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O REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS 

2ª EDIÇÃO 

DAS ORIGENS ATÉ 31/12/1990 

HENRIQUE LICHT
© 1986. Henrique Licht 

CAPA: AMARILLI BONI LICHT 

Ficha  catalográfica  elaborada  pelo  Centro  de  Documentação  da  Supervisão 


Técnica/SEC/RS. 

L699 r  Licht, Henrique 
O remo através dos tempos. Porto Alegre, 
Corag, 1986. 
238 p. 

CDU      797.123(091)

2ª EDIÇÃO 
2008 

Digitação e revisão: Wilson Reeberg 


GOVERNADOR DO ESTADO 
Jair Soares 

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E CULTURA 
Plácido Steffen 

SUBSECRETÁRIO DE DESPORTO 
Cleomar Antonio Pereira Lima


A  publicação  de  “O  REMO  ATRAVÉS  DOS  TEMPOS”  de  autoria  do  desportista 
gaúcho Henrique Licht, representa uma homenagem do Governo do Rio Grande do Sul às 
entidades,  clubes,  dirigentes,  colaboradores  e  bravos  atletas  que  defenderam  com  ardor  e 
disciplina  as  gloriosas  tradições  esportivas  de  nosso  Estado,  participaram  com  invulgar 
brilho  de  disputas  regionais,  nacionais  e  internacionais,  e  conquistaram  memoráveis 
triunfos.
Dedicada ao remo, um dos esportes pioneiros no Rio Grande do Sul, esta obra poderá 
servir  de  estímulo  a  muitos  desportistas  para  que  escrevam  as  histórias  de  outras 
modalidades esportivas praticadas no Estado, reconhecido, sem dúvida, como um dos mais 
importantes celeiros de atletas do País. 
Seu autor, o médico e esportista Henrique Licht, merecidamente conhecido no Brasil 
e no exterior pela contribuição que vem dando aos esportes em geral e, de modo especial, 
ao  remo,  brinda­nos,  agora,  com  uma  original  e  interessante  obra  sobre  a  prática  e  o 
desenvolvimento do remo no mundo, resultando de sua experiência pessoal e de pacientes e 
prolongadas pesquisas nos mais diversos centros de documentação. 
Pelas  informações  que  nos  traz,  tanto  sobre  a  prática  do  remo  como  sobre  os 
resultados das competições levadas a efeito nos principais países do Mundo, e inclusive dos 
Jogos  Olímpicos,  este  livro  ocupará  lugar  de  destaque  nas  bibliotecas  gerais  ou 
especializadas, além de constituir­se em leitura obrigatória para todos os desportistas. 

JAIR SOARES, 
Governador do Estado 
Setembro de 1986


SUMÁRIO 

ABREVIAÇÕES  .........................................................................................  8 
DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS  ..................................................  11 
SEGUNDA EDIÇÃO  ..................................................................................  13 
APRESENTAÇÃO  ......................................................................................  14 
PARECER DO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO ..................................  16 
CAPÍTULO 1 – A EVOLUÇÃO DO REMO  ...............................................  17 
CAPÍTULO 2 – O REMO NO BRASIL .......................................................  140 
CAPÍTULO 3 – GRANDES VENCEDORES  ..............................................  270 
3.1 – Campeonatos Internacionais  ...........................................................  271 
3.1.1 – Campeonatos Europeus Masculinos de Remo  ..........................  273 
3.1.2 – Campeonatos Europeus Femininos de Remo  ...........................  274 
3.1.3 – Campeonatos Mundiais Masculinos de Remo  ..........................  275 
3.1.4 – Campeonatos Mundiais Femininos de Remo  ...........................  276 
3.1.5 – Campeonatos FISA Masculinos Juniores  .................................  277 
3.1.6 – Campeonatos FISA Femininos Juniores ...................................  278 
3.1.7 – Campeonatos FISA e Mundiais Masculinos Peso Leve ............  279 
3.1.8 – Campeonatos Mundiais Femininos Peso Leve  .........................  280 

3.2 – Jogos Olímpicos  .............................................................................  282 


3.2.1 – Remo Masculino  .....................................................................  283 
3.2.2 – Remo Feminino  .......................................................................  284 

3.3 – Jogos Pan­americanos .....................................................................  285 


3.3.1 – Remo Masculino Classe Aberta ...............................................  286 
3.3.2 – Remo Masculino Peso Leve  ....................................................  286 
3.3.3 – Remo Feminino Peso Livre  .....................................................  286 
3.3.4 – Remo Feminino Peso Leve  ......................................................  287 

3.4 – Campeonatos Sul­americanos  .........................................................  288 


3.4.1 – Masculinos Classe Aberta ........................................................  290 
3.4.2 – Masculinos Juniores  ................................................................  294 
3.4.3 – Masculinos Peso Leve  .............................................................  295 

3.5 – Campeonatos Brasileiros .................................................................  296


3.5.1 – Masculinos Classe Aberta ........................................................  297 
3.5.1.1 – Individual (Canoe e Skiff) ................................................  300 
3.5.1.2 – Quatro com timoneiro (Yole­franche e Out­rigger)  ..........  301 
3.5.1.3 – Dois com timoneiro ..........................................................  306 
3.5.1.4 – Duplo­skiff  ......................................................................  308 
3.5.1.5 – Canoa a quatro remos .......................................................  309 
3.5.1.6 – Dois sem timoneiro  ..........................................................  310 
3.5.1.7 – Oito  .................................................................................  311 
3.5.1.8 – Quatro sem timoneiro .......................................................  314 
3.5.1.9 – Quádruplo­skiff ................................................................ 

3.5.2 – Masculinos Juniores  ................................................................ 


3.5.2.1 – Quatro com timoneiro  ...................................................... 
3.5.2.2 – Skiff .................................................................................  315 
3.5.2.3 – Duplo­skiff  ......................................................................  315 
3.5.2.4 – Dois sem timoneiro  ..........................................................  316 
3.5.2.5 – Oito  .................................................................................  316 
3.5.2.6 – Dois com timoneiro ..........................................................  317 
3.5.2.7 – Quatro sem timoneiro .......................................................  318 

3.5.3 – Masculinos Peso Leve  .............................................................  318 


3.5.3.1 – Skiff .................................................................................  319 
3.5.3.2 – Quatro sem timoneiro .......................................................  320 
3.5.3.3 – Duplo­skiff  ......................................................................  320 
3.5.3.4 – Dois sem timoneiro  ..........................................................  321 
3.5.3.5 – Quádruplo­skiff ................................................................ 

3.5.4 – Femininos  ...............................................................................  321 


3.5.4.1 – Peso Livre ........................................................................  322 
3.5.4.1.1 – Skiff  .........................................................................  322 
3.5.4.1.2 – Duplo­skiff  ...............................................................  322 
3.5.4.1.3 – Quádruplo­skiff  ........................................................  323 
3.5.4.1.4 – Dois sem timoneira ...................................................  323 

3.5.4.2 – Peso Leve  ........................................................................  323 


3.5.4.2.1 – Skiff  .........................................................................  323


3.5.4.2.2 – Duplo­skiff  ...............................................................  323 
3.5.4.2.3 – Dois sem timoneira ...................................................  323 

CAPÍTULO 4 – DESPORTISTAS AGRACIADOS PELA CSAR E CBR  ...  324 


4.1 – CSAR – Cavalheiros do remo sul­americano  ..................................  325 
4.2 – Confederação Brasileira de Remo  ...................................................  325 
4.2.1 – Beneméritos  ............................................................................  325 
4.2.2 – Eméritos ..................................................................................  325 
4.2.3 – Fidelidade ao remo  ..................................................................  326 

CAPÍTULO 5 – FEDERAÇÕES DE REMO DO BRASIL ...........................  328 

BIBLIOGRAFIA  .........................................................................................  330


ABREVIAÇÕES 

ENTIDADES –  FISA –  Fédération Internationale des Sociétés d’Aviron 


CSAR –  Confederación Sudamericana de Remo 
CND –  Conselho Nacional de Desportos (Brasil) 
COB –  Comitê Olímpico Brasileiro 
CBD –  Confederação Brasileira de Desportos 
CBR –  Confederação Brasileira de Remo 

PAÍSES –  ALE –  Alemanha 


AL/LO –  Alsácia/Lorena 
ARG –  Argentina 
AUS –  Austrália 
AUT –  Áustria 
BEL –  Bélgica 
BRA –  Brasil 
BUL –  Bulgária 
CAN –  Canadá 
CHI –  Chile 
CHP –  República Popular da China 
COL –  Colômbia 
CUB –  Cuba 
DDR –  Alemanha (República Democrática) 
DIN –  Dinamarca 
ESP –  Espanha 
FIN –  Finlândia 
FRA –  França 
GRB –  Grã­Bretanha 
HOL –  Holanda 
HUN –  Hungria 
ITA –  Itália 
IUG –  Iugoslávia 
MEX –  México 
NOR –  Noruega 
NZL –  Nova Zelândia 
PAR –  Paraguai


PER –  Peru 
POL –  Polônia 
RFA –  Alemanha (República Federal) 
ROM –  Romênia 
SUE –  Suécia 
SUI –  Suíça 
TCH –  Tcheco­Eslováquia 
URS –  União Soviética 
URU –  Uruguai 
USA –  Estados Unidos 
VEN –  Venezuela 
ESTADOS –  AM –  Amazonas 
PA –  Pará 
RN –  Rio Grande do Norte 
PE –  Pernambuco 
SE –  Sergipe 
BA –  Bahia 
ES –  Espírito Santo 
RJ –  Rio de Janeiro 
SP –  São Paulo 
PR –  Paraná 
SC –  Santa Catarina 
RS –  Rio Grande do Sul 
DF –  Distrito Federal 
BRAS –  Brasília 

BARCOS –  1X –  Skiff 


2X –  Duplo­skiff 
4X –  Quádruplo­skiff 
4X+ ­  Quádruplo­skiff com timoneira 
2­ ­  Dois sem timoneiro(a) 
2+ ­  Dois com timoneiro(a) 
4­ ­  Quatro sem timoneiro(a) 
4+ ­  Quatro com timoneiro(a) 
4+SB –  Quatro com timoneiro, sem braçadeiras. 
8+ ­  Oito com timoneiro(a)


CATEGORIAS DE REMADORES (AS) 
CA –  Classe Aberta 
S –  Sênior 
J –  Júnior 
VET –  Veterano(a) 
JUV –  Juvenil 
INF –  Infantil 
MIR –  Mirim 
P Li –  Peso Livre (Peso Pesado) 
P LE –  Peso Leve

10 
DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS 

Dedico este livro aos antigos e atuais dirigentes e colaboradores do esporte do remo 
no  Brasil,  integrantes  da  Confederação  Brasileira  de  Remo,  Confederação  Brasileira  de 
Desportos,  Conselho  Nacional  de  Desportos,  Comitê  Olímpico  Brasileiro,  Secretaria  de 
Educação  Física  e  Desportos  do  Ministério  da  Educação,  Conselhos  Regionais  de 
Desportos, Escolas de Educação Física, Federações e Clubes de remo, dirigentes de regatas, 
remadores,  timoneiros,  técnicos,  treinadores  e  auxiliares,  médicos,  preparadores  físicos, 
comunicadores,  construtores  e  reparadores  de  barcos  e  materiais  náuticos,  barqueiros  e  a 
todos  que  têm  lutado  sem  desânimo,  enfrentando  dificuldades  e  superado  incontáveis 
problemas  para  possibilitar  a  uma  parcela  de  brasileiros,  condições  de  praticar  o  remo, 
emocionante, tradicional e espetacular esporte olímpico. 
Ao  Dr.  Jair  Soares,  DD.  Governador  do  Estado  do  Rio  Grande  do  Sul, 
agradecimentos  pela  MENSAGEM  e  haver  autorizado  a  impressão  deste  livro  pela 
Companhia Rio­grandense de Artes Gráficas – CORAG. 
Aos professores Plácido Steffen, MD. Secretário de Estado da Educação e Cultura, e 
Cleomar  Antonio  Pereira  Lima,  MD.  Sub­secretário  de  Desporto,  e  aos  dirigentes  e 
técnicos da CORAG, agradecimentos pelo apoio e colaboração. 
Ao  Dr.  Renato  Marcello  Borges  da  Fonseca,  DD.  Presidente  da  Confederação 
Brasileira  de  Remo,  um  agradecimento  especial  pela  série  de  informações,  constantes 
incentivos ao meu trabalho, e de modo particular pela honra que me concedeu realizando a 
APRESENTAÇÃO deste livro. 
À Amarilli Boni Licht, minha querida esposa, agradecimentos pela autoria da capa de 
O REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS. 
À meus filhos, Flávia e Pedro Armando, agradecimentos pelas várias colaborações. 
Agradecimentos  às  entidades  dirigentes  do  remo  na  Argentina,  China,  Estados 
Unidos,  Grã­Bretanha,  Hong­Kong,  Israel,  Paquistão,  Paraguai,  Peru,  Portugal,  Suécia, 
Suíça, Tcheco­Eslováquia e Uruguai pelas valiosas informações. 
Agradecimentos  às  colaborações  de  desportistas  do  exterior  e  do  Brasil, 
especialmente  a  Adão  Guimarães  (Rio  Grande  –  RS),  Afonso  Ligório  (Belo  Horizonte), 
Aguileo  Rivas  (Assunção),  Antônio  Carlos  Pinheiro  Freire  de  Carvalho  (Salvador), 
Antonio  Luiz  Barros  Quintanilha  (Rio  de  Janeiro),  Arlindo  Donato  (São  Paulo),  César 
Seara  Júnior  (Florianópolis),  Denis  Norton  Raby  (Curitiba),  Enio  Sonego  (Florianópolis), 
Fermin Aldanondo (Caracas), Heino Willy Kude (Porto Alegre), Isidoro Barbosa (Manaus), 
João  Martinelli  (Pelotas­RS),  Josenir  Gomes  Sanguedo  (Campos­RJ),  José  Antoniade 
Inglez  (São  Paulo),  José  Carlos  Ubiratan  da  Silva  Jatahy  (Blumenau­SC),  José  Manoel

11 
Gomes  (Brasília),  Lélio  de  Souza  (Rio  de  Janeiro),  Luiz  Alberto  Silva  Veiga  (Curitiba), 
Manoel Therezo Novo (Brasília), Nelson Kossel  da Silva (Cachoeira do Sul­RS), Orlando 
Gomes  dos  Reis  (Belém),  Osmar  de  Souza  (Rio  de  Janeiro),  Sady  Cayres  Berber 
(Florianópolis), Silvio Trindade Noronha (Natal), Victorio S. Campodónico (Montevidéu) e 
Wilson Reeberg (Rio de Janeiro).

12 
SEGUNDA EDIÇÃO 

O  REMO  ATRAVÉS  DOS  TEMPOS  teve  uma  tiragem  de  2.000  exemplares  na 
primeira  edição,  inteiramente  distribuídos  pela  Sub­secretaria  de  Desporto  às  entidades 
esportivas nacionais e internacionais vinculadas ao remo – Federações, Clubes, Escolas de 
Educação  Física,  além  de  bibliotecas,  dirigentes  esportivos,  remadores,  timoneiros, 
treinadores,  técnicos,  comunicadores  e  pessoas  interessadas  na  história  do  remo  e  dos 
esportes em geral. 
Esta segunda edição foi ampliada e atualizada até 31/12/1990. 
Vários  desportistas  citados  na  primeira  edição  como  colaboradores  continuaram  a 
enviar  informações  esclarecedoras  para  esta  nova  edição,  de  modo  especial  o  Dr.  Renato 
Marcello Borges da Fonseca. 
Tenho  a  satisfação  de  relacionar  os  novos  e  valiosos  informantes:  Adriana  Boni 
Acauan  Tandler  (Nova  Iorque),  Alberto  dos  Santos  Puga  Barbosa  (Manaus),  Aloysio 
Queiroz  Monteiro  Filho  (Recife),  Arnaldo  Brant  Corrêa (Porto  Alegre),  Arnaldo  Reichert 
(Paranaguá),  Carlos  Osório  de  Almeida  (Rio  de  Janeiro),  Carlos  Silveira  Falcetta  (Porto 
Alegre), Casemiro Abreu e Mello (Cuiabá), Cláudio Figo dos Santos (São Vicente – SP), 
Federico  Hugo  Roverano  (Buenos  Aires),  Guilherme  Augusto  do  Eirado  Silva  (Rio  de 
Janeiro), Henrique Fusquine (Porto Alegre), Homero Bellintani (São Paulo), José Eduardo 
Barbosa (Santos – SP), Kalil Boabaid (Curitiba), Luiz Rovinsk (Porto Alegre), Manoel José 
Gomes  Tubino  (Brasília),  Marco  Aurélio  Boabaid  (Rio  de  Janeiro),  Mette  Kjeldsen 
(Copenhague),  Norge  Marrero  Gonzalez  (Havana),  Paulo  César  Prass  (Porto  Alegre), 
Pérsio  Ferreira  de  Aguiar  (Niterói),  Ramiro  Tavares  Gonçalves  (Rio  de  Janeiro),  Raul 
Bagattini  (Rio  de  Janeiro),  Roberto  Vidal  (Mercedes  –  Uruguai),  Rogério  Alvair  Rossetti 
(Porto  Alegre),  Rolando  Antoniol  (Montevidéu),  Sizínio  Rosa  Barros  (Ilhéus  –  BA)  e 
Walter  José  dos  Santos  (Rio  de  Janeiro),  que  tornaram  possível  ampliar  e  atualizar  “O 
REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS”.

13 
APRESENTAÇÃO 

As  competições  a  remo,  provavelmente,  são  os  mais  antigos  acontecimentos 


esportivos de que se tem notícia. Talvez só as corridas a pé as tenham precedido, na história 
da  humanidade.  Na  era  moderna,  toda  organização  esportiva  começou  com  o  remo, 
primeiro na Inglaterra e depois nos outros países da Europa e das Américas. 
No  Brasil  não  foi  diferente.  Temos  uma  rica  história  de  mais  de  140  anos, 
testemunhando que o remo foi o berço e a fonte de todo o esporte nacional. Mas com um 
manancial tão rico de feitos heróicos, de acontecimentos sociais, de trabalho pela eugenia 
da raça, ninguém tinha tido o fôlego, a disposição, a paciência, a capacidade de pesquisa, de 
estudo, de meditação, que o Dr. Henrique  Licht acaba de demonstrar com a conclusão do 
seu admirável livro “O REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS”. Obra maior, sem par em toda 
história  do  remo  nacional  e  internacional,  foi  fruto  de  anos  e  anos  de  consultas  a 
bibliotecas, a arquivos de jornais, de revistas, de programas, de correspondência com todos 
os países do mundo, de visitas a todos os Clubes e Federações do Brasil. Foi o resultado de 
horas,  dias,  meses,  anos  de  trabalho  para  coletar  os  dados,  enumerá­los,  ordená­los, 
certificar­se da  veracidade das  informações; enfim, uma obra que requereu uma paciência 
chinesa,  aliada  à  meticulosidade  de  uma  rendeira  valenciana  e  ao  perfeccionismo  dos 
tapeceiros belgas. 
Obra que resgata toda história do remo mundial e brasileiro que estava absolutamente 
perdida  e  desconhecida.  Em  um  país  jovem  como  o  nosso,  em  que  a  memória  não  é 
cultuada,  em  que  se  convive  apenas  com  os  fatos  do  dia  a  dia  ,  que  se  atropelam  em 
desenfreada  fúria,  o  livro  do  Dr.  Licht  redime  a  afoiteza  de  nossos  homens,  de  nossos 
jovens, de nossos dirigentes esportivos que,  na ânsia de renovar, esquecem toda a beleza, 
toda glória, toda luta dos que nos precederam nas origens de nossos desportos. 
O  Dr.  Henrique  Licht  é,  sem  dúvida,  um  desportista  ímpar  do  Brasil.  Já  tendo 
ocupado os mais altos cargos na administração esportiva nacional e do Rio Grande do Sul, 
continua  a  dar  o  seu  apoio,  a  sua  colaboração,  a  sua  dedicação  a  todos  os  Clubes, 
Federações e Confederações que necessitam permanentemente de sua ajuda. 
Homem  sábio,  íntegro,  realizador, trabalhador  incansável,  é  absolutamente  avesso  à 
publicidade em torno de seu nome e de sua obra a favor do esporte do Rio Grande do Sul e 
do Brasil. Como todo grande homem e grande desportista, é completamente desapegado de 
cargos de mando e de honrarias. A modéstia, o comedimento, a eqüidistância, a justiça e a 
fidelidade  aos  amigos  e  aos  seus  rígidos  princípios  morais,  são  o  seu  apanágio.  A  todos 
estes  predicados  juntam­se  a  inteligência,  a  cultura, o  estudo,  a  pertinácia  e  o  estoicismo, 
claramente  demonstrados  nesta  obra  mestra  com  que  ele  enriqueceu  a  literatura  esportiva

14 
nacional e mundial. 
A  Confederação  Brasileira  de  Remo  está  certa  de  que  “O  REMO  ATRAVÉS  DOS 
TEMPOS”  figurará  doravante  em  todas  as  bibliotecas  dos  verdadeiros  desportistas,  das 
Universidades, das Federações, dos Clubes, dos Municípios de todo o Brasil, devendo ser 
enviado a todas as Federações de remo e aos Comitês Olímpicos do mundo, como a maior 
contribuição já dada ao nosso esporte por um brasileiro, verdadeiro símbolo de desportista 
amador e olímpico. 
Uma obra básica e imorredoura.

Renato Borges da Fonseca 
Presidente da Confederação Brasileira de Remo 
Rio de Janeiro, abril de 1986.

15 
COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO 

A  literatura  brasileira  sobre  desportos  é  muito  reduzida,  seja  em  relação  a  obras 
técnicas ou a obras sobre a história desportiva. Em relação ao remo, especificamente, após 
a  grande  obra  de  Alberto  Mendonça,  “História  do  Sport  Náutico  no  Brasil”,  editada  em 
1909,  poucos  foram  os  trabalhos  publicados,  os  quais,  de  modo  geral,  eram  de  caráter 
regional. Nas obras sobre a história de clubes quando praticantes de remo, nos relatórios da 
antiga  Confederação  Brasileira  de  Desportos  e  nos  das  federações,  nas  revistas 
especializadas em desportos, nas atuais publicações da Confederação Brasileira de Remo e 
nos relatórios do Comitê Olímpico Brasileiro, da Confederação Sul­Americana de Remo e 
nas  publicações  oficiais  da  FISA,  da  ODEPA  e  do  Comitê  Internacional  Olímpico, 
encontramos dados que permitem uma apreciação histórica sobre o remo brasileiro e suas 
entidades dirigentes. 
Assim,  o  brilhante  trabalho  “O  REMO  ATRAVÉS  DOS  TEMPOS”,  de  autoria  do 
conceituado  desportista  Henrique  Licht,  com  tão  grandes  serviços  prestados  ao  remo 
brasileiro, veio preencher uma grande  lacuna em  nossa  literatura desportiva, pois além de 
descrever toda a evolução do remo no mundo e no Brasil é um repositório completo sobre 
os  Campeonatos  Mundiais,  Campeonatos  Europeus,  Regatas  dos  Jogos  Olímpicos, 
Campeonatos Brasileiros, etc. 
A  forma  cronológica  adotado  para  a  apresentação  da  matéria  facilita  as  consultas  e 
permite a rápida verificação de qualquer dado a ser pesquisado. 
É,  pois,  com  o  maior  entusiasmo  que  o  Comitê  Olímpico  Brasileiro  saúda  o 
aparecimento de tão notável obra, fruto de longas e sérias pesquisas, que a torna, desde sua 
publicação, obra indispensável para qualquer consulta sobre a história e evolução do remo. 
Queira o grande desportista Henrique Licht receber os parabéns do Comitê Olímpico 
Brasileiro pelo extraordinário trabalho realizado. 

SYLVIO DE MAGALHÃES PADILHA, 
Presidente do COB. 

Julho de 1986.

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CAPÍTULO 1 – A EVOLUÇÃO DO REMO

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“Tendo  desde  o  princípio  estado  a  serviço 
dos homens para facilitar os contatos, a água 
teve todo o tempo um papel considerável no 
desenvolvimento  da  civilização.  Pode­se 
mesmo  dizer  que  a  história  foi  posta  em 
marcha a golpes de remo.” 

Pierre Carnac 

O barco a rem,  há  séculos usado como  meio de transporte e em combates  navais, e 


mais  recentemente  em  recreação  e  em  competições,  tem  sua  longa  história  caracterizada 
por  uma  série  de  etapas  e  descobertas  cronologicamente  imprecisas,  fazendo  com  que  a 
ordem desses conhecimentos dificilmente possa ser reconstruída com absoluta precisão. 
Para  os  homens  pré­históricos,  os  rios,  lagos  e  mares  representavam  obstáculos 
extremamente difíceis de serem vencidos. 
Impossível afirmar se as primeiras experiências de navegação foram apenas tentativas 
para  vencer  as  correntes  líquidas  ou  se  motivadas  por  acontecimentos  imprevistos,  como 
ataques  de  animais  perigosos,  inundações  ou  incêndios.  De  qualquer  modo,  em  todas  as 
hipóteses,  a  criatividade  foi  estimulada  para  encontrar  uma  solução  favorável,  e  a  idéia 
básica  de  como  vencer  as  águas  foi  sem  dúvida  influenciada  por  algo  que  flutuasse  e  se 
descolasse ao fluxo das correntes. 
Árvores  arrancadas  das  margens  dos  rios  e  lagos  pela  erosão,  por  vendavais,  ou 
cortadas  por  raios,  e  troncos  flutuantes  nos  quais  estavam  agarrados,  dependurados  ou 
pousados  animais  surpreendidos  por  inundações  ou  em  fuga  de  seus  predadores,  eram 
imagens  apresentadas  à  criatividade  e  à  fantasia  do  homem  primitivo,  da  forma  natural  e 
mais rudimentar de navegação. 
Acontece,  porém,  que  a  estabilidade  de  uma  árvore  ou  tronco  flutuante  é  muito 
precária, e, sempre que alguém nele tentava apoiar­se, sentar­se ou montá­lo, apresentava a 
natural  tendência  de  afundar  ou  girar,  projetando  o  tripulante  n’água,  o  qual,  com 
conhecimentos  apenas  instintivos  de  natação  ou  de  flutuação,  tinha  no  mínimo  a  vida 
colocada em perigo. 
A  evolução  deste  meio  de  transporte  foi  acelerada  no  momento  em  que  o  homem 
descobriu  que  o  conjunto  de  dois  ou  mais  troncos  tem  maior  estabilidade  n’água.  Na 
realidade, havia descoberto a balsa. 
Para  facilitar a  movimentação dos troncos ou a sua  justaposição, foram retirados os 
ramos maiores, e, para melhor fender as águas, eles foram amarrados ou dispostos de forma

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angular.  Ficou  logo  evidenciada  a  necessidade  de  melhorar  a  proteção  da  periferia  das 
balsas  contra  as  ondas,  e  a  solução  foi  elevar  as  bordas  fixando  troncos  menores.  Par 
ampliar a flutuabilidade e a proteção contra as ondas, os troncos foram amarrados em forma 
de alçapão invertido, surgindo a balsa côncava. 
Povos  que  não  dispunham  de  florestas  com  árvores  de  grandes  e  grossos  troncos 
usaram feixes de bambus, juncos ou papiros na construção de seus barcos ou balsas (Egito, 
Tasmânia e lagos Chade e Titicaca). 
Em  alguns  arquipélagos  malaios,  estas  balsas  feitas  de  varas  de  bambus  eram 
conhecidas como salambas. 
Outros  povos  utilizaram  peles  costuradas  e  infladas  de  animais  de  médio  e  grande 
porte, num método semelhante à feitura dos odres destinados ao transporte de líquidos. No 
estreito  de  Magalhães,  seus  habitantes  tinham  barcos  singulares,  feitos  de  duas  peles  de 
focas, costuradas isoladamente, infladas e amarradas entre si. 
Na  Turquia,  ainda  são  encontrados  os  keleks,  originais  jangadas  feitas  com  um 
grande  número  de  peles  menores,  infladas  e  amarradas  sob  um  tablado  de  varas  ou 
pequenos troncos. 
No  momento  em  que  o  homem  conscientizou­se  da  grande  utilidade  dessas 
descobertas,  que  possibilitavam  seguir  extensos  curso  d’água,  deslocar­se  no  sentido  das 
correntes dos rios até transportar a família e alimentos para outras regiões, estava também 
definido o início da história da navegação. 
Os  deslocamentos,  porém,  eram  sempre  realizados  naturalmente  ao  fluxo  das 
correntes d’água  e o grande problema consistia em conseguir  movimentar os troncos e as 
balsas no sentido contrário. Para vencer esta resistência, os primeiros impulsores foram as 
próprias mãos e braços, pequenos troncos, ramos ou varas, sempre com muito dispêndio de 
energia  e  pouco  rendimento.  Mais  tarde  foi  efetuada  a  tração  das  embarcações  pelas 
margens, através de cipós ou de cordas, puxados pelos tripulantes ou por animais. 
Para orientar e corrigir a direção das balsas  junto às  margens  foram utilizadas  varas 
compridas apoiadas sobre o fundo dos leitos dos rios e lagos. 

PIROGAS – CANOAS CANADENSES – KAIAKS 

Empregando  ferramentas  rudimentares  ou  o  fogo,  o  homem  conseguiu  escavar 


grossos troncos  e  construir  as  pirogas, os  primeiros  barcos  de  um  só  tronco ou  barcos  de 
tronco inteiriço, sendo as eventuais fendas ou rachaduras calafetadas com gomas, resina ou 
ceras, e recobertas por cascas flexíveis de árvores (cortiças) ou peles de animais. 
Em certas regiões não eram comuns árvores de grossos troncos, próprias para serem

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escavadas  na  construção  de  pirogas,  e  a  solução  encontrada  foi  a  de  usar  três  ou  mais 
troncos menores, fixados lateralmente a uma estrutura rudimentar de sustentação, surgindo 
a piroga de fundo chato com flancos de madeira. 
Os homens primitivos aprenderam também que sob a ação da água e do calor certas 
madeiras podiam ser vergadas, e aproveitando estes conhecimentos conseguiram melhorar 
sensivelmente as estruturas e as formas das embarcações. Verificaram ainda que a pesca e a 
caça eram muito mais abundantes em lugares inacessíveis sem o uso de barcos, fato que os 
incentivou a construir embarcações apropriadas a essas atividades  básicas à sobrevivência 
humana.
Graças  a  todas  essas  descobertas,  foi  sendo  consolidada  a  navegação  pioneira, 
especialmente lacustre ou das margens de rios, que assegurava transporte fácil às palafitas e 
às zonas de caça e pesca. 
Impressionado  pela  segurança  e  eficácia  cada  vez  maior  deste  meio  de  transporte  e 
até  de  sobrevivência,  o  homem  sempre  audacioso  e  criativo  ampliou  suas  excursões 
náuticas e começou a explorar e conhecer terras distantes através de rios, lagos e pequenas 
baías. 
À  medida  que  os  barcos  se  afastavam  das  margens  ou  das  costas  e  atingiam  águas 
mais  profundas,  as  varas  de  impulsão  somente  podiam  ser  usadas  como  remos 
rudimentares. A evolução do tamanho e forma destas varas até alcançar os diversos tipos de 
remos  foi  diferente  em  vários  povos.  Na  Nova  Guiné,  Papuásia  e  Índia  Meridional  eram 
usados remos de pá triangular ou lanceolada, e na África, preferencialmente retangular. Os 
esquimós usavam remos de duas pás, assim como alguns povos do norte do Chile, a grande 
família  Aruaque  e  tribos  da  foz  do  Orenoco.  Em  outros  povos  da  América  do  Sul  foram 
encontrados  remos  com  diversas  formas  pás,  alguns  com  cabos  artisticamente  entalhados 
(Peru), e outros de forma ligeiramente curva com cabos e pás decorados com pirogravuras 
(Museu de La Plata). Na América do Norte os remos tinham uma empunhadura em forme 
de apoio de muleta, semelhante aos usados atualmente em canoagem. 
No Museu do Homem (Paris), encontra­se um  longo remo de  madeira em  forma de 
peixe, trazido da Guiana Francesa, inteiramente decorado com desenhos de baixos­relevos. 
As  mais  antigas  representações  de  barcos  egípcios,  com  remadores  empunhando 
longas  varas  de  cerca  de  três  metros,  foram  encontradas  na  tumba  de  Apui,  em  Deir  el 
Medinet,  e  na  mastaba  de  Ti,  em  Saggarah.  Este  mesmo  sistema  de  propulsão  foi 
constatado  entre  populações  primitivas  das  margens  do  lago  Titicaca,  entre  a  Bolívia  e  o 
Peru, cujas embarcações feitas de feixes de juncos (totoras), eram movidas através de uma 
longa  vara terminada em  forma de tridente (lokena). Remos rudimentares  idênticos  foram 
encontrados nas tribos ribeirinhas do lago Rodolfo, no Quênia.

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Atualmente, ainda são usados remos muito originais por nativos das margens do lago 
Titicaca:  um  tronco  fino  de  cerca  de  três  metros  tendo  numa  das  extremidades  uma 
forquilha,  na  qual  são  colocadas  as  mãos  do  remados,  e  na  outra  extremidade  uma  pá 
estreita e longa (retangular). 
Em  regiões  costeiras  do  Peru,  pescadores  ainda  usam  barcos  feitos  de  feixes  de 
juncos,  impulsionados  por  remos  toscos,  constituídos  apenas  por  um  bambu  grosso  com 
cerca de três metros de comprimento, dividido longitudinalmente. 
Para  reduzir  o  peso  das  embarcações,  os  troncos  foram  sendo  substituídos 
gradativamente  por  estruturas  rudimentares  de  ramos,  recobertas  com  cascas  flexíveis  de 
árvores e peles de animais. Estes novos barcos representaram as primeiras canoas. 
Os  índios  norte­americanos  que  habitavam  regiões  de  rios  rápidos  com  muitas 
corredeiras  e  cachoeiras  tiveram  de  encontrar  uma  solução  para  diminuir  o  peso  de  suas 
canoas. Na estrutura usaram raízes de abeto, muito resistentes, cobertas com bétula branca, 
madeira  muito  leve,  sendo  as  fendas  obstruídas  com  gomas  e  ceras.  Estas  canoas, 
conhecidas  como  canadenses,  eram  abertas,  leves,  rápidas,  resistentes  e  fáceis  de  serem 
transportadas em terra. 
Os  esquimós  e  outros  povos  da  região  ártica  construíram  canoas  com  estruturas  de 
madeira  ou  de  ossos  e  barbatanas  de  baleias,  recobertas  com  peles  de  focas  e  de  outros 
grandes animais dessa região. Os seus barcos individuais, conhecidos como kaiaks, leves e 
rápidos, com os dois castelos (extremidades)  fechados e estanques, podiam  ser  facilmente 
desvirados,  dando  maior  segurança  ao  remador.  Os  esquimós  construíram  também  os 
umyaks  ou  barcos  de  mulheres,  embarcações  muito  maiores,  usadas  no  transporte  de  até 
vinte  pessoas.  Totalmente  abertas,  muito  resistentes,  eram  empregadas  corajosamente  na 
pesca e em viagens em alto­mar. 
Estes  dois  tipos  de  barcos,  canoa  canadense  e  kaiak,  evoluíram  rapidamente  ao  se 
tornarem  usados  em  competições  esportivas,  e  especialmente  depois  de  1936,  ao  serem 
incluídos no programa dos XI Jogos Olímpicos de Verão, em Berlim. 

CATAMARÃ – JANGADAS 

Habitantes  da  Indonésia  e  da  Polinésia,  para  obterem  embarcações  mais  seguras, 
uniram  dois  barcos  de  um  só  tronco,  surgindo  as  pirogas  duplas,  enquanto  que  na  Nova 
Caledônia e no arquipélago das Celebes, nativos acresceram balancins uni ou bilaterais às 
pirogas. O balancim consiste numa piroga menor, vara de bambu ou haste comprida, fixado 
paralelamente à piroga por estruturas transversais, aumentando sensivelmente a estabilidade 
da embarcação.

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Há  muitos séculos, embarcações semelhantes são usadas por pescadores na costa de 
Coromandel, em região costeira do sudoeste da Índia, e também do Sri Lanka. Em lugar da 
piroga  há  uma  jangada  primitiva,  construída  com  3,  5,  7  e  até  9  troncos  solidamente 
amarrados em forma de barco, os KUTTAMARANS, do idioma tâmil KUTTA + MARAM 
= troncos amarrados. No Sri Lanka são chamados de ORU. De acordo com o tamanho são 
tripulados por 2 a 5 homens, e impulsionados por remos ou velas retangulares. 
Barcos  semelhantes  ainda  são  encontrados  nas  ilhas  Salomão  (Melanésia)  e 
Marquesas (Polinésia). 
Nativos  das  ilhas  Samoa  adaptaram  uma  pequena  plataforma  sobre  duas  pirogas, 
assemelhando­se  o  conjunto  aos  atuais  catamarãs  do  iatismo.  Barcos  idênticos  foram 
encontrados na Nova Guiné onde são como LAKATOI e em Tonga como KALIA. 
Os  pescadores  nordestinos  do  Brasil  construíram  a  JANGADA,  embarcação  chata, 
verdadeira  balsa  feita  de  5  a  9  paus  roliços,  os  dois  extremos  chamados  MIMBURAS,  o 
central MEIO e os outros BORDOS. O mastro é conhecido como BORÉ, e nas calmarias 
um  remo  central  é  usado  na  ré.  Duas  árvores  proporcionam  madeiras  especiais  para  a 
construção  das  jangadas:  o  pau­de­jangada  (Ochroma  lagopus),  da  família  das 
bombacáceas, e a jangadeira (Apeiba tibourbou), da família das tiliáceas. Os paus são todos 
fixados através de encaixes, sem pregos ou parafusos. 

KOUFFAS – CORACLES 

A observação casual da  flutuabilidade de  folhas, de cascas de  frutas e a constatação 


de  que  um  objeto  côncavo  sobre  a  água  além  de  flutuar  pode transportar  cargas  maiores, 
foram aproveitadas com sucesso na construção de embarcações. 
Os  primitivos  barcos  redondos,  originados  dessas  descobertas,  tinham  estruturas  de 
vime recobertas de couros, sendo chamados KOUFFAS ou CUFAS. Estes barcos são ainda 
comuns nos rios Tigre e Eufrates, e também usados por nativos de vários povos africanos. 
Há  muitos  séculos,  nas  regiões  célticas  das  Ilhas  Britânicas,  são  construídos  pequenos 
barcos individuais, os CURRAGHS e os CORACLES, semelhantes aos kouffas, e até hoje 
encontrados nesses locais, porém com a substituição das peles e couros de revestimento por 
lonas  alcatroadas.  Devido  ao  peso  reduzido,  em  terra  são  transportados  nas  costas  dos 
remadores.  Os  coracles  foram  relatados  pelo  Imperador  Júlio  César,  no  DE  BELLO 
GALLICO, referindo a invasão da Britânia pelos exércitos romanos. 

LEMES – BORDOS

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A descoberta do leme e de seu enorme valor para facilitar a movimentação e a direção 
dos barcos foi outro destaque na história do remo e da navegação. 
O  leme  nada  mais  era  do  que  pares  de  remos  ou  hastes  de  dimensões  maiores, 
colocados nos bordos, perto da popa. Posteriormente o leme passou a ser formado de duas 
hastes ou remos, unidos entre si, um de cada  lado da popa ou ré. Para dirigir o barco, os 
lemes eram impulsionados de maneira a representar maior ou menos superfície de atrito na 
direção desejada. Este tipo de leme, duplo ou bilateral, foi mantido até o aparecimento do 
leme único e central, chamado navarresco, que com pequenas modificações é o atualmente 
usado  e  universal.  É  provável  que  a  colocação  do  leme  com  ponto  de  apoio  tenha 
influenciado a fixação dos remos sobre as bordas dos barcos. 
O  leme  foi  sempre  confiado  aos  melhores  conhecedores  das  regiões,  e  aos  pilotos, 
posteriormente, foram entregues os timões pelos “conhecimentos dos segredos das águas”. 
Os navegantes gregos chamavam de STAURÓS e os romanos de STAURUS, que os 
ingleses  herdaram  como  STEOR  e  ao  bordo  em  que  era  montado  STEORBOARD, 
atualmente  STARBOARD.  Ao  idioma  português  chegou  como  ESTIBORDO,  tendo  os 
brasileiros invertido a palavra para BORESTE a fim de evitar confusão com o bordo oposto 
conhecido como BOMBORDO (BABOR em espanhol e BÂBORD em francês). 

ALAVANCAS DOS REMOS – VELAS 

As etapas seguintes da história do remo, e obviamente da navegação, consistiram na 
fixação dos remos nas bordas das embarcações, com sensível aumento do braço de alavanca 
da potência impulsora, na colocação de hastes verticais nas bordas para facilitar e melhorar 
a  fixação  dos  remos,  e  posteriormente  no  uso  de  forquilhas  de  sustentação  dos  mesmo, 
precursoras das forquetas atuais. 
Fixos  os  remos,  foram  definidos  os  lugares  dos  remadores  nos  barcos,  e,  para 
melhorar  as  condições  e  a  eficiência  das  remadas,  surgiram  os  bancos  e  os  assentos 
especiais. 
As embarcações foram gradativamente aprimoradas na forma, estrutura, resistência e 
qualidade dos materiais, além de outras melhorias. 
A utilização de grandes folhas de árvores, palmeiras de preferência, e de pedaços de 
panos para aproveitar a energia dos ventos, acrescentou uma força impulsora considerável 
às embarcações, maior velocidade, menor dispêndio de trabalho dos remadores e gradativa 
redução das tripulações. 
Estas folhas de árvores e pedaços de panos foram os precursores dos diferentes tipos 
de  velas,  que,  evoluindo  até  as  enormes  velas  dos  grandes  mastros,  garantiram  maior

23 
autonomia  às  embarcações  e  possibilitaram  excursões  e  viagens  cada  vez  mais  distantes. 
Entretanto,  os  remadores,  embora  em  menos  número,  sempre  integravam  as  tripulações, 
devido aos períodos de calmarias e para facilitar as manobras de aproximação, aborgadem e 
ancoragem. 

BARCOS EGÍPCIOS 

Desafios  individuais  ou  entre  grupos  de  remadores  ensejaram  a  realização  das 
primeiras competições ou confrontos entre barcos a remo, a vela ou mistos. 
No antigo Egito, há cerca de sessenta séculos, já eram realizadas disputas entre barcos 
a  remos,  feitos  de  feixes  de  hastes  de  papiros,  solidamente  amarrados,  sendo  estas 
embarcações primitivas e originais, conhecidas como “amarração”. 
Em documentos tumulares do século XXXVIII A.C. podem ser vistos baixos­relevos 
com três homens unindo feixes de papiros e dando­lhes a forma de embarcação. Os feixes, 
fortemente  amarrados,  eram  às  vezes  recobertos  com  peles.  Os  remos,  curtos,  de  pás 
lanceoladas, eram em número de seis, havendo dois remos maiores usados lateralmente na 
popa como lemes. 
As primeiras embarcações egípcias de madeira, construídas entre 3300 e 3000 foram 
feitas  de  pranchas  de  acácia  e  sicômoro  (falso  plátano),  fixadas  por  cavilhas  também  de 
madeira. Não tinham quilha  nem  estrutura e dispunham de 26 remos  individuais  e de três 
pares de remos maiores junto à popa, para serem usados como lemes. Próximo à proa, dois 
mastros mantinham a vela quadrada. 
Em  diversos  monumentos,  como  na  tumba  de  Phtahlotpou,  aparecem  desenhos  e 
esculturas  representando  combates  navais  entre  embarcações  com  três  fileiras  laterais  de 
remos, e na tumba tebana de Khem está representado um barco em construção, no qual três 
‘carpinteiros’ com ferramentas semelhantes a formões escavam um grande e grosso tronco. 
No século XXVII A.C., oito embarcações do Faraó Sahurê regressaram das costas da 
Síria,  com  as  riquezas  das  pilhagens  e  prisioneiros  fenícios.  Estes  barcos,  com  bordas 
elevadas,  tinham  melhores  condições  de  enfrentar  as  ondas  do  Mediterrâneo.  Eram 
impulsionados por sete pares de remos curtos e uma vela quadrada, fixada em dois mastros 
vizinhos à proa. Os mastros podiam ser abatidos (dobrados) quando a vela não estivesse em 
uso. Três pares de remos maiores serviam de lemes laterais junto à popa. 
Tomando  conhecimento  das  grandes  florestas  do  Líbano,  os  faraós  determinaram  o 
transporte  de  suas  madeiras  para  o  Egito,  especialmente  de  cedro,  para  a  construção  de 
barcos melhores. 
Foram  encontrados  documentos  dessa  época  mostrando  homens  exercitando­se  no

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remo, nos aspectos esportivo, de lazer, comercial e bélico. 
Na tumba de Apui em Deir el Medinet estão representados um barco de passeio mais 
duas embarcações com três remadores lutando entre si com remos, para jogá­los n’água. 
O  exemplo  mais  interessante  e  talvez  a  melhor  representação  da  prática  do  remo 
esportivo na época, encontra­se na mastaba de Ti, em Saggarah, cerca de 2600 A.C., na V 
Dinastia,  onde  figuram  atletas  praticando  vários  esportes  como  corridas,  ginástica,  luta  e 
remo.  Podem  ser  vistos  cinco  jovens  junto  a  um  barco  pronto  para  descê­lo  n’água, 
enquanto  que  outros  cinco  experimentam  a  solidez  dos  remos.  Nas  mais  antigas 
representações  de  barcos  egípcios  os  remadores  empunham  remos  semelhantes  aos  que 
atualmente são usados em canoagem, em forma de pá e cabo tipo apoio de muleta. 
O tráfego naval entre o rio Nilo e o mar Vermelho era possível, pois no século XIX 
A.C.  os  egípcios  haviam  construído  um  canal  de  72  quilômetros  de  comprimento,  45 
metros de largura e uma profundidade de 3 a 6 metros, unindo um dos afluentes do Nilo ao 
Mar Vermelho. 
O assoreamento, porém, em breve espaço de tempo bloqueou o canal. 
O  Faraó  Necau  II  (609­594  A.C.)  proporcionou  grandes  desenvolvimentos  à  frota  e 
para  facilitar  o  comércio  e  o  acesso  aos  portos  do  mar  Vermelho  através  do  rio  Nilo, 
mandou restaurar o canal de ligação construído no século XIX A.C. 
Em 767 D.C. o segundo Califa do Egito destruiu esta grandiosa obra determinando o 
aterro do canal. 

ENÉAS 

No século XIX A.C., Enéas, Príncipe de Tróia, promoveu uma série de  festividades 
em  homenagem  à  memória  de  seu  pai  Anchises,  incluindo  uma  disputa  entre  quatro 
trirremes,  tripulados  cada  um  por  duzentos  remadores,  selecionados  na  armada.  Eram 
homens  livres,  jovens de 17 anos, pertencentes a  aristocracia, os plebeus e escravos eram 
excluídos. A regata foi realizada em Drepanum, atual Trapani, na costa noroeste da Sicília. 
A partida simultânea foi ordenada por um toque de trompa. Os barcos tinham de contornar 
um rochedo batido por fortes ondas e ventos. Após muitas dificuldades, especialmente com 
as  velas,  a  vitória  coube  ao  CLOANTE  sendo  seus  tripulantes  premiados  ao  som  de 
trombetas.  O  poeta  Virgílio  (71­19  A.C.)  relatou esta  competição  náutica  em  29  A.C.  no 
livro V da Eneida.

25 
TERRA DE PONTO 

No século XV A.C., o Egito era a maior potência marítima tendo a Rainha Hatsepsut 
(1505­1483)  enviado  uma  frota  à  fabulosa  Terra  de  Ponto  (Punt),  possivelmente  a  atual 
Somália. No seu tempo funerário em Deir el­bahari, estão representadas, em baixos relevos, 
cinco embarcações construídas em Suez com madeiras do Líbano. Estes barcos de 25 a 27 
metros, dispunham de cinco pares de remos de tamanho médio e um par de remos longos, 
usados lateralmente na popa como lemes. Um mastro central sustentava a vela, mais larga 
do que alta. Nos costados do casco, com a finalidade de dar­lhes maior solidez, sobressaem 
travessões, e na popa e na proa são vistas duas balaustradas para o comando e a vigilância. 
Para  anular  as  forças  de  flexão  contra  a  estrutura,  pode  ser  observada  uma  haste  rígida, 
acima da altura da cabeça dos remadores, fixadas nas extremidades do barco. 

FARAÓ REMADOR 

No  século  XV  A.C.  o  Faraó  Amenofis  II  (1450­1425)  em  inscrição  existente  no 
Museu de Edimburgo (Escócia), foi escrito como um bom guerreiro e ótimo remador. 

FENÍCIOS 

Nos  séculos  XV  a  XIII  A.C.  os  fenícios,  os  “primeiros  remadores  do  mundo”, 
utilizando  barcos  a  remos  e  a  velas,  exploraram  o  Mediterrâneo,  as  praias  do  mar 
Vermelho, a Arábia, a Somália, a Índia Meridional e a Oeste chegaram as  ilhas Canárias. 
Habitavam na costa da Síria atual e bem próximo tinham à disposição os enormes cedros do 
Líbano. 
Carpinteiros famosos, os fenícios foram os primeiros a construir barcos com quilhas, 
leme  único,  duas  fileiras  de  remos  e  extremidades  elevadas,  terminando  em  belas 
esculturas. 
Seus  conhecimentos  de  astronomiaa  asseguravam  os  deslocamentos  à  noite,  ao 
contrário dos barcos de outros povos que somente navegavam durante o dia. 
As  “biremes  fenícias”  eram  dotadas  de  um  longo  esporão  na  proa,  uma  ponte  de 
combate  e  doze  pares  de  remos  em  cada  bordo,  podendo  ser  consideradas  as  primeiras 
embarcações genuinamente de guerra.

26 
FESTA DOS REMADORES 

Na  época  do  Faraó  Akhnaton  (Amenofis  IV,  1370  –  1350  A.C.),  reuniam­se 
anualmente  no  Nilo,  em  frente  ao  templo  de  Luxor,  muitos  remadores  e  barcos,  para 
participar  de  uma  disputa  até  o  Templo  de  Karnak,  numa  distancia  de  aproximadamente 
dois quilômetros. Esta reunião, conhecida como FESTA DOS REMADORES, foi realizada 
por  vários  decênios,  mas  apesar  de  todo  sucesso  deixou  de  ser  efetuada  e  ficou 
completamente esquecida. Após trinta e três séculos, em 1971, a tradição foi restabelecida 
pela Federação de Remo do Egito e a disputa transformada em moderna regata nacional e 
internacional em out­riggeres, com a participação crescente de categorizadas guarnições de 
diversos países de expressão nesta modalidade esportiva. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

Em  1200  A.C.,  as  naves  do  Faraó  Ramsés  III,  construídas  e  dirigidas  por  Fenícios, 
em  águas  de  Pelúsio,  nas  proximidades  da  atual  Porte  Said,  participaram  da  primeira 
batalha  naval  da  historia,  derrotando  a  frota  de  Lívios,  Sírios  e  Filisteus.  Os  barcos 
Egípcios, com bordas elevadas para proteção dos remadores, tinham doze pares de remos, 
leme  único  lateral,  eram  dourados  e  com  um  longo  exporão  na  proa,  usado  como  um 
poderoso aríete contra as naus inimigas. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

No século X A.C., Homero, o poeta das Epopéias Gregas, mencionou remadores que 
acompanharam Ulisses em seu retorno à Itaca. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

Segundo Heródoto, em  fins do século VII  A.C., cumprindo determinações do Faraó 


Necau,  foi  realizado  a  primeira  grande  viagem  náutica  da  história,  a  circunavegação  da 
África. Marinheiros Fenícios da frota Egípcia partiram na direção sul pelo Mar Vermelho, 
contornaram  a  África  e  após  3  anos,  regressaram  ao  Egito  passando  pelas  ‘colunas  de 
Hércules’  (estreito  de  Gibrautar).  Trouxeram  como  troféus  inéditos,  cabeças  de  gorilas 
espetadas nas proas das embarcações.

27 
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

No século VI A.C., em Roma, no rio Tibre, eram realizadas anualmente, no dia 7 de 
junho, regatas à remo, os LUDI PESCATORI em honra à Tiberino, o 'Deus do Tibre'. Eram 
também  anuais  as  regatas  FORS  FORTUNAE  promovidas  pelo  rei  Sérvio  Túlio,  por 
ocasião das festividades dedicadas à Netuno, a divindade do mar. 

Na  metade  do  século  V  A.C.,  Hannon,  o  maior  navegador  cartaginês,  comandou  a 
"grande  expedição  de  Cartago'  com  o  objetivo  de  fundar  novas  colônias  e  obter  riquezas 
ainda desconhecidas." 
A  embarcação  maior  de  Hannon  era  seguida  por  60  barcos  praticamente  iguais, 
dispostos em linha paralelas, conduzindo remadores, guerreiros, mulheres e crianças. 
Os barcos de madeira com cerca de 30 metros de comprimento e 3 metros de largura, 
eram  impulsionados  por  50  remadores  que  empunhavam  remos  de  6  metros  com  pás 
estreitas e espessas, dirigidos por 2 timoneiros, dispondo de uma vela. 
Esta  poderosa  frota  passou  pelo  estreito  de  Gibraltar,  contornou  a  costa  da  África 
Equatorial e chegou até o 8º paralelo Norte, na região atualmente conhecida como golfo da 
Guiné. 
A expedição alcançou seus objetivos: fundar novas colônias e trazer muitas riquezas. 

No século IV A.C. , Pytheas, grego de Massília (Marselha), entre os anos 330 e 315, 
realizou em barco a remo e a vela uma expedição ao Mar do Norte, com duração de 6 anos. 
No regresso relatou os  bancos  de  gelo,  as  aterras  onde o  Sol  nunca  se  põe,  as  numerosas 
falésias e um modo de calcular a latitude, de grande valia na navegação. 

Na China sempre houve interesse pelas disputas à remo, efetuadas nos rios e lagos. 
O tradicional "Festival Chinês" mantém até hoje em Xishuangbanna uma competição 
de barcos, conhecidos como "dragões", com 24 metros de comprimento, tripulados por 22 
remadores e um timoneiro. 

TRIRREMES 

No momento em que as embarcações a remo e a  vela começaram a ser empregadas 
nas  guerras,  surgiu  um  novo  objetivo  fundamental,  a  rapidez  para  reduzir  o  tempo  dos 
deslocamentos e facilitar os ataques e as abordagens. 
Evoluíram,  então  rapidamente,  as  técnicas  de  construção  naval,  e  os  remadores

28 
passaram a ser selecionados entre os mais fortes e resistentes. Para avaliar suas condições 
físicas  foram  formados  grupos  de  remadores  e  submetidos  a  confrontos,  na  realidade 
verdadeiras regatas eliminatórias. 
Na Grécia, no Período Homérico, a Marinha de Atenas possuía birremes com mastro 
central,  vela,  24  pares  de  remos  e  tripulação  em  média  de  100  homens.  Para  melhorar  a 
defesa,  estas  embarcações  foram  substituídas  por  outras  mais  velozes  e  poderosas, 
chamadas  trirremes  ou  trietes,  com  38  metros  de  comprimento,  6  metros  de  largura  e  3 
metros e meio de altura, desde a quilha até o tombadilho. Possuíam mastros, velas redondas 
e em cada  bordo três linhas de remos  individuais, sendo a cadência das remadas  marcada 
por  sons  de  tambores  ou  flautas  e  outras  vezes  ritmada  pelos  gritos  de  um  chefe  e 
estimulada  por  golpes  de  chicotes.  Barcos  rápidos  e  de  fácil  manobragem,  tinham  uma 
tripulação  média  de  200  homens,  a  maioria  remadores,  além  de  marinheiros  responsáveis 
pelas  manobras,  lanceiros  e  arqueiros.  Atenas  chegou  a  possuir  400  trirremes  e  seus 
remadores  eram  selecionados  e  divididos  em  três  classes:  os  "dziguitas"  (de  dzegon  = 
barco), aqueles  fisicamente  mais  fortes que  movimentavam  a  fileira principal de remos, a 
mais próxima das águas; os "tranitas", a segunda fila; e os "talanitas", a terceira. 
Píndaro  (521­441  A.C.),  poeta  lírico  grego,  exaltou,  nos  quatro  tomos  dos 
EPINÍCIOS,  os  vencedores  dos  grandes  jogos  da  Grécia  (olímpicos,  píticos,  nemeus  e 
ístmicos).  Nos  jogos  ístmicos,  disputados  cada  dois  anos  em  Corinto,  eram  disputados 
competições entre barcos, merecendo destaque a vitória do ARGOS. 
Heródoto  (481­425  A.C.),  considerado  o  “pai  da  história”,  relatou  embarcações  à 
remo de assírios e babilônios. 

THALAMAGOS 

Foram construídos, a partir do século III A.C., grandes  barcos, verdadeiros palácios 
flutuantes,  ricamente  decorados  com  mármores  preciosos,  marfim,  metais  valiosos, 
madeiras perfumadas e raras, velas de linho, pavilhões de púrpura, tecidos dourados, sedas 
do  oriente,  estátuas  e  até  jardins.  Estas  embarcações  ficaram  conhecidas  como 
"thalamagos" ou "barcos de prazer". 
Segundo  o  historiador  Calixeno,  Ptolomeu  Philopato  do  Egito  (285­247  A.C.) 
mandou  iniciar  a  construção  de  um  barco  desse  tipo,  o  Thesserokonteros,  enorme 
embarcação com 130 metros de comprimento, 22 metros de largura e 27 metros de altura, 
com 12 pontes de comando e de observação. Os remos maiores mediam 19 metros e o total 
de remadores era 4.000. A tripulação era de 8.000 homens, entre  marinheiros, remadores, 
soldados  e  auxiliares.  Para  a  construção  foram  usadas  madeiras  correspondentes  a  140

29 
trirremes. O que nunca foi informado foi se o Thesserokonteros chegou a navegar. 
Hieron II, Rei de Siracusa (Sicília), em 280 A.C. mandou construir um enorme barco 
de  acordo  com  o  projeto  de  Aquias  de  Corinto  e  a  colaboração  de  Arquimedes.  .  Este 
thalamago extraordinário ficou conhecido como "Siracusana” ou "Alexandrina", tendo uma 
tripulação  de  1.200  homens,  dos  quais  800  eram  remadores.  Comprimento  superior  a  90 
metros, deslocava 3.650 toneladas, dispunha de 3 pontes superpostas, cabines de alto luxo, 
sala de jogos, jardins, 4 mastros, 8 catapultas e 20 pares de grandes remos. Foi lançado ao 
mar na presença de Arquimedes e Hieron II. 
Em  264  A.C.,  início  das  Guerras  Púnicas,  época  em  que  os  barcos  da  Marinha  do 
Império Romano não eram muito numerosos e na maioria trirremes, com torre de combate 
na  popa  e  uma  ponte  articulada  com  um  grande  espigão  metálico,  que  fixado  no  barco 
inimigo facilitava as abordagens. Utilizando o modelo de um barco cartaginês aprisionado, 
os  romanos  em  pouco  tempo  construíram  uma  grande  e  poderosa  frota  de  birremes  e 
trirremes.  Foram  também  construídos  quadrirremes  e  qüinqüerremes,  que  possuíam  em 
cada bordo, respectivamente, quatro ou cinco fileiras de remos e tinham maior velocidade 
do que os rivais gregos e cartagineses, porém eram  muito difíceis de  manobrar e por esta 
razão  em  breve  foram  desativados.  Os  remadores  eram  sempre  prisioneiros  ou  escravos, 
mantidos acorrentados junto aos remos. Nestas guerras, o Império Romano perdeu cerca de 
700 barcos e milhares de remadores e combatentes. 
Documentos  revelaram  que  apenas  para  a  construção  de  60 trirremes  foi  necessário 
desmatar um grande bosque da região do Etna. 
Neste  período  histórico,  no  Império  Romano  remar  era  considerado  um  trabalho 
servil e por este motivo raramente são encontrados relatos de competições entre barcos ou 
disputas entre remadores. 
O  historiador  e  filósofo  Políbio,  nascido  em  Mesalópolis  entre  210  e  205  A.C. 
(História,  Lib.  I,  21),  relatou  que  os  romanos  para  melhor  adestrar  suas  tripulações, 
especialmente os remadores, tiveram de prepará­los, ensinando­os a remar em terra firme, 
sendo os  bancos  e os  assentos  colocados  na  mesma  posição  que  na  embarcação.  Entre  as 
duas filas de remadores, o capitão (timoneiro) orientava a sincronia dos movimentos: 
­ inclinação do tórax para trás e mãos ao peito tracinando o remo n’água; 
­ volta do tronco e inclinação para frente com extensão dos braços e retorno do remo 
à proa; 
­  repetição  desta  seqüência  de  movimentos,  centenas  de  vezes,  para  aperfeiçoar  a 
remada. 
Esta foi a primeira descrição da técnica de remar. 
Hiparco (190 . 125 A.C.) mandou construir uma galé de 50 metros de comprimento,

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mastros dourados e velas de púrpura. Na realidade, a galé era uma embarcação de guerra, 
estreita  e  longa,  emergindo  pouco  acima  da  linha  d'água  e  impelida  por  15  a  30  grandes 
remos  em  cada  bordo,  manejados  cada  um  por  3  a  5  remadores.  Acessoriamente  eram 
hasteadas na proa duas velas bastardas. 
O  poeta  Catulo  (87  ­  54  A.C.),  orgulhava­se  de  seu  barco,  descrevendo­o  como  o 
mais veloz e nunca vencido nas provas a remo e a vela. 
Cleópatra (42 A.C.) possuiu um belíssimo thalamago e nele viajou várias vezes com 
Júlio César. 
Calígula (37 ­ 41, D. C.) mandou construir barcos maravilhosos, não para transporte, 
mas  para  usá­los  em  suas  orgias  como  palácios  flutuantes,  permanecendo  ancorados 
próximos  às  margens  do  lago  Nemi.  Este  lago  representa  uma  cratera  vulcânica  de  1.800 
metros  de  comprimento  por  1.250  metros  de  largura,  profundidade  média  de  35  metros  e 
338 metros de altura sobre o nível do mar. 
No  século  passado  foram  feitas  diversas  tentativas  de  resgate  desses  barcos.  Em 
dezembro de 1895 Malfatti descobriu no fundo do lago Nemi duas grandes embarcações: a 
mais próxima distava cerca de 20 metros da margem, medindo 71 metros de comprimento 
por  20  metros  de  largura,  e  cerca  de  8  metros  de  altura.  Bem  vizinha,  a  segunda 
embarcação media 73 metros de comprimento por 24 metros de largura, e estava com a ré 
enterrada no lodo, mais ou menos a 18 metros de profundidade. Estas embarcações foram 
recuperadas mediante um trabalho de rebaixamento das águas do lago, de janeiro de 1928 
até  março  de  1929,  tendo  o  nível  baixado  cinco  metros.  Estas  embarcações  foram 
guardadas num museu e em 1944, na Segunda Guerra Mundial, durante a ocupação alemã, 
inteiramente destruídas por um incêndio. 

PIRATARIA 

No  mar  Mediterrâneo,  no  século  I  A.C.,  a  pirataria  cada  vez  maior  trazia  constante 
insegurança  à  navegação  e  incalculáveis  prejuízos  ao  Grande  Império  Romano.  Em  67 
A.C.,  Pompeu  recebeu  500  embarcações,  a  maioria  birremes,  para  a  difícil  missão  de 
combater e se possível exterminar os piratas da região. Após um ano de vigilância, foram 
mortos cerca de 1.000 piratas e aprisionados 20.000, sendo concluída a tarefa com “grande 
bravura e sucesso total". 

NAUMAQUIA 

No Império Romano, "panem et  circenses" (pão e circo) sintetizavam os desejos do

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povo,  segundo  seus  poderosos  opressores,  e  para  proporcionar  grandes  e  memoráveis 
espetáculos foram construídos anfiteatros e arenas. Vários imperadores procuraram superar 
os antecessores em originalidade e grandiosidade dessas festas. As lutas entre gladiadores e 
feras  sempre  agradaram  aos  romanos.  Havia  porém  a  necessidade  de  novas  atrações, 
surgindo  então  a  "naumaquia";  ou  seja,  o  simulacro  de  combates  navais,  realizados  nas 
arenas  dos  circos  e  em  lagos  naturais  ou  artificiais.  Diversos  meses  e  até  anos  eram 
necessários  para  organizar  um  espetáculo  grandioso  de  naumaquia.  Dezenas  de  barcos  de 
vários tipos, a remo e a vela, eram transportados por escravos, prisioneiros ou condenados, 
e  divididos  em  dois  grupos  com  a  participação  de  centenas  ou  milhares  de  combatentes, 
chamados  "naumacari".  Soavam  as  trombetas  e  todas  as  embarcações  contornavam  a 
periferia  do  lago  ou  da  arena  inundada  do  circo,  para  que  os  combatentes  e  remadores 
saudassem  o  Imperador.  Novos  sons  de  trombetas  indicavam  o  início  do  espetáculo,  e os 
dois grupos combatiam e trucidavam­se com a maior violência, até que os combatentes de 
um deles fossem exterminados. Os sobreviventes, geralmente em número reduzido, feridos 
ou  mutilados  recebiam  a  liberdade  como  prêmio.  Estes  combates  de  naumaquia  tiveram 
grande esplendor no período de 50 A.C. a 100 D.C merecendo destaque os seguintes: 
46  A.C.  –  Caio  Júlio  César  mandou  inundar  o  Campo  Marzio  em  Codetas,  na 
margem do Tibre, para formar um grande lago artificial, onde pudessem evoluir barcos com 
um total de 2.000 remadores e 1.000 combatentes. O espetáculo  iniciava com desafios de 
velocidade entre embarcações maiores e prosseguia com combates navais de naumaquia. 
2  A.C.  –  O  Imperador  Otávio  Augusto  fez  reproduzir  a  batalha  de  Salamina  (480 
A.C. entre persas e gregos) num lago artificial de 540 metros de comprimento e 360 metros 
de largura. Participaram do espetáculo 30 navios com 10.000 combatentes remadores. 
41  a  54  D.C.  ­  O  Imperador  Cláudio  determinou  a  construção  de  um  grande  lago 
artificial,  por  drenagem  do  lago  Fucino,  e  para  assegurar  o  abastecimento  d'água  teve  de 
perfurar um monte. Na inauguração em 52 D.C., foi programada uma grande batalha naval 
com a participação de 100 barcos e 19.000 combatentes e remadores. Nas margens do novo 
lago foram colocados batéis com pretorianos armados de catapultas e balistas para impedir 
possíveis  fugas  de  combatentes,  atirar  nas  embarcações  durante  o  combate  e  aumentar  a 
crueldade do espetáculo. Uma multidão vinda de todo o Império juntou­se à população de 
Roma,  ocupando  as  margens  do  lago  e  montes  vizinhos.  As  águas  ficaram  vermelhas  do 
sangue  de  milhares  de  combatentes  e  remadores,  restando  poucos  sobreviventes 
gravemente feridos. 
54 a 68 D.C. – O Imperador promoveu espetáculos de naumarquia. 
79  a 81 D.C. – O Imperador Tito ordenou a transformação da  arena do Coliseu em 
lago  para  a  reprodução  da  batalha  de  Corinto  e  Corcira,  que  originou  a  Guerra  do

32 
Peloponeso (Atenas e Esparta, 431 a 404 A.C.) 
81 a 96  D.C. – O Imperador Dominiciano  mandou realizar uma  batalha  naval  entre 
3.000  combatentes  e  remadores.  O  espetáculo  foi  sem  dúvida  menos  grandioso  e 
sensacional dos que haviam sido efetuados pelos imperadores que o antecederam. 
O  último  espetáculo  de  naumaquia,  foi  realizado  em  248  D.C.  por  Filipe,  o  Árabe 
(244 ­ 249), em comemoração ao milenário de Roma. 

INVASÕES ROMANAS 

As  invasões  da  Grã­Bretanha  em  43  D.C.  pelos  exércitos  romanos  do  Imperador 
Cláudio  (41  a  54  D.C.),  efetuadas  em  barcos  a  velas  e  a  remos,  foram responsáveis  pela 
introdução destas embarcações naquela região; entretanto, os britânicos se recusaram a usar 
escravos ou prisioneiros como remadores. 
Em  98  D.C.,  o  historiador  romano  Públio  Cornélio  Tácito  viajou  pelas  regiões  do 
norte  da  Europa  habitadas  por  povos  bárbaros  e  ocupadas  pelos  exércitos  romanos.  Na 
região  do  lago  Malaren,  proximidades  da  atual  Estocolmo,  conheceu  os  suiones  e  sua 
poderosa frota, com barcos rápidos, tendo a proa e popa curvos e exatamente iguais. Destes 
barcos, séculos após, originaram­se as embarcações vikings. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

Em  Nydam,  Dinamarca,  descoberto  um  barco  que  datava  aproximadamente  do  ano 
300 D.C., construído em madeira de carvalho, sem quilha, fundo arredondado, sem mastro 
e acionado por duas fileiras de remos. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

Encontrada  uma  moeda  do  século  IV  D.C.  com  a  efígie  do  Imperador  Constantino 
(306 – 377) e na outra face a representação de uma disputa entre barcos e remos. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

Fa Hien, budista chinês (414 D.C.), relatou sua viagem de Java até Cantão pelo mar 
da China, em barco a remos e velas. 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­

33 
O século V D.C. foi a época do "plakenboot", tipo de barco herdado pelos vikings de 
seus  antepassados,  caracterizado  pela  colocação  da  quilha.  Centenas  de  anos  após,  este 
mesmo  modelo  de  barco  foi  encontrado  entre  indígenas  de  ilhotas  vizinhas  à  ilha  de 
Formosa, no arquipélago de Salomão, onde são chamados de "mon u , e no arquipélago das 
Molucas, onde são chamados de "orem­bai". 

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 

A florescente Veneza dos séculos VI e VII teve em 697 D.C. o primeiro Doge, Paulo 
Luiz  Anadesto,  nomeado  pelo  Conselho  da  República,  integrado  por  representantes  das 
mais  destacadas  famílias.  Para  manter  o  extraordinário  comércio  e  poderio  marítimo,  o 
Conselho  e  o  Doge  decidiram  organizar  uma  frota,  baseados  em  que  os  venezianos  eram 
hábeis construtores de barcos e excelentes marinheiros. 

VIKINGS 

Na época áurea dos destemidos e audaciosos vikings, nos séculos VIII, IX e X D.C., 
seus barcos a remos e a velas dominaram os mares Báltico e do Norte. Graças ao costume 
nórdico  de  enterrar  os  barcos  juntamente  com  seus  donos,  foram  encontrados  em 
escavações arqueológicas ou ocasionalmente, vários exemplares de  embarcações diversas, 
em razoável estado de conservação. 
Seus  barcos  eram  estreitos  e  longos,  com  cerca  de  24  metros  de  comprimento  e  5 
metros de largura, comportando 40 tripulantes. Havia 14 pares de remos, mastro central de 
12 metros de altura e vela única de lã com reforços de cordas. 
Erik, o Vermelho (devido à cor dos seus longos cabelos e da  barba),  nasceu 
aproximadamente em 950 D.C., perto de Jaeren, Noruega. Em 965 refugiou­se na Islândia, 
e  em  982  descobriu  a  Groenlândia  (Terra  Verde),  tendo  em  985  fundado  a  colônia  de 
Brattahild. 
Seu filho, Leif Erikson, em 1.002 D.C. atravessou o oceano e desceu numa terra que 
chamou  de  Helliland  (Terra  das  Pedras  Lisas),  posteriormente  Terra  de  Baffin.  Seguiu 
viagem e descobriu a terra de Vinland (Quebec, Canadá). 
Em 1880 nas vizinhanças de Gokstad, Noruega foi encontrado um barco do século X 
D.C.,  com  27  metros  de  comprimento,  5  metros  de  largura  e  quase  2  metros  de  altura. 
Construído  no  sistema  trincado,  isto  é,  feito  de  tábuas  superpostas,  apresentava  em  cada 
bordo 16 aberturas redondas para os remos, cobertas por discos de madeira para impedir a

34 
entrada d'água quando o barco estivesse adernado ou enfrentando mar agitada. Nos dias de 
mar calmo, os discos eram retirados e colocados os remos. Os barcos vikings tinham leme 
único constituído por uma lâmina comprida e reta, controlado por uma barra encaixada em 
ângulo reto na madre do leme e localizado ao lado direito da popa. Nos costados dos cascos 
eram colocados os escudos dos guerreiros. 
Em  Kva1sund,  Noruega,  em  1920,  foram  encontrados  os  cascos  de  dois  barcos  do 
século VII D.C. O maior media 18 metros de comprimento por 3,20 metros de largura, com 
10 pares de remos, e extremidade iguais e recurvadas, sem esculturas. 
Em  Oseberg,  Noruega,  foi  encontrado  outro  barco  viking  do  século  IX,  com  21,34 
metros de comprimento, 5 metros de largura, 13 metros de altura, mastro central, 8 pares de 
remos,  leme  único  lateral,  extremidades  iguais  e  arredondadas  em  volutas.  Este  barco 
encontrava­se no museu de Oslo. 
No  fiorde  de  Roskilde,  Dinamarca,  pesquisas  submarinas  recentes  permitiram  a 
recuperação  completa  e  a  reconstrução  de  várias  embarcações  vikings  de  alto­mar,  entre 
elas o “Knarr” de Skuldeleu, verdadeiro cargueiro de 16,50 metros de comprimento e 4,50 
metros  de  largura,  construído  em  madeira  de  pinho,  quilha  de  carvalho,  dotado  de 
semipontes na proa e na popa, e equipado com vela quadrada. Outro navio, encontrado no 
mesmo lugar, tinha. o comprimento de 28 metros. 
Os  barcos  vikings,  segundo  as  esculturas  feitas  nas  proas,  eram  chamados  de 
"drakars" (dragões) ou "snekars" (serpentes). 
Nesta  época,  os  povos  escandinavos,  suecos,  noruegueses  e  dinamarqueses,  são 
impropriamente chamados de vikings, porém o mais correto seria denominá­los normandos. 
Viking  (rei  do  mar)  era  o título  dado  unicamente  aos  chefes  das  expedições  marítimas,  e 
por extensão assim  foram  chamados os habitantes das regiões escandinavas nesse período 
histórico. 

REGATAS VENEZIANAS 

Em 31 de janeiro de 942 D.C., uma horda de piratas eslavos assaltou a igreja de São 
Pedro Martir, durante uma cerimônia matrimonial coletiva, raptando doze noivas. Superada 
a  surpresa  geral,  um  grupo  de  venezianos  saiu  em  perseguição  aos  assaltantes,  e  sendo 
ótimos remadores e dispondo de barcos rápidos conseguiram alcançar e trucidar os piratas e 
salvar as doze  jovens. O  inusitado acontecimento  ficou conhecido como "O Rapto das 12 
Marias" e passou a ser festejado anualmente na cidade com uma regata para homenagear a 
participação  brilhante  de  seus  destemidos  remadores,  na  "Veneziana  Festa  delle  Marie": 
Esta  é  uma  das  versões,  sem  dúvida  a  mais  romântica,  da  origem  da  "Grande  Regata  de

35 
Veneza". 
Outra  das  versões  está  relacionada  às  disputas  a  remo  entre  os  hortelãos  das  ilhas 
próximas, para serem os primeiros a oferecer seus produtos no mercado de Rialto 
As  barcas  venezianas  tiveram  origem  na  Veneza  Rainha  dos  Mares,  cidade  onde 
foram  disputadas  as  primeiras  corridas  a  remo  ou  regatas.  Essas  embarcações  pesavam 
cerca  de  150  quilos,  tinham  fundo  chato  e  eram  construídas  de  abetos  ou  pinheiros.  A 
forma  desses  barcos  foi  modificada  e  eles  passaram  a  ser  construídos  com  casco 
arredondado e falsa quilha, isto é, uma quilha interna. 
A  madeira  usada  passou  a  ser  o  cedro  e  o  mogno,  reduzindo  o  peso  das  barcas 
menores  para  aproximadamente  70  quilos.  Um  detalhe  característico  é  a  posição  sempre 
vertical dos remadores, com pés bastantes afastados para aumentar o equilíbrio e facilitar o 
balanceio  do  corpo  durante  a  remada,  realizada  por  apenas  uma  ou  várias  duplas  de 
remadores 
Posteriormente,  estas  barcas  venezianas  de  fundo  chato  passaram  a  ter  as 
extremidades  elevadas,  terminando  em  lindas  esculturas,  surgindo  as  embarcações  mais 
típicas de Veneza, as gôndolas, impulsionadas apenas por um remador, o gondoleiro. 

EDGAR, O PACIFICO 

Na Grã­Bretanha, o Rei Edgar, o Pacífico (954 – 975), segundo relato de William de 
Malmsbury, deixou uma página original na história dos barcos a remo: 
"Em  973,  no  dia  de  sua  coroação,  mandou  lançar  no  rio  Dee  uma  embarcação 
especialmente construída para a cerimônia, sendo a tripulação formada pelos 8 reis que lhe 
haviam  jurado  fidelidade  e  submissão.  O  monarca  sentado  à  popa  assumiu  o  comando, 
enquanto  que  a  guarnição  real  teve  de  remar  desde  o  Palácio  de  Chester  até  a  Igreja  de 
Saint John, onde foi realizada a coroação. No percurso, as margens do rio estavam repletas 
de povo, que tributava homenagens ao novo rei e aplaudia o inédito espetáculo.” 
Alguns  historiadores  atribuem  a  origem  dos  barcos  com  8  remadores  a  esse 
surpreendente desfile. 

GALERAS 

No século XI, no mar Mediterrâneo, devido à expansão e poderio árabes, suas forças 
navais  tiveram  de  travar  batalhas,  durante  decênios,  contra  as  frotas  das  repúblicas 
marinhas  de  Gênova,  Pisa,  Amalfi  e  Veneza.  Para  manter  a  hegemonia  naval  nesse  mar, 
eram  usados  barcos  cada  vez  maiores  e  mais  poderosos,  impelidos  a  remos  e  a  velas,

36 
transportando centenas de combatentes que se defrontavam em ferozes batalhas. É a época 
das galeras, de uma ou duas velas triangulares, as amalfitanas com um enorme espigão de 
bronze e três fileiras de remos. As galeras venezianas tinham inicialmente duas fileiras de 
remos, depois passaram a ser construídas apenas com uma fila de remos. As galeras árabes 
eram  o  "terror  do  Mediterrâneo",  sendo  movidas  por  18  pares  de  remos,  dispostos  numa 
única fileira, impulsionados por prisioneiros, obrigados a remar até 10 horas contínuas sob 
golpes de chicotes. 
Entretanto,  os  filhos  de  árabes  nobres,  também  eram  preparados  para  a  guerra  e 
exercitados  na  prática  de  remar  e  manobrar  para  abordar  embarcações  inimigas.  O 
aprendizado  era  feito  num  barco  quadrangular  com  300  passos  de  lado  (cerca  de  200 
metros).
Segundo o arqueólogo francês A. Jal, os remos das galeras francesas na Idade Média 
mediam  16,50  metros  de  comprimento  e  os  da  espanholas  apenas  11  metros.  As  galeras 
eram impulsionadas por muitos remos, empunhados cada um deles por 4 a 7 remadores. 

CRUZADAS 

Nas duas primeiras Cruzadas (1095 e 1144) o transporte das tropas  foi  efetuado em 


grande  maioria  por  via  terrestre,  porém  os  combatentes  cristãos  encontraram  tamanhas 
dificuldades nos deslocamentos dos exércitos, que nas duas outras Cruzadas (1187 e 1204) 
o  transporte  foi  preferentemente  maritimo.  Na  terceira  Cruzada  os  exércitos  partiram  de 
portos da Grã­Bretanha, França e Itália, e na quarta Cruzada os 20.000 combatentes, 9.000 
escudeiros, 4.500 cavalarianos e montarias chegaram ao Oriente Médio, graças aos barcos e 
remadores da poderosa frota veneziana. 

ARCO E FLECHA 

Nos tempos da República de Veneza, imitando a antiga Roma, eram proporcionadas 
diversões  e  jogos  ao  povo.  Um  dos  divertimentos  de  maior  agrado  dos  nobres  e  plebeus 
eram os concursos de arco e flecha, disputados três vezes por ano em São Nicolau, no Lido. 
Para garantir o transporte popular até o local das festas dos atiradores, o governo colocava à 
disposição daqueles que não dispuzessem de condução um grande número de barcos de 30 
a  40  remos,  acostados  junto  à  Praça  de  São  Marcos.  Um  grande  número  de  pessoas 
começou a interessar­se pelo remo, e mesmo a ocupar o lugar dos remadores nas viagens de 
ida  e  de  regresso,  despertando  crescente  interesse  dos  remadores  e  passageiros.  Estas 
primeiras disputas têm referências históricas correspondentes ao ano 1171.

37 
O TÂMISA E A CORPORAÇÃO 

Nos séculos XI e XII, na Grã­Bretanha, devido às péssimas condições das estradas, as 
carroças  e  os  carros  eram  muitos  desconfortáveis  e  lentos,  além  de  inseguros,  devido  às 
freqüentes  guerras  e  lutas  internas.  Face  a  estas  dificuldades,  os  nobres  que  possuíam 
castelos às  margens do Tâmisa começaram  a usar o transporte fluvial para assegurar suas 
presenças  habituais  na  corte.  Seus  barcos,  a  remos  ou  a  velas,  de  acordo  com  os 
equipamentos  e  decorações,  revelavam  a  riqueza  e  poderio  de  seus  proprietários.  Além 
dessas  embarcações,  havia  muitos  barcos  de  transporte  em  geral,  conduzidos  por  pilotos, 
marinheiros e remadores, constituindo numerosa categoria profissional. 
No  século  XIII,  um  inverno  especialmente  rigoroso  fez  gelar  as  águas  do  Tâmisa 
durante meses, impedindo a navegação e o trabalho dos profissionais do setor, levando­os a 
miséria.  Para  enfrentar  o  problema,  surgiu  a  primeira  "corporação"  profissional  da  Grã­ 
Bretanha (semelhante aos atuais sindicatos), congregando pilotos, marinheiros e remadores. 
Esta corporação teve destacada importância na história da Grã­Bretanha pelas lutas a favor 
de  liberdades  fundamentais,  diante  do  absolutismo  real  vigorante,  e  que  tornaram­se 
vitoriosas na sanção da Carta Magna (1215). Coube aos barqueiros e remadores do Tâmisa 
conduzir  nobres  e  magistrados  a  Runnymede,  pequena  ilhota  desse  rio,  para  assistir  à 
assinatura desse  histórico documento pelo Rei  João­Sem­Terra. Na época eram realizadas 
procissões  náuticas  no  Tamisa,  com  barcos  ricamente  decorados,  conhecidos  como 
“pageants”,  sendo  os  remadores  contratados  pelas  confrarias  (instituições  religiosas)  das 
cidades. 

BUCINTORO 

O Papa Alexandre III (Rolando Bandinelli, 1159 ­ 1181), em 1177 consagrou a união 
entre Veneza e o mar, sendo comemorada anualmente no Dia da Ascensão do Senhor. Nos 
primeiros  anos  consistia  numa  visita  do  Doge  até  mar  aberto,  acompanhado  de  muitos 
barcos.  Em  1252  fui  autorizada  pelo  Conselho  da  República  de  Veneza  a  construção  do 
"bucintoro"  ou  "bucentauro",  grande  barco  de  dois  pavimentos,  ricamente  esculturado  e 
revestido  de  ouro,  para  ser  usado  pelo  Doge,  altos  magistrados.  e  nobres,  nas  cerimônias 
festivas da união da cidade e do mar. 
O bucintoro era conduzido por remadores e o Doge vestido de púrpura, sentado num 
trono  sobre  a  proa,  era  acompanhado  dos  senadores  (prégadi),  sábios  (savi),  juízes 
(quarantia), conselheiros (signoria), além do Núncio Papal e dos embaixadores. Dezenas de

38 
gôndolas e outros barcos faziam a escolta do bucintoro e na cidade repicavam os sinos de 
todas as igrejas. O desfile prosseguia majestosamente pelo canal do Lido até o mar aberto, e 
então o Doge lançava às ondas uma aliança abençoada, pronunciando as palavras do ritual: 
“mar, te desposamos, em sinal de verdadeiro e perpétuo domínio”. O segundo bucintoro foi 
construído em 1605 e o terceiro e último em 1729, com 43,80 metros de comprimento, 7,31 
metros  de  largura  e  21  pares  de  remos,  impelidos  por  168  remadores.  Esse  enorme  e 
maravilhoso  barco  foi  em  1798  parcialmente  incendiado  pelos  franceses.  A  parte  restante 
foi  incorporada  ao  patrimônio  do  “Museo  dell'Arsenale”,  no  campo  de  S.  Biaggio  em 
Veneza. 

1300
· Pace  del  Friule  relatou  uma  competição  de  remo  entre  atiradores  de  arco  do  Lido  em 
Veneza, consistindo numa disputa entre dois barcos que percorriam o Grande Canal. Ao 
vencedor cabia o prêmio "Ut Cursu Equorum". 

1311
· O Conselho da República de Veneza  autorizou a  construção de barcos de  luxo, com 30 
metros de comprimento, 7 metros de largura e 4 metros de altura, ricamente decorados e 
movidos  por  20  pares  de  remos  e  a  força  de  100  remadores.  Esses  novos  bucintoros 
destinavam­se aos nobres e magistrados, para viagens de recreio e de orgias. 

1315
· O  Doge  Giovanni  Soranzo  regulamentou  a  Grande  Regata  de  Veneza  e  fixou  a  data  de 
sua  realização,  25  de  janeiro,  Dia  da  Conversão  de  São  Paulo.  Decidiu  também  que  a 
regata teria dois objetivos fundamentais: 
a)  exercício da juventude; 
b)  formar  e  adestrar  um  grande  número  de  remadores  para  a  frota  comercial  da 
República de Veneza. 
Competia ao Conselho da República nomear, trinta a quarenta dias antes da regata, os 
"encarregados" da preparação 'material e técnica da disputa. Entre os melhores remadores 
de  gôndola  da  cidade,  a  "nobreza  dos  gondoleiros",  eram  escolhidos  os  concorrentes; 
quando  empregados,  tinham  dos  patrões  aumento  de  salário  e  ampla  liberdade  de  horário 
durante  o  período  de  treinamento,  que  cessava  na  véspera  da  regata  para  dar  lugar  à 
preparação espiritual dos remadores. 
Todos os participantes se dirigiam à Igreja de Nossa Senhora da Saúde para pedir a 
proteção  divina  e  receber  a  bênção  dos  remadores  e  das  embarcações.  A  regata  era

39 
precedida por um grande desfile náutico com centenas de embarcações de vários tipos. 
Um  tiro  de  canhão  assinalava  o  início  da  regata,  disputada  num  percurso  de  quatro 
milhas  venezianas com  a chegada em  Ca’Foscari. Os prêmios  consistiam de  bandeiras de 
seda de várias cores, bordadas a ouro: vermelha ao vencedor, branca para o segundo, verde 
para  o  terceiro  e  azul  para  o  quarto  classificado.  Os  "encarregados"  destinavam  também 
quantias em dinheiro para os barcos mais destacados, além de um leitão ao quarto colocado. 
Normalmente, eram disputadas três provas: 
Venette ­ para barcos de quatro remadores; 
Caorline ­ para barcos de seis remadores e; 
Gondolini ­ para pequenas gôndolas de dois remadores 
Algumas vezes participaram remadores de Pellestrina, cidade situada à beira do mar. 
Barcos de todos os tipos, ricamente decorados, bandas de música, e uma multidão vibrante 
realçavam a tradicional "Grande Regata de Veneza". 
A  palavra  "regata",  à  maneira  veneziana,  passou  a  representar  oficialmente  nas 
línguas alemã e inglesa à competição de remo. Segundo Girolamo Zanetti, no livro Origem 
de  algumas  artes  principais  junto  aos  venezianos,  "regata"  ou  "rigatta"  derivou­se  de 
"riga"  ou  "rigata",  que  é  a  linha  em  que  as  embarcações  concorrentes  se  colocavam  na 
partida de uma disputa. 

JUNCOS 
Abu Abdallah Mohammed, Ibn Abdallah, Ibn Ibrahim ou ainda Ibn Batuta, em 1330 
assim relatou sua viagem da Índia à China: 
"Os  grandes  navios  chineses  chamavam­se  'junk'  (juncos).  Neles  há  até  doze  velas. 
As velas consistem em bambus tecidos como esteiras. Elas nunca são arriadas, viram­se as 
mesmas de acordo com a direção donde sopra o vento. Quando o navio está ancorado em 
algum porto, ainda assim as velas estão nos mastros, embora pandas. A tripulação completa 
do navio consiste de mil homens, seiscentos dos quais são marujos e quatrocentos soldados, 
incluindo  arqueiros,  escudeiros  e  besteiros,  todos  eles  arremessam  projéteis  com  nafta. 
Esses  barcos são construídos exclusivamente nas  cidades de Zaitun e Sin­Kalan (Cantão). 
Nos lados dos navios existem os remos, e cada um dos quais é movido por dez ou quinze 
homens. A ação de remar é efetuada por dois grupos, que em pé se defrontam. Duas cordas 
tesas e pesadas são presas aos remos. Os dois grupos puxam alternadamente essas cordas, 
primeiramente em uma e depois em outra direção." 

1361
· 02.02  –  Regata  em  Veneza  vencida  pelos  "Frades  de  São  Salvador",  segundo  o

40 
historiador Francisco della Grazia.
· Devido à Guerra de Chioggia, com descontentamento geral foi suspensa a Grande Regata 
de Veneza, e somente reiniciada em 1441. 

GRANDES NAVEGAÇOES 

Nesta  época,  dois  Reis  de  Portugal  contribuíram  decisivamente  na  evolução  da 
construção das embarcações e da navegação: 
D.  Dinis  (1279  ­  1325),  considerado  o  maior  soberano  da  Dinastia  de  Borgonha, 
incentivou a busca de conhecimentos náuticos e de construção naval e desenvolveu a pesca 
da baleia e do atum. 
D.  Fernando  I,  o  Bom  (1367  ­  1383),  apoiou  o  comércio,  o  transporte  através  dos 
mares e estabeleceu verdadeiras "bolsas de seguros marítimos" em Lisboa e no Porto. 
O Infante D. Henrique, Navegador, em 1416 criou a Escola de Sagres, possibilitando 
a Portugal organizar as grandes expedições oceânicas. 
No século XV e XVI, conhecidos como das “grandes navegações”, a rivalidade entre 
Portugal  e  Espanha  garantiu  recursos  aos  armadores  portugueses  e  espanhóis  para  a 
construção  de novos tipos de embarcações. Neste período e no século seguinte, ocorreu a 
transição  dos  barcos  movidos  a  remos  e  a  velas  para  as  grandes  embarcações  dotadas 
unicamente  de  velas.  No  primeiro  grupo  de  embarcações  merecem  destaque  a  galera,  a 
barca,  o  barinel,  a  caravela,  a  nau  e  a  galeaça,  e  no  segundo,  o  galeão,  o  bergantim  e  a 
fragata. 

GRANDE REGATA DE VENEZA 

1441
· Reinício das regatas venezianas por ocasião do casamento festivo de Jacopo Foscari com 
Lucrécia Contarini. Desde então novas regatas foram efetuadas por motivo de grandes ou 
felizes acontecimentos publicamente festejados. A Grande Regata de Veneza passou a ser 
disputada  anualmente,  no  primeiro  domingo  de  setembro,  sendo  precedida  por 
espetacular desfile de embarcações diversas, movidas unicamente a remos. 
Esse  desfile  era  aberto  pelas  "disdotona"  e  "dodesona",  embarcações  de  18  e  12 
remadores,  destacando­se  nas  popas  o  pavilhão  de  São  Marcos.  A  parte  mais  espetacular 
consistia na passagem das 12 "bissone", faluas lindamente decoradas, da proa à popa, com 
cabeças de dragões e outros animais fantásticos, desfilando majestosamente e desfraldando 
compridas fitas de panos decorados com pedrarias e bordados a ouro. Prosseguia o cortejo

41 
náutico com a passagem da "sereníssima", a maior das bissonas, conduzindo os estandartes 
das três outras repúblicas marinhas, Gênova, Pisa e Amalfi. Segue a "bissoncella" de honra, 
com personagens que evocam os Doges de Veneza, acompanhada de dezenas de gôndolas 
das  mais  variadas  cores  conduzindo  os  magistrados,  nobres  e  embaixadores.  Concluído o 
desfile era iniciada a regata propriamente dita, de acordo com a tradição. 

1450
·  Os estaleiros de Veneza empregavam 16.000 operários e constituíam a maior atividade 
industrial.  A  construção  e  a  montagem  dos  barcos  eram  rápidas  e  aperfeiçoadas, 
assemelhando­se aos processos em série de nosso tempo. 

1454
·  O prefeito de Londres, Sir John Normann, mandou construir um luxuoso barco dourado 
com pesados remos de prata, para participar de um desfile fluvial até Westminster. Esta 
festa, realizada até 1856, transformou­se num evento anual de destaque e trouxe grande 
incentivo  às  regatas  e  festas  náuticas,  assegurando  ao  rio  Tâmisa  o  honroso  título  de 
"centro  de  origem  do  remo  esportivo  mundial".  O  prefeito  comandava  a  embarcação 
sentado numa confortável poltrona junto à popa, no local hoje destinado aos timoneiros. 

1462
·  24/06  –  Regata  no  lago  de  Bolsena  em  homenagem  ao  Papa  Pio  II  (Enea  Silvio 
Piccolomini). 

1468
·  Caterina,  da  ilustre  família  Cornaro  de  Veneza,  casou­se  com  Jacopo  de  Lusignan, 
Soberano  de  Chipre,  e  pela  morte  do  esposo,  assumiu  o  poder  e  tornou­se  Rainha  de 
Chipre.  Ao  visitar  sua  cidade  natal  foi  homenageada  com  belíssimo  desfile  náutico 
seguido de uma grande regata. 

1492
·  13/10. – Do Diário de Cristóvão Colombo, suas impressões do primeiro contato com os 
índios: 
"Vieram  até  a  nau  em  pirogas,  feitas  de  tronco  de  uma  só  árvore,  como  um  barco 
comprido de um só pedaço, e lavradas que era uma maravilha, segundo o costume local, 
e  tão  grandes  que  algumas  continham  quarenta ou  quarenta  e  cinco  homens,  e  outras, 
menores, onde  inclusive  cabia apenas uma pessoa. Remavam com uma pá  semelhante

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às  de  forno;  e  quando  emborcam,  todos  logo  se  põem  a  nadar  para  endireitá­las, 
esvaziando­as com cabaças que levam junto com eles”. 

1493
·  Regata em Veneza com a participação de remadoras.

43 
·  Em  Veneza,  no  fim  do  século,  por  motivo  da  visita  de  Eleonora  d’Este,  esposa  de 
Ludovico  Sforza,  o  Mouro,  Duque  de  Milão,  12  barcos  a  4  remos  disputaram  uma 
regata no Grande Canal, entre Burano, Murano e Malamoco, na distância de 48 milhas. 

1502
·  Regata  das  mais  originais  na  história  do  remo,  realizada  em  Veneza  e  na  qual  os 
remadores participaram nus e untados de azeite.
·  01/08 ­ Em Veneza, em homenagem a Rainha Ana da Hungria, 11 barcos femininos e 2 
masculinos se exibiram em duas regatas. 

1514
·  O  Parlamento  da  Grã­Bretanha  considerou  e  atendeu  os  pedidos  dos  barqueiros  e

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remadores do Tâmisa, por ocasião da regulamentação de seus estatutos. 

1520, 1524 e 1530
·  Regatas em Veneza patrocinadas por companhias privadas.
·  Durante  o  reinado  de  Henrique  VIII,  da  Grã­Bretanha  (1509  ­  1547),  o  número 
crescente de embarcações do rio Tâmisa causava preocupações e problemas. Em virtude 
de muitos acidentes devidos a imperícias dos remadores e pilotos, o rei determinou que 
somente os licenciados podiam remar na Grã­Bretanha. Para obtenção desta licença, os 
remadores  deviam  passar  por  um  período  de  aprendizagem.  Antes  da  morte  de 
Henrique  VIII  havia  mais  de  10.000  remadores  licenciados  no  Tamisa,  sendo  ainda 
maior  o  número  de  aprendizes.  É  evidente  que  com  tantos  remadores  em  ação  diária 
surgissem  desafios  e  confrontos,  resultando  em  competições,  quase  sempre  com 
apostas. 

1539
·  Francisco  Doria  relatou  que  a  "signoria"  de  Veneza  estabeleceu  que  entre  4.000 
remadores  recrutados  para  as  tripulações  de  25  galeras,  em  cada  ano  deviam  ser 
escolhidos 1.000 para tomar parte em quatro regatas, concorrendo em  cada uma delas 
seis  galeras.  A  premiação  aos  melhores  classificados  era  de  200,  150,  100,  80  e  40 
ducados, sendo que o último nada recebia. 

1545
·  05/08 – A "Signoria" de Veneza aumentou para 100 o número de galeras participantes 
das regatas e instituiu o "Colégio e Magistrado da Milícia do Mar". 

1555

·  O  Parlamento  Britânico  alterou  a  regulamentação  dos  remadores  e  barqueiros  do 


Tâmisa, concedendo­lhes maiores vantagens.

·  William Shakespeare (1564 ­ 1616) referindo­se ao remo escreveu: "Há alguns esportes 
difíceis, mas o trabalho é agradável e compensador". 

Século XVI
·  No  fim  deste  período,  Bartolomeo  Crescenzio  publicou  um  livro  especializado 
denominado  "Náutica",  com  detalhes  sobre  a  construção  de  barcos  a  remo,  materiais

45 
empregados e também o modo correto de remar. 

1571
·  07/10  –  Batalha  de  Lepanto  entre  esquadras  aliadas  da  Espanha,  Veneza  e  do  Papa 
contra  a  da  Turquia,  representando  a  última  grande  luta  de  esquadras  constituídas  na 
maioria  de  galeras,  impulsionadas  por  milhares  de  remadores  "galeotes"  e  velas.  A 
esquadra aliada (católica) era integrada por 204 galeras (100 espanholas, 80 venezianas 
e  24  pontifícias  e  genovesas)  e  6  galeaças  venezianas.  A  esquadra  turca  tinha  271 
barcos,  dos  quais  208  eram  galeras.  Na  sangrenta  batalha  foram  afundadas  80  galeras 
otomanas, mortos 30.000 turcos, 8.000 italianos e espanhóis, libertados 12.000 escravos 
e aprisionados. 8.000 turcos. 

Desde então, as chamadas "nações  marítimas" começaram a construir preferentemente 
navios a vela para suas esquadras. 

1573
·  A Rainha da Inglaterra, Elisabeth I (1558 ­ 1603) ao visitar Sandwich foi homenageada 
com uma “disputa náutica”. 

1588
·  Felipe  II  da  Espanha,  para  invadir  a  Grã­Bretanha,  organizou  a  “invencível  armada", 
integrada de 124 embarcações, porém com muito poucos remadores. 

1598
·  Na  Inglaterra,  entre  Gravesend  e  windsor,  trabalhavam  mais  de  20.000  "remadores 
licenciados". 

ESCRAVOS 

Nos  séculos  XVI  e  XVII  o  tráfico  de  negros  (iniciado  em  1441  pelo  português 
Antônio  Gonzáles),  alcançou  cifras  impressionantes,  transformando  milhares  de  nativos 
africanos em remadores improvisados e torturados até o cativeiro na América. 
Esta época corresponde ao surgimento dos flibusteiros e à multiplicação dos piratas, 
corsários  e  aventureiros,  sempre  com  tripulações  hábeis  no  manejo  das  armas,  remos  e 
velas, e com barcos cada vez mais velozes e poderosos.

46 
BARCOS DE APOSTAS

·  Nesta  época  havia  duas  pontes  para  atravessar  o  rio  Tâmisa  em  sua  parte  inferior, 
Londres e Chelsea, e todos que desejassem atravessar o rio noutro lugar dependiam de 
barcos  tripulados  por  marinheiros,  muitos  deles  conhecidos  e  famosos  pela  força, 
habilidade  e  coragem.  O  espírito  competitivo  entre  estes  remadores  ensejou  e 
estimulou a realização dos primeiros confrontos e disputas, efetuados em dias festivos 
e  despertando  grande  interesse  do  povo.  Havia  sempre  apostas  e  estas  alcançavam 
quantias  elevadas,  razão  pela  qual  as  embarcações  participantes  ficaram  conhecidas 
como "barcos de apostas". 

1610
·  Regata feminina em Veneza, com dezenas de barcos. Gravura de Giacomo Franco. 

1687
·  Regatas em Veneza em homenagem ao Duque da Baviera e ao Duque de Sarajevo. 

1697
·  18/10  –  Em  Veneza,  nascimento  de  Giovanni  Antonio  Canal  (Canaletto),  autor  de 
diversos  quadros  famosos  sobre  a  cidade,  suas  festas,  regatas,  barcos,  remadores  e 
gondoleiros, destacando­se O BUCENTAURO DIANTE DO PALÁCIO DUCAL NO 
DIA  DA  ASCENÇÃO  (1729),  óleo  sobre  tela,  182  X  259  cm  –  Coleção  Crespi, 
Milão,  e  REGATA  NO  GRANDE  CANAL  (1732), óleo  sobre tela,  77  X  126  cm – 
Coleção da Rainha da Inglaterra, Castelo de Windsor. 

1698
·  O Czar Pedro, o Grande, da Rússia, ao visitar Veneza recebeu diversas homenagens, 
destacando­se uma regata. 

1702­1714
·  No reinado da Rainha Anne, a Grã­Bretanha tinha uma população de seis milhões de 
habitantes, e no Tâmisa, somente entre Gravesend e Windsor, havia cerca de 40.000 
marinheiros, pilotos e remadores licenciados. 

1709
·  Frederico IV, Rei da Dinamarca e da Noruega (1690 – 1730), foi recebido em Veneza

47 
com  muitas  festas,  destacando­se  a  “Regata  no  Grande  Canal”,  pintada  a  óleo  por 
Luca Carlevaris (1665 – 1731). 

1712
·  Nasce  na  Itália  o  pintor  Francesco  Guardi  (falecido  em  1793),  autor  de  O  Festival 
Bucintoro em Veneza. 

THOMAS DOGGETT 

1715
·  No  início  desse  ano,  faleceu  em  Londres  o  famoso  comediante  irlandês  Thomas 
Doggett, que em 1689  viajara para  a Inglaterra e em 1691  havia  se estabelecido em 
Drury  Lane.  Grande  admirador  do  remo,  deixou  em  testamento  à  Associação  de 
Pescadores  de  Londres  (Fish  Monger)  um  fundo destinado  a  premiar  anualmente  os 
vencedores de uma regata em barcos individuais, entre seis concorrentes, na distância 
de  quatro  milhas,  desde  a  ponte  de  Londres  até  Chelsea.  A  regata  tinha  como 
principal objetivo festejar o aniversário de coroação do Rei Jorge I (1714 ­ 1727), da 
Casa  de  Hannover.  O  prêmio  consistia  num  jaquetão  vermelho  e  medalha  de  prata 
com a efígie da liberdade. A regata foi organizada pela Associação dos Pescadores de 
Londres,  que  destinou  prêmios  em  dinheiro  aos  melhores  classificados.  Somente 
podiam  participar  seis  jovens  marinheiros,  recém­aprovados  no  curso  de 
aprendizagem. Não havia, porém, regulamentação para o peso, forma, comprimento e 
estrutura  dos  barcos.  Os  competidores  deviam  usar  casacos  vermelhos  e  braçadeiras 
com letras prateadas.
·  01/08 – Primeira realização da "Doggett's Coat and Badge Race". Nos anos seguintes, 
aumentaram  muito  os  candidatos,  e  a  classificação  dos  seis  concorrentes  era  feita 
mediante  sorteio,  forma  de  seleção  injusta,  pois  os  finalistas  nem  sempre  eram  os 
melhores,  mas  apenas  os  seis  favorecidos  pelo  sorteio.  Este  sistema  de  seleção  foi 
mantido até 1873, quando surgiram as eliminatórias. 
Esta regata representou, na realidade, o  início das competições como são disputadas 
até o presente. A prova clássica continua a ser realizada anualmente, durante o verão.
·  Os primeiros clubes de remo da Grã­Bretanha foram fundados por jovens esportistas 
amadores que usavam os mesmos barcos utilizados pelos marinheiros licenciados na 
travessia do Tâmisa. Às vezes, a denominação do clube era a mesma do barco. Estas 
embarcações  eram,  a  maioria,  para  seis  remadores  e  construídas  em  Lambeth,  um 
bairro de Londres, pelo estaleiro Searle.

48 
1749
·  Na  Inglaterra,  na  metade  do  século  XVIII,  especialmente  na  região  do  Tâmisa,  os 
tradicionais 'punts', pequenos barcos de transporte, impulsionados por longas varas e 
usados em águas rasas, começaram também a ser utilizados para lazer e em desafios 
esportivos.  Estes  barcos  retangulares,  fundo  chato,  proa  e  ré  inclinados  45  graus, 
assemelhavam­se  a  uma  pequena  barcaça.  Em  12/08/1793,  no  rio  Tâmisa, 
marinheiros  profissionais  participaram  de  uma  regata  de  punts  em  homenagem  ao 
Príncipe de Gales. No fim do século XIX tornaram­se famosas as regatas de punts no 
Tâmisa. 
Em  1877,  Edward  Andrews  venceu  o  1º  Campeonato  Profissional  de 
Punting.  Em  1885,  graças  ao  sucesso  da  Regata  de  Sanbury  foi  fundado  o  Thames 
Punting Club e em 1886 E.V. Gardner venceu o 1º Campeonato Amador de punting 
(o 1º Campeonato Feminino de Punting, realizado em 1927 foi vencido pela senhorita 
K. Ross). 

1768
·  Nas  memórias  de  William  Hickey,  o  primeiro  relato  de  uma  regata  em  "Walton  on 
Thames". 

1773
·  27/10  –  Segundo  o  poeta  Guacare,  três  gondoleiros  anciãos  disputaram  em  Veneza 
uma regata singular na história do remo, vencida por Pietro Nora, de 84 anos, seguido 
de Nane Chiosot, de 77 anos, e Anzolo Armelin, de 83 anos. 

1774
·  Em  Londres,  apresentada  no  Haymarket  Theatre,  com  grande  sucesso,  a  opera  “O 
Barqueiro”. 

1775
·  23/06  –  Primeira  regata  no  Tâmisa  entre  Ranelagh  Gardens  e  Putney,  com  a 
participação  de  remadores  amadores  de  várias  associações  e  grupos  de  estudantes, 
tentando imitar os confrontos entre remadores­marinheiros de Londres. Participaram 
barcos de vários tipos e não houve regulamentação para os mesmos. Destacaram­se os 
remadores dos clubes The Arrow e The Star, e guarnições de jovens acadêmicos.

49 
1789
·  29/05  –  Relato  cantado  de  Girolamo  Toscan  de  uma  regata  em  Veneza  entre  seis 
corcundas. 

1790
·  Navegava ainda no mar Mediterrâneo uma linda e poderosa galera de Malta, com 30 
pares de remos e 3 grandes velas triangulares.
·  Início da prática do remo na Universidade de Oxford, nas águas do Tâmisa. 

1791
·  Regatas em Veneza em homenagem a Fernando IV, Rei de Nápoles e a Ferdinando da 
Áustria, Grão­Duque de Toscana.
·  Nos  fins  do  século  XVIII,  um  grande  número  de  remadores  ingleses  começou  a 
praticar também o box, e igualmente boxeadores a dedicar­se ao remo. Alguns clubes 
de  remo  criaram  departamentos  de  box.  Estas  iniciativas  não  tiveram  êxito  e  em 
poucos meses tornaram­se apenas um relato histórico e original. 

1793
·  No  Eton  College,  graças  à  abertura  dos  "cursos  de  remo",  seus  alunos  passaram  a 
praticar regularmente esse esporte. 

1797
·  Regata em Veneza em homenagem a Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte. 

Século XIX
·  No início deste período surgiram às  margens do Tâmisa  numerosos clubes de remo, 
que efetuavam provas em barcos a quatro sem timoneiro, entre Westminster e Putney, 
e  de  Putney  a  Kew  e  posteriormente,  também  em  barcos  individuais  e  de  seis 
remadores com timoneiro. 

1806
·  Introdução  do  remo  na  Universidade  de  Eton,  que  já  em  1811  possuía  embarcações 
famosas:  um  barco  para  dez  remadores,  tipo  Monarch,  três  barcos  para  oito  e  dois 
para seis remadores.

50 
1811
·  Jornal de Nova Iorque publicou a primeira notícia sobre uma regata de barcos a remo 
entre o "Mercantile Advertiser" e o de "Mr. Snyder". Neste mesmo ano foi disputada 
no rio Hudson uma regata entre marinheiros de WhiteHall de Nova Iorque, tripulando 
o  "Knickerbocker",  e  os  rivais  de  Long  Island  remando  no  "Invencible",  e  vencida 
pelos  primeiros.  Esta  vitória  foi  repetida  dois  anos  após  contra  remadores  de  Staten 
Island. 

1813
·  06/01  –  Primeira  reportagem  na  Grã­Bretanha  sobre  competições  de  remo, 
mencionando  a  vitória  do  "Fly",  um  barco  a  seis  remos,  no  Water  Ledger,  pela 
guarnição da Westminster School.
·  O  remo  passou  a  ser  praticado  na  Universidade  de  Cambridge,  no  rio  Cam,  menos 
apropriado do que o Tâmisa.
·  O entusiasmo pelo remo esportivo era cada vez maior, surgindo desafios entre escolas 
e universidades, precursores de várias regatas clássicas. 

1814
·  Primeira  regata  com  inscrições  livres  para  profissionais  e  amadores,  em  Chester, 
Inglaterra, em percurso duplo e prêmio de quatro guinéus (moeda inglesa com o valor 
de 21 xelins) ao vencedor. Foi também disputada uma prova feminina com prêmio de 
duas libras à vencedora. Esta regata de Chester tornou­se um evento anual de grande 
destaque.
·  Após o término das Guerras Napoleônicas (1804 ­ 1814), o remo amador passou a ser 
muito  praticado  na  Grã­Bretanha,  especialmente  por  estudantes  e  universitários, 
parecendo  ter  oferecido  uma  vazão  para  a  energia  dos  jovens  que  voltavam  de  um 
longo envolvimento com as lides militares .
·  O remo começou a ter muita difusão nos Estados Unidos. 

1815
·  Primeira competição de barcos a oito remos na Inglaterra, vencida pela guarnição do 
Brasenose  College  sobre  o  Jesus  College,  ambos  integrantes  da  Universidade  de 
Oxford.
·  As  regatas  "rio  acima"  de  Iffley  Lock  foram  muito  populares,  durante  os  anos  que 
precederam as primeiras competições oficiais.
· Criados  nesse  ano  muitos  clubes  de  remo  na  Inglaterra,  porém  a  grande  maioria  teve

51 
pequeno período de atividade. 

1816
·  Regata e desfile de barcos em Durham, norte da Inglaterra. 

1817
·  O  Westminster  College  recebeu  um  barco  a  seis  remos,  modelo  "Defiance",  tendo, 
como grande novidade, assentos estofados com peles de carneiro.
·  Fundação do Leander Club, devido à fusão dos dois clubes  mais antigos do Tâmisa, 
The  Star  e  The  Arrow,  Seus  remadores  de  elite  ficaram  limitados  a  quinze,  tiveram 
grande  reputação  em  todos  os  meios  náuticos  e  muitos  integraram  as  famosas 
guarnições  de  Oxford  e  Cambridge.  Seus  timoneiros  deviam  ser,  obrigatoriamente, 
marinheiros  licenciados,  com  perfeito  conhecimento  dos  percursos  das  competições 
para evitar abalroamentos. Este novo clube rapidamente ganhou prestígio, mantido até 
os dias atuais como a mais antiga e distinta associação de remo na Grã­Bretanha. 

1818
·  A Universidade de Westminster desafiou a de Eton para uma regata. 

1820
·  Disputada na Inglaterra a primeira prova de barco a 2 com timoneiro. 

1822
·  Primeira  realização  da  prova  “For  Lead  of  the  River",  entre  alunos  do  Brasenose 
College  e  do  Jesus  College,  posteriormente  transformada  no  "Champion  Lip"  ou 
Campeonato da Inglaterra. 

1823
·  Regata  em  Nova  Iorque  entre  os  remadores  de  White  Hall  e  os  de  Long  Island  e 
Staten Island, tendo os primeiros repetido a vitória de 1811. 

1824
·  Os  vitoriosos  remadores  de  White  Hall  enfrentaram  uma  guarnição  britânica  da 
fragata  "Hussar"  em  quatro  milhas  e  chegada  em  Battery,  tendo  o  comandante  da 
fragata oferecido um prêmio de 1.000 dólares à tripulação vencedora.

52 
1825
·  Iniciadas  na  Universidade  de  Cambridge  as  regatas  estudantis  entre  alunos  de  seus 
diferentes colégios. 

1826
·  A prática do remo e as  competições se  multiplicavam  na Inglaterra, particularmente 
entre estudantes e universitários.
·  A  Universidade  de  Cambridge  recebeu  o  primeiro  barco  a  oito  remos,  já  bastante 
comum em Oxford.
·  Os  barcos  na  Inglaterra  começaram  a  ser  distribuídos  em  classes  de  acordo  com  a 
estrutura, peso e comprimento, além do número de remadores. 

1827
·  Fundação  do  Cambridge  University  Boat  Club  que  realizou  sua  primeira  regata  em 
09/12/1828.  Em  Oxford,  o  remo  continuou  a  ser  disputado  entre  alunos  de  seus 
diversos colegios. 

1828
·  Em  Dublin  e  Durham  foram  adaptadas  braçadeiras  em  barcos  modelo  Diamond, 
projetadas  por  Antony  Brown  e  executadas  pelo  carpinteiro  Ridley.  Surgiu  desse 
modo  o  "out­rigger",  isto  é,  barco  com  remos  suspensos  n’água  por  braços  de 
madeira,  pois  até  para  inovação  todos  os  barcos  eram  "in­rigger",  ou  seja,  com  os 
suportes dos remos nas bordas. 

OXFORD X CAMBRIDGE 

1829
·  Neste  ano  ocorreu  o  segundo  destaque  na  história  do  remo  britânico  e  mundial:  a 
realização da primeira prova entre barcos a oito remos, das universidades de Oxford e 
Cambridge. O primeiro destaque havia ocorrido em 1715 com a disputa da "Doggett's 
Coat and Badge Race". A inspiração da regata foi de um jogador de cricket, Charles 
Wordsworth, sobrinho do poeta romântico inglês Willian Wordsworth (1770 ­ 1850). 
Charles  era  capitão  da  equipe  de  cricket  e  havia  ingressado  na  Universidade  de 
Oxford  em  1825.  Começou  a  praticar  também  o  remo  com  muito  entusiasmo, 
treinando  com  freqüência  em  barcos  a  seis  remos,  na  tripulação  dos  "Amigos  da 
Igreja  de  Cristo".  Durante  as  férias  de  Natal  de  1827, teve  a  oportunidade  de  remar

53 
em  Cambridge,  e  nas  férias  de  verão  praticou  ocasionalmente  com  os  remadores  de 
Saint  John.  Estimulado  pelo  êxito  do  torneio  interuniversitário  de  cricket,  propôs  a 
realização  de  uma  competição  similar  de  remo.  A  idéia  evoluiu,  e  em  20/02/1829 
foram realizados os primeiros contatos oficiais entre representantes do Saint John e do 
Christ  Church  Boat,  seus  amigos  e  contemporâneos  em  Eton.  Seguiu  uma  carta  de 
Cambridge propondo uma disputa universitária nas férias de Páscoa, em 12 de março, 
nas  proximidades  de  Londres.  Aconteceu,  porém,  que  o  remo  em  Oxford  somente 
iniciava após a Páscoa, e deste modo eles responderam que não poderiam dispor dos 
remadores  para  o  confronto  na  data  proposta.  Cambridge  concordou  com  a 
ponderação e aceitou transferir a regata, que finalmente foi marcada para o dia dez de 
junho.
·  10/06  –  Primeira  disputa  da  mais  célebre  regata  mundial,  Oxford  x  Cambridge,  em 
barcos a 8 remos, na distância de 2 1/4 milhas (4.180 metros), desde Hambledon Lock 
até  Henley  Bridge.  Os  barcos  foram  construídos  por  Steven  Davies  do  Balliol 
College. Os remadores de Cambridge usaram camisetas brancas com frisos vermelhos 
e os de Oxford as camisetas azuis escuras da Christ Church. O centro­voga de Oxford 
pesava mais de cem quilos e mesmo assim Cambridge foi derrotada pela diferença de 
seis  barcos,  no  tempo  de  40'30".  Wordsworth,  idealizador  da  prova,  remou  na 
guarnição vencedora. O êxito da regata  foi extraordinário, transformando o  remo  na 
maior  atração  recreativa  de  Londres,  e  logo  estendeu­se  a  toda  Europa.  Esta  prova 
clássica teve posteriormente outras, trajetos: Westminster­Putney, Mortlake­Putney e 
Putney­Mortlake.
·  O  uso  praticamente  generalizado  de  braçadeiras  nos  barcos  a  remo  trouxe  uma 
verdadeira revolução nas técnicas de remar.
·  Encontrado na Inglaterra um troféu dourado com as seguintes inscrições: "Postsmouth 
Southsea and Gosport Regatta”. Não foram conhecidos mais detalhes.
·  Regata  em  Henley,  Inglaterra,  entre  representações  das  Universidades  de  Eton  e 
Westminster, repetida em 1831, 1836 e 1837. 

1830
·  Em Hamburgo, Alemanha, jovens ingleses fundam o English Rowing Club, que mais 
tarde  deu  origem  ao  Union  Boat  Club.  Na  época,  o  esporte  do  remo  era  ainda 
desconhecido dos alemães, merecendo, logo, admiração e integral aceitação. 
Na Inglaterra, instituído por Henry C. Wingfield um troféu para ser disputado anualmente, 
no Tâmisa, no dia dez de agosto, entre cavalheiros, desde Westminster até Putney, ficando 
conhecido  como  "Wingfield  Sculls".  O  vencedor,  de  acordo  com  as  regras  originais  da

54 
competição, era desafiado no ano seguinte e assegurava a direito de posse do troféu até a 
nova  disputa,  além  de  receber  a  quantia  total  das  inscrições,  de  cinco  guinéus  por 
competidor. Nesta primeira regata houve oito participantes, sendo vencedor J. H. Bayford, 
mas perdeu o título no ano seguinte.
·  Emet, na Inglaterra, construiu as primeiras braçadeiras metálicas, feitas de ferro.
·  Realizada  a  primeira  regata  na  Tasmânia,  entre  tripulantes  de  barcos  baleeiros  e 
trabalhadores em estações costeiras. 

1831
·  Na  Inglaterra,  disputado  o  primeiro  campeonato  de  skiffs  para  remadores 
profissionais,  tendo  competido  C.  Campbell  por  Westminster  e  J.  Williams  por 
Hammersmith.
·  Em junho, efetuada uma aposta de 200 libras em Henley, Inglaterra, entre remadores 
do Leander Club de Londres e amadores de Oxford, estes treinados pelo profissional 
George Best. Apesar de favoritos, os remadores de Oxford foram derrotados por dois 
barcos  de  diferença.  Os  remadores  vitoriosos  do  Leander  Club  foram  festivamente 
recebidos no regresso a Londres. 

1832
·  Regata em Port Jackson, Sidney, Austrália, entre uma guarnição de amadores e outra 
formada por quatro marinheiros do barco “Strathfieldsay”. O sucesso foi notável e a 
partir desta regata foram fundados clubes de remo em todos os seis Estados do país. 
Já  neste  ano  foi  realizada  uma  regata,  para  barcos  individuais,  com prêmio  de  vinte 
libras ao vencedor.
·  09/07 – Regata em Chester, Inglaterra, com programa de seis provas: 
primeira – guigues a quatro para amadores; 
segunda – guigues a seis para amadores; 
terceira – guigues a quatro para marinheiros; 
quarta – guigues a seis para marinheiros; 
quinta – barcos individuais com dois remos, para marinheiros; 
sexta – barcos de pesca, para mulheres.
·  17 a 24/08 – Regatas na arena de Milão, entre gondoleiros de Veneza.
·  Em Cantão, China, relatos de disputas entre barcos a remos. 

1833
·  Iniciada  em  todo o  mundo  uma  verdadeira  competição  técnica  entre os  construtores

55 
de barcos a remos, com o objetivo de torná­los mais leves e rápidos. Houve apreciável 
evolução na qualidade dos barcos com alterações na estrutura, forma, tamanho, peso, 
impermeabilização e acabamento. 

1834
·  Fundado  em  Nova  Iorque  o  primeiro  clube  de  remo  amador  dos  Estados  Unidos, 
Castle Garden Boat Club.
·  Primeira regata oficial em Paris, na bacia de Villette.
·  Na Inglaterra, regatas em Durham, Dartmouth e Tyne. 

1835
·  No Havre, França, negociantes ingleses implantam a tradição da prática do remo. 

1836
·  17/06 – Segunda disputa da regata Oxford X Cambridge, no percurso de Westminster 
à ponte de Putney, na distância de 5 milhas e ¾. Vitória espetacular e surpreendente 
de Cambridge, por cinco barcos, no tempo de 36 minutos.
·  Fundação  do  primeiro  clube  francês  de  remo,  a  Société  des  Régates  du  Havre  – 
realizou a primeira regata em 18/09/1839 tendo como patrono o Príncipe de Joinville 
e sendo assistida por 12.000 pessoas. Em 1890 passou a chamar­se Société Havraise 
de l’Aviron.
·  18/07 – Fundado na Alemanha o primeiro clube de remo genuinamente alemão, o Der 
Hamburger Ruder Club (DHRC), seguindo o modelo dos clubes de origem inglesa, de 
Hamburgo. Em 02/11/1836, o DHRC efetuou a primeira regata, vencida pelos rivais 
ingleses dos clubes de Hamburgo, vitória repetida no ano seguinte. O sucesso destas 
regatas  motivou  a  importação  de  quatro  gigs  da  Inglaterra,  para  servir  às  escolas 
populares  de  remo,  além  de  possibilitar  a  criação  de  diversos  pequenos  clubes,  que 
efetuavam desafios e excursões.
·  As  regatas  de  Hamburgo,  disputadas  em  distâncias  entre  3.000  e  7.000  metros,  não 
tinham  percursos  em  linha  reta,  mas  seguiam  as  curvas  dos  rios  ou  tinham  trajetos 
triangulares,  retangulares  e  também  de  ida  e  volta.  À  medida  que  aumentava  o 
interesse pelas regatas, novas regras foram estabelecidas e regulamentados os tipos e 
comprimentos dos barcos. 

1837
·  Fundada em Nova Iorque, a Castle Garden Boat Club  Association, que  já  nesse ano

56 
organizou  a  primeira  regata  para  botes  de  seis  remadores,  em  Poughkeepsie,  no  rio 
Hudson.  Competiram  norte­americanos  e  ingleses,  tendo  sido  vencedores  os  norte­ 
americanos, pela diferença de vários barcos.
·  Em  Londres,  os  remadores  do  Queen's  College,  de  Oxford,  vence  Saint  John's 
College, de Cambridge.
·  As violações do regulamento de remo eram muito freqüentes, tendo, os representantes 
de Cambridge denunciado as reiteradas faltas de guarnições com timoneiros incapazes 
ou mal­intencionados, com sensível prejuízo das regatas na Inglaterra.
·  Na  terceira  disputa  da  prova  clássica  Oxford  x  Cambridge;  contra  todas  as 
expectativas,  venceu  a  representação  de  Cambridge  por  uma  diferença  de  sete 
segundos.
·  Na  China,  em  Cantão,  fundado  o  primeiro  clube  de  remo  no  Extremo  Oriente,  o 
Canton  Rowing  Club.  Seus  remadores  mesmo  conhecendo  os  perigos  das 
embarcações piratas, muito freqüentes na época, diversas vezes remaram 93 milhas ao 
longo do rio das Pérolas para chegar a Hong Kong e exibir a bandeira do clube. Em 
1937 foi comemorado festivamente o 1º Centenário de Fundação. 

1838
·  Fundado em Providence, Estados Unidos, o Narrangasett Boat Club.
·  Instituída na Austrália a Royal Hobart Regatta.
·  28/6  –  Regata  de  Chester,  Inglaterra,  promovida  por  um  grupo  de  desportistas  que 
pretendiam organizar um clube de remo. O programa constava de sete provas, abertas 
para  quaisquer  competidores.  A  prova  mais  importante,  a  "Copa  da  Coroação",  em 
barcos  de  quatro  remadores  sem  timoneiro,  exclusiva  para  amadores,  era 
comemorativa ao primeiro aniversário da ascensão ao trono da Rainha Victoria.
·  09/07 – Fundado no Castelo de Chester, o Chester Victoria Rowing Club.
·  Disputa  da  quarta  prova  clássica  Oxford  x  Cambridge,  resultando  num  grande 
fracasso.  As  duas  guarnições  eram  treinadas  por  profissionais  e  tinham  também 
remadores profissionais, e em ,nenhuma hipótese poderiam perder. Cometeram ambas 
uma série de faltas e abalroamentos intencionais, obrigando o árbitro a anular a prova. 
Estes mesmos problemas repetiram­se na regata entre o Leander Club e Oxford, com 
o envolvimento de profissionais e amadores. 

1839
·  Fundação  de  Detroit  Boat  Club,  único  ainda  existente  dos  primeiros  clubes  norte­ 
americanos de remo e um dos mais importantes filiados da Associação de Remo dos

57 
Estados Unidos (USRA).
·  Fundação do Oxford University Boat Club.
·  Disputa da quinta prova clássica Oxford x Cambridge, com a vitória da guarnição de 
Cambridge, no tempo de 31'30" e a diferença de 1'20".
·  Instituídas na Inglaterra provas de barcos a 2 e a 4 remos com timoneiro. 

HENLEY

·  26/03  –  Habitantes  de  Henley,  Inglaterra,  conhecedores  da  beleza  do  Tamisa  nessa 
região,  reuniram­se  na  prefeitura  local  para  discutir  e  programar  uma  regata  a  remo 
como atrativo turístico da. festa anual da cidade. A prova para barcos a 8, exclusiva 
para  amadores,  seria  realizada  no  Tâmisa,  na  primeira  quinzena  de  junho  com  a 
chegada em Henley. A distância seria de 1 milha e 550 jardas, e considerando que a 
raia  tinha  apenas  trinta  metros  de  largura,  somente  poderiam  competir  duas 
guarnições em cada disputa, sendo a seleção feita através de eliminatórias simples. A 
disputa  seria  contra  a  correnteza,  pois  o  fluxo  d'água  muito  fraco  e  uniforme  não 
prejudicaria os participantes.

