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SILVIA MARIA DE GÓES CARVALHO

INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NA SAÚDE DO USUÁRIO PELA PERCEPÇÃO


DE AMBIÊNCIA DE SUA HABITAÇÃO

Monografia apresentada à
Universidade Federal de São Paulo -
Pró-Reitoria de Extensão para
obtenção do título de Especialista
em Teorias e Técnicas para
Cuidados Integrativos.

SÃO PAULO
2012
SILVIA MARIA DE GÓES CARVALHO

INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NA SAÚDE DO USUÁRIO PELA PERCEPÇÃO


DE AMBIÊNCIA DE SUA HABITAÇÃO

Monografia apresentada à
Universidade Federal de São Paulo -
Pró-Reitoria de Extensão para
obtenção do título de Especialista
em Teorias e Técnicas para
Cuidados Integrativos.

Orientadora: Profa. Dra. Sissy Veloso Fontes

SÃO PAULO
2012
Carvalho, Silvia Maria de Góes
Influência da arquitetura na saúde do usuário pela
percepção de ambiência de sua habitação/ Silvia Maria de
Góes Carvalho. --São Paulo, 2012.
x, 99f.
Monografia (Especialização) - Universidade
Federal de São Paulo. Pró-Reitoria de Extensão. Curso de
Especialização em Teorias e Técnicas para Cuidados
Integrativos.

Título em inglês: Influence of Architecture in the


health of the user perception of the ambience of their home.

1. habitação. 2. percepção. 3. saúde 4. ambiência.


5. moradia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA
DISCIPLINA DE NEUROLOGIA CLÍNICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TEORIAS E TÉCNICAS PARA CUIDADOS INTEGRATIVOS

Pró-Reitora de Extensão: Profa. Dra. Eleonora Menicucci de Oliveira


Chefe do Departamento: Prof. Dr. Mirto Nelso Prandini
Chefe de Disciplina: Prof. Dr. Ademir Baptista da Silva
Coordenadores do Curso de Especialização:
Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira
Profa. Dra. Sissy Veloso Fontes

iii
SILVIA MARIA DE GÓES CARVALHO

INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NA SAÚDE DO USUÁRIO PELA PERCEPÇÃO


DA AMBIÊNCIA DE SUA HABITAÇÃO

BANCA EXAMINADORA

Presidente da banca: Profa. Dra. Sissy Veloso Fontes

______________________________________________

Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira

______________________________________________

_________________________________

______________________________________________

Aprovada em: / /2012

iv
DEDICATÓRIA

À Deus primeiramente! Em seguida dedico a todo aquele que veio a este


mundo e aqui passa sua jornada sem o suporte de uma casa.

Silvia Maria de Góes Carvalho

v
AGRADECIMENTOS

A Profa. Dra. Sissy Veloso Fontes coordenadora do Curso de Teorias e


Técnicas para Cuidados Integrativos e minha orientadora, pela oportunidade, pelo
carinho e estímulo constantes.
Ao companheiro de vida(s): Eduardo Augusto Ribeiro Lima Costa, pelo
suporte, amor e, pela sua marca nesta jornada: o olhar carinhoso a cada descoberta
de mim mesma e respeito profundo pela minha caminhada.
A minha querida Ro, minha mãezinha de “intercâmbio”, pelo seu amor e
presença. Aos meus pais Assis e Suzana que de longe, sem muito entender,
sempre depositaram a confiança e as melhores vibrações.
A Gúbio, simplesmente por estar aqui!
Aos amigos do Núcleo Fraterno Samaritanos, pela sustentação espiritual,
pelo apoio, pelas vibrações e orações constantes.
A todos os “colegas de turma”, alunos, equipe e ou professores da 1ª, 2ª e 3ª
Turmas de Especialização em Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos da
Unifesp, pela união e compartilha, agentes únicos de minhas experiências e
descobertas transformadoras aprendendo a descobrir que os cuidados integrativos
existem em mim e à minha volta. Minha eterna gratidão!
Gratidão especial a minha querida Cristina Almeida, irmã descoberta nesta
jornada.
Aos participantes do Projeto Social Santo Amaro, que receberam a proposta
da moradia e das finanças com qualidade, abrindo suas casas e sua vida e; a
confiança, parceria e conexão de minhas companheiras de trabalho, Liliana
Pescarmota, Márcia Silveira e Selda Pantanela.
Enfim, a ma Jolie, doçura e “bichinho de pelúcia” nos momentos de
caminhada e transformação.

vi
EPÍGRAFE

"Nossa alma é nossa morada. E, lembrando-nos das


“casas”, dos “aposentos”, aprendemos a morar em nós mesmos. Já
podemos ver que as imagens da casa caminham nos dois sentidos:
estão em nós tanto quanto estamos nelas”.
Gaston Bachelard, 1957

vii
LISTA DE ABREVIATURAS
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
CAPES
superior
DECs Descritores de Assuntos
EPM Escola Paulista de Medicina
Faculdades Integradas Alcântara Machado e Faculdade de
FIAMFAAM
Artes Alcântara Machado
FMU Faculdades Metropolitanas Unidas
GRR Generalized Resistance Resource
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
LILACS
Saúde
MEDLINE Medlars Online
MS Ministério da Saúde
NLM National Library Online
OMS Organização Mundial de Saúde
ONU Organização das Nações Unidas
OPAS Organização Panamericana de Saúde
Política Nacional de Práticas Integrativas e
PNPIC
Complementares
PSF Programa Saúde da Família
SCIELO Scientific Eletronic Library On line
SOC Senso de Coerência
UNIFESP Univerdidade Federal de São Paulo
USP Universidade de São Paulo

viii
SUMÁRIO
Dedicatória
Agradecimentos
Lista de Abreviaturas
Resumo

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
1.1 A arquitetura, a percepção do usuário e sua saúde........................ 11
1.2 Objetivo ............................................................................................... 13

2 CONTEXTUALIZAÇÃO.............................................................................14

2.1 Arquitetura ..........................................................................................14


2.1.1 Arquitetura e Espaço ................................................................14
2.1.1.1 Habitação............................................................................18
2.1.2 Ambiência ..................................................................................21

2.2 Percepção e Sensação........................................................................23


2.2.1 Sentir..........................................................................................24
2.2.2 Percepção .................................................................................25
2.2.3 Sentidos e Percepção ..............................................................27
2.2.3.1 Visão ..................................................................................28
2.2.3.2 Olfato ..................................................................................30
2.2.3.3 Térmico ..............................................................................32
2.2.3.4 Tato ..................................................................................33
2.2.3.5 Audição ..............................................................................34
2.2.3.6 Sentido Espacial ...............................................................35
2.2.3.6.1 Sentido Vestibular ........................................35
2.2.3.6.2 Sentido do Movimento .................................36
2.2.3.6.3 Sentido Cinestésico.......................................36
2.2.3.7 Sentido Proxêmico...........................................................37
2.2.3.8 Sentido do Pensamento ..................................................41
2.2.3.9 Sentido da Linguagem ....................................................45
2.2.3.10 Sentido do Prazer ...........................................................46

ix
2.3 Saúde...................................................................................................48
2.3.1 Conceitos..................................................................................... 48

3 MÉTODO ................................................................................................... 53
3.1 Tipo Estudo ........................................................................................ 53
3.2 Tipo de Material Utilizado .................................................................. 53
3.3 Estratégia de Busca ........................................................................... 53
3.4 Estratégia de Apresentação dos Resultados ................................... 54
3.5 Estratégia de Discussão dos Achados ............................................. 54

4 RESULTADOS .......................................................................................... 55
5 DISCUSSÃO ............................................................................................. 87
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 92
7 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 93
Abstract
Anexo

x
Resumo

Para além do abrigo a moradia, o edifício habitado da arquitetura é palco e suporte do


viver, favorecendo o equilíbrio e a harmonia ou desequilíbrios e desgastes. São sobre
estas interações entre morador, sua moradia, suas percepções, forma peculiar de
receber o mundo, que se manifestam em sua saúde o que este trabalho tem como
escopo. OBJETIVO: realizar revisão da literatura nacional e internacional sobre a
influência exercida pela arquitetura na saúde do habitante (usuário) pela percepção da
ambiência de sua moradia (habitação). MÉTODO: Revisão bibliográfica de natureza
descritiva e analítica. Foram consultados o Banco de Teses da CAPES, Banco de Teses
da USP, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie para monografias,
dissertações e teses sobre o tema e; o Google Acadêmico, além das bases de dados:
MEDLINE, LILACS, Scielo e PubMed para levantamento dos artigos científicos
publicados entre e inclusive janeiro de 2009 e junho de 2012. RESULTADOS: Foram
encontrados: 1 monografia, 3 Dissertações e 2 Teses, 144 artigos científicos abordando
mais de trinta relações existentes com objetivo deste trabalho. Destacam-se pela
repetição, artigos sobre das relações de usuário, alergias e ventilação das moradias e,
projetos de residências que atendam às necessidades diferenciadas da pessoa idosa.
CONCLUSÕES: Os trabalhos encontrados fundamentaram-se potencialmente em
relação aos quadros patológicos gerados pelo ambiente construído de moradias e, as
relações dificultadas pelo ambiente domiciliar ou quadros patológicos. Uma nova
abordagem das relações, fundamentada no novo paradigma da “Salutogênese”
configura-se um campo de pesquisa a ser explorado, de maneira a ampliar o olhar da
comunidade científica em relação à influência da moradia na saúde do habitante.
1. INTRODUÇÃO

1.1 A arquitetura, a percepção do usuário e sua saúde

“Por que faz diferença o que o ambiente em que vivemos tem a nos
dizer?...projetar prédios que comuniquem idéias e sentimentos específicos, e
por que somos afetados de forma negativa por lugares que reverberam o que
consideramos serem alusões erradas? Por que somos vulneráveis..., ao que
os espaços que habitamos nos dizem?”
(Alain De Botton, 2007, p. 106).

As indagações de De Botton (idem) são similares às desse trabalho. De que


maneira o ser humano é afetado pela arquitetura e sua pela percepção de ambiência em
sua moradia? E como esta percepção é capaz de afetar a saúde?
Villar (2009) fala que a arquitetura é capaz de expressar as relações que o
morador tem com o meio físico ou meio sociocultural chegando a, muitas vezes, ser um
reflexo do morador. Dessa maneira, a arquitetura não se manifesta apenas como abrigo
das necessidades e atividades cotidianas, mas, também como suporte onde são
projetados e pintados os elementos estruturantes do viver. Torna-se capaz de mediar
favorecendo o equilíbrio, a harmonia e evolução espiritual do homem, atendendo às
aspirações, acalentando seus sonhos, instigando as emoções de se sentir vivo,
desenvolvendo nele um sentido afetivo em relação ao lócus e aos topos.
A ambiência é o resultado da mediação feita entre o homem e o espaço
arquitetônico. Identifica-se pelo arranjo e características peculiares, do meio ambiente e
que ele estabelece em relação à habitabilidade, à qualidade ambiental (em especial do
ambiente arquitetônico) e ao conforto (ou desconforto) físico, biológico e psicológico entre
o ser humano e o âmbito estabelecido. Resulta das sensações naturais, da natureza ou
das criadas no ambiente por decisão humana, através de elementos e fatores tais como:
cor, odores, texturas, som, mobiliário, materiais de acabamento, insolação, ventilação,
temperatura, cenário, etc., e como resultado da harmonia (ou não) do conjunto destes
componentes, da sua percepção e dos efeitos físicos, psicológicos e comportamentais
consequentes.

11
A Política Nacional de Humanização do SUS (20041) adota o conceito de
ambiência, salientando seu caráter de relação e, ela se dá por meio da percepção,
maneira fenomenológica e neurocognitiva de receber e traduzir os estímulos recebidos.
Esta experiência objetiva do espaço arquitetônico suscita a construção material em si e,
Norberg-Schulz (2006, p. 448) cita Heidegger ao percorrer o significado de habitar e
construir, em diversas línguas e, conclui que “habitar significa reunir, juntar, o mundo
como uma construção concreta, ou uma “coisa” e que “o conceito de concretizar denota a
essência do habitar”.
Para este estabelecimento, a percepção atua como agente de produção dos
mapas do mundo externo no mundo interno do homem, como afirmou Steiner (1912). E
assim, através de um grande número de receptores (órgãos aferentes) e tradutores do
funcionamento do organismo humano se manifesta em sua relação com o meio. Órgãos
dos sentidos, sistemas senso perceptuais se reúnem integrando as diversas modalidades
de mapas perceptivos, com o objetivo de auxiliar o homem a trazer respostas coerentes
ao meio em que está inserido estabelecendo, assim estados de saúde ou a sua
ausência.
É sobre estas interações, que não se configuram linearmente, mas como um
complexo relacional integrado entre morador, sua moradia, suas percepções e sua
saúde, que esse trabalho retrata.

1 1
Ambiente físico, social, profissional e de relações interpessoais que deve estar relacionado a um projeto
de saúde (conf. Projeto de saúde) voltado para a atenção acolhedora, resolutiva e humana. Nos serviços de saúde, a
ambiência é marcada... por outros componentes estéticos ou sensíveis apreendidos pelo olhar, olfato, audição, por
exemplo, a luminosidade e os ruídos do ambiente, a temperatura etc. Além disso, é importante na ambiência o
componente afetivo expresso na forma do acolhimento, da atenção dispensada ao usuário, da interação entre os
trabalhadores e gestores. Devem-se destacar os componentes culturais e regionais que determinam os valores do
ambiente.

12
1.2. Objetivo

Realizar revisão da literatura nacional e internacional sobre a influência exercida


pela arquitetura na saúde do habitante (usuário) pela percepção da ambiência de sua
moradia (habitação).

13
2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1. Arquitetura

2.1.1 Arquitetura e Espaço

Arquitetura para o Dicionário Aurélio (p. 195, 1999) é “Arte de criar espaços
organizados e animados, por meio do agenciamento urbano e da edificação para abrigar
os diferentes tipos de atividade humana”. Bruno Zevi (1996) determina que a arquitetura
está contida no espaço interno, aquele resultante da edificação, em “Espaço,
protagonista da arquitetura”. Para ele, a arquitetura se caracteriza pelas três dimensões
altura (H), largura(L) e profundidade(P) adicionadas da dimensão do tempo. O mesmo
autor considera a necessidade da experiência espacial para captação da essência da
arquitetura. E ainda, restrito ao âmbito do espaço Zevi afirma que a realidade de um
edifício é constituída pelos fatores econômicos, sociais, técnicos, funcionais, artísticos,
espaciais e decorativos.
Ching (p.92, 2002) afirma que a arquitetura começa a existir “à medida que o
espaço é capturado, encerrado, moldado e organizado pelos elementos da massa”.
Utiliza-se das relações dependentes de figura e fundo2 determinando que os elementos
da forma e do espaço, em uma unidade de opostos, formam a realidade arquitetônica.
Ching3 apresenta os Sistemas e Ordens Arquitetônicos4 onde, delimita que todos os
elementos, sistemas e organizações podem ser prontamente percebidos e
experimentados, desde que estejam inter-relacionados em um todo integrado, que
contenha uma estrutura unificadora e coerente. Harris (in Nesbitt, 2006), quando enfatiza
a necessidade de uma nova ética para a arquitetura, afirma:

2
Como nos estudos da Gestalt
3
Na Introdução do seu livro para delimitar a ênfase formal dada ao seu estudo apresenta a visão geral dos
elementos, sistemas e organizações básicos que compõem um obra de arquitetura (p. X e XI, 2002).
4
Ver Figura 1
14
“A tentativa de impor à natureza a ordem de uma razão que separa a alma do
corpo, levou a uma arquitetura desumana” (p.425). Em Okamoto (2002) a definição
proposta para a arquitetura amplia este espaço proposto por Zevi e delimitado em Ching
e, atendendo à afirmação de Harris. Segundo ele “A arquitetura vai além do abrigo das
necessidades e atividades...” e elenca o potencial mediador do espaço para “... favorecer
e desenvolver o equilíbrio, a harmonia e evolução espiritual do homem, atendendo às
aspirações, acalentando seus sonhos, instigando as emoções de se sentir vivo,
desenvolvendo nele um sentido afetivo em relação ao lócus e ao topos” (p.15). Assim,
apoiado na Matriz Arquitetônica de Edward L. Dean (Figura 2 - Okamoto, p.103) trabalha
e detalha os elementos objetivos e subjetivos componentes do espaço, base da
arquitetura. Como elementos objetivos, elenca o espaço dimensionado, funcional,

Figura 2 – Matriz Arquitetônica de Dean adaptada por Okamoto(p.103).


Fonte: Okamoto J. Percepção Ambiental e Comportamento. São Paulo: Mackenzie, 2002.

16
sonoro, colorido, significante, que somados constituem o espaço da comunicação e da
arquitetura e; que se construíram a partir dos valores objetivos como forma, função, cor,
textura, aeração, temperatura ambiental, iluminação sonoridade, significante e
simbologia. Espaço de comunicação porque é por ele que o homem recebe os estímulos
das diferentes formas de energia pelos receptores especializados. E, por este espaço
objetivo são sentidos o ambiente, ou a ambiência e, os fatos de maneira consciente ou,
em sua maioria, inconscientes. Para Santos (p.51, 1999) “o espaço é formado por um
conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e
sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como um quadro único no qual
a história se dá”, reunindo materialidade e vida para animá-la. A ênfase desta
conceituação do espaço se justifica, pelo autor citado, pela ausência de realidade
filosófica dos objetos que, necessitam do sistema de ações para gerar o conhecimento e
bilateralmente, este precisa do sistema de objetos para se manifestar. Okamoto percorre
em seu estudo os sentidos, a percepção ambiental e realidade considerando estes
aspectos como relevantes à arquitetura, no citado processo de mediação, que também
utilizam os sentidos internos com valores subjetivos.
Cox (2005) expõe a terminologia “habitabilidade”, que deve ser a essência da
arquitetura quando discorre sobre os processos de projeto arquitetônico. E neste caso,
esse processo se constitui de uma interação dialética entre: a) as virtudes da solução,
obtidas através do equilíbrio entre forma, função e estrutura5 e, b) a inteligência do
problema, da qual dependem as soluções adotadas (p. 27). Por isso, a “habitabilidade” se
localiza como premissa projetual. Ela se manifesta pela influência do espaço
arquitetônico nas atividades e na qualidade de vida dos seus habitantes6. Ela vai além da
comodidade e do status. O estado de bem estar é levantado como a maior expectativa no
resultado objetivo do espaço projetado (idem, p. 44). Sem se encerrar nisto, a definição
de bem estar proposta abrange a fenomenologia, o vivencial. A arquitetura e seu espaço
produzidos precisam ser sentidos e experimentados para se completarem e,
costumeiramente, este é um aspecto suprimido (ibidem, 45), em face das necessidades

5
Firmitas, Utilitas, Venustas, fazem parte dos sistemas da arquitetura citados Vitruvius Pollio(sec.I a.C).
6
Cox(p. 31) afirma ser inadequada a terminologia “usuário” por apresentar uma conotação funcional às
relações do habitante com a arquitetura.
17
objetivas consideradas nos espaços objetivos7 de forma, dimensão entre outros, que Cox
chama de programa da arquitetura.
Bachelard auxilia este raciocínio quando fala:

“Com efeito, a casa é, à primeira vista, um objeto rigidamente


geométrico. Somos tentados a analisá-la racionalmente.
Sua realidade inicial é visível e tangível. É feita de sólidos
bem talhados, de vigas bem encaixadas. A linha reta
predomina. O fio de prumo deixou-lhe a marca de sua
sabedoria, de seu equilíbrio. Tal objeto geométrico deveria
resistir a metáforas que acolhem o corpo humano, a alma
humana. Mas a transposição para o humano ocorre de
imediato, assim que encaramos a casa como um espaço de
conforto e intimidade’’.
(p.63, 1993)

Para isto (p.41, 2009) suscita a necessidade de um programa de trabalho


projetual, que lide com “conceitos que extrapolam a simplicidade com que a programação
arquitetônica habitualmente trabalha”; que consideram apenas o espaço físico e seus
ambientes conforme a função principal e primária de cada um deles, fixando-se na área
necessária à absorção da densidade de ocupação de pessoas, equipamentos e áreas de
circulação. Com estas colocações é preciso avançar da função para o ser humano de
maneira abrangente e completa8. Isto determina parâmetros de ambiência fundamentada
em dimensões variáveis subjetivas9.

7
Não se tem a intenção de negar a relevância dos espaços objetivos da arquitetura, o propósito do curso
do texto é reafirmar a relevância fenomenológica preterida pela objetividade desde a apologia funcional e da forma.
8
coloca “ o mais completa possível”.
9
Ver diagramas apresentados por Villar(2002) com gráfico de estudo de comportamento ambiental no
processo de projeto(p.317), Diretrizes Básicas Mínimas e Gerais para o Ambiente Construído Confortável(p.318) e
Variáveis, Opções e Referências a Considerar para o Projeto Arquitetônico Eficaz desde a Perspectiva do
Conforto(p.324).
18
2.1.1.1 Habitação

“o homem detém-se frente à porta. Introduz a chave na


fechadura a faz girar, empurra e entra. Logo, volta a fechar
a porta. O homem ingressou em sua casa. Penetrou no seu
ambiente próprio e familiar, onde se reconhece. Sente-se
isolado do mundo como se defendesse a si próprio dentro
de sua carcaça, sente-se na intimidade”.
(Sacriste, apud Miguel, 2003, p.21)

Miguel apresenta a interação entre espaço publico e privado com a citação de


Sacriste. O espaço público configura-se pela sociabilização, mas não reconhece a
individualidade do homem, daí certo sentimento de insegurança. Pela porta10, o homem
acessa o mundo particular da casa.

Casa e lar

Miguel (p. 24, 2003) esclarece as relações entre casa e lar. A primeira
terminologia trata do edifício ou parte dele destinado para a habitação humana. Esta
destinação é de ser o objeto construído à espera de um uso familiar para que as
interações entre o plano físico e a troca emotiva dos moradores transformem-na em um
lar. Assim como em Folz (2003) a casa é o espaço físico, a casca protetora, que pretende
ser resposta correta ao modo de vida de seus moradores e às características climáticas
onde se instala, como um invólucro divisor de espaços internos e externos. A intenção do
arquiteto ao projetar este ente físico é adequá-lo a uma relação futura de vida familiar,
analisando quesitos de uso temporal com o estabelecimento de um programa de
necessidades que atenda ao tempo proposto, nível socioeconômico, implementos de
trabalho e lazer, questões estéticas e sua localização no espaço urbano. Um objeto
inerte, não estabelecendo valores de uso, convivência e entrosamento familiar. Projeta-
se a casa, constrói-se a casa. Os moradores podem fazer dela um lar, afirma Miguel.

10
Porta como signo, revestida de valor simbólico, de interação e ligação entre o social e o particular.
19
O Dicionário Aurélio(1999) apresenta o significado de lar como lareira. Miguel
(p.24), e é este fogo acolhedor e concentrador dos integrantes da casa ao seu redor,
como nas cabanas rústicas, na nomenclatura utilizada pelos portugueses para levantar
os fogos existentes nas vilas do Brasil Colônia e nas habitações indígenas (Lemos, p.11
1996 ). “o fogo cresce, move-se, aquece, destrói e é quente, uma das qualidades
fundamentais associada à vida humana. Quando o fogo se extingue... esfria o corpo de
um ser quando morre”. Fica a relação entre fogo/alma e corpo físico/corpo da casa.
(Miguel, p.25)

Casa: Dicionário Aurélio (1999).


1.Edificio de um ou poucos andares, destinado geralmente, a
habitação; morada, vivenda, moradia e residencia.

Domicílio: Dicionário Aurélio (1999).


[Do latim domiciliu] 1. Casa de Residência; habitação fixa. 2. Jur.
Lugar onde alguem reside com ânimo de permanecer.

Habitação: Dicionário Aurélio(1999).


[Do latim habitatione] 1. Ato ou efeito de habitar. 2. Lugar ou casa
onde se habita; morada; vivênda; residência.

Habitante: Dicionário Aurélio(1999).


[Do latim habitante] 1. Que ou quem reside habitualmente num
lugar [Sin.: morador].

Habitar: Dicionário Aurélio (1999).


[Do latim habitare] 1. Ocupar como residência; residir, morar, viver
em.

Morada: Dicionário Aurélio (1999).


[De morar+ada] 1. Lugar onde se mora ou habita; habitação,
moradia. 2. V. Casa.

