Professional Documents
Culture Documents
3 UNIDADE 1 - Introdução
4 UNIDADE 2 - Materiais
4 2.1 Produtos e serviços
14 UNIDADE 3 - Estoques
20 3.4 Planejamento e controle
SUMÁRIO
29 3.5 Avaliação
30 3.6 Custos
35 4.2 Layout
49 REFERÊNCIAS
3
UNIDADE 1 - Introdução
Uma das estratégias corporativas para tem no momento certo, evitando paradas
que as organizações atinjam seus objeti- de produção ou excesso de estoques, daí
vos envolve a logística, que por sua vez a importância da gestão de suprimentos.
tem íntima relação com gestão de supri-
Pois bem, as breves considerações aci-
mentos. Antes de analisarmos a logística,
ma apontam a direção que tomaremos
é pertinente conhecer a movimentação
agora: apresentar conceitos básicos de
de materiais e/ou estoques que envolve
produtos, serviços, estoques e movimen-
fluxo, classificação, armazenagem, plane-
tação de materiais.
jamento, controle, avaliação, custos den-
tre outros conceitos. Ressaltamos em primeiro lugar que em-
bora a escrita acadêmica tenha como pre-
Sendo a movimentação de materiais/
missa ser científica, baseada em normas
estoque um dos elos da cadeia de supri-
e padrões da academia, fugiremos um
mentos, precisamos dar a devida atenção
pouco às regras para nos aproximarmos
a essa subárea da engenharia de supri-
de vocês e para que os temas abordados
mentos, afinal de contas, colocar o pro-
cheguem de maneira clara e objetiva, mas
duto certo no lugar certo, no momento
não menos científicos. Em segundo lugar,
certo e nas condições desejadas contribui
deixamos claro que este módulo é uma
para entendermos que a cadeia de valor
compilação das ideias de vários autores,
vem representar todas as atividades que
incluindo aqueles que consideramos clás-
acontecem dentro da empresa com a fina-
sicos, não se tratando, portanto, de uma
lidade de criar valor para os clientes.
redação original e tendo em vista o cará-
Em relação ainda aos materiais, se par- ter didático da obra, não serão expressas
tirmos para os problemas existentes em opiniões pessoais.
uma organização relacionados a eles, ve-
Ao final do módulo, além da lista de
remos que se situam em três campos bá-
referências básicas, encontram-se ou-
sicos: avaliação, controle e programação,
tras que foram ora utilizadas, ora somen-
todas funções importantes dentro do sis-
te consultadas, mas que, de todo modo,
tema global da empresa.
podem servir para sanar lacunas que por
Conforme Dias (1993, p. 199), “Para que ventura venham a surgir ao longo dos es-
a matéria-prima possa transformar-se, ou tudos.
ser beneficiada, pelo menos um dos três
elementos básicos de produção, homem,
máquina ou material, deve movimentar-
-se”, daí podemos justificar nossa ênfase
na movimentação de materiais.
UNIDADE 2 - Materiais
Qualquer que seja o sistema de produ- mento, que mudará de alguma ma-
ção utilizado por uma empresa – por en- neira, sua forma ou tamanho.
comenda, lotes ou produção contínua –, o
processo produtivo é sempre uma compli-
cada e contínua transformação de maté- A movimentação de materiais tem a
rias-primas, materiais e informações em função de deslocar materiais movendo-
produtos acabados ou serviços prestados. -os para onde seja necessário para que a
produção siga seu curso, não alterando
O interior de uma empresa é invaria-
sua forma, muito menos processando o
velmente o cenário de uma série de ações
material, apenas colocar os materiais na
aplicadas sobre os materiais ou informa-
sequência do processo, o qual mudará o
ções que ingressam no processo produti-
material de alguma forma.
vo para serem gradativamente transfor-
mados até resultarem em produtos finais Na realidade, toda indústria é um fluxo
ou em serviços prestados. Na longa jorna- contínuo de materiais que são processa-
da que atravessam dentro das empresas, dos ao longo de várias atividades no siste-
os materiais passam por uma sequência ma produtivo. Essa dinâmica requer todo
de etapas por meio de uma série de má- cuidado para manter seu ritmo, fluência e
quinas e equipamentos ao longo das se- cadência, de tal maneira que não haja pa-
ções produtivas, até que finalmente che- ralisações ou esperas. A busca de maior
gam ao seu resultado final como produtos produtividade está na base desse cuida-
ou serviços (CHIAVENATO, 2005). do. A preocupação com máquinas, equi-
pamentos e tecnologia deve antes passar
O manuseio dos materiais no ambiente
pela preocupação com os materiais que
de produção nada mais é do que o deslo-
passam por elas, por isso vamos apropriar
camento interno de volumes pelo esforço
alguns conceitos básicos como produtos,
humano (RODRIGUES, 2003, p. 55) ou po-
serviços e estoque.