·  14/06  –  Primeira  regata  de  Henley  em  barcos  a  8,  entre  Temple  Island  e  Henley 
Bridge, com a vitória da guarnição do "Trinity College" de Cambridge, no tempo de 
8'  30".  Os  sucessos  esportivo  e  social  desta  competição  superaram  todas  as 
expectativas,  ficando  logo  chamada  de  "The  Grand  Challenge  Cup"  ou  "English 
Henley". Gradativamente foram instituídos outros troféus, todos tornados clássicos no 
remo inglês e mundial: 

–  The Stewards' Challenge Cup 4­ 1841; 
–  The Silver Goblets & Nickalls' Challenge Cup 1845; 
–  The Ladies Challenge Plate 8+ 1845; 
–  The Visitors Cha1lenge Cup 4­ 1847; 
–  The Wyfold Challenge Cup 4­ 1847; 
–  The Diamond Challenge Sculls 1x 1850; 
–  The Thames Challenge Cup 8+ 1868; 
–  The Double Scul1s Chal1enge Cup 2x 1939; 
–  The Princess Elizabeth. Challenge Cup 8+ 1946; 
–  The Prince Philip Chal1enge Cup 4+ 1963; 
–  The Britannia Challenge Cup 4+ 1969;

58 
–  The Special Race for Schools 8+ 1974 e 
–  The Queen Mother Chal1enge Cup 4x 1981.

·  Fundação do Club de Regatas Henley, graças ao sucesso da regata de 14 de junho.
·  Durante  muitos  anos  os  alunos  das  universidades  e  colégios  ingleses  foram 
praticamente os únicos participantes das competições de remo no país, e raras vezes 
até 1857 competiram remadores do Leander Club, Saint George's Club, Thames Club, 
Argonauts e Chester Victória. 

1840
·  Data  histórica  muito  importante  nos  anais  do  remo  inglês,  pois  foi  neste  ano  que  a 
honra da "Real Patronagem", pela primeira vez, foi estendida aos esportes. A Rainha 
Victoria, em 10 de fevereiro, casou­se com o Príncipe Alberto de Saxe­Coburg, e para 
celebrar  a data, Lord Robert Grosvenor, que durante dois  anos havia  sido timoneiro 
do Chester Victoria Rowing Club, doou uma copa para ser disputada nas águas do rio 
Dee, em honra às núpcias de Sua Majestade. 
A data fixada para a competição foi 29/06, domingo, e o programa da regata constou 
de doze páreos, inclusive um feminino e outro para coracles (pequeno barco redondo 
movido a remo). O sucesso da competição foi extraordinário.
·  Em Hamburgo, Alemanha, fundado o Ruder Club Mathilde.
·  Na  década  de  1840  –  1850  foram  fundados  clubes  de  remo  em  Toronto,  Barrie  e 
Ottawa, e esse esporte era o mais praticado no Canadá. 

1841
·  A  Universidade  de  Oxford  usou  pela  primeira  vez  um  bote  shell,  isto  é,  com  casco 
liso  em  lugar  dos  empregados  até  esta  data,  os  c1inkers  (escamados  ou  trincados), 
feitos de tábuas superpostas e fixadas, com pregos de cobre. 

1842
·  Um inglês residente em São Petersburgo doou dois double­skiffs e um troféu para ser 
disputado  anualmente  no  rio  Neva,  entre  britânicos  residentes  nessa  cidade.  Desde 
então, o remo começou a ser praticado em várias cidades da Rússia.
·  Nesta época, diversos países europeus foram atraídos à prática do remo competitivo, 
destacando­se a Áustria, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Finlândia, Noruega e Suíça.
·  Regatas em Isleworth e Reading, na Inglaterra.
·  Definidas  as  cores  das  camisetas  dos  dois  participantes  da  regata  Oxford  x

59 
Cambridge: azul escura para Oxford e azul clara para Cambridge. Estas cores foram 
mantidas até os dias atuais. 

1843
·  Construído  em  Oxford  o  primeiro  gig  a  4  remos.  O  banco  do  timoneiro  guardado 
como  relíquia,  serve  até  hoje,  de  ornamento  da  poltrona  do  Presidente  do  Oxford 
University Boat Club. 

1844
·  Fundado, em Hannover, Alemanha, o Deutscher Ruder Club.
·  Em Hamburgo, Alemanha, havia 15 clubes de remo.
·  O  estaleiro  Harry  Klasper  da  Inglaterra  adotou  finalmente  a  braçadeira,  e  dois  anos 
após, barcos de Oxford e Cambridge competiram com a mesma.
·  Samuel  Wolsenkrost  construiu  o  primeiro  skiff  sem  quilha  e  estrutura  recoberta  por 
placas  de  madeira  finíssima,  melhorando  a  forma  fusiforme  do  barco  e  seu 
rendimento.
·  O norte­americano Davos criou o tolete (forqueta) móvel sobre um pino.
·  22/09 – Em Hamburgo, por iniciativa do  inglês  Cottam,  foi realizada uma regata de 
4.000 metros, em raia triangular, disputada por barcos de 2,4,6 e 8 remadores, além de 
uma prova especial de gigs, exclusiva para marinheiros e associados de clubes.
·  12/10 ­ Em Hamburgo, fundação do Allgemeiner Alster Club­ AAC (Clube Geral do 
Alster), reunindo pequenos clubes para serem incentivados e apoiados materialmente. 

1845
·  Por  influência  de  ingleses,  fundado  o  primeiro  clube  de  remo  na  Índia,  o  Club  de 
Remo de Calcutá.
·  No  rio  Tâmisa,  Inglaterra,  a  raia  entre  Putney  e  Mortlake  foi  adotada  oficialmente 
para a disputa da prova clássica Oxford x  Cambridge, na distância de 4 e ½  milhas. 
Nesse ano, Cambridge usou um barco modelo "slade", com 60 pés de comprimento e 
2 pés e 10 polegadas de largura.
·  Um  professor  de  Oxford  desenhou  um  tolete  (forqueta)  em  forma  de  lira,  muito 
semelhante  aos  que  são  usados  atualmente,  sendo  este  invento  logo  consagrado  em 
todos os grandes centros de remo.
·  09/09 – Realizada pela primeira vez a travessia do canal da Mancha a remo, de Dover 
a  Bologne,  por  um  barco  de  seis  remadores,  tripulado  por oficiais  da  43º  Infantaria 
Inglesa.

60 
1845 a 1865
·  Nestes vinte anos, foram fundados na Grã­Bretanha, mais de trinta clubes de remo. 

1846
·  Usados  pela  primeira  vez  em  regatas,  os  out­riggers  a  8,  cabendo  a  iniciativa  aos 
ingleses.
·  Fundado em São Petesburgo, Rússia, o Arrow Boat Club. Em breve espaço de tempo 
foram  fundados  diversos  clubes  de  remo  na  Rússia  e  a  prática  desse  esporte  foi 
consolidada.
·  Disputadas na Inglaterra regatas em Dover e Gloucester.
·  Fundação na França da Sociedade de Regatas do Somme.
·  Na sede do Leander Club em Londres, nos dias atuais ainda pode ser visto um quadro 
mostrando uma regata do Campeonato do Tâmisa de 1846, passando sob a ponte de 
Hammersmith nove barcos: 2 skiffs, 4 barcos a 4 com timoneiro e 3 barcos a 8. 

1847
·  Harry  Klasper  seguiu  Wolsenkrost  e  construiu  um  bote  a  4  remos  de  ponta,  sem 
quilha.  A  inovação  imediatamente  generalizou­se  na  Inglaterra  e  após  em  outros 
países. 
10/06  –  Em  Rouen,  França,  fundação  da  Société  dês  Regates  Rouennaise  tendo  em 
1921  mudado  a  denominação  para  “Club  Nautique  et  Athlétique  de  Rouen,  Société 
des Régates Rouennaises, fondée em 1847.” 

1848
·  Primeira regata oficial a remo nos Estados Unidos, no rio Hudson, nas vizinhanças de 
Peckskill.  Não  havia  distinção  entre  remadores  profissionais  e  amadores,  tendo  os 
primeiros predominado e monopolizado os prêmios.
·  A  Koninklijke  Nederlandsche  Zei1  –  en  Roeivereeniging,  a  mais  antiga  agremiação 
de  remo  da  Holanda,  promoveu  a  realização  da  regata  Koninklijke  Holland  Becker. 
Desde 1894  adquiriu renome  internacional, tornou­se uma das  mais  famosas regatas 
da Europa, sendo disputada anualmente até os dias atuais. A Holland Becker ou Copa 
da Holanda foi sempre disputada em Amsterdam nas raias de Ij, Amstel e Bosbaan.
·  Em Nova Iorque, fundado o Atalanta Boat Club.

61 
1849
·  Em Hong Kong, fundado o Victoria Regatta Club, tendo posteriormente ampliado as 
áreas  de  atividades  esportivas  e  mudado  a  denominação  para  Victoria  Recreations 
Club, que permanece até os dias atuais. 
Logo após a fundação do Victoria, um grupo de remadores fundou o Hong Kong Boat 
Club  com  as  mesmas  cores  do  Victoria  Regatta  Club,  porém,  em  posições  inversas 
nas bandeiras. 

1850
·  Na  Inglaterra,  realizadas  regatas  a  remo  em  Nottingham,  Staines  e  Talkin/Tarn,  e 
ainda nesta década em outras seis cidades inglesas. 

1851
·  Fundada em Boston, Estados Unidos, o Union Boat Club.
·  O  Príncipe  Consorte  Alberto  de  Saxe­Coburg,  admirador  do  remo,  aceitou  o 
patrocínio  da  Regatta  de  Henley  e  ela  passou  a  chamar­se  “Henley  Royal  Regatta”. 
Esta famosa e tradicional regata não consta do calendário da Fédération Internationale 
des  Sociétés  d'Aviron­FISA,  em  virtude  de  suas  águas  correntes  e  da  raia  ser  muito 
estreita, aquém das exigências mínimas da entidade internacional. Em 1919 chamou­ 
se  "Regata  da  Paz",  com  inscrição  restrita  aos  países  aliados  na  Primeira  Grande 
Guerra Mundial.
·  Julho  –  A  mais  famosa  prova  de  skiff,  disputada  entre  James  Lee,  de  North  River, 
Nova Iorque, e William Decker, de East River, Nova Iorque, em 5 milhas ao redor da 
Bedloe's Island, vencida por Decker, teve apostas e prêmios fantásticos.
·  16/12 – Na Suécia, fundado o primeiro clube de remo, o Göteborgs RoClub. 

1852
·  Primeira  competição  interuniversitária  de  remo  nos  Estados  Unidos  entre  Yale  e 
Harvard, em 2 milhas, no lago Winnepesaukee, New Hampshire. Vitória de Harvard, 
a mais antiga universidade da América do Norte, fundada em 1636.
·  Em Paço dos Arcos, Portugal, realizado o primeiro festival  náutico, prestigiado pelo 
Conde de Alcáçovas.

62 
1853
·  13/04 – Em Hamburgo, Alemanha, fundado o German Ruder Club.
·  Em  Paris,  fundados  o  Paris  Rowing  Club  e  a  Société  des  Régates  Parisiennes.  Em 
1869 fundiram­se no Rowing Club, instalado em Asniéres.
·  Nos Estados Unidos, fundado o Bachelors Barge Club.
·  Regata em Londres, exclusiva para profissionais, com elevados prêmios em dinheiro, 
tendo sido repetida durante muitos anos com raras interrupções.
·  O pinho e o mogno, madeiras consideradas até então muito frágeis, passaram a ter a 
preferência dos construtores de barcos. 

1854
·  Nos Estados Unidos, fundado o University Barge Club.
·  O alemão Rettich diminuiu o peso dos remos, construindo­os com  hastes ocas. Esta 
inovação sofreu grandes críticas e teve total oposição dos técnicos ingleses.
·  Para ampliar a remada através do deslocamento do corpo, os ingleses aumentaram o 
comprimento dos bancos, e, para reduzir o atrito, os assentos foram engraxados e os 
remadores obrigados a usar calções de couro, prática vigorante até 1865.
·  Julho – Realização de uma das mais famosas regatas individuais dos Estados Unidos, 
entre James Lee, de Nort River, Nova Iorque e William Decker, de East River, Nova 
Iorque.  As  apostas  ultrapassaram  $  100.000,00  dólares.  Decker  venceu  por  uma 
diferença de 300 metros. A prova teve um trajeto de 5 milhas, ao redor da Bedloes's 
Island.
·  Em Harnburgo, Alemanha, fundação do Ruder Club Favorite Harmmonia. 

1855
·  Em  Springfield,  Massachussets,  Estados  Unidos,  disputada  uma  regata  universitária 
em 3 milhas. 

1856
·  Nat Taylor construiu o primeiro barco a 8 sem quilha.
·  Littledale e Nat Taylor construíram para o Royal Chester Rowing um barco a 8, sem 
quilha.
·  Os  norte­americanos  Water  e  Son  Intrai  substituíram  nos  barcos  o  revestimento  de 
madeira por folhas de papel impermeabilizado, e após, laqueado. Em Berlim, Demuth 
também  usou  este  sistema,  porém  os  barcos  apresentaram  pouca  durabilidade.  No 
estaleiro Pratzel, em Fridrierichlagen, a cobertura do cavername  foi  feita de  madeira

63 
fina  em  duas  camadas,  a  interna  diagonal  e  a  externa  horizontal,  unidas  por  cola 
especial impermeável.
·  A regata Oxford x Cambridge consagrou­se como o grande evento do remo amador e 
passou  a  ser  disputada  anualmente.  Nesse  ano,  venceu  Cambridge  no  tempo  de 
25'50”.
·  13/05 – Por iniciativa do Conde de Alcáçovas,  fundada a Real  Associação Naval de 
Lisboa. 

1857
·  Fundação do London Rowing Club, que logo tornou­se um destacado participante das 
regatas britânicas.
·  Na  regata  clássica  Oxford  x  Cambridge,  a  primeira  estreou  um  bote  modelo  "Nat 
Taylor" e ganhou no tempo record de 19'50”.
·  O  norte­americano  J.  C.  Babcook,  do  Club  Nassau  de  Nova  Iorque,  adaptou  no  seu 
skiff um banco deslizante sobre dois trilhos.
·  Em  Buenos Aires, diversos  ingleses aficionados  do remo praticavam este esporte na 
'Boca do Riachuelo' e no 'Bajo de Ia Recoleta'. 

1858

·  Em Filadélfia, Estados Unidos, vários clubes náuticos de destaque como o Excelsior, 
Keyston, University e Bachelor agruparam­se na Schuylkill Navy.
·  Primeira regata internacional entre ingleses e franceses. 

1859
·  Março – Fundação do Club Australiano de Remo, na baía de Woolloomooloo.
·  O  barco  a  8  de  Cambridge,  modelo  Nat  Taylor,  em  forma  de  peixe,  tinha  a  maior 
largura no local do contra­proa (número 3). Na competição contra Oxford afundou e a 
culpa foi dada ao construtor.
·  Nos Estados Unidos, em Hoboken, fundado o Atlantic Boat Club.
·  Regata universitária de 3 milhas em Worcester, Massachusets, Estados Unidos.
·  Setembro – Na Austrália, fundado o Club de Remo de Melbourne.
·  Em Dieppe, França, fundação da Société dês Regates Dieppois. 

1860
·  Na  França  primeira  disputa  de  regata  Rowing  x  Marne,  uma  réplica  da  Oxford  x

64 
Cambridge.
·  05/08  –  Na  França,  fundada  a  Société  des  Régates  de  Bergerac,  tendo  realizado  em 
10/09/1860 a primeira regata oficial. Posteriormente, uniu­se ao Cerc1e de Aviron de 
Bergerac surgindo o Sport Nautique de Bergerac.
·  Fundação do Sport Nautique de  La Meuse, o  mais antigo clube de remo da Bélgica 
em permanente atividade.
·  Em  Londres,  fundado  o  City  of  London  Rowing  Club,  tendo  em  1862  mudado  a 
denominação para Thames Rowing Club.
·  Na Inglaterra, fundado pelo Capitão E. Doudney, o Southsea Rowing Club.
·  Primeira regata a remo na Suécia, em Kariskrona.
·  Na Suíça, fundada a Liga dos Clubes de Remo.
·  Fundado  na  Inglaterra,  em  Southsea,  Clarence,  Beach,  pelo  Dr.  Fowles,  o  Fowles 
Rowing Club.
·  Nesta década de 1860, começaram a ser disputadas regatas a remo, em mais dezesseis 
cidades inglesas, tornando esse esporte cada vez mais popular no país. 

1861
·  No  início  deste  ano,  um  grupo  de  ingleses  residentes  em  Buenos  Aires  fundou  a 
Boating Society, recebendo das autoridades públicas argentinas um ancoradouro junto 
aos  molhes  do  cais,  onde  construíram  um  pequeno  galpão  para  abrigar  os  primeiros 
barcos. Em 30 de agosto desse ano, um violento temporal destruiu completamente as 
instalações recém­construídas e todo o material náutico.
·  Na França, em Boulogne­sur­Mer, fundação da Émulation Nautique Boulonnaise.
·  Em meados desse ano, fundado em Buenos Aires, o English Boat Club, tendo porém 
funcionado poucos meses.
·  Fundado  na  África  do  Sul  o  primeiro  clube  de  remo,  o  Alfred  Rowing  Club,  de 
Capetown.
·  Fundação na Nova Zelândia do primeiro club de remo, o Canterbury Rowing Club.
·  Na Itália, na Toscana, na margem do rio Arno, fundado o S. C. Limite.
·  Na Grã­Bretanha, primeira publicação do British Rowing Almanack.

65 
1862

Regata em Hamburgo, Alemanha

·  Em Kiel, Alemanha, fundado o Erste Kieleer Ruder­Club. 

1863
·  Na Austrália, em Vitória, no lago Wendouree, fundado o Ballarat Club.
·  Em Berlim, o Dr. Schiller criou um novo banco rolante sobre pequenas rodas de aço, 
modelo usado até hoje com pequenas modificações.
·  Construtores  franceses  substituíram,  sem  maiores  vantagens,  as  rodas  de  aço  dos 
bancos por rolamentos de esferas.
·  16/06  –  No  Campeonato  Mundial  de  Remo,  disputado  no  Tâmisa,  entre  Putney  e 
Mortlake,  o  campeão  britânico  R.  Chambers  venceu  o  campeão  australiano  em 
23'35".
·  Na Itália, fundada em Turim a S. C. Cerea e em Trieste a S. C. Triestina.
·  Na Suíça, fundação de Seeclub Zuerich.
·  Na França, fundada a Société Nautique de Tours.
·  Destaque nesta época para vários estaleiros alemães de construção de barcos a remo: 
Guilherme  Rettich,  em  Kopinich;  Deusch,  em  Stralau;  Ferdinand  Leux,  Franfurt; 
Lürszen, em Vegesack, e H. Heidtmann, em Hamburgo. 

1868
·  18/02 – Em Praga, fundação do R. K. Regatta. 

66 
·  Na Austrália, fundação do Ballarat City Club.
·  14/07 – Na Suécia, realizada regata em Helsingborg.
·  08/11  –  Em  Hamburgo,  fundada  uma  nova  associação  de  clubes  de  remo,  a 
Norddeutscher  Regatta  Verein  (União  Alemã  de  Remo  do  Norte),  tendo  em  1878 
realizado a primeira regata de 2.000 metros em linha reta. 

1869
·  Em Frankfurt, Alemanha, fundação do Frankfurter Ruder Gesellschaft Germânia.
·  A Universidade de Harvard, à mais antiga dos Estados Unidos, desafiou as de Oxford 
e  Cambridge  para  uma  regata  em  barcos  a  quatro  remos  no  Tâmisa,  entre  Putney  e 
Mortlake.  A  de  Oxford  aceitou  o  desafio  e  venceu  a  regata  por  barco  e  meio  de 
diferença, no tempo de 22'20".
·  Walter Brown aperfeiçoou o carrinho ou assento móvel, fazendo­o praticamente igual 
aos usados atualmente. Este invento trouxe novas modificações na técnica de remar e 
aumentou sensivelmente a velocidade dos barcos.
·  Fundada a Federação Alemã Central de Remo com a adesão dos clubes de Frankfurt e 
do Ruder Club de Wurzburg, Os clubes de Colônia e de Heidelberg abstiveram­se de 
apoiar a nova entidade, que encerrou suas atividades dois anos após.
·  Na Itália, fundado o S. C. Armida.
·  Na Suécia, realizada a Vaxholmsregattan, em Vaxholm. 

1870
·  14/01  –  Na  França,  fundação  do  Cercle  des  Canotiers  d'Angoulême,  mudando  em 
1901  para  Cercle  Nautique  D'Angoulême;  em  1909  para  Les  Sports  Nautiques 
d’Angoulême; em  1923 –  Sporting  Club D’Angoulême e em  1945 –  Club Nautique 
d'Angoulême.
·  18/01  –  Na  Argentina,  efetuada  inédita  maratona  náutica,  tendo  como  ponto  de 
partida  o  Tigre  e  chegada  nos  molhes  de  Buenos  Aires.  Concorreram  seis  barcos, 
cabendo a vitória ao LALA no tempo de duas horas e cinqüenta minutos. A guarnição 
vencedora, integrada por James Hogg, F. Daniel, N. Heald, F. Lafone e C. H. Crabbe 
lutou  contra  ventos  de  proa.  Esta  sensacional  disputa  de  resistência  representou 
valioso incentivo ao esporte do remo em Buenos Aires.
·  O  remo  competitivo  tornou­se  muito  popular  em  várias  universidades  dos  Estados 
Unidos.

·  Na Austrália,  disputadas  regatas  universitárias  entre  representações  de  várias

67
cidades.
·  29/05 – Fundação na Alemanha, da Sociedade de Remo de Hanau.
·  Setembro – Em São Lourenço, Estados Unidos, uma guarnição inglesa integrada por 
Taylor, Winship, Martin e Reuforth derrotou em seis milhas o famoso conjunto norte­ 
americano do Saint John, integrado por Price, Hutton, Ross e Fulton.
·  No  Canadá,  este  foi  o  ano  do  apogeu  das  disputas  de  remo  entre  profissionais,  com 
provas  nacionais  e  internacionais,  premiando  os  vencedores  com  elevadas  quantias 
em  dinheiro,  chegando  até  2.000  libras.  Um  grande  campeão  profissional  foi  o 
canadense  Edward  Hanlan,  de  Toronto,  que  venceu  os rivais  da  Europa,  Austrália  e 
Estados  Unidos.  Houve  um  período,  de  muitas  dificuldades  para  caracterizar  os 
remadores  profissionais  e  amadores.  O  Canadá  seguiu  o  exemplo  da  Inglaterra  e 
incentivou a criação de clubes amadoristas, destacando­se o Argonauts, de Toronto.
·  27/09 – Regata de três milhas entre os representantes de Nova Iorque, do Nassau Boat 
Club e os de Filadélfia.
·  Thomas Eakins (1846­1916), destacando pintor norte­americano, no início da década 
de 1870 pintou várias telas, tendo o remo como tema: 
1871 – Max Sehmitt in a Single Seull. The Metropolitan Museum of Art; 
1872 – The Oarsmen (2­). Philadelphia Museum of Art; 
1873 – Turning Stake Boat (2­). The Cleveland Museum of Art; 
1873 – Oarsmen on the Skuy1kill (4­). Brook1in f1useum Col1ection; 
1873 – John Biglin in a Sing1e Scull (aquarela). The Metropolitan Museum of Art. 

1864
·  Na  França,  em  Lille,  fundações  do  Sport  Nautique  e  do  Star  Club  e  em  Cognac  do 
Rawing Club.
·  Primeira  regata  na  Austrália,  no  lago  Wendouree,  promovida  e  organizada  por 
Edward Williams, de Bristol, Inglaterra.
·  Na Romênia, fundado o primeiro clube de remo, o Regata.
·  Em São Petersburgo, Rússia, fundado o Arrow Boat Club tendo logo construído sua 
garagem náutica em terreno doado pelo Czar Alexandre II. 

1865
·  Em  Frankfurt,  Alemanha,  por  iniciativa  de  ingleses,  fundado  o  Frankfurter 
Ruderverein, tendo imediatamente procurado incentivar o remo recreativo através de 
uma  original  embarcação  de  passeio,  a  ELVETIA,  para  12  remadores,  timoneiro  e

68 
acompanhantes.
·  16/07 – Primeira regata em Turim, Itália, com programa de 4 provas na distância de 
1.000 metros.
·  Em Besançon, França, fundação da Société Nautique Bisontine. 

1866
·  Em Hamburgo, Alemanha, fundado o Ruder Club Allemania.
·  Em Londres, disputada pela primeira vez a Metropolitan Regatta.
·  Primeira regata a remo na Índia, no China Creck, em Karachi, atual Paquistão.
·  Em  Turim,  Itália,  fundação  da  Società  Eridano  para  promover  excursões  náuticas  e 
competições de longas distâncias.
·  Na França, na margem do Somme, fundado o Sport Nautique Abbevillois.
·  Em Copenhague, fundação dos clubes Köbenhavns Roklub e Roforeningen Kvik. 

1867
·  Prova internacional de remo em Paris para profissionais de todo o mundo, integrando 
o programa da Exposição. Vitória do Saint John N.B., do Canadá, na prova de 4 com 
timoneiro.
·  Na França, fundação do Rowing Club de Valenciennes.
·  Em  Roma,  introduzida  a  prática  do  remo  na  Società  Ginástica  Serny  e  ela  passou  a 
chamar­se  Sociedade  Ginástica  dos  Remadores  do  Tibre.  Em  01/07/1883  mudou  a 
denominação  para  Real  Club  de  Remo  Tevere  e  em  1912  fundiu­se  com  o  Circolo 
Canottieri Tevere e Remo, permanecendo esta última designação.
·  13/09 – Em Rennes, França, fundada a Société des Régates Rennaises.
·  Em Copenhague, fundação do Dansk Studenters Roklub.
·  Em Madras, Índia, fundado o Madras Boat Club. 

1871
·04/02 – A bordo do vapor MARIA, no rio Luján, Buenos Aires, fundado The River 
Lujan  Rowing  Club,  tendo  em  12/02/1871  organizado  a  primeira  regata  a  remo  na 
Argentina, integrada de 3 provas, abertas a qualquer participante. Muitas apostas em 
dinheiro. A primeira prova, barcos a 4 remos, na distância, de 2  milhas,  foi vencida 
pela tripulação do barco "El Ultimo", no tempo de 13', com águas correndo a favor.
·  Guarnições  inglesas,  competindo  nos  Estados  Unidos,  conheceram  os  carrinhos 
modelo  Walter  Brown,  e  em  novembro,  na  regata  em  Tyne,  eles  foram  usados  pela 
primeira vez na Inglaterra, tendo sido construídos por J. Taylor

69 
·  Regata de Saratoga em Nova Iorque, vencida pelos quatro irmãos Ward.
·  Fundado na Suíça, o Polytechniker Ruderclub Zuerich.
·  O  famoso  patrão  do  Leander  Club  de  Londres,  James  Parish,  durante  17  anos 
timoneiro  desse  clube,  usava  nas  regatas  o  seguinte  uniforme:  meias  brancas 
compridas,  calça  verde  até  os  joelhos,  colete  com  grandes  lapelas  e  muitos  botões, 
casaco modelado com grande gola de veludo e ombreiras. Um enorme chapéu branco 
de felpa completava o custoso uniforme.
·  Na Suécia, regata em Göteborg. 

1872
·  01/01  –  Fundação  em  Roma  do  Circolo  Canottieri  Tevere  e  Remo,  que  em  1912 
incorporou o Real Club de Remo Tevere.
·  20/03  –  Em  Putney,  Inglaterra,  realizada  uma  assembléia  geral  dos  delegados  de 
clubes universitários e dos principais clubes de remo do Tâmisa e de outros rios, para 
discutir  e  votar  o  regulamento  das  regatas  a  remo  nesse  país.  Estas  leis  e  regras 
ficaram  conhecidas  como  "Laws  of  Boat  Racing",  e  passaram  a  ser  seguidas  nos 
demais países.
·  29/04 – Nos Estados Unidos, os freqüentes problemas e divergências entre remadores 
profissionais  e  amadores,  motivaram  a  fundação  de  uma  entidade  esportiva  para 
solucionar as dificuldades, sendo criada a National Association of Amateur Oarsmen 
(Associação Nacional de Remadores Amadores), integrada por 140 clubes e mais de 
30.000 associados. Na época eram famosos os remadores profissionais James Hill, J. 
A. Ten Dick, Wallace Ross, George Hosmer, Fred A. Plaisted, Walter Brow e Joshua 
Ward, enquanto que os amadores eram muito pouco conhecidos.
·  Início das atividades de remo feminino nos Estados Unidos.
·  Em Filadélfia, Estados Unidos, no Schuylkill River, na regata da Schuylkill Navy, os 
profissionais foram excluídos da competição.
·  Na regata de Henley, Inglaterra, usados pela primeira vez os carrinhos idealizados em 
1869 pelo norte­americano Walter Brown.
·  Os  norte­americanos  remam  em  barcos  sem  timoneiro,  encontrando  muitos  críticos 
em toda a Europa.
·  Na Suíça, fundada a Société Nautique de Genève com departamento de remo.
·  Na Alemanha, fundação do Heidelberg R.K.
·  Os  clubes  de  remo  da  Filadélfia  (Undine,  Crescent  e  West  Philadelphia)  recebem 
barcos a 8 do London Rowing Club.
·  28/11  –  Primeira  regata  em  barcos  a  8  nos  Estados  Unidos  entre  as  guarnições  dos

70
clubes Undine e Crescent, da Filadélfia. Vitória do Undine Barge Club.
·  Em Lille,  França, criado o Rowing Club. Em 1902  fez  fusão com o Sport Nautique 
resultando a Union Nautique de Lille. 

1873
·  O British Rowing Almanac relacionou 242 regatas no calendário mundial desse ano.
·  Na Itália, em Pavia, fundada a S.C. Ticino.
·  Na França, fundação do Sport Nautique Valenciennois.
·  Em Mâcon, França, a margem do Saone, fundada a Société des Régates Mâconnaises 
tendo em 24/05/1874 realizado a primeira regata oficial.
·  Regatas nos rios Reno e Meno com barcos de assentos fixos construídos pelo estaleiro 
Stampfli, de Zurique.
·  A guarnição de Cambridge utilizou pela primeira vez o carrinho, vencendo Oxford no 
tempo  record  de  19'35".  Para  facilitar  a  movimentação  dos  joelhos,  os  remadores 
trocaram as calças compridas por "calças mais curtas”.
·  Em  Filadélfia,  realizada  a  primeira  regata  nacional  a  remo  dos Estados  Unidos  com 
programa  integrado  por  provas  de  skiff,  duplo­skiff  e  4  sem  timoneiro.  A  partir  de 
1874 foi disputada a prova de 2 sem, desde 1880 a de 8, de 1909 a de quádruplo­skiff, 
de 1919 a de 4 com e de 1932 a de 2 com.
·  As provas do Campeonato Norte­Americano de Remo até 1900 haviam sido vencidas 
por um número considerável de clubes: Argonauta R. A., Bergen Point, Nova Jérsei; 
Beaverwick R. C., Albany, Nova Iorque; Atalanta B. C., Nova Iorque; Emerald B. C., 
Detroit;  Mutual  B.  C.,  Albany,  Nova  Iorque;  Olympic  B.  C.,  Albany,  Nova  Iorque; 
Hillsdale R. C., Michigan; Detroit B. C.; Dauntless R. C., Nova Iorque; Narragansett 
B.  C.,  Providence;  Metropolitan  R.  C.,  Nova  Iorque;  Columbia  A.  C.,  Washington; 
Triton B. C., Newark, Nova Jérsei; First Bohemian B. C., Nova Iorque; Baltimore A. 
C; Centennial B. C. Detroit; Ariel B. C., Newark, Nova Jérsei; Eureka B. C., Newark, 
Nova Jersei; Fairmount R. A., Filadélfia; Modoc R.C., Saint Louis; Seawanhaka B.C., 
Brooklin; Passaic B. C., Newark, Nova Jérsei; Garfield Beach B. C., Salt Lake City, 
Utah;  Bradford  B.  C.,  Cambridge,  Massachusets;  Wyandotte  B.  C.,  Michigan; 
Minnesota  B.  C.,  Saint  Paul;  Argonaut  R.  C.;  Institute  B.  C,  Newark,  Nova    Jersei, 
Pennsylvania Barge Club e Vésper B. C., Filadélfia.
·  Surgiram  novos  inventos:  pedais  (finca­pés)  inclinados,  assentos  centrais  e  rodas  de 
borracha maciça nos carrinhos.
·  08/12  –  Por  iniciativa  e  liderança  do  cônsul­geral  da  Grã­Bretanha  na  Argentina, 
Ronald  Brisgett,  efetuada  no  rio  Tigre,  Buenos  Aires,  uma  atraente  regata  de  sete

71 
provas,  com  a  presença  do  presidente  da  República  Argentina,  Domingos  Faustino 
Sarmiento.
·  16/12 – Graças ao extraordinário sucesso da regata no Tigre, disputada há oito dias, 
fundado  o  Bueno  Aires  Rowing  Club,  tendo  logo  instalado  sua  sede  náutica  no  rio 
Riachuelo,  em  Barracas.  Em  08/12/1874,  realizada  no  rio  Tigre  uma  regata  com 
grande  brilhantismo e  louvores ao Buenos Aires  Rowing Club, promotor da mesma. 
Surgiu então um movimento para mudar a sede náutica do Riachuelo para o Tigre. A 
autorização  foi  concedida  em  30/03/1876  pela  assembléia­geral;  entretanto,  o  início 
da  construção  somente  ocorreu  em  1907,  e  depois  de  quatro  anos  foi  transferida  a 
sede da zona portuária para o rio Tigre. 

1874
·  Na Alemanha, fundados o Offenbacher Ruder­Vereini; R.G. Nelson, Halle; Passauer 
R.V. e Schweriner R.G. 74/75.
·  Na Inglaterra, iniciada a classificação dos barcos participantes de regatas, através de 
eliminatórias ­ "Trial Heads", iniciativa logo seguida pelos demais países.
·  08/05 – Em Montevidéu, fundado por membros da coletividade inglesa o Montevideo 
Rowing Club.
·  Regata em Hampton Court, óleo de Alfred Sisley (1839 ­ 1899). 

1875

·  24/04 – Em Lima, Peru, fundação do Clube de Regatas Lima.
·  Na Alemanha, fundado o Wurzburger Regatta Verein.
·  Em Roma, fundação do R. C. C. Tevere
·  Em  Gênova  disputada  a  primeira  regata  nacional  da  Itália,  tendo  participado 
guarnições de Roma, Turim e Gênova.
·  20/06  –  No  Porto,  Portugal,  por  influência  de  desportistas  ingleses,  realizada  uma 
regata no rio Douro.
·  Em Paris fundado o Cercle Nautique de France. 

1876
·  Fundado no Porto, o Clube  Fluvial Portuense, o primeiro clube de remo do norte de 
Portugal
·  24/06 – Remadores alemães competiram pela primeira vez em nível internacional, na 
raia  de  Putney,  em  Londres,  tendo  o  Frankfurter  Ruder  Gesellschaft  sido  derrotado

72 
pela guarnição do London Rowing Club, pela diferença de seis barcos.
·  18/07 – No Tigre, Buenos Aires, fundação do Club de Regatas La Marina, tendo em 
26/11 desse ano inaugurado a garagem náutica na Volta do Rocha, Tigre. Realizou a 
primeira regata interna em 08/04/1877 e a primeira regata interclubes em 01/11/1879 
ambas no rio Tigre.
·  30/07  –  Em  Gênova,  disputada  a  segunda  regata,  nacional  da  Itália,  com  a 
participação de 289 remadores de 15 cidades em 64 barcos.
·  Na  Alemanha,  fundação  do  Berliner  Ruderverein;  Offenbacher  R.G.,  Undine; 
Deggendorfer Ruder­Verein e Pommerscher regattaverein, Stettin.
·  Na França, fundado o Club Nautique Libourne e a Société Nautique de La Marne.
·  Na  França,  em  Cognac;  fundação  do  Yawl  Club,  logo  chamado  de  Yacht  Club.  No 
início da década de 1960 fez fusão com o Rowing Club resultando o Cognac Rowing 
C1ub. 

1877
·  Em Livorno, Itália, fundação da S. C. Alfredo Cappellini.
·  Na Alemanha, fundados o Kolner Ruder­Verein, Giessener Ruder Gesellschaft e R.C. 
Rhenania.
·  23/08 – Regata em São Lourenço, Estados Unidos, entre ingleses e norte­americanos 
como  revanche  da  realizada  em  1870  vencida  pelos  ingleses.  No  final  da  prova  a 
vitória dos visitantes era certa, porém pouco antes da chegada o voga Reuforth sentiu­ 
se mal e morreu nos braços dos companheiros de guarnição.
·  30/09 – Fundada na Itália a Società Triestina Canottieri Adria. 

1878
·  Na Alemanha, fundados vários clubes de remo: 18/02 – Mannheimer Regatta­Verein; 
26/04 – Ruder­Verein Wratislavia (Breslau); 23/05 – Mainzer Ruder­Verein; 01/08 – 
Ludwigshafener Ruder­Verein e 12/09 – Spindlersfelder Ruder­Verein.
·  Na  Grã­Bretanha,  primeira  vitória  de  uma  guarnição  estrangeira  em  prova  clássica, 
obtida pela Universidade de Colúmbia, dos Estados Unidos, na Steward's Challenge.
·  No Canadá, em Lachine, Ontário, famoso confronto entre os remadores profissionais 
Edward Hanlan de Toronto, Canadá, e Charles Courtney dos Estados Unidos, vencido 
pelo  primeiro.  A  revanche  em  Lake  Chautauque,  com  prêmio  de  6.000  dólares,  não 
foi realizada em virtude do barco de Courtney ter sido encontrado partido ao meio, na 
manhã da regata.

73 
·  Na Alemanha, a Frankfurter Werft Carl Ferdinand A. Leux construiu barcos de cedro 
com assentos móveis, de acordo com modelos ingleses.
·  Primeiro campeonato australiano de  barcos a 8,  no rio  Yarra, em  virtude do desafio 
dos  remadores  do  Victoria  aos  de  New  South  Wales.  Esta  regata transformou­se  na 
King's Cup Race.
·  15/07 – Em Klagenfurt, Áustria, fundação do R.S.C. Nautilus.
·  Fundada na Suíça, a Nordiska Roddföreningen Zuerich.
·  Em Turim, Itália, fundação da Società Ginastica, com departamento de remo.
·  Na Espanha, fundado o primeiro club de remo, o Club Náutico de Tarragona.
·  Em Soissons, França, fundação da Société Nautique Saissonnaise. 

1879
·  Na Alemanha, fundados o Karlsruher R.V. e o Hanauer R.G.
·  Na Suécia, fundação do Götheborgs R. F., em Gothenburg.
·  Fundada, na Inglaterra, a Metropolitan Rowing Association.
·  Regata em Chatou, óleo de Auguste Renoir (1841 ­ 1919).
·  25/06 – Em Cingapura, fundado o Singapore Rowing Club, tendo em 1921 feito fusão 
com  o  recém­constituído  Yacht  Club.  Em  1964  a  garagem  náutica  foi  requisitada 
pelas autoridades do Porto de Cingapura para estabelecer um cais de containers, e em 
1966 foi inaugurada a nova sede em Ulu Pandan.
·  Nos  Estados  Unidos,  realizada  a  regata  universitária  entre  guarnições  de  Colúmbia, 
Pennsylvania  e  Princeton, tendo  como  convidadas  as  equipes  de  Cornell  e  Navy.  O 
troféu  ao  vencedor  foi  doado  por  George  W.  Childs,  Filadélfia,  sendo  conhecido 
como  "Childs  Cup"  e  representa  o  mais  antigo  prêmio  de  remo  dos  Estados  Unidos 
em permanente disputa. 
Várias  outras  copas  e regatas  nos Estados  Unidos tornaram­se  famosas,  destacando­ 
se: 
1903 – Pacific Coast Regatta; 
1911 – Carnegie Cup, entre as universidades de Cornell e Yale, troféu doado por Mr. 
Andrew Carnegie; 
1922 – Goldthwait Cup, Princeton; 
1923 – Yale Blackwell Cup; 
1933 – Navy Adams Cup; 
1934 – Marietta, Dad Vail; 
1946 – Eastern Association of Rowing Colleges; 
1950 – Navy Stevenson Cup.

74
·  Na Espanha, fundação do Real Club Mediterrano de Málaga.
·  Na  França,  fundados  o  Encou  –  Société  d'Encouragement  du  Sport  Nautique  e  o 
Rowing Club de Strasbourg. 

1880
·  Fundado, pelo Professor Schultes, o primeiro clube  juvenil de remo da Alemanha, o 
Rensburger Ruder Club.
·  08/04 – Fundado na Suécia, o Stockholms Roddforening.
·  Na  França,  fundação  do  Cercle  Nautique  Verdunnois,  o  primeiro  clube  francês  com 
remo feminino.
·  Na Itália, em Piacenza, fundado o S. C. Nino Bixio.
·  Fundação da Canadian Amateur Rowing  Association – CARA, e  instituída a Regata 
Real de Henley do Canadá, em Saint Catharines, vizinha a Toronto.
·  Em  Barcelona,  Espanha,  fundado  o  Real  Club  de  Regatas  tendo  posteriormente 
mudado de denominação para Club Marítimo de Barcelona.
·  15/07 – Em Dieppe, França, fundação do Club Nautique Dieppois.
·  No campeonato mundial de remo na Europa, estreou o fantástico remador canadense 
Edward  Hanlan,  derrotando  o  australiano  E.  Trickett.  Hanlan  venceu  nos  anos 
seguintes e obteve o título de tetracampeão.
·  Fundados  na  Alemanha  vários  clubes  de  remo:  Düsseldorfer  Ruder  Verein, 
Mannheimer  Ruder  Gesellschaft,  Hannoverscher  Ruder  Club,  Jaher  R.V.  Albatros, 
Mainz­Kasteler R.G.  e Cöpenicker R.C.
·  Em  Grünau,  Berlim,  regata  com  provas  de  1.200  a  2.000  metros,  tendo  competido 
sete clubes.
·  01/10 – Em Valdívia, Chile, fundado o Club Deportivo Phoenix – Valdívia. 

1881
·  Fundado, na Suíça, o Seeclub Luzern.
·  O  grande  remador  e  técnico  australiano  Steve  Fairbairn  introduziu  seu  método  de 
remar no Jesus College, da Universidade de Oxford.
·  Em  Strasbourg,  França,  fundação  do  Strasburger  Ruderverein,  passando 
posteriormente a denominar­se Club Nautique de Strasbourg.
·  Na França, em Caen, fundada a Société des Régates Caennaises, passando em 1887 a 
chamar­se Société Nautique de Cae.
·  01/06 – Em Castellammare, Itália, fundado o Circolo Canottieri Stabiani, e já em 16 
de  agosto  realizou  a  primeira  regata.  Posteriormente,  passou  a  chamar­se  Circolo

75
Canottieri Stabia.
·  Na Índia, fundação do Clube de Remo de Karachi, atualmente Paquistão.
·  21/09 – Em Berlim fundação do Berliner Regatta­Verein.
·  Em Breslau, Alemanha, clubes de  remo  organizam  uma  associação  para  promover 
regatas.
·  Na Áustria, fundado o Ruderverein Villach. 

1882
·  O  Frankfurter  Gesellschaft  Germania  instituiu  um  Wanderpreis  (troféu  móvel),  para 
barcos individuais.
·  Na Inglaterra foi reformulada a Metropolitan Rowing Association, para abranger toda 
a Grã­Bretanha, surgindo a Amateur Rowing Association – ARA, e sendo instituído o 
Código Nacional de Regatas.
·  12  e  13/09  –  Em  Frankfurt,  por  iniciativa  do  Frankfurter  Gesellschaft  Germania, 
realizado  o  1º  Congresso  de  Remo  da  Alemanha.  Na  época,  havia  quatro  grandes 
centros de remo na Alemanha: Hamburgo, Frankfurt, Berlim e Breslau.
·  Fundação,  em  Berlim,  da  mais  antiga  e  famosa  revista  especializada  em  remo,  a 
Wassersport.
·  Na Suíça, fundado o Seeclub Zug.
·  Fundação  na  Alemanha  de  diversos  clubes  de  remo:  Bremer  Ruder­Verein, 
Frankfurter  Ruder  Club,  Ruder  Verei  Münster,  Ruder  Club  Triton­Stettin  e 
Schweinfurter Ruderklub Franken.
·  Na Itália, fundados em Spezia o S.C. Velocior e, em Veneza, o Bucintoro.
·  Até este ano, haviam sido fundados 95 clubes de remo na Alemanha e 45 na Áustria – 
Hungria.
·  Na França, fundada a Société Nautique de la Basse­Seine.
·  18/03 – Em Colônia, com a presença de delegados de 32 clubes de remo da Alemanha 
e  de  2  clubes  da  Áustria,  foi  fundada  a  primeira  Federação  Esportiva  Alemã,  a 
Deutscher Ruderverband – DRV. Instituído o Campeonato de Remo da Alemanha, na 
distância de 2.500  metros, desde os banhos de  Offenbach até o  moinho de Oberrad. 
Nos meses seguintes, outros clubes associaram­se à DRV, passando a ter 46 filiados, 
com 1.550 remadores registrados. Desde os primeiros dias após a fundação da DRV, 
surgiram  grandes  discordâncias  entre  alemães  e  austríacos  sobre  aqueles  que 
poderiam competir: os primeiros julgavam que apenas os estudantes e as pessoas que 
realizavam trabalhos sem maior desgaste físico é que podiam competir, enquanto que 
os austríacos eram mais liberais e admitiam a participação dos trabalhadores em geral.

76 
As divergências aumentaram e em 1885 os clubes austríacos retiram­se da DRV.
·  O Kaiser Wilhelm I, instituiu um Wanderpreis (troféu móvel) de remo.
·  Na Suécia, fundado o Norrköpings Roddklubb.
·  Na Itália,  fundação em Turim do S.C. Caprera, e, em Piacenza do S.C. Vittorino da 
Feltre.
·  Fundados na Alemanha, o Rudergesellschaft Worms e o Krefelder Ruder­Club.
·  02/09 – Na Suécia, fundação do Vaxholms Roddförening.
·  Em Sjaelland, Dinamarca, fundado o Helsingör Roklub. 

1884
·  No  campeonato  mundial,  vitória  do  extraordinário  remador  W.  Beack,  repetida  nos 
dois anos seguintes.
·  Grandes regatas na exposição de Turim.
·  Iniciada entre "banhistas" de Stralau, a prática do remo feminino na Alemanha.
·  Fundado, na Suíça, o Basler Ruder Club
·  Fundação do Wendouree Club, em Ballarat, Lago Wendouree, Victoria, Austrália.
·  Na  Alemanha,  fundados  o  Berliner  Ruder­Gesellschaft;  Weissenfelser  Ruderverein; 
R.C.  Wismaria,  Wismar;  Hallescher  R.V.,  Böllberg  e  Münchener  Ruder­Club,  na 
margem do lago Starnberg, Munique.
·  Em Praga, fundada a União Tcheca, das Sociedades de Remo.
·  Na Dinamarca, fundados o DFDS Roklub em Copenhague e o Nyköbing em Falster.
·  Na França, fundadas a Union Nautique de Cambrai, a Société Nautique de l’Oise e a 
Société Nautique Bordelaise. 

1885
·  Na Grécia, fundado o primeiro clube de remo, o Rowing Club de Pireo.
·  Na Suíça, fundada a Société Nautique de Neuchatel.
·  Na Itália, em Pavia, fundado o Battellieri Cristoforo Colombo.
·  Na  Alemanha,  fundados  o  Lübecker  Ruder  Gesellschaft;  Ruder­Verein  Triton, 
Hannover; Ruder­Verein Weser, Hameln, e Ruder­Club Crossen.
·  27/07  –  Uma  guarnição  da  Universidade  de  Oxford  remando  num  barco  a  8, 
atravessou o Canal da Mancha, de Dover a Calais, no tempo de 4 horas e 22 minutos.
·  O  remo  já  era  praticado  no  Manila  Boat  Club,  o  mais  antigo  clube  de  remo  das 
Filipinas.
·  Agosto  – Em  Saumur,  França,  na  margem  do  Loire,  fundada  a  Société  Nautique  de 
Saumur.

77 
·  01/09 – Em Boulogne, França, fundação do Boulogne Club, uma sociedade náutica de 
remo.
·  29/09 – No lago d'Enghien, França, fundada a Société Nautique d'Enghien. 

1886
·  Na França, primeira edição de L'AVIRON, publicação especializada em remo.
·  Fundados  na  Suíça  os  clubes  de  remo  Seeclub  Biel,  Rowing  Club  Lausanne  e 
Grasshopper Club Zuerich.
·  Para comemorar a inauguração do novo porto no rio Meno, a Prefeitura de Frankfurt 
instituiu  a  prova  clássica  "Hasenachter",  tendo  sido  disputada  durante  31  anos 
consecutivos no mesmo percurso, entre essa cidade e o novo porto.
·  Em Pola, Itália, fundado o club Pietas Julia.
·  Primeira regata em Banyoles, Espanha. No mesmo local serão realizadas as provas de 
remo dos Jogos Olímpicos de 1992.
·  Em Paris,  fundada a Société Nautique EN DOUCE. Em 1924  fez  fusão com o Club 
Nautique de Paris, fundado em 1891, resultando o Aviron de Joinville.
·  Na Alemanha, fundação do Ruder­Club Germania – Tegel.
·  Na  Dinamarca,  fundados  o  Aarhus  Roklub  em  Jylland  Sul  Aalborg  Roklub  em 
Jylland­Norte e Holbaek Roklub em Sjaelland.
·  Na França, fundado o Sport Nautique d'Amiens.
·  05/12  –  Fundada  na  Suíça  a  Schweizerischer  Ruderverband  –  Federação  Suíça  de 
Remo. 

1887
·  16/01 – Fundada a Federação Belga das Sociedades de Remo, destacando­se os clubes 
fundadores:  Sport  Nautique  de  Bruxelles,  Club  Nautique  de  Gand,  Sport  Nautique 
d'Ostende, Union Nautique de  Bruxelles, Réunion Nautique de Vilvorde, Cercle des 
Régates de Bruxelles, Société Nautique Anversoise, Sport Nautique de Gand, Régates 
Gantoises  e  Club  Nautique  de  Louvain.  Não  se  fizeram  representar  na  reunião  de 
fundação  da  Federação  a  Société  D'Aviron  de  Courtrai,  Union  Nautique  de  Liége  e 
Sport Nautique de la Meuse.
·  Grande Regata da Exposição de Veneza.
·  Fundada a Associação Nacional de Remo da Nova Zelândia.
·  A  regata  entre  as  guarnições  universitárias  de  Yale  e  Harvard  passou  a  ter  grande 
prestígio internacional, rivalizando com a de Oxford x Cambridge.
·  30/06 – Em Rosário, Argentina, fundação do Rosário Rowing Club.
·  Em  Copenhague,  fundada  a  Dansk  Forening  for  Rosport  (Federação  de  Remo  da 
Dinamarca), e em Lolland, o Nakskov Roklub.
·  Na Alemanha, fundados o Dessauer Ruder Verein e o R.V. Fechenheim.

78
1888
·  Na Alemanha, fundados diversos clubes de remo: 14/03 – Frankfurter Regatta­Verein, 
30/04  –  Ruder­Verein  Ratibor,  25/05  –  R.G.  Wiesbaden­Biebich,  01/06  –  R.C. 
Starkenburg,  Kleinkrotzenburg,  03/09  –  Berliner  R.C.  Spreehort  e  05/10  –  R.V. 
Teutonia, Frankfurt.
·  Março – No rio, Wangandi, 6 clubes participam do 1º Campeonato de Remo da Nova 
Zelândia.  A  prova  de  4  com  timoneiro  foi  vencida  pela  guarnição  do  Canterbury 
Rowing Club, o mais antigo clube de remo da Nova Zelândia (1861).
·  31/03  –  Em  Turim,  5  clubes  de  remo  fundam  o  Rowing  Club  Italiano  e  em  19/04 
aprovam o Código de Regatas. O Rei Umberto, convidado para Presidente de Honra 
da  entidade  aceitou  a  homenagem  e  a  denominação  foi  mudada  para  Real  Rowing 
Club  Italiano,  em  1923  alterada  para  Reale  Federazione  Italiana  di  Canottaggio,  e 
após a segunda, Grande Guerra – Federazione Italiana Canottaggrio – F.I.C.
·  13/05 – Fundado em Montevidéu,o Club Nacional de Regatas.
·  26/06  –  Fundada  a  Société  des  Régates  de  Mônaco  tendo  como  patrono  S.A.  o 
Príncipe  Alberto  I.  Em  1956,  por  decisão  de  S.A.  o  Príncipe  Ranier  III  mudou  a 
denominação para Société Nautique de Mônaco.
·  17/07 – Fundação no Tigre, Argentina, do Tigre Boat Club, formado  na maioria por 
ingleses e norte­americanos, sócios do Buenos Aires Rowing Club.
·  Na Suíça, fundado o Club Aviron Vevey.
·  28/08 – Em Steyr, Áustria, fundado o Ruder­Verein Germanen.
·  03/11 – Em Valdívia, Chile, fundação do Club de Remeros Arturo Prat.
·  Na Itália, diversos clubes já dispunham de tanques cobertos para 4, 6 e 8 remadores. 

1889
·  Instituídos os Campeonatos Nacionais de Remo da Itália, sendo o primeiro realizado 
nesse  ano  em  Stresa,  Lago  Maggiore,  nas  distâncias  de  1.250  a  3.500  metros  e 
contorno  de  uma  bóia  na  metade  dos  percursos  mais  longos.  Este  primeiro 
campeonato italiano teve os seguintes vencedores: 
barco individual – Coppa del Lario – 1.250 m – S. C. Caprera, Turim – 5'50" 1/2; 
skiff – Coppa dell'Avenire – 2.500 m – S. C. Caprera, Turim – 11'26" 4/5; 
skiff (juniores) – Coppa Duca di Genova – 2.500 m – R. C. Italiano – 8'27" 4/5; 
2 com – Coppa Príncipe Amedeu – 2.500 m – S. C. Esperia – 11'12" 1/5; 
2 com (juniores) – Coppa Villanova – 2.500 m – S. C. Cerea, Turim – 12'07" 2/5; 
4 com – Coppa di S. M. La Regina – 3.500 m – S. C. Armida, Turim – 12'36" 3/5; 
4 com (juniores) – Coppa Príncipe di Napoli – 2.500 m – S. C. Armida, Turim – 9'36" 
4/5; 
4 sem – Coppa della Cittá di Venezia – 2.500 m – S. C. Ticiano, Pavia – 11' 32" 4/5. 
Novas provas foram sendo gradativamente incluídas no programa: 
1891 – barco veneziano a 4 (juniores) – Coppa Del Verbano – 2.500 m – S. C. Ticino, 
Pavia – 12'11" 1/5; 
1892 – yole a 4 (juniores) – Coppa del Vice Presidente – 2.500 m – S. C. Milano  – 
sem tempo; 
1893  –  oito  (seniores)  –  Coppa  di  S.  M.  il  Ré  –  3.000  m  –  S.  C.  Cerea,  Turim  – 
10'23"; 
1898 – duplo­skiff – Coppa del Duca D'Aosta – 2.000 m – S. C. Cerea, Turim – 7'40"

79 
2/5; 
1909 – yole de mar a 8 – Coppa Regina Elena – 2.000 m – S. C. Milano – 6'57"; 
1920  –  yole  de  mar  a  4  –  Coppa  Capuccio  –  2.000  m  –  S.  C.  Vittorino  da  Feltre, 
Piacenza – 8'03" 2/5;
·  Fundação na Alemanha do Bremerhavener Ruder Verein.
·  Na Suíça, fundado o Regattaverein Luzern.
·  Novembro – Fundação em Nápoles do R. C. C. Itália. 

1890
·  30/03  –  Em  Lille,  França,  fundada  a  Union  des  Sociétés  D’Aviron  de  France.  Em 
1893 mudou a denominação para Fédération Française des Sociétés d'Aviron.
·  14/05 – Fundado em Buenos Aires o Ruderverein Teutonia, com tradição germânica e 
basicamente  orientado  para  o  remo  de  competição.  No  início  de  1940  passou  a 
chamar­se  C1ub  Alemán  de  Remo  Teutonia.  Desde  o  termino  da  II  Grande  Guerra 
Mundial tem usado as denominações Club Remo Teutonia e Ruderverein Teutonia.
·  24/05 – Na França, fundação do Cercle de l'Aviron de Lyon.
·  Na Espanha,  início das disputas de regatas de TRAINERAS (pequenas embarcações 
de  pesca),  10  milhas  (18.520  metros)  em  linha  reta.  Posteriormente,  a  distância  foi 
diminuída para 3 milhas (5.556 metros) com uma virada. Nas regatas, as traineiras são 
tripuladas  por  4  a  6  duplas  de  remadores,  empunhando  remos  longos,  apoiados  em 
hastes  metálicas,  pás  estreitas  e  longas.  A  posição  dos  remadores  nos  bordos  é 
idêntica  às  yole­franches. O timoneiro permanece de pé e usa um remo  longo como 
leme.
·  Na Grã Bretanha, devido a uma dissidência entre alguns clubes de remo e a Amateur 
Rowing Association, fundada a National Amateur Rowing Association – NARA, que 
funcionou durante 66 anos.
·  Na  Itália,  fundados  diversos  clubes  de  remo:  S.C.  Libertas,  em  Florença;  R.C. 
Genovese, em Gênova; C.C. Milano, em Milão; S.C. Sicania N. C. em Palermo e S.C. 
Garda em Saló.
·  Para  organizar  as  regatas  a  remo  e  a  vela  em  Hong  Kong,  fundado  o  Hong  Kong 
Corinthian  Sailing  Club,  tendo  seus  dirigentes  em  outubro  de  1893  solicitado  ao 
Almirantado  Britânico  autorização  para  mudar  o  nome  da  entidade  para  The  Royal 
Hong  Kong  Yacht  Club,  sendo  em  15/05/1894  concedida  pelos  Lordes  do 
Almirantado.
·  21/09 – A Federação Belga de Remo promoveu o "I Campeonato Europeu de Remo 
em  Skiff",  com  trajeto  em  linha  reta,  na  distância  de  2.840  metros,  no  Canal  de 
Terneuzen, desde Cluysen até Terdonck. O vencedor Edouard Lescrauwet representou 
o Sport Nautique de Bruges – 12'08".
·  Na  Dinamarca,  fundação  do  Nyköbing  Mors  Roklub  em  Jylland­Norte,  Silkeborg 
Roklub em Jylland­Sul e Roskilde Roklub em Sjaelland.
·  Na França, fundado o Rowing Club de Tours. 

1890 e 1892
·  Clubes de remo de Berlim promoveram regatas de longo curso, nas distâncias de 8, 44 
e 56 quilômetros, sendo permitidas trocas entre os remadores e o timoneiro.

80 
1890 a 1895
·  Disputada  em  Londres  a  "National  Regatta",  em  skiffs,  exclusiva  para  remadores 
profissionais. 

1891
·  Disputada em Veneza uma regata de 15 quilômetros.
·  Fundados na Itália vários clubes de remo: S. C. Tanaro em Alexandria; S. C. Icnusa, 
em Cagliari; S. C. Lario Sinigaglia, em Como; S. C. Club Náutico Remo, em Livorno; 
S.C. Adda, em Lodi, e S. C. Náutico, em Nápoles.
·  Na Alemanha, fundados o Kölner R.G.; R.V. Thorn e Danziger R.V.
·  21/07  –  Realizado  em  Bruxelas  o  1º  Congresso  Internacional  de  Remo,  com  a 
presença  de  representantes  das  Associações  de  Remo  da  Bélgica,  França,  Holanda, 
Itália  e  Suíça,  para  definir  o  remo  amador  e  aprovar  uma  nova  reunião  no  ano 
seguinte, em Turim, para estabelecer um Código Internacional de Regatas e organizar 
uma Entidade Mundial das Sociedades de Remo.
·  13/09  –  Realização  do  2º  Campeonato  Europeu  de  Skiff,  dando  ao  remador  belga 
Edouard  Lescrauwet,  da  Société  Royale  Nautique  de  Antuérpia,  o  bi­campeonato, 
com o tempo de 11'34".
·  Fundada a Federação Austríaca de Remo. 

1892
·  Fundação do Club Naval de Lisboa.
·  Realizada em Frankfurt uma regata na distância de 20.000 metros.
·  22/03 – Fundação em Lima, Peru, o Club de Regatas Union.
·  25/05 – Circular­convite para o 2º Congresso Internacional de Remo em Turim.
·  Propostas do Comitê de Remo da Federação Belga aos congressistas: 
a)  criação do Sindicato Internacional das Sociedades de Remo; 
b)  formação de um comitê, e 
c)  eleição dos dirigentes do comitê.
·  25/06  –  Em  Turim,  realização  do  2º  Congresso  Internacional  de  Remo,  promovido 
pelo Reggio Rowing Club Italiano. Participaram os seguintes congressistas: 
Giovanni Giorguli, da Áustria, representando a Sociedade de Regatas de Trieste e as 
demais sociedades de remo do Adriático; 
Hector  Colard,  Aimé  Duhot  e  J.  de  Dryver,  representando  a  Federação  Belga  das 
Sociedades de Remo; 
Conde R. Biscaretti, da Alsácia­Lorena, representando o Rowing Club de Strasbourg; 
P. V. Stock, da França, representando a União de Sociedades de Remo, as Sociedades 
Náuticas  do  Norte  e  a  União  de  Sociedades  de  Remo  do  Nordeste;  M.  Frilet,  da 
França, representando a Federação das Sociedades de Remo do Sudeste; 
Conde E. de Villanova, e L. Capuccio, da Itália, representando o Reggio Rowing Club 
Italiano, e 
A. Seguin, da Suíça, representando a Sociedade Náutica de Genebra. 
O  Real  Club  de  Barcelona  assegurou  sua  concordância  às  decisões  da  reunião  e  a 
Amateur  Rowing  Association,  de  Londres,  comunicou  seus  votos  de  êxito  ao 
Congresso. 
Basicamente, foram tomadas as seguintes decisões:

81 
a)  fundação da Fédération Internationale des Sociétés d'Aviron – FISA, pela Bélgica, 
França, Itália e Suíça; 
b)  instituição  do  Campeonato  Europeu  de  Remo,  para  ser  realizado  a  partir  do 
próximo ano, e 
c)  definição da classificação do remador amador 
Foi  também  decidido  que  em  cada  reunião  ou  congresso  deveria  ser  escolhido  o 
presidente entre os participantes, o que ocorreu de 1892 até 1924, quando foi eleito e 
empossado  o  primeiro  presidente  da  FISA,  Eugene  Baud,  da  Suíça.  A  cidade  de 
Turim  foi  escolhida  para  sede  da  FISA  e  administração  confiada  a  um  secretário­ 
tesoureiro, e posteriormente a um secretário, geral: 
1892 – 1901 – L. Capuccio, Itália; 
1901 – 1922 – Conde C. Vialardi di Verrone, Itália; 
1922 – 1923 – Mario Rossi, Itália; 
1923 – 1925 – Henri Manuel, Suíça; 
1925 – 1927 – Louis Choisy, Suíça; 
1927 – 1928 – Jacques Roellin, Suíça; 
1928 – 1949 – Gaston Mullegg, Suíça; 
1949 – 1952 – Henri Montandon, Suíça; 
1952 – 1954 – Karl Muller, Suíça; 
1954 – 1956 – Walter Blaser, Suíça; 
1956 – 1977 – Charles Riolo, Suíça; 
1977 – 1989 – Denis Oswald, Suíça e desde 01/01/1990 John Boultbee, Austrália. 
Em  1924,  sendo  suíços  e  residentes  no  país  o  presidente  e o  secretário­tesoureiro,  a 
sede da FISA foi transferida da Itália para a Suíça.
·  Na Suíça, fundada a Aviron Romand Zuerich.
·  Fundação  do  primeiro  clube  feminino  de  remo  dos  Estados  Unidos,  o  Zlac  Club  de 
San Diego.
·  22/10 – Na Argentina, fundação do Club de Regatas San Nicolás.
·  Na Alemanha, fundados o Touren R. C., Berlim, e o Frie drichhagener R.V. 

1893
·  Fundação em Figueira da Foz, Portugal, da Associação Naval 1º de Maio.
·  Disputada em Hamburgo uma regata em 20.000 metros.
·  Na  Austrália,  efetuada  pela  primeira  vez  uma  regata  que  tornou­se  clássica,  entre 
representações universitárias de seis cidades e rodízio anual da sede.
·  10/09 – Primeiro Campeonato Europeu Masculino de Remo promovido pela FISA, no 
lago  de  Orta,  ao  norte  da  Itália.  Disputadas  três  provas:  4  com,  skiff  e  8,  com  a 
participação  de  cinco  países.  Este  Campeonato  foi  disputado  anualmente,  salvo  nos 
períodos  das  duas  grandes  guerras  mundiais.  Em  1962,  foi  realizado  o  Primeiro 
Campeonato  Mundial  Masculino  de  Remo,  promovido  pela  FISA,  para  ser  efetuado 
cada quatro anos, entre os períodos dos Jogos Olímpicos. Nos anos de Campeonatos 
Mundiais  Masculinos  de  Remo,  1962,  1970  e  1974,  não  foram  disputados  os 
Campeonatos  Europeus.  A  partir  de  1974  esses  Campeonatos  Europeus  foram 
substituídos  pelos  Campeonatos  Mundiais  Masculinos  de  Remo  e  passaram  a  ser 
realizados  regularmente,  menos  nos  anos  de  Jogos  Olímpicos.  A  síntese  dos 
Campeonatos Europeus e Mundiais Masculinos de Remo encontra­se no capítulo 3 –

82 
GRANDES VENCEDORES.
·  21/09  –  Em  Buenos  Aires,  na  calle  Piedad  nº  650,  fundada  a  Unión de  Regatas  del 
Rio  de  la  Plata,  pelos  clubes  Buenos  Aires  Rowing  Club,  Tigre  Boat  Club  e 
Ruderverein Teutonia. Já em 11/11 realizava sua primeira regata no rio  Luján, entre 
Abra Nueva e o Tigre, abrilhantada por três bandas de  música. Os representantes da 
imprensa tiveram uma lancha à disposição para acompanhar as nove provas da regata.
·  Na  Alemanha,  fundação  do  Charlottenburger  Ruder­Club  e  do  Dusseldorf  Ruder 
Gesellschaft. 

1894
·  11/03 – Primeira regata oficial de outono da Unión de Regatas del Rio de La Plata, no 
rio Luján, em frente ao Tigre Hotel.
·  23/06  –  Em  Paris,  desportistas  de  vários  países,  participantes  dos  Congressos 
Internacional  de  Educação  Física  e  Mundial  de  Atletismo,  foram  convidados  pelo 
jovem  humanista  Pierre  de  Fredy  (Barão  de  Coubertin)  para  uma  reunião  na 
Universidade da Sorbonne. Compareceram representantes de 12 países, aceitando por 
unanimidade e com aplausos a proposta de Coubertin: "a restauração da disputa dos 
Jogos Olímpicos”. Criado o Comité Olímpico Internacional – COI, com a finalidade 
de  organizar  os  I  Jogos  Olímpicos  da  Era  Moderna.  O  COI  teve  os  seguintes 
presidentes: 
1894 – 1896 – Dimitrios Vikelas (Grécia) 
1896 – 1916 – Barão de Coubertin (França) 
1916 – 1918 – Barão Godefroy de Blonay (Suíça) 
1919 – 1925 – Barão de Coubertin (França) 
1925 – 1942 – Conde Henri Baillet­Latour (Bélgica) 
1946 – 1952 – J. Siegfried Edström (Suécia) 
1952 – 1972 – Avery Brudage (Estados Unidos) 
1972 – 1980 – Lord Michael Killanin (Irlanda) 
1980 – Juan Antonio Samaranch (Espanha)
·  Na Dinamarca, na ilha Fyn, fundado o Svendborg Roklub.
·  Em Milão, Itália, fundação do  C.C. Olona.
·  Em Berlim, disputadas regatas em 17.000 metros, e repetida anualmente até 1897. 

1895
·  14/02 – Em Bella Vista, Argentina, fundado o Club de Regatas Bella Vista.
·  Na Alemanha, fundação do Frankenthaler Ruderverein e do Wilheelmsburger Männer 
Ruder Club.
·  Fundação em Figueira da Foz, Portugal, do Ginásio Club Figueirense.
·  Na Suíça, fundada a Société Nautique Etoile Bienne.
·  Instituída  nos  Estados  Unidos  a  "regata  de  Poughkeepsie",  no  rio  Hudson,  com  a 
participação das principais representações universitárias.
·  Em Valparaiso, Chile, fundação do Club de Regatas Neptuno.
·  Fundado em Berlim o Ruder Verein Collegia.
·  Nos Estados Unidos, para estimular e organizar competições  intercolegiais de remo, 
fundada a Intercollegiate Rowing Association – IRA
·  Na  Suécia,  fundados  três  clubes  de  remo:  Helsingborgs  Roddklubb,  Landskrona

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Roddklubb e Malmö Roddklubb.
·  Na Itália, em Lecco, fundação do Club Canottieri Lecco.
·  Em Jylland­Sul, Dinamarca, fundado o Kolding Roklub. 

1896
·  6  a  15/04  –  Em  Atenas,  nos  I  Jogos  Olímpicos  da  Era  Moderna,  o  remo  não  foi 
incluído  na  programação,  entretanto,  foi  promovida  uma  regata­demonstração. 
Participaram guarnições de vários clubes de remo da Grécia e da Escola Naval, porém 
o mau tempo prejudicou muito a prova inicial, e a regata teve de ser cancelada.
·  Em Lolland, Dinamarca, fundado o Maribo Roklub.
·  George  Harbo  e  Frank  Samuelson,  noruegueses  de  nacionalidade  norte­americana, 
pescadores  do  Banco  de  Terra  Nova,  decidiram  efetuar  a  travessia  à  remo  do 
Atlântico Norte. Contando com o apoio do periódico Police Gazette, adataram para a 
difícil travessia a baleeira R.K. Fox, de 5,40 metros de comprimento, 1,50 metros de 
largura  máxima,  compartimentos  estanques  na  proa  e  na  popa,  além  de  5  pares  de 
remos, bússola, sextante, 200 litros de água potável, mantimentos e roupas. 
Concluída a preparação, partiram de Nova Iorque às 17  horas de 06/06/1896 e após 
muitas  dificuldades  em  01/08  (55  dias)  chegaram  às  ilhas  Scil1y,  extremidade 
sudoeste  da  Inglaterra  (Cornualha).  Prosseguindo  viagem,  atravessaram  o  canal  da 
Mancha e às 9 horas de 07/08 concluíram exitosamente a façanha, acostando no cais 
do porto de Le Havre, noroeste da França.
·  25/11 – Fundado no Chile o Club de Regatas Valparaiso, na cidade do mesmo nome, 
por jovens associados do Chilian Foot­Ball Club.
·  Regata  universitária  nos  Estados  Unidos,  em  barcos  a  8,  na  distância  de  2  milhas, 
vencida pela guarnição de Cornell em 10'18".
·  Na Alemanha, fundação do Werdener Ruder Club. 

1897
·  Fundado na Suíça o Ruderclub Schaffhausen.
·  Na Alemanha, fundação do Kitzinger Ruder­Verein e do Ruhrort Ruder Gesellschaft.
·  O Congresso de FISA em Pallanza, Itália, incluiu o barco duplo­skiff no programa do 
Campeonato Europeu Masculino de Remo, a partir de 1898.
·  Em Jylland­Norte, na Dinamarca, fundação do Randois Roklub.
·  Fundada a Federação de Remo do Norte da Alemanha. 

1898
·  Na  Alemanha,  fundados  o  Regensburger  R.V.;  R.K.  Hansa,  Dortmund;  R.K. 
Aschaffenburg e R.G. Heidelberg.
·  Em Fyn, Dinamarca, fundado o Rudköbing Roklub.
·  17/12  –  Na  Argentina,  fundado  o  Campana  Boat  Club,  por  um  grupo  de  ingleses, 
funcionários da Companhia Ferrocarriles 

1899
·  Nos  Estados  Unidos,  disputada  na  costa  do  Pacífico,  a  primeira  regata  entre 
representações da Califórnia e de Washington, tornando­se em breve o maior evento 
de remo do Oeste. A prova foi disputada em barcos a 4 remos com timoneiro.

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·  14/08  –  No  Congresso  da  FISA  realizado  em  Ostende,  Bélgica,  foi  decidida  a 
supressão de prêmios em dinheiro nas competições de remo.
·  Na Alemanha, fundados o Sttutgarter R.G.; R.G. Hannover – Linden; R.G. Eberbach 
e Cüstriner R.C. 

1900
·  01/01 – Em Valdívia, Chile, fundado o Club de Remeros Centenário.
·  Em Berlim, associados do Touren Ruder­Club realizaram uma regata de estafetas em 
longa  distância,  com  o  seguinte  percurso:  Rohwall­Schmäckwitz­Berlim­Treptow­ 
Abtei.
·  Primeira disputa da prova clássica anual Frankfurt x Paris, em barcos a 8 remadores e 
com sede alternada.
·  Fundado na Suíça o Club Nautique Montreaux.
·  02 a 22/07 – Nos II Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Paris, o remo masculino foi 
incluído  no  programa,  sendo  disputadas  quatro  provas,  que  tiveram  os  seguintes 
resultados: 
skiff – França – Henri Barrelet – 7'35"60; 
2 com – Holanda – Franz Brandt, Roelof Klein e Hermanus Brockmann, timoneiro – 
7'34"20, do Clube Minerva de Amsterdam; 
4 com – depois de muitas discussões e divergências, o júri decidiu fazer disputar duas 
finais e atribuir dois títulos de campeões olímpicos: 
1ª final – França – Henri Bonckaert, Jean Cau, Emile Delchambre, Henri Hazebruock 
e Charlot, timoneiro; 
2ª final – Alemanha –  Waldemar Frietgens, Gustav Gossler, Oskar Gossler, Alphose 
Lanezzari e Walter Katzenstein, timoneiro; 
8  –  Estados  Unidos  –  John  Exley,  Harry  de  Baeck,  James  Juvenal,  John  Geiger, 
William  Caw,  Edward  Hedley,  Edward  March,  Rosco  Lockwood  e  Louis  Abell, 
timoneiro, do Vesper Boat Club de Filadélfia – 6'09"80.
·  O  espírito  do  esporte  amadorista,  incentivado  pelos  Jogos  Olímpicos,  influenciou 
decisivamente  a  suspensão  das  regatas  a  remo  entre  profissionais,  tão  comuns  nos 
Estados  Unidos,  Canadá,  Inglaterra  e  Austrália,  em  cujas  provas  e  desafios  eram 
disputados prêmios superiores a 60.000 dólares.
·  As  regatas  clássicas  de  Henley  disputadas  desde  1839,  tiveram  até  1900  uma  série 
enorme  de  clubes,  universidades  e  colégios  entre  seus  destacados  vencedores: 
Leander  Club,  Londres  –  Thames  Rowing  Club,  Londres  –  Royal  Chester  Rowing 
Club  –  London  Rowing  Club  –  Argonaut  Club  –  Kingston  Rowing  Club  –  Saint 
George's  Club,  Londres  –  Oscillators  Club  –  Ino  Rowing  Club  –  West  London 
Rowing Club – Twickenham Rowing Club – Kingston Harbour Boat Club – Molesey 
Boat  Club  –  Albion  Club,  Henley  –  First  Albion  –  Dreadnought  Club,  Henley  – 
Defiance  Club,  Wargrave – Greenwood Lodge Boat Club,  Wargrave –  Windsor and 
Eton  Club  –  Henley  Aquatic  Club  –  Henley  Boat  Club  –  Henley  Rowing  Club  – 
Reading  Rowing  Club  –  Marlow  Rowing  Club  –  Burton­on­Trent  Rowing  Club  – 
Oxford  Radleian  Club  –  Oxford  Saff  Rowing  Club  –  The  Midge,  Oxford  Club, 
Londres  –  Oxford  Etonian  Club  –  Oxford  University  Boat  Club  –  University, 
Wadham,  Exeter,  New,  Brasenose,  Christ­Church,  Lincoln,  Balliol,  Hertford  e 
Magdalen  Colleges  todos  de  Oxford  –  Cambridge  University  Boat  Club  –  First

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Trinity – Third Trinity – Lady Margareth – Trinity Hall – Cambridge Subs, Rooms – 
Trinity,  Jesus,  Emmanuel,  Caius  e  Pembroke  Colleges,  todos  de  Cambridge  –  Eton 
College  –  Eton  Excelsior  Rowing  Club  –  Dublin  University  Boat  Club  –  Trinity 
College,  Dublin  –  Nereus  Boat  Club,  Amsterdam  University  e  Columbia  College, 
Nova Iorque.
·  O  programa  olímpico  do  remo  masculino  sofreu  várias  alterações  até  1924,  ocasião 
em que foram definidos os tradicionais "sete barcos clássicos", e somente em 1976 foi 
incluída  a  prova  de  quádruplo­skiff.  Houve  também  uma  prova  que  foi  disputada 
apenas uma vez, a de quatro com timoneiro em  barco  sem  braçadeiras, vencida pela 
representação  da  Dinamarca.  A  síntese  dos  resultados  dos  Jogos  Olímpicos  (remo), 
pode ser encontrada no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  Os  campeonatos  italianos  de  remo,  disputados  desde  1899  até  1900,  tiveram  como 
vencedores, nas diferentes provas, um número apreciável de clubes campeões: Turim 
–  S.C.  Caprera,  S.C.  Gimnastica,  S.C.  Cerea,  S.C.  Armida  e  S.C.  Esperia;  Milão  – 
S.C. Milano e S.C. Olona; Roma – R.C. Italiano e S.C. Tevere, Nápoles – S.C. Itália e 
S.C.  Savoia;  Veneza  –  S.C.  Bucintoro  e  S.C.  Constantino  Reyer;  Livorno  –  S.C.  Il 
Remo  e  S.C  .Cappellini;  Pavia  –  S.C.  Ticino  e  S.C.  Cristoforo  Colombo  Gênova  – 
R.G  Genovese;  Florença  –  S.C.  Libertas;  Como  –  S.C.  Lario;  Lecco  –  S.C.  Lecco; 
Bari – S.C. Barion; Lodi – S.C. Adda Piacenza e S.C. Nino Bixio. 

1901
·  06/01 – Em Paysandu, Uruguai, fundação do Club de Remeros Paysandu.
·  Na  Alemanha,  fundados  o  Friedrichshagener  Damen­Ruder­Club e  o  Frauen  Ruder­ 
Club (Berlim).
·  Fundados na Suíça o Seeclub Waedenswil e a Union Nautique Yverdon.
·  03/11 – Em Buenos Aires, última regata realizada sob a direção da Union de Regatas 
del Rio de La Plata.
·  10/12  –  Fundação  em  Buenos  Aires  da  Asociación  Argentina  de  Remeros 
Aficionados  del  Rio  de  La  Plata.  Em  1918  mudou  a  denominação  para  Asociación 
Argentina de Remeros Aficionados – AARA. 

1902
·  Na Espanha, realizado o 1º Campeonato de Remo: yole a 4 remos, 2.000 metros.
·  23/05 – Instituída em Bueno Aires a Comisión de la Regata Internacional del Tigre ­ 
CRIT, abrangendo os clubes de remo das áreas do rio Luján, San Fernando, Campana 
e Zárate.
·  19/09 – Dissolução da Unión de Regatas del Rio de la Plata, em virtude da criação da 
Comisión de la Regata Internacional del Tigre. A nova entidade realizou sua primeira 
regata internacional em 11/11/1902, tendo convidado clubes  do Uruguai  e do Brasil 
(Conselho  Superior  de  Regatas  do  Rio  de  Janeiro  e  dois  clubes  de  Porto  Alegre  – 
Ruder Club Porto Alegre e Ruder Verein Germania).
·  16/11 – Em La Plata, Argentina, fundado o Club de Regatas La Plata. No período de 
31/03/1954 a 28/09/1955 chamou­se Club de Regatas Eva Perón, e desde 29/09/1955 
voltou ao nome de origem.
·  Filiou­se à AARA em 23/03/1920.

86 
1903
·  Na Alemanha, fundação de diversos clubes de remo: 04/02 – Rathenover R.C; 03/06 – 
R.V.  Arkona  (Berlim);  09/06  –  Berliner  R.C.,  Askania;  10/06  –  Akadem  R.C. 
(Leipzig);  08/08  –  R.V.  Neo­Alemannia  (Berlim);  09/08  –  R.V.  Deutsch,  Eylau; 
22/09 – R.V. Leer; 03/10 – Rathenower R.C. Wiking; 16/10 – R.C. Meteor, Chemnitz 
e 30/10 – Berliner R.V., Markomannia.
·  Fundada nos Estados Unidos a American Rowing Association – ARA, para incentivar 
as competições universitárias de remo. Instituída uma regata semelhante à de Henley, 
em breve conhecida como American Henley.
·  Primeira vitória do remo alemão no exterior, na Henley Royal Regata, na Inglaterra. 

1904
·  Fundação na Suíça do Ruderclub Reuss Luzern.
·  06/04  –  Fundada  no  Chile  a  Asociación  de  Clubs  de  Regatas  de  Valparaiso,  tendo 
como  filiados:  Deutscher  Ruderverein,  Società  Canottieri  Italiani,  British  Rowing 
Club, Club de Regatas Valparaiso e Unión Española de Deportes.
·  20/04 – Em Lisboa, convenção náutica dos clubes de remo de Portugal para definir o 
regulamento das regatas.
·  01/05  –  Em  Concepción  del  Uruguay,  Argentina,  fundado  o  Club  de  Regatas 
Uruguay. Em 26/11/1937 filiou­se à AARA.
·  06/05 – Em Assunção, Paraguai, fundação do Club de Regatas El M'Biguá.
·  29/08  a  07/09  –  III  Jogos  Olímpicos  em Saint  Louis,  Estados  Unidos.  Disputadas  4 
provas  de  remo,  todas  vencidas  pelos  remadores  dos  Estados  Unidos  (1X,  2X,  4­  e 
8+).
·  07/09 – Fundada em La Punta, Callao, Peru, a Società Canottieri Itália.
·  27/11 – Na Suécia, fundação da Svenska Roddförbundet – Federação Sueca de Remo.
·  Fundados em Portugal, o Sport Club do Porto; em Alfeite, o Clube Naval dos Oficiais 
e Cadetes da Armada, e, em Aveiro, o Clube dos Galitos. 

1905
·  Em Pisa, Itália, fundada a Real Sociedade de Remo, Arno, posteriormente, Sociedade 
de Remo Arno.
·  14/04 – Fundado no Tigre, Argentina, o Rowing Club Argentino.
·  02/08 – Em Chascomús, Argentina, fundação do Club de Regatas Chascomús.
·  26/08 – No Congresso da FISA, realizado em Gand, Bélgica, definida a classificação 
dos remadores em estreantes, juniores e seniores.
·  Em Vila do Conde, Portugal, fundado o Clube Fluvial Vilacondense.
·  Fundada a Federação de Remo do Sul da Alemanha. 

1906
·  Aparecem nas raias de remo da Alemanha as balizas divisórias.
·  13/07 – Em Concórdia, Entre Ríos, Argentina, fundado o Club de Regatas Concórdia. 
Filiou­se à AARA em 20/12/1926.
·  Na Suíça, fundação do Seeclub Richterswil.
·  Nas regatas de Hamburgo, primeira disputa de uma prova feminina.

87 
1907
·  23/01 – Fundada em  Montevidéu, a Unión de  Remeros del Uruguay  e aprovados os 
Reglamentos  y  Ley  de  Carreras  del  botes  (Artigo  24  –  “Todo  remero  deverá  estar 
vestido desde  los  hombros hasta  las rodillas"). Em 04/01/1923 a entidade  mudou de 
denominação para Federación Uruguaya de Remo – FUR.
·  Hiram  Conibear  implantou  na  Universidade  de  Washington  a  sua  "remada 
americana",  que  durante  30  anos  foi  adotada  pela  maioria  das  guarnições 
universitárias dos Estados Unidos.
·  Na  Suíça,  fundada  a  Association  des  Clubs  d'Aviron  du  Lac  Léman  et  de  Suisse 
Romande – ALCALLSR.
·  18/08 – O Congresso da FISA, reunido em Strasbourg, França, fixou o peso mínimo 
dos timoneiros em 55 quilos, com a possibilidade de ser acrescida uma sobrecarga de 
até 5 quilos. 

1908
·  Fundado na Suíça o Seeclub Interlaken.
·  13  a  25/07  – Disputados  em  Londres  os  IV  Jogos  Olímpicos.  O  programa  de  remo, 
integrado de 4 provas (1X, 2­, 4­ e 8+) teve os remadores ingleses como vencedores 
absolutos.
·  Em Treviso, Itália, fundada a Unione Sport Canottieri Sile, que posteriormente mudou 
a denominação para Società Canottieri Sile. 

1909
·  05/03 – Em Santa Fe, Argentina, fundado o Club de Regatas Santa Fe.
·  Em Hamburgo, Alemanha, fundação do Clube Feminino de Remo.
·  17/11 – Em Mendoza, Argentina, fundado o Club Mendoza de Regatas.
·  Na Suíça, fundação do Zürcher Regattaverein. 

1910
·  01/01 – No Tigre, Argentina, fundado o C1ub Canottieri Italiani.
·  11/01 – Em Avellaneda, Argentina, fundação do Club de Regatas de Avellaneda.
·  18/06  –  Em  Varadero,  Cuba,  disputa  de  uma  Copa  de  remo  para  canoas  com 
guarnições formadas por estudantes e jovens cardenenses.
·  Na Suíça, fundados o Seeclub Arbon, Solothurner Ruderclub e Seeclub Thum. 

1911
·  Abril  –  Em  Varadero,  Cuba  –  Disputa  do  1º  Troféu  Regatas  Nacionais  de  Remo, 
tendo como vencedor o Club Náutico Varadero.
·  Na Suécia, em Vaxholm, realizada a Svenska Mästerskapen.
·  Em Viareggio, Itália, fundada a Societá Sergio Berchielli. 

1912
·  Fundação na Suíça do Club Canottieri Lugano, Le Rosey Rowing­Club Rolle e Club 
Nautique Français Zuerich.

88 
·  Em  Estocolmo,  disputados  os  V  Jogos  Olímpicos  e  pela  única  vez  nestes  Jogos, 
incluída  no programa a prova de 4 com, sem  braçadeiras, vencida pela guarnição da 
Dinamarca. Demais campeões: 4 com – Alemanha, skiff – Grã­Bretanha e oito – Grã­ 
Bretanha.
·  18/08 – No congresso da FISA realizado em Genebra, Suíça, com a participação  de 
delegados  de  seis  federações  ou  entidades  nacionais,  a  Alsácia­Lorena  perdeu  sua 
representatividade para a Federação Alemã de Remo.
·  12/09 – No Tigre, Argentina,  fundação do  Club  de Regatas Unión Remeros Isleños. 
Em  03/11/1912  mudou  a  denominação  para  Club  Delta  Argentino  e  em  19/08/1949 
filiou­se à AARA.
·  Regata em Veneza, comemorativa à reconstrução do campanário de São Marcos.
·  26/10 – No Tigre, Argentina, fundado o Club Remeros Escandinavos. 

1913
·  Fundado em Moçambique o Club Naval de Lourenço Marques.
·  10/04 – No Tigre, Argentina, fundação do Club de Regatas Hispano Argentino.
·  17/05 – Fundação do Club Suizo de Buenos Aires, no Tigre.
·  De  acordo  com  o  regulamento  da  FISA,  a  Federação  Adriática  foi  substituída  pela 
Federação de Remo da Áustria, em virtude desta possuir mais filiados do que aquela.
·  A Holanda associou­se à FISA. 

1914
·  Pela primeira vez os remadores dos Estados Unidos venceram na Inglaterra a "Grand 
Challenge Cup", representados por uma guarnição da Universidade de Harvard.
·  Primeira  disputa  nos  Estados  Unidos  da  regata  universitária  "Junior  Varsity"  em 
barcos a 8 na distância de 2 milhas, vencida pela guarnição de Cornell em 11'15"06.
·  Em conseqüência da primeira Guerra Mundial, as atividades de remo competitivo na 
Europa foram muito prejudicadas e praticamente interrompidas até 1920. 

1915
·  Fundada em Berlim a Federação Juvenil de Remo (Jugendruderverband), merecendo 
severas  críticas  dos  treinadores  tradicionais  e  dos  dirigentes  e  remadores 
conservadores, pois os clubes admitiam apenas adultos praticando o remo, enquanto 
que os jovens somente remavam nas escolas em caráter recreativo. 

1916

·  Fundação na Suíça do Ruderclub Olten e do Lausanne Sports – Section Aviron.


·  09/06 – Fundado no Tigre, Argentina, o Nacional Rowing Club. Em 1937 devido ao 
decreto do Poder Executivo sobre o uso privativo do vocábulo NACIONAL, mudou a 
denominação para Nahuel Rowing Club (Nahuel = Tigre, no vocabulário Araucano).
·  12/10 – Em Salto, Uruguai, fundado o Club Remeros Salto.
·  Na  Coréia,  fundada  a  primeira  Associação  de  Remo,  a  Choong  Ang  High  School 
Rowing Team. 

1917

89
·  Fundados na Suíça, o Seeclub Staefa e o Seeclub Sursee.
·  16/04 – Em Rosário, Argentina, fundação do Club de Regatas Rosário.
·  24/04 – Fundado na cidade de Paraná, Argentina, o Paraná Rowing Club. 

1918
·  14/06 – Instituída, por lei do Congresso, a Copa Cuba de Remo, para canoas de quatro 
remos com timoneiro, tipo shell, construção livre, distância de 1.500 metros. Raia de 
Varadero (Cárdenas) – vencedor Vedado Tênis Club em 5'56".
·  19/08 – Em Monte Caseros, Argentina, fundado o Club Casereño de Regatas.
·  Na Suíça, fundação do Ruderclub Cham.
·  Na Espanha, fundação da Federación Española de Remo. 

1919
·  07/01  –  A  entidade  dirigente  do  remo  argentino  passou  a  denominar­se  Asociación 
Argentina de Remeros Aficionados – AARA, tendo na reunião desse dia aprovado o 
novo  estatuto  e  recebendo  a  ata,  pela  primeira  vez,  o  carimbo  da  AARA.  Em 
09/08/1988 passou a chamar­se Asociación Argentina de Remo – AAR.
·  11/03 – Em Rosário, Argentina, fundado o Club de Remeros Alberdi.
·  Na Alemanha, fundada a Federação Feminina de Remo.
·  Fundados  na Suíça o Rowing Club Bern, Seeclub Sempach e Ruderclub  Kaufleuten 
Zuerich.
·  06/12 – Fundada na Argentina a Comisión de Regatas del Rio Paraná.
·  A FISA, 37 anos após sua fundação, reunia somente os quatro países fundadores e a 
Holanda que se associara em 1913. 

1920
·  20/03 – Em Resistencia, Argentina, fundado o C1ub de Regatas Resistência. Filiou­se 
à AARA em 21/05/1956.
·  20/04 – Na cidade do Porto, por iniciativa do Clube Fluvial Portuense, realizada uma 
convenção  náutica  dos  clubes  de  remo  de  Portugal,  sendo  fundada  a  Federação 
Portuguesa de Remo. No ano seguinte a sede da entidade foi transferida para Lisboa.
·  29/05 – Em Buenos Aires fundação do Club de Regatas América.
·  Espanha e Tcheco­Eslováquia associaram­se à FISA que passou a ter sete filiados.
·  09/07  –  Na  margem  do  rio  Paraná  (mini),  Argentina,  fundado  o  Club  de  Regatas 
Independência.
·  Na Suíça, fundados o Seeclub Horgen e o Ruderclub Zuerich.
·  14 a 29/08 – VII Jogos Olímpicos em Antuérpia, Bélgica, e mais uma vez alterado o 
programa  das  provas  de  remo.  Vencedores:  4  com  –  Suíça,  duplo­skiff  –  Estados 
Unidos, Skiff – Estados Unidos, 2 com – Itália e oito – Estados Unidos. Pela primeira 
vez  os  remadores  brasileiros  competiram  nos  Jogos  Olímpicos,  ver  capítulo  2  –  O 
Remo no Brasil – ano 1920.
·  Em Portugal, fundação do Clube Naval Setubalense.
·  13/10  –  No  Tigre,  Argentina,  fundado  por  um  grupo  de  franceses,  belgas  e  suíços, 
L’Aviron Club de Regates.
·  Na Grã­Bretanha, no início desta década, foram fundados vários clubes femininos de

90
remo, que nos anos seguintes enviaram suas remadoras à Austrália, Bélgica, Polônia e 
França,  onde  realizaram  diversas  demonstrações,  participaram  de  competições  e 
influíram decisivamente na ampla divulgação do remo.
·  Na  Alemanha,  nesta  década,  foram  experimentados  barcos  construídos  de  alumínio. 
Idênticas tentativas foram realizadas posteriormente por Karl Adam, na Academia de 
Ratzeburg,  podendo  ainda  ser  visto  neste  local,  um  barco  de  dois  remadores  sem 
timoneiro, feito de alumínio. Os construtores japoneses testaram um  barco a 8 desse 
material, sem maiores vantagens. Apesar de serem barcos muito leves, sua construção 
foi  abandonada  devido  a  pouca  rigidez  dos  cascos  e  suas  deformações  durante  a 
remada, prejudicando a  velocidade da  embarcação. Nenhuma  vitória de destaque no 
remo mundial pode ser creditada a esse tipo de barco. 

1921
·  A Hungria filiou­se à FISA.
·  Fundação na Suíça do Seeclub Rorschach.
·  26/06 – Fundado em Assunção, Paraguai, o Club Deportivo de Puerto Sajonia. 

1922
·  Em Klagenfurt, Áustria, fundação do Ruder­Verein Albatros.
·  Na Suíça, fundado o Seeclub Stansstad.
·  Portugal associou­se à FISA.
·  08/09 – No Congresso da FISA em Barcelona, Espanha, ficou decidido que em caso 
de  avaria  em  barco  durante  os  primeiros  vinte  segundos  da  prova,  o  árbitro  deve 
interrompê­la e recomeçá­la após a solução do problema.
·  Por determinação de Alberto I, Rei da Bélgica, a entidade nacional de remo passou a 
denominar­se Federação Real Belga de Remo.
·  20/12  –  Fundação  do  Deutscher  Ruder  Verein  Montevideo  –  D.R.V.M.,  tendo  em 
1936 passado a integrar a Deutscher Sportbund in Uruguay (Liga Alemã de Desportos 
no Uruguai) como secção especializada de remo. Posteriormente, passou a chamar­se 
Club Aleman de Remo. 

1923
·  03/03  –  Na  Argentina,  os  clubes  de  San  Fernando,  Centro  Fênix,  Club  Social  e 
Atlético efetuaram fusão, surgindo o Club San Fernando.
·  10/04 – Em Colônia, Uruguai, fundação do Club Colônia Rowing.
·  Na Áustria, em Linz, fundado o Ruder­Verein Ister.
·  21/08 – No Congresso Extraordinário da FISA em Como, Itália, recusada a proposta 
de  inclusão  de  provas  internacionais  femininas  de  remo  no  calendário  da  entidade. 
Desde sua fundação em 1892, a FISA não teve presidente, mas apenas um secretário, 
em Turim. Em cada reunião  internacional ou congresso era escolhido um presidente 
para  dirigir  os  trabalhos.  Nesse  congresso  foi  eleito  o  primeiro  presidente  da  FISA, 
que até o presente teve apenas cinco presidentes e todos suíços: 
Eugene Baud – 21/08/1923 a 03/09/1926; 
Rico Fiorini – 03/09/1926 a 24/08/1949; 
Gaston Mulleg – 24/08/1949 a 22/11/1958; 
Thomas Keller – 22/11/1958 a 29/09/1989;

91 
Denis Oswald – desde 29/09/1989 (eleito em 07/10/1989)
·  27/09 – Em Corrientes, Argentina, fundado o Club de Regatas Corrientes.
·  28/10 – Fundada em Buenos Aires a Comisión de Regatas del Rio de La Plata.
·  27/11 – Em Lima, Peru, fundação da Escuela de Oficiales, com atividades de remo.
·  Em Rangun, Birmânia, fundado o Rangoon Universities Boat Club. 

Thomas Keller 
Destacado remador suíço 
Presidente da FISA desde 22/11/1958 até o 
falecimento em 29/09/1989.

1924
·  25/02 – No Peru, em Lima, fundado o Club Universitário de Regatas.
·  Polônia e Iugoslávia ingressam na FISA, agora com 11 países filiados.
·  14/03 – Em Valdívia, Chile, fundação da Associación Austral de Remo.
·  05/05  a  27/07  –  VIII  Jogos  Olímpicos  em  Paris.  Pela  primeira  vez,  incluídas  no 
programa as 7 provas clássicas, assim permanecendo até 1976 no Canadá, quando foi 
incluída a prova de quádruplo­skiff. Campeões: 4 com – Suíça, duplo­skiff – Estados 
Unidos, 2 sem – Holanda, skiff – Grã­Bretanha, 2 com – Suíça, 4 sem – Grã­Bretanha 
e  oito  –  Estados  Unidos.  Os  remadores  do  Brasil  participaram  da  prova  de  duplo­ 
skiff, ver capítulo 2 – O Remo no Brasil – ano 1924.
·  Durante a realização dos Jogos Olímpicos, efetuado um Congresso Centroamericano 
de  Esportes  em  04/07  sendo  aprovada  a  Carta  Fundamental  dos  Juegos 
Centroamericanos a serem disputados cada 4 anos, a partir de 1926. 
Em  1938  estes  jogos  tiveram  a  denominação  alterada  para  Juegos  Deportivos 
Centroamericanos  y del Caribe. O remo  somente foi incluído  no  programa  em 1982 
nos  XIV  Juegos,  tendo  os  seguintes  vencedores:  1X  –  Guatemala  –  7'36"56;  as 
demais  sete  provas  foram  vencidas  pelos  remadores  cubanos  –  2X  –  6'38"39;  2­  – 
7'09"57;  2+  –  7'39”64;  4X  –  6'12"32;  4­  –  6'35"97;  4+  –  6'30"71  e  8+  –  6'10"04. 
Competiram também México, Porto Rico e Venezuela. 
Nos  XV  Juegos  de  05  e  06/07/1986  na  Cidade  do  México,  disputadas  16  provas, 
masculinas  e  femininas,  pesos  livre  e  leve,  com  a  expressiva  vitória  dos  remadores 

92 
mexicanos seguidos de cubanos, porto­riquenhos e guatemaltecos.
·  10/07  –  No  Congresso  Extraordinário  da  FISA  em  Paris,  ficou  estabelecido  que  a 
seqüência  das  7  provas  do  Campeonato  Europeu  e  dos  Jogos  Olímpicos  deve  ser 
imutável. O Congresso decidiu também que as provas podem ter uma distância entre 
1.800 e 2.500 metros.
·  Na Itália, 88 clubes estavam filiados ao Reggio Rowing Club Italiano. 

1925
·  25/03 – Em Mar del Plata, Argentina, fundado o Club Náutico Mar del Plata.
·  Fundados em Portugal, o Club Náutico, em Viana do Castelo, e o Clube Naval Infante 
D. Henrique, em Valbom.
·  25/05 – Em Buenos Aires, fundação do Club de Regatas Almirante Brown.
·  O Egito associou­se à FISA.
·  A  França  realizou  o  primeiro  campeonato  feminino  de  remo,  exemplo  logo  seguido 
por outros países: União Soviética em 1929, Polônia em 1930, Dinamarca em 1934, 
Tchecoeslováquia em 1935 e Alemanha, Grécia e Noruega em 1939.
·  Primeira regata na Coréia, no rio Han, em Seoul, em barcos a 8, com a participação de 
5  guarnições:  Universidade  Imperial  de  Kyung  Sung,  Governo  Geral  da  Coréia, 
Escritório  das  Ferrovias,  Companhia  Eletrônica  de  Kyung  Sung  e  Escritório  de 
Comunicações.
·  Na Suíça funcionavam 23 clubes de remo com cerca de 800 remadores inscritos.
·  Sir  William  Burton,  vice­presidente  da  Yacht  Racing  Association,  recordou  a 
caraterização de esportista, definida em 1850 pelo PUNCH: "Sportsman es aquél que 
no solamente ha vigorizado sus músculos y desarrollado su resistencia por el ejercicio 
de algún deporte, Sino que, En la practica de ese ejercicio, Ha aprendido a reprimir su 
cólera,  A  ser  tolerante  con  sus  compañeros,  A  no  aprovechar  de  una  vil  ventaja,  A 
sentir profundamente como una deshonra  la  mera sospecha de una trampa  y a  llevar 
con altura un semblante alegre, Bajo el desencanto de un revés”.
·  03 a 05/09 – No Campeonato Europeu Masculino de Remo foi incluído o barco de 4 
sem timoneiro, e pela primeira vez disputadas as clássicas “sete provas olímpicas”
·  25/12 – Em Mercedes, Uruguai, fundado o Club de Remeros Mercedes. 

1926
·  Fundação na Suíça do Club L'Aviron Nyon.
·  Fundado em Caminha, Portugal, o Sporting Club Caminhense.
·  Em Viena, fundação do Ruder­Verein  Donauhort.
·  No Tâmisa, graças ao incentivo do consagrado treinador Steve Fairbairn foi disputada 
a  "First  Head  of  the  River",  para  barcos  a  8,  na  distância  de  7.200  metros,  entre 
Mortlake e Putney. Prova em fila indiana contra o relógio. Vitória da representação do 
London  R.  C.,  seguida  pelo  Gresham  e  Auriol.  Esta  sensacional  prova  mereceu 
crescente  prestígio  e  em  1968  teve  a  participação  de  373  guarnições  e  um  total  de 
2.984 remadores.
·  Fundada  na  Grã­Bretanha  e  com  sede  em  Londres  a  Associação  Feminina  Britânica 
de Remo Amador.
·  12/10 – Primeira regata feminina na Argentina, por iniciativa de associadas do Clube 
de Regatas Hispano­Argentino. A disputa em barcos a 4 remos teve a participação de

93 
guarnições de 4 clubes e foi vencida pela tripulação do clube patrocinador, o Hispano­ 
Argentino.
·  17/12 – No Uruguai, em Carmelo, fundação do Carmelo Rowing Club. 

1927
·  23/01 – Na Argentina, em Baradero, fundado o Club de Regatas Baradero.
·  Fevereiro – Em Buenos Aires, em regata interna do Club Regatas Hispano­Argentino, 
disputada  pela  primeira  vez  na  Argentina  uma  prova  feminina  de  skiff,  tendo  como 
vencedora Elza Landa. Participaram três remadoras.
·  Em Sarawak, Brunei, fundação do Miri Boat Club. Após a Segunda Guerra Mundial, 
as atividades náuticas de seus remadores eram realizadas no rio Belait, tendo o clube 
mudado a denominação para Miri­Belait Boat Club.
·  12/08 – Na Alemanha, fundação do Rudergesellschaft Kassel.
·  Fundadas  na  Suíça  a  Società  Canottieri  Audax  Paradiso  e  a  Società  Canottieri 
Ceresio­Gandria­Castagnola.
·  A Romênia associou­se à FISA.
·  Em  Cingapura,  início  da  série  anual  de  regatas  entre  clubes  de  cidades  portuárias: 
Royal  Singapore  Yacht  Club  e  Malacca  Boat  Club,  este  de  existência  bastante 
efêmera. Posteriormente competiram o Miri  Boat Club de Sarawak, Brunei e o Boat 
Rowing Hollandia de Batavia (Jacarta, Indonésia). Estas regatas foram interrompidas 
em 1939. 

Em fins de 1950 a direção do Royal Singapore Yacht Club enviou convites a clubes 
de Saigon, Hong  Kong e Sarawak para competir  em  Cingapura  na Interport Regatta 
na Páscoa de 1951,  e que teve os  seguintes concorrentes: Club Nautique de Saigon, 
Royal Hong Kong Yacht Club, Miri Belait Boat Club e Royal Singapore Yacht Club. 
O  vencedor  da  prova  de  skiff  foi  o  remador  do  Royal  Hong  Kong  Yacht  Club, 
Thomas  Keller,  atual  Presidente  da  FISA.  Durante  a  regata  foram  iniciadas 
conversações para ser organizada a Associação de Remo do Extremo Oriente.
·  24/12  –  Primeiro  Campeonato  Argentino  Masculino  de  Remo,  na  raia  do  rio  Luján. 
Programa  com  cinco  provas:  2  sem,  skiff,  duplo­skiff,  4  com  e  oito.  O  segundo 
campeonato foi realizado em rio Santiago em 08/12/1928, o terceiro em 08/12/1929 
no  mesmo  local  e  o  quarto  em  08/12/1930  no  rio  Luján.  A  data  08  de  dezembro 
tornou­se tradicional na realização dos campeonatos argentinos de remo. 

1928
·  Fundação em Lisboa, do Club Ferroviário de Portugal.
·  Na Suíça, fundado o Belvoir Ruderclub Zuerich.
·  A Argentina filiou­se à FISA.
·  28/07  a  12/08  –  Os  IX  Jogos  Olímpicos  em  Amsterdam,  tiveram  os  seguintes 
campeões de remo: 4 com – Itália, duplo­skiff – Estados Unidos, 2 sem – Alemanha, 
skiff – Austrália, 2 com – Suíça, 4 sem – Grã­Bretanha e oito – Estados Unidos.
·  11/11 – Fundação da Federación Peruana de Remo Amateur.
·  28/11 – Em Zárate, Argentina, fundado o Club Náutico Zárate. 

1929

94 
·  Além  dos  clubes  portugueses  antes  mencionados,  integravam  também  a  Federação 
Portuguesa de Remo os clubes Oporto Boat Club, Ginásio Clube de Sul, Clube Sports 
da Madeira e Vacuum Sports Clube.
·  03/05 – Em Ensenada, Argentina, fundado o Club Náutico Ensenada;
·  15/08 – No Congresso da FISA em Varsóvia, foi decidido que a guarnição que saísse 
duas vezes em falso na mesma prova seria desclassificada.
·  25/08 – Na Índia, fundação do Marwari Rowing Club, tendo após a Segunda Guerra 
Mundial mudado a denominação para Bengal Rowing Club.
·  Fundação na Suíça da Società Canottieri Locarno.
·  Os Estados Unidos filiam­se à FISA.
·  17/11 – Em Domínico, Argentina, fundado o Club de Regatas Atlantida. 

1930
·  Grécia e Dinamarca associam­se à FISA.
·  Na Suíça, fundado o Damen Ruderclub Zuerich.
·  A década de 1930 até o início da Segunda Guerra Mundial é considerada de ouro para 
o remo competitivo da Alemanha. 

1931
·  22/03  –  Em  Montevidéu,  na  baia  de  Santa  Luzia,  realizado  o  1º  Campeonato 
(Certame) Sudamericano de Remo, sendo disputadas 5 provas. A Argentina venceu 2 
provas  (2­/9’10”  e  8+/08”3),  o  Brasil  venceu  2  provas  (4+/8’24”  e  2X/8’57”)  e  o 
Uruguai a prova de skiff / 9’09”.
·  Março  –  ROWING  –  Revista  Deportiva  Mensual  –  Organo  Oficial  del  Montevideo 
Rowing Club: 

“Una jornada de gloria para  nobleza y con la intachable corrección de 
los  verdaderos amateurs, que conciben el 
el remo de América  sport  por  el  sport  mismo,  en  la  más 
amplia  significación  de  la  palabra;  que 
Acentecimiento de gloria imperecedera  saben  triunfar  y  saben  perder,  sin  que  el 
para  el  remo  de  América  significará  la  éxito  provoque  alarde  de  vanidades 
realización  del  Certamen  Sudamericano  inferiorizantes,  ni  la  derrota  gestos 
de  Remo  disputado  en  nuestra  bahia  el  indignos de temples superiores. 
domingo 22 del mes corriente.  Así  surge  el  Remo  como  símbolo, 
Las  más  selectas  tripulaciones  como  el  deporte­guía,  como  la  antorcha 
representativas de três naciones hermanas  inextinguible  de  la  más  neta  y  más  pura 
han  bajado  a  la  cancha  para  disputar  en  definición  del  sport  em  América  toda, 
una  lucha  ejemplarizadora  por  lo  recia,  que  consolida  afectos,  que  estrecha 
varonil  y  caballeresca,  los  títulos  corazones  y  que  hace  de  la  unión  de  sus 
máximos del remo sudamericano.  falanges,  juveniles,  un  hecho  real  y 
La brega fué ruda y hermosísima. Esos  tangible. 
jóvenes atletas han sido por un  momento  Felicitémonos  mil  veces  por  ello,  y 
el  símbolo  de  la  verdadera  fraternidad  sean nuestro votos más fervientes por que 
americana;  han  luchado como  leones por  esta  fuerte  corriente  de  vinculación 
la  conquista  del  triunfo,  perocon  la  continental,  tan  auspiciosamente  sellada

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em  el  Certamen  de  Montevideo,  no  se  extinga jamás.” 

“Argentina y Brasil en el  pudiera ser  la  meta – aspiración de todos 


los aficionados. 
Certamen  Entiendo,  y  soy  um  convencido, 
que  una  sabia  política  de  acercamiento, 
Su concurrencia obliga al justo  con  sus  correspondientes  torneos  –  de  la 
reconocimento que se merecen  naturaleza  del  que  nos  ocupa  –  seria  el 
“desiderátum”  de  que  hablo  más  arriba. 
Por Great Lynx.  Háganse  más  torneos  internacinales,  y  el 
alto  nível técnico  que  ostenta  el  remo  de 
Argentina y Brasil, com el amplio  los  países  Sudamericanos  será 
apoyo  que  han  prestado  a  este  Primer  paulatinamente  mejorado,  hasta  ponernos 
Certamen  Sudamericano  de  Remo,  que  encondiciones  de  competir  con  los 
acaba  de  realizarse  em  nuestra  bahia,  mejores.  Añádase  a  esto  las  consabidas 
obliga al reconocimento de todos nuestros  fiestas  de  confraternidad  que  originan,  y 
aficionados.  tendremos  como  resultado  final,  un  todo 
Confraternizar  parece  haber  sido  realmente beneficioso para el deporte. 
el  lema  que  ha  animado  a  las  Para  ello,  el  Remo  es  el  deporte 
Federaciones  de  ambos  países  cuando  más  indicado,  por  la  calidad  de 
decidieron  hacer  acto  de  presencia  a  esta  verdaderos  amateurs  de  los  que  lo 
magna  justa  que  hizo  vibrar  de  practican  y  por  la  selecta  concurrencia 
entusiasmo  a  miles  y  miles  de  que  da  vida  y  anima  a  estas  fiestas  del 
espectadores.  músculo.  Por  eso  no  nos  cansaremos  de 
Fiestas  como  éstas,  son  las  que  repetir que el Remo es el deporte­guia, el 
necesita  el  Deporte,  –  hoy  por  hoy  tan  que  marca  derroteros  para  el 
venido  a  menos  por  el  avance  acercamiento  de  las  masas  deportivas  de 
mercantilista  que  todo  arrasa,  –  para  que  todos los países. 
se beneficie em la medida de lo posible.  Es por esto que tributamos nuestro 
Afortunadamente para el Remo de  sincero  aplauso  a  los  países  que,  como 
nuestro  país  y  el  de  nuestro  vecinos,  los  Argentina  y  Brasil,  han  contribuído  con 
brasileños y argentinos, estos avances del  su  presencia  a  realzar  el  brillo  inusitado 
profesionalismo de que hablo entre líneas,  que  obtuvo  el  Certamen  terminado. 
no  cuaja  em  el  ambiente.  Es  por  esta  Hacemos  votos  para  que  en  próximas 
razón  que  las  cordialísimas  relaciones  contiendas  sean  más  los  países 
entre  las  Federaciones  participantes,  y  participantes:  repitiendo  manãna  el  gesto 
aun  mismo  de  aquellos  que  no  lo  de  hoy,  lo  que  significaria  para  nosotros 
pudieron  hacer  por  obstáculos  um  justo  motivo  de  orgullo  como  país 
insalvables,  siguen  el  cauce  normalísimo  organizador  del  Primer  Certamen 
de  las  cosas  que  están  llamadas  a  ser  a  Sudamericano de Remo.”
breve  plazo,  el  desiderátum  de  los 
verdaderos aficionados al deporte. 

He  dicho  desiderátum,  sin  haber 


nombrado  el  “acto”  que  a  mi  entender 

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·  No Peru, disputado o Primeiro Campeonato Nacional de Remo, sagrando campeã 
a Società Canottieri Itália.
·  18/04  –  Fundação  em  Arad,  Romênia,  da  Federação  Romena  de  Canoagem;  em 
1936 passou a denominar­se Federação Romena dos Esportes Náuticos,
·  Brasil e Turquia filiam­se à FISA.
·  Fundado na Suíça o Ruderclub Blauweiss Basel.
·  Dezembro  –  Número  extraordinário  de  ROWING,  revista  oficial  do  Montevideo 
Rowing Club: 

“Propaguemos las Excursiones de Remo 
La regata es hermosa. La regata es interesante. La regata es necessaria. Pero más 
ampliamente  bello  y  simpático,  más  educativo  y  transcendental  es  el  Turismo. 
Fomentemos las excursiones náuticas. Dilatan las perspectivas del espíritu y nos hacen 
más comprensivos, más fuertes y más útiles. El aislamento en plena naturaleza incita la 
elección del sentir y del pensar. Vigorizando el carácter, desarraigamos de lo íntimo la 
vanidad y el egoísmo.” 
Juan Bertoni 

1932
·  Uruguai ingressou na FISA e esta entidade passou a ter 20 países filiados.
·  Na Suíça, fundação do Ruderclub Thalwil.
·  30/07 a 14/08 – X Jogos Olímpicos em Los Angeles, Estados Unidos. 
Campeões:  4  com  –  Alemanha,  duplo­skiff  –  Estados  Unidos,  2  sem  –  Grã­ 
Bretanha, skiff – Austrália, 2 com – Estados Unidos, 4 sem – Grã­Bretanha e oito 
– Estados  Unidos.  Detalhes  da  participação  do  Brasil,  no  capítulo  2 – O  REMO 
NO BRASIL – ano 1932. 

1933
·  Fundados na Suíça, o Ruderverband Aare­Rhein e o Ruderclub Baden. 

1934
·  Em Barreiro, Portugal, fundado o Grupo Desportivo dos Ferroviários do Barreiro.
·  10/08 –  Em  Lucerna,  Suíça,  no  Congresso  da  FISA,  definidas  as  dimensões  das 
raias  de competições  de remo:  2.000  metros  em  linha  reta  e  largura  que  permita 
alinhar no mínimo três barcos. 
A  profundidade  mínima  da  raia  deve  ser  de  três  metros,  caso  não  seja  igual  em 
todas  as  balizas.  As  raias  com  problemas  de  largura  e  influência  de  ventos  e 
correntes  d'água, que  não  assegurem  passagem  normal  às  guarnições  não devem 
ser consideradas regulamentares.
·  17/12 – Na Argentina,  fundado  o Club Náutico Villa Constituición,  filiando­se à 
AARA em 10/09/1985. 

1935
·  28/01 – Em Embalse, Argentina, fundação do Club Náutico Embalse.
·  21/04  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  disputado  o  2º 
Campeonato (Certame) Sul­americano de Remo, tendo sido incluída no programa 
a  prova  de  2  com  timoneiro.  O  Brasil  venceu  3  provas  (2+/8'36",  1X/8'16"2  e 
8+/6'20"2) e o Uruguai venceu 3 prova (4+/7'20", 2­/7'51"3 e 2X/7'1l"4).

97
·  08/09 – Em Necochea, Argentina, fundação do Club Náutico Necochea.
·  24/12  –  No  Tigre,  Argentina,  um  grupo  de  israelitas  de  Buenos  Aires  fundou  o 
Club Náutico Hacoaj. 

1936
·  A  Federação  Alemã  de  Remo  publicou  seu  relatório  de  1935:  regatas  –  225, 
provas – 1.743, barcos – 6.603 e remadores – 30.797.
·  01 a 16/08 – Na Alemanha, em Berlim, disputados os XI Jogos Olímpicos. Na raia 
do rio Grunau, consagradora vitória dos remadores alemães em 5 das 7 provas do 
programa:  4  com  –  Alemanha,  duplo­skiff  –  Grã­Bretanha,  2  sem  –  Alemanha, 
skiff – Alemanha, 2 com – Alemanha, 4 sem – Alemanha e oito – Estados Unidos. 
Detalhes da participação do Brasil no capítulo 2 – O REMO NO BRASIL – ano 
1936.
·  24/08 – No Uruguai, em Fray­Bentos, fundação do Club Remeros Fray – Bentos.
·  08/09 – Em Melo, Uruguai, fundado o Club Remeros Melo.
·  09/09 – Em Nueva Palmira, Uruguai, fundação do Club Remeros Nueva Palmira. 

1937
·  Janeiro  –  Juan  Ferrou  e  Juan  Anduiza,  associados  do  Club  de  Regatas  Hispano 
Argentino,  partiram  de  Bueno  Aires  numa  canoa  a  remos,  e  através  dos  rios  da 
Prata e Uruguai, em oito dias, acostaram no trapiche do Club Remeros Payssandú, 
Uruguai.  Dia  23  atravessaram  o  rio  Uruguai  até  Colon  (13  quilômetros)  e 
regressaram por via terrestre.
·  19/01  –  O  jovem  remador  Alejandro  Weinstein,  associado  do  Club  Canottieri 
Italiani,  de  Buenos  Aires,  partiu  da  rampa  do  club  num  canoe  com  destino  à 
Montevidéu. Enfrentou sempre mau tempo, deixou de remar vários dias e venceu 
o  desafio  em  tempo  superior  ao  duplo  do  previsto:  Carmelo  (20),  ilha  Martin 
Garcia (23), estância Martin Chico (26) e Montevidéu (26).
·  Em Barreiro, Portugal, fundado o Grupo Desportivo CUF.
·  Fundado na Suíça, o Ruderclub Aarburg.
·  11/08  –  Em  Amsterdam,  inaugurada  pela  Rainha  Wilhelmina  da  Holanda,  a 
BOSBAAN  =  primeira  raia  artificial  de  remo,  com  a  extensão  de  2.200  metros. 
Profundidade regular de 2,30 metros, 6 balizas e 12 metros livres nas duas laterais. 
As  instalações  modelares  e  toda  a  infra­estrutura  têm  sido  continuamente 
aperfeiçoadas.  Realizado,  com  muito sucesso, o  Campeonato  Europeu  de Remo. 
Os  resultados  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES. 

1938
·  Fundado em Israel o primeiro clube de remo, o Tel­Aviv Rowing Club.
·  29/08 – Na Argentina, a Escuela Naval Militar, fundada em 05/10/1872, filiou­se 
à AARA – Asociación Argentina de Remeros Aficionados.
·  A Finlândia ingressou na FISA. 

1939
·  Fundada em Lisboa a Associação Desportiva Brigada Naval.
·  05/03 – Na Argentina, em Estación Jáuregui, fundado o Club Náutico  El Timón, 
filiando­se a AARA em 17/12/1947.
·  15/06  –  Em  Santiago,  fundada  a  Federacion  Chilena  de  Remo  Amateur  –

98
FEDEREMO.
·  Setembro – A Segunda Guerra Mundial interrompeu por vários anos as atividades 
do remo competitivo internacional (Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos). 

1940
·  17/03 – Em  Buenos  Aires,  no Tigre, realizado o Tercer Certamen Sudamericano 
de  Remo  sendo  incluída  no  programa  a  prova  de  4  sem  timoneiro.  A  Argentina 
venceu 4 provas (lX/7'18”, 4­/6'25", 2X/s.t. e 8+/5’56”), o Brasil venceu 2 provas 
(4+/6'37" e 2+/7'27"2 ) e o Uruguai venceu a prova de 2 sem (s.t.).
·  Fundado em Haifa, Israel, o Haifa Rowing Club, o segundo clube de remo do país.
·  Nesta  década,  em  Cólon,  Argentina,  associados  do  Club  de  Regatas  Colón, 
participavam de competições de remo. 

1941
·  20/03 – Em Paysandú, Uruguai, realizado o Concurso Sudamericano de Música e 
Letra do Canto del Remero de América, patrocinado por clubes de remo uruguaios 
e  argentinos,  tendo  como  vencedores:  música  –  Benone  Calcavecchia  e  letra  – 
Violeta Arrighi. 

1942
·  01/01 – Em Ensenada, Argentina, fundado o Club de Remo Rio Santiago.
·  Em  Figueira da  Foz, Portugal, disputado o 1º Campeonato Ibérico ou Peninsular 
de Remo, com a vitória dos remadores portugueses em 4 com e dos espanhóis no 
oito.  Em  1943,  em  Viana  do  Castelo,  Portugal,  dupla  vitória  dos  remadores 
portugueses.
·  Maratona a Remo: Assunção – Buenos Aires – Montevidéu: 
23/10 – Partida de Assunção de uma "falua marinheira", com oito remadores, um 
suplente  e  um  timoneiro  com  o  objetivo  de  chegar  às  capitais  do  Prata.  A 
tripulação  era  composta  de  universitários  da  Faculdade  de  Direito  e  Ciências 
Sociais  da  Universidade Nacional  de  Assunção  e  a  embarcação  fora  cedida  pelo 
Comandante da Armada Nacional. 
Um gig a 4 remos do Club de Regatas M'biguá, tripulado por 3 jovens remadores 
deste clube e 2 do Deportivo Sajonia, ambos clubes de Assunção, acompanhou a 
falua dos universitários 
Os maratonistas receberam grande apoio do Conselho Nacional de Cultura Física 
do  Paraguai  e  do  desportista  inglês  Sir  Eugen  Millington  Drake,  Diretor  do 
Conselho Britânico na América do Sul. 
Relação dos maratonistas: 
Universitários – Fernando J. Saguier Iturburu (chefe da delegação), Gilberto Ferro 
B.  (responsável  pelas  rotas),  José  Maria  Rivarola  Matto,  Elias  B.  Mendoza, 
Gérmán  Jara Lafuente,  Carlos  Zuccolillo  G.,  Luis  Maria  Vega,  Agustin  Corrales 
C., Victor M. Lopez e Carlos Alberto Scolari. 
M'biguá – Ernesto S. Reuter, Guilherme Sequera e Francisco Palau. 
Sajonia – Goffredo Corina e Victor Gracia J. 
Enfrentaram  ventos  fortes,  chuvas  e  calor  intenso,  porém,  venceram 
galhardamente a primeira etapa da inédita maratona de remo. 
11/11  –  Chegada  triunfante  em  Buenos  Aires  em  plena  realização  da  Regata 
Internacional  do  Tigre.  Recebidos  com  fraternal  carinho  e  homenageados  pelo 
Presidente da República Argentina, Dr. Ramón S. Castillo em seu iate "Tecuara". 
05/12 – Ao entardecer, chegada festiva à Montevidéu, após terem cruzado o rio da

99 
Prata, com muita fibra e coragem, tendo remado nove dias e meio, nesta segunda 
etapa. 
A programação havia sido cumprida, tendo os maratonistas remado 226 horas para 
vencer aproximadamente 1.700 quilômetros. 

1943
·  Janeiro – Estimulado pelo sucesso dos remadores paraguaios, o argentino Benito 
Romero,  associado  do  Club  de  Regatas  de  Avellaneda,  remou  num  canoe, 
aproximadamente 1.400 quilômetros, desde Buenos Aires até Assunção, Paraguai.
·  15/04  –  Benito  Romero,  conhecido  remador  solitário  do  Club  de  Regatas  de 
Avellaneda, partiu de Buenos Aires num canoe, e após vencer 1.200 quilômetros, 
em 07/06 chegou a Porto Alegre para “conhecer a famosa raia dos Navegantes”.
·  Na Suíça, fundação do Forward Rowing­Club Morges.
·  11/11 – No Uruguai, em Paso de los Toros, fundado o Club Náutico Paso  de los 
Toros. 

1945
·  28/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  fundada  a  Confederación  Sudamericana  de  Remo  – 
CSAR, tendo como fundadores o Brasil, Argentina, Uruguai, Peru e Equador.
·  29/07 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas realizado o 4º Campeonato 
(Certame)  Sul­americano  de  Remo.  A  Argentina  venceu  3  provas  (lX/9'00"5, 
4+/8'01"8 e 2X/7'53"6), o Brasil 2 provas (2+/9'03"3 e 8+/6'37"2) e o Uruguai 2 
provas (4­/8'45" e 2­/9'58"). 

1946
·  Primeiras  regatas  na  Europa  após  a  II  Grande  Guerra,  sendo  disputados 
campeonatos nacionais em vários países.
·  Na Suíça, em Lausanne, reuniram­se os integrantes do COI e escolheram o dia 23 
de  junho  como  o  “DIA  OLÍMPICO”,  devendo  ser  festejado  pelos  Comitês 
Olímpicos Nacionais.
·  Noruega e Suíça filiam­se à FISA. 

1947
·  Em  Lucerna,  Suíça,  reinício  da  disputa  do  Campeonato  Europeu  Masculino  de 
Remo, interrompido desde 1938.
·  Grã­Bretanha, Áustria e Austrália ingressam na FISA 

1948 
04/04  –  No  Uruguai,  em  Santiago  Vasquez,  próximo  a  Montevidéu,  realizado  o  I 
Campeonato Sudamericano de Remo e  inaugurado o Estádio de Remo de Melilla pelo 
senhor  Presidente  da  República,  Don  Luis  Battle  Berres.  Adotado  o  sistema  de 
contagem de pontos aos melhores classificados de cada prova e declarado campeão o

100 
·  país  que  obtivesse  o  maior  número  de  pontos  no  cômputo  geral,  cabendo­lhe  a 
posse  temporária  do  Premio  America  del  Sur,  instituído  em  1945  pela 
Confederação Sul­americana de Remo. Critério de pontos: 
­ barcos de 1 ou 2 remadores – 10, 6, 4, 2 e 1 pontos; 
­ barcos de 4 ou 8 remadores – 13, 8, 5, 3 e 2 pontos. 
Argentina, campeã com 67 pontos, venceu 4 provas (4+/7'29", 4­/s.t., 2X/7'25"4 e 
8+/6'12"); Uruguai, vice­campeão com 36 pontos, venceu a prova de skiff/8’49”; 
Brasil,  3º  classificado  com  32  pontos,  venceu  2  provas  (2­/8'01"  e  2+/8'14"8); 
Chile, 4º lugar com 18 pontos e Peru, 5º lugar com 5 pontos
·  Canadá, Chile, Cuba e Irlanda associam­se à FISA.
·  A Escola Naval do Uruguai filiou­se à Federação Uruguaia de Remo.
·  29/07  a  14/08  –  Os  XIV  Jogos  Olímpicos  em  Londres,  tiveram  os  seguintes 
campeões de remo: 4 com – Estados Unidos, duplo­skiff – Grã­Bretanha, 2 sem – 
Grã­Bretanha,  skiff  –  Austrália,  2  com  –  Dinamarca,  4  sem  –  Itália  e  oito  – 
Estados  Unidos.  O  Brasil  participou  das  provas  de  2  com  e  2  sem,  detalhes  no 
capítulo 2 – O REMO NO BRASIL – ano 1948.
·  A  África do Sul, embora não possuísse Comitê  Olímpico reconhecido pelo COI, 
foi admitida na FISA.
·  Fundada a Federacion Amateur Cubana de Remeros. 

