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Conduta Espírita

Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira


Ditado pelo Espírito André Luiz

10 - Nos Embates Políticos

Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos,


sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor.
Só o Espírito possui eternidade.
*
Distanciar-se do partidarismo extremado.
Paixão em campo, sombra em torno.
*
Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de
propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade.
O despistamento favorece a dominação do mal.
*
Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos
eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do
fanatismo de grei.
O discernimento é caminho para o acerto.
*
Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem
defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de
votos ou solidariedade a partidos e candidatos.
O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.
*
Não comerciar com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou
cooperação possam exercer alguma influência.
A fé nunca será produto para mercado humano.
*
Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com
responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim
de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos.
Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da
crítica.
*
Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições
doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial.
A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política
humana.

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"Nenhum servo pode servir a dois senhores." - Jesus. (Lucas, capítulo 16, versículo 13.)

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Conduta Espírita
Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Ditado pelo Espírito André Luiz

31- Perante A Pátria

Ser útil e reconhecido à Nação que o afaga por filho, cumprindo rigorosamente os
deveres que lhe tocam na vida de cidadão.
Somos devedores insolventes do berço que nos acolhe.
*
No desdobramento das tarefas doutrinárias, e salvaguardando os patrimônios morais
da Doutrina, somente recorrer aos tribunais humanos em casos prementes e especialíssimos.
Prestigiando embora a justiça do mundo, não podemos esquecer a incorruptibilidade
da Justiça Divina.
*
Situar sempre os privilégios individuais aquém das reivindicações coletivas, em
todos os setores.
Ergue-se a felicidade imperecível de todos, do pedestal da renúncia de cada um.
*
Cooperar com os poderes constituídos e as organizações oficiais, empenhando-se
desinteressadamente na melhoria das condições da máquina governamental, no âmbito dos
próprios recursos.
Um ato simples de ajuda pessoal fala mais alto que toda crítica.
*
Quando chamado a depor nos tribunais terrestres de julgamento, pautar-se em
harmonia com os princípios evangélicos, compreendendo, porém, que os irmãos incursos em
teor elevado de delinqüência necessitam, muitas vezes, de justa segregação para tratamento
moral, quanto os enfermos graves requisitam hospitalização para o devido tratamento.
Diante das Leis Divinas, somos juízes de nós mesmos.
*
Nunca adiar o cumprimento de obrigações para com o Estado, referendando os
elevados princípios que ele esposa, buscando a quitação com o serviço militar, mesmo
quando chamado a integrar as forças ativas da guerra.
Os percalços da vida surgem para cada Espírito segundo as exigências dos próprios
débitos.
*
Expressar o patriotismo, acima de tudo, em serviço desinteressado e constante ao
povo e ao solo em que nasceu.
A Pátria é o ar e o pão, o templo e a escola, o lar e o seio de Mãe.
Substancializar a contribuição pessoal ao Estado, através da execução rigorosa das
obrigações que lhe cabem na esfera comum.
O genuíno amor à Pátria, longe de ser demagogia, é serviço proveitoso e incessante.
*
Substancializar a contribuição pessoal ao Estado, através da execução rigorosa das
obrigações que lhe cabem na esfera comum.
O genuíno amor à Pátria, longe de ser demagogia, é serviço proveitoso e incessante.

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“Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” — Jesus. (LUCAS, 20:25.)

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RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