20
Morar: Dicionário Aurélio (1999).
[Do Latim Morare] 1. Ter residencia, habitar, residir. 2. Encontrar-
se, achar-se, permanecer, existir.

Moradia: Dicionário Aurélio (1999).


[De Morada+ia] 1. Morada.

Residência: Dicionário Aurélio (1999).


[De residir + ência] 1. Morada habitual em lugar certo; domicílio.
2. Casa ou lugar onde se reside ou habita; domicílio 3. V casa.

Residir: Dicionário Aurélio (1999).


[Do latim residere] 1. Fixar residência; ter residência fixa; morar e
viver. 2. Ter sede 3. Ser, estar, achar-se, consistir.

2.1.2 Ambiência

O Dicionário Aurélio (Arquit, 1999) define a ambiência como o espaço


arquitetonicamente organizado e animado, que constitui um meio físico e, ao mesmo
tempo, meio estético, ou psicológico, especialmente preparado para o exercício de
atividades humanas. Sinônimo de ambiente ou pode ser interpretada como sinônimo de
meio ou de ambiente, como cita (p.12). O mesmo autor coloca que entende a ambiência
como “condição ambiental” e, define-a como, circunstância proposta pelo arranjo e
características peculiares do meio ambiente que esse estabelece em relação à
“habitabilidade”, à qualidade ambiental (em especial do ambiente arquitetônico) e ao
conforto (ou desconforto) físico, biológico e psicológico entre o ser humano e o âmbito
estabelecido.
Resulta das sensações naturais, da natureza, ou das criadas no ambiente por
decisão humana, através de elementos e fatores tais como cor, odores, texturas, som,
mobiliário, materiais de acabamento, insolação, ventilação, temperatura, cenário, etc., e,
como resultado da harmonia (ou não) do conjunto destes componentes, da sua
21
percepção e dos efeitos físicos, psicológicos e comportamentais consequentes. A
experiência objetiva do ambiente é que permite a percepção da ambiência.
Pelo potencial fenomenológico da arquitetura Norberg-Schulz (in Nesbitt, p.443,
2006) entende ser a capacidade de dar significado ao ambiente mediante a criação de
lugares específicos, com o espírito do lugar11. Amplia o conceito de habitar como estar
em paz num lugar protegido, traduzindo a verdadeira origem da arquitetura no ato
arquétipo da construção.
Com esta leitura, o verbo habitar se caracteriza pela relação; relação de estar
localizado no espaço, ao tempo em que se submete ao seu caráter ambiental, ou sua
ambiência, que, se realiza pela orientação de saber onde está e de identificar-se
estabelecendo com o ambiente uma “amizade”. E esta relação de amizade ou intimidade
se dá com os objetos de identificação, que são concretos, como uma calçada 12,
apreendidos inicialmente pelos sentidos objetivos e vivenciados pelos sentidos subjetivos
citados por Okamoto. Esse concreto é a construção em si e; Norberg-Schulz cita
Heidegger ao percorrer o significado de habitar e construir, em diversas línguas e conclui
que “habitar significa reunir, juntar, o mundo como uma construção concreta, ou uma
“coisa” e que “o conceito de concretizar denota a essência do habitar”". Explicita-se, pois,
que o ato fundamental da arquitetura é conectar o homem ao ambiente, por ser ele parte
integral e que “pertencer a um lugar quer dizer ter uma base de apoio existencial em um
sentido cotidiano concreto”.
Villar (p.365) contribui com este conceito quando fala que os ambientes
arquitetônicos devem ser definidos em termo de atitudes comportamentais 13 e da
interação ambiental entre habitante e local, que pode ser limitada ou indefinida e imensa.
Os potenciais creditados pelo arquiteto ao ambiente são de neutralidade, indução,
inibição de atitudes e possibilidades de uso. Quando estimulantes eles sugerem,
insinuam, promovem, albergam de maneira positiva, coerente e adequada às funções
básicas correspondentes como, cozinhar, sonhar, ler, relaxar, etc. ou; de maneira
negativa propiciando insegurança, tristeza, desagrado, desconforto, etc.

11
“...lugar significa muito mais que uma localização... esse lugar... possui uma identidade própria...”
Norberg-Schulz (in Nesbitt, p. 448,449, 2006)
12
Norberg-Schulz (in Nesbitt, p. 457, 2006) conta a história do arquiteto alemão radicado em Nova Iorque,
Gerhard Kallman, que ao visitar Berlim, após a Segunda Guerra, quis rever a casa em que passara a infância. A casa
não existia mais e isto o fez se sentir perdido até reconhecer o desenho típico das calçadas, o chão em que brincava
quando criança e enfim teve a forte sensação de voltar para casa.
13
De possíveis padrões de comportamento, como a dinâmica de um lavabo.
22
Para o resultado da ambiência14 seguem algumas das possibilidades,
instrumentos e artifícios citados por Villar: qualidade, tipo, configuração, geometria e
tamanho dos ambientes; articulação, fluência, continuidade e relações entre estes;
formas e formatos da edificação e partes dela; luminosidade, ventilação, temperatura,
isolamento acústico das habitações; uso de cores; exploração das texturas, da cor, dos
cheiros, da vegetação, a adequada resposta da casa ao clima, a facilidade de
manutenção, a flexibilidade de uso, de adequação, transformação e do crescimento, e de
ser arquitetura dinâmico-reativa. E complementa que “a tarefa do arquiteto é múltipla,
inter e transdisciplinar”.

2.2 Percepção e Sensação

A percepção para o Dicionário Aurélio é o ato, efeito ou faculdade de perceber,


que se origina do latim percipere que tem a acepção de ‘apoderar-se de’ e de ‘apreender
pelos sentidos’; os processos psicobiológicos que permitem a ocorrência perceptiva.
Muitos são os sentidos e percepções a eles associados. Okamoto (2002) elenca
sentidos internos que são:

1. O sentido perceptivo, que contempla os cinco sentidos perceptivos;


2. O sentido espacial, que envolve os movimentos cinestésico e vestibular
(equilíbrio e gravidade);
3. O sentido proxêmico, que envolve os âmbitos pessoal, territorial e privado;
4. O sentido pensamento, que se desenrola entre abdução (símbolo, mito,
metáfora, alegoria, arte, estética, poesia, religião, enredo, etc.) e compleição, abrange a
lei dos opostos ou lei da polaridade;
5. O sentido da linguagem que é a não verbal, e é manifestada corporalmente;
6. O sentido do prazer, que se vincula pelo princípio afetivo.

14
Considerada como o resultado esperado da arquitetura.
23
Rudolf Steiner cita a conexão do “Eu” para a tomada de decisões e, desta
maneira, aí estaria contido o inconsciente. Os doze sentidos considerados pela
Antroposofia apresentados no quadro abaixo também foram discutidos por Okamoto.

Sutis Audição Linguagem Pensamento Eu Pensar


↑ Olfato Paladar Visão Térmico Sentir
Físicos Tato Vital Movimento Equilíbrio Querer
Tabela 1 – Os Doze Sentidos para a Antroposofia
Baseado no texto Homônimo de Steiner R, 1916.

Conforme Bunge (1980, p.64), a percepção não é apenas sensação ou detecção.


Sentir e captar estão relacionados com a detecção imediata. Perceber relaciona-se com
o reconhecimento da mensagem sensorial. “O sentir exige apenas detectores ou
sensores; o perceber exige, além desses, órgãos capazes de interpretar aquilo que é
sentido ou captado”.

2.2.1 Sentir
A detecção pode consistir em filtrar os inputs com exceção de alguns, ou mesmo
em combinar-se com entidades de apenas alguns tipos. Bunge (p.64) define este
processo seletivo da seguinte maneira: “Um sistema detecta coisas ou eventos de certo
tipo (ou é um detector deles) se e somente se reagir apenas a eles”. Para os organismos
multicelulares estes detectores agrupados sistematicamente são nomeados de sistemas
seletivos. Bunge utiliza como exemplo explicativo o sistema imunológico. Os anticorpos,
que são os detectores, deste sistema se caracterizam pela grande variedade e, por isto
são capazes de detectar diversos eventos internos e externos. Isto se dá através de um
processo químico disparado por um estímulo em um quimiorreceptor ligado a algum
sistema sensorial (visual, gustativo, etc.). E, estes quimiorreceptores e quimioativadores
estão espalhados ao longo do organismo em caravanas de hormônios e enzimas,
ocupados em dar sentido às maravilhas que catalogamos como tato, paladar, olfato,
audição e visão, como comentou Ackerman (1992, p.19) e conforme apresenta a figura 3.
Por serem seletivos, diversos estímulos são ignorados. E, os receptores são ativos
quando recebem sinais de maneira uniforme para que o sistema nervoso central (SNC)
seja capaz de interpretá-los sem ambiguidade. Mais uma definição é proposta por Bunge
24
(1980): “Um detector é um neurossensor (ou neurorreceptor) se e somente se for um
sistema neural ou se for diretamente acoplado a um sistema neural” (p. 65). Nos animais
superiores os neurossensores são agrupados em sistemas com a função ou atividade
específica de perceber. Bunge, mais uma vez sugere a necessidade da seguinte
definição: “Um sistema sensorial de um animal é um subsistema do sistema nervoso do
mesmo, composto de neurossensores e de sistemas neurais a ele acoplados”. Os
neurorreceptores detectam inputs ambientais vinculados à ação contínua do SNC,
dificultando a percepção repetida de um mesmo estímulo. Uma definição posterior, ainda
sobre o sentir é a de que “Uma sensação (ou processo sensorial ou algo sentido) é uma
atividade (processo) especifica de um sistema sensorial”. Logo, uma sensação é a
atividade específica de um determinado sistema sensorial.

2.2.2 Percepção
Para falar de percepção é preciso avançar no processo de sentir. Desta forma os
sinais emitidos pelos sensores, passam pela detecção em um pré-processamento e um
processamento posterior no cérebro. “O grau de processamento sensorial ou
“interpretação” depende não somente da complexidade da mensagem sensorial mas,
também da estrutura do cérebro em sua organização inata e na organização adquirida
durante o desenvolvimento do animal em seu ambiente” (Bunge, p.67). A percepção
diferencia-se da sensação por estar localizada nas áreas corticais sensoriais secundárias

Figura 3 - Sinalização química entre o sistema nervoso e o sistema imune em resposta ao


estresse.
Fonte: Lundy-Ekman L. Neurociência: Fundamentos para a Reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000.
25
e terciárias, que se caracterizam por sua plasticidade ao longo da vida do animal,
somada à atividade da área sensorial primária, única a atender às sensações. Desta
maneira, Bunge expõe as características da percepção humana como: “a) a percepção é
realizada por um sistema neural localizado em uma projeção sensorial secundária do
córtex cerebral; b) o funcionamento da unidade central de percepção é fortemente
influenciado por uma ou outra unidade motora... bem como pelas unidades de ideação e
por influxos sensoriais de diversas modalidades; c) a unidade central de percepção pode
ser ativada por diversas outras unidades acopladas; d) a percepção pode dirigir o
movimento e a ideação”. Tornam-se pertinentes as definições expostas por Bunge (p. 68)
“Um percepto (ou processo perceptivo) é uma atividade específica (processo) de um
sistema sensorial e de um(s) sistema(s) neural(is) diretamente acoplados". E, um sistema
perceptivo é um sistema neural capaz de realizar processos perceptivos. Por sua parte
variável, uma mesma percepção pode ser ativada por estímulos distintos e/ou
percepções distintas originárias de um mesmo estímulo.

“Os tijolos dessas construções perceptivas são as


sensações, as memórias e as expectativas. Os
estímulos externos são os referenciais e mais os
gatilhos do que as causas” (Bunge, p. 69)

Neste raciocínio Bunge (p.69) conclui que o ambiente fortalece ou enfraquece e,


em geral controla a atividade do SNC em lugar de causá-la.

Considerando a relatividade da percepção a partir da plasticidade aprendida do


SNC, ela, a percepção fornece informação da realidade sobre o filtro pessoal do sujeito
“percebedor”. Assim, perceber é algo criativo e influenciado pela hipotetização,
corroborando a natureza sistêmica reconhecida no cérebro. Okamoto (p.109) considera
que a percepção15 está ”obliterada pela educação parcial que dá ênfase ao
conhecimento lógico-racional”. Bunge (p. 71) conclui na existência de duas regras acerca
da percepção:

15
O autor coloca como sentido, porem este trabalho adota como percepção a atividade sensorial
associada à capacidade de interpretação, ou seja, do sistema perceptivo, questão levantada por Okamoto na citação.
26
1- Todas as ciências devem investigar fatos possivelmente reais e devem
explicar fenômenos (aparências) em termos desses fatos e não o inverso.
2- Ontologia e epistemologia cientificamente orientadas devem concentra-se na
realidade, não na aparência.

Para Bunge (p. 71) tudo o que percebemos é um evento ou uma sequência de
eventos, e não é qualquer evento, mas eventos originados em um neurossensor ou que
agem sobre ele e que, em qualquer caso, pertençam ao espaço de eventos. E as nossas
percepções, são eventos na parte plástica de nosso próprio córtex sensorial. As
ocorrências externas, capazes de ativar os neurossensores são mapeadas pelo cérebro.
Acredita-se que os mapas do mundo externo são aprendidos direcionando o
comportamento, especialmente a locomoção. Os mapas do mundo externo se
correspondem conjunto a conjunto de percepções. Para cada modalidade perceptiva
existe um mapa diferente. Apesar de haverem diferentes modalidades de mapas
perceptivos, eles agem de maneira integrada com uma ativação simultânea de dois ou
mais sistemas perceptivos16.
O organismo humano aprende a integrar as atividades dos vários sistemas
perceptivos como de perceber nas distintas modalidades.

2.2.3 Sentidos e Percepção

No presente trabalho será adotada a apresentação conforme descrito em


Okamoto (2002), dividida em sentidos:
Sentido Sensorial composto por: Visão, Olfato, Paladar, Térmico, Tato e
Audição;
Sentido Espacial composto por: Sentido Vestibular, subdividido ainda em
Gravitacional e de Equilíbrio, do Movimento e Cinestésico;
Sentido Proxêmico composto por: Espaço Íntimo, Pessoal, Social, Público,
Territorial, Privado, subdivido em Pessoal e Cultural, Comportamento Espacial;

16
Bunge(1980, p. 74) exemplifica com a existência de percepção visual de pessoas que nasceram cegas e
recuperaram a visão após a educação de seus sistemas hápticos.
27
Sentido do Pensamento composto por: Abdução, Compleição, Lei da
Polaridade;
Sentido da Linguagem composto por Linguagem não verbal, Imagem Corporal;
Sentido do Prazer composto por Prazer e Criatividade, Desprazer e Desamor e
Sentido Afetivo.

2.2.3.1 Visão

“...a aparência das coisas é determinada mais pela relação


entre seus elementos do que pelos elementos simples que,
juntos, compõe o estímulo total. Relações temporais,
espaciais, de intensidade e outras, entre as partes de um
padrão de estímulo, são consideradas determinantes
básicas do modo pelo qual as coisas são vistas”
(Day, apud Okamoto, 2002, p.119)

A visão é o sentido mais aguçado no homem. Tuan (1980, p.7) fala que o homem
é um animal predominantemente visual. Segundo Ramos (2006, p. 3), a visão é
responsável por 75% da nossa percepção17. E isto aguça a impressão de que a
realidade é o que vemos.
Okamoto coloca como missão instintiva principal da visão localizar e reconhecer
qualquer perigo à sobrevivência, enxergando a configuração do espaço ao redor. São
reconhecidos três níveis de percepção gradativa da visão:
1- A configuração dos objetos e dos seres, o que permite decodificar e identificar
coisas imediatamente;
2- A visão do volume, pelo jogo de luz e sombra;
3- A sensação do peso, pela textura e padrão.

17
Okamoto (2002) coloca que a visão é responsável por 87% das atividades entre os cinco sentidos mais
conhecidos(audição, visão, olfato, paladar e tato)
28
A visão é o resultado combinado de três ações distintas: operações óticas,
químicas e nervosas. Envolve o Olho, órgão responsável pela captação da informação
luminosa/visual e transformação destes em impulsos que o sistema nervoso decodifica.
O olho é altamente especialidade e trabalha coordenando cada uma de suas estruturas
que são a córnea, íris, pupila, cristalino, retina, esclera e nervo ótico. Estas estruturas
trabalham deste a captação da luz do meio externo, até a sua conversão em impulsos
conduzida pelo nervo ótico. “A sensibilização da retina se faz quimicamente e, a luz
convertida em impulsos elétricos é transportada através do nervo ótico até o córtex”
(Ramos, 2006).
A luz visível ao olho humano ocupa apenas uma faixa do espectro luminoso
eletromagnético, ao contrário de abelhas e formigas, que vêem os raios ultravioletas, e
da cascavel, que vê os raios infravermelhos. Esta faixa, capaz de estimular os
fotorreceptores provoca o inicio das transmissões de impulsos nas células nervosas e daí
vão ao cérebro, ao córtex occipital, pelo já citado nervo óptico. Todo este processo ocorre
simultaneamente aos movimentos musculares dos olhos e do esforço físico em busca de
um foco do meio ao qual os olhos estão em contato (Crary, apud Ramos, 2006, p. 6)
com a geração de uma impressão visual.
Quando descreve a fisiologia do desenvolvimento da visão, Ramos (ibdem)
afirma que a visão é realizada no cérebro. Explica que durante todo o trajeto, através do
sistema visual, os estímulos vão se depurando até que apenas uma impressão visual
permaneça no córtex occipital. Durante o período de maturação da visão, do 0 aos 8
anos de idade, a visão central da criança aperfeiçoa-se ou deteriora-se com a qualidade
da informação visual. É um período em que há uma livre interação cérebro/retina para
melhorar a interpretação das informações do ambiente. Casos de estrabismo ou
desalinho dos eixos visuais permitem o fornecimento de imagens diferentes entre si,
conflitantes, impedindo o processo de fusão e o cérebro acaba por escolher apenas uma
das imagens, gerando uma distinção de desenvolvimento entre as retinas dos dois olhos.
A localização frontal dos olhos permite a percepção da profundidade. Sua
denominação é percepção egocêntrica por causa da discriminação perceptual de
localizações espaciais de objetos relativamente ao observador. Ramos completa que a
percepção de distâncias egocêntricas também pode ocorrer por “pistas monoculares”
como:

29
a) Interposição de estímulos (os mais próximos cobrindo os contornos e
áreas dos mais distantes);
b) Tamanhos relativos das imagens (maiores para objetos mais
próximos e menores para os mais distantes);
c) Contornos e brilhos (acentuados com a proximidade e esmaecidos
com o distanciamento);
d) Zonas de sombras e iluminação (sugerindo relevos e cavidades);
e) Perspectiva aérea (coloração mais azulada para grandes distâncias,
pela interposição de ar entre o observador e os objetos);
f) Perspectiva cinemática (pelo observador em movimento: objetos mais
próximos com deslocamentos aparentemente mais rápidos).

Sendo a percepção visual o processamento, em etapas sucessivas, da luz que


atinge os olhos, é possível caracterizá-la por sua intensidade, comprimento de onda e
distribuição no espaço (e no tempo). A intensidade varia sob a visão diurna, que ocorre
com uma acuidade acentuada e percepção cromática, chamada de Fotótica e a
Estocópica, que é a visão noturna com percepção acromática e baixa acuidade. A
variação do comprimento de onda permite diferentes reações do sistema visual à
luminância dos objetos e, apresenta uma percepção colorida de objetos.
Segundo Hermann Von Helmholtz (1821-1894), “nossa percepção é construída
por meio de interferências que inconscientemente fazemos sobre o mundo à nossa
volta”. Contrastadas com informações colhidas no ambiente, pelo organismo, essas
interferências são avaliadas com as expectativas e, sendo diferentes vão sendo
ajustadas testando novas conjecturas perceptivas. È possível concluir que grande parte
daquilo que é percebido é uma construção ativa do sistema nervoso daquele que
percebe. “A questão da diferença de informação, confere a algumas imagens um
significado variável, decodificado, a partir de um repertório”.

2.2.3.2 Olfato

“O efeito é imediato e não diluído pela linguagem, pelo


pensamento ou pela tradução. Um aroma pode ser
extremamente nostálgico, porque detecta imagens e
30
emoções poderosas antes que tenhamos tempo para editá-
las”
(Ackerman, apud Okamoto, 2002, p.127)

O odor tem o poder de evocar lembranças vívidas, carregadas emocionalmente,


de eventos e cenas passadas. Tuan (idem, p. 12) levanta três aspectos sobre o poder da
percepção olfativa: 1- ligação direta entre o córtex cerebral e a capacidade do mesmo de
guardar lembranças; 2- relaciona-se ao aspecto de na infância os narizes transitarem
mais próximo do chão, além de serem mais sensíveis, onde estão canteiros, flores e
solos úmidos; 3- o fato de o olfato não ser seletivo como a visão. Já segundo Okamoto
(p. 126), o mundo é antes de qualquer coisa olfativo, pois, diferentemente dos outros
órgãos/sentidos (os olhos e a boca), os quais podemos fechar, o nariz fechado causaria a
morte.
Assim como a visão e a audição, o sistema olfativo detecta e discrimina uma
grande variedade de estímulos (Chih-Ying, 2010, p. 1), porém odores não podem ser
medidos como comprimento de onda ou frequência. Existem múltiplos receptores
olfatórios que são capazes de detectar um grande número de odores. Para a Decs,
Odores é a parte volátil das substâncias perceptíveis pelo sentido do olfato18; E, olfato é
a habilidade de detectar aromas ou odores, como a função dos neurônios receptores
olfatórios19. Identidade e intensidade de odores são inicialmente codificadas nos órgãos
olfativos e depois são decodificados no sistema nervoso central (Chih-Ying, idem). Pelo
nariz ocorre a entrada das moléculas de odores dissolvidas no ar pelas fossas nasais. Já
na cavidade nasal se dissolvem no muco e chegam aos prolongamentos das células
olfativas, que são responsáveis pelo envio dos impulsos ao SNC para interpretação e
produção das sensações olfativas.

Segundo Araújo (2011, p.8), o olfato é o mais aguçado dos sentidos, pois os
nervos olfativos são extensões diretas do cérebro. Para ela o aroma acessa a memória
olfativa, estimulando o sistema límbico a identificar os cheiros. Acrescenta ainda que, é
por isso que certos aromas são capazes de afetar nosso humor, trazer lembranças e

18
Terminologia [DeCS - Descritores em Ciências da Saúde ID: 009998 ]
19
Terminologia [DeCS - Descritores em Ciências da Saúde ID: 013284 ]

31
provocar sentimentos. E, prosseguindo o caminho, o sistema límbico passa a informação
para o hipotálamo que, por sua vez, repassa para a hipófise. A informação vai, então,
para outras glândulas, influenciando a atividade imunológica, o batimento cardíaco, a
produção de enzimas e hormônios.

Os aromas estimulam o cérebro a liberar substâncias neuroquímicas, entre elas


estão a encefalina que reduz a dor e gera sensação de bem estar, a endorfina que inibe
a dor e induz ao apetite sexual, a seratonina que ajuda a relaxar e acalma (Araújo, idem).

2.2.3.3 Térmico

“...é necessário que o organismo humano se encontre em


balanço térmico com o meio ambiente.”
(Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da
Universidade de São Paulo)

Segundo Okamoto (p. 137), o sentido térmico, pelo olhar antroposófico, faz o
organismo ser envolvido pelo calor e, por isto dá-lhe forma através das sensações de
expansão no calor e encolhimento no frio.
É pela pele, principal órgão termo-regulador do homem, que são realizadas as
trocas de calor. Este mecanismo ativa a regulagem vasomotora do fluxo sanguíneo da
camada periférica do corpo. Por vasodilatação e vasoconstrição ocorre esta regulagem
subcutânea, associado à transpiração ativa para as perdas por convecção e radiação. A
transpiração ativa ocorre por meio das glândulas sudoríparas.
São através dos nervos êxtero-receptores que as sensações térmicas (Figura 4)
são transmitidas ao sistema nervoso central (Okamoto, p. 137).

32
Para o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da
Universidade de São Paulo, o ideal, em termos de conforto térmico, é que o ambiente
possua condições que permitam a “manutenção da temperatura interna sem a
necessidade de serem acionados os mecanismos termorreguladores, ou seja, é
necessário que o organismo humano se encontre em balanço térmico com o meio
ambiente”.