1949
·  Reorganização  da  Ruderverband  na  República  Federal  da  Alemanha,  com  a 
adesão de 250 clubes e 3.800 remadores.
·  26/06 – Em comemoração ao 57º aniversário  de  fundação da FISA,  foi realizada 
no IDROSCALO de Milão a regata chamada de Encontro Quadrangular, exclusiva 
aos  4  países  fundadores  da  entidade.  Os  remado  belgas  não  participaram  por 
motivo do dia da regata coincidir com o das eleições para o novo Parlamento. 
Resultados dos 5 primeiros Encontros: 
I – 26/06/1949 – Milão (Itália) 
Suíça – 20 pontos e 4 vitórias (2X, 4+, 4­ e 8+) 
Itália – 18,5 pontos e 3 vitórias (1X, 2­ e 2+) 
França – 13,5 pontos 
II – 09/07/1950 – Mâcon (França) 
Itália – 31,5 pontos e 3 vitórias (2­, 4­ e 8+) 
Suíça ­ 19,5 pontos e 2 vitórias (4+ e 1X) 
França – 18,5 pontos e 1 vitória (2X) 
Bélgica – 16 pontos e 1 vitória (2+) 
III – 01/07/1951 – Zurique (Suíça) 
Suíça – 31,5 pontos e 4 vitórias (2­, 1X, 4­ e 8+) 
França – 21,5 pontos e 1 vitória (2X) 
Itália – 19 pontos e 2 vitórias (4+ e 2+) 
Bélgica – 10,5 pontos 
Interrupção de 7 anos na disputa do Encontro. 
IV – 15/06/1958 – Milão (Itália) 
Suíça – 31,5 pontos e 4 vitórias (4+, 2­, 2+ e 2X) 
Itália – 26,5 pontos e 2 vitórias (4­ e 1X) 
França – 22 pontos e 1 vitória (8+) 
Bélgica – 10 pontos. 
V – 11/06/1961 ­ Mâcon (França) 
Itália – 26 pontos e 3 vitórias (4+, 4­ e 8+)

101
França – 25 pontos e 3 vitórias (2­, 2+ e 2X) 
Suíça – 24 pontos e 1 vitória (1X) 
Bélgica – 16 pontos

·  Fundação na Suíça do Ruderclub Thun.
·  Pela  primeira  vez,  foram  usados  equipamentos  de  televisão  a  bordo  de  uma 
embarcação, para transmitir uma regata, a clássica Oxford x Cambridge; "A regata 
inteira  foi  televisada,  do  começo  ao  fim,  com  auxílio  não  apenas  da  câmara 
instalada a bordo da lancha "Consuta", como por sete outras, instaladas em lugares 
estratégicos, no percurso Putriey a Mortlake. 
A câmara utilizada possuía  jogo de objetiva  intercambiáveis, de  maneira a poder 
captar 'tiros' longos e primeiros planos. 
As imagens irradiadas pela "Consuta" eram apanhadas por diversas instalações nas 
margens e,  juntamente com as  imagens das câmaras de terra, enviadas por cabos 
especiais  à  'Alexandra  Palace',  de  onde  eram  retransmitidas  aos  'visores'  a 
domicílio. 
Dado  o  grande  peso  e  volume  do  equipamento  de  televisão,  à  parte  do  som  foi 
instalada a bordo de outra embarcação, a "Electra", que acompanhou a "Consuta" 
e da qual John Snagge transmitiu a descrição, remada a remada. 
Grande  obstáculo  técnico  a  vencer  foi  à  vibração  causada  pelo  motor  da  lancha, 
cujo efeito se multiplica quando se utiliza teleobjetiva para primeiros planos. Foi 
preciso inventar uma montagem especial isolante da vibração, que serviu a inteiro 
contento.  Outra  dificuldade  foi  à  alimentação  de  corrente  para  a  câmara,  pois  o 
equipamento  de televisão  consome  cerca  de  3KW.  Como  seria  impraticável  usar 
acumuladores  (cujo  peso  faria  afundar  a  lancha),  foi  empregado  um  gerador  a 
gasolina,  bastante  silencioso  para  não  interferir  com  os  microfones,  leve  e  no 
entanto bastante poderoso. 
Essa extraordinária façanha, que faz história nos anais da televisão e do remo, foi 
realizada  graças  à  íntima  cooperação  entre  o  Departamento  de  Correios  e 
Telefones  da  Grã­Bretanha  e  às  companhias  inglesas  que  fabricam  material  de 
transmissão e recepção de som­imagem,"
·  Os  barcos  a  remo  do  Shangai  Rowing  Club  foram  levados  para  Hong  Kong  e 
divididos entre os clubes Royal Hong Kong Yacht e Victoria Recreation Club. 

1950
·  Nesta década, na Argentina, participava de competições de remo o Club Náutico 
El Quillá (Santa Fé).
·  04/06 – Buenos Aires: da rampa do Club de Regatas de Avellaneda, partiu o barco 
GENERAL  SAN  MARTIN,  um  duplo­canoe  reforçado  com  7  metros  de 
comprimento, 80 centímetros da  largura, 30 centímetros de altura e 80  quilos de 
peso, construído na oficina do clube pelo preço de 8.000 pesos argentinos. Na proa 
havia 2 compartimentos estanques para víveres e roupas. 
Seus  tripulantes,  os  experientes  remadores  Benito  Romero,  capitão  da  Marinha 
Mercante  Argentina  e  Eufrásio  O.  Carnot,  professor  de  Educação  Física, 
pretendiam remar aproximadamente 16.000 quilômetros e chegar até Nova Iorque. 
No  Brasil,  passaram  em  Rio  Grande,  Tramandaí,  Torres,  Araranguá,  Laguna, 
Florianópolis (13/10), Itajaí, São Francisco do Sul, Paranaguá, Cananéia, Iguape, 
Santos (03/12), São Sebastião, Ilha Grande e Rio de Janeiro (20/12). Enfrentaram 
inúmeras dificuldades e problemas, quebraram 12 remos e chegaram  exaustos ao 
Rio de Janeiro. Recebidos com muitas homenagens, decidiram porém, interromper

102 
a travessia e regressar de avião à Buenos Aires, na véspera do Natal.
·  Em  Leipzig,  fundada  a  secção  de  remo  da  DDR  e  realizado  o  “Primeiro 
Campeonato de Remo da DDR”.
·  Em Portugal, fundado o Grupo Desportivo da Figueira da Foz;
·  09/08 – No Uruguai, fundação do Club de Remo Araycuay.
·  30/08 – No Congresso da FISA em Milão, definidos os quatro tipos de barcos para 
as provas femininas oficiais: skiff, quatro com, duplo­skiff e 8, todas na distância 
de 1.000 metros.
·  Um  remador  francês  de  70  anos  de  idade,  num  skiff  atravessou  o  Canal  da 
Mancha, de Boulogne a Folkstone. 

1951
·  04/03 –  Em Buenos  Aires,  disputadas  as  7  provas  clássicas  de  remo,  integrantes 
do  programa  dos  I  Jogos  Desportivos  Pan­americanos.  Notável  vitória  dos 
remadores  argentinos,  vencedores  de  todas  as  provas.  Competiram  também, 
remadores do Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.
·  Em Alexandria, Egito, realizados os Primeiros Jogos Mediterrâneos com 5 provas 
masculinas de remo. Vitoriosos os remadores italianos em 4 provas (4+, 2+, 2X e 
8+) e o egípcio em 1X.
·  Os Jogos deveriam ser disputados de 4 em 4 anos, no ano precedente ao dos Jogos 
Olímpicos.
·  Em 1955, nos Segundos Jogos Mediterrâneos em Barcelona, Espanha, o programa 
foi ampliado para 7 provas masculinas. A França venceu 4 (2­, 1X, 2+ e 2X ) e a 
Itália 3 (4+, 4­ e 8+). 
1955 – Barcelona, Espanha  1959 – Beirute, Líbano 
1963 – Nápoles, Itália  1967 – Tunis, Tunísia 
1971 – Esmirna, Turquia  1975 – Argel, Argélia 
1979 – Split, Iugoslávia  1983 – Casablanca, Marrocos 
1987 – Latakia, Síria. 

Os “XI  emes  Jeux Mediterranées” de 1991, programados para Atenas deverão ter a 


participação de 18 países, 3.500 atletas, 2.000 dirigentes e 1.000 jornalistas.
·  29/07 – Em Carlos Paz, Argentina, fundada a Asociación Club de Remo de Villa 
Carlos Paz, Córdoba.
·  República Federal da Alemanha, Japão e México filiam­se à FISA.
·  Dezembro  –  Em  Saigon,  Vietnã,  efetuada  uma  regata  internacional  devido  ao 
sucesso da Interport Regatta, de abril, em Cingapura. 

1952
·  02/03 –  Em  Valdívia,  Chile,  efetuado o  2º  Campeonato  Sudamericano  de  Remo 
em  homenagem  ao  4º  Centenário  de  Fundação  da  Cidade.  A  Argentina,  campeã 
com  71  pontos,  venceu  5  provas  (4+/6'45",  2­/7'05",  4­/6'37"4,  2X/7'06"2  e 
8+/6'32"  );  o  Brasil,  vice­campeão  com  39,5  pontos  venceu  a  prova  de  2 
com/8'00"4;  o  Uruguai  com  34,5  pontos,  3º  classificado,  venceu  a  prova  de 
skiff/7'31"; o Chile com 27 pontos – 4º lugar e o Peru com 7 pontos – 5º lugar.
·  15/03 – Em Misiones, Argentina, fundado o Club Náutico Eldorado.
·  19/07 a 03/08 – XV Jogos Olímpicos em Helsinque com os seguintes campeões de 
remo:  4  com  –  Tcheco­Eslováquia,  duplo­skiff  –  Argentina,  2  sem  –  Estados 
Unidos,  skiff  –  União  Soviética,  2  com  –  França,  4  sem  –  Iugoslávia  e  oito  –

103 
Estados Unidos. Os remadores do Brasil participaram da prova de 2 com, detalhes 
no capítulo 2 – O REMO NO BRASIL – ano 1952.
·  Na  França,  fundado  o  Cercle  de  l'Aviron  de  Tours.  Em  1971  fez  fusão  com  a 
Société Nautique de Tours dando origem ao Tours Aviron Club.
·  Fundação na Suíça do Ruderclub Erienbach.
·  Nova Zelândia e União Soviética filiam­se à FISA. 

1953
·  Destaque  mundial  para  a  Academia  de  Remo  de  Ratzeburg,  dirigida  pelo 
Professor Karl Adam, físico, matemático e famoso treinador esportivo de remo da 
República Federal da Alemanha.
·  Em Portugal, fundado o Centro Desportivo Universitário do Porto.
·  28  a  31/05  –  No  Congresso  Extraordinário  da  FISA  em  Montreux,  Suíça,  com 
delegados  de  20  países,  criado  o  Campeonato Europeu  Feminino  de  Remo,  para 
ser disputado a partir de 1954, com programa de quatro provas em 1.000 metros: 
skiff,  quatro  com,  duplo­skiff  e  oito.  Posteriormente  foi  acrescido  o  quádruplo­ 
skiff com timoneira.
·  04/09  –  EL  GRAFICO,  Buenos  Aires:  “UN  CASO  EXTRAORDINARIO  – 
Roberto  Vidart,  representante  del  Club  de  Remeros  Mercedes  (Uruguai),  cuyo 
caso, quizá único en la historia del remo, nos muestra hasta dónde se puede llegar 
cuando se posee  la  fuerza de voluntad de este  muchacho, que sobreponiéndose a 
un  accidente  que  le  privó  nada  menos  que  de  la  mano  derecha  continuó 
practicando posteriormente su actividad preferida. 
Pero sinceramente nunca  hasta hoy pensamos que  llegara a ser posible que 
un hombre privado de una mano pudiera desempeñarse en remo y no tomando el 
mismo  como  recreo,  sino  que  actuando  activamente  en  competencias 
internacionales. 
Comenzó  Vidart  a  hacer  sus  primeras armas  siempre  en  el Mercedes  en  el 
año  1951  como  tripulante  de  la  especialidad  que  los  uruguayos  denominan  gig 
novicio,  en  el  que  se  impuso  ascendiendo  a  la  categoria  cadete.  Interviene 
posteriormente  infinidad de  veces en  pruebas  realizadas  en  el  Rio  Uruguay  y  en 
Melilla, hasta que el 5 de octubre de 1952 sufre en la fábrica donde se desempeña 
como  obrero  el accidente  del que  pese a  todos  los  cuidados  prodigados  no hubo 
otra alternativa que amputarle su mano derecha seis centímetros sobre la muñeca. 
Lógicamente se creyó que su carrera deportiva quedaba terminada. Pero luego de 
un  alejamiento  breve  comenzó,  juntamente  con  dirigentes  y  compañeros  de  su 
club,  a  idear  el  sistema  que  le  permitiera  continuar  practicando.  Terminado  el 
estudio  del  mismo  se  encargó  de  realizar­lo  un  ortopédico,  y  luego  de  algunas 
experiencias prácticas, quedó aceptado el que en la actualidad utiliza. 
Se trata de una especie de bota que calza en el antebrazo, sujeta con una serie 
de  correas  que  partiendo de  la  misma  quedan  aseguradas  en  otras  que  le  cruzan 
pecho  y  espalda.  Empuña  o  mejor  dicho  asegura  el  aparato  con  otra  correa 
también,  y  como  se  desempeña  de  bow­side  el  trabajo  de  girar  queda,  como  es 
sabido, a cargo de su mano izquierda. 
Muy  poco  tiempo  después  de  perder  la  mano  se  presentó  en  Melilla  como 
integrante  de  un  ocho  junior.  Esta  primera  intervención  le  significó  la  obtención 
de  una  victoria  por  medio  largo  y  una  emoción  que  dificilmente  olvidará,  no 
solamente  él  sino  además  todos  sus  compañeros,  pendientes  del  resultado  de  la 
experiencia. 
Aparte  de  sus  condiciones  como  remero  sigue  cumpliendo  sus  tareas  en  la

104 
fábrica donde se accidentara.” 

1954
·  Instituída  em  Londres,  a  "Head  of  the  River  Race",  para  remadores  individuais 
(scullers).
·  02/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  III 
Campeonato  Sul­americano  de  Remo.  O  Brasil,  campeão,  conquistou  o  Premio 
America del Sur com 75 pontos e 6 vitórias: 4+/7'20", 2­/7'35", 2+/8'10", 4­/7'05", 
2X/7'33"  e  8+/6'31"5.  O  Uruguai  com  42  pontos  foi  o  2º  classificado  tendo 
vencido a prova de skiff  / 7'53", o Chile obteve 35 pontos e o Peru 23 pontos.
·  24/08  –  Primeiro  Campeonato  Europeu  Feminino  de  Remo,  em  Amsterdam, 
Holanda,  e  todas  as  cinco  provas  vencidas  brilhantemente  pelas  remadoras 
soviéticas. Este Campeonato foi realizado anualmente até 1973, e a partir de 1974 
transformado  em  Campeonato  Mundial  Feminino  de  Remo,  não  disputado  nos 
anos de Jogos Olímpicos. 
A relação dos países vencedores de todas as provas desses campeonato, as sedes e 
os  anos  das  disputas  podem  ser  conhecidos  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  Em  Cingapura,  fundada  a  Far  Eastern  Amateur  Rowing  Association  –  FEARA 
(Associação do Remo Amador do Extremo Oriente) . 

1955
·  01/01 – A “Escuela de Prefectura Naval General Matias de Irigoyen”, sediada na 
ilha  Silvia,  Tigre,  Argentina,  criou  um Departamento  de Remo  e  em  30/06/1955 
filiou­se à Asociación Argentina de Remeros Aficionados.
·  18/01 – No Uruguai, em Salto, fundado o Salto Rowing Club.
·  20/03 – Em cidade do México, disputadas as provas  finais de remo dos II Jogos 
Desportivos Pan­americanos. Os resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – 
GRANDES VENCEDORES.
·  23/08 – No Congresso da FISA em Gand, Bélgica, aceita a filiação da República 
Democrática  da  Alemanha  –  DDR.  Neste  mesmo  Congresso,  o  representante  da 
União  Soviética  no  Comitê  Olímpico  Internacional  propôs  a  inclusão  do  remo 
feminino  no  programa  dos  Jogos  Olímpicos,  porém  os  congressistas, 
representantes de 26 filiados, por maioria, não aceitaram a proposta.
·  A Bulgária associou­se à FISA. 

1956
·  25/03 – No programa da 159ª Regata da Comisión de la Regata Internacional del 
Tigre: 
“Los deportes procuran satisfacciones y exigen como compensación algunos 
sacrificios. 
Entre los que se practican  en  nuestro país,  hay algunos, como el del remo, 
en e1 qual los renunciamentos son mayores que los halagos. 
A  las  largas  y  cansadoras  jornadas  de  entrenamiento,  se  agrega  el  tiempo 
que  es  preciso  distraer  para  llegar  a  los  sitios  donde  se  efectúan,  tan  alejados  de 
centros  poblados,  y  las  horas  en  que  se  practican,  fuera  del  ajetreo  de  las 
actividades materiales de la vida. 
Deben  agregarse  las  muchas  horas  que  es  indispensable  emplear  en  la 
búsqueda de la armonía entre los remeros, para lograr el estilo eficiente que rinda, 
con e1 vigor de los atletas, el mejor resultado.

105 
Y  mientras  dura  el  adiestramiento se  necesita  proseguir  con  el  entusiasmo 
allecionador,  hasta  alcanzar  la  fecha  de  las  eliminatorias.  Es  en  ellas  donde 
muchas veces queda roto el ideal de competir en las gloriosas tardes de las finales. 
Llegada  esa  fecha,  la  imprecisión  de  factores  variados,  las  corrientes 
adversas,  las aguas  quietas,  el  viento  que  deriva,  etc., impiden  mucha  veces  que 
cristalice todo e1 esfuerzo desarollado durante tanto tiempo. 
Quizá, estas contingencias sean los factores determinantes para que e1 remo 
figure entre los deportes esencialmente puros. Poseen aquellos que lo practican, la 
tolerancia  y  la  serenidad  que  es  patrimonio  de  los  deportistas;  y  la  camaraderia 
sincera que reina entre sus adeptos, no halla eco ningún acto que esté reñido con 
las normas caballerescas del fair play. 
Dr. Cesar A. Tognoni 
Presidente del Club Canottieri Italiani”

·  29/04  –  No  Peru,  em  Callao,  disputado  o  IV  Campeonato  Sud­Americano  de 
Remo, tendo a Argentina conquistado o Premio America del Sur com 64 pontos e 
4 vitórias (2­/s.T.,  1X/9'45",  4­/7'42"6  e 8+/7'14"2).  O  Brasil  com  51  pontos  foi 
vice­campeão  vencendo  2  provas  (4+/9'14"  e  2+/7'47").  Chile  terceiro  com  24 
pontos, Peru quarto com 22 pontos, Uruguai quinto com 16 pontos, vencedor da 
prova de 2X/8'48"5, Equador sexto com 2 pontos.
·  Em  Pisa,  Itália,  no  rio  Arno,  primeira  disputa  da  Regata  Histórica  das  Antigas 
Repúblicas  Marinhas  (Pisa,  Veneza,  Genova,  e  Amalfi),  em  “galeoni”,  barcos 
semelhantes  a  escaleres,  com  11  metros  de  comprimento  e  750  quilos  de  peso, 
impulsionados  por  8  remadores  e  pilotados  por  um  timoneiro,  de  pé  na  popa. 
Vitoriosa a guarnição da República de São Marcos (Veneza).  A regata tornou­se 
tradicional  e  vem  sendo  realizada,  anualmente,  com  muito  sucesso  (ver 
10/06/1990).
·  Na Grã­Bretanha  unem­se  as duas  entidades dirigentes  do remo, ARA  e  NARA, 
permanecendo  a  denominação  da  mais  antiga:  Amateur  Rowing  Association  – 
ARA.
·  Na Suíça, fundado o Regattaverein Bern.
·  Maio  –  Maratona  a  remo:  Basiléia  –  Calais,  numa  distância  de  cerca  de  1.500 
quilômetros. A dupla  italiana, Berni e  Lazzaretti, no duplo­canoe Itália, remando 
em  média 12 horas diárias, completou gloriosamente o percurso em 15 dias e 12 
horas.
·  28/08  –  No  Campeonato  Europeu  Masculino  de  Remo,  em  Bled,  Iugoslávia, 
participou  pela  primeira  vez  na  história  do  remo  competitivo  um  barco  com  o 
timoneiro sentado na proa. Este barco pioneiro, representando a Alemanha – RFA 
e tripulado por uma dupla do R. G. Wiesbaden­Biebich obteve memorável triunfo.
·  22/11 a 08/12 – Nos XVI Jogos Olímpicos de Melbourne, Austrália, as guarnições 
italianas  de  quatro  com  e  quatro  sem  surpreenderam  os  técnicos  adversários, 
devido à alteração na armação clássica das braçadeiras proa e voga a bombordo e 
sota­proa  e  sota  voga a  boreste. O  barco de  quatro  sem  durante  os  treinamentos 
finais suspendeu a modificação e ao competir perdeu a prova. Entretanto, o quatro 
com foi campeão olímpico, com a nova disposição das braçadeiras. 
Campeões de remo: 4 com – Itália, duplo­skiff – União Soviética, 2 sem – Estados 
Unidos, skiff – União Soviética, 2 com – Estados Unidos, 4 sem – Canadá e oito – 
Estados  Unidos.  Os  remadores  do  Brasil  participaram  da  prova  de  4  com  – 
detalhes no capítulo 2 – O REMO NO BRASIL – ano 1956.

106 
1957
·  Na  Grã­Bretanha,  participam  pela  primeira  vez  barcos  construídos  com  fibra  de 
vidro,  apresentando  uma  série  de  vantagens:  fácil  reparo,  menor  peso,  maior 
durabilidade,  bom  desempenho  e  ótimo  rendimento.  Rapidamente  os  barcos  de 
fibra de vidro passaram a ser construídos e usados em todo o mundo.
·  Fundados  em  Portugal  a  União  Desportiva  Vilafranquense,  em  Vila  Franca  de 
Xira, e o Grupo Cultural e Desportivo da TAP, em Lisboa.
·  05  a  08/09  –  No  Campeonato  Europeu  Masculino  de  Remo,  em  Duisburg, 
República  Federal  da  Alemanha,  a  Itália  venceu  a  prova  de  8  utilizando  uma 
revolucionária  armação  assimétrica  das  braçadeiras  neste  tipo  de  barco:  proa, 
centro­proa, centro­voga e voga com remos a bombordo, e sota­proa, contra­proa, 
contra­voga e sota­voga a boreste. Este barco pertencia a Associação Motto­Guzzi 
e  desde  então  este  nome  foi  usado  em  todo  o  mundo  para  as  embarcações  com 
disposição  assimétrica  de  braçadeiras,  segundo  a  inovação  italiana  iniciada  em 
1956 nos Jogos Olímpicos.
·  Na Bélgica estavam filiados à Federação 20 clubes de remo com 1.000 remadores, 
e na Iugoslávia 45 clubes com 2.600 remadores. 

1958
·  27/04  –  No  Tigre,  Buenos  Aires,  realizado  o  V  Campeonato  Sudamericano  de 
Remo, sendo adotado um novo critério de pontuação: 
–  barcos de 8 remadores – 15, 10, 7, 4 e 3 pontos; 
–  barcos de 4 remadores – 13, 8, 5, 3 e 2 pontos; 
–  barcos de 1 ou 2 remadores – 10, 6, 4, 2 e 1 pontos. 
Argentina,  campeã  com  49  pontos  e  3  vitórias  (2+/7'03",  4­/6'17"  e  2X/6'24"); 
Brasil  vice­campeão  com  47  pontos  e  3  vitórias  (4+/6'55",  2­/s.t.  e  8+/5'39"); 
Uruguai  3º  colocado  com  36  pontos,  venceu  a  prova  de  1X/7'05";  Peru  4º 
classificado com 25 pontos e Chile 5º colocado com 17 pontos. Maiores detalhes 
no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  Em Berlim, DDR, fundada a Federação Alemã de Remo.
·  As  duas  federações  de  remo  da  Alemanha,  RFA  e  DDR,  realizam  campeonatos 
independentes  e  efetuam  eliminatórias  entre  as  duas  equipes  para  a  escolha  da 
seleção alemã de remo.
·  31/08 – Na Itália, fundação da Società Canottieri Sebino di Lovere.
·  22/11 – No Congresso Extraordinário da  FISA em Viena,  com a participação de 
delegados de 22 países, definido o regulamento para o 1º Campeonato Mundial de 
Remo, a ser realizado em 1962. 

1959
·  O Peru filiou­se à FISA.
·  No Congresso da FISA  em  Mâcon, França, participaram delegados de 27 países, 
sendo  aceito  um  novo  sistema  de  balizamento,  tendo  em  cada  linha  divisória  de 
baliza bóias fixadas a cada 25 metros.
·  Na Suécia, fundado o Dalarnas Roddforbund.
·  07/09 – Em Chicago, Estados Unidos, realizadas as provas finais de remo, dos III 
Jogos  Desportivos  Pan­americanos.  Os  resultados  podem  ser  encontrados  no 
capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  A  vitória  da  Revolução  em  Cuba  ensejou  a  transformação  dos  Clubes  de  Remo 
(privados)  em  Escolas  Provinciais  de  Remo  (populares),  assegurando  o  ingresso

107 
dos negros. Em 1961 por ocasião da Regata del Pueblo, pela primeira vez, negros 
competiram e venceram. 

1960
·  20/03  –  No  Estádio  de  Remo  de  Melilla,  em  Montevidéu,  disputado  o  VI 
Campeonato  Sudamericano  de  Remo.  Argentina  campeã  com  73  pontos  e  5 
vitórias (4+/7'14", 2­/7' 48", 1X/7'26", 4­/6'49" e 8+/6'22"); Uruguai vice­campeão 
com  50  pontos  venceu  2  provas  (2+/7'54"  e  2X/6'57");  Peru  3º  lugar  com  28 
pontos; 4º Brasil com 24 pontos e 5º Chile com 7 pontos.
·  22/04 – Em Santa Fé, Argentina, fundação do Santo Tomé Rowing Club.
·  25/08 a 11/09 – Nos XVII Jogos Olímpico em Roma, Karl Adam, técnico de remo 
da  República  Federal  da  Alemanha,  apresentou  no  seu  barco  de  dois  com  outra 
inovação  o  timoneiro  deitado  na  proa.  As  críticas  foram  inúmeras,  porém  o 
rendimento da guarnição e do barco foram espetaculares, tendo vencido a prova no 
extraordinário tempo de 7'29"14, enquanto que nos últimos cinco Jogos Olímpicos 
os  tempos  desta  prova  haviam  sido:  8'25"8,  8'36"9,  8'00"5,  8'28"6  e  8'26"1.  A 
iniciativa de Karl Adam foi seguida por técnicos de todos os países. 
Nestes  Jogos  Olímpicos  de  Roma,  as  provas  de  remo  foram  efetuadas  no  lago 
Albano,  em  Castel  Gandolfo,  sendo  inaugurado  o  novo  sistema  de  balizamento, 
aprovado  no  Congresso  da  FISA  de  1959.  As  diferentes  linhas  divisórias  de 
balizas  são  facilmente  visualizadas  mediante  bóias  coloridas,  distanciadas  25 
metros,  em  toda  a  extensão  da  raia  de  2.000  metros.  Este  tipo  de  sinalização 
mereceu  os  maiores  elogios  e  ficou  conhecido  como  "Raia  Albano'',  sendo 
adotado em muitos países. Atualmente, a distância entre as bóias é de 10 metros. 
Campeões olímpicos de remo: 4 com – RFA, duplo­skiff – Tcheco­Eslováquia, 2 
sem –  União  Soviética,  skiff – União  Soviética,  2  com – RFA,  4  sem –  Estados 
Unidos e oito – RFA. Os remadores do Brasil participaram da prova de 4 com – 
detalhes no capítulo 2 – O REMO NO BRASIL – ano 1960. 

1961
·  Iniciada  uma  verdadeira  competição  mundial  técnica  entre  os  “grandes 
construtores de barcos a remo”, que minuciosamente passaram a analisar diversos 
tipos  de  madeiras  de  todos  os  continentes,  avaliando  pesos  específicos, 
resistências  à  flexão,  pressão  e  tração,  elasticidade  e  grau  de  umidade.  Entre  as 
madeiras mais estudadas destacaram­se os pinhos, cedros, mognos, abetos e olmos 
(pináceas, meliáceas, abietáceas e ulmáceas).
·  14/06 – Na Grécia, em Olímpia, junto ao monte Kronion, realizada a 1ª Sessão da 
Academia Internacional Olímpica (AIO) com a participação de representantes de 
25 países. 
"A  Academia  é  o  centro  cultural  internacional  que tem  por objetivo  a  promoção 
dos  valores  sociais,  educativos,  estéticos,  éticos  e  espirituais  do  movimento 
olímpico." 
Nas  reuniões  anuais  são  apresentados  e  discutidos  temas  variados  que  englobam 
aspectos históricos, técnicos, jurídicos e artísticos dos desportos. 
A  administração  da  Academia  está  a  cargo  do  Comitê  Olímpico  Grego,  e  sua 
organização e funcionamento cabem a um grupo de trabalho chamado EPHORIA. 
A Academia ou Centro de Estudos Olímpicos foi idealizada pelo Barão Pierre de 
Coubertin em 1937, tendo recebido apoio apenas da Alemanha e Grécia.
·  Marrocos e Israel filiam­se à FISA.

108 
1962
·  04/09 – No Congresso da FISA realizado em Lucerna, Suíça, foi decidido: 
a)  criar  "pequenas  finais",  nos  grandes  eventos  mundiais  de  remo,  para  serem 
conhecidos os sétimos até os décimo­segundos classificados; 
b)  abandonar  no  cerimonial  a  execução  dos  hinos  nacionais  e  os  hasteamentos 
das bandeiras dos países participantes.
·  06 a 09/09 – Disputado em  Lucerna o Primeiro Campeonato Mundial Masculino 
de Remo, promovido pela  FISA e para  ser realizado a cada quatro anos entre os 
Jogos Olímpicos. Em 1973 efetuado o último Campeonato Europeu Masculino de 
Remo,  sendo  aglutinado  a  partir  de 1974  ao  Campeonato  Mundial  Masculino  de 
Remo,  para  ser  realizado  anualmente,  salvo  nos  anos  de  Jogos  Olímpicos.  Em 
1974 incluída no programa a prova de quádruplo­skiff. 
A  relação  dos  países  vencedores  desses  Campeonatos  Mundiais  Masculinos  de 
Remo, as sedes e os anos das disputas estão contidos no capítulo 3 – GRANDES 
VENCEDORES.
·  Outubro  –  Fundada  em  Seul,  Coréia,  a  Korean  Amateur  Rowing  Association  – 
KARA.
·  11/11 – Na Argentina, nas águas do rio Luján, em raia com 3 balizas e chegada em 
frente às sedes dos clubes de regatas La Marina e Hispano Argentino, realizado o 
VII  Campeonato  Sudamericano  de  Remo.  Argentina,  campeã  com  73  pontos, 
venceu  5  provas  (4+/6'14",  1X/7'04",  2+/6'58",  4­/s.t.  e  8+/5'50");  Brasil,  vice­ 
campeão com 52 ponto, venceu a prova de 2X/6'29"; Uruguai 3º com 31 pontos, 
venceu a prova de 2­/6'47"; Chile 4º com 11 pontos e Peru 5º com 10 pontos. 

1963
·  Na Grã­Bretanha, a Associação Feminina de Remo Amador fundiu­se à Amateur 
Rowing Association – ARA.
·  28/04 – Em São Paulo, na raia de Jurubatuba, disputadas as provas finais de remo 
dos IV Jogos Desportivos Pan­americanos. Os resultados podem  ser encontrados 
no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  Em Bordeaux, França, fusão da Société Nautique Bordelaise (1884) com o Aviron 
Girondin (1936) surgindo a Emulation Nautique de Bordeaux. 

1964
·  29/01 – A Escuela Naval filiou­se à Federacion Uruguaya de Remo.
·  26/04 – No Rio de Janeiro, na raia da lagoa Rodrigo de Freitas, disputado o VIII 
Campeonato Sul­americano de Remo. Argentina, campeã com 67 pontos, venceu 
4  provas  (4+/6'30",  1X/7'25",  4­/6'44"  e  8+/6'18");  Brasil  vice­campeão  com  56 
pontos obteve 2 vitórias (2+/7' 40" e 2X/7'01"); Uruguai terceiro com 39 pontos, 
venceu a prova de 2­/7'01"5; Peru 4º lugar com 15 pontos e Chile 5º com 6 pontos.
·  10 a 24/10 – XVIII Jogos Olímpicos em Tóquio e os seguintes campeões de remo: 
4  com  –  RFA,  duplo­skiff  –  União  Soviética,  2  sem  –  Canadá,  skiff  –  União 
Soviética, 2 com – Estados Unidos, 4 sem ­ Dinamarca e oito – Estados Unidos.
·  A FISA tem 41 países filiados. 

1965
·  A  Federação  de Remo  da  DDR  deixou  de  participar  dos  campeonatos  europeus, 
masculino e feminino de remo, efetuados em Duisburg­RFA, em virtude da FISA 
não ter permitido que competisse com equipe independente da RFA.
·  24/08 – No Congresso da FISA em Duisburg, República Federal a Alemanha, com

109 
a  participação  de  delegados  de  28  países,  foram  reconhecidas  as  regatas  para 
juniores, isto é, remadores com até 18 anos de idade, no ano da competição.
·  A República da Coréia filiou­se a FISA.
·  13/11  –  O  Congresso  Extraordinário  da  FISA  em  Viena,  com  delegados  de  22 
países,  concordou  que  nas  próximas  competições  da  entidade,  participem 
representações das duas Alemanhas: RFA e DDR.
·  No  Rio  de  Janeiro,  na  raia  da  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  IX 
Campeonato Sul­americano de Remo. A Argentina foi campeã com 77 pontos e 6 
vitórias (4+/7'02", 2­/7'34",  1X/7'35", 2+/7'48", 4­/6'46"  e 8+/6'10");  Brasil vice­ 
campeão  com  54  pontos  e  uma  vitória  (2X/6'48");  Uruguai  24  pontos;  Peru  19 
pontos e Chile 14 pontos. 

1966
·  Na Groenlândia, fundação do Söndreström Roklub.
·  Na Suíça, fundada a Société D' Aviron Fribourg.
·  Os soldados ingleses John Ridgeway e Chay Blyth, remando numa chata de 6,40 
metros de comprimento, partiram em 04/06 do cabo Cod, Massachusetts, próximo 
a Boston, Estados Unidos, atravessaram o Atlântico Norte e em 03/09 chegaram às 
ilhas Aran, centro­oeste da Irlanda.
·  26/06 –  Na  Argentina,  em  San Carlos  de  Bariloche,  fundado o  Club  de  Regatas 
Bariloche.
·  Nas  Filipinas,  realizada  pela  primeira  vez  a  Interport  Regatta,  promovida  pelo 
Manila  Boat Club. A  vitória coletiva coube aos remadores do Royal Hong  Kong 
Yacht Club.
·  24/10 – Em Carmelo, Uruguai, fundação do Club de Remo Carmelo. 

1967
·  Em Assunção, fundada a Federacion Paraguaya de Remo – FEPARE.
·  Em Luanda, Angola, fundação da Associação Provincial dos Desportos Aquáticos.
·  Realizado  em  Ratzeburg,  Republica  Federal  da  Alemanha,  o  1º  Campeonato 
Europeu  Masculino  de  Remo  Juniores,  com  programa  de  sete  provas:  4  com, 
duplo­skiff, 2 sem, skiff, 2 com, 4 sem e oito. O sucesso e brilhantismo superaram 
todas  as  previsões  otimistas.  O  2º  Campeonato  foi  disputado  em  1968  – 
Amsterdam e o 3º em 1969 – Nápoles. Em virtude do êxito sempre crescente desse 
evento,  a  FISA  determinou  que  em 1970  fosse efetuado o Primeiro  Campeonato 
Mundial  Masculino  Juniores  –  FISA.  A  série  anual  dessas  disputas  nunca  foi 
interrompida e seus vencedores podem ser conhecidos no capítulo 3 – GRANDES 
VENCEDORES.
·  03/08 –  Em Winnipeg,  Canadá,  disputadas  as  prova  finais  de  remo  dos  V Jogos 
Desportivos Pan­americanos. Os resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – 
GRANDES VENCEDORES.
·  Fundados na Suíça o Club Aviron Vesenaz e o Seeclub Fluelen.
·  Argélia e Paraguai associam­se à FISA. 

1968
·  05/05 – Em La Punta, Callao, Peru, disputado o X Campeonato Sud­americano de 
Remo. Argentina campeã com 67 pontos, venceu 4 provas (4+/7'09"9, 1X/7'50"3", 
4­/7'22" e 8+/6'45"); Brasil, vice­campeão com 53 pontos e duas vitórias (2­/7'52" 
e 2X/7'15"); Peru 3º lugar com 28 pontos venceu a prova de 2+/8'17"5; 5º Uruguai

110 
– 10; 6º Paraguai – 10 e 7º Equador – 0.
·  12  a  27/10  –  XIX  Jogos  Olímpicos  em  Cidade  do  México,  e  os  seguintes 
campeões de remo: 4 com – Nova Zelândia, duplo­skiff – União Soviética, 2 sem 
– DDR, skiff – Holanda, 2 com – Itália, 4 sem – DDR e oito – RFA. Os remadores 
do Brasil participaram da prova de duplo­skiff – detalhes no capítulo 2 – O REMO 
NO BRASIL – ano 1968.
·  Fundado em Portugal, o Centro Universitário de Lisboa.
·  Equador e Guatemala filiam­se à FISA. 

1969
·  20/01 – O remador inglês John Fairfax, tripulando sozinho o BRITANNIA, barco 
com cerca de 8 metros, partiu de San Agustin (localidade ao sudoeste da ilha Gran 
Canária,  arquipélago  das  Canárias),  "esplêndida  praia  situada  numa  zona  de 
perpétua  calmaria",  em  direção  à  Flórida  (Estados  Unidos).  Após  180  dias  de 
viagem, em 19/07 o intrépido remador solitário concluiu exitosamente a travessia 
a remo do oceano Atlântico. Chegando à costa norte­americana entre Miami e Fort 
Lauderdale.
·  A Republica Popular da Coréia (Coréia do Norte) associou­se à FISA, que passou 
a  ter  48  países  filiados:  4  fundadores,  20  membros  ordinários  e  24  membros 
extraordinários.
·  05/09  –  Em  Klagenfurt,  Áustria,  no  Congresso  da  FISA  com  a  presença  de 
delegados  de  35  Federações,  aceita  a  proposta  de  criação  na  entidade  de  uma 
subcomissão feminina de remo e eleita para presidi­la a senhora Nely Gambon da 
Holanda, que passou a integrar o Conselho da FISA. 
Programa básico de trabalho desta subcomissão: 
a)  introdução do remo feminino no programa dos Jogos Olímpicos; 
b)  criação do Campeonato Mundial Feminino de Remo; 
c)  introdução do barco 4 sem feminino; 
d)  reconhecimento do direito das mulheres de arbitrar regatas femininas; 
e)  introdução do Campeonato FISA Feminino para juniores.
·  O irlandês Tom Mc­Lean remou durante 72 dias e 17 horas para vencer as 2.500 
milhas (cerca de 4.600 quilômetros) entre St. John's,  ilha da Terra Nova, Canadá 
até Blacksod Bay, centro­oeste da Irlanda. 

1970
·  01/03  –  Em  Concepción,  Chile,  realizado  o  XI  Campeonato  Sudamericano  de 
Remo.  Argentina,  campeã  com  77  pontos,  vencedora  de  6  provas  (4+/5'57",  2­ 
/6'34",  1X/6'29",  2+/6'47",  4­/6'01"  e  8+/5'34");  Brasil,  vice­campeão  com  51 
pontos,  venceu  a  prova  de  2X/6'l0";  Peru  –  21;  Chile  –  20;  Uruguai  –  19  e 
Paraguai – 5 pontos.
·  Publicação  do  primeiro  boletim  oficial  da  Fédération Internationale  des  Sociétés 
d'Aviron: FISA – Bulletin, para ser editado anualmente.
·  A  federacion  Peruana  de  Remo  Amateur  instituiu  o  “Torneo  Internacional  de 
Velocidad”  para  skiffs,  500  metros,  em  homenagem  a  José  Mazzini  Otero,  da 
Società Canottieri Itália: 
“Brillante  remero  peruano  que  se  inició  en  el  deporte  del  Remo,  a  la  temprana 
edad  de  14  años  y  precisamente  en  la  modalidad  del  ‘Single’,  destacó 
ínmediatamente  en  nuestro  medio.  Luego  incursionaría  en  remos  largos,  siendo 
designado  representante  peruano  en  4  remos  largos  sin  timonel,  para  el 
Campeonato  Sud  Americano  de  Rio  de  Janeiro,  Brasil,  en  1964.  Su  inquietud

111 
juvenil lo hizo igualmente cultor del deporte automotriz, pero, desafortunadamente 
en un accidente en 1965, en una prueba de circuito, perdió  la  mano derecha. No 
obstante esta desgracia, su temple indomable se puso de manifiesto, pues luego de 
un  largó  periodo  de  rehabilitación  en  Alemania,  volvio  con  renovados  bríos  al 
deporte de sus preferencias y es asi que lo vemos nueviamente en un bote, esta vez 
en un 2 remos largos con timonel, tomando parte en las pruebas de seleccion del 
equipo  peruana,  para  el  Campeonato  Sud  Americano  de  diciembre  de  1965, 
también  en  Rio  de  Janeiro,  Brasil.  Pierde  la  clasificación  en  la  prueba  final, 
cuando en los últimos tramos, el aparato ortopédico especial que usaba, se sale de 
lugar. 
A  pesar  de  la  mala  jugada  del  Destino,  sigue  entrenando  con  miras  a 
futuras  competencias,  pero  aquél  se  ensañaria  nuevamente  con  él,  ya  que  en  la 
tarde del día 7 de diciembre de 1969, un fulminante ataque al corazón, termina con 
su preciosa vida, a la temprana edad de 27 años.” 
A  primeira  disputa  do  troféu  José  Mazzini  Otero,  en  La  Arenilla,  La 
Punta,  Callao,  teve  como  vencedor  Eduardo  Guislain  T.,  do  Club  de  Regatas 
Union  no  tempo  de  1'51".  Nos  anos  seguintes,  participaram  com  destaque, 
valorosos  remadores  de  vários  países  sul­americanos,  sendo  a  regata  organizada 
pelo COTIVEL – Comitê Organizador del Torneo Internacional de Velocidad.
·  05  a  08/08  –  Em  loannina,  Grécia,  disputado  o  Primeiro  Campeonato  Mundial 
Masculino  Juniores  –  FISA,  e  desde  então  sempre  realizados  anualmente  com 
crescente sucesso. A relação dos países vencedores desses Campeonatos, as sedes 
e  os  anos  das  disputas,  estão  contidos  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  A  Bootsweerft  Empacher,  da  Eberbach,  à  margem  do  rio  Neckar,  República 
Federal da Alemanha, construiu os primeiros remos de secção triangular, feitos de 
madeira e fibra de carbono.
·  A  FISA  estudou  a  possibilidade  de  organizar  anualmente  excursões  de  antigos 
remadores, remadoras e dirigentes das entidades de remo, a diferentes países para 
ampliar uma sadia confraternização, aumentar o intercâmbio e incentivar a prática 
dessa  modalidade  esportiva.  Em  caráter  experimental  foi  programada  a  primeira 
excursão,  à  República  Federal  da  Alemanha,  no  lago  Constança.  Em  virtude  do 
extraordinário sucesso, a FISA oficializou essas excursões anuais e determinou a 
data e o local em 1972: 4 a 12 de setembro, rio Danúbio, Áustria 
Esta  programação  nunca  foi  interrompida  e  tem  tido  enorme  sucesso.  Datas  e 
locais das Excursões FISA: 
1971 – República Federal da Alemanha – lago Constança; 
1972 – Áustria – rio Danúbio; 
1973 – Holanda – canais de Friesland; 
1974 – Dinamarca; 
1975 – Suíça; 
1976 – República Federal da Alemanha – Berlim; 
1977 – Noruega e Israel; 
1978 – Holanda; 
1979 – República Federal da Alemanha, Mainz e Áustria; 
1980 – Dinamarca; 
1981 – Holanda – Amsterdam; 
1982 – América do Sul e lagos suíços; 
1983 – Finlândia; 
1984 – Holanda: Westerwoort – Grow;

112 
1985 – Áustria – rio Danúbio (Passau – Viena); 
1986 – Suécia – lago Siljan – Dalarna; 
1987 – Hungria – rio Tisza; 
1988 – França – rio Charente; 
1989 – França – Vichy.
·  20/12 – No Peru, fundação da Escuela Nacional de Marinha Mercante Almirante 
Miguel Grau, filiando­se como a Escuela Naval del Peru a Federacion peruana de 
Remo Amateur. 

1971
·  26/04 – Os ingleses John Fairfax e Sylvia Cook, tripulando o barco BRITANNIA 
II, construído segundo modelo do BRITANNIA (ver 20/01/1969), partiram de San 
Francisco da Califórnia (Estados Unidos) para tentar a travessia a remo do oceano 
Pacífico. Em 22/04/1972, após ultrapassar a perigosa Grande Barreira de Recifes, 
esses destemidos remadores, depois de 363 dias de muitas dificuldades, chegaram 
vitoriosamente à ilha Hayman (Queensland – noroeste da Austrália).
·  O  alemão  Luigi  Colani,  de  origem  italiana,  residente  em  Rhéda,  na  Westfália, 
idealizou  um  barco  a  8,  bastante  original:  substituiu  a  proa  longa  e  afilada  por 
pequena proa arredondada, e a ré desde a posição do timoneiro  foi transformada 
num  pequeno  barco  de  forma  triangular,  articulado  ao  barco  maior,  com 
mobilidade semelhante à cauda de um peixe. 
Pretendeu com a inovação reduzir o peso do barco e segundo seus cálculos, num 
percurso  de  2.000  metros,  devia  obter  uma  vantagem  de  24  centímetros  de  um 
barco  tradicional.  Tentou  convencer  e  conquistar  Karl  Adam,  que  polidamente 
elogiou  o  invento,  porém  não  o  aceitou.  Procurou  financiamentos  para  construir 
alguns desses modelos para a Olimpíada de 1972 em Munique, mas não conseguiu 
interessados, e assim não pôde testar a idéia.
·  O Líbano filiou­se à FISA.
·  02/08  –  Em  Cali,  Colômbia,  disputadas  as  provas  finais  de  remo  dos  VI  Jogos 
Desportivos Pan­americanos. Os resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – 
GRANDES VENCEDORES.
·  17/08  –  No  Congresso  da  FISA  em  Copenhague,  Dinamarca,  criado  o 
Campeonato Mundial Feminino de Remo, para ser disputado a partir de 1974.
·  Setembro – O Comitê Olímpico Internacional incluiu o barco quádruplo­skiff, no 
programa de remo masculino dos Jogos Olímpicos.
·  A FISA tinha em seu quadro técnico: 338 juízes de 34 países. 

1972
·  19/03 – Em Montevidéu, na raia de remo de Melilla, disputado o XII Campeonato 
Sudamericano  de  Remo.  A  Argentina  campeã  com  70  pontos  venceu  5  provas 
(4+/7'41", 1X/8'20", 2+/8'34", 2X/7'25" e 8+/6'22"); Brasil vice­campeão com 55 
pontos, vencedor de 2 provas (2­/8'17" e 4­/s.t.); 3º lugar – Uruguai – 35 pontos; e 
4º lugar – Chile e Peru – 6 pontos. 
Nos Campeonatos realizados ate 1972, era consagrado Campeão Sul­americano de 
Remo,  o  país  que  obtivesse  o  maior  numero  de  pontos  em  todas  as  provas.  Por 
decisão  do  Congresso  da  CSAR  de  1972,  a  partir  do  próximo  Campeonato  Sul­ 
americano, deixará de ser disputado o titulo de campeão coletivo, e proclamados 
apenas os campeões de cada prova. 
O  prêmio  coletivo  instituído  pela  CSAR  em  1945,  Troféu  América  del  Sur, 
disputado  desde  1948  até  1972,  em  13  disputas  foi  vencido  11  vezes  pela

113 
Argentina e 2 vezes pelo Brasil. 
Apesar  da  decisão  do  Congresso  da  CSAR,  continuaram  a  ser  festejados  e 
premiados  os  vencedores  dos  Campeonatos  Sul­americanos,  conhecidos  pelo 
maior  número  de  vitórias,  segundos,  terceiros,  quartos,  quintos  e  sextos  lugares 
em todas as provas, e não pelo critério de pontos.
·  Fundada no México a Confederação Pan­Americana de Remo.
·  Primeira Regata Pan­Americana, realizada no México, na Pista Olímpica de Remo 
Virgilio Uribe, em Xochimilco, vizinhanças da cidade do México.
·  A indústria E. Aylings and Sons Ttd., de Londres, construiu os primeiros remos de 
secção triangular, feitos de fibra de carbono.
·  A Federação Alemã de Remo criou uma comissão de veteranos, sob a presidência 
de Hans Otto Kuhlmann, com a  finalidade de  incentivar a amizade  internacional 
entre desportistas, de modo especial entre remadores veteranos de todos os países. 
Antes da Segunda Guerra Mundial haviam sido realizados na Europa regatas entre 
remadores  veteranos  de  diversos  países.  Após  o  término  dessa  guerra,  os 
remadores veteranos da Alemanha levaram avante a idéia da realização de regatas 
para  as  várias  categorias,  segundo  a  idade  dos  competidores.  Em  1955,  em 
Kerteminde, Dinamarca, foi efetuada uma regata exclusiva aos A. H. (Alt Herren 
=  veteranos).  Nessa  época,  remadores  veteranos  da  Bélgica,  Holanda,  França  e 
Dinamarca tentaram sensibilizar as direções das entidades de remo de seus países 
para que realizassem regatas de veteranos, com caráter nacional e internacional. A 
fundação  da  Veterans  Scullers  and  Oarsmen  of  Belgium  –  VSOB  assegurou  a 
criação  do  Comitê  International  des  Coordination  de  L'Aviron  Veterans.  Este 
Comitê  organizou  os  primeiros  encontros  entre  veteranos  da  Bélgica,  Holanda  e 
Alemanha  sob  a  designação  de  Kriterium  de  Veteranos  Europeus.  Estas 
competições, precederam os atuais Encontros de Veteranos da FISA.
·  26/08  a  10/09  –  XX  Jogos  Olímpicos  em  Munique  (RFA)  com  os  seguintes 
campeões de remo: 4 com – RFA, duplo­skiff – União Soviética, 2 sem – DDR, 
skiff – União Soviética, 2 com – DDR, 4 sem – DDR e 8 – Nova Zelândia. 
Os remadores do Brasil participaram da prova de 2 sem – detalhes no capítulo 2 – 
O REMO NO BRASIL – ano 1972.
·  22/09  –  O  Comitê  Olímpico  Internacional  decidiu  que  o  remo  feminino  fosse 
incluído no programa dos Jogos Olímpicos, a partir de 1976.
·  24 a 26/11 – Em Macolin, Suíça, realizado o 1º Encontro Mundial de Treinadores 
de Remo, e em virtude do êxito passou a ser efetuado anualmente: 
1973  –  Macolin  (SUI),  1974  –  Toronto  (CAN),  1975  –  Mürren  (SUI),  1976  ­ 
Estocolmo  (SUE),  1977  –  Londres  (GBR),  1978  –  Berlim  (DDR),  1979  –  Tata 
(HUN) 1980 – Macolin (SUI), 1981 – Roma (ITA), 1982 – Papendal (SUI), 1983 
– Praga  (TCH),  1984  – Colônia (RFA),  1985  –  Peterborough  (GBR),  1986  – El 
Kantaoui, Sousse (TUN), 1987 – Liege (BEL) e 1988 – Limerick (IRL). 
Nos  últimos  anos,  o  Encontro  Mundial  de  Treinadores  passou  a  ser  chamado 
Colóquio FISA para Treinadores de Remo.
·  27/11 – O Presidente da Argentina, General Alejandro Lanusse inaugurou a “Pista 
Nacional de Remo”, no Canal Aliviador, rio Lújan, Província de Buenos Aires.
·  Dezembro  –  Um  escavador  de  areia  descobriu  no  rio  Bacchiglione,  vizinho  a 
Pádua,  Itália,  um  enorme  tronco  submerso.  Tratava­se  de  uma  piroga,  em  bom 
estado de conservação, tendo 16 metros de comprimento, faltando um pedaço da 
proa. A largura média era de 1 metro e 60 centímetros. Essa piroga, uma das mais 
longas já encontradas, datava aproximadamente de 1.000 a 1.200 A.C.
·  A FISA tinha 48 países filiados.

114 
1973
·  07/04 – Em Tucuman, Argentina, fundado o Club Tucumano de Remo.
·  Atendendo  as  reiteradas  solicitações  de  Hans  Otto  Kuhlmann,  Presidente  da 
Comissão de Veteranos de Remo da República Federal da Alemanha, o Presidente 
da  FISA,  Thomas  Keller,  autorizou  a  realização,  a  título  experimental,  de  uma 
Regata Internacional de Veteranos em Viena. O barco escolhido foi o quatro com 
timoneiro,  tendo  participado  da  prova  remadores  de  12  países.  O  sucesso  foi 
notável,  tendo  a  participação  do  próprio  Presidente  da  FISA;  o  entusiasmo 
determinou  a  inclusão  dessa  regata  no  calendário  da  FISA,  a  partir  de  1974, 
denominando­a Encontro Anual de Veteranos.
·  25 a 28/10 – O Congresso da FISA, efetuado em Lucerna, Suíça, com a presença 
de delegados de 30 países, tomou várias e importantes decisões: 
a)  inclusão nas regatas  masculinas do  barco  quádruplo­skiff  e  nas  femininas  do 
barco dois sem; 
b)  estas  duas  provas  serão  acrescidas  ao  programa  dos  próximos  Campeonatos 
Mundiais e dos Jogos Olímpicos; 
c)  suspensão  dos  Campeonatos  Europeus  de  Remo  e  substituição  por 
Campeonatos  Mundiais  Anuais,  excluídos  os  anos  de  disputa  dos  Jogos 
Olímpicos; 
d)  os  Campeonatos  Continentais  da  América,  Ásia  e  África  não  serão  abertos, 
mas exclusivos aos respectivos países; 
e)  criação,  a  partir  de  1974,  do  Campeonato  Masculino  FISA  Peso  Leve,  em 
quatro tipos de barcos; 
f)  organização anual de um Encontro Mundial de Veteranos, promovido por uma 
Federação Nacional de Remo, designada pela FISA; 
g)  admissão de mulheres na função de árbitros nas regatas internacionais.
·  Novembro – Pela primeira vez na história da FISA realizado o exame para Árbitro 
Internacional  de  Remo  do  sexo  feminino,  tendo  a  senhora  J.  A.  C.  Wirtjes,  da 
Holanda, sido a primeira mulher a receber a Licença de Árbitro Internacional.
·  A República Popular da China associou­se à FISA. 

1974
·  29/08 a  01/09  – Realizado  em  Lucerna,  Suíça,  o  Primeiro  Campeonato  Mundial 
Feminino  de  Remo,  sucedendo  ao  Campeonato  Europeu  Feminino  de  Remo. 
Programa  integrado  de  seis  provas:  4  com,  duplo­skiff,  2  sem,  skiff,  quádruplo­ 
skiff com timoneira e 8. Participaram 76 barcos e 281 remadoras e timoneiras. A 
relação desses campeonatos, dos países  vencedores, das sedes e anos de disputas 
podem ser conhecidos no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  03/09  –  Primeiro  Encontro  Mundial  de  Remo  para  Veteranos,  em  Berna,  Suíça, 
instituído pela FISA, com programa integrado por sete tipos de barcos, excluído o 
2  com  timoneiro.  Distância  de  1.000  metros  em  todas  as  provas  e  nas  seis 
categorias de remadores: 
A – de 27 até 31 anos; 
B – de 32 até 37 anos; 
C – de 38 até 44 anos; 
D – de 45 até 51 anos; 
E – de 52 até 59 anos; 
F – de 60 ou mais anos. 
Os  ENCONTROS  foram  realizados  anualmente  e  sempre  com  crescente  brilho,

115 
nos seguintes locais: 

SEDE  PARTICIPANTES 
ENCONTROS  ANOS 
CIDADES  PAÍSES  PAÍSES  REMADORES 
I  1974  Berna  Suíça  12 
II  1975  Viena  Áustria  14 
III  1976  Berlim  Alemanha ­ RFA  15 
IV  1977  Amsterdam  Holanda  17 
V  1978  Tours  França  17 
VI  1979  Nottingham  Inglaterra  20 
VII  1980  Kerteminde  Dinamarca  20  1.520 
VIII  1981  Heidelberg  Alemanha – RFA  20  1.700 
IX  1982  Amsterdam  Holanda  21  1.800 
X  1983  Praga  Tcheco­Eslováquia  22  2.200 
XI  1984  Gand  Bélgica  20 
XII  1985  Toronto  Canadá 
XIII  1986  Bled  Iugoslávia 
XIV  1987  Lilla­Edet  Suécia 
XV  1988  Glasgow  Escócia 
XVI  1989  Vichy  França  2.000 
XVII  1990  Viareggio  Itália

·  04 A 08/09 – Em Lucerna, Suíça, realizado o 1º Campeonato Mundial FISA Peso 
Leve, com a participação de 28 barcos, 93 remadores e timoneiros. Três tipos de 
barcos:  skiff,  4  sem  e  8;  em  1978  incluído  o  duplo­skiff.  A  relação  desses 
campeonatos, países vencedores, sedes e anos de disputas podem ser encontrados 
no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES;
·  10/11  –  Na  Argentina,  na  cancha  nacional  de  remo  do  Tigre,  realizado  o  XIII 
Campeonato  Sudamericano  de  Remo.  A  Argentina  campeã,  venceu  5  provas 
(4+/6'41", 1X/7'02", 2+/7'24", 4­/6'29" e 8+/6'05"); Uruguai vice­campeão, venceu 
a prova de 2­/7'09" e Peru a de 2X/6'54". Competiram também Brasil e Chile. 
Simultaneamente,  disputado  o  I  Campeonato  Sudamericano  de  Remo  Juniores, 
com programa de 2 provas: 
4+: Argentina – 4'55", Brasil – 4'58", Paraguai – 5'08", Chile, Uruguai e Peru; 
1X: Brasil – 5'23", Argentina – 5'24", Chile – 5'56" e Uruguai. 
Gradativamente,  foram  incluídos  outros  tipos  de  barcos,  em  1977  efetuadas  7 
provas e a partir de 1983, todos os oito barcos olímpicos. 
Datas e locais dos demais campeonatos: 
25/04/1976 – Rio de Janeiro, Brasil 
22/05/1977 – Rio de Janeiro, Brasil 
01/04/1979 – Mercedes, Uruguai 
12/12/1981 – Buenos Aires, Argentina 
27/03/1983 – Concepcion, Chile 
23/11/1985 – Porto Alegre, Brasil 
05/12/1987 – Porto Alegre, Brasil 
03/12/1989 – Assunção, Paraguai
·  01/12  –  Em  Porto  Alegre,  simultaneamente  com  a  disputa  da  26º  Regata 
Internacional, realizado o 1º Campeonato Pan­americano Juvenil de Remo (Júnior 
FISA), com programa de 3 provas, tendo participado apenas remadores brasileiros

116 
e argentinos. O Brasil venceu o único Campeonato disputado até o presente: 
4­: Argentina – 4'57"63 e Brasil – 5'01"50 
2­: Brasil – 5'31" e Argentina – 5'35" 
1X: Brasil – 5'36" e Argentina – 5'37". 

1975
·  Realizada  em  Veneza,  a  primeira  Vogalonga  ou  Regata  Ecológica,  em  sinal  de 
protesto e alerta contra a dupla poluição, química e sonora, dos motores de barcos 
e  a  ação  nefasta  e  irresponsável  dos  que  tentam  modificar  a  cidade,  um  dos 
patrimônios culturais da humanidade.  A regata não é competitiva e dela somente 
podem participar  barcos a remo. O percurso é de 32 quilômetros, sendo  iniciado 
em  São  Marcos,  e,  após  percorrer  diversos  canais  até  a  laguna  norte,  é  feito  o 
retorno  e  a  conclusão  em  São  Marcos.  Expressivo  protesto  e  espetáculo  de 
incomparável  beleza,  a  regata  tem  sido  realizada  anualmente  com  a  participação 
de cerca de 2.000 embarcações e 6.000 remadores. Além de aplausos das centenas 
de  milhares  de  assistentes  solidários,  ouve­se  apenas  o ruído  dos remos  n'água  e 
cânticos dos gondoleiros e remadores. De acordo com a tradição, antes do inIcio 
da  regata  uma  aliança  é  jogada  nas  águas  da  laguna,  símbolo  da  união  entre  a 
cidade e o mar.
·  01/06 – A Federação Real Belga de Sociedades de Remo deixou de ser integrada 
por  clubes,  mas  apenas  por  duas  Ligas  de  Remo,  inteiramente  autônomas: 
Vlaamse Roeiliga e Ligue Francophone d'Aviron.
·  25/08  –  No  Congresso  da  FISA  em  Nottingham,  Inglaterra,  ficou  determinado 
realizar, nas grandes competições mundiais de remo feminino, exames de controle 
do sexo das remadoras participantes.
·  Há  vários  anos,  diversos  conceituados  treinadores  de  remo  mostravam­se 
preocupados  com  os  remadores  juniores  pois  ao  atingirem  a  idade  limite  da 
categoria,  na  temporada  seguinte  com  19  anos  tinham  de  enfrentar  os  grandes 
campeões seniores. Surgiram muitas propostas e sugestões no sentido de ser criada 
uma categoria intermediária entre juniores e seniores. 
Em 1976 foi disputado com pleno sucesso o "1º Match 4 Nações" para remadores 
de 19 a 22 anos, e já no ano seguinte em Klagenfurt, Áustria, foi realizado o "2º 
Match 5 Nações" e em 1978 o "3º Match" em Tours, França com a participação de 
6 países. 
Em 1978, no Congresso da FISA em Lucerna, foi definida a categoria SÊNIOR B 
incluindo na mesma os remadores com 19 a 22 anos e consolidando ainda mais o 
Match  que  gradativamente  passou  a  ter  maior  número  de  participantes,  todos 
representantes de países do bloco ocidental. 
Nos anos seguintes foram realizadas magníficas regatas internacionais, os "Match 
de  Sênior  B"  nas  cidades  de  Piediluco,  Essen,  Viena,  Candia,  Copenhague, 
Banyoles, Hamburgo e Aiguebelette. Até 1985 vários outros países não europeus 
passaram a disputar o "Match de Sênior B do remo masculino e feminino". Nesse 
ano  competiram  guarnições  de  16  países:  Alemanha  (RFA),  Austrália,  Áustria, 
Bélgica,  Brasil,  Chile,  Dinamarca,  Espanha,  França,  Grã­Bretanha,  Grécia, 
Holanda, Itália, México, Portugal e Suíça. 
Na  competição  masculina  foram  disputadas  7  provas:  skiff,  duplo­skiff, 
quádruplo­skiff, dois sem timoneiro, quatro sem timoneiro, quatro com timoneiro 
e oito. A prova mais concorrida foi a de skiff com treze participantes. 
Na  competição  feminina  foram  realizadas  quatro  provas:  skiff,  duplo­skiff, 
quádruplo­skiff  e  dois  sem  timoneiro,  sendo  a  mais  concorrida  a  de  duplo­skiff

117 
com nove participantes. 
O  Match  de  Sênior  B  está  consagrado  no  calendário  mundial  de  remo.  Países 
fundadores:  Áustria,  Bélgica,  Espanha,  França,  Grã­Bretanha,  Itália  e  Suíça. 
Países  membros:  Alemanha  (RFA),  Austrália,  Canadá,  Dinamarca,  Estados 
Unidos,  Finlândia,  Grécia,  Holanda,  Noruega  e  Nova  Zelândia.  Todos  os  países 
membros da FISA podem participar do Match de Sênior com 2 barcos. 
Os  medalhistas  dos  Jogos  Olímpicos,  dos  Campeonatos  Mundiais  de  Seniores  e 
dos Campeonatos FISA de Peso Leve não podem participar do Match de Sênior B. 
Em  1987,  no  12º  Match  realizado  na  raia  do  lago  Aiguebelette,  Savoie,  França 
foram disputadas 16 provas: 
Femininas – Peso Leve – 1X e 2X 
Peso Livre – 1X, 2X, 4X, 2­ e 4+ 
Masculinas – Peso Leve – 4X e 4­ 
Peso Livre – 1X, 2X, 4X, 2­, 4+, 4­ e 8+
·  19/10 – Na Cidade do México, realizadas as provas finais de remo dos VII Jogos 
Desportivos Pan­americanos, os resultados podem ser conhecidos no capítulo 3 – 
GRANDES VENCEDORES. 

1976
·  27/03  –  Fundada  em  La  Paz,  Bolívia,  a  Organización  Deportiva  de  Comités 
Olímpicos Sudamericanos  – ODESUR,  com  o  principal  objetivo  de  realiza  cada 
quatro  anos,  no  período  entre  os  Jogos  Olímpicos,  uma  competição  análoga,  os 
Juegos  Desportivos  Cruz  del  Sur,  entre representações  de  países sul­americanos. 
Os  I  Juegos  Desportivos  Cruz  del Sur  foram  efetuados  de  03  a  12/11/1978,  nas 
cidades  de  La  Paz,  Cochabamba  e  Santa  Cruz  de  la  Sierra  na  Bolívia.  No 
programa das competições não foi incluído o remo.
·  25/04 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, realizados 2 campeonatos 
sul­americanos de remo: 
II Campeonato Sul­americano de Remo Juniores, tendo o programa 2 provas: 
4 com – Vencedor: Paraguai – 4'50"932; 
skiff – Vencedor: Brasil – 5'26"036. 
Participaram  também:  Chile  (2º  e 5º),  Uruguai –  (3º  e  3º),  Argentina (4º  e  4º)  e 
Peru (5º). 
XIV Campeonato Sul­americano de Remo Elite (Classe Aberta): Brasil, campeão, 
venceu  4  provas  (2­/6'54"783,  2+/7'11"312,  4­/6'28"672  e  2X/6'47"074); 
Argentina,  vice­campeã,  venceu  3  provas  (4+/6'33"227,  1X/7'09"603  e 
8+/6'08"313). 
Competiram também remadores do Uruguai, Chile, Peru e Paraguai.
·  02/05 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, efetuada a 1ª Copa Latina 
de Remo com programa de 7 provas, tendo participado remadores de 8 países. O 
Brasil,  campeão  com  51  pontos,  venceu  4  provas  (2­/6'55"08,  1X/7'45", 
2+/7'49"45  e  2X/6'52"58);  Itália,  vice­campeã  com  33  pontos;  Argentina  3ª 
classificada venceu 2 provas (4+/6'32"23 e 8+/6'00"14) e obteve 32 pontos; França 
4ª colocada com 29 pontos, venceu a prova de 4­/6'34"90; Espanha – 12; Peru – 6; 
Uruguai –  6  e  Chile  – 5.  Maiores  detalhes  da  1ª  Copa  Latina  no  capítulo  2 –  O 
REMO NO BRASIL – ano 1976.
·  17/07  a  01/08  –  XXI  Jogos  Olímpicos  em  Montreal,  Canadá.  Incluída  no 
programa de remo masculino a prova de quádruplo­skiff. Campeões olímpicos: 4 
com – União Soviética, duplo­skiff – Noruega, 2 sem – DDR, skiff – Finlândia, 2 
com – DDR,  4  sem – DDR,  4X  –  DDR  e oito – DDR. Sensacional  participação

118 
dos  remadores  da  DDR,  vitoriosos  em  5  das  8  provas.  Os  remadores  do  Brasil 
disputaram  3  provas  (2+,  2­  e  2X)  –  detalhes  no  capítulo  2  –  O  REMO  NO 
BRASIL – ano 1976. 
Incluído,  pela  primeira  vez,  o  remo  feminino  no  programa  dos  Jogos  Olímpicos 
sendo  disputadas  6  provas.  Magnífica  apresentação  das  remadoras  da  com  4 
vitórias e da Bulgária com 2 vitórias: 4 com – DDR, duplo­skiff – Bulgária, 2 sem 
– Bulgária, skiff – DDR, quádruplo skiff com timoneira – DDR e oito – DDR.
·  18 a 25/07 – Nos XXI Jogos Olímpicos, em Montreal, Canadá, pela primeira vez 
incluído  no  programa  o  remo  feminino,  sendo  disputadas  seis  provas.  A  relação 
dos  países  vencedores  das  provas  de  remo  feminino  nos  Jogos  Olímpicos,  das 
sedes  e  anos  de  disputas  são  encontrados  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  A FISA tinha 343 juízes­árbitros, de 37 países.
·  A Nigéria filiou­se à FISA.
·  O Colombo Rowing Club, de Sri Lanka (Ceilão), filiou­se à FEARA – Associação 
de Remo Amador do Extremo Oriente. 

1977
·  03  a  06/11  –  No  Congresso  Extraordinário  da  FISA  em  Monte  Carlo,  Mônaco, 
aprovadas reformas administrativas na entidade e tomadas as seguintes decisões: 
a)  aumentar em 5 quilos o peso efetivo dos timoneiros e reduzir a sobrecarga de 
10 para 5 quilos. O peso mínimo dos timoneiros permaneceu em 50 quilos; 
b)  limitar em  50  quilos  o  peso  dos timoneiros  juniores  e  das  timoneiras,  com  a 
possibilidade de uso de sobrecarga máxima de 5 quilos para atingir esse peso; 
c)  instituir o Campeonato FISA Juniores Feminino, para ser disputado a partir de 
1978; 
d)  aumentar de 70 para 72,5 quilos o peso máximo dos remadores de skiff peso 
leve; 
e)  incluir  o  barco  duplo­skiff  no  programa  do  Campeonato  Mundial  FISA  Peso 
Leve.
·  22/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  disputado  o  III 
Campeonato  Sul­americano  de  Remo  Junior,  com  programa  de  5  provas,  tendo 
como vencedores: 
4 com – Argentina – 4'52"67 
2 sem – Brasil – s.t. 
skiff – Argentina – 5'24" 
duplo­skiff – Argentina – 5'16"05 
oito – Chile – 4'32" 
Competiram, também, Paraguai, Peru e Uruguai.
·  07/08  –  A  Federação  Mexicana  de  Remo  realizou  a  I  Regata  Internacional 
Quetzalcoatl (serpente  emplumada),  em  homenagem ao  “Deus  asteca que  veio  a 
Terra  numa  bola  de  fogo,  para  ensinar  os  homens  viver  melhor”.  Participaram 
remadores mexicanos, norte­americanos, argentinos e brasileiros.
·  As Ilhas Cayman filiam­se à FISA. 

1978
·  05/03  –  Em  Valdívia,  Chile,  no  rio  Calle­Calle,  realizado  o  XV  Campeonato 
Sudamericano  de  Remo.  O  Brasil  competiu  em  5  provas,  venceu  todas  as  5  e 
sagrou­se  bicampeão  com  50  pontos  (4+/6'50",  2­/7'25",  2+/8'03",  2X/7'25"  e 
8+/6'28").  Argentina,  vice­campeã  com  47  pontos  e  2  vitórias  (4­/7'11"  e

119 
1X/7'43"). Competiram também Peru com 27 pontos, Uruguai – 21, Chile – 19 e 
Equador – 2.
·  06  e  07/07  –  O  Congresso  Extraordinário  da  FISA,  reunido  em  Lucerna,  Suíça, 
com  a  participação  de  delegados  de  33  países,  decidiu  que  a  classificação  dos 
remadores  não  será  mais  feita  de  acordo  com  os  resultados  obtidos,  mas 
unicamente em função da idade até o ano da competição: 
Júnior FISA – até 18 anos; 
Sênior B – de 19 a 22 anos; 
Sênior A – de 23 anos ou mais; 
Veterano – a partir de 27 anos.
·  26  a  30/07  –  Em  Belgrado,  Iugoslávia,  realizado  o  Primeiro  Campeonato  FISA 
Feminino  Juniores,  com  programa  integrado  por  seis  provas.  A  relação  dos 
vencedores  das  provas  desses  campeonatos,  das  sedes  e  anos  de  disputas, 
encontram­se no Capítulo 3 – GANDES VENCEDORES.
·  Fundação da Hong Kong Amateur Rowing Association – HKARA 

1979
·  01/04  –  Em  Mercedes,  Uruguai,  disputado  o  IV  Campeonato  Sudamericano  de 
Remo  Juvenil,  com  destaque  para  os  remadores  argentinos,  vencedores  de  5 
provas das 7 do programa: 
4 com – Brasil – 5' 14" 72 
2 sem – Uruguai – 5' 31" 63 
skiff – Argentina – 5' 47" 91 
2 com – Argentina – 5' 56" 75 
4 sem – Argentina – 5' 03" 97 
duplo­skiff – Argentina – 5' 22" 65 
oito – Argentina – 4' 34" 35 
Competiram também Chile e Peru.
·  A  Bootswerft  Empacher,  da República  Federal  da  Alemanha,  construiu  um  skiff 
original, com pedais e braçadeiras móveis e assento fixo. Techicos e remadores de 
vários países aceitaram com entusiasmo o novo tipo de barco, logo apelidado de 
“gafanhoto”.
·  08/07  –  Em  Porto  Rico,  disputadas  as  provas  finais  de  remo  dos  VIII  Jogos 
Desportivos Pan­americanos. Os resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – 
GRANDES VENCEDORES.
·  05/09  –  No  Campeonato  Mundial  Masculino  de  Remo,  foram  verificadas  as 
seguintes médias de pesos de barcos:

120 
PESOS (QUILOS) 
BARCOS 
MÍNIMOS  MÉDIOS  MÁXIMOS 
1X  14,5  17,2  20,0 
2X  28,5  30,2  34,0 
4X  56,5  62,6  67,9 
2­  29,5  32,6  35,5 
2+  31,8  37,9  42,4 
4­  54,1  58,2  67,5 
4+  55,5  62,5  71,3 
8+  92,3  113,3  129,4

·  10/11 ­ Em General Pacheco, Buenos Aires, fundado o Club Argentino de Remo 
Estudantil, filiando­se à AARA em 11/11/1980.
·  Índia e Paquistão associam­se à FISA. 

1980
·  O  campeão  de  skiff  da  República  Federal  da  Alemanha,  Peter  Michael  Kolbe, 
pretendeu  competir  nos  Jogos  Olímpicos  de  1980,  em  Moscou,  com  o  novo 
modelo de skiff, porém a comissão técnica da FISA não permitiu. 
Posteriormente, este novo barco foi aceito e com ótimos resultados mundiais  nas 
temporadas de 1982 e 1983, para ser definitivamente recusado a partir de 1984.
·  Fundada  nos  Estados  Unidos,  United  States  Rowing  Association  –  USRA, 
sucedendo  a  National  Association  of  Amateur  Oarsmen,  criada  em  1872,  em 
virtude de que a terça parte de seus remadores inscritos era do sexo feminino.
·  19/07 a 03/08 – Nos XXII Jogos Olímpicos em Moscou, especial destaque para as 
representações  masculina  e  feminina  da  República  Democrática  da  Alemanha  – 
DDR, que das 14 provas do programa venceram 11, obtiveram 2 segundos lugares 
e um terceiro. Devido ao boicote estiveram ausentes equipes destacadas do remo 
mundial,  como  Estados  Unidos,  Nova  Zelândia,  Canadá  e  República  Federal  da 
Alemanha.
·  Campeões olímpicos: nas 8 provas masculinas, os remadores da DDR obtiveram 7 
vitórias  (4+,  2X,  2­,  2+,  4­,  4X  e  8+),  e  o  representante  da  Finlândia  venceu  a 
prova  de  skiff.  Nas  6  provas  femininas  as  remadoras  da  DDR  conquistaram  4 
vitórias  (4+,  2­,  4X  e  8+),  as  soviéticas  venceram  provas  de  duplo­skiff,  e  a 
romena, a de skiff.
·  O Brasil participou em 3 provas masculinas (4+, 1X e 4X) – detalhes no capítulo 2 
– O REMO NO BRASIL.
·  Carl Douglas, construtor naval com estaleiro em Londres, no inicio da década de 
1980  idealizou  a  braçadeira  sem  solda,  com  as  partes  encaixadas  e  coladas.  O 
êxito  foi  indiscutível  e  vários  estaleiros  de  renome  internacional  passaram  a 
utilizar a nova braçadeira.
·  A FISA tinha 53 países filiados. 

1981
·  31/08  a  01/09  –  No  Congresso  da  FISA  em  Garching,  República  Federal  da 
Alemanha, com a participação de delegados de 38 países, foi decidido que a partir 
de  1985  o  barco  quádruplo­skiff  com  timoneira  seja  substituído  pelo  quádruplo­ 
skiff.

121 
·  Hong Kong e Zimbabue filiam­se à FISA.
·  12/12  –  No  Tigre,  Argentina,  na  “pista  nacional  de  remo”,  efetuado  o  5º 
Campeonato  Sudamericano  Juvenil  de  Remo,  com  a  participação  da  Argentina, 
Brasil,  Chile,  Paraguai,  Peru  e  Uruguai.  Destaque  para  remadores  argentinos, 
vencedores de 5 provas das 7 do programa: 
4 com – Brasil – 5' 10" 
duplo­skiff – Argentina – 5' 14" 
2 sem – Argentina – 5' 31" 
skiff – Argentina – 5' 44" 
2 com – Argentina – 5' 54" 
4 sem – Uruguai – 5' 05" 
oito – Argentina – 4' 41" 

1982
·  20/01 – Em Caracas, fundação do Club de Remo San Sebastian.
·  24/01 – Em Caracas, fundado o Club de Remo UR­Kirolak.
·  02/05  –  No  Peru,  fundação  da  Asociacion  Club  Campestre  las  Lagunas  de  la 
Molina.
·  04 a 08/08 – 100ª Regata Real de Henley Canadense, em Saint Catharines, com a 
participação  de  111  clubes  de  8  países,  330  guarnições  e  1.800  remadores, 
disputando 176 eliminatórias e 75 finais.
·  21/08 – No Congresso da FISA efetuado em Lucerna, Suíça, com a participação 
de delegados de 36 países, foi decidido: 
a)  fixar um peso mínimo para os diferentes barcos de competição; 
b)  admitir, provisoriamente, braçadeiras móveis em skiffs seniores A, masculinos 
e femininos, desde a presente data: o assento do(a) remador(a) é fixo, enquanto 
que as braçadeiras e os pedais são móveis, ao contrário dos skiffs clássicos em 
que somente os assentos avançam e recuam; 
c)  os  remadores  durante  o  período  de  treinamento,  voluntariamente,  serão 
submetidos a testes de dopagem.
·  O Sri Lanka associou­se à FISA.
·  22/10  –  Na  Venezuela,  no  Estado  Nueva  Esparta,  fundado  o  Club Margarita  de 
Remo.
·  21/11 – Inauguração do Monumento al Remero, na confluência dos rios  Luján a 
Tigre,  na  municipalidade  de  Tigre,  Buenos  Aires,  como  homenagem  de  "La 
comunidad de Tigre, a los que déron gloria al remo Argentino".
·  21 a 25/11 – Na Índia, durante a realização dos IX Jogos Asiáticos, pela primeira 
vez, o remo foi incluído no programa de competições, sendo disputadas 4 provas – 
1X, 2X, 2­ e 4+, em Ramgrh, Jaipur. 
Na  oportunidade,  com  a  concordância  da  FISA  foi  proposta  por  nove  países  a 
fundação da Federação de Remo da Ásia. 
Em 03/11/1985,  a  nova  Federação realizou  seu  primeiro  Campeonato  em  Hong­ 
Kong, no Jubilee Sport Centre, em Shatin, com a participação de remadores de 8 
países filiados e a disputa de 9 provas (M – Peso Livre 1X, 2­ e 4+, Peso Leve 1X, 
2­ e 4+ e F Peso Livre 1X, 2­ e 4+).
·  26/11  a  05/12  –  Na  Argentina,  tendo  como  sedes  as  cidades  de  Buenos  Aires, 
Rosário e Santa Fé, realizados os II Juegos Deportivos Cruz del Sur. O programa 
de  remo,  exclusivamente  masculino,  foi  integrado  pelas  oito  provas  olímpicas, 
disputadas na raia do Tigre no dia 04/12 como XVI Campeonato Sudamericano de

122
Remo.  O  Brasil,  campeão,  venceu  4  provas  (4+/6'51"2,  2­/7'20",  2+/7'35"  e 
4X/6'34"). A Argentina venceu 3 provas (2X/7'06", 1X/7'42" e 4­/6'50"). O Chile 
venceu a prova de 8+/6'18". Competiram também Uruguai e Peru.
·  A FISA tinha 55 países filiados e 339 juizes­árbitros de 32 entidades nacionais. 

1983
·  27/03  –  Em  Concepcion,  Chile,  disputado  o  VI  Campeonato  Sudamericano  de 
Remo  Juvenil,  com  a  inclusão  no  programa  da  prova  de  4X.  Destaque  para  os 
remadores argentinos vencedores de 6 provas e chilenos vitoriosos em duas: 
4 com – Argentina – 5' 34" 31 
duplo­skiff – Argentina – 5' 32" 66 
2 sem – Argentina – 5' 46" 10 
skiff – Argentina – 6' 04" 
2 com – Argentina – 6' 14" 
4 sem – Chile – 5' 15" 
quádruplo­skiff – Argentina – 4' 58" 
oito – Chile – 4' 49" 
Competiram também Brasil, Uruguai e Paraguai.
·  17/08  –  Em  Caracas,  disputadas  as  provas  finais  de  remo  dos  IX  Jogos 
Desportivos Pan­americanos. Os resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – 
GRANDES VENCEDORES.
·  04/09 – Em Caracas, fundado o Club de Remo La Mariposa.
·  26/09 – Na Venezuela,  no Estado Lara, fundação do Club Náutico Barquisimeto 
de Remo.
·  05/10 – Na Venezuela, no Estado Caraboro, fundado o Club de Remo Guataparó.
·  27/10  –  No  Congresso  da  FISA  realizado  em  Duisburg,  República  Federal  da 
Alemanha, proibido o uso de braçadeiras e pedais  móveis  nos  barcos a remo em 
competições oficiais, a partir de 1984. O motivo alegado foi causarem prejuízos à 
saúde dos remadores, particularmente à coluna vertebral.
·  Tunísia e Formosa filiam­se à FISA.
·  22/10 – Em Caracas, fundado o Club de Remo Puerto Azul. 

1984
·  07/03 – Na Venezuela, Estado de Aragua, fundado o Club Náutico de Remo.
·  21/03 – Em Ciudad Presidente Stroessner, Paraguai, fundação do Club de Regatas 
Alto Paraná.
·  Na  Nova  Zelândia,  na  raia  do  lago  Ruataniwha,  400  rapazes  e  400  moças, 
participaram das Regatas Escolares Nacionais.
·  Abril e Maio – A FISA realizou pela primeira vez na Ásia, em Calcutá e Tóquio, 
seminários  de  arbitragem  e  exames de  obtenção  de  Licença­Internacional,  sendo 
aprovados 16 juizes­árbitros de 7 países asiáticos.
·  18  e  19/05  – Em  Wanganui,  Ilha  Norte,  Nova  Zelândia,  disputada  pela  primeira 
vez  a  Regata  Anual  de  Juniores  entre  remadores  da  Austrália  a  e  da  Nova 
Zelândia.
·  20/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  efetuado  o  XVII 
Campeonato  Sul­americano  de  Remo  e  inaugurado  o  Sistema  Albano  de 
sinalização  da  raia.  Destaque  para  os  remadores  do  Brasil,  vencedores  das  5 
provas  de  remos  de  ponta  e  da  Argentina  vitoriosos  nas  3  provas  de  palamenta 
dupla:

123 
4 com – Brasil – 6' 22" 
duplo­skiff – Argentina – 6' 32" 
2 sem – Brasil – 6' 48" 
skiff – Argentina – 7' 19" 
2 com – Brasil – 7' 07" 
4 sem – Brasil – 6' 14" 
quádruplo­skiff – Argentina – 6' 07" 
oito – Brasil – 5' 51" 
Competiram também Chile, Peru, Uruguai e Paraguai.
·  No Canadá: registrados mais de 3.000 remadores de 45 clubes filados à Canadian 
Amateur Rowing Association.
·  BARCOS OLIMPICOS – Dimensões médias: 

BARCOS  COMPRIMENTOS  LARGURAS  PROFUNDIDADES 


1X  8,00 m  29 cm  9 cm 
2X  9,90 m  35 cm  12 cm 
2­  9,90 m  35 cm  12 cm 
2+  10,00 m  35 cm  13,5 cm 
4­  12,50 m  49 cm  15 cm 
4+  13,25 m  49 cm  16 cm 
4X  13,25 m  49 cm  16 cm 
8+  17,00 m  57 cm  18,5 cm

·  Revista REMO – Nº 10 – 1984: 
“TABELA DE HANDICAPS 
Entre os diversos barcos olímpicos (M) 

8+  0 
4X  +15  0 
4­  +30  +15  0 
4+  +39  +24  +9  0 
2X  +45  +30  +15  +6  0 
2­  +66  +51  +36  +27  +21  0 
+82  +67  +52  +43  +37  +16  0 
2+  +87  +72  +57  +48  +42  +21  +5  0 

NOTA: A tabela acima foi calculada levando­se em conta os resultados dos vencedores 
dos 10 últimos campeonatos mundiais ou olimpíadas, desprezando­se o melhor 
e  o  pior  resultado.  O  "tempo  base"  para  ganhar  uma  medalha  de  ouro  em  um 
campeonato  mundial  ou  olimpíada,  no  barco  a  oito  é  5'  35".  Aplicando­se  a 
tabela acima pode­se ter uma  idéia dos "tempos  base" para obter  medalhas de 
ouro nas oito categorias olímpicas (M).
·  28/07 a 12/03 – Nos XXIII Jogos Olímpicos em Los Angeles, Estados Unidos, em 
revide  ao  boicote  de  1980  em  Moscou,  não  participaram  diversos  países  de 
marcante expressão no remo: DDR, União Soviética, Polônia, Bulgária e Tcheco­ 
Eslováquia. 
Nas 8 provas masculinas ocorreu um fato inédito na história dos Jogos Olímpicos, 
nenhum  país  venceu  duas  provas:  4  com –  Grã­Bretanha,  duplo­skiff  –  Estados 
Unidos,  2  sem  –  Romênia,  skiff  –  Finlândia,  2  com  –  Itália,  4  sem  –  Nova

124 
Zelândia,  quádruplo­skiff  –  RFA  e  oito  –  Canadá.  Os  remadores  do  Brasil 
participaram  de  3  provas  (4+,  2­  e  2+) – detalhes  no  capítulo  2 –  O REMO  NO 
BRASIL – ano 1984. 
Nas  6  provas  femininas,  brilhante  participação  das  remadoras  romenas, 
vencedoras de 5 provas (4+, 2X, 2­, 1X e 4X+). A prova de oito foi vencida pelas 
remadoras dos Estados Unidos.
·  10/08 – Em Caracas, fundada a Federación Venezolana de Remo.
·  23  a  26/08  –  Em  Montreal,  1ª  Regata  Mundial  Feminina  de  Peso  Leve 
Demonstração, sendo disputadas quatro provas com as seguintes vencedoras: 
skiff – RFA – 8'22"85; 
quatro sem – RFA – 7'23"89; 
duplo­skiff – Dinamarca – 7'38"16; 
oito – Estados Unidos – 6'10"00. 
Em  virtude  do  notável  sucesso  desta  Regata  Mundial  de  Demonstração,  foi 
confirmada  a  realização  em  agosto  de  1985  em  Hazewinkel,  Bélgica,  do  1º 
Campeonato Mundial Feminino de Peso Leve.
·  Porto Rico, Gibraltar e Kuweit associam­se à FISA.
·  No Egito, o esporte do remo é praticado em 20 clubes: 5 localizados na zona do 
canal,  4  na  região  de  Alexandria,  7  na  região  do  Cairo  e  os  demais  no  delta  do 
Nilo. 

1985
·  Janeiro – A Venezuela filiou­se à FISA.
·  10  a  13/01  –  Em  Roma  realizou­se  o  Congresso  Extraordinário  da  FISA, 
decidindo que: 
a)  os Campeonatos FISA de Juniores e Peso Leve, masculinos e femininos, sejam 
considerados Campeonatos Mundiais a partir de 1985; 
b)  as  provas  femininas  de  peso  leve  e  peso  livre  sejam  disputadas  em  2.000 
metros, a título experimental durante dois anos, a partir de 1985; 
c)  as  provas  femininas  de  peso  leve  integrantes  do  programa  do  Campeonato 
Mundial em número de três são: skiff, duplo­skiff e 4 sem; 
d)  a prova de quádruplo­skiff com timoneira passa a ser disputada sem timoneira; 
e)  fica  rejeitada  a  proposta  de  cancelar  as  provas  de  2  com  masculina  e  4  com 
feminina; 
f)  fosse  ampliado  o  espaço  destinado  à  propaganda  nas  camisetas,  uniformes  e 
abrigos  dos(as)  remadores(as),  assim  como  nos  barcos  e  locais  de 
competições.
·  07 a 11/08 – Em Brandenburg, República Democrática da Alemanha, efetuados os 
Campeonatos  Mundiais  de  Juniores,  masculino  com  30  países  participantes  e 
feminino  com 17.  No  masculino  as  provas  mais  concorridas  foram  as  de  2  sem, 
skiff  e  4  sem  –  15  participantes,  duplo­skiff  e  8  –  14  competidores,  4  com  e 
quádruplo­skiff­13  e  2  com  –  11.  No  feminino  a  de  quádruplo­skiff  foi  a  mais 
concorrida com 9 participantes, skiff e duplo­skiff – 7, 4 com e 8 – 6 e 2 sem – 5 
guarnições. 
Os  resultados  destes  Campeonatos  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  16  a  18/08  –  Em  Toronto,  Canadá,  realizada  com  extraordinário  sucesso  a  1ª 
Olimpíada  de  Veteranos  (Master  Games),  tendo participado  das  provas  de  remo 
cerca de 2.000 remadores e remadoras.
·  24/08  a  01/09  –  Em  Hazewinkel,  Bélgica,  efetuados  os  Campeonatos  Mundiais

125 
Masculino  e  Feminino  de  Remo,  cujos  resultados  podem  ser  encontrados  no 
capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES. 
Simultaneamente,  foram disputados pela primeira vez os Campeonatos Mundiais 
de Remo Peso Leve, Masculino e Feminino com os seguintes resultados: 
I Campeonato Mundial Masculino de Remo Peso Leve: 
skiff – Itália – 7'05"80; 
4 sem – RFA – 6'12"44; 
duplo­skiff – França – 6'29"44; 
oito – Itália – 5'46"66. 
Destaque  para  a  equipe  italiana,  que  além  das  duas  vitórias  obteve  ainda  o 
segundo lugar nas outras duas provas. 
I Campeonato Mundial Feminino de Remo Peso Leve: 
Skiff – Austrália – 7'59"82; 
duplo­skiff – Grã­Bretanha – 7'30"52; 
4 sem – RFA – 7'05"31. 
Neste Campeonato Feminino de Peso Leve participaram 23 federações, 90 barcos 
e 258 remadoras, competindo nas provas finais representantes de 17 federações.
·  No  regulamento  da  FISA,  edição  1985,  a  categoria  peso  leve  é  assim  definida 
(artigo 21): 
"O  peso  médio  dos  remadores  de  uma  guarnição  (sem  o  timoneiro)  não  pode 
ultrapassar 70 quilos. O peso de cada remador aferido  individualmente  não pode 
ultrapassar 72,5 quilos. 
O peso do skifista (sculler) tem como limite máximo 72,5 quilos. 
No  feminino,  o  peso  médio  das  remadoras  de  uma  guarnição  (sem  a  timoneira) 
não pode ultrapassar 57 quilos. O peso de cada remadora aferido individualmente 
não pode ultrapassar 59 quilos. 
O peso da skifista tem como limite 59 quilos. 
A  pesagem  dos  remadores  e  remadoras  peso  leve  (em  traje  de  banho)  deve  ser 
efetuada  em  balança  aferida,  entre  1  e  2  horas  antes  da primeira  prova,  em  cada 
dia de competição."
·  26/08  –  Na  Bélgica,  no  Salão  do  Conselho  Provincial  de  Antuérpia,  realizado  o 
Congresso da FISA, com a presença de representantes de 40 países filiados, tendo 
basicamente decidido: 
a)  desenvolver  um  programa  de  incentivo  ao  remo  nos  países  filiados  mais 
carentes; 
b)  tentar junto ao COI a inclusão no programa dos Jogos Olímpicos de Seul em 
1988 das provas de remo de duplo­skiff e 4 sem para peso leve; 
c)  padronizar a construção dos barcos de competição; 
d)  aceitar a ampliação da propaganda nos barcos e uniformes dos competidores; 
e)  aceitar a filiação do Panamá como 63º membro da FISA.
·  01 a 03/11 – Em Hong Kong (Shatin), disputado o 1º Campeonato da Federação 
Asiática de Remo, organizado pela Associação de Remo Amador de Hong Kong. 
Participaram  8  países:  China,  Índia,  Japão,  Indonésia,  Coréia  do  Sul,  Coréia  do 
Norte e Hong Kong. Programa com 9 provas: Masculino (peso livre) 4+, 1X e 8+; 
Masculino (peso leve) 4+, 1X e 2­; Feminino (peso livre) 1X, 2­ e 4+.
·  23/11 – Em Porto Alegre, na raia do Parque Náutico, disputado o VII Campeonato 
Sul­americano  de  Remo  Junior,  com  a  participação  da  Argentina,  Brasil,  Chile, 
Paraguai, Peru e Uruguai. Campeões: 
4 com – Brasil – 5' 43" 04 
duplo­skiff – Argentina – 5' 54" 76

126 
2 sem – Uruguai – 6' 22" 
skiff – Argentina – 6' 33" 20" 
2 com – Brasil – 6' 28" 
4 sem – Brasil – 5' 22" 61 
quádruplo­skiff – Argentina – 5' 12" 16 
oito – Argentina – 5' 00" 19 

1986
·  09/07 – Fundada em Buenos Aires, a Asociación de Remo y Canotaje “Alemania” 
de Villa Ballester.
·  13/07  –  Na  regata  de  Lucerna,  Suíça,  foram  conseguidos  ótimos  tempos,  dois 
deles considerados, extra­oficialmente, recordes mundiais seniores masculinos: 
2+ Grã­Bretanha 6'44"9 
4X União Soviética 5'41"5.
·  Em  Moscou,  disputados  os  I  Goodwill  Games  (Jogos  da  Boa  Vontadede) 
participando  de  todas  as  provas  os  remadores  e  remadoras  da  União  Soviética  e 
dos Estados Unidos, além de convidados entre os destaques do remo mundial.
·  Em  Israel,  na  margem  do  Mar  da  Galiléia,  encontrado  um  barco  de  cedro  e 
carvalho, com 8,00 metros de comprimento por 2,30 metros de largura, construído 
na  época  em  que  viveu  Jesus  Cristo.  A  data  da  construção  foi  confirmada  por 
arqueólogos.
·  26  e  27/07  –  Em  Hamburgo,  RFA,  efetuado  o  11º  Match  Sênior  B  de  Remo. 
Classificação geral: RFA – 66 pontos, Itália – 35 e França – 30. Challenge Jacques 
Waefelaer (feminino): RFA – 20 pontos, Canadá – 9, Noruega e Dinamarca – 8.
·  29/07 a 03/08 – Na Tcheco­Eslováquia, em Roudnice, disputados os Campeonatos 
Mundiais  FISA  Juniores.  Os  resultados  podem  ser  encontrados  no  capitulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  02  a  10/08  – Excursão  anual  FISA:  Suécia,  lago  Siljan,  Dalarna.  Realizada  uma 
maratona náutica de 260 quilômetros, em barcos de 4 remadores, remos de ponta e 
palamenta dupla. Condições de participação: remadores com idade mínima de 18 
anos, ótimas condições físicas, treinados e bons nadadores.
·  16/08  –  No  Tigre,  Buenos  Aires,  efetuado  o  Primer  Encuentro  Internacional  de 
Remeros  Veteranos.  Programa  com  21  provas  para  as  diversas  classes  de 
competidores.
·  16/08  –  Congresso  da  FISA  em  Nottingham,  com  a  participação  recorde  de 
representantes de 45 Federações filiadas. Principais resoluções: 
–  Proibir propaganda no uniforme dos remadores nos Campeonatos Mundiais; 
–  Recusar a proposta da União Soviética de exclusão da FISA da África do Sul 
(69 votos contra, 28 a favor e 4 abstenções); 
–  Aceitar as filiações da Indonésia e de Cingapura; 
–  Definir sedes de Campeonatos Mundiais.
·  16 a 24/08 – Em Nottingham, Inglaterra, disputados os Campeonatos Mundiais de 
Remo.  Os  resultados  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  07/12 – Em Concepción, Chile, realizado o XVIII Campeonato Sudamericano de 
Remo,  incluído  no  programa  dos  III  Juegos  Deportivos  Cruz  del  Sur.  Distância 
das provas: 1.800 metros. 
O Brasil, campeão, venceu as 5 provas de remos de ponta (4+/5'55"17, 2­/6'33"76, 
2+/6'45"83,  4­/5'40"26  e  8+/5'17"'88).  A  Argentina  venceu  as  3  provas  de 
palamenta  dupla  (1X/6'45"71,  2X/6'13"89  e  4X/5'34"27).  Participaram,  também,

127 
Chile, Uruguai e Peru. 
Simultaneamente,  disputado  o  I  Torneio  Sudamericano  de  Peso  Liviano,  com 
programa de 2 provas e a dupla vitória dos remadores argentinos: 
2X – Vencedor: Argentina (s.t.) – 4 concorrentes 
4­ – Vencedor: Argentina (6'03") – 5 concorrentes 
Participaram, também, Brasil, Uruguai, Chile e Peru.
·  17 a 28/12 – Realizada a 16ª Regata Internacional do Nilo, incluindo no programa 
competições em Luxor, Aswan, Port Said e Cairo.
·  A FISA tinha 351 juízes­árbitros de 40 países, destacando­se a República Federal 
da Alemanha com 68, União Soviética 30, Grã­Bretanha 22 e Suíça 20. 

1987
·  1º  Centenário  de  fundação  da  Federação  de  Remo  da  Dinamarca,  comemorado 
pelos 132 clubes filiados (Copenhague – 27, Sjaelland – 27, Lolland Falster – 9, 
Fyn – 12, Jylland­Sul – 35 e Jylland­Norte – 22).
·  20/06  –  No  rio  Luján,  Tigre,  Argentina,  disputada  a  I  Regata  de  Resistência: 
veteranos,  6  quilômetros  em  barcos  clinker  a  8.  Vitória  de  guarnição  mista  de 
remadores de clubes argentinos. 
Em 15/08/1988, realizada a II Regata de Resistência com a vitória dos remadores 
veteranos do Club de Regatas La Marina; 2º lugar – Grêmio Náutico União (Porto 
Alegre).
·  14/07 – Em Buenos Aires, a Escuela Municipal de Remo de Avellaneda filiou­se a 
Asociación Argentina de Remeros Aficionados.
·  As  Filipinas  filiam­se  à  Federação  Asiática  de  Remo  como  13º  membro  da 
entidade.
·  15  a  18/07  – Em Zagreb,  Iugoslávia,  realizada a  XIV  Universíade,  com  número 
recorde de países e atletas participantes. Pela primeira vez, o remo foi incluído no 
programa destes  jogos  mundiais  universitários,  efetuados desde  1959 em  Turim, 
Itália.  Foram  disputadas  14  provas  masculinas  e  femininas,  com  os  seguintes 
vencedores: 
Remo Feminino – participaram remadoras de 15 países 
Peso Livre:  2­  Bulgária  7'40"01 
1X  Romênia  7'35"37 
4X  Romênia  6'32"02 
Peso Leve:  2X  China RP  7'43"02 
4­  DDR  7'23"56 
1X  Romênia  8'01"16 
Destaques:  Romênia –  1º, 1º, 1º e 2º 
Bulgária –  1º, 2º e 2º 
China RP –  1º, 3º e 6º 
DDR –  1º e 3º 

Remo masculino – participaram remadores de 19 países 
Peso Livre:  1X  Inglaterra  7'28"57 
4+  Romênia  6'36"08 
2­  Romênia  7'12"42 
4­  Polônia  6'15"07 
8+  Itália  6'04"23 
Peso Leve:  1X  Holanda  7'32"98 
2X  Itália  6'56"09

128 
4­  Itália  6'43"29 
Destaques: Itália  1º, 1º, 1º, 2º, 2º, 3º, 3º e 5º 
Romênia  1º e 1º 
Holanda  1º, 3º, 4º e 5º 
Inglaterra  1º, 4º e 4º 
Polônia  1º e 5º 

Destaques gerais de remo na XIV Universiade: 
Romênia  1º, 1º, 1º, 1º, 1º e 2º 
Itália  1º, 1º, 1º, 2º, 2º, 3º, 3º e 5º 
Bulgária  1º, 2º e 2º 
Holanda  1º, 3º, 4º e 5º 
China RP  1º, 3º e 6º 
DDR  1º e 3º
·  25/07 a 02/08 – Na Hungria, na excursão FISA – 1987, realizada no rio Tisza uma 
prova  de  resistência  de  190  quilômetros,  em  barcos  a  2  com  timoneiro,  desde 
Nagykörös a Szeged, em 5 etapas diárias de 30, 24, 43, 52 e 41 quilômetros.
·  Agosto  –  Da  ilha  grega  de  Poros,  partiu  um  trirreme  desenhado  pelo  arquiteto 
naval John Coastes, impulsionado por 170 remadores, estudantes ingleses e norte­ 
americanos, para realizar inédito cruzeiro nos arquipélagos da Grécia.
·  15/08  –  Em  Colônia,  República  Federal  da  Alemanha,  disputado  o  Campeonato 
Mundial de Remo Juniores, com os seguintes laureados: 
Masculino – 29 países concorrentes 
4+  Itália  – 4'40"40 – 13 concorrentes 
2X  Alemanha – DDR  – 4'46"48 – 15 concorrentes 
2­  Alemanha – DDR  – 5'01"36 – 17 concorrentes 
1X  União Soviética  – 5'15"36 – 17 concorrentes 
2+  União Soviética  – 5'12"25 – 12 concorrentes 
4­  Grã­Bretanha  – 4'34"44 – 9 concorrentes 
4X  Alemanha – DDR  – 4'21"66 – 15 concorrentes 
8+  Estados Unidos  – 4'15"33 – 12 concorrentes 
Feminino – 23 países concorrentes 
4+  Alemanha – DDR  – 5'13"66 – 6 concorrentes 
2X  Alemanha – DDR  – 5'22"14 – 11 concorrentes 
2­  Alemanha – DDR  – 5'38"92 – 8 concorrentes 
1X  Alemanha – DDR  – 5'59"18 – 13 concorrentes 
4X  Alemanha – DDR  – 5'02"57 – 9 concorrentes 
8+  Alemanha – DDR  – 4'47"33 – 5 concorrentes
·  15  e  16/08  –  Em  Indianápolis,  Estados  Unidos,  na  raia  de  Eagle  Greek  Park, 
realizadas as competições de remo dos X Jogos Pan­americanos, sendo disputadas 
15 provas que tiveram os seguintes vencedores: 
Remo Masculino 
Peso Livre (Classe Aberta) 
1X  Uruguai  7'41"15 
2­  Brasil  7'19"53 
4­  Cuba  6'38"94 
2X  USA  7'11"67 
8+  USA  6'17"70 
Peso Leve 4­  USA  7'01"87 
2X  Canadá  7'13"01

129 
2­  Argentina  7'45"44 
1X  USA  8'17"41 
Remo Feminino 
Peso Livre 2X  México  8'07"31 
1X  Canadá  8'55"12 
2­  Canadá  8'35"61 
Peso Leve 2X  USA  8'35"71 
1X  Canadá  9'11"24 
2­  USA  9'14"04

·  22/08  –  Em  Copenhague,  Dinamarca,  realizado  o  Congresso  da  FISA,  com  a 


presença de representantes de 46  filiados e pela  primeira  vez com a participação 
do Kuwait. Principais decisões: 
–  a Coréia passou a ser considerada membro ordinário com direito a 3 votos nas 
Assembléias da FISA; 
–  nomeado  um  grupo  de  trabalho  para  estudar  a  participação  do  peso  leve,  a 
partir dos Jogos Olímpicos de 1992; 
–  confirmadas várias sedes de Campeonatos; 
–  rejeitado o pedido da Escócia de separar­se da Federação Britânica e passar a 
nono membro da FISA.
·  30/08  –  Em  Copenhagne,  Dinamarca,  efetuados  os  Campeonatos  Mundiais 
Masculino e Feminino de Remo, Peso Livre e Peso Leve. Os resultados podem ser 
encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  09/10 – Em Colônia, República Federal da Alemanha, realizados os Campeonatos 
Mundiais  Masculino  e  Feminino  Juniores  de  Remo.  Os  resultados  podem  ser 
encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  18/10  –  No  lago  de  Dianshang,  Shangai,  China,  disputado  o  2º  Campeonato 
Asiático de Remo integrado de 14 provas com os seguintes vencedores: 
Masculino  (peso  livre)  –  1X  China  7'35",  2X  China  6'57",  2­  China  7'08",  4+ 
China 6'46" e 8+ China 6'10". 
Masculino  (peso  leve)  –  1X  Japão  7'42",  2X  Coréia  do  Norte  6'56"  e  4­  China 
6'38". 
Feminino (peso livre) – 1X China 8'16", 2X China 7'48" e 4­ China 7'2l". 
Feminino (peso leve) – 1X China 8'28", 2X China 7'21"e 4­ China 7'23".
·  05/12  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do  pavão, 
com balizamento Albano, realizado à tarde, o VIII Campeonato Sul­americano de 
Remo Junior com número recorde de participantes: 36 guarnições de 6 países. A 
vitória coletiva coube aos remadores brasileiros, vitoriosos nas 5 provas de remos 
de ponta, seguidos pelos argentinos, vencedores das 3 provas de palamenta dupla. 
Competiram  também  remadores  uruguaios,  chilenos,  paraguaios  e  peruanos.  Os 
resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  A FISA tinha 348 juízes­árbitros de 41 países. 

1988
·  25/06 – Em Bali, Indonésia, no Congresso Anual da Federação Asiática de Remo, 
a República de Formosa (Taiwan) filiou­se como 14º membro da entidade.
·  26 a 29/06 – Em Ottawa, Canadá, realizada a 1ª Conferência Mundial Permanente 
sobre antidopagem  no  esporte.  Participaram  representes  de 27 países  e  de  várias 
entidades esportivas internacionais.
·  02 a 07/08 – Em Milão, Itália, disputados os Campeonatos Mundiais de Juniores e

130 
de Peso Leve, com a participação de: 
Juniores – Masculino –  32 países e 394 remadores 
Feminino –  25 países e 178 remadoras 
Peso Leve – Masculino –  27 países e 203 remadores 
Feminino –  17 países e 50 remadoras 

Nos dois Campeonatos, a Comissão  de Controle  da FISA  fez a verificação dos limites 


mínimos de peso de barcos, estabelecidos pela entidade: 
1X – 14 quilos  2­ – 27 quilos 
2X – 26 quilos  2+ – 32 quilos 
4X – 52 quilos  4­ – 50 quilos 
4+ – 51 quilos 
8+ – 93 quilos 

Estes dois Campeonatos tiveram os seguintes vencedores: 
Juniores Masculino 
4+ –  DDR –  4'30"25  4­ –  ITA –  4'27"69 
2­ –  GBR –  4'47"12  4X –  URS –  4'17"65 
1X –  ITA –  5'05"66  8+ –  DDR –  4'08"17 
2+ –  ROM –  5'03"00  2X –  URS –  4'39"34 

Juniores Feminino 
4+ –  ROM –  5'08"23  2X –  DDR –  5'13"56 
2­ –  BUL –  5'30"97  1X –  DDR –  5'36"06 
4X –  DDR –  4'50"34  8+ –  DDR –  4'45"29 

Peso Leve Masculino 
2x –  ITA –  6'30"42  1X –  RFA –  7'05"02 
4­ –  ITA –  6'09"07  8+ –  ITA –  5'43"35 

Peso Leve Feminino 
2X –  HOL –  7'11"85  1X –  USA –  7'45"25 
4­ –  CHP –  6'51"47

·  Filipinas é o 65º filiado da FISA.
·  13/08 – No Tigre, Argentina, realizada a Primeira Regata Internacional FISA para 
Veteranos, destacando­se o Club Canottieri Italiani (Tigre).
·  15/08  –  No  rio  Luján,  Tigre,  Argentina,  efetuada  a  II  Regata  de  Resistência: 
veteranos,  barcos  clinker  a  8 em  6.000  metros. Vitória  da  guarnição  do  Club  de 
Regatas La Marina (Tigre), e em 2º lugar, o Grêmio Náutico União (Porto Alegre) 
com  um  remador  do  Grêmio  Náutico  Tamandaré  (Cachoeira  do  Sul  –  RS).  Os 
gaúchos embora tenham vencido, perderam no handicap.
·  18/08 – 1 er  Campeonato Sudamericano de Veteranos (países), disputado no Tigre, 
Buenos  Aires.  Programa  com  12  provas  e  a  participação  da  Argentina,  Brasil, 
Panamá, Paraguai, Peru e  Uruguai. Os remadores argentinos venceram 8 provas, 
os peruanos 3 e os brasileiros uma.
·  20/08  –  1 er  Campeonato  Sudamericano  de  Veteranos  (clubes),  no  Tigre,  Buenos 
Aires, tendo sido disputadas 22 provas. Destaque para os remadores argentinos do 
Clube  San  Fernando  com  4  vitórias;  Club  Canottieri  Italiani  com  3;  Club  de 
Regatas La Marina e Club de Regatas La Plata com 2; e Clube de Regatas Lima

131 
(Peru)  também  com  2  vitórias.  Guarnições  mistas  de  remadores  argentinos 
venceram  5  provas,  e as  demais  4  provas  foram  vencidas  por clubes  argentinos. 
Participaram  do  Campeonato:  12  clubes  argentinos,  2  uruguaios,  1  peruano,  1 
panamenho e a Federación Paraguaya de Remo.
·  04  a  11/09  –  21ª  Excursão  FISA  para  Remadores  Veteranos,  na  França,  rio 
Charente. Maratona em yoletas a 4, 140 quilômetros em 5 dias de remo.
·  09  e  10/09  –  15º  Encontro  Mundial  de  Remo  para  Veteranos,  na  Escócia,  no 
Strathclyd Park, próximo à Glasgow.
·  16/09 a 02/10 – XXIV Jogos Olímpicos, Seul, Coréia do Sul. As provas de remo 
foram disputadas de 19 a 25/09, na raia artificial de 2.210 metros de comprimento 
por  142  metros  de  largura,  e  capacidade  para  25.000  assistentes.  A  raia  foi 
construída junto ao rio Han. 
No remo masculino destaque para as guarnições da DDR, vencedoras de 3 provas 
e da Itália com 2 vitórias. No remo feminino mais uma fantástica apresentação das 
remadoras da DDR, vencedoras de 5 das 6 provas disputadas. Resultados: 
M –  1X  – DDR  – 6'49"86 
2X  – HOL  – 6'21"13 
2­  – GBR  – 6'36"84 
2+  – ITA  – 6'58"79 
4X  – ITA  – 5'53"37 
4­  – DDR  – 6'03"11 
4+  – DDR  – 6'10"74 
8+  – RFA  – 5'46"05 
F –  1X  – DDR  – 7'47"19 
2X  – DDR  – 7'00"48 
2­  – ROM  – 7'28"13 
4X  – DDR  – 6'21"06 
4+  – DDR  – 6'56"00 
8+  – DDR  – 6'15"17 

Médias antropométricas entre os remadores campeões dos Jogos Olímpicos de Seul: 

MÍNIMO  MÁXIMO  MÉDIA 


PESO ­  85  100  92,2 
ALTURA ­  1,82  2,04  1,93 
IDADE ­  20  30  27

·  Outubro – Na Austrália, ao Sul de  Melbourne,  inaugurado o Centro Nacional de 


Esportes Aquáticos de Carrum.
·  10  a  13/11  –  Em  Limerick,  Irlanda,  realizada  pela  FISA  a  Conferência 
Internacional de Técnicos de Remo, com o seguinte temário: 
–  remo no ano 2.000; 
–  avaliação específica do remo; 
–  estudo da Biomecânica usando o remo isocinético; 
–  análise técnica usando o remo­ergômetro; 
–  o Limite Anaeróbico – determinação e uso; 
–  seleção de guarnição; 
–  desempenho de remadores; 
–  informações atualizadas sobre barcos e equipamentos; 
–  propostas  a  serem discutidas  no  Congresso  Extraordinário  da  FISA  (Atenas  –

132 
1989) relativas ao remo competitivo.
·  10/12  –  Em  Mercedes,  Uruguai,  na  raia  do  rio  Negro,  disputado  o  XIX 
Campeonato  Sudamericano  de  Remo  Classe  Aberta.  Campeões  os  remadores  do 
Brasil, vitoriosos em 5 provas: 4+, 2X, 2­, 4­ e 8+; os uruguaios venceram 2: 1X e 
2+; e os argentinos a de 4X. Participaram, também, Chile, Peru e Venezuela. 
Simultaneamente, disputado o II Campeonato Sudamericano de Peso Ligero (Peso 
Leve  –  Peso  Liviano),  tendo  os  remadores  argentinos  vencido  as  2  provas  do 
programa: 2X e 4­. Participaram, também, Chile, Brasil, Uruguai, Peru e Paraguai. 
Maiores  detalhes  desses  Campeonatos  podem  ser  conhecidos  no  capítulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  A FISA tinha 389 juízes­árbitros de 45 países, destacando­se a República Federal 
da Alemanha com 59, União Soviética com 33 e Grã­Bretanha com 23. 

1989
·  01/01  –  Em  vigor,  as  novas  determinações  da  FISA  para  classificação  de 
remadores veteranos: 
Categoria A  – a partir de 27 anos 
Categoria B  – média de 36 anos 
Categoria C  – média de 43 anos 
Categoria D  – média de 50 anos 
Categoria E  – média de 55 anos 
Categoria F  – a partir de 60 anos 
Categoria G  – a partir de 65 anos 
Categoria H  – a partir de 70 anos 
No  barco  a  8,  nas  categorias  G  e  H,  as  guarnições  podem  ser  integradas  por 
remadores observadas as  médias de  idade, porém todos devem ter no mínimo 60 
anos.  Permanece  a  diferença  máxima  de  12  anos  entre  remadores  da  mesma 
guarnição.
·  26  a  29/01  –  Em  Atenas,  realizado  o  Congresso  Extraordinário  FISA  com  a 
participação de representantes de 44 entidades filiadas. Decisões: 
–  No  programa  de  remo  dos  Jogos  Olímpicos,  mantidas  na  classe  aberta  as  8 
provas masculinas e as 6 provas femininas. As provas de peso leve ainda serão 
disputadas na Espanha em 1992, e depois excluídas do programa. 
–  Nos  Campeonatos  Mundiais  de  peso  leve,  a  partir  de  1989,  será  incluída  a 
prova de quádruplo­skiff. 
–  Aprovada  a  realização  de  estudos  para  implantação  do  barco  triplo­skiff, 
especialmente para peso leve. 
–  Nas competições femininas (classe aberta, peso leve e júnior), o barco 4 com 
timoneira será substituído pelo 4 sem timoneira. 
–  Nas provas de juniores, a distância será aumentada para 2.000 metros. 
–  Mudança de sinalização das raias de remo: 0 – partida e 2.000 – chegada. 
–  Autorização de testes anti­doping nos remadores, no período de treinamento. 
–  Permitida a orientação de guarnições durante a regata, ao lado da raia, porém, 
proibido o uso de aparelhos elétricos, eletrônicos ou similares. 
–  Admitida  a  realização  de  Campeonatos  Mundiais  em  raias  com  apenas  4 
balizas. 
–  Nova  estrutura  da  FISA,  a  ser  implantada  gradativamente,  durante  1990  e 
1991. 
a)  o Secretário  Honorário  Geral  e  do  Comitê  Executivo  será  substituído por 
um Tesoureiro;

133 
b)  a  FISA  contratará  um  profissional,  em  regime  de  tempo  integral  para 
Secretário Geral da entidade; 
c)  o número de Comissões da FISA será ampliado para 11; 
d)  o Conselho da FISA terá 21 membros (5 do Comitê Executiva, 11 Chefes 
de Comissões e 5 representantes dos continentes); 
e)  nos  Campeonatos  Mundiais  haverá  o  direito  de  ARENA  sobre  a 
publicidade na competição.
·  15 a 25/06 – Na Noruega,  realizada a 22º FISA Pleasure Rowing Tour, na costa 
Sul,  entre  as  cidades  de  Grimstad,  Arendal  e  Tvedestrand,  na  distância  de  150 
quilômetros – barcos a 4 com timoneiro – 90 guarnições participantes.
·  Em  Paris,  junto  ao  Sena  foram descobertas  3  canoas  pré­históricas  que  segundo 
vários arqueólogos, suas construções datavam de mais de 60 séculos.
·  01/07  –  Regata  comemorativa  ao  150º  Aniversário  da  Henley  Roya1  Regatta: 
disputadas as 14 Copas tradicionais por centenas de remadores, de dezenas países, 
clubes e universidades.
·  01 a 06/08 – Em Szeged, Hungria, efetuado o 20º Campeonato Mundial de Remo 
Juniores. Ventos bastante fortes prejudicaram os resultados técnicos. 
Países campeões e tempos: 
Masculino – 1X / URS / 7'18"58 
2X / RFA / 6'44"81 
2­ / IUG / 7'07"69 
2+ / DDR / 7'31"95 
4­ / GBR / 6'27"00 
4+ / DDR / 6'40"25 
4X / DDR / 6'10"99 
8+ / URS / 6'01"53 
Feminino – 1X / URS / 8'38"38 
2X / DDR / 7'56"59 
2­ / DDR / 8'42"23 
4­ / AUS / 7'43"00 
4X / DDR / 7'22"73 
8+ / DDR / 7'16"16

·  25 a 31/07 – Na Hungria, efetuada a 1ª FISA Júnior Rowing Tour, para estudantes 
secundários e universitários, na distância de 160 quilômetros no rio Tisza, entre as 
cidades de Szolnok e Szeged, precedendo o Campeonato Mundial de Juniores.
·  17  a  27/08  –  Nos  Estados  Unidos,  realizada  a  23ª  FISA  Pleasure  Rowing  Tour, 
nos  rios  Concord  e  Merrimack,  na  distância  de  160  quilômetros,  com  início  e 
chegada em Boston – duplo­skiff – 60 guarnições participantes.
·  24 a 27/08 – Na XV UNIVERSÍADE, realizada em Duisburg, RFA, integraram o 
programa  de  remo,  15  provas  masculinas  e  femininas,  pesos  livre  e  leve,  tendo 
participado 128 barcos de 299 associações acadêmicas. Vencedores: 
Masculino – Peso Livre –  1X  URS 
2X  URS 
2­  ROM 
4+  ROM 
8+  ITA 
Peso Leve –  1X  BUL 
4X  RPC 
4­  RFA

134 
Feminino – Peso Livre –  1X  ROM 
4X  BUL 
4­  ROM 
Peso Leve –  2X  RPC 
2­  RFA
·  10/09  –  Em  Bled,  Iugoslávia,  disputadas  as  provas  finais  dos  Campeonatos 
Mundiais de Remo, Masculino e Feminino, Pesos Livre e Leve, com os seguintes 
países vencedores e respectivos tempos: 
Masculino – Peso livre –  1X  DDR  6'58"14 
2X  NOR  6'23"40 
2­  DDR  6'39"95 
2+  ITA  6'54"81 
4X  HOL  6'03'99 
4­  DDR  6'06"94 
4+  ROM  6'14"90 
8+  RFA  5'43"88 
Peso Leve –  1X  HOL  7'17"07 
2X  AUT  7'03"33 
4X  RFA  6'04"78 
4­  RFA  6'28"70 
8+  ITA  5'47"95 
Feminino – Peso Livre –  1X  ROM  7'27"96 
2X  DDR  7'01"71 
2­  DDR  7'26"97 
4X  DDR  6'16"62 
4­  DDR  6'45"81 
8+  ROM  6'07"92 
Peso Leve –  1X  USA  8'01"12 
2X  USA  7'11"04 
4­  RPC  7'01"70.
·  15 a 17/09 – Em Vichy, França, efetuado  o 16º Encontro FISA de  Veteranos do 
Remo,  com  cerca  de  2.000  remadores  em  1.140  barcos,  incluindo  mais  de  100 
guarnições Femininas.
·  29/09  –  Falecimento  do  Thomas  Keller,  Presidente  da  FISA.  Interinamente, 
assumiu  a  Presidência,  Denis  Oswald,  Secretário  do  Comitê  Executivo  e 
Secretário  Honorário  Geral.  Em  07/10,  por  unanimidade,  foi  confirmado  na 
Presidência da FISA.
·  01  a  05/11  –  Em  Madras,  Índia,  realizado  o  III  Campeonato  Asiático  de  Remo 
com programa de 13 provas e a participação de 147 remadores e remadoras de 12 
países. Campeões: 
Peso Livre Masculino – China (1X, 2X, 2­ e 4+); 
Peso Livre Feminino – Coréia do Sul (1X), Japão (2­) e Indonésia (4+); 
Peso Leve Masculino – China (1X e 2X) e Índia (4+); 
Peso Leve Feminino – Japão (1X), China (2X) e Coréia do Norte (4+).
·  08  a  11/11  –  Em  Indianápolis,  Estados  Unidos,  realizada  a  Conferência  Anual 
FISA para Treinadores de Remo. Tema: Perfil do atleta e do treinador.
·  Chipre é o 66º filiado da FISA.
·  21/11  a  15/12  – Em  Porto Alegre,  na  sede  do  Grêmio  Náutico  União  na  ilha  do 
Pavão,  efetuado  o  Curso  Internacional  para  Construtores  de  Barcos  de  Fibra, 
patrocinado  pela  FISA  e  CBR,  tendo  como  mestres  Klaus  Filter,  de  Berlim

135 
Oriental,  DDR,  e  Oskar  Loewe  Jr.,  de  Bochum,  RFA.  Durante  a  realização  do 
curso foram construídos 5 barcos de fibra.
·  25/11  –  No  Tigre,  Buenos  Aires,  na  raia  do  rio  Luján,  disputada  a  2ª  Regata 
Internacional Veteranos FISA, incorporada ao Torneo Nacional de Maxi Deportes. 
Participaram  12  clubes  argentinos,  3  do  Brasil  e  1  do  Paraguai.  Os  veteranos 
argentinos venceram 20 provas, e as 2 restantes foram vencidas pelos defensores 
do C.R. do Flamengo, Rio de Janeiro.
·  03/12 – No Paraguai,  na Cancha Nacional de Remo Bahia  Asunción, realizado o 
9º Campeonato Sudamericano Juvenil de Remo (Juniores), com a participação de 
6  equipes,  sagrando­se  campeões  os  argentinos,  seguidos  pelos  brasileiros, 
uruguaios,  paraguaios,  chilenos  e  peruanos.  Maiores  detalhes  deste  Campeonato 
no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  17 a 29/12 – No Cairo, Egito, efetuado o Festival de Remo do Nilo.
·  Evolução experimental dos tipos de barcos em Peso Leve: 
–  Na  metade  deste  ano,  começaram  os  testes  em  Nottingham,  Inglaterra,  no 
Nottimghamshire  Country  Rowing  Association,  do  octuple­scull  –  barco  a  8 
com palamentas duplas; 
–  Na mesma cidade, na Becket School Nottingham, adatação do barco a 2 com 
timoneiro para triple­scull – barco para 3 remadores com palamentas duplas.
·  FISA  e  Solidariedade  Olímpica  do  COI,  realizaram  durante  o  ano  corrente,  20 
cursos, nacionais (12) e internacionais (08) em diversos países da América, África, 
Europa e Ásia. 

