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Objetivos
Após o curso os alunos terão facilidade para:
1. Relacionar fatos, personagens e livros do Novo Testamento.
2. Identificar os modos de Deus agir na história através da Igreja.
3. Demonstrar o relacionamento da Igreja com Jesus e com o Espírito Santo no período do
Novo Testamento.
4. Descobrir o caráter dos cristãos, bem como a verdadeira espiritualidade vivida no
âmbito da Igreja de Cristo.
Metodologia
Exposição e análise de texto bíblico com reflexão, vivência e compartilhar, buscando
mudança de valores e de atitudes. O trabalho pedagógico demandará três aspectos: a
busca individual através de exercícios (Entrando em forma), oração e leitura bíblica diária; a
realização conjunta por meio da exposição compartilhada e do trabalho em pequenos
grupos para reflexão e relacionamento.
Romanos 13 e 14
Leitura Semanal
T
T Romanos 15 e 16
Q
Q Lucas 01 e 02
Q
Q Lucas 03 e 04
S
S Lucas 05 e 06
S
S Lucas 07 e 08
1. Conteúdo
O livro de Atos é o relato histórico, escrito por Lucas, como continuação do Evangelho
escrito pelo mesmo autor. As evidências de que o mesmo autor do Evangelho de Lucas
também escreveu Atos, podem ser apresentadas da seguinte maneira:
os dois livros são escritos para o mesmo destinatário (Lucas 1.3 e Atos 1.1);
o autor de Atos diz já ter escrito um “primeiro livro” (1.1);
o uso freqüente de termos médicos atesta o fato de ser o autor médico;
o estilo literário, que demonstra grande erudição, combina com o Evangelho de
Lucas.
Alguns historiadores afirmam que em vez do título “Atos dos Apóstolos”, o livro deveria
chamar-se “Atos do Espírito Santo”, tal a ênfase dada ao Seu ministério.
O conteúdo de Atos apresenta três momentos e três personagens distintos, cumprindo,
cada um, o propósito específico do Senhor, para aquele momento da Igreja. Além disso, o
autor descreve o cumprimento da profecia de Joel 2, tendo o dia de Pentecostes sido o
marco que inaugura a presença e o ministério do Espírito Santo na vida da Igreja.
2. Contexto
Atos pode ter sido escrito por volta de 63 a 64 d.C. e tem grande importância como
documento histórico do desenvolvimento do cristianismo no primeiro século, além de ser a
Palavra de Deus que traz ao coração do seu povo consolo, edificação, exortação, convicção
e esperança.
Jerusalém era o lugar da festa que acolheria visitantes de muitas partes do mundo.
Mas, aprouve a Deus mudar a liturgia daquela festa: derramar o seu Espírito e manifestar o
seu poder.
AS NAÇÕES DO PENTECOSTES
Pedro e João também aparecem saindo de Jerusalém indo para os que necessitavam
ouvir o Evangelho. Confira as viagens de Pedro, João e Filipe.
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003).
VIAGENS DE FILIPE
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003).
3.3. EXPANSÃO
Os capítulos 13 a 28 de Atos narram como Deus levou a Igreja até aos gentios.
Paulo é a figura de destaque desse período com quem a Igreja se expande para atingir o
centro do império romano.
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003)
A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003)
A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003)
A QUARTA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003)
A comunidade descrita em Atos, não só fez a história, deixando nela sua beleza,
sua coragem, seu carisma. Mas ela, também encarnou os valores e as atitudes do Reino de
Deus, para confrontar e transformar a história. Lucas descreve aspectos daquele grupo de
pessoas, denominados cristãos que encantam, desafiam e confortam o coração de
qualquer leitor. Como isso acontece?
Voltar do monte Olival para Jerusalém era naquele momento – para aquele grupo
marcado pelo estigma de ter andado com Jesus, que se dizia Rei dos Judeus, mas foi
torturado e por fim crucificado como malfeitor inimigo de César e das leis dos judeus –,
pedir para si a morte. Contudo, superando qualquer raciocínio lógico humano, eles
voltaram para Jerusalém por pura obediência ao Senhor ressuscitado.
Quanto temor não se passara em seus corações! Por outro lado, quanta entrega
resoluta e submissa a pessoa de Jesus. Só os que são capazes de enfrentar a própria morte
entendem o que é obediência (1.4,12-14).
4.2. CONVIVEM COM O NATURAL, MAS NÃO ABANDONAM A ORAÇÃO QUE ABRE AS
PORTAS DO SOBRENATURAL
Aquela era uma comunidade que tinha como principal atitude o exercício da fé. Fé
não como pretexto para as soluções rápidas e urgentes da vida, mas fé no Deus que
intervém na história para realizar todo o seu propósito. Assim, não são poucas as vezes
que Lucas descreve aquela comunidade, ou parte dela, em oração, como demonstração de
suas convicções acerca de Deus e do seu poder (1.24-26; 4.23-31; 9.36-42; 12.9-12; 16.24-26).
A comunidade descrita em Atos é uma comunidade que tem paz. Ainda que sejam
caçados e mortos bárbara e cruelmente, eles contra-atacam com a paz. Lucas escreve em
Atos 9.31 que “a igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria,
edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia
em número”.