demos dizer também tomando empresta-
das palavras de Moura (2005, p. 17):
O volume de dinheiro investido em mate- empresas adotam uma posição mais res-
riais faz com que as empresas procurem trita e semelhante à do conceito de supri-
sempre o mínimo tempo de estocagem e mentos.
o mínimo volume possível de materiais em
b) Suprimentos: a palavra suprimento
processamento capazes de garantir a con-
serve para designar todas as atividades
tinuidade do processo produtivo (CHIAVE-
que visam ao abastecimento ou forneci-
NATO, 2005).
mento de materiais à produção. O concei-
Na prática, utilizam-se indistinta- to de suprimentos envolve a programação
mente vários termos – como supri- de materiais, compras, recepção, armaze-
mentos, fornecimento, abastecimen- namento no almoxarifado, movimentação
to, logística, etc. – para designar os de materiais e transporte interno.
cargos e órgãos com títulos diferen- Não costuma envolver o armazena-
tes, mas com as mesmas responsabi- mento de produtos acabados – que geral-
lidades. Os principais conceitos bási- mente fica com o marketing, porque esta
cos relativos ao tema são: tarefa não está relacionada com o abaste-
cimento à produção. A focalização desse
a) Administração de materiais (AM):
conceito reside na atividade dirigida ao
é o conceito mais amplo de todos. Aliás, é
fornecimento ou abastecimento de mate-
o conceito que engloba todos os demais. A
riais à produção. A produção é a atividade
AM envolve a totalidade dos fluxos de ma-
principal ou final, enquanto o suprimento
teriais da empresa, desde a programação
é atividade-meio ou apenas subsidiária à
de materiais, compras, recepção, arma-
produção.
zenamento no almoxarifado, movimen-
tação de materiais, transporte interno e Assim, suprir significa programar as ne-
armazenamento no depósito de produtos cessidades de materiais, comprar, receber
acabados. A AM se refere à totalidade das os materiais, armazená-los no almoxarifa-
funções relacionadas com os materiais, do, movimentá-los para as seções produ-
seja com sua programação, aquisição, es- tivas, transportá-los internamente a fim
tocagem, distribuição, etc., desde sua che- de abastecer as necessidades da produ-
gada à empresa até sua saída com direção ção. O órgão de suprimentos está geral-
aos clientes na forma de produto acabado mente subordinado à área de produção.
ou serviço ofertado. A focalização desse
conceito reside na atividade dirigida aos c) Logística: o conceito de logística sur-
materiais: a AM é a preocupação principal, giu por volta do ano de 1670, quando o
enquanto a produção é apenas um usuá- exército francês adotou uma nova estru-
rio do sistema. Nessas circunstâncias, o tura organizacional, na qual o “Marechal
órgão de AM não costuma se subordinar à General des logis” passou a ser o respon-
produção. sável pelo planejamento, transporte, ar-
mazenamento e abastecimento das tro-
Contudo, essa totalidade de funções pas. Quase trezentos anos depois – na
reunida em uma só área – a AM – ocorre década de 1960 – é que a logística passou
em poucas empresas. Quase sempre, as a ser uma preocupação das empresas,
12
UNIDADE 3 - Estoques
Tomando como base para análise os ti- Estoque é a composição de materiais –
pos de sistema de produção que vimos no MPs, materiais em processamento, mate-
módulo anterior, ao adotar o sistema de riais semiacabados, materiais acabados,
produção mais adequado às suas necessi- PAs – que não é utilizada em determinado
dades, cada empresa deve procurar fazê- momento na empresa, mas que precisa
-lo funcionar da melhor maneira possível. existir em função de futuras necessida-
des. Assim, o estoque constitui todo o
No sistema de produção sob encomen-
sortimento de materiais que a empresa
da, é quase sempre o produto que perma-
possui e utiliza no processo de produção
nece imóvel no centro, enquanto tudo o
de seus produtos/serviços.
mais gira ao redor dele. O foco central está
no produto encomendado. Nos demais A acumulação de estoques em níveis
sistemas – tanto na produção em lotes adequados é uma necessidade para o nor-
como na produção contínua – são os ma- mal funcionamento do sistema produtivo.