2.2.3.4 Tato

“É um dos nossos maiores sentidos, tendo por área,


aproximadamente, 2m² de superfície, 16% de nosso peso,
correspondendo a 4,5 kg e 569 milhões de células
sensoriais.”
(Okamoto, 2002, p.138)

A pele e os tecidos internos do organismo possuem diversas terminações


nervosas sujeitas a estímulos do ambiente.
Este órgão respira, produz secreções e
metaboliza a vitamina D, auxiliando nossa
proteção e alimento. Sua constituição é feita
pela derme, camada interior espessa e
esponjosa, que abriga os terminais nervosos,
glândulas sudoríparas, folículos capilares,
sangue e vasos linfáticos e; pela epiderme
formada por células epiteliais escamosas.
O tato coloca o homem em contato
com tudo! Olhos, cheiros, sabores e formas.
Para Steiner (1912), o “sentido do tato é
aquele por cujo intermédio o homem se
Figura 4 -Trocas térmicas entre Homem e
Ambiente relaciona com a forma mais materializada do
Fonte:
http://www.master.iag.usp.br/conforto/index.html mundo exterior”. Para ele o homem está

33
constantemente em “choque com o mundo externo”. Por cobrir todo o corpo, a pele
permite que o toque nas superfícies dê a sensação de interioridade dos objetos. É pelo
tato que se tem a percepção da tridimensionalidade que o espaço arquitetônico tanto
considera. Sensações de rugosidade, aspereza, maciez, leveza, são sentidas
internamente. Este sentido define os limites do corpo humano e do meio circundante. A
sensibilidade do sentido háptico se desenvolve com a experiência ou contato com o qual
a pele é colocada. É o sentido do toque em todo o corpo.
Ele pode ser dito conforme Tuan (p.9) como sendo a experiência direta da
resistência, a experiência direta do mundo como um sistema de resistências e de
pressões que persuadem da existência de uma realidade independente de da
imaginação. Aspectos como “a harmonia, a suavidade ou agressividade do meio
ambiente são refletidos em nosso sistema háptico”, conforme Okamoto. E, segundo
Bloomer (apud Okamoto, p.140) inclui as sensações de calor, frio, pressão, dor e
cinestesia, ou seja todas as percepções sensíveis do contato físico, dentro e fora do
corpo. “O que ocorre quando ele tem uma percepção de um objeto em que tocou ocorre
evidentemente, no lado interior da pele... a ocorrência de tatear acontece na parte interna
do homem”, conforme afirmou Steiner.

2.2.3.5 Audição

“O sentido da audição nos revela muita coisa da


configuração interna do exterior... nos revela quando o
metal começa a soar, como ele é em seu interior”.
(Steiner, 1912)

A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. Segundo Tuan (p. 10) a


audição nos homens não é muito fina. Fala-se em sua adaptação à sobrevivência da
espécie e, diz-se atrair o mundo através dos sinais auditivos. Os homens são mais
sensibilizados pela audição do que pela visão. Um exemplo disto é o efeito da música
nas pessoas. O som torna as pessoas “vulneráveis” a ele pois, a informação auditiva
aumenta o nível de atividade em todo o sistema nervoso central(Lundy- Ekman, 2000,
p.242 ). Em termos de captura do ambiente a audição se processa de maneira passiva,

34
considerando que, dificilmente, deixa-se de ouvir um som projetado no recinto, estando
nele. Shepherd (1994, p.329) acrescenta a importância da audição para a linguagem e
desenvolvimento da cultura.
Através de receptores especializados localizados no órgão de Corti, no interior da
cóclea do ouvido interno há a conversão do som em sinais neurais. De lá são conduzidos
para os nervos cocleares, que são os responsáveis pelo processamento da informação
auditiva. O passo seguinte, neste percurso, encontra-se em três estruturas distintas: 1 -
formação reticular que ativam os sons em todo o sistema nervoso central; 2 - colículo
inferior que integra as capturas dos dois ouvidos detectando a origem dos sons e
direcionando olhos e face para este ponto e; 3 - corpo geniculado medial retransmite a
informação auditiva até o córtex auditivo primário para a apropriação consciente do som
(Lundy-Ekman, p. 242).

2.2.3.6 Sentido Espacial

Segundo Merleau-Ponty o espaço não é objeto da visão, mas objeto do


pensamento. Não existe um órgão específico para a percepção espacial. Este processo
ocorre pela ação conjunta da visão, audição e percepção temporal. Okamoto (p.149) fala
que o sentido espacial necessita de sequência e continuidade e, por ser o espaço,
também texturado, proporcionado, trabalhado para conter todos os estímulos que tocam
os sentidos, possibilita a leitura do espaço simbólico, cujo significado orienta nossas
atividades e dá sentido à vivência social.

2.2.3.6.1 Sentido Vestibular

Para o dicionário Aurélio, o sentido vestibular refere-se à percepção e


manutenção do equilíbrio do corpo como um todo.

- Sentido Vestibular Gravitacional

35
A gravidade consiste na força atuante nos corpos que conduz a uma sensação
de peso para o piso. Na tentativa e no esforço de encontrar posição adequada ao menor
efeito da gravidade, o equilíbrio, o ser humano encontra o sentido da gravidade. Ações
como levantar, puxar locomover, pegar, atirar; tão corriqueiras nas atividades cotidianas
necessitam sempre do equilíbrio para ocorrerem.

- Sentido do Equilíbrio

Intimamente ligado à audição. O sentido do equilíbrio se opera pelos canais


semicirculares. Este sentido é extremamente na percepção espacial, pois permite ao
homem reconhecer as possibilidades de locomoção sem a ocorrência de riscos atuando
na compensação de esforços musculares em sintonia e compensação. Segundo
Okamoto (p. 154) quando a atenção corporal está voltada para o equilíbrio, a audição fica
com desempenho limitado.

2.2.3.6.2 Sentido do Movimento

Santos (1988, p. 27) descreve que “...o espaço é um conjunto de formas


contendo cada qual das frações da sociedade em movimento. As formas, pois tem um
papel na realização social”. O movimento se dá no espaço entre as coisas. Ele é
necessário à manutenção da vida. Todo equilíbrio se dá através do movimento.

“As relações que existem entre nosso universo corporal e os


lugares que habitamos estão em contínua mudança. Os
lugares se constroem como expressão de nossas
experiências hápticas e, por sua vez, estas experiências
hápticas se produzem como resultado dos lugares
previamente construídos. Ainda quando nem sempre
sejamos conscientes deste processo, certo é que nosso
corpo com seus movimentos estão em um diálogo
constante com os edifícios.”
(Yudell, 1975 apud Okamoto, p.157)

36
Há um reflexo da imagem corporal no meio ambiente, segundo Yudell. O espaço
costuma ser entendido como vazio porem, o movimento se dá a partir das possibilidades
apresentadas por este vazio chamado espaço.

2.2.3.6.3 Sentido Cinestésico

Segundo Broadbent (apud Okamoto, p. 160), existe uma imaginação cinestésica


que pode ser definida como a atitude de relacionar o movimento de objetos com
sensações de movimento interno ao nosso próprio corpo. Para ele, o sentido cinestésico
se manifesta na forma como determinados receptores sensoriais, situados nos músculos,
articulações, tendões e, inclusive, no ouvido interno, resultam estimulados quando nosso
corpo se move; a imaginação cinestésica é a capacidade de relacionar o movimento dos
objetos com essas sensações pessoais do próprio corpo. Para Okamoto (p. 161)
percorrer um espaço com tranquilidade e de forma automática e inconsciente passa a ser
um ato agradável, o que não ocorreria em um espaço repleto de objetos sem algum tipo
de ordem exigindo atenção e gerando estresse e com isto desconforto e irritação. O
espaço deve permitir a fluência do movimento para que o resultado perceptivo de
cinestesia seja positivo. Importante observar que usos e costumes sociais podem ser
determinantes no estabelecimento do que se considera um espaço cinestésico
confortável, a exemplo disto tem-se o hábito de movimentação ao longo da refeição
distinto na cultura oriental que usa ou hashis20, ou as próprias mãos e ocidentais que
utilizam talheres, gerando movimentos distintos nos membros superiores. É através do
sentido cinestésico que é possível determinar o espaço mínimo necessário de maneira
funcional e habitável.

20
Varetas utilizadas pelos japoneses para conduzir o alimento à boca.
37
2.2.3.7 Sentido Proxêmico

“...Proxemia foi o termo que criei para me referir às


observações e teorias inter-relacionadas, relativas ao uso
que o homem faz do espaço como elaboração
especializada da cultura”.
(Hall apud Okamoto, p. 166)

A proxemia estuda as interações espaciais entre pessoas, em termos de


proximidade e distanciamento, posições e linguagem corporal, a resposta dada à
interpretação cultural dos espaços entre as pessoas, em seus territórios e privacidade. A
proxemia pode ser subdividida em: espaço íntimo; espaço pessoal; espaço social,
espaço público e espaço privado e pode ser observado conforme o quadro de Distâncias
Interpessoais na tabela 2, na página seguinte:

Distâncias Interpessoais
Segundo Hall

Distância Preferência Dimensão Conversação


próxima 0,15 m sussurro audível
Íntima
longe 0,15 m a 0,45 m conversação íntima
próxima 0,45 m a 0,75 m voz moderada
Pessoal
longe 0,75 m a 1,20 m participação pessoal
próxima 1,20 m a 2,20 m assunto impessoal
Social
longe 2,20 m a 3,65m negócio formal
próxima 3,65m a 7,30m discurso formal
Pública
longe > 7,50m declaração pública / manifestação

Tabela 2
Fonte: OKAMOTO J. Percepção Ambiental e Comportamento. São Paulo: Mackenzie,2002

- Espaço Íntimo
38
Existem dois parâmetros para a distância do espaço íntimo, a próxima que mede
entre 0 e 15 cm, e afastada que é compreendida entre 15 e 45 cm.
A distância próxima tem os usos no abraço, conforto, proteção, luta e união
sexual. Esta distância utiliza os sentidos do olfato e do calor irradiante. É neste espaço
em que os seres tornam-se conscientes da presença do outro. Quanto não existe
afinidade, o contato torna-se embaraçoso.
A distância afastada é referente ao espaço mínimo aceitável para aqueles que
não compartilham da intimidade do outro. Mesmo assim, por se tratar do espaço pessoal,
há constrangimento e negação da presença do outro como no caso das lotações nos
espaços e transportes públicos.

- Espaço Pessoal

Trata-se do espaço delimitado por uma espécie de bolha pessoal como afirmou
Okamoto (p. 168). Esta bolha é como se fosse uma fronteira invisível e ambulante
movimentada e formada pelo deslocamento e necessidade de proteção do homem.
Segundo Sommer (apud Okamoto, p. 169) a intrusão neste espaço pode provocar
ansiedade e esgotamento. Seu aparecimento está condicionado à presença de qualquer
elemento intruso, ela surge com o intuito da autopreservação.
A caracterização do espaço pessoal é balizada pela personalidade, estado de
espírito, sexo, idade, cultura21, regras e normas sociais de conduta. Para Snyder e
Catanese (1979, p. 72 apud Okamoto), o espaço pessoal cresce até a velhice e nesta
fase entra em processo de redução.
- Espaço Social

21
Culturalmente é possível obervar comportamentos distintos entre japoneses e árabes do espaço pessoal.
Enquanto árabes aproximam-se, tocam-se, cheiram-se como reconhecimento do próximo, japoneses mantêm a
distância e formalidade, tocando-se com rígida separação.
39
Como nos demais espaços proxêmicos, o espaço social também é constituído de
distâncias. Ela está entre 1,2m e 2,2m (1,8m em alguns autores). Os assuntos abordados
nestas condições são impessoais e enveredam pela formalidade. Para Fast (apud
Okamoto, p.173) na distância próxima são tratados assuntos sociais e de negócios, já na
distância longe são mantidas posições de status, afastamento necessário para não haver
possibilidade de assuntos pessoais. Proporcional ao maior distanciamento, o contato vai
se tornando apenas visual até deixar de existir caminhando para o espaço público. Esta
distância favorece relações de trabalho sem a indelicadeza. Para diretores de empresas
quanto maiores e mais largas suas mesas menos pessoalidade e mais formalidade há
para sua tomada de decisões com relação àqueles que ali vão tratar. Há um estudo em
Sommer (apud Okamoto, p.175) que fala dos distanciamentos e posições propícias a
uma série de comportamentos entre interlocutores (Tabela 2). A posição “canto a canto”,
que permite contato visual e proximidade física propicia conversas informais, longas e
tranquilas. A posição “face a face” se distingue da “canto a canto” por favorecer uma

Tabela 3
Fonte: OKAMOTO J. Percepção Ambiental e Comportamento. São Paulo: Mackenzie, 2002

40
postura de enfrentamento, iniciando nas amenidades até a discussão. É difícil conversar
em diagonal e bom para trabalhar estando “lado a lado”.

- Espaço Público

A referência de distância próxima, segundo Hall, fica entre 3,5m e 7,5m. Nesta
distância é possível empreender uma posição de fuga ou defesa, porém as conversas
precisam ser mais altas. Já paras as distâncias superiores a esta os gestos exagerados
são a melhor forma de comunicação apesar da fragilidade na transmissão do conteúdo.

- Espaço Privado

Para falar do espaço privado pessoal Snyder e Catanede (apud Okamoto, p. 181)
definem a privacidade como sendo o desejo de pessoas, grupos ou instituições de
controlar os acessos a si mesmos e determinar quando, como e quanta informação sobre
elas mesmas será fornecida. É através do espaço privado que se regula o isolamento ou
distanciamento dos outros.

2.2.3.8 Sentido do Pensamento

“Pois apenas olhar para as coisas não pode ser um estímulo


para nós. Cada olhar envolve uma observação, cada
observação uma reflexão, cada reflexão uma síntese; ao
olharmos atentamente para o mundo, já estamos
teorizando”.
Goethe (apud Okamoto, p. 193).

Sendo o pensamento o ato ou efeito de pensar então é necessário percorrer o


sentido de pensar:
1. Formar ou combinar no espírito pensamentos ou idéias... 2. Fazer reflexões; refletir,
raciocinar... 3. Reflexionar, refletir; meditar, cismar... 4. Fazer atenção, tencionar, cogitar... 5.

41
Estar preocupado, ter cuidado... 6. Lembrar-se, imaginar... 8. Avaliar pelo raciocínio... 12. Cuidar
ou tratar convenientemente de... 15. Opinião... 16. Tino, Prudência...
(Dicionário Aurélio).

O elemento básico do pensamento é constituído pelas imagens utilizadas para


criar, lembrar, comparar, evocar as emoções; analisar, avaliar, raciocinar e observar num
processo contínuo e plástico de transformação do mundo à volta. Todos os estímulos
percebidos pelos diversos sentidos, já citados são percebidos conforme o pensamento,
crenças, visão de mundo, formados pelas suas experiências e registro delas pelo
percebedor. Existe uma ligação entre o meio ambiente e o ser humano, e essa conexão
se opera a partir dos esquemas montados na mente humana para compreendê-lo,
ordená-lo e humanizá-lo.
Para Tuan (1983, p. 11), experiência é aprender, que é atuar sobre um dado e
criar a partir dele, independente da essência do dado. A realidade reconhecível, para
Tuan (1983) é um construto da experiência, uma criação de sentimentos e pensamentos.
Memória e intuição são capazes de produzir impactos sensoriais no “cambiante” fluxo da
experiência, de maneira a ser possível falar da vida do sentimento e do pensamento.
Sentimentos e pensamentos se ligam no que Tuan chama de “continuum experiencial”,
sendo que, os dois são apenas maneiras de conhecer. Essa captação da realidade se dá
ou por abdução, compleição ou complementação e polaridade.

- Compleição ou Complementação
Esta é outra tendência. A mente completa imagens, um raciocínio ou evoca sentimentos.
Isto foi exposto pelo Prof. Dr. Amit Goswami nos slides (Figuras 5 e 6) de sua aula no
Curso de Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos.
Este fato pode ser observado também em ficções onde o autor aumenta a
emoção do desfecho quando não revela o fim. Em conversas corriqueiras pessoas
impacientes tendem a complementar o raciocínio pelo seu. E pelo sentido de intimidade
há satisfação quando há coincidência nos raciocínios.

42
Figura 5 Mind and Meaning (Mente e Significado)
Fonte: Goswami A . Aula Saúde Quântica. Slide 26. Unifesp: 26 de agosto de 2010.

Figura 6 Mind and Meaning (Mente e Significado)


Fonte: Goswami A . Aula Saúde Quântica. Slide 27. Unifesp: 26 de agosto de 2010.

43
- Abdução

Segundo Okamoto (p. 186), o ser humano compreende a realidade utilizando o


princípio da abdução, que é a transposição de uma estrutura já existente, como uma
analogia para outro sistema. Metáfora, mito, analogia, sonhos e os demais processos
mentais são formas de apreender um fato novo. Segundo Baterson (apud Okamoto, p.
195), uma metáfora indica similaridade de estrutura ou organização, para ele sempre há
um padrão que une22.

- Polaridade

Existe a tendência de pensar e observar as ocorrências de maneira binária, por


pares de opostos. Segundo Tuan (1980, p. 18), a mente humana organiza os fenômenos
em segmentos e em pares de opostos.23 Assim, Okamoto (p. 201) complementa que a
tensão criada pelo confronto ou justaposição dos opostos permite o despertar da
atenção, percepção e, consequente conscientização. Esta tensão entre os opostos gera
os fragmentos do percurso entre um e outro, conduzindo a descoberta de outros
aspectos e soluções, ampliando a sensibilidade do observador. É possível apresentar as
polaridades como: vida/morte, macho/fêmea, nós/eles, terra/água, norte/sul,
periferia/centro, dentro/fora, luz/sombra, universo interior/universo exterior; entre tantas
infinitas possibilidades. Para composições arquitetônicas ou de design de interiores
Okamoto apresenta na tabela abaixo, características objetivas e subjetivas opostas:

22
Okamoto(p. 195) exemplifica este padrão que une com o caso do índio americano que só aceitou a idéia
do trem ao associá-lo com o cavalo de fogo e a do avião quando o qualificou de pássaro de ferro.
23
Yi-Fu Tuan exemplifica: “Fragmentamos o espectro das cores em faixas discretas e então vemos
‘vermelho’, como oposto de ‘verde’. O vermelho é sinal de perigo, e verde é sinal de segurança. Os semáforos usam
essas cores pela rapidez com que lemos a sua mensagem”.
44
Características opostas utilizadas em composições da arquitetura
Objetivos Subjetivos em geral
Forma Conteúdo
textura Padrão
Escala Proporção
Cor Psicodinâmica da Cor
Estático Dinâmico
Som Silêncio
Odor Anosmia
Ritmo Arritimia
Cheio Vazio
Positivo Negativo
Tabela 4
Fonte: OKAMOTO J. Percepção Ambiental e Comportamento. São Paulo: Mackenzie, 2002

Para o processo criativo a polaridade é muito importante pois, ela permite a tensão
necessária para chamar a atenção do observador24.

2.2.3.9 Sentido da Linguagem

O sentido da linguagem pode ser dividido em linguagem verbal, linguagem não


verbal e imagem corporal.

- Linguagem Verbal25

Para Steiner (1912, p.4), este é um sentido que não se trata do som audível e,
sim uma interiorização mais profunda do mundo exterior. Sendo assim, pelo sentido da
palavra é possível penetrar mais profundamente no mundo exterior ao perceber o
significado do qual é revestida a palavra verbalizada.

24
Ver tabela 3 com polaridades mais comumente utilizadas no desenvolvimento e criação do espaço da
habitação
25
Na tradução obtida por esta autora, Rudolf Steiner denomina este sentido como sendo o sentido da
Palavra.
45
- Linguagem não Verbal

Segundo Okamoto (p. 223), a lateralidade cerebral direita, quase incapaz de usar
a linguagem verbal, se expressa por meio de gestos e posturas corporais. Enquanto em
conversação, os sentidos de linguagem verbal e não verbal são utilizados pelos
interlocutores, sendo que, no primeiro existe a expressão do pensar e, no segundo existe
a expressão do sentimento. Em leituras comportamentais é mais fácil observar as
posturas e encontrar expressões nas relações entre pessoas. Okamoto (p. 225) constata
a existência de empatias em sinais físicos, gestuais e rítmicos em conversas amigáveis
com a repetição de gestos, como por exemplo, o gesto de cruzar de pernas.

- Imagem Corporal

Bem próximo do sentido de abdução, a imagem corporal se apresenta quando,


consciente ou não, o homem associa a sua imagem corporal com aquilo que parece
equilibrado, em repouso, de pé; a exemplo das diversas posturas humanas. Na
arquitetura, isto se identifica através da associação entre uma coluna e um homem em
pé(Figura 7).

Figura 7 Cariátides no Erectéion – Acrópole de Athenas


Fonte: http://www.arguscultura.com.br/historiaearte/cv/ha_exemplo/gr4.htm

46
2.2.3.10 Sentido do Prazer

Com consciência ou não, a busca do prazer ou a fuga do desprazer faz parte do


cotidiano do ser humano, com naturalidade desde o tempos primórdios. O sistema
límbico, central das emoções, conecta-se a todos os órgãos do corpo criando uma
relação bilateral de interferências. Pert C (p. 1245, apud Lundy-Ekman) afirmou que “... a
rede comunicante de neuropeptídeos e seus receptores forma um elo entre os
mecanismos celulares de defesa e de reparo do corpo, glândulas e o encéfalo”
mostrando que as relações podem ser ainda mais internalizadas nos órgãos.
As conexões do sistema límbico são muito extensas e dele podem ser citados o
Fórnix e o Feixe Medial do Prosencéfalo. As conexões entre áreas límbicas e áreas
reticulares do mesencéfalo são importantes para o comportamento, afirma Lundy-
Ekman(p. 264, 2000). As emoções são mediadas no sistema límbico, por meio da
amígdala, de áreas hipotalâmicas, da área septal, dos núcleos anteriores do tálamo, pelo
córtex cingulado anterior e pelo córtex associativo límbico. Segundo Gloor(apud Lundy-
Ekman, p.265 ) nos humanos, a estimulação elétrica da amígdala provoca experiências
emocionais. E assim, em conjunto com outras áreas cerebrais regulam os
comportamentos emocionais e a motivação. As emoções potencializam as percepções
e influenciam as ações como reações somáticas, hormonais e autonômicas a momentos
de ameaça. As emoções também moldam a vida de forma mais sutil pois, elas sinalizam
a avaliação inconsciente de uma situação. Desta forma, elas não formulam as decisões
mas, são levadas em conta no processo decisório (Lundy-Ekman, p.265).

- Prazer e Criatividade

A sensação de prazer é refletida na experiência de alegria ou felicidade. O


prazer é responsável pela motivação e a energia para a ação criativa. Prazer e
criatividade se conectam pela característica expressiva que a segunda apresenta.

47
Huberto Rohden (2011, p. 17) afirma que ‘crear’26 é a manifestação da “Essência” em
forma de existência. Para Lowen (apud Okamoto, p. 235), a expressão criativa é uma
nova maneira de vivenciar o mundo; sem uma atitude criativa diante da vida, não haverá
prazer. O desprazer e o desamor consistem na ausência de manifestação da “Essência”.

- Sentido Afetivo

O sentido afetivo é o que dá sentido à vida, por meio das relações ambiente-
pessoa, conforme descreve Okamoto (p. 240). Possui grande importância nos
comportamentos humanos. Pelo sentido do afeto é possível identificar o sujeito
psicológico, nas suas várias dimensões, incluindo a realidade ambiental e ou social. Dolle
(apud Okamoto) afirma que o meio ambiente é constituído por um conjunto organizado
de sistemas de elementos que interagem. São eles: as pessoas, os objetos naturais e
artificiais e as regras institucionais. Ela identifica, no sujeito psicológico, quatro visões
constituintes: fisiológico, afetivo, cognitivo e social. O sujeito fisiológico é o suporte
orgânico do indivíduo; o afetivo “incorpora todos os sentimentos e emoções pela intuição,
e oferece o sentido das ligações emocionais com as pessoas e com os locais de
permanência no espaço existencial”; o cognitivo é o centro da razão, conhecimento e
linguagem e, o social é o que possui os valores e condicionamentos necessários às
relações sociais.