4.5. ABREM MÃO DOS BENS, MAS SE LEVANTAM COMO COMUNIDADE DO SERVIÇO
Eles compreenderam que servir a Deus é servir ao próximo, que não existe amor a
Deus sem amor ao próximo. Desta forma, a comunidade de Atos se compromete com o
próximo, porque não pode admitir que alguém ao seu redor passe necessidade. Lucas os
descreve, como uma comunidade que vive o amor enfático, ou seja, que se coloca no lugar
do outro, para sentir o que ele sente (2.42-47; 4.32-37). Em Atos, a comunidade do serviço é
vista pelo povo com simpatia, porque faz da missão da Igreja - a missão de servir.
5. Conclusão
A Igreja descrita por Lucas, nas páginas de Atos, vive como comunidade do Reino,
fazendo a história e transformando a história, com o testemunho da fé, disposta a ir até as
últimas conseqüências, e até aos confins da terra, para tornar Jesus conhecido por todos. A
Igreja de Cristo, hoje tem uma dívida com a comunidade de Atos, que é a de servir a Deus
com a mesma intensidade e compromisso, sem abrir mão do legado de fé que nos foi
deixado.
Entrando em forma
ESTUDO 05 – Vivendo a comunidade do Reino
Livro: Atos
Nº de Capítulos: 28
Escritor: Lucas (médico de Paulo)
Época: Provavelmente por volta de 63 d.C.
1. A que livro, o autor de Atos se refere quando diz: “Escrevi o primeiro livro…”?
2. Para que os discípulos necessitavam receber poder por meio do Espírito Santo?
7. Qual a proposta de Pedro para os judeus a fim de que seus pecados fossem
cancelados? (3.11-19)
S
S Lucas 21 e 22
T
T Lucas 23 e 24
Semanal
Leitura
Q
Q 1 Coríntios 01 e 02
Q
Q 1 Coríntios 03 e 04
S
S 1 Coríntios 05 e 06
S
S 1 Coríntios 07 e 08
1. Conteúdo
A JUSTIÇA DE DEUS
1.1 9.1 12.1 16.27
REVELAÇÃO DEFESA APLICAÇÃO
2. Contexto
A carta aos Romanos foi escrita quando Paulo, no final de sua terceira viagem
missionária, nas proximidades da cidade de Corinto, estava pronto para partir em sua
última viagem a Jerusalém. A data mais provável é 57 d.C., quando Paulo aproveitou que
uma mulher chamada Febe ia viajar para Roma; então, mandou por ela a carta aos
Romanos.
Quando a carta chegou aos seus destinatários, Roma era governada por Nero, que
ficou no poder de 54 a 68 d.C. Esse foi o período mais difícil para os cristãos, que foram
duramente perseguidos, torturados e até acusados de incendiar a cidade.
A igreja em Roma, por sua vez, não desfrutava de muita harmonia, tendo como
principal causa a velha questão racial. Judeus e gentios ainda disputavam entre si os
privilégios e bênçãos de Deus. De um lado, os judeus se consideravam extremamente
confiantes, em face de sua relação com a Lei de Moisés. Os gentios, por sua vez,
ignoravam os judeus que haviam desprezado o Messias. Eis a razão porque Paulo trabalha
os dois grupos, demonstrando qual a verdadeira posição tanto de judeus quanto de
gentios.
Paulo apresenta o Evangelho de Cristo como o meio mais eficaz usado por Deus
para manifestar a sua justiça. Esse fato contraria aqueles que afirmam que fosse o
interesse de Paulo com a carta, simplesmente pedir o apoio da igreja em Roma para chegar
a Espanha. Se esse fosse o caso, o apóstolo deveria ter escrito uma carta mais fraternal,
sem tocar em assuntos tão difíceis e comprometedores, tais como: a idolatria, o
homossexualismo, a circuncisão, a rejeição de Israel, a liberdade em Cristo, a soberania de
Deus, a eleição do salvos, a obediência as autoridades, a atitude do cristão com os mais
fracos, a predestinação, além de outros. Na verdade, se fazia necessário uma exposição
detalhada da ação de Deus para salvar o pecador (judeus e gentios); isso produziria
maturidade cristã na igreja, e os ajudaria a resolver a questão das diferenças que tantas
feridas causavam.
3.1. A REVELAÇÃO DA JUSTIÇA
Nos primeiros oito capítulos, Paulo demonstra como Deus revelou a sua justiça. Para
prosseguir, é importante entender o que significa “justiça de Deus”. Essa expressão não se
refere ao atributo de Deus que O apresenta eternamente justo; nem ainda expressa o
caráter moral, infundido no homem, pela ação do Espírito Santo. Significa, portanto, a ação
de Deus por meio da qual o pecador é aceito para uma relação com Ele, sem que isso anule
ou abrande a sua Lei. É a providência de Deus para livrar o pecador da condenação da Lei,
permitindo que Cristo cumprisse todas as suas exigências. Paulo trabalha três aspectos da
revelação da justiça de Deus:
Necessidade No capítulo 1 Paulo menciona o que faz Deus manifestar a sua ira: “A
ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detém
a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre
eles, porque Deus lhes manifestou” (1.18,19). O pecado de Adão contaminou toda a raça
humana, por isso o apóstolo diz que não há desculpa nem para os judeus, nem para os
gentios, “… pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (3.23). Uma vez
contaminado pelo pecado a humanidade veio experimentar a morte (5.12) e, é nesse
estado que passou a viver. Diante desse quadro, a Lei só mostrava e condenava o
pecado, de sorte que não havia saída (3.19). De um lado o pecado que vivia no homem,
tinha prazer em fazer o mal e do outro lado, a lei acusando e condenando (7.11,14,18,21-
23). A pressão é tão grande que Paulo chega a exclamar: “Desventurado homem quem
sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (7.24). Assim, a necessidade da justiça de
Deus era total para que a humanidade pudesse ser absolvida de sua justa condenação.
