximado: limite superior.


Resposta em Freqü~acia Desempeaho

A amplificação total maxuna entre antena e


A resposta em freqüência está ilustrada na fi- saída do detetor de vídeo é de 250.000 vêzes, a fai-
gura 5, tendo sido levantada para uma polarização xa de passagem da portadora ao ponto de -3dB
sendo de 3MHz. A medição da atenuação na fre-
fixa de -2V aplicada à válvula EF183. qüência de 41.25MHz resultou em 21dB.

A

..._./; B

nG. 2 H0/220V 20W ~ ~ ~ ; ~; ~ lC


1
a. a.:!;~~

110V- POSIÇÕES B E C
220- B E A

FIG . 3

410V: S1 ,s 2 ,s 3 ,s5 ,s FECHADAS


6
220V:S 1 ,s 4 ,s 7 FECHADAS

ENROLAMENTOS PRIMÁRIOS
X Y W A

sn

FIG . 4

JULHO/AGóSTO, 1967 171


válvula será conectado à massa mas, a fim de que
seja m evitadas correntes através do chassi, é acon-
selhável que ambos os pinos de filamento de cada
válvula sejam ligados ao transformador por mei0
de fios trançados, a conexão à massa sendo feita no
trronsform<ldor. Assim, devido à indutftncia dêstes
fios. convém desacoplar os dois pinos de filamen-
to de cada válvula .
• A fôrma na qual está enrolada a bobina Loo,
(armadilha de 41 ,25MHz) deve ser colocada para-
lelamente àquela em que está enrolada a bobina L oo,
(pólo de entrada do amplificador), a distância cen-
tro a centro sendo de 2.5cm . Assim, a absorção será
bastante satisfatória.
CONTRôLE AUTOMÃ TICO DE GANHO
O sistema de CAG utilizado é do tipo "chavea-
FIG ,; do'', as tensões de contrôle sendo obtidas por reti-
ficação dos pulsos do retôrno horizontal, os quais
são provenientes do transformador de saída horizon-
Observações tal. A retificação é feita pelo triodo de uma vál-
Como acontece com tôdas as montagens de cir- vula ECF80, controlada pelo sinal de vídeo injeta-
cuitos de alto ganho destinados a operar em altas do na grade de contrôle.
freqüências, a disposição dos componentes tem gran- O potenciômetro Poo, permite um ajuste contí-
de influência no desempenho global, razão pela nuo da sensibilidade do receptor e seu cursor deve
qual sugerimos os seguintes cuidados a serem to- ser colocado numa posição tal que, para estações
mados: fortes, os pulsos de sincronismo fiquem no limiar
• Os dois pinos de catodo das válvulas EF 183 da limitação, ou seja, de tal modo que a sensibili-
e EF 184 (pinos 1 e 3 dos soquetes) devem ser Ii- dade seja aumentada até um valor imediatamente
gados por fio grosso. anterior àquele para o qual a imagem provenient~
de uma estação forte comece a ficar disforme (me-
• Tôdas as ligações e terminais dos componen-
lhor diríamos, comece a "entortar''). É evidente que,
tes devem ser os mais curtos possíveis.
no caso de se desejar melhor recepção de uma es-
• Os pinos referentes a blindagens internas tação muito fraca, a sensibilidade será ajustada em
devem ser soldados diretamente ao pino central do função da mesma. Nesta condição, quando da re-
soquete o qual será ligado à massa por meio de fio cepção de um sinal forte, o amplificador estará sa-
grosso. turado e a sensibilidade terá que ser diminuída. Lo-
• Cada estágio deve ter dois pontos de massa, go, o potenciômetro Poo, pode ter o seu funcionamen-
um de entrada e outro de saída. to comparado ao de uma "chave" local-distante que
• As bobinas dos circuitos sintonizados inter- permitisse atuação contínua.
-estágios e do acoplamento Fl-detetor precisam ser A atuação do CAG no seletor é retardada atra-
blindadas, a caneca sendo ligada à massa . O díodo vés de Yoo, até o momento em que esta mesma atua-
detetor e demais componentes associados devem ser ção não degrade visivelmente a relação sinal/ruído.
montados dentro da caneca. No protótipo em estudo esta atuação tem início para
• Ambos os terminais de filamento devem ser sinais de antena da ordem de 500~V.
desacoplados por capacitares. No caso da ligação A figura 6 ilustra as tensões de CAG para o
em paralelo, um dos terminais de filamento de cada primeiro amplificador de FI e o seletor, em função

FIG G

FIG

172 REVISTA ELETRôNICA


do sinal de entrada. O referido gráfico refere-se ao para um sinal de interportadora de aproximada-
canal 13, o sinal de entrada sendo modulado em mente 30mV no detetor de vídeo.
80% por um sinal de vídeo normal, isto é, com infor- Oscilações serão evitadas se, além de serem
mação de sincronismo correta. A figura 7, por sua usadas ligações curtas, o ponto de massa do circui-
vez, apresenta a atuação do CAG, ou seja, o sinal to da grade n.o 1 seja o único para o catodo, ex-
obtido na saída do amplificador de vídeo em função tremidade do circuito sintonizado, pino central do
do sinal na antena. A curva foi levantada nas mes- soquete e grade supressora.
mas condições especificadas para o caso da figura 6. As condições CC estão indicadas na tabela IV
(pág. 170).
AMPLIFICADOR DE VIDEO
DISCRIMINAÇÃO
Condições CC
O detetor é do tipo relação, utilizando um par
O acoplamento entre o detetor e a válvula de casado de diodos OA 79, e a constante de tempo de
saída de vídeo é direto, o que significa que o pon- de-ênfase é de 50 microssegundos.
to de trabalho do pentodo da ECL84 varia em fun-
ção dos diferentes níveis do sinal detetado. As características do detetor podem ser assim
resumidas:
Assim, para pequenos sinais detetados, ou seja, Faixa linear: 120kHz
pequena tensão de polarização da grade de contrô- Separação de picos: 180kHz
le, a dissipação da válvula pode vir a atingir níveis Rejeição de AM: maior que 20dB
excessivos, o que, não resta dúvida, precisa ser evi- Sensibilidade: 43mV /kHz (valor eficaz)
tado. Para tanto, a grade n.0 2 deve ser alimenta- Máximo sinal de áudio
da com uma tensão flutuante, cujo valor diminui (mod. 30%): 640mV (valor eficaz)
em condições de sinal fraco, obtida do circuito anó-
dico da primeira amplificadora de FI de vídeo que,
como já foi visto, é controlada pelo CAG. AMPLIFICADOR DE AUDIO
A tabela III (pág. 170) apresenta os resultados Condições CC
das medições feitas no pentodo da ECL84.
As condições CC do pentodo (saída) estão apre-
Ganho e Resposta em Freqüênda sentadas na tabela V (pág. 170).
O ganho do amplificador, medido nas condições Características
de sinal detetado já estabilizado, é da ordem de 30
vêzes, o que, resulta num sinal de saída máximo Máxima potência de saída
(pico a pico) de aproximadamente lOOV. (dist.= 10% e f =1kHz): 1,5W
Quanto a resposta em freqüência, a curva está Sensibilidade total
representada na figura 8. para 1,5W de saída: 430mV (valor eficaz)
Carga: 4!1
Relação de espiras: 40:1
Resposta em freqüência
(-3dB): 130 - 8.000Hz

SEPARADOR DE SINCRONISMO
Os pulsos de sincronismo são separados do si-
nal composto retirado da válvula de saída de vídeo,
tal operação sendo efetuada pela seção triodo da
mesma. Na sua polarização, feita por escape de
grade, foi utilizado o sistema de dupla constante de
tempo, providência esta destinada a diminuir a in-
fluência do ruído.
FIG. 8
Após a separação, os pulsos são invertidos pela
seção triodo de uma válvula ECF80, cujo circuito
AMPLIFICADOR DE FI DE SOM anódico apresenta a carga subdividida em 8.200!1
(para os pulsos da comparação de fase) e 4.700!1
Na verdade, o amplificador de vídeo já provê (para os pulsos verticais). Tais pulsos têm amplitu-
uma primeira amplificação da FI de som, o sinal des da ordem de 90 e 40V, respectivamente, e a
de 4,5MHz sendo retirado da placa da válvula de amplitude do sinal de vídeo composto, injetado na
saída de vídeo, indo, então, para a grade da am- grade da ECL84 deve ter um valor mínimo de IOV.
plificadora de FI de som onde se acha um circuito Finalmente, apresentamos na tabela VI (pág.
sintonizado paralelo destinado à tomada do sinal. 170), as condições CC das seções triodos das duas
A bobina L,.. e o capacitor C,,., ligados ao circuito válvulas.
anódico da válvula amplificadora de vídeo, formam
um circuito sintonizado paralelo cuja função é a DEFLEXÃO HO~NTAL
de evitar que o sinal de 4,5MHz chegue ao cines-
cópio, constituindo-se, assim, num circuito rejeitor. Comparador de Fases
Assim sendo, tal circuito deve ser ajustado para um
mínimo de sinal de 4,5MHz no cinescópio e o cir- O receptor utiliza um comparador de fases as-
cuito de tomada de sinal para um máximo na gra- simétricos e os pulsos de referência são obtidos do
de da EF184. transformador de saída horizontal, através de uma
A limitação da amplitude do sinal (incluindo rêde integradora. A figura 9 ilustra um dêstes pul-
o efeito limitador do detetor de relação) tem início sos depois de integrado.

JULHO/AGOSTO, 1967 1'13


Estágio de Saída

> O estágio de saída é do tipo estabilizado e em-


o~ prega as seguintes válvulas: EL36 (saída), EY88
(amortecedora - "damper") e DY87 (retificado-
ra de MAT).
Embora atue na largura, o potenciômetro P.o,
não é o contrôle de largura propriamente dito, de-
FIG. 9 vendo ser ajustado de modo a ser obtida uma me-
lhor estabilização do estágio, ou ainda, na prática,
para que a influência do contrôle de grilho sôbre
a largura fique reduzida ao mínimo. Os demais
O filtro passa-baixas do comparador foi dimen- componentes foram determinados para que, nestas
sionado tendo em vista uma eficiente imunização condições, a largura apresente um excesso de apro-
do oscilador ao ruído, mas de tal modo que esta ximadamente 4% para um valor nominal de tensão
providência não resultasse num estreitamento exa- da rêde. Evidentemente, no caso de a rêde estar
gerado da faixa de captura do sistema. abaixo ou acima do nominal, a largura pode ser
ajustada através de P.o., embora com perda das con-
dições ideais de estabilização.
Oscilador
A tabela VIII (pág. 170) apresenta a variação
O oscilador utilizado é do tipo senoidal empre- da largura com a tensão de rêde, o potenciômetro
gando a seção pentodo de uma válvula ECFSO, cujo P.ot estando ajustado para a condição de melhor es-
triodo perfaz a função de inversor de sincronismo. tabilização.
O oscilador propriamente dito é constituído pelo Pode-se, então, constatar que, uma vez ajusta-
triodo catodo-grade n.0 l-grade n.0 2, enquanto do o potenciômetro P.o., dificilmente um outro ajus-
que o circuito anódico funciona como o formador te será necessário.
do dente de serra modificado.
A tabela IX (pág. 170) ilustra as condições CC
A constante de tempo do circuito de escape da grade n.O 2 da válvula de saída horizontal, bem
de grade deve ser pequena, relativamente aos osci- como a MAT e o +B reforçado, a largura sendo
ladores convencionais, de modo a permitir a varia- normal. As duas colunas referem-se a duas condi-
ção de freqüência mediante a alteração da tensão ções de brilho, quais sejam, correntes de catodo do
de polarização de grade. O circuito dispensa o po- cinescópio iguais a zero e 300[.1.3, respectivamente.
tenciômetro de contrôle da freqüência horizontal ten ·
do em vista o fato de a largura obtida para a faixa
de captura ser suficiente. DEFLEXÃO VERTICAL
Para o ajuste do circuito tanque, os pulsos de
sincronismo devem ser eliminados (ligando a grade Rêde Integradora
do inversor à massa), ajustando-se a indutância até
que a varredura esteja pràticamente sincronizada. O integrador dos pulsos verticais foi dimensio-
~ possível que um pequeno retoque seja necessário,
nado de maneira a que fôsse obtido compromisso
quando da restauração dos pulsos, de modo a que se- entre faixa de retenção, entrelaçamento e imunida-
jam evitadas distorções no tôpo da imagem ou erros de a ruído. O entrelaçamento, como é comum acon-
estáticos de fase excessivos (deslocamento exagerado tecer com o tipo de oscilador utilizado, não é per-
da imagem na tela). feito em tôda a faixa de atuação do contrôle de
As condições CC do oscilador podem ser resu- freqüência, devendo ser escolhida a melhor posição.
midas de acôrdo com a tabela VII (pág. 170),
bem como as características do contrôle automático
de freqüência (CAP): Oscilador e Saída
Faixa de retenção: de 14.000 até acima de 18.000Hz. O oscilador vertical utilizado pode ser conside-
Faixa de captura: 600 + 600Hz. rado como um multivibrador com forte realimenta-
Finalmente, a figura 10 mostra a forma de on- ção CA entre placa do pentodo e grade do triodo,
da obtida através do formador de pulsos. que funciona como válvula de descarga para o ca-
pacitar da rêde formadora de dente de serra.
O triodo é alimentado pelo +B reforçado, o
contrôle de freqüência sendo feito através da cons-
tante de tempo de escape de grade. A influência dês-
te contrôle sôbre a linearidade é mínima, enquanto
que tanto os contrôles de altura como o de lineari-
dade têm certa influência sôbre a linearidade, o que,
aliás, foi feito propositadamente, já que é quase
impossível um ajuste correto com apenas um con-
trôle efetivo.
A faixa de retenção do sistema é de 45-60Hz,
enquanto que as condiçõ~s CC estão indicadas na
tabela X (pág. 170).
FIG. 10 (Continua na pAc. 204)

174 REVISTA ELETRONICA


A NOVA SIMBOLOGIA DE ELETRóNICA

n mm (filamentos simples, duplo e


Catodos de aquecimento dlreto
com derlvaçio).
Foto-resistor <LDR>.

Cálula fotovoltalca (por exem·


pio bateria solar>. o tr<lÇO
Catodo de aquecimento indire-
to. Pode-se eliminar o sfmbolo longo Indica o terminal po3i·
do ftlamento, quando desne. tivo.
cessárlo.

Potodlodo.
Catodo frio .

Grade.
Transistor PNP, com coletor
ligado ao invólucro.

Placas defletoras. Aplicação em


uma válvula de feixe dirigido.
Transistor NPN com bllnc:Ja.
gem externa (Invólucro) liga·
do _à massa.

Célula fotoelétrlca.

Foto-transistor PNP.

Válvula establ.llsadora de ten· Transistor de unijunção, com


slo (VR). base tipo N.

Idem, com base tipo P.


Dlodo a gás, simétrico (llm·
pada néon, por exemplo).

FET com base tipo N .

Thyratron tetródlco.

FET com base tipo P.

Thyrlstor P (SCR - P-gate).


Clneec6pio.
Grade 1: Eletrodo de modula·
c;io de feb:e.
Grade 2: Lente eletrostática
com diafragma.
Grade 3 e 5: Idem, llgadas ln·
ternamente à camada condu· Thyristor N (SCR - N-gate).
tora de alumfnio Cultor).
Grade 4: Lente eletrostát!ca
sem diafragma.
As bobinas indicam deOedn
eletromagnética. Camada con-
dutora externa ligada à massa.
Capacitar, capacitãncia. Espa-
çamento: 1/3 a l/li da dimen-
são das placas.
-u-
Dlodo semicondutor.

Capacitar eletrolftico.
Varactor (varlcap) .

Capacitar de passagem (feed·


Dlodo Zenner unidlrecfonal. -through) .

JULHO/AGOSTO, 1967 1'15


Capacltor com capacltA.ncla
variável, - continuamente e em
escalões. Tomada de allmentaçio e
"plug" (por exemplo, lliJV ,
--
""'S0Hz,440V
--<-
50Hz) . --<-
Capacitar de capacitA.ncla va-
riável, préajustada. Ajust, Chave liga-desliga.
continuo.

LAmpade püOto.
Indutor, bobina de lndutA.ncla
fixa, sem núcleo.
Per termoelétrlco.
Indutor com núcleo ferromag-
nético <metálico).

Indutor com núcleo ferromag- Altofalante de bobina móvel.


nético não metálico (ferrite>.

Indutor com lndutA.ncla variá-


vel, continuamente e em es- Antena dipolo (simples e do-
calões. brado).
li
Indutor com núcleo de ferrite
e lndutA.ncla variável preajus-
tada. Ajuste continuo. Antena de quadro.

Indutor com derlvaçõea f1ltlls.


Antena de ferrite.
Transformador com núcleo
ferromagnético metálico .
Pilha, bateria (o traço longo
Indica o terminal positivo>.
Transformador de acoplam&n-
to, com - Doblnas de lndutA.ncla
variável préajustada, com um
núcleo de ferrite (transforma-
dor de Fr com sintonia sim-
Massa, chassi. l
ples, com sintonia através do
núcleo).
Terra.

.-----~
Blindagem eletrostática. I I
I I
Idem, com dois núcleos (sin-
tonia dupla) .

--=- Resistor.

Resistor com derivações fixas.


Cruzamento de condutores sem
contato elétrlco.

Idem, com contato elétrlco.


+
Potenc!Ometro com variação
continua.
Geradores não rotativas. O
Resistor com resistência va- desenho Interno Indica a fo~­
riável préajustada (trlmm- ma de onda fornecida.
pot).
Variação continua.

Reostato (variação continua).

Instrumento Indicador. A gran.


00@
Idem (variação em escalões) . deza correspondente deve ser

NTC.
Indicada pelo slmbolo da uni·
dade, ou da grandeza ou por
uma abreviaçio. 080
PTC. 088
VDR. Instrumento registrador. Vale
a observaçlo acima.

Fuslvel. Cristal piezoelétrlco. -mi-


Centelhador de pontas ("sparlt
Pólo de tomada. gap").

176 REVISTA ELETRONICA


SIMULADOR DE DUPLO FEIXE
poro osciloscópio
A construção de um aparelho mo princípio. Dois amplificadores traços é necessano introduzir
que tome possível a verificação independentes com suas entradas algum meio de alterar a corrente
simultânea em um osciloscópio alimentadas pelos sinais a serem de anodo de um amplificador em
simples, de duas formas de onda, observados, são alternadamente relação ao outro, o que é conse-
é de grande interêsse para o es- comutados do estado de condu- guido variando a polarização en-
tudo e compreensão dos mais ção para o corte e vice-versa, em tre as duas válvulas.
diversos circuitos eletrônicos. grande velocidade. Resultam en-
O presente artigo apresenta tão na tela do osciloscópio, em CIRCUITO PRATICO
um circuito que, por meio de virtude da persistência do mate-
amostragens alternadas de dois rial fosforoso e da persistência A fig. 2 mostra o circuito prá-
sinais, nos permite fàcilmente ve- do olho humano, dois traços dis- tico. A válvula V, (duplo-triodo)
rificar a rotação de fase intro- tintos. constitui-se em um multivibrador
duzida num circuito, os sinais si- O funcionamento básico do produzindo nos 10eus anodos on-
multâneos de entrada e saída circuito é o seguinte: A saída de das quadradas em oposição d~
num amplificador, tensão e cos- um gerador de ondas quadradas fase que alimentam os disparado-
rente num componente qualquer alimenta dois amplificadores Y, res Schmitt compostos das vál-
e muitas outras aplicações. O e Y2 de tal maneira que quando vulas v2 e v) e cujo funciona-
aparelho, além de sua simplici- o amplificador Y 1 está conduzin- mento pode ser descrito da se-
dade e eficiência, constituirá uma do o Y2 está çortado e vice-versa. guinte maneira: quando um pulso
ferramenta preciosa nas mãos do A saída dos dois amplificadores negativo é aplicado à grade da
técnico. é injetada nas placas de deflexão secçzo esquerda de V2, êste triodo
vertical do osciloscópio direta- é bruscamente cortado. A secção
PRINCIPIOS BASICOS mente ou através do amplifica- direita de V2 entretanto está con-
dor vertical interno do instru- duzindo e, na ausência do sinal
Bàsicamente, todos os simula- mento. Para que se tenha a pos- em sua grade, haverá uma col-
dores de duplo feixe têm o mes- sibilidade de afastar os dois rente de anodo, cuja intensidade

ENTR.