2.3 Saúde

2.3.1 Conceitos

Em 1948 a Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou o conceito de saúde


como sendo “pleno bem-estar físico, mental e social”. Segundo Neves, (in Bloise, 2011,
p.21) ao fim da 2ª Guerra Mundial foi introduzida a idéia de welfare influenciando o
paradigma de saúde como um bem-estar social. A partir de um maior contato com as

26
A expressão ‘crear’ é aqui utilizada conforme o autor Huberto Rohden, em sua página de advertência
sobre a terminologia criar, no livro Roteiro Cósmico. Para ele Crear é a manifestação da Essência em forma de
existência e criar é a transição de uma existência para outra existência. Para isto, exemplifica que “O Poder Infinito é
o Creador do Universo – um fazendeiro é um criador de gado”.
48
tradições orientais e com as práticas ocidentais não convencionais em fins do século XX
deu-se inicio às atividades da medicina dita complementar ou alternativa.
A partir deste quadro apresentou-se a necessidade de ampliar o conceito
proposto pela OMS para saúde com a inclusão de uma quarta variável ou dimensão: bem
estar espiritual ou apenas conceito ampliado de saúde27.
Neves(idem) propõe que uma forma de explicitar um conceito ampliado de
saúde, em relação ao conceito da OMS, pode ser caracterizando-a como um bem-estar
físico, mental, social, e cultural.
O bem estar físico possui um caráter objetivo e é verificado por tudo o que é
referente ao corpo, obtido por história clínica, exame físico ou propedêutica armada (tipos
de diagnósticos).
O bem estar mental possui um caráter subjetivo e ocorre de ser considerado
como uma manifestação secundária do aspecto físico, o que sugere um reducionismo do
bem estar mental à esfera física. Por sua subjetividade o bem estar mental só pode ser
avaliado através da narrativa do próprio indivíduo a respeito de sua interação consigo
mesmo e com os outros.
O bem estar social possui uma natureza “interobjetiva” conforme Neves (ibidem)
e trata-se do “coletivo” do bem estar físico e mental. Para esta definição, Neves propõe o
entendimento da palavra individualidade28 que é um aspecto importante na preservação
da identidade do indivíduo. Conclui que bem estar social diz respeito à dimensão do
indivíduo condicionada a regulamentos objetivos, que intermedeiam processos e limites,
os quais têm um alcance coletivo29.
No caso do bem estar cultural, as dimensões física e mental do indivíduo é
“transversalizada” por seus elos coletivos. Para este bem estar à caracterização é de
uma subjetividade vivenciada coletivamente e, que é denominada cultura de uma

27
Neves (in Bloise, 2011, p, 30) – “... a expressão conceito ampliado de saúde tem a finalidade de frisar que
saúde não é apenas a ausência de doença, isto é, uma imagem em negativo do que deveria ser um bem estar, mas
também algo ativo, que implica qualidade de vida”.
28
(Idem) – o autor ressalta a diferença entre individualidade que é um aspecto importante na preservação
da identidade da pessoa e individualismo que é uma exacerbação da característica designada como individualidade,
de modo que se perdem os elos comunitários do indivíduo, ficando apenas os elementos isolados e delimitados a ele.
29
Exemplos podem ser citados: vacinação pública, regras como sinais de transito, proibição de venda de
bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, no caso, no Brasil.
49
determinada comunidade. Laraia (2003, p.67) cita Benedict que fala que a cultura
funciona como uma lente através da qual o homem vê o mundo. O modo de ver o mundo,
as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e
mesmo as posturas corporais são assim produto da herança cultural, sendo o resultado
da operação de uma determinada cultura. O bem estar cultural pode ser referente a
vários aspectos como o que tem sido chamado de cultura30, como expressões do
humano, como as artes, o lúdico, as tradições, a espiritualidade e a religiosidade entre
outras expressões.
O Aspecto artístico é aquele que registra a presença da arte no cotidiano,
podendo ser uma linguagem composta de elementos emocionais e racionais da cultura.
O lúdico refere-se a interações “quase ritualísticas na vida cultural”. Configuram-se dos
jogos que são importantes nas relações entre indivíduos e em certas vivências
individuais. Já os aspectos tradicionais se referem às ligações intersubjetivas da
comunidade e se manifestam em festas, celebrações e configuram a identidade comum
de um agrupamento humano. O que se refere ao bem estar espiritual, por vezes, possui

30
No texto de Laraia(2003) sobre conceito antropológico de cultura, ele percorre correntes de
pensamentos desta disciplina que entendem cultura como: 1º ... são sistemas(de padrões de comportamento
socialmente transmitido) que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos.
Esse modo de vida das comunidades inclui tecnologias e modos de organização econômica, padrões de
estabelecimento, de agrupamento social e organização política, crenças e práticas religiosas... e que, os
componentes ideológicos dos sistemas culturais podem ter consequências adaptativas no controle da população, da
subsistência, da manutenção do ecossistema. 2º ... um sistema simbólico que é uma criação acumulativa da mente
humana. Os paralelismos culturais são explicados pelo fato de que o pensamento humano esta submetido a regras
inconscientes, ou seja, um conjunto de princípios – tais como a lógica de contrastes binários, de relações e
transformações – que controlam as manifestações empíricas de um dado grupo. 3º ... um conjunto de mecanismos
de controle, planos, receitas, regras e instruções para governar o comportamento. 4º é um sistema de símbolos e
significados. Compreende categorias ou unidades e regras sobre relações e modos de comportamento. O status
epistemológico das unidades, ou ‘coisas’ culturais, não depende da sua observabilidade: mesmo fantasmas e pessoas
mortas podem ser categorias culturais. E conclui com a frase de Murdok (1932) que fala: “ os antropólogos sabem de
fato o que é a cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento”.
50
a diferenciação entre o aspecto religioso e o aspecto espiritual, sendo que o primeiro
consiste na expressão institucional31 do segundo.
Importante ressaltar que estes quatro grupos de bem-estar, físico, mental, social
e cultural, ocorrem em interação com a característica de uns influenciarem os outros e
assim serem partícipes uns dos outros. Isto ressalta o aspecto integral do bem- estar que
apenas é sistematizado em grupos para nos auxiliar o entendimento e estudo. E, na
verdade ainda há a discussão sobre uma quinta dimensão da saúde que se trata da
saúde ambiental, que opera intermediando as quatro primeiras descritas. Esta saúde é
referente tanto ao “meio externo” quanto “meio interno” do indivíduo. Assim, a saúde se
dá de forma dinâmica, ressaltando as cinco dimensões conforme as circunstâncias e aos
grupos.
Uma das teorias neste contexto é a da “Salutogênese”, proposta por Antonovsky
(1996) que sugere um olhar focado na saúde e não o corriqueiro olhar patogênico. Ele
propõe que a promoção de saúde deve entender que as pessoas estão em um
continuum e mesmo em casos terminais a pergunta deve ser “ Como esta pessoa pode
ser ajudada a se movimentar em direção a uma maior saúde?” (p.14). Para fundamentar
sua teoria ele percorre os estudos nos “recursos gerais de resistência”32 (generalized
resistance resource - GRRs) que se referem a propriedade que uma pessoa, um grupo
que tem apresentado facilidade para lidar com aspectos estressores inerentes à
existência humana. E que as vivências repetidas destas experiências, ajudou-os a
encontrar “sentido” cognitivamente, instrumentalmente e emocionalmente. Desta forma,
estímulos dos ambientes interiores e exteriores, eram apreendidos como informações e
não ruídos. Antonovsky (idem) também elenca a existência de um Senso de
Coerência(SOC). Uma espécie de orientação generalizada para a percepção do mundo
em um continuum, compreensível, manejável e significativo.
À partir da teoria da Salutogênese , foi encontrada um conceito ampliado de
saúde do Centro de Salutogênese da West University, que é descrito assim:
“Promoção de saúde (vida) é o processo de capacitação de indivíduos, grupos ou
sociedades para aumentar o controle, e melhorar sua saúde física, mental, social e

31
Segundo Neves(p. 33) muitas vezes o aspecto institucional da espiritualidade é “ vítima” de preconceito o
que demonstra uma desvalorização da instituição que também é parte da manifestação cultural e social daquele
grupamento.
32
Livre tradução da autora.
51
espiritual. Isto poderia ser alcançado com a criação de ambientes e sociedades
caracterizados por estruturas claras e potencialização de ambientes onde as pessoas
sejam capazes de identificar seus recursos internos e externos, usem e reusem-nos para
realizar aspirações, satisfazer necessidades, para perceber significados e modificar ou
lidar com o ambiente de maneira a promover saúde” (Eriksson and Lindström).
E, por esta descrição é possível encontrar uma das correntes que cita a presença
da espiritualidade na conceituação de saúde.
Outra visão da saúde é proposta por Goswami (2006, p. 16) em seu livro o
Médico Quântico33. Baseado na física quântica, ele propõe que a ciência deve estar
fundamentada no “primado da consciência”. Considera que o todo é maior do que as
partes enfatizando a afirmação de Neves acerca da integração e interdependência das
saúdes citadas em seu texto.
Existe o movimento da Habitação Saudável ou Moradia como Espaço Vital da
OMS que reconhece a moradia adequada como direito à Saúde que obriga os Estados
para gerar condições. O conceito adotado tanto para municípios, habitação e empresa
pela Organização Pan-Americana da Saúde(OPAS) “ incorpora o saneamento básico,
espaços físicos limpos e estruturalmente adequados e redes de apoio para obter recintos
psicossociais sanos e seguros, isentos de violência(abuso físico, verbal e
emocional)34”(OPAS). Conforme explicita Cohen(2007) a habitação se constitui em um
espaço de construção da saúde e consolidação de seu desenvolvimento.

A conexão entre os temas expostos apresenta a relação e, sugere a influência,


entre percepção de ambiência, arquitetura de moradias e a saúde do usuário.

33
Neste livro Goswami A. propõe o paradigma integrativo para a medicina fundamentado nas descobertas
da física quântica que, segundo o autor, vem expondo as lacunas conceituais do realismo materialista, que é adotado
pela medicina convencional(p.10)
34
Tema: Espaços saudáveis, no link Saúde e Ambiente, no site da OPAS.
52
3. MÉTODO

3.1 Tipo de Estudo: revisão bibliográfica de natureza descritiva e analítica.

3.2 Material utilizado: a pesquisa do tipo bibliográfica foi realizada em LIVROS


TEXTO, TRABALHOS CIENTÍFICOS (de conclusão de curso, monografias, dissertações
e teses) em língua portuguesa e; ARTIGOS CIENTÍFICOS em bases de dados
eletrônicos que continham temas que convergiam para a pergunta inicial desse estudo:
se há influência da arquitetura na saúde do habitante (usuário), com base na percepção
da ambiência de sua moradia (habitação).

3.3 Estratégias de Busca:


- 3.3.1 Para a busca dos livros textos, trabalhos de conclusão de curso, monografias,
dissertações e teses:
Foram consultadas as seguintes bibliotecas e ou sites de busca: Banco de Teses
da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Banco de
Teses da USP (Universidade Federal de São Paulo), Biblioteca Digital de Teses e
Dissertações do Mackenzie e Google Acadêmico, com o intuito de identificar trabalhos
apresentados entre e inclusive janeiro de 2009 e junho de 2012, na língua portuguesa.

- 3.3.2 Para a busca dos artigos científicos:


Foram realizadas buscas eletrônicas nas bases de dados MEDLINE (Medlars
Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e
Scielo (Scientific Eletronic Library Online), além do site PubMed, através do acesso à
base bibliográfica MEDLINE, desenvolvida pela NLM (National Library of Medicine), a fim
de identificar os artigos científicos indexados e publicados entre e inclusive janeiro de
2009 e junho de 2012 nas línguas portuguesa ou inglesa. Será considerado critério de

53
exclusão nesse estudo, trabalhos escritos, originalmente em outras línguas que não as
citadas anteriormente, devido a dificuldade de tradução dos textos na íntegra.
A primeira estratégia de busca utilizada nas bases de dados MEDLINE, LILACS e
SciELO e PubMED utilizou os descritores de assunto = “percepção” AND “ambiência” OR
“habitação” OR “moradia” AND “saúde”.
Numa segunda etapa, ampliamos a consulta por meio de busca manual nas
referências bibliográficas citadas nos artigos encontrados na primeira estratégia de
busca.

3.4 Estratégia de Apresentação dos Resultados:


As referências encontradas são apresentadas em dois quadros: o primeiro
quadro (Quadro 1) os trabalhos científicos (monografias, dissertações e teses), segundo
o ano de defesa, autor, objetivo(s), método, resultados e conclusão(ões); o segundo
quadro (Quadro 2), os artigos científicos segundo o ano de publicação, autor (es), título,
objetivo, método, resultados e conclusão(ões), em ordem cronológica ascendente.

3.5 Estratégia de Discussão dos Achados:


Para a discussão dos livros texto, trabalhos de conclusão de curso, monografias,
dissertações, e teses e, dos artigos científicos encontrados foi utilizada a experiência
empírica da autora desse estudo como arquiteta e professora do Curso de Arquitetura e
Urbanismo e Design de Interiores da FIAMFAAM-FMU (Faculdades Integradas Alcântara
Machado e Faculdade de Artes Alcântara Machado - do complexo Faculdades
Metropolitanas Unidas), cujo relato breve de suas experiências pessoais e formações
profissionais encontram-se anexo. Também foram utilizados, para fundamentação teórica
dos achados, outros tipos de materiais ou trabalhos científicos, que incluíram:
documentos eletrônicos, encontrados em sites de busca sobre o tema; material didático
ou anotações das aulas do Curso de Especialização em Teorias e Técnicas para
Cuidados Integrativos do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp); bem como outros livros texto sobre os temas:
Arquitetura, Ambiência, Sintaxe do Espaço, Percepção e Percepção Ambiental,

54
Psicologia Ambiental, Lugar, Cromoterapia, Aromaterapia, Pensamento, Emoções,
Fisiologia da Memória, Cultura, Filosofia da Arte, Terapia centrada no paciente,
habitação, saúde, salutogênese que auxiliaram na construção intelectual da discussão do
trabalho.

55
4. RESULTADOS

Foram encontrados nas bibliotecas e bases de dados pesquisados, 6 trabalhos


científicos (1 monografia, 3 dissertações, e 2 tese) e; 144 artigos científicos cujo tema
convergiam para a influência da arquitetura na saúde do usuário pela percepção da
ambiência de sua habitação. Para as publicações de livro texto não foram encontradas
no período de corte deste trabalho.
Os resultados são apresentados nos quadros 1 e 2 dos trabalhos científicos (1
monografia, 3 dissertações, e 2 tese); e artigos científicos, respectivamente encontrados
na revisão da literatura pesquisada.

56
Quadro 1: Catalogação dos trabalhos científicos segundo o ano de publicação, autor, título, objetivo(s), método e conclusão(ões)
e, tipo de trabalho científico (de conclusão de curso, monografias, dissertações ou teses), em ordem cronológica ascendente.
Ano Autor Título Objetivo(s) Método Conclusão(ões) Tipo de Trabalho
2009 Villar JD O conforto pleno como referencial no Pretende que seja a Análise de três Propõe-se uma matriz para um Tese
processo de projeto. confortabilidade nos residências familiares processo metodológico que
ambientes construídos paradigmáticas na possibilite conceber uma
para as atividades Historia da Arquitetura arquitetura orientada para o
humanas o objetivo de três mestres conforto.
subjacente, subjuntivo ou modernistas,
declarado e predominante confrontadas as
da arquitetura por sobre intenções implícitas e
qualquer outro . explicitas e os
resultados objetivos e
subjetivos.

2009 Fiório CE Mofo nos domicílios dos recém- Descrever as Coleta de dados em 66% dos domicílios possuíam Dissertação
nascidos de uma coorte na cidade de características dos 378 domicílios mofo visível; houve relatos de
São Paulo, Brasil: Projeto Chiado. domicílios dos recém- referentes às suas associação entre a presença de
nascidos incluídos em um características (tipo de mofo e ventilação ruim/péssima
estudo de coorte na cobertura, tipo de forro, em quartos de crianças e falta de
cidade de São Paulo e idade da construção) e incidência solar no verão e
identificar as possíveis condições intra- aglomeração de quatro ou mais
associações com o domiciliares (ventilação, pessoas no quarto da criança.
desenvolvimento de mofo aglomeração,
visível nas superfícies incidência solar,
(paredes, piso e teto). temperatura, presença
de umidade, presença
de mofo). Análises
descritivas e análises
bivariável e
multivariável (regressão
logística) para
identificar possíveis
associações entre as
características dos
domicílios e a presença
de mofo.

57
2009 Xavier IS. Educação ambiental para agente de Relatar experiência de Descrição O Programa da Saúde de Família Monografia
saúde: relato de experiência de um um processo de trabalho reorienta a assistência ambiental
processo de trabalho no campo da no campo da educação e domiciliar focalizando o
educação ambiental. ambiental. indivíduo, a família e a
comunidade, inseridos no seu
contexto sócio ambiental, na
busca da promoção à saúde e
participação comunitária, a partir
de um trabalho interdisciplinar e
intersetorial feito pela equipe de
saúde e comunidade.
2010 Utimura I Conforto térmico em habitações de Verificar a influência do O estudo foi Os resultados corroboram a Tese
favelas e possíveis correlações com microclima no desenvolvido com base hipótese de que as habitações
sintomas respiratórios: o caso do condicionamento do no conceito de ritmo precárias de favelas apresentam
Assentamento Futuro Melhor - SP ambiente de residências climático e na maior impacto negativo à saúde
representativas da favela concepção bioclimática respiratória dos moradores. As
do Assentamento Futuro do ambiente construído, habitações da favela do
Melhor do Município de que foram aplicados Assentamento Futuro Melhor
São Paulo. empiricamente em produzem o oposto daquilo que
trabalho de campo. se espera de qualquer abrigo
Foram realizados humano, pois pioram a condição
monitoramento e do ambiente e prejudicam a
avaliação do conforto saúde de seus ocupantes.
térmico em ambiente
interno de longa
permanência de oito
habitações com
tecnologia e padrão
construtivos diferentes,
usando mini-
registradores digitais de
temperatura e umidade
relativa do ar com
frequência de
amostragem de 1 hora
durante o verão de
2009 ao inverno de
2010. Procurou-se
isolar a influência topo

58
climática (orientação e
posição da vertente),
instalando-os num
mesmo quarteirão com
declividades muito
baixas.
2010 Silva AM Conforto térmico de habitações em Avaliar o conforto térmico Na Favela Lona no Espera-se que em pesquisas Dissertação
função do padrão construtivo. no interior de habitações Bairro Eustáquio posteriores a esta, possa-se
em função do padrão Gomes, Maceió, foram utilizar outros parâmetros
construtivo e de suas selecionadas duas meteorológicos e outras
disposições no espaço habitações de lona diversidades de habitações
físico, geográfico e preta e uma de constituídas de materiais
urbano. alvenaria padrão construtivos com características
construtivo tradicional. distintas e a utilização de
Foram instalados instrumentos de coletas mais
dataloggers durante o sofisticados, que permitam
mês de marco de 2007 representar fielmente e
com coleta de dado do interpretar a situação real das
microclima interno. dinâmicas evolutivas dos
microclimas internos e externos
das habitações alvo da pesquisa,
a ponto de poder intervir no
espaço construído e habitado de
forma a garantir níveis de
conforto a seus usuários.
2011 Silva EF Em busca de Habitabilidade: Analisar as adequações Descrição Explicativa Há necessidade de revisão dos Dissertação
Adequações inseridas no conjunto inseridas no conjunto programas habitacionais quanto
Habitacional Boa Sorte em Coimbra, Habitacional Boa Sorte. ao atendimento de padrões
MG. mínimos de habitabilidade,
principalmente quando
implantados no interior e de
pequeno porte, já que as
características socioculturais da
população e o valor do solo que
interfere no custo final por
unidade, são diferentes quando
comparados aos das grandes
cidades.

59
Quadro 2: Catalogação dos artigos científicos segundo o ano de publicação, autor(es), título, objetivos, método e conclusão(ões).

Conclusão(ões)
Ano Autor(es) Título Objetivo(s) Método
A cidade do lazer representa o lugar das angústias
humanas disfarçadas em sentimentos e emoções
Refletir sobre como o lazer exacerbadas numa busca constante pelo prazer e pela
2
interfere nas formas de felicidade, o que garante ao modelo capitalista e neoliberal
0 Pinheiro KF, Cidade do lazer: expectativa de
sociabilidade e subjetividade na Análise crítica sua ascensão nos moldes da retificação do lazer como
0 Soares JC. prazer
busca de estados de bem-estar automação humana, no movimento de repetição e
9
e satisfação reprodução estereotipada de formas de diversão,
distração e entretenimento.

È preciso repensar o ambiente da casa e projetá-lo para o


2
Refletir sobre o ambiente futuro para adaptar às mudanças da velhice de forma que
0 Mendes FRC, O ambiente da velhice no país:
domiciliar e a complexidade que Discussão teórica proporcione respeito ao passado e ao presente e,
0 Côrte B. por que planejar?
envolve o envelhecimento proporcionar a construção de um ambiente para uso e
9
benefício de todos, sem aparência estigmatizante.
Avaliar como os portadores de
sofrimento mental grave
Para se pensar a moradia de portadores de sofrimento
constituem sua habitação
mental grave no plano público é preciso considerar: 1) A
2 Inserção social e habitação: (habitus) e inserção social a
posição que o sujeito ocupa em relação à linguagem e à
0 Guerra AMC, modos dos portadores de partir de elementos estruturais Pesquisa multicêntrica e
alteridade. 2) O estilo de resposta que constrói na relação
0 Generoso CM. transtornos mentais habitarem a da moradia (abrigo, privacidade, multidisciplinar.
com o mundo para tratar o que o invade e avassala. 3) A
9 vida na perspectiva psicanalítica segurança e conforto) e de
articulação das categorias de universal (políticas públicas),
suporte social (rede social e de
particular (laço social) e singular (soluções subjetivas).
serviços), estando ou não
inseridos em SRTs.
Levantar a visão dos
profissionais do Serviço de
2 Práticas de cuidados produzidas
Residências Terapêuticas, Esse modo de atenção vem alcançando uma (re)
0 Santos Jr. HPO, no serviço de residências Abordagem qualitativa,
sobre a prática de cuidado cidadanização e valorização da vida dos sofredores
0 Silveira MFA. terapêuticas: percorrendo os exploratória e analítica.
produzida neste dispositivo de psíquicos.
9 trilhos de retorno à sociedade.
atenção à saúde mental.

60
Foi fundamental para o desenvolvimento de medidas para
o ambiente de novas habitações. A teoria da ecologia
Ampliar a agenda de pesquisa
A social ecological approach to social para a seleção de métodos de pesquisa adequados,
2 em saúde mental habitação a
investigating relationships Sistemas de Informação e questões de pesquisa de enquadramento que são a
0 considerar fatores de proteção
Kloos B; Shah S. between housing and adaptive Geográfica, a pesquisa construção de uma nova base de conhecimento empírico
0 que promovem a integração da
functioning for persons with participativa, e etnografia visual. sobre a promoção de funcionamento adaptativo, de saúde
9 comunidade e funcionamento
serious mental illness. e de recuperação para pessoas com SMI vivendo em
adaptativo.
ambientes comunitários.

As melhorias habitacionais, especialmente o calor, podem


gerar melhorias na saúde, com poucas evidencias de
impactos prejudiciais à saúde. O potencial de benefícios
2 Thomson H; The health impacts of housing Realizar uma revisão
Revisão bibliográfica. de saúde pode depender das condições de habitação de
0 Thomas S; improvement: a systematic review sistemática dos impactos sobre
base e segmentação cuidadosa da intervenção. Faz-se
0 Sellstrom E; of intervention studies from 1887 a saúde de melhoria
necessária investigação sobre os impactos
9 Petticrew M. to 2007. habitacional.
socioeconômicos associados com a melhoria da
habitação. È necessário investigar o potencial de impactos
de longo prazo sobre a saúde.
EVPE associados com QI frequentes foram: ”rompimento
Análise de dados seccionais, de relação amorosa”, “ter tido problema grave de saúde”,
Eventos de vida produtores de
2 Robaina JR, Avaliar a associação entre através de questionário ”dificuldade financeira grave”, “mudança forçada de
estresse e queixas de insônia
0 Lopes CS, eventos de vida produtores de multidimensional e moradia”. Dada a responsabilidade com vidas humanas
entre auxiliares de enfermagem
0 Rotenberg L e estresse (EVPE) e queixas de autopreenchido, por auxiliares de que os auxiliares de enfermagem assumem durante seu
de um hospital universitário no
9 col. insônia (QI). enfermagem de um hospital horário de trabalho, nossos achados podem contribuir
Rio de Janeiro: estudo Pró-Saúde
universitário. para ações mais efetivas, por parte dos serviços de saúde
ao trabalhador, para lidar com o estresse nessa categoria.
A diversidade da exposição alergênica mostra a
Analisar trabalhos de exposição
Discutir a dificuldade no necessidade de uma compreensão da doença alérgica
2 Diversidade da exposição alergênica realizados com
Segundo GRS, controle ambiental da exposição pelos pacientes e familiares. As medidas de controle do
0 alergênica: implicações na metodologia similar na região
Sopelete MC, alergênica como parte do ambiente doméstico fazem parte de uma estratégia global
0 obtenção da eficácia do controle central do Brasil, incluindo casas,
Terra AS e col. tratamento das doenças do tratamento das doenças alérgicas, uma vez que os
9 ambiental hotéis, cinemas, carros, táxis,
alérgicas. indivíduos vivem em uma sociedade e não isoladas no
ônibus e transporte escolar.
interior de seus domicílios.
Oferece recomendações de adaptações físicas, elenca a
2 Enwin BK; Estudar as interações entre as dificuldade do investimento para pouco tempo, permite a
0 Andrews CM; Therapeutic home adaptations for adaptações feitas em casa e a permanência segura em casa sem a necessidade de
Estudo analítico.
0 Andrews PM e older adults with disabilities permanência de pacientes transferência para uma unidade de cuidados em longo
9 col. idosos com demência. prazo.