Declaração Se havia uma necessidade o homem não tinha solução; então o próprio
Deus resolveu agir para libertá-lo. É assim que ele declara como livrar o homem: “Mas
agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhando pela lei e pelos
profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os
que crêem; porque não há distinção” (3.21,22). A declaração de Deus a respeito de sua
justiça, é que ela é um caso consumado: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz
com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos
acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes…” (5.1,2). Na declaração da justiça
de Deus, Ele apresenta a única maneira de escapar de sua ira: “Logo, muito mais agora,
sendo justificado pelo seu sangue seremos salvos da ira” (5.9). O ponto alto da
declaração da justiça de Deus está no capítulo 8 quando afirma: “Agora, pois, já
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da
vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora
impossível a lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu
próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com
efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse
em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (8.1-4). Paulo quer
dizer, com tudo isso, aos cristãos, judeus e gentios, que Deus revelou a sua justiça
quando Jesus, o seu Filho, assumindo o lugar do pecador, recebeu a condenação da lei
e sofreu toda a intensidade da ira de Deus, mas ressuscitou ao terceiro dia,
completando para sempre a justificação do pecador pelo qual padeceu.
Ilustração Almejando a compreensão dos seus leitores, Paulo usa nos oito capítulos
iniciais, três exemplos fáceis de entender. O primeiro diz respeito ao “pai da fé”,
Abraão, que sendo pecador e, portanto, merecedor da condenação pelo fato de ter
crido em Deus, sua vida foi justificada (4.1-25). O segundo exemplo apresenta Adão e
Cristo. Adão representa a desobediência; tornou-se a porta do pecado e da morte
sendo responsável pela ofensa que atingiu a todos indistintamente. Cristo, por sua vez,
representa a obediência; tornou-se a porta da alegria, do perdão, da paz, responsável
pelo ato de justiça que libertou da condenação do pecado (5.1-21). O terceiro é o
exemplo do casamento: Paulo faz uma comparação sobre as obrigações da mulher
casada para com o seu marido enquanto este estiver vivo, mas, uma vez morto o
marido essa mulher estava livre da exigência da lei. Assim, aqueles que estão em Cristo
morreram em relação a Lei e estão, por isso, livres da sua condenação (7.1-6).
1º) Eleição Paulo menciona que, no passado, Israel foi eleito por Deus e que, por
direito, “… pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação (lei), o culto
e as promessas” (9.4). Os cristãos gentios não podiam esquecer esses detalhes.
2º) Rejeição O ensino de Paulo sobre a situação presente de Israel (Israel como
nação, como povo) é que ele rejeitou a Deus e todas as suas promessas. Todavia, Paulo
quer que os cristãos de Roma entendam e, em especial, os cristãos judeus, que a rejeição
de Israel acontece dentro dos seguintes aspectos: 1) a rejeição de Israel obedece ao plano
soberano de Deus (10.6-29); 2) a rejeição de Israel é temporária (11.11-24); 3) a rejeição de
Israel visa a salvação dos gentios (11.25-32); 4) a rejeição de Israel resulta da sua
incredulidade (9.30-33; 11.20-24).
3º) Restauração Paulo aponta para o futuro e diz que a situação futura será gloriosa
tendo em vista que o Senhor Deus promete restaurar a Israel completamente (11.25-32). Os
cristãos de Roma, tanto judeus quanto gentios, não poderiam esquecer esses
ensinamentos de Deus.
Liberdade Paulo instrui os cristãos de Roma, judeus e gentios, a não mais brincarem
de deus uns com os outros; que o julgamento pode parecer zelo, mas quando produz
tristeza no outro, não passa de falsa espiritualidade, pois considera no outro aquilo que em
oculto ele mesmo faz ou tem desejo de fazer (14.13-23). A melhor maneira de demonstrar a
diferença da vida cristã é imitar a Cristo: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como
também Cristo nos acolheu para a glória de Deus” (15.7).
4. Conclusão
A carta aos Romanos deve trazer a nossa memória a importância da vida cristã
tendo como base os princípios de Deus tanto para o conhecimento como para a prática.
Entrando em forma
ESTUDO 06 – A manifestação da Justiça
Livro: Carta aos Romanos
Nº de Capítulos: 16 --- Tema: A Justiça de Deus
Escritor: Apóstolo Paulo
Época: Provavelmente em 57 d.C.
1. Paulo afirma que Deus chamou os cristãos de Roma com um duplo propósito. Descubra
e escreva esse duplo propósito de Deus lendo Romanos 1.1-7.
4. Por que a idolatria é reprovada e deve ser rejeitada pelos cristãos? (1.18-27)
S
S 2 Coríntios 05 a 07
T
T 2 Coríntios 08 e 09
Semanal
Leitura
Q
Q 2 Coríntios 10 e 11
Q
Q 2 Coríntios 12 e 13
S
S João 01 e 02
S
S João 03 e 04
1. Conteúdo
Assim, preocupado, pois a situação dos coríntios inspirava cuidados, Paulo toma
como escritor a Sóstenes e produz esta carta cheia de repreensões, mas demonstrando seu
amor, como de pai aos cristãos de Corinto (4.14-21).
A principal ênfase da carta é
mostrar aos cristãos, Corinto era uma cidade pagã onde imperava a idolatria. Os
Divisões Casamento
Imoralidade Idolatria
Litígio Culto
Sensualidade Dons
espirituais
Ressurreição
Coleta
2. Contexto
Paulo escreveu a Primeira Carta aos Coríntios quando, em sua terceira viagem
missionária, encontrava-se na cidade de Éfeso. O apóstolo já estava prestes a partir de
Éfeso, quando recebeu a visita de dois grupos com notícias da igreja da cidade de Corinto.