Cr
t--+-~~ Y SAlDA

ENTR.
-6,3V, 0,9A CA

FIG. 1

JULHO/AGOSTO, 1967 177


O simulador de feixe duplo de-
verá funcionar convenientemente
com um osciloscópio comum e
suas fontes de tensão de filamen-
to e placa poderão eventualmente
ser obtidas do mesmo. Para os
valôres indicados no nosso cir-
cuito, as fontes de tensão neces-
sárias serão:
alta tensão: 350 volts 6mA cor-
rente continua
baixa tensão: 6,3 volts 0,9A cor-
rente alternada.

CONSTRUÇAO E
COMPONENTES
As figuras 3 e 4 mostram, res-
pectivamente, o aspecto interno
e externo do protótipo construí-
do. Não há grandes dificuldades
2 quanto à montagem exceto os
cuidados a serem tomados para
fazer a fiação tão curta quanto
possível evitando que as compo-
nentes de alta freqüência da onda
quadrada não sejam atenuadas
pelas capacitâncias parasitas da
montagem. Para aproveitamento
do aparelho também como gera-
dor de ondas quadradas, pode-
mos fixar terminais externos às
saídas do circuito do multivi-
brador.
Abaixo temos a lista dos com-
ponentes.

Resistências:
Rt 68kfl 1h Watt
R2 lOOkfl 1h Watt
R1 50kfl potenciômetro li-
FIG . 3
near de fio
Ra 68kfl 1/.z Watt
Rs 470kfl 1h Watt

Ra 470kfl Y2 Watt
R1 470kfl 1h Watt
Ra l,5kfl 1h Watt
depende das resistências de po- entrada. No gerador de ondas R, 2kn potenciômetro li-
larização do catodo, Ra e Ra. quadradas, constituído de vh o near de fio
Quando porém, um pulso positi- potenciômetro de ajuste Ra deve RIO l,skn 1h Watt
vo é aplicado à grade da secção ser variado até que a onda qua- R" 220kfl 1h Watt
esquerda de v2, êste triodo passa drada de saída fique simétrica R., 500kfl potenciômetro li-
a conduzir fortemente aparecen- em relação ao seu eixo. Normal- near.
do então uma grande tensão atra- mente êsse potenciômetro deveria Ru 500kfl potenciômetro li-
vés das resistências comuns de ficar no ponto central, porém, near
catodo Ra e R,. Dêste modo, o dependendo das válvulas e de- R,. 2Mn V.. Watt
catodo se toma muito positivo mais componentes poderá ser ne- R15 2Mn V.. Watt
em relação à grade da seção di- cessário um pequeno ajuste em
reita de v2, o suficiente para tômo dêste ponto. Capacitores:
levar esta secção ao corte. A A freqüência do gerador pode,
evidentemente, ser variada usan- Ct 470pf
válvula vl funciona exatamente do diferentes valôres de resisto-
do mesmo modo, mas em oposi- cl O,OOl!Lf
res e do capacitor Ch mas com cl O,OOl!J.f
ção de fase. os valôres de componentes dados, 150pf
O ajuste de R, varia a cor- c.
a freqüência de 2kHz medida, Cs 150pf
rente quiescente de anodo mostrou-se raZoável quando da c. O,l!J.f
das secções do lado direito de vl observação de formas de onda c1 O,l!J.f
e V1, durante os semi-ciclos em
que estas conduzem, agindo dêste
compreendidas na faixa de 25 a c. O,l!J.f
200Hz. Para observação de sinais
modo como separador dos tra- de freqüência mais elevada, o ge- Válvulas
ços. Os potenciômetros R12 e R11 rador de ondas quadradas deverá
agem como escape de grade e ser convenientemente modificado Yt ECC82
podem também ser usados para para fornecer uma onda quadra- vl ECC83
variar a amplitude dos sinais de da de freqüência mais alta. VJ ECC83

178 REVISTA ELETRONICA


Geradores Termo·Eiétricos
(CONCLUSÃO)

APLICAÇõES NUCLEARES gura, o recipiente que contém o combustív el foi


omitido; de fato, pode mesmo não ser necessário
O que foi dito até aqui, aplica-se tanto se a um recipiente separado, Ja que nessa disposição, a
fonte de calor fôr uma fornalha convencional, própria termopilha pode conter totalmente o com-
ou um reator nuclear. No caso de se utilizar reator bustível.
nuclear, entretanto, os riscos de danificação por Enfim é possível dar um passo mais à frent:!
radiações nucleares são adicionados aos riscos de ainda, incorporando o combustível nuclear à pró-
altas temperaturas e corrosão. pria termopilha. Em artigo anterior, foi visto como
um gás fissionável podia ser usado como fluído de
Pouco se sabe atualmente sôbre o comporta-
mento de materiais termoelétricos sob condições de
irradiações nucleares prolongadas e intensas, como
as que poderiam ocorrer num grande reator de po-
tência. Isto se dá única e exclusivamente devido a
inexistência de tais reatores, onde os materiais ter-
moelétricos possam ser submetidos a um teste pro-
longado sob condições operacionais reais. E verda-
de que alguns materiais, como o óxido de níquel
tratado com lítio estão sendo submetidos a irradia-
ções, sem demonstrar qualquer alteração importan-
REI'RIG. REI'RIG.
te em suas propriedades termoelétricas. Entretan-
to, deve-se considerar que uma exposição de mui-
tos meses num pequeno reator experimental será
equivalente somente a uma exposição de alguns dias
ou mesmo horas num grande reator de potência,
já que êste apresenta muito maior concentração de
radiações nucleares. Dentro de um ou dois anos se-
rão postos em funcionamento na Inglaterra, diver-
sos reatares de potência de 200-300MW, de forma
que brevemente se terá oportunidade de testar ma-
"'GASES OE COMBUSTÃO
teriais termoelétricos sob · muito mais severas con- D QUENTES
dições que até agora. Um material com vida útil
de muitos meses, senão anos seria provàvelmente
um pré-requisito para qualquer reator de grande
porte; não seria nada econômico ou prático, trocar
os elementos térmicos com mais freqüência que o
combustível nuclear, por exemplo.
Se contudo, forem desenvolvidos materiais ter-
moelétricos que não se deteriorem sob irradiação
nuclear prolongada a altas temperaturas e não ab-
sorvam neutrons apreciàvelmente, será muito mais
vantajoso no fornecimento de calor, o uso de rea-
REI'RIG.
i
REI'RIG .
tores nucleares ao invés de sistemas de aquecimen-
to convencionais. Estes exigem oxigênio para com-
bustão, o que significa que deve haver um jato con-
tínuo de ar ou oxigênio no queimador, como se vê
às figuras 9a e 9b. A mistura de gases quentes
após a combustão escapa pela saída do condutor,
e o calor perdido dessa forma, não será utilizável
como entrada a junção quente da termopilha. Por
um projeto adequado, pode ser possível recuperar
parte dêsse calor, fazendo-se os gases circularem por
GAS OU COMBUST/VéL MISTURA OE AR E
caldeiras de vapor auxiliares, por exemplo, mas evi- GASES OE COMBUSTiO
dentemente se teria muito mais eficiência se se eli- b LlQU/00

minasse totalmente essa perda. FIG. 9


Isso seria possível num reator nuclear, onde Gerador tennoelétrico utilizando combustível coovencio·
nal (a). O queimador (não mostrado) está localizado Da
o calor é gerado pela fissão nuclear do combustí- parte inferior do condutor e os gases de combDiriio Je.
vel. Ao contrário da combustão química, a fissão vam calor às junções quentes da termopüba. (b) O. que~.
não necessita de oxigênio, e a junção quente põ~e madores estão regularmente dispostos dentro do eoadu·
tor. Em ambos os casos, grande parte do calor da eam·
portanto, estar em contato direto com o combus- bustão é levado pelos gases que saem pela parte mperior
tível nuclear, como ilustra a figura 10. Nessa fi- do condutor.

JULHO/AGOSTO, 1967 179


ção quente, os geradores termoelétricos não serão
altamente eficiente. Entretanto, a estas baixas tem-
peraturas e sem radiações nucleares, os problemas
de material serão bem menores.
ESTADO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS

r Mencionou-se que dez milivolts é a tensão See-


beck típica em um bom material termoelétrico, com
REF'RIG. REFRIG. diferença de temperatura de 400C entre seus ex-
tremos. Aumentando-se essa diferença para 6000C
é provável que se destruam as propriedades termoe-
Iétricas do material mas suponhamos que se dispo-
nham de termopares onde cada elemento é cons-
truído de pequenos pedaços de materiais diferentes,
cada um eficiente em sua própria faixa de tempera-
tura (figura 7); e suponhamos ainda que se possa
obter em cada termopar, uma saída de 100 milivolts,
pela manutenção de uma diferença de temperatura
FIG. 10 de seiscentos graus entre as junções quente e fria .
Gerador termoelétrico utilizando combustível nuclear: os Seriam necessários dez dêsses termopares para se
el~ment~s termoelétricos envolvem o combustível nuclear. obter um volt.
Nao extste gases de combustão com a consequente per·
da de calor à saída do cano condutor. Concluímos assim que os geradores termoe1é-
tricos partilham com as células de combustível e
geradores MHD (discutidos em artigos anteriores)
do mesmo problema: conversão da baixa tensã0
C.C. da unidade geradora básica para a alta tensão
C.A. exigida para a maioria das aplicações práticas.
Se entretanto, fôr possível operar geradores termoe-
létricos dentro de reatores nucleares, haverá pouca
dificuldade em se obter alta tensão C. C.. se isso
fôr necessário. Um grande reator de potência típi-
REFRIG. REFR/G. co pode conter quarenta ou cincoenta mil elemen-
tos combustíveis; se cada elemento contém uma ter-
mopilha gerando um ou dois volts e estas forem
ligadas em série, serão obtidos dezenas de milha-
res de volts.
Recentemente, foram demonstrados com suces-
so, alguns geradores termoelétricos com saídas en-
tre 1W e 10 kW. Nesses modelos a junção quente
é aquecida pela combustão de combustíveis conven-
cionais, usando-se uma das disposições da figura 9.
FIG . 11 Os estudos que vêm sendo realizados, indicam en-
Gerador termoelétrlco, que poderia vir a ser desen· tretanto, que as perdas de calor e outras dificulda-
volvido: não e:rlste fonte separada de calor, os pró·
prios termoelementos são feitos de senúcondutores des práticas reduzirão a eficiência de geradores dês-
fissionáveis. se tipo acima de IOkW. Maiores saídas, parece que
só serão possíveis com aquecimento direto, onde
trabalho num gerador MHD; igualmente, poderia os termoelementos envolvem combustíveis nucleares
se conceber a possibilidade de termopilhas com ou nêles estão incorporados.
elementos (sólidos) fissionáveis. Os sulfetos de urâ- O desenvolvimento dêsse tipo de gerador de-
nio e tório poderiam ser utilizados, já que são ao pende, como já foi visto, de se encontrar materiais
mesmo tempo fissionáveis e semicondutores, embo- que retenham suas propriedades termoelétricas sob
ra não se conheça ainda o comportamento dêsses irradiação nuclear prolongada a altas temperaturas.
materiais em reatares nucleares. A figura 11 ilus- Seria, sem dúvida, proibitivo, investigar experimen-
tra esquemàticamente uma "termopilha fissionável''. talmente todos os materiais prováveis (ou imprová-
Pode-se notar que o conjunto não tem combustível veis); a seleção dos materiais a serem testados deverá
nuclear separado, pois o calor é gerado pela fissão ser orientada, em grande parte, por considerações
nuclear nos semicondutores N e P da própria ter- teóricas. Os físicos teóricos terão que expandir e
mopilha. aperfeiçoar seus conceitos sôbre semicondutores, de
Nos geradores das figuras 10 e 12 as junções forma que com um conhecimento mais detalhado,
internas são as quentes e as externas, por onde cir- se possa desenvolver novos materiais termoelétricos
cula o fluído resfriador, são as "frias". & as jun- sem necessidade de testes com a totalidade dos ma-
ções quentes forem mantidas digamos a 1.1 OOOC, teriais atualmente julgados prováveis para a apli-
a temperatura da junção "fria" pode bem estar ao cação.
redor de 6000C e o fluído resfriador circulante se- A possibilidade de se usar materiais termoelé-
ria suficientemente quente para aquecer caldeiras de tricos líquidos não está sendo, por ora, considerada;
vapor que acionariam turbogeradores convencionais. poderão eventualmente encontrar aplicação em tem-
Outra alternativa consiste em se utilizar o ca- peraturas acima do ponto de fusão do melhor ma-
lor não aproveitado de um turbogerador convencio- terial termoelétrico sólido. Os problemas mais sé-
nal em um gerador termoelétrico. Esse calor (em rios a serem solucionados, na utilização de líquidos
forma de vapor de exaustão) estará entretanto, a a alta temperatura, seriam os referentes a corrosão
uma temperatura de apenas algumas centenas de e convecção. Convecção é o transporte de calor por
graus e com essa limitação da temperatura da jun· (Continua na pág. 210)

180 REVISTA ELETRONICA


A eleTRÕ~ICa e a ESPIO~aGel\tt i~DUsTRiaL
Raul L. C. Guerreiro

Ninguém está a salvo da espionagem industrial, tomada extraordinària


mente fácil com os atuais dispositivos eletrôoicos. Entre nós o problema não
assume ainda, proporções tão alarmantes como nos Estados Unidos, de onde
provém êste relatório.

Seu telefone no escritório estará censurado? Ha-


verá um dispositivo de escuta secreto na sala de
conferência de sua companhia? Será que o seu con-
corrente sabe de tôdas as suas decisões e planos no
mesmo instante em que você as toma? Ninguém
está a salvo da espionagem industrial, e a atual tec-
nologia eletrônica toma esta espionagem ridicula-
mente fácil.
Os serviços de segurança do govêmo e os de-
partamentos de polícia norte-americanos são sem
dúvida os maiores utilizadores de dispositivos de vi-
gilância. Depois dêles vêm os investigadores parti-
culares e as firmas comerciais. As firmas podem
contratar investigadores particulares para descobrir
ou obter informações necessárias para a boa con-
dução dos negócios. Ou então podem adquirir o
equipamento e realizar o seu próprio trabalho de
pesquisa.
Felizmente, há meios de fazer frente aos es-
piões industriais no seu próprio campo de ação.
Existem atualmente à venda diversos tipos de loca-
lizadores de microfones, e as conversas telefônicas
confidenciais podem ser protegidas por meio de uma
interferência eletrônica. Geralmente, as mesmas
pessoas que constroem os micro-transmissores se-
cretos e dispositivos para ligações diversas, também
fazem detetores de microfones ocurtos e dispositivos
de mistura de conversação.
Os microfones-espiões são geralmente constituí- O interferidor ou misturador compacto assegura o sigilo
nas conversações importantes. Os aparelhos são eletrõni·
dos de um microfone muito sensível ultra-miniaturi- camente codificados e devem ser adquiridos em pares
zado, um transmissor FM de micro-potência e uma casados.
fonte de energia (bateria). ~les são tão pequenos
que podem ser fàcilmente escondidos, e sua trans-
missão pode ter um alcance de várias centenas de Receptores Especiais
metros, ou até mais. Naturalmente, o micro-espião
comum possui várias desvantagens que o profissio-
nal deve levar em conta. Uma vez que êle utiliza Os receptores para êstes transmissores são em
a rádio-transmissão, talvez não consiga penetrar al- geral rádio-receptores de FM portáteis com algu-
gumas paredes demasiado espessas. O ideal é colo- mas modificações. Os circuitos de entrada são al-
cá-los próximo de uma janela ou de uma parede que terados para baixar a frequência de recepção até a
dê para fora. Como isto nem sempre é possível, são faixa de 75-90 MHz. Na verdade, pràticamente
usados frequentemente aparelhos de alta potência, qualquer frequência pode ser utilizada, mas esta
o que significa dimensões maiores. faixa é particularmente conveniente, e o receptor fi-
ca assim totalmente fora de suspeita - parece-se
Um outro problema é a sensibilidade do micro- com qualquer receptor portátil de FM, sem modi-
fone. Se fôr colocado um único microfone em uma ficação aparente.
sala, a conversação pode ocorrer a uma distânch
demasiado grande para proporcionar uma boa cap- Os micro-espwes fabricados comercialmente
tação. Por outro lado, a conversação pode também são apresentados em uma grande variedade de ta-
ser tão próxima que o circuito fica saturado. A ins- manhos. O menor aparelho é feito pela Continen-
talação ideal utiliza vários microfones - três para tal Telephone, de Nova Iorque, e tem o tamanho
a máxima cobertura de uma sala. Em geral, os pre- de um pequeno dado. Esta unidade micro-miniatu-
ços médios dêstes micro-transmissores estão em cêr- rizada tem um alcance de aproximadamente 300
ca de 200 a 400 dólares e possuem uma vida útil metros e é vendida por 1.000 dólares. De acôrdo
de operação contínua variando entre quatro e sete com as afirmações do fabricante, o tamanho do dis-
dias. positivo faz com que seja necessário o uso de um

JULHO/AGOSTO, 1967 181


Um micro-transmissor de sala que usa as linhas
telefónicas foi anunciado como sendo a última pa-
lavra neste campo. A unidade, muito compacta, con-
tendo o microfine e o transmissor, pode ser aplica-
da a um par de fios telefónicos em qualquer lugar
entre o telefone e a central telefónica até mesmo es-
condido no próprio aparelho. Ele utiliza a corren-
te da linha telefónica como fonte de alimentação.
A pessoa que faz a investigação disca o número do
telefone que tem o dispositivo. Antes que a cam-
painha dêste comece a soar a pessoa aperta um
botão num gerador de áudio portátil, enviando as-
sim um sinal de áudio pela linha telefónica até o
dispositivo instalado no aparelho. Este sinal desa-
tiva o sistema de toque da campainha e põe em
operação o "espião". A pessoa pode então ouvir a
conversação que estiver ocorrendo na sala, dentro
do alcance do microfone do dispositivo.
A vantagem dêste aparelho é a vasta distância
a que pode ser usado - até milhares de quilóme-
tros, quando houver um sistema de discagem dire-
ta. Este dispositivo foi batizado de "lnfinity"; suas
duas unidades são · vendidas a 1.000 dólares.

Maletas Inocentes
O localizador de microfones-transmissores pode acusar a
presença e determinar o local em que se encontram mi· Provàvelmente, a peça de bagagem mais útil
crofones ocultos, em questão de minutos - um valioso
instrumento para "limparn salas de reunião de dlretoria que se inventou foi a moderna maleta tipo "de ne-
e outras áreas sigilosas. gócios". Além de seus mil e um usos no mundo
comercial, é um lugar excelente para esconder equi-
pamento de espionagem. Exatamente como é feito
microscópio para instalar sua pilha de mercúrio es- nos mais sofisticados filmes de moderna espiona-
pecial. A capacidade de operação da pilha é de' 4 gem, a maleta pode ter um microfone escondido
horas. na alça e um gravador de fita magnética ativado
pela voz embutido em algum lugar dentro da ma-
leta, sendo que todo o sistema é ligado simplesmen-
Cuidado com o telefone te apertando-se a fechadura de uma certa maneira.
Outros tipos de maletas contêm um receptor
Qualquer telefone pode ser "censurado". Exis- de FM para gravar conversações em outras salas,
tem as ligações simples e diretas que têm sido usa- transmitidas por micro-transmissores ou transmisso-
das durante anos a fio, e há também os atuais sis- res instalados no corpo de pessoas. O transmissor de
temas ultra-complexos que são pràticamente impos-
síveis de descobrir. Alguns dêstes dispositivos são
feitos para serem colocados diretamente dentro do
aparelho telefónico, ligados à linha e utilizando-se
da energia fornecida pela central telefónica. Este
tipo de espião eletrónico não necessita de manu-
tenção, pois não há baterias a substituir. Ele é li-
gado sempre que o telefone é usado, e utiliza as
próprias linhas telefónicas como antena transmisso-
ra. Um receptor localizado num raio de algumas
centenas de metros da linha telefónica pode ser
montado de tal maneira que põe automàticamente
em operação um gravador de fita. O gravador, por
sua vez, só opera quando o telefone estiver em uso.
Outros tipos de dispositivos podem ser ligados
em qualquer lugar entre o aparelho e a central, em
série (usando a energia da linha telefónica para ali-
mentar seus circuitos) ou em paralelo, usando as
suas próprias baterias. Este último tipo é pràtica-
mente impossível de detetar, por qualquer processo.
Um dêstes "espiões", particularmente engenho-
so, é encaixado dentro do punho do telefone. Quan-
do êste é aberto, parece-se exatamente com a cáp-
sula de microfone de carvão normal, e em relação
ao telefone possui características elétricas idênticas.
Entretanto, dentro desta inocente cápsula existe um
dispositivo miniatura de conexão e transmissão.
usando as linhas telefónicas como ·antena e à ener-
gia da linha para alimentação, êste dispositivo trans- Os microfones miniatura camuflados podem estar numa
tampa de caneta-tinteiro, num botão de càsaco ou num
mite ambas as partes de uma conversação telefóni- alfinete de gravata. estes microfones destinam-se a se·
ca. Este aparelho custa cêrca de 250 dólares. rem usados com um transmissor de corpo.