1990
·  A FISA determinou que a partir deste ano será realizado o controle periódico anti­ 
dopping dos remadores de elite em treinamento.
·  24/03 –  No  Cairo,  fundada  a  Federação  Árabe  de  Remo  pelos  representantes do 
Egito, Argélia, Kuwait, Líbano, Marrocos e Tunísia.
·  30/03 – Centenário de  fundação da Federação Francesa de Remo tendo 23 Ligas 
Regionais, 275 Clubes filiados e 33.000 remadores inscritos.
·  31/03 – No rio Tamisa, Inglaterra, disputada a tradicional regata universitária em 
barcos a 8, Oxford X Cambridge, vencida pela primeira em 17'15" (17'22").
·  07/04 – Iniciada a disputa da Primeira Copa do Mundo Masculina e Feminina de 
Remo,  em  skiff,  cinco  regatas  com  prêmios  em  dinheiro  aos  6  melhores  na 
classificação  geral  (7.500,  5.000,  3.000,  2.000,  2.000  e  2.000  francos  suíços). 
Vencedores das 5 etapas: 
07 e 08/04 – San Diego, Califórnia, Estados Unidos 
M – Vaclav Chalupa (TCH)  F – Birgit Peter (DDR) 
12 e 13/05 – Mannheim (RFA) 
M – Yuri Yaanson (URS)  F – Titie Jordache (RFA) 
02 e 03/06 – Aarungen, Oslo, Noruega 
M – Yuri Yaanson (URS)  F – Titie Jordache (RFA) 
30/06 e 01/07 – Amsterdam, Holanda 
M – Andreas Hajek (DDR)  F – Titie Jordache (RFA) 
14 e 15/07 – Lucerna, Suíça 
M – Yuri Yaanson (URS)  F – Titie Jordache (RFA) 
Classificação geral: 
M – Yuri Yaanson (URS)  – 56 pontos 
Vaclav Chalupa (TCH)  – 52 pontos 
Christian Händle (RFA)  – 48 pontos

136 
Jesus Posse Vivas (URU)  – 27 pontos 
Robert Stakor (IUG)  – 27 pontos 
Andreas Hajek (DDR)  – 23 pontos 
F – Titie Jordache (RFA)  – 60 pontos 
Birgit Peter (DDR)  – 48 pontos 
Maria Brandin (SUE)  – 39 pontos 
Alison Townley (USA)  – 36 pontos 
Silken Laumann (CAN)  – 35 pontos 
Elisabeta Lipa (ROM)  – 35 pontos 
Em cada uma das regatas a pontuação para os doze primeiros classificados foi de 
15 pontos, 13, 11 e 9 até 1 ponto, e a contagem final obtida pela soma de pontos 
dos 4 melhores resultados (um descarte). 
Thomas  Lange  (RFA),  o  maior  singlista  da  atualidade,  desistiu  de  participar  da 
Copa Mundial para não prejudicar seus estudos de medicina.
·  13/05  –  Em  Aiguebelette,  França,  efetuado  um  desfile  náutico  histórico 
comemorativo  ao  centésimo  aniversário  de  fundação  da  Federação  Francesa  de 
Remo. Mais de 50  barcos,  réplicas de  modelos antigos com remadores em trajes 
da  época,  destacando­se  a  original  "triplette  de  la  S.  N.  Oise.  Foram  também 
realizadas regatas universitárias internacionais.
·  20/05 – Em Veneza, Itália, efetuada a tradicional regata VOGALONGA.
·  10/06  –  Em  Gênova,  Itália,  realizada  a  XXXV  Regata  Histórica  das  Antigas 
Repúblicas  Marinhas  (Gênova,  Pisa,  Veneza  e  Amalfi),  tendo  como 
campeoníssimo  no  tempo  de  8'37"  o  "galeone"  azul  com  uma  cabeça  de  leão 
esculpida na proa, representante da República de Veneza. 
Relação dos vencedores das 35 regatas já disputadas: 
1956 – Veneza  1968 – Veneza  1980 – Veneza 
1957 – Veneza  1969 – Veneza  1981 – Amalfi 
1958 – Veneza  1970 – Pisa  1982 – Veneza 
1959 – Gênova  1971 – Veneza  1983 – Veneza 
1960 – Gênova  1972 – Pisa  1984 – Veneza 
1961 – Veneza  1973 – Veneza  1985 – Veneza 
1962 – Veneza  1974 – Veneza  1986 – Veneza 
1963 – Veneza  1975 – Amalfi  1987 – Pisa 
1964 – Gênova  1976 – Gênova  1988 – Pisa 
1965 – Veneza  1977 – Veneza  1989 – Veneza 
1966 – Veneza  1978 – Gênova  1990 – Veneza 
1967 – Veneza  1979 – Amalfi
·  Em Miluo,  província  de  Hunan, China,  mais  de  80.000 espectadores  aplaudiram 
os tripulantes dos 40 barcos que participaram da tradicional regata Peilong Boats, 
num  tributário  do  lago  Dongtinghu.  A  prova  teve  origem  na  morte  trágica  do 
poeta­heróe  Qu­Yuan  (343  –  277  A.C.).  Os  barcos  "Dragão  Peilong"  são 
tripulados por 12 pares de remadores, 1 timoneiro e 2 ritmistas com tambores. As 
proas curvas como os barcos vikings, têm cabeças de dragões esculturadas.
·  20 e 21/07 – Nos Estados Unidos, em Lake Washington, próximo à Seattle, foram 
disputados  os II  Goodwill  Games  (Jogos da  Boa Vontade ou  da Amizade)  e  em 
todas as provas de remo participaram remadores e remadoras da União Soviética e 
Estados  Unidos,  além  de  equipes  convidadas.  Os  I  Goodwill  Games  foram 
disputados em 1986 em Moscou com o mesmo sistema de participação.
·  04/08 – Em Aiguebelette, França, realizados os Campeonatos Mundiais Masculino 
e Feminino de Juniores, com os seguintes vitoriosos:

137 
M –  1X  DDR  7'04"15 – 16 participantes 
2X  ITA  6'20"90 – 16 participantes 
2+  DDR  7'03"39 –  9 participantes 
2­  IUG  6'37"27 – 12 participantes 
4X  DDR  5'54"44 – 17 participantes 
4+  ROM 6'12"44 – 14 participantes 
4­  GBR  6'05"08 – 16 participantes 
8+  DDR  5'43"57 –  8 participantes 
F –  1X  URS  7'46"20 – 13 participantes 
2X  URS  7'14"65 – 12 participantes 
2­  BUL  7'43"15 –  9 participantes 
4X  DDR  6'36"75 – 11 participantes 
4­  DDR  6'58"96 –  8 participantes 
8+  URS  6'27"80 –  6 participantes

·  Na raia de Ottensheim,  no rio Danúbio, em Linz,  Áustria, realizado o 15º Match 


de  Seniores  com  a  participação  de  120  barcos  de  18  países  e  400  remadores. 
Destaques: 
Peso Livre – RFA 62 pontos, Itália – 48 e Suíça – 33. 
Peso Leve – Suíça 24 pontos, Itália – 17 e Irlanda – 11.
·  18/08 – Em Ciudad del Este, Paraguai,  na  Lagoa de  la Republica, realizado o 2º 
Campeonato Sudamericano de Remo Veterano, organizado pelo Club de Regatas 
Alto  Paraná.  Programa  com  21  provas  e  a  participação  de  remadores  do  Brasil, 
Argentina, Chile e Paraguai. Os argentinos venceram 13 provas e os brasileiros 8. 
Para  domingo,  19/08  estava  programado  o  1 er  Encuentro  Internacional  en  el 
Paraguay,  porém  o  vendaval  e  as  fortes  chuvas  de  sábado  à  noite,  destruíram  o 
balizamento  e  as  águas  agitadas  levaram  pontões  e  flutuantes.  No  Encuentro 
seriam disputadas 3 provas: 8+C, 4+E e 8+B, todas canceladas.
·  A  FISA com a colaboração da Federação de Remo dos Estados Unidos passou a 
editar em inglês a revista trimestral "FISA Coach".
·  14  a  16/09  – Na Itália,  no  lago  toscano  de  Massaciuccoli,  próximo  à Viareggio, 
efetuado o 17º Encontro de Veteranos FISA.
·  23 a 27/09 – Em Beijing, China, no Jin High Park Watersports Centre, disputado o 
Campeonato Asiático de Remo com programa de 14 provas e o destaque para os 
remadores chineses.
·  27/10  –  Em  Launceston,  Tasmânia,  Austrália,  realizado  o  Congresso  Anual 
Ordinário da FISA com a presença de representantes de 41 países filiados.
·  28/10  –  Em  Lake  Barrington,  Tasmânia,  Austrália,  efetuado  o  Campeonato 
Mundial de Remo com a participação de remadores e remadoras de 41 países dos 
5 continentes. Relação dos campeões e tempos:

138 
PESO LIVRE  PESO LEVE 
M –  1X  URS  7'22"15  M –  1X  HOL  7'21"24 
2X  AUT  6'56"37  2X  USA  7'46"15 
2­  DDR  7'07"91  4­  RFA  7'03"68 
2+  ITA  6'48"30  4X  ITA  5'46"38 
4­  AUS  5'52"20  8+  ITA  5'35"03 
4X  URS  5'40"44 
4+  DDR  6'46"73 
8+  RFA  5'26"62 
F –  1X  DDR  7'24"10  F –  1X  DIN  8'12"64 
2X  DDR  8'16"63  2X  DIN  6'57"96 
2­  RFA  8'28"37  4­  CAN 6'38"40 
4­  ROM 7'51"68 
4X  DDR  6'14"08 
8+  ROM 5'59"26
·  29/11 a 02/12 – Em Cidade do México, na raia de Xochimilco, realizados os 16º 
Jogos  Centro­Americanos  e  do  Caribe.  Disputadas  21  provas  de  remo  com  14 
vitórias dos remadores do México, 6 de Cuba e 1 da Guatemala: 
PESO LIVRE  PESO LEVE 
M –  1X  MEX  7'32"91  M –  1X  MEX 7'39"06 
2X  MEX  6'56"89  2X  MEX 7'10"41 
2­  CUB  7'28"83  2­  MEX 7'24"43 
4X  CUB  6'17"37  4X  MEX 6'16"63 
4­  CUB  6'34"87  4­  MEX 6'38"41 
4+  CUB  6'50"75  8+  MEX 6'01"01 
8+  MEX  6'03"87 
F –  1X  MEX  s.t  F –  1X  MEX 8'51"30 
2X  MEX  7'36"23  2X  GUA  8'15"00 
2­  CUB  8'44"22  2­  CUB  8'46"66 
4X  MEX  7'10"03  4X  MEX 7'33"58

139 
CAPÍTULO 2 – O REMO NO BRASIL

140 
"A  navegação  mercante  do  continente  brazileiro  era 
provida  de  grande  número  de  ligeiras  embarcações, 
tripoladas  por  colonos  e  indígenas,  que  n'ellas  se 
arrojavam pela sua grande costa marítima, em busca de 
comercio  de  cabotagem,  já  existente,  entre  as  capitaes 
de  então.  Esses  frágeis  lenhos  entregavam­se  muitas 
vezes  ao  divertimento de  fazerem  entre  si  carreiras,  de 
que muito apreciava a gente maruja." 
Padre Antonio Vieira, S. J. 
(06/02/1608 – 18/07/1697) 

"É  mesmo  certo  que  entre  os  habitantes  de  nosso  paiz 
(colonos  e  índios)  era  praxe  fazerem  grandes  correrias 
em  suas  habituaes  pirogas  (embarcações  uzadas  pelos 
naturaes),  espetaculos  estes  com  que  se  recreavam  em 
dias de descanço." 
Missionário Labatut, em "Sobre o Brazil antigo". 

Século XVII
·  Na  Amazônia,  as  primeiras  especializações  funcionais  aconteceram  nos  grupos 
indígenas:  pescador,  caçador,  lavrador  e  remador.  Os  remadores  (remeiros), 
devido aos aspectos fisiográficos da região, eram e são até o presente elementos de 
fundamental  importância,  e  a  canoa  criou  um  tipo  que  perdura  até  hoje  nas 
comunidades amazônicas: o regatão. Em 1839 Antônio Ladislau Monteiro Baena 
faz  referências  aos  "regatões"  que,  pelos  rios  e  igarapés,  em  pequenas  canoas, 
andam  de  roça  em  roça  vendendo  artigos  manufaturados ou realizando  permutas 
por  gêneros  alimentícios  variados.O  professor  Arthur  Cezar  Ferreira  Reis 
classificou  o  homem  amazônico  dos  tempos  coloniais  de  "sertanista­fluvial", 
dedicando a seu barco e remos uma atenção especial. 

1846
·  19/08 – A imprensa do Distrito Federal (Rio de Janeiro) noticiou o desafio náutico 
entre  as  tripulações  das  canoas  de  pesca  "Cabocla"  e  “Lambe  Água",  a  primeira 
timoneada  pelo  velho  Alecrim  e  a  segunda  pelo  valente  remador  José  Ferro.  A 
prova  iniciada  na  Praia  de Jurujuba,  Niterói,  teve  a chegada  em Santa  Luzia,  na 
praia dos Cavalos, no Rio de Janeiro. 
Verdadeira multidão assistiu à vitória da "Cabocla", conduzindo os vencedores em 
triunfo.  A  prova  mereceu  grande  destaque  na  edição  do  Jornal do  Comércio, do 
Rio  de  Janeiro,  de  20/08/1846,  servindo  de  incentivo  à  realização  de  novos 
desafios  e  competições  entre  barcos  a  remo  e  à  vela,  não  somente  na  Capital 
Federal, como em outras cidades do Brasil. 

1850
·  No Ceará, disputadas “carreiras” em jangadas, e na Bahia e no Pará “desafios” em 
pequenas baleeiras e canoas de alto mar. 

1851
·  Fundado em Niterói (RJ), o Grupo dos Mareantes, com o objetivo de estimular a 
prática  do  remo.  Os  Mareantes  instalaram­se,  provisoriamente,  no  Valonguinho, 
numa dependência da chácara do capitalista João de Mattos.

141 
·  01/11 – "As Regatas: No dia 1 de novembro de 1851, foi realizada em Botafogo, a 
primeira  regata  do  Rio  de  Janeiro  –  Amante  dos  esportes,  apesar  de  sua  intensa 
atividade política, animava o Marquês de Abrantes freqüentemente as regatas que 
se realizavam na enseada de Botafogo e que tinham seu ponto de partida perto da 
Fortaleza  de  São  João,  e  de  chegada,  diante  do  seu  solar,  de  onde  as  assistia  a 
Família  Imperial.  Ainda  não  se  empregavam  nelas  os  esguios  barcos  que  só 
dezenas de anos depois o Rio conheceria, mas escaleres e baleeiras, quase sempre 
da  Alfândega,  e  de  navios  de  guerra  estrangeiros  e  brasileiros  que  disputavam 
entre  si  cobiçados  troféus.  Entre  os  juizes  figuravam  os  futuros  e  famosos 
almirantes  Tamandaré  e  Barroso.  Existiam  na  praia  três  pontos  de  atração.  A 
primeira, perto da Rua Marquês de Olinda; a segunda, à entrada da São Clemente, 
e a ultima delas a poucos metros do Pasmado. Das 3, a de maior movimento era a 
segunda, para o embarque e desembarque dos passageiros das  lanchas a  vela e a 
motor  que  constituíam,  com  os  ônibus  de  tração  animal,  os  únicos  transportes 
coletivos entre o centro e a zona sul antes do aparecimento dos bondes a burro da 
Companhia Jardim Botânico, no fim de 1868.”
·  03/12 – Primeira regata em Niterói, promovida pelos Mareantes. O programa  foi 
integrado de três páreos: um destinado a canoas de um remo de pá, tripuladas por 
pescadores, e os outros dois para associados do Grupo dos Mareantes. 

1852
·  29/0l  –  O  IMPARCIAL,  de  Porto  Alegre,  noticiou  com  veneno:  “Nada  custava 
fazer uma 'regata' nesse bello Lago das Pedras Brancas (ao Sul de Porto Alegre), 
entre esta cidade e a localidade de Pedras Brancas (atual Guaiba), mas os oficiais 
da  marinha, a  quem  pertencia  dar  exemplo,  gostam  mais  de  andarem  em terra  e 
mesmo a cavallo do que em escaleres.”
·  14/02  –  Em  Niterói  (RJ),  naufrágio  de  uma  das  embarcações  do  Grupo  dos 
Mareantes  e  morte  por  afogamento  do  destacado  remador  Américo  Silva. 
Dissolução do centro náutico pioneiro. 

1855
·  27/05 – No Rio de Janeiro, na enseada de Botafogo, realizada a primeira regata de 
barcos a seis remos. 

1860
·  23/09 – Regata na cidade de Rio Grande (RS), comemorativa à Independência do 
Brasil, com programa de cinco páreos para canoas de duas pás, escaleres e barcos 
à  vela,  tendo  como  promotora  a  Sociedade  7  de  Setembro.  Mais  de  duzentas 
pessoas viajaram de Pelotas, a bordo do vapor Mauá, para assistir à regata. 

1861
·  Fundação  em  Desterro  (Florianópolis  desde  01/10/1894),  da  Sociedade  de 
Regatas.

·  17/11 – Primeira, regata da Sociedade de Regatas, com programa de cinco páreos 
em escaleres e um em baleeiras, tendo participado amadores, menores, aprendizes 
de marinheiros e profissionais: 
“Na  pequena  enseada  do  Menino  Deos  teve  logar  no  domingo  de  tarde,  e  pela 
primeira  vez  entre  nós  um  páreo  náutico  promovido  por  uma  sociedade  de 
amadores e profissionais.

142
Foi esse um espetáculo muito concorrido e animado, merecendo especial mensão 
alguns  menores  da  companhia  de  aprendizes  marinheiros,  que  deram  mais  uma 
prova publica da dedicação e esmero com que preside essa instituição o Sr. Major 
Sequeira. 
O  Sr.  coronel  Sabino,  director  da  sociedade,  tornou­se  digno  de  louvor  pela 
solicitude  e  boa  ordem  com  que  presidiu  este  divertimento,  que  findou  por  um 
baile no edifício do Paraíso Desterrense". 

1862
·  A  Marinha  de  Guerra  realizou  duas  regatas  na  enseada  de  Botafogo  com  o 
concurso  de  vários  "Grupos  de  Remadores".  A  segunda,  em  homenagem  ao 
Marquês do Pombal, foi assistida pelo Imperador do Brasil, D. Pedro II, sua corte 
e grande público. Programa com nove páreos para diferentes tipos de  barcos 
(canoas e escalares).

·  13/06  –  Em  Desterro  (Florianópolis),  efetuada  a  segunda  regata  promovida  pela 


"Sociedade". 

1863
·  14/07  –  Regata  em  Botafogo  sob  o  patrocínio  da  Marinha  de  Guerra,  surgindo 
novos tipos de barcos e estreando muitos remadores.
·  07/09 – Regata em Porto Alegre comemorativa ao Dia da Independência. O páreo 
principal para canoas de quatro remadores, na distância de uma milha náutica, foi 
vencido  por  uma  guarnição  de  empregados  no  comércio,  tripulando  a  canoa 
"Ypiranga". Após a regata houve um baile público num tablado armado na Praça 
da Matriz. 

1865
·  02/11 – Na cidade de Rio Grande (RS), o Imperador D. Pedro II, regressando dos 
campos  de  batalha,  acompanhado  das  mais  altas  autoridades  civis,  militares  e 
eclesiásticas, assistiu a bordo do vapor GERENTE a Regata Imperial, realizada em 
sua  honra  e  também  para  comemorar  a  rendição  do  General  Estigarríbia

143 
(18/09/1865).  O  programa  constou  de  "carreiras"  para  escaleres,  guigas,  botes  à 
vela e canoas de duas pás, sendo os vencedores premiados pelo Imperador. 

1870
·  01/05 – Grande regata em Rio Grande (RS) comemorativa ao término da Guerra 
do Paraguai, com seis páreos para escaleres, canoas e botes a vela. 

1874
·  09/08 – Fundado, no Rio de Janeiro, o Club de Regatas Guanabarehse. 

1875
·  05/08 – Fundação em Pelotas, do primeiro clube de remo no Rio Grande do Sul, o 
Club de Regatas Pelotense. 

1876
·  Agosto – Fundado em Niterói (RJ), o Club Náutico Saldanha da Gama.
·  27/08  –  Em  Niterói  (RJ),  primeira  regata  promovida  pelo  Club  de  Regatas 
Guanabarense. 

1877
·  02/02 – Em Porto Alegre, dia de festa no arraial dos Navegantes: regata de botes e 
canoas, em homenagem à Nossa Senhora dos Navegantes. 

1878
·  No Rio de Janeiro, fundado o Grupo de Botafogo, para a prática do remo. 

1880
·  Regata  promovida  pelo  Club  de  Regatas  Guanabarense,  para  comemorar  o 
tricentenário da morte de Luís de Camões (10/06/1580). 

1881
·  08/09 – No Rio de Janeiro, no programa da Grande Regata, a planta colorida da 
enseada  de  Botafogo,  levantada  por  J.  Bellissime  e  F.  Justin.  Distância  de  890 
metros,  com  aproveitamento  máximo  do  fundo  da  enseada,  por  95  metros  de 
largura. Saída nas proximidades da rua Marquês de Abrantes e chegada em frente 
à  rua  São  Clemente.  Nove  páreos  para  baleeiras,  gigs,  out­riggers,  escalares  e 
canoas. 

1882
·  Em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, remam recreativamente as irmãs Fox e em 
Niterói as senhoritas Massiére, Tribouillet e Vianna. 

1885
·  Fundado na Capital Federal o Club de Regatas Cajuense.
·  08/09 – Regata promovida pelo Club de Regatas Guanabarense com a participação 
de  marinheiros  ingleses  e  norte­americanos,  além  das  canoas  dos  Clubes 
Sociedade  Francesa  e  Club  Athletico  Fluminense.  Início  às  14  horas  e  programa 
com três páreos. Presente o Imperador D. Pedro II.
·  Outubro – Fundado o primeiro clube de remo de Porto Alegre, o Club de Regatas,

144 
tendo  em  06/12/1885  organizado  sua  regata  inaugural,  com  seis  páreos  para 
profissionais  e  amadores,  em  escalares,  canoas  e  botes  a  2  remos.  Esta  regata 
integrava  o  programa  das  festas  comemorativas  ao  sétimo  centenário  do 
falecimento de D. Affonso Henriques.
·  06/12 – Porto Alegre, JORNAL DO COMMERCIO: 
“Regata das Festas Commemorativas do 7º Centenário de D. Affonso Henriques. 
Alvorada  festiva – A’s 4  horas da  madrugada, uma  salva de 21 tiros. As regatas 
principiarão  às  9  horas  em  ponto.  Os  tripulantes  devem  todo  o  respeito  ao 
timoneiro, sendo este o único que pode dar ordens nas embarcações e responder a 
qualquer quesito feito pelos juizes das regatas. 
Todos  os  timoneiros  são  obrigados  a  obedecer  e  respeitar  as  ordens  e 
instruções dos juizes das regatas, na parte que lhes competir. 
As embarcações  inscriptas para  as regatas deverão um quarto de hora antes 
da anunciada para ellas principiarem, apresentarem­se aos  juizes de partida, afim 
destes  saberem  o  seu  comparecimento  e  poderem  opportunamente  providenciar 
sobre os casos previstos no regulamento das regatas. 
O tiro marcado para todas as corridas será da praça da Harmonia até a Doca do 
Mercado. 
Haverá  POULE  para  todas  as  corridas,  e  estarão  à  venda  no  trapiche  da 
Companhia de Paquetes Nacionaes. 
No trapiche da Alfândega estará atracado desde pela manhã o Vapor D. Pedro, 
para os convidados, e ás 9 horas tomará a respectiva posição.”
·  07/12 – Porto Alegre, JORNAL DO COMMERCIO: 
REGATAS 
O nosso porto apresenta hontem uma bella perspectiva. 
Todos  os  vapores  e  navios  achavam­se  embandeirados  em  arco  e 
constantemente  sulcavam  as  águas  do  Guahyba  diversas  embarcações  pequenas 
conduzindo famílias. 
A’s  10  horas  da  manhã  partiu  do  Cáes  da  Alfândega  o  vapor  D.  Pedro, 
conduzindo  a  commissão  dos  festejos  do  Centenário  de  D.  Affonso  Henriques, 
desembargador  presidente  da  província,  Henrique  Pereira  de  Lucena,  Barão  de 
Lucena, diversos membros do corpo consular, representantes da imprensa e grande 
numero  de  distinctas  famílias,  e  apoz  um  pequeno  trajecto  fundeou  no  ponto 
terminal do tiro marcado para as regatas. 
Tiveram estas começo pelo páreo de canoas a um remo, sendo vencedora a 
TURCA, rendendo a poule 17$000. 
O  segundo  páreo,  escalares  a  dois  remos  entre  Marquez  do  Pombal  e  Rio 
Pardo, foi ganho pelo ultimo – dividendo 7$700. 
O  terceiro  páreo  escaleres  a  4  remos  entre  ELIZA  e  FLOR  DO  CONDE  foi 
valentemente disputado. 
A  corrida  foi  anullada  em  conseqüência  de  divergirem  os  timoneiros  Srs. 
Araujo Vieira e Mariante Junior sobre o local destinado ao término da raia. 
O  quarto  páreo,  canoas  a  4  remos,  que  promettia  ser  interessante,  não  se 
realisou  visto  só  ter  comparecido  a  NOVA  SORTE,  faltando  o  ESPIRITO 
SANTO. 
O quinto, foi ganho pelo escaler TERRIVEL, dando a poule o rendimento de 
10$900. 
O  sexto  e  ultimo  foi  o  que  despertou  mais  attenção,  fazendo­se  sobre  elle 
algumas apostas. 
EGAS MUNIZ e  FLÔR  DO CONDE dois gigs, vindo expressamente do Rio

145 
Grande  e  tripolados  por  amadores  disputaram  o  1º  premio  offerecido  pela 
commisão dos festejos. 
Ao  partirem  EGAS  MUNIZ,  tomou  grande  vantagem  sobre  seu  competidor, 
chegando  porem  muito  distanciado  em  conseqüência  de  ter­se  partido  um  dos 
remos dos tripulantes. 
A poule rendeu apenas 6$500. 
Findas as regatas o Sr. desembargador presidente da província fez entrega aos 
timoneiros  e  tripolantes  destas  embarcações  dos  prêmios,  ao  vencedor  uma 
medalha de ouro e ao vencido outra de prata." 

1886
·  02/02  –  Em  Porto  Alegre,  regata  com  três  "corridas"  em  homenagem  à  Nossa 
Senhora dos Navegantes.
·  No  Rio  de  Janeiro,  regata  promovida  pelo  Club  de  Regatas  Cajuense,  com  a 
participação  do  Club  Gymnastico  Português,  Grupo  de  Botafogo  e  Sociedade 
Franceza de Gymnastica, tendo esta última vencido o páreo principal. 

1887
·  20/01  –  Em  Salvador,  regata  com  a  participação  de  escaleres  tripulados  por 
marinheiros de um cruzador francês e diversas embarcações locais com remadores 
profissionais e amadores.
·  10/07 – Na Capital Federal, fundado o Club de Regatas Internacional.
·  22/07 – Regata anual do Club de Regatas Cajuense, no Rio de Janeiro.
·  30/11 – Festa inaugural do Club de Regatas Internacional com regata na enseada 
do Boqueirão do Passeio. 

1888
·  Maio – Regata da Abolição, na enseada de Botafogo.
·  21/11  –  Fundado  em  Porto  Alegre  o  Ruder  Club  Porto  Alegre,  tendo  em 
16/04/1917  mudado  a  denominação  para  Club  de  Regatas  Porto  Alegre.  Em 
28/11/1936, devido à fusão com o Club de Regatas Guahyba, passou a chamar­se 
Club  de  Regatas  Guahyba  e  Porto  Alegre  e  meses  depois  Clube  de  Resgatas 
Guaíba­Porto  Alegre.  É  atualmente  o  mais  antigo  clube  de  remo  do  Brasil  em 
permanente atividade, sendo por este motivo conhecido como “Pioneiro”. 

1889
·  02/02  –  Em  Porto  Alegre,  regata  com  programa  de  quatro  "corridas",  em 
homenagem à Nossa Senhora dos Navegantes. 

1891
·  23/06  –  Em  Belém,  fundada  a  Associação  Dramática,  Recreativa  e  Beneficente, 
passando depois a chamar­se Associação de Desportos Recreativa Bancrevea. Em 
1909 venceu o Campeonato Paraense de Remo. 

1892
·  10/01 – No Rio de Janeiro, fundada a Union des Canotiers, logo conhecida como 
Sociedade dos Franceses.
·  01/07 – Fundação, no Rio de Janeiro, do Grupo de Regatas Botafogo.
·  14/08  –  Na  Guanabara,  regata  na  ilha  de  Paquetá,  promovida  pela  Sociedade

146 
Carnavalesca Tenentes do Diabo, por contar entre seus associados, grande número 
de remadores.
·  29/10 – Em Porto Alegre, fundado  o  Ruder­Verein  Germania,  tendo  em 
17/11/1917  mudado  a  denominação  para  Club  de  Regatas  Guahyba,  e,  em 
28/11/1936,  devido  à  fusão  com  o  Club  de  Regatas  Porto  Alegre,  passou  a 
chamar­se  Club  de  Regatas  Guahyba  e  Porto  Alegre;  meses  após,  Clube  de 
Regatas Guaíba – Porto Alegre, logo conhecido pela sigla GPA.
·  12/11 – Regata promovida pela Marinha de Guerra, na enseada de Botafogo, em 
homenagem ao Almirante Barroso. Programa com três páreos para amadores.
·  20/11  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  praia  do  Caju,  fundado  o  Club  de  Regatas 
Fluminense. 

1893
·  No Rio de Janeiro, grande regata em Botafogo para auxílio das vítimas do monitor 
couraçado  SOLIMÕES,  da  Marinha  do  Brasil.  O  naufrágio  ocorreu  na  noite  de 
19/05/1892, nas proximidades do farol do cabo Polônio, na costa uruguaia.
·  03/04 – Em Santos (SP), fundado o Club de Regatas Santista pela fusão dos clubes 
Nacional e Internacional.
·  06/05 – Regata inaugural do Club de Regatas Paquetaense, com programa de sete 
páreos, sendo dois para amadores e cinco para profissionais. As vendas de poules 
(apostas)  tiveram  grande  sucesso.  Horário  de  início  da  regata:  15  horas,  com 
percursos de 500 e 1.000 metros.
·  21/05  –  Regata  inaugural  do  Club  de  Regatas  Fluminense,  com  dez  páreos  para 
escalares, baleeiras, gigs, canoas e barcos a vela.
·  16/07  –  Primeira  regata  a  remo  no  Estado  de  São  Paulo,  realizada  em  Santos  e 
promovida pelo Club de Regatas Santista.
·  30/07 – Regata da Union des Canotiers na enseada de Botafogo, integrada por dez 
páreos, em benefício da Associação Protectora dos Homens do Mar. 

1894
·  17/02  –  Em  Porto  Alegre,  fundada  a  primeira  entidade  esportiva  de  remo  no 
Brasil,  o  Comitê  de  Regatas;  em  12/11/1905  passou  a  chamar­se  Comissão 
Superior  de  Regatas;  em  17/08/1908  –  Federação  Rio­Grandense  de  Remo;  em 
30/10/1911 – Liga Náutica Rio­Grandense; em 28/04/1941 – Federação Aquática 
do Rio Grande do Sul, e em 04/11/1969 – Federação de Remo do Rio Grande do 
Sul – REMOSUL.
·  No Recife, o remo era praticado no Centro Náutico Capibaribe.
·  01/07  –  Fundado  na  Guanabara,  o  Club  de  Regatas  Botafogo,  tendo  em 
08/12/1942 feito fusão com o Botafogo Foot­Ball Club (fundado em 12/08/1904), 
surgindo o Botafogo de Futebol e Regatas.
·  Agosto  –  No  Rio  de  Janeiro  foram  organizados  o  Grupo  de  Regatas  da  Escola 
Militar, cujos fundadores já haviam participado de competições de remo, e o Club 
de  Regatas  15  de  Agosto,  integrado  também  por  oficiais  e  alunos  da  Escola 
Militar, além de tripulantes do barco do mesmo nome,  integrante da esquadra da 
Marinha  de  Guerra  do  Brasil.  Em  breve,  o  Club  de  Regatas  15  de  Agosto  foi 
incorporado ao Grupo de Regatas da Escola Militar.
·  Regata no Rio de Janeiro em homenagem ao Uruguai.
·  Em Salvador, fundado o Grupo de Regatas São Francisco.
·  Dissidências  no  Club  de  Regatas  Botafogo,  originaram  três  novos  grupos  de

147 
regatas: Sul­Americano, fechado em dezembro de 1896; Veteranos do Remo, que 
funcionou até 1900, e Luiz Caldas, em Niterói. 

1895
·  05/02 – Em Niterói (RJ), fundado o Grupo de Regatas Gragoatá.
·  11/06 – Fundação do Club de Regatas Icarahy, em Niterói (RJ).
·  17/07 – Em Pernambuco, fundado o Club Internacional do Recife.
·  27/08,  03/09  e  09/09 – Em  Niterói  (RJ),  reuniões  preparatórias  para  fundar  uma 
entidade de remo, tendo como objetivos organizar regatas e festas náuticas.
·  12/09  –  Em  Niterói  (RJ),  os  Grupos  de  Remo  Gragoatá,  Icarahy  e  Luiz  Caldas, 
fundaram a  União  de Regatas  Fluminense. O código de regatas  foi aprovado em 
27/07/1897 e a instalação oficial da entidade em 31/07/1897.
·  23/09  –  No  O  Paiz  da  Capital  Federal,  surgiu  a  primeira  secção  consagrada 
especialmente aos esportes náuticos, tendo como redator Benjamin Motta.
·  15/11 – No Rio de Janeiro, fundação do Club de Regatas do Flamengo.
·  24/11  –  Primeira  regata  oficial  de  remo  em  Porto  Alegre,  a 
"Herausforderungpreis"  organizada  pelo  Comitê  de  Regatas,  na  raia  dos 
Navegantes,  na  distância  de  1.650  metros.  Na  prova  disputada  às  8  horas,  a 
guarnição  vencedora  do  Ruder­Verein  Germania  obteve  a  posse  transitória  do 
primeiro troféu móvel do remo brasileiro.
·  15/02 – Regata em Niterói (RJ), promovida pelo Grupo de Regatas Gragoatá, com 
início às 11  horas e 30  minutos e programa de  seis páreos para canoas, barcos à 
vela, baleeiras, escalares e out­riggers a 4 remos.
·  Dezembro  –  Proibida  no  Rio  de  Janeiro  a  venda  de  poules  nas  regatas.  Decisão 
das  mais  acertadas,  pois  as  apostas  traziam  malefícios  e  graves  problemas  aos 
clubes e grupos de remo. 

1896 
Fundado no Rio de Janeiro o Grupo de Regatas Praia Vermelha, tendo encerrado suas 
atividades no ano seguinte.
·  17/05  –  Segunda  regata  do  Herausforderungpreis  em  Porto  Alegre,  e  vitória  do 
Ruder Club Porto Alegre.
·  15/11 – Regata em Paquetá (RJ), promovida pelo Vigário da Freguesia em louvor 
ao  padroeiro  São  Roque.  Participaram  o  Botafogo,  Gragoatá,  Sul­Americano  e 
Icarahy. 
Programa com cinco provas para canoas, barcos a vela, baleeiras e escaleres. 
As  múltiplas  irregularidades  verificadas  na  competição  evidenciaram,  mais  uma 
vez, a necessidade urgente de um regulamento ou código para as próximas regatas. 
Nas  semanas  seguintes  houve  uma  série  de  reuniões  entre  dirigentes  de clubes  e 
grupos de remo, para tratar da criação de uma Confederação Náutica Brazileira e 
da elaboração de seu estatuto e código de regatas.
·  29/11  –  Terceira  regata  do  Herausforderungpreis  em  Porto  Alegre:  vitória 
definitiva do Ruder­Verein Germania.
·  13/12  –  Fundação  no  Rio  de  Janeiro  do  Club  de  Natação  e  Regatas,  tendo  em 
03/06/1960 mudado a denominação para Clube de Natação e Regatas Santa Luzia. 
Em 1984, sua flotilha de barcos a remo foi vendida ao Clube de Regatas Saldanha 
da Gama, de Vitória.

148 
1897
·  20/01 – O Club Athletico de Porto Alegre criou um Departamento de Remo.
·  21/04 – Fundação no Rio de Janeiro do Club de Regatas Boqueirão do Passeio.
·  16/05 – Festival Náutico promovido pelo Governo Federal, no Rio de Janeiro, em 
homenagem ao Chile, com regata de seis páreos.
·  Fundação no Rio de Janeiro do Clube de Regatas do Caju.
·  31/07  –  Em  reunião  no  Club  Naval,  instalada  oficialmente  no  Rio  de  Janeiro  a 
União  de  Regatas  Fluminense,  aprovados  o  estatuto  e  o  código  de  regatas, 
instituído  o  Campeonato  de  Remo  do  Rio  de  Janeiro,  para  ser  disputado 
anualmente  em  barcos  de  tipo  uniforme  e  sorteados  um  mês  antes  da  sua 
realização.
·  22/08 –  Em Rio  Grande  (RS),  fundado o  Club  Fluvial  de  Regatas,  tendo  alguns 
anos após mudado a denominação para Club de Regatas Rio Grande.
·  05/09 – Primeira regata dirigida pela União de Regatas Fluminense, na enseada de 
Botafogo,  com  programa  de  oito  páreos  e  promovida  pelo  Club  de  Regatas 
Botafogo.
·  15/11  –  Em  Rio  Grande  (RS),  primeira  regata  do  Club  Fluvial  de  Regatas  com 
programa de sete páreos, sendo um feminino, o primeiro realizado no Brasil. 

1898
·  24/05 – Fundado em Santos (SP), o Club Internacional de Regatas.
·  05/06  –  Disputado  pela  primeira  vez  o  Campeonato  de  Remadores  do  Rio  de 
Janeiro  ou  Campeonato  Náutico  Brazileiro,  instituído  em  1897  pela  União  de 
Regatas  Fluminense,  em  baleeiras  a  4  remos,  na  distância  de  1.600  metros,  na 
enseada  de  Botafogo.  Regata  com  programa  de  nove  pareos,  prestigiada  com  a 
presença  do  Dr.  Prudente  José  de  Moraes  Barros,  Presidente  da  República  do 
Brasil. Nos anos seguintes foram mudados os tipos de barcos e as distâncias deste 
Campeonato. 
A  vitoriosa  baleeira  ALPHA  do  Grupo  de  Regatas  Gragoatá  foi  tripulada  por 
Celso  da  Silva  Mafra,  Arnaldo  Voigt,  Jorge  Goulart,  Arlindo  Goulart  e  Helio 
Pereira da Cunha, patrão. Construída pelo francês Massiere, residente em Niterói, 
tinha  7,80  metros  de  comprimento  por  1,24  metros  de  largura,  e  assentos  fixos. 
Conservada  como relíquia  na sede do  bairro São Domingos, está  impossibilitada 
de  ser  conduzida  até  o  mar  devido  ao  aterro  da  praia  de  Gragoatá,  efetuado  no 
inicio da década de 1970. 
Relação dos vencedores desse Campeonato até 1920, para evidenciar a pujança do 
remo no Rio de Janeiro: 23 disputas e 9 clubes ou grupos vitoriosos: 
05/06/1898 – baleeiras a 4  – 1.600m  – Gragoatá  – 
10'2/5 
04/06/1899 – canoas a 4  – 1.000m  – Botafogo  – 4'42" 
12/08/1900 – baleeiras a 4  – 2.000m  – Gragoatá  – 9'47" 
25/08/1901 – baleeiras a 6  – 2.000m  – Boqueirão do Passeio  – 9'01" 
10/08/1902 – yoles­franches a 8  – 2.000m  – Natação e Reg. (S. Luzia)  – 8'15" 
09/08/1903 – yoles­franches a 8  – 2.000m  – Boqueirão do Passeio  – 
7'06"2/5 
14/08/1904 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Gragoatá  – 
7'05"3/5 
24/09/1905 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Vasco da Gama  – 
7'10"4/5 
26/08/1906 – yoles­franches a 8  – 2.000m  – Vasco da Gama  – 6'30"

149 
11/08/1907 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Natação e Reg. (S. Luzia)  – 
6'54"1/10 
16/08/1908 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Gragoatá  – 
7'31"5/10 
15/08/1909 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Internacional  – 
7'10"1/2 
14/08/1910 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Natação e Reg. (S. Luzia)  – 
7'10"1/2 
13/08/1911 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Natação e Reg. (S. Luzia)  – 7'40" 
25/08/1912 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Vasco da Gama  – 7'11" 
10/08/1913 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Vasco da Gama  – 7'28" 
09/08/1914 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Vasco da Gama  – 7'05" 
08/08/1915 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Guanabara  – 7'13" 
13/08/1916 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Flamengo  – 
7'27"1/5 
12/08/1917 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Flamengo  – 7'14" 
19/08/1918 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  São Cristóvão  – 7'09" 
17/08/1919 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Vasco da Gama  – 
7'30"1/5 
15/08/1920 – yoles­franches a 8  – 2.000m  –  Flamengo  – 7'40" 

A partir de 1921, este Campeonato foi disputado em gigs a 4 e desde 1928 em out­ 
riggers a 4. Nas décadas de 1920 a 1950, o grande destaque coube aos remadores 
do Vasco da Gama e, desde a década de 1960 aos do Flamengo.
·  BRAZIL SPORT: “Orçamento da festa do primeiro Campeonato de Remadores do 
Rio de Janeiro, promovido pela União de Regatas Fluminense; 
5 medalhas de ouro .........................................  100$000 
50 medalhas de prata  ......................................  200$000 
50 medalhas de bronze  ...................................  60$000 
Cunhos  ...........................................................  140$000  500$000 
Vigas para balizamento  ..................................  173$000 
Bandeiras, sendo 16 pequenas e 20 grandes  ....  34$000 
Mão de obra  ...................................................  103$000  310$000 
2 lanchas para os Juízes ..................................  200$000 
2 bandas de música .........................................  200$000 
Lunch para as mesmas ....................................  300$000 
Lunch para o pavilhão  ....................................  500$000 
Annuncios e programmas  ...............................  310$000 
Convites  .........................................................  250$000 
Eventuaes .......................................................  100$000 
Pavilhões, tribunas e coretos ...........................1.500$000  3.360$000 
4.170$000

150 
ENSEADA DE BOTAFOGO 
PLANTA DA RAIA DE REGATAS 

Raia em que foram realizados os 
primeiros Campeonatos Brasileiros de 
Remo 

História de Sport Náutico do Brasil 
Alberto Mendonça 
Capital Federal – 1909

·  21/08 – No Rio de Janeiro, fundado o Club de Regatas Vasco da Gama.


·  13/11  –  Disputada  em  Porto  Alegre,  a  primeira  regata  anual  do  "Wanderpreis", 
troféu  clássico  móvel,  para  barcos  a  4  remos,  na  distância  de  2.000  metros, 
conquistado definitivamente  em  1924  pelo  Clube  de Regatas  Almirante  Barroso, 
com 3 vitórias consecutivas. 

1899
·  14/01 – A Semana Sportiva, do Rio de Janeiro, através de Ernesto Curvello Júnior, 
iniciou uma campanha para padronizar os tipos de barcos nas regatas.
·  03/05  –  Regata  em  Rio  Grande,  promovida  pelo  Club  Fluvial  de  Regatas,  em 
comemoração à Descoberta do Brasil. Programa com seis páreos para gigs, canoas 
e escaleres a 4 remos.
·  13/05 – Fundação em Salvador do Sport Club Vitória.

151 
·  14/05 – No Rio de Janeiro, festa da entrega solene do prêmio Campeonato Náutico 
Brazileiro,  pela  União  de  Regatas  Fluminense,  ao  vencedor  do  campeonato  de 
1898,  realizado  em  junho,  o  Grupo  de  Regatas  Gragoatá,  tendo  também 
participado  guarnições  do  Icarahy,  Botafogo,  Vasco  da  Gama,  Boqueirão  do 
Passeio e Natação e Regatas.
·  05/07 – Fundado no Rio de Janeiro, o Club de Regatas Guanabara.
·  17/08 – Fundado em São Paulo o Sport Club Internacional, tendo em 07/09/1899 
mudado  a  denominação  para  Sport  Club  Germania  e  em  março  de  1942  para 
Esporte Clube Pinheiros. Em 18/03/1942 fez  fusão com a Sociedade Gesellchaft, 
permanecendo a denominação Esporte Clube Pinheiros.
·  12/10 – No Rio de Janeiro, remadores dissidentes do Club de Regatas  Cajuense, 
fundaram  o  Club  de  Regatas  São  Christovão,  tendo  em  13/02/1943  feito  fusão 
com  o  São  Christovão  Athletico  Clube  fundado  em  05/07/1918,  surgindo  o  São 
Cristóvão de Futebol e Regatas.
·  01/11 –  Fundação  em  São Paulo,  na  Floresta,  da Società  Italiana  di Canottieri – 
Club  Esperia,  passando  em  breve  a  chamar­se  apenas  Club  Esperia.  Durante  o 
período  da  Segunda  Guerra  Mundial  foi  obrigado  a  mudar  de  denominação: 
Associação Desportiva Floresta. 

1900
·  Vigoravam no Ruder Club Porto Alegre os seguintes regulamentos: 

“Regulamento para os remadores 
Todos os  sócios  activos  têm o  dever  de  tomar  parte  nos  exercícios  do  remo. 
Estes  exercícios  se  realizam  durante  todo  o  anno  e  são  regidos  pelos  seguintes 
paragraphos. 
§  1.  –  Os  sócios  activos  têm  necessidade  de  saber  nadar  sendo  vedado  o 
embarque nos botes aos que não o souberem. 
§  2.  –  Não  poderá  sahir  bote  algum,  sem  levar  como  timoneiro  um  sócio 
activo­senior, que saiba remar e que conheça bem os commandos officiaes, salvo 
com especial permissão do instructor ou dos seus immediatos. Os sócios activos­ 
juniors em caso algum poderão servir de timoneiros. 
§ 3. – Todo o sócio novo é obrigado a fazer a sua aprendizagem em assento­ 
fixo  e  só  passara  a  remar  em  assento­movel,  quando  o  instructor julgal­o  capaz. 
Os que, porém, ao entrar para o Club, declararem já saber remar, só poderão sahir 
com assentos­moveis, depois de se  submetterem  a exame perante o instructor ou 
immediatos.  Para  passar  para  um  bote  de  sculls  (palamenta)  é  necessário  que  o 
remador saiba remar devidamente no assento­move1, a juízo do instructor ou dos 
seus auxiliares. 
§ 4 – Depois de entrar o sol não é permitido a sahida de botes, assim como á 
essa hora já se devem ter recolhido os que tenham sahido durante o dia, salvo com 
a devida licença do instructor ou de seus auxiliares. N'estes exercícios nocturnos, 
toda a tripulação é responsável por qualquer avaria. 
§ 5 – As ordens dos timoneiros deverão ser rigorosamente cumpridas. Em caso 
de desobediência o remador incorrerá nas seguintes penas: 
1º Admoestação do instructor e observação no Logbuch (livro de ocorrências). 
2º Na reincidência, será suspenso por um prazo a juizo do instructor. 
3º Repetindo­se ainda a falta, será expulso do Club. 
O instructor está autorizado a estabelecer multas para os socios que faltarem 
ou comparecerem tarde a exercícios ou passeios previamente combinados.

152
§  6  –  Os  botes  são  privativos  dos  sócios  do  Club,  não  podendo  embarcar 
n’elles: 
1º As pessoas propostas para sócios ainda não acceitas. 
2º As pessoas pertencentes a outras sociedades d'esta capital. 
Os  forasteiros  porém,  que  saibam  remar  podem  embarcar  nos  botes, 
sujeitando­se ao presente regulamento. 
§  7  –  O  instructor  ou  seus  immediatos  são  os  únicos  que  têm  o  direito  de 
escolher  as  guarnições  para  os  botes  e  fazer  a  sua  distribuição,  sendo  todos  os 
sócios obrigados a respeitar e cumprir incontinente as suas ordens. 
§  8  –  Durante  as  viagens,  os  timoneiros  são  responsáveis  por  quaesquer 
occurencias  e  são  obrigados  a  justificarem­se  na  primeira  sessão  de  Assembléia 
Geral,  caso  tenha  acontecido  alguma  cousa  prejudicial  ao  Club  ou  ás  suas 
propriedades. 
§ 9 – Em caso de avaria nos botes, a Assembléia Geral decidirá se a tripulação 
deve pagar a indemnisação e fixar o quantum d’esta. 
§  10  –  Os  remadores  são  obrigados  a  comparecerem  competentemente 
uniformizados. 
O uniforme do Club é o seguinte: 
a)  Calça de flanella branca; 
b)  Camisa de dita dita; 
c)  Sapatos azues com solla de borracha; 
d)  Bonet azul e branco; 
e)  Cinto azul; 
f)  Gravata azul e branca. 
§ 11 – Fóra dos dias  marcados no  § 1, uma tripulação completa poderá fazer 
uso dos botes, tendo sempre em consideração o que rezam os paragraphos acima. 
§  12  –  Os  timoneiros  são  obrigados  a  fazer  os  respectivos  lançamentos  no 
Logbuch antes e depois de cada sahida, sob pena de uma multa de Rs. 5$000. Em 
caso  de  avaria  no  material  do  Club  deverá  o  respectivo  timoneiro,  dar  parte  ao 
zelador, ficando responsável pelas despezas do concerto, se não o fizer. 
§ 13 – Dado o caso de algum dos immediatos não preencher devidamente seu 
cargo, poderá o mesmo ser destituído pelo instructor. 
§ 14 – Os casos omissos neste regulamento poderão ser resolvidos unicamente 
pelo  instructor,  devendo  porém  a  primeira  sessão  da  Directoria  pronunciar­se  a 
respeito. 

O Instructor.” 

“Regulamento do dormitório 

Art. 1 – Os socios que o quizerem poderão deixar as peças do seu fardamento 
no Club, devendo, porém, marcal­as convenientemente. 
Art.  2  –  Se  algum  remador  utilizar­se  do  fardamento  de  outrem  sem  o 
consentimento d’este, incorrerá na multa de Rs. 20$000. 
Art.  3  –  É  obrigação  dos  socios  portarem­se  com  a  devida  decencia  e 
acatamento aos estatutos e regulamentos em vigor. 
Art.  4  –  O  dormitório  é  privativo  dos  socios  activos,  só  podendo  n’elle 
pernoitar as tripulações combinadas para remar de madrugada. 
Art.  5 –  O  remador  que  passar  3 ou  4  mezes  sem  remar  perderá  o  direito  ao 
armário.

153 
Art. 6 – A quem arrombar armários será imposto a multa de Rs. 20$000 
Art.  7 –  O timoneiro  de  cada  bote tem  a  obrigação  de  inscrever  no  Logbuch 
qualquer  avaria  ocorrida  durante  um  exercício  e  também  de  examinar,  se  os 
remos, timão, etc. são guardados convenientemente. 
Art.  8  – Todas  as  disposições  devem  ser  rigorosamente  cumpridas,  qualquer 
inobservância será punida com as penas do § 7 do Regulamento dos Remadores. 

O Zelador.”

·  02/03 – Instalado no Rio de Janeiro, o Conselho  Superior de Regatas, com novo 
estatuto, substituindo a União de Regatas Fluminense.
·  Junho  –  Olavo  Brás  Martins  dos  Guimarães  Bilac  (1865­1918),  notável  poeta 
parnasiano, natural do Rio de Janeiro, decidido e vibrante defensor do esporte do 
remo: “O que não se compreende é que até hoje  o governo não tenha decidido a 
apoiar,  com  um  auxilio  oficial  de  qualquer  natureza,  os  que  através  de  tantas 
contrariedades  e  tantos  tropêços,  tem  conseguido  introduzir  em  nossos  hábitos 
êsse  esporte  salvador.  DIA  VIRÁ  QUE  SE  HÁ  DE  RECONHECER  A 
GRANDEZA  DOS  SERVIÇOS  QUE  OS  CLUBES  DE  REGATAS  ESTÃO 
PRESTANDO AO BRASIL.” 
Em 01/10/1916, Olavo Bilac chegou à Porto Alegre no vapor MERCEDES, sendo 
festivamente recebido por remadores de clubes da capital que tripulavam mais de 
20 embarcações.
·  14/07 – Na praia do Gragoatá, em Niterói (RJ), fundação do Grupo Náutico São 
Domingos.
·  16/09  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  praia  de  São  Cristovão,  fundado  o  Club 
Internacional de Regatas.
·  Setembro – Fundado na praia do Boqueirão, no Rio de Janeiro, o Club de Regatas 
Infantil, tendo realizado apenas uma regata e logo encerrado as atividades. 

1901
·  02/03  –  Na  baia  da  Guanabara,  fundação  do  Grupo  de  Regatas  da  ilha  da 
Pombeba, tendo suas remadoras competido contra as do Cajuense.
·  Março – SEMANA SPORTIVA (Distrito Federal): 
“Um grupo de senhoritas da nossa  melhor sociedade acaba de  formar o embryão 
de um club feminino de regatas, que tem a sua séde na ilha da Pombeba. 
As beneméritas cultoras do sport náutico, a quem se deve tão grande serviço, são 
as  exmas.  sras.  dd.  Sylvia  Peixoto,  Gabriela  Filgueiras,  Maria  Eugenia  Joppert, 
Elisa  Joppert  e  Alice  Ferreira.  O  unifórme  do  club  é  de  raro  bom  gosto:  blusa 
encarnada, com ancora branca, saia preta e bonnet encarnado.”
·  07/04  –  No  Recife,  fundado  o  Recreio  Fluvial,  tendo  posteriormente  mudado  a 
denominação para Club Náutico Capibare. Realizou na enseada do Gasômetro, a 
regata inaugural com programa de 7 páreos.
·  25/08  –  No  Rio  de  Janeiro,  primeira  disputa  da  Prova  Clássica  Sul  América, 
instituída  em  21/06/1901,  para  remadores  juniores,  em  canoas  a  4  remos,  na 
distância de 1.000 metros. Vitória do Clube de Regatas Icarahy. 
Primeira realização da Prova Clássica Jardim Botânico, instituída em 26/05/1901 
pela  Companhia  Ferro  Carril  Jardim  Botânico,  do  Rio  de  Janeiro.  Remadores 
seniores,  canoas  a  4  remos,  na  distância  de  2.000  metros.  Vitória  do  Club  de 
Regatas Boqueirão do Passeio.

154 
1902
·  29/04  –  Em  Florianópolis,  fundado  o  Club  de  Regatas  29  de  Abril,  que  após 
realizar diversas regatas, encerrou suas atividades em 1905.
·  06/05 – No Rio de Janeiro, o Conselho Superior de Regatas foi transformado em 
Federação  Brazileira  das  Sociedades  de  Remo,  tendo  sido  aprovado  o  novo 
estatuto, o código de regatas e instituido o  Campeonato Brazileiro de Remo para 
canoe de 1 remador, sem patrão, na distancia de 1.000 metros. 
A  Federação  Brazileira  das  Sociedades  de  Remo  organizou  os  Campeonatos 
Brazileiros  de  Remo  de  1902  até  1918.  Neste  período  teve  os  seguintes 
Presidentes: 
1902 – 1906: Capitão de Mar e Guerra Eduardo Ernesto Midosi 
1907 – 1909: Coronel José Ferreira de Aguiar  . 
1910 – 1911: Major Ariovisto de Almeida Rego 
1911: Dr. Antonio de Souza Mendes 
1912 – 1914: Almirante Raul Oscar Faria Ramos 
1915: Dr. Antonio Mendes de Oliveira Castro 
1916 – 1918: Dr. Antonio Antunes de Figueiredo. 
Desde 1919 a Federação Brazileira das Sociedades de Remo dirigiu e promoveu o 
esporte do remo somente no Rio de Janeiro, cabendo à Confederação Brasileira de 
Desportos – CBD, a organização dos campeonatos nacionais.
·  11/05 – Em Porto Alegre, naufrágio de dois barcos do Ruder­Verein Germania e 
morte de quatro remadores.
·  Maio  –  Na  enseada  de  Botafogo,  efetuado  o  Primeiro  Campeonato  Brasileiro 
Individual  de  Remo,  em  canoe  sem  patrão,  na  distancia  de  l.000  metros,  tendo 
como  vencedor  Antônio  Mendes  de  Oliveira  Castro,  do  Club  de  Regatas 
Botafogo,  no  barco  "Diva",  em  3'51"3/10.  A  partir  de  1925,  este  Campeonato 
passou a ser disputado em skiffs, na distância de 2.000 metros. 
Os  resultados  desses  campeonatos  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  12/06 – No Rio de Janeiro, fundação do Rowing Club.
·  06/07 – Em Vitória, fundado o Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral.
·  21/07 – Em Niterói (RJ), no Barreto, fundação do Club de Regatas Fluminense.
·  29/07 – Em Vitória, fundado o Club de Regatas Saldanha da Gama.
·  31/07 – Em Fortaleza, fundação do Club de Regatas Saldanha da Gama.
·  01/09 – Em Salvador, fundado o Club Natação e Regatas São Salvador.
·  07/09 – Em Salvador, fundação do Club de Regatas Itapagipe.
·  22/12  –  No  Rio  de  Janeiro,  fundado  o  Club  Sportivo  São  Bento,  tendo  como 
paraninfo o Club de Regatas Boqueirão do Passeio. 

1903
·  01/01  –  Em  Belém,  fundação  da  Tuna  Luso  Caixeiral,  originariamente  uma 
sociedade  de  canto,  mas  logo  ampliou  sua  participação  à  área  esportiva, 
especialmente no remo. Em 1915 passou a chamar­se Tuna Luso Comercial e em 
30/06/1968 já era conhecida como Tuna Luso Brasileira.
·  18/01 – Em Porto Alegre, fundação do Grêmio de Regatas Almirante Tamandaré.
·  05/04 – Em Belém, fundação do Pará Club.
·  Neste ano, funcionavam em Belém os clubes de remo: 
Syrio Sport  Club;  Sport  Club  do  Pará, promoveu  a  regata de  16/11/1904  e tinha 
sede  na  antiga  Estrada  de  Nazaré,  e  Club  Sportivo  Paraense,  que  disputou  em

155 
1905 uma prova de canoas a dois remos com timoneira.
·  14/07 – Em Santos (SP), fundado o Club de Regatas Saldanha da Gama.
·  24/07 –  Em  São  Paulo,  um  grupo  de  estudantes  fundou  o  Club  dos  Argonautas, 
para a prática do remo e da natação no rio Tietê. Em 09/08/1903, sua denominação 
foi mudada para Grupo dos Argonautas.
·  30/07 – Em São Paulo, reunião no salão do Club Internacional,  sendo fundado o 
Club  de  Regatas  São  Paulo,  para  "desenvolvimento  dos  exercícios  de  natação  e 
remo, esperando que dentro em pouco flutuem no Tietê vários barcos ostentando 
as cores do novo clube".
·  31/07 – Em São Paulo, fundado o Centro Sportivo Paulistano, tendo, em setembro, 
passado a chamar­se Club de Regatas Paulistano.
·  11/10 – Em São Paulo, fundação do Club de Natação e Regatas.
·  No  Rio  de  Janeiro,  dissidentes  do  Club  de  Regatas  São  Cristóvão,  fundam  no 
Caju, o Grupo de Regatas da União Náutica.
·  14/11  –  No  Rio  de  Janeiro,  criado  o  Conselho  Nacional  de  Remo,  integrado 
apenas  pelos três  clubes  não  pertencentes  à  Federação  Brazileira  das  Sociedades 
de  Remo:  Rowing  Club,  Club  de  Regatas  Fluminense  e  Grupo  de  Regatas  da 
União  Náutica.  Este  Conselho  realizou  somente  três  regatas  e  encerrou  suas 
atividades. 

1904
·  Em  Belém,  também  disputavam regatas  os  clubes  de remo:  Sport  Club  do  Pará, 
Clube Guajará, Pará Clube e Clube Esportivo Paraense.
·  01/02 – Em Salvador, fundado o Sport Club Santa Cruz.
·  Em Santos, fundada a União Paulista das Sociedades de Remo.
·  03/05 – Em São Luis, fundado o Club Ginástico Maranhense, com setor de remo.
·  26/06 – Em Salvador, fundada a Federação dos Clubes de Regatas da Bahia.
·  Na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  no  Rio  de  Janeiro,  fundado  o  Grupo  de  Regatas 
Lagoense.
·  18/09 – No Rio de Janeiro, fundação do Club de Regatas Pedro Álvares Cabral.
·  Em Vila Velha (ES), fundado o Club de Regatas Almirante Barroso.
·  23/10 – Festa inaugural do Club de Regatas São Paulo no rio Tietê. “Exposição do 
GUARANY, barco construído em São Paulo pelo Sr. Caetano Barbetti, medindo 3 
metros  de  comprimento  e  0,75m  de  largura,  movido  a  eletricidade,  próprio  para 
passeios”. Pela originalidade, merece transcrição a reportagem desta festa. 
24/10 – O Estado de São Paulo. 

Sport 
Rowing 
Club de Regatas São Paulo. 
"Felizmente as nossas sociedades sportivas começam a perceber que, em matéria 
de sport, como em tudo o mais, o que deleita é a variedade. 
Pelo menos, a festa inaugural do Club de Regatas foi, nesse sentido, uma novidade 
e uma deliciosa surpresa para o público de São Paulo. Não nos deu só páreos sobre 
páreos de regatas. Não torturou os seus convidados com a repetição monotona de 
corridas  de  embarcações,  que,  as  mais  das  vezes,  só  interessam  e  só  divertem  a 
quem toma parte nellas. 
Entremeou­as de toda a sorte de diversões, muitas das quaes inteiramente ineditas 
para S. Paulo.

156 
E, assim fazendo, deu provas a directoria do novo club de um raro e apurado gosto 
e de uma comprehensão intelligente das exigências do publico. 
Foi,  por  isso,  certamente,  que  a  sua  festa  agradou,  indistinctamente,  a  todo  o 
mundo. 
Quem  morre  de  amores  pelas  proezas  do  remo  encontrou  nos  differentes  páreos 
das regatas, matéria sufficiente para alimentar o seu gosto. 
Os que se babam por exercícios ao ar livre, mas em terra firme, sem as incertezas 
de água corrente, tiveram, nas corridas a pé e nas exhibições de gymnastica, com 
que se deliciar largamente. 
Os  de  espírito  cavalheiresco,  descendentes  dos  preux  da  Edade  Media,  rebentos 
tresmalhados  da  Tavola  Redonda,  acharam,  nos  elegantes  torneios  de  esgrima, 
alguma  coisa  que  lhes  attenuasse  a  cruciante  nostalgia  do  passado  e  a  saudade 
angustiosa  dos  castellans  que  se conquistavam,  a  golpes  de  audacia,  nos  campos 
de  batalha,  ou,  com  prodígios  de  destreza,  nas  justas  de  florete  e  espada  e  nas 
cavalgadas brilhantes. 
Aquelles  que,  como  o  mineiro  em  busca  do  filão  de  ouro,  atravessam  a  vida  à 
procura  de  um  motivo  para  rir,  apanharam,  com  a  curiosissima  corrida  da 
cavallaria marinha, uma verdadeira indigestão de gargalhadas. 
Para os que amam a vida pela vida e se deleitam na contemplação das bellas obras 
da natureza offerecem­se, com a presença das nossas mais lindas patricias, um dos 
mais grandiosos e encantadores espetáculos que se tem visto em S. Paulo. 
E, finalmente, os sonhadores, os que vêm à vida através de uma nevoa côr de rosa 
e  os  philosophos  irreductiveis,  escravos  da  idea  e  os  filhos  legítimos  de  Platão, 
descobriram, nas frescas alamedas e nos parques perfumados que povoam a séde 
do  club,  vasto campo  para  ensaiar  o  vôo  alcandorado do  espírito  e  para  nutrir  a 
alma de luminosas visões... 
Deu inicio a festa a inauguração solemne do pavilhão social no mastro de signaes 
e  a  revista  geral  das  embarcações do  club  formadas  em  linha  no  Tietê,  dirigidas 
ambas as cerimonias pelo sr. dr. Jorge Tibyriçá, presidente do Estado. 
Seguiram, pela ordem, os divertimentos: 
Primeiro pareo de regatas, escaleres a dois remos, em 300 metros 
Segundo pareo, canôas a 4 remadores, em 800 metros 
Terceiro pareo, baleeiras a 4 remadores, em 800 metros 
Gentleman's Ridder, curiosa e engraçadissima corrida fluctuante em tonéis 
Corridas a pé, em 100 metros 
Corrida para meninos, em 50 metros 
Corrida para meninas, em 50 metros 
Torneios de esgrima e gymnastica. 
Encerrou­se  a  festa,  a  noite,  com  um  espetáculo  fascinador.  A  floresta  foi 
illuminada com tanta arte e com tal profusão de  lampadas electricas, nunca  vista 
nesta capital. 
Parecia um sonho realisado. Foi uma verdadeira orgia para os olhos. 
E,  para  ao  deslumbramento  juntar  outro  deslumbramento,  queimou­se  um 
espendido fogo de artifício, cujo effeito foi surprehendente. 
Por  fim,  quando  estavam  todos  fartos  de  surprezas,  nova  surpreza  os  colheu  de 
improviso, embalando­os numa tenue caricia de sons: surgiu no rio, dentro de um 
batelão lindamente ornamentado, uma deliciosa serenata. 
E, depois de tudo isso, ainda houve quem se atrevesse a dançar..." 
O  Clube  de  Regatas  São  Paulo  foi  extinto  em  1913  e  seu  patrimônio  náutico 
vendido ao Clube de Regatas Tietê.

157 
·  16/11 – Em Belém, regata promovida pelo Sport Club do Pará.
·  Em São Paulo, no rio Tietê, diversos barcos a remo eram tripulados por remadoras 
do Club Esperia. 

1905
·  05/02 – Em Belém, fundação do Clube de Remo, sendo instalado oficialmente em 
15/05/1905. Em 01/10/1905 inauguração festiva da sede e em 14/02/1908 o clube 
foi extinto, tendo seus associados e dirigentes se transferido para o Sport Club do 
Pará.  Em  15/08/1911  foi  reorganizado  sob  a  denominação  de  Grupo  do  Remo, 
assim  mantida  até  15/03/1914,  quando  novamente  adotou  a  denominação  Clube 
do Remo. Em 19/04/1927 fez fusão com o Sport Club do Pará, mantendo porém o 
nome e a data de fundação – Clube do Remo – 05/02/1905.
·  26/02 – Em Porto Alegre, fundação do Club de Regatas Almirante Barroso, tendo 
em  03/06/1966  feito  fusão com  o  Sport  Club  São José, fundado  em  24/05/1913, 
surgindo  a  Associação  Almirante  Barroso  –  São  José  Futebol  e  Regatas,  em 
09/05/1972, devido à anulação da fusão, voltou ao nome original.
·  02/04  –  Em  Salvador,  a  Federação  dos  Clubes  de  Regatas  da  Bahia  realizou  a 
primeira competição. O inglês Harry M. Vignoles, estusiasta do remo, vibrou com 
o  sucesso  da  regata  e encomendou  na  Europa  uma  taça  de  prata, entregando­a  à 
Federação  em  13/10/1905  para  ser  disputada  anualmente  em  canoas  de  4  remos. 
Na taça estavam gravados os seguintes dizeres: 

“LA VIGNE LA VERITÉ” 
“THE OLGA CUP BAHIA 1905” 
A Federação dos Clubes de Regatas da 
Bahia para ser disputada – canoas de 
quatro remos 
Offerece 
Um Anglo­Brasileiro

·  13/05 – No Recife, fundação do Sport Club do Recife.
·  15/05 – No Rio de Janeiro, fundado o Club de Regatas Jardinense.
·  29/10  –  Em  Salvador,  realizada  a  segunda  regata  da  Federação  e  a  primeira 
disputa da Taça Olga, com a vitória da guarnição do Clube de Natação e Regatas 
São Salvador. De 1905 a 1990 a Taça Olga foi realizada 78 vezes, em 3 tipos de 
barcos: 
1905 a 1940 – canoa de 4 remos; 
1941 a 1963 – quatro trincado; 
1967 a 1990 – out­rigger a 4 com timoneiro. 
Síntese dos vencedores nas 78 disputas: 
Clube de Regatas Itapagipe – 31 vezes; 
Esporte Clube Vitória – 22 vezes; 
Sport Club Santa Cruz – 15 vezes e; 
Clube de Natação e Regatas São Salvador – 10 vezes. 
A  Taça  Olga  é  sem  dúvida  um  dos  mais  tradicionais  e  ambicionados  troféus  de 
remo em disputa no Brasil. Não  foi realizada  em 1917, 1918, 1919, 1939, 1961, 
1964, 1965 e 1966.
·  16/11 – Em Belém, regata do 1º Campeonato de Remo promovida pelo Sport Club 
do  Pará,  em  comemoração  à  data  de  adesão  do  Estado  do  Pará  à  República. 
Programa  com  9  páreos  para  amadores  e  profissionais,  em  canoas  de  2,  4  e  6

158
remos e em escaleres de 10 remos. Campeão: Pará Club.
·  16/11  –  Em  Marabá  (PA),  na  embocadura  do  rio  Itacayunas,  afluente  do 
Tocantins, fundado o Club do Remo, em homenagem ao homônimo de Belém.
·  22/12  –  Em  São  Vicente  (SP),  fundado  o  Club  de  Regatas  Tumiaru  (nome 
histórico  do  porto  de  São  Vicente).  A  primeira  sede,  "no  costão  do  morro  dos 
Barbosas, ao lado do porto de embarque e desembarque das canôas que faziam a 
travessia  do  porto  Tumiaru  ao  porto  Campo,  foi  inaugurada  um  ano  após  a 
fundação do clube. A construção da ponte pensil acarretou a perda do terreno e a 
sede foi reconstruída no Japuí." 

1906
·  01/01 – Em Pelotas (RS), fundação do Clube Esportivo de Regatas, tendo sido em 
1909 incorporado pelo Sport Club Pelotas,  fundado em 11/10/1908, sendo criada 
uma  secção  náutica,  que  em  06/03/1910  realizou  sua  primeira  regata  com 
programa de cinco páreos.
·  01/04 – Em Porto Alegre, fundado o primeiro clube juvenil de remo no Estado do 
Rio Grande do Sul, o Ruder­Verein Freundschaft, tendo em 20/06/1917 mudado a 
denominação para Grêmio Náutico União.
·  15/04  –  Em  Belém,  regata  promovida  pelo  Club  de  Remo,  em  homenagem  aos 
integrantes  de  canhoneira  portuguesa  "Pátria",  Programa  com  12  páreos  para 
amadores e profissionais, inclusive um para meninos de até 16 anos.
·  08/06 – A excursão a remo, Porto Alegre – São João de Montenegro, num gig a 4 
do  clube  de  Regatas  Almirante  Barroso,  merece  destaque  pela  originalidade.  Os 
tripulantes  levaram uma gaiola com dez pombos­correio, que  iam sendo soltos à 
medida que as etapas eram concluídas, e aguardados em seus pombais, em Porto 
Alegre,  por  dirigentes  do  clube.  A  etapa  de  ida  foi  vencida  em  7  horas  era  de 
regresso em 5 horas e 40 minutos.
·  10/06 – Em Campos (RJ), fundação do Clube de Natação e Regatas Campistas.
·  11/10 – No Rio de Janeiro, fundado o Clube de Regatas Piraquê.
·  21/10 – Em Campos (RJ), fundação do Clube de Regatas Saldanha da Gama.
·  10/11  –  O  CORRETO  DO  POVO,  de  Porto  Alegre,  informou  com  destaque  na 
primeira página: “O que se torna indispensável é que as regatas tenham começo à 
hora  indicada  –  as  oito;  impreterivelmente,  –  para  não  sujeitar  os  abnegados 
rowers, às ardentias do sol alto e à pino, e também um jejum prolongado, pois que 
ninguém  corre  regatas  de  barriga  cheia,  nem  mesmo  encostada,  como  se  diz  na 
gíria.”
·  16/11 – Em Belém, regata interna do Club de  Remo, com  seis páreos, sendo um 
deles exclusivo para barcos timoneados por senhoritas. 

1907
·  Janeiro – “Em Uruguaiana (RS), regata para canoas de 4 remadores, em 3 léguas 
de  percurso,  sendo  a  partida  na  barra  do  Itapitocahy  e  a  chegada  em  frente  ao 
porto da cidade. Vencedora a guarnição da Mesa de Rendas por mais de 3 quadras 
de luz”.
·  27/01  –  Flotilhas  de  gigs  de  todos  os  clubes  de  remo  de  Porto  Alegre, 
recepcionaram,  "à  hora  de  entrada  ao  nosso  porto,  do  navio  FLORIANÓPOLIS 
que  conduzia  ao  eminente  brasileiro  Senador  Pinheiro  Machado,  ilustre  membro 
do  Congresso  Nacional,  como  homenagem  e  gratidão,  por  terem  abolido  os 
direitos aduaneiros sobre o material náutico esportivo importado.

159 
·  02/02 – Em Porto Alegre, na enseada dos Navegantes, na regata interna do Clube 
de Regatas Almirante Barroso, em homenagem à Nossa Senhora dos Navegantes, 
disputado o primeiro páreo de remo feminino na cidade, em gigs  a  2  com 
timoneira,  na  distância  de  500  metros.  Este  páreo  feminino  em  gigs  a  2  foi 
novamente efetuado em 16/06/1907 em caráter de revanche.
·  03/03 –  Primeira  regata  em  São Vicente  (SP),  patrocinada  pelo  Club de  Regatas 
Tumiaru.
·  09/03  –  No  Uruguai,  primeira  vitória  de  remo  do  Brasil  em  competições  no 
exterior, nos chamados Jogos Olímpicos de Montevidéu. No páreo de yole­gigs a 
2 remos  com  timoneiro,  foi  vencedora  com  apreciável  vantagem  a guarnição  do 
Club  Esperia  integrada  por  Otávio  Giovani,  Salvatore  Pastore  e  Ernesto  Cervi, 
patrão.
·  13/05 – Em Itabuna (BA), fundação do Club de Regatas Itabuna.
·  Em Vitória, fundado o Club Internacional de Regatas.
·  Em Belém, fundação do Sport Club Paraense.
·  06/06 –  Em  São  Paulo,  na  sede  do  Sport  Club  Internacional,  fundado  o  Club  de 
Regatas  Tietê,  tendo  já  em  14/07/1907  participado  de  regata  em  Santos.  Em 
29/09/1908  obteve  a  primeira  vitória  do  remo  paulista  no  Rio  de  Janeiro, 
vencendo o Páreo  de  Honra  para  canoas  a  dois  remos.  Em 17/04/1935  fez  fusão 
com o São  Paulo  Futebol Clube,  fundado em 26/01/1930,  resultando o Clube de 
Regatas Tietê­São Paulo. Oito meses após, em 16/12/1935, um grupo expressivo 
de  são­paulinos  desligou­se  do  clube  inconformado  com  a  fusão,  para  fundar  o 
atual  São  Paulo  Futebol  Clube.  Em  31/12/1936  foi  efetuada  fusão  com  a 
Associação Athlética São Bento, sendo mantida a denominação Clube de Regatas 
Tietê­São Paulo, entretanto, em 1943 o clube voltou à denominação original Clube 
de Regatas Tietê.
·  05/07 – Em Porto Alegre,  fundado o clube  juvenil de remo Filhotes do Barroso, 
que poucos meses após foi aglutinado pelo Ruder­Verein Freundschaft.
·  04/08  –  Em  Santos  (SP),  cinco  clubes  paulistas  de  remo  fundaram  a  Federação 
Paulista das Sociedades de Remo. Em 16/04/1936, seis clubes de remo fundaram 
na cidade de São Paulo a Federação Paulista de Remo. Em 08/01/1938, em Santos, 
treze  clubes  de  remo  criaram  uma  nova  entidade  estadual,  unificando  as  duas 
existentes, sob o nome de Federação de Remo de São Paulo, com sede na cidade 
de  São Paulo,  Em 11/03/1968  a  entidade  passou  a  chamar­se  Federação  Paulista 
de Remo.
·  08/09 – Em Santos (SP) a Federação Paulista das Sociedades de Remo realizou a 
primeira  regata  oficial  –  disputada  a  Prova  Clássica  Associação  Protectora  dos 
Homens do Mar.
·  12/10  –  Em Piracicaba  (SP),  fundado  o  Club  de  Natação  e  Regatas,  que  alguns 
anos depois passou a chamar­se Club de Regatas Piracicaba.
·  13/10  –  No  Rio  de  Janeiro,  regata  da  Federação  Brazileira  das  Sociedades  de 
Remo promovida pelo  filiado Clube de Regatas do Flamengo. Programa com 16 
provas, 4 delas para remadores veteranos: yoles a 2 e a 4, canoas a 2 e a 4 remos.
·  24/11  –  Em  Porto  Alegre,  realizada  a  primeira  regata  juvenil,  com  três  páreos, 
entre os remadores do Ruder Verein Freundschaft e do Filhotes do Barroso.
·  07/12 – Em Porto Alegre, fundado o Clube Saldanha da Gama.
·  08/12 – Em Porto Alegre, fundação do Grêmio Náutico Rio­Grandense.

160
1907, 1908 e 1909
·  Nas  expedições  chefiadas  por  Rondon  (Cândido  Mariano  da  Silva  Rondon  – 
Marechal),  com  o  objetivo  básico  de  estabelecer  linhas  telegráficas  em  vários 
pontos  críticos  da  fronteira,  as  equipes  de  trabalho  deslocavam­se  nos  cursos 
d'agua  usando  as  canoas  dos  índios,  e  se  necessário,  construiam  canoas  maiores, 
“de  um  tronco  só”  ou  as  canoas  tradicionais  dos  homens  brancos,  feitas  com 
madeiras superpostas ou encaixadas, posteriormente calafetadas ou recobertas com 
cascas de árvores. 
"Auxiliados pelos indios que constroem canoas de casca de jatobá. Amoldando­a 
com fogo, a casca resinosa toma a forma desejada." 
A árvore preferida para a construção de "canoa de um tronco só", era o jatobá ou 
jataí (cesalpinacea ­ hymenaea sp.). Essas canoas tinham em média 3 bancos e as 
bordas eram habitualmente reforçadas por hastes ou fibras rígidas. Os remos eram 
de tamanhos e formas diversos: 
–  índios Pianocotó, no rio Paru – longos com empunhaduras em V, pás estreitas 
e longas, quase a metade do comprimento do remo; 
–  índios Maiongmom, no rio Uraricuéra – pás curtas e largas; 
–  índios Auêti – empunhadura do remo semelhante ao cabo de muleta; 
–  índios  Camaiurá,  no  rio  Culuene,  usavam  dois  tipos  de  remos,  uns  bastante 
longos, sem cabo e pá estreita, para águas profundas, e remos bem menores, pá 
larga e cabo semelhante ao de muleta, para águas rasas. 

1908
·  09/02  –  Em  Porto  Alegre,  fundação  do  Club  Italiano  Canottieri  Duca  degli 
Abruzzi. Durante a segunda Guerra Mundial foi obrigado a mudar a denominação, 
tendo, em 24/02/1942, passado a chamar­se Grêmio de Regatas Duque de Caxias; 
em 30/08/1961 – Clube Canottieri Duque de Caxias, e em 08/05/1962 novamente 
Grêmio de Regatas Duque de Caxias. 
Em 30/06/1963  fez fusão com o Grêmio  Foot­Ball Porto Alegrense,  fundado em 
15/09/1903, permanecendo esse nome e sendo criado no clube o Departamento de 
Remo Duque de Caxias.
·  16/04  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  fundação  do  Club  de 
Regatas Lage.
·  02/05 – No  Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, fundado o Governador Sport 
Club.
·  Em  Santo  (SP),  fundação  do  Club  de  Regatas  Braz  Cubas,  encerrando  suas 
atividades em poucos meses, sem haver competido.
·  21/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  a  Federação  Brazileira  das  Sociedades  de  remo 
instituiu  a  Prova  Clássica  Commandante  Midosi.  Na  primeira  disputa  em 
27/06/1909 foi vencedor o Club de Natação e Regatas. Em virtude do sucesso da 
iniciativa,  nos  anos  seguintes  foram  instituidas  pela  Federação  várias  provas 
clássicas, merecendo destaque as seguintes: 

Prova Clássica  Instituição  1ª Disputa  Vencedor 


Júlio Furtado  06/02/1912  25/08/1912  C.R. Vasco da Gama 
Conselho Municipal  05/03/1912  07/06/1912  C.R. Vasco da Gama 
Pereira Passos  11/03/1913  10/08/1913  C.R. Guanabara 
América do Sul  10/03/1914  14/06/1914  C.R. do Flamengo 
Paulo de Frontin  05/08/1919  19/06/1921  C. Natação e Regatas

161 
·  07/09 – Em Porto Alegre, fundação do Grêmio Náutico Amazonas.
·  18/10 – No Rio de Janeiro, grande regata de 12 páreos, organizada pelo Club de 
Regatas Piraquê.
·  01/12 – Em Porto Alegre, fundação do Grêmio Náutico Luzitano.
·  07/12 – Em Porto Alegre, fundado o Grêmio de Regatas Porto Alegre. 

1909
·  24/01 – No Rio de Janeiro, fundação da União das Sociedades do Remo da Lagôa 
Rodrigo  de  Freitas  pelos  clubes  Lagoense,  Jardinense,  Piraquê  e  Lage.  Raia  de 
regatas: saída no Cantagalo e chegada em frente à sede do Piraquê, perpendicular 
à raia atual.
·  04/02 – Tradução para o CORREIO DO POVO: 
“Ha  já  algum  tempo  que,  no  Tamisa,  se  vêm  esveltas  misses  dedicadas  ao 
sport  do  remo,  em  botes  de  passeio  dos  clubes  nauticos.  Como,  na  Inglaterra,  o 
sport, em geral,  é considerado um dos  melhores  elixires, porque contribui para a 
saude do corpo de maneira mais efficaz do que qualquer gênero de pintura, ou de 
espartilho,  e  ninguém,  ali,  leva  a  mal  o  exercício  do  remo  entre  o  elemento 
feminino. 
Na  Allemanha,  foi  necessário  vencer  muitas  opiniões  contrarias,  em  tal 
sentido. Não ha muito tempo, os prégadores de moral declaravam que o patinar era 
uma  indecência;  o  cyclismo  foi  combatido  com  todo rigor; e  o  embarcar  em  um 
bote era, para uma menina, duplo peccado, por ser isso contrario á delicadeza que 
caracterisa o sexo, e porque esse genero de sport devia dedicar­se, exclusivamente, 
o sexo masculino. 
Que lastima ! Como si, num paiz onde abundam os rios, os lagos, os arroios e 
as  lagôas  mais  maravilhosas  do  mundo,  o  remo  não  fosse  um  dos  sports  mais 
apropriados para o povo ! Felizmente, a sociedade allemã, deixando de lado certos 
preconceitos, começou a estimular o cultivo desse benefico sport entre as meninas, 
e  hoje  vemos que,  aos  domingos, e  até em  dias  de  semana,  são  muitos  os  botes 
conduzidos  e  governados  por  senhoras  e  senhoritas.  Na  Allemanha,  esse  sport 
está,  hoje,  muitíssimo  adiantado,  e  é  freqüente  ver  no  Spree  Dalme  e  no  Havel, 
vários  botes tripulados por senhoras, que fazem  longas excursões. E, não poucas 
vezes, nota­se que ellas são mais resistentes e tem menos medo dos temporaes que 
seus camaradas masculinos. 
O  vestuário,  tão  elegante  quanto  simples,  é  a  graça  natural  daquellas  que  o 
levam  e  favorecem  esse  genero  de  sport,  em  que  as  senhoritas  descobriram 
grandes  vantagens,  no  tocante  á  saúde,  e  que  constitue,  ao  mesmo  tempo,  uma 
encantadora diversão. 
As  senhoritas  berlinenses  dão­se  muito  bem  com  o  seu  novo  sport. 
Naturalmente,  são  ellas  menos  disciplinadas  que  os  homens,  e  não  lhes  agrada 
remar, durante muito tempo, no bote de exercícios, cujos assentos são fixos. 
O desconhecido as attráe, e, assim, as que apenas começam a manejar o remo 
quereriam  logo  empreender  uma  excursão  de  dez,  ou  quinze  dias.  Por  isso,  a 
maioria  dos  botes  governados  por  senhores  e  senhoritas  não  corresponde  às 
severas  exigências  de  seus  tripulantes,  e  sua  perfeição  technica  deixa  muito  a 
desejar. 
Tal inconveniente, porém, é contrabalançado por habeis e capazes timoneiros, 
que corrigem as faltas das gentis remadoras, durante os trenos. 
Um  club  náutico  é  uma  das  melhores  escolas  que  se  pode  imaginar.  Não 
sabemos  si  o  espírito  de  contradicção  da  mulher  supera  o  do  homem,  quanto  a

162
força  e  a  resistência.  Os  homens  que  poetisam  aphorismos,  e  que  já  tiveram 
occasião de lêr Schopenhauer, assim nol­o asseguram. A mulher, que, em geral, é 
autoritaria, tem sempre uma palavra para defender suas opiniões, ordinariamente a 
ultima. 
Quando, em um club nautico, os assentos de um bote não estão bem limpos, o 
encarregado  delles  é  repreendido,  o  mesmo  succedendo  com  relação  a  qualquer 
outra  falta.  Taes  admoestações  não  devem  ser  levadas  a  mal,  e  os  que  não  estão 
habituados a admoestações feitas com um certo tom carinhoso, logo se acostumam 
a ellas. 
Durante  os  primeiros  exercícios,  geralmente,  as  principiantes  ferem  as  mãos; 
mas  isso  não  tem  importância,  e  é  levado  a  conta  dos  effeitos  de  uma  boa 
educação  sportiva.  A  maior  alegria  da  remadora  é  o  bom  appetite  que  a  assalta, 
depois  de  cada  exercício;  e  muitas  das  pallidas  e  enfastiadas  senhoritas  que, 
durante a semana, se contentam com um pãosinho, á hora do café, e com qualquer 
gulodice para o almoço, sentem, com  verdadeira  surpreza, necessidade de  comer 
um  par  de  pães  com  manteiga,  ao  domingo,  depois  de  uma  excursão  em  que 
tiverem de remar. 
Tanto quanto o remador, a remadora ama os sitios solitários, aonde não chega 
o correio, onde só são vistas pelas águias que passam, voando, e nos quaes não ha 
outro  som  que  o  sibilar  dos  juncos,  ou  o  tapger  dos  sinos  de  alguma  egreja 
longinqua. Depressa, estabelece ella o seu acampamento, na areia da praia. 
Ah ! – pensa e remadora – Estou só ! 
E, logo, ao começar a brincar sobre a areia, lhe vem á mente esta pergunta: 
– Por que não havemos de nadar também nós, as mulheres ? 
Em alguns pontos dos Alpes, existe, ainda hoje, a pastora, que, durante toda a 
sua  vida,  se  acostumou  a  considerar  a  água  com  symbolo  perfeito  do  pudor.  Os 
banhos livres prenunciam de modo evidente, a nova emancipação da carne, e em 
muitas das nossas praias, já se vêem ageis remadoras que também são excellentes 
nadadoras.”
·  05/04 – No Recife, fundado o Club Sportivo Almirante Barroso.
·  Maio – Em Porto Alegre, fundação do Club Náutico Cristoforo Colombo.
·  27/06 – Em Rio Grande (RS), fundado o Grêmio Náutico Almirante Barroso.
·  10/10 – Fundado em Aracaju o Cotinguiba Sport Club.
·  17/10 – Em Aracaju, fundação do Club Sportivo Sergipe.
·  21/10 – Em Porto Alegre, fundado o Ruder Club Neptuno.
·  HISTÓRIA DO SPORT NAUTICO NO BRAZIL, de Alberto de Mendonça: 

“A Tuberculose e o Sport Náutico 

A  canoagem  desenvolve  nossas  forças,  activa  a  respiração  e  a  circulação, 


desenvolve  o  volume  dos  pulmões  e  do  peito,  augmenta  nosso  vigor  e  nossa 
resistência physica. 
Não ha sport athletico mais são, mais efficaz e mais completo que a canoagem; 
todas as partes do corpo, da cabeça até os dedos dos pés; músculos, articulações, 
nervos,  tudo  trabalha  no  bom  remador;  é  um  exercício  tanto  mais  hygienico, 
parque  é  feito  n'um  ar  vivificante  e  puro,  envez  d'uma  atmasphera  saturada  de 
poeira, e de transpirações de salas d'armas e de gymnastica. 
A  canoagem  regrada,  feita  razoavelmente,  excita  o  appetite,  favorece  os 
phenomenos  nutritivos, dá um somno  reparador e assim  fortifica o  sangue, cujás 
cellulas  resistem  muito  melhor  a  acção  toxica  dos  venenos  secretados  pelos

163 
microbios tuberculosos e outros. 
Aos  sábios,  aos  médicos,  a  todos  que  patrocinam  as  obras  anti­tuberculosas, 
diremos  ao  lado  de  vosso  sanatório,  creai  garages  onde  o  tratamento  será  tanto 
mais bem feito, quanto será ao mesmo tempo um divertimento. 
Aos  directores  de  institutos;  aos  paes  de  família,  diremos;  fazei  com  que 
vossos discípulos, vossos filhos, entregue­se ao remo. 
A’s  municipalidades  diremos  também;  animae  as  sociedades  náuticas, 
favorecei á canoagem, o mais bello, o mais são e o mais nobre de todos os sports, 
o unico que forma homens robustos e são para o serviço da Pátria. 
Então  de  adolescentes  anemicos,  lymphaticos,  rachiticos,  fareis  solidos 
rapazes;  de  indivíduos  que  um  pé  de  vento  ou  raio  de  sol  aniquila­os;  de  typos 
enfesados,  que  se  é  obrigado  a  por  enchimentos  para  dar­lhes  formas  humanas, 
abortos  provenientes  de  paes  doentios  do  peito,  fareis  soldados  capazes  de 
carregar uma carabina e um sacco. 
X.Y.Z.” 

1910
·  O Manaus Ruder Club  foi o primeiro clube de remo do Amazonas  a receber um 
barco shella 4 remos, o "Cidade de Manaus". Este clube, conhecido também como 
dos  alemães,  durante  a  Segunda  Guerra  Mundial  mudou  a  denominação  para 
Clube  de  Remo.  Em  1949  suspendeu  as  atividades  de  remo  e  em  1958  toda  a 
flotilha de 8 barcos desapareceu da garagem náutica. Transformado em Clube de 
Caça e Pesca.
·  06/03 – Em Pelotas, regata promovida pelo Departamento de Remo do Sport Club 
Pelotas.
·  Em Manaus funcionava o Grêmio Náutico Portugal, durante muitos anos o grande 
rival do Manaus Ruder Club. Na década de 1970 a sede passou ao patrimônio do 
Departamento de Portos de Manaus.
·  01/09  –  Em  São  Paulo,  fundação  do  Sport  Club  Corinthians  Paulista,  tendo  em 
1933 se filiado à Federação Paulista das Sociedades de Remo.
·  01/12 – Em Alegrete (RS), fundado o Club Náutico Alegretense.
·  06/12  –  No  Rio  de  Janeiro,  a  Federação  Brazileira  das  Sociedades  de  Remo 
instituiu  o  Campeonato  de  Remadores  do  Brasil,  em  barcos  a  4  remos,  para  ser 
disputado  anualmente  entre  seus  representantes  e  às  guarnições  dos  Estados  da 
União, cujas Federações com ela mantivessem convênios.
·  Em  Belém,  no  início  desta  década,  fundada  a  Sociedade  Nautica  Paraense,  para 
dirigir  as  regatas.  Teve  a  primeira  sede  na  Associação  Dramatica,  Recreativa  e 
Beneficente.
·  No início da década de 1910,  criada  no Recife a  primeira  entidade para dirigir o 
esporte  do  remo,  a  Liga  Pernambucana  de  Esportes  Náuticos,  sendo  em  1941 
substituída  pela  Federação  Aquática  Pernambucana  e  em  13/06/1962  pela 
Federação Pernambucana de Remo.
·  Entre  1900  e  1910,  em  data  incerta,  foi  fundado  o  Clube  AUDAX,  em  Niterói 
(RJ),  por  estrangeiros,  funcionários  de  companhias  principalmente  alemãs  e 
inglesas que se instalaram no bairro de São Domingos, em Niterói. 
O clube se localizava na Praia de Gragoatá, hoje desaparecida sob aterros. 
Na  história  do  Iate  Clube  Brasileiro,  lê­se  que  de  1910  a  1923  este  clube 
funcionou  em  terreno  ao  lado  do  AUDAX,  na  Praia  do  Gragoatá,  mudando­se 
depois  para  sua  sede  atual,  na  Estrada  Froes.  Isso  nos  permite  afirmar  que  o 
AUDAX sobreviveu ao ano de 1923.

164 
1911
·  12/02 – Em Santos (SP), fundação do Club de Regatas Vasco da Gama.
·  14/05 – No programa da regata do 2º Campeonato de Remo de Porto Alegre: 

“DUAS PALAVRAS 
Porque  não  havemos  de  deixar  aqui  um  brado  de  enthusiasmo  por  essa 
mocidade forte e sadia que dá ao sport do remo as horas de seus lazeres ? 
Nada se nos afigura mais util nem  mais digno de louvores que esse exercicio 
altamente  hygienico  para  o  corpo  e  para  o  espírito,  porque,  desenvolvendo  a 
musculatura,  habitúa  o  homem  a  encarar  de  frente  os  elementos  e  o  perigo, 
ensinando­o a ser corajoso e a ser prudente. 
Quem se acostuma a se fazer ao largo, dentro de uma fragil e leve embarcação, 
sem  outros  recursos  de  defesa  que  não  sejam  a  sua  intrepidez,  a  sua  calma,  e  a 
força  dos  seus  braços,  acostuma­se,  também,  a  só  contar  comsigo  nas  horas 
refrega,  quando  o  vento  sopra  rijo  e  as  águas  crescem,  encapellam­se,  rolam 
sinistramente,  ameaçando  tragar  tudo  quanto  se  aventura  sulcar  o  dorso  revolto 
das ondas ! 
E assim como acontece na luta com os elementos, acontece nas lutas da vida ! 
O  homem  affeito  a  amplidão  das  águas,  ao  infinito  do  horisonte  e  aos 
imprevistos  do tempo, não  se acobarda  quando  o  temporal  da  vida  o  ataca.  Elle 
sabe que a victoria cabe ao que resiste, sereno e resoluto, aos embates da sorte. 
Devia­se generalisar o mais possivel o sport nautico, tornando­o um exercicio 
commum a toda a mocidade, pelo que elle tem de proveitoso. 
Já  um  escriptor  brazileiro,  fazendo­lhe  a  apologia,  teve  esta  phrase  cheia  de 
enthusiasmo e de verdade: – Meninos, foram musculos como esses que ganharam 
a batalha de Salamina ! 
E, na verdade, foram. 
Não  esmoreça  nunca  o  amor  pelo  sport  nautico,  nunca  a  phrase  do  escriptor 
brazileiro seja uma ironia á nossa mocidade, que deve, cada vez mais, procurar ser 
digna della trazendo­a sempre na memoria como um estimulo e um axioma.”

·  15/10 – No Rio de Janeiro, na enseada de Botafogo, disputado pela primeira vez o 
Campeonato  de  Remadores  do  Brasil,  organizado  pela  Federação  Brazileira  das 
Sociedades de  Remo,  em  barcos  a  4 remos,  com  a vitória  do  Rio  de  Janeiro, no 
tempo  de  9'00".  Os  resultados  desses  campeonatos  podem  ser  encontrados  no 
capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES. 

1912
·  Em Rio Grande (RS), fundação do Grêmio Náutico Almirante Tamandaré.
·  Em  Belém,  também  competiam  nas  regatas  a  Sociedade  Nautica  Paraense  e  o 
Norte Clube.
·  20/09 – Em Maceió, fundado o Clube de Regatas Brasil.
·  13/10  –  No  Rio  de  Janeiro,  efetuado  o  II  Campeonato  de  Remadores  do  Brasil, 
com nova vitória dos cariocas. Os resultados Podem ser encontrados no capítulo 3 
– GRANDES VENCEDORES. 

1913
·  13/09  –  Em  Campos  (RJ),  fundada  a  Liga  Campista  de  Desportos,  com 
Departamento  de  Remo.  Em  06/07/1915  passou  a  denominar­se  Conselho

165 
Superior  de  Remo; em  15/02/1930 –  Federação  Náutica  Fluminense; em  14/08/­ 
1943  –  Liga  Náutica  de  Campos;  posteriormente,  Federação  Fluminense  de 
Desportos e em 15/03/1975, devido à fusão da Guanabara com o Estado do Rio de 
Janeiro, passou a integrar a Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro.
·  26/09  –  Fundada  em  Belém  a  Federação  Paraense  dos  Sports  Nauticos,  tendo 
realizado a primeira regata em 16/11/1913.
·  19/10 – No Rio de Janeiro, realizado o III Campeonato de Remadores do Brasil, 
com a terceira vitória consecutiva da representação carioca. Os resultados podem 
ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES. 

1914
·  03/02  –  No  Recife,  fundado  o  Santa  Cruz  Futebol  Clube,  tendo  nos  primeiros 
decênios  participado  de  regatas  oficiais  e  em  1922  vencido  o  Campeonato  de 
Remo de Pernambuco.
·  06/03  –  Em  Niterói  (RJ),  fundado  o  Rio  Sailling  Club,  com  setor  de  remo, 
desfiliando­se da Federação em 1922.
·  27/03 – Em Porto Alegre, fundação do Rowing Club Italo­Brazileiro.
·  08/06  –  No  Rio  de  Janeiro,  por  iniciativa  da  Liga  Metropolitana  de  Esportes 
Atléticos, realizada uma reunião na sede da  Federação  Brazileira das Sociedades 
de Remo, com a presênça de representantes da sociedade anfitriã e das seguintes 
entidades:  Comissão  Central  de  Concursos  Hípicos,  Automovel  Club  Brasileiro, 
Clube Ginástico Português, Centro Hípico Brasileiro, Iate Club Brasileiro e Aero 
Club  Brasileiro. Foi instituído o  Comitê  Olímpico  Nacional  (o  Comitê  Olímpico 
Brasileiro foi fundado e instalado em 20/05/1935) e criada a Federação Brasileira 
de  Sports.  Em  15/11/1915  foram  aprovados  os  estatutos  da  Federação  e 
Convocada reunião para escolha do 1º Presidente da entidade.
·  20/11/1915 – Eleição de Alvaro Zamith – exerceu a Presidência até 04/ 11/1916. 
A  rivalidade  e  as  discordâncias  entre  desportistas  cariocas  (Federação  Brasileira 
de  Sports)  e  paulistas  (Federação  Brasileira  de  Football)  causaram  muitos 
problemas e dificuldades à organização dos desportos no país. 
Em  05/12/1916,  fundada  no  Rio  de  Janeiro  a  Confederação  Brasileira  de 
Desportos  –  CBD,  para  coordenar  as  atividades  da  maioria  das  modalidades 
esportivas,  incluindo  o  remo.  Na  relação  dos  Presidentes  da  CBD,  encontramos 
distintos líderes do esporte brasileiro: 
Arnaldo Guinle  – 04/11/1916 a 08/01/1920; 
Ariovisto de Almeida Rego  – 08/01/1920 a 16/04/1921; 
José Eduardo de Macedo Soares  – 16/04/1921 a 26/01/1922; 
Oswaldo Gomes  – 26/01/1922 a 26/01/1924; 
Ariovisto de Almeida Rego  – 26/01/1924 a 20/06/1924; 
Wladimir Bernardes  – 20/06/1924 a 19/12/1924 
Oscar Rodrigues da Costa  – 19/12/1924 a 13/11/1927; 
Renato Pacheco  – 13/10/1927 a 23/09/1933; 
Alvaro Catão  – 23/09/1933 a 05/09/1936; 
Luiz Aranha  – 05/09/1936 a 28/01/1943; 
Rivadávia Corrêa Meyer  – 28/01/1943 a 14/01/1955; 
Sylvio Corrêa Pacheco  – 14/01/1955 a 14/01/1958; 
João Have1ange  – 14/01/1958 a 10/01/1975; 
Heleno de Barros Nunes  – 10/01/1975 a 18/01/1980. 
(em 25/11/1977, fundada a Confederação Brasileira de Remo – CBR, com sede no 
Rio de Janeiro).

166 
O Departamento de Desportos Aquáticos e os Conselhos Técnicos e de Assessores 
de Remo da CBD, foram dirigidos por dedicados e entusiastas desportistas, sendo 
lembrados José Maria  Castello  Branco,  Gabriel  Nicklaus,  Décio  Amaral,  Ayr  de 
Azevedo Pinheiro, Manoel F. de Castro Filho, Carlos Osório de Almeida, Arnaldo 
Costa, André Gustavo Richer, Renato Marcello Borges da Fonseca e Lon Teixeira 
de Menezes.
·  26/07 – Em São Paulo, fundada a Associação Athletica São Paulo.
·  20/09  –  Em  São  Leopoldo  (RS),  fundação  do  Club  Náutico  Itapuhy,  tendo  em 
04/05/1953  feito  fusão  com  o  Clube  Athletico  Iguassu,  fundado  em  19/09/1940, 
surgindo  o  Clube  Náutico  Iguassu.  Em 01/12/1976  foi  incorporado  à  Sociedade 
Orpheu, fundada em 20/01/1858.
·  18/11 – Em Uruguaiana (RS), fundado o Club Canottieri Almirante Tamandaré.
·  28/11  –  Em  Pelotas  (RS),  fundação  do  Club  Natação  e  Regatas  Pelotense.  Em 
novembro  de  1956  fez  fusão  com  o  Club  Atlético  Bancário,  fundado  em 
10/12/1925,  surgindo  o  Atlético  Pelotense  de  Futebol  e  Regatas.  Esta  fusão  foi 
desfeita em poucos dias, voltando o Pelotense à sua denominação original.
·  29/11 – Primeira regata da  Liga Náutica  Rio Grandense, promovida pelo  Ruder­ 
Verein  Freunschaft,  comemorativa  à  pacificação  do  remo  em  Porto  Alegre. 
Estafetas, equipes de dois gigs a 4 remos, 9.000 metros, ao redor da ilha do Pavão, 
sendo a bandeira trocada na metade do percurso. 
Concorreram  seis  equipes  e  a  vitória  coube  ao  Grêmio  de  Regatas  Almirante 
Tamandaré, no tempo de 39'11"2/5.
·  02/12 – Em Belém, dissidentes do Grupo de Remo fundaram a Time Negra, tendo 
posteriormente se transformado no Paysandu Sport Club. 

1915
·  03/05 – No programa da Regata da Liga Náutica Rio Grandense em homenagem 
ao Dr. Lauro Severiano Müller, DD. Ministro das Relações Exteriores: 

“Depois as Regatas 
Haverá  ainda  um  viajante  que,  nas  suas  memórias,  diga um dia  ás  gentes  de 
outras  terras,  que  em  nenhum  o  mar  se  offerece  tão  propicio  a  tudo  e  tão 
lindamente como aqui; e, então se tiver tido a ventura de em noite clara e mansa 
navegar  pela  nossa  bahia,  esse  viajante  confundirá  com  as  decantadas  noites  de 
Veneza as maravilhosas noites do Rio de Janeiro. 
Se nos falta a gôndola esguia e negra de almofadões macios e que resvala na 
onda como uma pluma  sob o setim;  se  nos faltam os palacios de  marmore que o 
estylo  da  architectura  e  a  lenda  da  sua  historia  (como  a  do  palacio  de  Othelo) 
revestem de graça e que seductoramente se revêm na água; se nos faltam os córos 
musicaes  melodiosos  com  que  os  venezianos  expandem  em  serenatas  os 
sentimentos  da  sua  raça  temos  outros  encantos  a  que,  nem  a  tradição  nem  os 
costumes deram ainda realce, mas, que nem por isso fallam menos ao coração e ao 
espirito de quem se deixa penetrar por elles. 
Desgraçadamente,  esse  encanto  indizivel  não  ha  penna  que  o  descreva  por 
mais que rebusque a forma ou sonde as próprias impressões. Elle é grande demais 
para  poder  ser  descripto  por  mão  humana;  emana  de  tudo,  de  um  céu  que  me 
parece  o  mais  estrellado  do  mundo,  de  uns  recortes  de  montanhas  como  não  ha 
outras e da vasta superfície das suas aguas formozas. 
O mar ! que infinita variedade de aspectos apresenta a sua physionomia móbil 
! Como  elle ennobrece e  alinda, com o  seu  manto de turquezas e de esmeraldas,

167 
esta nossa cidade andarajosa e triste ! E dizer, que todo esse prodígio de belleza, a 
que  temos  sido  mais  ou  menos  indifferentes,  só  de  ha  poucos  annos  para  cá 
começa a ser amado e a ser comprehendido como um elemento salvador e salutar ! 
Por  ser  côr  da  Esperança,  do  mar  esperamos  o  bem  futuro,  que  este  povo 
praiano não ha de ser em terra que avigore os musculos e fortaleça a alma para as 
grandes missões do porvir. 
E o que de algum tempo para cá têm feito benefícios esses clubs de regatas de 
que nem sei a conta ! 
Coube­me  por  ume  honra  que  nem  sei  como  agradecer,  fazer  a  entrega  das 
medalhas  aos  vencedores  de  uma  regata.  Confesso que  as  minhas  mãos  tremiam 
de contentes cada vez que se estendiam com o premio valoroso, para os denodados 
moços que tão bem o haviam merecido. 
Foi um dia maravilhoso aquelle, d'esses em que o ouro vivo do sol se avelluda 
em  uma  claridade  fosca  e  suave,  benigna  aos  olhos  e  á  pelle  dos  que  a  elle  se 
expõem. 
Olhando para o mar coalhado de galhardetes  multicores e de barcos todos os 
feitios  e  de  baleeiras  fugitivas  em  que  as  cores  vistosas  dos  ‘maillots’  dos 
remadores  davam  a  impressão  de  canteiros  ambulantes  de  papoulas  enormes  e 
variegadas, eu pensava que daqui a uns dois annos confiarei meu filho a esse mar 
de  perigos  e  trahições  que  me  assusta  e  me  encanta,  para  que  elle  m'o,  restitua 
forte e altivo como esses  bellos rapazes que alli  passavam  deante de  meus olhos 
impellindo a remadas vigorosas os seus barcos airosos. 
Assim como eu, quantas mães teriam pensado em regenerar a saúde débil dos 
seus  filhos  com  esse  exercício  violento  e  alegre,  feito  ao  ar  livre  e  limpo  do 
oceano ! 
Oh  !  certamente,  eis  ahi  um  divertimento  a  que  as  familias  devem  assistir 
sempre,  as  regatas  !  Depois  de  um  curso  de  natação  em  que  os  rapazes  se 
preparam  para  vencer  os  perigos  do  mar,  todos  os  paes  preferirão,  está  claro, 
inscrevel­os  em  clubs  de  regatas  a  enxarcarem­lhes  o  estomago  destes  venenos 
com  que  pretendem  tonificar­lhes  o  sangue,  livral­os  da  tuberculose  ou  de  outro 
qualquer mal terrivel. 
A  medicina  encontrou  no  sport  náutico  um  rival  poderoso  mais  benefico  e 
ainda com a vantagem de ser mais alegre ! 
Mas onde e a quem estou eu dizendo isto ? 
Santo  Deus  !  quantos  sorrisinhos  terão  despontado  a  cada  uma  das  minhas 
asserções  com a  pena  de quem  vê  – agua cahir  sobre  o  molhado  ! Não faz  mal, 
cumpri, conforme pude a minha promessa e louvo­me por ter mais uma vez ensejo 
de saudar, no Brazil Náutico, os futuros companheiros do meu filho, e as melhores 
esperanças da minha terra.” 
JULIA LOPES DE ALMEIDA

·  Março  –  Transportado  de  Porto  Alegre  para  Montevidéu,  por  via  marítima,  o 
barco  a  8  remos,  modelo  "Shell",  Tupinambá,  do  Grêmio  de  Regatas  Almirante 
Tamandaré, para participar do "Pareo Comission de Educacion Physica", em 2.500 
metros da Regata Internacional de Montevideo.
·  No  Brasil  o  transporte  de  barcos  para  as  competições  de  remo  era  feito  por  via 
marítima até meados da década de 1930, época em que também passou a ser usado 
o transporte ferroviário. 
Nas décadas de 1950 e 1960 os barcos, muitas vezes, eram transportados por via 
rodoviária, em caminhões e até sobre os ônibus das delegações.

168 
Em  meados da década de 1970 começaram a ser construídas "carretas especiais" 
para o transporte dos barcos e dos remos aos locais das regatas. 
Em  março  de  1978,  no  Campeonato  Sul­Americano  de  Remo  realizado  em 
Valdívia,  os  cinco  barcos  do  Brasil  foram  transportados  num  avião  Hércules  da 
Força Aérea Brasileira. 
Atualmente, empresas aéreas da Europa e dos Estados Unidos adatam aviões para 
transportar  delegações  completas  de  remo:  barcos,  remos,  lancha,  remadores, 
treinadores e pessoal de apoio.
·  11/06 – Em Florianópolis, fundado o Club Náutico Riachuelo.
·  20/06 – Na enseada de Icaraí, em Niterói, regata promovida pelo Club de Regatas 
Icarahy com a participação de 10 clubes nos 15 páreos, o primeiro disputado às 12 
horas  e  os  demais  com  intervalos  de  20  minutos.  No  programa  distribuído  aos 
assistentes,  consta  na  página  34  a Regulamentação  da  Corrida,  de acordo  com  o 
Código de Regatas da Federação Brazileira das Sociedades de Remo: 
"Um  tiro  de  canhão  annunciará  que  vae  ser  iniciada  a  regata;  esse  tiro  será 
repetido dez minutos antes de cada pareo. 
– Além do tiro de dez minutos, será hasteada, em um mastro junto ao pavilhão dos 
juizes de chegada, uma bandeira encarnada, como signa1 de aviso ás embarcações 
para não atravessarem a raia, sob pena de multa. 
A  bandeira será  içada  na  occasião  do  disparo  do tiro  de  aviso  e  permanecerá  no 
mastro até a terminação do páreo. 
–  Á  hora  fixada  no  programma,  as  embarcações  concurrentes  deverão  acharse 
junto aos postes de partida, que lhes tiverem cabido por sorte. 
–  A  numeração  das  balises  será  contada  da  esquerda  para  a  direita  da  linha  de 
chegada, vista de frente. 
– Durante  as  corridas  as  embarcações  deverão conservar­se  nas  suas  respectivas 
aguas, evitando perturbar ou impedir a corrida das outras concurrentes. 
– É terminantemente prohibido ás embarcações correrem fóra dos limites da raia. 
–  É  prohibido  ás  concurrentes  fazerem­se  acompanhar  por  quaesquer 
embarcações. 
–  É  expressamente  prohibido  levar  remos  ao  alto  antes  de  serem  içados,  no 
pavilhão dos juizes de chegada e confirmados no pavilhão da direcção da regata, 
os distinctivos dos vencedores.”
·  31/07 – Em Florianópolis, fundação do Club Nautico Francisco Martinelli.
·  03/10 – Em Natal, fundado o Centro Nautico Potengi.
·  24/10 – No Rio de  Janeiro, efetuado o IV Campeonato de Remadores do Brasil, 
com  nova  vitória  dos  cariocas,  repetida  em  15/10/1916  e  07/10/1917.  Os 
resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  25/11 – Em Natal, fundação do Sport Club de Natal.
·  25/11 – No Rio de Janeiro, fundada a Liga de Sports da Marinha, tendo em 1916 
instituido seu Campeonato de Remo. 

1916
·  18/02  –  Em  Porto  Alegre,  na  sessão  de  diretoria  da  Liga  Náutica,  aprovada  a 
proposta  do  presidente,  de  instituir  um  concurso  para  letra  e  música  de  um 
"Hymno" da entidade, para ser cantado pelos remadores e dirigentes em todas as 
festividades oficiais. Prêmio ao vencedor: Rs 100$000 (cem mil­réis).
·  23/07 – Em Belém,  fundada  a  Federação Paraense dos Sports Náuticos – FPSN, 
tendo em 1919 instituído o Conselho de Regatas do Pará. Em 1931 devido à cisão 
entre os clubes de remo, criada a Liga Esportiva Paraense, que realizou a primeira

169 
regata em 27/09/1931 com a participação do Clube de Remo e da Tuna Luso. Em 
1933 ocorreu a união dos clubes de remo e a fundação da Liga Atlética Paraense – 
LAP,  com  departamento  de  esportes  náuticos,  realizando  em  11/06/1933  uma 
parada náutica de confraternização. Em 09/05/1941, fundada a Federação Paraense 
de Desportos, a qual está vinculado o remo.
·  27/07  –  Em  Niterói  (RJ),  fundado  o  Sport  Club  Fluminense;  em  28/12/1920, 
filiou­se  a  Federação  Brazileira  das  Sociedades  de  Remo.  Em  1942  mudou  de 
denominação: Fluminense de Natação e Regatas.
·  17/08 – Em Jaguarão (RS), fundação do Club de Regatas Jaguarense.
·  Em  Niterói  (RJ),  fundado  o  Audax  Yacht­Motor  Club,  com  setor  de  remo.  Em 
1918 era conhecido no Rio de Janeiro como Audax­Club. Em 31/07/1926 filiou­se 
à Federação Náutica da Lagoa Rodrigo de Freitas.
·  22/12 – Em Pelotas (RS), fundação do Grêmio de Regatas Almirante Tamandaré. 

1917
·  28/01 – Em Porto Alegre, fundado o Club de Regatas Vasco da Gama.
·  14/07  –  Em  São  Paulo,  fundação  do  SportC  Club  Syrio,  tendo  em  09/02/1942 
mudado a denominação para Clube Atlético das Bandeiras. Em 30/01/1950 passou 
a chamar­se Esporte Clube Sirio.
·  27/07  –  O  Sport  Club  Brazil,  da  Praia  Vermelha  no  Rio  de  Janeiro,  solicitava 
inscrição de remador na Federação.
·  21/11 – Em Manaus, fundada a Federação Amazonense de Desportos Atléticos – 
FADA, entidade eclética, dirigente também do remo. 

1918
·  26/02  –  No  Rio  Grande  do  Norte,  fundação  do  Conselho  Superior  de  Sports 
Náuticos. Promoveu a primeira regata oficial em  13/05/1918 e  instituiu 3 provas 
clássicas: 
08/12/1918 – Tenente Leite Ribeiro – yoles a 4, 1.200 metros, a favor da maré; 
– Dr. Eloy de Souza – yoles a 4, 1.200 metros, a favor da maré. 
06/02/1919 – Comandante Monteiro Chaves – yoles a 2, 1.200 metros, a favor da 
maré.
·  22/03  –  Ofício  da  Confederação  Brasileira  de  Desportos,  com  sede  no  Rio  de 
Janeiro, rua Buenos Aires nº 136, 2º andar, dirigido às “Federações de sociedades 
de amadores de regatas da América do Sul, com  proposta de regulamento de um 
Campeonato Sul Americano de Remo.”
·  12/04 – Funcionava em Jaraguá (SC), o Club de Regatas Brazil.
·  21/04  –  Em  Florianópolis,  na  baía  Norte,  realizado  o  Primeiro  Campeonato 
Catarinense de Remo, com a vitória do Clube Náutico Riachuelo.
·  28/04 – Em Campinas (SP), fundado o Club Campineiro de Natação e Regatas.
·  19/05  –  A  Liga  Náutica  Rio  Grandense  e  os  clubes  filiados  de  Porto  Alegre, 
ofereceram à poetisa Júlia Lopes de Almeida, grande incentivadora do esporte do 
remo,  uma  festa  gaúcha  na  Ilha  das  Flores.  O  vapor  LA  FRANCE  conduziu  a 
homenageada e demais convidados até o Arroio Formoso e o rio Jacuí, escoltado 
por 54 barcos a remo. O churrasco foi realizado na propriedade do Capitão Felippe 
Schmitt, no tradicional e  aprazível Capão da Moça. Desde esse dia, passou a ser 
conhecido como Capão da Júlia Lopes, e durante muitos anos, foi o local preferido 
dos  remadores  porto  alegrenses  nas  manhãs  de  domingos  e  feriados,  em 
excursões, cafés e confraternizações.

170 
·  20/10 – No Rio de Janeiro, realizado o VII Campeonato de Remadores do Brasil, 
com a primeira vitória de uma guarnição de outro Estado, a do Rio Grande do Sul. 
Os resultados do campeonato podem ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES 
VENCEDORES.
·  05/12  –  Em  Florianópolis,  fundado  o  Club  de  Regatas  Florianópolis,  tendo  em 
02/05/1919 passado a chamar­se Club de Regatas Aldo Luz.
·  29/12 – Regata em Florianópolis e disputa do Troféu Clássico Lauro Carneiro, em 
yoles­franches a  4 remos,  na  distância  de  1.500  metros. Este troféu,  foi  vencido 
em caráter definitivo, pelo Clube Náutico Riachuelo em 1930. 

1919
·  12/01 – Em Laguna (SC), fundado o Club de Natação e Regatas Lauro Carneiro.
·  23/01 – Em Florianópolis, fundada a Federação Catharinense de Remo, tendo em 
04/10/1921 passado a denominar­se Confederação Catharinense de Desportos; em 
21/03/1923  –  Liga  Náutica  de  Santa  Catarina;  em  28/01/1950  –  Federação 
Aquática  de  Santa  Catarina –  FASC;  e  em  26/06/1980 –  Federação  de  Remo do 
Estado de Santa Catarina – FERESC.
·  24/01 – Em Campos (RJ), fundação do Clube de Regatas Rio Branco.
·  19/03 – Em Itajaí (SC) , fundado o Club Náutico Marcílio Dias, tendo realizado a 
primeira regata interna em 14/07/1919.
·  11/05 – Em Itajaí (SC), fundação do Club Náutico Almirante Barroso.
·  No Rio Grande do Norte, o Sport Club Macauense filiou­se ao Conselhor Superior 
de Sport Náuticos de Natal.
·  13/06  –  Em  Itajaí  (SC),  “fundado  por  homens  de  côr  um  clube  náutico  que 
recebeu  o  nome  de  Cruz  e  Souza.”  Em  27/07/1921  solicitou  filiação  à 
Confederação Catarinense de Remo, ficando a aceitação condicionada a alteração 
de seus estatutos. Em caráter especial, participou da regata de 15/11/1921, tendo 
vencido a prova de estreantes (Tça Para Todos). Em 16/10/1923 não tendo ainda 
modificado  os  estatutos,  nem  obtido  filiação,  foi  obrigado  a  devolver  a  Taça  à 
Confederação, e logo após encerrou as atividades de remo.
·  07/09 – Em Paranaguá (PR),  fundado o Club de Natação e Regatas Comandante 
Santa  Ritta, tendo  inaugurado  a  sede  em  01/02/1920.  É  o  pioneiro  os  clubes  de 
remo do Paraná.
·  19/10  –  Os  Campeonatos  de  Remadores  do  Brasil,  com  nova  regulamentação 
passam à  responsabilidade  da  Confederação  Brasileira  de  Desportos  –  CBD.  Os 
resultados desses campeonatos podem ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES 
VENCEDORES. 

1920
·  Em  Belém,  no  início desta década, os clubes Gremio Lusitano e o Yole Club do 
Pará, participavam de diversas regatas.
·  Em Paranaguá (PR), fundado o Syrio Sport Club.
·  11/04 – Em Porto Alegre, no programa da regata do Campeonato Estadual: 
“A convite dos clubes de regatas da capital, a bandinha do Tiro de Guerra nº 4 foi 
transformada  num  'corpo  de  sinaleiros',  para  informar  ao  público  por  meio  de 
signaes, o desenrolar dos pareos desde a sahida até a chegada. 
O corpo de sinaleiros  foi dividido em 8 grupos, e cada um deles  integrado por 3 
sinaleiros, sob o comando do atirador sinaleiro Sr. Luiz Napolitano. 
Os  grupos  permanecerão  na  lancha  dos  juízes,  nas  sedes  de  clubes,  a  bordo  de

171
vapores e no pavilhão de chegada. 
O grupo de sinaleiros que estiver na lancha dos juizes de percurso irá transmitindo 
por signaes a classificação aos outros grupos e estes informarão ao publico todos 
os detalhes dos páreos.” 
Cada sinaleiro dispunha de duas bandeiras, uma encarnada na mão direita, e outra 
branca,  na  esquerda,  e  através  de  "signaes  convencionados"  informavam  todo  o 
desenrolar dos páreos. 
Este  sistema  foi  usado  em  Porto  Alegre  na  maioria  das  regatas  disputadas  entre 
1920 e 1934, inclusive no Campeonato Brasileiro de 28/05/1933. Aos assistentes, 
eram distribuídos folhetos para orientá­los sobre os “signaes convencionados”.
·  Abril – Em Uruguaiana (RS), fundado o Club Nautico Uruguaianense.
·  02/05  –  Em  Laguna  (SC),  fundação  do  Club  de  Natação  e  Regatas  Almirante 
Lamego.
·  16/06 – Em São Francisco do Sul (SC), fundado Club Nautico Cruzeiro do Sul.
·  14 a 29/08 – VII Jogos Olímpicos em Antuérpia. As competições de remo foram 
realizadas  no  canal  marítimo  Marly,  em  Bruxelas,  com  a  estréia  do  Brasil  nessa 
modalidade  esportiva,  no  barco  de  4  com  patrão:  João  Jorio,  Abrahão  Saliture, 
Alcides Short Vieira, Guilherme Lorena e Ernesto Flores Filho, patrão. Os nossos 
remadores  “conheceram”  o  barco  em  Paris,  pois  no  Brasil  ainda  não  havia  este 
tipo  de embarcação.  Foi  batizado  com o  nome  “BRASIL”  e  desclassificado pela 
guarnição dos Estados Unidos. Dias após, nossos remadores participaram de uma 
regata extra na Bélgica tendo vencido o Antuérpia Rowing Club.
·  29/08 – Reunião em Paranaguá (PR) para tratar da realização da primeira regata a 
remo  no  Paraná,  entre  o  Santa  Ritta  e  o  Syrio,  em  comemoração  ao  Dia  da 
Independência.
·  26/09 – Em Porto Alegre, efetuado o 1º Campeonato Acadêmico de Remo, na raia 
dos Navegantes. Programa da regata com três provas: 
1ª prova – gig a 4 – Medicina – 3'45"; 
2ª prova – gig a 4 – recrutas – Medicina – 4'07"1/5; 
3ª prova – Campeonato Acadêmico – gig a 4 – Engenharia – 3'39". 
Nas  cinco  vezes  em  que  foi  realizado,  o  Campeonato  Acadêmico  de  Remo,  em 
Porto  Alegre,  tornou­se  um  grande  evento  esportivo  e  social.  Em  todas  essas 
regatas, as diversas, provas eram exclusivas a remadores universitários: 
26/06/1921 – 2º Campeonato Acadêmico de Remo – 5 provas 
5ª prova – Campeonato – gig a 4 – Engenharia – 6'23"; 
04/06/1922 – 3º Campeonato Acadêmico de Remo – 5 provas 
5ª prova – Campeonato – gig a 4 – Medicina – 6'04"; 
24/06/1923 – 4º Campeonato Acadêmico de Remo – 7 provas 
7ª prova – Campeonato – gig a 4 – Direito/Comércio – 5'18"; 
31/05/1925 – 5º Campeonato Acadêmico de Remo – 5 provas 
5ª prova – Campeonato – gig a 4 – Direito/Comércio – 5'43".

·  20/10 – Em Blumenau (SC), fundado o Club Náutico América.
·  Na  década  de  1920,  guarnições  do  Club  de  Regatas  Piratininga,  de  Vila  Velha, 
participavam de competições de remo no Espírito Santo.
·  Em Ilhéus (BA), o remo era praticado no Náutico Sport Club, de propriedade de 
Affonso  Pinto.  Em  1923  o  clube  foi  vendido  e  mudou  de  denominação:  Náutico 
Sport da Rui Dorea.

172 
1921
·  Em Antonina (PR), funcionava o Club de Regatas Saldanha da Gama.
·  "Lista  de  preços  para  1921  –  1922  do  Estaleiro  Naval  Max  Janke,  fundado  em 
1906, sediado em Nictheroy, no Sacco de S. Francisco, Estado do Rio de Janeiro, 
enviada aos clubes de remo do Brasil: 

EMBARCAÇÕES 

Yole a 8 remos  3:000$000 
Yole a 4 remos  1:400$000 
Yole a 4 para corrida  1:500$000 
Yole a 2 remos  1:000$000 
Yole a 2 para corrida  1:050$000 
Out­rigger a 8 remos  3:000$000 
Out­rigger a 6 remos  2:000$000 
Out­rigger a 4 remos  1:700$000 
Out­rigger a 2 remos  1:200$000 
Out­rigger typo Internacional a 4 remos  2:000$000 
Canoa a 4 remos  1:200$000 
Canoa a 2 remos  850$000 
Canoe  700$000 
Barco de passeio para um remador e patrão  500$000 
Barco de passeio para dois remadores e patrão  600$000 

ACCESORIOS 
Remos de 1ª qualidade, UM  60$000 
Remos superiores, UM  45$000 
Remos para canoe de 1ª qualidade, PAR  70$000 
Remos para barco de passeio, PAR  45$000 
Couros para remos  35$000 
Braçadeiras para canoe, PAR  50$000 
Braçadeiras para canoe com forquetas, PAR  70$000 
Forquetas de metal, UMA  15$000 
Forquetas de metal com meza, UMA  20$000 
Meza para forqueta, UMA  6$000 
Carrinhos completos com trilhos etc, UM  30$000 
Carrinhos typo Tamandaré  50$000 
Assento para carrinho, UM  10$000 
Trilhos para carrinho, UM  3$500 
Rodinhas para carrinho, UMA  2$000 
Finca­pé completo, UM  12$000 
Calcanhar de metal para finca­pé, UM  5$000 
Pregos de cobre kilo  25$000 
Arroelas kilo  28$000 
Verniz, galão  25$000 

Os preços acima, são para encommendas na officina, sendo todas as despezas 
de transporte por conta do club. 
Os pedidos deverão ser acompanhados de 50% sobre o seu valor, o restante no 
acto da entrega.”

173 
·  Junho  –  Em  Paranaguá  (PR),  remavam  no  Santa  Ritta  jovens  considerados  da 
elite,  enquanto  que  no  Syrio  seus  remadores  eram  na  maioria  estivadores  e 
funcionários  do  porto,  sendo  considerados  pelos  primeiros  como  profissionais. 
Esta  polêmica  gerou  muitas  discussões  e  atritos  em  Paranaguá  durante  vários 
meses.
·  28/08 – Em Belém, participam de regata e obtêm vitórias, guarnições do Grêmio 
Lusitano e do lole Club.
·  12/11  –  Jeno  Jermann,  engenheiro  civil  e  construtor  no  Rio  de  Janeiro,  também 
enviou uma carta aos clubes de remo do Brasil: 

“Amigo e Snr. 
Levo  ao  conhecimento  de  V.  Ex.,  que  abri  nas  minhas  officinas  uma  secção 
para construcções de apetrechos para o sport náutico debaixo da direcção hábil do 
Snr. Arnaldo Zimmermann. 
Communicando­lhes esta deliberação, offereço­lhes a lista dos preços abaixo, 
pedindo­lhes de honrarem­me com as suas encommendas.” 
A  redação  da  lista  e  os  preços  eram  praticamente  iguais  aos  de  Max  Janke, 
entretanto, o signa1 do pedido era mais favorável: 40% do valor. 

1922

·  Em  Santana  do  Livramento  (RS),  fundado  o  Grêmio  de  Regatas  Almirante 
Saldanha da Gama.
·  27/04 – A guarnição do Clube Náutico Marcílio Dias, de Itajaí, integrada por João 
Tabalipa, João Willert, Pedro Santos, José Corbeta e Gaspar Morais, timoneiro, na 
yole  YARA,  concluiu  exitosamente  o  raide  Itajaí­Florianópolis  em  9  horas  e  10 
minutos.
·  16/08  –  Em  Belém,  realizada  uma  Parada  Naval  promovida  pela  Federação 
Paraense de Sport Náuticos, por ocasião da chegada do famoso aviador português 
Sacadura Cabral, à bordo do cruzador REPÚBLICA.
·  10/09 – No extenso programa esportivo dos "Jogos da Independência" no Rio de 
Janeiro,  em  comemoração  ao  Centenário  da  Independência  do  Brasil,  merece 
destaque  a  regata  de  12  páreos  realizada  na  enseada  de  Botafogo,  com  quatro 
provas Internacionais Navais, patrocinadas pela Liga de Sports da Marinha e com 
a  participação  de  remadores  da  Argentina,  Japão,  Estados  Unidos,  Inglaterra, 
Portugal, Uruguai e Brasil. 
1º  páreo  –  2  horas  –  canoas  a  4  remos  –  1.000  metros  –  Aspirantes  navais 
brasileiros 
Vitória dos alunos do 1º ano da Escola Naval. 
2º páreo  – 2,20 horas – double­sculls  – 1.000 metros – Federação Brazileira das 
Sociedades de Remo. 
Vencedor: "Castello" do Club de Regatas Boqueirão do Passeio. 
3º páreo – 2,35 horas – yoles­franches a 4 – 1.000 metros – União das Sociedades 
de Remo do Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas. 
Vencedor: Clube de Regatas Lage. 
2º lugar: Goyamar do Club de Regatas Jardinense. 
4º páreo  – 2,50 horas – Internacional Naval – canoas a 4 – 1.000  metros – Sub­ 
oficiais e inferiores de marinha. 
Vencedor: Brasil 2º lugar: Estados Unidos.