O primeiro, formado por familiares ou escravos que pertenciam a casa de uma mulher
chamada Cloé, deram um relatório verbal a respeito da situação da igreja de Corinto, o que
deixou Paulo bastante preocupado em face da confusão que se instalara ali, por
imaturidade, especialmente dos líderes (1.11). O segundo grupo, formado por Estéfanas,
Fortunato e Acaico, entregaram a Paulo uma carta dos cristãos de Corinto, contendo
perguntas sobre vários assuntos, aos quais Paulo apresenta as soluções de Deus para a
vida cristã daquela comunidade (7.1).
Quando Paulo escreveu a carta a igreja de Corinto por volta de 56 d.C., essa estava
vivendo uma situação de crise que envolvia o fato de estar numa cidade que despontava no
cenário mundial em virtude de sua economia, cultura, religião e localização geográfica, o
que, além de atrair pessoas de todas as partes do mundo, também atraia inúmeros
problemas sociais como a pobreza, que aumentava o número de escravos, e toda sorte de
desvios morais. Esses problemas acabavam afetando a vida da igreja que era formada por
judeus e gentios, ricos e pobres, escravos e livres.
Assim, por meio dessa carta, Paulo deseja ajudar uma igreja assediada e afetada
pela cultura pagã da cidade a sua volta.
Com base no relatório feito pelos da casa de Cloé e na carta enviada pelos cristãos
de Corinto, descobre-se que aquela comunidade estava enfrentando grandes lutas. A
imaturidade estava produzindo muita carnalidade na prática da vida cristã dos membros
daquela igreja. A carta é um recurso pedagógico de Paulo para ajudar os seus filhos na fé,
a valorizar a obra de Cristo neles, e assim, romperem com o pecado buscando a
consagração e a santificação.
a) Divisões e facções
A palavra de Paulo para isso é que cada servo tem seu papel no crescimento dos
demais, mas o crescimento procede de Deus (3.5-9). E para fechar a questão, Paulo diz:
“Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja
Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras,
tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (3.21-23).
b) Imoralidade
c) Litígio
Quando alguém tinha uma questão contra outro, o caso era levado para julgamento
fora da igreja. “Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um
tribunal daqueles que não tem nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não
há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da
irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos?” (6.4-6)
Nessa questão, Paulo vai mais longe dizendo que, o pior é que haja contendas entre
eles. “O só existir entre vós contendas já é completa derrota para vós outros. Por que não
sofreis, antes a injustiça? Por que não sofreis, antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a
injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos!” (6.7,8)
d) Sensualidade
a) Sobre o casamento
O primeiro aspecto resolve a pergunta se era lícito casar. A isto Paulo responde: ”…
é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a
sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (7.1,2). Paulo também deixa claro
que o sexo no casamento é lícito, tendo em vista, que o corpo do marido passa a ser da
esposa e o corpo da esposa passa a ser do marido (7.3-5). Paulo ainda demonstra o desejo
de que os homens cristãos vivessem como ele. Mas, qual era o seu estado? Possivelmente
ele fosse viúvo, tendo em vista o fato de que pertencia ao Sinédrio, e só era permitido votar
no Sinédrio os homens casados (At 26.10). Outro argumento em favor da viuvez de Paulo, é
que só alguém que conhecesse a intimidade do casamento, poderia escrever o conteúdo do
capítulo 7. Bem, Paulo não diz que é mandamento de Deus, que o homem não se case,
pelo contrário, em 1 Timóteo 4.1-3 ele diz que a proibição do casamento procede de espíritos
enganadores e a ensinos de demônios. Assim ele encerra esse aspecto dizendo aos
solteiros e viúvos: “Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do
que viver abrasado” (7.9).
b) Sobre a idolatria
c) O culto
Paulo ensina que os cristãos de Corinto deviam saber o seguinte: os dons e os seus
possuidores devem estar debaixo da obediência do Senhor. Isso elimina a possibilidade de
cada um querer o seu dom e fazer do seu jeito. Aquilo que não se submete ao Senhor não
é dom do Espírito, não procede de Deus (12.1-11). Os dons, ou as manifestações do Espírito,
tem como finalidade o proveito de cada crente (12.7), a unidade da igreja, portanto, aquilo
que divide a igreja não é dom do Espírito e não provém de Deus (12.12-31). A diversidade
dos dons é para que haja lugar e serviço para todos no corpo de Cristo. Os cristãos não
devem brigar pelos dons que mais dão destaques, antes, devem “procurar, com zelo, os
melhores dons” (12.12-31). Paulo encerra a questão demonstrando que o amor é, por
excelência, o dom supremo e qualquer que seja o dom ou ministério do cristão, sem amor,
não tem nenhum valor (13.1-13).
e) Sobre a ressurreição
Paulo faz saber aos crentes de Corinto que a ressurreição é a realidade mais
marcante da esperança cristã (15.19). A sua garantia está na ressurreição de Jesus, pois se
Ele não ressuscitou, “… é vã a nossa pregação e vã a vossa fé” (15.14).
f) Sobre coletas
Paulo orienta a igreja de Corinto para que seus membros reservem determinada
quantia, segundo a prosperidade de cada um e que juntem o que for ofertado para atender
às necessidades dos pobres da igreja de Jerusalém (16.1-4).