182 REVISTA ELETRONICA


corpo é muito usado neste sentido. Conversas sigi- rnissor micro-miniaturizados num dente de pivot do
losas e reuniões de diretorias podem ser gravadas agente - o que é perfeitamente realizável com o
simplesmente transportando-se um transmissor do estado de verdadeira arte atingido pela tecnologia
tamanho de um maço de cigarros. Assim, não exis- - e não podemos realmente afirmar de sã consciên-
tem microfones escondidos na sala possíveis de se- cia que isto ainda não foi conseguido ...
rem descobertos, e o risco de uma investigação na
maleta da pessoa é mínimo. Esta técnica é fre- Sinalizadores de pára-choque
quentemente usada nos E.U.A. por agentes de com-
panhias de seguros quando entrevistam clientes que Urna outra classe de "espiões eletrônicos" -
estariam menos à vontade se soubessem que suas vindos diretamente de uma novela de James Bond
palavras estavam sendo gravadas. - são os chamados "burnper beepers", ou seja, si-
nalizadores de pára-choque. Trata-se de um trans-
missor de tom contínuo miniatura, dotado de poten-
Microfones diferentes tes ímãs permanentes embutidos em seu estôjo. O
Metade da tarefa de instalar um transmissor i! seu único propósito_j_pr~porcionar um meio de se-
esconder o dispositivo. Muitas vêzes, faz-se necessá- guir um automóvel suspeito a uma distância discre-
rio usar um transmissor mais potente, possivelmen- ta, ou para localizar o veículo a qualquer momento
te em urna localização diferente para realizar ade- que se desejar. O sinalizador é colocado atrás do
quadamente a transmissão. Isto é especialmente o pára-choque trazeiro do carro e irradia a localiza-
caso com instalações onde são usados três microfo- ção do auto continuamente. B necessário um recep-
nes. Atualrnente, não é difícil ocultar um microfo- tor especial no carro investigador, e êstes receptores
ne, urna vez que estão sendo fabricados inúmeros são geralmente equipados para triangulação (radio-
dispositivos miniaturizados. Os orifícios do revesti- goniometria).
mento acústico no teto de salas podem esconder mi- Micro-transmissores, sinalizadores de pára-cho-
crofones; um furinho de caruncho na madeira de ques, microfones de todos os tipos, todos êles cor-
uma velha moldura de quadro é outro lugar que rem sempre o risco de serem descobertos - aciden-
pode comportar um dêstes modernos microfones. talmente ou por procura. Uma vez descobertos, es-
Um microfone tubular pode ser colocado em um tão perdidos pois é obviamente impossível recuperar
buraco de fechadura ou em um furo muito fino pre- êstes dispositivos, uma vez que sua existência foi
viamente feito em urna parede que dá para outra revelada. Por esta razão, os investigadores parti-
sala. As caixinhas de conexão de telefones são lu- culares sempre procuram utilizar dispositivos de bai-
gares muito comuns para esconder um microfone xo custo. Os serviços de investigações oficiais, bem
ou um dispositivo de conexão à linha. Alguns pro- corno os industriais, entretanto, não são tão cuida-
fissionais constroem caixinhas perfeitamente iguais dosos com o custo que suas investigações possa im-
às originais, porém com todo um completo sistema plicar, pois a eficiência justifica as despesas neste
eletrônico já embutido. Inclusive os fios da antena tipo de trabalho. Para os industriais, os dispositivos
podem ser instalados para fora, à vista, na forma de de escuta muitas vêzes podem recuperar tantas vê-
simples linhas de telefone, quando vistos por um zes mais o seu custo, ao evitar furtos e espionagem,
observador ocasional. que as despesas inerentes ao seu uso tomam-se des-
Nos transmissores de corpo, os microfones po- prezíveis.
dem ser escondidos em canetas-tinteiro de imitação, Para o utilizador industrial a censura de áreas
prendedores de gravata, e até mesmo em simples privadas, corno a sala de descanso dos empregados
botões de camisa! O próximo passo lógico nesta es- ou os lavatórios, pode às vêzes revelar a identidade
pecialidade será incrustar um microfone e um trans- dos ladrões e a extensão de suas atividades. Quan-

Um verdadeiro super·mercado para espiões de tôdas as espécies: as casas especializadas nos EE.UU.
vendem uma incrível variedade de dispositivos para vigiar e espionar, bem como locaUzadore3
de microfones, misturadores de conversação telefnica e geradoreS de ruído.

JULHO/AGOSTO, 1967 183


do se suspeita de espionagem, uma simples ligação detetar dispositivos aplicados a telefones. Entretanto,
de escuta em um telefone pode operar maravilhas. frente à enorme variedade e engenhosidade dos dis-
positivos de escuta clandestinos, a utilidade dêstes
detetores fica bastante resumida.
Contra-espionagem
Como proteger então os telefones? A resposta
Para cada dispositivo de espionagem deve ha- é simples: interferência. Várias companhias fabri-
ver, necessàriamente, um dispositivo de anti-espio- cam êstes interferidores ou misturadores de conver-
nagem. Infelizmente, "censurar" uma sala é algo bem sação. O tipo mais simples de usar, feito pela Redex,
mais fácil do que "des-censurá-la". Microfones de parece-se com um punho de telefone gigante. Em
fio escondidos são extremamente difíceis de localizar. uso, êle é aplicado sôbre o punho do telefone. Trans-
Por outro lado, os microfones-transmissores irra- mitida para a linha telefônica, a conversação mistu-
diam uma certa energia de RF e podem assim ser rada ou interferida sôa como ruídos absolutamente
detetados usando-se equipamento adequado e uma ininteligíveis. Um dispositivo no outro extremo da
certa técnica de investigação. linha decodifica a conversação. Estes interferidores
possuem circuitos de deslocamento de fase que po-
Em um caso verídico recente, um Iocalizador dem ser fàcilmente alterados para qualquer "com-
foi comprado numa firma de Nova Iorque, pelo binação" desejada, para assegurar o sigilo. Portanto,
embaixador de uma nova nação africana. O aparelho êstes dispositivos devem ser adquiridos em pares -
foi utilizado para passar em revista o apartamento a fim de que ambas as unidades tenham a mesma
particular do embaixador daquele país nas Nações combinação. As grandes firmas industriais poderão
Unidas. Foram encontrados dois "espiões" - um adquirir vários misturadores com a mesma combina-
na sala de espera, e outro no quarto de dormir. Os ção e distribuí-los para um certo grupo de pessoas
votos daquela nação nas Nações Unidas foram ime- que tratam de assuntos sigilosos. O dispositivo é re-
diatamente alterados e foram comprados mais 27 lativamente compacto e é fàcilmente levado dentro
localizadores de dispositivos de censura para suas de uma maleta para uso em qualquer lugar. Pelo
embaixadas em todo o mundo. menos um grande fabricante de automóveis na Eu-
Os instrumentos dêste tipo existem numa gra'"- ropa usa várias centenas dêstes interferidores.
de variedade de preços e complexidade, desde recep-
tores simples de faixa larga com um medidor de in- Para o homem que não admite riscos
tensidade de campo, até unidades altamente especia-
lizadas que podem assinalar a posição de transmis- Outro fabricante produz um interferidor para
sores de micro-wattagem em uma grande sala. Os o homem que não admite quaisquer riscos. A com-
dispositivos mais simples são os mais difíceis de binação para o interferidor pode ser alterada - dià-
utilizar, pois na maioria dos lugares já existe uma riamente se necessário - e certas palavras-chave e
grande quantidade de irradiação dispersa, de esta- algarismos em uma conversação podem ser transmi-
ções transmissoras comerciais, de televisão, e de tidos por meio de um registro no painel numérico
transmissores de comunicação comerciais e policiais. do dispositivo - também êste usando um código
Alguns detetores possuem um sistema de re-alimen- que pode ser alterado instantâneamente.
tação acústica que somente indica uma leitura quan- Para onde nos encaminhamos? J;: difícil dizer
do houver realmente um microfone captando um com exatidão. Os técnicos em espionagem, desafia-
sinal de áudio e irradiando-o. Há aperelhos, aluai- dos em seu próprio campo pelos dispositivos de ao-
mente em fase de projeto, que poderão descobrir ti-espionagem, estão agora se voltando para a busca
e se fixar sôbre a frequência de um dispositivo ocul- de dispositivos de anti-anti-espionagem a fim de pi-
to em questão de segundos, e que serão os mais derem vencer a barreira que cerca as pessoas que
fáceis de utilizar. prezam o sigilo de suas atividades. Mesmo as salas
Está sendo lançado um detetor magnético para sem dispositivos de escuta, e as grandes áreas aber-
localizar microfones não-irradiantes (conectados por tas, não são seguras. Os microfones tipo "canhão"
fios), e que será uma peça utilíssima para secun- - microfones com características de captação dire-
dar o trabalho de seus outros detetores. Natural- cional extremamente estreitas - podem captar con-
mente, para se ter a certeza de que estamos numa versações de uma distância de pelo menos 100 me-
atmosfera completamente isenta de dispositivos de es- tros. Apontado para uma janela fechada, êste mesmo
pionagem, deve ser usada uma certa variedade de microfone pode recolher as vibrações produzidas pe-
detetores, misturadores, e outros dispositivos de ao- la conversação feita dentro do edifício. Até os
ti-espionagem. A quantidade de equipamento que po- "lasers" estão sendo estudados com vistas às suas
de ser usada para salvaguardar o sigilo de uma sala possibilidades de espionágem.
de reuniões de uma firma pode atingir proporções Cada vez mais, os tribunais civis e as leis locais
fantásticas. Na verdade, entretanto, dois ou três dis- norte-americanas impedem o uso de dispositivos clan-
positivos serão suficientes, mas êles nunca oferece- destinos dêste tipo para casos legais. Mas os espiões
rão proteção total contra um determinado "espião". eletrônicos são excessivamente úteis para terem sua
Como a censura dos telefones é o meio mais existência decidida pot decretos. Cada dia que pas-
utilizado para a espionagem, tanto com indivíduos sa, todos e cada um de nós perde um pouco mais de
como com companhias, êste é o lugar onde se de- seu sigilo particular. Infelizmente, o "Irmão Maior"
vem iniciar as operações de "limpeza". Existem vá- eletrônico chegou para ficar (INDUSTRIAL
rios detetores de linha que podem ser usados para WORLD, Johnston Intemational Publ. Corp.).

184 REVISTA ELETRONICA


MelRÕt40rv10 eleTRÕ~ICO TRa~SISfORIZaDo
A estrutura dos metrônomos não tem apresentado grandes variações nos
últimos cento e cinqüenta anos e, ainda hoje, em sua forma convencional, os
metrônomos continuam sendo instrumentos frágeis e relativamente caros. O
princípio f'JSico do pêndulo duplo, no qual é baseado o metrônomo, é seguro!
mas apresenta alguns inconvenientes. Um dêles é a pouca estética forma pi-
ramidal, ditada pelas caracteristicas mecânicas das peças móveis, outro é a
necessidade de dar corda amiúde e, também, a obrigação de mantê-lo em
l'Íglda posição vertical para um perfeito funcionamento.

INTRODUÇÃO os dos metrônomos convencio- gradativamente através dos resis-


nais. tores R, e R2, a velocidade de
O metrônomo eletrônico que carga sendo determinada pela
descrevemos supera tôdas estas - pode ser utilizado tanto posição de R,. Tão logo o poten·
dificuldades. E de construção ro- com fones como com um peque· cial em C, atinja um valor para
busta e pode ser colocado numa no alto-falante instalado na mes· o qual a base de T, fique 0,2V
caixa de pequenas dimensões. A ma caixa do aparelho. positiva com respeito ao seu
sua faixa de operação vai de 20 emissor (que está a um potencial
a 390 pulsações por minuto mas - o sinal de saída é suficiente zero), o transistor começa a con-
pode ser aumentada ou diminui- para excitar um amplificador de
áudio, o que permite a utilização duzir. :Bste ponto, que marca o
da com facilidade, caso seja ne- início da condução de T., estarã
cessário. Cada pulsação, segunda, do metrônomo em grandes am·
bientes, como é o caso das aulas tão melhor definido quanto maior
terceira, quarta, quinta, sexta, de dança, ginástica rítmica, etc. fôr a tensão de alimentação es-
sétima ou oitava, pode ser mais colhida em relação à mencionada
acentuada mediante a produção tensão limite.
de um sinal mais forte. Ademais, CIRCUITO
pode ser empregado com fones, Quando T, começa a conduzir,
para uso particular, ou com am- em seu circuito de coletor apa-
O esquema do aparelho está rece um impulso de corrente am-
plificador e alto-falante para gru- representado na figura 2, sendo
pos numerosos. O consumo é plificada e o transistor T2 tam-
constituído por dois osciladores bém se torna condutor. O rápido
baixo, o que se traduz por uma de relaxação, cada um com um
grande durabilidade das pilhas, a aumento de tensão no coletor de
par de uansistores NPN- PNP. T2 é transferido à base de T,
alimentação sendo de 9V. O cir- O primeiro oscilador excita o
cuito é bastante sensível e os seus através do condensador C., de
segundo e êste funciona como modo que ambos os transistores
componentes têm duração pràti- divisor sincronizado com o pri-
camente ilimitada. entrem bruscamente em satura-
meiro. ção.
Resumindo, o metrônomo ele-
trônico apresenta, com relação ao A base do transistor T, está A tensão de coletor de T2 au-
mecânico, as seguintes vantagens: conectada a uma rêde RC, na menta até atingir um valor de
qual o condensador C, se carrega quase 9V, o que dá lugar a um
- sua forma não está prêsa
a exigências do mecanismo e,
dêste modo, o gabinete pode ser
desenhado de acôrdo com as con-
veniências práticas e gôsto esté-
tico de cada montador.
- funciona em qualquer po-
sição.
- não contém peças móveis
nem elementos frágeis.
- a faixa de operação pode
ser escolhida de acôrdo com as
necessidades do usuário. Os con-
trôles do aparelho estão providos
de escalas graduadas que permi-
tem ajustar fàcilmente .-. dur .. \llu
dos intervalos e o volume do si-
nal.
- os sinais obtidos são mais
pronunciados e estão mais de
acôrdo com o rítmo musical que FIG. 1

JULHO/AOOSTO, 1967 185


~--.---~------------~----~~--~~
I +9V
R~ I
~Mn, I
LINEAR ~Ok.!l.,LINEAR I
R2
o.~M.n.
+
c3
+
cs I
i
AC128 20011F, 64011F, 1
TR1 ~ov 2sv -1
I
I
I

4,7JLF,125V ov

2,21lF,125V OA5 +
C4
2001lF.
Rg 10V
33Q I

~----~~~~~
FIG. 2 -9V

impulso de algumas centenas de impulso de corrente que procede série com 33 ohms respectivamen-
miliamperes que circula através de T2. Na realidade, o impulso te). O resultado serã um forte
de R. e do alto-falante. gerado em T. é muito mais forte apito no alto-falante, marcando o
que o de T2, o que é de,·ido à ritmo. Como conseqüência, o
Como resultado, a corrente de resistência no circuito de saída condensador C2 se descarrega pe-
base de T, descarregarã o con- de T. (8 ohms em paralelo com la corrente de base de TJ.
densador c, de modo que T, e 33 ohms ao invés de 8 ohms em (Contillua na PI'· :!08)
Ta passem novamente para o cor-
te, quando então tem início um
nôvo ciclo. Com os valôres de
componentes indicados na figura
2 o resistor R, permite ajustar
o período do ciclo entre 2 e 0,155
segundos, valôres êstes que cor-
respondem à uma freqüência de
30 a 390 pulsações por minuto.
O segundo oscilador de relaxa-
ção entra em funcionamento co-
mandado pelo primeiro. O tran-
sistor T3 permanece no corte até
que o condensador Cz se carre-
gue de forma que o potencial de
base de T3 supere o do seu emis-
sor em 0,2V e, para isso, uma TENSAO DE BASE DE T3
pequena parte do impulso pro-

vrl---~
cedente do primeiro oscilador é
desviada através de R, para o
condensador Cz. O díodo D, deixa
passar sàmente a parte positiva
crescente de cada impulso e im- I
pede que a carga circule em sen-
tido contrário durante bordos
posteriores dos impulsos.
Assim. a tensão de base do
transistor T, aumenta pouco a TENSAO NO ALTO-FALANTE
pouco até alcançar o valor su-
ficiente para que o transistor co-
mece a conduzir. Como resulta-
do, o transistor T. também se
torna condutor, de modo que um
impulso positivo é realimentado
à base de T, através do conden-
sador Cz. Neste instante os tran- -TEMPO
sistores ficam saturados e o im-
pulso gerado em T. se soma ao FIG . 3

186 REVISTA ELETRONICA


Trigonometria
Para uma melhor compreensão dos circuitos de Por exemplo, entre as linhas A e B da figura 2 existe
C. A. faz-se necessário um certo conhecimento de um ângulo de 300 tanto se fizermos a medição pró-
trigonometria. Trataremos aqui dêsse ramo da ma- ximo a intercepção das duas linhas como em qual-
temática que será de grande utilidade ao considerar- quer outro ponto mais distante da intercepçlio.
mos fatôres de potência, fases de um sinal, antenas, A parte fracionária de um ângulo pode ser, ex-
comprimentos de onda e um grande número de pressa de duas formas diferentes. Um dos métodos
outros fatôres que entram em cálculos de C . A . é a divisão dos ângulos em décimos, centésimos, etc.
:Bste artigo, embora não seja um tratado completo Neste sistema os ângulos podem ser expressos assim:
sôbre trigonometria, apresentará os princípios básicos 26,4° - 38,17° - 58,690, etc. No segundo sistema
necessários na solução de problemas em eletrônica cada ângulo é dividido em 60 minutos e cada minuto
que utilizam êsses ramos da matemática. em 60 segundos. Um ângulo expresso na forma
25°32'45" é lido 25 graus, 32 minutos e 45 segundos.
MEDIÇÁO DE ÁNGUWS Na conversão de um sistema para outro, deve-se
lembrar que cada décimo de um ângulo é igual a
Os ângulos são formados quando duas linhas 6 minutos; 0,2° seria 12'; 0,3° s~ria 18', etc. Para
retas se interceptam. Nessa intercepção formam-se se converter décimos de graus em minutos, multipli-
quatro ângulos (marcados A, B, C e D na fig. I). ca-se o número de décimos por 60 (por exemplo,
0,8° seria 0,8 X 60 = 48'). Podemos usar o mesmo
sistema para os centésimos: 0,75° = 0,75 X 60 =
45'. Para converter minutos em graus divida o nú-
mero de minutos por 60. Por exemplo, 48' seriam
48 -:- 60, ou 0,8°.
FIG. 1
Foi dito acima que um ponto, numa linha gi-
Angulos formados pela intersecção de
duas retas. rando em um ponto fixo poderia circunscrever um
círculo se essa rotação continuasse até uma volta
completa. O comprimento de qualquer porção dêsse
círculo circunscrito é chamado arco, e toma uma
relação direta com o comprimento da linha que o
determina (do ponto de rotação ao arco). Essa rela-
A medição dêsses ângulos não implica na medição
da área entre as linhas, já que essa área toma-se
progressivamente maior quando nos afastamos do
ponto de intercepção. A medição de ângulos é ba-
seada no movimento de uma linha, com um dos
extremos girando ao redor de um ponto fixo. Uma
FIG. 3
rotação completa dessa linha, fará com que cada
Nomenclatura dos elementr•s
ponto da linha circunscreva um círculo e volte ao bsicos na formação de um
seu ponto de partida. Assim, os quatros ângulos da círculo
figura 1 são iguais a um círculo completo; cada
ângulo inclui uma parte daquele círculo e será me-
dido com relação a êsse círculo.
Um círculo pode ser dividido em 360 partes
iguais, cada uma dessas partes denominada de grau,
e ser usado como medida básica de ângulos. A fi- ção é a relação representada pela letra grega 1t e é
gura 2 ilustra vários ângulos, cada um marcado com igual numericamente a 22/7 ou aproximadamente
3,1416. Essa relação significa que a circunferência
(perímetro) de qualquer círculo é exatamente 21t
maior do que seu raio. (A figura 3 mostra a desig-
nação dos vários elementos de um círculo). Isso
toma possível um outro sistema de medição de ân-
FIG . 2
gulos, a medição em radiaDos. Um radiano é definido
Ilustração de vários
in(lllos. como o ângulo formado quando o comprimento do
arco gerado é igual ao raio do círculo. Um radiano
é igual a aproximadamente 57,3° e os fatôres 'lt/ 180
ou 180/'lt poderão ser utilizados na conversão de
graus em radianos e vice-versa.
RADIANOS X 180/'lt = GRAUS
o número de graus que contém. Portanto 900 (o zero
pequeno é o símbolo de graus) é IA do círculo
GRAUS X 1t/180 = RADIANOS
completo; 45° é 1/8 de um círculo, etc. Deve-se 600 seria o mesmo que 60 X 'lt/180 ou 'lt/3
observar que a medição do ângltlo não é determinada radianos. Existem 21t radianos em cada círculo e por-
pelo comprimento da linha que encerra o ângulo. tanto 3600 = 21t radianos.