61
Analise de dados de modelos
Despejos de imóveis próprios, apesar de raros, aumentam
2 Housing repossessions, evictions Investigar se o despejo da multivariados. Dados obtidos no
significativamente o risco de doença mental
0 and common mental illness in the habitação aumenta a Instituto Britânico de Pesquisa de
Pevalin DJ. imediatamente após o evento. Despejo de imóveis
0 UK: results from a household probabilidade de doença Domicílios e questionário de
alugados não está associado ao aumento de risco de
9 panel study mental, nos despejados. saúde geral com 12 itens.
doença mental.
Compreender como se dá o
processo saúde-doença dos Entrevistas semi-estruturadas
A moradia estudantil apareceu como mais um elemento
moradores referente ao uso que focalizaram a história do
favorecedor ao uso problemático de drogas, aliado à
2 Uso problemático de álcool e problemático de drogas, processo saúde-doença
depressão, ao desemprego e às características próprias
0 Zalaf MRR, outras drogas em moradia identificar as condições relacionado ao uso problemático
desse espaço acadêmico. Estereotipias de gênero
0 Fonseca RMGS. estudantil: conhecer para objetivas do uso de drogas e de álcool e de outras drogas
relacionadas ao uso de drogas, como subalternidade
9 enfrentar analisar as manifestações antes e depois do ingresso no
feminina, preconceito e culpabilização, mostraram-se
subjacentes às questões de Conjunto Residencial da USP
refletidas na moradia estudantil.
gênero relacionadas ao uso de (CRUSP)
drogas pelos estudantes.
Ilustrar como a morfologia
Estudo de trinta casas e
2 residencial e uso de padrões
trezentos projetos de construção, Há um reflexo na morfologia residencial e uso de padrões
0 Social change and domésticos refletem a transição
Dezuari E. associado à entrevista com domésticos na transição do seminomadismo para a vida
0 transformations in housing. de seminomadismo a um estilo
projetistas, construtores e urbana pelos beduínos do Negev.
9 de vida urbano sofrido pelos
moradores.
beduínos do Negev (Israel).
2 Dallago L; Adolescent place attachment, Entender a percepção de sua
Apesar das diferenças culturais na percepção dos
0 Perkins DD; social capital, and perceived área de vizinhança local e como
Entrevistas moradores, o modelo teórico proposto se adapta de forma
0 Santinello M e safety: a comparison of 13 as conexões diferentes das
robusta nos 13 países estudados.
9 col. countries. comunidades estão interligadas.
Determinar a prevalência de
É necessário informar os estudantes universitários sobre a
2 efeitos adversos à saúde e
Environmental health risks saúde ambiental e problemas de segurança em casas
0 Johnson E; Cole condições de segurança em
associated with off-campus Pesquisa quantitativa alugadas, de maneira a conscientizar proprietários e
0 EC; Merrill R. moradias estudantis, fora do
student-tenant housing alertar autoridades habitacionais acerca deste problema
9 Campus de uma universidade n
de saúde pública.
o oeste dos EUA.
Avaliação visual do ambiente,
entrevista estruturada.
2 An examination of interventions to Foram feitas as melhorias nos ambientes das casas e
Dixon SL; Fowler Avaliar a redução dos estímulos Intervenção específica para
0 reduce respiratory health and através de auto-avaliação os usuários declararam melhora
C; Harris J; para a asma com reparos fornecer orientações sobre
0 injury hazards in homes of low- significativa na saúde respiratória e na redução dos riscos
Moffat S; e col. estruturais feitos na habitação. motivação, equipamentos,
9 income families. de acidente.
suprimentos e condições
mínimas de habitabilidade.

62
Cuidados adequados com a baixa visão, com sentimentos
2 de ansiedade, de nervosismo ou medo, bem como evitar o
Iinattiniemi S; Analisar os riscos de queda em Testes clínicos, entrevistas
0 Falls risk among a very old home- uso de drogas antipsicóticas podem auxiliar na prevenção
Jokelainen J; sua moradia em uma população postais e entrevistas telefônicas a
0 dwelling population. de quedas em casa.
Luukinen H. de idosos acima de 85 anos. cada 2 meses.
9

Pesquisas futuras devem aperfeiçoar as propriedades


Levantar quais descobertas psicométricas de ferramentas de casa de avaliação
2 The home environment and
Wahl HW; Fänge recentes são capazes de ambiental e explorar o papel de ambas as características
0 disability-related outcomes in
A; Oswald F e apresentar as relações entre Revisão bibliográfica objetivas e atribuições percebidas dos ambientes de casa
0 aging individuals: what is the
col. ambiente residencial e para entender a dinâmica pessoa-ambiente e seu impacto
9 empirical evidence?
incapacitados. nas incapacidades relacionadas na velhice.

2 A percepção por parte dos idosos é que a casa é o


The home is the hub of health in Explorar as relações entre
0 Fänge A; Ivanoff Entrevistas com idosos na suporte para a saúde, apesar da ciência da
very old age: Findings from the saúde e casa, vivida por idosos
0 SD. situação descrita no objetivo. vulnerabilidade do estabelecido e, ela estimula uma força
ENABLE-AGE Project. que moram sozinhos.
9 motriz interna para continuar se mantendo saudável.
Investigar a sensação térmica
Field study on behaviors and de idosos em Taiwan, com mais Este estudo demonstra a sensibilidade única de anciãos
2 Aplicação de questionário de
adaptation of elderly people and de 60 anos, no microclima para a qualidade térmica coberta e seleção de estratégias
0 Hwang RL; Chen sensação térmica e medição de
their thermal comfort interno em casa, e seus adaptativas que precisam ser considerados quando uma
1 CP. parâmetros climáticos interiores
requirements in residential requisitos para o zona de conforto térmico é tentada em uma casa de
0 subjacentes do ambiente térmico.
environments. estabelecimento de conforto membros consistem de diferentes idades grupos.
térmico.
A concentração de alergênico
major (Der f 1, Der p 1, ácaro grupo
2, Fel d 1 e Bla g 2) foi
determinado por análise Preferencialmente ácaros alergênicos Der f1 são
quantitativa dot blot de amostras de acumulados em edifícios não projetados para baixo uso de
Avaliar a relação entre o pó de colchão e tapete em cinco
2 Major mite allergen Der f 1 energia, atingindo níveis de risco de sensibilização. A
Spertini F; desempenho do edifício energia construções concebidas para a
0 concentration is reduced in hipótese proposta de que a ventilação mecânica
Berney M; e concentração alérgico interior utilização de energia baixa (LEB) e
1 buildings with improved energy controlada presente em todos os Leb auditados foi
Foradini F e col. do ácaro em um estudo em seis edifícios de controlo (CB).
0 performance. Habitantes tinham recebido 4 favorável a uma diminuição da umidade do ar e
transversal.
semanas antes da medição do concentração de alergênicos enquanto preserva o conforto
ácaro de um questionário validado percebido ideal.
pessoal relacionado com o estado
de saúde percebido e conforto de
viver.

63
Foram agrupados alergênico,
condição de moradia, o
comportamento dos ocupantes,
demográficas e outros dados de
nove estudos de asma (n = 950
casas em seis cidades dos
Estados Unidos). Ácaros (Der f 1
ou Der p 1), barata (Bla Bla g 1
Nós identificamos uma série de condições de habitação
ou 2 g), camundongo (Mus m 1),
que são constantemente associados a concentrações de
gato (Fel d 1) e cão (Can f 1)
poeira aumento de alergênicos. Este estudo indica que o
alergênicos foram medidos em
rastreio de habitação gatilhos baseados asma deve incluir
poeira baixou de cozinhas ou
2 a presença de gatos, cães, baratas, e roedores;
Wilson J; Dixon quartos, e as concentrações
0 Housing and allergens: a pooled Metanálise. Reunião de 9 vazamentos de água; mofo ou bolor odor; buracos ou
SL; Breysse P e foram categorizadas de acordo
1 analysis of nine US studies. estudos dos EUA. rachaduras em paredes e limpeza abaixo da média. Casas
col. com limites previamente
0 unifamiliares que têm caves ou espaços de rastreamento
publicados sintomas de asma.
ou são construídas antes de 1951 também são
Foram calculados odds ratio
importantes preceptores para aumento de alergênicos em
(OR), utilizando regressão
habitação.
logística para identificar as
condições de habitação e
comportamentos dos ocupantes
que foram associados com os
níveis de alergênicos
clinicamente significativos, após o
ajuste para inúmeras variáveis de
confusão.

As medidas foram tomadas em


226 famílias em toda Baixa
Relatar medições pontuais à Áustria. Além disso, os efeitos
beira do leito que compõem das medidas de redução simples
2 campos eletrostáticos, de (por exemplo, remoção de rádios-
Tomitsch J; Todas as medidas foram bem abaixo da Comissão
0 frequência extremamente baixa relógio ou aumentar sua distância
Dechant E; Internacional sobre Não ionizante (ICNIRP), os níveis de
1 (campos elétricos ELF-EFS), da cama, desligar Digital
Frank W. orientação.
0 extremamente baixa frequência Enhanced Cordless
de campos magnéticos (ELF- Telecomunicações (DECT),
CM) e RF-CEM. estações rádio-base de telefonia)
foram avaliados.

64
Associações positivas foram observadas entre leucemia
infantil e exposições de pesticidas residenciais. Mais
2
Turner MC; Residential pesticides and Pesquisa no MEDLINE e outras pesquisas são necessárias para confirmar os resultados
0
Wigle DT; childhood leukemia: a systematic Revisão de literatura bases de dados eletrônicas foram anteriores com base no auto-relato, para examinar
1
Krewski D. review and meta-analysis realizadas (1950-2009). potencial de exposição-resposta, e para avaliar pesticidas
0
específicos e subgrupos toxicologicamente relacionados
de pesticidas em mais detalhes.
Os modelos adaptativos são baseados em oportunidades
de adaptação dos ocupantes e estão relacionados com
opções de controle de pessoal do clima interno e
psicologia e desempenho. Ambos os modelos têm sido
2 Analisar a evolução da pesquisa Descrição e analise de (i)
van Hoof J; considerados na última rodada de revisões padrão de
0 Thermal comfort: research and conforto interior térmica e modelos de conforto térmico e
Mazej M; conforto térmico. O segundo tema enfoca o papel cada
1 practice prática, desde a segunda padrões, e (ii) o avanço na
Hensen JL. vez maior desempenhado pela informatização nas
0 metade da década de 1990, informatização.
pesquisas de conforto térmico e prática, incluindo
modelagem de múltiplos segmentos sofisticados e
simulação de desempenho do edifício, transitória
condições térmicas e interações, manequins térmicos.
Avaliação quantitativa das Projetando cozinhas com estruturas de ventilação
2 Indoor air pollution, cookstove
Clark ML; reduções de exposição, adequada pode levar à melhoria dos ambientes internos,
0 quality, and housing Avaliação de modelos
Reynolds SJ; relacionados com o uso de especialmente importante em áreas onde a biomassa
1 characteristics in two Honduran multivariáveis.
Burch JB e col. fogões melhorados, ao ar continuará a ser o combustível para cozinhar preferido e
0 communities.
interior poluído. necessário por algum tempo.
Três combinações de anticorpos
promissores foram selecionados para
EIAs sanduíche. beta-(1,3)-glucanas
em poeira passiva coletados com um
coletor de pó eletrostático queda
O objetivo deste estudo foi (EDC) e poeira piso de sete casas A combinação do EIA sandwich recentemente
desenvolver imuno ensaios foram medidos com os três EIAs. desenvolvido beta-(1,3)-glucano de amostragem com EDC
2 Beta-(1,3)-Glucan exposure
Noss I; Wouters enzimáticos de baixo custo, Amostras de poeira de chão foram permite agora que a avaliação nos estudos em grande
0 assessment by passive airborne
IM; Bezemer G e mas altamente sensível para também analisados no EIA inibição. escala de populações de exposição ao ar de beta-(1,3)-
1 dust sampling and new sensitive Os EIA de sanduíche foram
col. medir ar beta-(1,3)-glucanas em glucanos de casas ou outros ambientes de baixa
0 immunoassays. suficientemente sensíveis para a
ambientes de baixa exposição, exposição.
como casas. medição de glucano no ar e mostrou
especificidades diferentes para
glucanos comerciais, enquanto que
os níveis de beta-(1,3)-glucano em
amostras do pó da casa fortemente
correlacionada.

65
A presença de sintomas de SHS
foi avaliada usando um
questionário de auto-
administrado. Pesquisas e Em estudos futuros, pretendemos avaliar essas
amostragens de ar e pó da casa associações em uma população maior. Implicações
em 41 habitações foram práticas: Este estudo sugere que pode ser possível reduzir
Avaliar os níveis de semi- realizadas entre outubro de 2006 a formação de sintomas relacionados com a exposição ao
voláteis (SVOCs) em a janeiro de 2007, e 134 alterar a SVOCs determinados, tais como tributilo
residenciais casas isoladas em ocupantes responderam a comumente encontrados em revestimentos de teto e de
Association between indoor
2 Sapporo, no Japão, e se a questionários. As amostras foram parede e s-421 utilizado como um agente sinérgico para
Kanazawa A; exposure to semi-volatile organic
0 exposição a estes SVOCs foi analisadas para quantificar as os piretróides. A associação entre SHS e s-421 sugere
Saito I; Araki A e compounds and building-related
1 associada com o concentrações de oito que a utilização de inseticidas piretróides podiam eliciar
col. symptoms among the occupants
0 desenvolvimento de sintomas plastificantes, retardadores de sintomas de SHS. No entanto, mais estudos são
of residential dwellings.
relacionados com os edifícios chama 11 de fosfato de triéster, necessários para testar as associações observadas no
chamados “síndrome casa dois fenóis de alquilo utilizados presente estudo e analisar se as SVOCs associados
doente ‘( SHS)”. como antioxidantes, e uma sintomas são agentes causadores ou simplesmente
sinergistas organoclorado substitutos para algum outro fator que está causando os
chamada s-421, por sintomas.
cromatografia gasosa e
espectrometria de massa e
cromatografia gasosa fotometria
de chama.
As concentrações dos compostos selecionados em
ambientes fechados foram menores do que o nível de
Relationship between selected
Medir os níveis de interiores segurança previsto, em estudos com animais. Assim, a
2 indoor volatile organic
MVOC em casas de família e associação estatisticamente significativa entre o 1-octen-
0 Araki A; Kawai T; compounds, so-called microbial
avaliar a relação entre a Estudo epidemiológico. 3-ol pode ser devido a um efeito direto dos compostos ou
1 Eitaki Ye col. VOC, and the prevalence of
exposição a eles e síndrome do das associações podem ser associados com outros
0 mucous membrane symptoms in
edifício doente (SBS). compostos de ofensa. Estudos adicionais são necessários
single-family homes.
para avaliar estas possibilidades.

Avaliar a relação entre o tipo e


Os achados sugerem a exposição diferencial e risco de
qualidade da habitação e
asma por tipo de habitação urbana. Intervenções
2 ocorrência de asma na infância
Northridge J; The role of housing type and Questionários feitos em 26 destinadas a reduzir essas disparidades devem considerar
0 em uma comunidade urbana,
Ramirez OF; housing quality in urban children escolas públicas; categorização vários aspectos do ambiente doméstico, especialmente
1 com uma ampla gradiente de
Stingone JÁ. with asthma. de tipos de habitação, aqueles que não são diretamente controlados por
0 características raciais/ étnicas,
residentes.
socioeconômicas e de
habitação.

66
A descoberta ocasional de concentrações mais elevadas é
o resultado de populações sincronizadas dos ácaros em
desenvolvimento ao ar livre e sendo transportados
2 passivamente em nossas casas pelo vento e pela poeira.
House-dust mites in our homes
0 A hipótese explica por que achamos ácaros em nossas
Hallas TE. are a contamination from outdoor
1 casas, mas ainda assim não têm efeito das medidas de
sources.
0 prevenção. A verificação da hipótese de todo ou parte do
que pode ter grande impacto sobre a gestão da alergia
aos ácaros doença poeira doméstica.

Cromatografia gasosa /
espectrometria de massa método
baseado para medir sete
2 Current and historically used Coletar dados preliminares de
Riederer AM; piretróides, organofosforados Os resultados obtidos apresentam evidencias de que o
0 pesticides in residential soil from um estudo maior sobre a
Smith KD; Barr cinco (OP), e seis pesticidas solo residencial é uma fonte potencial de exposição
1 11 homes in Atlanta, Georgia, exposição de pesticidas a
DB e col. organoclorados em solo humana a pesticidas atuais e historicamente usados.
0 USA. crianças em Atlanta.
coletadas de 11 casas de Atlanta,
em 2006.

As taxas estimadas de ingestão de OT por crianças


através de ingestão de poeira foram, em média, oito vezes
2 Organotin compounds, including maior do que as taxas de ingestão calculada para adultos.
Kannan K;
0 butyltins and octyltins, in house Medir a quantidade de OTs no Medição feita em 24 casas de Produtos de uso doméstico, tais como papel de parede,
Takahashi S;
1 dust from Albany, New York, ar domestica. Albany, NY, EUA. continham concentrações totais de OT tão altas quanto
Fujiwara N.
0 USA. 780.000 ng / g.

Foram examinados o
relacionamento entre
biomarcadores bacterianas e
Ambos GNB e exposições GPB estão associados a
asma atual e sensibilização
sintomas de asma diminuiu, mas pode agir através de
2 Sordillo JE; Determinar a influência da GNB alérgica em 377 crianças em
Multiple microbial exposures in diferentes mecanismos para conferir proteção. Exposição
0 Hoffman EB; atual e exposições GPB sobre idade escolar em um estudo de
the home may protect against à endotoxina no final da infância não é simplesmente um
1 Celedón JC e asma e sensibilização alérgica coorte de nascimentos. Em
asthma or allergy in childhood. substituto do início da vida a exposição, que tem efeitos
0 col. em crianças em idade escolar seguida, avaliou os efeitos da
protetores independentes sobre a doença alérgica.
idade escolar endotoxina, depois
de controlar a exposição no início
da vida.

67
Apesar do risco potencialmente baixo deletério da
Determinar a existência de exposição PBDE via poeira doméstica como sugerido
2 Brominated flame retardants in
resíduos de retardadores de pelos quocientes de perigo, esta via de exposição deve
0 Wang J; Ma YJ; house dust from e-waste recycling
chama no ar doméstico e suas Medições e tabulações. ser de grande preocupação por causa das exposições
1 Chen SJ e col. and urban areas in South China:
implicações sobre a saúde mais elevadas BFR para as crianças e a presença de
0 implications on human exposure.
humana. BFRs (tais como DBDPE), que não têm ainda foram
totalmente investigados.
115 asmáticos de uma clínica
pediátrica foram submetidos
Investigar os níveis de fracionário óxido nítrico exalado
Os níveis de endotoxinas domésticos estão associados
2 Indoor determinants of endotoxin endotoxina e Der p1 na poeira (FeNO) e medidas de
Leung TF; Wong com frequência de episódios de sibilância em crianças
0 and dust mite exposures in Hong residencial de famílias de Hong espirometria. Visitas domiciliares
YS; Chan IH e asmáticas, mas não a sua FeNO ou medições de
1 Kong homes with asthmatic Kong com crianças asmáticas, e foram feitas dentro de 2
col. espirometria.
0 children. seus efeitos sobre a gravidade semanas, durante o qual os pais
da asma. concluído o Estudo Internacional
de Asma e Alergias na Infância
questionário.
A análise das preferências operacionais e do design para
2 Gerar a cultura de uso do Coleta de dados sobre a casas inteligentes rendeu cinco fatores divergentes entre
Jeong KA; Smart home design and operation
0 design universal e diretrizes preferência de americanos e sul- americanos e sul-coreanos. Esses fatores formam a base
Salvendy G; preferences of Americans and
1 operacionais para casas coreanos dos aspectos de projeto cultura de orientações específicas, que, juntamente com
Proctor RW Koreans.
0 inteligentes. e operação. as diretrizes universais, devem ser seguidas no projeto
das casas inteligentes centradas no usuário.
Projetar uma Tecnologia móvel
para identificar a posição e
2 orientação de pessoas cegas Através de dispositivos Pocket
Foi avaliado como seguro, eficiente e acessível, podendo
0 Sáenz M; Indoor orientation and mobility for em ambientes fechados, PC associado a aplicativo de
uma pessoa cega utilizá-lo, pois fornece informações
1 Sánchez J learners who are blind. identificando a infraestrutura coleta de dados e outro para a
corretas para um transito mais independente.
0 necessária com base em representação do espaço.
critérios de segurança,
usabilidade e acessibilidade.
Coletar informações sobre
biomarcadores de inflamação e População com base em projeto de
2 de Marco R; estresse oxidativo, exposições multicasos-controle, onde os casos e
The Gene-Environment individuais e ecológica, dieta, do controles são identificados através de
0 Accordini S; Resultados não foram apresentados. Relatório de
Interactions in Respiratory início da vida fatores, hábito de um processo de seleção de 2 fases
1 Antonicelli L e fumar, traços genéticos e uso de (questionário postal e exame clínico), pesquisa em andamento.
Diseases (GEIRD) Project.
0 col. medicamentos em grandes séries e em pré-existentes ou amostras novas
definido com precisão de asma, coortes de indivíduos.
rinite alérgica e fenótipos de DPOC.

68
Ampliar a abordagem para
avaliar a resposta de vibração
2
Predicting transmission of shaped de elementos da casa Para determinação das vantagens dos vários tipos de
0 Sizov NV; Plotkin
sonic booms into a residential submetida a diferentes formas Análise modal. formas de boom minimizados são necessários novos
1 KJ; Hobbs CM.
house structure. de onda Sonic Boom foi estudos.
0
avaliada usando um único grau
de liberdade do modelo.
Exame de oito resultados: seis
resultados respiratórios da
criança, bem como pais e filhos
saúde em geral, usando dados
de 682 famílias de baixa renda,
As populações urbanas os pais de crianças asmáticas de
Os resultados contribuem para a conceituação de estresse
desfavorecidas podem Chicago diagnosticadas e não
Stress and the city: housing urbano como um "poluente social" e ao papel hipótese de
2 experimentar estressores diagnosticados. Apresentação
Quinn K; stressors are associated with estresse em disparidades de saúde. Intervenções para
0 agudos e crônicos na habitação contínua, representando material,
Kaufman JS; respiratory health among low melhorar os resultados de asma devem abordar as
1 que produzem estresse dimensões sociais e emocionais
Siddiqi A. socioeconomic status Chicago reações dos indivíduos ao estresse, enquanto se
0 psicológico e impacto na saúde do estresse habitação,
children. encontram soluções estruturais para estressores
através de vias biológicas e ponderada pela sua dificuldade
residenciais e as desigualdades de saúde.
comportamentais. pais-relatados. Foram
comparados a 75 para o quartil
25 de exposição ajustados
binomial e modelos de regressão
binomial negativa.