4. Conclusão
Mesmo informado a respeito da crise vivida pela igreja de Corinto, Paulo demonstra
seu amor, zelo, carinho e a certeza de que Deus estava fazendo uma obra muito especial
na vida daqueles irmãos. Ele acreditava que aquela comunidade pertencia de fato ao
Senhor, e que eles podiam crescer no conhecimento de Deus, sendo bênção no meio de
uma sociedade pagã, corrompida, doente e sem esperança. Isso pode ser visto já na
saudação inicial do apóstolo aos cristãos de Corinto: “… à igreja de Deus que está em
Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1.2).
Entrando em forma
ESTUDO 07 – Uma comunidade em crise
Livro: Primeira Carta aos Coríntios
Nº de Capítulos: 16 --- Tema: Resolução de divisões e problemas
Escritor: Apóstolo Paulo
Época: Provavelmente entre 56 e 57 d.C.
Leitura Semanal
S João 05 e 06
T João 07 e 08
Q João 09 e 10
Q João 11 e 12
S João 13 e 14
S João 15 a 17
O líder cristão deve ter seu caráter provado e aprovado por Deus e pela igreja.
1. Conteúdo
A Segunda Carta de Paulo aos Coríntios difere das demais, por não ter em seu
conteúdo, os ensinamentos doutrinários ou práticos, nem as exortações e disciplinas que
tratavam dos desvios nas igrejas. Nesta carta, Paulo trata de problemas de ordem pessoal e
apresenta toda a base e autoridade de seu ministério. Esta carta pode ser lida como uma
autobiografia de Paulo. Certamente, Paulo escreveu a carta (II Coríntios) motivado pelos
efeitos causados pela carta anterior, e também pela ação dos judaizantes que denegriam
sua vida e seu ministério.
1) A ação de Deus como Pai ,que a si mesmo se revela, cuidando dos seus filhos,
exercendo sobre eles sua misericórdia, seu consolo, sua disciplina e seu controle;
2) Os ataques de Satanás, disfarçado como anjo de luz, com o intuito de perverter os
homens e confundir, se possível, a igreja;
3) O agir de Jesus Cristo Filho de Deus, sem pecado, em quem as promessas de Deus são
cumpridas, sendo Ele o Redentor dos homens, o Messias de Israel, preexistente,
ressurreto dos mortos, Senhor e Juiz de todos;
4) A atuação do Espírito Santo no coração, dando vida e, com poder, transformando a vida
dos crentes, sendo Ele mesmo a garantia das promessas de Deus;
5) O Antigo Testamento como autoridade de Deus para os crentes;
6) A imortalidade da alma como traço da natureza divina;
7) A função e os propósitos do sofrimento na vida do crente;
8) O valor da esperança cristã e seus efeitos, mesmo para os que vivem debaixo de
frustrações;
9) O caráter generoso do cristão se inspira no caráter de Cristo, que deu a si mesmo pelos
homens;
10) A defesa do ministério apostólico de Paulo em face da oposição de seus adversários.
No geral, a carta desperta nos leitores uma profunda reflexão sobre o caráter do
líder e o seu trabalho como ministro de Deus na igreja. O esboço de II Coríntios pode ser
demonstrado como segue:
2. Contexto
Quando Tito retornou com as notícias do resultado da primeira carta, Paulo estava
na Macedônia, em meio à sua terceira viagem missionária. A segunda carta provavelmente
foi escrita de lá, com um prazo entre seis meses a um ano depois de I Coríntios. Uma data
possível para II Coríntios é 56 ou 57 d.C.
3. De coração aberto
3.1. Conduta
Sofrimento Em 1.8, Paulo menciona que na Ásia (provavelmente em Éfeso, por causa
de I Coríntios 15.32), ele foi tão fortemente ameaçado, que chegou ao ponto de entrar em
desespero e, possivelmente, desejar a morte. Pode ser que o apóstolo esteja se referindo a
um tempo em que passou preso em Éfeso, e que as autoridades o tenham torturado com
açoites, fome e muita pressão psicológica (conferir com 11.23). Diante de tão tremenda
luta, a sua conduta foi confiar em Deus, que não só pode livrar da morte como pode
ressuscitar dos mortos (1.9,10).
Acusação No verso 17 do capítulo 1, Paulo diz ter havido por parte da igreja, certa
desconfiança a seu respeito, em face das acusações feitas pelos seus opositores. Neste
casso, ele estava sendo acusado de tratar os coríntios com leviandade, prejudicando a
igreja. A atitude de Paulo é protestar contra as acusações, invocando o testemunho de
Deus a seu respeito, de que não agia com intenções leviana no coração (1.18-24). Na
verdade, ele desejava o bem da igreja (2.1-4).
Capacitação Paulo deixa claro que, em sua vida, foi Deus que o capacitou para
exercer o ministério, dando-lhe habilidade, pois o ministério da nova aliança é o ministério
do espírito e não da letra (2.4-6).
Ousadia Paulo fez uma comparação entre o ministério de Moisés baseado na lei para
a condenação e o do Espírito que justifica para a liberdade (3.7-11), na esperança de que o
ministério do Espírito é permanente, e que ele, Paulo, foi chamado para esse ministério;
por isso ele se sente ousado para falar do Evangelho (3.12), e isso, ele fez a judeus e
gentios, ricos e pobres, sábios e ignorantes (Rm 1.14).
Fidelidade Paulo afirma que no desempenho do ministério ele tem sido fiel a Deus, à
Sua Palavra (4.1-4) e ao próprio ministério (4.5).