JULHO/AGóSTO, 1967 187


'tRIÂNGULOS Z' = R2 +X'
R' = Z'- X'
Após têrmos visto a formação de ângulo, o pas-
so seguinte será os triângulos. Todos os triângulos
R v Z' X'
ou,
têm três lados e três ângulos. A soma dêsses ângulos
será sempre 1800. Quando um dêsses ângulos é 900, X v Z' R'
o triângulo é dito triângulo retângulo - um tipo de
triângulo usado freqüentemente em problemas de ele- Suponhamos que num triângulo retângulo dado
trônica. A figura 4 ilustra alguns triângulos retân- conhecemos Z 6 e R= 3. =
gulos.
Portanto:
X= v Z' R'
v6 2
32
ou,
X v 36 - 9
v27
5,2

Numa aplicação em eletrônica, suponhamos que


FIG. 4
a resistência é de 8 ohms e a reatância 12 ohms. A
Triângulos retângulos. impedância do circuito será portanto:

Como em qualquer triângulo a soma dos ângulos z = v8 2


+ 122
é 1800, no triângulo retângulo, onde um ângulo tem v 64 + 144
sempre 900, a soma dos dois restantes será 900. O ou,
lado oposto ao ângulo de 900 é chamado hipotenusa v 208
e será sempre maior que qualquer um dos outros 14,4 ohms
dois lados, denominados catetos.

~'
TEOREMA DE PITAGORAS FIG . 6
Triângulo retângulo com
sfmbolos usados para cál·
O teorema de Pitágoras foi assim chamado em cuJo trigonométrico
homenagem ao matemático grego Pitágoras, que o
desenvolveu a mais de dois mil anos. Esse teorema A
estabelece a relação entre os comprimentos dos lados
de qualquer triângulo retângulo. Chamaremos os
lados de R, X, e Z, porque essas serão as letras que FUNÇõES TRIGONOMETRICAS
usaremos ao aplicarmos estas noções em circuitos
de C . A . As letras representam respectivamente, re- O teorema de Pitágoras pode ser usado para
sistência, reatância _e impedância. Para compatibili- achar os comprimentos dos lados dos triângulos re-
dade usaremos R como a base, X como a altura e Z tângulos, mas não nos dá informação sôbre os ân-
como a hipotenusa, como ilustrado na figura 5. gulos. ~ aqui que se faz necessária as funções tri-
gonométricas. Estas funções expressam a relação
entre dois lados quaisquer de um triângulo retângulo
e depende do ângulo envolvido, como poderá ser
FIG. 5 visto com um estudo da figura 6. Usaremos a letra
Triângulo retângulo com a no- grega e (teta) para indicar um ângulo, e cb (fi) para
tação simbólica usada em indicar o outro. Os lados serão marcados com relação
muitos problemas de eletrô·
nica. ao ângulo e, sendo o lado O oposto a êsse ângulo,
R o lado A adajacente e o lado H a hipotenuda.
Existem seis funções, cada urna expressando uma
relação entre o comprimento de dois lados:
O teorema de Pitágoras estabelece que em qual·
quer triâugulo retângulo, o quadrado da hipotenuu o H
é igual à soma dos quadrados dos catetos. Na figura seno de e so-secante de e
5 teremos: H o
A H
Z' =R'+ X' co-seno de e secante de e=
Portanto, se R = 3 e X = 4, o comprimento de H A
Z será: o A
tangente de e= co-tangente de e=
Z = v R'+ X' A o
v3 + 2 4 .2
v25 5 Embora existam um total de seis funções pode-
mos executar qualquer cálculo usando-se sõmente
e tirando a prova, 52 =3 2
+ 4', ou 25 = 25. três. Usaremos as três mais conhecidas: seno, co-seno
e tangente. As outras três são reciprocas a essas e,
Com essa fórmula básica, podemos achar o ter- na lista dada acima as funções reciprocas estão ali-
ceiro lado de um triângulo retângulo, uma vez co- nhadas entre si. Por -exemplo: seno (0/H) e co-secan-
nhecido o comprimento dos outros dois lados: te (H/0) são reciprocas. Cada função tem uma abre-

188 REVISTA ELETRóNICA


VIaçao que é muito mais comumente utilizada que Como pode-se observar o seno de 63° é igual
a palavra completa. Essas abreviações são: ao co-seno de 27° e ainda, que a tangente de 73° é
igual a co-tangente de 170. Isso se verifica, já que
sen 8 = 0/H esc 8 H/ 0 as co-funções de ângulos complementatres são iguais
cos 8 =A/H sec8=H/A (dois ângulos são complementares quando somam
tan 8 = 0/A cot 8 = A/0 900: 63° + 270 =
900, 73° + 17° =
900).
O valor numérico de uma função em particular,
depende dos ângulos do triângulo; êsse valor depen- FUNÇõES DE ARCO
de só do ângulo e não da área do triângulo. O seno Função de um arco indica o processo oposto
de 300 é igu!ll a 0,5 e poderemos usar isto para para se achar o valor de uma função. Se procurar-
ilustrar a idéia de funções. A figura 7 inclui três . mos o seno de 300, obteremos a resposta 0,5. Mas
triângulos diferentes, mas êles estão relacionados, já se procurarmos o arco cujo seno vale 0,5 obteremos
como resposta 300. Para se achar a função de um
arco teremos sempre dado o valor numérico da fun-
ção. A função de um arco pode ser indicada de
duas maneiras diferentes: arcsen ou sen-1. Ambas
tem o mesmo significado e são usadas como se
segue:
arcsen 0,5 =
300
sen- 1 0,5 =
300
arctan 1,11061 48°
arccos 0,97030 140 =
cos- I 0,97030 140

CÁLCULO TRIGONOMÉTRICO
Apresentamos dois problemas para ilustrar co-
mo podemos usar a trigonometria; para êsses pro-
blemas utilizaremos a figura 6. Como já foi dito
anteriormente, dado dois lados de um triângulo re-
tângulo, podemos achar o terceiro, utilizando o teo-
FIG . 7 rema de Pitágoras. Podemos também usar as fun-
Triângulos retãnguJos ilustrando a proporeionalidade ções trigonométricas nesses problemas, bem como
existente entre lados semelhantes.
em muitos outros onde estiver envolvidos ângulos.
1 - Os dois catetos O e A de um triângulo
que o ângulo da base em cada um é 300. Se dizemos retângulo são respectivamente 6 e 3. Ache o com-
que sen 300 = 0,5, estaremos dizendo que o lado primento do terceiro lado.
oposto ao ângulo e é igual à metade da hipotenusa
Resolvendo pelo teorema de Pitágoras:
(H), e existe a seguinte relação:
o, o, 03
-
H = v6' + 3' = v45 = 6,71
ou usando-se as funções*:
H, o o
Quando dois triângulos têm os mesmos valôres
tane =
A
tan - '
A
=e
para os três ângulos, êsses triângulos são ditos seme-
lhantes. Em qualquer grupo de triângulos semelhan- 6
tes, sem se considerar os lados, tôdas as funções res- tan - ' tan- ' 2 63 ,4°
p~ ctivas são iguais. Isso significa que a relação entre 3
os comprimentos de dois lados quaisquer é a mesma. o 6
sena = sen 63,4° =
T ÃBUAS TRIGONOMÉTRICAS H H
As diversas funções de um determinado ângulo 6 6
são obtidas através de tábuas. A figura 8 ilustra uma H= 6,71
dessas tábuas onde podem ser encontrados o sen ~. sen 63,4 0,8942
o co-seno, a tangente e a co-tangente dos ângulos. 2 - Num triângulo, e = 400 e o lado oposto me-
Para ângulos de 0° a 45° utiliza-se o cabeçário de de 8 unidades. Quais os comprimentos do lado ad-
cima e para ângulos de 45° a 90° utiliza-se as indi- jacente e da hipotenusa?
cações da parte inferior da tábua. Note-se que de o 8
00 a 90° os senos variam de O a 1, enquanto que
os co-senos variam de l a O. De 00 a 900 a tangente
tane = tan 400
A A
de um ângulo varia de zero a um número indeter- 8 8
minado. A tangente de 90° envolve uma divi ~ão por 0,8391 A 9,53
zero, o que não tem sentido; mas se v.erificarmos a A 0,8391
tangente de 89° vemos que ela toma um valor bas-
tante elevado. A co-tangente varia dêsses valôres o 8
elevados, em ângulos próximos a 00 ao valor zero sena sen 40°
em 900. H H
Vejamos alguns exemplos: 8 8
0,6428 H= 12,45
sen 21° 0,35837 cos ]50 0,96593 H 0,6428
sen 63° 0,89101 cos 27° 0,89101
tan 18° = 0,32492 ( • ) Nas operações aqui efetuadas os ângulos se apre·
cot 15° 3,73205 sentam divididos em décimos; para a utillzaçio da tabela
tan 73° = 3,27085 cot J70 = 3,27085 essa parte lracionária deve ser convertido em minutos.

JULHO/AGOSTO, 1967 189


SE NOS COSE NOS
!!I :'l
c
(..'}
.. 11' 20' 30' 40' ,.. ... s o· lO' 20' 30' 40' !D' ...
"• •
o,oottt 0,00~1 o,ott64 1,- o,gggg6 o,ggglg o,ggg8s
"
O o,- o,ooen O,Ot4M. 0,01745 1,- 0,!199911 o.9!1!193
I 0,017~ o,ol036 0,01327 0,02618 o,oJ908 0,03199 o.- I o,!I!I!IBs 0,!1!1!1'/!1 0,!1!1973 o,ggg66 o,""' 0,99949 0,!1!1!13!1 III
•3 0,03490
0,05234
o,0378•
0 ,0,552.(
0 ,04Q7l
o,o5814
0,04362
o,o6tos
o,04653
o ,o639~
0,04943
0,116685
0,05134
o,CJ6!176
87
116
I
3
0,!1!1!13!1
o,gg&lis
0,99929
0,!1!11147
0,99917
0,99831
o.-~
0,99813
o,ggllgt
0,!1!1'/9~
o,gg878
0,!1!1'/76
o,gg81i3
o.m56
117
86
4 o,o6!17fi 0,07266 0 ,07~56 o,0'/846 o,o8136 o,ol426 o,ol716 Is 4 o.m56 o,ggn6 0,99714 o,996ga o,gg668 0,!19644 • .996•9 8~
o ,ol7t6 0 ,0900$ o ,og2g~ o , og~~ 0,0!1174 o,tot6.c 0,10453 14 o ,gg&tg 0,!1!1594 0,!1!1567 o.- 0,99$11 0,99412 0,994S2 14
~
o,u 6og o,st3gl o,utlf 13 i O,!J!I4.S2 0,994-Jl

..
6 0,!1!13!10 0,!1!13~7 0,99324 0,99290 o ,99JSS 13

..••
0,1Q4SJ 0,10742 0 ,11031 0,11320
7 0,1218? 0 , 124?6 o,t776oJ 0,13053 0,13341 o,I36J9 0,13917 81 7 0,99155 0,99219 0,99181 0,99144 0,991o6 0,!1!106'/ 0,99027
8 0,13917 0,14205 0,14493 o ,147lh 0,15069 o,t53.5& 0,15643 li 8 0,!1!1017 o,glg86 o,!ll944 o,g8goa o,glll~ o,98814 o,gl76!1 li
!I 0,15643 o,•m• o,t6tl8 o,t&sos o,t67gt o,t7078 o,tT.J65 9 o,g176!1 0,!11713 •.!11676 o,g86ag o, gl~ •.!11531 0,9141•
lO o,t73fis o,•,CSss 0,1 7937 o,t8224 o,tl~ 0,11795 o,tgolt 79 11 0,9141• o,!J143o o,giJ78 o,g8325 • .!11171 o,g8218 o,g8163 79
11 o,tgolt o,1 9366 o , t965:a 0,19937 0,10222 o,2oS07 0,107'91 78 11 o,gl163 o,9lh07 o,gloso 0 ,9'7992 0,!17934 •.97117~ o,97'115 78
11 0,107'91 o ,2t076 0,1136o 0,216.4,4 o,ug:a8 0,222 1'3 0,21495 77 11 0 ,9781~ 0,977S4 o,976g2 o,9763o 0,97566 0,97502 0,97437 77
13 0,22495 0 ,22778 0,2]o62 0 ,23345 0 ,23627 0 ,2]910 0,14192 76 13 •·97437 0,97371 0,97304 0,97237 0,97169 0,97100 0,97030 76
14 0,24192 o,24474 0,24756 0 ,25038 o,15310 o,256o1 o ,t$181 n 14 0,97030 o,g6gsg o,g61117 o,g6ths o,t6741 0,!16667 • .!16593 7~

I~ o,1s882 0 ,26163 0,26443 0,26724 0 ,21004 0,17114 0,17564 74 15 o,!l6m o,96s17 o,!l644o 0,!11363 o,g62l~ o,g62o6 o,g6126 74
16
17
18
19
0,27564
0 ,29237
0,30902
0,32557
0,27843
0 ,29515
0 ,31178
0,32832
0,21123
0 ,297'93
0,31454
0,331o6
o,:a&toz
0,30071
0,31730
0,')3381
o ,2868o
•.303411
0,32oo6
0 , 336~
o, 289.s9
• , 3062~
0,32282
0,339:19 ·-
0,19137
0, 31~7
0,34100
73
71
71
70
16
:l
I !I
o,g6a2t5
0,9$630
o,gsto6
0,94~
o,g6046
0 ,9~
o,95cu5
0,94457
0,95!164
0,95459
0,94!114
0 ,9436•
o,gs882
0,9S372
o,94831
o,'J4264
0,95799
0,95284
0,94740
0,94167
0,95715
0,95195
0,94646
o,'J4o68
0 ,9,5630
o,951o6
0,94552
o.93t6!1
73
72
71
70

.
20
12
13
0,34202
0 ,3~37
0,37461
0,39073
0,34475
0,361o8
0,3nJO
0,39341
0 ,34748
~.36379
0,37999
o,396ol
0,35021
0 ,36650
0 ,38268
0,3!1175
0,35193
o,J6921
o,38S37
0,40141
0,3~~
0,37191
o.slliOs
o,40401
• •~37
0 ,37461
0,39073
0.40674
6g
61
67
66
...
lD

13
0,93969
o ,m~
0 ,92718
0,92050
o,9316g
0,93253
o,926og
0 ,91936
8.9376!1
0,93141
0,93499
0 ,91822
•.93667
0,93041
0,92388
0 ,917o6
•. 9356~
0,91935
0,9127'6
0, 91~
o,9)461
o,g2827
0,92164
0,91471
0,93~
0,92711
o ,92050
0,913S.S
6g
61
67
66

·- ··-
24 o,4o674 0 ,40939 0,41204 0,4•469 0,41 734 0,4•998 0,42262 6~ 14 0,913" 0,91236 0,91116 o,gogg6 •.90117~ 0,!10753 o,go6Jt 6s
2~ 0,42261 o.42~S •.41788 0 ,43051 0,43313 • .43sn 0,43137 64 •s o,go6]1 0,90507 0,!10383 0 ,90259 0,90133 o,lg87f 64
t6 o,lg87f o,8g62S 0,19493 o,8g232 o,lg101

..
16 0,43837 o,440!11 0,44359 0,44620 o,4488o 0.45140 63 o,B9752 •.19363 63
17 0,45399 •.456~ 0,45917 o ,46175 • .46433 o,466go o,46947 62 17 o,8g10 1 o,88g68 0,88835 0,88701 o,llls66 o,li8431 o,II29S 61
.,
18 • .46947
o,4&481
0 ,47204
o,4173s
0,4746o
•.41989
0 ,47716
0 ,49242
0,47971
0,49495
o,48226
• ·49741
o ,41481
o,-
61
60 .,•• 0,88295
o,87462
o,881s8
o,B7321
o,88o2o
o,l7178
0,&,882
o,87036
0,87743
o,l68g:a
o,876o3
•.16741
•.17461
o,ll66o3
61

30
31
32
··-
0,51504
0,5ag92
0,50251
0 ,51753
0,5]238
o ,som
0,~001

•.53414
0 ,50754
o,52a5o
0,53'7JO
0,51004
0,52491
0,53!175
0,51254
0,52745
0 ,54220
0,51544
o,s:aMt
• •~64
S!l
~
~7
30
31
31
o,866o3
0,85717
o,848o5
0,83167
o,l64s7
o,8ss67
o,l46so
o,8631o
o,85416
o , l44~
0,83549
0,86163
o,85264
0,14339
0,1331!1
o,86o15
o,85112
o ,&4182
0,83228
o,85866
o,I49S9
o,84D25
o,83o66
o,8s7•7
o, l48o~
0,83167
S!l
~
~7

··~
33 • •~64 • •54701 0,$4951 O,S,SI94 o,SMJ6 o,ssgtg 56 33 o,837ol 0,82904 56
34
3~
o,55919
o,s73~
o,sfit6o
o,s7S!I6
o,s6401
o,s7833
o,S664s

··~
o,s61110
•• ~307
0,57119
• •~543 ..
o, s73~
~
o,6o182
M
54
34
»
36
0,82904
o,81915
o,logot
o,82741
o,l174l
o,Bono
o,82577

..
o,8t,51o
~
0,8241 3
0 ,11412
0 , ~86
o,lt248
0,81242
o,8o21 2
o,82o82
o,l!h072
o,lloo38
o,81915

..,.,..
o,Sotoa
M
54
53
··~
36 0,59014 0,59248 0,59482 o,59716 0,59949 S3
37 o,6o182 o,6o4s4 o,6o64s o,6o876 o,61107 0 ,61337 o,61s66 s• 37 •.79164 0,79618 0,79512 0,793» 0 ,791sl o,78glo o,781o1 ~
31 o,61566 0,617'95 o,62024 0,62251 0,61479 o ,627o6 o,62932 SI 31 o,7'18cu 0,71622 •.78441 0 ,7826• •.78079 •.778!17 o,m•s ~I

39 0,62932 o ,63ts8 o,63383 0,636<>8 o,63832 o,64os6 •.64179 50 39 o,m15 0,7'1531 0,77347 0 ,77162 0,76!177 o.76791 o,766o4 !D
40 0,64179 o,64so• 0,64713 o.6494S o,S5166 o,65316 o,6s6o6 4!1 40 o,766o4 0,76417 o ,76:ng o ,'16o41 0 ,75151 o,~t 0,75o47• 49
41 o,656o' o,6s825 o,"-44 0,66262 o,6641o o,666gf o,6&913 41 41 0,75471 O,'IS28o 0,7solll 0,741!16 0,74703 0,74$09 0,74314 41
41 D,66g13 0,67129 •.67344 o,67M9 0,67773 0,67917 o,682oo 47 41 0,74314 0,74120 0,73924 0 ,73728 0 ,73531 0,73333 0.73135 47
43 0,68200 0,68412 o,68624 o ,68835 o,6g046 o,6g256 o,69466 46 43 0,13135 0,71!137 O,T'Trf 0 ,72537 0,7'2337 0,71136 0,71ts4 46
44 o,69466 •.6!1675 o,6g883 0,70091 0,70291 0,70505 0,'10711 45 44 0,7•9:M 0,71132 0,71529 0,71325 0 0 7IUI o,,..., O,'J'071t 45

