A alimentação com leite materno exclusivo é capaz de fornecer todos os
nutrientes que o recém-nascido (RN) precisa para nutrição adequada em seus primeiros seis meses de vida, sendo importante ser continuado de forma complementada até pelo menos dois anos de idade. O leite humano oferece promove proteção imunológica e favorece o desenvolvimento cognitivo, sensorial e motor do bebê, além de favorecer a nutriz com a prevenção de câncer de mama, fortalecimento de vinculo do mãe-RN, proteção contra novas gestações e outros benefícios. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a maior episódios de diarreia, maior número de hospitalizações por infecções respiratórias, risco de desnutrição e menor absorção de nutrientes como ferro e zinco. A partir destas informações, o Ministério da Saúde através dos serviços de atenção à criança implementou às estratégias de saúde da família o Programa de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo (PROAME) com o objetivo de uma intervenção para aumentar as taxas de aleitamento no país e melhora na qualidade da assistência durante o desenvolvimento nos primeiros seis meses de vida do RN. Neste contexto, o profissional de saúde da atenção básica possui o papel de identificar e compreender o processo do aleitamento materno no contexto sociocultural e familiar e, a partir dessa compreensão, cuidar tanto da dupla mãe/bebê como de sua família. É necessário que busque formas de interagir com a população para informá-la sobre a importância de adotar uma prática saudável de aleitamento materno. O profissional precisa estar preparado para prestar uma assistência eficaz, solidária, integral e contextualizada, que respeite o saber e a história de vida de cada mulher e que a ajude a superar medos, dificuldades e inseguranças. Diante disso, verificou-se a necessidade de intensificação dessas informações através de ações educativas multiprofissionais na Unidade de Saúde da Família Buçú, que atualmente encontra-se com baixa taxa de participação e permanência no PROAME. Para a realização destas ações contou-se com o apoio da equipe do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) que somou forças com o objetivo principal de aumentar o incentivo à adesão ao programa, contribuindo assim para a promoção da saúde da criança. As ações ocorreram na localidade da Paxiíba e Trevinho, pertencentes à área de abrangência da unidade de saúde Buçú e teve como público alvo: gestantes, nutrizes, e pais. Foram utilizadas como recursos palestras interativas, dialogadas e rodas de conversas pelos profissionais da equipe de enfermagem, agentes comunitários de saúde e NASF com nutricionista, fonoaudióloga, assistente social e fisioterapeuta.