Natureza Paulo afirma para os coríntios, que Deus em Cristo nos reconciliou consigo
mesmo, portanto, o ministério cristão é o ministério da reconciliação, sendo esse o
trabalho do embaixador (5.18-6.3).
3.3. Defesa
4. Conclusão
1. Descreva a atitude de Paulo, que demonstra sua conduta, diante das seguintes
situações:
a) Sofrimento (1.8-10)
b) Acusação (1.17-24)
c) Arrependimento (2.5-11)
5. Que qualidade você julga ser extremamente necessária para o líder cristão da igreja
atual e por quê?
ENTRE O FALSO E O VERDADEIRO
Gálatas 1.6-9
Leitura Semanal
S Efésios 03 e 04
T Efésios 05 e 06
Q Filipenses 01 e 02
Q Filipenses 03 e 04
S Colossenses 01 e 02
S Colossenses 03 e 04
É dever do cristão rejeitar qualquer evangelho que conduza novamente a qualquer tipo de
escravidão.
1. Conteúdo
Gálatas pode ser considerada a “carta da liberdade cristã”, tendo em vista que nela,
claramente, se apresenta o resultado da obra de Cristo na cruz: “Cristo nos resgatou da
maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (3.13).
O conteúdo desta carta de Paulo aponta para a grande controvérsia entre a Lei e a
Graça; entre as imposições da religião judaica e a liberdade do Evangelho de Cristo. Assim,
Paulo levanta um protesto contra a ação dos judaizantes que deformavam e distorciam o
Evangelho. Esses religiosos judeus obscureciam a verdade essencial do Evangelho, que era
a justificação pela fé, insistindo com os cristãos que, para eles serem aceitos por Deus e
participantes das suas bênçãos, era necessário tornarem-se judeus, por meio da
circuncisão. Paulo demonstra sua indignação com essa prática dos judeus, fazendo a
seguinte afirmação: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue
evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (1.8).
O esboço de Gálatas pode ser apresentado pelo seguinte gráfico:
A carta aos Gálatas foi escrita por Paulo, ou de Éfeso ou da Macedônia, entre 53 e
56 d.C. Provavelmente o destino da carta foi às igrejas fundadas pelo apóstolo e por
Barnabé durante a primeira viagem missionária. Nesse caso, a região mencionada como
Galácia tem um sentido político (província romana da Galácia), que incluía áreas ao sul da
Ásia Menor das quais faziam parte as cidades de Antioquia da Psídia, Icônio, Listra e Derbe.
A ação missionária de Paulo e Barnabé na Galácia foi muito bem sucedida. Multidões
de pessoas se converteram ao Evangelho pregado por Paulo, resultando no nascimento de
igrejas gentílicas. Foi a primeira vez que o Evangelho saiu dos domínios judaicos, de
maneira intencional, da parte de Deus, da Igreja missionária e dos missionários (At 13.1-
3), e foi na direção dos gentios.
O motivo de Paulo ter escrito essa carta, está no fato de ter os cristãos da Galácia
recebido com a mesma disposição, o outro evangelho (outro com a idéia de diferente),
pregado pelos judeus. A carta apresenta dois objetivos: primeiro, servir como exortação
aos crentes que haviam crido no Evangelho da Graça, mas estavam retrocedendo para o
Evangelho da Lei – “Ó Gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos
foi Jesus cristo exposto como crucificado. Quero apenas saber isto de vós: recebestes o
Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo
começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (3.1-3). Segundo,
como confrontação e rejeição aos judaizantes e de ser o evangelho deles diferente e falso,
que enganava a mente dos cristãos gentios, fazendo-os se submeterem aos costumes da
religião judaica. Paulo não foi incentivado por inveja, nem por preconceito, e nem ainda por
diferença de opinião teológica, mas, porque o verdadeiro Evangelho estava sendo
substituído por um falso que nada mais era do que o velho judaísmo disfarçado de
cristianismo.
A Primeira Viagem Missionária de Paulo
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003)
NOTA: Os judaizantes eram uma seita dentre os cristãos judeus que, não querendo aceitar o ensino
apostólico sobre a questão (Atos 15), continuavam a insistir que os cristãos tinham de ir a Deus por
meio do judaísmo; que para um gentio ser cristão precisava tornar-se judeu e guardar a Lei judaica.
Tomaram a peito visitar, agitar e perturbar as igrejas gentílicas. Estavam apenas resolvidos a rotular
Cristo com a marca da fábrica judaica. Contra isso, Paulo se mostrou inexorável. “Se a observância da
Lei tivesse sido exposta aos convertidos gentios, todo o trabalho da vida de Paulo teria sido
arruinado. A expansão do Cristianismo, rompendo os diques de uma seita judaica, e tornando-se
religião mundial, foi a paixão ardente de Paulo; para conseguí-la arrebentou todos os obstáculos e
pôs nisso todo o seu esforço mental e físico durante mais de trinta anos. O esforço por judaizar as
igrejas gentílicas teve fim com a queda de Jerusalém, em 70 d.C., pela qual ficaram cortadas todas as
relações entre o judaísmo e o cristianismo. Até essa época, o cristianismo era considerado seita ou
ramo do judaísmo. Daí por diante, judeus e cristãos se separaram. Permaneceu uma pequena seita de
cristãos judeus, chamados ebionitas, que duraram dois séculos, a decrescer em número, mal
reconhecidos pela igreja em geral e, pelos de sua própria raça, havidos como apóstatas.” (Extraído da
obra de Henry H. Halley. Manual Bíblico, da Edição Vida Nova, 1979).
