É muito comum que em todas as escolas e instituições de ensino, se fale muito e
se defenda muito o “relativismo cultural” como o princípio de partida, ou seja, a premissa fundamental para a aceitação de toda a nossa diversidade cultural e étnica, que é aquilo que se diz ser o objetivo final, primeiro e último da sociologia moderna para o nosso tempo contemporâneo, contexto social e condição cultural. É, claro, um terreno bem delicado, o qual se exige cautela.
Resta, porém, de início e fundamentalmente, como forma de lucidez e
discernimento inicial, perguntar até que ponto ela defende o interesse geral da sociedade ou da maioria dela, isto é, até que ponto defendem o interesse comum e em comum. Isto, até hoje (e até agora), não foi esclarecido. Resta também revisar se ela satisfaz todas as concepções de sociedade de todas as vertentes teórico-políticas de sociedade ou teorias políticas sobre a sociedade, de modo a concluir e assegurar que esta “busca sociológica” tenha sua origem e seja embasada em um consenso realmente e verdadeiramente “democrático” (como todos assim tanto estimam e buscam: mas poucos naturalmente o fazem). Isto, até hoje (e até agora), não foi esclarecido.
Sobre esta “Sociologia” de âmbito particular e espectro político específico:
Institucionalmente é “democrática”? Sim, até porque se prega justamente uma doutrina social-democrática de centro- esquerda, o que não deixa de ser, de qualquer modo, do ponto de vista, âmbito e espectro político desta própria vertente política (regime político social- democrata, e espectro de Centro-Esquerda) e tudo aquilo que esta defende, uma doutrinação (“arbitrariedade”), o que, a propósito, vai de encontro a própria ideia e princípio político que se prega, a “Democracia” (Descuido? Hipocrisia? Teoria utópica intrinsecamente concomitante a prática e ao praticante?). Constitucionalmente é democrática? Conclui-se assim, evidentemente, que não, não e não! Não é “democrática”! Sem sabermos e conhecermos a profunda interface e a lógica programação desta “busca, pesquisa e investigação sociológica” geral que se manifesta em todas as instituições de ensino, incluindo a nossa escola, temo que eu não possa dizer mais muita coisa além destas que já disse, pois não posso pisar em um terreno que desconheço (embora muitos o façam, eu não o farei) ou problematizar ainda mais um problema que nem sei porque foi, originalmente e intencionalmente, levantado e divulgado publicamente. Além disso, minha intuição me diz que esta pesquisa, busca e investigação sociológica acerca da defesa total e ferrenha daquela aberração que chamam de “multiculturalismo”, favorece e satisfaz apenas algumas concepções de sociedade de apenas algumas vertentes teórico- políticas de sociedade, o que a meu ver, acaba sendo antidemocrático (não sou precisamente contra isto, mas já que a buscam tanto: não sejam hipócritas ou descuidados). Se isto não é doutrinação ideológica (não que eu seja precisamente contra isso dependendo do que se doutrina, repito, mas não cometam hipocrisia, autoengano ou descuido desatencioso de se dirigirem contra si mesmos), então não sei o que é: mas tenho certeza de que não é confiável, isto sim! Antes me retirar do que me sujeitar!
Permanecerei, pessoalmente, com a minha convicção lógica: o “democrata” é
sempre antidemocrata ao defender suas teses e ao ser politicamente parcial em sua educação “social” recebida e sua aula “sociológica”, a outros, aplicada. A democracia é, e sempre será, uma grande e cômica utopia.
E, até que esclareçam e sejam esclarecidos os dois pontos e apontamentos aqui
levantados (na primeira página), não realizarei “proezas de pensamento juvenil precoce” dados ao acaso: ao desconhecido. Isto tudo é muitíssimo claro (de minha parte para com a Vossa). E já que és “democrata” e “multicultural”, professora, peço não somente a compreensão, como também a aceitação da presente dissertação como o trabalho escolar que foi a nós pedido, no lugar do outro formato requisitado.