60' so· 40' 30' 20' lO' o· 5


... ... 41' 30' 20' li' •• 'S
!!
COSE NOS 8 SE NOS
(..'}

TA!'\GENTES COTANGEI\'TES
~
!!
c
(..'}
•• lO'
I 20' 30' 40' !D' 60' 1:5 O' lO' 20' 30' 41' !D' ...
• ··-
lg
o 0,00291 0,00582 o,ool73 0,01164 0,01455
0,0]201
0,01746 lg
III
O 00 343.'1'137• 171,88,5.40 114 ,s886s
I ~7.11996 49,10388 42,964ol 38,18146
Bs.!l3!179 61.7500!1 57.•1996
34.36777 31,24tsl 11 ,6362~ 88
I 0,01746 0,02036 0,02328 o,o2619 o,o2910 0,03492
0,03492 o,o3783 0,04075 0,04366 0,04658 0,04949
o,o67oo
0,05241
o,o6!1!13
117
86
•318,63625
19,o8114
26,4316o 24,54176 u,gom
11,074!11 17,•6934 16,34916
21,47040 20,20~5
15,'-478 14,92442 14,JOo67
lg,o8114 87
86
' O,OSJ4t
::= o,os824 o,o6tt6 o,o6408
Is

·-
4 14,3oo67 13,72674 13,tg688 S2,7o621 11 ,82617 11,43005
·~
o,o6ggs o,071?o o,ols6j o,oll4s6 o,ol749 12,2~51
4 0,07578
11,05943 10,71191 10,3&s4o IO,or&oJ !1,78817 9.51436 14
~ o,ol749 0 ,09335 o,og629 0,09923 0,10216 0 ,10510 14 ~ 11,43005
··= 83

..
83 6 9,25530 g,oogl3 8,77619 8,344!16 8,14435

..
6 0,11)510 o, solos 0,11099 0,11394 0,11688 0,11983 0,1 22?8 9,51436
0, 13165 0,1)461 0,13758 0,140)4 81 7 8, 1~ 7,95302 7.71035 M~7> 7.411171 7,26873 7,11537 82
7 o,1n,.S 0, 12574 0,12869

9
0,1o10$4
o,ts8J8
0,14351
0,16137
o,s4641
o,s64JS
0,1 4945
0,16734
0,15243
o,17033
o,t s,s.co
0,17333
0, 1s838
0 ,17633
81 8
!I
7,llS37
6,31375
6,g6823
6,1!1703
6,82694
6,ol444
6,6gtl6
• •!17576
6.s6oss
s.8701o
6,434114
s.76!137
6,31375
5,67128
81

.. . s .~763B
lO· 0,17'633 0,17933 0,11233 0 ,11534 0,18835 0 ,19136 0,19438 79 lO s,67uB s.414S1 ~ .3!1552 s.30928 s .us66 5,14455 79
0,21Z,S6 ~ . o6~ 4.!1194<> 4,91516 4 .&430G 4.77186 4,70463 78

.......
11 0 ,1 9438 0,19740 0,10041 0,20345 0,2o648 0,20952 78 11 5,14455
0,21256 o,tts'o 0,21164 0,22t6g 0,22475 o,22781 0,23o87 77 4.70463 4 .63825 4 .~7363 4 ,510?'1 4.44942 4.31!169 4.33141 77
O,IJ700 0,24316 0,24624 0,24933 76 13 4 .33148 4,27471 4,2 1933 4 ,16$30 4,112$6 4,o6107 4,010,.S 76
13 0,23087 0,23393
3.1310,
0,25162 o,26172 0,26483 0,26795 7S 14 4,010'18 3,96165 3,!11364 3,16671 3,12o13 3 .m~ 7~
14 0,2.4933 0,2SJ42 0 ,2~

I~ 0,26795 0,27107 0 ,27419 0,27732 o,28o46 0,2836o 0,28675 74 IS 3,73205 3.68!10!1 3.64705 3.6os88 3,56557 3.~60!1 3.41741 74
16 0,28675 0,28990 0,29305 o ,2g621 0,29938 o,3'J255 0,30$73 73 16 3.48741 3.44951 3,41236 3.37~94 3,34023 3.30521 3.17o8s 73
17 0 ,3o8g1 0,31210 0 ,31530 0,) 1850 0,32171 0,32492 72 17 3,27085 3,23714 3.20406 3,17159 3,13972 3,1ol4t 3.07761 71
0,30573 2,g886g :l,9J18g 2,9).421 71
li 0,32492 0 ,)2814 0,33136 0,3346o • •33783 0,341o8 0,34433 71 li 3.07761 3.0474!1 3,01783 2.!16o04
o,]6o61 •.363!17 70 19 2,90421 2,87700 2,85023 2,82391 2,7fl02 2,77254 1,74741 70
19 0,34433 • •34~ o,J508s o,)S412 0 ,35740

..
20
11
0,36397
0,)8386
0,40403
0,36717
0,3172•
0,40741
0 ,3'7057
0,39055
0,41o81
0,37388
0 ,)9391
0,41421
0 ,37'720
0,39727
0,41763
0,38o53
0,4oo6s
0,421~
0,38386
0,40403
o ,42447
6g
61
67
..
lD
12
2,74748
1,6osog
2,47509
2,72281
2,58261
2,45451
2,6!1153
2,!)6o46
2,4,3422
2,31826
2,67462
2,53865
2,41421
2,29984
2,65109
2,51715
2,39449
2,28t67
2,62791
2,49597
2,37504
:,26374
2,6osog
2,47509
1 , 3~5
2,24fio4
6g
61
67
66
13 0,42447 0 ,42'791 0,43136 o,4)48s 0,43828 0,44175 0,44523 66 23 2,3~5 2,336!13
o,-46277 o,46631 6~ 2,246o4 2,22857 2,21132 2,19430 2,17749 2, 16ogo 2,14451 6~
14 0,44~3 0,441171 o,45222 0,45573 0,45924 14
~~ o,466Jt o,4698s 0,47341 • •• 76!11 o,4105s o,4&t14 •.411773 64 ~~ 2 , 1~1 2,12832 2,11233 2,09654 2,...,. z,o6553 2,05030 64
0 ,4~ 0,$0222 63 2,03526 2,02039 2,00569 1,99 11 6 1.!1768o l,g6261 63
t6
17
•.41773
0,!10!153
0,49134
0,5131.9
0.49495
o,5•688 0,52057 0,52-427
0,50587
••~7!11
0,50953
O,SJ171 62 "1817 2,0SQ30
t ,g626t 1 ,941~ 1,93470 1,92og8 1,90741 1,894oo 1,111073 62

.,•• 0,$3171
o,s.5431
0,53545
o,55812
0,5)920
0,56194
0,54296
o ,s6577
0,54673
o ,56g62
o ,s.sos•
o ,57348
0 ,5.5431
o,sn»
61
60 ., 1.111073
t,8o40S
1,1676o
1,79174
1,8,5.462
1,77955
. .... 77
1,7674!1
t,82go6
1,75556
t ,8t649
1,7437~
l,lo405
1,73205
61
6D
1,66418

··-
30 0 ,5ms o,sl124 o,sls•l o,slgos 0 ,59297 o,s969• o,6oo86 S!l 30 1,7J205 l ,'f2047 1,7'0901 1,6!1766 1,68643 1,67530 S!l
o,6o88t o,6128o o,61681 o,62o83 o,62487 ~ 31 1,66428 1,65337 1,154ts6 1,63185 1,62125 1,61074 1,6oo33 ~
31 0,60483
l,s6!16g 1,,s!l66 1,,5.4972 1,53917 57
31 • .61487 o,628g2 0,63299 0,63707 0 ,64117 o,64528 0,6494• 57 31 t,6oo33 1,59002 1,579111
o,65:JM o,6577t o,6618g o,666o8 o,67oa8 o,67~t 56 1,53!117 1,5]010 1,52043 1,51o&4 1;50133 1,49190 1,482$6 56
33 o,64941 33 1,42815
o,6g157 o,6gsll 0,70021 1,482$6 1,47330 1,464tl 1,45501 1,44s!ll 1,43703 M
,36
34 0,67451
0,700'21
0,67875
0,'10455
o,683o1
0,'1019 1
• .61718
0 ,71329 0 ,71769 0,722tl 0,71654
M
54
34
M 1,-42815 1,41934 1,41o61
l,»g68
1,40195
1,35142
1,3!1336
1,34323
1,3114114
•.m••
1,37631
1,32704
54
53
37
J&
o,71654
0,'153M
0,7J100
0,75812
0,'13547
o,76272
0,79070
• .73!1!16
•.76733
0,79544
0 ,74447
0 ,77196
o,8oo2o .....,.
0,74900
o,77661
0,'153M
o,1lt29
o,log78
53
~2
SI
36
37
31
1,37638
1,32704
1,17!1!14
1,368oo
1,31904
1,27230
1,31110
1,26471
1,30323
1,25717
1,29,5.41
1,14969
1,2&764
1,14227
1,279!M
1,113490
~~
~I

...,.,
o,7lt29 0 ,78598 1,1g881 SD
o,10!178 o ,81461 0,81946 0,82434 0,82923 0,83415 o,83g•o 11 1,23490 1,227:;8 1,22031 1,21)10 1,20593 1,19•n
39 39

• ...,.,
. ··-
41
o,l)g1o • .14407
o,&7441
o,!JOS6g
o,l4go6
o.879ss
0,91099
o,854o8
o.81473
o,9t633
o ,SS9tt
o,88992
0,92170
0,16419
o,lt515
0,92709 ··- .
o,931SJ
49
41
47

41
1,191n
1,15037
t,ucte;a
1,11474
1,14363
1,10414
1,1T177
1,13694
1,0!1770
1,17o85
1,13029
1,09131
1,163!11
1,12369
1,<>14!16
1, 15715

::~
1,1503'7
1,11o61
1,07137
49
41
47
43 o,93fSI O,!m97 0 ,94)45 •.94196 0,9,5.451 o,g6oo8 o,g6s6g 46 43 1,07137 a,o6113 1,05!194 1,05371 1,04766 1,04151 1,03M3 46
o,g6s6g 0,97700 0 ,91270 0,99420 1,- 45 1,03M3 1,01951 1,023S5 t,o176t 1,01170 1,~ 1,- 45
44 0,97 133 •.!111143 44

60' so· 40 . JO' 20' lO' o· ~ 60' !D' 40' 30' 20' li' •• !!

COT ANGENTES ~ TA:"GENT ES 8

190 REVISTA ELETRONICA


AMPLIFICADOR DE AUDIO
Neste artigo descrevemos um amplificador de onde: Voe =
7,8V, porque, como já sabemos,
áudio para auto-rádio, com a característica peculiar no circuito "single ended" cada transistor do par
de usar no estágio de saída, um par de transistores de saída trabalha com meia tensão de bateria, e
trabalhando em classe B, ao invés de um único P..... =650mW que é a dissipação máxima de co-
transistor em classe A, como é normalmente usado letor permitida para o AC128 trabalhando a uma
neste tipo de circuito. A grande vantagem de S:! temperatura ambiente de 55°C.
trabalhar com um par de transistores em classe B, Usando um falante de 8!1 teremos uma resis-
é que, enquanto num circuito classe A o consumo tência de emissor de 1,5!1.
varia entre 0,5 e lA entre as condições de potência Desta forma teremos com tensão nominal de
nula e potência máxima, no classe B essa variação alimentação (14V) uma potência no coletor de:
está entre 25 e 270mA.

DESCRIÇÃO DO CIRCUITO
P. coletor = 2,25W
Estágio de potência: Neste estágio utilizamos 2
um par casado de transistores AC128, trabalhando onde:
em classe B (single ended). O estágio de potência V"' tensão de alimentação do transistor (7V)
é calculado para a pior condição de trabalho, ou
seja: tensão de alimentação máxima: 15,6V; tem- V, tensão de coletor
peratura ambiente máxima: 55°C e excitação má- A
xima. Portanto, para essas condições, a carga míni· I, corrente de pico de coletor (700mA)
ma que cada transistor pode ver é: portanto a potência no falante será:
po RL
RLmiD = = 9,5 ohms. P. =
colctor •
1,9W

470
r-~-----c~----r---------------~--~----~-------1------4+~4V
~25/~6V +
+
68 4,5 I A25/46V

I 470

+?V
tO
4,5
130
2,7k +
640/46V

AC~28*

+ 470k
25125V

®:INICIO DO ENROLAMENTO
* :PAR CASADO
NOTA: AS TENSÕES SÃO MEDIDAS COM RELAÇÃO A MASSA

FIG . 2
Dimensões das chapas do transformador

JULHO/AGóSTO, 1967 191


TABELA I
Resultados obtidos com protótipo de laboratório

- 12V - 14V - 15,6V


I I I
Potência sôbre alto-falante de 8 ohms para distor-
ção de 10% a l.OOOHz •• • o. o •• o o. o. o •• o o

I 1,5W
I 2W
I 2,5W

Consumo para potência máxima ........... . . . .. 210mA 240mA 270mA


I I I
Consumo para potência nula 20m A 22mA 25m A
I I
•••• o •••••• o ••••••

I
Tensão de sinal medida na base de T, para potên-
cia máxima •••• o ••••• o. o ••• o ••• o •• o. o •••

I 9mV
I 9,5mV
I 10mV

Distorção medida a l.OOOHz/ 1W sem realimentação 4,5% 4,3% 4,2%


I I I
Distorção medida a 1.000Hz/ 1W com 3dB de rea-
limentação •• o. o . o o. o ••• o ••• •• •• o •• o ••• o .

I 3,1%
I 3%
I 2,9%

Resposta de freqüência para 3dB (OdB- 1.000


Hz/1W)
sem realimentação • o • •••• o ••• o o o ••••••• o • • ••• •
110Hz 5,5Hz
com 3dB de realimentação • o ••• o • •••••••••• o o ••
80Hz 11Hz

Sendo P. a potência máxima do sinal sem cor- o o Zo o o


te; com 10% de distorção esta potência ultrapassa- r-- r-- r-
rá os 2W.
Condições de excitação: Para que o transistor

·I1
o
AC128 de menor hFE apresente no coletor a cor-
rente de pico (700mA), segundo o manual devere- "'
mos ter na base uma corrente de 15,5mA e uma
tensão base-emissor de 640mV; portanto precisa-
.._
- '--

remos ter nos secundários do transformador exci-


tador uma tensão de: I 60
A A A A
FIG. 1
v, Vbe + I& (R. + R&z) + leRe - V&o = 2,3V Os valôres de reslstncla estio dados em
onde: ohms e os de capacitincias em micro·
tarads.
R. = 68n em paralelo com NTC de 130n (va-
lores dados em manual)
ponível entre coletor e emissor uma tensão de 9,3V
Rl>l = 50n (valor aproximado da resistência do
enrolamento do transformador excitador a qual é apreciàvelmente maior que V, permitindo
A ao transistor excitador fornecer a excitação máxi-
I8 = corrente de pico no emissor (700mA) ma sem recortes na forma de onda.
Rs = resistência no emissor (1,5n)
V&o = tensão de polarização de base (140mV) CONSIDERAÇOES GERAIS
Desta forma em cada enrolamento do secun- Na tabela I apresentamos os resultados obtidos
para três tensões de bateria, com um protótipo de
dário teremos um " I& = 15,5mA e um V, = 3,16V. laboratório.
Circuito excitador: Neste estágio- foi usado um O transformador excitador foi enrolado sôbre
transistor AC128 em classe A. um núcleo de 16mm x 16mm formado por chapas
Para têrmos no secundário do transformador de _dimensões iguais às da fig. 1, tendo:
as condições de excitação (15,5mA e 3,16V) e no No primário: 1.300 espiras de fio de 0,18mm 0
primário uma corrente de 7mA que é um bom va-
lor para êste estágio, deveremos ter uma relação No secundário: 580 espiras bifilares de fio de
de transformação de aproximadamente 2,24 : 1 + 1, 0,20mm 0
assim sendo, a excursão de tensão no primário de- O secundário do transformador deve ser enro-
verá ser de: lado por baixo do primário.
A A Os transistores de saída devem ser presos sôbre
V1 =
V, . n 7,1V = chapa de alumínio de 200cm2, através de aletas
Fixando-se a corrente de .coletor em tOmA e "bandeirinha" (tipo IBRAPE 56227). O transistor
adotando-se um resisto-r de emissor de 470n tere- excitador deve ser dotado de um pequeno dissipador,
mos sôbre êste uma queda de 4,7V, ficando dis- que pode ser, por exemplo, uma aleta "bandeirinha".

192 REVISTA ELETRONICA


açao TECNICA

PHILIPS F6-R81-A
CARACTERíSTICAS GERAIS

TENSõES DE ALIMENTAÇÃO: VÁLVULAS:


90, 11 O, 125, 180, 200 e 220 volts A. C.
81 = ECC 85 87
CONSUMO: ECC 83
82 = ECH 81 88
Receptor: 85 watts 83 = EF 93 89
Cambiador: 8 watts EL 84
84 = EF 80 810
POTlNCIA DE SAlDA: 85 EAA 91
4,5 watts com distorção inferior a 1O% 86 =EM 80 811 EZ 81
em cada cana I:
CONTRoLE DE TONALIDADE:
DIODO:
+ graves = + 1O d8 - 70 Hz
+ agudos = + 8 d8 - 10.000 Hz D1 = OA81
- graves 13 d8 - 70 Hz
- agudos = - 13 d8 - 10.000 Hz FUSIVEL = 1,5A

. . " .
11~1
ti~

~~I
~ .
4
:
E .
;~
I
E •
~d ~~
;.r~
;ot
.§o~
·51
.:~<!r.
1:."! :r~
:c"