3. O EVANGELHO DA GRAÇA
O que distingue o falso do verdadeiro? Paulo havia passado pela região da Galácia
pregando o Evangelho da Graça de Deus e a esse Evangelho os gálatas tinham recebido e
crido, o que mudou suas vidas. Todavia, os judeus levaram até eles um evangelho
estranho, que exigia o cumprimento das leis judaicas. E assim, enganaram os crentes que
passaram a cumprir os rituais da religião judaica. Na carta aos gálatas, o apóstolo Paulo
demonstra três atitudes em relação ao Evangelho da Graça:
Nos primeiros dois capítulos de Gálatas, Paulo faz uma defesa argumentando com
os cristãos a respeito de três aspectos ligados ao Evangelho por ele pregado:
Procedência – Paulo afirma que o Evangelho por ele anunciado não tem procedência
humana: “Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é
segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas
mediante revelação de Jesus Cristo” (1.11,12). Provavelmente Paulo estava se referindo ao
tempo em que ele esteve no deserto da Arábia, onde se deu as revelações. Esse evangelho
contrasta com o evangelho pregado pelos judaizantes.
Conteúdo – Paulo afirma que o conteúdo do Evangelho por ele pregado era a pessoa
de Jesus: “Quando, porém, ao que me separou antes de nascer e me chamou pela sua
graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios…”
(1.15,16). Porém o evangelho dos judaizantes consistia de ordenanças dadas
especialmente à nação judaica (3.8-11).
Objetivo – Paulo diz que a verdade do Evangelho faz saber que a salvação ou
justificação não é resultado da obediência a Lei, mas pela fé em Cristo: “… sabendo,
contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo
Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em
Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (2.16). Isso
vale para judeus e gentios. Nesse aspecto, Paulo precisou repreender a Pedro, pois ele se
havia deixado levar pelos judaizantes, chegando a confundir o próprio Barnabé com o
evangelho falso (2.11-21).
Fé e Lei – O apóstolo apresenta a experiência de Abraão, dizendo que ele foi justificado
pela fé, por ter crido em Deus e nas suas promessas. Assim, os verdadeiros filhos de
Abraão são os que, à semelhança do patriarca, crêem em Deus. Quanto a lei, ela é incapaz
de justificar alguém (3.6-14).
Lei e promessa – O ensino de Paulo aos gálatas é que a lei não pode desfazer a
promessa. Ora, se isso acontecesse, o caráter de Deus seria manchado, pois ele teria feito
uma promessa e não teria sido fiel o bastante para cumpri-la. A lei foi quebrada pelos
homens, mas a promessa jamais pode perder a validade até que se cumpra (3.15-22).
Lei e Graça – Paulo mostra que não é possível, ao mesmo tempo, viver pela lei e pela
graça. As duas são incompatíveis. Se alguém decidir cumprir a lei, estará obrigado a viver
pela lei. Os que procuram se justificar pela lei, já caíram da graça (5.1-12).
Nos últimos capítulos, Paulo faz a aplicação do Evangelho da Graça a vida dos crentes,
apresentando as seguintes considerações:
A ação do cristão em relação ao Evangelho da Graça – Para Paulo, nada comprova mais
o envolvimento de alguém com o Evangelho da Graça, do que o fato que suas ações
produzem o bem dos outros. Se isso não acontecer, a vida cristã não faz o menor sentido
(6.6-10).
4. CONCLUSÃO
1. Paulo pergunta aos cristãos da Galácia se ele, Paulo, procurava agradar aos homens. O
que aconteceria se ele agradasse aos homens?
2. Por que Paulo diz que o Evangelho por ele pregado não é segundo o homem?
6. Por que Paulo e Pedro se desentenderam gerando uma grande discussão entre eles?
EM POSIÇÃO PARA AGIR
Efésios 4.17-24
Leitura Semanal
S Mateus 01 e 02
T Mateus 03 e 04
Q Mateus 05 e 06
Q Mateus 07 e 08
S Mateus 09 e 10
S Mateus 11 e 12
Todo cristão precisa estar consciente que a vida cristã envolve privilégios, responsabilidades
e estratégias.
1. CONTEÚDO
O tema geral da carta pode ser: “A posição do cristão”. Com esse tema, Paulo
demonstra quem é o cristão, quem é a Igreja e quem é o inimigo. Desta maneira, Paulo
trata do cristão e seus relacionamentos com Deus, judeus e gentios, marido e mulher, pais
e filhos, servos e senhores.
O grande tema
Alexandre, o Grande, devolveu-a aos gregos. Éfeso fora um centro
da salvação está forte do politeísmo. Ficou mundialmente conhecida por causa do
presente em Efésios famoso templo de Ârtemis (Diana), que tornou-se a principal
do início ao fim. Nele, divindade da cidade. Era a deusa da guerra, também identificada
Paulo descreve a como a deusa da luz e da noite. A ela, nos primórdios, foram
necessidade do oferecidos sacrifícios humanos. Em Atos 19.36 diz que os
homem para a adoradores de Diana criam que a sua estátua havia caído do céu. O
templo construído a Diana consta entre as sete maravilhas do mundo
salvação, a ação de
antigo (Atos 19.23-41). A cidade continuou a prosperar até ao II século
Deus para salvar o
d.C., quando, em 262 d.C., foi fortemente atacada pelos bárbaros
homem e as (godos).
implicações da
salvação na vida do homem.
