Professional Documents
Culture Documents
Aula -1
1
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
2
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
O conhecimento do tamanho e da distribuição do tamanho de partícula é um pré-requisito fundamental para
muitas operações de produção e processamento envolvendo sistemas de materiais particulados.
A determinação de valores exatos de tamanho de partícula é importante, mas de difícil medida. Como cada
técnica de análise é baseada em princípios físicos diferentes, os resultados obtidos por estas análises podem
também ser diferentes. Além disso, os fabricantes de equipamentos de análise usam projetos de construção
distintos, o que também pode acarretar em resultados diferentes mesmo entre equipamentos que utilizam o
mesmo princípio físico básico.
valor de uma esfera equivalente. Dependendo do que é medido (maior ou menor comprimento, volume,
massa, área projetada, velocidade de sedimentação, etc.) o diâmetro desta esfera equivalente apresenta
valores diferentes
3
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
DIÂMETROS EQUIVALENTES
Para partículas que possuem uma forma geométrica canônica como esfera, cilindro ou cubo, a determinação
do tamanho das mesmas se dá (convencionalmente) pela medida do seu raio ou diâmetro, do diâmetro da
base e altura e do comprimento da aresta, respectivamente. Nas plantas de beneficiamento de minérios, as
partículas na grande maioria das vezes possuem forma irregular, daí o uso do conceito de tamanho
equivalente, que é determinado pela medida de uma propriedade dependente do tamanho da partícula,
relacionando-a com uma dimensão linear.
Diâmetro Definição
5
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
1- Dimensão característica
Vamos apresentar neste tópico os diâmetros de partículas mais utilizados na literatura:
Notas:
Capítulo I – Caracterização da Partícula
As peneiras são especificadas, pelo mesh, que é o número de aberturas em cada polegada linear,
medida ao longo de um fio (série tyler).
No Perry pg. 19-20 tem uma relação de peneiras que varia de 2 mesh à 400 mesh com os respectivos
diâmetros, em forma de tabela (Série Tyler)
6
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
1- Dimensão característica Professor Claudio Roberto Duarte
d#
Capítulo I – Caracterização da Partícula
7
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
1- Dimensão característica
H 2O ρ (T , P )
m pic + mH 2O ==> mH 2O →VH 2O = Vtotal
ρ (T , P )
(m pic + msólido ) + mH 2O
I H 2O
→ VHI 2O ≠ Vtotal
conhece msólido msólido
Vsólido = Vtotal − VHI 2O → ρ sólido =
Vsólido Picnômetro a hélio
Outros métodos:
- Coulter Counter (equipamento eletrônico de alto valor)
8
mede o volume através de um campo elétrico (variação da condutividade)
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
1- Dimensão característica
vt
9
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
c) Elutriação:
Capítulo I – Caracterização da Partícula
A partícula que fica parada é a que tem a velocidade terminal igual a velocidade do fluido, partículas
maiores que ela são coletadas e as menores são arrastadas pelo fluido.
Ao entrar no 2º recipiente de diâmetro maior que o anterior, a velocidade do fluido diminui e a partícula
que fica parada tem velocidade terminal igual a velocidade do fluido, conseqüentemente as partículas
maiores são coletadas e as menores arrastadas, assim por diante.
Se tivermos como calcular o diâmetro da partícula (veremos mais tarde – isso será possível se conhecermos
a velocidade terminal), teremos uma classificação de partículas semelhante ao peneiramento. 10
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
d) Diâmetro da esfera com a mesma área de projeção da partícula, da
π da2
Ap =
4
Nota: Uma mesma partícula medida por diferentes métodos apresenta diferentes valores de diâmetro
(diâmetro característico) (d#, dp, dst, da)
Capítulo I – Caracterização da Partícula
11
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
Capítulo 2: Análise Granulométrica – Distribuição de tamanhos de uma amostra de partículas
Exemplo2.1: Resultado do peneiramento, sistema tyler, de uma amostra de 243,1 g de areia empregada em
construção civil.
12
Análise Granulométrica
4" **** 1 0 0 ,0 0 9 7 ,0 6 1 0 2 ,9 4
.
3 .1 /2 " **** 9 0 ,0 0 8 7 ,3 4 9 2 ,6 6
.
3" **** 7 5 ,0 0 7 2 ,7 8 7 7 ,2 2
.
2 .1 /2 " **** 6 3 ,0 0 6 1 ,1 3 6 4 ,8 7
.
2" **** 5 0 ,0 0 4 8 ,5 1 5 1 ,4 9
.
1 .3 /4 " **** 4 5 ,0 0 4 3 ,6 5 4 6 ,3 5
.
1 .1 /2 " **** 3 7 ,5 0 3 6 ,3 7 3 8 ,6 3
.
1 .1 /4 " **** 3 1 ,5 0 3 0 ,5 5 3 2 ,4 5
.
1" **** 2 5 ,0 0 2 4 ,2 4 2 5 ,7 6
.
3 ,5 3 ,5 5 ,6 0 5 ,4 2 5 ,7 8
4 4 4 ,7 5 4 ,6 0 4 ,9 0
5 5 4 ,0 0 3 ,8 7 4 ,1 3
6 6 3 ,3 5 3 ,2 4 3 ,4 6
16 14 1 ,1 8 1 ,1 4 1 ,2 2
18 16 1 ,0 0 0 ,9 7 1 ,0 3
20 20 850 821 879
25 24 710 685 735
30 28 600 579 621
80 80 180 1 7 2 ,4 1 8 7 ,6
100 100 150 1 4 3 ,4 1 5 6 ,6
120 115 125 1 1 9 ,2 1 3 0 ,8
140 150 106 1 0 0 ,8 1 1 1 ,2
170 170 90 8 5 ,4 9 4 ,6
200 200 75 7 0 ,9 7 9 ,1
230 250 63 5 9 ,3 6 6 ,7
270 270 53 4 9 ,6 5 6 ,4
325 325 45 4 1 ,9 4 8 ,1
400 400 38 3 5 ,1 4 0 ,9
500 500 25 2 1 ,0 2 8 ,0
Análise Granulométrica
Fração de massa
retida m1/mtotal=(∆
∆x1))
m2/mtotal=(∆
∆x2)
m3/mtotal=(∆
∆x3)
m4/mtotal=(∆
∆x4)
m5/mtotal=(∆
∆x5)
m6/mtotal=(∆
∆x6)
mf/mtotal=(∆
∆x7)
OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
Exemplo2.1
Sistema Tyler Massa Fração em massa retida Abertura da peneira d# X
(mesh) retida (∆x) (mm)
+8 12,6 0,052 2,38 0,948
(1-0,052)
-8+10 38,7 0,159 1,68 0,789
-10+14 50,0 0,206 1,19 0,583
-14+20 63,7 0,262 0,841 0,321
-20+28 32,5 0,134 0,595 0,187
-28+35 17,4 0,072 0,420 0,115
-35+48 11,2 0,046 0,297 0,069
-48+65 7,8 0,032 0,210 0,037
-65+100 3,7 0,015 0,149 0,022
-100+150 2,6 0,011 0,105 0,011
-150+200 1,8 0,007 0,074 0,004
-200 1,1 0,005 - -
243,1 18
X – Fração em massa de partículas com diâmetro menor que D (dimensão característica, no caso d#).