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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE FILOSOFIA

MODELO DE PLANO DE AULA PARA O ENSINO MÉDIO

I. IDENTIFICAÇÃO:

Escola: Padre Marino Contti

Professora: Crisliane Táira de Lima Pinto

Disciplina: Filosofia Serie: 3º ano turma: 304

Tempo de duração de aula: 40 min.

Data: 29/10/2018

II. TEMA DE AULA: O conceito de dever em Kant.


III. OBJETIVOS:

2.1 Reconhecer algumas das características da filosofia Kantiana;

2.2 Examinar as noções de dever em Kant;

2.3 Compreender o pensamento de Kant sobre o agir;

2.4 Entender alguns elementos da filosofia kantiana sobre o dever.

IV. HABILIDADES A SEREM TRABALHADAS:

- Formulação de questões e problematizações (questionamento e investigação).

- Formulação de respostas (questionamentos, investigação e criatividade).

- Inferir visões do mundo (tradução)

V. CONTEÚDO A SER DESENVOLVIDO: O conceito de dever em Kant.

5.1 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS:

- Contextualização de Kant e apresentação de seu livro sobre dever;

- As principais características da filosofia Kantiana;


- Como Kant desenvolve o tema do dever;

- A diferença entre agir por dever e agir em conformidade com o dever;

- Como o agir conforme o dever está atrelado as nossas ações;

- A importância do pensamento de Kant, para refletir sobre o agir em


conformidade com dever em nossa sociedade.

VI. METODOLOGIA UTILIZADA: Aula expositiva dialogada.

1. Apresentação do tema da aula aos alunos;

2. Distribuição do material (textos e exercícios) a ser utilizados;

3. Sensibilização dos alunos (apresentação de uma história em quadrinhos);

4. Problematização (professor elabora com a turma problemas, indicações de


situações para que o aluno possa ver o tema da aula de diferentes ângulos e
problematizado de diferentes aspectos);

5. Investigação (ler e analisar textos filosóficos originais ou comentados para


revisitar a historia da filosofia interessado no tema/problema da aula, buscando
conceitos que sirvam como ferramenta para pensar o problema);

6. Discussão das questões propostas a partir da análise do texto;

7. Conceituação (retomada da etapa de sensibilização: história em quadrinho; da


etapa de problematização a fim de avaliar os conceitos filosóficos e organizar a
defesa ou refutação das perspectivas teóricas apresentadas);

8. Conclusão (fazer uma síntese com a turma sobre a problemática, utilizando os


conceitos como ferramentas de aplicação a problemática em questão);

9. Exercício (atividade de fixação).

VII. RECURSOS DIDÁTICOS:


 Copias do texto;
 Pincel atômico;
 Quadro branco;
 Apagador

VIII. AVALIAÇÃO:

A avaliação dar-se-á de modo continuo e, também, consistirá de uma atividade.


Serão observados os seguintes aspectos:
 O aluno empreende uma abordagem de aprendizagem focada na
compreensão do texto como um todo, e não apenas na mera memorização e
reprodução irrefletida de conteúdos.
 Envolvimento do discente com relação a analise e compreensão de conceitos
e princípios subjacentes ao material de estudo e a sua problematização.
 Analisar a autonomia dos estudantes, os processos interpretativos e a
elaboração conceitual.

IX. BIBLIOGRAFIA:

Disponível em: <filonamidia.blogspot.com/2012/03/desafio-2-anos.html>. Acesso


em: 27 de out. de 2018, 15.45.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de


Antônio Pinto de Carvalho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964.
http://www.4shared.com/get/qJdq8OGn/kant_fundamentacao_da_metafisi.html.
Acesso em: 27 de out. de 2018, 16:24.

PASCAL, Georges. A lei moral. In: ______. O pensamento de Kant. 3. ed. Tradução
de Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes, 1990. Original francês. [1977].

KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes. In: ______. Livros que mudaram o
mundo. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010. v. 8.

Disponível em: <www.pensamentoextemporaneo.com.br/?p=1503> Acesso em: 27


de out. de 2018, 17:18.

GALLO, Silvo. Metodologia do ensino de filosofia: Uma didática para o ensino médio.
Campinas, São Paulo: Papirus, 2012.

GALLO, Silvo e KOHAN, W. Filosofia no Ensino Médio. Petropólis/RJ., Ed. Vozes,


2000.

SILVEIRA, Renê J.T. e GOTO, R. (org.) Filosofia no ensino médio: temas, problemas
e propostas. São Paulo, Loyola, 2007
Escola: Padre Marino Contti
Disciplina: Filosofia
Professora: Crisliane Táira de Lima Pinto
Aluno (a):
Série: 3º ano do ensino médio Turma: 302
Data: 29/10/2018
ATIVIDADE PREVIA

O conceito de dever em Kant

Fonte:
Disponível em: <filonamidia.blogspot.com/2012/03/desafio-2-anos.html>. Acesso
em: 27 de out. de 2018, 15.45.
Escola: Padre Marino Contti
Disciplina: Filosofia
Professora: Crisliane Táira de Lima Pinto
Aluno (a):
Série: 3º ano do ensino médio Turma: 302
Data: 29/10/2018
TEXTO DE LEITURA