26 - Na Terra e no Além

Reunião pública de 13/4/59 - Questão nº 807

Interessado em desfrutar vantagens transitórias no imediatismo da existência


terrestre, quase sempre o homem aspira à galhardia de apresentação e a porte distinto,
elegância e domínio, no quadro social em que se expressa; entretanto, conduzido à Esfera
Superior, pela influência renovadora da morte, identifica as próprias deficiências, na tela dos
compromissos inconfessáveis a que se junge, e implora da Providência Divina determinados
favores na reencarnação, que envolvem, de perto, o suspirado aprimoramento para a Vida
Maior.
É assim que cientistas famosos, a emergirem da crueldade, rogam encarceramento na
idiotia; políticos hábeis, que abusaram das coletividades a que deviam proteção e
defesa, suplicam inibições cerebrais que os recolham a precioso ostracismo;
administradores dos bens públicos que não hesitaram em esvaziar os cofres do povo, a
favor da economia particular, solicitam raciocínio obtuso que lhes entrave a
sagacidade para o furto aparentemente legal; criminosos que brandiram armas contra os
semelhantes requisitam braços mutilados, assinando aflitivas sentenças contra si mesmos;
suicidas que menosprezaram as concessões do Senhor, atendendo a deploráveis caprichos,
recorrem a organismos quebrados ou violentados no berço, para repararem as faltas come-
tidas contra si mesmos; tribunos da desordem pedem os embaraços da gaguez; artistas que
se aviltaram, arrastando emoções alheias às monstruosidades da sombra, invocam a
internação na cegueira física; caluniadores eminentes, que não vacilaram no insulto ao
próximo, requerem o martírio silencioso dos surdos-mudos; desportistas eméritos e
bailarinos de prol, que envileceram os dons recebidos da Natureza, exoram nervos doentes e
glândulas deficitárias que os segreguem a distância de novas quedas morais; traidores que
expuseram corações respeitáveis, no pelourinho da injúria, demandam a própria detenção no
catre dos paralíticos; mulheres que desertaram da excelsa missão feminina, a se prostituirem
na preguiça e na delinqüência, solicitam moléstias ocultas que lhes impeçam a expansão do
sentimento enfermiço, e expoentes da beleza e da graça que corromperam a perfeição
corpórea, convertendo-a em motivo para transgressões lamentáveis, reqüestam longos
estágios em quadros penfigosos que lhes desfigurem a forma, de modo a expiarem nas
chagas da presença inquietante as culpas ominosas que lhes agoniam os pensamentos...

Ajudai-vos, assim, buscando no auxilio constante aos outros o pagamento facilitado


das dívidas do pretérito, porquanto, amanhã, sereis na Espiritualidade as consciências que
hoje somos, abertas à fiscalização da Verdade, com a obrigação de conhecer em nós mesmos
a ulceração da treva e a carência da luz.

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O Livro dos Espíritos - Parte Terceira
Capítulo 9 - Lei de igualdade

807 O que pensar dos que abusam da superioridade de sua posição social para oprimir
o fraco em seu proveito?
– Esses se lamentarão: infelizes deles! Serão por sua vez oprimidos: renascerão numa
existência em que suportarão tudo o que fizeram os outros suportar. (Veja as questões 684 e
273.)

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O Livro dos Espíritos - Parte Terceira


Capítulo 3 - Lei do trabalho - Limite do trabalho. Repouso

684 O que pensar daqueles que abusam de sua autoridade para impor a seus inferiores
excesso de trabalho?
– É uma das piores ações. Todo homem que tem o poder de comandar é responsável pelo
excesso de trabalho que impõe a seus subordinados, porque transgride a lei de Deus. (Veja a
questão 273.)

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O Livro dos Espíritos - Parte Segunda


Capítulo 6 - Vida espírita - Escolha das provas

273 Um homem que pertence a uma raça civilizada poderia, por expiação, reencarnar
em uma raça selvagem?
– Sim, mas isso depende do gênero da expiação. Um senhor que tenha sido cruel com seus
escravos poderá tornar-se escravo por sua vez e sofrer os maus-tratos que fez os outros
suportar. Aquele que um dia comandou poderá, em uma nova existência, obedecer até
mesmo àqueles que se curvaram à sua vontade. É uma expiação que lhe pode ser imposta, se
abusou de seu poder. Um bom Espírito também pode escolher uma existência em que exerça
uma ação influente e encarnar dentre povos atrasados, para fazer com que progridam, o que,
neste caso, é para ele uma missão.

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Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino

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NÃO condene os que estão em posição de destaque na política ou na administração pública.

Não diga que no lugar deles faria melhor.

Enquanto não pomos em ação real nossas forças, não temos certeza do que são capazes.

Talvez você fizesse pior, se estivesse na posição deles.

Procure desculpar, porque não conhecemos as circunstâncias em que se encontram aqueles


que têm sobre seus ombros o grande peso da responsabilidade pública.

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