Os resultados indicam que a percepção da vegetação


exerce considerável influencia sobre o incomodo avaliado
em casa. Parques de zonas úmidas e parques de jardim
2
Levantar se a vegetação de Entrevistas a uma população de são mostrados como capazes de reduzir o ruído incômodo
0 Li HN; Chau CK; Can surrounding greenery reduce
entorno é capaz de reduzir o 992 pessoas com resultados mais eficientemente que colinas verdejantes. Os efeitos
1 Tang SK. noise annoyance at home?
ruído incomodo em casa? ordenados em modelo logit. das quantidades percebidas de vegetação sobre a
0
redução do incomodo do ruído em casa diferem de acordo
com a configuração de vegetação para qual participante
percebeu de sua casa.
Avaliar a relação entre a
2 Home dampness and molds as
Jaakkola JJ; exposição de umidade e bolor Coorte de uma base populacional Os estudos reforçam consideravelmente o papel dos
0 determinants of allergic rhinitis in
Hwang BF; em habitações para o prospectivo de 1863 crianças de problemas internos de umidade como determinantes da
1 childhood: a 6-year, population-
Jaakkola MS. desenvolvimento de rinite Espoo, Finlândia. rinite alérgica em crianças.
0 based cohort study.
alérgica na infância 0-6 anos.

69
Refletir sobre a possibilidade da
Autonomia, para os indivíduos e familiares é dotar-lhes de
busca da autonomia do
condições para desenvolverem o cuidado no domicílio
indivíduo e da família nos
2 Cuidado domiciliar: em busca da numa situação de adoecimento, com ajuda do sistema de
serviços públicos de saúde,
0 autonomia do indivíduo e da saúde, com profissionais que ensinem, orientem e
Lacerda MR. através da ação dos Ensaio reflexivo.
1 família - na perspectiva da área acompanhem e principalmente com uma enfermeira que
profissionais de saúde e,
0 pública. tenha sensibilidade e capacidade técnica-científica para
principalmente, da presença da
estabelecer metas de cuidado factíveis à realidade de
enfermeira no desenvolvimento
saúde-doença vivenciada.
do cuidado domiciliar.
Quantificação de fatores A associação positiva entre os fatores domésticos de risco
domésticos ambientais de risco ambiental e asma foi mais forte entre os participantes com
Investigar a existência de
2 associados à asma através de diagnostico de hipertensão. Modificações do efeito da
Johnson M; Asthma, environmental risk relação entre hipertensão
0 um Índice de Risco Ambiental. relação entre fatores de risco ambientais e asma podem
Nriagu J; factors, and hypertension among arterial, fatores de risco
1 Diagnostico de hipertensão auto- ter implicações graves entre comunidades de alto risco.
Hammad A e col. Arab Americans in metro Detroit. ambientais e asma entre os
0 relatado e resposta de No, entanto são necessárias mais pesquisas para elucidar
árabes-americanos.
questionário acerca de sintomas as relações entre hipertensão arterial, fatores de risco
da asma e hipertensão arterial. ambientais e asma.
As casas do tipo árabe tiveram maior quantidade de níveis
detectáveis de ácaros alergênicos(OR 3,21) e para casas
Analise de antígenos e
2 Identificar as relações entre recentes foi detectado um numero menor(OR 1,56). Em
Al Ali W; Household characteristics and endotoxinas da amostra de
0 características de habitações e casas sem gatos foram encontrados alergênicos de gato e
Custovic A; allergen and endotoxin levels in poeira de colchões e pisos de
1 níveis de alergênicos e foi encontrado alergênico de barata mais provável de
Simpson A e col. Aleppo, Syrian Arab Republic. 457 casas na cidade de Aleppo,
0 endotoxinas; detecção em casas com mais de 20 anos de idade. Os
Síria.
níveis de endotoxina foram significativamente maiores em
colchões/ lã de algodão e casas mais antigas.
A presença de mofo foi em 44%%, pragas(28%),
2 Housing environments and child Avaliação de condições de ventilação(ausência total em 26%),
Quais as causas de falta de
0 Litt JS; Goss C; health conditions among recent habitação. Foi avaliada a superlotação(aprox.25%). Soluções para enfrentar
saúde de famílias de imigrantes
1 Diao L e col. Mexican immigrant families: a presença de mofo, pragas, condições insalubres entre os recém-imigrados devem ser
Mexicanos.
0 population-based study. ventilação, superlotação. multidisciplinares e incluem estratégias que sejam a nível
familiar e acesso aos cuidados de saúde.
Avaliação residencial após o
Descrever o impacto das encaminhamento para tratamento
2 Reduced clinic, emergency room, avaliações ambientais dos casos por especialistas.
Barnes CS; Avaliação do ambiente domiciliar e gestão do caso pode
0 and hospital utilization after home residenciais e gestão dos casos Educação, visita a clinica e
Amado M; reduzir a utilização dos cuidados médicos para crianças
1 environmental assessment and na utilização de serviços definição de apenas uma pessoa
Portnoy JM. que sofrem de rinite alérgica e asma.
0 case management médicos de pacientes de responsável pelo
doença alérgica. acompanhamento do tratamento.

70
A exposição humana ficou abaixo dos valores de
2 Brominated flame retardants and Levantar o impacto do uso Medição do ar em residências e referencia de dose estabelecido pela US-EPA para BDE
D'Hollander W;
0 perfluorinated compounds in abundante de produtos escritórios de retardadores de 209, HBCD e abaixo das provisórias doses diárias
Roosens L;
1 indoor dust from homes and químicos no interior para a chamas (BFRs) e compostos propostas pela Autoridade Europeia de Segurança e
Covaci A e col.
0 offices in Flanders, Belgium. saúde humana. perfluorado(PFCs). PFOS PFOA.

Comparar metodologias de
2 Visually observed mold and moldy Avaliação em casas com 1) bolor Não houve concentrações microbianas onde há mofo
Reponen T; avaliação de exposição ao mofo
0 odor versus quantitatively visível, 2) cheiro de mofo e visível, porém em casas com cheiro de mofo e ERMI
Singh U; e o estudo epidemiológico sobre
1 measured microbial exposure in 3)Índice Ambiental Relativo de foram superiores. Futuras pesquisas deverão ser
Schaffer C e col. o desenvolvimento da asma
0 homes Mofo(ERMI). realizadas para confirmar os resultados obtidos.
infantil.
Analisar os significados,
funções e experiências
2 Meanings, functions, and As descobertas informaram a necessidade de a prática e
Aminzadeh F; associadas a viver em casa
0 experiences of living at home for as intervenções políticas devem maximizar esforços para
Dalziel WB; para indivíduos com demência Pesquisa qualitativa.
1 individuals with dementia at the que o indivíduo com demência consiga reconhecer o seu
Molnar FJ e col. próximos a suas transferências
0 critical point of relocation. lugar depois da transferência.
para o centro de atendimento
residencial.
Do questions reflecting indoor air
2 Determinar se os questionários Os resultados obtidos foram úteis para compreender a
Loo CK; Foty pollutant exposure from a
0 de relatos domésticos podem Medição do ar e aplicação de importância dos auto-relatos em grandes estudos
RG; Wheeler AJ questionnaire predict direct
1 prever poluentes diretamente questionário. epidemiológicos e também no contexto clínico, acerca de
e col. measure of exposure in owner-
0 medidos. exposições internas.
occupied houses?
O acesso à alta qualidade dos pátios tranquilos pode
Explorar a influência das
2 Attractive "quiet" courtyards: a Foram formados 4 grupos com os funcionar como ambiente atrativo a restauração criando
Gidlöf- qualidades físicas ambientais
0 potential modifier of urban 385 habitantes de áreas urbanas para os residentes uma paisagem sonora positiva; propicia
Gunnarsson A; de pátios tranquilos às
1 residents' responses to road traffic com base em categorias de ao descanso, relaxamento e relações sociais. Porem, para
Ohrström E. respostas dos moradores ao
0 noise? exposição ao ruído. a existência de pátios tranquilos precisa existir as
ruído.
fachadas que produzem efeito de irritação sonora.
Descobrir se observadores com
2 Variáveis sócio-demograficas, coincidiram entre os
Aragonés JI; mesmo repertorio cultural são 107 mulheres avaliaram
0 Perception of personal identity at habitantes. A dimensão afetiva era mais proeminente
Amérigo M; capazes de perceber habitantes de 8 quartos, a partir
1 home entre mulheres e aspectos práticos e de dificuldades de
Pérez-López R. características comuns entre os de imagens.
0 interação social entre homens.
habitantes
Determinar a concentração de
2 Maruo YY; Formaldehyde measurements in O sensor possui fácil instalação. Foram detectados
formaldeídos em casas
0 Yamada T; residential indoor air using a Medição em loco com aparelho maiores níveis de formaldeídos em apartamentos de 0-2
japonesas e a relação entre os
1 Nakamura J e developed sensor element in the sensor desenvolvido pela equipe anos e houve aumento de concentração do mesmo em
níveis de formaldeído com a
0 col. Kanto area of Japan. ambientes mobiliados.
idade e temperatura da casa.

71
Entender melhor a carga de A presença de mofo era tão predominante na casa dos
2 The National Asthma Survey-- 1412 famílias com, pelo menos,
Nguyen T; Lurie asma em adultos e crianças em Nova Yorquinos com asma do que no grupo controle. È
0 New York State: association of um membro com asma atual
M; Gomez M; e sua saúde, economia, preciso que haja educação para estas famílias sobre
1 the home environment with respondeu questionário sobre
col. comportamento e ambiente e potenciais desencadeadores de asma e suas fontes
0 current asthma status. seu ambiente familiar.
fatores associados. ensinar métodos para prevenir, reduzir ou eliminá-los.
A qualidade do ar em Jos é pobre. A taxa de isolamento
2 Avaliar o nível de contaminação Entre maio de 2005 e janeiro de de fungos não foi significativamente diferente nos períodos
Ayanbimpe GM;
0 Indoor air mycoflora of residential por mofo do interior de casas, a 2006 com questionário úmidos e secos do ano e a densidade residencial afetou a
Wapwera SD;
1 dwellings in Jos metropolis. influencia na saúde e identificar estruturado e exposição de placa ocorrência de fungos em suas casas com implicadores à
Kuchin D.
0 quais as espécies prevalentes. de Agar. saúde. Há necessidade para a devida atenção à qualidade
do ambiente interior.
2 Pesquisa realizada em 350 O estado das habitações e o uso do combustível nas
Risk factors for indoor air pollution Identificar os fatores domésticos domicílios rurais em Mauche, no
0 residências amostradas incentivou a poluição do ar interior
Moturi NW. in rural households in Mauche que são suscetíveis de reforçar distrito de Molo, Kenya.
1 das residências, que têm sido associadas a várias
division, Molo district, Kenya. a poluição interior do ar. Questionários, visitas ao local para
0 observação contínua. doenças.
Intervenção no aquecimento de
2 Verificar se um aquecimento 409 domicílios contendo uma
Free S; Howden- More effective home heating
0 residencial mais eficaz é capaz criança asmática entre 6 e 12 anos. O aquecimento mais eficaz reduz a ausência de crianças
Chapman P; reduces school absences for
1 de as ausências escolares de Instalação de aquecedor 6kW mais asmáticas na escola.
Pierse N e col. children with asthma. eficaz em metade das casas antes
0 crianças com asma.
do inverno de 2006.
Refletir sobre o significado
2 “afetivo” daquilo que chamamos Existem encantos e encantamentos na arte do filme para
O significado “afetivo” daquilo que
0 Mussi LH, casa(lar, moradia) através do entender que “ uma casa, a nossa casa pessoal”, nos
chamamos “casa”: Uma reflexão Reflexão
1 Corte B. curta-metragem “Tsumiki no remete e que especial significado ela passa a ter na
através do cinema.
0 ie”(A casa em pequenos velhice.
cubinhos).
2 Contribuir com uma introdução Apresentação de um continuum de
Human Dwellings as Time Nesse continuum de modos de habitação está contida
0 acerca do problema do tempo. três modos de habitação do
Michelazzo JC. Expressions: Dialogue Between uma suposição de existência de aprofundamento na
1 Confronte entre: Heidegger e humano, tomadas como maneiras
Heidegger and Dōgen de ser do homem.
compreensão do ser do homem.
1 Dōgen.
O processo de transformação da unidade residencial em
Abordar os fatores necessários
um espaço saudável e sustentável, que demanda o
2 ao desenvolvimento de um
Cohen SC, Espaços saudáveis e Diagnósticos diferenciados para cumprimento de exigências básicas humanas, é
0 plano de ação no sentido da
Kligerman DC, sustentáveis, biossegurança e construção de espaços saudáveis fundamental a sua incorporação às políticas de saúde
1 construção de políticas públicas
Barcelos MRB. resíduos. e sustentáveis ambiental, cujas diretrizes são suportes necessários à
1 saudáveis no âmbito
realização de ações, sejam de cunho individual e/ou
habitacional.
coletivo.

72
A habitação saudável aludirá a um espaço caracterizado por
2 Cohen SC, Habitação saudável como um conjunto de condições que influenciam os processos de
Discussão acerca da
0 Kligerman DC, determinante social da saúde: restauração, proteção e promoção da saúde. A sua
necessidade da construção de Revisão de literatura
1 Monteiro SCF e experiências internacional e construção será exitosa se a iniciativa estiver incorporada a
habitações saudáveis. programas e projetos de habitação e de desenvolvimento
1 col. nacional
urbano, empreendidos pelos governos.
Avaliar a associação entre os
contaminantes microbianos na
2
Singh U; Levin L; Influence of home characteristics poeira transportada e estimar os Ensaios específicos de Limulus As concentrações no ar de contaminantes microbianos
0
Grinshpun SA e on airborne and dustborne efeitos das características de Amebocyte da poeira aspirada não podem ser vistos como base confiável para as
1
col. endotoxin and ß-D-glucan. casa em níveis de exposição a em 184 casas. concentrações das transferências de poeira pelo ar.
1
estes contaminantes
microbianos.
RESULTADOS: Cinco categorias de segurança em casa
surgiu a partir da análise: (1) Iluminação (2), contraste, (3)
distrações visuais, (4), brilho e estratégias (5) de
compensação. Comparações de conteúdo em três
avaliações de segurança em casa com categorias
2 Perspectives on home safety: do Explorar o desempenho Entrevistas pessoais feitas a 22
Barstow BA; revelaram que os participantes do estudo tinham
0 home safety assessments ocupacional e perspectivas de idosos com perda de visão sobre
Bennett DK; preocupações específicas sobre segurança em casa que
1 address the concerns of clients segurança da casa de idosos suas perspectivas de segurança
Vogtle LK. não foram bem abordados nas avaliações selecionados.
1 with vision loss? com perda da visão. em casa.
CONCLUSÃO: Os resultados fornecem áreas de conteúdo
preliminares que devem ser incluídos no desenvolvimento
de uma avaliação de casa específicos para a população
de baixa visão.

Entender as razões que levam


um idoso a morar sozinho e
2 Os idosos que moram sozinhos, apesar de participarem
Camargos MCS, Idoso, família e domicílio: uma como se processam as
0 das transferências, estão mais propensos a receber
Rodrigues RNM, revisão narrativa sobre a decisão transferências (fluxo de Revisão bibliográfica.
1 cuidado formal, comparativamente àqueles que residem
Machado CJ. de morar sozinho. recursos, ações e informações
1 com outras pessoas.
que se trocam e circulam)
quando vive sozinho.
O presente estudo pode ajudar a criar novas perspectivas
2 Analisar a qualidade do ar para a compreensão da gravidade do ar interior em Delhi
Indoor air pollution and self-
0 Firdaus G; interior e seus determinantes e e pode, portanto, fornecer material interessante para o
reported diseases - a case study Amostragem.
1 Ahmad A. sua contribuição para a saúde desenvolvimento social, cientistas, profissionais de saúde
of NCT of Delhi.
1 no lar. públicos, planejadores e tomadores de decisão. A
informação pode ser utilizada para ajudar a formular

73
políticas abrangentes e de planejamento com uma
abordagem humanista para ambientes internos.
Adequações urbanas que serão aplicáveis a todos os
níveis administrativos, local, nacional e internacional, e
também irá fornecer um fundo importante para a pesquisa
adicional nesta área.
Estudo caso-controle feito com
2 Ventilation and dampness in 348 estudantes universitários em
Estudar as associações entre Os dados obtidos neste estudo apoiam a hipótese de que
0 Sun Y; Zhang Y; dorms and their associations with 2006 e 2007 em Tianjin
ambiente dormitório e saúde a taxa de ventilação é um modificar de efeito para
1 Bao L; e col. allergy among college students in University, China
dos ocupantes. problemas de umidade e poluentes interiores.
1 China: a case-control study.

Verificar se a implantação do
sensor dirigido por um método
de otimização que utiliza dados
de moradores de frequência A implantação do sensor dirigido por um método de
2 O método PRS produzido
Poland MP; Pure random search for ambient espaciais como o espaço de otimização que utiliza dados de moradores de frequência
0 distribuições superiores contra o
Nugent CD; sensor distribution optimisation in busca produziria distribuições espaciais como o espaço de busca produziu distribuições
1 engenheiro humano instruído
Wang H; e col. a smart home environment. de sensores mais ótimos contra de sensores mais ótimos contra o método atual de
1 implementações.
o método atual de implantação implantação do sensor por engenheiros.
do sensor por engenheiros.

A ventilação com ar exterior desempenha um papel


importante a influenciar a exposição humana a poluentes
interiores. Esta revisão e avaliação indica que aumentar
as taxas de ventilação acima dos padrões atualmente
2 Revisar 27 artigos publicados
Sun dell J; Levin Ventilation rates and health: adotados e diretrizes devem resultar em diminuição da
0 em revistas e jornais científicos
H; Nazaroff WW; multidisciplinary review of the Revisão Bibliográfica prevalência de resultados negativos de saúde.
1 a relacao entre as as taxas
e col. scientific literature. Construtores e arquitetos devem evitar baixas taxas de
1 ventilação e efeitos na saúde.
ventilação, a menos que medidas alternativas eficazes,
como o controle de origem ou de purificação do ar, sejam
empregados para limitar os níveis de poluentes interiores.

Determinar o efeito das Pesquisa em bases de dados Não há evidências suficientes para determinar se
2
Turner S; Arthur Modification of the home modificações do ambiente especializadas. Digitalizaçao de intervenções direcionadas a modificar os riscos ambientais
0
G; Lyons RA e environment for the reduction of doméstico sobre redução de conferencias e listas de domésticos reduz ferimentos. As intervenções para reduzir
1
col. injuries lesões devido a riscos referência. Contato com o riscos em casa devem ser avaliadas por design
1
ambientais. primeiro autor de todos os randomizado adequado controlando a medição de

74
ensaios clínicos randomizados. resultados de lesão. O levantamento de amostras de
As buscas foram atualizados pela grandes estudos para medir o efeito deve ser uma
última vez ao final de dezembro consideração importante para estudos futuros. O uso de
de 2009. Critério de seleção: fatoriais também deve ser considerado pelos
Ensaios clínicos randomizados pesquisadores para a avaliação de componentes
individuais de intervenções multifatoriais.
Foram recrutados pacientes com
sarcoidose clinicamente
estabelecida durante o período de
setembro de 2007 até junho de
2010. Deles 55 foram
recentemente diagnosticadas e em
tratamento por menos de um ano,
25 tinham sido tratados e não
tiveram recorrência e 27 tinham
sido tratados, mas tiveram As actividades mais elevadas de enzima NAHA
recorrência da doença. Os encontrados em casas de indivíduos com sarcoidose
controles eram indivíduos activa e recorrentes sugerem que a exposição a fungos
2 Tercelj M; Fungal exposure in homes of
Determinar a exposição aos saudáveis, sem quaisquer está relacionada com o risco de sarcoidose. Outros
0 Salobir B; patients with sarcoidosis - an
fungos em casas de indivíduos sintomas respiratórios (n = 30). estudos ambientais para avaliar a importância desta
1 Harlander M; e environmental exposure
com sarcoidose. Amostras de ar (cerca de 2,5 m3) exposição para indivíduos com sarcoidose são
1 col. Study. foram tomadas no quarto dos necessários. Os resultados sugerem que as ações
indivíduos, utilizando uma bomba corretivas em casas com altos níveis de fungos podem ser
portátil e filtros de éster de justificadas.
celulose. Os filtros foram
analisados quanto ao conteúdo da
enzima N-acetylhexosaminidase
(NAHA) como um marcador de
biomassa celular de fungos,
utilizando um substrato específico
e uma técnica fluorescente e
expressa em unidades (U NaHA) /
m3.
Modelo Híbrido de Não foi encontrada uma definição compreensiva e
Desenvolvimento de Conceitos mensurável. No entanto três componentes foram
2 identificados(Lugar, relacionamentos e experiência) e usados
Gillsjö C; A concept analysis of home and Identificar e definir o conceito de fundamentou a análise teórica e
0 para definir a casa como local para estar conectado, sentir
Schwartz-Barcott its meaning in the lives of three casa e seu significado na vida observação empírica com foco
1 conforto e segurança. Essas são as experiências da
D. older adults. de três idosas. em definição. Revisão da habitação. Relevância para a prática clínica: a cada dia
1
literatura interdisciplinar, suposições sobre o significado de casa e de a casa ser
entrevistas semiestruturadas com apenas mais um lugar onde os cuidados são prestados estão

75
três idosas de caso transversal. em foco. Uma maior sensibilização e diálogo são
necessários, entre profissionais de saúde que trabalham com
idosos em suas casas. A pesquisa futura precisa explorar o
impacto dos cuidados em casa sobre o significado de casa
para idosos e seu potencial impacto sobre a recuperação.

As relações observadas entre as variáveis explicativas e a


2 heterogeneidade de valorizações são compreensíveis. No
Estimation and analysis of Analisar e estimar as
0 entanto, o coeficiente para determinação de valores de
Hoshino T preference heterogeneity in preferências heterogêneas nos Abordagem mista.
1 casa modelo foi baio, indicando que a maior parte dos
residential choice behaviour. comportamentos de escolha.
1 resultados de preferências foi a partir de
heterogeneidades de fatores inobserváveis.
Discorrer sobre as experiências Discurso analítico baseado no
2 The cosmos of the Paris Em vez de uma divisão nítida entre público e privado, as
vividas por crianças e seus artigo “Cosmicity” de Bachelard
0 apartment: working-class family crianças experimentaram seus apartamentos como
Ferguson E familiares Parisienses em seus em confronto com os processos
1 life in the nineteenth núcleos de um mundo social e espacial sob a vigilância
apartamentos sobre a agressão judiciais de agressões íntimas
1 century. dos pais, vizinhos e outras crianças.
íntima contra crianças. contra crianças.
Publicações em Inglês no
MEDLINE e da lista de referência
das publicações identificadas.
Extração de risco relativo (RR) foi
Nossos resultados apóiam a hipótese de que a exposição
realizada de forma independente
Realizar uma revisão a pesticidas residencial pode ser um fator de risco que
estimativas por dois autores,
sistemática dos estudos contribuem para os dados de leucemia infantil, mas
utilizando critérios de inclusão
2 Residential exposure to pesticides publicados sobre a associação disponível eram muito escassos para apuração
Van Maele-Fabry pré-definidos. Meta estimativas
0 and childhood leukaemia: a entre o lar / residencial / causalidade. Pode ser oportuno considerar medidas
G; Lantin AC; de taxa de proporção (MRR),
1 systematic review and meta- doméstico exposição a preventivas, incluindo medidas educativas, para diminuir o
Hoet P e col. foram calculados de acordo com
1 analysis. pesticidas e leucemia infantil, e uso de agrotóxicos para fins residenciais e,
os modelos fixos e efeitos
para obter uma estimativa particularmente, o uso de inseticidas no interior durante a
aleatórios. As análises foram
quantitativa do risco. gravidez.
feitas separadamente após
estratificação para janelas de
tempo de exposição, localização
exposição residencial, categoria
biocida e do tipo de leucemia.
Descrever o envenenamento Os pacientes eram indivíduos Envenenamento por CO Residencial a partir de um veículo
2
por CO dos ocupantes de uma relatados nos meios de em funcionamento na garagem é comum, afeta
0 Residential carbon monoxide
Hampson NB. casa devido à emissão de comunicação de ter sido desproporcionalmente os idosos, tem uma alta taxa de
1 poisoning from motor vehicles.
veículos transitando na envenenado com CO em sua casa mortalidade, e deve ser prevenida com um alarme de CO
1 por um veículo em funcionamento
garagem anexa. residencial.