~
J ; I I5 12 21 ~ 1
f
:l

0
1~1~1-1~1 2 ; I; ~ f!l-·r~ ~~ ~~ ~~ h~~~
!I~ i!
i
I ~
~ I~
d.
~~~a~ !~H Hh H!!!!
111
<I :.-;;:,..:.:.,.
., ; ~
;
;
;
: ~ !
:ri
::ái ~
e~ õ5 e; üU ;; ;: fie 5; e~
.IJ

I~ I
~ 2

I - E
~ ~
o - - -
..
o
.go ~

~ I~
5

Hi ~ ~ ~ ~
·1·1·1· ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

§~ I=~ I=:: I=ri


~.8
.,•e
' ~-
c!:~
. ~
. ~~
...::::: g~
,III ... ;11 ::ii: i
!
~ ~
ã . !. I~.
:!
~ ~ ~
g "lõ !!
...
e.s . .. ._ n
.; O! 2~ ~s;i I~-~~
I .. a
.IJ
-~ i!;.; i:-3" ft~~!·~ =• . li-i!•
:=!g
I -~- !~.., ~
~

I I =i~~~~ -•'ã.<t
...., .~

1
u H! Mõ
. ~ʧ =~
::1"
-õ -õ
. ~
~~h gf=- l~H
!I "
..li
M
:i :i. ,;

I
'"o ti ti ti
~ ci ci ci ci ci

...
I t." I~ I
I ...;.,:;i .... :i i"~
_
~ r.:"CJ..: ~~~
<
.;"CC.:
5~:E:
<

JULHO/AGOSTO, 1967 193


....
~ e.t. e.e.to.n. 20-23.24.2$.26. 31. 32. 36. 37. 40.41. 42. ---~;r,:--43. 47. 44, 1.2~ 101.102."10~07
te.tz.t5.M.,.1i 27.28.20.30. 33. 34. 38. :ni~ 45. 42A, 3.4.201.202.203.204.ZOUQ0.207
n. 7. . . . . . . . . . 11. 20. 07 o 21 o 23. 22. 2!S.H.30.31.3!.24.3Q.38..t444, 41. 43. 46. 47. 40.48. 101•. ~ !4. !S&: !SB. 60.59.621 63. 112. 102.104.105.'03.2.106. 107.70. 113.110.1'«1~. --~
c t~:t~o.t1,t~1Q.n. t9. u.az.14. 2?. 2J. ~9. 32.34.66.36.3l33. 6.42. 83 4S. tn. 1'11.51.84.72. 201 . 52. S3. ZtS. 57. 55. 1&. 61. 60.15,3. 212. 4, 202. 204205.203. 1.206. 207.~ 213.210.2~ . zc»
i
'· 1.0.10, 11 • 14. 15. 48. 11 . 17. 19. 20.21.33.22.119.23. ~ . 25 o 26,28 . :9. 27. 31. 32 . 120. 106.107. .2.108.109.110.111.112.113.11B .114.115. t. nl.12t. 117.

-,
i ~45 - 202. 201. 10\.201o102o103.104.1Q!S. 20l.204.20!S.ZI9. .m. .:tO. 123 46.47 4.220· 206.2J7,3.5.~210.2n.212.2'13.218.214.215 . 216o221 o 217.

r:-- 82 13 14 85 87 81
((H·81 'r· tl lf·BO UA·I1 HC · 8l [t· 84
~2 , - - ~ ...
I. ,!_ .f. .!..

I
CH7 ~ i'

I
CH6 ...
1 11.
..
I

I 810
:r
J11
!l·O•
'·~:t·
'r:'-•
't~~ I

~ ... -l!~:
!-!-I~~~~)
~
r

.. I
y ,..,
iliiõ
ls!'n'

··~
~

'

!ii! :;;.~·: '"


I ~· ...
'i'~·~'• "H:
I ......

,. li j,!J •.. '":,


I I ,•. r· T~· I-, 1'1~171 - ~
o-t -~_o_o• __ _ fUNÇÃO ~Ê~~J~~~(~~.:_ _l ~~~~ .1 . O.H.

.__ l

KliOt.tt

COMO NASCE UM CINESCóPIO
Uma produção em larga esca- da imagem e dobrando sua lu- do cone, como uma fina fôlha
la, que possa acompanhar a de- minosidade. Antes do alumínio de alumínio. Esta camada refie-
manda crescente de novos tipos ser introduzido, porém, uma ca- tora aumenta o brilho e o con-
de tubos e proporcione qualida- mada de grafita é aplicada no traste da imagem, de modo a as-
de uniforme e elevada, assegu- interior do cone e do gargalo, segurar a reflexão da luz para
rando ao mesmo tempo, ótimo possibilitando a conexão elétrica a frente.
rendimento e absoluta confiança entre o contato de anodo no cone A película de verniz, não tem,
- êstes os objetivos dos fabri- e o canhão eletrônico que, em então, mais nenhuma utilidade e
cantes de tubos de imagem de outra fase do processo, será é removida por aquecimento. A
televisão. montado no gargalo. tela acabada é a seguir rigorosa-
Este artigo tem por fim des- O espelho é então formado mente inspecionada sob luz ultra-
crever a fabricação do tubo co- pelo aquecimento de uma peque- -violeta.
mo também a maneira pela qual na quantidade de alumínio no Em separado são montados os
a combinação essencial da pro- invólucro: o metal é evaporado, canhões de elétrons. Cada canhão
dução em massa, com a precisão aderindo ao verniz e ao interior é composto de dezenas de com-
nas técnicas da fabricação, toma
possível a realização dessas me
tas, graças ao uso de máquinas
automáticas especialmente proje-
tadas, e a testes de contrôle de
qualidade, regulares e rigorosos.
A fabricação de um tubo de
televisão inicia-se com a limpeza
do bulbo de vidro, nu'a máquina
onde os invólucros são lavados
com solução de ácido e com
água deionizada, a fim de asse-
gurar completa isenção de par-
tículas estranhas.
A tela fluorescente é formada
a seguir. Uma solução de subs-
tâncias fosforescentes, cuidadosa-
mente preparada, é despejada no
invólucro e, a mistura fosfores-
cente deposita-se uniformemente
na parte interna da face do bul-
bo, formando a tela. O líquido
em excesso é retirado então e a
tela é secada automàticamente.
A composição da mistura de
substâncias fosforescentes é de
grande importância para a qua-
lidade da imagem. A tela fluo-
rescente é formada por bilhões
de minúsculos cristais, cuja uni-
formidade e pureza são fatôres
decisivos para a boa qualidade
da tela e, conseqüentemente, da
imagem. Esses cristais tomam a
superfície interna da camada, li-
geiramente áspera.
Uma vez sêca a camada de
substâncias fosforescentes, sua
superfície é recoberta com uma
camada lisa de verniz, por pul-
verização. Esta camada serve
como base temporária para um
espelho de alumínio o qual tem
por fim, eliminar as dispersões
de luminosidade para o interior
do tubo, melhorando o contraste

JULHO/AGOSTO, 1967 195


ponentes. Para alcançar os altos
padrões com a necessária preci-
são, aparelhos especiais de medi-
ção, e microscópios são empre-
gados para a preservação de
tolerâncias, da ordem de 0,0025
mm.
Os bulbos de vidro e os ca-
nhões eletrônicos são unidos
entre si, no estágio seguinte: o
canhão eletrônico é corretamente
fixado no gargalo.
Os tubos são então removidos
para as linhas de bombeamento,
onde é feito o vácuo nos mes-
mos. Isto leva aproximadamente
uma hora. Para se obter o
mais alto vácuo possível e asse-
gurar que um excesso de gás não
se despreenda durante a vida do
tubo, êstes são aquecidos durante
o processo de exaustão, a mais
de 400°C.
Durante êste processamento, o
catodo é ativado por aquecimen-
to. Segue-se a absorção química permitindo uma imagem de óti- rotina contínua de contrôles, a
dos gases. Neste processo, o bá- ma qualidade. fim de assegurar alta qualidade.
rio é evaporado dentro do tubo, No último estágio de fabrica- Isto é em linhas gerais, o que
condensando-se a seguir, em for- ção, uma camada de grafita é acontece desde Janeiro de 1960
ma de uma fina camada no seu aplicada sôbre a superfície exter- nas linhas de fabricação de cines-
interior. Assim, devido à grande na do cone; esta camada forma, cópios da Sylvania Produtos Elé-
afinidade do bário com quaisquer com o espelho interno de alumí- tricos Ltda . , a maior, mais
gases, é êle usado para eliminar nio, um capacitar de filtragem moderna e mais automatizada
aquêles que, quando libertados, no circuito de alta tensão do fábrica de cinescópios da Amé-
possam destruir os catodos du- aparelho de televisão. rica Latina. Até esta data, a
rante o período de vida útil do Finalmente, o tubo é mais uma produção superou a casa do mi-
tubo. vez submetido a amplos exames lhão de unidades.
Em suas amplas e automatiza-
das instalações, a Sylvania pro-
duz atualmente, todos os tipos de
cinescópios utilizados no Brasil.
Produz e exporta igualmente,
peças e componentes de cinescó-
pios, como canhões e silicato de
potássio, para outros países da
América Latina. Esta fábrica em
São Paulo e duas outras locali-
zadas, respectivamente, em Go-
vernador Valadares (MG) e Rio
de Janeiro, ocupam uma área
construída de cêrca de 7.700 m'
e empregam mais de 400 pessoas.
As duas últimas fábricas produ-
zem, com exclusividade no Bra-
sil, peças de mica, estampadas.
A Sylvania Produtos Elétricos
Ltda., é uma subsidiária da Ge-
neral Telephone & Electronics
International nos Estados Unidos,
que possui 31 fábricas e emprega
Neste estágio o tubo de ima mecânicos e elétricos, antes de 12.500 pessoas em tôdas as par-
gem é testado, a fim de assegu- ser levado à secção de embala- tes do mundo. Exerce suas ativi-
rar os padrões de confiança e a gem. dades nos mais diversos campos,
qualidade de imagem, exigidos. tais como Telecomunicações, Te-
Todos os estágios de processa- lefonia, Iluminação, Eletrodo-
O tubo está portanto, quase mento são supervisionados e con-
pronto; é então reforçado por mésticos, Aplicações Militares,
um sistema de segurança contra trolados com aparelhos eletrôni- Pesquisas e Aplicações Espaciais,
implosão. Um tubo de imagem cos de medição. Embora tanto Rádio e Televisão, "flashes" para
assim protegido, torna desneces- as máquinas de produção quanto fotografia, e muitas outras. Evi-
sária uma proteção de vidro adi- as de contrôle sejam capazes de dentemente, a Sylvania brasileira
cional junto à tela, eliminando trabalhar automàticamente, o beneficia-se da experiência inter-
dêste modo reflexos múltiplos e pessoal da produção opera numa nacional daquela firma.

196 REVISTA ELETRONICA


udtM1õbr1dor Ollllfitll
Como vimos em artigo ante- brica da tensão (positiva) I, R, V,. I
rior, o multivibrador bi-estável sôbre a resistência comum de ca-
possui dois estados estáveis (ou todo devida à corrente que flui +B:~
--
uma das válvulas conduz e outra
está cortada, ou vice-versa) nos
por V, e a tensão (negativa) de : /2 R4
corte da válvula V, (Eoo,). Apli- I ~- -- - -- -

quais pode permanecer indefini- cando-se um impulso positivo ~ I ,

damente - êle só pode passar através de C, à grade de V., esta I


----~- -- - - -- ;
de um estado para outro se lhe começa a conduzir, o que provo- T
aplicarem um sinal externo (im- ca uma queda de tensão em R, e
pulso) adequado. Já o monoes- por conseguinte uma diminuição Vsl I r
· I ' l,RJ +Ecoz
tável possui apenas um estado da tensão no ponto A. O conden-
estável, podendo no entanto, per- sador C transmite integralmente J2 R~~--çR,Lb;;.: ~.=-::-:=.~.::.. .-!_;
manecer durante um certo perío- essa diminuição à grade de V, já j I
do de tempo no outro estado que que a tensão aplicada a um con- I
passa a ser chamado então de densador é incapaz de variar ins- I
quasi-estável. A passagem do es- tantâneamente (se a tensão no I I

tado estável para o quasi-estável


só se verifica quando o multivi-
brador monoestável é acionado
terminal A variar, a do terminal
B varia de igual valor e no mes-
mo sentido, para que a tensão
"['··-Li w -_r ___
adequadamente por um sinal ex- aplicada ao condensador perma-
temo (como no bi-estável), o re- !
neça a mesma). A corrente I, que FIG. 2
tôrno porém é espontâneo. flui por V, deve ser tal que a
O circuito da figura I nos mos- diminuição de tensão em A, e
tra um dos tipos possíveis de portanto, em B, que ela provoca,
multivibrador monoestável, o aco- cujo valor é I 1 R., seja suficiente da pela descarga do condensador
plado por catodo. para levar a válvula V, ao corte, C através das resistências R, e R,
isto é, seja maior do que a soma (para ser mais preciso a descarga
Vamos supor que o potenciô- algébrica da tensão (positiva) I, se dá através de R, e Ro onde Ro
metro P seja ajustado de tal ma- R, sôbre a resistência R, e a ten- é a combinação em paralelo de
neira que a válvula V, esteja são (negativa) de corte de v, R1 e da resistência interna da vál-
cortada e que V, conduza. Basta (Eooz). Esta condição estando pre- vula V,) O processo de carga faz
para tanto, que a tensão entre a enchida V, passa a não conduzir com que a tensão na grade da
grade da válvula V, e a terra se- e se inicia então o estado quasi- válvula V,, parta do valor que
ja menor ou igual à soma algé- -estável cuja duração é controla- possibilitou o corte desta mesma
válvula e aumente exponencial-
mente em direção ao valor zero
(fig. 2). A constante de tempo
dessa subida é dada por (R,+ R,)
EBBCC ISO V
+8 C ou, como R,»R,, com um êrro
~----~--------~ ~ desprezível, por R,C.
Quando a grade atinge a tensão
I, R1 (positiva) + Eco, (negativa),
a válvula V, chega à sua tensão
de corte, pois a tensão entre gra-
de e catodo passa a ser igual a
Ea,2, e começa a conduzir termi-
nando nesse momento então o es-
tado quasi-estável, voltando, pois,
o multivibrador ao seu estado ini-
cial. Durante o tempo em que a
válvula V, permanece bloqueada,
o condensador C se carrega atra-
vés de R., R1 e da resistência di-
reta correspondente ao díodo
grade-catodo, pois a grade se tor-
na positiva em relação ao catodo
durante essa fase do processo. ~
justamente êsse fenômeno o res-
ponsável pelo aparecimento dos
pequenos picos nas formas de on-
da na grade de V, e na placa de
FIG. 1 V, e da pequena deformação da

JULHO/AGOSTO, 1967
ECC81
~----~~----------------~--------------~+
150 v
1-
FIG . 3

250k

tensão de placa de v,. Cabe ob- mesmq com o emprêgo de válvu- sistência R, é contornada por um
servar que a determinação do va- las especiais (alta transcondntân- condensador Cl que permite a ob-
lor dêsses picos e do ponto a par- cia e pequenas capacidades entre tenção de flancos mais agudos. O
tir do qual há um crescimento ex- os eletrodos) não se consegue ob- ponto de trabalho de V, é ajus-
ponencial da tensão de placa de ter impulsos menores do que tado por meio de P, de tal manei-
V, pode ser feita matemàticamen- 0,3p.s devido à duração dos flan- ra que V, esteja normalmente
te porém envolve cálculos que cos dos pulsos. A figura 3 nos conduzindo. As tensões na placa
pela sua complexidade foge ao mostra no entanto um circuito de V, e grade de V, são então re-
intuito dêste artigo. As tensões que nos permite resolver êsse pro- lativamente pequenas. A corren-
V", Va e Vc que aparecem na fig. blema - é a variante chamada te que flui por V, provoca em R.
2 são as tensões respectivas dos de multivibrador monoestável uma queda de tensão suficiente
pontos A, B, e C em relação à acoplado por meio de um divisor para manter V, cortada. Se, atra-
terra e não ao catodo e o tempo de tensão. Note-se que êle apre- vés de C, e D, introduzimos um
T é o tempo de duração do esta- senta dois caminhos para o aco- impulso negativo na grade de V,
do quasi-estável cujo contrôle é plamento; o condensador C, entre obtemos uma diminuição momen-
feito ou através do produto RC placa de V, e grade de V, e o di- tânea da corrente anódica de V,
ou da corrente I (que determina visor de tensão R,, R.. A resistên- o que faz com que a placa sofra
através do produto I, R, a que- cia comum de catodo R. é con- um aumento de tensão (ponto A)
da de tensão que sofre o ponto B). tornada por meio de um conden- o qual é transmitido através de
sador de alto valor de modo que R, à grade V,, que cómeça a con-
:Bsse período de tempo T porém a tensão em R. se mantém sem- duzir e o pulso negativo prove-
não é comumente muito estável, pre constante. Além disso, a re- niente da diminuição da tensão de
já que depende por exemplo do placa de V, (ponto B) toma, atra-
valor de ~ (tensão de corte da vés de C 2, à grade de V, mais ne-
válvula V, no caso) o qual pode gativa, fazendo com que essa vál-
variar eventualmente com uma vula entre em corte. Começa aí
variação da tensão de filamento GRADE DE V2 o estado quasi-estável o qual ter-
da válvula. Costuma-se para mina quando C, se descarregou o
tomá-lo mais estável, ligar a re- suficiente através de Rl e R, para
sistência R, à tensão de alimen- fazer com que V, volte a condu-
tação ( + B) em vez de ligá-Ia à zir.
massa como o fizemos em nosso
exemplo. ~LSOS DE ENTRADA
A figura 4 nos mostra a ten-
são na grade de V, corresponden-
O circuito apresentado apresen- te aos pulsos negativos de en-
ta ainda uma desvantagem - FIG. 4 trada.

198 REVISTA ELETRONICA


ENCICLOPÉDIA DOS

SEMICONDUTORES
I

RESISttNCIA DE SAIDA DO
TRANSISTOR mA I
-!c -Is h22 h22
Se variarmós a tensão entre II
coletor e emissor, de um transis- 220pA t- Wp.sm A 6,3 k ll 160pU
lO
tor em montagem emissor co-
mum, de um valor !J. V«• a cor- 9
rente de coletor variará de !J.I,.
8
/SOpA r- ~_f·5~mA 9,1 kll l/OpU
A resistência de saída é definida
pela relação entre !J. Vao/ !J.~ (o
inverso dessa relação nos dá a
7 : 0,4 m A 12,5kl2 80pU
condutância de saída), para cor- /40pA .I J
6
rente de base constante, ou para
tensão de base constante. No 5
f--J. qJ5 mA
J _14,Jkn 70pU
primeiro caso, a corrente de base IOOpA t-
4 1 .,
não sofre influência do sinal
aplicado, isto é, ela tem um valor
constante*, o que significa, em 0, 15m A 33kll JOpU
60pA
outras palavras, que a impedân- 2
cia entre base e emissor oferecida 5V
ao sinal é infinita (entre base e
emissor temos um circuito aberto o
para o sinal); no caso de tensão o 2 4 5 6 7 v
de base constante, a mesma não FIG. 1
sofre influência do sinal aplica-
do, isto é, permanece constante
mA I
apresentando ao sinal, portanto, -1
uma impedância entre base e C II -VeE" Y22 Yzz
emissor igual a zero (entre base
e emissor temos um curto circuito /O
_'r" F"- 1-·- · 220mV rl- __ j 0,67 mA 1,3 kfl 1371/V

para o sinal). As figuras 1 e 2


9 - - r--
nos mostram como determinar o
valor da resistência de saída atra- : I
8
vés das curvas características de II
[ 0,6m
I, em função de V" para Ia 7
20JmV
= cte. e UBE = cte .. r _j
A resistência de saída do tran-
sistor depende, portanto, do pon-
to de trabalho escolhido, e é
tanto menor quanto maior fôr a
6

4
f80tV - .,l
-r ~t i 5

corrente de repouso do coletor,


I
t6lmv
~.Jl A 16,7k ll 60pU
tanto para corrente de base cons-
tante como tensão de base cons- 2 I I
--+ 0,25m A 20kfl 50pU
f40mV r-
tante. A resistência de saída de- J I
pende da impedância entre a base 5V _l
e o emissor.
2 4 5 6 7 v
A resistência de saída para
Uas = cte. é maior do que a FIG. 2
resistência de saída para Ib =
cte. para um mesmo ponto de
trabalho. Por exemplo, em tran- Yu parâmetros que representam
sistores de liga, devido ao efeito respectivamente a condutância de
( *) Os valOres constantes da tabe· da realimentação interna existen- saída para entrada em aberto ou
la são encontrados dividindo a va· te, para Uas = cte. a resistência em curto. Em transistores fabri-
riação de Vce - 5V - pela variação de saída é quase o dôbro da re- cados segundo um mesmo proces-
correspondente de I, _ 0,8mA ou sistência de saída para Ib = cte. so de fabricação a resistência de