teriais que fluem ao longo ou ao redor do Em contrapartida, os estoques represen-
processo produtivo. O foco está no pro- tam um enorme investimento financeiro.
cesso produtivo. Desse ponto de vista, os estoques consti-
tuem um ativo circulante necessário para
Para que o sistema de produção não
que a empresa possa produzir e vender
sofra interrupções ou paralisações des-
com um mínimo risco de paralisação ou de
necessárias, torna-se imprescindível ha-
preocupação.
ver alguma garantia na quantidade de
materiais que fluem ao longo do processo. Segundo Slack et al. (1997, p. 381), a
Quase sempre essa garantia significa uma definição de estoque é “a acumulação ar-
certa folga na quantidade de estoques. A mazenada de recursos materiais em um
essa folga de materiais damos o nome de sistema de transformação”. Além disso, o
estoque de materiais. Em geral, o estoque autor afirma que a administração do con-
de materiais tem um nível de estoque de trole de estoque deve minimizar o capital
segurança para enfrentar possíveis con- total investido em estoques, pois ele é
tingências. caro e aumenta continuamente, uma vez
que o custo financeiro também se eleva.
Nesse sentido, o planejamento e con-
O objetivo do controle de estoque é otimi-
trole do estoque passam a desempenhar
zar o investimento em estoque, aumen-
um papel-chave em diversas áreas da ges-
tando o uso dos meios internos da empre-
tão nas organizações, sendo essenciais na
sa, diminuindo as necessidades de capital
operacionalização de diversos aspectos
investido. Os estoques de produtos aca-
de gerenciamento da produção.
bados, matérias-primas e materiais em
processo não são vistos como indepen-
dentes. Todas as decisões tomadas sobre
3.1 Conceito
um dos tipos de estoque influenciarão os
demais (OLIVEIRA; FILERENO, 2007).
15
Chiavenato (2005) reafirma que os es- cesso formado por essas etapas, os esto-
toques representam um meio de investi- ques desempenham um papel importante
mento de recursos, e podem alcançar uma na flexibilidade operacional da empresa.
respeitável parcela dos ativos totais da Funcionam como amortecedores das en-
empresa. A administração dos estoques tradas e saídas entre as duas etapas dos
apresenta alguns aspectos financeiros processos de comercialização e de produ-
que exigem um estreito relacionamento ção, pois minimizam os efeitos de erros de
com a área de finanças, pois enquanto a planejamento e as oscilações inesperadas
AM está voltada para a facilitação do flu- de oferta e procura, ao mesmo tempo em
xo físico dos materiais e o abastecimento que isolam ou diminuem as interdepen-
adequado à produção, a área financeira dências das diversas partes da organiza-
está preocupada com o lucro, liquidez da ção empresarial.
empresa e a boa aplicação de todos os re-
cursos empresariais.
Estoque de Segurança
As principais conexões do estoque são:
Sua função é proteger o sistema produ-
1. Garantir o abastecimento de mate-
tivo quando a demanda (D) e o tempo de
riais à empresa, neutralizando os efeitos
reposição (L) variam ao longo do tempo
de:
(MARTINS; LAUGENI, 2005, p. 275). A va-
a. demora ou atraso no fornecimento riação da demanda representa um desvio
de materiais. padrão ao redor da média da demanda e
flutua de acordo com as circunstâncias do
b. sazonalidade no suprimento.
mercado. Muitas vezes, a previsão de ven-
c. riscos de dificuldade no fornecimen- das sofre alterações bruscas em função
to. de contingências não previstas. Igualmen-
te acontece com o tempo de reposição de
2. Proporcionar economias de escala:
materiais que pode sofrer variações em
a. por meio da compra ou produção em função de problemas na cadeia de supri-
lotes econômicos. mentos. Assim, a demanda pode ser fixa
e o tempo de reposição pode ser variável,
b. pela flexibilidade do processo produ- ou então, a demanda pode ser variável e
tivo. o tempo de reposição fixo. Ambos podem
c. pela rapidez e eficiência no atendi- ser fixos e ambos podem ser variáveis. Em
mento às necessidades. função dessas contingências, as empre-
sas decidem por um estoque de seguran-
Os estoques constituem um vínculo ça para enfrentá-las e manter o sistema
entre as etapas do processo de compra e produtivo protegido das circunstâncias
venda – no processo de comercialização externas à empresa.
em empresas comerciais – e entre as eta-
pas de compra, transformação e venda É interessante notar que as empresas
– no processo de produção em empresas procuram assegurar que seu núcleo pro-
industriais. Em qualquer ponto do pro- dutivo esteja protegido das influências
16
vem ser reabastecidos, isto é, qual a pe- A ilustração a seguir nos mostra os con-
riodicidade das compras e o giro dos esto- flitos de interesses quanto ao estoque:
ques? (CHIAVENATO, 2005).