76
na garagem anexa. Principais
medidas de desfecho: principais
desfechos foram freqüência de
ocorrência, distribuição geográfica,
dados demográficos do paciente e
mortalidade.
Foi utilizado um desenho quase
experimental para comparar os
resultados de asma de 2 grupos
de crianças e adolescentes de
baixa renda com asma: 34
participantes que se mudaram
para a HEB, e uma coorte local,
Examinar o benefício de acompanhado de 68 participantes
2 The Breathe-Easy Home: the Crianças e adolescentes com asma que se mudaram para
Takaro TK; controlar a asma com mudança que receberam uma anterior
0 impact of asthma-friendly home uma casa de asma-friendly experimentaram grandes
Krieger J; Song para uma Breathe-Easy intervenção de controle da
1 construction on clinical outcomes reduções na morbidade asmática e exposição gatilho.
L; e col. Home(BEH – casa inspire asma. Ambos os grupos
1 and trigger exposure.
fácil),amiga da asma. receberam em casa a educação
em asma. Behs foram
construídos com características
redutoras de umidade, sistemas
de ventilação e materiais
avançados, que minimizaram a
poeira e gaseamento-off.

Investigar as relações entre as


medidas de sintaxe do espaço
2 Association of the spatial layout of Visita à casa de 82 participantes
Marquardt G; arquitetônico que descreve o Os resultados justificam mais pesquisas sobre as medidas
0 the home and ADL abilities com demência e cuidados
Johnston D; layout espacial de uma casa e da sintaxe do espaço no ambiente domestico de pessoas
1 among older adults clínicos e mediram as variáveis
Black BS e col. as atividades diárias entre com demência, incluindo estudo longitudinal.
1 with dementia inteligíveis da sintaxe do espaço.
pessoas com demência.

Preenchimento de questionários
Relationships between mite Investigar as possíveis relações por moradores de 425 domicílios
2
Saijo Y; allergen levels, mold entre exposição a ácaros de e monitoramento ambiental de Os níveis de ácaros e alergênicos Rhodotorula no ar
0
Kanazawa A; concentrations, and sick building alergênicos e fungos no ar com ácaros de alergênicos(Der1), interior e, concentrações de Aspergillus podem resultar em
1
Araki A; e col. syndrome symptoms in newly built a síndrome do edifício fungos no ar, aldeídos e sintomas de SBS em residências recém-construídas.
1
dwellings in Japan. doente(SBS). compostos orgânicos voláteis.

77
As concentrações de PM(10 ) foram maiores nas casas
Pollutant concentrations within
2 sem chaminé, apesar de não haver concentração
Morawska L; households in Lao PDR and Investigar a qualidade do ar
0 Medições e compilações de especifica de poluentes nas proximidades dos fogões. As
Mengersen K; association with housing dentro de habitações
1 dados em regressão linear. concentrações de PM(10) e de NO (2) foram maiores em
Wang H; e col. characteristics and occupants' residenciais em Laos.
1 casas que havia fumantes.
activities.
Coorte com 433 pacientes As condições precárias de moradia estão associadas com
2 Zuluaga MC; Analisar se as condições de hospitalizados em emergência por
Housing conditions and mortality maior mortalidade por insuficiência cardíaca. Pacientes
0 Guallar-Castillón habitação possuem relação com insuficiência cardíaca levantados
in older patients hospitalized for que vivem nestas casas são especialmente vulneráveis,
1 P; Conthe P e a mortalidade em idosos por em 4 hospitais espanhóis entre 1
heart failure. de janeiro de 2000 e 30 de junho porque eles têm pior situação clinica e menos posição
1 col. insuficiência cardíaca.
de 2001. socioeconômica.
Descrever as Healthy Este projecto-piloto visa abrir novas áreas de pesquisa
2 Visão geral da iniciativa
Homes(Casas Saudáveis)como que podem levar a uma maior compreensão das questões
0 Oklahoma Healthy Homes Oklahoma Healthy Homes e
Khan F. meio de enfrentamento de ambientais para a saúde relacionados com a habitação
1 initiative. Tulsa Safe and Heathy Housing
forma coordenada os perigos precárias nos Estados Unidos, o que acabará por tornar
1 Project.
provenientes da habitação. as casas mais seguras e saudáveis.
Médicos residentes de pediatria e família devem participar
2
Zickafoose JS; de inspeções em casa e intervenções para seus pacientes
0 Teaching home environmental Descrever a relação medica e
Greenberg S; Descritiva de cuidados primários e acompanhamento de riscos
1 health to resident physicians. casa saudável.
Dearborn DG. identificados durante a manutenção da saúde e visitas em
1
doenças agudas.
2 Discorrer sobre a adoção de O avanço de uma matriz de projeto para casa inteligente
Smart home technology for safety
0 Dewsbury G; tecnologias de casas por si só não é suficiente porem é colaborativo em um
and functional independence: the Discussão
1 Linskell J. inteligentes para pacientes com processo de projeto centrado na pessoa de qualquer
UK experience.
1 problemas neurológicos sistema.
Destacar tecnologias úteis para Embora ainda haja necessidade substancial de pesquisa e
2
Assistive technology and home as pessoas com déficit desenvolvimento com foco nas necessidades de pessoas
0 Copolillo A;
modification for people with neurovisual e descreve Descrição com deficiência visual de condições neurológicas, os
1 Ivanoff SD.
neurovisual deficits. evidências para apoiar a sua profissionais podem usar a tecnologia com cautela para
1
formação e utilização. melhorar os resultados funcionais.
A espirometria foi realizada duas
vezes em participantes da
Lung function decline in relation to
2 Examinar a associação de pesquisa European Respiratory A umidade e crescimento de fungos são comuns no
Norbäck D; Zock mould and dampness in the
0 declínio da função pulmonar Saúde (ECRHS I e II) que interior das residências, e a presença de umidade é um
JP; Plana E; e home: the longitudinal
1 com o mofo interior e a inicialmente foram examinados fator de risco para o declínio da função pulmonar,
col. European Community Respiratory
1 umidade. com idade 20-45 anos, em 1990- especialmente em mulheres.
Health Survey ECRHS II.
1995 e nove anos mais tarde (n =
6.443). Informações sobre a sua

78
atual casa foi coletado duas
vezes por entrevista. Umidade
(dano água ou manchas de
umidade) e molde interior,
sempre e nos últimos 12 meses,
foram avaliados. A pontuação de
umidade e uma pontuação molde
foram calculadas. Além disso,
3.118 casas em 22 centros foram
inspecionadas diretamente no
acompanhamento para a
presença de umidade e mofo.
Recolhidas amostras de pó de
Avaliação de risco indicou que PBDEs
Identificar níveis de PBDEs em forma aleatória a partir de 46
2 pode, eventualmente, afetar a saúde de crianças em
Human exposure to PBDEs via poeira domestica na China e casas em Guangzhou, sul da
0 Chen L; Huang Guangzhou, sul da China. Mais
house dust ingestion in estimar a exposição humana China. Tambem foi usada
1 Y; Xu Z e col. estudos são necessários para investigar a
Guangzhou, South China aos PBDEs para adultos e cromatografia gasosa e
1 biodisponibilidade e metabolismo de PBDEs em seres
crianças. espectrometria de massa
humanos para melhorar a avaliação de risco
no modo SIM.
Apresentar resultados de Entre as mulheres, a "poeira sempre dentro de casa" e o
The effect of housing estudo sobre a relação entre as habito de fumar foram identificados como fatores de risco
2 Compilação de dados de
Mengersen K; characteristics and occupant características da habitação e para doença respiratória. Outros fatores de risco fortes
0 questionários entregues em 356
Morawska L; activities on the respiratory atividades dos ocupantes com a para as crianças, após o ajuste para idade e sexo, incluída
1 residências em 9 distritos de Lao,
Wang H; e col. Health of women and children in saúde respiratória de mulheres a poeira e secagem de roupa no interior. Esta análise
1 durante 5 meses.
Lao PDR. e crianças na população da confirma o papel da poluição do ar no interior do ônus da
Republica Democrática do Lao. doença entre as mulheres e crianças em Laos.
Examinar a relação entre auto- Estimativa gerais calculadas O auto relato de baixa iluminação não apresentou relação
2 Residential light and risk for
relato de luz natural residencial através do auto-relato, usando com ocorrências de depressão e quedas. Aumentar a luz
0 Brown MJ; depression and falls: results from
inadequada e risco de como parâmetro os dados da na Habitação é uma intervenção barata e pode melhorar
1 Jacobs DE. the LARES study of
depressão ou quedas entre OMS e Revista Europeia de as distintas condições de saúde.
1 Eight European cities.
adultos de 18 anos ou mais. Habitação e Saúde.
A asma foi determinada através
de relatório materna de A relação entre asma e obesidade está presente em
Verificar se a relação entre
2 Asthma and obesity in three-year- diagnóstico de asma por um meninos e meninas de até 3 anos de idade; uma relação
Suglia SF; obesidade e asma em meninas
0 old urban children: role of sex and médico (ativo nos últimos 12 entre excesso de peso e asma está presente apenas entre
Chambers EC; e meninas pode ser explicado
1 home meses). Peso e altura da criança os meninos. Esta relação não é atribuível a fatores
Rosario A; e col. pelas características físicas e
1 environment. foi medida durante uma visita em comuns sociais e ambientais da casa das crianças.
sociais do ambiente de casa.
casa. Os dados sobre a casa
social (depressão materna,

79
violência por parceiro íntimo) e
fatores ambientais (físicos,
habitação de qualidade a
exposição ao tabaco), foram
coletados através de
questionário.
Os resultados confirmam que a classificação da exposição
2 Hareuveny R; Título: Exposure to 50 Hz
Avaliação da exposição de alta a CM com base na localização apartamento é viável com
0 Kandel S; magnetic fields in apartment Medição realizada em 41
precisão em grande numero de especificidade notável (0,98 e 0,96 para os pontos de
1 Yitzhak NM e buildings with indoor transformer apartamentos em 10 edifícios.
indivíduos expostos. corte de 0,2 e 0,4 [T, respectivamente) e sensibilidade
1 col. stations in Israel.
(1,00 para ambos os pontos de corte).
Os achados sobre
2 Obter informações sobre o uso frequência de utilização ao longo da vida e
Residential pesticide usage in
0 Armes MN; Liew de pesticidas residencial e o Entrevistas de usos e comportamentos relacionados com a exposição irá
older adults residing in Central
1 Z; Wang A; e col. comportamento a esta comportamento. informar futuro
California.
1 exposição. esforços para desenvolver modelos de de pesticidas de
exposição à populacao e avaliação de riscos
Questão abordada: Reduzir o
A análise de vulnerabilidade do
risco de estresse de calor é um
2 uso de ar condicionado
Residential air-conditioning and imperativo na promoção da Residencial ar-condicionado é uma tecnologia
0 Farbotko C; doméstico, com base na literatura
climate change: voices of the saúde, e é amplamente aceito potencialmente adaptativo para reduzir o risco de estresse
1 Waitt G. e política de ar-condicionado
vulnerable. como necessário para uma por calor
1 práticas e pesquisa etnográfica
adaptação bem sucedida às
com as famílias
mudanças climáticas
aumentar a compreensão da
forma como as definições de A amostra incluiu idosos e suas
A pesquisa baseada em definições padrão para o projeto
padrões para o projeto de habitações em três países
2 Lack of research-based standards de habitação são necessárias para garantir que eles
habitação influenciou a europeus (N = 1.150).
0 Helle T; Brandt for accessible housing: realmente levar para reforçar a acessibilidade, que é um
proporção de residências que Frequências e porcentagens
1 A; Slaug B e col. problematization and pré-requisito para a independência ea saúde das pessoas
não satisfaçam as normas e foram notificados e funções de
1 exemplification of consequences. com limitações funcionais.
proporção de indivíduos distribuição empíricas foram
definidos como tendo utilizados.
problemas de acessibilidade
Estabelecer se as pessoas Estudo prospectivo controlado Realojamentos causam impactos significativos sobre as
2 Material and meaningful homes: realojadas para novas em toda a Escócia com723 condições de habitação e de benefícios psicossociais e
Kearns A;
0 mental health impacts and habitações tiveram impacto chefes de família(334 menores impactos na saúde mental. A habitação é uma
Whitley E;
1 psychosocial benefits of sobre a sua saúde mental e intervenção, 389 controle) com complexa intervenção aplicada a um grupo heterogênio por
Mason P; e col. uma série de razoes. Daí seus impactos resultarem em
1 rehousing to new dwellings. psicossocial decorrentes da entrevistas realizadas pouco
casa. antes da mudança e dois anos diferentes aspectos da mudança residencial para

80
depois. determinados tipos de família.
Melhorar a eficiência energética da habitação conduz a
Encontrar formas rentáveis para melhorias na saúde. Estudos multidisciplinares de
2 Howden-
Improving health and energy melhorar as características de Ensaios randomizados sobre intervenções habitacionais podem criar provas
0 Chapman P;
efficiency through community- casas antigas, mal equipadas para isolamento retromontagem e convincentes para apoiar as políticas de empreendimentos
1 Crane J; o clima da Nova Zelândia, a fim de
based housing interventions. aquecimento mais eficaz. sustentáveis que melhorem a saúde.
1 Chapman R. melhorar a saúde dos ocupantes.

Meta-síntese qualitativa de quatro


estudos qualitativos Os resultados podem ser uteis na construção e
Aumentar a compreensão sobre
complementares, focando implementação de diretrizes para abordagens mais
2 Haak M; The importance of successful o multifacetado fenômeno de
pessoas idosas que moram holísticas na provisão de moradias para idosos. Alem disto
0 Malmgren Fänge place integration for perceived casa e saúde, explorando os
sozinhas e suas experiências o estudo fornece compreensão mais profunda sobre como
1 A; Iwarsson S e health in very old age: a processos subjacentes a estas
com a casa com relação à as pessoas muito idosas vivem suas vidas, útil para
1 col. qualitative meta-synthesis. dinâmicas quando se vive em
independência, participação e profissionais, assim como a contribuição para os estudos
casa, em idade muito avançada.
saúde. do contexto envelhecimento e ambientes.

RCT pragmática associada a um


pacote sob medida de melhorias
habitacionais, proporcionando
Este estudo inovador e pragmático, com avaliação
ventilação e temperatura
Avaliar a eficácia da instalação econômica integrada, descobriu que a melhoria adaptada
adequadas, após controlo por um
2 de sistemas de ventilação, da habitacao de crianças com asma moderada a grave
Woodfine L; Neal Enhancing ventilation in homes of oficial de habitação. 192 crianças
0 aquecimento central e, quando aumentaram, significativamente, a qualidade de vida
RD; Bruce N e children with asthma: pragmatic com asma 5-14 anos,
1 necessário, nas casas de relacionada a asma e reduz os problemas físicos.
col. randomised controlled trial. identificados a partir de registros
1 crianças com asma moderada Iniciativas de habitação colaborativos têm potencial para
de clínica geral, foram
ou grave. melhorar a saúde.
randomizados para receber este
pacote, imediatamente ou um
ano após o recrutamento.

O nível de escolaridade, idade, auto-eficácia e vantagens /


desvantagens foram os principais correlatos identificados
Examinar associações de sócio- neste estudo. Se a pesquisa transversal e longitudinal
2 Socio-demographic, psychosocial
Van Dyck D; demográficos, casa-ambientais Estudo transversal realizado em ainda pode confirmar estes resultados, as intervenções
0 and home-environmental
Cardon G; e psicossociais com o tempo de Ghent, na Bélgica, entre Março e personalizadas com foco em ambos os fatores
1 attributes associated with adults'
Deforche B e col. adultos visualização de TV e de Maio de 2010. psicossociais e ambientais em subgrupos específicos da
1 domestic screen time.
lazer uso da Internet. população pode ser mais eficaz para reduzir o tempo de
tela doméstica

81
Determinar se a intervenção
residencial de instalação de
Investigation of different
2 ventilação mecânica e de
approaches to reduce allergens in Estudos de maior escala são necessários para determinar
0 Eick SA; recuperação de calor (MVHR) Avaliação dos resultados de
asthmatic children's homes--the a eficácia de sistemas de MVHR em casas para melhorar
1 Richardson G. proporciona melhores sistemas instalados em 16 casas.
Breath of Fresh Air Project, a qualidade do ar interior e reduzir os sintomas de asma.
1 resultados com redução de
Cornwall, United Kingdom.
sintomas em casas com
alergênicos de ácaro.
2 Levantar se o modo de Pesquisa multicêntrica e
Desinserção social e habitação: a A desinserção reflete a exceção constitutiva do sujeito
0 Generoso GM, apropriação da moradia é interdisciplinar sobre dispositivos
psicanálise na reforma como falta no Outro, a partir do que ele se nomeia e se
1 Guerra AMC. decorrência do estilo da de habitação para portadores de
psiquiátrica brasileira localiza - aspecto-chave para a clínica psicossocial.
2 desinserção do sujeito. transtornos mentais no Brasil.
Um estudo de caso múltiplo
longitudinal, empregando um
As HA envolvem operações complexas, pessoa-
Explorar as experiências de método incorporado misto de
2 ambiente-atividade e, aumentam as atividades e
Pettersson C; Clients' experiences of housing clientes de adaptações de desenho. Quatro participantes
0 independência dos clientes, apesar do declínio funcional.
Löfqvist C; adaptations: a longitudinal mixed- habitações(HA) ao longo de um foram incluídos e os dados de
1 O conhecimento gerado é importante, a fim de melhorar a
Fänge AM. methods study. tempo em relação à moradia e à entrevistas semi- estruturadas
2 HÁ individual, bem como melhorar a eficiência e eficácia
saúde. foram combinados com dados
da intervenção.
das avaliações de pesquisa
estruturados.
Determinar se o aglomerado de
Residential crowding and severe pessoas em casa está A aglomeração residencial foi associada ao aumento de
2
Colosia AD; respiratory syncytial virus disease associado a um aumento de risco de RSV, conforme confirmação laboratorial, em
0 Revisão bibliográfica do PubMed
Masaquel A; Hall among infants and young risco de doença severa crianças pequenas. Esta associação foi consistente,
1 e Embase.
CB e col. children: a systematic literature respiratória por syncytial apesar das diferenças nas definições de aglomeração
2
review vírus(RSV) em crianças residencial, populações, ou localizações geográficas.
menores do que 5 anos.
Foi encontrado um risco 9 vezes maior se a criança possui
Coorte de nascimentos tendo,
Verificar a hereditariedade história paterna e há queima de incenso em casa, além
2 pais e mães, histórico de asma e
Paternal heredity and housing paterna e características da dos danos causados pela água em casa. Esta é a primeira
0 Hsu NY; Wang doenças alérgicas. Questionário
characteristics affect childhood habitação que afetam o evidencia epidemiológica da Ásia Oriental, sugerindo
1 JY; Wu PC e col. sobre condições de moradia e
asthma and allergy morbidity. desenvolvimento da asma e hereditariedade paterna, concorrendo com exposições
2 estado de saúde atual das
morbidade alérgica na infância. internas perigosas, como um risco predominante no
crianças 3-5anos.
desenvolvimento infantil da asma e de alergia.
2 Seasonal dynamics of house dust
Kosik-Bogacka
0 mites in dust samples collected
DI; Kalisinska E;
1 from sleeping places in north-
Henszel L e col.
2 western Poland.

82
Estudo de abordagem qualitativa
que utilizou a estratégia de
2 Idosas residentes em instituições Conhecer o modo como a A (re) construção do cotidiano do idoso no contexto asilar
Bessa MEP, estudo de caso, realizado em
0 de longa permanência: uso dos pessoa idosa institucionalizada é um processo complexo que necessita de esforço do
Silva MJ, Borges uma instituição de longa
1 espaços na construção do organiza seus espaços para idoso. Neste estudo, observou-se que as idosas estão
CL e col. permanência para idosos (ILPI),
2 cotidiano. viver o cotidiano. conseguindo reestruturar suas vidas.
localizada na cidade de
Fortaleza-CE
Se a redução de Radônio relatada de >90% for mantida ao
Verificar a eficiência da longo da vida dos 1,2 milhões de Minesotans que
2
The effectiveness of mitigation for mitigação para redução do risco Medição feita em 140 clientes atualmente residem em habitações unifamiliares com solo
0
Steck DJ. reducing radon risk in single- da presença do Radônio em selecionados aleatoriamente de contaminado cerca de 50 mil vidas podem ser
1
family Minnesota homes. habitações unifamiliares em seis mitigadores profissionais. prorrogadas por quase duas décadas, pela prevenção de
2
Minnesota. cânceres pulmonares relacionados com a presença do
radônio.
Estudantes com asma foram Crianças com asma do centro da cidade foram expostas a
2 Comparar a exposição a
Sheehan WJ; Endotoxin exposure in inner-city recrutados em 12 escolas de altas concentrações de endotoxinas em suas salas de
0 endotoxina por crianças com
Hoffman EB; Fu schools and homes of children ensino fundamental urbano. aula em comparação com seus quartos. Mais estudos são
1 asma em escolas e nas suas
C e col. with asthma. Coletas foram feitas duas vezes necessários para avaliar a exposição a endotoxina nas
2 casas, no centro da cidade.
durante o ano letivo. escolas como fator de morbidade por asma.
Nove indivíduos com doenças
neurodegenerativas e nenhuma
Desde BCIs inclusive requerem a consideração da
Avaliar se o usado speller é experiência BCI usaram dois
interface da sustentabilidade, foram avaliados diferentes
mais sustentável do que um tipos de speller em um ambiente
2 Light on! Real world evaluation of aspectos ergonômicos da interação dos usuários com
Carabalona R; baseado em ícone, para operar de verdadeira casa inteligente. A
0 a P300-based brain-computer deficiência com um personagem speller-(meta: ortografia)
Grossi F; a casa inteligentes em experiência do usuário durante as
1 interface (BCI) for environment e um ícone speller-(meta: operar uma verdadeira casa
Tessadri A; e col. interações com o ambiente e tarefas do BCI foi avaliada em
2 control in a smart home. inteligente). Encontramos a primeira como mais
comunicar humor e gravação simultâneas de sinais
sustentável em termos de precisão e esforço cognitivo.
necessidades. fisiológicos. A usabilidade foi
avaliada para cada tipo de speller
imediatamente após o uso.
Foram selecionadas três
Investigar se os métodos unidades de análises; a área
The physical environment of derivados da psicologia privada, a área comum aberta e O método empregado foi capaz de descrever e discriminar
2
purpose-built and non-purpose- ambiental podem ser usados a área externa. Foram feitas as qualidades do ambiente físico de instalações do
0 Johansson M;
built supported housing for para estudar as qualidades do avaliações de 110 características alojamento. Sugestões de desenvolvimento de
1 Brunt D.
persons with psychiatric ambiente físico de instalações do ambiente físico e a descrição ferramentas para a avaliação do ambiente físico em
2
disabilities in Sweden. de alojamento com suporte para ambiental semântica da centros de acolhimento são feitas.
pessoas com deficiência. experiência visual dos usuários.

83
Crianças <5 anos de idade
residentes em áreas urbanas de
Auckland, Nova Zelândia foram
avaliadas quanto ao risco de
desenvolvimento de pneumonia,
crianças hospitalizadas com
pneumonia (n = 289), mais
crianças com pneumonia alta do
Ambientes com menor qualidade aumentam o risco de
Departamento de Emergência (n
Identificar fatores de risco para pneumonia e hospitalização por pneumonia na Nova
2 = 139) foram comparados com
Risk factors for community- as crianças em Zelândia. Pior estado nutricional também pode enfatizar o
0 Grant CC; Emery uma amostra aleatória de
acquired pneumonia in pre- desenvolvimento de serem quadro. Melhorar a qualidade da habitação, diminuir a
1 D; Milne T e col. crianças sem pneumonia (n =
school-aged children. hospitalizadas com pneumonia exposição à fumaça de cigarro e nutrição na primeira
2 351). Para avaliar o risco de
adquirida na comunidade. infância podem reduzir o quadro de pneumonia na Nova
hospitalização, as crianças
Zelândia.
internadas com pneumonia foram
comparados com as crianças
egressas do Departamento de
Emergência. Odds ratio (OR)
com intervalo de confiança de
95% (IC) foram utilizados para
estimar o risco de pneumonia e
hospitalização por pneumonia.
Foram coletados 526 de duas
semanas, emparelhado interior-
exterior PM (2,5) amostras de
filtro de um subconjunto de casas
de estudo. PM (2.5) A
composição elementar foi medida
Desenvolver modelos de por fluorescência de raios X, e F Foram desenvolvidos modelos intuitivos que podem prever
2 Modeling the residential infiltration
previsão de F(inf) para mais de (inf) foi calculada como a razão F(inf), utilizando variáveis facilmente obtidas. Utilizando
0 Allen RW; Adar of outdoor PM(2.5) in the Multi-
6000 casas em estudo Multi- entre interior / exterior de enxofre. estes modelos, MESA ar será o primeiro grande estudo
1 SD; Avol E e col. Ethnic Study of Atherosclerosis
étnico da Arteriosclerose e Houve regressão F (inf) em epidemiológico que incorpora a variação em F(inf)
2 and Air Pollution (MESA Air).
poluição do ar. variáveis meteorológicas e residencial com a avaliação de exposição.
questionários-base em previsao
de modelos periódicos
específicos. Os modelos foram
avaliados utilizando o R ² e erro
médio quadrático (RMSE) de um
a 10 vezes validação cruzada.