174
5º  páreo  –  3,10  horas  –  yoles­franches  a  4  –  novíssimos  –  1.000  metros  – 
Federação Brasileira de Sociedades de Remo. 
Vencedor: Autarés do Botafogo – 4'00" 
6º  páreo  –  3,25  horas  –  Internacional  Naval  –  escaleres  a  12  –  2.000  metros  – 
Aspirantes de marinha. 
Vencedor: Inglaterra ­ 9' 54". 
7º  páreo  –  3,50  horas  –  Campeonato  Individual  de  Remo  da  Liga  de  Sports  da 
Marinha – 1.000 metros – Oficiais. 
Vencedor: Capitão­tenente Armando Belfort – 5' 00" 
8º  páreo  –  4,10  horas  –  Internacional  Naval  –  escaleres  a  12  –  2.000  metros  – 
Praças de marinha. 
Vencedor: Estados Unidos – 9' 17" 1/2. 
9º páreo – 4,35 horas – yoles­giggs a 4 – 1.000 metros – Federação Brasileira das 
Sociedades de Remo. 
Vencedor: Reedlinger do Clube de Regatas Guanabara. 
10º páreo – 4,50 horas – Internacional Naval – canoas a 4 – 1.000 metros 
Vencedor: Brasil. 
11º páreo – 5,10 horas – Escaleres a 12 remos – 2.000 metros 
Vencedor: Barco Defesa – Minada 
12º  páreo  –  5,35  horas  –  canoas  a  4  –  1.000  metros  –  novíssimo  –  Federação 
Brasileira das Sociedades de Remo. 
Vencedor: Arethusa do Clube de Natação e Regatas. 

Classificação geral nas provas internacionais navais: 
Brasil – 1º, 1º e 2º 
Inglaterra – 1º, 2º, 2º e 3º 
Estados Unidos – 1º 
Japão – 3º 
Portugal – 3º 
Argentina e Uruguai.
·  No Rio de Janeiro, novos “Bronzes” passaram a ser disputados, anualmente, pelos 
clubes filiados à Federação Brazileira das Sociedades de Remo: 
–  Bronze EN AVANT (Boffil) – Campeonato de Remadores do Rio de Janeiro; 
–  Bronze  LE  CHAMPION  (E.  Herbert)  – Campeonato  do  Remador  do  Rio  de 
Janeiro; 
–  Bronze AU PÉRIL – Prova Comandante midosi; 
–  Bronze Antonio Antunes Figueiredo.
·  16/09 – O IMPARCIAL, do Rio de Janeiro –  “A REGATA INTERNACIONAL 
DE HONTEM O BRAIL VENCEU, W.O., todas as provas latino­americanas (4) 
devido a ausência das guarnições argentinas e uruguaias que alegaram máu estado 
do mar, que não permittia a corrida e que o typo de barcos dos brasileiros era mais 
adequado para o mar, por serem mais largos, emquanto que os por elles trazidos só 
lhes permittia correr em rio ou mar muito manso. 
1º  pareo  –  1.000  metros  –  yoles­f'ranches  a  4  remos  –  qualquer  classe  de 
remadores da União das Sociedades do Remo da lagoa Rodrigo de Freitas 
Vencedor: C.R. Jarrdinense – 2º lugar: C.R. Lage 
2º  páreo  –  2.000  metros  –  out­riggers  a  4  remos  com  patrão  –  Prova  latino­ 
americana 
Vencedor: Brasil – W.O. – 7' 02" 1/5 
Ângelo Gammaro, Carlos Martins da Rocha, Claudinor Provenzano, Armando do

175 
Rego Macedo e Walter Nunes Schlobach, patrão. 
3º  parco  –  1.000  metros  –  escaleres  a  12  remos  –  marinheiros  nacionaes  –  1ª 
Divisão – Liga de Sports da Marinha 
Vencedor: Floti1ha de Submersiveis – 10' 03" 3/5 
4º páreo – 2.000 metros – barco a um remador sem patrão – skiff – Prova latino­ 
americana 
Vencedor: Brasil – W.O. – 7' 02" 1/5 
Arnaldo Voigt 
5º  páreo  –  1.000  metros  –  yoles­granches  a  8  remos  –  novíssimos  (regional) 
Vencedor: Club Internacional de Regatas – 3' 35" 2/5 
6º páreo  – 2.000  metros  –  out­riggers  a  2  remadores  com  patrão  – Prova  latino­ 
americana 
Vencedor: Brasil – W.O. – 8' 42" 
Carlos  Castello  Branco,  Eduardo  Castello  Branco  e  Francisco  Carlos  Brício, 
patrão 
7º  páreo  –  1.000  metros  –  escaleres  a  6  remos  –  marinheiros  nacionaes  –  2ª 
Divisão – Liga de Sports da Marinha 
Vencedor: Escola de Aviação – 7' 00" 
8º páreo  – 1.000 metros –  yoles­gigs a 4 remos –  Juniors (regional) –  Federação 
Brasileira das Sociedades de Remo 
Vencedor: C.R. Vasco da Gama – s.t. 
9º pareo – 1.000 metros – canoas a 4 remos – novíssimos (regional) – Federação 
Brasileira das Sociedades de Remo 
Vencedor: C.R. Icarahy – 4' 02" 
10º páreo – 2.000 metros – double­skiffs – Prova latino­americana 
Vencedor: Brasil – W.O. – 8' 21" 4/5 
Arnaldo Voigt e Guilherme Lorena 
11º pareo – 2.000 metros – Campeonato de Remadores do Rio de Janeiro – yoles­ 
gigs  a  4  remos  –  aberto  a  todas  as  classes  de  remadores  (prova  regional)  – 
Federação Brasileira das Sociedades de Remo 
Vencedor:  C.R.  Guanabara  –  2º  lugar:  C.R.  São  Christovão  –  3º  lugar:  C.N.  e 
Regatas – 4º lugar: C.R. Boqueirão do Passeio.”
·  15/10 – Ofício de constituição, em Antonina, do Club Náutico Paraná.
·  14/11  –  Em  Porto  Alegre,  primeira  realização  de  uma  prova  para  veteranos, 
participando  "remadores  de  qualquer  classe,  com  mais  de  33  anos  de  idade  e 
afastados  há  algum  tempo  da  prática  do remo. Prova em  barcos  a  quatro  remos, 
desde que não sejam do tipo out­rigger. Distância: 1.000 metros". 
Vencedor – Clube de Regatas Almirante Barroso em 3'46"2/5. 
Em 1928 a idade mínima foi aumentada para 35 anos. A partir de 1939 as provas 
para veteranos no Rio Grande do Sul passaram a ser disputadas em todos os tipos 
de barcos. 

1923
·  23/02 – Em Itoupava Seca, Blumenau (SC), fundado o Club Náutico Ypiranga.
·  Agosto  –  Em  São  Sebastião  do  Caí  (RS),  fundação  do  Grêmio  Almirante 
Tamandaré.
·  Dezembro  –  Em  Pelotas  (RS),  fundado  o  Club  de  Natação  e  Regatas  Almirante 
Alexandrino.

176 
1924
·  10/02 – Em Porto Alegre, na raia da Pedra Redonda, realizada com grande sucesso 
a  “1ª  Festa  Náutica  do  Clube  Carnavalesco  Jocotó”.  A  prova  de  gig  a  4,  para 
juniores, em 1.000 metros, foi vencida pelo Clube de Regatas Almirante Barroso. 
Em  01/02/1925,  na  “2ª  Festa  Náutica  do  Clube  Carnavalesco  Jocotó”,  com  a 
participação  de  guarnições  de  sete  clubes,  novamente  a  vitória  coube  aos 
remadores barrosistas.
·  05 a 27/07 – VIII Jogos Olímpicos, em Paris. Não existindo o  Comitê Olímpico 
Brasileiro,  a  participação  dos  remadores  do  Brasil  foi  possível,  com  a 
concordância  da  direção  da  Confederação  Brasileira  de  Desportos.  Os  irmãos 
Edmundo e Carlos Castello Branco participaram da prova de duplo­skiff obtendo 
o quarto lugar (apenas quatro concorrentes). 

1925
·  01/01 – MASCARA, quinzenário illustrado, editado em Porto Alegre: 

“Mascara Sportiva – Deve a mulher remar ? 
A pergunta resolve­se, em verdade, numa questão de ordem mais geral, muito 
discutida e controvertida entre os hygienistas e chronistas elegantes, geral de saber 
si  á  mulher  também  abraça a  obrigação  de pagar  o tributo  devido  aos  exercícios 
que constituem um curso de cultura physica. 
A's  gentes  que  se  attribuem  sentimentos  estheticos  requintados  e  aos 
admiradores  do  bello  sexo  por  exclusivo  mironismo  frivolo,  por  certo  que 
repugnará  vivamente  a  ideia  de  ver  a  fragilima  heroina  dos  seus  sonhos  de 
‘flirtmen’  assentada  sobre  o  carrinho  de  um  'gig'  a  empurral­o  rijamente  golpes 
compassados de remo impellido com vigor. 
E  arrancara  com  certeza  faniquitos  hystoricos  ao  seu  esthetismo  ‘enragée’  a 
simples  ideia  de  ver  aquelles  lindos  braços  alvos  e  torneados,  de  madamas  da 
Renascença,  sulcarem­se  de  saliencias  e  assignaladas  dos  músculos  firmes  e 
contracteis, fortalecidos pelo exercicio muscular. 
Estes  proscrevem  da  ordem  das  cogitações  qualquer  ideia  que  se  tenha  ao 
problema  da  educação  physica  do  sexo  encantador.  Outros,  porém,  sem  ir  tão 
longe  negam­lhe  o  accesso  ao  carrinho  de  um gig,  pelo  motivo  muito  simples  e 
muito falso de que o remo é um exercicio violento demais para a mulher, que da 
sua pratica só obteria resultados perniciosos. 
Não parece, á primeira vista, muito claramente isso. Antes de tudo, o remo não 
é  um  exercício  violento,  que  requeira  o  vigor  muscular  de  um  homem 
normalmente  desenvolvido;  qualquer  sujeito  são  pode  pratical­o  com  proveito, 
desde que o faça com intelligencia e methodo. Não ficara por isso um Hercules. Si 
o  fizer  com  propositada  moderação,  poderá  mesmo,  em  annos  contínuos  de 
exercícios  não exceder a  media normal da  força  humana, approveitando sómente 
os  beneficios  que a  sua  pratica  proporcione  em  saude e  equilibrio  funccional  do 
organismo. 
Convém  não  esquecer  que  o  exercício  é  simplesmente  um  meio  e  que  o  seu 
resultado  será  o  que  desejamos  nós  segundo  o  modo  porque  nos  propomos 
attingil­o. 
Não  é  a  mesma  cousa remar  para  ser  campeão da  América  ou  simplesmente 
fazel­o  para  conseguir  uma  leve  melhora  de  saude  ou  corrigir  defeitos  de 
conformação ou funccionamento organico. 
Este as mulheres podem fazel­o, sem inconveniente.

177 
Ora, numa época em que nas convicções de todos arraigou tão profundamente 
a  idéia  de  que  é  dever,  não  só  individual,  mas  patriotico,  humano,  o 
aperfeiçoamento  physico  do  ser  humano,  o  desenvolvimento  das  condições  de 
resistência,  de  agilidade,  de  força  do  seu  corpo,  como  condição  de  melhoria 
espiritual  da  espécie,  pelo  augmento  da  sensibilidade  do  seu  instrumento  mais 
imediato, não é concebível que desse propósito universal de regeneração  physica 
se exclue exactamente a parte melhor da espécie. 
Depois,  a  mulher  já  não  é,  como  outrora,  um  simples  objecto  de  adorno  e 
instrumento  passivo  da  multiplicação  da  espécie.  É  um  elemento  de  producção 
também, ao igual que o homem, concorrente e collaborador delle em todas as suas 
funcções. E precisa, para isso, apparelhar­se como el1e. 
E  ganhará  saúde,  eurythimia  do  desenvolvimento  orgânico,  equilíbrio 
morphologico, força, espontaneidade e graça de  movimentos, que só o exercício, 
intelligentemente  dirigido,  pode  proporcionar.  Mas,  que  é  tudo  isso  senão  a 
BELLEZA,  o  grande  bem  que  todas  ambicionam,  que  é a  suprema  aspiração  de 
muitas e a única de quasi todas ? 
Parece que estavamos por terminar mandando todas as  nossas patricias pegar 
os remos, sem mais exhitação. Mas, não fazemos. Limitamo­nos a offerecer­lhes 
vários  clichés  representando  aspectos  de  um  clube  feminino  de  regatas  da 
Allemanha  por  onde  verão  que  essa  vida  desportiva  tem,  além  das  virtudes  que 
apontamos,  encantos  e  seduções  mais  agradáveis  que  o  salão  de  baile,  e  muito 
mais úteis também. 
Patrão”

·  26/01  –  Em  Porto  Alegre,  no  Clube  de  Regatas  Almirante  Barroso,  criado  o 
“Conselho  de  Timoneiros”,  com  12  participantes,  coordenados  pelo  Diretor  de 
Regatas, o consagrado patrão Oscar Barbosa dos Santos.
·  01/05 – Fundada a Associação Athletica de Ilhéos (BA), com Secção de Regatas.
·  01/06  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  Assembléia  Geral  da  Confederação  Brasileira  de 
Desportos, a.provada a 

“LEI DO SELLO 
Art.  1º  O  sello  de  propaganda  da  Confederação  Brasileira  de  Desportos, 
obedecerá às disposições do presente regulamento: 
Art. 2º O sello de propaganda é obrigatório como taxa em todos os convites 
para os desportos da Confederação. 
Art. 3º Estão sujeitos ao sello: a) requerimento de informações, qualquer que 
seja o solicitante 1$000; b) os recursos 10$000; c) certidões em geral 5$000. 
Art. 4º Ps papeis, de outra qualquer espécie não previstos neste regulamento, 
ficam sujeitos ao sello de 1$000 exceptuando­se a correspondência das entidades 
filiadas. 
Art.  5º  Todos  os  pagamentos  das  taxas  de  sello  de  propaganda  são 
independentes dos emolumentos estatuidos nas leis em vigor. 
Art.  6º  Cabe  á  Confederação  a  inutilisação  dos  respectivos  sellos,  pelos 
meios que julgar convenientes. 
Art.  7º  O  uso  de  sello  servido  importa  na  multa  de  20$000  a  quem  assim 
proceder. 
Art. 8º Revogam­se as disposições em contrario.” 
Rio de Janeiro – Typ. do JORNAL DO COMMERCIO – Rodrigues & C.

178 
1925
·  15/07 – Em Ilhéus (BA), fundado o Satélite Esporte Clube.
·  15/11 – Porto Alegre, no programa da regata do Campeonato de Remador da Liga 
Náutica Rio Grandense: 
“Quando,  no  lusco­fusco  da  ante­manhã,  saltais  da  cama,  e, 
roubando  duas  horas  ao  somno,  ides  encher  de  ar  salitrado  os 
pulmões,  é  principalmente  a  alma  que  ides  fortalecer  na 
contemplação do mar Infinito, coberto de trevas, do céu sem raias, 
ainda salpicado de estrellas.”
Olavo Bilac
·  12/12 – Primeira regata à remo em Ilhéus (BA). 

1926
·  10/06 – Em Salvador, fundado o Clube Náutico União Vitória.
·  Divergências  entre  os  filiados  da  União  das  Sociedades  de  Remo  da  Lagôa 
Rodrigo  de  Freitas  resultaram  na  fundação  da  Federação  Náutica  da  Lagoa 
Rodrigo  de  Freitas  com  sede  no  Club  de  Regatas  Jardinense.  Em  07/08/1931 
houve  uma  “reunião  dos  filiados  tendente  a  por  fim  á  chamada  dissidência  dos 
clubes  da  Lagôa”.  Curioso  é  que  as  duas  entidades  tinham  as  sedes  muito 
próximas,  na  rua  Jardim  Botânico  número  433  (Jardinense  –  Federação)  e  442 
(União).
·  10/11  –  Em  Aracaju,  fundada  a  Federação  Sergipana  de  Desportos,  dirigindo 
também o remo.
·  11/11 – Em Salvador, fundação do Club Náutico Salvador.
·  Novembro – Em Cachoeira do Sul (RS), fundado o Grêmio Náutico Jacuhy. 

1927
·  Maio  – Em Porto Alegre,  no Sport Club Sudameris, criado um Departamento de 
Remo.
·  05/07  –  Em  Santa  Luzía,  no  Rio  de  Janeiro,  fundada  a  Columna  Náutica 
Marambaya – Club de Natação e Regatas.
·  Em Ilhéus (BA), participava de regatas o State Sport Club, sendo seus remadores, 
funcionários da Companhia Estrada de Ferro Ilhéus – Conquista.
·  11/11 – Em Salvador, fundação do Club de Regatas Vera Cruz.
·  27/11 – Os Campeonatos Brasileiros de Remo com sede no Rio de Janeiro passam 
a  ser  disputados  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas.  Realizadas  pela  primeira  vez  as 
provas  de  2  com  e  duplo­skiff,  para  serem  efetuadas  apenas  nos  anos  que 
antecedessem  os  Jogos  Olímpicos.  Neste  campeonato,  foi  disputada  pela  única 
vez, a prova de canoas a 4 remos: vitória da Federação Náutica Fluminense. 
Os  resultados  deste  campeonato,  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  Em Salvador, os clubes tradicionais de remo usavam a raia dos Tainheiros em suas 
regatas, enquanto que os novos clubes disputavam provas no “Dique do Tororó”. 

1928
·  Em Cachoeira (BA), fundado o Clube de Regatas Paraguaçu, tendo logo adquirido 
duas yoles, a dois e quatro remos, realizando a primeira regata nessa cidade. Em 
14/09/1929 o clube passou a denominar­se Associação Desportiva do Paraguaçu e 
posteriormente Associação Educativa Esportiva do Paraguaçu.

179 
·  21/04 – Em Manaus, fundado o Club Amazonense de Regatas. Em 1961 ocorreu o 
desabamento da garagem náutica e a perda da flotilha de 8 barcos. Em 1954 a sede 
foi  reconstituída  e  recuperados  dois  barcos,  porém  meses  após  um  violento 
temporal  destruiu  completamente  a  sede  e  os  únicos  dois  barcos.  Em  1978  um 
grupo de desportistas conseguiu a reorganização do clube.
·  03/05 – Em Itlhéus (BA), fundado o Náutico Sport Club do Pontal. 

1929
·  Em  Piracicaba  (SP),  fundado  o  Club  Nautico  Piracicabano  para  os  alunos  da 
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.
·  07/04 – Em Porto Alegre, fundação do Grêmio Náutico Gaúcho.
·  02/07  –  Em  Rio  Grande  (RS),  fundado  o  Oficinas  Atlético  Clube  tendo  em 
26/06/1947 mudado a denominação para Clube Náutico Honório Bicalho. Filiou­ 
se à Federação Aquática em 15/10/1947. 

1980
·  01/01 – Em São Paulo, fundado o Clube Esportivo da Penha.
·  26/01 – Na cidade de São Paulo, fundação do São Paulo Futebol Clube, originário 
principalmente  de  associados  dos  clubes  A.A.  das  Palmeiras  e  C.A.  Paulistano, 
com sede no bairro Floresta, junto à Ponte Pequena. 
Em 17/04/1935 fez fusão com o Clube de Regatas Tietê, fundado em 06/06/1907, 
surgindo o Clube de Regatas Tietê­São Paulo. A fusão foi desfeita em 1943.
·  29/03 – Em São Lourenço do Sul (RS), fundação do Clube de Regatas Almirante 
Abreu.
·  05/08 – No Rio de Janeiro, Fundado o Club de Regatas Guanabarense, filiando­se 
à União das Sociedades de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas.
·  Em Rio Negro (PR), fundação do Clube de Regatas Barão de Antonina.
·  Outubro – Em  Porto  Alegre,  nos primeiros  dias  após o  início  da  Revolução, por 
iniciativa  dos  dirigentes  da  Liga Náutica  Rio  Grandense  e  apoio  do  Capitão  dos 
Portos,  foi  formado  o  Batalhão  Marcílio  Dias  integrado  por  várias  dezenas  de 
remadores, todos reservistas, tendo prestado serviços de vigilância de repartições 
públicas,  especialmente  do  Cais  do  Porto  e  de  navios  nas  viagens  entre  Porto 
Alegre, Pelotas e Rio Grande.
·  Composição  do  “Hymno  Desportivo  Brasileiro”,  oficializado  pela  Confederação 
Brasileira  de  Desportos,  música  de  João  Edgardo  Oberstetter  e  letra  de  Manoel 
Bastos Tigre. Impresso e distribuído pela Casa Arthur Napoleão, do Rio de Janeiro 
– Pianos e Musicas, fundada em 1848.
·  Dezembro – Realizada a 1ª Travessia a Remo: Paranaguá – Antonina – Paranaguá, 
em yoles a 4.
·  19/12  –  Instituída  pela  Federação  Brazileira  das  Sociedades  de  Remo  a  prova 
Clássica  “Honra  Estados  Unidos  do  Brasil”,  entre  a  Urca  e  Santa  Luzía,  na 
distância  aproximada  de  5  quilômetros,  para  yoles­franches  a  8,  classe  aberta, 
devendo ser disputada anualmente no dia 15 de novembro.
·  Nesta  década,  no  Espírito  Santo,  participavam  de  Regatas,  o  Yole  Club  de 
Cachoeiro de Itapemirim, e o Sport Club Vi­Minas, integrado por funcionários da 
Estrada de Ferro Vitória­Minas. 

1931
·  22/03  –  Em  Montevidéu,  na  baía  de  Santa  Luzia,  realizado  o  1º  Campeonato

180
(Certame)  Sudamericano  de  Remo,  em  comemoração  ao  Centenário  da 
Independência do Uruguai. Programa com 5 provas (1X, 2X, 2­, 4+ e 8+), tendo o 
Brasil participado de 3 provas e vencido duas. 
2X: Adamor Pinho Gonçalves e Henrique Tomassini – 8'57"; 
4­:  Joaquim da Silva Faria, José Pichler Campos, Claudionor Provenzano, Vasco 
de Carvalho e Amaro Miranda da Cunha, patrão – 8'24". 
Em skiff o remador do Brasil, Antonio Rebello Junior liderava a prova nos 1.200 
metros, porém foi obrigado a desistir por problema físico.
·  28/05  –  Fundação  na  Praia  Vermelha,  Rio  de  Janeiro,  do  Remo  Club  do  Brasil, 
por associados do Sport Club Brazi1. Em fins de 1934 filiou­se à Liga Carioca de 
Remo.
·  21/06 – Fundada a Federação dos Esportes Náuticos de Ilhéos (BA).
·  Em Macaé (RJ) funcionava o Club de Regatas Almirante Barroso.
·  17/09 – Em Porto União (SC), o Clube de Regatas Almirante Boiteux adquiriu do 
Santa Ritta duas yoles a 4 remos – Itiberê e Curityba.
·  01/10 – Em Joinville (SC), fundado o Club Náutico Cachoeira.
·  O Brasil, através da Confederação Brasileira de Desportos filiou­se à FISA.
·  Alguns  meses  após  o  término  da  Revolução  de 1930,  foi  decida  a  ampliação  do 
efetivo  da  Policia  Especial  do  Distrito  Federal,  passando  a  ser  recrutados 
remadores  dos  clubes  do  Rio  de  Janeiro,  especialmente  do  Vasco  da  Gama, 
Guanabara e Flamengo, além de lutadores profissionais de box e catch.
·  Estes remadores tiveram destacadas participações em regatas e campeonatos, além 
de integrarem uma guarnição famosa, o “oito da Polícia Especial”.
·  Em  Salvador,  primeira  disputa  da  “Taça  Maria  Luiza”,  em  duplo­skiff,  classe 
sênior, tendo como vencedores Marcelino Lopes Ferreira e Humberto Cosenza, do 
Esporte  Clube  Santa  Cruz.  A  prova  sempre  disputada  até  o  presente  (1990) 
tornou­se clássica e teve os seguintes vencedores: 
Esporte Clube Vitória  – 20 vezes 
Clube de Regatas Itapagipe  – 19 vezes 
Esporte Clube Santa Cruz  – 13 vezes 
Clube de Natação e Regatas São Salvador  – 05 vezes 
Em 1946, 1964 e 1969 não houve vencedor.
·  15/11  –  No  Rio  de  Janeiro,  primeira  disputa  da  prova  clássica  Honra  Estados 
Unidos do Brasil, em yole­franche a 8, classe aberta, entre a Urca e Santa Luzía, 
na  distância  de  aproximadamente  cinco  quilômetros.  A  prova  foi  realizada 
regularmente tendo os seguintes vencedores: 
15/11/1931  – C.R. Vasco da Gama  – 17' 03" 
15/11/1932  – C.R. do Flamengo  – 19' 15" 8 
15/11/1933  – C.R. Saldanha da Gama (ES) – 17' 16" 4 
15/11/1934  – C. de Natação e Regatas  – 17' 20" 6 
15/11/1935  – C.R. Guanabara  – 17' 29" 
15/11/1936  – C.R. Vasco da Gama  – 17' 20" 
15/11/1937  – C. de Natação e Regatas  – 15' 59" 

Em  05/07/1938  a  prova  passou  a  denominar­se  “15  de  novembro”,  tendo  os 
seguintes vencedores: 
15/11/1938  – C.R. Boqueirão do Passeio  – s.t. 
15/11/1939  – C. de Natação e Regatas  – 14' 52" 8 
15/11/1940  – C.R. Vasco da Gama  – 14' 37" 
15/11/1941  – C.R. Vasco da Gama  – 18' 00"

181 
15/11/1942  – C. de Natação e Regatas  – 17' 05" 
15/11/1943  – C. de Natação e Regatas  – 15' 02" 
15/11/1944  – A.D. Floresta (SP)  – 14' 12" 
15/11/1945  – A.D. Floresta (SP)  – 14' 24" 
15/11/1946  – C.R. Gragoatá  – 15' 51" 
15/11/1947  – C.R. do Flamengo  – 14' 26" 

Em 28/04/1948 novamente esta prova clássica mudou de denominação passando a 
chamar­se  “Riachuelo”.  Em  1954  o  trajeto  foi  reduzido  para  a  metade,  entre  a 
Urca e Botafogo. A época da regata também foi alterada para o mês de junho, no 
domingo  mais  próximo  a  data  da  Batalha  Naval  do  Riachuelo  (11/06).  Teve  os 
seguintes vencedores: 
13/06/1948  – C.R. Vasco da Gama  – 12' 10" 6 
12/06/1949  – C.R. do Flamengo  – 12' 10" 5 
11/06/1950  – C.R. Vasco da Gama  – 12' 10" 
10/06/1951  – C.R. Vasco da Gama  – 11' 52" 
08/06/1952  – C.R. Vasco da Gama  – 11' 40" 
14/06/1953  – C.R. Vasco da Gama  – 11' 09" 
13/06/1954  – C.R. Vasco da Gama  – 8' 35" 
12/06/1955  – C.R. Vasco da Gama  – 9' 28" 2 
10/06/1956  – Botafogo de Futebol e Regatas  – 7' 22" 
09/06/1957  – C.R. Vasco da Gama  – 9' 45" 
08/06/1958  – C.R. Vasco da Gama  – 7' 43" 
07/06/1959  – Botafogo de Futebol e Regatas  – 11' 20" 
12/06/1960  – C.R. Vasco da Gama  – 8' 56"

·  21/12 – Em Porto Alegre, na reunião da Liga Náutica Rio Grandense, aprovada a 
proposta  de  "criação  de  Delegacias  de  Remo  na  Região  Sul  do  Estado  "  e 
designados  Delegados  em  Rio  Grande,  Pelotas  e  São  Lourenço  do  Sul.  Estas 
Delegacias  funcionaram  com  grande  eficiência  durante  muitos  anos,  realizaram 
belíssimas regatas, travessias e anualmente o Campeonato de Remo da Zona Sul, 
sempre com a valiosa colaboração dos clubes filiados. 

1932
·  14/01  –  A  yole  franche  a  2  remos,  FLAMENGO,  tripulada  pelos  destacados 
remadores  e  técnico  rubro­negros,  Antonio  Rebello  Junior  (Engole  Garfo), 
Alfredo  Antunes  Correa  (Boca  Larga)  e  Angelo  Gammaro  (Angelú),  partiu  da 
praia do Vidigal (Leblon) para a travessia Rio de Janeiro­Santos. 
A Capitania dos Portos do Distrito Federal havia negado  licença para o inédito e 
ousado  evento.  Para  tentar  burlar  a  vigilância  da  Polícia  Marítima,  que  havia 
colocado  duas  lanchas  em  frente  à  sede  náutica  do  clube,  a  saida  foi  efetuada 
sigilosamente  em  outro  local,  às  23  horas  e  45  minutos.  Incentivados  pelo  lema 
"Todos  pelo  Flamengo",  venceram  com  fibra  e  coragem  as  210  milhas  náuticas 
(retilíneas),  em  5  dias,  14  horas  e  15  minutos,  tendo  remado  74  horas  e  30 
minutos, em 6 etapas: 
Praia do Vidigal­ilha Grande  – 72 milhas em 16 horas 
Ilha Grande­Joatinga  – 20 milhas em 13 horas 
Joatinga­Ubatuba  – 28 milhas em 11 horas 
Ubatuba­São Sebastião  – 50 milhas em 11 horas e 30 minutos 
São Sebastião­Ilhas  – 28 milhas em 9 horas

182 
Ilhas­rio da Bertioga­estuário­cruzador BAHIA – ponta da Praia – sede do Clube 
de Regatas Saldanha da Gama  – 12 milhas em 14 horas. 
Recepcionados, festivamente, em Santos e São Paulo. 
A TRIBUNA, de Santos, em 21/01: “demonstraram uma fibra esportiva realmente 
notável,  vencendo  toda  a  sorte  de  obstáculos,  triumphando  sobre  todos  os 
impecilhos que ameaçassem detel­os, provando, emfim, que o esporte do remo é 
bem, como já alguém disse, uma verdadeira escola de arrojo e tenacidade.” 
Em  27/01,  à  bordo  do cruzador  BAHIA,  regressaram  ao  Rio  de  Janeiro  –  sendo 
apoteóticamente recebidos.
·  20/01 – Em Pelotas (RS) fundação do Clube Náutico Gaúcho.
·  26/02 – Em Montenegro (RS), fundado o Clube de Regatas Cruzeiro do Sul, tendo 
em 20/05/74  feito  fusão com o Clube de Caça e  Pesca Montenegro, fundado em 
21/04/62, resultando o Clube de Regatas, Caça e Pesca Cruzeiro do Sul.
·  30/07  a  14/08  –  Em  Los  Angeles,  Estados  Unidos,  realizados  os  X  Jogos 
Olímpicos. O Brasil participou de 4 provas de remo: 
2 com  – 4º lugar (4 competidores) – 8'53"1/5 (8'25"4/5) 
Stefano  João  Egisto  Strata,  José  Ramalho  e  Francisco  Carlos  Bricio, 
timoneiro; 
duplo­skiff  – eliminatória: 3º lugar – 7'38"4/5 
repescagem: 3º lugar (desclassificado) – 7'57"4/5 
Adamor Pinho Gonçalves e Henrique Tomassini; 
4 com  – eliminatória: 1º lugar – 7'04"1/5 
semifinal: 4º lugar (desclassificado) 
Olivério  Kosta  Popovitch,  Américo  Garcia  Fernandes,  Durval  Bellini 
Ferreira  Lima,  Osório  Antonio  Pereira  e  João  Francisco  de  Castro, 
timoneiro; 
oito  – eliminatória: 4º lugar (desclassificado) – 6'52"1/5 
Claudionor Provenzano, Joaquim da Silva Faria, Vasco de Carvalho, Osório 
Antonio  Pereira,  José  Rodrigues  Mó,  Antonio  Rebello  Junior,  José  Pichler 
Campos, Fernando Nabuco de Abreu e Amaro Miranda da Cunha, timoneiro. 
Para  as  3  provas  com  timoneiro  havia  4  timoneiros:  3  titulares  e  1  suplente.  A 
desorganização  da  delegação  brasileira  foi  inacreditável  e  alguns  integrantes 
obrigados a vender sacas de café para pagar despesas de transporte e alimentação.
·  Surge  no  Rio  de  Janeiro  um  movimento  liderado  por  Arnaldo  Guinle  contra  as 
diretrizes  do  esporte  nacional  determinadas  pela  CBD,  entidade  considerada  a 
maior responsável pela desastrosa participação do Brasil  nos Jogos Olímpicos de 
Los  Angeles.  Um  dos  objetivos  do  movimento  era  a  "profissionalização"  dos 
atletas de futebol e de outras modalidades esportivas. O remo  foi envolvido e no 
Rio  de  Janeiro  os  clubes  Botafogo,  Flamengo e  Internacional,  além  do Gragoatá 
de Niterói, criaram em 07/03/1933 a Federação Brasileira de Desportos Aquáticos. 
Merecem  transcrição  os  artigos  31  e  32,  incluídos  no  capítulo  VIII  –  DOS 
AMADORES, do Estatuto da nova Federação: 
“Art. 31 – A Federação não reconhece como amadores: 
a)  Os profissionais em qualquer modalidade sportiva e os analphabetos; 
b)  Todos  aquelles  que  pelo  seu  meio  de  vida  profissional  adquiram 
desenvolvimento  physico  que  contrarie  o  espírito  do  Art.  30,  a  juízo  da 
Directoria; 
c)  Os  que  exerçam  profissão  ou  emprego  que  lhes  empreste  o  caracter  de 
serviçaes,  taes  como:  Creados  de  servir,  de  hotéis,  cafés,  bars  ou  botequins, 
armazéns  de  seccos  e  molhados,  "tendas",  confeitarias,  bilhares  e  casas  de

183 
sorvetes;  barbeiros  e  cabelleireiros,  "Chauffers",  empregados  de  agencias  de 
loterias, continuos e serventes em geral, vendedores de bilhetes de loterias ou 
exploradores de jogos prohibidos; conductores ou recebedores de vehiculos e, 
bem assim, os que receberem gorjetas no exercício da profissão; 
d)  Os  professores  de  sports  ou  treinadores  assalariados,  os  pescadores  de 
profissão,  mestre  de  embarcações,  empregados  de  Clubs,  piscinas,  ou 
estabelecimentos balneários, e os constructores de embarcações; 
e)  As praças de pret do Exercito, da Marinha, das Policias e de Bombeiros; 
f)  Os  operários  em  geral,  officiaes  e  artifices  de  fabricas,  officinas,  arsenaes  e 
estaleiros; 
g)  Os de profissão manual que não exija esforço mental; 
h)  Os não amadores em outros esportes; 
i)  Os que o disputarem ou praticarem o sport em conjuncto, com profissionaes; 
j)  Os  que,  embora  exercendo  profissão  ou  emprego  compatível  com  o 
amadorismo,  não  tenham  o  nivel  social  e  moral  exigido  para  a  pratica  dos 
desportos aquáticos, a juízo da Directoria. 
Art. 32 – Exceptuam­se das disposições do artigo anterior: 
a)  Os  dactylographos,  Iynotipistas  e  outras  pessoas  de  profissão  manual 
semelhante; 
b)  As  praças  de  pret  que,  antes  de  encorporadas,  tiverem  as  condições  de 
amadores; 
c)  Os alumnos, das Escolas Naval, de Aviação e de Contadores e os elementos da 
Policia Especial; 
d)  Os sub­officiaes e sargentos de qualquer corporação militar.” 
A  Federação  Brasileira  de  Desportos  Aquáticos  em  14/12/1934  mudou  de 
denominação para Liga Carioca de Remo. 
A  Confederação  Brasileira  de  Desportos  continuava  merecendo  o  apoio  e  a 
simpatia  do  Governo  Federal,  graças  ao  prestígio  de  seu  dirigente,  Dr.  Luiz 
Aranha,  irmão  do  Ministro  Oswaldo  Aranha,  e  da  amizade  com  o  Presidente da 
República. 
No  início  de  1934  apareceu  no  Rio  de  Janeiro  e  em  São  Paulo,  um  novo 
movimento no sentido da “especialização” das entidades dirigentes dos desportos 
no país contra as diretrizes da CBD, detentora do controle da quase totalidade dos 
esportes  no  Brasil.  O  movimento  "especializado"  recebeu  poucas  adesões  nos 
demais Estados. 
Em  29/03/1934  os  clubes  que  haviam  permanecido  na  Federação  Brazileira  das 
Sociedades de Remo, criaram uma nova entidade, a Federação Aquática do Rio de 
Janeiro,  congregando  Vasco  da  Gama,  Guanabara,  Natação  e  Regatas,  São 
Cristovão, Boqueirão do Passeio, além dos clubes Niterói, Icaraí e Fluminense. 
As sérias divergências entre a CBD e a "Especializada" acentuaram­se em 1935 e 
1936,  culminando  com  a  viagem  de  duas  delegações  brasileiras  aos  Jogos 
Olímpicos de Berlim em 1936 (Ver Capítulo 2 – ano 1936 ). 
Em  23/05/1938,  devido  à  pacificação  entre  as  entidades  náuticas  do  Rio  de 
Janeiro, foi criada a Liga de Remo do Rio de Janeiro. 
Em  virtude  do  Decreto­lei  nº  3.199,  de  14/04/1941  a  Liga  de  Remo  do  Rio  de 
Janeiro, em 31/01/1942 foi transformada em Federação Metropolitana de Remo. A 
fusão da Guanabara com o Rio de Janeiro em 15/03/1975 motivou nova alteração 
de nome da entidade, tendo surgido em 04/04/1975 a Federação de Remo do Rio 
de Janeiro.

184 
1933
·  Fevereiro – A TRIBUNA, de Santos – síntese de uma série de reportagens: 
"Antonio Rocha, 28 anos, remador santista sempre revelou o desejo de retribuir a 
visita dos valorosos remadores rubro­negros, que na iole a 2 – FLAMENGO, em 
janeiro de 1932 realizaram a difícil travessia Rio de Janeiro­Santos. 
Recebeu  apoio  A  TRIBUNA,  de  Santos  e  de  dirigentes  do  Club  de  Regatas 
Tumiaru,  de  São  Vicente.  No  canoe  ITARARÉ  foram  adatados  um    ‘castelo’ 
sobresalente para aumentar a  segurança do barco, e uma  nova palamenta, para o 
caso de um acidente. 
Além  de  uma  certa  quantidade  de  biscoitos  e  frutas,  que  será  renovada  nas 
differentes  etapas,  Rocha  conduz  graxa,  cordas,  facas  e  outros  apetrechos 
necessários para a viagem. 
Fiel  ao  seu  credo  religioso,  Rocha  tambem  leva,  à  sua  frente,  uma  pequena 
imagem de Nossa Senhora do Monte Serrate, padroeira da cidade. A's 18 horas e 
30 minutos de 24/02, o ITARARÉ partiu da sede do Tumiaru. Desfavorecido pela 
maré, Rocha decidiu pernoitar na Bocaina até onde chegára no mesmo dia, afim de 
seguir pela madrugada de sábado, rumo ao Rio de Janeiro. 
A's  4  horas  e  5  minutos  de  25/02  deixou  a  sede  do  Club  de  Regatas  Santista, 
venceu  o  rio  Bertioga  e,  após  3  horas  de  incessante  remar,  se  defrontou  com  o 
oceano, tendo chegado às 12 horas em São Sebastião. 
As  novas etapas São Sebastião – Vila Bella – Caraguatatuba – Ubatuba e Paraty 
foram difíceis, mas todas vencidas com muita fibra e luta. 
Em Paraty, o mau tempo reteve vários dias o valoroso remador. 
As  etapas  Paraty  –  Ilha  Grande  (POUSO)  –  Mangaratiba  e  Guaratiba  também 
foram penosas, além de uma forte gripe de 5 dias de duração. 
12/03 – Partida de Guaratiba – mar muito agitado – retorno à Ponta Grossa (farol 
de Guaratiba). 
13/03  –  Saída  aos  30  minutos  de  Guaratiba  e  após  11  horas  de  remo  a  chegada 
gloriosa à Guanabara, na sede náutica do Clube de Regatas do Flamengo. 
Primeiras  impressões  de  Antonio  Rocha:  Quero  que  a  Agencia  Havas  saúde,  em 
meu nome, a A TRIBUNA, de Santos, o Clube de Regatas Tumiaru e o povo de 
minha terra. Foi com o coração voltado para Santos, foi com o incentivo daquella 
gente, que realizei o meu raide. 
Rocha  recebeu  muitas  homenagens  no  Rio  de  Janeiro,  de  modo  especial  de  A 
NOITE, O GLOBO, Ministério da Marinha e Clube de Regatas do Flamengo. 
21/03  –  Chegada  em  São  Paulo  por  trem,  sendo  recebido  com  muitas  festas,  e 
homenagens." 
Antonio Rocha – remador valente, ousado e intrépido, realizou brilhante e inédita 
façanha náutica.
·  28/05  –  Pela  primeira  vez,  o  Campeonato  Brasileiro  é  disputado  fora  do  Rio  de 
Janeiro, sendo realizado em Porto Alegre, na raia dos Navegantes. Efetuadas duas 
provas: skiff,  vencida pelo Rio de Janeiro, e 4 com, pelo  Rio Grande do Sul. Os 
resultados podem ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  25/08 – Em Ribeirão Preto (SP), fundado o Clube de Regatas Rio Pardo, tendo em 
15/01/1943 mudado a denominação para Clube de Regatas Ribeirão Preto.
·  16/10 – Em Joinville (SC), fundação do Club Náutico Atlântico. 

1934
·  15/02 – Do Rio de Janeiro, da sede do Yacht Club Fluminense, partiu com destino 
à Buenos Aires, o double canoe com bordas elevadas TUDO NOS UNE, tripulado

185 
pelos  valorosos  e  arrojados  remadores  Angelo  Gammaro  (Angelú)  e  Edgar 
Hungria. O raide tinha como  homenageado o Presidente da República Argentina 
General  Agustin  Justo.  O  barco  foi  doado  pelo  industrial  paulista  Sabbado 
D’Angelo, proprietário da Fábrica de Cigarros Sudan. 
"No interior do barco levam alimentos, pistolas, roupas, medicamentos diversos e 
dois kilos de dynamite afim de afugentar os peixes bravíos em caso de ataque." 
Na  primeira  etapa  enfrentaram  o  mar  bastante  agitado  e  somente  em  26/02 
chegaram à Santos sendo recebidos festivamente e hospedados no Hotel Carlino, 
na Ponta da Praia. A segunda etapa até Paranaguá com início previsto para 03/03 
não  foi  iniciada, e em 07/03 – "devido a  falta de  recursos financeiros e apoio de 
entidades governamentais, a travessia foi cancelada." 
Noticiada a desistência, imediatamente a FOLHA DE SANTOS solicitou o apoio 
do destacado remador Antonio Rocha para o prosseguimento do raide. Contando 
com o incentivo de A TRIBUNA e de diversos desportistas, a iniciativa teve êxito, 
e  os  remadores  santistas  Antonio  Rocha  e  José  Ferreira  de  Andrade  decidiram 
aceitar  o  desafio.  O  TUDO  NOS  UNE  foi  prontamente  cedido pelo  Sr.  Sabbado 
D'Angelo e mudada a denominação para BANDEIRANTE. 
No  dia  2  de  abril,  junto  ao  pontão  das  barcas  do  Guarujá,  os  maratonistas 
reiniciaram a difícil travessia. O raide foi completado em 45 etapas, durou 4 meses 
e  19  dias,  e  foram  percorridas  1.134  milhas  em  309  horas  efetivas  de  remo.  Os 
maratonistas vitoriosos foram festivamente acolhidos em Buenos Aires, recebidos 
pelo Presidente da República Argentina, General Agustin Justo e pelo Embaixador 
do  Brasil,  e  hospedados  no Clube  de  Regatas  La  Marina.  Regressaram  no  vapor 
MONTE  SARMIENTO  sendo  festivamente  recebidos  em  Santos  no  dia  4  de 
setembro.
·  25/02 – Inscritos 103 barcos na regata realizada em Santos pela Federação Paulista 
das Sociedades de Remo.
·  22/04  –  Em  Montevidéu,  vitória  consagradora  do  4  com  do  Club  de  Regatas 
Guahyba, de Porto Alegre, sobre a “imbatível” guarnição do Montevideo Rowing 
Club.  Vencedores:  Reynaldo  Leipelt,  Henrique  Kranen  Filho,  Ernesto  Arthur 
Sauter, Helmuth Glimm e Vespasiano dos Santos, patrão. Chegada apoteótica em 
Porto  Alegre,  dia  29  na  gare  da  Viação  Ferrea  do  Rio  Grande  do  Sul.  O  barco 
vencedor  CRUZEIRO  DO  SUL,  acompanhou  a  delegação  nas  duas  viagens  por 
via ferroviária.
·  20/05 – Em São Leopoldo (RS), efetuada a Regata Extraordinária em homenagem 
á Parada do Trabalho Allemão no Rio Grande do Sul. Programa com 3 provas em 
gigs a 4 remos, tendo como vitoriosos o Club de Regatas Porto Alegre, o Clube de 
Regatas  Almirante  Barroso  e  o  Club  Italiano  Canottieri  Duca  degli  Abruzzi.  A 
regata foi a de  maior destaque das  muitas realizadas em São Leopoldo, inclusive 
os Campeonatos de Remo do Interior.
·  21/06 – No Rio de Janeiro, fundado o Clube de Regatas e Natação Penha.
·  18/11 – Pela primeira vez, disputado no Estado de São Paulo, em Santos, na raia 
do Vallongo, o Campeonato Brasileiro de Remo. Programa com 4 provas: 1X, 2X, 
2+  e  4+.  Os  resultados  podem  ser  encontrados  no  capitulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES. 

1935
·  15/01 – Em Americana (SP), fundado o Clube Recreativo Sportivo Carioba.
·  07/04 –  No  Campeonato  Brasileiro  de  Remo  realizado no  Rio  de  Janeiro,  foram 
incluidas no programa as provas de 2 sem e 8+. Os resultados desse Campeonato

186 
podem ser encontrados no Capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  21/04 – Na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, o 2º Campeonato (Certame) 
Sul­americano  de  Remo  com  programa  de  6  provas.  Os  remadores  do  Brasil 
venceram 3 provas: 
2 com  – James Harding, Curt Haberland e Carlos Perl Junior, patrão – (W.O.) – 
s.t.; 
skiff  – Frederico Richter – 8'16"2; 
oito  –  Arno  Albino  Ely,  Máximo  Fava,  Frederico  Guilherme  Tadewald, 
Alfredo  de  Boer,  Lauro  Franzen,  Henrique  Kranen  Filho,  Ernesto  Arthur 
Sauter, Helmuth Glimm e Oscar Barbosa dos Santos, patrão – 6'20"2. 
Dois segundos lugares: 
4 com  –  Edmundo  Dauner,  Saturnino  Vanzelotti,  Frederico  Heit,  Arno 
Collin e Oscar Barbosa dos Santos, patrão – s.t.; 
duplo­skiff  – Adamor Pinho Gonçalves e Henrique Tomassini, s.t. 
2 sem  – 3º lugar.
·  20/05 – Na cidade do Rio de Janeiro, na sede da Federação Brasileira de Footbal1, 
à avenida Rio Branco 137, fundado o Comitê Olímpico Brasileiro – COB. Foram 
seus presidentes: 
20/05/1935 – 02/07/1947 – Dr. Antonio Prado Junior 
02/07/1947 – 17/08/1951 – Dr. Arnaldo Guinle 
17/08/1951 – 15/01/1963 – Dr. José Ferreira Santos 
15/01/1963 – 06/11/1963 – Almirante Attila Monteiro Aché 
06/11/1963 – 19/10/1990 – Major Sylvio de Magalhães Padilha 
19/10/1990 – até o presente Dr. André Gustavo Richer 
O Brasil desde 1913 tem representação no Comitê Olímpico Internacional – COI.
·  03/11 – Regata promovida pela Liga de Sports da Marinha,  na  lagoa Rodrigo de 
Freitas, raia do  Cantagalo,  aberta a todos os clubes de remo do Rio de Janeiro e 
Niterói.
·  16/12  –  Um  grupo  de  associados  do  São  Paulo  Futebol  Clube,  fundado  em 
26/01/1930, inconformado com a recente fusão com o Clube de Regatas Tietê em 
17/04/1935, reagrupou forças e em reunião na rua 11 de agosto nº 9 A, fundou o 
atual São Paulo Futebol Clube, logo chamado de São Paulo Futebol Clube nº 2 e 
São  Paulo  Júnior.  Em  12/09/1938  fez  fusão  com  o  Clube  Atlético  Estudante 
Paulista,  passando  a ocupar  a  praça  de  esportes  da  Móoca.  Na  sede  do  Canindé, 
adquirida  em  1942,  passou  a  ser  um  clube  poli­esportivo,  praticando  também  o 
remo. Em 1954 quando a área da sede foi vendida a particulares, depois repassada 
à  Associação  Atlética  Portuguesa  de  Desportos,  o  Departamento  de  Remo  foi 
extinto e os barcos transferidos para o Clube Esportivo da Penha. 

1936
·  18/02  –  Em  Cachoeira  do  Sul  (RS),  fundação  do  Grêmio  Náutico  Tamandaré 
tendo  em  15/05/1941  incorporado  a  Sociedade  Italiana  Príncipe  Umberto. 
Promoveu anualmente  na raia da  Aldeia, a  Regata Intermunicipal do Jacuí, além 
da Regata comemorativa da 1ª Festa do Arroz e regatas do Campeonato de Remo 
do Interior do Estado.
·  17/03  –  Em  São  Sebastião  do  Caí  (RS),  fundado  o  Praia  Club  –  Grêmio  de 
Natação e Regatas.
·  16/04 – Na cidade de São Paulo, os clubes Germania, Esperia, Tietê, Piracicaba, 
Sírio e Carioba, fundam a Federação Paulista de Remo.
·  Em  Porto  Alegre,  o  remo  recreativo  nas  manhãs  de  domingos  e  feriados  era

187 
praticado desde fins do século passado através de excursões às ilhas fronteiras, aos 
capões  das  margens  dos  rios  formadores  do  Guaiba  e  às  praias  da  zona  sul  da 
cidade.  As  distâncias  eram  cada  vez  maiores  e  as  excursões  representavam 
desafios à resistência dos remadores. Em virtude dos passeios serem iniciados de 
madrugada  e  os  remadores  alimentarem­se  somente  após  a  chegada  ao  local  da 
excursão, foi  idealizado  um  café  especial  para  os  excursionistas.  Este  café,  logo 
conhecido  como  de  chaleira,  recreativo,  de  excursão ou  "kaffe  partie",  foi  sendo 
gradativamente  melhorado  em  quantidade  e  qualidade.  Os  cardápios  eram 
variados, desde o mais simples, apenas  café  e  pão,  até  os  de  "luxo",  com 
cuca,  biscoito,  bolacha,  manteiga,  mel,  schmier,  queijo,  salame,  sanduíche, 
lingüiça e bolo. O café não era acompanhado de leite, sendo preparado em latas de 
querosene  (marca  Jacaré),  grandes  panelas  ou chaleiras.  O  café  em  pó,  posto  na 
água  fervente,  devia  permanecer  alguns  minutos  até  levantar  a  fervura,  e  então 
mexido com um tição (pedaço de lenha em brasa) para "sentar a borra". 
Depois  do  café,  começavam  as  competições  ou  desafios,  de  pesca,  corridas, 
saltos,  lançamentos  e  jogos  recreativos.  O  futebol  ainda  não  era  conhecido  (a 
primeira  partida  em  Porto  Alegre  foi  disputada  em  07/09/1903).  O  banho  e  a 
natação  somente  eram  permitidos,  duas  horas  após  o  café,  devido  o  perigo  da 
"congestão". 
Entre  centenas  de  remadores  que  praticaram  o  remo  recreativo  em  Porto 
Alegre, um grupo merece destaque, a famosa "Guarnição dos Mulas". 
Desde  1933,  alguns  remadores  do  Club  de  Regatas  Guahyba,  que  não 
participavam mais de regatas, começaram a praticar o remo recreativo nas manhãs 
de domingos e feriados, usando sempre a yole a 4 – LUNA. 
Eram  assíduos  e  pontuais,  e  a  amizade  cresceu  havendo  interesse  de  outros 
remadores  de  integrar  a  guarnição.  Em  10/05/1936,  dia  histórico  para  esses 
remadores e para o remo recreativo, efetuaram a primeira excursão num gig a 6, o 
JÚPITER.  Em  breve,  todos  passaram  a  ser  mais  conhecidos  pelos  apelidos: 
CONFORTO  (Edgar  Barth),  XIMANGO  (Germano  Wetter),  ALFAIATE  (Kurt 
Wetter),  BORÓ  (Christiano  Bohrer),  CACIQUE  (Walter  Stosch),  BAIXINHO 
(Oscar Heller) e GAZOLINA (Carlos Endler). Somente, José Rodolpho Petzhold 
nunca teve apelido. Além dos 7 titulares havia um suplente. 
“A rigidez no horário das saídas da sede era imutável, exatamente às 5 horas e 
59  minutos,  e quem se atrasasse um  minuto apenas, ouvia uma bronca terrível, e 
por  isso  passamos  a  ser  conhecidos  como  a  ‘Guarnição  dos  Mulas’,  mas  apesar 
dos coices, sempre fomos grandes e verdadeiros amigos”. 
José Rodolpho Petzhold 

Em  maio  de  1946,  por  ocasião  do  jantar  festivo  do  10º  aniversário  da 
guarnição, na sede do Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre, à Rua Voluntários 
da Pátria, Oscar Heller (BAIXINHO) surpreendeu a todos, presenteando o Clube 
com  um  belo  quadro  cartográfico  mostrando  com  detalhes  todos  os  roteiros  nas 
áreas  do  delta  do  Jacuí,  fotografias  dos  integrantes  da  guarnição,  e  finalmente 
explicando  o  uso  durante  esses  dez  anos,  da  bússola,  binóculo  e  do  sigiloso 
caderno de anotações. 
Durante  mais  de  40 anos  ininterruptos,  a  Guarnição  dos  Mulas  realizou  com 
pontualidade  britânica,  excursões  e  cafés  tradicionais.  A  amizade,  simpatía  e 
cavalheirismo eram habituais e marcantes, e nos quase 3.000 cafés que preparou, 
todos os 'visitantes' eram sempre bem recebidos e considerados amigos. No remo 
recreativo,  a  inigualavel  Guarnição  dos  Mulas  merece  este  registro,  pleno  de

188 
saudade.
·  17/05 –  Em  Paranaguá  (PR),  regata  de  estréia  do  Oceania  Sport  Club,  vencendo 
em yole a 4 remos,  a guarnição do Santa Ritta.
·  01  a  16/08  –  XI  Jogos  Olímpicos,  em  Berlim.  O  Brasil,  surpreendentemente, 
compareceu  com  duas  delegações:  CBD  e  Especializadas,  ambas  julgando­se 
titulares do desporto no país e criando para o Comitê Organizador Central Alemão 
uma  situação  inusitada,  delicada  e  constrangedora,  somente  resolvida  com  a 
intervenção  direta  do  Presidente  da  República,  Dr.  Getúlio  Dornelles  Vargas, 
cinco dias após o início dos Jogos. 
Delegação da Confederação Brasileira de Desportos: 
técnicos – Humberto Sachs, José Carlos Daudt e Túlio de Rose; 
skiff – Frederico Richter; 
duplo­skiff – Paschoal Caetano Rapuano e Adamor Pinho Gonçalves; 
2 sem – Francisco Gomes Marinho e Érico Barreto; 
2 com – Stefano João Egisto Strata, José Ramalho e Victorio Fillelini, timoneiro; 
4 com – Orlando Ferreira da Cunha, Otávio Lopes Aguiar, Joaquim Ambrósio de 
Oliveira, Aurélio Costa Sabino e Décio Klettemberg Couto, timoneiro; 
oito  –  Lauro  Franzen,  Máximo  Fava,  Alfredo  de  Boer,  Ernesto  Arthur  Sauter, 
Henrique  Kranen  Filho,  Frederico  Guilherme  Tadewald,  Nilo  Anselmo  Franzen, 
Arno Franzen e Rodolpho Maria Rath, timoneiro. 
Delegação das Especializadas: 
técnicos – Américo Garcia Fernandes, Sebastião de Almeida e Rudolf Keller; 
skiff – Celestino Palma; 
2 sem – Afonso Celso R. de Castro e Eduardo Lehman; 
4  com  –  Nelson  Parente  Ribeiro,  Álvaro  Portinho  de  Sá  Freire,  José  Pichler 
Campos, Wilson de Freitas e Henrique Candido Camargo, timoneiro; 
oito – Erasmo de Souza Rocha, Roldão Macedo, Ralf E. Stickforth, Alfredo Alves 
Pereira e a guarnição de 4 com. 

Berlim: 
"Acta da reunião realizada nesta Embaixada, a 6 de agosto de 1936, sob orientação 
do  primeiro  secretario  Sr.  Heitor  Lyra,  como  representante  autorizado  de  sua 
excellencia o senhor embaixador do Brasil. 
1  –  Reunidos  nesta  Embaixada  os  senhores:  dr.  Ferreira  dos  Santos,  chefe  da 
delegação do COB (Especializadas); Gerd Stoltenberg, chefe da Secção de Remo 
do COB (Especializadas); Huberto Sachs, chefe da Secção de Remo da CBD; e os 
drs. Heriberto Paiva e João Augusto Penido, como testemunhas. 
2 – Attendendo ao facto de que o prazo para as inscrições finaes nas quatro provas 
de  remo  das  actuaes  Olympiadas,  será  encerrado  impreterivelmente  amanhã,  à 
tarde,  (prazo  aliás,  que  já  foi  prorrogado  por  uma  concessão  especial  ao Brasil), 
foram todos accordes que se tornava necessario chegar­se a uma solução definitiva 
quanto à participação nellas da Delegação Desportiva de Remo. 
3  –  Ficou  desde  logo  assentado,  de  commum  accordo,  que  não  tendo  a  COB 
(Especializadas)  trazido  a  guarnição  de  "dois  com  patrão"  e  de  "double­skiff", 
seriam  as  guarnições  respectivas  da  CBD,  escaladas  para  disputarem  essas  duas 
provas do Campeonato Olympico. 
4 – Discutiu­se, em seguida, o critério da escolha para a participação nas 4 outras 
provas: 2 sem patrão, 4 com patrão, 'skiff', guarnição de 8. 
5  –  Quanto  à  prova  de  '2  sem  patrão',  ficou  assentado  que  pelo  facto  de  ser  a 
guarnição  do  COB  (Especializadas)  presentemente  em  Berlim,  campeã  brasileira

189 
nessa especialidade, seria ella cedida para concorrer à respectiva prova olympica. 
6  –  Quanto  às  provas  '4  com  patrão'  e  'skiff',  ficou  assentado  que  se  procederia 
preliminarmente a uma dupla eliminatória, para cada prova, cabendo às guarnições 
vencedoras, tomarem parte no Campeonato Olympico. A eliminatória para a prova 
de  4  com  patrão  se  realizaria  amanhã,  7  do  corrente,  às  10  horas.  Quanto  à 
eliminatória  para  a  prova  de  skiff,  desde  que,  por  excepção,  se  permitte  a 
inscripção de dois remadores, poderia ser  feita  no dia 9 do corrente, o que  ficou 
desde logo assentado. 
7 – Passou­se, em seguida, a decidir o critério de participação na "prova de oito". 
Ambas as partes pleiteavam a  inscripção de suas  respectivas guarnições. O COB 
(Especializadas),  propunha,  para  decidir­se,  afinal,  uma  eliminatória,  que  teria 
necessariamente de realizar­se o mais tardar amanhã pela manhã; a CBD recusava­ 
se a essa prova, não tanto pela prova em si, mas pela data precipitada em que ella 
teria  de  fazer­se,  attendendo  a  que  sua  guarnição  estivera  até  então  numa  quasi 
completa immobilidade, sem barco adequado, sem treinos regulares, com a moral 
abatida pelas condições desiguaes em que se encontrara até a data do accordo de 
1º de agosto. 
8 – Não se chegando a uma solução que conciliasse os pontos de vista de ambas as 
partes, resolveram ellas, de commum accordo, entregar o caso à deliberação final 
do embaixador do Brasil (Moniz Aragão), na conformidade da acta assignada a 1º 
de agosto corrente. 
9 – Deante o senhor Heitor Lyra. 
10  –  Attendendo  a  que  são  patentes  as  razões  de  ordem  moral  e  de  ordem 
desportiva  allegadas  pela  CBD,  para  não  obrigar  a  sua  guarnição  a  uma  prova 
eliminatória, que teria de realizar­se impreterivelmente amanhã pela manha; 
11 – Attendendo a que na falta dessa eliminatória não há outro critério justo, por 
onde se possa apurar as condições actuaes de preparo das duas guarnições, senão o 
do julgamento dos títulos de ambas; 
12 – Attendendo a que a guarnição da CBD (com excepção de um único de seus 
remadores) possue o título de campeã sul­americana na sua especialidade; 
13 – RESOLVE que essa guarnição será designada para disputar a prova olympica 
de oito. 
14 – Depois de  lida  vae esta acta assignada por todos os presentes. Berlim, 6 de 
agosto de 1936. 
(as.) Heitor Lyra,  Ferreira dos Santos, J. A. de Souza Ribeiro, Gerd Stoltenberg, 
Huberto Sachs, Heribelto de Paiva e J. A. Pennido". 
Nas  eliminatórias  de  skiff,  Palma  (COB­SP)  venceu  Richter  (CBD­RS),  e  em  4 
com  patrão,  COB­RJ  venceu  a  CBD­SC,  definindo  a  representação  do  Brasil. 
Resultados: 

ELIMINATÓRIAS  MELHORES 
BARCOS 
11/08  12/08  13/08  TEMPOS 
4+  S1 2º 7'01"3/10  ­ ­  S1 4º 8'26"  6'41"1/10 (ALE) 
2­  S1 4º 7'42"2/10  ­ ­  S1 aband. 1300m  7'12"6/10 (ALE) 
4­  Não concorreu  ­ ­  ­ ­  6'22"5/10 (ALE) 
2X  ­ ­  S2 6º 7'26"3/10  S1 5º 8'30"2/10  6'41" (ALE) 
8+  S2 5º 6'33"2/10  S2 4º 7'06"1/10  6'00"8/10 (USA) 
1X  S1 2º 7'37"2/10  S4 3º 7'49"7/10  ­ ­  7'17"1/10 (ALE) 
2+  ­ ­  S1 6º 8'13"7/10  S1 5º 9'32"3/10  7'27"3/10 (ALE)

190 
As guarnições brasileiras não classificaram­se para as semifinais.
·  25/09 – Em Montenegro (RS), disputa da Taça Almirante Barroso, em gigs a 4, na 
“Primeira Regata Amistosa do Caí”. Vitória do Praia Club, da cidade de Caí (RS).
·  18/10 – No programa do Campeonato de Remo do Rio de Janeiro, promovido pela 
Liga Carioca de Remo: 

“O REMO 
O remo é o esporte fidalgo por excellencia e aquelle que melhores resultados 
offerece, quanto á educação do physico, daquelles que o praticam. 
É também um esporte mundial, admittido no programma plympico, como um 
dos mais importantes e attrahentes. 
O regimen de treinamento é quasi uma coisa uniforme em toda a parte. Póde 
haver,  um  pouco  mais  de  severidade  neste  ou  naquelle  paiz,  mas  em  geral  o 
fundamento  para  bons  resultados,  reside  apenas  na  perseverança,  na  persistência 
aos  treinos,  no  regimen  alimentar  e  no  methodo  a  observar­se  quanto  á  vida 
commum. 
O remador é, pois, o esportista por excellencia. 
Se  não  observa  os  preceitos  necessarios  exigidos  para  um  bom  resultado, 
preferivel  é  que abandone  esse  esporte,  pois  nunca  chegará  á  perfeição  e  jamais 
conseguirá concretizar os altos objectivos que alimenta.” 

No programa da mesma regata: 

“O SEGREDO 
Está no capricho. Está no esforço de cada um o maior factor para chegar a ser 
um bom remador, um excellente 'rower'. 
Não depende tão só da força physica, da compleixão athletica, depende sim da 
educação  que  se  dér  a  estes  dotes,  do  esmero  com  que  esta  educação  physica  é 
feita. 
Não basta a força. Acima della está a technica. 
A efficiencia  de  uma  remada  não  se exprime  pela  força  muscular  estampada 
no  braço  que  maneja  o  remo,  mas  sim,  mais  no  modo  pelo  qual  este  remo  é 
manejado. 
De que vale a força bruta, se ella se neutralisa pela sua má applicação ? 
De que vale a força bruta, se não e aproveitada com efficiencia ? 
Nada, se  não se  lhe ajunta a technica.  São sim  dois  factores complementares 
do  remador.  Reunidos,  formam  perfeição.  Separados,  esta  supre  aquella.  Não, 
porém, aquella a esta. 
O 'sport' do remo foi feito para o desenvolvimento physico do indivíduo. 
Aquelle  que  é  naturalmente  forte,  praticando­o,  nada  mais  faz  que  aprimora 
seu  physico.  Desenvolve­se  o  que  não  foi  assim  contemplado  pela  natureza,  e  a 
força que adquire é o producto do seu capricho na pratica deste exercicio, é bem a 
documentação latente do beneficio que nos traz tal 'Sport'. 
Para o disputante o capricho nos treinos é tudo. O treino é o melhor mestre de 
um  remador  caprichoso.  Nelle  se  corrigem  defeitos,  se  aperfeiçoam  remadas,  se 
cria folego, se prepara o physico a par do espirito para confiantemente enfrentar o 
adversario no momento do prelio. 
Esta, assim, no capricho, o segredo do remo. 
O  sol  que  queima  a  tez,  da  mesma  fórma  enrijece  o  espirito,  como  se  seus 
raios ultrapassando a matéria, attingissem a alma.

191 
O capricho dá força e dá technica. Mais do que isso, dá ao remador a confiança 
em si próprio. 
Ribeiro de Castro”

·  15/11 – Em Uruguaiana (RS), fundado o Uruguaiana Praia Clube. 

1937
·  02/05  –  Em  Porto  Alegre,  primeira  realização  da  prova  clássica  Honra  Walligi, 
para  remadores  sem vitória.  Nas  34  disputas,  foram  entregues  definitivamente  4 
taças, aos clubes com 3 vitórias consecutivas ou 5 alternadas: 
1ª Taça  – Clube  de  Regatas  Guaíba  –  Porto  Alegre  – 1943,  1945,  1946,  1948  e 
1949; 
2ª Taça – Clube de Regatas Vasco da Gama – 1950, 1953, 1955, 1958 e 1959; 
3ª Taça – Clube de Regatas Almirante Barroso – 1960, 1961 e 1962; 
4ª Taça – Grêmio Náutico União – 1964, 1968, 1969 e 1970. 

1938
·  06/01 – “Flotilhas de todos os clubes de remo de Porto Alegre, num total de 120 
barcos, receberam no Cais do Porto, em frente ao Portão Central, o Presidente da 
República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas.”
·  08/01 – Em Santos (SP), representantes de 13 clubes de remo unificaram as duas 
entidades  dirigentes  do  remo  paulista  e  fundaram  a  Federação  do  Remo  de  São 
Paulo, com sede na capital do Estado.
·  17/01 – Em Farroupilha (RS), fundação do Grêmio Náutico Farroupilha.
·  17/04 – Em Porto Alegre, primeira disputa da Travessia de Porto Alegre a Remo – 
Prova Clássica Folha da Tarde, em out­riggers a 8+, na distância de 5.240 metros. 
Vencida  pela  guarnição  do  Clube  de  Regatas  Guaiba­Porto  Alegre  em  17'51": 
Alfredo Strehlau, Walter Holzberg, Armando G. Ferreira, Hans Bertram, Henrique 
Kranen  Filho,  Luiz  Buchmann  Filho,  Francisco  Lederer,  Helmuth  Glimm  e 
Octávio Santos Rocha, timoneiro. 
A  Travessia  foi  realizada  37  vezes,  tendo  participado  1.744  remadores  e  218 
timoneiros.  O  Clube  de  Regatas  Almirante  Barroso  (Associação  Almirante 
Barroso­São  José  Futebol  e  Regatas)  venceu  18  vezes,  o  Grêmio Náutico  União 
15,  o  Clube  de  Regatas  Guaiba­Porto  Alegre  2  e  o  Clube  de  Regatas  Vasco  da 
Gama,  de  Porto  Alegre  2.  A  regata  foi  disputada  em  distâncias  diversas,  entre 
5.240  e  3.300  metros,  sendo  encerrada  em  02/09/1973  e  tendo  como  laureados 
apenas clubes de Porto Alegre.
·  06/07 – Em Joinville (SC), fundada a Sociedade Esportiva Cruzeiro do Sul.
·  21/07 – No Rio Grande do Sul, através do Decreto Estadual 7.271, criada a Liga 
de  Sports  da  Brigada  Militar,  com  Departamentos  de  Remo,  Natação  e  Water­ 
Polo.
·  17/10 – Em Manaus, fundação do Olímpico Clube. 

1939
·  08/02 – No Recife, fundado o JET Clube (Juventude Esportiva da Torre) tendo se 
dedicado ao remo com barcos cedidos por outros clubes de remo. Posteriormente 
passou a chamar­se JET Club do Recife, suprimindo as atividades de remo.
·  19/03 – No Campeonato Brasileiro de Remo, realizado no Rio de Janeiro, incluída 
no programa a prova de 4 sem timoneiro, vencida pela guarnição do Rio Grande 
do  Sul.  Os  resultados  deste  campeonato,  são  encontrados  no  capítulo  3  –

192 
GRANDES VENCEDORES.
·  Março – As reformas no cais do Vallongo em Santos, prejudicaram a tradicional 
raia  de  remo  e  fizeram  surgir  um  movimento  liderado  pela  A  TRIBUNA,  no 
sentido  da  transferência  da  raia  de  regatas  para  São  Vicente.  Em  01/10/39,  foi 
realizada  na  baia  de  São  Vicente,  uma  regata  muito  concorrida  e  com  grande 
sucesso.
·  06/04 – Em Blumenau, fusão de 4 clubes: Sociedade Recreativa Teotônia, fundada 
em  19/03/1893;  Sociedade  de  Canto  Eintracht  –  08/07/1914,  Club  Náutico 
Ypiranga  –  23/02/1923  e  Sociedade  Ginástica  Gut  Heil  Altona  –  01/10/1929, 
resultando a Sociedade Recreativa Esportiva Ipiranga – 19/03/1893.
·  08/06  –  Na  cidade  de  São  Paulo,  em  São  Miguel  Paulista,  fundado  o  Clube  de 
Regatas  Nitro­Quimica.  Seus  associados  praticaram  durante  vários  anos  o  remo 
recreativo nas águas do Tietê. 

1940
·  28/01 – No programa da Regata do Campeonato Brasileiro de Remo: 

“PALAVRAS DE UM TREINADOR NO DIA DA COMPETIÇÃO 
Remador: 
Hoje é chegado o teu grande dia. O último de uma série. Uma série de tantos, 
cujas  manhãs,  douradas  e  bellas  umas,  chuvosas  e  frias  outras,  tu  passaste 
cultivando teu physico para a prova final de hoje. 
Leio  em  teu semblante  uma  espectativa anciosa,  em  teus  olhos  uma  vontade 
enérgica. 
Repassas na mente, eu sei, as horas de sacrifícios porque passaste, os prazeres 
de  que  te  privaste,  as  abstenções  que  te  impuzeste  e  esperas,  hoje,  uma 
recompensa. Para obtel­a, contas com o preparo a que te submetteste e, mais, com 
a energia da tua vontade moça. 
Por  esta  razão  eu,  que  te  orientei  nos  treinos,  que  te  assisti  em  todos  os 
momentos, bons e máus, que te preparei, emfim, para este dia, dirijo­te, agora, as 
minhas  ultimas  instrucções.  Instrucções  ditadas  por  uma  experiência  apurada 
através de annos e annos. Instrucções partidas do mais são espirito sportivo. A tua 
responsabilidade é grande, eu sei. Não pela victorla que julgas de teu dever obter, 
chegando em primeiro logar, é preciso que saibas. Mas, sim, pelo modo porque te 
vás portar dentro da arena da competição. A belleza do sport, a sua alta finalidade, 
não é vencer – é competir. 
Por  isso,  consciente  da  tua  fórma,  não  te  impressiones  nem  te  arreceis.  Não 
temas  o  adversário,  porque  elle  será  sempre  um  homem  igual  a  ti,  com  mais  ou 
menos  força.  com  mais  ou  menos  preparo,  com  mais  ou  menos  technica.  Não  o 
desprezes, pela mesma razão. 
Na  arena  da  competição,  não  confies  sómente  na  força  do  teu  braço,  mas 
também no raciocínio da tua cabeça. 
Victorioso,  saibas  dominar  a  alegria  propria  do  teu  feito  ante  o  adversário  – 
respeitando­o. Vencido, saibas dominar a tristeza propria da derrota e reconhecer o 
valor do teu adversário – cumprimentando­o. Assim procedendo, terás obtido, de 
qualquer forma, –  uma victoria. 
Teu Treinador"

·  04/02 – Em Belo Horizonte,  fundação do Olympico Club, tendo em 1945 doado 
seus barcos a remo ao Pampulha Esporte Clube.

193 
·  17/03 – No Tigre, Buenos  Aires, disputado o Tercer Certamen Sudamericano de 
Remo  com  programa  integrado  pelas  7  provas  olímpicas.  O  Brasil  venceu  duas 
provas: 
4+: Edmundo Deuner (74), Arno Franzen (77), Nilo Anselmo Franzen (82), Carlos 
Chiapetti (75) e Oscar Barbosa dos Santos (57), timoneiro – 6'37"; 
2+:  Celso  Camara  Lima  (73),  João  Ferreira  dos  Santos  (66)  e  Alcides  Augusto 
Ferreira Campos (52), timoneiro – 7' 27" 2. 
Obteve 3 segundos lugares: 
2X: Agenor Correa (79) e Wilson de Freitas Coutinho (74); 
4­:  João  Baptista  da  Silva  Filho  (78),  Lauro  Heberle  (77},  Lauro  Jacobs  (74)  e 
Walter Silva (76); 
8+:  Brasil  Soares  Campanha  (80),  Nelson  Perraud  (85),  Clério  Garzella  (81), 
Estevam  Regolini  (81),  Raphael  Laudana  (74),  Oswaldo  de  Almeida  Leite 
(78),  Urbano  Pezzo  (73),  Claudio  Sardilli  (81)  e  Antônio  Fúlvio  da  Rocha 
Spino (62), timoneiro. 
Na prova de skiff o remador brasileiro naufragou nos 1.000 metros, e na prova de 
2 sem, a guarnição foi desclassificada pelo árbitro nos 1.200 metros.
·  21/03  –  22 a  Regata  Internacional  de  Montevidéu.  Vitórias  do  Clube  de  Regatas 
Almirante  Barroso,  de  Porto  Alegre  (4+/8'07"4/5)  e  Grêmio  Náutico  União,  de 
Porto Alegre (2­/8'58"); skiff – 2º lugar: Clube de Regatas Almirante Barroso.
·  Outubro  –  Regata  Internacional  de  Concórdia,  Argentina.  Na  prova  de  4  com 
participou uma guarnição do Uruguaiana Praia Club (RS).
·  05/11 – Em Porto Alegre, na cerimônia inaugural das festividades do Bicentenário 
da Fundação da Cidade, o archote da Chama do Progresso, foi aceso na lamparina 
da  histórica  Igreja  Matriz  de  Viamão,  e  conduzido  até  Porto  Alegre,  por  50 
remadores,  timoneiros  e  dirigentes,  veteranos  do  remo  gaúcho,  em  corrida  de 
revezamento, até a Prefeitura Municipal, na distancia de 22 quilômetros.
·  10/11 – No programa da Regata Estadual do Bicentenário de Pôrto Alegre: 

“AOS REMADORES PRINCIPIANTES 
por Alexandre Lein 
(Campeão francês e celebre treinador de remo) 
Quem  nunca  sentou  em  um  barco  de  remar  com  assentos  moveis  não  sabe 
quanto  é  laborioso  o preparo  para  construir  uma  tripulação  de  quatro  ou  de oito 
remadores. 
O espetador profano que vê passar pela água as pás dos remos de um 'oito' não 
imagina que  a cadencia  e a  simetria  dos  movimentos  necessitou,  mezes  e  talvez 
anos,  de  labor  constante,  quasi  diário,  do  mesmo  modo  que  não  poderá  ter  uma 
idéa  da  força  organica  e  enervante  que  desenvolvem  esses  remadores,  quando  o 
ataque  é  uniforme  e  poderoso,  detalhes  esses  que  passam  inobservados  dada  a 
perfeição e homogeneidade dos movimentos. 
O recém iniciado – o PRINCIPIANTE – admira tambem, o ritmo elegante dos 
corpos  na  sua  marcha,  vindo  para  a  frente  e  voltando  para  traz,  e  seus  olhos 
brilham pensando que em pouco tempo ele poderá imitar os remadores de classe. 
Chegará, inudibitavelmente, a ser um bom remador, sempre que seja capaz de 
ter  constancia  e  dedicação.  Afim  de  que  aperfeiçoe  seu  estilo  e  prepare  seus 
musculos  todos  a  adquirir  a  força  e  resistencia  indispensaveis  para  que  possa 
suportar vitorioso, tão grande esforço. 
Tendo disciplina sportiva capaz de acatar todas as indicações de seu instrutor e 
com um metodo de vida sã e bem controlado (o que não é nenhum sacrifício como

194
erroneamente  muitos julgam),  será, o PRINCIPIANTE, transformado num ótimo 
remador, forte e valoroso, aspiração máxima de todos os iniciados no salutar sport 
náutico.” 

No  mesmo  programa:  "Remar  é  temperar  músculos  de  aço  para  a  defesa  da 
Pátria." – Capitão Darcy Vignoli, Presidente da Liga Náutica Rio Grandense.
·  01/12 –  Em  Porto  Alegre,  Regata  Internacional do  Bicentenário  de  Fundação  da 
Cidade. Realizadas 7 provas internacionais com os seguintes vencedores: 
4 com – Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto Alegre) – 6'59"; 
2 sem – Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 8'05"; 
skiff – Buenos Aires Rowing Club – 7'41"; 
2 com – Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro) – 7' 30"; 
4 sem – Clube de Regatas Tiete (São Paulo) – 6'46"; 
duplo­skiff – Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 7'16"; 
oito – Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto Alegre) – 6'42". 
Competiram,  também,  remadores  uruguaios,  capixabas,  baianos,  fluminenses, 
catarinenses e de vários clubes de Porto Alegre.
·  Nesta  década,  houve  acentuado  desenvolvimento  do  remo  classista  em  Porto 
Alegre,  sendo  realizadas  regatas  e  campeonatos  entre  remadores  bancários, 
comerciários, industriários, militares e funcionários públicos.
·  No  Recife,  na  década  de  1940,  diversas  guarnições  representando  o  Clube  de 
Regatas Saldanha da Gama, a Associação Pernambucana de Atletismo – APA e a 
polícia Militar participaram de regatas promovidas pela Federação Pernambucana 
de Desportos.
·  A partir desse ano, várias dezenas de guarnições de clubes do Rio Grande do Sul e 
de Santa Catarina participaram de muitas regatas no Uruguai e na Argentina, tanto 
nas capitais como em cidades do interior. 

1941
·  15/03  –  23ª  Regata  Internacional  de  Montevidéu.  Vitória  na  prova  de  4  com 
sênior, da guarnição do Clube de Regatas Almirante Barroso, de Porto Alegre. Os 
remadores gaúchos conquistaram também 3 segundos lugares: 4+ júnior (Clube de 
Regatas Vasco da Gama), 2­ sênior (Grêmio Náutico União) e 8 sênior (Clube de 
Regatas Almirante Barroso).
·  14/04 – Decreto­lei, nº 3.199: estabeleceu as  bases de organização dos desportos 
em todo o país. 
Art. 1º – Fica instituído, no Ministério da Educação e Saúde, o Conselho Nacional 
de  Desportos  destinado  a  orientar,  fiscalizar  e  incentivar  a  prática  dos  desportos 
em todo o país. 
Art.  15  –  Consideram­se,  desde  logo  constituídas,  para  todos  os  efeitos,  as 
seguintes confederações: I – Confederação Brasileira de Desportos (seguem outras 
cinco Confederações). 
Parágrafo  único:  A  Confederação  Brasileira  de  Desportos  compreenderá  o  foot­ 
ball, o tênis, o atletismo, o remo, a... 
O  Ministro  da  Educação  e  Saúde,  Dr.  Gustavo  Capanema,  presidiu  o  Conselho 
Nacional de Desportos desde 14/04/1941 até 21/08/1942. 
Relação dos ilustres desportistas que exerceram a Presidência do CND: 
Dr. José Eduardo de Macedo Soares  21/08/42 a 21/03/44 
Ministro João Lyra Filho  21/03/44 a 21/08/50 
Dr. José Eduardo de Macedo Soares  21/08/50 a 27/04/51

195 
Dr. Manoel do Nascimento Vargas Neto  27/04/51 a 28/09/54 
Gen. Antônio Pires de Castro Filho  28/09/54 a 25/04/55 
Dr. Fábio Carneiro de Mendonça  25/04/55 a 21/03/56 
Ministro Geraldo Starling Soares  21/03/56 a 06/04/61 
Sr. João Mendonça Falcão  06/04/61 a 18/12/61 
Deputado João de Paiva Menezes  29/12/61 a 22/04/63 
Dr. André Broca Filho  22/04/63 a 01/08/63 
Dr. Rogê Ferreira  01/08/63 a 09/04/64 
Gen. Eloy Massey Oliveira de Menezes  09/04/64 a 28/01/71 
Major Brig. Jeronymo Baptista Bastos  28/01/71 a 22/03/79 
Sr. Giulite Coutinho  23/03/79 a 12/03/80 
Gen. Div. Cesar Montagna de Souza  13/03/80 a 15/05/85 
Dr. Manoel José Gomes Tubino  15/05/85 a 01/03/88 
02/08/88 a 15/03/90 

Em  15/03/1990  foi  baixada  a  Medida  Provisória  nº  150,  publicada  no  Diário 
Oficial da União no mesmo dia – “Cria a Secretaria dos Desportos da Presidência 
da  República”.  Empossado  o  senhor  Arthur  Antunes  Coimbra  (ZICO)  como 
Secretário, passando a exercer a Presidência do Conselho Nacional de Desportos. 
Este  segundo  mandato  foi  interrompido  pela  Medida  Provisória  nº  150,  de 
15/03/1990,  que  criou  a  Secretaria  de  Desportos  da  Presidência  da  República,  e 
seu  titular  Arthur  Antunes  Coimbra  (ZICO),  passou  a  exercer  também  a 
Presidência do Conselho Nacional de Desportos.
·  15/09 –  Decreto­lei  nº  3.617:  estabeleceu  as  bases  de  organização  dos  desportos 
universitários  no  Brasil  e  criou  a  Confederação  dos  Desportos  Universitários, 
posteriormente  denominada  Confederação Brasileira  de  Desportos Universitários 
–  CBDU.  Pelo  Decreto­lei  foram  instituídos  os  Jogos  Universitários  Brasileiros, 
com caráter de competições nacionais, a serem realizados bianualmente. 
A  1ª  Olimpíada  Universitária  Brasileira,  realizada  em  1935,  em  São  Paulo,  os 
Jogos  Universitários  de  Minas  Gerais,  disputados  em  1938,  e  a  2ª  Olimpíada 
Universitária  Brasileira,  efetuada  em  1940,  em  São  Paulo,  passaram  a  ser 
considerados I, II e III Jogos Universitários Brasileiros. A partir dos IV Jogos de 
1942, em São Paulo, até os XXII Jogos, em 1971, o remo  masculino sempre  foi 
incluído  no  programa  das  competições,  e  as  disputas  tiveram  sucesso  nas 
diferentes  raias  de  várias  cidades  do  Brasil.  Destaque  para  as  participações  dos 
remadores universitários cariocas, gaúchos e paulistas. 
Os  XXII  JUBS,  efetuados  em  25/05/1971,  em  Porto  Alegre,  com  programa  de 
cinco  provas,  tiveram  a  participação  de  sete  equipes,  sagrando­se  campeões  os 
universitários  gaúchos,  que  venceram  quatro  provas.  O  sucesso  extraordinário 
desta  competição  motivou  à CBDU  programar  para  22/10/1972  o  I  Campeonato 
Universitário Brasileiro de Remo, sendo o mesmo efetuado em São Paulo na raia 
olímpica da Cidade Universitária. Programa com cinco provas (4 com, skiff, dois 
com,  duplo­skiff  e  oito)  e  a  vitória  coletiva  dos  gaúchos  que  venceram  duas 
provas, além de três segundos lugares. Os cariocas classificaram­se em segundo e 
os paulistas em terceiro. 
Lamentavelmente,  o  remo  foi  excluído  do  programa  esportivo  dos  JUBS  desde 
1973. 
Na  década  de  1940,  em  vários  Estados  foram  realizados  campeonatos  e  jogos 
metropolitanos e estaduais universitários de remo, regatas e provas exclusivas para 
acadêmicos, com muitos participantes e ótimos resultados técnicos.

196 
No Rio de Janeiro era disputada a Copa das Américas, em yoles a 8, tendo o troféu 
sido  oferecido  em  1941  pelo  Embaixador  dos  Estados  Unidos  no  Brasil,  senhor 
Jefferson  Caffery,  que  sempre  compareceu  a  regata  para  premiar  os  vencedores. 
Destaque para a tríplice vitória consecutiva em 1944, 1945 e 1946 das guarnições, 
da Medicina. 
Na  década  de  1960  foram  disputados,  também  com  muito  sucesso,  os  Jogos 
Universitários  Leste­Sul  e  Centro­Sul,  sempre  com  provas  de  remo  e  a 
predominância dos acadêmicos cariocas e gaúchos. 
Desde  1982  a  Federação  Paulista  de  Remo  está  promovendo,  anualmente,  a 
Regata  Universitária,  com  a  participação  de  guarnições  de  universidades  e 
faculdades de vários Estados.
·  07/11 – A direção do Clube de Regatas Tietê, em comemoração à inauguração da 
Ponte  das  Bandeiras  sobre  o  rio  Tietê,  instituiu  a  Prova  Clássica  Fundação  da 
Cidade de São Paulo em out­riggers a 8, para remadores de qualquer classe e para 
ser disputada  anualmente  no  rio  Tietê,  no  dia  25 de  janeiro  (dia  de  fundação  da 
cidade) ou no domingo mais próximo desta data. 
Inscrições abertas a todos os clubes do continente americano. 

1942
·  25/01 – Primeira realização da Prova Clássica Fundação da Cidade de São Paulo. 
Devido  às  obras  de  dragagem  e  retificação  do  rio  Tietê,  a  prova  foi  disputada 
isoladamente pelas cinco guarnições concorrentes, contra­cronômetro. A regata foi 
precedida  pelas  solenidades  de  inauguração  festiva  da  Ponte  das  Bandeiras, 
seguida por grandioso desfile náutico com cerca de 200 barcos de todos os clubes 
de remo da Capital e de Santos. 
Até 1948 a prova foi disputada no rio Tietê, contra­cronômetro, e a partir de 1949, 
na represa Billings, raia de Jurubatuba, quilômetro 29 da Via Anchieta. 
Em  todas  as  disputas  esta  regata  clássica  sempre  despertou  grande  interesse  e 
proporcionou chegadas sensacionais. Relação dos vencedores: 

PROVA CLÁSSICA FUNDAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO 
Nºs.  DATAS  VENCEDORES  TEMPOS  CONCORRENTES 
Raia do Tietê – distâncias diversas 
1ª  25/01/1942  Clube de Regatas Tietê (São Paulo)  5'47"8  5 
2ª  24/01/1943  Clube de Regatas Tietê (São Paulo)  ­  3 
3ª  23/01/1944  Clube de Regatas Tietê (São Paulo)  9'07"01  4 
1945  Não realizada  ­  ­ 
4ª  17/02/1946  Clube de Regatas Tietê (São Paulo)  ­  4 
5ª  26/01/1947  Clube de Regatas Tietê (São Paulo)  ­  3 
6ª  25/01/1948  Clube de Regatas Tietê (São Paulo)  9'19"  4 
Raia de Jurubatuba – 2.000 metros 
7ª  25/01/1949  Clube de Regatas Vasco da Gama (P. Alegre)  6'39"  7 
8ª  25/01/1950  Grêmio Náutico União (Porto Alegre)  6'47"6/10  6 
9ª 25/01/1951  Clube de Regatas Alm. Barroso (P. Alegre)  6'21"8/10  8 
1952  Não foi realizada  ­  ­ 
10ª  25/01/1953  Clube de Regatas Aldo Luz (Florianópolis)  6'22"  9 
11ª  25/01/1954  Clube de Regatas Aldo Luz (Florianópolis)  ­  8 
12ª  25/01/1955  Clube de Regatas Aldo Luz (Florianópolis)  6'25"  7 
13ª  25/01/1956  Clube de Náutico América (Blumenau)  ­  5 
14ª  25/01/1957  Grêmio Náutico União (Porto Alegre)  6'42"  8 
1958  Não foi realizada  ­  ­ 
15ª  25/01/1959  Associação Desportiva Floresta (S. Paulo)  ­  3 
16ª  25/01/1960  Associação Desportiva Floresta (S. Paulo)  ­  4

197 
17ª  25/01/1961  Clube Náutico Francisco Martinelli (Flor.)  6'45"  5

·  25/10 – No programa de regata em Porto Alegre: “O Desporto Náutico tem sido a 
pedra angular da campanha cívica em nosso Estado” – General Osvaldo Cordeiro 
de Farias, Interventor Federal no Rio Grande do Sul. 

1943
·  01/05 – Fundado em Belo Horizonte, o Iate Golf  Club com setor de remo, tendo 
realizado  a  regata  inaugural  em  16/05/1943,  em  homenagem  ao  Governador  de 
Minas Gerais, Dr. Benedito Valadares.
·  16/05 – Inauguração oficial da represa da Pampulha pelo Presidente da República, 
Dr.  Getúlio  Dornelles  Vargas,  ensejando  grandes  perspectivas  para  o  esporte  do 
remo, graças a extensa e belíssima lagoa da Pampulha.
·  15/08 – No Rio de Janeiro, em comemoração ao Dia de Nossa Senhora da Glória, 
efetuada  a  primeira  regata  regata  noturna  no  Brasil,  promovida  pela  Federação 
Metropolitana de Remo, sendo as enseadas da Glória e de Santa Luzía iluminadas 
por dezenas de potentes holofotes do Exército. Uma multidão de mais de 100.000 
pessoas  disputava  os  melhores  lugares  nas  praias  do  Russel  e  do  Flamengo  e  na 
enseada da Glória, em frente ao outeiro da Glória, para acompanhar o desenrolar 
das 10 provas do programa todas em 1.000 metros, tendo uma delas a participação 
de 12  yoles. Saída  no Flamengo e chegada em  frente à  histórica Igreja de Nossa 
Senhora  da  Glória.  Os  vencedores  foram  premiados  com  valiosas  medalhas  de 
ouro. Treze clubes participaram da regata.
·  10/10 – Regata Comemorativa do Centenário de Uruguaiana (RS), na raia do rio 
Uruguai: 3 provas com 24 concorrentes representando 9 clubes do Rio Grande do 
Sul. Vencedor: Grêmio Náutico Tamandaré, de Cachoeira do Sul com uma vitória 
e 12 pontos.
·  12/12 – Em  Belo  Horizonte,  fundação  do  Pampulha  Esporte  Clube,  promotor  de 
várias  regatas  interestaduais.  O  clube,  mantido  com  auxílio  do  Casino,  mesmo 
após o Decreto de proibição dos jogos de azar no Brasil, ainda conseguiu manter­ 
se alguns anos. 

1944
·  05/04 – Em Jaguarão (RS), fundado o Grêmio Náutico Minuano.
·  04/06  –  Em  Belo  Horizonte,  disputada  uma  Regata  Interestadual  com  a 
participação de quatro destacados clubes de remo do Rio de Janeiro, tendo como 
vencedor  o  Clube  de  Regatas  Vasco  da  Gama,  seguido  pelo  Olympico  Club  de 
Belo Horizonte.
·  02/07  –  Em  Belo  Horizonte,  “Grandes  Regatas  Governador  Valadares”, 
patrocinadas pelo Iate Golfe Clube, por motivo da  inauguração oficial da raia de 
remo  da  Pampulha  com  2.000  metros  de  extensão.  Saída  na  ilha  dos  Amores, 
próxima  ao  Clube  Belo  Horizonte  e  chagada  em  frente  à  Casa  do  Baile. 
Disputadas 7 provas tendo como vencedor coletivo o Clube de Regatas Vasco da 
Gama do Rio de Janeiro com 22 pontos, seguido pelo Club de Natação e Regatas 
do  Rio  de  Janeiro  com  20  e  Iate  Golfe  Club  com  19.  O  clube  de  Regatas 
Guanabara venceu a prova principal em barcos e a oito.
·  01/09 – Em Itaqui (RS), fundação do Clube Náutico Ipiranga.
·  24/12 – Em Aracaju, regata oficial da Federação Sergipana de Desportos.

198 
1945
·  Janeiro – Em São Borja (RS), fundado o Clube de Remo de São Borja.
·  14/07 –  No  Recife,  fundada a  Federação  Aquática  Pernambucana  para  dirigir  os 
esportes  aquáticos  e  náuticos,  sucedendo  a  Federação  Pernambucana  de 
Desportos. Em 13/06/1962, criada a Federação Pernambucana de Remo.
·  27/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  fundada  a  Confederação  Sul­americana  de  Remo  – 
CSAR, decidindo que os campeonatos sul­americanos de remo efetuados até esse 
ano  sejam  considerados  'certames',  e  que  o  primeiro  campeonato  será  disputado 
em 1948 no Uruguai.
·  29/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  4º 
Campeonato  (Certame)  Sul­americano  de  Remo,  sendo  disputadas  7  provas  e  o 
Brasil vencido duas: 
2+:  Renato  Rodemburgo  de  Medeiros  Neto,  João  Ferreira  dos  Santos  e  Carlos 
Osório de Almeida, timoneiro – 9'03"3; 
8+:  Francisco  Ribeiro  Viana,  Abílio  Serafim,  Roberto  Salcedo  Reis,  João 
Domingos  Lamonica,  Milton  Vieira  da  Silva,  Vilson  Fernandes  Vasques,  Lauro 
Oliveira Paulo, Wlademiro Rosário Pinto e Amaro Miranda da Cunha, timoneiro – 
6'37"2. 
Obteve 4 segundos lugares: 
4­: Waldyr Rodrigues, Vilson Fernandes Vasques, Lauro Oliveira Paulo e Eugênio 
Botinelly Soares – 9'05" (8'45"); 
2­: Francisco Ribeiro Viana e Abílio Serafim – 10'10" (9'58"'); 
1X: Agenor Corrêa – 9'31"5 (9'00"5); 
2X: Antonio Di Giorgio e Nuno Alexandre Valente – 7'56"6 (7'53"6). 
Na prova de 4 com: 3º lugar, s. t
·  Dezembro – Em Lajeado (RS), fundado o Grêmio Náutico Lajeado. 

1947
·  30/03 – 29ª Regata Internacional de Montevidéu: inauguração da nova raia no rio 
Santa Lúcia, Departamento de Canellones, em frente ao Parador Tajes, distante 52 
quilômetros da capital. Vitória do Grêmio Náutico União (Porto Alegre), na prova 
de  skiff  junior.  Na  prova  de  2X  sênior,  o  Clube  de  Regatas  Almirante  Barroso 
(Porto Alegre), obteve o 2º lugar.
·  Em Alegrete (RS), fundação do Grêmio Náutico Alegretense.
·  17/10 – Em São Leopoldo (RS), o Club Rio­Grandense,  fundado em 20/09/1914 
solicitou  filiação  à  Liga  Náutica.  Seu  primeiro  barco  de  treinamento  havia  sido 
batizado em 20/09/1942.
·  Em Belo Horizonte os barcos pertencentes aos clubes de remo foram todos doados 
à  Federação  Universitária  Mineira  de  Esportes  –  FUME.  Os  remadores 
universitários  mineiros  participaram  de  regatas  dos  JUBS  e  de  provas  em  São 
Paulo e no Rio de Janeiro.
·  30/11 – Regata Internacional de Porto Alegre. Disputadas 7 provas internacionais 
de seniores com os seguintes vencedores: 
4 com – Montevideo Rowing Club – 7'15"; 
2 sem – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 8'02"; 
skiff – Club de Regatas La Marina (Buenos Aires)­ 8'03"; 
2 com – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 8'17"; 
duplo­skiff – Clube San Fernando (Buenos Aires) – 7'19"; 
4 sem – Club Nacional de Regatas (Montevidéu) – 7'13"; 
oito – Rosário Rowing Club (Argentina) – 6'34".

199 
Competiram,  também,  o  C.R.  Almirante  Brown  (Buenos  Aires);  A.D.  Floresta 
(São Paulo; C.N. Riachuelo (Florianópolis) e diversos clubes de Porto Alegre. 

1948
·  04/04 – No Uruguai, em Santiago Vasquez, próximo a Montevidéu, realizado o I 
Campeonato  Sudamericano  de  Remo.  Na  contagem  geral  o  Brasil  obteve  o 
terceiro lugar com 32 pontos, tendo vencido duas provas: 
2 sem – Pércio Zancani e Paulo Diebold (80) – 8'01"1; 
2 com – Pércio Zancani (80), Paulo Diebold (80) e Arlindo da Cunha Cabral (54), 
timoneiro – 8'14"8. 
Vice­campeão  de  duplo­skiff:  Antonio  Campos  (77)  e  Nuno  Alexandre  Valente 
(77) – 7'25"4. 
1X/3º lugar, 4+/4º  lugar, 4­/desclassificado pelo árbitro. Não participou da prova 
de 8+.
·  05  a  07/08  – Nos  XIV  Jogos  Olímpicos  de Londres, o  Brasil  participou  de  duas 
provas de remo, com os mesmos remadores que em 4 de abril  haviam vencido o 
Campeonato Sul­americano:  Pércio  Zancani  e  Paulo  Diebold,  além  do  timoneiro 
Arlindo da Cunha Cabral: 
05/08 – 2 sem – eliminatória – 4ª série – Brasil – 1º – 7'33"1/10; 
2  com –  eliminatória:  a  guarnição  brasileira  foi  derrotada  e  decidiu  não 
participar  de  repescagem,  poupando­se  para  a  semifinal  da  prova  de  2 
sem; 
07/08 – 2 sem – semifinal – 3ª série – Brasil – 2º – 8'18"6/10; 
A  série  classificava  apenas  o  vencedor,  tendo  o  Brasil  perdido  para  a  dupla  da 
Grã­Bretanha que obteve 8'05"9/10 e na final foi campeã olímpica com 7'21"1/10.
·  16/08 – Em Natal, fundado o Riachuelo Atlético Clube, campeão de remo do Rio 
Grande do Norte em 1958.
·  28/11  –  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  com  programa  de  provas 
internacionais, todas vencidas por remadores de clubes de Porto Alegre: 
4 com – Clube de Regatas Almirante Barroso – 7'02"; 
2 sem – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 8'08"; 
skiff – Grêmio Náutico União – 7'29"; 
2 com – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 8'00"; 
4 sem – Clube de Regatas Almirante Barroso – 6'59"; 
duplo­skiff – Clube de Regatas Almirante Barroso – 7'37"; 
oito – Clube de Regatas Almirante Barroso – 6'38". 
Competiram,  também,  remadores  dos  clubes  Nacional,  Montevideo  e  Paissandú 
(Uruguai);  Tietê    (São  Paulo);  Vasco  da  Gama  e  Duque  de  Caxias  (Porto 
Alegre). 

1949
·  23/01  –  Em  São  Paulo,  realizada  pela  primeira  vez,  a  Prova  Clássica  Forças 
Armadas  do  Brasil,  em  out­riggers  a  8,  classe  aberta,  na  raia  de  Jurubatuba, 
quilômetro  29  da  Via  Anchieta  e  chegada  em  frente  ao  Hotel  Estoril.  A  prova 
havia  sido  instituída  em  26/08/1948  pela  Federação  de  Remo  de  São  Paulo  e  o 
prêmio  móvel,  um  belíssimo  troféu  de  bronze  com  base  de  mármore,  autoria  do 
artista  V.  Larocca,  coube  ao  vencedor  da  primeira  disputa,  o  Clube  de  Regatas 
Vasco da  Gama  de Porto  Alegre,  que recebeu  também  uma  miniatura do troféu, 
em caráter definitivo. 
Esta prova clássica foi sempre realizada na raia de Jurubatuba.

200 
PROVA CLÁSSICA FORÇAS ARMADAS DO BRASIL 
NÚMEROS  DATAS  VENCEDORES  TEMPOS  PARTIC. 
I  23/01/1949  C.R.Vasco da Gama – P. Alegre  6'41"09  10 
II  22/01/1950  C.R.Vasco da Gama – P. Alegre  7'10"  7 
III  28/01/1951  C.R.Alm.Barroso – P. Alegre  6'22"  5 
1952  Não foi realizada 
IV  18/01/1953  C.R.Vasco da Gama – R. Janeiro  5'59"  9 
V  24/01/1954  C.R.Aldo Luz – Florianópolis  11 
1955  Não foi realizada 
VI  04/03/1956  C.R.Aldo Luz – Florianópolis  6'38"  4 
VII  27/01/1957  G.N.União – P. Alegre  8 
1958  Não foi realizada 
VIII  13/09/1959  G.N.União – P. Alegre  2 
1960  Não foi realizada 
IX  08/10/1961  C.R.Tietê – S. Paulo  7 

Esta foi a última disputa da Prova Clássica Forças Armadas do Brasil e o lindo e 
valioso  troféu  ainda  não  encontrou  o  vencedor  definitivo:  três  vitórias 
consecutivas ou cinco intercaladas.
·  21/03 – Em São Leopoldo (RS), fundado o Clube de Regatas Humaitá.
·  10/04 – 30ª Regata Internacional da Federação Uruguaia de Remo tem participado 
6 guarnições de clubes porto­alegrenses: 
4 com sênior – Vencedor: Grêmio Náutico União – 7'26"; 
2X sênior – Vencedor: Clube de Regatas Almirante Barroso – 7'32"2/10 
2 sem sênior – 2º lugar: Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre;
·  24/04  –  No  Chile,  primeira  vitória  de  uma  guarnição  brasileira  em  águas  do 
oceano  Pacífico,  nas  Regatas  Internacionales  de  la  Asociación  de  Clubs  de 
Regatas  de  Valparaiso.  Regata  em  out­riggers  a  4  com  timoneiro,  com  quatro 
séries classificatórias. Os primeiros classificados de cada série disputaram a final e 
os  quatro  segundos  classificados  competiram  na  pequena  final.  Esta  foi  vencida 
pela  guarnição  do  Grêmio  Náutico  União  de  Porto  Alegre,  no  tempo  de  7'10": 
Antônio  Cândido,  Günther  Hannes,  Lon  Teixeira  de  Menezes,  Iracimo 
Kozachenko e Octávio Santos Rocha, timoneiro.
·  04/07 – Em Porto Alegre, fundado o Clube Náutico Marcílio Dias.
·  10/07  –  Em  Taquarí  (RS),  disputada  a  “Regata  Comemorativa  ao  Primeiro 
Centenário da Cidade”. Programa com 4 provas de gigs a 4 e 23 guarnições para 
participantes.  Vencedor:  Grêmio  Náutico  Gaúcho  de  Porto  Alegre  com  duas 
vitórias e 16 pontos.
·  Por iniciativa do jornalista Mario Rodrigues Filho do JORNAL DOS SPORTS do 
Rio de Janeiro, foram  instituídos os Jogos Abertos da Primavera, uma olimpíada 
exclusivamente  feminina,  entretanto,  no  extenso  programa  de  competições  não 
havia provas de remo.
·  07/08  –  Em  São  Paulo,  realizada  a  Regata  Internacional  de  Jurubatuba  com 
programa  de  14  provas,  em  comemoração  ao  10º  aniversário  da  Diretoria  de 
Esportes de São Paulo.
·  27/11  –  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre,  sendo  disputadas  7  provas

201 
internacionais para seniores, com os seguintes vencedores: 
4 com – Clube de Regatas Vasco da Gama (Porto Alegre) – 7'24"; 
2 sem – Clube de Regatas Vasco da Gama (Porto Alegre) – 7' 53"; 
skiff – Club de Regatas La Marina (Argentina) – 7'59"; 
2 com – Montevideo Rowing Club (Uruguai) – 8'11"; 
4 sem – Clube de Regatas Vasco da Gama (Porto Alegre) – 7'32"; 
duplo­skiff – Club de Remeros Paysandú (Uruguai) – 7'39"; 
oito – Club de Regatas La Plata (Argentina) – 6'28". 
Competiram,  também,  remadores  dos  clubes  Tietê,  Floresta  e  Atlética  (São 
Paulo);  Icaraí (Niterói);  e  os  clubes  de  Porto  Alegre:  União,  Almirante  Barroso, 
Guaiba­Porto Alegre e Duque de Caxias. 

1950
·  12/03  –  31ª  Regata  Internacional  de  Montevidéu  –  remadores  da  Federação 
Aquática do Rio Grande do Sul participaram da prova de duplo­skiff sênior.
·  03/08 – Em Taquara (RS), fundado o Clube de Natação e Regatas Riachuelo.
·  13/10 – Em Passo Fundo (RS), fundação do Clube Náutico Capinguí.
·  15/10 – No Rio de Janeiro, realizada a Regata dos II Jogos Abertos da Primavera. 
“Multidão acorreu à amurada da enseada de Santa Luzía, que estava embandeirada 
desde o Russel até ao Aeroporto”. Disputadas 3 provas em 500 metros, yoles a 2 e 
a  4  remos  e  baleeira  individual,  em  duas  categorias,  Clubes  e  Colégios  com  os 
seguintes campeões: 
Clubes – Icaraí com 34 pontos. 
Colégios – Instituto de Educação com 52 pontos. 
As representações das Faculdades competiram na categoria de Clubes. 
21/10/1951  –  No  Rio  de  Janeiro,  efetuada  a  Regata  dos  III  Jogos  Abertos  da 
Primavera tendo como campeões: 
Clubes – Icaraí com 39 pontos 
Colégios – Anglo­Americano com 40 pontos. 
19/10/1952 – No Rio de Janeiro, na enseada de Botafogo, realizada a Regata dos 
IV Jogos Abertos da Primavera tendo como vencedores coletivos: 
Clubes – Fluminense com 44 pontos 
Colégios – Anglo­Americano com 47 pontos. 
18/10/1953 – Na enseada de Botafogo, disputada a Regata dos V Jogos Abertos da 
Primavera  com  a  inclusão  no  programa  da  prova  em  yole  a  8  e  a  criação  da 
categoria Faculdades. 
Classificação final: 
Clubes – Fluminense com 44 1/2 pontos 
Colégios – Piedade com 44 pontos 
Faculdades – Escola Nacional de Educação Física e Desportos com 39 pontos. 
17/10/1954 – No Rio de Janeiro, na enseada de Botafogo, realizada a Regata dos 
VI  Jogos  Abertos  da  Primavera,  não  sendo  disputada  a  categoria  Colégios. 
Campeões: 
Clubes – Icaraí com 34 pontos 
Faculdades: Escola Nacional de Educação Física e Desportos. 
16/10/1955 – Na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, efetuada a Regata dos 
VII  Jogos  Abertos  da  Primavera,  sendo  novamente  incluída  no  programa  a 
categoria Colégios. Todas as provas foram disputadas em 500 metros. Campeões: 
Clubes – Fluminense com 39 pontos 
Faculdades – Escola Nacional de Educação Física e Desportos com 24 pontos

202 
Colégios – Anglo­Americano com 52 pontos. 
28/10/56  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  enseada  de  Botafogo,  realizada  a  Regata  dos 
VIII Jogos Abertos da Primavera, tendo como campeões: 
Clubes – Almirante Barroso (Recife) com 43 pontos 
Colégios – Anglo­Americano com 26 pontos 
Faculdades – Escola Nacional de Educação Física e Desportos. 
A igualdade de forças nas várias provas entre as guarnições de clubes, a dobra de 
várias  remadoras,  a  decisão  da  regata  ser  adiada  para  a  última  prova,  e  o  forte 
calor  levaram  diversas  remadoras  à  exaustão  no  final  da  prova  decisiva,  tendo 
duas delas de ser retiradas do barco com muita dificuldade. 
O  fato  causou  apreensões  ao enorme público,  especialmente  entre  familiares das 
remadoras, de alguns dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos, além de 
severas críticas de vários órgãos da imprensa carioca condenado o remo feminino. 
Na elaboração  do  programa  dos  IX Jogos  em  1957  foram retiradas  as provas  de 
remo, coincidindo com a  falta de apoio de dirigentes da Confederação Brasileira 
de Desportos e de alguns clubes do Rio de Janeiro, ocorrendo a acentuada redução 
numérica de remadoras e culminando com a interrupção das provas femininas de 
remo. 

1951
·  Fevereiro  –  Em  Pelotas  (RS),  criado  um  Departamento  de  Remo  no  Sport  Club 
Cruzeiro.
·  04/03  –  Em  Buenos  Aires,  efetuados  os  Primeiros  Jogos  Desportivos 
Panamericanos,  tendo  as  competições  de  remo  um  programa  de  sete  provas.  Na 
terceira  prova,  de  2  sem  timoneiro,  a  dupla  da  CBD  obteve  o  vice­campeonato 
com Walter Gerhardt Hubert Karl e Henrique Fusquine; na quarta prova de 4 sem 
timoneiro  conseguiu  outro  vice­campeonato  com  Álvaro  Fonseca,  Manoel  José 
Barbosa Amorim, Alberto Santos e Ivo Rittmann; na prova de oito a representação 
do Brasil foi surpreendentemente desclassificada na eliminatória, e na prova de 4 
com a guarnição brasileira, retirou­se da disputa.
·  Na  32ª  Regata  Internacional  de  Montevidéu,  remadores  do  Clube  de  Regatas 
Guaiba­Porto Alegre obtiveram o 2º lugar na prova de 2 sem timoneiro.
·  01/05 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, a CBD realizou a Regata 
da  Boa  Vizinhança  como  homenagem  aos  trabalhadores  em  geral.  O  programa 
com  três  provas  nacionais  e  quatro  internacionais  teve  a  participação  de 
guarnições da Argentina, Chile, Peru e Uruguai, além da representações da CBD, 
Rio  de  Janeiro,  Rio  Grande  do  Sul,  Santa  Catarina,  Espírito  Santo,  São  Paulo  e 
Bahia.  Vitória  notável  dos  remadores  argentinos  que  venceram  as  quatro  provas 
em que competiram. Os brasileiros obtiveram o 2º lugar em 4 com, 2 com e 4 sem, 
e o 3º lugar no skiff. Nas três provas nacionais, a de 2 sem foi vencida pela Bahia, 
a de duplo­skiff pelo Rio Grande do Sul, e a de oito pelo Rio de Janeiro.
·  O Prefeito do Distrito Federal (Guanabara) recebeu uma solicitação dos dirigentes 
dos  clubes  cariocas  de  remo  para  que  determinasse  a  construção  de  uma 
arquibancada de madeira no antigo local de chegada das provas de remo na lagoa 
Rodrigo de  Freitas,  na “Fonte da Saudade”, e também  a aferição da distância de 
2.000 metros na raia existente. Os técnicos, porém, surgeriram outras medidas aos 
dirigentes do remo, prontamente aceitas com entusiasmo. Foi  iniciada então uma 
batalha árdua para sensibilizar as autoridades governamentais sobre a necessidade 
da construção de um Estádio Náutico, em  lugar de uma simples arquibancada de 
madeira.

203 
Coube,  sem  dúvida,  a  três  distintos  desportistas  a  liderança  desses  trabalhos: 
engenheiro  Antônio  Arlindo  Laviola,  arquiteto  Benedicto  de  Barros  (Bill)  e 
advogado  Carlos  Osório  de  Almeida.  A  idéia  básica  implicava  na  inversão  do 
sentido da raia, de aterros para a construção da arquibancada, além da detonação 
de  verbas  avultadas  pela  Câmara  de  Vereadores  para  as  estruturas  de  concreto 
previstas  para  40.000  pessoas,  14  garagens  náuticas  para  abrigas  os  barcos  de 
todos os clubes  filiados, a sede da  Federação de Remo, alojamentos, restaurante, 
sala  de  musculação,  gabinete  médico  e  outras  dependências.  O  moderno  e 
funcional  projeto  do  arquiteto  Benedicto  de  Barros  foi  duramente  criticado  pela 
Direção  do  Jockey  Club  Brasileiro  e  diversos  jornalistas  especializados  em  turf, 
que  alegavam  sérios  prejuízos  visuais  à  lagoa  e  áreas  adjacentes,  e  também  dos 
pescadores  profissionais  que  julgavam­se  prejudicados  com  as  possíveis 
instalações de remo. Estas lutas ainda tornaram­se maiores com a desastrosa queda 
de  parte  da  marquise  da  arquibancada.  E,  para  culminar,  o  projeto  sofreu  grave 
mutilação por capricho do Governador do Estado da Guanabara, jornalista Carlos 
Lacerda, que determinou o aterro da doca de acostamento de barcos e permitiu a 
instalação, nessa área, de “drive­in”. 
O  estádio  de  remo  não  teve  inauguração  oficial,  e  nele  foram  e  são  realizadas 
muitas competições de destaque nacional e internacional.
·  15/11 – Em Pelotas (RS), fundado o Clube de Regatas Vasco da Gama. 

1952
·  02/03 – Em Valdívia, Chile, efetuado o 2º Campeonato Sudamericano de  Remo, 
tendo o Brasil vencido a prova de 2 com e na contagem geral sido vice­campeão 
com 39,5 pontos: 
2 com – Harry Mosé (82), João Arruela  Maio (70) e Francisco Augusto Furtado 
(44), timoneiro – 8'00"4. 
Obteve 2 segundos lugares: 
4 com – Hamilton Cordeiro (79), Walmor Vilella (78), Manoel Silveira (74), Sady 
Cayres  Berber  (51)  e  Décio  Klettenberg  Couto  (59),  timoneiro  –  6'56" 
(6'45"); 
oito: (empate  com  o  Uruguai)  –  Dezir  Corrêa de Moraes  (72),  João  Ferreira  dos 
Santos  (76),  Ivens  Paulo  Alves  da  Silva  (79),  João  Calixto  Oliveira  (82), 
Mario  Lamosa  (77),  Lon  Teixeira  de  Menezes  (82),  Moacyr  Cruz  (77), 
Eugênio Botinelly Soares (74) e Adriano Monteiro Soares (44), timoneiro – 
6'38" (6'32"). 
3 terceiros lugares: 2­, 4­ e 2X. 
skiff: 4º lugar.
·  30/03  –  Da  rampa  do  Sport  Club  Natal,  às  margens  do  rio  Potengi,  parte  a 
reforçada  yole  a  4  remos  “Rio  Grande  do  Norte”,  com  bordas  elevadas  e 
compartimentos  estanques  nos  castelos  de  proa  e  de  popa,  construída  pelo 
carpinteiro  naval  Oscar  Simões  Filho,  para  tentar  a  travessia  Natal  –  Rio  de 
Janeiro a remo. Integravam a guarnição os bravos remadores: Ricardo Severiano 
da Cruz, 63 anos, timoneiro; Antonio de Souza Duarte, 49 anos, voga, Clodoaldo 
Bakker,  59  anos,  sota­voga;  Francisco  de  Paula  Madureira,  44  anos,  sota­proa; 
Oscar  Simões  Filho,  39  anos,  proa,  todos  associados  do  Sport  Club  Natal,  com 
exceção de Antonio de Souza Duarte, filiado ao Centro Náutico Potengí. 
Em 16 de maio, alcançaram Mangue Seco, 42 quilômetros ao Sul de Estância, no 
Estado  de  Sergipe.  Devido  ao  mau  tempo  e  à  necessidade  de  reparos  no  barco, 
permaneceram  neste  local  até  2  de  junho,  dia  em  que  as  perspectivas  de  bom

204 
tempo induziram o reinício da viagem. Entretanto, ao atingir a barra de uma onda 
enorme  partiu  o  barco  ao  meio,  salvando­se  os  5  tripulantes  com  incríveis 
dificuldades. Frustração completa. Voltaram todos desolados à Natal, mas Ricardo 
Severiano  da  Cruz,  apesar  dos  63  anos,  não  se  deu  por  vencido  e  incentivou  os 
demais náufragos a não encerrar a travessia. 
Recebendo  a  colaboração  de  autoridades  e  do  povo,  conseguiram  que  o  mestre 
naval  Luiz  Enéas  construísse  nas  oficinas  da  Base  Naval,  a  yole  RIO  GRANDE 
DO NORTE II, no período de 21 de outubro até 18 de dezembro. 
Por  motivos  diversos,  Francisco  de  Paula  Madureira  e  Clodoaldo  Bakker  foram 
substituídos  pelos  remadores  Walter  Fernandes  e  Luiz  Enéas,  ambos  do  Sport 
Club Natal. 
Em 18 de janeiro de 1953, a yole e os remadores partiram de Natal, no caçaminas 
PIRANHA,  chegando  à  Aracajú  em  8  de  fevereiro,  seguindo  após  até  Mangue 
Seco, local de interrupção da primeira travessia. 
Em  21  de  maio,  os  valorosos  remadores  potiguares,  foram  recebidos  festiva  e 
gloriosamente no Rio de Janeiro.
·  19/07 a 03/08 – Em Helsinque, disputados os XV Jogos Olímpicos, tendo o Brasil 
participado do remo, apenas na prova de 2 com timoneiro: 
Harry Mosé, João Arruela Maio e Francisco Augusto Furtado, timoneiro. 
20/07 – eliminatória – 1ª série – Brasil – 4º lugar – 8'19" (8'02"3); 
21/07  –  repescagem  –  2ª  série  –  Brasil  –  3º  lugar  –  8'05"5  (8'03")  – 
desclassificado. 
Estes remadores estavam também inscritos na prova de 2 sem timoneiro, mas não 
participaram  da  eliminatória,  optando  pela  participação  na  prova  de  2  com 
timoneiro. 

1953
·  22/03 – 34ª Regata Internacional de Montevidéu. Na prova de 8 sênior, vitória do 
Clube de Regatas Aldo Luz (Florianópolis) – 6'33"; 
4 com sênior e 4 sem sênior – 2º lugar – Grêmio Náutico União (Porto Alegre), e 
2 com sênior – 2º lugar – Sport Club Corinthians Paulista.
·  22/11  –  152ª  Regata  Internacional  do  Tigre,  na  raia  do  rio  Luján,  em 
comemoração  ao  60º  aniversário  da  Comisión  de  la  Regata  Internacional  del 
Tigre. A partida da última prova, 8 sênior, foi dada pelo Presidente da República 
Argentina, General Juan Domingo Peron. Na prova de 2 sem timoneiro, vitória do 
Clube de Regatas Almirante Barroso  (Porto Alegre) – 7' 35".
·  18/12 – Em Santo Antonio da Patrulha (RS), fundação do Clube de Regatas Lagoa 
dos Barros. 

1954
·  02/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realização  do  III 
Campeonato Sul­americano de Remo. O Brasil foi campeão com 75 pontos, tendo 
vencido 6 provas: 
4  com  –  Hamilton  Cordeiro,  Francisco  Schmitt,  Edson  Westphal,  Sady  Cayres 
Berber e Moacyr Iguatemy da Silveira, timoneiro – 7'20"; 
2 sem – Walter Gerhard Hubert Karl e Manoel José Barbosa Amorim – 7'35"; 
2 com – Harry Mosé, João Arruela Maio e Francisco Augusto Furtado, timoneiro 
– 8'10"; 
4  sem –  Lon  Teixeira  de  Menezes,  Manoel  Armando  Figueiredo  Barbosa,  João 
Calixto Oliveira e Mario Lamosa – 7'05";

205 
duplo­skiff – Manoel da Silveira e WalmorVilela – 7'33"; 
oito – José de Carvalho Filho, David Stone Sharp, Claudio Veiga de Britto, José 
Soares,  Ronaldo  Duncan  Arantes,  André Gustavo  Richer, Sérgio  Martins, 
Osmar Antonio Haas e Antonio Barbosa dos Santos, timoneiro – 6'31"5. 
2º lugar – skiff: Francisco Torres Medina – 7'55" (7'53" – Uruguai).
·  21/11 – Em São Paulo, na raia do Lenheiro, em Jurubatuba – regata comemorativa 
ao  4º  Centenário  da  Fundação  de  São  Paulo,  sendo  disputada  a  Prova  de  Honra 
Veteranos  do  Remo  Brasileiro,  a  primeira  desta  categoria  em  âmbito  nacional. 
Vencedor: Grêmio Náutico União, de Porto Alegre no tempo de 4'02", out­riggers 
a 4, na distância de 1.000 metros. 
Guarnição: Pedro Maieski, Antônio Tedesco, Alfredo Valentino Petzhold, Walter 
Silva e Lotario Timm, timoneiro. 
Desde então, remadores veteranos do Rio Grande do Sul, especialmente do União, 
têm participado com destaque de provas para a categoria em diversos Estados e no 
exterior (América do Sul, América do Norte e Europa).
·  02/12 – Em Porto União (SC), fundado o Club de Regatas Iguaçu. 

1955
·  31/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizada  com  brilho 
invulgar  e  enorme  assistência,  a  Regata  Noturna,  com  programa  de  7  provas,  4 
interestaduais e 3 locais. 
“A  raia  foi  iluminada  por  possantes  refletores,  cedidos  pelo  comando  Forte  de 
Copacabana, colocados estrategicamente nos morros vizinhos.” 
As  provas  interestaduais,  para  remadores  seniores  em  2.000  metros,  tiveram  os 
seguintes vencedores: 
4 com – Federação Aquática de Santa Catarina – 7'40" (5 concorrentes) 
Hamilton  Cordeiro,  Francisco  Schmitt,  Edson  Westphal,  Sady  Cayres 
Berber e Alvaro Elpo, timoneiro; (5 concorrentes); 
skiff – Clube de Regatas Vasco da Gama, Rio de Janeiro – 8'35" 
Francisco Torres Medina (7 concorrentes); 
2 com – Clube de Regatas do Flamengo, Rio de Janeiro – 8' 48" 6 
Jorge  Pereira  Ridge,  Guilherme  Augusto  do  Eirado  Silva  e  Sylvio 
Augusto de Souza, timoneiro (5 concorrentes); 
oito – Federação Aquática de Santa Catarina – 6'56" 
Hamilton  Cordeiro,  Francisco  Schmitt,  Walmor  Vilella,  Kalil  Boabaid, 
Edson  Westphal,  Osman  Boabaid,  Gleno  Ricardo  Scherer,  Sady  Cayres 
Berber e Alvaro Elpo, timoneiro (4 concorrentes ).
·  20/11 – Em Porto Alegre, nos II Jogos Abertos Femininos,  incluída no programa 
uma prova de remo, em gigs a 4, na distância de 500 metros. 
O Clube de Regatas Almirante Barroso participou com três guarnições e obteve as 
três  primeiras  classificações.  Esta  prova  foi  realizada  até  os  VIII  Jogos  Abertos 
Femininos, em 15/11/1961.
·  04/12  –  Em  Porto  Alegre,  na  ilha  Grande  dos  Marinheiros,  no  canal  Furado 
Grande, realizada a Regata Nossa Senhora da Conceição. Programa com 3 provas 
em  gigs  a  4  tendo  participado  11  guarnições  de  4  clubes.  O  clube  de  Regatas 
Almirante Barroso venceu duas provas e o Grêmio Náutico União uma. 

1956
·  04/03 – 35ª Regata Internacional de Montevidéu. Vitória na prova de 2 sem sênior, 
da dupla do Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto Alegre).

206 
·  25/03  –  159ª  Regata  Internacional  do  Tigre,  na  Argentina.  Na  prova  de  2  sem 
sênior, a dupla do Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto Alegre), obteve o 2º 
lugar.
·  29/04 – Em La Punta, Callao, Peru, realizado o IV Campeonato Sudamericano de 
Remo. O Brasil com 51 pontos foi vice­campeão tendo vencido 2 provas: 
4+: Hamilton Cordeiro (83), Francisco Schmitt (93), Edson Westphal (90), Sady 
Cayres Berber (72) e Álvaro Elpo (50), timoneiro – 7'47"; 
2+: Francisco Schmitt, Edson Westphal e Álvaro Elpo, timoneiro – 9'14". 
Obteve o 2º lugar em 4 provas: 
2­: José de Carvalho Filho e André Gustavo Richer; 
4­: José de Carvalho Filho (75), David Stone Sharp (81), Ronaldo Duncan Arantes 
(80) e André Gustavo Richer (76); 
2X: Alvaro da Silva Lobão (78) e Francisco Torres Medina (86); 
8+:  Dezir  Corrêa  de  Moraes  (74),  Ruy  Kopper  (90),  Nelson  Guarda  (91),  João 
Calixto  Oliveira  (87),  Manoel  Armando  Figueiredo  Barbosa  (84),  Arlindo 
Antonio  Schmidt  (75),  Mario  Lamosa  (77),  Lon  Teixeira  de  Menezes  (80)  e 
Adriano Monteiro Soares (46), timoneiro. 
skiff – o remador do Brasil abandonou a prova à metade do percurso.
·  10/06  –  Realização  na  raia  de  Jurubatuba  em  São  Paulo  da  Prova  Clássica 
Governador do Estado do Paraná – Dr. Moyses Lupion. O lindo troféu  instituído 
pela direção do Clube de Regatas Tietê para homenagear seu ex­remador devia ser 
disputado  anualmente  na  raia  de  Jurubatuba,  em  out­riggers  a  oito  remos,  na 
distância de 2.000 metros, sendo a posse definitiva obtida através de três vitórias 
consecutivas ou cinco alternadas. 
Nas três primeiras disputas teve os seguintes vencedores: 
08/06/1956 – América (Blumenau), Vasco da Gama (Porto Alegre) e Corinthians 
Paulista – 6' 13"; 
02/06/1957 – América (Blumenau), União (Porto Alegre), Guaiba – Porto Alegre, 
Floresta, Tietê e Corinthians Paulista – 7'10"; 
1858 – não foi realizada; 
05/04/1959 – Floresta, América (Blumenau) e Santa Ritta (Paranaguá).
·  22/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  efetuada  a  Regata 
Internacional,  promovida  pelo  Jornal  dos  Sports.  Programa  com  cinco  provas, 
prestigiadas  por  uma  fabulosa  assistência  de  mais  de  50.000  pessoas.  A  prova 
principal,  em  out­riggers  a  8,  teve  a  participação  de  cinco  guarnições,  com 
destaque especial para a Universidade de Cambridge, Inglaterra. 
Páreo Jubileu Jornal dos Sports (25 anos): 
Vencedor – Universidade de Cambridge, baliza 10 – 6'21"8; 
2º lugar – C. R. do Flamengo, baliza 4 – 6'29"; 
3º lugar – C. R. Aldo Luz, baliza 6 – sem tempo; 
4º lugar – C. R. Vasco da Gama, baliza 8; 
5º lugar – C. R. Tietê, baliza 2.
·  22/11 a 08/12 – Em Melbourne, Austrália, disputados os XVI Jogos Olímpicos. 
As  competições  de  remo  foram  realizadas  na  cidade  de  Ballarat,  no  lago 
Wendouree, sendo o Brasil representado na prova de 4 com timoneiro: 
André  Gustavo  Richer,  Ruy  Kopper,  Nelson  Guarda,  José  de  Carvalho  Filho  e 
Silvio Augusto de Souza, timoneiro; 
23/11 – eliminatória – 3ª série – 3º lugar – 7'13"9 (7'01"8); 
24/11 – repescagem – 2ª série – 2º lugar – 7'25"7 (7'09"8) – desclassificado.