Uma das questões forjadas a partir do pensamento de Kant pode ser traduzida
na inquietação que muitos de nós temos acerca do que devemos fazer em nossa
caminhada existencial. Nossa autocrítica comportamental surge incessantemente
em diferentes intensidades em decorrência de nossas atitudes nas mais variadas
situações do cotidiano, em especial nas que se referem à nossa conduta moral:
Devia eu ter agido assim? O que me levou a proceder desta ou daquela forma?
Neste ensaio, pretendemos rever alguns elementos da filosofia kantiana sobre o
dever, sem a pretensão de esgotá-los, de forma a oferecer algum embasamento
para reflexão e reavaliação de conceitos.
No dizer de Kant, nada no mundo pode ser considerado bom sem restrição, a
não ser a boa vontade. O pensamento expressa a crítica ao conceito de correção,
vigente em muito do que se faz e que não resistiria a uma análise mais rigorosa de
sua motivação intrínseca. Assim, comportamentos considerados virtuosos, como
atos de coragem ou de humildade, compaixão ou temperança, podem não sê-lo
dependendo da intenção com que são praticados.
De igual modo, agir motivado pela sensibilidade é considerado doentio, ainda
que tal agir seja feito porque constitui dever. Para Kant, aquilo que é moralmente
correto ou correto do ponto de vista prático é o que só depende da razão, que nos
move em vez de qualquer sentimento de compaixão ou estima. Existe uma oposição
entre o ponto de vista da legalidade, também entendida como conformidade com a
lei e a referência segundo a moralidade verdadeira, resultado da pureza de intenção,
sendo que esta não corresponde ao desejo de execução, mas à aplicação de
esforço para sua realização. É na intenção, independentemente do fim visado, que
se encontra o valor moral de um ato e que o dever pode ser entendido como a
necessidade de agir por respeito à lei.
A contribuição de Kant no sentido de investigar analiticamente os conceitos
relativos ao dever nos conduz a buscar um melhor entendimento do que seja a
nossa boa vontade, valorizada pelo filósofo, bem como do que entendemos por
dever, diferenciando-se o meritório agir por dever de ações pela busca de
conformidade com o dever. Quando somos honestos ao pagar o que devemos a
quem nos emprestou agimos em conformidade com nosso dever, porém, se temos
interesse em sermos bem vistos porque outros devedores não o fazem não se pode
dizer que agimos por dever. Analogamente, ao ajudarmos alguém necessitado
porque isso nos faz sentir bem temos menor valor moral do que se o fizéssemos
sem tal motivação sensível.

Referencias:
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de
Antônio Pinto de Carvalho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964.
Disponível em:
http://www.4shared.com/get/qJdq8OGn/kant_fundamentacao_da_metafisi.html.
Acesso em: 27 de out. de 2018, 16:24.
PASCAL, Georges. A lei moral. In: ______. O pensamento de Kant. 3. ed. Tradução
de Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes, 1990. Original francês. [1977].
Escola: Padre Marino Contti
Disciplina: Filosofia
Professora: Crisliane Táira de Lima Pinto
Aluno (a):
Série: 3º ano do ensino médio Turma: 302
Data: 29/10/2018
TEXTO DE FUNDAMENTAÇÃO

Imannuel Kant (1724 – 1804) nasceu em Königsberg, Prússia Oriental (território


hoje dividido entre Polônia, Lituânia e Rússia). Autor de extensa obra é considerado
como um dos grandes pensadores da História, tendo produzido uma verdadeira
revolução na filosofia com sua crítica fundamental de conceitos, metodologias e do
próprio eixo do objeto filosófico.
O dever é a ação à qual alguém está obrigado, apesar de podermos estar a ele
obrigados de maneiras diferentes. Segundo Kant, aquilo que representa uma ação
como necessária de forma objetiva é chamado imperativo categórico. A ação é
tornada necessária não por meio da representação de algum fim que pode por ela
ser atingido, mas de forma direta. Um imperativo categórico é uma lei moralmente
prática, pois impõe uma obrigação quanto a certas ações. É uma lei que comanda
ou proíbe. Essa lei converte ações em deveres, daí constituir-se em uma lei prática.
Entretanto, indivíduos diferentes poderão ter máximas pessoais ou fundamentos
subjetivos diferentes relativamente à mesma lei. Diferencia-se, assim, a legalidade,
como a conformidade de uma ação com a lei do dever; já a conformidade da
máxima (a forma como o sujeito deseja agir) de uma ação com uma lei corresponde
à moralidade da ação. Um princípio de dever é um princípio que a razão a ele
prescreve de forma absoluta e objetiva: como se deve agir. O imperativo categórico,
afirmador do que seja a obrigação, corresponde ao princípio supremo da doutrina
dos costumes, que pode ser formulado como sendo agir com base em uma máxima
que também possa ter validade como uma lei universal.

Referencias bibliográficas:
KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes. In: ______. Livros que mudaram o
mundo. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010. v. 8.
Escola: Padre Marino Contti

Disciplina: Filosofia
Professora: Crisliane Táira de Lima Pinto
Aluno (a):
Série: 3º ano do ensino médio Turma: 302
Data: 29/10/2018

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

De acordo com o os textos estudados e a explicação sobre o dever em Kant


responda as questões a seguir:
1) O que significa agir por dever?

2) O que é agir em conformidade com o deve? Explique.

3) De dois exemplos de ação conforme o dever.

4) Faça uma pequena analise do pensamento Kantiano e sua importância para


nossa sociedade atualmente.

“Age como se a máxima de tua ação devesse torna-se, através da tua


vontade, uma lei universal.”

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