0,55mA, etc. _ para cada um dos Ib Geralmente na prática traba- saída para entrada em aberto,
e U88 constantes. lhamos com os valôres de hn e l/h,, é tanto menor quanto maior

JULHO/AGOSTO, 1967 199


de da corrente max1ma de cole-
I k/1. tor que se está considerando, au-
h22e to 31'\. mentando à medida que êsse
valor máximo aumenta.

·~ ~
Para alguns transistores de ger-
mânio que trabalhem com cor-
rentes de coletor muito peque-
10
2 nas o seu valor é da ordem de
5 f'. !'\. alguns milivolts; para determina-
dos transistores de silício pode

~kf'.1'\. v11=20 atingir alguns volts. Se dividir-


mos a tensão de saturação pela
, correspondente corrente de cole-
tor obtemos a resistência de sa-
turação.

~ ~r'\.
P:tOO l-- CORRENTE DE SATURAÇAO
ENTRE COLETOR E BASE
o (leso)

"~ !'\
I
Corrente de saturação Ic.o
é a corrente de coletor que cir-
cula quando se deixa o terminal
lO
, do emissor em aberto (o que sig-
5 ~~ nifica que a corrente do emissor
é nula) e entre base e coletor

~ f'\
aplica-se uma tensão de alimenta-
ção de tal maneira que a base
fique mais positiva do que o co-
- s to' 5 to 3 5 to" letor. Portanto, se considerarmos
mA o díodo coletor-base, a corrente
- -Ic de saturação Icao é a corrente
FIG. 3

fôr o ganho de corrente fi (fig. base comum maior do que na


3). Convém acrescentar ainda que montagem emissor comum.
a variação da resistência de saí- TENSÃO DE SATURAÇÃO
da com a tensão de coletor é
muito pequena enquanto o valor DO COLETOR
desta última estiver entre a ten- A tensão de saturação ou ten·
são de joelho e a teasão de mp- são de joelho do coletor (em ge-
tora. Para tensões de coletor ral para montagem emissor co-
abaixo de 1V ela se toma a re- mum)- é definida como sendo a
sistência de saturação; para muito tensão entre coletor e emissor
altas pode assumir um valor ne- (V.,.) a partir da qual para uma
gativo (tnmsistores de efeito ava- certa tensão entre base e emis-
lanche). Como ordem de grande- sor constante ou uma corrente
za vale para transistores de liga de base constante, a corrente
com entrada em curto e corrente do coletor atinge pràticamente
de coletor de 1,SmA um valor seu valor máximo (fig. 4).
de 20 kOhm; para transistores do Para uma certa corrente de
tipo drift êsse valor é 1O vêzes coletor (lc) a tensão de saturação
mais alto. Na montagem cole- é maior para corrente de base
FIG. 5
tor comum obtemos um valor de constante do que para tensão de
resistência de saída menor, e em base constante. Seu valor depen-
inversa do mesmo, já que êle está
polarizando no sentido inverso (o
catodo-base, é mais positivo do
/ T1nsóo de joelho ou saruraçt1o que a placa-coletor). De acôrdo
.,....:.
IVsEI com o sentido, normalmente ado-
12
1
tado para as correntes em um
Ifel
mA
24dmvl transistor, o valor Icao é o mesmo
da corrente de base só que com
"'r--.... 22J o sinal trocado, isto é, se Icao
8
I
mV
=- 4!J,A, então Ia = + 4!J.A. A
6

4
" t'--.
2 OOmV
tensão entre base e emissor para
Icao tem um certo valor positivo
que é o valor que aplicado entre
tBOmV
......... a base e o emissor faz com que
2 160m V Is seja igual a zero (o que cor-
o "~ responde também a se deixar o
o 2 4 6 emissor em aberto).
FIG. 4 (Continua na páJ. ZOO)

200 REVISTA ELETRONICA


Transistores de Potência
I

O PROBLEMA DO RESFRIAMENTO

INTRODUÇÃO: térmica entre a junção e a cáp- capacidades caloríficas, não des-


sula do transistor, OcR é a resis- prezíveis, face às resistências tér-
Os problemas de resfriamento tência térmica entre a cápsula e micas que entram em jôgo. Dai.
são particularmente importantes o radiador e Ora é a resistência as capacidades calorificas y,, Yc·
quando se emprega semiconduto- térmica entre o radiador e o Ya. que aparecem em paralelo
res; sabemos com efeito que não meio-ambiente. Po é a potência com e,c, Oca, eRA (fig. 1).
se pode ultrapassar uma tempe- dissipada no transistor, T, é a
ratura máxima de cêrca de 1000C temperatura de junção e TA a Nenhuma dessas constantes de
para o germânio e de 170 a temperatura ambiente. tempo térmicas é desprezível e a
2000C para o silício. temperatura da junção não cres-
Como em um circuito elétrico, ce exponencialmente em função
Sem analisar as causas destas se a potência dissipada no siste- do tempo mas sim segundo uma
limitações de temperatura, nós ma é conhecida, é possível, natu- combinação das três exponenciais.
nos limitaremos na análise que ralmente, calcular diferentes re-
se segue, a definir, em primeiro sistências térmicas, medindo-se as Na fig. 2 podemos comprovar
lugar, as noções de impedância temperaturas em diversos pontos. como o comportamento do au-
térmica, isto é, de resistência e mento da temperatura da junção
capacidade térmicas. Na análise que se segue, consi- difere da curva exponencial ideal.
deraremos que a resistência tér- Não existe interêsse em se tratar
Em conclusão mostraremos al- mica entre a junção e a cápsula analiticamente as capacidades tér-
guns resultados práticos em tran- (9 ,c) é um dos parâmetros forne- micas já que elas são muito com-
sistores e radiadores usuais, e da- cidos pelo fabricante en_quanto plexas para serem utilizadas. ~
remos um exemplo de um cálculo que outras resistências ·térmicas muito mais cômodo considerar-se
típico. (9 CR e e a.J SãO ValÔreS que de- as impedâncias térmicas transitó-
Vem ser medidos e ajustados pelo rias do transistor (fig. 3) que são
Esperamos com isso poder ser às vêzes fornecidas pelo fabrican-
úteis aos usuários de semicondu- projetista de acôrdo com o semi-
condutor considerado e o uso que te. Neste caso, é mais fácil de se
tores que, como a experiência calcular a elevação de temperatu-
dêle se quer fazer.
nos tem mostrado, têm às vê- ra da junção através da expres-
zes noções extremamente vagas Entretanto quando uma certa são:
dêsses problemas técnicos, limi- potência é dissipada num deter-
tando-se exclusivamente a mon- mínado instante em um semicon- ~T = T, - Te = Po 9,c (t)
tar um protótipo e experi- dutor, a temperatura de junção onde e,c é a impedância térmica
mentá-lo; se o protótipo é des- não cresce instantâneamente, mas transitória do transistor.
truído por um aquecimento ex- sim seguindo uma certa constan- O problema que se nos ofere-
cessivo, concluem que é necessá- te de tempo. Isto advém do fato ce agora é o de saber como trans-
rio aumentar o resfriamento e de que um certo número de com- ferir o calor da cápsula do tran-
aumentar consequentemente as ponentes do transistor oferece sistor para o meio ambiente ou
dimensões do radiador. O racio-
cínio é justo, evidentemente, mas
o método é um tanto quanto pri-
mitivo.
TRANSISTOR
A NOÇÃO DE IMPEDÃNCIA
nRMICA
Chamamos de resistência tér-
mica o coeficiente numérico que CÁPSULA
relaciona a potência dissipada em ISOLAÇA-0~
um semicondutor com a tempe-
ratura de junção. Podemos enten-
der seu significado mais fàcil-
mente se estabelecermos uma
analogia entre as propriedades
térmicas de um semicondutor e
um circuito elétrico (fig. 1). O
circuito equivalente, em condi-
ções de equilíbrio, nos dá a se-
guinte relação:
T, = Po (O,c +Oca+ ORA)+ FIG. 1
+ TA, onde e JC é a resistência Analocia elétrica circuito térmico do tnma~Ror.

JULHO/AGOSTO, 1967 201


qualquer outro reservatório de ca-
1 1 1 ~
.1••~0-- v
lor de capacidade ilimitada.
EXPONENCIAL ~
A curva da fig. 4 nos mostra a
repartição das temperaturas na cl

v
0,8
superfície de uma placa quadra-
da de alumínio de 2mm de es-
pessura, para diferep.tes potências
ir
"cl
a:
f-
iii ~ ..., -
I'
-
dissipadas por um transistor mon-
tado no centro da placa. Vemos
de maneira indiscutível que só o
centro da placa contribui de ma-
neira notável à dissipação de ca-
a:
cl
1&.1
o
cl
o
z
0,6

o~
I
/ J
r [ CURVA REAL

lor: a resistência térmica não de-


cresce na razão inversa da super-
3
f-.., ( I
v
fície.
A figura 5 nos dá a temperatu-
t 0,2
J

ra da cápsula do transistor, mon-


tado no centro de uma placa qua-
drada de mesma espessura do ca- 20 40 60 80 ~00
so anterior (2mm), e com uma
superfície de JOcm2• A placa ver- -TEMPO(ms)
tical é aquela que dissipa mais o FIG . 2
calor, já que êsse tipo de monta- lle8pos&a térmica de um tnmslator comum. A cana de J:ellliOII-
gem facilita as correntes de con- ta se afasta nltidameu&e de IIIIIA exponeuclal porque ela resal·
vecção (a transferência de calor ta da ln&ervençio tllmuUlDea de virias coastantes de &empo.
por convecção se processa da se-
guinte maneira: os fluídos que
apresentam êste tipo de transfe-
rência de calor, absorvem uma térmica de placas quadradas de Enfim, a figura 7 dá o volu-
certa quantidade de calor, por alumínio de 3mm de espessura; me total ocupado para uma de-
meio de condução e se deslocam ela permite determinar fàcilmen- terminada resistência térmica, por
em seguida, transportando o ca- te quais as dimensões que deve uma placa de alumínio e por um
lor para regiões mais frias). A possuir uma placa dêsse tipo a radiador com aletas - nota-se
placa horizontal é nitidamente fim de que se obtenha uma de- que ainda a balança pende favo-
menos eficaz, e se pode ver que terminada resistência térmica. ràvelmente ao radiador de aletas.
o efeito de se isolar completamen- Apenas para efeito de compara-
te uma das faces, está longe de ção, apresentamos no mesmo Na maioria dos casos, portan- '
resultar no dobramento da resis- gráfico as resistências térmicas de to, recomenda-se o uso de radia-
tência térmica. radiadores com aletas, cujos de- dores térmicos com aletas, espe-
sempenhos para superfícies de cialmente projetados, ainda mais
Já a fig. 6 nos apresenta o mesmo tamanho são bem supe- levando em conta que seus pre-
comportamento da resistência riores. ços são bem acessíveis. A placa

~
u
!..
cl 50·~------~------~------~
ir 8
·o
!::
"'clz
a:
f-
~
v li""

cl
u
i
....
a:
6

./
v
f-
cl
õ
v õ
- !..
~
25W

v
4
z 15W
•ct
...o
0..
;!l
v t 10W

f 2
- ~~

00
~DISTÂNCIA
5 10

AO CENTRO DA PLACA
5W

15

(Cm}
40 400 1000
FIG. 4
-TEMPO(ml) Dládbulçlo da &empera&!Úa em uma placa de alu·
mfnlo de Zmm de eapesBUra para diferentes valOres
FIG. 3 da potala diaBlpacla, para um kaDslstor colocado
ImpediDcla térmica tnmaltórla do tnmalsWr da fie. 2. no centro da placa.

202 REVISTA ELETRONICA


_JOOO
N
E PLAC~ QUADRADA ___
<J
:; 500 '' ~ ALUMINIO POLIDO-

'
60 ~SPESSURA:3 mm_
~ "\.
o~
50
!!! 200
f\ \.
-~ RADIADOR DEI ALETAS
u
L
40 ...a:: 1\
~ ~ 100
30 ~

t 1/)

20 t 50

2 5 10 20
1\ '
-RESISTENCIA TERMICA RADIADOR-
MEIO AMeiENTE eRA (°C/W)

FIG . 6 e 7
no. s Superffcie total e volume total de placas quadradas de
Elençio da t.tewpea!IDD....-jaâuillna. - ,..... da potêllcla, para atwnfuio de 3mm de espessura e de radiadores com ale·
ue. pCIIIIç6ell de - - . . . . de lllmDúdo (espes- tas; em tunçio de sua resistência térmica.
- z-) - ...-tfcle 31aal').

de alumíDio não se justifica se- de saída seja de 45°C, o que cor- Poderíamos utilizar transistores
não no caso de pequenos radiado- responde também a uma avalia- de silício o que seria uma solu-
res montados diretamente sôbre o ção bastante otimista, teríamos ção às vêzes, mais vantajosa ainda
circuito impresso, ou então quan- de acôrdo com a figura 8 uma do que as anteriores, principal-
do o chassi é usado diretament: potência máxima possível de ser mente no tocante a espaço
como radiador. dissipada pelo transistor de apro- ocupado.
ximadamente 13W. Se a corren-
ESCOLHA DO RADIADOR te que deve passar pelo transistor Para concluir gostaríamos de
é de 2A então não é possível de observar que os fabricantes de
Para fixar as idéias vamos nos se ultrapassar uma tensão média transistores são muito prudentes
utilizar do transistor AD149. <Va) de 6,5V o que é, frequente- quando publicam que a resistên-
cujas características térmicas to- mente, uma restrição muito forte. cia térmica junção-cápsula de um
madas do manual são as seguin- :a então necessário que se utilize transistor é como no caso menor
tes: dois transistores em paralelo, so- do que 2oc;w - isto significa
Dissipação máxima em 2SOC: lução que pode ser aliás menos que o caso extremo ('i.OC/W) cor-
22,5W complicada (ocupando menos es- responde à pior amostra. O valor
paço), e mais econômica se levar- normal será da ordem de 1,0 a
Temperatura máxima de jun- mos em conta as dimensões e o 1,4°C/W. Além disso, quando
ção: lOOOC preço do radiador necessário pa- êles especificam uma temperatu-
Resistência térmica junção-cáp- ra a primeira solução. ra máxima de junção de 1OOOC,
sula < 2CPC/W
A fig. 8, nos dá a curva de
dissipação em função da tempera- 1000
tura ambiente para vários valôres
da resistência térmica entre o ra- ~ I I
diador e o ambiente, para o AD- -500
' ~ . QU~DR~DA

" "'"
,.,E
149. ALUMINIO POLIDO
~
~ ESPESSURA:3mm
:a muito difícil de se conseguir ...J
~
200
um radiador, na prática, cuja re- g 100 ~ '\.
sistência térmica seja inferior a
0,3°C/W. A temperatura am- 1&1
1/
RADIADOR OE ALETAS
I'
biente de 25°C, a potência má- ::!
3 50
r\"'
xima que o transistor pode dissi- g I'
par corresponderá à intersecção
da vertical que passa por 250C
com a curva característica de dis- f 20
'
sipação do transistor para 0,3°C/
W, o que nos daria 22,5W. Po- 2 3 5 10 20
rém, na prática supondo que se 1\
---RESISTENCIA TERMICA RADIADOR-
I

tenha um radiador caracterizado MEIO AMBIENTE eRA (•CtW)


por uma resistência de Z.OC/W, o
que corresponde a um 6timo ra-
diador, e que a temperatura do K = resistência térmica en&re o radiador e o am·
meio ambiente onde se encontra biente. Besist&lcia, térmica en&re a cápsula e o ra-
o transistor, e outros elementos diador - 0,20C/W (montacem com proteçlo pua
dissipativos como o tranformador oa terminala maa sem laolaatea)

JULHO/AGOSTO, 1961
t-t-+-1-+-t-++-t-+-tK=RESISTENCIA TERMICA ~NTRE O RADIADOR E O MEIO AMBIENTE
t-++-t-+-t-++-t-+-1 Tm= TEMPERATURA DA CAPSULA
1-+-H-+-t-++-t-+-fRESISTÊNCIA TÉRMICA ENTRE A CÁPSULA E O RADIADOR:0,2°C/W

r+,_~,_r4~~~+4~+4-F~~eo~~~~4-~~~~+4~+4~~~~~~~ 70
! ~~~~~~~~~~~~~~~~c/~~~~~~4-~~~~~~~~~~~ (.)
!...
~ ~~~~~~~~~~~~~~~~--!~~~~4-~4~~~~~~4-~4-~4-~4-~~
!'. ~
10t-+-H-+-~+-+-+-~~~~~~q~~/W.·~~~~~~~~4-~~4-~+4~~~
t ~,_~,_~~~~+4~~~~~s·c/~W~d-~~t+4-~~~~~~~~~~~~+-~ t
t-+~t-++1~+4~++4-t-+~~?~·~c/~W++~~~~~~~-F~~~d-~~~~~~
90
l"iõ;

.,..liio
80 100

FIG. 8
Potência total dissipada em função da temperatura ambiente.

isto significa que não é prudente um transistor de germânio pode plenamente embora o seu resfria-
ultrapassá-la, pois com isso dimi- funcionar muito tempo com tem- mento seja deficiente. Somente
nuímos a vida do transistor. En- peraturas de junção de 125 a quando em plena produção usa-
tretanto somente a cêrca de I35°C. mos transistores cujos parâmetros
1500C é que as coisas se tomam Isto tudo significa que se nos
sejam menos favoráveis do que
catastróficas já que a essa tempe- esquecemos de todos os fatos que
ratura o índio (impureza que se foram ventilados nos parágrafos os dos transistores do protótipo,
junta ao germânio) se funde po- anteriores (o que acontece fre- produzir-se-ão catástrofes, e aí
dendo provocar um curto-circui- quentemente), é bem possível que então será muito tarde para re-
to entre as junções. Na realidade o protótipo construído satisfaça mediar.

--oOo--

RECEPTOR DE TV, 59cm A tensão da grade n.0 4 (foco) deve ser ajusta-
da para melhor focalização, independentemente pa-
ra cada cinescópio. Na impossibilidade de ajuste
(Continuaçio da pá,. 174) contínuo, podem ser usadas a tensão de grade n. 0 2,
uma das tensões 4o +B do receptor e a própria
As figuras 11 e 12 ilustram, respectivamente, massa. Na maioria dos casos a influência da ten-
as tensões de grade e placa do pentodo. são não é muito visível, a ligação à massa sendo
a solução mais aconselhável.
A extinção do ponto luminoso é levada a efei-
CIRCUITOS AUXll..IARES DO CINESC()PIO to graças à elevada constante de tempo Ru,. C121
A polarização da grade n.0 2 é feita a partir do
+B reforçado. Em condições normais de funcio-
namento, Vg2 =
440V.

FIG . 12

FIG . 11

204 REVISTA ELETRóNICA


1000 TITU LOS
À SUA ESCOLHA NA MAIOR LIVRARIA DO BRASIL
ESPECIALIZADA NO RAMO ELETRO-ELETRONICO
TV - RÁDIO - ELETRôNICA
NCR$ EL Y PEREIRA FRAGA - Curso de Rádio 6,00
Prática de Televisão ao Alcance de Todos 4,50 ISIDRO H. CABRERA - Radio Reparações 10,00
TV Reparações pela Imagem . . ....... . 6,50 M . P . DURU - Reparacion de Radiorecep-
Televisão Básica- 1. 0 , 2. 0 , 3 . 0 volume, cada 3,50 tores com Trans'stores ..... .. ... . 12,40
M. P . DURU - Teoria y Pratica de la TV 22,40 P. J. EHRLICH - Dispositivos e Circuitos
MARTIN CLIFFORD - Trucos de Taller Eletrônicos I .0 vol . . . .... .... .. . . 9,00
para TV, Radio y Audio . .. . . ... . . 16,40 I. KAGANOV - Electronics in lndustry .. 6,50
ISIDRO H. CABRERA - Análise Dinâmica M. CLIFFORD - Manual de Tobias Eletro-
em TV . . .. . ... .. ...... . . ... . . 8,00 nicos . . . . ... . ..... ..... ....... . 5,50
BERNARD GROB - Basic Television Ongl) 49,00 F. E. TERMAN - Electronic Measurements 16,40
W. A. HOLM- Televisión en Colar explicada 12,00 F . S . GRA Y - Eletrônica Aplicado ..... . 36,00
F. KERKHOF e W . WERNER - Television DANIEL S. LEóN - Nuevos Esquemas com
(ingll . . .. . .... .... .. .......... . 29,00 Transistores ... ...... .. ... .. .. . 9,20
E. N . BRADLEY - Manual de Radio CURT MOERDER - La Técnica dei Tran-
Miniatura . .... . .... .... .. .. . . 3,'30 sistor ...... . .. . .. ....... ... .. . 19,20
GRAY & GRAHAM Radio Transmissores .. 45,00 ARBO - lngenieria Eletronica y de Rodio 45,00
SAUL SORIN - Ajuste y Calibracion de M.S . KIVER- Transistores ..... . ... . . 13,00
Receptores de Radio . ....... .... . 12,65 LEONARD C. LANE - Eletronica Industrial 17,50

MANUAIS DE VÁLVULAS E TRANSISTORES


NCR$ MANUAL DE VÁLVULAS MINIWATT