207
1957
·  24/03  –  36ª  Regata  Internacional  de  Montevidéu,  com  6  vitórias  de  clubes 
brasileiros: 
4 com júnior  – Grêmio Náutico União (Porto Alegre)  – 5'12"; 
2 com júnior  – Grêmio Náutico União  – 6'20"; 
oito júnior  – Clube Náutico América (Blumenau)  – 4'58"; 
2 sem sênior  – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre  – 7'59"; 
2 com sênior  – Grêmio Náutico União  – 8 '42"; 
oito sênior  – Clube Náutico América  – 6'40". 
Na  prova  de  duplo­skiff  sênior,  o  Clube  de  Regatas  Vasco  da  Gama  (Porto 
Alegre), obteve o 2º lugar. 
As guarnições de 2 com e oito obtiveram duplas vitórias.
·  30/11 – 2ª Regata Internacional del Litoral, em Mercedes, Uruguai, na raia do rio 
Negro. Homenagem ao Centenário da declaração como cidade. Participaram, sem 
destaque,  5  guarnições  de  clubes  de  Porto  Alegre  (4  do  União  e  1  do  Almirante 
Barroso). 

1958
·  27/04 – No Tigre, Argentina, disputado o V Campeonato Sudamericano de Remo, 
tendo o Brasil obtido o vice­campeonato com 47 pontos e três vitórias: 
4  com  –  Arlindo  Antonio  Schmitt  (80),  Manoel  Armando  Figueiredo  Barbosa 
(80), João Calixto Oliveira (90), Nelson Guarda (91) e Adriano Monteiro 
Soares (50), timoneiro – 6'55"; 
2  sem  –  Johannes  Hendrikus  Theodorus  Wilhelms  Melis  (72)  e  Ruthgerus 
Hermann Hendrikus Johanna Melis (65), sem tempo; 
oito  –  Hélio  José  Ribeiro  Batista  (75),  Nelson  Guarda  (91),  Ronaldo  Duncan 
Arantes (83), Guilherme Augusto do Eirado Silva (84), Lourival Rodrigues 
de Souza (94), André Gustavo Richer (80), José Arthur Salles Pascoli (80), 
Audifax Barbosa (80) e Adriano Monteiro Soares (50), timoneiro – 5'49"; 
3º lugar: 2+ e 4­; 
desclassificado: 1X e 2X.
·  23/11  –  167ª  Regata  Internacional  do  Tigre,  Argentina.  Três  vitórias  dos 
remadores do Grêmio Náutico União (Porto Alegre), todas na classe seniores: 2­, 
2X e 8+. 

1959
·  24/01 –  3ª Regata  Internacional del  Litoral,  em  Colonia,  Uruguai. Os  remadores 
do Grêmio Náutico União  (Porto  Alegre),  conquistaram  2  vitórias:  4  com 
junior e oito sênior.
·  01/02 – 1ª Regata Internacional de Remo no Arroyo Solis Chico, em Canellones, 
Uruguai.  Os  remadores  do  Grêmio  Náutico  União  (Porto  Alegre),  venceram  2 
provas: 4 com sênior – 2' 45" e 8 sênior – 2' 30"; 2º lugar na prova de skiff sênior.
·  15/03 – 38ª Regata Internacional de Montevidéu e 3 vitórias de clubes brasileiros: 
1X  júnior  e  2  sem  sênior  –  Grêmio  Náutico  União  (Porto  Alegre)  e  8  sênior  – 
Clube Náutico América (Blumenau). Na prova de 4 sem sênior os remadores do 
América obtiveram o 2º lugar.
·  04  a  07/09  –  Em  Chicago,  disputados  os  III  Jogos  Desportivos  Panamericanos, 
tendo o Brasil participado de cinco provas de remo: 
1ª  prova  –  4  com  –  Nelson  Guarda,  João  Calixto  Oliveira,  Manoel  Armando 
Figueiredo Barbosa e Jorge Rodrigues:

208 
2ª série – 2º lugar – 7'03"; 
Repescagem – 2º lugar – 8'03"4; 
Final – 3º lugar – 7'25"9. 
2ª prova – 2 sem – Milton Bruno Meurer e Edgar Gijsen: 
2ª série – 1º lugar – 7'37"7; 
Final – 2º lugar – 7'49"2. 
3ª prova – skiff – Álvaro da Silva Lobão: 
1ª série – 3º lugar – 8'38"8; 
Repescagem – 2º lugar – 8'49"3; 
Final – 4º lugar – 8'14"3. 
5ª prova – 4 sem: 
2ª série – 2º lugar – 7'27"7; 
Repescagem – Brasil não compareceu. 
7ª prova – oito – 4 concorrentes: 
Final – 4º lugar – 6'48"8; 
Audifax  Barbosa,  José  Arthur  Salles  Pascoli,  Guilherme  Augusto  do  Eirado 
Silva,  André  Gustavo  Richer,  Lourival  Rodrigues  de  Souza,  João  Custódio 
Rajão,  Carlos  Ernesto  Botelho  Pimentel,  Ronaldo  Duncan  Arantes  e  Adriano 
Monteiro Soares, timoneiro.
·  04/10 – Em Porto Alegre, primeira disputa da Regata Clássica SULBANCO, para 
out­riggers  a  8,  em  9.000  metros.  Foi  disputada  durante  13  anos,  sempre  com 
muito brilho e encerrada em 10/09/1972. 
O  primeiro  vencedor  foi  o  Grêmio  Náutico  União,  no  tempo  de  29'  08",  com a 
seguinte  guarnição:  Johannes  Melis,  Ruthgerus  Melis,  Antonio  Candido,  Leo 
Rigon, Tadeu Koslowski, Edwino Mirowski, Paulino Gonçalves Leite, Francesco 
Todesco e André Pereira de Souza, timoneiro. 
Nas  demais  disputas  os  percursos  foram  gradativamente  reduzido  para  7.000, 
6.000  e  4.000  metros.  O  1º  troféu  foi  vencido  pelo  Clube  de  Regatas  Almirante 
Barroso  através  das  vitórias  consecutivas  em  1965,  1966  e 1967;  o  2º  troféu  foi 
conquistado  pelo  Grêmio  Náutico  União  pela  tríplice  vitória  em  1970,  1971  e 
1972. 
Participaram  das  regatas  SULBANCO,  576  remadores  e  72  timoneiros,  tendo  o 
Clube  de  Regatas  Almirante  Barroso  (Associação  Almirante  Barroso­São  José 
Futebol  e  Regatas)  e  o  Grêmio  Náutico  União  vencido  5  vezes,  o  Clube  de 
Regatas Guaiba­Porto Alegre 2 vezes e o Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio 
de Janeiro, uma vez.
·  22/11 – 169ª Regata Internacional do Tigre. A prova de 8 sênior foi vencida pelo 
Grêmio Náutico União  (Porto Alegre) – 5' 56"; na prova de 4 com sênior obteve o 
2º lugar. 

1960
·  20/03  –  Em  Montevidéu,  na  raia  de  Melilla,  realizado  VI  Campeonato 
Sudamericano  de  Remo.  O  Brasil  venceu  a  prova  de  4  com,  porém  foi 
desclassificado;  obteve  um  vice­campeonato  (4­),  3 terceiros  (1X,  2X  e  2+),  um 
quarto (8+) e foi desclassificado na repescagem de 2­. 
Na classificação geral, 4º lugar com 24 pontos. 
4­:  vice­campeão  –  Paulino  Gonçalves  Leite  (72),  Harry  Edmundo  Klein  (75), 
Ernesto Neugebauer Endter (71) e Francisco Todesco (73).
·  Dirigentes esportivos  do  Brasil  e  Portugal  instituem  os  Jogos  Desportivos Luso­ 
Brasileiros para incentivar o intercâmbio entre atletas desses países fraternos, para

209 
serem  disputados  cada  três  anos,  em  sedes  alternadas.  O  remo  foi  incluído  em 
todos os cinco jogos, 1960, 1963, 1966, 1969 e 1972, em provas de 2.000 metros.
·  03  a  14/08  –  I  Jogos  Desportivos  Luso­Brasileiros  em  Lisboa,  sendo  o  remo 
disputado na raia do Aveiro, no rio Novo do Príncipe: 
06/08 –  4  com  timoneiro  –  vencedor:  Brasil –  7'07"  –  Paulino  Gonçalves Leite, 
Ernesto Neugebauer Endter, Francesco Todesco, Harry Edmundo Klein e 
Waldemar Scovino, timoneiro; 
07/08 – skiff – Brasil – 2º lugar – 8'02" – Edgar Gijsen; 
2  com  timoneiro  –  Vencedor:  Brasil  –  8'12"  –  Nelson  Guarda,  Jorge 
Rodrigues e Waldemar Scovino, timoneiro; 
oito – Vencedor: Brasil – 6'17"63 – Paulino Gonçalves Leite, Ernesto Neugebauer 
Endter,  Sebastião  Pereira  de  Araújo,  Mário  Rosado,  Benedito  Ledo  de  Sá,  Fritz 
Mueller,  Harry  Edmundo  Klein,  Francesco  Todesco  e  Waldemar  Scovino, 
timoneiro.
·  25/08 a 11/09 – Em Roma, nos XVII Jogos Olímpicos, o Brasil participou  em 
remo  da  prova  de  4  com,  sem  obter  classificação  nas  eliminatórias.  Guarnição: 
Paulino  Gonçalves  Leite,  Ernesto  Neugebauer  Endter,  Harry  Edmundo  Klein, 
Francesco Todesco e Waldemar Scovino, timoneiro. 

1961
·  25/01 – Em São Paulo, na primeira regata oficial da temporada, em homenagem à 
Fundação da Cidade de São Paulo, participou da primeira prova, yoles franches a 
4 remos, estreantes, 1.000 metros, uma guarnição da Willys Overland Sport Club 
de  São  Bernardo  do  Campo.  Este  clube  filiou­se  à  Federação  de  Remo  de  São 
Paulo  e  participou de  várias  regatas  até  a  Fábrica  Willys  Overland  ser  adquirida 
pela Ford.
·  16/02 – Em Ilhéus (BA), fundada a Associação Atlética do Banco do Brasil, com 
Setor de Remo.
·  Salvador, A TARDE (09/12/1990) – “A COPA NASCEU DE UM SONHO – 
Durante  a  primeira  metade  deste  século,  o  remo  foi  o  esporte  preferido  dos 
baianos,  superando  até  mesmo  futebol.  No  início  da  década  de  60  havia 
desmotivação,  a  rotina  das  competições  caía  na  trivialidade  e  na  monotonia. 
Desejando  mudar  essa  situação,  no  início  da  1961,  os  jornalistas  da  equipe  de 
Esporte  de  A  TARDE,  Genésio  Ramos,  Luiz  Eugênio  Tarquínio  e  Adroaldo 
Ribeiro Costa, reuniram­se com o objetivo de criar um torneio para o remo, que 
tivesse  bastante  motivação  pela  disputa  e  entusiasmasse  o  público,  atletas  e 
dirigentes. 
Inspirados na primeira conquista da Seleção Brasileira de Futebol, que coloca 
as  mãos  na  Taça  de  Ouro  Jules  Rimet  em  1958,  os  jornalistas  sonharam  com  a 
possibilidade de conseguir um troféu também de ouro para ser disputado no remo. 
Um outro jornalista de A TARDE, Manuel Pinheiro Cal, lembrou a possibilidade 
de conseguir o troféu  junto a Comunidade Espanhola  na Bahia.  Os dirigentes da 
colônia  aceitaram  a  idéia  e  mandaram  confeccionar  um  troféu  de  ouro  maciço, 
pesando 960 gramas.” 
O  apoio  valioso  do  Dr.  Jorge  Calmon,  diretor­redator­chefe  de  A  TARDE, 
possibilitou que 6 equipes de remo do Norte, participassem com brilho da primeira 
disputa  do  troféu,  logo  chamado  de  Taça  A  TARDE  e  que  por  motivo  de 
segurança  foi  sempre  guardado  na  caixa  forte  do  Banco  do  Estado  da  Bahia. 
Todos os anos a equipe campeã recebe uma replica da taça original. 
A Copa Norte não foi realizada cinco vezes: 1965, 1966, 1968, 1969 e 1970. Em

210 
1972,  a  Confederação  Brasileira  de  Desportos  e  o  Conselho  Nacional  de 
Desportos decidiram oficializar a Copa Norte de Remo, incluindo­a no calendário 
de 1973. 
Em 1979, com a participação efetiva do Espírito Santo e de Brasília, a Copa Norte 
passou a denominar­se Copa Norte­Nordeste de Remo.
·  07/05 –  Em  Salvador,  realizada  com  enorme  sucesso  a  1ª Copa  Norte  de  Remo, 
tendo até o presente os seguintes vencedores e participantes: 

COPA NORTE DE REMO 
N os  DATAS  SEDES  CLASSIFICAÇÕES 
1ª  07/05/1961  Salvador  Bahia – Pará – Pernambuco – R.G.Norte – Sergipe – Amazonas 
2ª  16/12/1962  Salvador  Pernambuco – Bahia – Amazonas 
3ª  08/12/1963  Salvador  Pará – Bahia – Pernambuco – Amazonas – Sergipe 
4ª  20/12/1964  Recife  Pernambuco – Pará – Bahia – R.G.Norte – Sergipe 
5ª  17/12/1967  Recife  Pará – Pernambuco – Bahia – R.G.Norte 
6ª  19/12/1971  Recife  Pernambuco – Pará 
7ª  17/12/1972  Salvador  Pará – Bahia – Pernambuco – R.G.Norte 
8ª  21/10/1973  Salvador  Pernambuco – Pará – Bahia – R.G.Norte 
9ª  29/09/1974  Recife  Pernambuco – Pará – R.G.Norte – Bahia – Amazonas 
10ª  16/11/1975  Recife  Pernambuco – Pará – R.G.Norte – Bahia 
11ª  21/11/1976  Salvador  Pernambuco – Bahia – Pará – R.G.Norte 
12ª  23/10/1977  Recife  Pernambuco – Bahia – Pará 
13ª  12/11/1978  Salvador  Pernambuco – Bahia – Pará (Espírito Santo e Brasília – convidados) 

COPA NORTE­NORDESTE DE REMO 
N os  DATAS  SEDES  CLASSIFICAÇÕES 
14ª  30/09/1979  Vitória  Bahia – E.Santo – R.G.Norte – Brasília 
15ª  05/12/1980  Salvador  Bahia – Pernambuco – E.Santo – Pará – R.G.Norte – Brasília 
16ª  25/10/1981  Natal  Bahia – E.Santo – R.G.Norte – Pernambuco – Pará – Brasília 
17ª  19/12/1982  Recife  Pernambuco – Bahia – E.Santo – Pará – R.G.Norte – Brasília 
18ª  27/11/1983  Salvador  Bahia – Pernambuco – E.Santo – Pará – R.G.Norte – Brasília 
19ª  02/12/1984  Natal  E.Santo – Pernambuco – Brasília – Bahia – R.G.Norte – Amazonas 
20ª  10/11/1985  Brasília  Pernambuco – Bahia – E.Santo – R.G.Norte – Pará – Brasília – Amazonas 
21ª  28/09/1986  Recife  E.Santo – Bahia – Pernambuco – Brasília – R.G.Norte – Amazonas 
22ª  29/11/1987  Salvador  E.Santo – Pernambuco – Pará – Bahia – Brasília – R.G.Norte – Sergipe – Amazonas 
23ª  04/09/1988  Vitória  E.Santo – Pernambuco – Brasília – R.G.Norte – Pará – Amazonas – Sergipe 
24ª  10/12/1989  Aracajú  E.Santo – Pernambuco – Bahia – Amazonas – R.G.Norte – Sergipe 
25ª  09/12/1990  Salvador  Bahia – E.Santo – R.G.Norte – Pernambuco – Brasília – Amazonas – Sergipe 

SEDES: Salvador – 11, Recife – 8, Natal e Vitória – 2, Brasília e Aracajú – 1. 
PARTICIPAÇÕES:  Pernambuco  – 24,  Bahia –  23,  Rio  Grande  do  Norte – 20,  Pará – 
19, Espírito Santo – 13, Brasília – 12, Amazonas – 11 e Sergipe – 
7. 
VITÓRIAS – Pernambuco – 11, Bahia – 6, Espírito Santo – 5 e Pará – 3.

·  21/05 – Em Osório (RS), fundado o Clube de Regatas General Osório e realizada 
uma  regata  na  lagoa  do  Marcelino  com  4  provas  em  gigs  a  4.  Participações 
destacadas  do  Clube  de  Regatas  Almirante  Barroso  e  Clube  de  Regatas  Guaíba­ 
Porto Alegre, ambos com vitórias.
·  28/05 – Em Florianópolis, efetuada a 1ª Regata Internacional de Santa Catarina na 
raia da baía Sul, promovida pelo Clube de Regatas Aldo Luz.

211 
Em 26/05/1963, o Clube de Regatas  Aldo Luz efetuou a 2ª Regata Internacional 
de Florianópolis.
·  26/11  –  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  com  programa  de  7  provas  para 
seniores e os seguintes vencedores: 
4 com  – Montevideo Rowing Club  – 6'40"; 
2 sem  – Grêmio Náutico União (Porto Alegre)  – s.t.; 
skiff  – Grêmio Náutico União  – 7'24"; 
2 com  – Montevideo Rowing Club  – 7'54"; 
4 sem  – Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto Alegre) – 6'43"; 
duplo­skiff  – Grêmio Náutico União  – 7'02"; 
oito  – Clube de Regatas Almirante Barroso  – 6'09". 

1962
·  11/11  –  Na  Argentina,  raia  do  rio  Luján,  disputado  o  VII  Campeonato 
Sudamericano de Remo. O Brasil,  vice­campeão  com 52 pontos, venceu a prova 
de duplo­skiff em 6'29" com Edgar Gijsen (75) e Francesco Todesco (74). Obteve 
cinco vice­campeonatos: 
4+: Lourival Rodrigues de Souza (75), Harry Edmundo Klein (76), Willy Ramos 
Teixeira  (73),  Luiz  Carlos  de  Lima  (70)  e  Sylvio  Augusto  de  Souza  (50), 
timoneiro; 
1X: Ivon Pital Miguel (80); 
2+: Alberto Blema (80), Herbert Theilacker (80) e Sylvio Augusto de Souza (50); 
4­:  Edgar  Roberto  Knirien  (75),  Paulino  Gonçalves  Leite  (75),  Álvaro  da  Silva 
Lobão (75) e Ernesto Neugebauer Endter (75); 
8+:  Manoel  Silveira  (75), Valfredo  dos  Santos  (77), Edson  Schmitt  (78),  Rui de 
Souza  Lopes  (85),  Erich  Passig  (85),  Ado  Steiner  (79),  Teodoro  Rogério  Vahl 
(72), Ernesto Vahl Filho (66) e Jobel Silva Furtado (54), timoneiro. 
3ºclassificado na prova de 2 sem. 

1963
·  28/04 – Em São Paulo, realizados os IV Jogos Desportivos Pan­americanos, sendo 
as sete  provas  de  remo  disputadas  na  raia  de  Jurubatuba.  O Brasil obteve  quatro 
vice­campeonatos: 
4  com  –  6'44"  –  Assis  Garcia  Ramos,  Paulino  Gonçalves  Leite,  Autemídio 
Anselmo Julião, Alberto Blema e Adriano Monteiro Soares, timoneiro; 
skiff – 8'41" – Ivon Pital Miguel; 
4  sem –  6'43"  –  Jorge  Rodrigues,  Fritz  Mueller,  Harry  Edmundo  Klein  e  Edgar 
Roberto Knirien; 
oito  –  6'32"  –  Ernesto  Vahl  Filho,  Teodoro  Rogério  Vahl,  Ado  Steiner,  Erich 
Passig, Rui de Souza Lopes, Edson Schimitt, Valfredo Santos, Manoel Silveira e 
Jobel Silva Furtado, timoneiro. 
dois  terceiros  lugares:  2  com  –  8'08"  –  Autemídio  Anselmo  Julião,  Audifax 
Barbosa e Adriano Monteiro Soares, timoneiro; e 
duplo­skiff – 7'23" – Edgar Gijsen e Francesco Todesco.
·  28/07 a 10/08 – II Jogos Desportivos Luso­Brasileiros – remo em 04 e 10/08: 
04/08 – Em Porto Alegre, na raia dos Navegantes – duas provas internacionais: 
1ª prova – 4 com – "Honra Portugal" – seis concorrentes: 
Vencedor: Grêmio Náutico União, de Porto Alegre – 7'54" – Sérgio Alice, Nilson 
Luiz Zanini, Nelson Fritz, Plínio Oleszko e André Pereira de Souza, timoneiro; 
2º lugar – Federação Aquática de Santa Catarina;

212 
3º lugar – Grupo Desportivo CUF – Portugal; 
6ª prova – oito – "Honra João Havelange": 
Vencedor: Sporting Club Caminhense – Portugal – 7'14". 
10/08 – Na Guanabara, na lagoa Rodrigo de Freitas – duas provas internacionais: 
1ª prova – 4 com: 
Vencedor  –  Federação  Metropolitana  de  Remo  –  7'04"  –  Alberto  Blema,  Edgar 
Roberto  Knirien,  Harry  Edmundo  Klein,  Edgar  Gijsen  e  Antenor  Barbosa  dos 
Santos, timoneiro; 
4ª prova – oito: 
Vencedor:  Federação  Metropolitana  de  Remo  –  6'25"  –  Willy  Ramos  Teixeira, 
Luiz  Carlos  de  Lima,  Audifax  Barbosa,  Autemídio  Anselmo  Julião,  Lourival 
Rodrigues  de  Souza, José  Carlos  Mastello,  Carlos  Alfredo  Guimarães  da  Vinha, 
Marcílio Dias Paes e Jorge Rodrigues Marim, timoneiro.
·  Em Brasília, fundados os dois primeiros clubes de remo: Clube de Regatas Guará 
e Náutico. Recebendo valioso apoio da Escola Naval, estes dois clubes e um grupo 
de  desportistas  vinculados  ao  remo  e  residentes  na  Capital  Federal,  realizaram 
nesse ano a primeira regata a remo em Brasília. O programa, com cinco provas de 
caráter interestadual, teve inscrições de cinco clubes do Rio de Janeiro: Botafogo, 
Guanabara, Flamengo, São Cristóvão e Icaraí (Niterói). 
Disputada uma prova extra em  yoles a 4 remos,  entre as guarnições dos dois 
clubes de Brasília, sendo vencedor o Clube de Regatas Guará. 
O sucesso da regata assegurou a introdução do remo no Iate Clube de Brasília.
·  30/11  –  Regatas  Internacionales  de  Mercedes,  Uruguai.  Os  remadores  do  G.N. 
União, de Porto Alegre, venceram a prova de 2 sem sênior e obtiveram o 2º lugar 
na prova de 4 com sênior.
·  22/12 – Em Porto Alegre, regata promocional no lago Farroupilha, com programa 
de duas provas de 2 com e a participação de 4 clubes em cada prova. Dupla vitória 
do Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre. 

1964
·  01/03 – Regata em Belém Novo, na Zona Sul de Porto Alegre, com programa de 4 
provas em gigs a 4, concorrendo 12 guarnições de 4 clubes. O Clube de Regatas 
Guaíba­Porto Alegre venceu duas provas, o Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense e o 
Clube de Regatas Almirante Barroso uma.
·  08/03  –  No  Rio  de  Janeiro,  no  Congresso  de  Encerramento  do  Campeonato 
Brasileiro de Remo, o representante do Grêmio  Náutico União, de Porto Alegre, 
apresentou  proposta  de  criação  do  Troféu  Brasil  de  Remo,  semelhante  ao  de 
natação,  já  efetuado  com  grande  brilho.  A  primeira  realização  seria  em  abril  de 
1966, em Porto Alegre, integrante das festividades de 60º aniversário de fundação 
do  União.  A  proposição  em  princípio  foi  aceita,  devendo  ser  aprovada  no 
Congresso do próximo Campeonato Brasileiro de Remo.
·  26/04  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  VIII 
Campeonato  Sul­americano  de  Remo,  tendo  o  Brasil  obtido  o  vice­campeonato 
com 56 pontos e vencido duas provas: 
2 com – Assis Garcia Ramos (80), Alberto Blema (84) e André Pereira de Souza 
(50) – 7' 40" 
duplo­skift – Edgar Gijsen (78) e Harry Edmundo Klein (80) – 7' 01" 
Obteve 4 segundos lugares: 
4 com – Edgar Gijsen (78), Harry Edmundo Klein (80), Assis Garcia Ramos (80), 
Alberto Blema (84) e Sylvio Augusto de Souza (50), timoneiro – 6' 32"

213 
(6' 30") 
2 sem – Fritz Mueller (80) e Jorge Rodrigues (82) – 7' 04" (7' 05" 1) 
4  sem –  Ari  Nunes  Rodrigues  (73),  Verineu  João  Tedesco  (83),  Carlos  Roberto 
Haertel Purper (78) e Sérgio Alice (75) – 6' 49" (6' 44") 
oito  –  Marcillio  Dias  Paes  (76),  Antonio  Roque  dos  Santos  (75),  Willy  Ramos 
Teixeira  (79),  Américo  Puppin  (82),  Francisco  Manoel  Pereira  da  Costa 
(81),  Gláucio  Alves  da  Silva  (78),  Antemídio  Anselmo  Julião  (82), 
Augusto Henrique Guttmann (75) e Manoel Therezo Novo (55), timoneiro 
– 6' 25"  (6' 18") 
3º lugar na prova de skiff.
·  10  a  24/10  –  XVIII  Jogos  Olímpicos  em  Tóquio.  O  Brasil  não  participou  das 
competições de remo. 

1965
·  21/03 – Em Caxias do Sul (RS), no  lago  Samuara, efetuada uma regata de cinco 
provas  em  gigs  a  4,  tendo  o  Grêmio  Foot­Ball  Porto  Alegrense  vencido  duas 
provas, e Farroupilha, União e Vasco da Gama uma.
·  30/05 – Em Florianópolis, efetuada a 3ª Regata Internacional em  homenagem ao 
50º aniversário de fundação do Clube Náutico Riachuelo, promotor da regata.
·  Em São Paulo, dirigentes do clube Esperia decidem instituir uma prova individual 
de grande relevo, semelhante às que são tradicionalmente disputadas nos grandes 
centros mundiais desse esporte. 
Regulamento da prova clássica Fita Azul do Remo Brasileiro: 
“O  Clube  Esperia,  no  intuito  de confraternizar  os  remadores  do  Brasil,  institui  a 
Prova Clássica Fita Azul do Remo Brasileiro, em colaboração com a Federação do 
Remo de São Paulo. 
Art.  1º  –  Esta  prova  será  disputada,  anualmente,  por  ocasião  dos  festejos 
comemorativos  do  aniversário  de  fundação  do  Clube  Esperia,  preferencialmente 
no mês de novembro. 
Art. 2º – O seu percurso será de 2.000 metros, em single­sculls, sendo aberta a 
remadores de qualquer classe, devidamente inscritos nas Federações de Remo do 
Brasil. 
Art. 3º – Cada Associação poderá inscrever apenas uma guarnição. 
Art.  4º  –  Fica  instituído  um  troféu  especial,  que  será  disputado 
permanentemente, ficando as associações vencedoras com a sua posse transitória, 
devendo afixar no mesmo uma plaquinha, com dizeres alusivos à sua conquista. 
§ único – O troféu de que trata este artigo deverá ser transportado para o local 
da regata, cada vez que a prova for disputada. 
Art. 5º – A cada tripulante da guarnição vencedora e da segunda colocada será 
conferido medalhão prateado e de bronze, respectivamente, com cunho e dizeres 
alusivos ao acontecimento. 
Art. 6º – As despesas de estada das tripulações visitantes correrão por conta do 
Clube Esperia. 
§  1º  –  Nestas  despesas  subentende­se  o  total  de  duas  pessoas  para  cada 
delegação visitante. 
§ 2º – As despesas de transporte correrão por conta de cada clube participante. 
Art.  7º  –  O  encerramento  das  inscrições  para  a  referida  prova  dar­se­á  vinte 
(20) dias antes da data fixada para a sua disputa.” 
Até  1970  a  prova  foi  patrocinada  e  organizada  pelo  Clube  Esperia,  sendo 
interrompida de 1971 a 1979, período de transição em que os clubes de remo da

214 
cidade de São Paulo transferiram as sedes náuticas para a raia Olímpica da Cidade 
Universitária.  Em  1980  a  diretoria  da  Confederação  Brasileira  de  Remo, 
reconhecendo a  magnitude do evento e o apoio dos dirigentes do Clube Esperia, 
decidiu incluí­la no calendário nacional. 
A primeira disputa da Fita Azul foi realizada no rio Tietê, as de 1966, 1967 e 
1970 na raia de Jurubatuba, e as demais, desde 1980, na raia Olímpica da Cidade 
Universitária. 
O  Regulamento  da  Fita  Azul  foi  alterado  em  1984,  passando  a  prova  a  ser 
disputada  também  na  categoria  feminina,  e  desde  1985  tornou­se  exclusiva  para 
remadores brasileiros ou naturalizados. 
A Fita Azul do Remo Brasileiro para homens já foi realizada 14 vezes e teve 
os seguintes vencedores: 
1ª  –  27/11/1965  –  Moacyr  Domingos  Novelli  –  Clube  de  Regatas  Tietê,  São 
Paulo; 
2ª – 13/11/1966 – Edgar Gijsen – Clube de Regatas do Flamengo, Rio de Janeiro; 
3ª – 12/12/1967 – Harry Edmundo Klein – Clube de Regatas do Flamengo – Rio 
de Janeiro; 
1968 e 1969 – não foi disputada; 
4ª  –  10/11/1970  –  Edgar  Gijsen  –  Clube  de  Regatas  Vasco  da  Gama,  Rio  de 
Janeiro; 
1971 a 1979 – não foi disputada; 
5ª  –  12/10/1980  –  Waldemar  Antonio  Trombetta  –  Clube  de  Regatas  do 
Flamengo, Rio de Janeiro – 8'03"; 
6ª  –  11/10/1981  –  Waldemar  Antonio  Trombetta  –  Clube  de  Regatas  do 
Flamengo, Rio de Janeiro – 7'51"; 
7ª – 10/10/1982 – Ricardo Esteves de Carvalho – Clube de Regatas do Flamengo, 
Rio de Janeiro – 8'00"; 
8ª – 12/10/1983 – Ricardo Daniel Ibarra – Clube de Regatas do Flamengo, Rio de 
Janeiro – 8'05; 
9ª – 14/10/1984 – Ricardo Daniel Ibarra – Clube de Regatas do Flamengo, Rio de 
Janeiro – 7'35"; 
10ª – 13/10/1985 – Denis Antonio Marinho – Clube de Regatas do Flamengo, Rio 
de Janeiro – 7'53"; 
11ª  –  12/10/1986  –  José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro  –  Clube  de  Regatas  do 
Flamengo, Rio de Janeiro – 7'30"; 
12ª – 15/11/1987 – Denis Antonio Marinho – Clube de Regatas do Flamengo, Rio 
de Janeiro – 6'56" (recorde sul­americano); 
13ª – 20/11/1988 – Otávio D'Avila Bandeira – Clube de Regatas Vasco da Gama, 
Rio de Janeiro – 7'04"; 
14ª  –  12/11/1989  –  José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro  –  Clube  de  Regatas  do 
Flamengo, Rio de Janeiro – 7'13"; e 
15ª – 09/12/1990 – João Carlos Gonçalves – Clube Curitibano, Curitiba, Paraná – 
7'43"77.
·  26/11 – No Rio de Janeiro, no Congresso de Abertura do Campeonato Brasileiro 
de Remo, aprovada a proposta do Grêmio Náutico União de ser instituído o Troféu 
Brasil de Remo, e solicitada a seus representantes e ao Departamento de Esportes 
Aquáticos da Confederação Brasileira de Desportos a elaboração do Regulamento 
desse Troféu. Em dezembro de 1965, a direção do Grêmio Náutico União enviou a 
CBD o modelo de regulamento, sendo aprovado na integra:

215 
“TROFÉU BRASIL DE REMO 
1)  O  Grêmio  Náutico  União,  com  sede  em  Porto  Alegre  e  filiado  à  Federação  de 
Remo do Rio Grande do Sul, institui a Regata do Troféu Brasil de Remo; 
2)  Será realizada em Porto Alegre, na raia dos Navegantes, domingo, dia 10 de abril 
de  1966,  em  comemoração  à  passagem  do 60º  aniversário  de  fundação  do  clube 
instituidor; 
3)  Poderão se inscrever todos os clubes de remo do Brasil, vinculados às Federações 
filiadas à Confederação Brasileira de Desportos. Em caráter de concorrentes extras 
poderão também se inscrever clubes estrangeiros; 
4)  As provas do Troféu Brasil de Remo serão 3: o. r. a 4 com tim.; skiff e o. r. a 4 
sem tim.; 
5)  Durante  a  regata  serão  realizados  os  outros  páreos  do  programa  olímpico  e  na 
ordem tradicional; 
6)  Serão  admitidos  nos  páreos  do  Troféu  Brasil  um  máximo  de  2  guarnições  de 
clubes diferentes por estado brasileiro ou país estrangeiro. Havendo maior número 
de guarnições inscritas, serão feitas eliminatórias locais a fim de serem indicadas 
as duas guarnições participantes; 
7)  Caso  ainda  persistir  número  maior  de  guarnições  inscritas  do  que  barcos 
disponíveis, serão efetuadas eliminatórias no dia anterior. Estarão dispensadas das 
eliminatórias as guarnições que tripularem seus próprios barcos. Deixará de haver 
eliminatória  a  prova  em  que  houver  prévio  acordo  entre  os  clubes  inscritos, 
indicando as guarnições afastadas; 
8)  O  transporte  das  delegações  e  dos  barcos,  assim  como  a  estada  na  cidade  sede, 
será integralmente à conta de cada clube participante; 
9)  Os clubes filiados à Federação de Remo do Rio Grande do Sul cederão, dentro de 
suas  probabilidades,  aos  clubes  forasteiros,  os  barcos  e  alojamentos  que  forem 
pedidos com antecedência e na ordem da solicitação; 
10)  O  Grêmio  Náutico  União  facilitará  a  estada  das  equipes  forasteiras  em  seus 
alojamentos, na ordem de solicitação, sendo no máximo de 12 (doze) pessoas por 
clube. O alojamento funcionará para o remo da 5ª feira anterior à 2ª feira posterior 
à regata e para o máximo de 48 (quarenta e oito) pessoas na sede dos Moinhos de 
Vento.  O  alojamento  será  gratuito  e  a  alimentação  será  contratada  diretamente 
com os Srs. Concessionários, pelas equipes forasteiras; 
11)  O  Grêmio  Náutico  União  oferecerá  o  troféu  clássico  assim  como  medalhas  aos 
remadores classificados nos dois primeiros postos das 7 provas da regata; 
12)  O troféu será entregue ao clube vencedor de páreo(s) que nas 3 provas especificas 
obtiver  maior  número  de  pontos,  de  acordo  com  a  contagem  tradicional  dos 
certames  da  Confederação  Brasileira  de  Desportos.  O  troféu  caberá 
definitivamente ao clube vencedor três vezes consecutivas ou 5 intercaladas; 
13)  Os  clubes  participantes  escolherão  a  cidade  que  sediará a  2ª  disputa,  em  data  de 
comum acordo. A cidade que sediar o Troféu Brasil poderá voltar a fazê­lo, exceto 
no ano imediato; 
14)  O clube vencedor do Troféu Brasil poderá ostentar a titulo de Campeão Brasileiro 
de  Remo  Inter­Clubes  e  o  vencedor  do  páreo  de  skiff,  o  título  de  Campeão 
Individual do Troféu Brasil de Remo; 
15)  Para  as  inscrições  e  para  a  regata  serão  obedecidos  o  Código  de  Regatas  da 
Confederação  Brasileira  de  Desportos.  As  inscrições  serão  feitas  diretamente  à 
Federação organizadora e confirmadas no congresso de abertura do Troféu Brasil, 
dia 8 de abril às 20 horas, na sede do Grêmio Náutico União, Moinhos de Vento, 
Rua Quintino Bocaiúva, 500.”

216 
·  19/12  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  efetuado  o  IX 
Campeonato  Sul­americano  de  Remo.  Alterada  a  contagem  de  pontos  para  os 
melhores classificados em cada prova: 
–  barcos de um e dois remadores – 10, 6, 4, 2 e 1 pontos; 
–  barcos de quatro remadores – 13, 8, 5, 3 e 2 pontos; 
–  barcos de oito remadores – 15, 10, 7, 4 e 3 pontos. 
O Brasil (CBD) obteve o vice­campeonato com 54 pontos, tendo vencido a prova 
de duplo­skiff com Edgar Gijsen e Harry Edmundo Klein,  no tempo de 6'48"; 2º 
lugar nas demais seis provas: 
4  com  –  Alberto  Blema,  Wilson  Reeberg,  Antonio  Maria  Araújo  Morais  Filho, 
Antemídio  Anselmo  Julião  e Syvio  Augusto  de  Souza, timoneiro  –  78  19"  3  (7' 
02"); 
2 sem – Ernesto Neugebauer Endter e Luiz Alberto Angeli – 7' 38" (7' 34"); 
skiff – Edgar Gijsen – 7' 49" (7' 35"); 
2 com – Alberto Blema, Cláudio Angeli e Alberto Carlos Henriques, timoneiro – 
7' 55" 2 (7' 48"); 
4  sem  –  Henrique  Naldoni  Cerqueira,  Sergio  Ribeiro  Lins  Alvarenga,  Verineu 
Tedesco e Paulino Gonçalves Leite – 6' 53" 4 (6' 46"); 
oito – Wilson Reeberg, Antonio Maria Araújo Morais Filho, Antemídio Anselmo 
Julião,  José  Carlos  Angeli,  Luiz  Carlos  de  Lima,  Milton  Neves,  Luiz  Alberto 
Angeli, Sergio Orlando de Almeida Castro e Manoel Therezo Novo, timoneiro – 6' 
13" 5  (6' 10").
·  Dezembro  – Treinando na  lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de  Janeiro, o destacado 
skifista da União Soviética: Vyacheslav Ivanov 

Vencedor do 1º Campeonato Mundial de Skiff – Lucerna (Suíça) – 7' 07" 09 Tri­ 
campeão de skiff dos Jogos Olímpicos de 1956, 1960 e 1964. 
Foto: Dr. Renato Borges da Fonseca. 

1966
·  20/03  –  Em  Montenegro  (RS),  na  raia  do  cais  do  porto,  efetuado  o  "Primeiro 
Festival de Remo", com cinco provas em gigs a 4 remos. Participaram 5 clubes de 
Porto Alegre e 3 do interior do Rio Grande do Sul. O Grêmio Náutico Tamandaré, 
de Cachoeira do Sul vence:u duas provas, e os clubes de Porto Alegre, Vasco da

217
Gama, União e Guaiba­Porto Alegre uma.
·  10/04  –  Em  Porto  Alegre,  1ª  Regata  do  Troféu  Brasil  de  Remo,  na  raia  dos 
Navegantes. Vitória do Club de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro. 
Premio  móvel,  posse  definitiva  com  três  vitórias  consecutivas  ou  cinco 
intercaladas.
·  12  a  29/07  –  Em  Portugal  e  Angola,  realizados  os  III  Jogos  Desportivos  Luso­ 
Brasileiros. Remo nos dias 17, 23 e 24/07; 
17/07 – Aveiro – rio Novo do Príncipe: 
1ª prova – skiff – Vencedor: Brasil – 8'13" – Edgar Gijsen; 
2ª prova – 2 com – vencedor: Brasil – 7'58" – Assis Garcia Ramos, Alberto Blema 
e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
3ª prova – duplo­skiff – vencedor: Brasil – 7'05" – Edgar Gijsen e Luiz Roberto de 
Perni; 
4ª  prova  –  4  com –  vencedor:  Brasil  –  6'54"  –  Wilson  Reeberg,  Antonio  Maria 
Araújo  Morais  Filho,  Cláudio  Angeli,  Sérgio  Orlando  Almeida  de  Castro  e 
Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
5 a  prova – oito – demonstração do Brasil – sem tempo – Wilson Reeberg, Antonio 
Maria  Araújo Morais  Filho,  Assis  Garcia  Ramos,  Alberto  Blema,  Milton  Neves, 
José Carlos Angeli, Cláudio Angeli, Sérgio Orlando Almeida de Castro e Manoel 
Therezo Novo, timoneiro. 
23/07 – Angola – baia de Lobito: 
1ª prova – skiff – juniores – vencedor: Brasil – 8'45" – Luiz Roberto de Perni; 
2ª prova – skiff – seniores – vencedor: Portugal – 9'35". O remador Edgar Gijsen, 
representante do Brasil, liderava a prova com uma vantagem apreciável, de cerca 
de 200 metros. Próximo à chegada, mais ou menos a 50 metros, quebrou uma das 
braçadeiras, impossibilitando­o de concluir a prova. 
3ª  prova  –  4  com –  vencedor:  Brasil  –  6'50"  –  Wilson  Reeberg,  Antônio  Maria 
Araújo  Morais  Filho,  Assis  Garcia  Ramos,  Sérgio  Orlando  Almeida  de  Castro  e 
Manoel Therezo Novo, timoneiro. 
24/07 – Angola – baia de Lobito: 
1ª prova – 2 sem – vencedor: Brasil – 7'24" – Alberto Blema e Cláudio Angeli; 
2ª  prova  –  2  com  –  vencedor:  Brasil  –  7'56"  –  Assis  Garcia  Ramos,  Sérgio 
Orlando Almeida de Castro e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
3ª prova – duplo­skiff – vencedor: Brasil – 7'00" – Luiz Roberto de Perni e Edgar 
Gijsen; 
4ª prova – 4 com – juniores – vencedor: Brasil – 7'05" – Edgar Gijsen, José Carlos 
Angeli, Milton Neves e Luiz Roberto de Perni; 
5ª prova – yole a 4 – vencedor: Brasil – 7'36" – Wilson Reeberg, Alberto Blema, 
Assis  Garcia  Ramos,  Antônio  Maria  Araújo  Morais  Filho  e  Manoel  Therezo 
Novo, timoneiro.
·  20/11  –  IX  Regata  Internacional  do  Litoral,  Salto,  Uruguai.  Os  remadores  do 
Grêmio  Foot­Ball  Porto  Alegrense  conquistaram  o  2º  lugar  na  prova  de  oito 
sênior.
·  11/12 – Em Porto Alegre, na ilha da Pintada, realizada a Regata do Jacuí, com a 
participação de 27 guarnições. Das cinco provas disputadas, duas foram vencidas 
pelo União e Guaiba­Porto Alegre, e uma pelo Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense. 

1967
·  04/04 – 41ª Regata Internacional de Montevidéu. Os remadores do G.N. União, de 
Porto  Alegre  venceram 3  provas  (4  com  júnior,  4  com  sênior  e  4  sem  sênior)  e

218 
obtiveram 3 segundos lugares (8 sênior, 8 júnior e 2 com sênior).
·  30/04 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, efetuada a 2ª Regata do 
Troféu Brasil de Remo, com a vitória do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre.
·  03/08  –  Em  Winnipeg,  Canadá,  realizados  os  V  Jogos  Desportivos  Pan­ 
Americanos.  Em  remo,  o  Brasil  participou  com  duas  guarnições,  obtendo  dois 
terceiros lugares: 
2  com  –  José  Carlos  Angeli,  Cláudio  Angeli  e  Sylvio  Augusto  de  Souza, 
timoneiro; 
duplo­skiff – Antônio Maria Araújo Morais Filho e Edgar Gijsen.
·  25/07  –  Em  Joinville  (SC),  fusão  dos  clubes  Náutico  Atlântico,  Sociedade 
Esportiva Cruzeiro do Sul e Grêmio 25 de Julho, resultando a Sociedade Esportiva 
Recreativa Cruzeiro do Sul – 06/07/1938.
·  10/12 – Regata Internacional de Porto Alegre com 7  provas  para  seniores  e  os 
seguintes vencedores: 
4 com  – Club de Regatas La Marina (Argentina)  – 6' 27"; 
2 sem  – Grêmio Náutico União (Porto Alegre)  – 7' 23"; 
skiff  – Club de Regatas La Marina  – 7'14"; 
2 com  – Grêmio Náutico União  – 7' 40"; 
4 sem  – Grêmio Náutico União  – 6'40"; 
duplo­skiff  – Grêmio Náutico União  – 6' 40"; 
oito  – Club de Regatas La Marina  – 5'54". 
Competiram,  também,  os  clubes  Riachuelo,  Martinelli  e  Aldo  Luz  de 
Florianópolis, e os clubes de Porto Alegre. 

1968
·  05/05 – Em La Punta, Callao, Peru, realizado o X Campeonato Sudamericano de 
Remo.  Na  classificação  geral,  o  Brasil  foi  vice­campeão  com  53  pontos,  tendo 
vencido duas provas: 
2 sem – Breno Manczck Mello e Ernesto Neugebauer Endter – 7'52"; 
duplo­skiff – Edgar Gijsen e Harry Edmundo Klein – 7'15". 
Obteve quatro vice­campeonatos: 
4  com  –  Jorge  Sloboda,  Atalíbio  Magioni,  Isidoro  Cendrão,  Mopyr  Miguel 
Bancov e Sérgio Silva Fernandes – timoneiro – 7' 11" (7' 07" 9); 
4 sem – os 4 remadores acima – 2' 24" (7' 22"); 
skiff – Edgar Gijsen – 8' 02" 03 (7' 50" 03); 
oito – Félix Eyng,  Ângelo  Sírio dos Santos, Carlos Roberto Haertel Purper, Luiz 
Henrique Faria Correa, Ilco Nede de Souza, Vitor Pascoal Russo, Leopoldo H. K. 
Schneider,  João  Carlos  Rodrigues  Fagundes  e  Luiz  Lanis  Motta  da  Silva, 
timoneiro 6'52" (6'45"). 
2+ – 5º lugar.
·  12  a  27/10  –  No  México,  na  Cidade  do  México,  realizados  os  XIX  Jogos 
Olímpicos.  O  Brasil,  em  remo,  participou  da  prova  de  duplo­skiff,  vencendo  a 
Pequena Final    (7º lugar): 
13/10 – eliminatória – 5º e último lugar – 7'16"70; 
15/10 – repescagem – 2º lugar – 7'08"46; 
17/10 – semi­final – 2ª série – 5º lugar – 7'17"08; 
18/10 – pequena final – 1º lugar (7º geral) – 7'04"13; 
dupla: Edgar Gijsen e Harry Edmundo Klein. 
Durante a realização dos Jogos, a FISA efetuou exames para “juízes­árbitros com 
licença internacional”. O destacado remador e dirigente do desporto brasileiro, Dr.

219 
André  Gustavo  Richer  foi  aprovado  neste  exame  e  tornou­se  o  1º  Arbitro 
Internacional de Remo do Brasil.
·  08/12  –  1º  Festival  Internacional  de  Remo  –  Semana  da  Marinha,  na  lagoa 
Rodrigo  de  Freitas,  no  Rio  de  Janeiro.  Programa  com  seis  provas:  duas  para 
universitários,  duas  para  clubes  nacionais  e  duas  internacionais.  Nestas  duas 
últimas, participaram remadores da República Federal da Alemanha, treinados por 
Karl  Adam.  Na  prova  de  8,  a  guarnição  alemã,  campeã  olímpica  no  México, 
obteve  fácil triunfo, e na prova de skiff aconteceu a sensacional  vitória de Harry 
Edmundo Klein, do Brasil, sobre o representante da Alemanha.
·  15/12  –  Em  Porto  Alegre,  inauguração  do  Estádio  Náutico  e  realização  do 
Campeonato  Brasileiro  de  Remo.  Um  vento  oeste,  muito  forte,  obrigou  a 
transferência das provas para a tarde. Os resultados deste campeonato podem ser 
encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES. 

1969
·  02/02  –  Em  Porto  Alegre,  realizada  a  Regata  Noturna  Nossa  Senhora  dos 
Navegantes. Programa com 5 provas em gigs a 4 remos, todas na distância de 500 
metros, tendo participado 24 guarnições de 5 clubes da capital. 
O  Grêmio  Náutico  União  venceu  4  provas  e  o  Clube  de  Regatas  Guaiba­Porto 
Alegre uma.
·  24/05 – Em Florianópolis, disputada a 3ª regata do Troféu Brasil de Remo, na raia 
da  baía  Sul.  Fortes  chuvas,  ventos  e  frio  intenso  obrigaram  a  transferência  da 
regata para à tarde, na raia dos Barreiros, baía Norte. O Grêmio Náutico União, de 
Porto Alegre, foi o vencedor coletivo.
·  25/05 –  Em  Florianópolis, realizada  a  4ª Regata  Internacional  de Santa  Catarina 
em comemoração ao cinqüentenário de fundação do Clube de Regatas Aldo Luz. 
Além dos clubes de Santa Catarina, participaram também representantes de clubes 
da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul.
·  19/07  a  03/08  – Realizados  no  Brasil  os  IV  Jogos  Desportivos  Luso­Brasileiros. 
As competições de remo foram efetuadas no Pará e no Espírito Santo: 
20/07 – Belém, baia de Guajará: 
1ª  prova  – 4  com –  vencedor:  Brasil – 7'15"  – Plínio  Cardoso,  Wladimir  França 
Jaster, Manoel Pereira do Nascimento, Basílio Nunes Rodrigues e Jaime da Costa 
Pires, timoneiro; 
2ª prova – skiff – vencedor: Brasil – 8'11" – Manoel Nunes Rodrigues; 
3ª prova – 2 com – vencedor: Brasil – 7'16" – Ari Felix de Paiva, João Alves dos 
Santos e João Mesquita da Rocha, timoneiro; 
4ª  prova  –  oito  –  vencedor:  Brasil  –  5'52"  –  Plínio  Cardoso,  Wladimir  França 
Jaster, Manoel Pereira do Nascimento, Ari Félix de Paiva, João Alves dos Santos, 
Eduardo  Henrique  da  Costa  Miranda.  Rachid  de  Lemos  Pontes,  Basílio  Nunes 
Rodrigues e Jaime da Costa Pires, timoneiro. 
27/07 – Vitória, Espírito Santo: 
1ª prova – 4 com – vencedor: Brasil – sem tempo – Raphael Ronchi Júnior, Waldir 
Teixeira  de  Souza,  Alderico  da  Silva  Teodoro,  Júlio  Pereira  e  Wilson  Corteletti, 
timoneiro; 
2ª prova  –  skiff –  vencedor:  Portugal –  sem  tempo  –  2º  lugar:  Brasil  –  Antonio 
Roberto Sobrinho; 
3ª prova – 2 com – vencedor: Brasil – sem tempo – Moacyr Rosalen, Wellington 
Barcellos e Luiz Carlos Carneiro, timoneiro; 
4ª  prova  –  oito  –  vencedor:  Brasil  –  sem  tempo  –  Gélson  Mateus  Cortellini,

220 
Alderico  da  Silva  Teodoro,  Atílio  Jorge  Zottich,  João  Everaldo  Simor,  Valdir 
Teixeira de Souza, José Batista Menezes, Walmir José Zanotti.
·  05 a 14/09 – Em Klagenfurt, Áustria, realizado o Campeonato Europeu de Remo, 
com a participação do Brasil na prova de 2 sem timoneiro: 
10/09 – eliminatória – 5º lugar – 7'21"47 
11/09 – repescagem – 4º lugar – 7' 18" 31 
Remadores: Isidoro Cendrão e Atalíbio Magioni.
·  15/10 – Em Ilhéus (BA), fundação do Ilhéus de Futebol e Regatas.
·  18/10 – Em Porto Alegre, a Federação de Remo do Rio Grande do Sul iniciou a 
série de 10 regatas Estímulo Inter­Clubes, participando os cinco clubes de remo da 
Capital,  no sistema um contra todos, num total de 40 provas. A última regata da 
série  foi  efetuada  em  09/05/1970.  Na  classificação  geral,  venceu  o  Grêmio 
Náutico  União,  vitorioso  em  4  regatas,  13  provas  e  8  pontos,  o  segundo 
classificado  foi  o  Grêmio  Foot­Ball  Porto  Alegrense,  vencedor  de  2  regatas,  10 
provas e 4 pontos, e em terceiro o Clube de Regatas Vasco da Gama, vencedor de 
2 regatas, 8 provas e 4 pontos. 

1970
·  Na  década  de  1970,  a  Federação  de  Remo  do  Rio  Grande  do  Sul  efetuou  nos 
meses de novembro ou dezembro, de 1970 a 1976, em Porto Alegre, sete Regatas 
Internacionais,  sempre  com  extraordinário  e  crescente  sucesso.  Além  de 
representações  de  sete  Estados  do  Brasil,  outros  seis  países  participaram  várias 
vezes  dessas  regatas,  destacando­se  a  Argentina,  presente  em  todas  as  disputas, 
através de 11 clubes, e somente numa das regatas com seis clubes filiados. 
Também  competiram:  Estados  Unidos,  Itália,  México,  Polônia,  Suíça e  Uruguai, 
além  de  remadores  cariocas,  paulistas,  catarinenses,  paranaenses,  baianos, 
pernambucanos  e  paraneses.  As  Regatas  Internacionais  de  Porto  Alegre  foram 
interrompidas em 1976.
·  01/02  –  Na  laguna  San  Pedro,  em  Llacolen,  Concepción,  Chile,  realizado  o  XI 
Campeonato  Sudamericano  de  Remo, tendo  o  Brasil  sido  vice­campeão  com 51 
pontos.  Venceu  a  prova  de  duplo­skiff  com  os  remadores  Edgar  Gijsen  e  Harry 
Edmundo Klein – 6' 10". Obteve 5 vice­campeonatos: 
4+:  Atalíbio  Magioni,  Isidoro  Cendrão,  Alberto  Blema,  Armin  Tschaffon  e 
Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
2­: Mopyr Miguel Bancov e Jorge Sloboda; 
1X: Gilberto Gerhardt; 
2+:  Atalíbio  Magioni,  Isidoro  Cendrão  e  Armando  Gomes  Marcial  Junior, 
timoneiro; 
8+: Alberto Blema, Wilson Reeberg, Olidomar Trombetta, Clóvis Grezele, Armin 
Tschaffon,  Luiz  Roberto  de  Perni,  Edson  Doneda,  Antonio  Maria  Araújo  de 
Moraes Filho e Gilson Peres dos Santos, timoneiro; 
3º lugar: 4­.
·  16/05  –  Regata  Internacional  de  Montevidéu  com  5  vitórias  de  clubes  de  Porto 
Alegre: 
4 com júnior – Grêmio Náutico União – 7' 09"8; 
2 com júnior – Grêmio Náutico União – 8'34"; 
duplo­skiff júnior – Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense – 8'04"; 
2 sem sênior – Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense – 7'15"; 
oito sênior – Grêmio Náutico União – 6' 48"; 
Na prova de 2 com sênior os remadores do G.N. União obtiveram o 2º lugar. Na

221 
classificação  geral  da  regata,  o  vencedor  foi  o  Grêmio  Náutico  União  com  34 
pontos  (13  juniores  e  21  seniores),  e  o  Grêmio  Foot­Ball  Porto  Alegrense  o  4º 
colocado com 16 pontos (6 juniores e 10 seniores).
·  02  a  06/9  –  Em  Saint  Catharines,  Ontario,  Canadá,  o  Brasil  participou  pela 
primeira  vez  do  Campeonato  Mundial  de  Remo,  com  um  quatro­com  timoneiro 
formado  por  Wilson  Reeberg  (voga),  Antonio  Maria  de  Araújo  Moraes  Filho, 
Nelson  Parente  Ribeiro  Filho,  Celenio  Martins  da  Silva  e  Silvio  Augusto  de 
Souza, timoneiro. 
02/09 – eliminatória – 3° lugar – 6'35"62; 
03/09 – repescagem – 3° lugar – 6'32"21. 
Durante a realização do Campeonato Mundial de Remo, a  FISA efetuou exames 
para  juízes­arbitros com licença  internacional. Dois  brasileiros submeteram­se ao 
exame  e  obtiveram  os  2  primeiros  lugares:  Dr.  Renato  Borges  da  Fonseca  e 
Professor Antonio Paulo Nery. A primeira classificação assegurou ao Dr. Renato 
uma série de convites para arbitrar importantes regatas internacionais: 
1971 – Copenhague, Dinamarca – Campeonato Europeu; 
– Cali, Colômbia – Jogos Pan­americanos; 
1972 – Munique, RFA – Jogos Olímpicos; 
1973 – Moscou – Campeonato Europeu; 
1974 – Lucerna, Suíça – Campeonato Mundial; 
1975 – México – Jogos Pan­Americanos e 
1976  –  Rio  de  Janeiro  –  1ª  Copa  Latina,  além  de  muitas  outras  competições  de 
destaque.
·  08/11  –  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  com  5  provas  para  seniores  e  os 
seguintes vencedores: 
4 com – Grêmio Náutico União – 7'01"; 
2 sem – Grêmio Náutico União – 7'25"; 
2 com – Grêmio Náutico União – 8'12"; 
duplo­skiff – Clube de Regatas Aldo Luz, de Florianópolis – 7'03"; 
oito – Grêmio Náutico União – 6'26". 
Competiram,  também,  o  Montevidéu  Rowing  Club  e  a  Associação  Almirante 
Barroso­São José Futebol e Regatas, de Porto Alegre.
·  No Recife, as regatas eram realizadas no rio Capibaribe, na confluência com o rio 
Beberibe, na raia paralela à rua da Aurora. Os 1.500 metros correspondiam a ponte 
do  Limoeiro;  passando  sob  as  pontes  Princesa  Isabel  e  Duarte  Coelho  as 
guarnições atingiam os 2.000 metros sob a ponte da Boa Vista. 
A  raia  tradicional  foi  desativada  em  1971  por  motivo  do  alargamento  da  rua 
Aurora, passando as regatas para a baía do Pina, com a saída dos 2.000 metros em 
frente  à  antiga  Casa  de  Banhos  (freqüentada  pela  elite  do  Recife  no  início  do 
século) e a chegada próxima ao Cabana Iate Clube. Nos últimos 1.000  metros, a 
raia é paralela à avenida José Estelita, ótimo local para a assistência. 

1971
·  30/05  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Parque  Náutico,  efetuada  a  4ª  Regata  do 
Troféu  Brasil  de  Remo,  com  a  vitória  do  Grêmio  Náutico  União,  a  terceira 
consecutiva, assegurando­lhe a posse definitiva desse troféu.
·  31/07 a 02/08 – Em Cali, Colômbia, no lago Calima, disputadas as provas de remo 
dos VI Jogos Desportivos Pan­americanos. O Brasil participou, com muito brilho, 
de quatro provas, tendo vencido três e obtido um segundo lugar: 
31/07 – 2 sem – Brasil: 2º lugar – 7'30"52 – Wandir Kuntze e Milton Teixeira;

222 
01/08 – 2 com – Brasil: campeão – 7'59"70 – Atalíbio Magioni, Celênio Martins 
da Silva e Manoe1 Therezo Novo, timoneiro; 
02/08  –  4  sem  –  Brasil:  campeão  –  6'28"85  –  Milton  Teixeira,  Wandir  Kuntze, 
Mopyr Miguel Bancov e Érico Vicente de Souza; 
duplo­skiff – Brasil: campeão – 6'53"72 – Harry Edmundo Klein e Edgard Gijsen.
·  18  a  22/09  –  Em  Copenhague,  disputado  o  Campeonato  Europeu  Masculino  de 
Remo, tendo o Brasil participado da prova de duplo­skiff: 
eliminatória –  2º  lugar; repescagem –  1º  lugar;  semi­final – 1º  lugar  (6'25")  e  6º 
lugar na final (6' 46" 29). 
Remadores: Edgar Gijsen e Harry Edmundo Klein. 

COPENHAGUE – SETEMBRO DE 1971 

Foto: Dr. Renato Borges da Fonseca

Edgar  Gijsen  (Belga)  –  campeão  pan­americano,  pentacampeão  sul­americano  e 


grande finalista no campeonato europeu de 1971 (duplo­skiff); 
Harry  Edmundo  Klein  –  campeão  pan­americano,  tetracampeão  sul­americano  e 
grande finalista no campeonato europeu de 1971 (duplo­skiff); 
Guilherme Augusto do Eirado Silva (Buck) – campeão Sul­americano, destacado 
treinador  das  equipes  de  remo  do  Brasil  em  6  Jogos  Olímpicos  e  8  Jogos  Pan­ 
americanos, além de dezenas de títulos sul­americanos e nacionais. 
Antonio  Paulo  Nery  –  juiz­árbitro  internacional  da  FISA  desde  1970  e  Manoel 
Therezo Novo – consagrado timoneiro carioca e de guarnições brasileiras durante 
três décadas.
·  No  início  de  novembro,  encontrava­se  em  Buenos  Aires,  o  presidente  da 
Federação  de  Remo  do  Rio  Grande  do  Sul,  Luiz  Rovinsck,  para  assegurar  a 
presença  de  guarnições  argentinas  na  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  de 
28/11.  Teve  então  a  oportunidade  de  conhecer  no  Tigre  a  original  “carreta  para 
transporte de barcos e remos” do Club Regatas Rosário. 
Em  Porto  Alegre,  meados  de  1972,  com  a  colaboração  de  Henrique  Fusquine,  a 
construção de uma  “carreta para REMOSUL” tornou­se realidade, tendo custado 
Cr$ 12.000,00. 
No campeonato Brasileiro de Remo de 08/04/1973, na  lagoa Rodrigo de Freitas, 
pela  primeira  vez  barcos  e  remos  da  delegação  gaúcha  foram  transportados  pela 
“carreta”, tendo despertado muita curiosidade e interesse de desportistas de vários 
Estados. O veículo mereceu elogios e aprovação de João Havelange, Presidente da 
Confederação  Brasileira  de  Desportos  e  de  Renato Marcello  Borges  da  Fonseca, 
Diretor  do  Departamento  de  Desportos  Aquáticos  da  CBD.  Em  poucos  anos, 
graças à valiosa colaboração do desportista Brigadeiro Jeronymo Baptista Bastos, 
e  de  outros  dedicados  amigos  do  remo,  várias  federações  e  a  própria  CBR 

223 
receberam  carretas  semelhantes  à  da  REMOSUL,  além  de  dezenas  de  barcos, 
inclusive flotilhas européias, remos, lanchas e motores. A Confederação Brasileira 
de Remo no fim da década de 1970, com verbas liberadas pelo CND e o apoio do 
Brigadeiro  Jeronymo,  transferiu  recursos  à  algumas  dezenas  de  clubes  de  vários 
Estados, para construção de tanques de aprendizagem de remo.
·  14/11 – 208ª Regata Internacional de Remo, no Tigre, raia do rio Lujan. A prova 
de  2  sem  júnior  foi  vencida  pela  dupla  do  Grêmio  Foot­Ball  Porto  Alegrense  – 
8'07"; duplo­skiff sênior – 2º lugar – Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto 
Alegre); e oito sênior – 2º lugar – Grêmio Náutico União (Porto Alegre).
·  28/11  –  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  –  4  provas  para  seniores  e  1  para 
juniores. Vencedores: 
4 com sênior – Club de Regatas La Marina (Argentina) – 6'40"; 
2 sem sênior – Clube de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro) – 7'27"; 
4 sem Junior – Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 7'05"; 
duplo­skiff sênior – guarnição mista – Club de Regatas Hispano Argentino e Club 
Náutico EL TIMON – 6'50"; 
oito sênior – Grêmio Náutico União 
Competiram, também, os clubes Teutonia e San Nicolas da Argentina; Riachuelo 
e  Aldo  Luz,  de  Florianópolis;  América,  de  Blumenau;  e  vários  clubes  de  Porto 
Alegre. 

1972
·  06/02 – Primeira Regata Cidade de Tramandaí (RS), com 6 clubes participantes e 
16  guarnições  concorrentes.  Programa  com  4  provas  em  gigs  a  4  remos,  todas 
vencidas pelo Grêmio Náutico União.
·  19/03 – Em Montevidéu, na raia de remo de Melil1a, realizado o XII Campeonato 
Sudamericano de Remo. O Brasil conquistou o vice­campeonato com 55 pontos, 
tendo vencido 2 provas: 
2­: Raul Bagatinni e Érico Vicente de Souza – 8' 17"; 
4­:  Milton  Teixeira,  Wandir  Kuntze,  Mopyr  Miguel  Bancov  e  Érico  Vicente  de 
Souza – s.t. 
Obteve o segundo lugar em 4 provas: 
4+: Milton Teixeira, Wandir Kuntze, Hércules dos Santos, Olidomar Trombetta e 
Manoe1 Therezo Novo, timoneiro – 7'50" (7'41"); 
2+:  Atalíbio  Magioni,  Celênio  Martins  da  Silva  e  Nilton  da  Silva  Alonso, 
timoneiro – 8'44" (8'34"); 
2X: Harry Edmunao Klein e Edgar Gijsen – 7'30" (7'25"); 
8+:  Ata1íbio  Magioni,  Antonio  Maria  de  Araújo  Moraes  Filho,  Hércules  dos 
Santos, O1idomar Trombetta, Carlos Alberto dos Santos Filho, Nelson Parente 
Ribeiro,  Mario  Franco  de  Castro  Filho,  Manfred  Eberhard  e  Manoel therezo 
Novo, timoneiro – 6' 25" (6' 22'"). 
4º lugar na prova de skiff. 
Até  este  campeonato,  era  consagrado  Campeão  Sul­americano  aquele  país  que 
obtivesse maior número de pontos nas provas de campeonato. A partir do próximo 
campeonato, por decisão do Congresso da CSAR, deixará de ser disputado o titulo 
de campeão coletivo, sendo apenas proclamados os campeões das provas:
·  07/05  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Parque  Náutico,  Regata  Internacional,  em 
homenagem ao Sesquicentenário da Independência do Brasil e a 3ª Olimpíada do 
Exército,  com  programa  de  quatro  provas  internacionais  e  duas  locais. 
Participaram representações do Chile, Paraguai e Uruguai (Mercedes, Montevidéu

224 
e  Carmelo),  além  das  delegações  da  Guanabara,  São  Paulo,  Santa  Catarina, 
Pernambuco e Rio Grande do Sul.
·  11/06  –  Em  São  Paulo,  inauguração  da  raia  olímpica  de  Remo,  do  Centro  de 
Práticas  Esportivas  da  Cidade  Universitária  de  São  Paulo,  sendo  disputada  a 
Grande  Regata  Internacional,  com  a  participação  de  remadores  da  Áustria, 
Argentina,  Estados  Unidos,  México,  Chile,  Paraguai  e  Uruguai,  além  da 
representação  da  CBD,  Guanabara,  Rio  Grande  do  Sul,  Santa  Catarina, 
Pernambuco e São Paulo. 
O Brasil conquistou as seguintes colocações: 
4  com –  1º  lugar  (e  primeiro  barco  a  cruzar  oficialmente  a  linha  de  chegada  da 
nova raia) – Wilson Reeberg, Jorge Sloboda, Edson Penayo. Timoneiro: 
Manoel Therezo Novo; 
2 sem – 1º lugar – Raul Bagatine e Érico Vicente de Souza; 
Skiff – 1º lugar – Gilberto Gerhardt; 
2  com  –  3º  lugar  –  Nelson  Parente  Ribeiro  Filho,  Celênio  Martins  da  Silva  e 
Nilton Silva Alonço; 
4 sem – 2º lugar – Milton Teixeira, Harry Klein, Mopyr Miguel Bancov e Edílson 
da Cunha Bezerra; 
oito  –  3º  lugar  –  Vitor  Russo,  Eduardo  Schier,  José  Morin  Oliveira,  Manuel 
Alexandre Von Flete, José Luis Gandin Ricciardi, Walter Koller, Manfred 
Eberhardt, Eugenis Post. Timoneiro: Jorge Borges. 
“Dados técnicos da raia: 
Comprimento  – 2.150 m. 
Largura  – 100 m. 
Balisas  – 6 
Profundidade  – 3 m. 
Largura de cada balisa  – 13,50 m. 
Toda  margem  enrocada  e  água  proveniente  de  'lençol  freático'.  O  nível  d’água  é 
superior ao do rio Pinheiros”.
·  16  a  23/07  –  Em  Portugal  e  Angola,  disputados  os  V  Jogos  Desportivos  Luso­ 
Brasileiros, constando o programa de remo de duas "jornadas": 
16/07  –  Primeira  Jornada  –  Regata  Intercidades  entre  Brasil;e  Portugal, 
representados  por  remadores  do  Rio  de  Janeiro  e  Porto  Alegre,  e  das  cidades 
ultramarinas de Lobito e São Paulo de Luanda, na raia de Lobito, em Angola: 
1ª prova – 2 sem – vitória do Rio de Janeiro – 7'55"08 – Wilson Reeberg e Jorge 
Sloboda; 
2ª prova – skiff – vitória do Rio de Janeiro – 7'58"03 – Gilberto Gerhardt; 
3ª prova – 2 com – vitória do Rio de Janeiro – 9'11"01 – Natal Nery Beal, Nilso 
Rissi e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
4ª prova – duplo­skiff – vitória do Rio de Janeiro – 7'32"09 – Gilberto Gerhardt e 
Jorge Ramirez Penayo; 
5ª prova – 4 com – vitória de Porto Alegre – 7'18"02 – Walter Koller, José Luiz 
Gaudin  Ricciardi,  Eugênio  Post,  Manfred  Eberhard  e  Manoel  Therezo  Novo 
(timoneiro do Rio de Janeiro). 
22  e  23/07  –  Segunda  Jornada  –  Na  represa  de  Montargil,  em  Portugal,  regata 
internacional  de  quatro  provas,  entre  Brasil  e  Portugal,  representados  pelos  seus 
campeões e vice­campeões destes tipos de barcos. 
22/07 – 1ª prova – 2 com – vencedor: Brasil – 9'24" – Natal Nery Beal, Nilso Rissi 
e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
2ª  prova  –  4  com –  vencedor:  Brasil  –  7'58"  –  Wilson  Reeberg,  Jorge  Sloboda,

225 
Jorge Ramirez Penayo, Manfred Eberhard e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
23/07 – 1ª prova – skiff – vencedor: Brasil – 9'15" – Gilberto Gerhardt; 
2ª  prova  –  oito  –  vencedor:  Brasil  –  7'24"  –  Wilson  Reeberg,  Jorge  Sloboda, 
Walter  Koller,  José  Luiz  Gaudin  Ricciardi,  Eugênio  Post,  Edson  Figueiredo 
Menezes,  Jorge  Ramirez  Penayo,  Manfred  Eberhard  e  Manoel  Therezo  Novo, 
timoneiro.
·  24/08 – Em Natal, fundada a Federação Aquática Norte­Riograndense, sucedendo 
o  Conselho  Superior  de  Sports  Náuticos  de  Natal  fundado  em  26/02/1918,  a 
Federação  Norte  Rio­Grandense  de  Desportos,  fundada  em  14/07/1918  e  a 
Federação de Remo do Rio Grande do Norte.
·  26/08  a  10/09  –  Em  Munique,  efetuados  os  XX  Jogos  Olímpicos.  No  remo,  o 
Brasil participou apenas da prova de 2 sem, não tendo conseguido classificar­se na 
eliminatória  e  na  repescagem:  Raul  Bagattini,  Érico  Vicente  de  Souza  e  como 
suplente Harry Edmundo Klein. 
A  dupla  titular  obteve  duas  consagradoras  vitórias  nas  regatas  pré­olímpicas  de 
Hannover – RFA em 06/08 e de Bamberg – RFA em 13/08.
·  Em São José (SC), instalada a Fábrica de Barcos Fernando Ibarra, numa modesta 
oficina para a construção de barcos a remo. Em poucos anos progrediu de  forma 
notável  transformando­se  na  Ibarra  –  Indústria  Náutica  Limitada,  construindo 
barcos  de  todos  tipos,  remos  e  acessórios.  Nestes  15  anos  de  atividade  foi  à 
empresa  que  mais  barcos  construiu  até  hoje  no  Brasil,  e  nos  últimos  anos  tem 
recebido muitos pedidos de clubes do exterior.
·  15/10 –  Nos  12º  Jogos  Abertos  de  Santa  Catarina,  pela  primeira  vez  o  remo  foi 
incluído no programa de competições. Na raia de 2.000 metros da cidade de ltajaí, 
no rio do mesmo nome foram disputadas somente 4 provas pela manhã, devido ao 
mau tempo (4+, 2­, 1X e 2+). À tarde, as 3 provas restantes (4­, 2X e 8+) foram 
realizadas  em  frente  a  Heliogás.  A  equipe  de  Florianópolis  venceu  as  7  provas 
obtendo 81 pontos, Blumenau foi vice com 30 pontos, e Joinville 3º lugar com 24 
pontos. Alguns naufrágios e diversos problemas motivaram a retirada do remo do 
programa dos Jogos Abertos no ano seguinte.
·  10/12 – 24ª Regata Internacional de Porto Alegre – 4 provas para seniores e 3 para 
juniores, com os seguintes vencedores: 
4 com sênior – Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense – 7' 07"; 
2 sem sênior – Club de Remo Teutonia (Argentina) – s. t.; 
skiff Junior – Club de Regatas Rosário (Argentina) – 8' 30"; 
2 com júnior – Club de Regatas La Marina (Argentina) – 8' 31"; 
4 sem junior – Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 7' 25"; 
duplo­skiff sênior – Clube de Regatas Guaíba­Porto Alegre – 7' 31"; 
oito sênior – Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense – 7' 07". 
Participaram,  também,  os  clubes  Carmelo,  do  Uruguai,  Flamengo,  Guanabara  e 
Aeronáutica, do Rio de Janeiro; Aldo Luz, de Florianópolis, e Almirante Barroso, 
de Porto Alegre. 

1973
·  21/01 – Em Porto Alegre, na raia do Parque Náutico, realizado o 1º Campeonato 
Sul­Brasileiro de Remo, competindo apenas remadores de Santa Catarina e do Rio 
Grande  do  Sul,  sendo  estes  os  vitoriosos.  Foi  disputado  apenas  duas  vezes,  e  a 
partir de 1979 transformado na Copa Sul, com crescente sucesso.
·  22/04 – Em Buenos Aires, regata comemorativa do Jubileu de Ouro do Club San 
Fernando.  Na  prova  de  4  com  sênior,  os  remadores  do  Grêmio  Foot­Ball  Porto

226 
Alegrense obtiveram o 2º lugar. Na prova final, de confraternização entre barcos a 
8  mistos  Jorge  Weichel  e  o  timoneiro  Luiz  Lanis  Motta  da  Silva  foram 
vencedores, e Ângelo Sirio dos Santos obteve o 2º lugar.
·  16/06 – Em Porto Alegre, criado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o 
Club Universitário de Remo.
·  01/07 – No México, na Pista Olímpica Virgílio Uribe, em Xochimilco efetuado o 
Campeonato  de  las  América.  O  Brasil  (CBD)  participou brilhantemente  das  sete 
provas, obtendo expressivas vitórias e honrosas classificações: 
4 com – campeão: Brasil – 7'07"6/10 – Jorge Ramirez Penayo, Edson Figueiredo 
Menezes, Natal Nery Beal, Isidoro Cendrão e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
2 sem – campeão: Brasil – 7'33"3/10 – Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza; 
2 com – campeão: Brasil – 8'17"4/10 – Atalíbio Magioni, Wandir Kuntze e Nilton 
Silva Alonço, timoneiro. 
duplo­skiff  –  campeão:  Brasil  –  6'51"5/10  –  Gilberto  Gerhardt  e  Leonardo  da 
Vinci Uliana Campos; 
skiff – 2º lugar: Brasil – 7'54"6/10 ­ Mário Franco Castro Filho; 
4 sem – 3º lugar: Brasil – 6'52"8/10; 
oito – 3º lugar: Brasil – 6' 13"6/10.
·  08/07 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, efetuado o 1º Campeonato 
Brasileiro de Remo Juvenil, com a vitória do Rio Grande do Sul. Este campeonato 
passou  a  ser  disputado  regularmente  nos  anos  ímpares,  com  a  denominação  de 
juniores, tendo a predominância dos remadores do Rio de Janeiro. Os vencedores 
destes  campeonatos  podem  ser  conhecidos  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  08/07 – Regata em Santo Antônio da Patrulha (RS), na  lagoa dos Barros, com 4 
provas (skiffs e gigs a 4 remos). O Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre venceu 
3 provas e o Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense uma.
·  01  a  04/08  –  Na  Inglaterra,  em  Nottingham,  Holme  Pierrepont,  realizado  o  IV 
Campeonato  Mundial  FISA  Juniores.  Na  prova  de  skiff  participou o remador  do 
Brasil, João Manoel Edmundo Malvarez. Não classificou­se na série eliminatória, 
e na repescagem, na 1ª série, foi 4º classificado com 6'46' 88. 
A repescagem foi vencida pela Polônia com 6'11"06, 2º – Bélgica e 3º Japão.
·  19/08 – Em Vitória, criado o Centro Esportivo Universitário do Espírito Santo – 
CEUNES.
·  29/08  a  02/09  –  Em  Moscou,  disputado  o  Campeonato  Europeu  Masculino  de 
Remo com a participação de 4 guarnições do Brasil: 
2­: eliminatória – 3º – 7' 15" 31 
repescagem – 3º – 7' 20" 41 
semi­final – 4º – 7' 25" 27 
pequena final – 3º lugar 
Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza 
2+: eliminatória 4º – 7' 38" 21 
repescagem – 3º – 8' 01" 72 
semi­final – 6º – 8' 23" 
pequena final – 2º 
Atalíbio Magioni, Wandir Kuntze e Nilton Silva Alonço, timoneiro. 
1X: eliminatória – 5º – 7' 40" 89 
repescagem – 4º – 7' 58" (desclassificado) 
Mário Franco de Castro Filho 
2X: eliminatória – 5º – 7' 06"

227 
repescagem – 4º – 7' 25" (desclassificado) 
Gilberto Gerhardt e Leonardo da Vinci Uliana Campos
·  09/12  –  25º  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  com  programa  de  10  provas, 
abertas a entidades, clubes e guarnições mistas. Vencedores: 
2 sem júnior – Club San Fernando (Argentina) – 7' 47"; 
4 com juvenil B – Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 4'52"; 
2 com junior – Grêmio Náutico União – 8'05"; 
2 sem juvenil B – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 5'19"; 
8 veteranos – Agrupacion de Remeros Veteranos Argentinos – 3'25"; 
skiff sênior – Itália – 7'19"; 
4 sem junior – Federação Pernambucana de Remo – 7'05"; 
4 com sênior – Itália – 6'44" 
2 sem sênior – Club de Regatas La Marina (Argentina) – 7'23" 
8 junior – Grêmio Náutico União – 6'29"5. 
Participaram, também da regata, remadores dos Estados Unidos e do México; dos 
clubes  argentinos  San  Fernando,  Teutonia  e  Hispano­Argentino;  Carmelo 
(Uruguai);  Flamengo  (Rio  de  Janeiro),  Riachuelo  e  Aldo  Luz  (Florianópolis); 
América (Blumenau); Cruzeiro do Sul (Joinville), e Grêmio, Almirante Barroso e 
Vasco da Gama (Porto Alegre). 

1974
·  15/04  –  Em  Manaus,  fundada  a  Federação  Amazonas  de  Remo  por  clubes  que 
deviam criar Departamentos de Remo, adquirir barcos e participar das regatas da 
Federação.
·  26/05  –  Em  Florianópolis,  na  raia  da  baia  Sul,  efetuado  o  2º  Campeonato  Sul­ 
Brasileiro  de  Remo,  tendo  como  concorrentes  São  Paulo,  Santa  Catarina  e  Rio 
Grande do Sul. Campeã a representação do Rio Grande do Sul.
·  01  a  04/08  –  Em  Ratzeburg,  República  Federal  da  Alemanha,  efetuado  o  V 
Campeonato FISA Masculino Juniores, tendo o Brasil participado em duas provas 
e sido desclassificado nas eliminatórias e repescagens: 
4  com  –  Ivan  Ture  Lauffer  Ekmann,  Henrique  Gustavo  Johann,  Ricardo  Pilz 
Vieira, José Luiz Emerim e Ricardo Antonio Morais Leite, timoneiro; 
skiff – Paulo César Dworakowski.
·  18/08  –  Em  São  Paulo,  o  Clube  Atlético  Paulistano,  fundado  em  29/12/1900, 
filiou­se à Federação Paulista de Remo.
·  10/11 – Em Bueno Aires, no Tigre, disputado o 1º Campeonato Sudamericano de 
Remo  Juniores,  com  apenas  duas  provas:  a  de  4  com,  vencida  pela  Argentina  – 
4'55" e a de skiff pelo Brasil, com Paulo César Dworakowski – 5'23". Na prova de 
4  com,  o  Brasil  foi  vice­campeão:  Henrique  Gustavo  Johann,  Ivan  Ture  Lauffer 
Ekmann, José Luiz Emerim, Ricardo Pilz Vieira e Antonio Ricardo Moraes Leite, 
timoneiro – 4'58" (4'55"). 
Este campeonato passou a ser realizado, regularmente, com grande brilho. 
Simultaneamente, efetuado o XIII Campeonato Sudamericano de Remo. O Brasil 
não venceu provas e obteve 2 vice­campeonatos: 
4+ Brasil – 6'44" (6'41") 
Antonio  Augusto  Fantin  Pistóia,  Oscar  Alfredo  Sommer,  Fernando  Tadeu 
Rossetto, Vitor Pascoal Russo e Jorge Goebel, timoneiro; 
8+ Brasil – 6'13" (6'05") 
Paulo  Roberto  Prado,  José  Zanona  Krug,  Adalberto  Sigismundo  Eberhard, 
Manfred Eberhard, Antonio Augusto Fantin Pistóia, Oscar Alfredo Sommmer,

228 
Fernando Tadeu Rossetto, Vitor Pascoal Russo e Jorge Goebel, timoneiro. 
3 terceiros lugares: 2­, 2+ e 4­.
·  01/12  –  Em  Porto  Alegre,  efetuado  o  1º  Campeonato  Pan­americano  Juvenil  de 
Remo (Júnior FISA) com 3 provas e a participação apenas do Brasil e Argentina. 
O  Brasil  conquistou  o  campeonato  com  2  vitórias  (skiff  e  2  sem)  e  a  Argentina 
venceu a prova de 4 com; 
skiff – Brasil – campeão – 5'36" (bico de proa) – Paulo César Dworakowski; 
2  sem  Brasil  –  campeão  –  5'31"  (2,5  barcos)  –  José  Carlos  Vieira  Lourenço  e 
Alexandre Weiss; 
4 com – Brasil – vice­campeão – 4'51" (castelo de proa, 0,7s. atráz da Argentina 
com  4'50"03)  –  Henrique  Gustavo  Johann,  José  Luiz  Emerim,  Ricardo  Pilz 
Vieira, Ivan Ture Lauffer Ekmann e Antonio Ricardo Moraes Leite, timoneiro. 
Este  foi  o  único  campeonato  pan­americano  juvenil  de  remo  efetuado  ate  o 
presente. 
Simultaneamente,  realizada  a  26ª  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  com 
programa de 7 provas para seniores, que tiveram os seguintes vencedores: 
4 com – Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 6'43"; 
2 sem – Polônia – 7'00"; 
skiff – Itália – 7'26"; 
2 com – Itália – 7' 38"70; 
4 sem – Club San Fernando (Argentina) – 6'41"; 
duplo­skiff – Estados Unidos – 6' 43"; 
oito – Grêmio Náutico União – 6' 20". 
Competiram,  também,  Botafogo  e  Flamengo  (Rio  de  Janeiro);  Tietê,  Esperia  e 
Paulistano (São Paulo); Itapagipe (Bahia); Federação Aquática de Santa Catarina; 
e os clubes Almirante Barroso e Guaiba­Porto Alegre. 

1975
·  05/03 – Fundada em Porto Alegre a Associação de Veteranos Remadores Gaúchos 
– AVEREGA.
·  29/03 – Em Ilhéus (BA), fundação do Esporte Clube Pontal, tendo em 09/06/1977 
criado  um  Departamento  de  Remo,  logo  conhecido  como  Escola  de  Remo  de 
Ilhéus.
·  27/04 –  Regatas  Internacionales  – Torneo  Centenario  do  Club  de  Regatas  Lima, 
Peru. Nas provas de 4 com e oito para veteranos, os remadores do Grêmio Náutico 
União, de Porto Alegre, conquistaram o 2º lugar.
·  21/05  –  O  Centro  de  Praticas  Esportivas  da  universidade  de  São  Paulo  – 
CEPEUSP, filiou­se à Federação Paulista de Remo.
·  29/06  –  Em  São  Paulo,  efetuado  na  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária,  o  II 
Campeonato Brasileiro de Remo Juniores, com a vitória dos remadores do Rio de 
Janeiro  (2  sem,  duplo­skiff  e  4  com),  e  de  Santa  Catarina  (skiff).  Os  resultados 
deste  campeonato  podem  ser  encontrados,  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  19/10  –  No  México,  nos  VII  Jogos  Desportivos  Pan­americanos,  na  raia  de 
México  City,  Cuemanco  Canal,  Xochimilco,  o  Brasil  participou  de  cinco  provas 
de remo, tendo obtido duas vitórias: 
2 sem – campeão: Brasil – 7'28"7 – Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza; 
duplo­skiff – campeão: Brasil – 7'09"6 – Mário Franco de Castro Filho e Gilberto 
Gerhardt; 
2 com – 3º lugar – 8'03";

229 
4 com – 4º lugar – 7'08"9; 
4 sem – 5º lugar – 7'15"1.
·  19/10 – Em Belém, Torneio Interestadual de Remo do Pará. O Troféu Brigadeiro 
Jeronymo Bastos da prova de skiff foi conquistado por Rolf Kreutzfeld, do Clube 
Náutico América, de Blumenau (SC).
·  O  Iate  Clube  de  Paranagá  (PR),  organizou  um  Departamento  de  Remo,  e  em 
outubro  de  1977  cedeu  todo  seu  material  náutico  à  recém­fundada  Associação 
Náutica Silfredo Veiga, da mesma cidade.
·  07/12 –  27ª Regata  Internacional  de Porto  Alegre  com  programa  de  6  provas  de 
classe aberta e uma de veteranos. Vencedores: 
4 com – Federação Metropolitana de Remo – 6' 45"; 
2 sem – Confederação Brasileira de Remo – 7'16"; 
skiff – Estados Unidos – 7'29"; 
2 com – Federação Metropolitana de Remo – 7' 42"; 
4 sem – Club de Remo Teutonia (Argentina) – 6' 42"; 
duplo­skiff – Estados Unidos – s.t.; 
8 veteranos – Club San Fernando – s.t. 
Competiram,  também,  os  clubes  La  Marina,  Chascomus  e  Canottieri  Italiani 
(Argentina); Carmelo (Uruguai); Vasco da Gama, Botafogo e Guanabara (Rio de 
Janeiro);  Federação  Pernambucana  de  Remo;  Federação  Aquática  de  Santa 
Catarina; Corinthians e Tietê (São Paulo); União e Guaiba­Porto Alegre. 

1976
·  25/04  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizados 
simultaneamente dois campeonatos sul­americanos de remo: 
II Campeonato Sul­americano de Remo Juniores com programa de 2 provas: 
skiff – campeão: Brasil – 5' 26" – Rolf Kreutzfeld; 
4 com – 2º lugar: Brasil – 5' 01" 26 (4' 50") 
Luiz Carlos Franceschini, Carlos Alberto Neff, Ricardo Arjonas Silveira, 
Luiz João de Deus e André Luiz Bueno Irigon, timoneiro. 
XIV  Campeonato  Sul­americano  de  Remo  Classe  Aberta  com  programa  de  sete 
provas, tendo o Brasil vencido quatro: 
2 sem – Campeão: Brasil – 6' 54" 783 
Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza 
2 com – Campeão: Brasil – 7' 11" 312 
Atalíbio Magioni, Wandir Kuntze e Nilton Silva Alonço, timoneiro. 
4 sem – Campeão: Brasil – 6' 28" 672 
Marcelo  Collin,  Érico  Vicente  de  Souza,  Guilherme  Oliveira  Campos  e 
Raul Bagattini 
duplo­skiff – Campeão: Brasil – 6' 47" 074 
Sérgio Brasil Sztancsa e Gilberto Gerhardt. 
Demais classificações: 
4 com – Vice­campeão – 6' 36" 762 (6' 33" 227) 
Antonio  Augusto  Fantin  Pistóia,  Edson  Figueiredo  Menezes,  Laildo 
Ribeiro  Machado  Edilson  da  Cunha  Bezerra  e  Manoel  Therezo  Novo, 
timoneiro. 
oito – Vice­campeão: Brasil – 6' 19" 891" (6' 08" 313) 
Atalíbio Magioni,  Wandir  Kuntze, Antonio  Augusto Fantin Pistóia, Edson 
Figueiredo  Menezes,  Laildo  Ribeiro  Machado,  Olidomar  Trombetta, 
Maurício de Assis Castro, Edilson da Cunha Bezerra e Nilton Silva Alonço,

230 
timoneiro. 
skiff – virou nos 1.000 metros.
·  02/05 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, efetuada a 1ª Copa Latina 
de  Remo,  com  a  participação  das  representações  da  França,  Itália,  Espanha, 
Argentina, Uruguai, Chile, Peru e Brasil. O grande vencedor foi o Brasil, vencedor 
de 4 das 7 provas do programa, conseguindo 51 pontos na classificação geral. A 
Itália com 33 pontos foi vice­campeã e a Argentina terceira com 32 pontos. 
Representação do Brasil (CBD): 
2 sem – Campeão:. Brasil – 6 '  55" 08 
Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza 
skiff – Campeão: Brasil – 7' 45" – Waldemar Antonio Trombetta 
2 com – Campeão: Brasil – 7' 49" 45 
Atalíbio Magioni, Wandir Kuntze e Nilton Silva A1onço, timoneiro 
duplo­skiff – Campeão: Brasil – 6' 52" 58 
Gilberto Gerhardt e Sérgio Brasil Sztancsa 
4  sem  –  2ºlugar:  Brasil  –  6'40"30  (6'34"90)  ­  Raul  Bagattini,  Marcelo  Collin, 
Guilherme Oliveira Campos e Erico Vicente de Souza; 
4 com – 4ºlugar – 6'41"45 (6'32"23); 
oito – 5ºlugar – 6'11"88 (6'00"14). 
A Argentina venceu as provas de 4 com e oito, e a França a de 4 sem.
·  13/06 – Em Curitiba, fundada a Federação Paranaense de Remo, tendo como meta 
principal a construção de uma raia olímpica na Capital do Estado.
·  04/07 – Em Villach, Áustria, realizado o VII Campeonato Mundial FISA Juniores, 
tendo o Brasil participado com três guarnições: 
2  sem  –  vencedora  da  Pequena  Final  (7º  geral)  –  5'20"  –  Ronaldo  Esteves  de 
Carvalho e Ângelo Roso Neto; 
duplo­skiff  –  3º  lugar  na  série  eliminatória  –  5'17"91,  e  desclassificado  na 
repescagem  –  Guido  Guilherme  Gijsen  e  José  Cláudio  Geret 
Lazzarotto; 
skiff – 5º lugar na série eliminatória – 5'52"09; 
4º lugar na repescagem – desclassificado – 5'57"12 – Rolf Kreutzfeld. 
Os  técnicos  foram:  Wilson  Reeberg  (2  sem  e  doublé)  e  Harri  Kreustsfeld 
(skiff).
·  17/07 – Regata Internacional do Tigre – 100º aniversário de fundação do Club de 
Regatas La Marina. Vitória da guarnição do Grêmio Náutico União na prova de 4 
com veteranos.
·  17/07 a 01/08 – Em Montreal, disputados os XXI Jogos Olímpicos, tendo o Brasil 
competido em três provas de remo: 
2 com – 19/07 – 2º lugar na série eliminatória; 
23/07 – 5º lugar na repescagem – 7'21"81 
25/07  –  4º  lugar  na  Pequena  Final  (10º  geral)  –  8'14"44  –  Atalíbio 
Magioni, Wandir Kuntze e Nilton Silva Alonço, timoneiro; 
2 sem – 19/07 – 5º lugar na primeira série eliminatória – 8'00"64 – Raul Bagattini 
e Guilherme Oliveira Campos; 
duplo­skiff – 5º lugar na eliminatória e na repescagem – desclassificado – Gilberto 
Gerhardt e Sérgio Brasil Sztancsa.
·  26/11 –  No  Rio  de  Janeiro,  a  Assembléia  Geral  Extraordinária  da  Confederação 
Brasileira  de  Desportos,  aceitou  propostas  de  criação  de  Confederações 
especializadas (remo entre outras) e das correspondentes desfiliações da CBD.
·  12/12  –  Em  Porto  Alegre,  disputada  a  XXVIII  Regata  Internacional  de  Remo,

231 
sendo  incluídas  no  programa,  duas  provas  extras,  integrantes  dos  VII  Jogos 
Escolares Brasileiros. Participaram apenas remadores gaúchos: 
1ª prova – 4+ – 1.500 metros – Rio Grande do Sul – 5'11" 
Luiz João de Deus, Carlos Alberto Neff, Ricardo Arjonas Silveira, Luiz 
Carlos Franceschini e André Luiz Bueno Irigon, timoneiro; 
2ª prova – 1X – 1.500 metros – Rio Grande do Sul – 6'21" 
José Cláudio Geret Lazzarotto. 
XXVIII  Regata  Internacional  de  Porto  Alegre  –  provas  de  juniores,  seniores  e 
veteranos. vencedores: 
2 sem juvenil B – Club de Remeros Mercedes (Uruguai) – 4'42"; 
skiff sênior – Federação Metropolitana de Remo (Rio de Janeiro) – 7'34"; 
4 com sênior – Club de Regatas Rosário (Argentina) – 6'51"; 
duplo­skiff sênior – Estados Unidos – 6'52"; 
skiff juvenil B – Club Náutico América (Blumenau) – 4' 59"; 
oito veteranos – Grêmio Náutico União – 3'12". 
Participaram, também, a Federação Suíça de Remo; os clubes La Marina, Hispano 
Argentino  e  Avellaneda  (Argentina);  Montevideo  e  Paysandú  (Uruguai); 
Confederação  Brasileira  de  Remo;  Paulistano  e  Santista  (São  Paulo);  Flamengo 
(Rio de Janeiro); Federação Aquática de Santa Catarina; Aldo Luz (Florianópolis); 
Iate Clube de Paranaguá; Tamandaré de Cachoeira do Sul; Guaíba­Porto Alegre e 
Almirante Barroso (Porto Alegre). 

1977
·  29/03 – Fundado em Curitiba, o primeiro clube de remo da Capital do Paraná, o 
Clube de Regatas Y­Guaçu.
·  15/05  –  Na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  no  Rio  de  Janeiro,  disputado  o  III 
Campeonato Brasileiro de Remo Juniores. Os resultados deste campeonato podem 
ser conhecidos no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  22/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  disputado  o  III 
Campeonato  Sul­americano  de  Remo  Juniores.  O  Brasil  participou  das  cinco 
provas, tendo vencido uma: 
2 sem – campeão: Brasil – sem tempo  – Ricardo Habib Gomes e Pedro Abramo 
Campos; 
4 com – 2º lugar: Brasil – 5'06"60 (4'52"67) – Sérgio Rodrigues Massid, Ronaldo 
Esteves de Carvalho, Ricardo Esteves de Carvalho, Angelo Roso Neto e 
Roberto Bernardes de Araújo, timoneiro; 
duplo­skiff  –  2º  lugar:  Brasil  –  5'23"05  (5'16"05)  –  Alfredo  Elysio  Tavares  de 
Mello Filho e Carlos Eduardo Lessa Brandão; 
skiff – 3º lugar: Brasil – 5'35" (5'24"); 
oito – 4º lugar: Brasil – 4'40" (4'32").
·  Em Paranaguá (PR), fundada a Associação Náutica Silfredo Veiga.
·  07/08  –  No  México,  disputada  a  I  Regata  Internacional  Quetzacoatl,  tendo  os 
remadores do G.N. União, de Porto Alegre, participado sem destaque de 3 provas 
(1X veteranos, 2X sênior e 2+ veteranos).
·  10/08 – Na reunião da Diretoria da CBD, autorizada a convocação de Assembléias 
Especiais das Federações  filiadas para a criação de Confederações especializadas 
(remo entre outras).
·  11/08 – Na reunião do Conselho Nacional de  Desportos, autorizada a  criação de 
novas Confederações especializadas, propostas pela CBD (inclusive a de remo).
·  25/08  –  Decreto  nº  80.228:  reconheceu  como  constituídas  16  Confederações

232 
Esportivas,  permanecendo  o  remo  vinculado  à  Confederação  Brasileira  de 
Desportos.
·  05/10  –  Portaria  do  MEC  nº  648/77,  autorizou  a  criação  das  Confederações 
propostas pelo CND.
·  10/11 – Edital da CBD de convocação das Federações Estaduais de Remo para a 
Assembléia Especial de fundação da Confederação Brasileira de Remo.
·  13/11  –  Em  Florianópolis,  realizado  o  1º  Campeonato  Catarinense  de  Remo 
Júnior, com a  vitória do Clube Náutico Francisco Martinelli em três provas e do 
Clube de Regatas Aldo Luz nas outras duas.
·  25/11 – Na sede da CBD, no Rio de Janeiro, rua da Alfândega nº 70, realizou­se a 
Assembléia  Especial  das  Federações  Estaduais  de  Remo  para  fundação  da 
Confederação Brasileira de Remo – CBR. Participaram representantes de 9 das 10 
Federações  filiadas:  Pará,  Rio  Grande  do  Norte,  Pernambuco,  Bahia,  Rio  de 
Janeiro,  São  Paulo,  Paraná,  Santa  Catarina  e  Rio  Grande  do  Sul.  Justificada  a 
ausência do representante do Espírito Santo. Fundada a CBR e procedida a eleição 
da  Diretoria  Provisória,  composta  de  Presidente  e  Vice­presidente,  com 
atribuições  específicas  para  tratar  da  regularização  e  organização  da  nova 
entidade. 
Duas chapas concorreram à eleição, a integrada por Lon Teixeira de Menezes (RJ) 
e  Henrique  Licht  (RS)  foi  apoiada  por  todas  as  9  Federações  e  eleita  por 
unanimidade.  A  outra  chapa,  considerada  'oficial'  foi  formada  por  Nelson 
Mallemont Rebello Filho (RJ) e Octávio Santos Rocha (RS).
·  27/11 – 229º Regata Internacional do Tigre – Semana del Mar. 
Remadores do G.N. União participaram, sem destaque, das provas de 2 sem e skiff 
para juvenís. 

1978
·  A direção da Confederação Brasileira de Remo, a partir deste ano, destinou verbas 
a mais de vinte clubes de remo do Brasil para a construção de tanques projetados 
para  oito  remadores,  facilitando  assim  a  aprendizagem  e  assegurando  os 
treinamentos nos dias de tempo desfavorável.
·  Em  Manaus  um  grupo  de  desportistas  tentou  reerguer  o  remo  amazonense  e 
procurou  sensibilizar  as  direções  de  três  grandes  clubes  de  futebol,  Nacional 
Futebol  Clube,  fundado  em  13/01/1913;  Atlético  Rio  Negro  –  13/11/1913,  e 
Olímpico  Clube  –  17/10/1938,  no  sentido  da  criação  de  departamentos  de  remo 
nos mesmos possibilitando a fundação da Federação Amazonense de Remo, com 
recursos  prometidos  por  órgãos,  entidades  e  empresas,  públicos  e  privados. 
Lamentavelmente  as  promessas  de  auxílios  não  foram  cumpridas,  os  clubes 
referidos não criaram seus departamentos de remo e a Federação foi apenas uma 
idéia.
·  05/03  –  Realização  do  XV  Campeonato  Sudamericano  de  Remo,  no  rio  Calle­ 
Calle  em  Valdívia,  Chile.  O  Brasil  competiu  em  5  provas  e  obteve  5  vitórias, 
sagrando­se bicampeão com 50 pontos, seguido da Argentina com 47, Peru – 27, 
Uruguai – 21, Chile – 19 e Equador – 2. 
4 com – campeão: Brasil – 6' 50" 
Rau1  Bagattini,  Guilherme  Oliveira  Campos,  Marcelo  Collin,  Olidomar 
Trombetta e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
2 sem – campeão: Brasil – 7' 25" 
Waldemar Antonio Trombetta e Edson Figueiredo Menezes; 
2 com – campeão: Brasil – 8' 03"

233 
Laildo  Ribeiro  Machado,  Wandir  Kuntze  e  Manoel  Therezo  Novo, 
timoneiro 
duplo­skiff – campeão: Brasil – 7' 25" 
Gilberto Gerhardt e Paulo César Dworakowski 
oito – campeão: Brasil – 6' 28" 
Raul  Bagattini,  Guilherme  Oliveira  Campos,  Laildo  Ribeiro  Machado, 
Wandir Kuntze, Waldemar Antonio Trombetta, Edson Figueiredo Menezes, 
Marcelo Collin, Olidomar Trombetta e Manoel Therezo Nov, timoneiro.
·  17/04 – Em São Paulo, fundação do Clube ARVESP – Associação dos Remadores 
Veteranos  do  Estado  de  São  Paulo.  Em  14/06/1988  mudou  a  denominação  para 
CLUBE DE REGATAS BANDEIRANTE.
·  29/05 – Fundada a Federação de Remo de Brasília pelos seguintes clubes: 
Iate  Clube  de  Brasília,  fundado  em  07/04/1960;  Associação  dos  Servidores  do 
Banco Central – ASBAC – 04/01/1966; Minas Brasília Tênis Clube – 09/07/1973 
e Clube Naval de Brasília – 09/03/1974. 
01 e 02/07 – No 51º Campeonato Austríaco de Remo, em Klagenfurt, participou 
uma  Guarnição  do  Club  de  Regatas  do  Flamengo,  Rio  de  Janeiro,  obtendo  2 
consagradoras vitórias: 
01/07 – 2+ seniores – Vencedor: C.R. Flamengo 
02/07 – 2+ elite – Vencedor: CBR – Brasil (C.R. Flamengo) 
Guarnição:  Laildo  Ribeiro  Machado,  Olidomar  Trombetta  e  Manoel  Therezo 
Novo, timoneiro. Esta equipe participou também de outras 2 regatas na Europa: 
08/07 – 2+ elite – Regata Internacional de Lucerna (C.R. Flamengo) – 4º lugar; 
23/07 –  2+  elite  – Campeonato  de  Remo  da  RFA  em Essen –  CBR  – Brasil:  6º 
lugar.
·  30/07 – Em Belgrado, realizado o IX Campeonato Mundial FISA Juniores, tendo 
o  Brasil participado da prova de 2 sem, com os remadores Ângelo Roso Neto e 
Ricardo  Esteves  de  Carvalho  e  técnico  Wilson  Reeberg:  nas  eliminatórias  –  2º 
lugar, vitória na repescagem, na semifinal devido a um problema técnico, nos 100 
metros iniciais, ficaram alijados da prova e na Pequena Final foram vitoriosos com 
o tempo de 5'39"09.
·  Primeira  realização  da  Regata  Cidade  de  Joinville  (SC),  na  lagoa  Saguaçu,  no 
Espinheiro.  Transformada  em  1979  em  Regata  Internacional  de  Joinville,  sendo 
disputada pela última vez em 14/03/1982.
·  09/09  –  Em  Tours,  França,  realizada  a  "5 eme  Journée  Mondiale  des  Rameurs 
Veterans".  O  G.N.  União  participou  com  3  remadores  e  obteve  2  segundos 
lugares.
·  Setembro  –  No  Rio  de  Janeiro,  fundada  a  Comissão  de  Regatas  do  Mar  – 
COREMAR, para incentivar o remo de longos percursos através de travessias em 
baleeiras e yoles a 8. A iniciativa mereceu apoio integral da Federação de Remo, 
de  remadores  dos  clubes  do  Calabouço,  e  da  “velha  guarda”  do  Boqueirão  do 
Passeio,  Santa  Luzia,  Internacional,  Vasco  da  Gama,  São  Cristóvão,  Guanabara, 
Flamengo e Icaraí. 
Desde  1979  diversas  travessias  foram  promovidas  pela  Federação,  sempre 
disputadas  com  muito  entusiasmo  e  completo  sucesso:  Urca  –  Calabouço  teve  a 
participação  de  9  yoles,  e  Paquetá  – Calabouço, na distância  de  22  quilômetros, 
competiram 6 yoles. Entre Calabouço – Icaraí e Calabouço – Ilha do Governador, 
foram  também  efetuadas  exitosas  travessias,  organizadas  pela  Federação  com 
apoio  da  CBR  e  COREMAR,  trazendo  grande  incentivo  à  prática  do  esporte  de 
remo  entre  jovens  cariocas  e  fluminenses.  Federação  e  COREMAR  pretendem

234 
definir uma raia de remo na zona norte e promover ainda mais esse esporte no Rio 
de Janeiro.
·  10/11  –  Incêndio  da  sede  náutica  do  Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do  Pavão, 
sendo destruídos 60 barcos e 219 remos, obrigando o cancelamento da 29º Regata 
Internacional de Porto Alegre, programada para 26/11/1978.
·  19/11 – 232º Regata Internacional do Tigre, Argentina. O barco a 8,  misto, com 
remadores  do  C.R.  Guaiba­Porto  Alegre  e  G.N.  União  obteve  o  2º  lugar,  e  os 
demais  4  barcos  desses  clubes,  não  tiveram  destaque  nas  provas  em  que 
participaram.
·  03/12 – Pela primeira vez, disputado um Campeonato Brasileiro de Remo na raia 
olímpica  da  Cidade  Universitária  de  São  Paulo.  Os  resultados  podem  ser 
encontrados no capitulo 3 – GRANDES VENCEDORES. 

1979
·  13/02  –  No  Rio  de  Janeiro,  eleição  e  posse  dos  dirigentes  da  Confederação 
Brasileira  de  Remo:  presidente  –  Lon  Teixeira  de  Menezes  –  11  votos 
(unanimidade); 1º vice­presidente – Sérgio Ribeiro Lins Alvarenga – 11 votos; 2º 
vice­presidente – Ivaney Veloso de Oliveira – 8 votos.
·  04/03 –  Na  Raia  Olímpica  da  Cidade  Universitária  de  São  Paulo,  realizado  o  4º 
Campeonato  Brasileiro  de  Remo  Júnior. Os  resultados  podem  ser  conhecidos no 
capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  Em  Vitória,  organizado  o  Departamento  de  Remo  da  Associação  Desportiva 
Ferroviária Vale do Rio Doce, fundada em 17/06/1963.
·  01/04  –  Em  Mercedes,  Uruguai,  efetuado  o  IV  Campeonato  Sudamericano  de 
Remo  Juvenil,  tendo  o  Brasil  obtido  o  vice­campeonato  através  de  uma  vitória, 
três segundos lugares, dois terceiros e um quarto lugares: 
4  com  –  campeão:  Brasil  –  5'14"72  –  Carlos  Ruy  Marins  Benezath,  Luciano 
Santos  Rezende,  Estevaldo  Silva  Santos,  Luiz  Carlos  dos  Santos 
Quinano e Walace Tarcísio Pontes, timoneiro; 
2 com – 2º lugar 6'02'69 (5'56"75) – Moacir Trombetta, Marcelo Abreu Murad e 
Ricardo Quintaneiro dos Reis, timoneiro; 
4  sem  –  2º  lugar  5'06"01  (5'03"97)  –  Jorge  Walter  Amaral  de  Souza  Poyares, 
Carlos  Eduardo  Hime  Pinheiro  Soares,  Carlos  Guilherme  da  Cunha 
Telles Cavalcante e Alberto Oscar Nesseh; 
duplo­skiff – 2º lugar – 5'29"87 (5'22"65) – Luís Carlos Feilke e Douglas Augusto 
Steyer; 
skiff – 3º lugar – 6'00"48 (5'47"91); 
2 sem – 3º lugar – 5'43"52 (5'31"63); 
oito – 4º lugar – 4'45"10 (4'34"33).
·  10/05  –  Em  Belo  Horizonte,  fundada  a  Federação  de  Remo  de  Minas  Gerais, 
sendo  a  ata  assinada  por  representantes  de  diversos  clubes  que  pretendiam 
promover a pratica desse esporte. Entretanto, até o presente, a Federação não foi 
instalada  pois  apenas  a  FUME  (Federação  Universitária  Mineira  de  Esportes) 
desenvolve atividades regulares de remo em Minas Gerais.
·  27/05 – Na lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, realizada a Regata Governador 
Francelino  Pereira  dos  Santos  com  programa  de  cinco  provas  (yoles  a  2,  4  e  8 
remos), tendo como vencedor coletivo o Clube Esperia de São Paulo.
·  08/07 – Em Porto Rico, em raia com  apenas 3  balizas, disputados os VIII Jogos 
Desportivos Pan­americanos, tendo o Brasil participado de 5 provas de remo: 
2 com – campeão: Brasil – 6'53"53 – Wandir Kuntze, Laildo Ribeiro Machado e

235 
Manoel Therezo Novo, timoneiro. Na série eliminatória – 1º lugar com 
8'00"21; 
quadruplo­skiff  –  vice­campeão  –  5'41"87  (5'39"64)  –  José  Cláudio  Geret 
Lazzarotto,  Waldemar  Antônio  Trombetta,  Paulo  César 
Dworakowski  e  Gilberto  Gerhardt.  Na  série  eliminatória  –  2º 
lugar – 6'44"18. Na repescagem – 1º lugar – 6'29"78; 
4 sem – 3º lugar – 6'02"06 (5'50"41). Na série eliminatória – 2º lugar 6'51"58. Na 
repescagem – 1º lugar – 7'09"97. Na semifinal – 1º lugar 6'00"36; 
2 sem – 6º  lugar  (3º  na  Pequena  Final)  –  sem  tempo.  Na  série  eliminatória  – 2º 
lugar – 7' 13"26. Na repescagem – 2º lugar – 7'13"26. 
skiff –  último  da  série  eliminatória  –  7'25"49.  Na  repescagem  último  –  7'42"32 
(6'39"52)
·  13/08  –  O  Clube  Curitibano,  fundado  em  25/09/1891,  filiou­se  à  Federação 
Paranaense de Remo.
·  14 a 18/08 – No X Campeonato FISA Masculino Juniores, em  Moscou, o Brasil 
participou de duas provas, 2 sem e duplo­skiff, obtendo respectivamente 5º e 12º 
lugares: 
2 sem – dia 14 – 2ª série – 3º lugar – 5'11"66; 
dia 16 – 1ª série – 2º lugar – 5'07"25; 
dia  18  –  Final  –  5º  lugar  –  5'13"53  (4'58"98)  –  Ricardo  Esteves  e 
Carvalho e Carlos Eduardo Hime Pinheiro Soares; 
duplo­skiff – dia 14 – eliminatória – 2ª série – 6º lugar – 5'08"65; 
dia 15 – repescagem – 3ª série – 3º lugar – 5'01"69; 
dia 16 – semifinal – 2ª série – 4º lugar – 4'59"16; 
dia  18  –  Pequena  Final  –  6º  lugar  –  5'02"28  (4'49"62)  –  Luiz  Carlos  Feilke  e 
Douglas Augusto Steyer.
·  05/09  –  No  Campeonato  Mundial  de  Remo,  realizado  em  Bled,  Iugoslávia,  o 
Brasil participou de duas provas, skiff e dois com: 
skiff – Paulo Cesar Dworakowski: 
05/09 – eliminatória – 3ª série – 5º lugar – 7'59"99; 
06/09  –  repescagem  –  4ª  série  –  4º  lugar  –  7'20"93  (7'14"12)  – 
desclassificado; 
2 com – 05/09 – eliminatória – 2ª série – 5º lugar – 8'04"29; 
06/09  –  repescagem  –  2ª  série  –  4º  lugar  –  7'32"49  (7'16"61)  – 
desclassificado  –  Wandir  Kuntze,  Laildo  Ribeiro  Machado  e  Manoel 
Therezo Novo, timoneiro.
·  08/09 – Em Keterminde, Dinamarca, disputada a 24ª International Veteran Regatta 
– VIKINGELOBET com 30 provas. Competiram remadores do C.R. Guaiba­Porto 
Alegre (4) e do G.N. União (1) tendo obtido 2º lugar em 2XD e 3º lugar no 4 in 
rigger D.
·  28/10 – Em Curitiba, na raia do Parque Náutico Iguaçu, efetuada a 1ª COPA SUL 
de Remo com programa de 8 provas: 7 vitórias dos remadores do Rio Grande do 
Sul  e  uma  de  São  Paulo.  A  COPA  SUL  vem  sendo  realizada  anualmente  com 
bastante sucesso. 
2ª – 28/09/1980 –  Gaspar  –  raia  natural  do rio  Itajaí­Açu  – 9  provas  4  vencidas 
pelo Rio Grande do Sul, 3 por São Paulo e 2 por Santa Catarina. Vencedor: Rio 
Grande do Sul. 
3ª – 27/09/1981 – Porto Alegre – raia do Parque Náutico – 9 provas – 4 vitórias do 
Rio Grande do Sul, 4 de São Paulo e 1 de Santa Catarina. Vencedor: Rio Grande 
do Sul pelas classificações secundárias.

236 
4ª – 18/04/1982 – Curitiba – Parque Náutico Iguaçu – 9 provas – 3 vitórias de São 
Paulo, 3 de Santa Catarina e 3 do Rio Grande do Sul. 
Vencedor: São Paulo pelas classificações secundárias. 
5ª – 09/10/1983 – São Paulo – raia olímpica da Cidade Universitária – 9 provas – 
4  vencidas  por  São  Paulo,  3  por  Santa  Catarina  e  2  pelo  Rio  Grande  do  Sul. 
Vencedor: São Paulo. 
6ª – 18/11/1984 – Florianópolis – raia da baia Norte – 9 provas – 4 vencidas pelo 
Rio Grande do Sul, 3 por Santa Catarina e 2 por São Paulo. Vencedor: Rio Grande 
do Sul. 
7ª – 20/10/1985 – Porto Alegre – raia do Parque Náutico – 9 provas – 6 vencidas 
pelo Rio Grande do Sul, 2 por São Paulo e 1 por Santa Catarina. 
Vencedor: Rio Grande do Sul. 
8ª  –  14/09/1986  –  Florianópolis  –  raia  da  baía  Sul  –  8  provas  olímpicas 
consideradas como eliminatórias regionais. As duas melhores guarnições de cada 
prova asseguravam a participação no Campeonato Brasileiro Classe Aberta. O Rio 
Grande do Sul venceu 5 provas e São Paulo 3. 
A Taça Copa Sul instituida em 1980 pela CBR foi vencida definitivamente pelos 
remadores  gaúchos  pela  tríplice  vitória  consecutiva.  Na  mesma  regata,  foi 
disputado  pela  primeira  vez,  o  troféu  móvel  (posse  transitória)  Carlota  Rosa 
Boabaid, instituído pela CBR ao vencedor anual da COPA SUL. A taça foi doada 
pela família Boabaid como homenagem à mãe que apoiou e incentivou a prática e 
o  amor  ao  remo  à  seus  seis  filhos:  Antonio,  Kalil,  Wilson,  Osman,  José  Luiz  e 
Marco Aurélio. 
9ª  –  17/05/1987  –  São  Paulo  –  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária.  Programa 
com 9 provas (5 – classe aberta, 3 – juniores e 1 – peso leve). 
Os  remadores  gaúchos  venceram  5  provas,  os  paulistas  duas  e  os  catarinenses  e 
paranaenses uma. 
10ª  –  25/09/1988  –  Porto  Alegre  –  raia  do  Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do 
Pavão, com balizamento Albano. Programa integrado pelas oito provas olímpicas, 
para homens, classe aberta. Os remadores paulistas venceram 4 provas, os gaúchos 
3 e os catarinenses uma. Chuva muito forte durante a regata. 
11ª – 29/10/1989 – Florianópolis – raia da baia Sul, programa integrado por nove 
provas  masculinas  (juniores,  peso  leve  e  seniores).  Pela  primeira  vez,  a  COPA 
SUL  foi  disputada  entre  clubes.  Vencedor  do  Grêmio  Náutico  União  de  Porto 
Alegre com 3 vitórias. Maiores detalhes no capítulo 2: 29/10/1989. 
12ª ­ 07/10 ­ São Paulo ­ raia olímpica da Cidade Universitária ­ Segunda disputa 
interclubes.  Programa  com  6  provas  classe  aberta.  Campeão:  Grêmio  Náutico 
União de Porto Alegre com 2 vitórias. Maiores detalhes no capítulo 2: 07/10/1990. 

COPA SUL (FEDERAÇÕES) 
1979 a 1988 

SEDES: Porto Alegre – 3 vezes 
Curitiba, Florianópolis e São Paulo – 2 vezes 
Gaspar – uma vez. 
PARTICIPAÇOES: Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina – 10 vezes 
Paraná – 9 vezes. 
VITORIAS: COLETIVAS – Rio Grande do Sul – 7 
São Paulo – 3 
PROVAS: Rio Grande do Sul – 44

237 
São Paulo – 27 
Santa Catarina – 15 
Paraná – 1 

COPA SUL (CLUBES) 
1989 e 1990 

SEDES: Florianópolis e São Paulo – 1 vez 
VITORIAS: COLETIVAS – Grêmio Náutico União, Porto Alegre – 2 
PROVAS – Grêmio Náutico União, Porto Alegre – 5 
Clube Náutico Francisco Martinelli, Florianópolis – 2 
Clube de Regatas Guaíba­Porto Alegre – 2 
Sport Clube Corinthians Paulista, São Paulo – 2 
Clube Náutico Riachuelo, Florianópolis – 1 
Clube de Regatas Bandeirante, São Paulo – 1 
CEPEUSP – 1 
Clube Curitibano – 1 

1980
·  23/03 – I Travessia a Remo Pelotas­Rio Grande, em águas do canal São Gonçalo e 
lagoa dos Patos, em gigs  a 4 remos,  na distância  aproximada de 60 quilômetros. 
Esta  prova  é  a  que  tem  maior  percurso  nas  travessias  disputadas  no  Brasil,  em 
barcos de competição. 
Vencedor – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 4 horas e 12 minutos; 
2º lugar – Clube de Regatas Rio Grande – 4 horas e 28 minutos; 
3º  lugar  –  Clube  Náutico  Almirante  Barroso,  de  Rio  Grande  –  5  horas  e  20 
minutos. 
A  II  Travessia  a  Remo  Pelotas­Rio  Grande  foi  realizada  em  15/02/1981,  com 
péssimas condições climatéricas em todo o percurso: 
Vencedor – Clube de Regatas Rio Grande A – 7 horas e 38 minutos; 
2º lugar – Clube de Regatas Rio Grande B – 8 horas e 12 minutos. 
A III Travessia foi efetuada em 07/03/1982 com a vitória do Clube de Natação e 
Regatas  Pelotense,  no  tempo  de  5  horas  e  10  minutos,  e  em  segundo  lugar 
classificou­se o Clube de Regatas Rio Grande – 5 horas e 50 minutos. 
A IV Travessia foi realizada em 13/03/1983 com a vitória do Clube de Natação e 
Regatas Pelotense – 7 horas e 20 minutos. 
A V Travessia, disputada em 29/03/1987 teve como vencedor o Clube de Natação 
e Regatas Pelotense, no tempo de 5 horas. Em segundo lugar o Clube de Regatas 
Rio Grande em 5 horas e 45 minutos. A tríplice vitória consecutiva assegurou ao 
Clube de Natação e Regatas Pelotense a posse definiteva do Troféu Pescal.
·  30/03 –  No  Tigre, Buenos  Aires,  regata  em  homenagem  ao  Presidente  da  FISA, 
Thomas  Keller.  Na  prova  de  2X  sênior,  vitória  da  guarnição  da  CBR  (C.R. 
Flamengo) – José Cláudio Lazzarotto e Waldemar Antonio Trombetta – 7'05"; 2º 
lugar – Federação de Remo do Rio Grande do Sul.
·  05/04 – Regata Internacional do Tricentenário de Colônia, Uruguai. 
Na prova de 1X júnior, vitória do G. N. União – Otávio D’Ávila Bandeira do G.N. 
União – 6'02". O 2­ junior obteve o 2º lugar.
·  Abril  –  Distribuído  o  primeiro  número  da  Revista  REMO,  órgão  oficial  da 
Confederação  Brasileira  de  Remo,  tendo  como  diretores  Oldano  Borges  da 
Fonseca e Wilson Reeberg. Impressa em off set, 32 páginas, capa a 4 cores, 21 X

238 
28 cm. e 5.000 exemplares. Assinatura anual – Cr$ 300,00 (circulação trimestral). 
Ótima  apresentação,  valiosos  artigos  e  traduções,  um  sucesso  a  iniciativa  do 
Presidente  Lon  Menezes  e  de  sua  equipe  de  colaboradores.  Até  1985  foram 
editadas  11  Revistas  REMO,  tendo  deixado  de  circular  devido  aos  altos  custos 
operacionais  e  o  reduzido  número  de  assinantes  e  anunciantes,  apesar  de  haver 
mantido sempre elogiável qualidade.
·  27/04 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, realizado o Campeonato 
Brasileiro de Remo e pela primeira vez disputada a prova de quadruplo­skiff com 
a vitória da guarnição do Rio de Janeiro. Os resultados podem ser encontrados no 
capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  28/06 – Regata Internacional de Veteranos da Deutscher Ruderverband, RFA, em 
Hannover no Maschsee. Participaram 2 remadores veteranos do G.N. União.
·  05 e 06/07 – Na Áustria, em Klagenfurt, no Woerthersee realizada a 49ª Kärntner 
Internationale  Ruderegatta.  Dois  remadores  do G.N.  União  disputaram  3  provas, 
tendo obtido o 2º lugar em 2XE – 4'09"43.
·  20  a  27/07  –  Em  Moscou,  efetuados  os  XXII  Jogos  Olímpicos,  tendo  o  Brasil 
participado  de  três  provas  masculinas  de  remo,  disputadas  no  Estádio  de  Remo 
Krylatiskoye e chegando nas três às Pequenas Finais: 
4+ – Pequena Final – Brasil 2º (8º) – 6'33"29 – Laildo Ribeiro Machado, Wandir 
Kuntze,  Valter  Luís  Hime  Pinheiro  Soares,  Henrique  Gustavo  Johann  e  Manoel 
Therezo Novo, timoneiro; 
4X – Pequena Final – Brasil 5º (11º) – 6'06"58 – José Cláudio Geret Lazzarotto, 
Ricardo  Esteves  de  Carvalho,  Ronaldo  Esteves  Carvalho  e  Waldemar  Antônio 
Trombetta. 
1X – Pequena Final – Brasil 6º (12º) – 7'32" – Paulo Cesar Dworakowski;
·  06/09 – Em Brasília, no lago Paranoá, realizada a Regata da Independência, com 
programa  de  cinco  provas  para  juniores,  tendo  participado  delegações  de  11 
federações. Vitória da representação do Rio Grande do Sul, seguida pela do Rio de 
Janeiro, Espírito Santo e Pernambuco. 

1981
·  03/05 – Em São Francisco do Sul (SC), na baia de Babitonga, efetuada a Regata 
Estadual Tibúrcio Pereira  Lima, promovida pelo Clube  Náutico Cruzeiro do Sul. 
Programa  com  6  provas  tendo  a  participação  dos  6  clubes  de  remo  de  Santa 
Catarina.  O  Clube  Náutico  Frencisco  Martinelli  venceu  3  provas,  o  Clube  de 
Regatas  Aldo  Luz  duas  e  o  Clube  Náutico  Riachuelo  uma,  todos  os  clubes 
vencedores com sede em Florianópolis.
·  19/07 – Em Brasília, pela segunda vez, o remo foi incluído no programa dos Jogos 
Escolares Brasileiros, em sua décima primeira realização. Participaram equipes de 
11 Estados, sagrando­se vencedor o Rio de Janeiro, seguindo pelo Rio Grande do 
Sul e Espírito Santo.
·  06/08  –  Fundada  a  Associação  dos  Remadores  Veteranos  do  Rio  de  Janeiro  – 
ARVERJ.
·  26/08  a  06/09  – Em  Munique,  RFA,  por ocasião  dos  Campeonatos  Mundiais  de 
Remo,  a  FISA  realizou  exames  para  Juízes­arbitros  com  licença  internacional. 
Concorreram 2 brasileiros e obtiveram os 2 primeiros lugares: Professor Antonio 
Paulo Nery e Dr. Ernesto Miceli Barbosa.
·  25/10  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  União,  no  Saco  do  Jacaré,  ilha  do  Povão, 
realizada  a  Regata  Internacional  União­75,  com  a  participação  de  clubes  do 
Uruguai,  Santa  Catarina  e  Porto  Alegre.  O  Clube  anfitrião  e  aniversariantes

239 
venceu a Regata com 37 pontos, seguindo pelo Clube Náutico Riachuelo com 21 e 
Clube de Regatas Aldo Luz com 17 pontos, ambos de Florianópolis.
·  13  a  15/11  –  Na  raia  do  Parque  Náutico  Iguaçu,  em  Curitiba,  realizado  o  5º 
Campeonato Brasileiro de Remo Junior. Os resultados podem ser encontrados no 
Capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES. 
Simultaneamente, disputado o 1º Campeonato Brasileiro de Remo Peso Leve, com 
a prova de skiff em 1.500  metros, sagrandos campeão o remador do Rio Grande 
do Norte, Ronaldo Paulo Rocha, com o tempo de 5'54"69, vencendo 7 adversários.
·  12/12  –  Em  Bueno  Aires,  efetuado  o  5º  Campeonato  Sudamericano  de  Remo 
Juniores, tendo o Brasil vencido a prova de 4 com, no tempo de 5'10" e a seguinte 
guarnição:  Dênis  Antonio  Marinho,  Hélder  José  de  Lima,  Luiz  Antônio  Puppin, 
Cláudio  Richard  Mira  Gindlesberger  e  Álvaro  Nascimento  e  Silva,  timoneiro.  O 
Brasil obteve 3 segundos lugares: 
2X: 2º lugar – 5'21" (5'14") – Sérgio Paiva Silveira e Mauro Webber dos Santos; 
2­: 2º lugar – 5'34" (5'31") – Marco Aurélio Silveira Alcantara e Felipe Leyser; 
1X: 2º lugar – 5'56" (5'44") – Otávio D’Ávilla Bandeira. 
Dois terceiros lugares: 2+ e 8+, e um quarto lugar: 4­.
·  Em Paranaguá (PR), o Clube Atlético Portuário criou um Departamento de Remo 
e recebeu todos os barcos pertencentes à Associação Náutica Silfredo Veiga. Em 
meados de 1983, o Portuário encerrou as atividades de remo e seu patrimônio foi 
colocado sob a tutela da Administração do Porto. 