O desafio está em saber quais os mate- utilizadas para calcular a previsão de con-
riais, quanto e quando deverão estar dis- sumo são: método do consumo do último
poníveis para abastecer a produção. Cada período, método da média móvel e méto-
tipo de material estocado é denominado do da média móvel ponderada.
item de estoque. Quanto maior o número
a) Método do Consumo do Último Pe-
de itens de estoque, tanto maior a com-
ríodo
plexidade da AM (WILMERS, 2011; CAR-
DOSO, 2009; CHIAVENATO, 2005). É o método mais simples e empírico,
não tem base matemática. Baseia-se em
Na realidade, o dimensionamento dos
prever o consumo do próximo período
níveis de estoque está fundamentado
tendo por base o consumo ou demanda do
na previsão do consumo dos materiais. A
período anterior.
previsão do consumo também chamada
previsão da demanda – é uma estimativa Muitas vezes, adiciona-se uma certa
a priori de quanto determinado material quantidade, quando o consumo é relati-
será consumido ou necessário durante vamente crescente de um período para
um determinado período de tempo. outro. Se colocarmos em um gráfico os
valores ocorridos e as previsões, obtere-
As principais técnicas quantitativas
mos duas curvas exatamente iguais, po-
19
O IR representa o número de vezes que to maior o IR, tanto menor será o inves-
o estoque gira no período considerado em timento financeiro efetuado no estoque
relação ao consumo médio do item. Esse em função do seu consumo médio.
período pode ser um dia, um mês ou um
O IR pode também ser expresso em va-
ano. Assim, se o consumo médio de um
lores monetários de custo (para MPs) ou
item é de 1.000 peças por ano e o estoque
de venda (para PAs), como nestas equa-
médio no período é de 200 peças, então
ções:
o IR será 5. Em outras palavras, o estoque
do item girou cinco vezes no ano. Quan-
Se, por exemplo, um item tem um esto- item ao longo dos meses.
que médio de 6.000 peças e é consumido
O dimensionamento de estoques é uma
a uma média de 4.000 peças por mês, o
exigência diante de dois aspectos bási-
antigiro será: 6.000/4.000 = 1,5 mês. En-
cos: em primeiro lugar, a complexidade
quanto o IR indica quantas vezes o esto-
dos itens estocados e seu acompanha-
que roda no período (anual, por exemplo),
mento para não haver falta e prejudicar
o antigiro indica quantos meses de consu-
a produção; em segundo, o investimento
mo equivalem ao estoque médio.
financeiro que pode e deve ser bem admi-
O IR apresenta as seguintes vantagens: nistrado (CHIAVENATO, 2006).
Na abscissa está o tempo decorrido mente, que vai sendo consumido, e assim
para o consumo (T), geralmente em me- sucessivamente.
ses, enquanto na ordenada está a quanti-
No sistema dos máximos-mínimos, os
dade (Q) em unidades de material em es-
PP e os Q são fixos e constantes e as re-
toque no intervalo de tempo.
posições ocorrem em períodos variáveis,
O Emax é atingido quando da chegada sempre quando o nível de estoque alcan-
do material que, à medida que vai sen- ça o PP.
do consumido, tende a reduzir o nível de
A vantagem desse sistema reside na
estoque. Quando o nível chega ao PP, é o
relativa automatização do processo de re-
momento de se fazer um novo pedido ao
posição, podendo ser utilizado para todos
órgão de compras.
os itens de classe A, B ou C.
