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10/10/2014

Mecânica dos Sólidos I

Tipos de Carregamento e
Esforços Internos em Vigas
Prof. Marcos Honorato
Mecânica dos Sólidos I – Aula 12 Prof. Marcos Honorato

Mecânica dos Sólidos I

1- Introdução
• Sabe‐se que na antiguidade não havia o cálculo ou o projeto estrutural. A evolução
acontecia de uma obra para outra na base da tentativa e do erro. Muitas vezes uma obra que
demorara até centenas de anos p para chegar
g até um determinado estágio g de construção,
ç não
suportava os carregamentos impostos até mesmo pelo próprio peso da estrutura e desabava.
Então, não restava nada a fazer senão aprender com o erro ocorrido e recomeçar a construção.

• Um fator que colaborou com a evolução de uma obra do ponto de vista estrutural, foi a
observação das forças da natureza. Esta observação permitiu que os elementos estruturais
tivessem dimensões cada vez menores e também permitiu que os vãos se tornassem cada vez
maiores.

• Com o surgimento da Revolução Industrial, foram surgindo novas técnicas e novos materiais.
Com estas técnicas e materiais, alguns modelos teóricos, ou seja, explicações, para as forças
da natureza foram descobertos. Baseados nestes modelos teóricos surgiram então os
projetos mostrando que uma obra poderia ser construída sem a necessidade de
experimentos com obras anteriores (acabou o processo de tentativa e erro).

• O primeiro fator a ser considerado quando da execução do projeto estrutural de uma obra
são os carregamentos nela atuantes.

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2- Tipos de Carregamento

• CARREGAMENTO qualquer influência do ambiente externo que cause


forças ou deformações em uma estrutura ou sistema estrutural.

• Trataremos na disciplina de Mecânica dos Sólidos 1 de apenas quatro tipos de


carregamento:
– Carregamento concentrado;
– Carregamento distribuído por metro (linear);
– Carregamento distribuído por metro quadrado (superfície);
– Momentos
M t gerados
d ded forças.
f

Outros tipos de “carregamentos” que não serão tratados aqui: Variação de


temperatura, recalque diferencial de apoio, carregamentos móveis,
carregamentos dinâmicos, Frenagem, etc...

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3- Carregamentos Concentrados

• Carregamento Concentrado: representa uma força aplicada em um único


ponto da estrutura. Esta ação pode ser representada por uma força porque a
ação que atua na estrutura (viga, laje, pilar, etc.) o faz em uma pequena área
em relação ao elemento.

Uma viga apoiando


sobre outra viga Um bloco apoiado sobre uma laje
Uma ou mais vigas
apoiando sobre um pilar Um pilar apoiando
sobre um bloco de
fundação

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4- Carregamentos Distribuídos / metro


• Carga Distribuída por metro (linear): representa uma força distribuída sobre uma linha
da estrutura. Esta ação não pode ser representada apenas por uma força concentrada
porque a ação atua ao longo de uma direção sobre o elemento (viga, laje, pilar, etc.).

• Analogia: uma parede de alvenaria construída sobre um radier, ou sobre uma laje, ou
ainda sobre uma viga.

Parede com tijolos em ½


vez

O peso de uma parede


distribuído sobre uma O peso de uma parede
laje distribuído sobre uma
viga Parede com tijolos em 1
Unidades: kN/m, tf/m, kgf/m
vez
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5- Carregamentos Distribuídos / metro²


• Carga Distribuída por metro quadrado (superfície):
Representa uma força distribuída sobre área substancial da estrutura. Esta ação não pode ser representada apenas
por dentro de uma área representativa da área total do elemento (basicamente das lajes ou placas).

Unidade:
kN/m2,kgf/m2,tf/m2
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5- Carregamentos Distribuídos / metro²


• Portanto, um carregamento distribuído por metro
quadrado é a representação de uma ação sobre uma
área.
Unidade: kN/m2,kgf/m2,tf/m2
• Exemplos nas estruturas:
– Peso de pessoas sobre uma laje:

1 homem: Uma multidão:

Curiosidade:
O valor usado para a ocupação de
multidão é: 500 kgf / m2

Peso Médio O que vale dizer 5 pessoas de 100 kgf


75 kgf ocupando um espaço de de 1m2.