OBRAPEl ... . .. .. . .. .. ... ..... . 7,50
MANUAL DE VÁLVULAS ELECTRA - série MANUAL INTERNACIONAL DE TRANSIS-
alfabética ..... . . . .... ........ . 14,00 TORES (P.A. FREIRE) .... .... ... . 21,00
MANUAL DE VÁLVULAS ELECTRA- série EQUIVALENCIA DE TRANSISTORES ... . . . 9,00
MANUAL DE SUBSTITUIÇÃO DE TRAN-
numérico 14,00 SISTORES (0. FRITZ) ..... . ..... . . 3,00
MANUAL DE VÁLVULAS P. B. C. (oferta) 13,60 MANUAL DE VÁLVULAS Y REEMPLAZOS
MANUAL DE VÁLVULAS MONITOR 5,00 (americanas y europeas) ...... .. . . . 16,40

ELETROTÉCN ICA
NCR$ CHESTER L. DAWES - Curso de Eletrotéc-
nica, 1. 0 e 2. 0 vol. . ..... . . (cada) 22,00
CHRISTIE - Elementos de Eletrotécnica 25,00 E. M. REZENDE - Eletrotécnica geral . . 4,00

MECÂNICA - METALúRGICA
NCR$ MARIO ROSSI - Estampado en Frio de
BARTSCH - Alredor dei Torno ....... . 14,00 la chapa . .. . . ... .... . . . ...... . 39,20
O. H. SANTELLI - Herramientas de Torno MARIO ROSSI - Maquinas Herramientas
27,00
modernas . .... ...... ..... . .... . 39,20
H. COLPAERT - Metalografia dos Produtos BRUSHTEIN e V. DEMENTIEY - Manual
siderurgicos comuns .... ......... . 26,00 dei Tornero ... .. .... . . . . . .... . 6,00
M.S. BURTON -Metalurgia Aplicada .. 36,00 DIETER - Metalurgia Mecanica ... .. .. . 60,40

Remessas para o interior e outros estados mediante reme ssa do pedido acompanhado por cheque pagável em
São Paulo, vale postal ou carta com valor declorodo.

ETEGIL Editora Técnico-Gráfica Industrial Lida.


R. Sta. lfigênia, 180 - Cx. Postal, 30. 869 - End. Telegr.: "GRAFTRON"
São Paulo

JULHO/AGóSTO, 1967 205


que mantém alta a corrente de feixe no desligar do
aparelho, havendo, assim, rápido esgotamento do
MAT.
Além do apagamento do retraço vertical, sem-
R EL ÉS
pre necessário na ausência de restauração CC, o
tipo de saída horizontal utilizado implica também,
na necessidade do apagamento do retôrno horizon-
tal e isto é devido à diferença de duração óo retôr-
no e do pulso em nível prêto fornecido pela estação.
Os pulsos de apagamento são obtidos por uma rêdc
RC (C"'' R u,, Rm, Cm, Rm, C"'' R ~.~, ) .

BOBINAS E TRANSFORMADORES

L,.,: segundo pólo de sintonia do amplificador de


FI de vídeo (entrada da FI); 10 espiras de TIPO AB 1 TIPO OP 2
1, 2 e 3 pólos 2 pólos reversíveis
fio esmaltado com 0 = 0,560mm (o AWG reversíveis TIPO OP 3
mais próximo é o di! n.0 23); fôrma de nylon 3 póloS reversíveis
com 0 = 0,7cm .
Os relés sensíveis da série AB e OP, são de alta quall·
L,.,: armadilha de 41 ,25MHz; 7 espiras de fi"o es- dade do tipo miniatura. As bobinas são enroladas com
maltado com 0 = 0,63mm (A WG mais pró- fio espeeial e impregnadas para resistir quaisquer eon·
dlções climáticas. As aplicações principais são: relés
ximo é o de n. 0 22); fôrma de nylon com de placa em circuitos com válvulas, com transistores,
0 = 0,7cm. para comandos eletrônicos em geral, para corrente con·
tínua e alternada.
L 103 : acoplamento EF183-EF184; Solhar; bifilar; REL€S ESPECIAIS PARA TRANSISTORES
tipo "Frame Grid"; 44MHz; com caneca. PRODUTOS ELETRONICOS METALTEX LTDA.
L, .. : acoplamento EF 184-ECFSO; Solhar; bifilar;

L 105:
tipo "Frame Grid"; 44MHz; com caneca.
acoplamento ECF80-detetor; Solhar; bifilar;
tipo "Vídeo Detector"; com caneca; inclui
METALTE)\
circuito detetor. R. JOAQUIM FLORIANO, 307 - SAO PAULO
L, 06 : choque IOIJ.H (incluído na caneca do detetor). Te!.: 8·6850

L 107 : bobina de compensação 250IJ.H.


Lw,: rejeitar de 4,5MHz; L = 25IJ.H; Q 65
(f = 4,5MHz; C = 47pF).
L,.,: Bobina de compensação 500IJ.H.
L 11 o: bobina de compensação 160IJ.H.
L,.,: tomada de 4,5MHz; L = 25IJ.H; Q =
65
(f =4,5MHz; C = 47pF).
transformador para discriminador 4,5MHz.
Tr,.,: transformador de saída de áudio com rela-
ção de 1:40.
L .. ,: indutor para oscilador horiz. (C 2;< 2.500pF).
L,.,: 50IJ.H.
Tr.. ,: transformador de saída horizontal Ibrape
MP5001.
Tr,.,: transformador de saída vertical; Willkason
6261.
Tr601 : transformador de filamento 110-220/ 6,3V
(dois enrolamentos secundários para 5A).
Ch 601: choque; 30!1; lH (400mA).
Unidade defletora: lbrape MP6000 (ATlOll/60).

---oOo - -

RAIOS X A TRÊS DIMENSõES


A Machlett Laboratories Inc acaba d.e paten-
tear sua mais recente invenção, uma válvula de
raios X capaz de produzir imagens estereoscópicas.
Deste modo, será possível a obtenção de imagens
tridimensionais, quer em movimento, quer esta-
cionárias, utilizando-se somente uma válvula. A
Machlett é uma subsidiária da Raytheon Co.

206 REVISTA ELETRONICA


OQUE EXISTE DE NOVO EM CIRCUITOS DE AUDIO!
Ao falarmos em NOVIDADE, certamente te- Existe alguma solução melhor?
'remos que trotar de semicondutores. Não Ao contrário das válvulas, os transistores são
que os válvulas sejam dignos de figurar em apresentados em duas polaridades: PNP e
vitrinas de museu, como coisas do passado. NPN, o que permite a montagem de estágios
Absolutamente. Elos têm e continuarão ten- de saído em "push-pull", sem necessidade de
do aplicação em diversos áreas onde sejam inversores de fase e, mais importante ainda,
mais econõmicos ou apresentem desempenho SEM TRANSFORMADORES "DRIVER" e "DE
superior ao dos transistores. Podemos citar SAlDA". E ainda tem mais: aproveitando os
alguns cosos: amplificadores de grande potên- duas polaridades do transistor, o acoplamento
cia (> 100w) poro cinemos e auditórios, está- de um para o outro é direto, sem capacitares.
gios de áudio em receptores de TV (utilizando ~ste tipo de ligação, ilustrado abaixo, recebeu
válvulas múltiplos) etc. Acontece que essas o nome de Estágio de Saída em "Push-Pull"
áreas são cada vez mois restritos e, é claro, Complementar.
as soluções envolvidos não constituem "NO- O circuito que apresentamos está completo,
VIDADE•.
com todos os elementos de polarização, tendo,
E quanto aos transistores? inclusive, realimentação negativa para redu-
Estão sendo continuamente aperfeiçoados. zir o distorção e estabilizar o funcionamento
Aparecem constantemente novos tipos, apri- frente a grandes variações de temperatura.
moram-se as característicos e os técnicos de
fobricoção, amplia-se o campo de utiliza-
ção e, sobretudo, surgem novos possibilidades Acooa,-
de projeto. Li>
~
Mas, -voltemos às aplicações em áudio. Quais
os qualidades principais que um amplificador --l
r.:;
± .. .
deve pOSSUir?
Potência de saído adequada, linearidade e
largura de faixo, além de outros requisitos
1 \.!>

li~ ~ ~
[~
que variam conforme a aplicação. Analisa-
remos isoladamente cada uma das categorias
mois comuns.
- - o-c

UDI05 E ELETROLAS PORT.ÃTE IS


± ~

Como se troto de aparelhos não alimentados E o desempenho? Basta consultar a tabela


pelo rêde, o consumo é mais importante que abaixo para que você tenho uma idéia do que
a potência de saída (esta é geralmente limi- é possível obter desta pequena maravilha.
tada entre O,SW e 1Wl tendo em vista o
duração dos pilhas.
O segundo aspecto a ser considerado é, sem
dúvida, o que se relaciona com o pêso e o
Alimentasão I Alto-falante I Saida
volume dos componentes.
Durante muito tempo o acoplamento entre 4 pilhas 6V 3,2n 1watt
estágios dependeu do emprêgo de transfor-
madores. ~les constituíam o único meio de 6 pilhas 9V 3,2n 2,5watts
transferir o sinal com máxima eficiência. Um
amplificador típico necessitava de dois trans-
rêde 15V an 3,5watts
formadores: o "driver" e o "de saída".
Num aparelho portátil procura-se reduzir
Até aqui está tudo bem.
tonto quanto possível as dimensões dos trans-
formadores. Isto automàticamente limita a Mos, como obter êstes transistores e infor-
indutância que se pode conseguir, dando mações adicionais?
como resultado um desempenho insatisfató- Não há problema: os transistores já se en-
rio em baixas freqüências. Por outro lodo, contram disponíveis no comércio de compo-
as capocitâncias distribuídas dos enrolamen- nentes eletrônicos. Quanto a dados técnicos
tos limitam o resposta nas altas freqüências. e circuitos, basta que V. os solicite à

I BRAPE Indústria Brasileira de Produtos Eletrônicos e Elétricos S. Â.


CAIXA POSTAL 7. 3 8 3 sà o PAULO S. P.

JULHO/AGOSTO. l96'l
(' 106-SCR de baixo custo, 200 V 2A, ideal P/
SEMICONDUTORES contrõle de motores em aparelhos domésticos,
conversores de CC para CA, contadores em
enel etc.
GENERAL@ ELECTRIC 'IRIAC: substitui dois SCR em rêde de 110 ou
220 V. Acionado com sinal de 3 V (positivo
c.u negativo) conduz em ambas as direções.
Io.leal para dimmers, contrõle de temperatura,
n>àquinas automáticas etc.
A 13: minúsculo ratificador, fechado herme.
tic.amente em vidro, de superfície passivada,
fornece 1 A a 50•C sem dissipador. Corrente
elo pico 30 A, PIV até 600 V.

TRANSISTORES DE SILíCIO: 43 tipos de bai-


JCO custo, para tôdas as freqüências, desde áu-
óio até UHF.
Informações e vendas em:

TRIAC nPUCnCõES ELETRÔNICQS


nRTIMBR uon.
Transistor Lgo. São Bento, 64 - c j 101
C-106, Al3 Silicon Fone 35-2452 São Paulo-1

ENCICLOPtDIA DOS METRONOMO ELETRONICO C, e C2 de poliester. A corrente


SEMICONDUTORES TRANSISTORIZADO de base dos transistores de ger-
mânio (que depende da tempe-
(Continuação da pác. 186) ratura) e a corrente de fuga de
(Continua na Pác· 200) outros tipos de condensadores
A figura 3 mostra os oscilo- impedem que as tensões em C,
Para a maioria dos transistores gramas da tensão de base dos e C, atinjam os valôres neces-
de silício o valor de L:ao é da transistores T, e T,, assim como sários.
ordem de grandeza de alguns mi- a tensão no alto-falante. Quando As provas realizadas com o
croamperes, podendo atingir al- o transistor T, passa a conduzir, protótipo demonstraram que o
guns nanoamperes e mesmo em ao ser produzido o quarto im- circuito é perfeitamente estável e
transistores de potência mais do pulso do primeiro oscilador, sua que não há diferenças notadas
que lmA. Para transistores de po- tensão de base aumenta repen- entre os intervalos de tempo pa-
tência de germânio seu valor tinamente, devido à recepção do ra temperaturas compreendidas
também anda pela casa dos mA impulso realimentado do transis- entre O e 7CY'C.
conseguindo-se só raramente para tor T.. Em seguida, a tensão de
transistores de pequena potência base cai novamente ao seu valor
valôres inferiores a 5~A. inicial e o ciclo se repete.
A corrente de saturação varia O resistor variável Rs permite - - oO o -
com a temperatura, dobrando d. ajustar a velocidade de carga do
valor a cada variação de 1OOC condensador C, de modo que o
para os transistores de germânio segundo oscilador seja disparado
pelo prir.1eiro no momento de- ASSUNTOS DE INTERÊSSE QUE
e 5,5°C para os de silício.
sejado. Para êste ajuste é acon- V. S. ENCONTRA EM ELECTRON
O seu valor normalme::te en- selhável pf>r em paralelo com R, N. 0 22:
contrado nos manuais é o valr um resistor R. em série com ou-
à temperatura ambiente de 25c tro, var:ável, R,. A ELETRôNICA NA MEDICINA -
sendo maior para transistores de (Eng.o J. B. Paulin): Resumo das apli-
Os diodos D, e D, impedem
germânio do que para transisto- cações da eletrónica na medicina .
qualque1 interação entre os osci-
res de silício. Este fato implica ladores.
na necessidade de se estabilizar INTRODUÇÃO AOS OSCILOSCóPIOS
a polarização do transistor, ou DE ARMAZENAMENTO - (Eng. 0
MONTAGEM Leon Jean Kowarski): Apresenta os
seja, evitar que o ponto de tra-
balho se desloque devido a uma Os transistores T, e T2 devem fundamentos dos osciloscópios de ar-
variação de temperatura. ser de silício e os condensadores mazenamento.

208 REVISTA ELETRONICA


ATENÇÃO
ESCOLAS TÉCNICAS
O ensino pelo método áudio-visual provou ser
CONDENSADORES de alto eficiência.
Temos o disposição dos interessados diofilmes
ELETROLtTICOS em cores que facilitarão sobremaneira o explicação
dos fenômenos presentes no técnico eletrônico.
Codo diofilme consto de uma série de 36 até
PARA. CIRCUITOS TRANSISTORIZADOS 40 "slides" coloridos poro serem separados e mon-
tados em suportes de metal ou plástico ou colo-
Até 5.000 microfarad.s . . . . . . . . . . . . 50 Volts cados em cartolina. O instrutor pode então, nume-
rar os quadros e apresentá-los no seqüêncio que
PARA CIRCUITOS DOBRADORES julgar conveniente.
DE TENSAO Os diafilmes são acompanhados de livretos com
explicações minuciosos sôbre cada " sl ide". Folhetos
100 - 150 - 200 - Microfarads sôbre qualquer diafilme poderão ser remetidos me-
diante solicitação. Os títulos disponíveis são:
PARA. FIL'l'BAGEM - ALTA TENSAO
1 - O lgnitron
Até 500 Volts -'- qualquer capacidade 2 - O Tirotron
Solicitem catálogos à 3 - O Diodo a gás
4 - O Diodo o cristal
SAFCO S/A. INDúSTRIA E 5 -
6 -
O Tetrodo e o pentodo.
A fam ília das válvulas eletrônicas
COMÉRCIO 7 - O diodo
8 - O triodo
RUA CAPITAO M.ACEIX>, 60 9 - Os tubos de raios catódicos
1O - A válvula de imagem do televisor (Cinescópio)
FONES: ~73-65 ou 71-14-16 11 - Emissão Foto-elétrico
CX POSTAL 12.819- S. PAULO 12 - Luminescência de gases e sólidos
13 - Introdução à Física Nuclear.

Pre~o de codo dlafllme, acompanhado do livre-


to expllcatlco, somente NCr$ 11,00.

Atendemos o pedidos do interior e de ou-


SENHOR INDUSTRIAL tros estados através de cheque pagável em
São Paulo, vale postal ou carta com valor
declarado.
Confie seus instrumentos de medição e
registro a uma firma especializada, ga-
rantida par uma longa tradição de bons
serviços e devidamente credenciada pela
General Eelctric norte-americano para
a manutenção dos instrumentos de sua
ESQUEMAS
fabricação {Galvanômetros, Potenciôme-
tros Regist10dores, Megôhmetros, Wat-
tômetros, Pir6metros, Multímetros, etc.)
INVICTUS
2 .0 EDIÇÃO
IMPORTANTE: Todos os instrumentos
da linho GE, dentro da garantia, se- Já está a venda a 2.a edição deste livro que
rão reparadas sem ônus algum. tento sucesso alcançou em sua primeira edi-
ção.
FUNDADA EM 1944 A obra foi completada e atual :zada, incluindo
agora TODOS OS ESQUEMAS DOS RÁDIOS E
TELEVISORES INVICTUS, fabricados até fim
de 1966.

Bernardino, Miglioralo Preço de lançamento: NCr$ 7,00

& (ia. Lida. ETE GIL


Rua Vitória, 562 - Sobreloja - Cj. 12 Ruo Santa lfigênla, 110
Cx. Postal 30169 - S. Pa•lo
Tel.: 36-1250 - SÃO PAULO
End. Telesr.: "GRAnRoN•

JULHO/AGóSTO, 1967 209


GERADORES
TERMO ELJ!:TRICOS
(Coatlnuaçio da pie. 180)

correntes que circulam no líquido: o líquido em


contato com a junção quente expande-se, toma-se
menos denso, e portanto sobe, fazendo com que o
líquido mais frio venha a tomar seu lugar. O líqui-
do frio, por sua vez, absorveria calor e subiria tam-
bém, fazendo com que mais líquido frio fluísse em
direção à junção quente, repetindo-se o processo.
Estabelecer-se-ia a!Sim uma corrente contínua de
líquido circulando da junção quente para a junção GERADOR DE ÁUDIO E
fria. e claro que condução térmica comum, isto
é, a transmissão de calor por vibração atômica, di- FREQOENCIMETRO
ferente de movimento de massa, poderia também
ocorrer em líquidos, como acontece com sólidos; a MODlLO GA-1 O
convecção porém, só pode ocorrer em fluídos. Por-
tanto, para um líquido termoelétrico, dois mecanis-
mos, condução e convecção estão disponíveis para
a transferência de calor entre as junções quente e
fria agravando assim o p r o b I e m a de se
manter a grande diferença de temperatura necessá-
ria para uma boa saída termoelétrica.
A máxima eficiência teórica de um gerador
termoelétrico é fixada pelo ''fator de mérito" do
material termoelétrico usado. · Esse fator depende
principalmente da condutividade térmica e elétrica
do material e da tensão Seebeck gerada a uma dada
diferença de temperatura. Com os materiais atual-
mente disponíveis, a máxima eficiência teoricamen-
te alcançável é de cêrca de vinte por cento e alguns
pesquisadores afirmam que êsse limite poderia ser
aumentado para trinta ou mesmo trinta e cinco por o) Gerador de ando senoidal
cento, pela simples exploração de fatos já conheci-
dos sôbre os materiais existentes. Faixo de freqüêncio: 1O Hz o I 00 kHz
S importante entretanto, distinguir-se entre es- em 4 faixas
sa máxima eficiência teórica e a eficiência que está 2 - Precisão da indicação de saída:
sendo obtida na prática com os dispositivos atuais,
que ê da ordem de cinco a seis por cento. A prin- ± 5%
cipal razão dessa diferença em geradores que utili- 3 - Distorção menor que 1,5%
zam combustíveis convencionais é devido a que a
maior parte do calor simplesmente escapa pela cha- entre 20 Hz e 20 kHz
miné, antes de ser absorvido pela junção quente
da termopilha. Para geração de potência em larga b) Gerador de ando quadrada
escala será necessário elevar-se a eficiência prática
total bem mais próxima do máximo teórico, e o 1 Faixa de freqüência: de 1O Hz a 100 kHz
aquecimento por combustível nuclear ao invés de
convencional parece aqui, muito mais promissor. 2 Amplitude de saído: 0-2 VPP
Eficiências mais baixas poderão ser admissíveis
sôbre Z = I O k ohms
em unidades menores, onde se procura comodidade,
portabilidade, etc., ao invés de economia. As apli- c) Freqüincímetro
cações militares e espaciais estão sem dúvida, nesse
campo, mas existe também campo para pequenos 1 Faixa de freqüêncio: I O Hz o 100 kHz
geradores termoelétricos domésticos. Muitas aplica- 2 Precisão: ± 3,5%
ções poderão ser encontradas para tais unidades,
onde a inexistência de partes móveis confere as van- 3 Sensibilidade: 0,2 V rms
tagens de funcionamento silencioso, sem necessida-
de de manutenção.
INSTRUMENTOS EUTRICOS
LEIA EM ELECTROH N. 0 22:
ENGRO S. A.
O CANHÃO ELETR6NICO - (Eng.0 Ovldlo C. M. Bor-
radas): Anólise de funcionamento de canhões eletrôni-
Rua dos Margaridas, 221
cos, com base, essencialmente, no configuração de cam- Telefones: 61-8566; 267-0964;
pos elétricos e equipotenciois no formação dos lentes
eletrônicos.
267 -1186; 267-2604.
Caixa Postal, 930 - São Paulo

210 REVISTA ELETRONICA

You might also like