A chegada do material ao almoxarifado
3. Sistema das reposições periódicas
deve coincidir com o Emin, que não pode
– também denominado sistema das reno-
ser ultrapassado. O Emin mais o lote com-
vações ou revisões periódicas, é um sis-
prado elevam o estoque ao Emax nova-
tema que consiste em fazer pedidos para
26
Para montar o MRP, parte-se da pre- dos para se obter as necessidades de ma-
visão de vendas. A previsão de vendas teriais. As necessidades de materiais, por
menos o estoque de PAs já existente no seu lado, podem ser brutas ou líquidas. As
depósito conduz à previsão líquida de necessidades brutas são o resultado do
vendas. Para atender à previsão líquida programa de produção multiplicado pelas
de vendas, elabora-se o programa de pro- listas de materiais. A partir das necessida-
dução – também denominado programa des brutas adicionam-se os estoques de
mestre de produção. O programa de pro- segurança, as porcentagens de refugo,
dução multiplicado pela lista de materiais etc. Descontam-se os estoques de PAs já
leva à necessidade de materiais. existentes no depósito e as OCs já efetu-
adas e as OSs já distribuídas para se obter
O MRP tem por objetivo definir quais
as necessidades líquidas. Estas são defi-
os itens que devem ser fabricados e com-
nidas por período diário ou semanal – com
prados (quantidades e momentos), a fim
as respectivas datas de liberação das OPs.
de atender o plano mestre de Produção.
Também indica a necessidade de repro-
gramar ordens abertas, propondo seu di-
ligenciamento, protelação ou mesmo can-
celamento (RUSSOMANO, 1995, p. 201).
QxP = valor dos produtos estocados 1. Mão de obra utilizada para emissão e
processamento dos pedidos.
Tc = Taxa de seguro do material esto-
cado 2. Material utilizado na confecção do
pedido (formulários, papel, envelopes,
Tc = 100 x custo anual do seguro /
etc.).
QxP
3. Custos indiretos: despesas efetua-
Td = taxa de transporte, manuseio e
das indiretamente, como luz, telefone,
distribuição do material
fax, despesas de escritório, etc.
32
CE = CA + CP
alienação de materiais.
materiais requer cruzamento de equipa- nizadas e seu tamanho pode variar enor-
mentos de manuseio. memente. Podem ser construídas pela
própria empresa ou adquiridas no merca-
2. Quanto ao número de faces: pallets
do fornecedor.
de 1 e de 2 faces.
c) Prateleiras:
a. Pallets de 1 face: são usados quan-
do a operação não requer estocagem ou É uma técnica de estocagem destinada
quando o pallet não requer reforço, pois o a materiais de tamanhos diversos e para o
material é relativamente leve. apoio de gavetas ou caixas padronizadas.
As prateleiras podem ser de madeira ou
b. Pallets de 2 faces: são usados quan-
perfis metálicos, de vários tamanhos e di-
do se requer uma unidade mais reforçada
mensões. Os materiais estocados nos ni-
ou quando se pretende utilizar o pallet por
chos devem ficar identificados e visíveis.
duas vidas úteis.
A altura depende do tamanho e peso dos
São pallets de armação com travessas materiais estocados. A prateleira consti-
na parte inferior, formando um conjunto tui o meio de estocagem mais simples e
mais reforçado. Utiliza-se a parte superior econômico. É a técnica adotada para pe-
inicialmente e, quando estragada, passa- ças pequenas e leves e quando o estoque
-se a utilizar a parte inferior. Daí o nome não é muito grande.
de duas vidas. Muito útil quando os mate-
O modelo de arranjo de prateleiras
riais atacam a madeira por atrito, abrasão,
proposto por Alvarenga e Novaes (2000)
corrosão, etc.
descreve que o método mais simples de
A paletização permite que as cargas se- alocar os itens nas prateleiras é baseado
jam manipuladas, transportadas e estoca- no critério do número médio de movimen-
das como uma só unidade. As vantagens tações em um dado período.
principais da paletização são: economia de
Para que o modelo proposto de arran-
tempo e de esforço, mão de obra e área de
jo de prateleira utilizado como variável
armazenagem menor, além de economi-
no endereçamento de estoques seja efi-
zar tempo na carga e descarga dos equi-
ciente, é necessário que ele preveja cres-
pamentos de movimentação de materiais.
cimento ou variação de demanda. Sendo
b) Caixas ou gavetas: assim, para a determinação do volume
total de cada item deve ser acrescentado
É a técnica de estocagem ideal para
um fator de segurança que pode variar de
materiais de pequenas dimensões como
10% a 50%.
parafusos, arruelas, alguns materiais de
escritório, como lápis, canetas esferográ-
ficas, etc. Alguns materiais em processa-
d) Raques:
mento, semiacabados ou acabados po-
dem ser estocados em caixas nas próprias O raque (do inglês, rack) é construído
seções produtivas. As caixas ou gavetas para acomodar peças longas e estreitas
podem ser metálicas, de madeira ou de como tubos, barras, tiras, vergalhões, fei-
plástico. As dimensões devem ser padro- xes, etc. Pode ser montado em rodízios
42
a segunda.
REFERÊNCIAS