1982
·  Na Revista REMO, órgão oficial da Confederação Brasileira de Remo, publicados 
versos  de  Jorge  Medeiros  da  Silva,  remador  veterano  do  Clube  de  Regatas  do 
Flamengo: 

“OITO 
Hoje outrigger, outrora yole. 
Mudou o nome, mudou a feição, é certo, 
Mas intacta ficou a mística. 
É o gigante ! 

Apoteose de todas as regatas, 
é sempre a mais emocionante. 
A última prova. 
Quantas vezes decisiva ! 
Esforços coroados ou frustrações curtidas ! 
As provas de oito contém uma aura diferente. 

Forças, garra, leveza, técnica. 
Esporte, arte, balé. 
A sincronia orfeônica do voga ao proa, 
sob a batuta do timoneiro, 
dá ao barco a feição de um coral, 
em que vozes distintas de timbres diversos 
se fundem na mais vigorosa harmonia. 
Movimentos perfeitos de remos esguios 
desenham formidavel coreografia.

240 
Clubismo à parte, 
seja de quem ou de onde for, 
o “oito” empolga. 

A descida da raia em crescendo cadenciado 
no afã da efêmera glória 
eleva a platéia, 
eletriza­a ao paroxismo envolvente: 
vencer ! 

Tudo se passa como passa a própria vida: 
rápido, instantâneo, fulminante. 
Fica no éter o eterno: 
a beleza inconfundível da disputa, 
o feitiço artístico 
do mais sensacional de todos os barcos, 
o OITO.”

·  16/03  –  No  Rio  de  Janeiro,  eleição  e  posse  dos  dirigentes  da  Confederação 
Brasileira  de  Remo:  presidente  –  Renato  Marcello  Borges  da  Fonseca,  10  votos 
(unanimidade);  1º  vice­presidente  – Ivaney  Veloso  de  Oliveira,  8  votos;  2º  vice­ 
presidente – José Manoel Gomes, 7 votos.
·  13/05 – Em Vitória, fundada a Federação de Remo do Espírito Santo – FEARES, 
sucedendo a Federação Desportiva Espírito­Santense, fundada em 02/05/1917 e a 
Liga Sportiva Espírito­Santense.
·  13/06  –  Em  São  Paulo,  em  comemoração  ao  10º  aniversário  da  raia  olímpica, 
realizada  a  I  Regata  Universitária,  integrada  por  três  provas,  tendo  os  seguintes 
vencedores: 
1ª prova yale franches a 4 – Universidade Federal do Rio de Janeiro – 3'50"; 
4ª prova – duplo­skiff – Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre – 3'44"; 
7ª prova – 4 com timoneiro – Universidade Federal do Espírito Santo – 3'36". 
O  sucesso  da  regata  fez  com  que  a  Federação  Paulista  de  Remo  e  o  Centro  de 
Práticas  Esportivas  da  Universidade  de  São  Paulo  instituíssem  a  Regata 
Universitária, para ser disputada anualmente.
·  09/07 – O Vice­presidente da CBR, José Manoel Gomes, renunciou ao cargo.
·  01/08  –  Na  Capital  Mexicana,  no  arrabalde  de  Xochimilco,  na  Raia  Olímpica 
Virgílio  Uribe,  realizada  a  VI  Regata  Internacional  Quetzalcoatl,  tendo  o  Brasil 
vencido brilhantemente 3 provas, das 4 em que concorreu: 
2ª  prova  –  4  com,  seniores  –  vencedor:  Brasil  –  6'59"6  –  Luís  Carlos  Feilke, 
Marco Antonio dos Santos, Waldemar Antonio Trombetta, Olidomar Trombetta e 
Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
6ª  prova  –  duplo­skiff,  seniores  –  vencedor:  Brasil  –  7'10"  –  Paulo  César 
Dworakowski e Sérgio Luiz Dworakowski; 
11ª prova – oito,  classe  aberta  – vencedor:  Brasil  – 6'24"5  – Luís  Carlos  Feilke, 
Valter Luís  Hime  Pinheiro  Soares,  Ricardo Esteves  de  Carvalho, Dênis  Antônio 
Marinho,  Paulo  César  Dworakowski,  Marco  Antônio  dos  Santos,  Waldemar 
Antônio Trombetta, Olidomar Trombetta e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
3ª  prova  –  skiff,  classe  aberta  –  Brasil  –  3º  lugar  –  8'13"  –  Ricardo  Esteves  de 
Carvalho.
·  04  a  08/08  –  Festivamente  disputada  a  100ª  Regata  Real  de  Henley  Canadense,

241 
tendo o Brasil participado de 4 provas: 
4 sem – vice­campeão – 6'14"96 – Luís Carlos Feilke, Marco Antônio dos Santos, 
Waldemar Antônio Trombetta e Olidomar Trombetta; 
2  com  –  2º  na  eliminatória  e  3º  na  final  –  7'18"  –  Valter  Luís  Hime  Pinheiro 
Soares, Dênis Antônio Marinho e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
skiff – 6º na final – Ricardo Esteves de Carvalho; 
duplo­skiff  –  3º  na  eliminatória  (somente  classificava  os  2  primeiros)  –  Paulo 
César Dworakowski e Sérgio Luiz Dworakowski.
·  19/09 – Após 11 anos, voltou a ser disputado o Troféu Brasil de Remo. 
Em 30/05/1971, na 4ª regata do 1º Troféu, o Grêmio Náutico União foi o vencedor 
definitivo, pela terceira vitória consecutiva. 
Em  1973,  o  patrocinador  da  1ª  regata  do  2º  Troféu  Brasil  de  Remo  devia  ser  o 
Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, porém devido à redução de 
apoio  ao  seu  Departamento  de  Remo,  ocorreu  a  desistência  desse  patrocínio. 
Durante vários anos o Troféu Brasil de Remo deixou de ser realizado. No início de 
1982, a Direção da CBR decidiu restaurar a disputa, porém sob novo regulamento, 
sendo a posse do Troféu sempre em caráter transitório em regata anual. 
A instituição dos I Jogos Desportivos do Estado de São Paulo, programados para 4 
a 12 de setembro de 1982, na mesma época prevista para a 1ª Regata do 2º Troféu 
Brasil  de Remo, possibilitou, após entendimentos entre as direções da  CBR e da 
Federação  Paulista  de  Remo,  que  essa  regata  fosse  efetuada  em  São  Paulo,  sob 
total  patrocínio  da  Secretaria  de  Esportes  e  Turismo  desse  Estado. 
Inesperadamente,  os  I  Jogos  Desportivos  do  Estado  de  São  Paulo  foram 
cancelados, obrigando a CBR a transferir a regata para o Rio de Janeiro, na raia da 
lagoa Rodrigo de Freitas. Em 19/09 participaram das 8 provas 26 guarnições de 10 
clubes de 7 Estados com a consagradora vitória em 5 provas do Clube de Regatas 
do  Flamengo,  seguido  pelo  Clube  de  Regatas  Itapagipe,  Clube  de  Regatas  Aldo 
Luz e Clube Náutico Riachuelo, com uma vitória.
·  02/10 – Em Amsterdam, Holanda – FISA Veteran Regatta, na Bosbaan. Na prova 
2XE a dupla do G.N. União obteve o 2º lugar – 3'59"13.
·  21/11 – Em Curitiba, realizada a Regata Barão do Cerro Azul, sendo disputada a 
primeira prova feminina de remo no Paraná, em canoe na distância de 250 metros.
·  04/12  –  Em  Buenos  Aires,  efetuado  o  16º  Campeonato  Sudamericano  de  Remo 
sendo  os  resultados  válidos  para  os  II  Juegos  Deportivos  Cruz  del Sul.  Terceira 
vitória  consecutiva  do  Brasil  tendo  seus  remadores  vencido  4  provas,  e a  quinta 
vitória, na prova de 4 sem, em 6'44", foi anulada pelo árbitro por invasão de raia. 
4 com – Brasil: campeão – 6'51" – Luís Carlos Feilke, Marco Antônio dos Santos, 
Waldemar  Antônio  Trombetta,  Olidomar  Trombetta  e  Manoel  Therezo  Novo, 
timoneiro; 
2  sem  –  Brasil:  campeão  –  7'20"  –  José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro  e  Cláudio 
Richard Mira Gindlesberger; 
2  com  –  Brasil:  campeão  –  7'35"  –  Dênis  Antônio  Marinho,  Valter  Luís  Hime 
Pinheiro Soares e Manoel Therezo Novo, timoneiro; 
quádruplo­skiff  –  Brasil:  campeão  –  6'34"  –  Marcos  Antônio  de  Jesus  Boina, 
Mauro  Webber  dos  Santos,  Sérgio  Brasil  Sztancsa  e  Jose  Cláudio  Geret 
Lazzarotto. Esta prova de 4 x foi disputada pela primeira vez no Campeonato Sul­ 
americano. 
duplo­skiff – vice­campeão – 7'15" (7'06") – Paulo César Dworakowski e Sérgio 
Dworakowski; 
oito – 5º lugar.

242 
·  05/12 – Na raia olímpica da Universidade de São Paulo realizado o 1º Torneio de 
Veteranos do Remo, com programa de 6 provas, e os seguintes resultados: 
campeão – ARVERJ, do Rio de Janeiro, com 4 vitórias e 48 pontos; 
2º lugar – G. N. União, de Porto Alegre, com 2 vitórias e 39 pontos; 
3º lugar – Clube ARVESP, de São Paulo, com 30 pontos. 
No ano seguinte, este Torneio foi disputado com o nome de ENCONTRO. 

1983
·  18/03 – No Rio de Janeiro, eleição e posse do  2º vice­presidente da CBR:  Adail 
Machado de Oliveira, 5  votos; Ricardo Breno Rodrigues – 5  votos; Sady Cayres 
Berber – 1 voto. 
De acordo com o Estatuto da CBR, venceu o primeiro por ser mais idoso.
·  26  e  27/3  –  Realização  do  VI  Campeonato  Sudamericano  de  Remo  Juvenil,  em 
Llacolen – San Pedro, Concepción, Chile, tendo o Brasil participado quatro provas 
e obtido três segundos lugares e um terceiro. 
2X: 2º lugar – 5'40"18 (5'32"66) – Rodolfo Pinto Paiva e Fernando Brian Moyna; 
2­:  2º  lugar  – 5'52"08  (5'46"10)  – Maurício  Silveira  Leal  de  Meirelles  e  Marcos 
Lenzi Saldanha Balbuena; 
4X:  2º  lugar  –  5'08"  (4'58")  –  Ronaldo  Esteves  de  Carvalho,  Carlos  Eduardo 
Borges da Fonseca, Oswaldo Kuster Neto e João Eduardo de Alves Pereira; 
1X: 3º lugar – 6'21" (6'04") – Hugo Renato Seibel.
·  24/04 – Na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, efetuada a 2º Regata do 2º 
Troféu  Brasil  de  Remo,  com  programa  de  seis  provas  e  a  participação  de  35 
guarnições, de 14 clubes de 7 Estados. O vencedor, Club de Regatas do Flamengo, 
obteve cinco vitórias, seguido pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de 
Janeiro, com uma vitória.
·  22/05  –  No  Estádio  de  Remo,  do  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas, 
disputado  o  VI  Campeonato  Brasileiro  de  Remo  Júnior.  Os  resultados  são 
encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  Na mesma data e local, realizado o II Campeonato Brasileiro de Remo Peso Leve, 
integrado  de  duas  provas  de  1.500  metros,  a  de  4  sem  –  Troféu  Jornal  do 
Comércio,  de  Recife  e  a  de  skiff  –  Troféu  Jornal  À  Tarde,  de  Salvador.  Os 
vencedores  e  os  tempos  estão  relacionados  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  12/06  –  Na  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária  de  São  Paulo,  realizada  a  II 
Regata Universitária, com programa de 4 provas: 
1ª prova – yole a 4 – Universidade Mackenzie (São Paulo) – 3'53"; 
2ª prova – skiff – Universidade Federal do Espírito Santo – 3'48"; 
3ª prova – canoe feminino – Universidade de São Paulo – 2'30"; 
4ª prova – 2 sem – Universidade Federal do Espírito Santo – s.t.
·  17/08  –  Realizadas  em  Caracas,  na  represa  de  La  Meriposa  ,  as  regatas  das 
grandes finais de remo dos IX Jogos Desportivos Pan­americanos. Raia de apenas 
1.500 metros com 3 balizas demarcadas pelo sistema Albano. O Brasil participou 
de 3 provas, obtendo uma vitória, um segundo e um quarto lugar: 
2  sem  –  campeão:  Brasil  –  5'02"47  –  Ronaldo  Esteves  de  Carvalho  e  Ricardo 
Esteves de Carvalho; 
4 com –  2º  lugar:  Brasil – 4'44"14  (4'44"01)  – José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro, 
Dênis  Antônio  Marinho,  Valter  Luís  Hime  Pinheiro  Soares,  Mauro  Webber  dos 
Santos e Nilton Silva Alonço, timoneiro; 
4 sem – 4º lugar: Brasil – 4'47"10 (4'40"31).

243
·  10  e  11/10  –  Em  São  Paulo,  efetuado  o  I  Seminário  do  Remo  Brasileiro,  sendo 
apresentadas  e  discutidas  dezenas  de  teses,  por  participantes  de  São  Paulo,  Rio 
Grande  do  Sul,  Santa  Catarina,  Rio  de  Janeiro,  Brasília  e  Bahia,  e  enviadas  à 
Confederação Brasileira de Remo como sugestões, no sentido de melhorar o remo 
nacional em todos os níveis.
·  12/10 – Em São Paulo, na raia olímpica da Universidade de São Paulo, realizada 
pela primeira vez a prova Fita Rosa do Remo Brasileiro, criada pela Confederação 
Brasileira de Remo, tendo participado 10 remadoras, representando 9 clubes de 5 
Estados. Barcos skiffs em 1.000 metros. 
1º  lugar:  Cláudia  Viegelita  de  Mattos,  do  Clube  de  Regatas  Guanabara,  Rio  de 
Janeiro – 4'48"; 
2º lugar: Edenise Garcia, do Clube Atlético Paulistano, São Paulo – 4'51"; 
3º  lugar:  Ângelo  Tavares  de  Aquino,  do  Botafogo  de  Futebol  e  Regatas,  Rio  de 
Janeiro – 4'56".
·  30/10  –  Em  Porto  Alegre,  na  Ilha  do  Pavão,  efetuado  o  Encontro  Brasileiro  de 
Veteranos  do  Remo,  sagrando­se  vencedor  o  Grêmio  Náutico  União  com  45 
pontos, seguido pela Associação dos Remadores Veteranos do Rio de Janeiro com 
43 pontos e a Associação dos Remadores Veteranos do Pará com 20 pontos. Nas 
seis provas competiram remadores de sete entidades ou clubes. 

1984 
06/01 – Em Curitiba, fundado o Clube URVEC (União dos Remadores Veteranos de
·  Curitiba).
·  27/01  –  O  Iate  Clube  de  Londrina  (PR)  criou  um  Departamento  de  Remo.  Em 
11/03/1984  realizou  a  1ª  Regata  Cidade  de  Londrina,  no  lago  Igapó,  com 
programa de 6 provas, 3 vencidas pelo Curitibano, 2 pelo Santa Ritta e uma pelo 
Iate Clube de Londrina.
·  16/03 – Na Faculdade de Direito de Curitiba, fundado um Departamento de Remo.
·  25/03  –  Em  Curitiba,  realizada  a  1ª  Maratona  do  Remo,  exclusiva  para  skiffs  e 
canoes,  com  percurso  de  5  quilômetros,  desde  o  Jardim  Zoológico  até  a  ponte 
Marechal Floriano.
·  01/04  –  Em  Florianópolis,  na  raia  da  baía  Norte,  disputada  a  I  Regata 
Internacional Topper, com a participação de 20 clubes e entidades. A vitória coube 
ao  Clube  de  Regatas  do  Flamengo,  do  Rio  de  Janeiro,  em  segundo  lugar  a 
Federação  de  Remo  de  Santa  Catarina  e  em  terceiro  lugar,  a  Associação 
Desportiva Ferroviária Vale do Rio Doce, de Vitória.
·  05/05 – Amyr Khan Klink, brasileiro, 28 anos, remador do Clube Esperia de São 
Paulo,  embarcou  em  Santos,  no  navio  argentino  "Santiago  del  Estero",  levando 
seu barco "Paraty", de 5,95 metros de comprimento e 80 centímetros de altura, até 
a  África  do  Sul.  Seu  objetivo:  cruzar  a  remo  o  Atlântico  Sul,  no  sentido  leste­ 
oeste, façanha ainda não conseguida por qualquer remador. Em 10/06, pela manhã, 
partiu de Luderitz, no extremo sul da Namíbia,  África do Sul, com três pares de 
remos  duplos  e  a  possível  colaboração  das  correntes  marítimas  de  Benguela, 
Equatorial  Sul  Atlântica  e  Brasil,  num  percurso  de  aproximadamente  7.000 
quilômetros. Após 100 dias, 6 horas e 20 minutos ou 144.380 minutos, em 18/09 
chegou à Praia da Espera em  Arembepe, a 74 quilômetros ao norte de Salvador. 
No dia seguinte, 19/09, às 15 horas e 48 minutos, o "Paraty" e Amyr alcançaram, 
gloriosamente, a escada de acesso à rampa do 2º Distrito Naval,  na Praça Cayru, 
próxima  ao  Mercado  Modelo,  em  Salvador.  Remadores  e  dirigentes  do  Esperia,

244
em  fila  dupla  e  empenhando  remos  desse  clube,  formavam  um  túnel  para  a 
passagem do "Herói do Atlântico Sul". 
Amyr  Khan  Klink,  extraordinário  remador,  pode  ser  definido  como  intrépido, 
meticuloso,  educado,  paciente,  equilibrado  e  modesto.  De  suas  diversas 
entrevistas,  destaco  duas  declarações:  "Não  pretendi  ganhar  ou  competir,  mas 
apenas vencer um autodesafio". 
"Uma coisa aprendi para o resto da vida: as menores coisas são  importantes para 
se progredir".
·  20/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  disputado  o  XVII 
Campeonato Sul­americano de Remo e inaugurado o sistema Albano da raia. 
O  Brasil  obteve  uma  vitória  espetacular,  vencendo  as  cinco  provas  de  remos  de 
ponta e conquistando o tetracampeonato: 
4  com  –  campeão:  Brasil  –  6'22"  –  Laildo  Ribeiro  Machado,  Dênis  Antônio 
Marinho,  Luiz  Alfredo  dos  Santos,  André  Berezin  e  Manoel  Therezo  Novo, 
timoneiro; 
2 sem – campeão: Brasil – 6'48" – Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves 
de Carvalho; 
2  com  –  campeão:  Brasil  –  7'07"  –  Valter  Luís  Hime  Pinheiro  Soares,  Ângelo 
Roso Neto e Nilton Silva Alonço, timoneiro; 
4  sem  –  campeão:  Brasil  –  6'14"  –  José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro,  Mauro 
Webber dos Santos, Marcos Alves Arantes e Cláudio Richard Mira Gindlesberger; 
oito  –  campeão:  Brasil  –  5'51"  –  Carlos  Eduardo  Hime  Pinheiro  Soares,  André 
Berezin,  Luiz  Alfredo  dos  Santos,  Dênis  Antônio  Marinho,  Laildo  Ribeiro 
Machado,  Ângelo  Roso  Neto,  Ricardo  Esteves de  Carvalho,  Ronaldo Esteves  de 
Carvalho e Manoel Therezo Novo, timoneiro. 
O Brasil conquistou o vice­campeonato nas outras três provas: 
duplo­skiff  –  6'36"  (6'32")  –  Otávio  D'Ávila  Bandeira  e  Waldemar  Antônio 
Trombetta; 
skiff – 7'28" (7' 19") – Douglas Augusto Steyer; 
quádruplo­skiff  –  6'10"  (6'07")  –  Flávio  Andrade  Mello,  Sérgio  Brasil  Sztancsa, 
Kláudio Pinaud Vargas e José Cláudio Geret Lazzarotto.
·  Entre a sétima e oitava provas, efetuada a prova extra feminina "Maria Lenk", em 
skiff,  1.000  metros,  tendo  participado  cinco  competidoras  de  três  Estados.  A 
vitória  foi  de  Dulce  D'  Ávila  Bandeira,  do  Grêmio  Náutico  União,  de  Porto 
Alegre, em segundo lugar Marisa de Moraes Lisbôa, do Clube de Regatas Guaíba­ 
Porto  Alegre  e  em  terceiro  lugar,  Cláudia  Viegelita  de  Mattos,  do  Botafogo  de 
Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro.
·  10/06 –  Em  São  Paulo,  disputada  a  III  Regata Universitária  com  programa  de  4 
provas:  canoe  feminino,  2  sem  e  skiff,  vencidas  pela  CEPEUSP  e  yole  a  4  pela 
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
·  23/06 – Em Natal, realizada a I Maratona de Remo e entregue a I Fita Auri­Verde. 
Saída da ponte de Igapó e chegada em frente à Pedra do Rosário, na distância de 
5.000  metros,  em  sete  tipos  de  barcos  com  handicaps,  e  classe  aberta.  A  vitória 
coletiva coube ao Centro Náutico Potengi, que venceu em cinco tipos de barcos, e 
o segundo lugar ao Sport Club de Natal, com duas vitórias. O vencedor da I Fita 
Auri­Verde foi o remador Cláudio Belo Moreno, do Sport Club de Natal.
·  05 a 07/07 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, disputada a II Fita 
Rosa do Remo Brasileiro, sendo participado 9 remadoras de 3 Estados. 
Dia  5,  efetuadas  3  séries  eliminatórias  e  no  dia  7  a  prova  final.  Marisa  de 
Moraes Lisboa, do Clube de Regatas Guaíba­Porto Alegre, foi à vencedora; em 2º

245 
lugar classificou­se Dulce D'Ávila Bandeira, do Grêmio Náutico União, de Porto 
Alegre, e em terceiro lugar, Cláudia Viegelita de Mattos, do Botafogo de Futebol 
e Regatas, do Rio de Janeiro.
·  08/07 – Na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, efetuado o I Troféu Brasil de 
Remo  Júnior,  simultaneamente  com  o  I  Campeonato  Brasileiro  de  Remo 
Feminino. 
O  programa  do  Troféu  Brasil  de  Remo  Júnior  foi  integrado  de  quatro  provas, 
tendo  como  vencedor  coletivo  o  Clube  de  Regatas  do  Flamengo,  do  Rio  de 
Janeiro,  vitorioso  em  duas  provas,  seguido  pelo  Clube  de  Natação  e  Regatas 
Álvares  Cabral  e  Clube  de  Regatas  Aldo  Luz,  ambos  com  uma  vitória. 
Participaram do Troféu Brasil 24 guarnições, de 8 estados e de 12 clubes. 
Vencedores: 
1X – Clube de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro) – 5'36" – Adrian Giassone. 
2­  –  Clube  de  Natação  e  Regatas  Álvares  Cabral  (Vitória)  –  5'26"  –  Rogério 
Marins Sá e Rogério Batista Ramos 
2X – Clube de Regatas Aldo Luz (Florianópolis) – 5'14" – Marcelo Feiber Sônego 
e Enio Feiber Sônego. 
4­  –  Clube  de  Regatas  do  Flamengo  (Rio  de  Janeiro)  –  5'21"  –  Vinicius  Seabra 
Pereira  Costa,  Renato  Henrique  Scheidemantel,  Michele  Mestolo  Neto,  Marcelo 
Neves dos Santos e Luiz Márcio Victor Alves Pereira, timoneiro. 
O I Campeonato Brasileiro de Remo Feminino foi integrado de duas provas, e em 
ambas venceram as remadoras do Rio Grande do Sul, tendo Rio de Janeiro e São 
Paulo obtido um segundo e um terceiro lugares: 
skiff – campeão: Rio Grande do Sul – 4'15" – Dulce D'Avila Bandeira; 
duplo­skiff – campeão: Rio Grande do Sul – 3'52" – Marisa de Moraes Lisboa e 
Cláudia Magali Gomes da Silva.
·  28/07  a  12/08  –  Em  Lake  Casitas,  Los  Angeles,  disputados  os  XXIII  Jogos 
Olímpicos, tendo o Brasil participado de três provas masculinas de remo: 
2 com – 4º lugar – 7'17"07 – Valter Luís Hime Pinheiro Soares, Ângelo Roso Neto 
e Nilton Silva Alonço, timoneiro; 
30/07 – eliminatória – 2ª série – 2º lugar – 7'18"96; 
02/08 – repescagem – 1º lugar – 7'19"40. 
4 com – 7º lugar – 6'47"13 (Pequena Final em 03/08) – Laildo Ribeiro Machado, 
Dênis  Antônio  Marinho,  Luiz  Alfredo  dos  Santos,  André  Berezin  e  Manoel 
Therezo Novo, timoneiro; 
30/07 – eliminatória – 1ª série – 4º lugar – 6'39"88; 
01/08 – repescagem – 5º lugar – 6'33"44; 
2  sem  –  8º  lugar  –  7'03"97  (Pequena  Final  em  03/08)  –  Ronaldo  Esteves  de 
Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho; 
30/07 – eliminatória – 3ª série – 4º lugar – 7'32"69; 
01/08 – repescagem – 3º lugar – 7'05"92 
02/08 – semifinais – 1ª série – 6º lugar – 7'05"92.
·  14/10 – Em São Paulo, na raia olímpica da Cidade Universitária, sob o patrocínio 
do  Clube  Esperia  e  da  CBR,  disputada  a  primeira  regata  Fita  Azul  do  Remo 
Brasileiro Feminino, em 1.000 metros, com a participação de 4 remadoras. 
Campeã:  Marisa  de  Moraes  Lisbôa,  Clube  de  Regatas  Guaíba­Porto  Alegre  – 
4'18"; 
2ª Fita Azul Feminina – 13/10/1985 
Campeã: Marisa de Moraes Lisboa, Grêmio Foot­Ball Porto Alegrense – 4'27"03; 
3ª Fita Azul Feminina – 12/10/1986

246 
Campeã: Jaqueline Xavier Pereira, Grêmio Náutico União, Porto Alegre – 4'20"; 
4ª Fita Azul Feminina – 15/10/1987 
Campeã:  Jaqueline  Xavier  Pereira,  Grêmio  Náutico  União,  Porto  Alegre –  8'07" 
(recorde sul­americano – 2.000 metros); 
5ª Fita Azul Feminina – 20/11/1988 
Campeã: Jaqueline Xavier Pereira, Grêmio Náutico União, Porto Alegre – 8'17" 
6ª Fita Azul Feminina – 12/11/1989 
Campeã: Jaqueline Xavier Pereira, Grêmio Náutico União, Porto Alegre – 8'27" e; 
7ª Fita Azul Feminina – 09/12/1990 
Campeã: Dóris Geiss Lund, Grêmio Náutico União, Porto Alegre – 8'57"10.
·  Em  São  Paulo,  lançamento  do  WIND­SKIFF,  pela  Piuplastic  de  Ribeirão  Pires 
estrutura de alumínio com  assento anatômico sobre rodas de nylon, eixos de aço 
inoxidável  e  peso  total  de  550  gramas.  Fixado  numa  prancha,  transforma­a  num 
barco individual de remo, podendo também ser usado como máquina de remar.
·  16/12 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, disputado o III Torneio 
Brasileiro  de  Veteranos  do  Remo,  com  a  vitória  da  Associação  dos  Remadores 
Veteranos do Rio de Janeiro. 

1985
·  30/01 – No Rio de Janeiro, eleição e posse dos novos dirigentes da Confederação 
Brasileira de Remo: presidente – Renato Marcello Borges da Fonseca – 9 votos; 1º 
vice­presidente  –  Ivaney  Veloso  de  Oliveira  –  9  votos;  2º  vice­presidente  – 
Orisvaldo de Nazareth Silva Barbosa – 4 votos (Pará, Rio Grande do Norte, Bahia 
e Rio Grande do Sul). 
Votados também: presidente – Wilson Reeberg – 2 votos (São Paulo e Brasília); 1º 
vice­presidente  –  Casemiro  Abreu  e  Mello  –  2  votos  (São  Paolo  e  Brasília);  2º 
vice­presidente – Aloysio Queiroz Monteiro Filho – 3 votos (São Paulo, Brasília e 
Pernambuco);  2º  vice­presidente –  José  Luiz  Boabaid  –  2  votos  (Paraná  e  Santa 
Catarina); 2º vice­presidente – Édson Antônio Soeiro – 2 votos (Rio de Janeiro e 
Espírito Santo).
·  24/03 – Efetuada a II Regata Internacional de Florianópolis, com programa de 7 
provas, além de uma prova extra. Participação de 12 clubes ou entidades. A vitória 
coletiva coube ao Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro, vencedor de 
cinco provas, seguido pela Federação de Remo do Estado de Santa Catarina e do 
Sport Club  Corinthians Paulista com uma  vitória. A prova extra foi  vencida pela 
Associação Desportiva Ferroviária Vale do Rio Doce, de Vitória.
·  06/04 – Em Porto Alegre, na raia do Parque Náutico, realizada a III Fita Rosa do 
Remo  Brasileiro,  em  skiff,  na  distância  de  1.000  metros,  tendo  apenas  três 
concorrentes.  A  vitoriosa,  Marisa  de  Moraes  Lisbôa,  com  4'03",  participou  na 
condição de avulsa, por estar em período de estágio para o Grêmio Foot­Ball Porto 
Alegrense.  A  vice­campeã  foi  Jaqueline  Xavier  Pereira,  do  Clube  de  Regatas 
Guaíba­Porto Alegre – 4'05".
·  07/04  –  Em  Porto  Alegre,  disputado  o  II  Campeonato  Brasileiro  de  Remo 
Feminino.  Os  resultados  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  07/04 – Em Porto Alegre, efetuado o I Torneio Triangular Sul de Juniores, na raia 
do Parque Náutico, com programa de cinco provas. O campeão  Clube  de 
Regatas  Aldo  Luz,  de  Florianópolis,  obteve  três  vitórias,  seguido  pelo  Grêmio 
Náutico  União,  de  Porto  Alegre,  vencedor  das  duas  outras  provas.  Competiram 
três clubes de Florianópolis, um de Blumenau e três de Porto Alegre.

247 
·  14/04  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  efetuado  o  Torneio 
Quadrangular Centro de Remo Júnior com cinco provas e a participação de clubes 
do Espírito Santo, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O grande vencedor foi o 
Clube  de  Regatas  do  Flamengo  com  quatro  vitórias,  seguido  pelo  Sport  Club 
Corinthians Paulista, com uma vitória. Foram realizadas mais duas provas, uma de 
caráter  nacional  e  outra  internacional:  Prova  Troféu  Jubileu  de  Ouro  do  Comitê 
Olímpico Brasileiro em duplo­skiff, 2.000 metros, inscrições abertas aos clubes do 
Brasil.  Sagrou­se  vencedora  a  guarnição  do  Grêmio  Náutico  União,  de  Porto 
Alegre,  com  a  dupla  Fernando  Fantoni  e  Otávio  D'Avila  Bandeira  no  tempo  de 
6'05"09. 
Prova  Internacional  em  out­riggers  a  8,  entre  representações  das  universidades 
Oxford, Cambridge e do Brasil: 
14  e  20/04  –  As  guarnições  a  oito,  das  universidades  inglesas  de  Oxford  e 
Cambridge, que se enfrentavam desde 1829 no rio Tâmisa, além de demonstrações 
no  Sena,  em  Paris,  Sumida,  em  Tóquio  e  no  Nilo  em  Luxor,  pela  primeira  vez 
competiram contra guarnição universitária  brasileira, representada por remadores 
do  Clube  de  Regatas  do  Flamengo,  do  Rio  de  Janeiro.  O  oito  de  Cambridge  já 
havia  competido  e  vencido  no  Rio  de  Janeiro  em  1956.  Graças  às  valiosas 
colaborações de quatro grandes empresas, foi possível à  Confederação Brasileira 
de Remo realizar dois memoráveis confrontos de magnitude internacional, no Rio 
de Janeiro e em São Paulo. Aplausos e agradecimentos à VARIG, BRADESCO­ 
SEGUROS, RIO ­ SHERATHON HOTEL e MAKSOUD PLAZA de São Paulo. 
14/04 – Na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, após a realização de seis 
provas,  foram  alinhadas  as  três  guarnições:  1  –  Cambridge,  2  –  Brasil,  e  3  – 
Oxford.  Vitória  espetacular  da  guarnição  brasileira,  em  5'49"08,  quebrando  o 
record  da  raia  da  lagoa  Rodrigo  de  Freitas.  Oxford  segunda  com  6'02"  e 
Cambridge terceira com 6'14". 
20/04 – Na raia olímpica da Cidade Universitária de São Paulo, depois da disputa 
de  cinco  provas,  apresentaram­se  ao  alinhador  as  guarnições  de  Oxford, 
Cambridge, Brasil e também equipes universitárias paulistas do Tietê, Paulistano – 
CEPEUSP. O cotejo foi praticamente uma repetição do sensacional confronto no 
Rio  de  Janeiro,  vencendo  novamente  a  guarnição  representante  do  Brasil,  no 
tempo  de  6'24",  seguida  por  Oxford  com  6'34"  e  Cambridge  com  6'37".  A 
guarnição  do  Clube  de  Regatas  do  Flamengo,  que  representou  o  Brasil,  estava 
assim constituída: 
Ronaldo  Esteves  de  Carvalho  –  odontologia,  Ricardo  Esteves  de  Carvalho  – 
engenharia;  Angelo  Roso  Neto  –  Educação  física;  Valter  Luís  Hime  Pinheiro 
Soares  –  engenharia;  Carlos  Eduardo  Hime  Pinheiro  Soares  –  línguas;  Mauro 
Webber  dos  Santos  –  línguas;  Marcos  Alves  Arantes  –  educação  física;  José 
Raymundo Gusmão Ribeiro – emgenharia; Manoel Therezo Novo, timoneiro; José 
Maria de Carvalho – treinador; Dênis Antônio Marinho (suplente) – eletrônica.
·  21/04  –  No  Recife,  realizado  o  Torneio  Triangular  Norte­Nordeste  de  Remo 
Júnior,  com  a  participação  de  clubes  do  Amazonas,  Bahia  e  Pernambuco. 
Programa  integrado  por  cinco  provas,  todas  vencidas  pelos  remadores 
pernambucanos.  O  Sport  Club  do  Recife  sagrou­se  campeão,  tendo  obtido  duas 
vitórias e três segundos lugares, seguido pelo Clube Náutico Capibaribe com duas 
vitórias e pelo Clube Esportivo Almirante Barroso com uma vitória.
·  23/04 – Em Ilhéus (BA), Fundação do Clube de Regatas Jorge Amado.
·  04/05  –  Em  Florianópolis,  realizados  o  VII  Campeonato  Brasileiro  de  Remo 
Júnior  e  o  III  Campeonato  Brasileiro  de  peso  Leve.  Os  resultados  podem  ser

248
encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  16/06  –  Em  São  Paulo,  realizada  a  IV  Regata  Universitária  Brasileira  com  os 
seguintes vencedores: 
1ª prova – skiff – Universidade Federal de Santa Catarina – 3'35"; 
2ª prova – 2 sem – Universidade Federal de Santa Catarina – 3'31"; 
3ª prova – canoe feminino – Faculdade de Educação Física de Santo Amaro (São 
Paulo) – 2'17"; 
4ª prova – yole franche a 4 – Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre – 
3'40".
·  14/07 – Em Guaíba (RS), primeira regata a remo. Programa com 3 provas de skiff: 
infantil, juvenil e feminino.
·  14/07  –  Realizada  a  1ª  Travessia  Porto  Alegre  –  Guaíba  a  Remo,  para  gigs  a 
quatro remos em duas categorias: juniores e seniores. Saída em Porto Alegre junto 
ao  vão  móvel  da  Travessia  Engenheiro  Régis  Bittencourt  (Ponte  do  Guaíba  ou 
Ponte  Getúlio  Vargas)  e  chegada  no  "caisinho"  da  cidade  de  Guaíba,  numa 
distância de 16.500 metros. Participaram seis guarnições seniores e cinco juniores, 
com os seguintes vencedores: 
Seniores:  Grêmio  Náutico  União  A  –  45'06"  –  vencedor  absoluto  da  Travessia 
com a guarnição integrada por Marco Aurélio Périco, João Volino Corrêa, Felipe 
Bordasch, Alberto Eyng e Rodrigo Hoffmeister, timoneiro; 
Juniores:  Grêmio  Náutico  União  A  –  46'15"  (2º  na  classificação  geral) 
reapresentado por Ricardo Diefenthaeler, Sérgio Wulff Gobetti, Claudiomar Jung 
Oliveira, Marcelo Perrenoud e Leonardo Rafael Ledur, timoneiro.
·  20 e 21/07 – Em Banyoles, Espanha, realizado o "10º Match de Sênior B" tendo os 
remadores Otávio D'Avila Bandeira e  Fernando Fantoni representado o Brasil  na 
prova de duplo­skiff. 
Na  eliminatória  e  na  repescagem  obtiveram  o  3º  lugar,  e  na  Pequena  Final  o  2º 
lugar (8º geral).
·  28/07 – Em Laguna, realizada a Regata Interestadual Comemorativa aos 146 anos 
da  República  Catharinense  Juliana,  com  programa  de  oito  provas,  tendo 
participado três clubes de Florianópolis, um de Blumenau e três de Porto Alegre. 
O  campeão  da  regata,  Clube  Náutico  Francisco  Martinelli,  de  Florianópolis, 
venceu três provas.
·  28/07 –  No  Rio  de Janeiro,  na  raia  da  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  VII 
Troféu Brasil de Remo (3ª regata do 2º troféu), com programa de oito provas, seis 
integrantes  do  Troféu  e  duas  provas  extras.  O  campeão  absoluto  foi  o  Clube  de 
Regatas do Flamengo, vencedor das oito provas.
·  16  a  18/08  –  Em  Toronto,  Canadá,  realizada  a  1ª  Olimpíada  de  Veteranos  – 
"Master  Games",  sendo  o  programa  de  remo  integrado  por  provas  masculinas  e 
femininas  de  todas  as  categorias.  Na  prova  de  duplo­skiff,  categoria  E,  os 
remadores Anton Karl Biedermann e Heino Willy Kude do Grêmio Náutico União 
obtiveram o 4º lugar entre 15 concorrentes.
·  24  e  25/08  –  Nos  Estados  Unidos,  em  Filadélfia,  realizado  o  7º  Campeonato 
Nacional  de  Veteranos.  Na  prova  de  duplo­skiff,  categoria  E,  o  remador  Heino 
Willy Kude, do Grêmio Náutico União de Porto Alegre, junto com um remador da 
RFA, obtiveram o vice­campeonato no tempo de 3'57"01 (3'51"07).
·  24/08  a  01/09  –  Em  Hazewinkel,  Bélgica,  disputado  o  1º  Campeonato  Mundial 
Feminino de Remo Peso Leve, tendo o Brasil (CBR) sido representado na prova 
de skiff pela remadora Marisa de Moraes Lisbôa: 
eliminatória – 2ª série – 5º lugar – 8'20"34 (7'48"09);

249 
repescagem – 2ª série – 4º lugar – 8'45"14 (8'06"72) – desclassificação. 
A remadora australiana, campeã da prova, obteve o melhor tempo na eliminatória 
– 7'45"85, tendo na final conseguido 7'59"82.
·  27/08  a  01/09  –  Em  Hazewinkel,  Bélgica,  efetuado  o  Campeonato  Mundial 
Masculino de Remo, tendo os remadores do Brasil participado de duas provas: 
2 sem – 27/08 – eliminatória – 2ª série – 4º lugar – 6'59"49 
28/08 – repescagem – 3ª série – 3º lugar – 6'55"52 
31/08 – semifinais – 2ª série – 6º lugar ­ 7'05"27 
01/09 – Pequena final – 2º lugar (8º geral) ­ 6'51"49 (6'38"39) – Ricardo Esteves 
de Carvalho e Ronaldo Esteves de Carvalho. 
2 com ­ 27/08 – eliminatória – 2ª série – 3º lugar ­ 7'15"89; 
28/08 – repescagem – 1ª série – 3º lugar ­ 7'08''35 (7'05"86); 
31/08  –  semifinal  –  a  guarnição  do  Brasil  não  competiu  em virtude  do  remador 
Valter Luís Hime Pinheiro Soares ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica 
de urgência – Valter Luiz Hime Pinheiro Soares, Ângelo Roso Neto e Nilton Silva 
Alonço, timoneiro.
·  11/10 – Circular CBR 050/85: 
"Modificações na forma de disputa das competições de 1986: 
a)  Campeonato  Brasileiro  Feminino  –  As  provas  serão  em  skiff,  duplo­skiff  e 
quádruplo­skiff e passarão a ser disputadas por Federações, em 1.000 metros, 
classe aberta. 
b)  Campeonato Brasileiro de Peso Leve – Na mesma data do feminino e com as 
provas de skiff, duplo­skiff e 4 sem timoneiro, em 2.000 metros. 
c)  Troféu  Brasil  de  Juniores  –  Em  1.500  metros  e  com  as  provas  de  2  com, 
duplo­skiff, 2 sem, skiff e 4 com, em 2.000 metros. 
d)  Copa  Sul  e  Copa  Norte­Nordeste  –  Programas  com  oito  provas  olímpicas, 
classe  aberta,  classificando  as  duas  melhores  guarnições  de  cada  prova  nas 
duas Copas para a disputa do Campeonato Brasileiro. 
e)  Campeonato  Brasileiro  de 1986  –  Nas  oito  provas  olímpicas,  classe  aberta  e 
contando com as duas guarnições vencedoras de cada prova nas Copas Norte­ 
Nordeste e Sul e as guarnições representativas do Rio de Janeiro, vencedor das 
mesmas nos últimos campeonatos brasileiros. 
f)  Campeonato  Sul­Americano  de  Seniores  –  Marcado  para  outubro  de  1986 
acarretando mudanças nas datas previstas para as Copas Norte­Nordeste e Sul, 
que  passarão  a  ser  disputadas  em  setembro  nos  dias  14  e  28  (a  Copa  Norte­ 
Nordeste dependendo do local e das marés)".
·  10/11 – Em Manaus, na Praia Dourada, disputada a 1ª Regata de Canoa a Remo: 
travessia do rio Tarumã.
·  10/11 – Inauguração da primeira etapa do Centro de Remo de Brasília, às margens 
do lago Paranoá, em área cedida à Federação de Remo pelo filiado Minas Brasília 
Tênis  Club,  e  realização  da  XX  Copa  Norte­Nordeste,  sendo  superados  os 
recordes  de  participantes:  47  guarnições  de  7  estados.  Os  resultados  de  todas  as 
Copas Norte e Norte­Nordeste podem ser encontrados no ano de 1961.
·  23/11  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Parque  Náutico,  disputado  à  tarde,  o  VII 
Campeonato Sul­americano de Remo Júnior com a participação de seis equipes. A 
vitória  coletiva  coube  aos  remadores  argentinos  vitoriosos  em  quatro  provas.  O 
Brasil foi vice­campeão com três vitórias: 
4  com  –  campeão:  Brasil  –  5'43"04  –  Marco  Antônio  Martins,  André  Luís  da 
Costa Baracuhy, Marcelo Feiber Sônego, Maurício José Oliveira e Carlos Alberto 
Leite Sobrinho, timoneiro;

250 
2  com  –  campeão:  Brasil  –  6'28"  –  José  Roberto  Nunes  Lima,  Carlos  Pestana 
Bezerra e Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro; 
4 sem – campeão Brasil – 5'22"61 – Marcelo Perrenound, Sérgio Wulff Gobatti, 
Claudiomar Jung Oliveira e Ricardo Marcelo Cauduro. 
O Brasil obteve três segundos lugares: 
2­: 6'25" (6'22") – Rogério Batista Ramos e Fernando Correa Reis; 
1X: 6'40"07 (6'33"20) – Cláudio Morales; 
4x:  5'30"21  (5'12"16)  –  Pedro  Humberto  Giacomassi  Polydoro,  Marcos  Góes 
Cardoso, Marcos Pandolfo Fiuza de Melo e Paulo da Costa Rodrigues; 
2X: 3º lugar – 6'18"34 (5'54"76); 
8+: 3º lugar – 5'15"54 (5'00"19). 
O Uruguai, terceiro na classificação geral, venceu a prova de 2 sem no tempo de 
6'22".
·  08/12  –  Na  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária  de  São  Paulo,  disputado  o  IV 
Torneio Brasileiro de Veteranos do Remo com a presença de remadores de cinco 
Estados.  A  vitória  coletiva  coube  à  representação  da  Associação  dos  Remadores 
Veteranos do Rio de Janeiro. 

1986
·  16/03 –  Regata  1ª Travessia  de Porto  Alegre  em out­riggers  a  4  com  timoneiro, 
seniores, 6.000 metros contracorrente, saida na Volta do Gazometro e chegada no 
Estádio Náutico. As quatro guarnições participantes enfrentaram  ventos e  muitas 
ondas, naufragando uma nos 500 metros e outra na metade do percurso. Vitória da 
guarnição  C  do  Grêmio  Náutico  União:  Alzir  Prandi,  Paulo  Cesar  Lenhardt, 
Ricardo Diefenthaeler, Edson Ledur e Carlos Eduardo Moré, timoneiro – s.t.
·  23/03 – Regata 1ª Travessia de Porto Alegre em out­riggers a oito, juniores, 6.000 
metros  contracorrente,  saída  na  Volta  do  Gazometro  e  chegada  no  Estádio 
Náutico.  Vencedor:  Grêmio  Náutico  União  –  Pedro  Zeleniakas  Correa, 
Claudiomar  Jung  de  Oliveira,  Fábio  César  Dazzi,  Alexandre  Zeleniakas  Correa, 
Gabriel Corbellini, Rodrigo Hoffmeister, Castelar Schirmer Filho, Alex Medeiros 
e Leonardo Rafael Ledur, timoneiro.
·  Abril  –  Criada  pela  Confederação  Brasileira  de  Remo  a  Cooperativa  dos 
Treinadores e Diretores de Remo, especialmente para divulgar conhecimentos do 
remo moderno, tendo recebido mais de 70 inscrições.
·  20/04  –  Regata  II  Travessia  Porto  Alegre  –  Guaíba,  gigs  a  4,  16.500  metros,  3 
categorias, todas vencidas pelo Grêmio Náutico União: seniores – 63' 04", juniores 
– 65' 00" e veteranos – 65' 20".
·  04/05  –  VI  Regata  Internacional  de  Florianópolis  com  programa  de  7  provas  e 
participação  de  remadores  de  4  países,  representando  14  entidades  e  clubes 
(Argentina 7, Brasil 4, Uruguai 2 e Paraguai 1). Campeã: Federação de Remo do 
Estado  de  Santa  Catarina  –  1º,  1º,  2º,  2º,  3º,  4º  e  5º;  2º  lugar:  Club de  Remeros 
Mercedes  (Uruguai)  –  1º,  1º,  2º,  2º  e  4º  lugar;  3º  lugar:  Grêmio  Náutico  União 
(Porto Alegre) – 1º, 1º, 2º e 3º; e 4º lugar: Club de Regatas Bariloche (Argentina) 
– 1º.
·  11/05  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  disputados  o  IV 
Campeonato  Brasileiro  de  Remo  Masculino  Peso  Leve  (1X,  4­  e  2X)  e  o  III 
Campeonato  Brasileiro  Feminino  de Remo  (1X, 2X  e  4X).  Os  resultados  podem 
ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  18/05 –  No  Recife,  na  raia  da  bacia do  Pina,  realizado  o Campeonato Brasileiro 
Universitário Masculino de Remo com programa e 5 provas (2+, 2X, 2­, 1X e 4+),

251 
tendo participado 16 guarnições de 5 Estados. Campeão: Pernambuco – 39 pontos 
(1º,  1º,  1º,  1º  e  2º);  2º  lugar:  Pará  –  21  pontos  (2º,  2°,  3º,  3º  e  3º);  3º  lugar: 
Amazonas – 18 pontos (2º, 2º, 3° e 4º); 4º lugar: Espírito Santo – 10 pontos (1º) e 
5º lugar: Minas Gerais – 3 pontos (4º).
·  15/06  –  Na  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária  de  São  Paulo,  efetuada  a  V 
Regata  Universitária  Brasileira,  com  programa  de  5  provas  (yole  a  4,  2­,  1XM, 
1XF e 4+), tendo participado 21 guarnições de 6 entidades acadêmicas. Campeã: 
Mackenzie (São Paulo) – 35 pontos; 2º lugar: PUC de Porto Alegre – 25 pontos e 
3º lugar: CEPEUSP – 24 pontos.
·  06/07 – Na lagoa Rodrigo  de Freitas, Rio de Janeiro, efetuado o II Troféu Brasil 
de Remo Júnior, com programa de 5 provas em 1.500 metros. 
Campeão: Club de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro) ­ 1º, 1º, 1º, 2º e 3º; 
2º lugar: Grêmio Náutico União (Porto Alegre) – 1º e 2º; 
3º  lugar:  C1ub  de  Natação  e  Regatas  Álvares  Cabral  (Vitória)  –  1º,  3º,  3º  e  5º. 
Vencedores das provas: 
2 com – Club de Regatas do Flamengo – 5' 38" 
Carlos  Alexandre  Buckton  de  Almeida,  Cleber  Fabiano  Ferraz  Leite  e 
Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro. 
duplo­skiff – Club de Regatas do Flamengo – 5' 04" 
Marco Góes Cardoso e Paulo Costa Rodrigues 
2 sem – Club de Natação e Regatas Álvares Cabral – 5' 30" 
Sergio Vieira Domingos e Tuffy Nader Netto 
skiff – Grêmio Náutico União – 6' 00" 
Fábio César Dazzi 
4 com – Club de Regatas do Flamengo – 5' 34" 
Marcos Fernando da Costa Almeida, Edson Portella das Neves, Carlos da 
Silva  Torres  Baptista,  André  Gilberto  Arruda  Beltrão  e  Carlos  Alberto 
Leite Sobrinho, timoneiro.
·  26  e  27/07  –  Em  Hamburgo,  RFA,  realizado  o  11º  Match  Senior  B  de  Remo, 
tendo os remadores brasileiros Mauro Webber dos Santos e Flávio Andrade Melo 
participado da prova de 2 sem e obtido o 8º lugar.
·  16/08  –  Em  Buenos  Aires,  na  raia  do  Tigre,  efetuado  o  Primer  Encuentro 
Internacional  de  Remeros  Veteranos,  sendo  disputadas  21  provas  nas  5  classes. 
Veteranos de 3 clubes de remo de Porto Alegre, obtiveram 4 vitórias e 6 segundos 
lugares. 
6ª prova – 4 com (B­C) – Vencedor: Grêmio Náutico União 
Ruy Kessler, Manfred Eberhard, Ronald Dennin, João Fernando Sana e Luis Lanis 
Motta da Silva, timoneiro. 
9ª prova – skiff (E) – Vencedor: Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre 
Oswaldo Otto Klein. 
16ª prova – 2X (B­C) – Vencedor: Grêmio Náutico União 
Fernando Tadeu Rossetto e Neimar Jung de Oliveira. 
21ª prova – 8 + (C) – Vencedor: Grêmio Náutico União 
Silvio  Caldas,  Vaney  Kestercke,  Edwino  Zembruski,  Benício  Lemos  do 
Nascimento,  Ruy  Kessler,  Manfred  Eberhard,  Ronald  Dennin,  João  Fernando 
Sana e Luis Lanis Motta da Silva, timoneiro.
·  16 a 24/08 – Na Inglaterra, em Nottingham, realizado o Campeonato Mundial de 
Remo Classe Aberta, tendo os remadores do Brasil participado de 3 provas: 
2­: 5º lugar (19 concorrentes) 
Ricardo Esteves de Carvalho e Ronaldo Esteves de Carvalho

252 
Eliminatória Série 2 – Brasil 4º – 7'07"75 (6'48"56) 
Repescagem Série 1 – Brasil 1º – 7'15"98 
Semifinal Série 2 – Brasil 2º – 6'43"37 (6'39"97) 
Final ­ Brasil 5º – 6'54"59 (6'42"37) 
2+: 6º lugar (11 concorrentes) 
Ângelo Roso Neto, Valter Luis Hime Pinheiro Soares e Nilton Silva Alonço, 
timoneiro. 
Eliminatória Série 2 – Brasil 4º – 7'29"69 (7'14"17) 
Repescagem Série 2 – Brasil 2º – 7'30"44 (7'25"28) 
Final – Brasil 6º – 7'08"23 (6'51"66) 
2X: 11º lugar (14 concorrentes) 
Otavio D'Avila Bandeira e Fernando Fantoni 
Eliminatória Série 3 – Brasil 4º – 6'40"20 (6'33"82) 
Repescagem única – Brasil 4º – 7'10"14 (7'03"28)
·  13 e 14/09 – Na Áustria, no lago Ossiach, disputada a 25ª Regata Internacional de 
Villach, tendo sido realizadas 114 provas no dia 13 e 109 no dia 14. Os remadores 
veteranos do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, Anton Karl Biedermann e 
Heino Willy Kude, participaram cada um de 4 provas: 
Biedermann (categoria F) – 8+/1º, 8+/1º, 2X/2º e 2X/2º; 
Kude (categoria E) – 8+/2º; 8+/2º, 4+/3º e 4+/4º. 
Em  19  e  20/09  competiram  no  13º  Encontro  FISA  de  Veteranos  em  Bled, 
Iugoslávia, onde foram disputadas 146 provas: 
Biedermann = 1X/3º e 2X/4º; Kude = 8+/3º e 4+/4º. 
Em  27/09  na  República  Federal  da  Alemanha,  competiram  na  37ª  Regata 
Internacional  de  Longo  Percurso  –  Copa  Verde  do  Mosel.  Na  prova  nº  24,  2X 
categoria  E  –  4.000  metros –  4º  lugar  –  17'27"4  (16'53"3).  Com  dois  remadores 
alemães,  disputaram  a  prova  nº  52,  gig  a  4  categoria  E  –  4.000  metros  –  9 
concorrentes – 2º lugar – 17'39"4 (17'05"3).
·  14/09 – Em Florianópolis, efetuada a 8ª Copa Sul de Remo. Os resultados podem 
ser encontrados na data da realização da 1ª Copa Sul – 28/10/1979.
·  28/09 – No Recife, disputada a XXI Copa Norte­Nordeste de Remo. Os resultados 
podem  ser  encontrados  na  data  em  que  foi  efetuada  a  1ª  Copa  Norte  de  Remo: 
07/05/1961.
·  12/10  –  Em  São  Paulo,  na  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária,  realizadas  as 
regatas  da  Fita  Azul  do  Remo  Brasileiro:  11ª  Masculina  (resultados  em 
27/11/1965) e 3ª Feminina (resultados em 14/10/1984).
·  26/10  –  Pela  primeira  vez,  disputado  na  cidade  de  Vitória  o  Campeonato 
Brasileiro  Masculino  de  Remo  Classe  Aberta.  Os  resultados  podem  ser 
encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  20/11  –  Em  Aracaju,  fundada  a  Federação  Sergipana  de  Remo  pelos  clubes 
Cotinguiba  Esporte  Clube  (10/10/1909),  Associação  Atlética  de  Sergipe 
(24/05/1925) e Iate Clube de Aracaju (25/08/1953).
·  23/11  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  efetuado  o  V  Torneio 
Brasileiro  de  Veteranos  do  Remo.  Programa  integrado  de  8  provas  para  as 
diferentes,  categorias,  tendo  participado  8  entidades  e  clubes  de  5  Estados. 
Campeã  a  Associação  dos  Remadores  Veteranos  do  Rio  de  Janeiro  (ARVERJ), 
com 58 pontos e 3 vitórias; 2º lugar – Grêmio Náutico União de Porto Alegre com 
52 pontos e 2 vitórias; 3º lugar – Federação de Remo do Estado de Santa Catarina 
(FERESC) com 48 pontos e 3 vitórias.
·  07/12 – Em Concepcion, Chile, disputado o XVIII Campeonato Sudamericano de

253 
Remo  incluido  no  programa  dos  III  Juegos  Deportivos  Sudamericanos  Cruz  del 
Sur. Distância das provas: 1.800 metros. 
O Brasil conquistou a vitória e o pentacampeonato consecutivo tendo vencido as 5 
provas de remos de ponta, e obtido um segundo e dois terceiros lugares nos barcos 
de palamenta dupla: 
4+: Campeão – Brasil – 5'55"17 
Flávio Andrade Melo, Mauro Webber dos Santos, Valter Luis Hime Pinheiro 
Soares, Ângelo Roso Neto e Nilton Silva Alonço, timoneiro. 
2­: Campeão – Brasil – 6'33"76 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho. 
2+: Campeão – Brasil – 6'45"83 
Angelo  Roso  Neto,  Flávio  Andrade  Melo  e  Carlos  Alberto  Leite  Sobrinho, 
timoneiro 
4­: Campeão – Brasil – 5'40"26 
Oswaldo Kuster Neto, Carlos Eduardo Hime Pinheiro Soares, Ronaldo Esteves 
de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho. 
8+: Campeão – Brasil – 5'17"88 
Cláudio  de  Mello  Tavares,  Carlos  Pestana  Bezerta,  Marcos  Alves  Arantes, 
Cláudio  Richard  Mira  Gindlesberger,  Eduardo  Brian  Moyna,  Luiz  Afonso 
Xavier, Denis Antonio Marinho, Helder José de Lima e Nilton Silva Alonço, 
timoneiro. 
4X: Vice­campeão – Brasil – 5'47"85 (5'34"27) 
José Raimundo Gusmão Ribeiro, Otávio D'Avila Bandeira, Fernando Fantoni 
e Mauro Webber dos Santos. 
2X e 1X: 3º lugar. 
Simultaneamente,  disputado  o  I  Torneo  Sudamericano  de  Remo  Peso  Liviano, 
com programa de 2 provas: 
2X: Brasil – 2º lugar Paulo César Lenhardt e Alzir Prandi (s.t.); 
4­: ­ Brasil – 3º lugar.

·  10/12 –  Em  Porto  Alegre,  na  sede  náutica  do  Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do 
Pavão,  festivamente inaugurado  o  Centro  de  Avaliação  e  Treinamento  de  Remo, 
com  as  presenças  do  Presidente  da  FISA,  Thomas  Keller,  do  representante  da 
entidade  na  América  do  Sul,  Alberto  Madero,  do  representante  da  CSAR  e  do 
Comitê  Olímpico  Argentino,  Francisco  Mangialardi  e  do  Presidente  da  CBR, 
Renato  Borges  da  Fonseca.  Na  ocasião  foi  realizado  o  lançamento  do  livro  O 
REMO  ATRAVÉS  DOS  TEMPOS,  sendo  o  primeiro  exemplar  entregue  ao 
Presidente da CBR, Dr. Renato Borges da Fonseca.
·  14/12 – Em Pelotas (RS), realizado o Campeonato de Remo do Interior do Estado 
com  a  participação  de  5  clubes  de  5  municípios.  Programa  com  8  provas  e  a 
participação  da  30  guarnições.  Campeão:  Grêmio  Náutico  Tamandaré,  de 
Cachoeira do Sul com 5 vitórias, 2º lugar – Clube Náutico Gaúcho, de Pelotas e 3º 
lugar – Clube de Regatas Rio Grande. 

1987
·  04/02 – Circular CBR 007/87 –  "A ordem das provas  no Campeonato Brasileiro 
Feminino será: 
1 – Skiff – Peso Leve (até 59 quilos); 
2 – Duplo­skiff – Peso Livre; 
3 – Dois sem timoneira – Peso leve (peso médio de 57 quilos);

254 
4 – Skiff – Peso Livre; 
5 – Duplo­skiff – Peso (peso médio de 57 quilos); 
6 – Dois sem timoneira – Peso Livre. 
NOTA: Pelo Código Brasileiro de Remo, não serão permitidas dobras em provas 
femininas. 
O  Campeonato  Brasileiro  Masculino  de  Peso  Leve  terá  a  seguinte  ordem  das 
provas: 1X, 2­, 2X e 4­. 
O  Campeonato  Brasileiro  de  Juniores  será  disputado  nas  6 provas seguintes:  4+, 
2X, 2­, 1X, 2+ e 4­. 
NOTA:  As  provas  de  quádruplo­skiff  e  oito  não  serão  mais  disputadas  nestes 
Campeonatos.
·  05/04  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  raia  da  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  II 
Campeonato  Brasileiro  Universitário  de  Remo,  promovido  pela  Federação  de 
Esportes Universitários do Rio de Janeiro, e as provas válidas como eliminatórias 
para a Universidade de Zagreb, Iugoslávia. Programa com 7 provas (menos a de 
quádruplo­skiff)  e  todas  vencidas  pelos  universitários  cariocas,  seguidos  pelos 
paulistas, gaúchos, capixabas, pernambucanos e amazonenses: 
4+  RJ  RS  SP  PE 
2X  RJ  ES  SP  RS 
2­  RJ  SP  RS 
8  RJ  SP  RS 
1X  RJ  SP  ES  PE  AM 
2+  RJ  SP  PE 
4­  RJ  SP  AM  PE
·  12  a  26/04  –  Convidados  pela  direção  do  Centro  Nazionale  di  Canotaggio  em 
Piediluco, Itália, doze destacados remadores e um timoneiro brasileiros, campeões 
sul­americanos  de  1986,  efetuaram  estágio  de  duas  semanas  nesse  Centro  de 
prestígio internacional. No dia 26/04, participaram em Piediluco da Regata Paolo 
D'Aloja Memorial, enfrentaram categorizados remadores de 25 países e obtiveram 
os seguintes resultados: 
2º lugar – 9ª prova – 2+ – Homens – Peso Livre – 7 '28"20 (7'09"30) 
Mauro  Webber  dos  Santos,  Flávio  Andrade  Melo  e  Nilton  Silva 
Alonço, timoneiro; 
3º lugar – 7ª prova – 2 sem – Homens – Peso Livre – 6'57"30 (7'03"80) 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho; 
3º lugar – 12ª prova – oito – Homens – Peso Livre – 5'44"40 (5'47"60) 
Cláudio Richard Mira Gindlesberger, Helder José de Lima, Cláudio de 
Mello  Tavares,  Marcos  Alves  Arantes,  Denis  Antonio  Marinho,  José 
Raimundo Gusmão Ribeiro, Angelo Roso Neto, Carlos Pestana Bezerra 
e Nilton Silva Alonço, timoneiro.
·  03/05 – VII Regata Internacional de Florianópolis  – Portobello, realizada na baia 
Sul, com 7 provas internacionais, disputadas por remadores argentinos, uruguaios, 
paraguaios  e  brasileiros.  Participaram  15  entidades  e  clubes.  Vitória  coletiva  do 
Grêmio  Náutico  União,  de  Porto  Alegre,  com  4  vitórias,  seguido  pelo  Club 
Remeros  Mercedes,  Uruguai,  com  2  vitórias  e  Federação  Paranaense  de  Remo 
com uma vitória.
·  15  e  17/05  –  Nos  Congressos  de  Abertura  e  Encerramento  da  9ª  Copa  Sul  de 
Remo,  proposta  e  aceita,  por  unanimidade,  a  participação  de  clubes  em  lugar  de 
Federações a partir da 10ª Capa Sul em 1988.
·  16/05  –  Na  raia  olímpica  da  Universidade  de  São  Paulo,  disputado  o  IV

255 
Campeonato Brasileiro Feminino de Remo, com 3 provas de peso livre e 3 de peso 
leve.  Participaram  remadoras  de  6  Federações.  Os  resultados  podem  ser 
encontrados no capitulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  17/05 – Realização da IX Copa Sul de Remo, na raia olímpica da Universidade de 
São Paulo. Os remadores gaúchos foram campeões, tendo vencido 5 provas (4+ C 
A, 4­ P L, 1X J, 4X C A e 8+ C A), 2º lugar os paulistas com 2 vitórias (1X C A e 
2+  C  A),  3º  lugar  os  catarinenses,  vencedores  da  prova  de  2­  J,  e  4º  lugar  os 
paranaenses vitoriosos na prova de 2X J.
·  12/06 – Em Manaus, fundada a Associação Atlética e Regatas IFILT.
·  05/07  –  Em  Brasília,  na  raia  do  lago  Paranoá,  efetuado  o  VIII  Campeonato 
Brasileiro  de  Remo  Junior  tendo  participado  das  6  provas,  remadores  de  11 
Federações. Os cariocas foram campeões tendo vencido 4 provas (4+, 2­, 2+ e 4­); 
vice­campeões  os  capixabas  vencedores  da  prova  de  skiff;  em  3º  lugar  os 
paranaenses  vitoriosos  na  prova  de  duplo­skiff,  seguidos  pelos  gaúchos, 
catarinenses,  brasilienses,  pernambucanos,  amazonenses,  paulistas,  baianos  e 
sergipanos.  Os  nomes  dos  vencedores  e  os  tempos  podem  ser  encontrados  no 
capitulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  15  a  18/07  –  Em  Zagreb,  Iugoslávia,  realizada  a  XIV  UNIVERSIADE,  e  pela 
primeira vez incluidas no programa, competições de remo, masculino e feminino. 
Das  14  provas  disputadas,  o  Brasil  participou  de  uma,  2  sem  timoneiro, 
representado pelos remadores Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de 
Carvalho. Obtiveram o vice­campeonato com 7'19"92 (Romênia – 7'12"42).
·  23/07  –  No  Rio  de  Janeiro,  comemorado  solenemente  o  Dia  Olímpico 
Internacional com almoço no Clube Ginástico Português, e a participação de 350 
convidados,  autoridades,  dirigentes  esportivos,  atletas  e  jornalistas.  Tive  a  honra 
de receber do Ministro da Educação, Jorge Bornhausen e do Presidente do Comitê 
Olímpico  Brasileiro,  Major  Sylvio  de  Magalhães  Padilha,  o  Troféu  Comitê 
Olímpico  Brasileiro,  como  “autor  do  melhor  livro  publicado  sobre  desporto 
olímpico”  –  O  REMO  ATRAVÉS  DOS  TEMPOS  –  (Ofício  COB  nº  188,  de 
13/04/1987).
·  09/08  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  I  Torneio 
Brasileiro  Master  de  Skiff,  sob  o  patrocínio  da  Associação  dos  Remadores 
Veteranos do Rio de Janeiro, com os seguintes vencedores: 
Categoria  A  (27  anos)  –  Waldemar  Antonio  Trombetta,  do  Clube  de  Regatas 
Vasco da Gama, do Rio de Janeiro; 
Categoria  C  (38  anos)  –  Candido  Leonelli,  do  Clube  de  Regatas  Tieté,  de  São 
Paulo; 
Categoria  D  (45  anos)  –  Antonio  Gonçalves  Ckless,  do  Botafogo  de  Futebol  e 
Regatas, do Rio de Janeiro; 
Categoria E (52 anos) – Cesar Orosco Junior, do Clube de Regatas do Flamengo, 
do Rio de Janeiro; 
Categoria F (60 anos) – Antonio Campos, do Botafogo de Futebol e Regatas, do 
Rio de Janeiro. 
A categoria B não foi disputada.
·  15/08  –  Em  Colônia,  República  Federal  da  Alemanha,  realizado  o  Campeonato 
Mundial  Masculino  de  Remo  Juniores,  tendo  o  Brasil participado  da  prova  de  2 
com  timoneiro,  enfrentando  11  adversários.  Na  final,  obteve  o  6º  lugar  com 
5'25"94  (5'12"25).  Guarnição:  Carlos  Alexandre  Buckton  de  Almeida,  Cleber 
Fabiano  Ferraz  Leite  e  Carlos  Alberto  Leite  Sobrinho,  timoneiro.  Os  resultados 
deste  Campeonato  Mundial  de  Juniores  podem  ser  encontrados  no  Capítulo  3  –

256 
GRANDES VENCEDORES.
·  15  e  16/08  –  Em  Indianápolis,  Estados  Unidos,  na  raia  do  Eagle  Greek  Park, 
represa localizada a 50 quilômetros da sede dos Jogos, foram realizadas as provas 
de remo dos X Jogos Pan­americanos. O Brasil participou de 4 provas masculinas: 
2 sem peso livre 
Eliminatória – 1º lugar – 6' 58" 
Final – Campeão – 7'19"53 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho 

Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho 
Remadores  olímpicos,  bi­campeões  pan­americanos  e  tetra­campeões  sul­ 
americanos.  Várias  vezes  campeões  brasileiros  e  cariocas.  Vice­campeões 
da Universíade. 
8 peso livre: 
Eliminatória – 1º lugar – 6'16"43 
Final – Vice­campeão – 6'24"77 (6'17"70) 
Cláudio  de  Mello  Tavares,  Helder  José  de  Lima,  Denis  Antonio  Marinho, 
Flávio Andrade  Melo,  Mauro Webber dos Santos, José Raimundo Gusmão 
Ribeiro, Angelo Roso Neto, Carlos Pestana Bezerra e Nilton Silva Alonço, 
timoneiro. 
2 sem peso leve 
Eliminatória – 1º lugar – 7' 35" 
Final – 3º lugar – 7'58"98 (7'45"44) 
João Francisco Deboni e José Augusto Freire Almeida 
skiff peso leve 
Eliminatória – 2º lugar – 7'45"95 
Repescagem – 3º lugar – 8'35" 
Pequeno Final – 1º lugar – 8'24"19 (8'17"42) 
Alzir Prandi

257 
·  30/08 – Em Copenhague, Dinamarca, efetuado o Campeonato Mundial Masculino 
de Remo Peso Livre, tendo o Brasil participado de 2 provas: 
2 sem – Pequena Final – 1º lugar (18 concorrentes) 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho 
oito – 11º lugar (11 concorrentes) 
Os  resultados  deste  campeonato  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  30/08 – Na raia olímpica do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São 
Paulo, realizada a VI Regata Universitária Brasileira, com programa de 5 provas. 
Participaram  apenas  3  equipes  de  Universidade  e  Faculdades  paulistas.  Vitória 
coletiva da USP com 42 pontos e 2 primeiros lugares; 2º lugar Mackensie com 40 
pontos e 3 vitórias, 3º lugar – FAAP.
·  04/09 – Em Manaus, fundada a Associação Atlética e Regatas IFILT.
·  27/09  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  V 
Campeonato  Brasileiro  Masculino  de  Remo  Peso  Leve,  com  programa  de  4 
provas. Vencedores os gaúchos (1º, 1º, 2º e 4º), vice­campeões os cariocas (1º, 2º, 
4º  e  5º),  3º  lugar  –  capixabas  (1º,  3º,  4º  e  4º),  seguidos  pelos  pernambucanos, 
potiguares,  catarinenses,  sergipanos,  baianos  e  paraenses.  Os  nomes  dos 
remadores  campeões  e  os  tempos  podem  ser  encontrados  no  capítulo  3  – 
GRANDES VENCEDORES.
·  03/10  –  Em  Blumenau,  Santa  Catarina,  regata  no  rio  Itajaí­Açu,  integrante  dos 
festejos  da  IV  Oktoberfest.  Programa  com  7  provas  e  a  participação  de  27 
guarnições de 9 clubes. O Clube de Regatas Vasco da Gama, do rio de Janeiro, foi 
o  vencedor  coletivo  com  4  vitórias,  seguido  do  Clube  Náutico  América,  de 
Blumenau com 2 vitórias e Clube de Regatas Aldo Luz, de Florianópolis com uma 
vitória.  Competiram  também  remadores  do  Curitibano,  Arvesp,  Santa  Ritta, 
Riachuelo, União e Deportivo Sajonia do Paraguai. 
A  prova  final  em  7.000  metros,  a  ACHTER­LANGSTRECKEN­RENNEN,  com 
saída  na  ponte  Irineu  Borhausen  e  chegada  em  frente  a  Casa  Moellmann,  foi 
disputada em barcos a 8 por remadores veteranos com mais de 35 anos. Vitoriosa 
a  guarnição  mista  catarinense  integrada  por  remadores  do  América,  Aldo  Luz, 
Riachuelo  e  Martinelli,  com  camisetas  do  América:  Hailton  Haertel,  Olidomar 
Trombetta,  Carlos  Alberto  de  Melo  Dutra,  Leandro  de  Oliveira,  Valdo  Ort, 
Osvaldo da Silveira, Edson Altino Pereira, Odilon Maria Martins e Carlos Alberto 
Dutra, timoneiro; 2º lugar – Clube Arvesp, de São Paulo.
·  25/10 – No Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, realizado o VIII Troféu 
Brasil de Remo Classe Aberta. Vencedor o Clube de Regatas Vasco da Gama, do 
Rio  de  Janeiro,  vitorioso  em  5  provas  (4+/6'23",  2X/6'39"41,  4­/6'51"22, 
4X/6'36"50  e  8+/s.t.);  em  segundo  lugar  classificou­se  o  Clube  de  Regatas  do 
Flamengo,  do  Rio  de  Janeiro,  com  3  vitórias  (2­/7'13"47,  1X/7'30"75  e 
2+/7'38"81)  e  quatro  segundos  lugares;  em  3º  lugar  o  Clube  de  Regatas  São 
Salvador, da Bahia – 2º, 3º, 4º e 4º; e em 4º lugar o Clube de Regatas Itapagipe, da 
Bahia – 2º, 3º e 5º.
·  15/11  –  Em  São  Paulo,  na  raia  olímpica  da  Cidade  Universitária,  disputadas  as 
regatas  Fita  Azul  do  Remo  Brasileiro,  promovidas  pelo  Clube  Esperia, 
Confederação  Brasileira  de  Remo  e  Federação  Paulista  de  Remo:  12ª  masculina 
(resultados em 27/11/1965) e 4ª feminina (resultados em 14/10/1984).
·  29/11 – Em Salvador, na enseada dos Tainheiros (Ribeira), realizada a XXII Copa 
Norte­Nordeste de Remo com grande brilho e número recorde de Federações (8) e 
de guarnições (47). Os resultados podem ser encontrados em 07/05/1961, data da

258
realização da 1ª Copa Norte de Remo.
·  05/12  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do  Pavão, 
com balizamento Albano, disputado à tarde o VIII Campeonato Sul­americano de 
Remo  Junior,  com  a  participação  de  6  países.  A  vitória  coletiva  coube  aos 
remadores brasileiros, vitoriosos nas 5 provas de remos de ponta: 
4+ (5'07"98) – André Luiz Hime Pinheiro Soares, Wladmir Henrique Motta, José 
Augusto de Alencar Loureiro Júnior, José Carlos Freire Lages Cavalcanti e Carlos 
Alberto Leite Sobrinho, timoneiro; 
2­ (5'39"50) – João Luiz Dias Bertelli e Marcello Couto de Carvalho; 
2+  (5'45"22)  –  Cleber  Fabiano  Ferraz  Leite,  Carlos  Alexandre  Buckton  de 
Almeida e Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro; 
4­  (5'02"47)  –  Cláudio  Moreira  Alves,  Cláudio  Malavolti,  Nelson  Henrique 
Barbosa Filho e José Augusto do Nascimento Patrício; 
8+ (4'40"00) – André Luiz Hime Pinheiro Soares, Wladmir Henrique Motta, João 
Luiz  Dias  Bertelli,  Marcello  Couto  de  Carvalho,  Cleber  Fabiano  Ferraz  Leite, 
Carlos Alexandre Buckton de Almeida, José Augusto de Alencar Loureiro Júnior, 
José Carlos Freire Lages Cavalcanti e Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro. 
Os remadores do Brasil obtiveram 2 vice­campeonatos: 
2X (5'32"84) (5'30"77) – João Carlos Gonçalves e Paulo César Leone; 
4X (5'04"56) (4'53"09) – Alexandre Augusto Nunes Borges, Luiz André Von Yess 
Dauzacker, Gabriel Corbellini e Anderson Nunes de Oliveira. 
Na prova de skiff, o remador do Brasil foi 4º classificado – 5'54"50 (5'49"57). A 
Argentina  venceu as 3 provas de palamenta dupla: 2X (5'30"87), 1X (5'49"57) e 
4X (4'53"09). 
Competiram também remadores uruguaios, chilenos, paraguaios e peruanos.
·  06/12  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  da  ilha  do  Pavão,  disputado  o  VI  Torneio 
Brasileiro  de  Veteranos  do  Remo,  sob  o  patrocínio  do  Grêmio  Náutico  União. 
Programa  integrado  de  8  provas  para  as  diferentes  categorias  de  remadores 
veteranos, tendo participado 8 entidades e clubes, de 5 Estados. 
Campeão o Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, com 72 pontos e 4 vitórias; 
2º lugar – Associação dos Remadores Veteranos do Rio de Janeiro com 51 pontos 
e  3  vitórias;  3º  lugar  –  Associação  dos  Remadores  Veteranos  de  Santa  Catarina 
com 39 pontos e 4º lugar – Clube de Regatas Almirante Barroso, de Porto Alegre 
com 10 pontos e uma vitória. 

1988
·  23/01  –  Marcos  Oliva  Day,  argentino,  37  anos,  advogado,  atravessou  os  30 
quilômetros do  estreito Le Maire, entre a extremidade sudeste da  ilha Grande da 
Terra  do  Fogo  e  a  ilha  dos  Estados,  remando  no  kayak  KARKEN  (mulher,  na 
linguagem dos indios tehuelche). Partiu da baia Buen Suceso, na península Mitre, 
enfrentou  um temporal,  e  no  fim  da  tarde  chegou  a  uma  baia  desconhecida  que 
denominou El Dedo de Dios, na ilha dos Estados. 
Seus acompanhantes de apoio, em barco a motor, naufragaram e foram resgatados 
por  um  helicóptero  da  Defesa  Civil  do  Governo  da  Terra  do  Fogo.  No  dia 
seguinte, Marcos remou até a vizinha baia de Crossley, ponto final da projetada e 
vitoriosa travessia. 
Segundo a antropóloga norte­americana Anne Chapman, este percurso era vencido 
pelos primitivos  yámanes,  indios canoeiros e experientes remadores que  viveram 
nesta região há aproximadamente três mil anos.
·  29/01  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  sede  do  Comitê  Olímpico  Brasileiro,  realizada  a

259 
Assembléia Geral da CBR para eleição e posse dos dirigentes para o triênio 1988 
–  1990.  Das  13  Federações  filiadas  não  compareceu  o  representante  do  Rio 
Grande do Norte. Foram registradas 3 chapas: 
1  –  Ivaney  Veloso  de  Oliveira  (Bahia),  Arlindo  Donato  (São  Paulo)  e 
Romualdo Gianordoli (Espírito Santo); 
2  –  Arlindo  Donato  (São  Paulo),  Romualdo  Gianordoli  (Espírito  Santo)  e 
Ivaney Veloso de Oliveira (Bahia); 
3  –  José  Manoel  Gomes  (Brasília),  César  Seara  Junior  (Santa  Catarina)  e 
Carlos Homem de Siqueira (Rio Grande do Norte). 
As  chapas  1  e  2  eram  consideradas  oficiais  e  a  3  de  oposição.  Alegando 
motivos  diversos,  os  representantes  do  grupo  de  oposição,  protestaram  e 
impugnaram  os  votos  dos  representantes  do  Amazonas,  Sergipe  e  Bahia.  Por 
determinação do Presidente do Conselho Nacional de Desportos ao Presidente da 
Assembléia  Geral  (Edson  Antonio  Soeiro  –  RJ),  foram  computados  os  votos 
impugnados, resultando: 
Chapa 1 – nenhum voto; 
Chapa  2  –  7  votos  (Pará,  Espírito  Santo,  Rio  de  Janeiro,  São  Paulo,  Amazonas, 
Sergipe e Bahia); 
Chapa 3 – 5 votos (Pernambuco, Brasília, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul). 
Os  representantes  do  grupo  de  oposição  informaram  que  iriam recorrer  ao  CND 
contra os resultados da eleição. O candidato vencedor decidiu  não tomar posse e 
aguardar a decisão do recurso. 
Após várias reuniões do CND, foram aceitos os votos dos representantes da Bahia 
e do Amazonas, e invalidado o voto de Sergipe, assegurando 6 votos para a chapa 
2 e  a  vitória  na  eleição. Em  06/06/1988,  no  Clube Ginástico  Português  (RJ),  foi 
efetuada a posse da nova Diretoria da CBR (triênio 1988 – 1990).
·  10/04 – III Travessia Porto Alegre – Guaíba, gigs a 4, 16.500 metros, 3 categorias, 
todas  vencidas  pelos  remadores  do  Grêmio  Náutico  União:  seniores,  juniores  e 
veteranos. Participaram 6 guarnições.
·  17/04 – Regata Internacional da VII Fenarroz, na raia do Jacuí, em Cachoeira do 
Sul  (RS).  Programa  com  8  provas  em  500  e  1.000  metros.  Vitória  coletiva  do 
Grêmio  Náutico  União  (Porto  Alegre)  com  5  primeiros  lugares,  seguido  pelo 
Grêmio Náutico Tamandaré (Cachoeira do Sul), Clube de Regatas Vasco da Gama 
(Porto  Alegre)  e  Clube  de  Regatas  Guaíba­Porto  Alegre,  vencedores  de  uma 
prova.
·  23  e  24/04  –  Em  Piediluco,  Itália,  realizada  a  Regata  Paolo  D’Aloja  Memorial, 
tendo remadores brasileiros participado de 4 provas: 
2­ 5º lugar na Final – C.R. Vasco da Gama (RJ) – 7'21"80 (7'08"50) 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho; 
2+ 5º lugar na Final – C.R. do Flamengo (RJ) – 7'41"20 (7'29"30) 
Flávio  Andrade  Melo,  Cláudio  de  Mello  Tavares  e  Nilton  Silva  Alonço, 
timoneiro. 
2X 4º lugar na repescagem – C.R. Vasco da Gama (RJ) – 6'46"30 (6'35"60) 
4­ 5º lugar na repescagem – C.R. Vasco da Gama (RJ) – 6'26"00 (6'16"90)
·  12/06 – Em São Paulo, na raia olímpica da Cidade Universitária, disputada a VII 
Regata  Universitária  Brasileira.  Programa  com  5  provas  em  1.000  metros  e  os 
seguintes destaques: campeã – UFRJ com 37 pontos e 2 vitórias (yole­franche a 4/ 
3'52"  e  2  sem/3'48");  2º  lugar  –  PUC/RJ  com  26  pontos,  venceu  a prova  de  4+/ 
3'27"; 3º lugar – USP com 23 pontos; 4º lugar – Mackensie com 19 pontos venceu

260 
a  prova  de  skiff  M/3'50";  5º  lugar  PUC/RS  com  11  pontos  e 6º  lugar  – UFGRS 
com 10 pontos venceu a prova de skiff F/4'33".
·  03/07 – Na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, disputado o III Troféu Brasil 
de Remo Junior com programa de 5 provas e a participação de 17 clubes, filiados 
à Federações: 
2X Clube Náutico Francisco Martinelli (Florianópolis) – 5' 12" 
Gibran V da Cunha e Dirceu de Oliveira; 
2+ Clube de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro) – 5' 29" 
André  Luiz  Hime  Pinheiro  Soares,  José  Carlos  Freire  Lages  Cavalcanti  e 
Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro; 
2­ Clube de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro) – 5'14" 
Marcello Couto de Carvalho e João Luiz Dias Bertelli; 
1X Clube de Regatas Saldanha da Gama (Vitória) – 5'30" 
Cláudio Von Yess Dauzacker 
4+ Clube de Regatas do Flamengo (Rio de Janeiro) – 4'56" 
José Carlos Freire Lages Cavalcanti, André Luiz Hime Pinheiro Soares, Mário 
Márcio  Hime  Pinheiro  Soares,  Paulo  Henrique  Nurmberger  Nunes  e  Carlos 
Alberto Leite Sobrinho, timoneiro. 
Classificação geral: 1º lugar – Clube de Regatas do Flamengo, 2º lugar – Clube de 
Regatas Saldanha da Gama e 3º lugar – Clube Náutico Francisco Martinelli.
·  08  a  10/07  –  Na  Suíça,  disputada  a  Internationale  Ruderregatta  Luzern­Rotsee, 
tendo remadores brasileiros participado de 2 provas: 
2  sem  –  Confederação  Brasileira  de  Remo  –  Ronaldo  Esteves  de  Carvalho  e 
Ricardo Esteves de Carvalho (26 concorrentes) 
Eliminatória – 3º lugar – 6'55"74 (6'46"95) 
Repescagem – 1º lugar – 7'03"88 
Semifinal – 5º lugar – 6'50"32 (6'43"30) 
Pequena final – 6º lugar – 6'54"45 (6'43"83) 
4 sem – Clube de Regatas Vasco da Gama (RJ) – 22 concorrentes 
Eliminatória – 5º lugar – 7'55"49 (6'03"56) 
Repescagem – 4º lugar – 6'32"05 (6'22"46)
·  02 a 07/08 – Em Milão Itália, realizados os Campeonatos Mundiais de Juniores e 
de Peso Leve. O Brasil participou de 2 provas: 
2­ Junior Masculino (14 concorrentes) 
eliminatória – 3º lugar – 5'30"48 (5'06"28) 
semifinal – 4º lugar – 5'12"57 (5'07"52) 
pequena final – 4º lugar – 5'06"84 (5'03"20) 
Marcello Couto de Carvalho e João Luiz Dias Bertelli 
4­ Peso Leve Masculino (16 concorrentes) 
eliminatória – 6º lugar – 7'05"80 (6'27"30) 
repescagem – 5º lugar – 6'37"92 (6'13"84) 
Carlos Ruy Marins Benezath, Sérgio Luiz Pinter, José Augusto Freire Almeida 
e João Francisco Deboni.
·  15/08  –  No  rio  Luján,  Tigre,  Argentina,  realizada  a  II  Regata  de  Resistência: 
veteranos,  6.000  metros  em  barcos  clinker  a  8.  A  guarnição  do  Grêmio  Náutico 
União (Porto Alegre) com um remador do Grêmio Náutico Tamandaré (Cachoeira 
do Sul) obteve o 2º lugar (1º sem handicap):
·  18/08  –  1 er  Campeonato  Sudamericano  de  Veteranos  (países),  na  raia  do  Tigre, 
Buenos  Aires.  O  Brasil  participou  de  2  provas,  tendo  obtido  uma  vitória  e  um 
segundo lugar:

261 
4+ E – 1º lugar Brasil (G.N. União e G.N. Tamandaré) – 2 barcos de diferença – 
Mathuzalem  de  Almeida,  Nelson  Kossel  da  Silva  (Tamandaré),  Carlos  Maria 
Krombauer, Rubem Günther e Andrei Zembruski, timoneiro. 
8+ D – 2º lugar Brasil (G.N. União e G.N. Tamandaré) – ¾ de barco.
·  21/08  –  No  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  realizado  o  VI 
Campeonato Brasileiro Masculino de Remo Peso Leve. Campeão: Espírito Santo, 
vencedor de 2 provas; 2º lugar – Rio de Janeiro, vencedor de uma prova; 3º lugar 
– Rio Grande do Sul, vencedor de uma prova; 4º lugar – Santa Catarina; 5º lugar – 
Brasília; 6º lugar – São Paulo; 7º lugar – Amazonas e 8º lugar – Sergipe. Maiores 
detalhes no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  04/09 – Em Vitória, disputada a 23ª Copa Norte – Nordeste de Remo, e a vitória 
dos remadores do Espírito Santo em 6 provas (4+, 2X, 2­, 4­, 4X e 8+); 2º lugar – 
Pernambuco, vencedor da prova de skiff; 3º lugar – Brasília, venceu a prova de 2 
com; 4º lugar – Rio Grande do Norte; 5º lugar – Pará; 6º lugar – Amazonas e 7º 
lugar – Sergipe.
·  Setembro – distribuição do Informativo Mensal da CBR, número 1 – REMO EM 
VOGA.
·  16/09 a 02/10 – Em Seul, Coréia, realizados os XXVI Jogos Olímpicos, sendo as 
competições  de  remo  efetuadas  de  19  a  25/09,  na  raia  junto  ao  rio  Han.  Os 
remadores do Brasil participaram de 4 provas masculinas: 
2 sem – 10º lugar – Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho; 
19/09 – eliminatória – 5º lugar – 6'45" (6'31"95); 
21/09 – repescagem – 3º lugar – 7'01" (6'54"57); 
22/09 – semi­final – 6º lugar – 6'54" (6'45"); 
23/09 – pequena final – 4º lugar – 7'28"30 (7'19"48). 
2  com –  13º  lugar  – Flávio  Andrade  de  Melo,  Angelo  Roso  Neto  e  Nilton  Silva 
Alonço, timoneiro. 
20/09 – eliminatória – 5º lugar – 7'27" (7'11"); 
22/09 – repescagem – 4º lugar – 7'21"21 (7'14"). 
4  sem –  14º  lugar  –  Marcos  Alves  Arantes,  Fernando  Fantoni,  Oswaldo  Kuster 
Neto e Waldemar Antonio Trombetta; 
20/09 – eliminatória – 4º lugar ­ 6'29" (6'06"); 
22/09 ­ repescagem – 5º lugar ­ 16'30" (6'14"). 
skiff – 16º lugar – Denis Antonio Marinho; 
19/09 – eliminatória – 7'48" (7'18"); 
21/09 – repescagem – 3º lugar – 7'22" (7'12");
·  25/09  –  Em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do  Pavão, 
com  balizamento  Albano,  disputados  simultaneamente,  o  5º  Campeonato 
Brasileiro  Feminino  e  a  X  Copa  Sul.  Os  resultados  deste  Campeonato  Brasileiro 
Feminino podem ser encontrados no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES, e 
da Copa Sul no capítulo 2, na data da realização da primeira regata deste evento – 
28/10/1979.
·  23/10 – Em Porto Alegre, disputada a Regata Universitária em homenagem aos 40 
anos  da  Pontifícia  Universidade  Católica,  em  barcos  a  8  na  distância  de  4.000 
metros (saída na ilha do Oliveira e chegada em frente à sede do GPA). Vitória da 
guarnição da PUC – 13' 18", 2º lugar – UNISINOS – 13'52" e 3º lugar – UFRGS – 
14'36".
·  20/11 – Na raia olímpica da Universidade de São Paulo, realizada a 13ª Fita Azul 
Masculina  e  a  5ª  Fita  Azul  Feminina  do  Remo  Brasileiro.  Na  masculina 
participaram 17 remadores, de 9 clubes de 5 Estados, e na feminina 11 remadoras

262 
de 7 clubes de 4 Estados. 
Medalhistas:  Otávio  D'Avia  Bandeira,  Vasco  da  Gama,  Rio  de  Janeiro  –  7'04"; 
Cláudio  Morales,  Corinthians  Paulista,  São  Paulo  –  7'27"  e  Cláudio  Von  Yes 
Dauzacker, Álvares Cabral, Vitória – 7' 30". 
Jaqueline  Xavier  Pereira,  União,  Porto  Alegre  –  8'17";  Adriana  Toscano  de 
Vilhena,  Aeronáutica,  Brasília  –  8'  22"  e  Jaqueline  Santos  dos  Santos,  União, 
Porto Alegre  – 8' 38".
·  10/12 –  Em  Mercedes,  Uruguai,  disputada  o  XIX  Campeonato  Sudamericano  de 
Remo Classe Aberta. Campeões os remadores do Brasil, vencedores de 5 provas: 
4+  Flávio  Andrade  de  Melo,  Mauro  Webber  dos  Santos,  Marcos  Alves  Arantes, 
Fernando Fantoni e Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro. 
2X Otavio D'Ávila Bandeira e José Raimundo Gusmão Ribeiro. 
2­ Ricardo Esteves de Carvalho e Ronaldo Esteves de Carvalho. 
4­  Ricardo  Esteves  de  Carvalho,  Ronaldo  Esteves  de  Carvalho,  Carlos  Eduardo 
Hime Pinheiro Soares e Oswaldo Kuster Neto. 
8+ Carlos Alexandre Buckton de Almeida, Cláudio Mello Tavares, Helder José de 
Lima,  José  Augusto  de  Alencar  Loureiro  Júnior,  Fábio  César  Dazzi,  Cleber 
Fabiano Ferraz Leite, Rodrigo Santos Paiva, Denis Antonio Marinho e Nilton 
Silva Alonço, timoneiro. 
Vice­campeão em duas provas: 
2+ Flavio Andrade de Melo, Angelo Roso Neto e Carlos Alberto Leite Sobrinho, 
timoneiro. 
4X Otávio D’Ávila Bandeira, José Raimundo Gusmão Ribeiro, Fernando Fantoni 
e Marcos Góes Cardoso. 
Na prova de skiff – 4º lugar. 
Participaram também, Uruguai (vice), Argentina, Chile, Peru e Venezuela. 
Simultaneamente, realizado o II Campeonato Sudamericano de Peso Ligero (Peso 
Liviano ou Peso Leve). Programa com apenas duas provas: 
2X  Brasil  –  Vice­campeão:  Eduardo  Correa  da  Costa  Maia  e  Marcelo  de  Lira 
Ferraz. 
4­ Brasil – 4º lugar. 
Participaram,  também,  Argentina  (campeã),  Chile  (vice),  Uruguai,  Peru  e 
Paraguai.
·  17/12  –  I  Regata  Cidade  de  Rio  Grande  (RS),  em  homenagem  à  Marinha  do 
Brasil.  Programa  de  6  provas  em  skiffs,  em  500  metros  (júniores,  clubes  do 
interior, peso leve, veteranos, F e M classe aberta). Participaram 6 clubes com 26 
singlistas. Campeão: G.N. União com 3 vitórias, C.R. Guaiba­Porto Alegre, C.R. 
Rio Grande e C.R. Vasco da Gama com uma vitória, seguidos do Grêmio FBPA e 
C.N. Gaúcho (Pelotas). Destacada colaboração do V Distrito Naval. 

1989
·  09/04 – Em Itajaí (SC), inaugurado o Departamento de Remo do Itamirim Clube 
de  Campo  (fundado  em  28/03/1972)  e  realizada  no  rio  Itajaí­Açu  a  1ª  Regata 
Interestadual  Cidade  de  Itajaí:  programa  com  10  provas  e  a  participação  de  44 
guarnições de 10 clubes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Campeão: 
C.N.  Francisco  Maetinelli  (Florianópolis)  –  5  vitórias,  2º  lugar  –  G.N.  União 
(Porto Alegre) – 3 vitórias, 3º lugar – C.R. Aldo Luz (Florianópolis) – 2 vitórias.
·  22  e  23/04  –  Na  Itália,  3ª  Regata  Internacional  de  Piediluco,  tendo  o  C.R.  do 
Flamengo participado da prova de 4 com: 
2º lugar – 6'17"20 (Romênia – 6'13"10) – 8 concorrentes

263 
Guarnição:  Carlos  Alexandre  Buckton  de  Almeida,  Cláudio  de  Mello  Tavares, 
Flávio  Andrade  de  Melo,  Mauro  Webber  dos  Santos  e  Carlos  Alberto  Leite 
Sobrinho, timoneiro. O tempo é recorde absoluto brasileiro e sul­americano. 
Nas séries eliminatórias  não se classificaram o 2­M do C.R. Vasco da Gama  e o 
1XF do Botafogo de Futebol e Regatas.
·  30/04 – No Rio de Janeiro, na raia da  lagoa Rodrigo de Freitas, disputado o VII 
Torneio  Brasileiro  de  Veteranos  do  Remo,  com  programa  de  8  provas  e  a 
participação de 7 equipes de 5 Estados. 
Campeã: Associação dos Remadores Veteranos do Rio de Janeiro – 3 vitórias, 2º 
lugar  –  Associação  dos  Remadores  Veteranos  de  Santa  Catarina  –  3  vitórias,  3º 
lugar  –  G.N.  União  (Porto  Alegre)  –  1  vitória  e  4º  lugar  –  Clube  de  Regatas 
Guaíba­Porto Alegre – 1 vitória.
·  11/06 – Em São Paulo, na raia olímpica da USP, realizada a VIII Regata de Remo 
e Canoagem Universitária Brasileira, tendo no programa 5 provas de remo e 4 de 
canoagem.  No  remo  a  vitória  coube  ao  CEPEUSP  (1XM/4'10",  1XF/4'50"  e 
4+/3'37"),  seguido  pela  UFRJ  (yole  franche  a  4/s.t.),  Mackenzie  (2­/4'09"), 
PUC/RJ, PUC/RS e FATEC.
·  29/07 –  No  Rio  de  Janeiro,  na  raia da  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  disputado  o IX 
Troféu  Brasil  de  Remo  com  a  participação  de  16  clubes  e  41  guarnições. 
Campeão: C.R. do Flamengo (Rio de Janeiro) com 7 vitórias (2X/ 7'37", 4X/6'56", 
2­/7'44",  2+/8'07",  4­/6'59",  4+/7'10"  e  8+/6'33"),  2º  lugar  –  C.R.  Vasco  da 
Gama  (Rio  de  Janeiro),  uma  vitória  (1X/8'14")  e  3º  lugar  –  C.R.  Saldanha  da 
Gama (Vitória) com 2 segundos lugares.
·  01  a  06/08  –  Em  Szeged,  Hungria,  realizado  o  Campeonato  Mundial  de  Remo 
Juniores.  Na  prova  de  skiff  masculino  participou  Edson  Altino  Júnior,  do  C.N. 
Francisco  Martinelli,  de  Florianópolis,  tendo  extra­oficialmente,  obtido  o  16º 
melhor  tempo  –  7'37".  Detalhes  deste  Campeonato  no  capítulo  3  –  GRANDES 
VENCEDORES.
·  24  a  27/08  –  Em  Duisburg,  RFA,  efetuada  a  XV  Universíade,  tendo  o  Brasil 
participado de 2 provas de remo masculino: 
2X – Otávio D'Ávila Bandeira e José Raimundo Gusmão Ribeiro – 9º lugar – 3º 
lugar na pequena final – 6'40". 
2­ – Rodrigo Andrade e Eduardo Maia, remadores peso leve competiram na classe 
peso livre – 6º lugar na pequena final – 7'07".
·  03/09 – Em Vitória, disputado o VII Campeonato Brasileiro de Remo Peso Leve 
com  a  participação  de  remadores  de  7  Estados.  Campeão  o  Rio  de  Janeiro 
vencedor de 3 provas (2X/ 6'55", 2­/ 7'04" e 4­/ 7'07"), seguido pelo Espírito Santo 
com  uma  vitória  (1X/7'20"),  Pernambuco,  Sergipe,  Pará,  São  Paulo  e  Brasília. 
Maiores detalhes deste Campeonato no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  04  a  10/09  –  Em  Bled,  Iugoslávia,  realizado  o  Campeonato  Mundial  de  Remo, 
Masculino  e  Feminino,  Peso  Livre  e  Peso  Leve.  O  Brasil  (C.R.  do  Flamengo), 
participou da prova de 4+M Peso livre, enfrentando 14 concorrentes e obtendo o 
8º lugar: 
04/09 – eliminatória – 4º lugar – 6'31"15 (6'15"55); 
06/09 – repescagem – 2º lugar – 6'20"02 (6'16"22); 
07/09 – semi­final – 6º lugar – 6'20"46 (6'11"79); 
08/09 – pequena final – 2º lugar – 6'32"80 (6'29"81).
·  15/10  –  Em  Porto  Alegre,  disputado  o  9º  Campeonato  Brasileiro  Masculino  de 
Remo Juniores, com 6 provas em 1.500 metros, na raia do G.N. União, na ilha do 
Pavão. Vitória dos remadores do Rio de Janeiro em 3 provas (4+/5'09", 2­/5'19" e

264 
2X/5'4l"),  em  2º  lugar,  Rio  Grande  do  Sul,  vencedor  de  3  provas  (2X/5'08", 
1X/5'32"  e  4­/5'01"),  seguidos  de  Santa  Catarina,  Espírito  Santo,  São  Paulo, 
Pernambuco,  Amazonas,  Paraná  e  Brasília.  Simultaneamente,  efetuado  o  6º 
Campeonato  Brasileiro  Feminino  de Remo  com  programa de  2  provas  em  1.500 
metros.  As  remadoras  gaúchas  venceram  as  2  provas  (X/6'23"  e  2X/5'56");  2º 
lugar cariocas, 3º lugar brasilienses e 4º lugar catarinense. Maiores detalhes desses 
campeonatos no capítulo 3 – GRANDES VENCEDORES.
·  22/10 – Em Joaçaba, Erval Velho, na represa do rio Leão, o remo voltou a integrar 
o programa esportivo dos.Jogos Abertos de Santa Catarina, depois de 17 anos de 
interrupção.  Nos  XXIX  Jogos  Abertos,  as  5  provas  foram  vencidas  pelos 
remadores  de  Florianópolis,  seguidos  na  classificação  geral  pelos  remadores  de 
Palhoça, Blumenau, Biguaçu, Itajaí, Joinville, São José e Presidente Getúlio.
·  29/10  –  Em  Florianópolis,  na  raia  da  baia  Sul,  foi  realizada  a  XI  Copa  Sul  de 
Remo,  a  primeira  interclubes,  com  a  participação  de  12  clubes  de  4  estados. 
Programa com 9 provas e os seguintes vencedores: 
Campeão  –  Grêmio  Náutico  União,  Porto  Alegre  com  3  vitórias  (2XJ,  4­PL  e 
1XJ); 2º C.N. Francisco Martinelli, Florianópolis  com 2 vitórias (2+S e 4XS); 3º 
C.R.  Guaíba­Porto  Alegre  com  2  vitórias  (2­J  e  8+S);  4º  C.N.  Riachuelo, 
Florianópolis  com  1  vitória  (4+S);  5º  S.C.  Corinthians  Paulista  com  1  vitória 
(1XS);  seguidos  do  Clube  Curitibano,  C.N.  América,  Blumenau;  C.R. 
Bandeirante, C.R. Aldo Luz, Florianópolis e Itapemirim Clube de Campo, Itajaí.
·  12/11  –  Em  São  Paulo,  na  raia  olímpica  da  Cloade  Universitária,  realizada  a 
Regata  Fita  Azul  do  Remo  Brasileiro,  promovida  pelo  Clube  Esperia, 
Confederação Brasileira de Remo e Federação Paulista de Remo. 
Medalhistas: 
Fita Azul Masculina – 
Campeão:  José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro,  C.R.  do  Flamengo,  Rio  de  Janeiro, 
7'13"; 
2º lugar: João Carlos Gonçalves, Clube Curitibano, 7'19"; 
3º lugar: Cláudio Morales, Sport Clube Corinthians Paulista, 7'26". 
Fita Azul Feminina – 
Campeã: Jaqueline Xavier Pereira, G.N. União, Porto Alegre, 8'27"; 
2º lugar: Jaqueline Santos dos Santos, G.N. União, Porto Alegre, 8'38"; 
3º lugar: Wilka Maria Godinho, Minas­Brasília T.C., 8'47". 
Maiores detalhes da Fita Azul Masculina em 27/11/1965 e da Fita Azul Feminina 
em 14/10/1984.
·  21/11 a 15/12 – A FISA e a CBR realizaram na sede náutica do G.N. União, em 
Porto Alegre, na ilha do Pavão, o Curso Internacional para Construtores de Barcos 
de Fibra, tendo como orientadores Klaus Filter, de Berlim Oriental, DDR e Oskar 
Loewe Jr., de Bochum, RFA. Construidos 5 barcos de fibra de carbono.
·  25/11  –  Na  raia  do  rio  Luján,  Tigre,  Buenos  Aires,  disputada  a  2ª  Regata 
Internacional Veteranos FISA, incorporada ao Torneo Nacional de Maxi Deportes, 
com  a  participação  de  12  clubes  argentinos,  3  do  Brasil  e  1  do  Paraguai.  O 
programa teve 22 provas com predomínio dos veteranos argentinos, vencedores de 
20  provas,  as  duas  restantes  foram  vencidas  pelos  remadores  do  C.R.  do 
Flamengo, Rio de Janeiro.
·  03/12 – Na Cancha Nacional de Remo Bahia Asunción (Paraguai), realizado o 9º 
Campeonato Sudamericano Juvenil de Remo, com a participação de 33 barcos de 
6  países.  Chegada,  em  frente  a  sede  do  Club  Nacional  de  Regatas  El  Mbiguá. 
Vitória  dos  remadores  argentinos,  vencedores  de  4  provas  (4+/4'43"25,

265 
2X/4'53"48,  4­/4'34"49  e 8+/4'13"77);  Brasil  2º  lugar  com  3  vitórias; 
Uruguai 3º  lugar com uma  vitória (4X/4'24"11). Competiram, também, Paraguai, 
Chile e Peru. Os remadores do Brasil foram medalhistas nas oito provas: 
2­ Campeão Brasil – 5'03"39 
Marcello de Queiroz Scherer e Bruno Cotecchia; 
1X Campeão Brasil – 5'17"49 
Marcelus Marcili dos Santos Silva; 
2+ Campeão Brasil – 5'14"79 
Marcos  Schupp,  Mário  Márcio  Hime  Pinheiro  Soares  e  Carlos  Alberto  Leite 
Sobrinho, timoneiro; 
4+ Vice Brasil – 4'52"25 (4'43"25) 
Daniel  Vieira  Marques,  Thiago  Pereira  Barreto  de  Costa  Felix,  Leonardo 
Cherman, Alessandro Rogozyk e Carlos Alberto Leite Sobrinho, timoneiro; 
4­ Vice Brasil – 4'40"03 (4'34"49) 
Marcelo Simões Pires Picarelli, Fernando Meinhardt, Jair Luiz Soder, Marcílio 
Martini Moita; 
8+ Vice Brasil – 4'16"81 (4'13"77) 
Thiago Pereira Barreto de Costa Felix, Bruno Cotecchia, Marcelo de Queiroz 
Scherer, Daniel Vieira Marques, Marcos Schupp, Mário Márcio Hime Pinheiro 
Soares, Paulo Henrique Macário Morais, Alessandro Rogozyk e Carlos Alberto 
Leite Sobrinho, timoneiro; 
2X 3º lugar – s.t.; 
4X 3º lugar – 4'35"85 (4'24"11).
·  09/12  –  Em  Rio  Grande  (RS),  às  15  horas,  efetuada  a  II  Regata  Cidade  do  Rio 
Grande,  em  homenagem  à  Marinha  do  Brasil,  com  programa  de  8  provas,  todas 
em skiff, na distância de 500 metros. Vitória coletiva do G.N. União, vencedor de 
5 provas, 2º lugar – Clube de Regatas Guaíba­Porto Alegre – 2 provas, 3º lugar – 
Clube de Regatas Rio Grande – 1 prova. Competiram, também, clubes do Rio de 
Janeiro, Pelotas e Blumenau.
·  10/12 – Em Aracaju, realizada a XXIV Copa Norte­Nordeste do Remo Brasileiro, 
com  a participação  de  equipes  de  6  Estados.  Vitoriosos os  remadores  capixabas, 
vencedores de 5 provas (4+, 2X, 2+, 4X e 8+), seguidos dos pernambucanos com 
2  vitórias  (1X  e  4­),  baianos  com  uma  vitória  (2­),  amazonenses,  potiguares  e 
sergipanos. 

1990
·  Janeiro – A Confederação Brasileira de Remo definiu a classificação de remadores 
Infantís e Juniores: 
Infantil C – 12 anos, Infantil B – 13 anos e Infantil A – 14 anos; 
Júnior B – 16 anos e Júnior A – 18 anos, sempre até 31/12 do ano em curso.
·  Janeiro – A Universidade de São Paulo, decidiu cobrar, a partir de fevereiro, dos 6 
clubes de remo usuários de garagens junto à Raia Olímpica, a taxa mensal de 123 
BTN  (Cz  N  $  2.109,91).  Dois  clubes  retiraram  seus  barcos  do  local  e  cessaram, 
momentaneamente  suas  atividades  de  remo  (Atlético  e  Tietê),  e  quatro 
continuaram  na  luta  (Espéria,  Corinthians,  Paulistano  e  Bandeirantes).  O  uso  da 
garagem do CEPEUSP permaneceu inalterado.
·  21  e  22/04  –  Na  IV  Regata  Internacional  de  Piediluco,  no  Centro  Italiano  de 
Remo, o Clube de Regatas do Flamengo, Rio de Janeiro, participou de 3 provas: 
2X 1º na Pequena Final – José Raimundo Gusmão Ribeiro e Claudiomar Jung de 
Oliveira;

266 
2­ 1º na Pequena Final – Flávio Andrade de Melo e Cléudio de Mello Tavares; 
4­ 4º lugar – 6'42" (6'33" – DDR) 
José  Carlos  Cavalcanti,  José  Augusto  de  Alencar  Loureiro  Júnior,  Fábio  César 
Dazzi e Angelo Roso Neto.
·  22/04 – Em Porto Alegre, reinauguração  festiva  do Estádio Náutico com disputa 
dos campeonatos estaduais de Remo e Motonáutica, além de provas de Canoagem 
e Pesca.
·  20/05  –  Em  Vitória,  disputado  o  55º  Campeonato  Brasileiro  de  Remo  com  a 
participação  de  7  Federações,  tendo  os  remadores  cariocas  vencido  todas  as  8 
provas  e  sendo  seguidos  na  classificação  geral  por  capixabas,  catarinenses, 
pernambucanos, paranaenses, baianos e brasilienses. 
4+ – Rio de Janeiro – 7'25" 
José  Carlos  Freire  Lage  Cavalcanti,  José  Augusto  de  Alencar  Loureiro 
Júnior,  Fábio  César  Dazzi,  Claudiomar  Jung  de  Oliveira,  e  Nilton  Silva 
Alonço, timoneiro. 
2X – Rio de Janeiro – 7'52" 
Luiz Cláudio Zamagna Bouhid e Marcos Froes Cardoso 
2­ – Rio de Janeiro – 8'18" 
Flávio Andrade de Melo e Cláudio Mello Tavares 
1X – Rio de Janeiro – 8'47" 
José Raimundo Gusmão Ribeiro 
2+ – Rio de Janeiro – 8'49" 
Marcelo  Couto  de  Carvalho,  Cleber  Fabiano  Ferraz  Leite  e  Nilton  Silva 
Alonço, timoneiro 
4­ – Rio de Janeiro – 7'26" 
José Carlos Freire Lage Cavalcanti, José Augusto de Alencar Loureiro Júnior, 
Fábio César Dazzi e Claudiomar Jung de Oliveira 
4X – Rio de Janeiro – 7'12" 
Fernando  Fantoni,  José  Raimundo  Gusmão  Ribeiro,  Eduardo  Correa  da 
Costa, Maia e Rodrigo Santos Paiva 
8+ – Rio de Janeiro – 6'51" 
Flávio  Andrade  de  Melo,  Mário  Márcio  Hime  Pinheiro  Soares,  Cláudio 
Mello  Tavares,  Francisco  José  Pereira  Diniz,  Marcos  Schupp,  André  Luiz 
Hime  Pinheiro  Soares,  Marcos  Fernando  Costa  Almeida,  Luiz  Afonso  Paz 
Gonçalves Xavier e Nilton Silva Alonço, timoneiro.
·  27/05  –  Em  Porto  Alegre,  realizado  o  VIII  Torneio  Brasileiro  de  Veteranos  do 
Remo,  na  raia  do Grêmio  Náutico  União, na  ilha  do  Pavão,  com  programa  de  9 
provas e a participação de 6 equipes de 3 Estados. 
Campeão:  Grêmio  Náutico  União  –  4  vitórias,  seguido  pela  Associação  dos 
Remadores  Veteranos  de  Santa  Catarina  –  3,  Grêmio  Náutico  Tamandaré,  de 
Cachoeira do Sul – 1, Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 1, Clube URVEC, 
de Curitiba e Clube de Regatas Almirante Barroso, de Porto Alegre.
·  27/05 – Em Cidade do México, disputada a Regata Internacional do Centenário do 
Club Espanha com a participação de remadores de 9 países. Dois clubes cariocas: 
competiram em 6 provas: 
1X Novos – Vencedor: Alexandre Martinez, do C.R. do Flamengo – 7'50"25 
4+ Veteranos 38 anos – Vencedor: C.R. do Flamengo – 3'30"57 – Laildo Ribeiro 
Machado, Wandir Kuntze, Francisco José Pereira Diniz, Sérgio Brasil Sztancsa e 
Nilton Silva Alonço, timoneiro 
4­ Seniores  A – 2º  lugar:  C.R.  do  Flamengo  (bico  de  proa) –  José  Carlos  Freire

267 
Lage  Cavalcanti,  José  Augusto  de  Alencar  Loureiro  Júnior,  Fábio  César  Dazzi  e 
Claudiomar Jung de Oliveira. 
2X Seniores A – 2º lugar – C.R. do Flamengo, Fernando Fantoni e José Raimundo 
Gusmão Ribeiro 
4­ Seniores B – 4º lugar – C.R. do Flamengo 
1X PL Feminino – 4º lugar – Botafogo F. R.
·  10/06  –  Na  raia  olímpica  de  São  Paulo,  efetuada  a  IX  Regata  de  Remo  e 
Canoagem Universitária Brasileira, tendo no programa 5 provas de remo, 4 M e 1 
F. Classificação geral: 
USP – 3 vitórias (yole a 4+, 1X M e 1X F) 
PUC/RS  –  1  vitória  (2­),  PUC/RJ,  Mackenzie,  UFRGS  –  1  vitória  (2X),  U. 
Rural/RJ, Tabajara e Escola Naval/RJ.
·  15/07 –  Na  raia  da  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  no  Rio de  Janeiro,  disputado  o IV 
Troféu  Brasil  de  Remo  Júnior  Interclubes  com  programa  de  5  provas  e  a 
participação  de  47  barcos,  de  12  clubes  de  10  Estados.  Sagrou­se  campeão  o 
Grêmio Náutico União de Porto Alegre com 3 vitórias, 2º lugar o Clube Regatas 
do  Flamengo  com  2  vitórias,  e  Amazonense,  Álvares  Cabral,  Guanabara,  Aldo 
Luz, Bandeirantes, Botafogo, Vasco da Gama (RJ), Riachuelo, Alm. Barroso (PE) 
e Minas­Brasília. Vencedores: 
1X – Marcelus Marcili dos Santos Silva – G.N. União – 7'37" 
4­  –  Ernesto  Liber  Steigleder  Walter,  Alexandre  Reichardt,  Marcelo  Simões 
Picespigarelli e Cidnerge Capponi – G.N. União – 6'42" 
2­ Paulo Henrique Macário Moraes e Bruno Cotecchia – C.R. Flamengo – 7'08" 
2X Marcelus Marcili dos Santos Silva e Renato Michel – G. N. União – 7' 03" 
4+ Benjamin Veronese Albuquerque Mello, Flávio Stanger, Leonardo Scherman e 
Antonio Augusto Monteiro Meirelles. 
Na  mesma  regata  foi  disputado  o  7º  Campeonato  Brasileiro  Feminino  de  Remo 
com  programa  de  2  provas  em  2.000  metros,  vencidas  pelas  remadoras  do  Rio 
Grande do Sul (G.N.União), e as cariocas obtiveram 2 segundos lugares. 
1X – Jaqueline Xavier Pereira – Rio Grande do Sul – 8'48" 
2X  –  Jaqueline  Santos  dos  Santos  e  Doris  Geiss  Lund  –  Rio  Grande  do  Sul  – 
7'48".
·  04/08 – No Campeonato Mundial de Juniores em Aiguebelette, França, o 2 sem do 
Brasil (C.R. do Flamengo) obteve o 11º lugar – 7'05"65.
·  14/08  –  Em  Saint  Catherines,  Ontário,  Canadá,  na  regata  internacional  de 
veteranos, a prova de 4 com para 38 anos foi vencida pela guarnição do C. R. do 
Flamengo: Laildo Ribeiro Machado, Wandir Kuntze, Francisco José Pereira Diniz, 
Sérgio Brasil Sztancsa e Nilton Silva Alonço, timoneiro. 
Na semana seguinte, a mesma guarnição participou de regata em Miami, Estados 
Unidos obtendo o 3º lugar.
·  Agosto  –  Em  Lima,  Peru,  na  Prova  Individual  de  Velocidade,  o  remador  do 
Flamengo, Marcos Fernando Almeida obteve a 5ª classificação.
·  23/09 – Na raia do rio Itajaí­Açu, em Figueiras, Gaspar, disputadas as 5 provas de 
remo  do  programa  dos  XXI  Jogos  Abertos  de  Santa  Catarina.  Os  remadores  de 
Florianópolis  (C.N.  Francisco  Martinelli)  venceram  4  provas  (2+,  2­,  1X  e  4+), 
seguidos de Palhoça (C.R. Aldo Luz), José Boiteaux (C. N. Riachuelo) vencedor 
da prova de 2X, Blumenau, Joinville e Itajaí.
·  30/09 – Em Recife, na raia da bacia do Pina, realizado o Campeonato Brasileiro de 
Peso  Leve  com  programa  de  5  provas,  todas  vencidas  pelos  remadores 
pernambucanos,  seguidos  na  classificação  geral  pelos  paraenses,  baianos,

268 
amazonenses, cariocas e sergipanos. Maiores detalhes no capítulo 3 – GRANDES 
VENCEDORES.
·  07/10  –  Na  raia  olímpica  de  São  Paulo,  disputada  a  XII  Copa  Sul  de  Remo  (2ª 
Interclubes) com a participação de 7 clubes de 3 Estados. Programa com 6 provas, 
classe aberta e a seguinte classificação geral: 
Campeão  –  G.N.  União  vencedor  de  2  provas  (2X  e  4­),  seguido  pelo  C.R. 
Bandeirante (4+), Corinthians (2+), CEPEUSP (2­), Curitibano (1X), Paulistano e 
Tietê.
·  19/10  –  Na  assembléia  geral  do  Comitê  Olímpico  Brasileiro,  foi  conferido  ao 
Presidente Major Sylvio de Magalhães Padilha, o título de Presidente de Honra da 
entidade. Ele entregou uma carta solicitando demissão da Presidência, que passou 
a  ser  exercida  pelo  Vice­presidente,  Dr.  André  Gustavo  Richer.  Padilha  tinha 
presidido o COB durante 27 anos.
·  04/11 – Na regata Internacional de Amsterdam, na prova de 4 com Master B – na 
distância  de  4.000  metros,  a  guarnição  do  C.R.  Flamengo,  do  Rio  de  Janeiro 
venceu no tempo de 15'07": Laildo  Ribeiro Machado, Wandir  Kuntze, Francisco 
José  Ferreira  Diniz,  Cláudio  Richard  Mira  Gindlesberger  e  Nilton  Silva  Alonço, 
timoneiro.
·  09/12  –  Em  Salvador,  na  Ribeira,  raia  dos  Tainheiros  efetuada  a  XXV  Copa 
Norte­Nordeste de Remo com programa integrado pelas 8 provas olímpicas. 
Participaram 7 equipes e a classificação geral foi ai seguinte: 
Campeã  –  Bahia  vitoriosa  em  4  provas  (2X,  2­,  4­  e  4X),  seguida  pelo  Espírito 
Santo com 3 vitórias (4+,  1X e 8+),  Rio Grande do Norte com uma  vitória (2+), 
Pernambuco, Brasília, Amazonas e Sergipe.
·  09/12 – Em São Paulo, na raia olímpica da Cidade Universitária, realizadas a XV 
Fita  Azul  Masculina  do  Remo  Brasileiro  e  a  VII  Fita  Azul  Feminina  sob  os 
patrocínios  do  Clube  Espéria  e  a  CBR.  Na  categoria  masculina  participaram  11 
remadores de 6 Estados e de 8 clubes, e na feminina 3 remadoras de 2 clubes de 2 
Estados. 
Medalhistas: João Carlos Gonçalves, Clube Curitibano, Paraná, 7'43"77; 
Domingos  dos  Santos,  C.R.  Vasco  da  Gama,  Rio  de  Janeiro  –  7'49"59  e  Edson 
Altino Pereira Júnior, C.N. Francisco Martinelli, Florianópolis – 7'52"10. 
Dóris  Geiss  Lund,  G.N.  União,  Porto  Alegre  –  8'57"10;  Jaqueline  Santos  dos 
Santos, G.N. União, Porto Alegre – 9'07"40 e Vera O. Belmont  – CEPEUSP – ­ 
9'35"45". 
Premiação  extra:  1º  Peso  Leve  –  Willi  G.T.  Zorn,  S.C.  Corinthians  Paulista;  1º 
Júnior  M  –  Marcelus  Marcili  dos  Santos  Silva,  G.N.  União,  Porto  Alegre  e 
Veterano mais idoso – José Wildemar de Assis, Tuna Luso Brasileira, Belém.

