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Estratégias de enfrentamento:

Psicoterapia

Jamir Sardá Jr.


Bsc, Psicólogo, MSc, PhD

CITD
Centro Integrado
de Tratamento da
Aspectos abordados (Por que ir ao psicólogo?)

 Multidimensionalidade da dor crônica

 Evidências da eficácia

 Características da intervenções baseadas no modelo


biopsicossocial e de caráter multidimensional

 Modelos de intervenção
Tratamento de problemas e transtornos psíquicos por meio da Psicologia.

O termo psicoterapia refere-se às intervenções psicológicas que buscam


melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o
funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos etc.)

Como funciona: aprendizagem, mudança de comportamento, espaço p


compartilhar sofrimento.

Estratégias de enfrentamento: esforços de controle do indivíduo direcionados


à redução das qualidades aversivas de uma situação

“processo para lidar com exigências externas ou internas que são avaliadas
como sobrecarregando ou excedendo os recursos da pessoa”.
Características de Intervenções
Psicoterapeuticas Baseadas no Modelo
Biopsicossocial

 Modelo de intervenção multidimensional (Bonica, 1947),


solidificado a partir da década de 70 (o conceito de
clínicas de dor).

 IASP.

 A mais de duas décadas existem evidências da efetividade


de intervenções multidimensionais de orientação
cognitivo/comportamental oferecidas a pacientes com
dores crônicas visando re-estabelecer a capacidade
funcional (Flor et al., 1990; Morley et al., 1999; Nicholas et al., 2005).

 Psicólogo especializado.
Contribuição de fatores psicossociais

 Ansiedade, estresse e depressão participam da transição


de dores agudas para crônicas e na manutenção destas
(Linton, 2000; Pincus et al., 2002).

 Além destes fatores, pensamentos catastróficos,


desesperança, baixa auto-eficácia, estratégias de
enfrentamento passivas, reduzida aceitação da dor e
evitação podem contribuir para a dor, incapacidade física
e desajuste emocional (Keefe et al., 2004; Turk and Okifuji, 2002).

 Ausência de evidências de uma relação entre


personalidade e dor (Gamsa, 1994).

 Presença de aspectos sócio-demográficos.


Redução
de Atividades
Deterioração física

(descondicionamento)

Crenças
e Pensamentos

Dor Crônica Sofrimento


Sentimentos de
Falhas excessivo
desesperança,
nos depresão,
tratamentos irritabilidade

Uso prolongado
de medicamentos
Efeitos colaterais
(constipação, letargia)

Perda de emprego,
dificuldades financeiras
e familiares

Repercussões da dor crônica e problemas associados


(Nicholas, 1996 Adaptada por Sardá, 2007)
Conteúdos abordados no processo psicoterapeutico

 Crenças que colaboram para a incapacidade e sofrimento

 Auto – eficácia, pensamentos catastróficos e aceitação

 Ansiedade, estresse e depressão

 Descondicionamento físico

 Comunicação

 Participação de terceiros

 Uso de medicação

 Retorno ao trabalho.
Modelo de programas de intervenção

 Programa do Hospital Geral de Montreal – McGill


 Grupo multidisciplinar de dor HC
 Programa Adapt e Programa Adapt para Idosos – Pain
Management and Research Centre – RNSH – Sydney
 Programa Cope - Oferecido pelo Hospital Napean – Sydney,
Australia;
 Programa para o manejo de dor crônica – Univali – Itajai
 Programas de reabilitação profissional (Cerest – Sorocaba,
Cesat – Salvador)
Programa para o manejo de
dor crônica – Univali

 Realizado durante o ano de 2002 (alunos com cefaléia) e a


partir de 2007 para pacientes com lombalgias atendidos
pela clínica de fisioterapia. Intervenção grupal ou individual.

 Periodicidade: um encontro semanal com duração de 1 a 2


horas, durante 8/10 semanas.

 Indicações para a participação no programa: Apresentar


incapacidade ou limitações físicas importantes; Dificuldade
de engajamento ao tratamento; Apresentar estresse ou
desgaste emocional importante associado a dor. Critérios
de exclusão.
Objetivos:

- Oferecer informações adequadas sobre a dor;


- Reduzir a incapacidade física associado a dor crônica;
- Diminuir o desgaste emocional resultante desta situação;
- Promover o envolvimento do paciente no seu tratamento.

Benefícios esperados:

- Redução das limitações físicas;


- Diminuição do estresse e sofrimento;
- Melhora da qualidade de vida.
Conteúdo
1º dia Introdução (abordagem multidimensional da dor e contrato).
Entrevista inicial e avaliação (incapacidade, depressão e auto eficácia).

2º dia Modelo biopsicossocial da dor.


Levantamento de fatores associados a dor e incapacidade.
3º dia Uso do diário da dor, atividades, sentimentos, pensamentos e
comportamentos. Expandindo a percepção da dor, incapacidade e
fatores associados.
4º dia Desenvolvendo estratégias de enfrentamento.
5º dia Lidando com atividades da vida diária - identificando problemas,
manejo de pensamentos e sentimentos.
6º dia Lidando com questões laborais e familiares. Estabelecendo metas.
7º dia Trabalho, lazer e grupo social. Identificando recursos e limitações.
8º dia Alimentação (dieta e aumento de peso). Gradação. Lidando com a
incapacidade. Auto-eficácia.
9º dia Desenvolvendo estratégias de enfrentamento. Possibilidades e
limitações.
10º dia Re-avaliação
Conclusões

 Importância da participação de aspectos psicológicos na


recuperação e melhora da qualidade de vida das
pessoas vivendo com dor

 Eficácia das intervenções

 Trabalhar segundo as necessidades específicas de cada


pessoa

 Necessidade de intervenções mais precoces

 Tempo de tratamento

email: jamirsarda@hotmail.com

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