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5- Exemplos de Carregamentos Atuantes nas Estruturas


• Carregamentos que ocorrem durante a construção:
– Peso das Máquinas, Equipamentos, Operários etc;

• Carregamentos que sempre vão atuar na estrutura:


– Peso próprio dos elementos estruturais (pilares, fundação, vigas, lajes);
– Pesos das alvenarias, revestimentos, pisos, telhado, etc

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5- Exemplos de Carregamentos Atuantes nas Estruturas


• Carregamentos que ocorrem ocasionalmente:
– Sobrecargas naturais (ventos, terremotos, nevascas, chuvas, etc.);

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5- Exemplos de Carregamentos Atuantes nas Estruturas


Carregamentos com pequena chance de ocorrer:
– Explosões; Impacto Mecânicos; etc

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6- Carga Momento
• Exemplo: No cálculo estrutural, um balanço da estrutura sujeito a uma carga qualquer pode ser retirado, desde
que aplique na extremidade o momento e força causados por esse balanço.

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6- Esforços Internos Desenvolvidos em Vigas


O projeto de qualquer elemento estrutural requer uma investigação dos carregamentos que atuam sobre ele
e também um estudo das forças internas geradas na estrutura pelo carregamento, para garantir que o
material utilizado possa resistir a estes esforços.

Estes esforços internos podem ser determinados pelo método das seções.

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6- Esforços Internos Desenvolvidos em Vigas

Força Cortante

Força Normal

Momento Fletor
Em mecânica, os componentes da Força N, atuando normal á seção transversal da viga na região do corte, e V,
que atua tangente a essa região, são denominados força normal e força de cisalhamento (ou força
cortante), respectivamente. O momento M é denominado momento fletor.
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6- Esforços Internos Desenvolvidos em Vigas


Em três dimensões, atuarão nessa seção uma força interna genérica e um momento
resultante. Os componentes x, y e z dessas cargas, são apresentados na figura abaixo.

Componentes do
Momento Fletor

Força Normal

Momento Torsor

Componentes da Força Cortante

o
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6- Esforços Internos Desenvolvidos em Vigas


Convenção de sinais para a aplicação algébrica dos esforços internos
gerados em uma viga.

Força normal gerando esforço de tração – Positivo (+)

Força normal gerando esforço de compressão – Negativo (-)

Binário no Sentido Horário – Positivo (+)

Momento fletor gerando tração nas


fibras inferiores - Positivo (+)

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7- Equações de Esforços Solicitantes


Vigas são elementos estruturais projetados para suportar carregamentos aplicados
perpendicularmente a seus eixos. Em geral, são barras retilíneas e longas, com área
de seção transversal constante.
constante

O Projeto real de uma viga requer um conhecimento detalhado da variação dos


esforços internos (N,V e M) que atuam em cada ponto ao longo do eixo da viga.

Uma vez realizada a análise dos esforços internos, pode-se então usar a teoria da
resistência dos materiais e normas adequadas de projeto de engenharia para
determinar a área da seção transversal da viga.

As variações de N,V e M, são funções


das posições de x ao longo do eixo da
viga e podem ser obtidas utilizando-se o
método das seções, apresentado na
aula anterior.

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7- Equações de Esforços Solicitantes


De modo geral , as funções de cisalhamento e de momento fletor são descontínuas ou as
suas inclinações são descontínuas em pontos onde ocorrem mudanças nas cargas
distribuídas ou onde forças ou momentos concentrados são aplicados .

Por causa disso, essas funções devem ser determinadas para cada segmento da viga,
localizado entre quaisquer descontinuidades de carregamento. Por exemplo, as seções
localizadas em x1 , x2 , x3 deverão ser usadas para descrever as variações de V e M ao
longo de todo o comprimento da viga. Essas funções serão válidas somente nas regioes
de O até a para x1 , de a até b para x2 e de b até L para x3 .

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8- Relação entre Carregamento Distribuído, Esforço Cortante e Momento Fletor.

Dividindo Δx e tomando o limite para Δx →0 , essas duas


equações tornam‐se :

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dM
0 p
Implica p
no ponto onde ocorre o momento fletor máximo
dx

Obs: O momento fletor máximo ocorre no ponto onde a força


cortante é nula !!!

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9- Exercícios de Aplicação
1‐ Apresente as equações dos esforços solicitantes de cada trecho da viga abaixo e esboce os
diagramas de esforço cortante e momento fletor:

2‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

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9 - Exercícios de Aplicação

3 ‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

4 ‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

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9 - Exercícios de Aplicação
5 ‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

6 ‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

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9- Exercícios de Aplicação
7 ‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

8 ‐ Trace os diagramas de esforços solicitantes para a viga abaixo :

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