269 
CAPÍTULO 3 – GRANDES 
VENCEDORES

270 
3.1­ CAMPEONATOS INTERNACIONAIS

271 
3.1.1 – CAMPEONATOS EUROPEUS MASCULINOS DE REMO 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  4+  2­  1X  2+  4­  2x  8+ 
1893  Itália  Orta  SUI  ­  BEL  ­  ­  ­  FRA 
1894  França  Mâcon  FRA  ­  FRA  BEL  ­  ­  FRA 
1895  Bélgica  Ostende  FRA  ­  BEL  FRA  ­  ­  FRA 
1896  Suíça  Genebra  FRA  ­  SUI  BEL  ­  ­  FRA 
1897  Itália  Pallanza  BEL  ­  BEL  BEL  ­  ­  BEL 
1898  Itália  Turim  BEL  ­  BEL  FRA  ­  FRA  BEL 
1899  Bélgica  Ostende  BEL  ­  FRA  FRA  ­  BEL  BEL 
1900  França  Paris  BEL  ­  FRA  FRA  ­  FRA  BEL 
1901  Suíça  Zurique  ITA  ­  FRA  FRA  ­  FRA  BEL 
1902  França  Strasbourg  FRA  ­  ITA  BEL  ­  BEL  BEL 
1903  Itália  Veneza  BEL  ­  FRA  BEL  ­  BEL  BEL 
1904  França  Paris  BEL  ­  SUI  FRA  ­  FRA  BEL 
1905  Bélgica  Gand  BEL  ­  AL/LO  BEL  ­  BEL  FRA 
1906  Itália  Pallanza  BEL  ­  FRA  ITA  ­  BEL  BEL 
1907  França  Strasbourg  BEL  ­  FRA  BEL  ­  ITA  BEL 
1908  Suíça  Lucerna  ITA  ­  FRA  BEL  ­  BEL  BEL 
1909  França  Juvisk  ITA  ­  ITA  ITA  ­  BEL  FRA 
1910  Bélgica  Ostende  ITA  ­  FRA  BEL  ­  FRA  BEL 
1911  Itália  Como  SUI  ­  ITA  ITA  ­  ITA  ITA 
1912  Suíça  Genebra  SUI  ­  BEL  SUI  ­  ITA  SUI 
1913  Bélgica  Gand  SUI  ­  ALE  FRA  ­  FRA  ALE 
1920  França  Mâcon  SUI  ­  SUI  FRA  ­  FRA  SUI 
1921  Holanda  Amsterdam  SUI  ­  HOL  BEL  ­  HOL  SUI 
1922  Espanha  Barcelona  FRA  ­  SUI  SUI  ­  SUI  FRA 
1923  Itália  Como  SUI  ­  SUI  SUI  ­  SUI  ITA 
1924  Suíça  Zurique  HOL  SUI  SUI  HOL  ­  SUI  HOL 
1925  Tcheco­  Praga  ITA  SUI  HOL  SUI  ­  FRA  SUI 
Eslováquia 
1926  Suíça  Lucerna  ITA  SUI  SUI  SUI  ­  SUI  HOL 
1927  Itália  Como  ITA  ITA  ITA  ITA  ­  SUI  ITA 
1929  Polônia  Bydgoszcz  ITA  ITA  HOL  ITA  ­  SUI  ITA 
1930  Bélgica  Liége  DIN  POL  HUN  ITA  ­  SUI  USA 
1931  França  Paris  ITA  HOL  SUI  FRA  ­  SUI  FRA 
1932  Iugoslávia  Belgrado  ITA  SUI  ITA  HOL  ­  HUN  IUG 
1933  Hungria  Budapest  ITA  HUN  POL  HUN  DIN  FRA  HUN 
1934  Suíça  Lucerna  ITA  AUT  ALE  HUN  ALE  SUI  HUN 
1935  Alemanha  Berlim  ALE  HUN  POL  ITA  SUI  POL  HUN 
1937  Holanda  Amsterdam  ALE  ITA  SUI  ALE  ALE  ALE  ITA 
1938  Itália  Milão  ALE  ALE  ALE  ITA  SUI  ITA  ALE 
1947  Suíça  Lucerna  FRA  DIN  FRA  HUN  ITA  HOL  ITA 
1949  Holanda  Amsterdam  ITA  SUE  USA  ITA  ITA  DIN  ITA 
1950  Itália  Milão  DIN  SUI  DIN  ITA  ITA  DIN  ITA 
1951  França  Mâcon  ITA  BEL  DIN  ITA  BEL  SUI  GRB 
1953  Dinamarca  Copenhague  TCH  URS  IUG  FRA  DIN  SUI  URS 
1954  Holanda  Amsterdam  URS  DIN  SUI  SUI  ITA  RFA  URS

272 
1955  Bélgica  Gand  ARG  URS  POL  SUI  ROM  URS  URS 
1956  Iugoslávia  Bled  FIN  URS  URS  RFA  ITA  URS  TCH 
1957  Alemanha­  Duisburg  RFA  GRB  AUS  GRB  RFA  URS  ITA 
RFA 
1958  Polônia  Pozan  RFA  FIN  AUS  RFA  RFA  URS  ITA 
1959  França  Mâcon  RFA  RFA  URS  RFA  SUI  URS  RFA 
1961  Tcheco­  Praga  RFA  RFA  URS  URS  ITA  URS  ITA 
Eslováquia 
1963  Dinamarca  Copenhague  RFA  ITA  TCH  RFA  RFA  TCH  RFA 
1964  Holanda  Amsterdam  URS  HOL  URS  RFA  RFA  URS  RFA 
1965  Alemanha­  Duisburg  URS  DIN  RFA  URS  URS  SUI  RFA 
RFA 
1967  França  Vichy  URS  USA  DDR  ITA  DDR  SUI  FRA 
1969  Áustria  Klagenfurt  RFA  USA  ARG  TCH  URS  USA  DDR 
1971  Dinamarca  Copenhague  RFA  DDR  ARG  DDR  DDR  DDR  NZL 
1973  U.Soviética  Moscou  URS  ROM  RFA  URS  DDR  DDR  DDR 

3.1.1 – CAMPEONATOS EUROPEUS MASCULINOS DE REMO 

57 Disputas e 335 Provas 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  2­  1X  2+  4­  2X  8+  TOTAIS 
Alemanha até 1939  1  3  1  3  1  2  1  2  13 
Alemanha – RFA após 1945  2  7  2  2  5  4  1  5  26 
Alemanha – DDR desde 1966  1  1  1  3  2  2  10 
Alsacia­Lorena  1  1 
Argentina  1  2  3 
Austrália  2  2 
Áustria  1  1  1 
Bélgica  7  9  1  5  10  1  7  12  45 
Dinamarca  3  2  3  2  2  2  11 
Espanha  1 
Estados Unidos  2  1  1  1  5 
Finlândia  1  1  2 
França  11  6  10  10  9  8  43 
Grã­Bretanha  1  1  1  3 
Holanda  5  1  2  3  2  2  2  12 
Hungria  1  2  1  3  1  3  10 
Itália  10  14  4  5  12  6  4  11  56 
Iugoslávia  2  1  1  2 
Nova Zelândia  1  1 
Polônia  2  1  3  1  5 
Romênia  1  1  2 
Suécia  1  1 
Suíça  8  7  5  10  7  3  13  4  49 
Tcheco­Eslovaquia  2  1  1  1  1  1  5 
União Soviética  1  5  3  4  3  2  7  3  27

273 
DISPUTAS  57  57  32  57  56  24  52  57  335 

3.1.2 – CAMPEONATOS EUROPEUS FEMININO DE REMO 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  4+  1X  4X+  2+  8+ 
1954  Holanda  Amsterdam  URS  URS  URS  URS  URS 
1955  Romênia  Bucarest  URS  URS  URS  URS  URS 
1956  Iugoslávia  Bled  URS  RFA  URS  TCH  URS 
1957  Alemanha – RFA  Duisburg  URS  URS  URS  URS  URS 
1958  Polônia  Poznam  URS  HUN  URS  URS  URS 
1959  França  Mâcon  URS  HUN  URS  URS  URS 
1960  Grã­Bretanha  Londres  URS  HUN  RFA  URS  URS 
1961  Tcheco­Eslováquia  Praga  URS  HUN  URS  URS  URS 
1962  Alemanha – DDR  Berlim  ROM  TCH  URS  URS  URS 
1963  União Soviética  Moscou  URS  URS  URS  URS  URS 
1964  Holanda  Amsterdam  URS  URS  RFA  URS  RFA 
1965  Alemanha – RFA  Duisburg  URS  URS  HUN  URS  URS 
1966  Holanda  Amsterdam  URS  URS  DDR  DDR  DDR 
1967  França  Vichy  URS  DDR  URS  URS  URS 
1968  Alemanha – DDR  Berlim  URS  DDR  ROM  DDR  DDR 
1969  Áustria  Klagenfurt  URS  URS  URS  DDR  DDR 
1970  Hungria  Tata  URS  DDR  ROM  DDR  DDR 
1971  Dinamarca  Copenhague  URS  DDR  ROM  URS  URS 
1972  Alemanha – DDR  Bradenburg  URS  HOL  ROM  URS  URS 
1973  União Soviética  Moscou  HOL  URS  DDR  URS  URS 

20 DISPUTAS E 100 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  1X  4X+  2X  8+  TOTAIS 
Alemanha – RFA  2  1  2  1  4 
Alemanha – DDR  3  4  2  3  3  12 
Áustria  1 
Dinamarca  1 
França  2 
Grã­Bretanha  1 
Holanda  3  1  1  2 
Hungria  1  4  1  5 
Iugoslávia  1 
Polônia  1 
Romênia  1  1  4  5 
Tcheco­Eslovaquia  1  1  1  2 
União Soviética  2  18  9  11  16  16  70 
DISPUTAS  20  20  20  20  20  20  100

274 
3.1.3 – CAMPEONATOS MUNDIAIS MASCULINOS DE REMO 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADE  4+  2X  2­  1X  2+  4­  4X  8+ 
1962  Suíça  Lucerna  RFA  FRA  RFA  URS  RFA  RFA  RFA 
1966  Iugoslávia  Bled  DDR  SUI  DDR  USA  HOL  DDR  RFA 
1970  Canadá  Saint Catharines  RFA  DIN  DDR  ARG  ROM  DDR  DDR 
1974  Suíça  Lucerna  DDR  DDR  DDR  DDR  URS  DDR  DDR  USA 
1975  Grã­Bretanha  Noitimgham  URS  NOR  DDR  RFA  DDR  DDR  DDR  DDR 
1977  Holanda  Amsterdam  DDR  GBR  URS  DDR  BUL  DDR  DDR  DDR 
1978  Nova Zelândia  Karapiro  DDR  NOR  DDR  RFA  DDR  URS  DDR  DDR 
1979  Iugoslávia  Bled  DDR  NOR  DDR  FIN  DDR  DDR  DDR  DDR 
1981  Alemanha­RFA  Munique  DDR  DDR  DDR  RFA  ITA  URS  DDR  URS 
1982  Suíça  Lucerna  DDR  NOR  NOR  DDR  ITA  SUI  DDR  NZL 
1983  Alemanha­RFA  Dvisburg  NZL  DDR  DDR  RFA  DDR  RFA  RFA  NZL 
1985  Bélgica  Hazewinkel  URS  DDR  URS  FIN  ITA  RFA  CAN  URS 
1986  Grã­Bretanha  Nottingham  DDR  ITA  URS  RFA  GBR  USA  URS  AUS 
1987  Dinamarca  Copenhague  DDR  BUL  GBR  DDR  ITA  DDR  URS  USA 
1989  Iugoslávia  Bled  ROM  DDR  DDR  DDR  ITA  DDR  HOL  RFA 
1990  Austrália  Lake Barrington  DDR  DDR  DDR  URS  ITA  AUS  URS  RFA 

16 DISPUTAS E 125 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  2X  2­  1X  2+  4­  4X  8+  TOTAIS 
Alemanha – DDR  10  4  10  5  4  8  7  5  53 
Alemanha­ RFA  2  2  1  5  1  3  1  4  17 
Argentina  1  1 
Austrália  1  1  1  2 
Áustria  1  1 
Bélgica  1 
Bulgária  1  1  2 
Canadá  1  1  1 
Dinamarca  1  1  1 
Estados Unidos  1  1  2  4 
Finlândia  2  2 
França  1  1 
Grã­Bretanha  2  1  1  1  3 
Holanda  1  1  1  2 
Itália  1  6  7 
Iugoslávia  3 
Noruega  5  1  6 
Nova Zelândia  1  1  2  3 
Romênia  1  1  2 
Suíça  3  1  1  2 
União Soviética  2  3  2  1  2  3  2  15 
DISPUTAS  16  16  16  16  16  16  16  13  16  125

275 
3.1.4 – CAMPEONATOS MUNDIAIS FEMININOS DE REMO 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS  4X+ / 
PAÍSES  CIDADES  4+  2X  2­  1X  8+  4­ 
4X 
1974  Suíça  Lucerna  DDR  URS  DDR  DDR  DDR  DDR 
1975  Grã­Bretanha  Nottingham  DDR  URS  DDR  DDR  DDR  DDR 
1977  Holanda  Amsterdam  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR 
1978  Nova Zelândia  Karapiro  DDR  BUL  DDR  DDR  BUL  URS 
1979  Iugoslávia  Bled  URS  DDR  DDR  ROM  DDR  URS 
1981  Alemanha­RFA  Munique  URS  URS  DDR  ROM  URS  URS 
1982  Suíça  Lucerna  URS  URS  DDR  URS  URS  URS 
1983  Alemanha­RFA  Duisburg  DDR  DDR  DDR  DDR  URS  URS 
1985  Bélgica  Hazewinkel  DDR  DDR  ROM  DDR  DDR  URS 
1986  Grã­Bretanha  Nottingham  ROM  DDR  ROM  DDR  DDR  URS 
1987  Dinamarca  Copenhague  ROM  BUL  ROM  BUL  DDR  ROM 
1989  Iugoslávia  Bled  DDR  DDR  ROM  DDR  ROM  DDR 
1900  Austrália  Lake Barrington  DDR  RFA  DDR  DDR  ROM  ROM 

13 DISPUTAS E 78 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES  4+  2X  2­  1X  4X+/  8+  4­  TOTAIS 
4X 
Alemanha – DDR  6  7  8  8  9  3  1  42 
Alemanha – RFA  2  1  1 
Austrália  1 
Bélgica  1 
Bulgária  2  1  1  4 
Dinamarca  1 
Grã­Bretanha  2 
Holanda  1 
Iugoslávia  2 
Nova Zelândia  1 
Romênia  2  4  3  3  1  13 
Suíça  2 
União Soviética  3  4  1  3  7  18 
DISPUTAS  13  11  13  13  13  13  13  2  78

276 
3.1.5 – CAMPEONATOS FISA MASCULINOS JUNIORES 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  4+  2X  2­  1X  2+  4­  4X  8+ 
1970  Grécia  Ionnina  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR 
1971  Iugoslávia  Bled  DDR  URS  DDR  DDR  DDR  DDR  URS 
1972  Itália  Milão  TCH  DDR  DDR  URS  HOL  RFA  DDR 
1973  Grã­Bretanha  Nottingham  DDR  DDR  DDR  URS  DDR  RFA  RFA 
1974  Alemanha­RFA  Ratzeburg  DDR  RFA  DDR  ITA  DDR  DDR  DDR  DDR 
1975  Canadá  Montreal  DDR  DDR  RFA  DDR  URS  DDR  URS  DDR 
1976  Áustria  Villach  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  URS 
1977  Finlândia  Kaukjarvi  DDR  RFA  DDR  RFA  POL  RFA  DDR  DDR 
1978  Iugoslávia  Belgrado  URS  ITA  TCH  DDR  URS  RFA  DDR  URS 
1979  União Soviética  Moscou  URS  BUL  RFA  URS  URS  URS  DDR  URS 
1980  Bélgica  Mazewinkel  BUL  DDR  DDR  DDR  DDR  URS  URS  URS 
1981  Bulgária  Pantcharevo  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR 
1982  Itália  Piediluco  DDR  DDR  DDR  DDR  URS  DDR  DDR  RFA 
1983  França  Vichy  URS  DDR  DDR  URS  DDR  DDR  DDR  DDR 
1984  Suíça  Jonkoping  DDR  DDR  DDR  DDR  ROM  DDR  DDR  FRA 
1985  Alemanha­DDR  Bradenburg  DDR  URS  RFA  DDR  DDR  ROM  URS  URS 
1986  Tcheco­Eslovaquia  Rondnice  TCH  DDR  IUG  ITA  URS  URS  URS  URS 
1987  Alemanha­RFA  Colônia  ITA  DDR  DDR  URS  URS  GBR  DDR  USA 
1988  Itália  Milão  DDR  URS  GBR  ITA  ROM  ITA  URS  DDR 
1989  Hungria  Szeged  DDR  RFA  IUG  URS  DDR  GBR  DDR  URS 
1990  França  Aiguebelette  ROM  ITA  IUG  DDR  DDR  GBR  DDR  DDR 

21 DISPUTAS E 164 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  2X  2­  1X  2+  4­  4X  8+  TOTAIS 
Alemanha – DDR  1  13  12  13  11  11  9  12  9  90 
Alemanha – RFA  2  3  3  1  4  2  13 
Áustria  1 
Bélgica  1 
Bulgária  1  1  1  2 
Canadá  1 
Estados Unidos  1  1 
Finlândia  1 
França  2  1  1 
Grã­Bretanha  1  1  3  4 
Grécia  1 
Holanda  1  1 
Hungria  1 
Itália  3  1  2  3  1  7 
Iugoslávia  2  3  3 
Polônia  1  1 
Romênia  1  2  1  4 
Suíça  1 
Tcheco­Eslovaquia  1  2  1  3 
União Soviética  1  3  3  6  6  3  5  8  34

277 
DISPUTAS  21  21  21  21  21  21  21  17  21  164 

3.1.6 – CAMPEONATOS FISA FEMININOS JUNIORES 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  4+  2X  2­  1X  4X+/4X  8+  4­ 
1978  Iugoslávia  Belgrado  DDR  URS  DDR  DDR  DDR  DDR 
1979  União  Moscou  DDR  DDR  ROM  BUL  DDR  CAN 
Soviética 
1980  Bélgica  Mazewinkel  URS  DDR  URS  DDR  DDR  DDR 
1981  Bulgária  Pantcharevo  URS  ROM  BUL  ROM  DDR  DDR 
1982  Itália  Piediluco  URS  DDR  URS  DDR  DDR  DDR 
1983  França  Vicky  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  URS 
1984  Suécia  Jonkoping  DDR  URS  DDR  DDR  DDR  DDR 
1985  Alemanha­  Brandenburg  ROM  DDR  DDR  ROM  DDR  DDR 
DDR 
1986  Tcheco­  Roudnice  DDR  BUL  DDR  DDR  DDR  DDR 
Eslovaquia 
1987  Alemanha­  Colônia  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR  DDR 
RFA 
1988  Itália  Milão  ROM  DDR  BUL  DDR  DDR  DDR 
1989  Hungria  Szeged  DDR  DDR  URS  DDR  DDR  AUS 
1990  França  Aiguebelette  URS  BUL  URS  DDR  URS  DDR 

13 DISPUTAS E 78 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  2X  2­  1X  4X+/4X  8+  4­  TOTAIS 
Alemanha­DDR  1  6  8  7  8  13  10  1  53 
Alemanha­RFA  1 
Austrália  1  1 
Bélgica  1 
Bulgária  1  1  3  1  5 
Canadá  1  1 
França  2 
Hungria  1 
Itália  2 
Iugoslávia  1 
Romênia  2  1  1  2  6 
Suécia  1 
Tcheco­Eslovaquia  1 
União Soviética  1  3  3  2  2  2  12

278 
DISPUTAS  13  11  13  13  13  13  13  2  78 

3.1.7 – CAMPEONATOS FISA MASCULINOS PESO LEVE 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  1X  4­  2X  8+ 
1974  Suíça  Lucerna  USA  AUS  USA 
1975  Grã­Bretanha  Nottingham  SUI  FRA  RFA 
1976  Áustria  Villach  AUT  FRA  RFA 
1977  Holanda  Amsterdam  SUI  FRA  GRB 
1978  Dinamarca  Copenhague  ESP  SUI  NOR  GRB 
1979  Iugoslávia  Bled  USA  GRB  NOR  ESP 
1980  Bélgica  Hazewinkel  RFA  AUS  ITA  GRB 
1981  Alemanha­RFA  Munique  USA  AUS  ITA  DIN 
1982  Suíça  Lucerna  AUT  ITA  ITA  ITA 
1983  Alemanha­RFA  Duisburg  DIN  ESP  ITA  ESP 
1984  Canadá  Montreal  DIN  ESP  ITA  DIN 

11 DISPUTAS E 40 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
1X  4­  2X  8+  TOTAIS 
Alemanha­RFA  2  1  2  3 
Austrália  3  3 
Áustria  1  2  2 
Bélgica  1 
Canadá  1 
Dinamarca  1  2  2  4 
Espanha  1  2  2  5 
Estados Unidos  3  1  4 
Franca  3  3 
Grã­Bretanha  1  1  3  4 
Holanda  1 
Itália  1  5  1  7 
Iugoslávia  1 
Noruega  2  2 
Suíça  2  2  1  3 
DISPUTAS  11  11  11  7  11  40 

3.1.7 – CAMPEONATOS MUNDIAIS MASCULINOS PESO LEVE 

ANOS 
PAÍSES  CIDADES  1X  4­  2X  8+  4X 
1985  Bélgica  Hazewinzel  ITA  RFA  FRA  ITA 
1986  Grã­Bretanha  Nottingham  AUS  ITA  GBR  ITA

279 
1987  Dinamarca  Copenhague  BEL  RFA  ITA  ITA 
1988  Itália  Milão  RFA  ITA  ITA  ITA 
1989  Iugoslávia  Bled  HOL  RFA  AUT  ITA  RFA 
1990  Austrália  Lake Barrington  HOL  RFA  USA  ITA  ITA 

6 DISPUTAS E 26 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
1X  4­  2X  8­  4X  TOTAIS 
Alemanha­RFA  1  4  1  6 
Austrália  1  1  1 
Áustria  1  1 
Bélgica  1  1  1 
Dinamarca  1 
Estados Unidos  1  1 
França  1  1 
Grã­Bretanha  1  1  1 
Holanda  2  2 
Itália  1  1  2  2  6  1  12 
Iugoslávia  1 
DISPUTAS  6  6  6  6  6  2  26 

3.1.8 – CAMPEONATOS MUNDIAIS FEMININOS PESO LEVE 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  1X  2X  4­ 
1985  Bélgica  Hazewinkel  AUS  GBR  RFA 
1986  Grã­Bretanha  Nottingham  ROM  USA  USA 
1987  Dinamarca  Copenhague  ROM  CAN  USA 
1988  Itália  Milão  USA  HOL  CHP 
1989  Iugoslávia  Bled  USA  USA  CHP 
1990  Austrália  Lake Barrington  DIN  DIN  CAN 

6 DISPUTAS E 18 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
1X  2X  4­  TOTAIS 
Alemanha­RFA  1  1 
Austrália  1  1  1 
Bélgica  1 
Canadá  1  1  2 
China R.P.  2  2 
Dinamarca  1  1  1  2 
Estados Unidos  2  2  2  6 
Grã­Bretanha  1  1  1 
Holanda  1  1

280 
Itália  1 
Iugoslávia  1 
Romênia  2  2 
DISPUTAS  6  6  6  6  18

281 
3.2 – JOGOS OLÍMPICOS

282 
3.2.1 – JOGOS OLÍMPICOS – REMO MASCULINO 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  4+SB  4+  2X  2­  1X  2+  4­  4X  8+ 
FRA/ 
1900  Franca  Paris  FRA  HOL  USA 
ALE 
1904  Estados Unidos  Saint Louis  USA  USA  USA  USA 
1908  Grã­Bretanha  Londres  GRB  GRB  GRB  GRB 
1912  Suécia  Estocolmo  DIN  ALE  GRB  GRB 
1920  Bélgica  Antuérpia  SUI  USA  USA  ITA  USA 
1924  França  Paris  SUI  USA  HOL  GRB  SUI  GRB  USA 
1928  Holanda  Amsterdam  ITA  USA  ALE  AUS  SUI  GRB  USA 
1932  Estados Unidos  Los Angeles  ALE  USA  GRB  AUS  USA  GRB  USA 
1936  Alemanha  Berlim  ALE  GRB  ALE  ALE  ALE  ALE  USA 
1948  Grã­Bretanha  Londres  USA  GRB  GRB  AUS  DIN  ITA  USA 
1952  Finlândia  Helsinque  TCH  ARG  USA  URS  FRA  IUG  USA 
1956  Austrália  Melbourne  ITA  URS  USA  URS  USA  CAN  USA 
1960  Itália  Roma  RFA  TCH  URS  URS  RFA  USA  RFA 
1964  Japão  Tóquio  RFA  URS  CAN  URS  USA  DIN  USA 
1968  México  México  NZL  URS  DDR  HOL  ITA  DDR  RFA 
1972  Alemanha­RFA  Munique  RFA  URS  DDR  URS  DDR  DDR  NZL 
1976  Canadá  Montreal  URS  NOR  DDR  FIN  DDR  DDR  DDR  DDR 
1980  União Soviética  Moscou  DDR  SSR  DDR  FIN  DDR  DDR  DDR  DDR 
1984  Estados Unidos  Los Angeles  GRB  USA  ROM  FIN  ITA  NZL  RFA  CAN 
1988  Coréia  Seul  DDR  HOL  GBR  DDR  ITA  ITA  ITA  RFA 

20 DISPUTAS E 131 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+SB  4+  2X  2­  1X  2+  4­  4X  8+  TOTAIS 
Alemanha­até 1939  1  4  2  1  1  1  9 
RFA após 1946  1  3  1  1  3  8 
DDR desde 1966  2  1  4  1  3  5  2  2  20 
Argentina  1  1 
Austrália  1  3  3 
Bélgica  1 
Canadá  1  1  1  1  3 
Coréia  1 
Dinamarca  1  1  1  3 
Estados Unidos  3  1  6  2  2  3  2  11  27 
Finlândia  1  3  3 
Franca  2  1  1  1  3 
Grã­Bretanha  2  1  2  4  3  4  2  16 
Holanda  1  1  1  1  1  4 
Itália  1  2  4  1  1  8 
Iugoslávia  1  1 
Japão  1 
México  1 
Noruega  1  1 
Nova Zelândia  1  1  1  3 
Romênia  1  1 
Suécia  1 
Suíça  2  2  4 
Tcheco­Eslovaquia  1  1  2 
União Soviética  1  1  4  1  5  11 
DISPUTAS  20  1  19  17  16  20  17  17  4  20  131

283 
3.2.2 – JOGOS OLÍMPICOS – REMO FEMININO 

SEDES  PROVAS E VENCEDORES 
ANOS 
PAÍSES  CIDADES  4+  2X  2­  1X  4X+/4X  8+ 
1976  Canadá  Montreal  DDR  BUL  BUL  DDR  DDR  DDR 
1980  União Soviética  Moscou  DDR  URS  DDR  ROM  DDR  DDR 
1984  Estados Unidos  Los Angeles  ROM  ROM  ROM  ROM  ROM  USA 
1988  Coréia  Seul  DDR  DDR  ROM  DDR  DDR  DDR 

4 DISPUTAS E 24 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  2X  2­  1X  4X+/4X  8+  TOTAIS 
Alemanha­DDR  3  1  1  2  3  3  13 
Bulgária  1  1  2 
Canadá  1 
Coréia  1 
Estados Unidos  1  1  1 
Romênia  1  1  2  2  1  7 
União Soviética  1  1  1 
DISPUTAS  4  4  4  4  4  4  4  24

284 
3.3 – JOGOS PAN­AMERICANOS

285 
3.3.1 – JOGOS PAN­AMERICANOS: REMO MASCULINO CLASSE ABERTA 
(AULTOS, SENIORES, PESO LIVRE) 

DATAS  PROVAS E VENCEDORES 
Nº  LOCAIS 
(Finais)  4+  1X  2­  4­  2X  2+  8+  4X 
I  04/03/1951  Buenos Aires  ARG  ARG  ARG  ARG  ARG  ARG  ARG 
II  20/03/1955  México  ARG  USA  ARG  ARG  USA  ARG  USA 
III  07/09/1959  Chicago  USA  USA  USA  USA  USA  USA  USA 
IV  28/04/1963  São Paulo  ARG  USA  URU  USA  USA  USA  CAN 
V  03/08/1967  Winnipeg  USA  ARG  CAN  USA  USA  USA  USA 
VI  02/08/1971  Cali  ARG  ARG  ARG  BRA  BRA  BRA  ARG 
VII  19/10/1975  México  CAN  ARG  BRA  USA  BRA  USA  USA  CUB 
VIII  08/07/1979  Porto Rico  CUB  ARG  CAN  CUB  CAN  BRA  USA  CUB 
IX  17/08/1983  Caracas  USA  ARG  BRA  CUB  CAN  CUB  USA  CAN 
X  26/08/1987  Indianápolis  URU  BRA  CUB  USA  USA 

10 DISPUTAS E 71 PROVAS 

VITÓRIAS 
PAÍSES  SEDES 
4+  1X  2­  4­  2X  2X  8+  4X  TOTAIS 
Argentina  1  4  6  3  2  1  2  2  20 
Brasil  1  3  1  2  2  8 
Canadá  1  1  2  2  1  1  7 
Colômbia  1 
Cuba  1  3  1  2  7 
Estados Unidos  2  3  3  1  4  5  3  6  1  26 
México  2 
Porto Rico  1 
Uruguai  1  1  1  3 
Venezuela  1 
DISPUTAS  10  9  10  10  10  10  9  9  4  71 

3.3.2 – JOGOS PAN­AMERICANOS: REMO MASCULINO PESO LEVE 

1ª realização – 15 e 16/08/1987 – Indianápolis, Estados Unidos 
Vencedores 
4 sem  – Estados Unidos 
duplo­skiff  – Canadá 
2 sem  – Argentina 
skiff  – Estados Unidos 

3.3.3 – JOGOS PAN­AMERICANOS: REMO FEMININO PESO LIVRE 

1ª realização – 17/08/1983 – Caracas, Venezuela 
Vencedores 
skiff  – Estados Unidos 
duplo­skiff – Estados Unidos

286 
2ª realização – 15 e 16/08/1987 – Indianápolis, Estados Unidos 
Vencedores 
skiff  – Canadá 
duplo­skiff  – México 
2 sem  – Canadá 

3.3.4 – JOGOS PAN­AMERICANOS: REMO FEMININO PESO LEVE 

1ª realização – 15 e 16/08/1987 – Indianápolis – Estados Unidos 


Vencedores 
skiff  – Canadá 
duplo­skiff  – Estados Unidos 
2 sem  – Estados Unidos

287 
3.4 – CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS

288 
3.4.1 – CERTAMES SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO – CLASSE 
ABERTA 

PROVAS E VENCEDORES 
Nº  DATAS  LOCAIS 
4+  2­  1X  2X  8+  2+  4­  4X 
I  22/03/1931  Montevidéu  BRA  ARG  URU  BRA  ARG 
II  21/04/1935  Rio de Janeiro  URU  URU  BRA  URU  BRA  BRA 
III  17/03/1940  Buenos Aires  BRA  URU  ARG  ARG  ARG  BRA  ARG 
IV  29/07/1945  Rio de Janeiro  ARG  URU  ARG  ARG  BRA  BRA  URU 

CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO – CSAR – 
CLASSE ABERTA 

I  04/04/1948  Montevidéu  ARG  BRA  URU  ARG  ARG  BRA  ARG 


II  02/03/1952  Valdivia (Chile)  ARG  ARG  URU  ARG  ARG  BRA  ARG 
III  02/05/1954  Rio de Janeiro  BRA  BRA  URU  BRA  BRA  BRA  BRA 
IV  29/04/1956  Callao (Peru)  BRA  ARG  ARG  URU  ARG  BRA  ARG 
V  27/04/1958  Buenos Aires  BRA  BRA  URU  ARG  BRA  ARG  ARG 
VI  20/03/1960  Montevidéu  ARG  ARG  ARG  URU  ARG  URU  ARG 
VII  11/11/1962  Buenos Aires  ARG  URU  ARG  BRA  ARG  ARG  ARG 
VIII  26/04/1964  Rio de Janeiro  ARG  URU  ARG  BRA  ARG  BRA  ARG 
IX  19/12/1965  Rio de Janeiro  ARG  ARG  ARG  BRA  ARG  ARG  ARG 
X  05/05/1968  Callao (Peru)  ARG  BRA  ARG  BRA  ARG  PER  ARG 
XI  01/03/1970  Concepción (Chile)  ARG  ARG  ARG  BRA  ARG  ARG  ARG 
XII  19/03/1972  Montevidéu  ARG  BRA  ARG  ARG  ARG  ARG  BRA 
XIII  10/11/1974  Buenos Aires  ARG  URU  ARG  PER  ARG  ARG  ARG 
XIV  25/04/1976  Rio de Janeiro  ARG  BRA  ARG  BRA  ARG  BRA  BRA 
XV  05/03/1978  Valdívia (Chile)  BRA  BRA  ARG  BRA  BRA  BRA  ARG 
XVI  04/12/1982  Buenos Aires  BRA  BRA  ARG  ARG  CHI  BRA  ARG  BRA 
XVII  20/05/1984  Rio de Janeiro  BRA  BRA  ARG  ARG  BRA  BRA  BRA  ARG 
XVIII  07/12/1986  Concepción (Chile)  BRA  BRA  ARG  ARG  BRA  BRA  BRA  ARG 
XIX  10/10/1988  Mercedes (Uruguai)  BRA  BRA  URU  BRA  BRA  URU  BRA  ARG 

3.4.1 – CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO 
CLASSE ABERTA (SENIORES – PESO LIVRE) 

SÍNTESE DOS VENCEDORES 
CERTAMES 
4 DISPUTAS – 25 PROVAS 
Argentina  – 9 vitórias 
Brasil  – 9 vitórias 
Uruguai  – 7 vitórias 

CAMPEONATOS – CSAR 
19 DISPUTAS – 137 PROVAS

289 
Argentina  – 71 vitórias 
Brasil  – 51 vitórias 
Uruguai  – 12 vitórias 
Peru  – 2 vitórias 
Chile  – 1 vitória 

3.4.1 ­ CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO – 
CLASSE ABERTA 

TROFÉUS E VENCEDORES 
(posse definitiva: 3 vitórias consecutivas ou 5 intercaladas) 
QUATRO COM TIMONEIRO 
1º Troféu – Asociación Argentina de Remeros Aficionados 
1948 – Argentina 
1952 – Argentina 
1954 – Brasil 
1956 – Brasil 
1958 – Brasil (posse definitiva) 

2º Troféu – Asociación Argentina de Remeros Aficionados 
1960 – Argentina 
1962 – Argentina 
1964 – Argentina (posse definitiva) 

3º Troféu – 
1965 – Argentina 
1968 – Argentina 
1970 – Argentina (posse definitiva) 

4º Troféu – 
1972 – Argentina 
1974 – Argentina 
1976 – Argentina (posse definitiva) 

5º Troféu – 
1978 – Brasil 
1982 – Brasil 
1984 – Brasil (posse definitiva) 

6º Troféu – 
1986 – Brasil 
1988 – Brasil 

DOIS SEM TIMONEIRO 
1º Troféu – Dr. Rivadávia Correa Meyer 
1948 – Brasil 
1952 – Argentina 
1954 – Brasil 
1956 – Argentina

290 
1958 – Brasil 
1960 – Argentina 
1962 – Uruguai 
1964 – Uruguai 
1965 – Argentina 
1968 – Brasil 
1970 – Argentina (posse definitiva) 

2º Troféu – 
1972 – Brasil 
1974 – Uruguai 
1976 – Brasil 
1978 – Brasil 
1982 – Brasil (posse definitiva) 

3º Troféu – Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro 
1984 – Brasil 
1986 – Brasil 
1988 ­ Brasil (posse definitiva) 

SKIFF 
1º Troféu – Federación Peruana de Remo Amateur 
1948 – Uruguai 
1952 – Uruguai 
1954 – Uruguai (posse definitiva) 

2º Troféu – Don Manuel Mendizábel Lecaros 
1956 – Argentina 
1958 – Uruguai 
1960 – Argentina 
1962 – Argentina 
1964 – Argentina (posse definitiva) 

3º Troféu – 
1965 – Argentina 
1968 – Argentina 
1970 – Argentina (posse definitiva) 

4º Troféu – 
1972 – Argentina 
1974 – Argentina 
1976 – Argentina (posse definitiva) 

5º Troféu – 
1978 – Argentina 
1982 – Argentina 
1984 – Argentina (posse definitiva) 

6º Troféu – Federación Peruana de Remo Amateur 
1986 – Argentina

291 
1988 ­ Uruguai 

DUPLO­SKIFF 
1º Troféu – Confederación Sudamericana de Remo 
1948 – Argentina 
1952 – Argentina 
1954 – Brasil 
1956 – Uruguai 
1958 – Argentina 
1960 – Uruguai 
1962 – Brasil 
1964 – Brasil 
1965 – Brasil (posse definitiva) 

2º Troféu – Don Irineo V. Zocca 
1968 – Brasil 
1970 – Brasil 
1972 – Argentina 
1974 – Peru 
1976 – Brasil 
1978 – Brasil 
1982 – Argentina 
1984 – Argentina 
1986 – Argentina (posse definitiva) 

3º Troféu – 
1988 – Brasil 

OITO 
1º Troféu – Federación Uruguaya de Remo 
1948 – Argentina 
1952 – Argentina 
1954 – Brasil 
1956 – Argentina 
1958 – Brasil 
1960 – Argentina 
1962 – Argentina (posse definitiva) 

2º Troféu – Federación Uruguaya de Remo 
(Homenagem ao Almirante Máximo Martinelli) 
1964 – Argentina 
1965 – Argentina 
1968 – Argentina (posse definitiva) 

3º Troféu – 
1970 – Argentina 
1972 – Argentina 
1974 – Argentina (posse definitiva) 

4º Troféu –

292 
1976 – Argentina 
1978 – Brasil 
1982 – Chile 
1984 – Brasil 
1986 – Brasil 
1988 – Brasil (posse definitiva) 

DOIS COM TIMONEIRO 
1º Troféu – Ariovisto Marcos de Almeida Rego 
1948 – Brasil 
1952 – Brasil 
1954 – Brasil (posse definitiva) 

2º Troféu – 
1956 – Brasil 
1958 – Argentina 
1960 – Uruguai 
1962 – Argentina 
1964 – Brasil 
1965 – Argentina 
1968 – Peru 
1970 – Argentina 
1972 – Argentina (posse definitiva) 

3º Troféu – Ayr de Azevedo Pinheiro 
1974 – Argentina 
1976 – Brasil 
1978 – Brasil 
1982 – Brasil (posse definitiva) 

4º Troféu – Confederação Brasileira de Remo 
1984 – Brasil 
1986 – Brasil 
1988 – Uruguai 

QUATRO SEM TIMONEIRO 
1º Troféu – Federación Chilena de Remo Amateur 
1948 – Argentina 
1952 – Argentina 
1954 – Brasil 
1956 – Argentina 
1958 – Argentina 
1960 – Argentina (posse definitiva) 

2º Troféu – Federación Chilena de Remo Amateur 
1962 – Argentina 
1964 – Argentina 
1965 – Argentina (posse definitiva)

293 
3º Troféu – Federatión Chilena de Remo Amateur 
1968 – Argentina 
1970 – Argentina 
1972 – Brasil 
1974 – Argentina 
1976 – Brasil 
1978 – Argentina 
1982 – Argentina (posse definitiva) 

4º Troféu – Federación Chilena de Remo Amateur 
1984 – Brasil 
1986 – Brasil 
1988 – Brasil (posse definitiva) 

QUADRUPLO­SKIFF 
1º Troféu – Escuela Naval Militar del Uruguay 
1982 – Brasil 
1984 – Argentina 
1986 – Argentina 
1988 – Argentina (posse definitiva) 

3.4.1 – CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO CLASSE 
ABERTA 

27 TROFÉUS DE POSSE DEFINITIVA 

PROVAS 
VENCEDORES  TOTAIS 
4+  2­  1X  2X  8+  2+  4­  4X 
Argentina  3  1  4  1  3  1  3  1  17 
Brasil  2  2  1  1  2  1  9 
Uruguai  1  1 
TOTAIS  5  3  5  2  4  3  4  1  27 

3.4.2 – CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO 
JUNIORES – FISA 

PROVAS E VENCEDORES 
Nº  DATAS  LOCAIS 
4+  1X  2­  2X  8+  2+  4­  4X 
I  10/11/74  Buenos Aires  ARG  BRA 
II  25/04/76  Rio de Janeiro  PAR  BRA 
III  22/05/77  Rio de Janeiro  ARG  ARG  BRA  ARG  CHI 
IV  01/04/79  Mercedes (URU)  BRA  ARG  URU  ARG  ARG  ARG  ARG 
V  12/12/81  Buenos Aires  BRA  ARG  ARG  ARG  ARG  ARG  URU 
VI  27/03/83  Concepción (CHI)  ARG  ARG  ARG  ARG  CHI  ARG  CHI  ARG 
VII  23/11/85  Porto Alegre (BRA)  BRA  ARG  URU  ARG  ARG  BRA  BRA  ARG 
VIII  05/12/87  Porto Alegre (BRA)  BRA  ARG  BRA  ARG  BRA  BRA  ARG  BRA 
IX  09/12/89  Assunção  ARG  BRA  BRA  ARG  ARG  BRA  ARG  URU

294 
SÍNTESE DOS VENCEDORES 
9 DISPUTAS  – 55 PROVAS 
ARGENTINA – 31 VITÓRIAS 
BRASIL – 16 VITÓRIAS 
URUGUAI – 4 VITÓRIAS 
CHILE – 3 VITÓRIAS 
PARAGUAI – 1 VITÓRIA 

3.4.3 – CAMPEONATOS SUL­AMERICANOS MASCULINOS DE REMO PESO 
LEVE 

PROVAS E VENCEDORES 
Nº  DATAS  LOCAIS 
2X  4­ 
I  07/12/86  Concepición (CHI)  ARG  ARG 
II  10/12/88  Mercedes (URU)  ARG  ARG

295 
3.5 – CAMPEONATOS BRASILEIROS

296 
3.5.l ­ CAMPEONATOS BRASILEIROS MASCULINOS DE REMO CLASSE 
ABERTA (ADULTOS = SENIORES = PESO LIVRE) 

Os  Campeonatos  Brasileiros  de  Remo  começaram  a  ser  disputados  em  1902 
(canoe e skiff), em 1911 o de 4 com patrão (yole e out­rigger) e em 1927 (out­rigger a 2 
com  patrão  e  double­skiff),  todos realizados  nas  raias do  Distrito  Federal  (enseada  de 
Botafogo  e  lagoa  Rodrigo  de  Freitas)  com  exceção  do  Campeonato  do  Remador  de 
1927, realizado na raia do Vallongo, em Santos (SP). 
Neste  período,  1902  ­  1927,  houve  um  domínio  absoluto  dos  remadores 
cariocas,  tendo  apenas  os  paulistas  vencido  três  vezes  o  Campeonato  do  Remador 
(canoe  –  1921,  1922  e  1924)  e  os  gaúchos  duas  vezes  em  yole  e  out­rigger  a  4  com 
patrão (1918 e 1925). 
Os programas dos Campeonatos de 1927, 1930 e 1931 incluíam quatro provas 
tendo os remadores cariocas vencido as doze disputas, portanto campeões absolutos. 
Em  1933,  pela  primeira  vez  o  Campeonato  Brasileiro  de  Remo  não  foi 
realizado  no  Distrito  Federal  mas  em  Porto  Alegre,  na  raia  dos  Navegantes,  sendo 
disputadas duas provas, a de 4 com vencida pelos remadores gaúchos e a de skiff pelo 
representante carioca. Participaram também remadores paulistas e catarinenses. 
Em  1934  o  Campeonato  foi  realizado  em  Santos  (SP),  na  raia  do  Vallongo 
tendo  os  remadores  paulistas  vencido  as  provas  de  2  com  patrão  e  double­skiff,  os 
cariocas a de 4 com patrão e o representante gaúcho a de skiff. No programa constava o 
critério de pontuação para conhecimento da classificação geral: 1º lugar – 5 pontos, 2º 
lugar – 3 pontos e 3º lugar – 1 ponto. Classificação final: paulistas – 13 pontos, gaúchos 
– 12, cariocas – 8, catarinenses – 2 e fluminenses – 1 ponto. 
Nos  Campeonatos  de  1935,  1936  e  1939  não  foram  divulgados  critérios  de 
pontuação para os melhores classificados. 
Em  1935  o  Campeonato  foi  disputado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores  gaúchos  e  cariocas  vencido  três  provas,  classificando­se  após,  paulistas, 
catarinenses, baianos e fluminenses. 
No  Campeonato  de  1936  realizado  em  Salvador,  os  remadores  cariocas  e 
catarinenses venceram duas provas, os paulistas e gaúchos uma prova, classificando­se 
a seguir, baianos, capixabas e fluminenses. 
Em  1939  o  Campeonato  foi  disputado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores  paulistas  vencido  três  provas,  os  gaúchos  duas,  cariocas  e  capixabas  uma 
prova, seguidos pelos catarinenses, fluminenses e baianos. 
No  programa  do  Campeonato  de  1940  constava  um  novo  critério  de 
pontuação, mantido inalterado até o Campeonato de 1954: 1º lugar – 13 pontos, 2º lugar 
– 8, 3º lugar – 5, 4º lugar – 3, 5º lugar – 2 e 6º lugar – 1 ponto. Das sete provas, duas 
foram  vencidas pelos remadores capixabas, paulistas e gaúchos, e uma pelos cariocas. 
Classificação  final: gaúchos – 50 pontos (21  medalhas), paulistas  – 50 (19  medalhas), 
capixabas – 44, cariocas – 39, baianos – 9 e catarinenses – 5. 
Em  1945  o  Campeonato  foi  disputado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores cariocas vencido seis provas e os gaúchos uma. Classificação geral: cariocas 
– 86 pontos, gaúchos – 50, baianos – 37, paulistas – 27, capixabas – 10 e catarinenses – 
2. 
Em  1948  o  Campeonato  foi  realizado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores  gaúchos  e  paulistas  vencido  três  provas  e  os  cariocas  uma.  Classificação 
geral: gaúchos – 63 pontos, paulistas – 54, cariocas – 50, baianos – 29, capixabas – 17 e 
pernambucanos – 7. 
No Campeonato de 1951 efetuado na  lagoa Rodrigo de Freitas, os remadores

297 
cariocas  e  paulistas  venceram  três  provas  e  os  gaúchos  uma.  Classificação  geral: 
cariocas  –  71  pontos,  paulistas  –  60,  gaúchos  –  47,  capixabas  –  17,  baianos  –  7, 
paraenses e catarinenses – 6 e pernambucanos – 1 ponto. 
Em  1954  o  Campeonato  foi  disputado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores cariocas vencido quatro provas e os catarinenses, capixabas e gaúchos uma. 
Classificação geral: cariocas – 73 pontos, catarinenses – 45, gaúchos – 43, capixabas – 
23, paulistas e baianos – 17, pernambucanos – 3 e fluminenses – 1 ponto. 
No  Campeonato  de  1955  realizado  no  Distrito  Federal,  adotado  um  novo 
sistema de contagem de pontos que vigorou até o Campeonato de 1973: 
–  Para barcos de um e dois remadores: 1º lugar – 10 pontos, 2º lugar – 6, 3º 
lugar – 4, 4º lugar – 2 e 5º lugar – 1 ponto. 
–  Para  barcos  de  quatro  remadores:  1º  lugar  –  13  pontos,  2º  lugar  –  8,  3º 
lugar – 5, 4º lugar – 3 e 5º lugar – 2. 
–  Para barcos de oito remadores: 1º lugar – 15 pontos, 2º lugar – 10, 3º lugar 
– 7, 4º lugar – 4 e 5º lugar – 3. 
Os  remadores  cariocas  em  1955  venceram  5  provas  e  os  catarinenses  duas. 
Classificação geral: cariocas – 72 pontos, catarinenses – 49, gaúchos – 23, baianos – 16, 
capixabas – 13, paulistas – 12, fluminenses – 3 e pernambucanos e paraenses – 2. 
Em  1958  o  Campeonato  foi  efetuado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores  cariocas  vencido  cinco  provas  e  os  gaúchos  duas.  Classificação  geral: 
cariocas – 73 pontos, gaúchos – 35, catarinenses  – 32, paulistas – 19, capixabas – 14, 
baianos – 8, pernambucanos – 5, paraenses – 4 e fluminenses – 3. 
No Campeonato de 1960 disputado na lagoa Rodrigo de Freitas os remadores 
gaúchos  venceram  quatro  provas  e  os  cariocas  três.  Classificação  geral:  gaúchos  –  67 
pontos,  cariocas  –  59  pontos,  catarinenses  –  29,  capixabas  –  16,  paulistas  –  13, 
pernambucanos – 7 e paraenses – 2. 
No  Campeonato  de  1962  efetuado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  os  remadores 
cariocas venceram quatro provas, os gaúchos duas e os catarinenses uma. Classificação 
geral: cariocas – 65 pontos, gaúchos – 50, catarinenses – 31, capixabas – 15, paulistas – 
11, fluminenses – 8, baianos – 6, paraenses – 4 e pernambucanos – 2. 
Em  1964  o  Campeonato  foi  realizado  na  Guanabara  tendo  os  remadores 
cariocas  vencido  todas  as  sete  provas  do  programa  obtendo  a  pontuação  máxima. 
Classificação geral: cariocas – 81 pontos, gaúchos – 45, catarinenses – 35, capixabas – 
11, paraenses – 10, pernambucanos – 6 e fluminenses – 5. 
No  Campeonato  de  1965  efetuado  na  Guanabara  os  remadores  cariocas 
repetiram  a  sensacional  vitória  do  ano  anterior  e  venceram  todas  as  sete  provas  do 
programa. Classificação  geral:  cariocas  –  81  pontos,  catarinenses  –  44,  gaúchos  – 29, 
capixabas  –  13,  paraenses  –  12,  paulistas  –  7,  pernambucanos  –  6  e  fluminenses  –  1 
ponto. 
Em  1968  o  Campeonato  foi  disputado  em  Porto  Alegre  na  raia  do  Parque 
Náutico  e  pela  última  vez  até  o  presente  ocorreu  uma  relativa  ameaça  a  hegemonia 
absoluta dos remadores cariocas em classe aberta: quatro provas  foram  vencidas pelos 
cariocas e três pelos gaúchos. Classificação geral: cariocas – 56 pontos, gaúchos – 51, 
catarinenses – 32, capixabas – 29, fluminenses – 13, paulistas – 7 e pernambucanos – 4. 
No Campeonato de 1971 disputado na Guanabara, mais uma vez os remadores 
cariocas  venceram  as  sete  provas  e  iniciaram  um  domínio  praticamente  absoluto  em 
todas  as  provas  dos  Campeonatos  Brasileiros  Masculinos  de  Remo  Classe  Aberta 
(Seniores  –  Adultos)  até  1985:  venceram  51  das  52  provas  realizadas.  Classificação 
geral do Campeonato de 1971: cariocas – 81 pontos, gaúchos – 44, catarinenses – 30, 
fluminenses e pernambucanos – 9, capixabas – 7 e baianos – 3.

298 
Em  1973  o  Campeonato  foi  efetuado  na  Guanabara,  na  lagoa  Rodrigo  de 
Freitas  tendo  os  remadores  cariocas  vencido  seis  provas  e  os  gaúchos  uma. 
Classificação geral: cariocas – 77 pontos, gaúchos – 44, catarinenses – 28, paraenses – 
24, baianos – 6, fluminenses – 4, paulistas e pernambucanos – 3 e potiguares – 1 ponto. 
No  Campeonato  de  1976  realizado  no  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de 
Freitas,  foi  adotado  um  novo  sistema  de  classificação,  em  vigor  até  o  presente: 
"Campeão o Estado que obteve o maior número de primeiros lugares. Havendo empate, 
vencerá  o  que  tiver  obtido  mais  segundos  lugares,  e  assim  sucessivamente."  Os 
remadores cariocas venceram todas as sete provas sendo seguidos na classificação geral 
pelos gaúchos, catarinenses, pernambucanos, paulistas, paraenses e baianos. 
Em  1978,  pela  primeira  vez,  o  Campeonato  Brasileiro  Masculino  de  Remo 
Classe  Aberta  foi  realizado  na  cidade  de  São  Paulo,  na  raia  olímpica da  Universidade 
tendo os remadores cariocas vencido todas as sete provas. Na classificação geral foram 
seguidos pelos remadores gaúchos, catarinenses, paulistas, pernambucanos, capixabas e 
baianos. 
No Campeonato de 1980, o programa da regata  foi ampliado com a inclusão 
da prova de quádruplo­skiff. Os remadores cariocas, mais uma vez, venceram todas as 
provas sendo seguidos na classificação geral pelos remadores paulistas, pernambucanos, 
capixabas, gaúchos, baianos, catarinenses, potiguares e paranaenses. 
Em  1982  o  Campeonato  foi  realizado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  tendo  os 
remadores  cariocas  novamente  vencido  as  oito  provas  e  na  classificação  geral  foram 
seguidos  pelos  gaúchos,  paulistas,  catarinenses,  capixabas,  pernambucanos,  baianos, 
paranaenses, brasilienses e potiguares. 
No Campeonato de 1984 disputado na raia Olímpica da Universidade de São 
Paulo  –  CEPEUSP,  os  remadores  cariocas  mais  uma  vez  venceram  as  oito  provas  e 
foram seguidos na classificação geral pelos capixabas, paulistas, catarinenses, gaúchos, 
brasilienses, baianos, pernambucanos e potiguares. 
Em 1986 o Campeonato foi efetuado na baía de Vitória, Espírito Santo, tendo 
os remadores cariocas vencido 7 provas e os gaúchos uma (2X). Na classificação geral 
foram  seguidos  pelos  paulistas,  capixabas,  catarinenses,  pernambucanos,  baianos  e 
brasilienses. 
Em 1988 não foi realizado. 
No  Campeonato  de  1990  disputado  em  Vitória,  os  remadores  cariocas 
venceram  todas  as  8  provas  seguidos  na  classificação  geral  pelos  capixabas, 
catarinenses, pernambucanos, paranaenses, baianos e brasilienses. 

SÍNTESE DOS VENCEDORES 
PROVAS 
ESTADOS  CANOAS A 
1X  4+  2+  2X  4 REMOS  2­  8+  4­  4X  TOTAIS 
Distrito Federal 
Guanabara  42  32  20  19  19  17  19  5  173 
Rio de Janeiro 
Rio Grande do Sul  6  8  3  5  4  3  2  31 
São Paulo  5  1  3  2  1  3  1  16 
Santa Catarina  1  3  1  1  6 
Espírito Santo  1  1  2  4 
Rio de Janeiro 
1  1 
(Fluminense) 
DISPUTAS  54  45  28  28  1  24  24  22  5  231

299 
3.5.1.l ­ INDIVIDUAL (Canoe e Skiff) 

Histórico: Instituído em 1902 pela Federação Brazileira das Sociedades de Remo, 
atual Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro, para ser disputado com os 
representantes  de  federações  estaduais  que  mantivessem  com  ela  determinadas 
convenções. 
Foi  realizado  regularmente  sob  sua  direção  até  1917  (em  1919  os  campeonatos 
brasileiros  de  remo  passaram  a  ser  dirigidos  pela  Confederação  Brasileira  de 
Desportos – CBD, e desde 1978 pela Confederação Brasileira de Remo (CBR). 
De  1902  a  1924  foi  disputado  em  canoa,  na  distância  de  1.000  metros,  e  desde 
1925 em skiff em 2.000 metros. 
Em 1919 e 1924 foram efetuados em Santos (SP), 1933 e 1968 em Porto Alegre, 
1936 em Salvador, 1978 e 1984 em São Paulo, 1986 e 1990 em Vitória de 1902 a 
1917 e de 1920 a 1924 na enseada de Botafogo, Rio de Janeiro e, nos demais anos, 
na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro. 

CANOE 
1902 – Rio de Janeiro – Antônio Mendes de Oliveira Castro – 3'51" 3/10 
1903 – Rio de Janeiro – Arthur Amendola – 4'19" 3/10 
1904 – Rio de Janeiro – Abr ahão Saliture – 4'42" 
1905 – Rio de Janeiro – Abrahão Saliture – 4'43" 3/10 
1906 – Rio de Janeiro – Gabriel de Almeida Magalhães – 5'14" 
1907 – Rio de Janeiro – Gabriel de Almeida Magalhães – 4'10" 4/5 
1908 – Rio de Janeiro – Gabriel de Almeida Magalhães – 4'23" 1/2 
1909 – Rio de Janeiro – Arnold Voigt – 4'33" 2/5 
1910 – Rio de Janeiro – Arnold Voigt – sem tempo 
1911 – Rio de Janeiro – Abrahão Saliture – 4'38" 
1912 – Rio de Janeiro – Gabriel de Almeida Magalhães – sem tempo 
1913 – Rio de Janeiro – Christóvão Pereira Devoto – 4'04" 1/5 
1914 – Rio de Janeiro – Claudionor Provenzano – 4'22" 1/5 
1915 – Rio de Janeiro – Gabriel de Almeida Magalhães – 5'04" 
1916 – Rio de Janeiro – Carlos Martins da Rocha – 4'09" 
1917 – Rio de Janeiro – Carlos Martins da Rocha – 4'13" 
1918 – Não foi realizado 
1919 – Rio de Janeiro – Arnold Voigt – sem tempo 
1920 – Rio de Janeiro – Arnold Voigt – 4'22" 
1921 – São Paulo – José Ferreira – 4'34" 
1922 – São Paulo – José Ferreira – 4'09" 
1923 – Rio de Janeiro – Claudionor Provenzano – 5'17" 
1924 – São Paulo – José Ferreira – 4'19" 

Resumo 
Rio de Janeiro  19 
São Paulo  3 
Total  22 

SKIFF 

1925 – Rio de Janeiro – Edmundo Castello Branco – 8'38"

300 
1926 – Não foi realizado 
1927 – Rio de Janeiro – Henrique Tomassini – sem tempo 
1928 – Rio de Janeiro – Ântônio Rebello Júnior – 7'50" 
1929 – Rio de Janeiro – Mário Tornassini – 9'22" 4/5 
1930 – Rio de Janeiro – Adamor Pinho Gonçalves – 8'41" 
1931 – Rio de Janeiro – Antônio Rebelo Júnior – 7'44' 
1932 – Não foi realizado 
1933 – Rio de Janeiro – Adâmor Pinho Gonçalves – 8'13" 
1934 – Rio Grande do Sul – Frederico Richter – 9'22" 
1935 – Rio Grande do Sul – Frederico Richter – 7'45" 
1936 – Sannta Catarina – Eliezer Braglia – 9'00" 
– Os campeonatos deixaram de ser realizados anualmente. 
1939 – São Paulo – Celestino Palma – 8'42" 
1940 – Rio Grande do Sul – Arnaldo Heberle – 7'12" 
1945 – Rio de Janeiro – Agenor Correa – 8'46" 
1948 – São Paulo – Nuno Alexandre Valente – 7'24" 
1951 – Rio de Janeiro – Francisco Torres Medina – 8'22"2 
1954 – Rio de Janeiro – Francisco Torres Medina – 8'33"5 
1955 – Rio de Janeiro – Francisco Torres Medina – 10'15" 
1958 – Rio de Janeiro – Álvaro da Silva Lobão – 7'56" 
1960 – Rio Grande do Sul – Edgar Gijsen – 7'41" 
1962 – Rio Grande do Sul – Edgar Gijsen – 7'34" 
1964 – Rio de Janeiro – Edgar Gijsen – 8'01" 
1965 – Rio de Janeiro – Edgar Gijsen – 8'07" 
1968 – Rio Grande do Sul – Edgar Gijsen – 7'51" 
1971 – Rio de Janeiro – Harry Edmundo Klein – 7'34" 
1973 – Rio de Janeiro – Mário Franco de Castro Filho – 7'45" 
1976 – Rio de Janeiro – Sérgio Brazil Sztancsa – 7'55" 
1978 – Rio de Janeiro – Paulo César Dworakowski – 7'24" 
1980 – Rio de Janeiro – Paulo César Dworakowski – 7'25" 
1982 – Rio de Janeiro – Ricardo Esteves de Carvalho – 7'23" 
1984 – Rio de Janeiro – Waldemar Antônio Trombetta – 8'27" 
1986 – Rio de Janeiro – José Raimundo Gusmão Ribeiro – 8'04"04 
1988 – Não foi realizado 
1990 – Rio de Janeiro – José Raimundo Gusmão Ribeiro – 8'47" 

Resumo 
Rio de Janeiro  23 
Rio Grande do Sul  6 
São Paulo  2 
Santa Catarina  1 
Total  32 

3.5.1.2 – QUATRO COM TIMONEIRO (Yole­franche e Out­rigger) 

Histórico:  Esta  prova  denominada  Campeonato  de  Remadores  do  Brasil,  foi 
instituída em 6 de dezembro de 1910 pela Federação Brazileira das Sociedades de 
Remo, atual Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro, para ser disputada 
anualmente  entre  essa  entidade  e  as  federações  dos  demais  Estados.  Em  1919

301 
passou  a  ser  dirigida  pela  Confederação  Brasileira  de  Desportos  e  com  nova 
regulamentação. Com a fundação da Confederação Brasileira de Remo, em 1977, 
esta e as demais provas passaram ao seu controle. 
De 1911 a 1920, foi disputada em yole­franche, e a partir de 1921 em out­rigger. 
Ate 1925  foi realizada na enseada de Botafogo, Rio de Janeiro,  1933 e 1968 em 
Porto  Alegre,  1934  em  Santos  (SP),  1936  em  Salvador,  1978  e  1984  em  São 
Paulo, 1986 e 1990 em Vitória, e as demais  na  lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de 
Janeiro. 

YOLE­FRANCHE 

15/10/1911 – Rio de Janeiro – 9'00" 
Timoneiro – Salvador Gammaro 
Remadores – João Jorio, Abrahão Saliture, João Saliture e Manoel 
Teixeira Novaes 
13/12/1912 – Rio de Janeiro – sem tempo 
Timoneiro – Rodolpho Campos Povoas 
Remadores  –  José  Hypolito  Lima  Filho,  Serafim  Ribeiro,  Joaquim 
Carneiro Dias e Joaquim Costa Cardoso 
19/10/1913 – Rio de Janeiro ­ 8'50" 
Timoneiro – Salvador Gammaro 
Remadores – João Jorio, Abrahão Saliture, João Saliture e Manoel 
Teixeira Novaes 
1914 – Não foi realizado 
24/10/1915 – Rio de Janeiro – 9'07" 
Timoneiro – Salvador Gammaro 
Remadores  –  Júlio  da  Motta  e  Silva,  Joaquim  Carneiro  Dias, 
Claudionor Provenzano e José Carvalho Magalhães 
15/10/1916 – Rio de Janeiro – 7'45" 
Timoneiro – Rodolpho Campos Povoas 
Remadores  –  Júlio  da  Motta  e  Silva,  Claudionor  Provenzano, 
Joaquim Ribeiro Dias e Serafim Ribeiro 
07/10/1917 – Rio de Janeiro – 7'47" 
Timoneiro – Arnaldo Guedes 
Remadores  –  João  Jorio,  Claudionor  Provenzano,  João  Saliture  e 
Abrahão Saliture 

20/10/1918 – Rio Grande do Sul – 7'45" 


Timoneiro – Antônio Urbano Ventura 
Remadores  –  Hugo  Teichmann,  Arthur  Fortes,  Oscar  Teichmann 
Sobrinho e Arnaldo Gaelzer 
19/10/1919 – Rio de Janeiro – 7'51" 
Timoneiro – Mário Nogueira 
Remadores  –  João  Jório,  Claudionor  Provenzano,  Arnold  Voigt  e 
Guilherme Lorena 
17/10/1920 – Rio de Janeiro – 7'49" 
Timoneiro – Henrique Ferrer Caruso 
Remadores – Júlio da Motta e Silva, Claudionor Provenzano, Carlos 
Castello Branco e Edmundo Castello Branco

302 
Resumo 
Rio de Janeiro  8 
Rio Grande do Sul  1 
Total  9 

OUT­RIGGER 

23/10/1921 – Rio de Janeiro – 7'24" 
Timoneiro – Antônio Arlindo Laviola 
Remadores – Francisco Motta, Ângelo Gammaro, Julio da Motta e 
Silva e Carmindo Bragança Duarte 
22/10/1922 – Rio de Janeiro – 9'33" 
Timoneiro – Walter Schlobach 
Remadores:  Ângelo  Gammaro,  Claudionor  Provenzano,  Carlos 
Martins da Rocha e Armando Rego Macedo 
21/10/1923 – Rio de Janeiro – 7'38" 
Timoneiro – Murilo Pereira Reis 
Remadores  –  Ângelo  Gammaro,  Claudionor  Provenzano,  Arnold 
Voigt e Armando Rego Macedo 
19/10/1924 – Rio de Janeiro – 8'33" 
Timoneiro – José M. Thomaz Pereira 
Remadores – Conrado van Erven, Ernani van Erven,  Francisco 
Driendl e E. Demby 
20/12/1925 – Rio Grande ao Sul – 8'53" 
Timoneiro – Dino Damiani 
Remadores – Luiz Capelli, Edmundo Radomsky, João de Lorenzi e 
José Carminatti 
1926 – Não foi realizado 
27/11/1927 – Rio de Janeiro – 7'38" 
Timoneiro – Francisco Carlos Brício 
Remadores – Antônio Rebello Júnior, Claudionor Provenzano, Tito 
Malta Filho e Joaquim da Silva Faria. 
09/12/1928 – Rio de Janeiro – 7'10" 
Timoneiro – Roberto Borges Bastos 
Remadores  –  Ozório  Antônio  Pereira,  Orígenes  Calmon  do  P.  e 
Almeida, Lourival Oliveira Reis e Fernando Nabuco de Abreu 
26/05/1929 – Rio de Janeiro – 8'10" 
Timoneiro – Francisco Carlos Brício 
Remadores – Antônio Rebello Júnior, Claudionor Provenzano, Sven 
Urban e Fernando Nabuco de Abreu. 
25/05/1930 – Rio de Janeiro – 7'46" 
Timoneiro – Amaro Miranda da Cunha 
Remadores – Vasco de Carvalho, Claudionor Provenzano, Antônio 
Rebello Júnior e Joaquim da Silva Faria 
22/02/1931 – Rio de Janeiro – 6'35" 
Timoneiro – Amaro Miranda da Cunha 
Remadores  –  Vasco  de  Carvalho,  Claudionor  Provenzano,  José 
Pichler Campos e Joaquim da Silva Faria 
1932 – Não foi realizado 
28/05/1933 – Rio Grande do Sul – 7'10"

303 
Timoneiro – Oscar Barbosa dos Santos 
Remadores  –  Arno  Collin,  Domingos  Fava,  Alfredo  de  Boer  e 
Frederico Heit 
18/11/1934 – Rio de Janeiro – 8'00" 
Timoneiro – Antônio Ramos Arouca 
Remadores  –  Vasco  de  Carvalho,  Claudionor  Provenzano,  José 
Pichler Campos e Joaquim da Silva Faria 
07/04/1935 – Rio Grande do Sul – 7'50" 
Timoneiro – Oscar Barbosa dos Santos 
Remadores  –  Arno  Collin,  Frederico  Heit,  Saturnino  Vanzelotti  e 
Edmundo Deuner 
31/05/1936 – Santa Catarina – 6'44" 
Timoneiro – Décio Klettenberg Couto 
Remadores  –  Aurélio  Sabino,  Joaquim  Oliveira,  Octávio  Aguiar  e 
Orlando Cunha 
Os campeonatos deixaram de ser realizados anualmente. 
19/03/1939 – Rio Grande do Sul – 6'30" 
Timoneiro – Willy Schwartz 
Remadores  –  Carlos  Chiapetti,  Lauro  Heberle,  Arnaldo  Heberle  e 
Edmundo Deuner 
28/01/1940 – Espírito Santo – 6'57" 
Timoneiro – Alfredo Monteiro 
Remadores  –  Oscar  Vieira  Lima,  Antônio  Sanchez,  Raymundo 
Angelo Filho e Miguel Bispo dos Santos 
03/66/1945 – Rio Grande do Sul – 7'35"5 
Timoneiro – Waldemar Fernandes da Cunha 
Remadores – Carlos Chiapetti, Valdomiro Heberle, Lauro Heberle e 
Albano Heberle 
07/03/1948 – Rio Grande do Sul – 7'18" 
Timoneiro – Gregorio Piñeda Lopez 
Remadores  –  Erni  Schiefelbein,  Raul  Ebner,  Orígenes  Valdo  de 
Oliveira e Aldo Campos 
29/04/1951 – São Paulo – 7'35" 
Timoneiro – Mário Pacheco de Queiroz 
Remadores – Rolando Pereira de Castro, Éden José Simon, Arnaldo 
Tescari e Vilacio de Oliveira 
17/01/1954 – Santa Catarina – 7'23" 
Timoneiro – Moacyr Iguatemy da Silveira 
Remadores  –  Hamilton  Cordeiro,  Francisco  Schmitt,  Édson 
Westphal e Sady Cayres Berber 
18/12/1955 – Santa Catarina – 7'48"6 
Timoneiro – Álvaro Elpo 
Remadores  –  Hamilton  Cordeiro,  Francisco  Schmitt,  Édson 
Westphal e Sady Cayres Berber 
23/03/1958 – Rio de Janeiro – 7'04" 
Timoneiro – Adriano Monteiro Soares 
Remadores  –  Dezir  Correa  de  Moraes,  João  Calixto  Oliveira, 
Manoel Armando Figueiredo Barbosa e Arlindo Antônio Schmitt 
14/02/1960 – Rio Grande do Sul – 7'06" 
Timoneiro – Roni Pereira de Souza

304 
Remadores – Francesco Todesco, Ernesto Neugebauer Endt, Harry 
Edmundo Klein e Paulino Gonçalves Leite 
15/04/1962 – Rio de Janeiro – 7'14" 
Timoneiro – Waldemar Scovino 
Remadores  –  Harry  Edmundo  Klein,  Paulino  Gonçalves  Leite, 
Sebastião Pereira de Araújo e Álvaro da Silva Lobão 
08/03/1964 – Rio de Janeiro – 7'17" 
Timoneiro – André Pereira de Souza 
Remadores – Alberto Blema, Assis Garcia Ramos, Harry Edmundo 
Klein e Paulo César Bandeira de Mello Labuto. 
28/11/1965 – Rio de Janeiro – 6'53" 
Timoneiro – Silvio Augusto de Souza 
Remadores  –  Alberto  Blema,  Wilson  Reeberg,  Antônio  Maria 
Araújo Morais Filho e Autemidio Anselmo Julião 
15/11/1968 – Rio de Janeiro – 6'48" 
Timoneiro – Sérgio da Silva Fernandes 
Remadores  –  Atalíbio  Magioni,  Isidoro  Cendrão,  Antônio  Toth  e 
Armin Tschaffon. 
11/04/1971 – Rio de Janeiro – 6'57" 
Timoneiro – Sílvio Augusto de Souza 
Remadores – Wilson Reeberg, Antônio Maria Araújo Morais Filho, 
João Carlos Rodrigues Fagundes e Celênio Martins da Silva 
08/04/1973 – Rio de Janeiro – 6'45" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Milton  Teixeira,  Wandir  Kuntze,  Jairo  Moreira  e 
Celênio Martins da Silva 
28/03/1976 – Rio de Janeiro – 7'08" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores – Mário Franco de Castro Filho, Wandir Kuntze, Laildo 
Ribeiro Machado e Edílson da Cunha Bezerra 
03/12/1978 – Rio de Janeiro – 6'47" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Oscar  Alfredo  Sommer,  Édson  Figueiredo  Menezes, 
Waldemar Antônio Trombetta e Olidomar Trombetta 
27/04/1980 – Rio de Janeiro – 6'29" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores – Laildo Ribeiro Machado, Wandir Kuntze, Valter Luís 
Hime Pinheiro Soares e Édson Figueiredo Menezes 
30/05/1982 – Rio de Janeiro – 6'46" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Laildo  Ribeiro  Machado,  Denis  Antônio  Marinho, 
Valter Luís Hime Pinheiro Soares e Ângelo Roso Neto 
30/09/1984 – Rio de Janeiro – 7'30" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Dênis  Antônio  Marinho,  Flávio  Andrade  de  Melo, 
Mauro Webber dos Santos e Moacir Trombetta 
26/10/1986 – Rio de Janeiro – 6'58"17 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores – Flávio Andrade de Melo, Mauro Webber dos Santos, 
Valter Luis Hime Pinheiro Soares e Angelo Roso Neto.

305 
1988 – Não foi realizado. 
20/05/1990 – Rio de Janeiro – 7'25" 
José  Carlos  Freire  Lage  Cavalcanti,  José  Augusto  de  Alencar 
Loureiro Júnior, Fábio Cesar Dazzi, Claudiomar Jung de Oliveira e 
Nilton Silva Alonço, timoneiro. 

Resumo 
Rio de Janeiro  24 
Rio Grande do Sul  7 
Santa Catarina  3 
Espírito Santo  1 
São Paulo  1 
Total  36 

3.5.1.3 – DOIS COM TIMONEIRO 

Histórico: Esta prova  foi disputada pela primeira  vez em 1927  na  lagoa Rodrigo 


de  Freitas,  Rio  de  Janeiro,  1934  em  Santos  (SP),  1936  em  Salvador,  1968  em 
Porto Alegre, 1978 e 1984 em São Paulo, 1986 e 1990 em Vitória e as demais na 
lagoa Rodrigo de Freitas. 
1927 – Rio de Janeiro – 8'54"1/5 
Timoneiro – Henry Leonardo Filho 
Remadores – Lourival de Oliveira Reis e Fernando Nabuco de Abreu 
1930 – Rio de Janeiro – 8'32" 
Timoneiro – Renato Soares de Mendonça 
Remadores – Lourival de Oliveira Reis e Theophilo Habesch Junior 
1931 – Rio de Janeiro – 7'46"1/10 
Timoneiro – Américo Garcia Fernandes 
Remadores – José Garcia Carneiro e João Francisco de Castro 
1934 – São Paulo – 9'44" 
Timoneiro – Luiz Ubaldo Gonçalves 
Remadores – Dino Romiti e David Martins 
1935 – Rio de Janeiro – 8'42" 
Timoneiro – Carlos Perl Junior 
Remadores – James Harding e Kurt Haberland 
1936 – São Paulo – 7'48" 
Timoneiro – Victorio Fillelini 
Remadores – Stefano João Egisto Strata e José Ramalho 
1939 – São Paulo – 8'16" 
Timoneiro – Francisco Espíndola 
Remadores – Egysto Betti Netto e Carlos de Castro 
1940 – Rio de Janeiro – 7'50" 
Timoneiro – Alcides Augusto Ferreira Campos 
Remadores – Celso Camara Lima e João Ferreira Santos 
1945 – Rio de Janeiro – 8'31"6 
Timoneiro – Carlos Osório de Almeida 
Remadores  –  Renato  Rodemburgo  de  Medeiros  Neto  e  João  Ferreira 
Santos 
1948 – Rio Grande do Sul – 8'29"

306 
Timoneiro – Arlindo da Cunha Cabral 
Remadores – Paulo Diebold e Pércio Zancani 
1951 – Rio de Janeiro – 8'37"6 
Timoneiro – Carlos Osório de Almeida 
Remadores – Paulo Diebold e João Ferreira Santos 
1954 – Espírito Santo – 8'53" 
Timoneiro – Francisco Augusto Furtado 
Remadores – Harry Mosé e João Arruela Maio 
1955 – Santa Catarina – 8'54" 
Timoneiro – Álvaro Elpo 
Remadores – Édson Westphal e Francisco Schmitt 
1958 – Rio Grande do Sul – 8'05" 
Timoneiro – André Pereira de Souza 
Remadores – Pedro Ely Bittencourt Leal e Reny Leal dos Santos 
1960 – Rio de Janeiro – 8'23" 
Timoneiro – João Costa Cortês 
Remadores – Lourival Rodrigues de Souza e Francisco Schmitt 
1962 – Rio de Janeiro – 8'03" 
Timoneiro – Maurício Couto 
Remadores – Maurício Álvares e Ricardo José Alves 
1964 – Rio de Janeiro – 8'06" 
Timoneiro – André Pereira de Souza 
Remadores – Alberto Blema e Assis Garcia Ramos 
1965 – Rio de Janeiro – 8'00" 
Timoneiro – Alberto Carlos Henriques 
Remadores –Alberto Blema e Cláudio Angeli 
1968 – Rio de Janeiro – 8'09" 
Timoneiro – Alberto Carlos Henriques 
Remadores  – Nelson  Parente  Ribeiro  Filho  e  Carlos  Roberto  de  Souza  e 
Silva 
1971 – Rio de Janeiro – 7'49" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores – Alberto Blema e Atalíbio Magioni 
1973 – Rio Grande do Sul – 8'07" 
Timoneiro – Jetro Esteves Farias 
Remadores – Benício Lemos do Nascimento e  Jorge Baumhardt 
1976 – Rio de Janeiro – 7'08" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores – Antônio Augusto Fantin Pistóia e Wandir Kuntze 
1978 – Rio de Janeiro – 7'31" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores – Laildo Ribeiro Machado e Wandir Kuntze 
1980 – Rio de Janeiro – 7'47" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores – Oscar Alfredo Sommer e Henrique Gustavo Johann 
1982 – Rio de Janeiro – 7'33" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores – Laildo Ribeiro Machado e Angelo Roso Neto 
1984 – Rio de Janeiro – 8'14" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço

307 
Remadores – Valter Luiz Hime Pinheiro Soares e Angelo Roso Neto 
1986 – Rio de Janeiro – 8'08"19 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho 
Remadores – Flávio Andrade de Melo e Angelo Roso Neto 
1988 – Não foi realizado 
1990 – Rio de Janeiro – 8'49" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores – Marcelo Couto de Carvalho e Cleber Fabiano Ferraz Leite 

Resumo 
Rio de Janeiro  20 
Rio Grande do Sul  3 
São Paulo  3 
Espírito Santo  1 
Santa Catarina  1 
Total  28 

3.5.1.4 – DUPLO­SKIFF 

Histórico: Esta prova  foi disputada pela primeira  vez em 1927  na  lagoa Rodrigo 


de  Freitas,  Rio  de  Janeiro;  1934  em  Santos  (SP);  1936  em  Salvador;  1968  em 
Porto Alegre; 1978 e 1984 em São Paulo; 1986 e 1990 em Vitória e as demais na 
lagoa Rodrigo de Freitas. 
1927 – Rio de Janeiro – 8'15" 
Marino Tolentino e Carlos Eduardo Osório 
1930 – Rio de Janeiro – 8'42" 
Francisco Gomes Marinho e Robert Karl Schneeweiss 
1931 – Rio de Janeiro – 6'49" 
Henrique Tomassini e Adamor Pinho Gonçalves 
1934 – São Paulo – 8'27"8 
Celso Luiz Sara Barberis e Sylvio Manzini 
1935 – Rio de Janeiro – 7'58" 
Adamor Pinho Gonçalves e Henrique Tomassini 
1936 – Rio de Janeiro – 7'44"2 
Paschoal Caetano Rapuano e Adamor Pinho Gonçalves 
1939 – Espírito Santo – 7'14" 
Agenor Corrêa e Manoel Corrêa de Abreu 
1940 – Espírito Santo – 7'05" 
Agenor Corrêa e Wilson de Freitas Coutinho 
1945 – Rio de Janeiro – 7'45" 
Agenor Corrêa e Hamlet William 
1948 – São Paulo – 7'15"4 
Antônio Campos e Nuno Alexandre Valente 
1951 – Rio Grande do Sul – 7'49"8 
Régis Baldino e João Baptista da Silva Filho 
1954 – Rio de Janeiro – 7'47" 
Frederico Schrage e Francisco Torres Medina 
1955 – Rio de Janeiro – 7'41" 
Álvaro da Silva Lobão e Francisco Torres Medina

308 
1958 – Rio de Janeiro – 7'23" 
Álvaro da Silva Lobão e Cezar Antunes Sereno 
1960 – Rio Grande do Sul – 7'01" 
Pedro Ely Bittencourt Leal e Edgar Gijsen 
1962 – Rio Grande do Sul – 7'23" 
Edgar Gijsen e Francesco Todesco 
1964 – Rio de Janeiro – 7'23" 
Edgar Gijsen e Harry Edmundo Klein 
1965 – Rio de Janeiro – 7'45" 
Edgar Gijsen e Harry Edmundo Klein 
1968 – Rio Grande do Sul – 7'25" 
Edgar Gijsen e Gilberto Gerhardt 
1971 – Rio de Janeiro – 7'04" 
Harry Edmundo Klein e Edgar Gijsen 
1973 – Rio de Janeiro – 7'29" 
Gilberto Gerhardt e Leonardo da Vinci Uliana Campos 
1976 – Rio de Janeiro – 7'05" 
Mário Franco de Castro Filho e Gilberto Gerhardt 
1978 – Rio de Janeiro – 7'10" 
Waldemar Antônio Trombetta e José Cláudio Geret Lazzarotto 
1980 – Rio de Janeiro – 6'44" 
Waldemar Antônio Trombetta e José Cláudio Geret Lazzarotto 
1982 – Rio de Janeiro – 6'42" 
Sérgio Brasil Sztancsa e José Cláudio Geret Lazzarotto 
1984 – Rio de Janeiro – 7'36" 
Otávio D'Ávila Bandeira e Fernando Fantoni 
1986 – Rio Grande do Sul – 7'05"01 
Otavio D'Ávi1a Bandeira e Fernando Fantoni 
1988 – Não foi realizado 
1990 – Rio de Janeiro – 7'52" 
Luiz Cláudio Zamagna Bouhid e Marcos Froes Cardoso 

Resumo 
Rio da Janeiro  19 
Rio Grande do Sul  5 
São Paulo  2 
Espírito Santo  2 
Total  28 

3.5.1.5 – CANOA A QUATRO REMOS 

Histórico:  Esta  prova  foi  realizada  apenas  uma  vez  em  27/11/1927,  na  lagoa 
Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro. 
Vitória da guarnição da Federação Náutica Fluminense, na canoa "Ione". 
Timoneiro – Juvenal Chagas 
Remadores  –  Olímpio  Pinheiro,  Sebastião  Borges  Barreto,  Manoel  Jerônimo  da 
Silva e Atanagildo de Freitas.

309 
3.5.1.6 – DOIS SEM TIMONEIRO 

Histórico: Esta prova  foi realizada pela primeira vez em 1935,  na  lagoa Rodrigo 


de Freitas, Rio de Janeiro, 1936 em Salvador; 1968 em Porto Alegre; 1978 e 1984 
em  São  Paulo;  1986  e  1990  em  Vitória,  e  nos  demais  anos  na  lagoa  Rodrigo  de 
Freitas. 
1935 – Rio de Janeiro – 8'56" 
Francisco Gomes Marinho e Erico Barreto 
1936 – Rio de Janeiro – 7'56" 
Francisco Gomes Marinho e Erico Barreto 
1939 – Rio de Janeiro – 7'47" 
Fernando Cumming Young e Luiz Siqueira Seixas 
1940 – São Paulo – 7'33" 
Avelino Tedeschi e Oreste Favero 
1945 – Rio de Janeiro – 8'17"3 
Francisco Ribeiro Vianna e Abilio Serafim 
1948 – Rio Grande do Sul – sem tempo 
Paulo Diebold e Pércio Zancani 
1951 – São Paulo – 8'04"4 
Erich Jany e Guenther Jany 
1954 – Rio Grande do Sul – 8'05"3 
Walter Gerhardt Hubert Karl e Manoel José Barbosa Amorim 
1955 – Rio de Janeiro – 8'58" 
José de Carvalho Filho e André Gustavo Richer 
1958 – Rio Grande do Sul – 7'33" 
Johannes Melis e Ruthgerus Melis 
1960 – Rio Grande do Sul – 7'51" 
Johannes Melis e Ruthgerus Melis 
1962 – Rio de Janeiro – 7'16" 
Jorge Rodrigues e Fritz Mueller 
1964 – Rio de Janeiro – 7'43" 
Jorge Rodrigues e Fritz Mueller 
1965 – Rio de Janeiro – 8'07" 
Assis Garcia Ramos e Luiz Alberto Angeli 
1968 – Rio de Janeiro – 8'07" 
Jorge Sloboda e Mopyr Miguel Bancov 
1971 – Rio de Janeiro – 7'08" 
Mopyr Miguel Bancov e Érico Vicente de Souza 
1973 – Rio de Janeiro – 7'10" 
Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza 
1976 – Rio de Janeiro – 7'26" 
Raul Bagattini e Érico Vicente de Souza 
1978 – Rio de Janeiro – 7'07" 
Raul Bagattini e Henrique Gustavo Johann 
1980 – Rio de Janeiro ­6'58" 
Angelo Roso Neto e Ronaldo Esteves de Carvalho 
1982 – Rio de Janeiro – 7'05" 
Waldemar Antônio Trombetta e Marco Antônio dos Santos 
1984 – Rio de Janeiro – 7'56" 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho

310 
1986 – Rio de Janeiro – 7'26"22 
Ronaldo Esteves de Carvalho e Ricardo Esteves de Carvalho 
1988 – Não foi realizado 
1990 – Rio de Janeiro – 8'18" 
Flávio Andrade de Melo e Cláudio Mello Tavares 

Resumo 
Rio de Janeiro  19 
Rio Grande do Sul  4 
São Paulo  1 
Total  24 

3.5.1.7 – OITO 

Histórico: Esta prova  foi realizada pela primeira  vez em 1935,  na  lagoa Rodrigo 


de Freitas, Rio de Janeiro; 1936 em Salvador; 1968 em Porto Alegre; 1978 e 1984 
em  São  Paulo;  1986  e  1990  em  Vitória, e  nos  demais  anos  na  lagoa  Rodrigo  de 
Freitas. 
1935 – Rio Grande do Sul – 6'52" 
Timoneiro – Clemente Maria Rath 
Remadores  –  Helmuth  Glimm,  Ernesto  Arthur  Sauter,  Henrique  Kranen 
Filho,  Lauro  Franzen,  Alfredo  de  Boer,  Brutus  Portinho  Nessi,  Máximo 
Fava e Arno Albino Ely 
1936 – Rio Grande do Sul – 6'36" 
Timoneiro – Armando von Reisswitz 
Remadores  –  Arno  Franzen,  Nilo  Anselmo  Franzen,  Henrique  Kranen 
Filho,  Ernesto  Arthur  Sauter,  Alfredo  de  Boer,  Frederico  Guilherme 
Tadewald, Máximo Fava e Lauro Franzen 
1939 – São Paulo – 6'30" 
Timoneiro – Antonio Fúlvio da Rocha Spino 
Remadores  –  Brasil  Soares  Campanha,  Nelson  Perroud,  José  do  Rego 
Estrella,  Estevam  Regolini,  Raphael  Laudanna,  Oswaldo  de  Almeida 
Leite, Urbano Pazzó e Cláudio Sardilli 
1940 – São Paulo – 6'12" 
Timoneiro – Antônio Fúlvio da Rocha Spino 
Remadores  –  Brasil  Soares  Campanha,  Nélson  Perroud,  Clério  Garzela, 
Estevam  Regolini,  Raphael  Laudanna,  Oswaldo  Almeida  Leite,  Urbano 
Pezzo e Cláudio Sardilli 
1945 – Rio de Janeiro – 6'46" 
Timoneiro – Amaro Miranda da Cunha 
Remadores – Francisco Ribeiro Vianna, Abílio Serafim, Roberto Salcêdo 
Reis, João Domingos Lamonica, Milton Vieira da Silva, Vilson Fernandes 
Vasques, Lauro Oliveira Paula e Eugênio Botinelly Soares. 
1948 – São Paulo – 6'28" 
Timoneiro – Antônio Fúlvio da Rocha Spino 
Remadores  –  Décio  Lagôa  Martinelli,  César  Cantagalli,  Bernardino  da 
Silva Neto, Pedro Salvatori, Max Cagnoni, Isper Rahal, Aurélio Gurian e 
Oswaldo Bueno 
1951 – Rio de Janeiro – 6'45"

311 
Timoneiro – Amaro Miranda da Cunha 
Remadores  –  Eugênio  Botinelly  Soares,  Pedro  de  Souza  Lima,  Moacyr 
Cruz,  João  Calixto  Oliveira,  Dezir  Correa  de  Moraes,  Lon  Teixeira  de 
Menezes, Domingos Baldi Lamonica e Arthur Miguel Lopes 
1954 – Rio de Janeiro – 6'46" 
Timoneiro – Antenor Barbosa dos Santos 
Remadores – José de Carvalho Filho, David Stone Sharp, Cláudio  Veiga 
de  Brito,  José  Soares,  Ronaldo  Duncan  Arantes,  André  Gustavo  Richer, 
Sérgio Martins e Osmar Antônio Hass 
1955 – Rio de Janeiro – 6'30" 
Timoneiro – Adriano Monteiro Soares 
Remadores – Dezir Correa de Moraes, Ruy Kopper, Nélson Guarda, João 
Calixto  de  Oliveira,  Manoel  Armando  Figueiredo  Barbosa,  Arlindo 
Antônio Schmidt, Mario Lamosa e Lon Teixeira de Menezes 
1958 – Rio de Janeiro – 6'25" 
Timoneiro – João da Costa Cortês 
Remadores – Audifax Barbosa, José Arthur Salles Pascoli, André Gustavo 
Richer, Lourival Rodrigues de Souza, Guilherme Augusto do Eirado Silva, 
Ronaldo  Duncan  Arantes,  Willy  Ramos  Teixeira  e  Hélio  José  Ribeiro 
Baptista 
1960 – Rio de Janeiro – 6'24" 
Timoneiro – Adriano Monteiro Soares 
Remadores – Audifax Barbosa, Luiz Augusto de Oliveira Rodrigues, José 
Kogut, Eno Prati, Nélson Guarda, Ivo Alves da Cunha, Sebastião Pereira 
de Araújo e José Arthur Salles Pascoli 
1962 – Santa Catarina – 6'37" 
Timoneiro – Jobel Silva Furtado 
Remadores  –  Ernesto  Vahl  Filho,  Teodoro  Rogério  Vahl,  Harry 
Kreutzfeld,  Edson  Schmitt,  Rui  de  Souza  Lopes,  Erich  Passig,  Valfredo 
dos Santos e Manoel Silveira 
1964 – Rio de Janeiro – 6'30" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Augusto  Henrique  Gutmann,  Antônio  Roque  dos  Santos, 
Gláucio  Alves  Pereira,  Autemidio  Anselmo  Julião,  Francisco  Manoel 
Pereira da Costa Filho, Willy Ramos Teixeira, Américo Puppin e Marcílio 
Dias Paes 
1965 – Rio de Janeiro – 6'25" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Wilson  Reeberg,  Antônio  Maria  Araújo  Morais  Filho, 
Autemidio  Anselmo  Julião,  Luiz  Alves  da  Silva,  Luiz  Carlos  de  Lima, 
Milton Neves, José Guilherme Neto e Sérgio Orlando Almeida de Castro 
1968 – Rio Grande do Sul – 6'10" 
Timoneiro – Luiz Lanis Motta da Silva 
Remadores  –  Luiz  Henrique  Correa  Pinoz,  Breno  Manczck  Mello,  José 
Milhoranza  Medeiros,  Leopoldo  Schneider,  Llco  Nede  de  Souza,  Vitor 
Pascoal Russo, Felix Eyng e Angelo Syrio dos Santos 
1971 – Rio de Janeiro – 6'24" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  – Delson  Machado,  José  Carlos  Angeli,  Antônio Toth,  Jorge 
Sloboda,  Edison  Doneda,  Udo  Germer,  Silvestre  Komochena  e  Walter

312 
Gaidzinski 
1973 – Rio de Janeiro – 6'41" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores  –  Milton  Teixeira,  Wandir  Kuntze,  Mário  Franco  de  Castro 
Filho, Jairo Moreira, Atalibio Magioni, Edilson da Cunha Bezerra, Isidoro 
Cendrão e Celênio Martins da Silva 
1976 – Rio de Janeiro – 6'22" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores  –  Atalibio  Magioni,  Alessandro  Zelesco,  Oscar  Alfredo 
Sommer, Edson  Figueiredo  Menezes,  Maurício  de  Assis  Castro,  Cláudio 
Luiz  Pinheiro  da  Silva,  Olidomar  Trombetta  e  José  Carlos  Vieira 
Lourenço 
1978 – Rio de Janeiro – 6'06" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores – Oscar Alfredo Sommer, Olidomar Trombeda, Laildo Ribeiro 
Machado,  Wandir  Kuntze,  Valter  Luis  Hime  Pinheiro  Soares,  Edson 
Figueiredo  Menezes,  Francisco  José  Ferreira  Diniz  e  Nélson  Luiz  da 
Cunha Telles Cavalcante 
1980 – Rio de Janeiro – 6'17" 
Timoneiro – Manoel Therezo Novo 
Remadores – Laildo Ribeiro Machado, Wandir Kuntze, Valter Luis Hime 
Pinheiro  Soares,  Edson  Figueiredo  Menezes,  Oscar  Alfredo  Sommer, 
Ângelo  Roso  Neto,  Francisco  José  Ferreira  Diniz  e  Henrique  Gustavo 
Johann 
1982 – Rio de Janeiro – 6'18" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores  –  André  Ladeira  Rodrigues  Lima,  Cláudio  Richard  Mira 
Gindlesberger,  Moacir  Trombetta, Edson  Figueiredo  Menezes,  Estevaldo 
Silva Santos, Nélson Mordehachvili, Francisco José Ferreira Diniz e Luiz 
Roberto Conceição Nunes 
1984 – Rio de Janeiro – 6'46" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores – Ronaldo Esteves de Carvalho, Ricardo Esteves de Carvalho, 
Valter  Luis  Hime  Pinheiro  Soares,  Ângelo  Roso  Neto,  Laildo  Ribeiro 
Machado,  Denis  Antônio  Marinho,  Flávio  Andrade  de  Melo  e  Cláudio 
Richard Mira Gindlesberger 
1986 – Rio de Janeiro – 6'35"63 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores  –  Carlos  Pestana  Bezerra,  Cláudio  Richard  Mira 
Gindlesberger,  Valter  Luis  Hime  Pinheiro  Soares,  Mauro  Webber  dos 
Santos,  Helder  José  de  Lima,  Cláudio  de  Mello  Tavares,  Eduardo  Brian 
Moyna e Luiz Afonso Paes Gonçalves Xavier 
1988 – Não foi realizado. 
1990 – Rio de Janeiro – 6'51" 
Timoneiro – Nilton Silva Alonço 
Remadores  –  Flávio  Andrade  de  Melo,  Mário  Márcio  Hime  Pinheiro 
Soares,  Cláudio  Mello  Tavares,  Francisco  José  Pereira  Diniz,  Marcos 
Schupp,  André  Luiz  Hime  Pinheiro  Soares,  Marcos  Fernando  Costa 
Almeida e Luiz Afonso Paes Gonçalves Xavier

313 
Resumo 
Rio de Janeiro  17 
Rio Grande do Sul  3 
São Paulo  3 
Santa Catarina  1 
Total  24 

3.5.1.8 – QUATRO SEM TIMONEIRO 

Histórico: Esta prova  foi realizada  pela primeira  vez em 1939,  na  lagoa Rodrigo 


de  Freitas,  Rio  de  Janeiro,  1968  em  Porto  Alegre,  1978  e  1984  em  São  Paulo, 
1986 e 1990 em Vitória, e nos demais anos na lagoa Rodrigo de Freitas. 
1939 – Rio Grande do Sul – 6'45" 
Oswaldo  Silveira,  Manoel  Silveira,  Lourival  Silveira  e  Joaquim  Silveira 
Filho 
1940 – Rio Grande do Sul – 6'51" 
João Baptista da Silva  Filho, Carlos Dutra Mello, Lauro Jacobs e  Walter 
Silva 
1945 – Rio de Janeiro – 7'32"5 
Waldyr  Rodrigues,  Vilson  Fernandes  Vasques,  Lauro  Oliveira  Paula  e 
Eugênio Botinelly Soares 
1948 – Rio de Janeiro – sem tempo 
Rômulo Rocha Costa, Antenor Soneghet Gomes, Ruy da Rocha Pimentel 
e Antônio Rocha Costa 
1951 – São Paulo – 7'25" 
Rolando  Pereira  de  Castro,  Éden  José  Simon,  Arnaldo  Tescari  e  Caio 
Williams de Castro 
1954 – Rio de Janeiro – 7'22" 
Lon  Teixeira  de  Menezes,  Manoel  Figueiredo  Barbosa,  João  Calixto 
Oliveira e Mário Lamosa 
1955 – Rio de Janeiro – 7'19" 
José  de  Carvalho  Filho,  David  Stone  Sharp,  Ronaldo  Duncan  Arantes  e 
André Gustavo Richer 
1958 – Rio de Janeiro – 7'10" 
Nélson Guarda, Ruy Kopper, Carlos Ernesto Botelho Pimentel e Eugênio 
Botinelly Soares 
1960 – Rio de Janeiro – 7'34" 
João Custódio Rajão, João Calixto Oliveira, Manoel Armando Figueiredo 
Barbosa e Jorge Rodrigues 

22/05/1983 – Rio de Janeiro – 5'11" 
Timoneiro – Luiz Márcio Vítor Alves Pereira 
Remadores  –  Petrônio  José  Estrela  Souza  Filho  Oswaldo  Kuster 
Neto, Luiz Carlos Amaral de Figueiredo e Irineu Ramiro Santos 
04/05/1985 – Santa Catarina – 5'23" 
Timoneiro – André Eduardo Vieira 
Remadores  –  André  Luiz  da  Costa  Baracuhy,  Maurício  José  de 
Oliveira, Marco Antônio Martins e Augusto César Torquato Júnior

314 
05/07/1987 – Rio de Janeiro – 5'07"04 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho 
Remadores  – Jose  Carlos  Freire  Lages  Cavalcanti,  José  Augusto  de 
Alencar  Loureiro  Júnior,  Wladmir  Henrique  Motta  e  André  Luiz 
Hime Pinheiro Soares 
15/10/1989 – Rio de Janeiro – 5'09" 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho 
Remadores  –  Alexandro  Rogozyk,  Leonardo  Cherman,  Marcelo 
Nissenbaum e Thiago Pereira Barreto da Costa Felix 

3.5.2.2 – SKIFF 

Histórico: Prova efetuada pela primeira vez em 1973 na lagoa Rodrigo de Freitas, 
Rio de Janeiro; 1975 e 1979 na raia olímpica da Universidade de São Paulo; 1977 
e  1983  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas;  1981  na  raia  do  Parque  Náutico  Iguaçu, 
Curitiba; 1985  na  baia Norte em  Florianópolis, 1987 no  lago  Paranoá, Brasília  e 
1989 na raia da ilha do Pavão, Porto Alegre. 
08/07/1973 – Rio Grande do Sul – 5'55" 
João Manoel Edmundo Malvarez 
29/06/1975 – Santa Catarina – 6'25" 
Rolf Kreutzfeld 
15/05/1977 – Rio de Janeiro – sem tempo 
André do Eirado Silva 
04/03/1979 – Rio de Janeiro – 6'16" 
Ricardo Esteves de Carvalho 
15/11/1981 – Rio Grande do Sul – 5'45"07 
Otávio D'Ávila Bandeira 
22/05/1983 – Santa Catarina – 5'44"8/10 
Hugo Renato Seibel 
04/05/1985 – Paraná – 5'57" 
Pedro Humberto Giacomassi Polydoro 
05/07/1987 – Espírito Santo – 5'42" 
Anderson Neves de Oliveira 
15/10/1989 – Rio Grande do Sul – 5'32" 
Marcelus Marcili dos Santos Silva 

3.5.2.3 – DUPLO­SKIFF 

Histórico: Prova realizada pela primeira vez em 1973, na lagoa Rodrigo de Freitas, 
Rio de Janeiro; 1975 e 1979 na raia olímpica da Universidade de São Paulo; 1977 
e  1983  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas;  1981  na  raia  do  Parque  Náutico  Iguaçu, 
Curitiba; 1985 na baia Norte, Florianópolis; 1987 no lago Paranoá, Brasília e 1989 
na raia da ilha do Pavão, Porto Alegre. 
08/07/1973 – Rio de Janeiro – 5'29"07 
Nino Gabriel Tisthal e Luiz Otávio Palhares Chaves 
29/06/1975 – Rio de Janeiro – 5'57" 
Armando César Ribas e Rúbio de Iuituby Filho 
15/05/1977 – Rio de Janeiro – 5'31"

315 
Alfredo  Elysio  Tavares  de  Mello  Filho  e  Carlos  Eduardo  Lessa 
Brandão 
04/03/1979 – Rio Grande do Sul – 5'33"5 
Luiz Carlos Feilke e Douglas Augusto Steyer 
15/11/1981 – Rio Grande do Sul – 5'30"37 
Sergio Paiva da Silveira e Mauro Webber dos Santos 
22/05/1983 – Rio de Janeiro – 5'13" 
Rodolpho Pinto Paiva e Fernando Brian Moyna 
04/05/1985 – Rio de Janeiro – 5'32" 
Pablo Jorge Craievich e Renato Henrique Scheidemantel 
05/07/1987 – Paraná – 5'01"79 
João Gonçalves e Jerson Ernesto dos Santos 
15/10/1989 – Rio Grande do Sul – 5'08" 
Evandro Vieira de Oliveira e Renato Michel 

3.5.2.4 – DOIS SEM TIMONEIRO 

Histórico:  Prova  disputada  pela  primeira  vez  em  1973,  na  lagoa  Rodrigo  de 
Freitas,  Rio  de  Janeiro;  1975  e  1979  na  raia  olímpica  da  Universidade  de  São 
Paulo; 1977 e 1983 na lagoa Rodrigo de Freitas; 1981 na raia do Parque Náutico 
Iguaçu,  Curitiba;  1985  na  baia  Norte,  Florianópolis;  1987  no  lago  Paranoá, 
Brasília e 1989 na raia da ilha do Pavão, Porto Alegre. 
08/07/1973 – Rio de Janeiro – 5'42"05 
Maurício de Assis Castro e Guilherme de Oliveira Campos 
29/06/1975 – Rio de Janeiro – 6'12" 
Luiz Fernando Martins Lastres e Sylvio Castello Branco de Luca 
15/05/1977 – Rio de Janeiro – 5'42" 
Ricardo Habib Gomes e Pedro Abramo Campos 
04/03/1979 – Espírito Santo – 5'44"5 
Marco Antonio de Jesus Boina e João Francisco Deboni 
15/11/1981 – Rio Grande do Sul – 5'31"38 
Marco Aurélio Alcântara e Felipe Leyser 
22/05/1983 – Rio de Janeiro – 5'33" 
Maurício  Silveira  Leal  de  Meirelles  e  Marcos  Lenzi  Saldanha 
Balbuena 
04/05/1985 – Espírito Santo – 5'44" 
Fernando Correa Reis e Rogério Batista Ramos 
05/07/1987 – Rio de Janeiro – 5'22"83 
Marcello Couto de Carvalho e João Luiz Dias Bertelli 
15/10/1989 – Rio de Janeiro – 5'19" 
Bruno Cotecchia e Marcelo de Queiroz Scherer 

3.5.2.5 – OITO 

Histórico: Prova efetuada pela primeira vez em 1977, na lagoa Rodrigo de Freitas, 
Rio de Janeiro; 1979 na raia Olímpica da Universidade de São Paulo; 1981 na raia 
do Parque Náutico Iguaçu, Curitiba; 1983 na lagoa Rodrigo de Freitas e 1985 na 
baia Norte, Florianópolis.

316 
15/05/1977 – Rio de Janeiro – 5'00" 
Timoneiro – Alexandre Pereira Saione 
Remadores  –  Ennio  Tavares  Jardim,  Valter  Luiz  Hime  Pinheiro 
Soares, Luiz Roberto Conceição Nunes, Ralf Lethola, José Marques 
Alvares de Oliveira, João Manoel de Carvalho Santos, Nélson Luiz 
da Cunha Telles Cavalcante e Marcelo Abreu Murad 
04/03/1979 – Rio de Janeiro – 4'55" 
Timoneiro – Rodney Bernardes de Araújo Júnior 
Remadores  –  Leonardo  Gomes  Pinto  de  Abreu,  João  Constant 
Serejo  Neto,  José  Maria  Ribeiro  Miro,  Guilherme  Magalhães 
Ambrósio, Márcio Fernandes Marques, João Carlos Teixeira Soares 
Filho, Eduardo Figueira e Flávio Antônio Ferreira 
15/11/1981 – Rio de Janeiro – 4'53"92 
Timoneiro – Luiz Fernando de Lacerda Miranda 
Remadores  –  Dênis  Antonio  Marinho,  Hélder  José  de  Lima,  Luiz 
Antônio  Puppin,  Cláudio  Richard  Mira  Gindlesberger,  Flávio 
Henrique  Wuensche  de  Souza,  Guido  D'Anna  e  Sant'Anna,  José 
Henrique de Sena Nunes e Antonio Celso Alves Pereira Filho. 
22/05/1983 – Rio de Janeiro – 4'46"1/10 
Timoneiro – Júlio César Soares de Abreu 
Remadores  –  Rodolpho  Pinto  Paiva,  Fernando  Brian  Moyna, 
Gustavo Edelenyi Pinto, José Osvaldo de Brito Fernandes, Marcelo 
Dreicon, Michele Mestolo  Neto, Danilo  Augusto Silveira e  Renato 
Monteiro Pereira 
04/05/1985 – Rio de Janeiro – 4'31" 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho 
Remadores  –  Rony  Fontoura  Morgan,  Marcos  Fernando  Costa 
Medina,  Renato  Henrique  Scheidemantel,  Pablo  Jorge  Craievich, 
Vinícius  Seabra  Pereira  Costa,  Marcelo  Neves  Santos,  Guilherme 
Nery Braccaioli e André Gilberto Alves Beltrão. 

3.5.2.6 – DOIS COM TIMONEIRO 

Histórico:  Prova  realizada  pela  primeira  vez  em  1979  na  raia  olímpica  da 
Universidade  de  São  Paulo;  1981  na  raia  do  Parque  Náutico  Iguaçu,  Curitiba; 
1983  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  Rio  de  Janeiro;  1985  na  baia  Norte, 
Florianópolis;  1987  no  lago  Paranoá,  Brasília  e  1989  na  raia  da  ilha  do  Pavão, 
Porto Alegre. 
04/03/1979 – Rio de Janeiro – 6'20" 
Timoneiro – Ricardo Quintaneiro dos Reis 
Remadores – Moacir Trombetta e Marcelo Abreu Murad 
15/11/1981 – Rio de Janeiro – 5'50"86 
Timoneiro – Felipe Rafael Ibeas 
Remadores – Carlos Frederico Brunken e Klaudio Pinaud Vargas 
22/05/1983 – Rio de Janeiro – 5'46" 
Timoneiro – Júlio César Soares de Abreu 
Remadores – Flávio Andrade de Melo e Fábio Toscano Clemente 
04/05/1985 – Rio de Janeiro – 6'07" 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho

317 
Remadores – José Roberto Nunes Lima e Carlos Pestana Bezerra 
05/07/1987 – Rio de Janeiro – 5'43"54 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho 
Remadores  –  Carlos  Alexandre  Buckton  de  Almeida  e  Cleber 
Fabiano Ferraz Leite 
15/10/1989 – Rio de Janeiro – 5'41" 
Timoneiro – Carlos Alberto Leite Sobrinho 
Remadores – Marcos Schupp e Mario Márcio Hime Pinheiro Soares 

3.5.2.7 – QUATRO SEM TIMONEIRO 

Histórico:  Prova  disputada  pela  primeira  vez  em  1979  na  raia  olímpica  da 
Universidade  de  São  Paulo;  1981  na  raia  do  Parque  Náutico  Iguaçu,  Curitiba; 
1987 no lago Paranoá, Brasília e 1989 na raia da ilha do Pavão, Porto Alegre. 
04/03/1979 – Rio de Janeiro – 5'25"4 
André Ladeira Rodrigues Lima, Vitor Lima Pais, Carlos Guilherme 
da Cunha Telles Cavalcante e Alberto Oscar Nasseh 
15/11/1981 – Rio de Janeiro – 5'09"78 
Edson  Luiz  Ramos  Salgueiro,  Beethoven  Toscano  de  Brito,  José 
Marcos Santos Silva e Pedro Luiz Andrade e Silva 
05/07/1987 – Rio de Janeiro – 5'06" 
Nelson  Henrique  Barbosa  Filho,  Cláudio  Malavolti,  José  Augusto 
do Nascimento Patrício e Cláudio Moreira Alves. 
15/10/1989 – Rio Grande do Sul – 5'01" 
Evandro  Viana  de  Oliveira,  Fernando  Meinhardt,  Marcelo  Simões 
Pires Picarelli e Renato Michel. 

3.5.3 – CAMPEONATOS BRASILEIROS MASCULINOS DE REMO PESO LEVE 

Em  1981,  na  raia  do  Parque  Náutico  Iguaçu  em  Curitiba,  disputado  o  1º 
Campeonato Brasileiro Masculino de Remo Peso Leve, apenas com a prova de skiff, na 
distância de 1.500 metros. Campeão o remador do Rio Grande do Norte, seguido pelos 
representantes  de  Pernambuco,  Santa  Catarina,  Espírito  Santo,  Bahia,  Rio  de  Janeiro, 
Rio Grande do Sul e São Paulo. 
No Campeonato de 1983 realizado no Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, 
foram disputadas duas provas: quatro sem vencida pelos cariocas e skiff pelos gaúchos. 
Cariocas e gaúchos obtiveram um primeiro e um segundo lugares, entretanto os cariocas 
venceram  coletivamente  pois  conquistaram  quatro  medalhas  de  primeiro  lugar  e  os 
gaúchos uma. 
Na  classificação  geral  foram  seguidos  pelos  capixabas,  pernambucanos, 
catarinenses e paulistas. 
Em 1985, o 3º Campeonato foi disputado em Florianópolis, na raia da baía Norte, 
sendo  as  duas  provas  do  programa  vencidas  pelos  remadores  do  Espírito  Santo, 
seguidos  na  classificação  geral  pelos  remadores  pernambucanos,  cariocas,  gaúchos, 
paranaenses, paulistas, baianos e brasilienses. 
No Campeonato de 1986 efetuado no Rio de Janeiro, na lagoa Rodrigo de Freitas, 
o  programa  foi  ampliado  com  a  inclusão  da  prova  de  duplo­skiff,  sendo  as  3  provas 
disputadas em 2.000 metros. Os remadores capixabas venceram coletivamente (1º, 2º e

318 
4º lugares), seguidos pelos gaúchos (1º, 2º e 6º lugares), catarinenses (1º e 4º lugares), 
cariocas,  pernambucanos,  baianos,  potiguares,  paranaenses,  brasilienses,  paulistas  e 
amazonenses. 
Em 1987, o 5º Campeonato foi efetuado no Rio de Janeiro, na  lagoa Rodrigo de 
Freitas tendo sido incluida no programa a prova de 2 sem timoneiro. As 4 provas foram 
disputadas em 2.000 metros e a vitória coletiva foi dos remadores gaúchos (1º, 1º, 2º e 
4º lugares), seguidos pelos cariocas (1º, 2º, 4º e 5º lugares), capixabas (1º, 3º, 3º e 4º), 
pernambucanos (2º, 2º, 3º e 3º lugares), potiguares, catarinenses, sergipanos, baianos e 
paraenses. 
No  Campeonato  de  1988  disputado  no  Rio  de  Janeiro,  na  lagoa  Rodrigo  de 
Freitas,  foram  realizadas  as  mesmas  provas  do  ano  anterior.  Os  remadores  capixabas 
venceram coletivamente (1º, 1º, 2º e 2º), seguidos pelos cariocas (1º, 2º e 3º), gaúchos 
(1º e 2º), catarinenses, brasilienses, paulistas, amazonenses e sergipanos. 
Em 1989, o VII Campeonato foi realizado em Vitória tendo as mesmas 4 provas 
do  ano  anterior.  Campeões  os  remadores  cariocas  com  3  vitórias,  seguidos  pelos 
capixabas com 1 vitória, pernambucanos, sergipanos, paraenses, paulistas e brasilienses. 
No  Campeonato  de  1990,  efetuado  em  Recife,  o  programa  foi  ampliado  para  5 
provas (2X, 2­, 1X, 4­ e 4X) todas vencidas pelos remadores pernambucanos, seguidos 
na classificação geral pelos paraneses, baianos, amazonenses, cariocas e sergipanos. 

SÍNTESE DOS VENCEDORES 
PROVAS 
ESTADOS 
1X  4­  2X  2­  4X  TOTAIS 
Espírito Santo  2  3  2  7 
Rio de Janeiro  1  2  2  1  6 
Rio Grande do Sul  3  1  1  5 
Pernambuco  1  1  1  1  1  5 
Rio Grande do Norte  1  1 
Santa Catarina  1  1 
DISPUTAS  8  7  5  4  1  25 

3.5.3.1 – SKIFF (remadores com até 72,5 quilos) 

Histórico: Esta prova foi disputada pela primeira vez em 1981, na raia do Parque 
Náutico Iguaçu, Curitiba; 1983 na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro; 1985, 
na baia Norte, Florianópolis; 1986, 1987 e 1988 na lagoa Rodrigo de Freitas; 1989 
em Vitória e 1990 em Recife. 
15/05/1981 – Rio Grande do Norte – 5'54"69 
Ronaldo Paulo da Rocha 
22/05/1983 – Rio Grande do Sul – 5'43" 
Alzir Prandi 
04/05/1985 – Espírito Santo – 5'26" 
Sergio Ribeiro de Oliveira 
11/05/1986 – Rio Grande do Sul – 7'52" 
Alzir Prandi 
27/09/1987 – Rio Grande do Sul – 7'31"43 
Alzir Prandi 
21/08/1988 – Rio de Janeiro – 8'25" 
Eduardo Correa da Costa Maia

319 
03/09/1989 – Espírito Santo – 7'28" 
Sérgio Ribeiro de Oliveira 
30/09/1990 – Pernambuco 
Alan Marcos de Carvalho Miranda 

3.5.3.2 – QUATRO SEM TIMONEIRO 


(remadores com até 72,5 quilos e em conjunto peso máximo 280 quilos) 

Histórico: Esta prova  foi realizada pela primeira  vez em 1983,  na  lagoa Rodrigo 


de Freitas, Rio de Janeiro; 1985 na baia Norte, Florianópolis; 1986, 1987 e 1988 
na lagoa Rodrigo de Freitas; 1989 em Vitória a 1990 em Recife. 
22/05/1983 – Rio de Janeiro – 5'04" 
Bernardo de Miranda e Soto Queiroz, José Roberto Saraiva Gomes 
da Costa, Cleber Rocha Vieira e Alberto Oscar Nasseh. 
04/05/1985 – Espírito Santo – 4'52" 
Carlos  Ruy  Marins  Benezath,  Sérgio  Luiz  Pinter,  José  Augusto 
Freire Almeida e João Francisco Deboni. 
11/05/1986 – Espírito Santo – 6'41" 
Carlos  Ruy  Marins  Benezath,  Sérgio  Luiz  Pinter,  José  Augusto 
Freire Almeida e João Francisco Deboni 
27/09/1987 – Rio Grande do Su1 – 7'04" 
Bernardo  de  Miranda  e  Soto  Queiroz,  Elton  Repenning,  Ricardo 
Diefenthaeler e Robert Gunter Lay 
21/08/1988 – Espírito Santo – 7'30" 
João  Francisco  Deboni,  José  Augusto  Freire  Almeida,  Carlos  Ruy 
Marins Benezath e Sergio Luiz Pinter. 
03/09/1989 – Rio de Janeiro – 7'07" 
Adrian  Giassoni,  Robert  Günter  Lay,  Angelo  Roberto  Romero 
Yanez e Paulo Henrique Macário Moraes 
30/09/1990 – Pernambuco 
Carlos  Maurício  Maux,  Alan  Marcos  de  Carvalho  Miranda,  Erick 
Alan Pessoa e Marcelo de Lira Ferraz 

3.5.3.3 – DUPLO­SKIFF 
(remadores com até 72,5 quilos e em conjunto peso máximo de 140 quilos) 

Histórico:  Esta  prova  foi  disputada  pela  primeira  vez  em  1986,  na  raia  da  lagoa 
Rodrigo  de  Freitas,  Rio  de  Janeiro,  em  1987  e  1988  no  mesmo  local;  1989  em 
Vitória e 1990 em Recife. 
11/05/1986 – Santa Catarina – 7'11" 
Hugo Renato Seibel e Enio Feiber Sônego 
27/09/1987 – Rio de Janeiro – 7'04"43 
Eduardo Correa da Costa Maia e Angelo Roberto Romero Yañez 
21/08/1988 – Rio Grande do Sul – 7'45" 
Alzir Prandi e Paulo César ... 
03/09/1989 – Rio de Janeiro 
.....................

320 
3.5.3.4 – DOIS SEM TIMONEIRO 
(remadores com até 72,5 quilos e em conjunto peso máximo 140 quilos) 
Histórico:  Esta  prova  foi  disputada  pela  primeira  vez  em  1987, na  raia  da  lagoa 
Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, em 1988 no mesmo  local; 1989 em Vitória e 
1990 em Recife. 

3.5.4 – CAMPEONATOS BRASILEIROS FEMININOS DE REMO 

Em 1984 foi realizado o 1º Campeonato Brasileiro Feminino de Remo, na raia da 
lagoa Rodrigo de Freitas, sendo disputadas duas provas, skiff e duplo­skiff, na distância 
de  1.000  metros.  As  remadoras  do  Rio  Grande  do  Sul  venceram  ambas  e  na 
classificação geral foram seguidas pelas cariocas e paulistas. 
O 2º Campeonato, em 1985, efetuado em Porto Alegre, na raia do Parque Náutico, 
teve  as  mesmas  duas  provas,  porém  com  as  inscrições  abertas  à  Federações  e  Clubes, 
sendo admitidas duplas de remadoras de dois clubes. A prova de skiff foi vencida pela 
representante  do  Clube  de  Regatas  Guaiba­Porto  Alegre  e  a  de  duplo­skiff  pelas 
remadoras  do  Clube  de  Regatas  Almirante  Barroso,  de  Porto  Alegre. Na  classificação 
geral sagrou­se vencedor o Clube de Regatas Almirante Barroso, seguido pelo Clube de 
Regatas Guaiba­Porto Alegre e Clube Atlético Paulistano, de São Paulo. 
Em  1986,  o  3º  Campeonato  foi  disputado  no  Rio  de  Janeiro,  na  raia  da  lagoa 
Rodrigo  de  Freitas,  com  inscrições  exclusivas  às  Federações,  sendo  o  programa 
ampliado  com  a  inclusão  da  prova  de  quádruplo­skiff,  também  em  peso  livre,  na 
distância  de  1.000  metros.  As  outras  duas  provas,  skiff  e  duplo­skiff,  foram  efetuadas 
em 2.000 metros. As três provas foram vencidas pelas remadoras gaúchas, seguidas na 
classificação geral pelas cariocas, paulistas, brasiliense e capixaba. 
O  4º  Campeonato,  em  1987,  realizado  na  raia  olímpica  da  Universidade  de  São 
Paulo, teve o programa bastante modificado: 
–  a prova de quadruplo­skiff, classe aberta, foi suprimida; 
–  incluída a prova de 2 sem peso livre, na distância de 2.000 metros; 
–  incluídas 3 provas de peso leve, skiff, duplo­skiff e 2 sem, todas na distância 
de 2.000 metros. 
As  remadoras  paulistas  venceram 3  provas,  as  gaúchas  duas  e  as  cariocas  uma, 
seguidas na classificação geral pela brasiliense, pernambucana e sergipana. 
O  5º  Campeonato,  em  1988,  disputado  em  Porto  Alegre,  na  raia  do  Grêmio 
Náutico União, na ilha do Pavão, com balizamento Albano, teve no programa apenas 3 
provas  para  peso  livre.  As  remadoras  gaúchas  venceram  as  3  provas,  seguidas  na 
classificação  geral  pelas  brasilienses,  paulistas  e  cariocas.  Distância  das  provas:  1.500 
metros. 
Em 1989, o 6º Campeonato foi igualmente disputado em Porto Alegre, na raia do 
Grêmio  Náutico  União,  na  ilha  do  Pavão,  balizamento  Albano,  2  provas  em  1.500 
metros  e  dupla  vitória  das  remadoras  gaúchas,  seguidas  na  classificação  geral  pelas 
cariocas, brasilienses e catarinense. 
O  7º  Campeonato,  em  1990,  efetuado  na  lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  no  Rio  de 
Janeiro, teve no programa 2 provas em 2.000 metros, ambas vencidas pelas remadoras 
gaúchas, seguidas pelas cariocas.

321 
SÍNTESE DOS VENCEDORES 
ESTADOS ­  PESO LIVRE  PESO LEVE 
TOTAIS 
CLUBES  1X  2X  4X  2­  1X  2X  2­ 
Rio Grande do Sul  5  6  1  2  14 
São Paulo  1  1  1  3 
Rio de Janeiro  1  1 
C.R.Alm.Barroso­P.A.  1  1 
C.R.Guaiba­P.Alegre  1  1 
DISPUTAS  7  7  1  2  1  1  1  20 

3.5.4.1 – PESO LIVRE 

3.5.4.1.1 – SKIFF 

08/07/1984 – Rio Grande do Sul – Rio Grande do Sul – 4'15"17 


Dulce D'Ávila Bandeira 
07/04/1985 – Clube de Regatas Guaiba­Porto Alegre – 4'38" 
Jaqueline Xavier Pereira 
11/05/1986 – Rio Grande do Sul – 8'55" 
Marisa de Moraes Lisbôa 
16/05/1987 – São Paulo – 9'08" 
Ana Helena Puccetti 
25/09/1988 – Rio Grande do Sul – 6'22" 
Jaqueline Xavier Pereira 
15/10/1989 – Rio Grande do Sul – 6'23" 
Jaqueline Xavier Pereira 
15/07/1990 – Rio Grande do Sul – 8'48" 
Jaqueline Xavier Pereira 

3.5.4.1.2 – DUPLO­SKIFF 

08/07/1984 – Rio Grande do Sul – 3'52" 


Marisa de Moraes Lisbôa e Cláudia Magali Gomes da Silva 
07/04/1985 – Clube de Regatas Almirante Barroso (Porto Alegre) – 4'17" 
Marlise Goulart de Carvalho e Zilma Martins Chaves 
11/05/1986 – Rio Grande do Sul – 8'14" 
Cláudia Marina Brandt Corroa e Jaqueline Xavier Pereira 
16/05/1987 – Rio Grande do Sul – 8'58" 
Cláudia Marina Brandt Correa e Jaqueline Xavier Pereira 
25/09/1988 – Rio Grande do Sul – 6'09" 
Jaqueline Santos dos Santos e Luciana Pinto 
15/10/1989 – Rio Grande do Sul – 5'56" 
Jaqueline Xavier Pereira e Jaqueline Santos dos Santos 
15/07/1990 – Rio Grande do Sul – 7'48" 
Jaqueline Santos dos Santos e Doris Geiss Lund

322 
3.5.4.1.3 – QUÁDRUPLO­SKIFF 
11/05/1986 – Rio Grande do Sul – 3'44" 
Dulce  D'Ávila  Bandeira,  Adriana  Andréa  de  Oliveira  Neves, 
Marlise Goulart de Carvalho e Zilma Martins Chaves. 

3.5.4.1.4 – DOIS SEM TIMONEIRA 

16/05/1987 – Rio Grande do Sul – 9'27" 


Marlise Fernanda Lantieri e Cristiane Marques 
25/09/1988 – Rio Grande do Sul – sem tempo 
Cristiane Marques e Cristiane Gijsen 

3.5.4.2 – PESO LEVE 

3.5.4.2.1 – SKIFF 

16/05/1987 – Rio de Janeiro – 9'23" 
Claudia Viegelita de Mattos 

3.5.4.2.2 – DUPLO­SKIFF 

16/05/1987 – São Paulo – 9'31" 
Edenise Garcia e Renata Blanca Osório 

3.5.4.2.3 – DOIS SEM TIMONEIRA 

16/05/1987 – São Paulo – 9'17" 
Cristina Beatriz Lentino e Luciana Rabelo de Moura

323 
CAPÍTULO 4 – DESPORTISTAS 
AGRACIADOS PELA CSAR E CBR

324 
4.1 – CSAR – CAVALHEIROS DO REMO SUL­AMERICANO 

ARGENTINA  ­ Roberto Corbella Figini 
Artemio López Piteira 
Calos A. Wendt 
BRASIL  ­ Máximo Martinelli 
Ayr de Azevedo Pinheiro 
Carlos Osório de Almeida 
Renato Marcello Borges da Fonseca 
CHILE  ­ Alberto Labra Andrade 
Benjamin Holmes 
PERU  ­ Manuel Mendizábal Lecaros 
José Mazzini Lanatta 
Ernesto Gordillo 
URUGUAI  ­ Alfredo O. Inciarte 
Rolando Marcelo Antoniol 
Victorio Silvio Campodónico 

4.2 – CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE REMO 

4.2.1 – BENEMÉRITOS 

07/02/1980  ­ Jean Marie Faustin Godefroid Havelange  ­ Rio de Janeiro 


­ Jerônymo Baptista Bastos  ­ Rio de Janeiro 
­ Heleno de Barros Nunes  ­ Rio de Janeiro 
­ Carlos Osório de Almeida  ­ Rio de Janeiro 
­ André Gustavo Richer  ­ Rio de Janeiro 
24/03/1981  ­ Sylvio de Magalhães Padilha  ­ São Paulo 
­ Ayr de Azevedo Pinheiro  ­ Rio de Janeiro 
­ Archimimo Magnus de Souza  ­ Rio Grande do Sul 
16/03/1982  ­ Túlio de Rose (em memória)  ­ Rio Grande do Sul 
­ Péricles Cavalcanti  ­ Rio Grande do Norte 
18/03/1983  ­ Arlindo Antonio Laviola  ­ Rio de Janeiro 
­ Lon Teixeira de Menezes  ­ Rio de Janeiro 
­ Henrique Felippe Bonnet Licht  ­ Rio Grande do Sul 
30/01/1985  ­ Osmar de Souza  ­ Rio de Janeiro 

4.2.2 – EMÉRITOS 

18/03/1983  ­ Edgar Gijsen  ­ Rio de Janeiro 


­ Harry Edmundo Klein  ­ Rio de Janeiro 
­ Wandir Kuntze  ­ Rio de Janeiro 
­ Raul Bagattini  ­ Rio de Janeiro 
­ Érico Vicente de Souza  ­ Rio de Janeiro 
­ Manoel Therezo Novo  ­ Rio de Janeiro 
­ Laildo Ribeiro Machado  ­ Rio de Janeiro 
­ Gilberto Gerhardt  ­ Rio de Janeiro

325 
­ Celênio Martins da Silva  ­ Rio de Janeiro 
­ Mopyr Miguel Bancov  ­ Rio de Janeiro 
21/03/1984  ­ Ricardo Esteves de Carvalho  ­ Rio de Janeiro 
­ Ronaldo Esteves de Carvalho  ­ Rio de Janeiro 
30/01/1985  ­ Nilton Silva Alonço  ­ Rio de Janeiro 
­ Valter Luis Hime Pinheiro Soares  ­ Rio de Janeiro 
­ Ângelo Roso Neto  ­ Rio de Janeiro 

4.2.3 – FIDELIDADE AO REMO 

18/03/1983  ­ Osmar de Souza  ­ Rio de Janeiro 


­ Raymundo Nonato Queiroz  ­ Pará 
­ Guilherme Augusto do Eirado Silva  ­ Rio de Janeiro 
­ Moacyr Neves  ­ Pernambuco 
­ Álvaro Soares Junior  ­ Bahia 
­ José Martins Diogo  ­ São Paulo 
­ Moacyr Iguatemy da Silveira  ­ Santa Catarina 
­ Carlos Bento Hoffmeister  ­ Rio Grande do Sul 
­ Gregório Pineda Lopez  ­ Rio Grande do Sul 
­ João Arruela Maio  ­ Espírito Santo 
­ Humberto Nesi  ­ Rio Grande do Norte 
­ João Vieira de Castro Gomes  ­ Rio de Janeiro 
­ Henrique Júlio Nurmberger  ­ Rio de Janeiro 
­ Sady Cayres Berber  ­ Santa Catarina 
21/03/1984  ­ Naldir Santiago (em memória)  ­ Pará 
­ Oscar Simões Filho  ­ Rio Grande do Norte 
­ Ivaney Veloso de Oliveira  ­ Bahia 
­ Eduardo Cosenza  ­ Bahia 
­ Edson Macedo Silva  ­ Pernambuco 
­ Antonio Salarini  ­ Espírito Santo 
­ Alberto Monteiro  ­ Espírito Santo 
­ João Ferreira dos Santos  ­ Rio de Janeiro 
­ João Reis  ­ Rio de Janeiro 
­ Manoel Agonia Baltazar do Couto  ­ Rio de Janeiro 
­ Carlos de Lion  ­ São Paulo 
­ José Manoel Gomes  ­ Brasília 
­ Dino Romiti  ­ São Paulo 
­ José Luiz Boabaid  ­ Paraná 
­ Walmor Villela  ­ Santa Catarina 
­ Anton Karl Biedermann  ­ Rio Grande do Sul 
­ Ilo Carlos Lanzer  ­ Rio Grande do Sul 
­ João Leonel de Paula  ­ Santa Catarina 
30/01/1985  ­ Miguel Elesbão Costa  ­ Pará 
­ Manoel Pereira do Nascimento  ­ Pará 
­ Manoel Nunes Rodrigues  ­ Pará 
­ José Gurgel Guará  ­ Rio Grande do Norte 
­ Edvaldo Leandro dos Santos  ­ Pernambuco 
­ Josemir Rosas Correia Sobrinho  ­ Pernambuco 
­ Humberto Henrique dos Santos  ­ Bahia

326 
­ Antonio Carlos Ribeiro Freire de Carvalho  ­ Bahia 
­ Genésio Ramos  ­ Bahia 
­ Marcelo B. Desaune  ­ Espírito Santo 
­ Romualdo Gianordoli  ­ Espírito Santo 
­ Max Cagnoni  ­ São Paulo 
­ Casemiro Abreu e Mello  ­ São Paulo 
­ José Maria Martins Gonçalves  ­ Rio de Janeiro 
­ Américo Puppin  ­ Rio de Janeiro 
­ Rodney Bernardes de Araújo  ­ Rio de Janeiro 
­ Mário Lopes Ribeiro  ­ Rio de Janeiro 
­ Elias Kalil Honein  ­ Rio de Janeiro 
­ Kalil Boabaid  ­ Paraná 
­ Antonio Benedito da Cunha  ­ Paraná 
­ Enio Sônego  ­ Santa Catarina 
­ Saulo Soares  ­ Santa Catarina 
­ Décio Klettemberg Couto  ­ Santa Catarina 
­ Nauro Bandeira  ­ Rio Grande do Sul 
­ Fritz Werner Reuter  ­ Rio Grande do Sul

327 
CAPÍTULO 5 – FEDERAÇÕES DE REMO 
DO BRASIL

328 
Federação Amazonense de Remo 
Federação Paraense de Desportos 
Federação Aquática Norte­Riograndense 
Federação Pernambucana de Remo 
Federação Sergipana de Remo 
Federação dos Clubes de Regatas da Bahia 
Federação de Remo do Espírito Santo 
Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro 
Federação de Remo de Brasília 
Federação Paulista de Remo 
Federação Paranaense de Remo 
Federação de Remo do Estado de Santa Catarina 
Federação de Remo do Rio Grande do Sul

329 
BIBLIOGRAFIA

330 
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Woodgate, Walter Brad Ford. L’Aviron, Rowing & Swlling. Paris, 1881. 

OUTRAS FONTES DE PESQUISA 

Arquivo da A GAZETA ESPORTIVA, São Paulo. 
Arquivo  da  ASOCIACIÓN  ARGENTINA  DE  REMEROS  AFICIONADOS,  Buenos 
Aires. 
Arquivo da A TRIBUNA, Santos, (SP). 
Arquivo da COMPANHIA JORNALÍSTICA CALDAS JÚNIOR, Porto Alegre. 
Arquivo da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS, Rio de Janeiro. 
Arquivo da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE REMO, Rio de Janeiro. 
Arquivo do COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO, Rio de Janeiro. 
Arquivo do JORNAL DOS SPORTS, Rio de Janeiro. 
Arquivos das Federações de Remo de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. 
Arquivos de clubes de remo do Rio Grande do Sul. 
Bibliotecas de Curitiba, São Paulo, Florianópolis, Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre. 
Biblioteca Nacional Argentina, Buenos Aires. 
Biblioteca Nacional do Uruguai, Montevidéu. 
Biblioteca Nacional José Marti, Havana, Cuba. 
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro 
Boletins da Confederação Brasileira de Desportos, Rio de Janeiro. 
Boletins da Confederação Brasileira de Futebol, Rio de Janeiro. 
Communication from Shiga Prefecture – nº 5, July/90, Japão. 
Desportistas de vários países e de diversos Estados do Brasil. 
Museu da Comunicação Social Hipólito José da Costa, Porto Alegre. 
Serviço de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro.

333 
Agradeço  aos  que  tiverem  a  gentileza  de 
enviar  impressões,  críticas  e  sugestões 
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"O REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS" 

Henrique Licht 
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Fone – (51) 3342­5562 
henrique.licht@terra.com.br

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