84
Explorar a relação entre
recuperação de pessoas que
A recuperação pode ser entendida como uma variedade
2 receberam serviços
de interação ecológica de processos que ocorrem no
0 comunitários de saúde mental e Estrutura de coleta e análise
contexto social, econômico e ambiente físico. Estas
1 os lugares em que vivem, para qualitativa de dados.
conclusões oferecem novos caminhos no pensamento dos
2 gerar conhecimento sobre
serviços orientados de recuperação.
aspectos da localidade e seu
impacto na recuperação.
Foram estimadas relações dose-
resposta para os moradores que
vivem em cada um dos cinco
tipos comuns de habitações sul- Em um cenário de proteção máxima, onde todos viveriam
africanas, combinando com em casas característica dos ricos, a mortalidade
Explorar como a habitação modelos limiar-linear de modelos relacionada com a temperatura pode ser reduzida em
2
The impact of housing type on modifica a relação temperatura- para a Cidade do Cabo com mais de 50% (cerca de 5.000 mortes por ano) nas duas
0 Scovronick N;
temperature-related mortality in mortalidade nas províncias dados simultâneos sobre a províncias combinadas. Estes resultados têm relevância
1 Armstrong B
South Africa, 1996-2015. orientais e ocidentais do Cabo, composição habitacional do para a política habitacional atual, mas também reforçam a
2
na África do Sul. município. Juntaram-se importância do ambiente construído em atenuar os efeitos
estimativas de especialistas de adversos da mudança do clima no futuro.
como diferentes tipos de
habitação protegem contra calor
e frio.

Avaliações durante um ano em


Avaliar a prevalência de
intervalos de duas semanas
alergias por fungos em crianças
2 usando Volumetria Andersen e As crianças em Deli são expostas a altas concentrações
Sharma R; Gaur Association between indoor fungi em Deli e, estudar a associação
0 Desvio Bukard de amostras. O de fungos no ambiente interior e que as alergias
SN; Singh VP e in Delhi homes and sensitization entre contagem de mofo nas
1 total de fungos IgE foi medido por respiratórias foram conectadas com maior prevalência de
col. in children with respiratory allergy. casas das crianças e sua
2 ELISA em soros de pacientes sensibilização da pele.
sensibilização aos respectivos
positivos aos extratos fúngicos.
extratos de fungos.
Entre 17 de outubro de 2004 e 30
de setembro de 2005, crianças A existência de pelo menos duas janelas no quarto de
Cooking fuel type, household
2 Murray EL; Avaliar a associação entre o <5 anos que vivem em um bairro dormir da criança foi associado a uma redução de 25% no
ventilation, and the risk of acute
0 Brondi L; combustível para cozinhar, a de baixa renda em Dhaka, risco e ALRI. Aumentar a ventilação natural disponível
lower respiratory illness(ALRI) in
1 Kleinbaum D e ventilação natural da residência Bangladesh, foram avaliadas dentro de casa em contextos similares tem o potencial
urban Bangladeshi children: a
2 col. e ALRI semanalmente para ALRI. para reduzir a mortalidade infantil por causa de doenças
longitudinal study.
Exames trimestrais para uso de respiratórias agudas.
biomassa combustível e

85
características de ventilação da
casa.

Investigar os níveis interiores e Amostra da poeira da casa de A presença de animais e atividades agrícolas foram
2 Moniruzzaman Levels of endotoxin in 390 determinantes de endotoxinas e 390 casas de 198 crianças de significativamente associados com os níveis mais
0 S; Hägerhed Swedish homes: determinants seu impacto sobre a asma e casos com asma e alergia e 202 elevados de endotoxinas concentradas na poeira interior.
1 Engman L; and the risk for respiratory doenças alérgicas entre crianças saudáveis foram No entanto, houve uma associação entre endotoxinas no
2 James P e col. symptoms in children. crianças pré-escolares na coletadas pelo estudo Dampness ambiente interno e a presença de sintomas da doença no
Suécia. Building and Health(DBH). subgrupo de famílias sem animais de estimação.
Foram estimadas 4 medições de
situação socioeconômica: classe
social, escolaridade materna,
ausência de um dos pais e
Nesta coorte britânica contemporânea, indicadores
posse. Para qualidade da
Does the home environment Explorar se o ambiente interno aproximados do ambiente doméstico não mostrou
2 habitação os indicadores foram:
influence inequalities in é um potencial mediador entre relações entre desigualdades socioeconômicas e
0 Pearce A; Li L; tipo de edificação, acesso ao
unintentional injury in early circunstâncias ferimentos. Pesquisas que explorem formas alternativas
1 Abbas J e col. jardim, ambientes por habitante,
childhood? Findings from the UK socioeconômicas e lesões não de auxilio as desigualdades nas lesões podem contribuir
2 aquecimento central e presença
Millennium Cohort Study intencionais, no Reino Unido. para o projeto e adaptação de políticas de redução das
de umidade. Para a segurança os
mesmas.
indicadores foram:uso de fire-
guards, portas de proteção, taps
para tomadas elétricas e alarmes
de fumaça.
152 mulheres em pré-natal
Avaliar a tiragem e mitigação tiveram suas casas
dos riscos de contaminação de inspecionadas por equipe
Tiragem e tratamento de casas de mulheres grávidas são
2 Childhood lead poisoning chumbo em casas com pré- especializada. Os riscos
Berg DR; eficazes para reduzir o nível de chumbo no sangue e o
0 prevention through prenatal natal em uma população de alto identificados foram corrigidos. Os
Eckstein ET; numero de crianças que excedam o nível federal de
1 housing inspection and risco, levantando a hipótese de níveis de chumbo no sangue de
Steiner MS e col. preocupação de envenenamento por chumbo em uma
2 remediation in St. Louis, MO. que o nível de chumbo no crianças de mulheres
população de alto risco.
sangue da média e do numero participantes foram comparados
de intoxicações cairia em 25%. com os controles
correspondentes.
Documentar opiniões de
Perceptions of tap water Aqueles que procuram usar engenharia baseada em
2 parentes e moradores idosos
Durand MA; temperatures, scald risk and Análise de 20 entrevistas em prevenção de queimaduras em habitação social devem
0 em habitação social no centro
Green J; prevention among parents and profundidade com 11 parentes e enfatizar os potenciais impactos ambientais e financeiros
1 de Londres sobre a temperatura
Edwards Pe col. older people in social housing: a 10 idosos com 65 anos ou mais. na redução da temperatura da água, além de promover
2 da água da torneira, o risco de
qualitative study. benefícios de seguranças para os usuários vulneráveis.
queimaduras percebidas e

86
estratégias de prevenção das
mesmas.

O estudo demonstrou que, para as pessoas que vivem em


áreas carentes, a qualidade e a estética de habitação e
Estudo transversal de 3911
os bairros estão associados com o bem-estar mental, mas
residentes em 15 áreas carentes
Exploring the relationships Examinar a relação entre o também são os sentimentos de status, respeito e
2 em Glasgow, na Escócia. O bem-
Bond L; Kearns between housing, bem estar mental positive de progresso que podem ser derivados de como os lugares
0 estar mental positivo foi medido
A; Mason P e neighbourhoods and mental moradores que vivem em áreas são criados, atendidos e conhecidos pelos que lá vivem. A
1 usando a Warwick-Edinburgh
col. wellbeing for residents of deprived carentes e suas percepções de implicação para atividades de melhorias desenvolvidos
2 Mental Wellbeing Scale(Escala
areas. sua moradia e bairros. nas habitações e nos bairros devem ter não só o
de bem-estar mental Warwick-
fornecimento do invólucro , que é importante para o bem
Edinburgh).
estar mental , mas também a qualidade e o tipo de
entrega.
Coletas a cada hora de
temperaturas interior e exterior
A exposição ao calor interior, em Detroit, excedeu a faixa
em 30 casas distintas, a
Explorar a relação entre as de conforto entre os ocupantes idosos e, pode ser
temperatura de orvalho e dados
2 temperaturas exteriores e previsto, pelas temperaturas exteriores, características
White-Newsome Climate change and health: indoor de radiação solar durante o verão
0 interiores em casas ocupadas para o parque habitacional e ambientes para melhorar a
JL; Sánchez BN; heat exposure in vulnerable de 2009, em Detroit, MI. Em
1 por idosos e determinar outros exposição ao calor e, para investigações epidemiológicas.
Jolliet O e col. populations. conjunto foi usada a regressão
2 indicadores de temperatura Climatização de casas e modificação de ambientes
linear para moderar a resposta de
interior. domésticos poderiam mitigar a exposição de calor interno
temperaturas interiores para as
entre os idosos.
características da habitação,
clima e meio ambiente.
Demonstrar uma metodologia
2 Síntese dos dados de incidência
Logue JM; Price A method to estimate the chronic para quantificar e comparar os Podem ser usados para avaliar as iniciativas regionais e
0 de doenças por poluentes aéreos
PN; Sherman health impact of air pollutants in impactos na saúde dos nacionais que afetam a qualidade do ar interno da
1 e modelos disponíveis pra
MH e col. U.S. residences. poluentes do ar em ambientes população.
2 combinações de dados.
internos.
A exposição a Fel d1 em uma casa com gato é muito
maior do que os níveis necessários para induzir uma
Discutir os progressos recentes
2 resposta(IgE) alérgica. De acordo com isso, as crianças
Kelly LA; Erwin na compreensão do papel do
0 The indoor air and asthma: the podem desenvolver tolerância, que pode ser de longa
EA; Platts-Mills ambiente interior na asma,
1 role of cat allergens. duração. Além disso, há evidencias crescentes de que os
TA. enfocando o papel especial de
2 anticorpos IgE contra um alergênico inalante, como Fel d1,
alérgicos de gato.
ácaros do pó ou baratas, são causas relacionadas com a
inflamação pulmonar e asma.

87
5. DISCUSSÃO

Os trabalhos encontrados indicam um vasto campo em exploração deixando,


porém, muito ainda a ser abordado.
Rever a literatura científica acerca de como a arquitetura pode influenciar a
saúde do morador por sua percepção de ambiência apresentou informações
importantes e, um quadro fragmentário diante da vastidão do campo de pesquisa.
Não se pode assustar com isto, considerando a integralidade do homem ao abordar
a saúde como um complexo envolvendo as diversas dimensões citadas por Neves.
Dentre os trabalhos de monografia (1), dissertações (3) e teses (2) destacam-
se uma dissertação e uma tese. Uma (dissertação) fala da construção de conjunto
habitacional popular, em cidade do interior de Minas Gerais, questionando a adoção
de medidas inferiores às mínimas recomendadas e o desrespeito às características
socioculturais da população em nome de um padrão governamental. A outra (tese)
sugere a existência de um “conforto pleno”, expressão utilizada para amparar a
associação de todos os confortos/percepções que a arquitetura possui potencial
para proporcionar. Os demais trabalhos não deixaram de apresentar as relações
entre percepção de ambiência da moradia e seu efeito na saúde do morador, porém
focaram-se, explicitamente, no aspecto da saúde física.
Os cento e quarenta e quatro artigos científicos encontrados puderam ser
categorizados em assuntos conforme o quadro 5. As categorias listadas foram
apenas uma sistematização para melhor análise do quadro de publicações podendo,
um mesmo artigo constar em mais de uma categoria.
Chamaram a atenção a quantidade de trabalhos relacionados com a presença
de mofo, bolor e endotoxinas no ambiente residencial e o quadro de alergias e
asmas apresentado pelos moradores, com uma maioria, próxima do total tendo
como vítimas às crianças. No processo neurocognitivo, característico da percepção
é possível compreender o quadro em um aparelho em constituição. Importante
ressaltar a relevância deste quadro para o aprendizado neurocognitivo destes
moradores e o esforço maior necessário que haverá de se fazer para capacitar seus
organismos a processar positivamente essas presenças indesejadas pelo corpo.

88
Quadro 5. Enumeração do temas e quantidade de artigos científicos encontrados por
assunto dos artigos científicos encontrados.
Nº Assunto Quantidade
01 Alergias ou asma e ambiente. 37
02 Moradia para idosos. 16
03 Habitação e Poluição do ar. 13
04 Habitação, conforto térmico e reflexo na saúde. 10
05 Mudança forçada de moradia como fator de estresse. 07
Compostos orgânicos em ambientes domésticos e seu efeito na saúde de
06 06
crianças.
07 Casas Inteligentes (Smart Houses). 06
08 Saúde Mental e Habitação. 05
09 Leucemia infantil e o uso de pesticidas em casa. 04
10 Casa e saúde. 02
11 Moradia para portadores de transtornos mentais. 02
12 Habitação Saudável. 02
13 Adaptações residenciais. 02
14 Moradia para Incapacitados. 02
15 Campos eletrostáticos na habitação e sua potencial agressão à saúde. 02
16 Healthy Homes 02
17 Síndrome do edifício doente. 02
18 Ruído percebido e saúde mental. 02
19 Percepção de Identidade pela habitação. 01
20 Percepção de existência pela habitação. 01
21 Habitação e Infância. 01
22 Sintaxe do Espaço e relação de percurso. 01
23 Habitação acadêmica e sua relação com saúde. 01
24 Habitação, vizinhança e sociabilização. 01
25 Segurança e Habitação. 01
26 Lazer e bem estar na cidade. 01
27 Relações entre iluminação natural, depressão e quedas. 01
28 Casa, adensamento populacional e saúde dos moradores. 01
29 Habitação e Radônio. 01
30 Habitação e Lesões. 01

89
Outra categoria que merece comentário é a de moradia para idosos. Apesar
do quantitativo menor que a metade da categoria relacionada às alergias e asma,
este item merece destaque pela diversidade de abordagens que observam as
relações de ambiência de idosos nas quatro dimensões de saúde sugeridas por
Neves. Dentre os 16 trabalhos encontrados, relações como: 1) Afetividade, moradia,
memória, saúde e adequação de habitação; 2) adaptação de espaços para redução
de quedas; 3) mudança e ou permanência na habitação em determinada idade e o
seu impacto na saúde; 4) projeto de intervenção no espaço doméstico, sem imagem
estigmatizante, respeitando passado, presente e prevendo o futuro; 5) relações entre
saúde e casa de idosos que moram sozinhos, 6) conforto térmico e risco de
queimaduras em idosos.
Todos os resultados apresentaram relevância para as relações indagadas
neste trabalho. Dentre o volume encontrado, o tema “idoso” e suas relações com a
habitação e a saúde têm sido explorados, apresentando um direcionamento de
linhas de pesquisas que podem ser desenvolvidas para todas as idades.
O tema seguinte mais abordado foi acerca da contaminação do ar e seus
efeitos nos ambientes domésticos. Apesar da abordagem física da saúde
(alterações em exames sanguíneos, potencial de alergias e asmas), nesses
trabalhos, o contexto cultural e social da produção e uso da habitação
apresentaram-se como fatores determinantes nos índices de baixo padrão do ar e
seus reflexos na saúde dos moradores. Esta questão conecta-se com a idéia de que
as dimensões da saúde se comportam de forma relacionada e intrincada. Neste
contexto, vale questionar como se dariam os processos de transformações
sugeridos e propostos para não invadirem os fatores culturais em absoluto
detrimento da saúde física. Mudanças de modus operandi instituídos há gerações,
sem avaliar também este impacto na saúde cultural podem afetar outros aspectos de
saúde se não houver uma abordagem cuidadosa.
Diante das ondas de calor europeias e o quadro de mortalidade,
especialmente de idosos, a temática do conforto térmico ganhou, o que se pode
chamar de 4º lugar em números de trabalhos sobre esta abordagem. Esta é uma
linha de trabalho interessante diante das variações climáticas em andamento, e
diante do quadro de soluções paliativas que ao tempo em que equilibram as
temperaturas de ambientes internos, reforçam a negatividade do ambiente externo,

90
especialmente, no que se refere ao calor jogado para fora dos cômodos
climatizados.
As demais categorias apresentadas podem ser enriquecidas com ênfases
em linhas de pesquisa. Os estudos apresentados são suficientes para afirmar,
positivamente a indagação desta pesquisa, de que a arquitetura é capaz de
influenciar pela percepção de ambiência a saúde dos moradores em suas
habitações. Sugerem, porém que esse campo de estudo, apesar de já ser explorado
ainda é potencialmente focado na patogênese. Salienta-se, ainda que este é um
campo de pesquisas bastante fértil, especialmente havendo uma abordagem focada
nos princípios propostos pela salutogênese. Uma nova quantificação, baseada em
que áreas da saúde estão às abordagens, apresenta-se no quadro 6.

Quadro 6 aspectos da saúde e número de artigos científicos encontrados por tema


Aspecto da saúde abordado Quantidade de
categorias
Saúde física 17
Saúde mental 06
Saúde social e saúde cultural 03
Saúde cultural 01
Saúde física + saúde mental + saúde social + saúde cultural 01
Saúde social + saúde cultural + saúde mental 01
Saúde física e saúde mental 01

Assim, novas pesquisas baseadas na salutogênese para observar as


relações entre percepção, ambiência e moradia deverão surgir. Um campo em
desenvolvimento e, que abriga um olhar para esta direção é o das “Casas
Inteligentes” que se utiliza de automações residenciais à partir dos comandos de
usuários incapacitados fisicamente. Esta iniciativa aumenta a independência
funcional dos usuários, estimulando seu potencial funcional remanescente e, sugere
maior sustentabilidade e bem estar de todos os habitantes da moradia.
Como exposto nos trabalhos analisados e na construção teórica contextual
há uma grande linha geral de pesquisa, recheada de sublinhas a serem exploradas
não só cientificamente, mas também na atuação do arquiteto sob a abordagem da
saúde. Relações entre lugar e espiritualidade; moradia e saúde biopsicológica;
91
moradia associada a aromaterapia da casa; ligações entre o lugar e o afeto;
memórias positivas, fundamentando criação de ambiente mentalmente seguro; com
intervenções em moradias e avaliação pós uso do potencial de melhoria de saúde ali
obtido. Sendo assim, poderia haver contribuição ampliando o campo com
direcionamento focado em salutogênese, pertinente com a especialização cursada
em Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos, do qual este trabalho é parte.
Portanto, olhar e fazer arquitetura resgata e reforça a sua essência
fenomenológica, tão suprimida em empreendimentos de projetos para habitação.
Buscar e investigar os recursos, para que independente da condição, ou física, ou
mental, ou social, ou cultural do homem, como usuário seja capaz de se relacionar
com sua moradia reconhecendo nela o significado de possuir o seu “espírito de
lugar”. E, como afirmou Norberg-Schulz esteja em paz num lugar confiável, íntimo
que consista em sua base de apoio existencial, manifestada em uma construção
concreta chamada casa.
A experiência da autora deste trabalho como arquiteta e urbanista, atuando
em projetos residências e empreendimentos imobiliários, bem como professora
universitária pode afirmar que o campo de pesquisa que costura duas áreas voltadas
para o bem-estar da população, em suas diversas nuances, é passível de
investigação através de estudos científicos.
Fica como proposta a aplicabilidade em estudo clínico e de campo com
mensurações qualitativas e quantitativas da união entre a arquitetura e saúde
fundamentada na salutogênese.

92
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos últimos 3 anos, foi encontrado um número considerável de


trabalhos acerca da influência da arquitetura na saúde do usuário pela sua
percepção de ambiência de sua moradia.
A consideração geral é que os trabalhos encontrados fundamentaram-se,
potencialmente em quadros patológicos gerados pelo ambiente construído de
moradias e as relações dificultadas pelo ambiente domiciliar ou quadros patológicos.
Com uma mudança de paradigma, este campo de pesquisa se expande
exponencialmente. Uma nova abordagem das relações, confirmadas entre a saúde e
a habitação, mas fundamentada em parâmetros como o citado de que promoção de
saúde e bem estar, se dá pela capacitação de indivíduos, grupos ou sociedades
para aumentar o controle e melhorar “suas saúdes”, e que o caminho recomendado
percorre a criação de ambientes e sociedade caracterizadas por estruturas claras e
ambiente onde as pessoas sejam capazes de identificar seus recursos internos e
externos e, que sejam suporte para realização de aspirações, satisfazer
necessidades, para perceber significados e modificar ou lidar com o ambiente de
maneira a promover saúde; faz-se necessária.
Por fim, através de pesquisa é que dar-se-á um passo importante no olhar
35
da comunidade científica para a integração entre o “Eu, meu corpo, minha casa ”,
potencializando a efetivação de mais ações positivas na área da saúde, em especial
nos cuidados integrativos: interface entre saúde e educação.

35
Frase costumeiramente dita aos clientes desta autora.
93
7. REFERÊNCIAS

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 Eriksson, Lindström, Journal of Epidemiology and Community Health
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98
ANEXO 1 – Experiência Empírica da Autora do Estudo

(Silvia Maria de Góes Carvalho) – Graduada em Arquitetura e Urbanismo no


ano 2000 pela Universidade Federal do Piauí, pela mesma instituição teve
título de especialista em Ciências Ambientais em 2002. Dando continuidade à
sua formação obteve titulo de especialista em História da Arte e da
Arquitetura(2003) e também em Design Estratégico(2005), pelo Instituto
Camillo Filho, tempo em que teve oportunidade de trabalhar com
comunidades de artesãos e ampliar o olhar de arquiteta. No ano de 2006,
mudou para São Paulo, a fim de cursar Mestrado em Arquitetura e Urbanismo
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, concluído em 2008. Ministrou
aulas para os cursos de Arquitetura e Urbanismo e também para curso de
Publicidade e Propaganda, período em que enfatizou a atenção para o campo
das percepções e sua reverberação no percebedor. Paralelamente, à
atividade docente sempre atendeu clientes residenciais em escritório próprio.
Desde o início de 2012 que leciona na FIAMFAAM-FMU para os cursos de
Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores e Design.

Jornada no Curso de Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos

O curso de Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos é um divisor de


águas. Palavras que podem expressar isto “a descoberta da capacitação de
reconexão comigo mesma, a qualquer tempo, hora ou lugar”. Isto tem se
refletido nos âmbitos pessoal, saúde e profissional. Minha Eterna Gratidão à
esse Campo!

99
Abstract

CARVALHO, S.M.G. INFLUENCE OF ARCHITECTURE ON THE HEALTH


OF THE USER PERCEPTION OF THE AMBIANCE OF YOUR HOME, Monograph
presented at the Federal University of São Paulo – Dean of Extension , to obtain the
title of Specialist in Theories and Techniques for Integrative Care.

In addition to shelter, housing, building inhabited architecture, is host and


support live favoring balance and harmony or imbalance and wear. It's about these
interactions between residents, their housing, their perceptions, peculiar way of
welcoming the world, manifested in their health that this paper addresses.
OBJECTIVE: To review the national and international literature on the influence of
architecture on the health of the local (user) by the perceived ambience of their
homes (housing). METHODS: Literature review of descriptive and analytical. We
consulted the Bank of CAPES thesis, USP Theses Database, Digital Library of
Theses and Dissertations of Mackenzie and Google Scholar, the databases
MEDLINE, LILACS, SciELO and PubMed to identify scientific articles and
monographs, dissertations and theses indexed and published between and including
January 2009 and June 2012. RESULTS: We found 1 monograph, 3 Dissertations
and 2 Theses and, 144 scientific articles covering over thirty relationships within the
objective of this work. Distinguished by repetition of articles talking about user
interfaces, allergies and ventilation of dwellings and residential projects that meet the
diverse needs of the elderly. CONCLUSIONS: The studies found were based on
pathological potentially generated by the built environment of homes and
relationships hampered by the home environment or pathological. A new approach to
relations, based on Salutogenic sets up a search field to explore expanding the look
of the scientific community with a paradigm shift.

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