O A igreja Individual /
Comunitária
cristão
2. CONTEXTO
A origem da igreja em Éfeso aparece em três momentos: em Atos 18.18-23 diz que
ao final da segunda viagem missionária, Paulo passou por Éfeso e ali deixou Áquila e
Priscila. Em Atos 18.24-28 fala-se da estada de Apolo em Éfeso e de sua pregação ali. Já
Atos 19.1-7 nos informa que na terceira viagem missionária, Paulo encontrou em Éfeso um
grupo de 12 homens convertidos, fruto do trabalho de Apolo.
Paulo permaneceu em Éfeso por mais de dois anos (At 19.8-10), tendo que lidar
com alguns problemas que acabaram envolvendo a cidade. Foi o caso dos sete filhos de
um judeu chamado Ceva (19.13,14), que eram exorcistas ambulantes e, ao tentarem
expulsar um espírito maligno, foram envergonhados e fugiram. Desse episódio resultou
várias conversões, ao ponto de muitos que praticavam a magia, queimarem seus livros
diante de todos (Atos 19.11-20).
Outro caso de grande repercussão se deu quando Demétrio causou grande tumulto.
Ele era ourives e fazia de prata, souvenires com a figura da deusa Diana. Quando os efésios
se converteram, deixaram de comprar os tais adereços, dando prejuízo aos ourives.
Estabeleceu-se um conflito religioso entre os seguidores de Diana e os que haviam se
convertido ao evangelho pregado por Paulo. Após grande confusão e do estabelecimento
de uma assembléia ilícita, houve uma intervenção do escrivão da cidade para apaziguar os
ânimos (At 19.23-41).
Quando Paulo deixou definitivamente seu contato com Éfeso, a igreja já estava com
certa organização (Atos 20.17-38).
Extraído da obra “Manual Bíblico de Mapas e Gráficos”, editada por Editora Cultura Cristã (2003)
Se a Carta aos Efésios não foi enviada exclusivamente para os cristãos da cidade de
Éfeso, tendo em vista não haver nenhum motivo descrito que levasse Paulo a fazê-lo, nesse
caso, o interesse do apóstolo foi firmar e fortalecer a fé das igrejas da Ásia Menor.
Quanto a igreja de Éfeso, esta foi formada por judeus e gentios convertidos e
organizada com líderes (presbíteros) que conduziam diligentemente os crentes. Não há
idéia de motim, ou de grandes heresias no meio da igreja. Não há indícios de rebeldia, nem
de envolvimento com práticas pagãs. Se fosse o caso, Paulo teria tratado na carta.
Todavia, parece que estava havendo problemas de relacionamentos na família e no
trabalho entre patrões e empregados. O caso é tratado por Paulo (5.22-6.9).
Deve ser digno de nota que o apóstolo Paulo, mesmo preso, continuava preocupado
e cuidando do bem-estar das igrejas. Seu exemplo deve ser motivo de reflexão e de
imitação por parte dos líderes da igreja do século XXI.
A carta de Paulo aos Efésios nos fornece base para pensar que a vida cristã é vivida
num ciclo que se realiza em quatro estágios:
I Reflexão <> “… iluminados aos olhos do vosso coração, para saberdes qual é a
esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a
suprema grandeza do seu poder para com os que cremos…” (1.18,19). Este estágio tem
caráter pessoal. Nele, o cristão pára para contar as bênçãos, para refletir em tudo o que
Deus, por sua graça, já lhe deu. Esta atitude de meditação refaz as forças, revigora e
renova a esperança, e fortalece a fé. É tempo de alimentar-se (Ef 1-3).
II Caminhada <> “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo
digno da vocação a que fostes chamados…” (4.1). Após ter-se alimentado e engordado de
todas as delícias espirituais, é hora de entrar em forma. Neste estágio, o processo é
corporativo (a igreja). Nele, os cristãos adquirem resistência na convivência e nos
relacionamentos. Assim, andando juntos, eles agem mutuamente para corrigir o caráter e,
conseqüentemente, transformar as atitudes (Ef 4-5).
III Batalha <> “… porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra
os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as
forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (6.12). Depois de ter-se fortalecido
contando as bênçãos e queimado o excesso fazendo caminhada, o cristão está pronto para
a batalha, para as lutas que tanto podem ser pessoais quanto corporativas. A batalha tem
caráter necessário, porque propicia a vitória (6.10-20), e conduz ao próximo estágio.
IV Maturidade <> “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (6.13). As
experiências dos demais estágios são, agora, aprofundadas, gerando crescimento em todas
as dimensões da vida cristã. Assim, firme e seguro, o cristão está pronto para reiniciar o
ciclo novamente.
4. CONCLUSÃO
Na carta aos Efésios, Paulo inspirado pelo Espírito de Deus, nos ensina que a vida
cristã é dinâmica, que não fomos salvos para a estagnação, mas, para o crescimento, para
o aperfeiçoamento, para o serviço. Assim, a salvação nos coloca no processo de
maturidade, nos fazendo descobrir quem somos e o que fazemos. Para isso, precisamos
estar conscientes dos privilégios, responsabilidades e lutas que trabalham nosso
conhecimento, nosso caráter, nosso comportamento e nossa ação. O propósito de Deus é
que sempre estejamos em posição para agir.
Entrando em forma
ESTUDO 10 – Em posição para agir
Livro: Carta aos Efésios
Nº de Capítulos: 6 --- Tema: A Igreja, o Corpo de Cristo
Escritor: Apóstolo Paulo
Época: Provavelmente entre 60 e 63 d.C.
4. Em que lugar os cristãos são abençoados com toda sorte de bênção espiritual?
5. Com quais bênçãos espirituais Paulo afirma que o crente já foi abençoado? (1.3-14)