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Meio ambiente

Em 2002, é lançada a Estratégia de Resíduos da Nova Zelândia, a


principal política do país para a gestão e redução de resíduos, elaborada em
parceria com os governos central e locais. A Nova Zelândia foi o primeiro país
do mundo a ter uma política de “Resíduos Zero” formalmente aprovada. A
estratégia contém 30 metas para reduzir o volume de materiais descartados e
melhorar a gestão e a eficiência na utilização dos recursos.

A política ainda prevê que, para melhorar a questão dos resíduos no


país, seus cidadãos devem ser responsáveis por sua gestão, encontrando
formas mais efetivas e eficientes para reduzi-los, reutilizá-los e reciclá-los. A
expectativa é que as prefeituras desenvolvam e definam progressivamente os
próprios objetivos, elaborando planos locais de gestão de resíduos.

Em 2008, a Lei de Redução de Resíduos (Waste Minimisation Act) foi


apresentada para encorajar a redução na produção de resíduos e a sua
destinação em aterros sanitários, além de estabelecer responsabilidades para
os governos locais no alcance das metas.

Em torno de 88% das prefeituras já estabeleceram metas locais de


redução. Atualmente, 97% dos neozelandeses têm acesso à coleta seletiva
(porta a porta + estações de coleta), sendo que 77% dos municípios já
oferecem a coleta porta a porta.

Mais de 20 por cento da Nova Zelândia são cobertos por parques


nacionais, áreas e reservas florestais, e esses são os melhores locais para se
observar nossa flora e fauna nativas. Nosso continente também tem duas
áreas de patrimônio da humanidade: Tongariro no centro de North Island e Te
Wahipounamu, no sudoeste de South Island. Nossos 14 parques nacionais
contêm uma incrível variedade de paisagem e vegetação intacta.
Administrados e mantidos pelo Departamento de Conservação, esses parques
oferecem a chance de aproveitar uma ampla variedade de atividades, incluindo
caminhada, ciclismo de montanha, esqui, snowboarding, canoagem e pesca de
trutas.
Para observar as criaturas nativas do mar, visite uma das 34 reservas
marinhas da Nova Zelândia. Uma política rígida anticaptura é adotada nessas
áreas, ou seja, não é permitida pesca ou captura de frutos do mar. Esses locais
submersos maravilhosos, que incluem as mundialmente reconhecidas Poor
Knights Islands, são mais bem aproveitados em cruzeiros de barco e viagens
com mergulho ou mergulho com snorkel.
Iniciativa neozelandesa estimula turistas a proteger meio ambiente

A Tiaki Promise convida os visitantes a viajar pelo país de maneira a manter a


segurança, proteger o meio ambiente e respeitar todas as culturas.

Sob a bandeira de Tiaki – Care for New Zealand, a indústria lançou a Tiaki
Promise, uma incentiva que convida todos os visitantes a viajar pela Nova
Zelândia de maneira a manter a segurança, proteger o meio ambiente,
respeitar todas as culturas e preservar o país para as futuras gerações.

Tiaki significa “cuidar de pessoas e lugares” na língua nativa da Nova Zelândia,


Te Reo Māori, e a Tiaki Promise é um convite para os visitantes cuidarem da
Nova Zelândia ao lado dos kiwis.

O presidente-executivo da Tourism New Zealand, Stephen England-Hall, diz


que todos têm a responsabilidade de cuidar da Nova Zelândia e que a iniciativa
capta a conexão que os neozelandeses têm com sua casa. “A Nova Zelândia é
conhecida por sua recepção calorosa aos visitantes e a Tiaki Promise inspira-
se nisso para convidar o mundo a ficar do nosso lado, para que nossa casa
possa ser aproveitada pelas gerações futuras, tanto de kiwis quanto de
visitantes. Ela lembra as pessoas da importância de viajar com
responsabilidade enquanto desfrutam do que nosso país tem a oferecer,
deixando claro quais os comportamentos esperados, como colocar o lixo nos
cestos, dirigir com segurança e mostrar cuidado e consideração por todos”, diz
ele.

Os visitantes da Nova Zelândia aprenderão sobre a Tiaki Promise antes de


chegar e enquanto estiverem viajando pelo país. E podem mostrar seu apoio
nas mídias sociais usando a hashtag #tiakipromise.

Cultura e tradição

O conceito da Tiaki Promise tem como base a cultura e a tradição do povo


Māori. Os Māori acreditam que todas as coisas estão interconectadas: as
pessoas e a terra são uma só.

Como filhos de Papatūānuku (a Mãe-Terra), os Māori acreditam que têm o


dever de cuidar dela, de Ranginui (o Pai Celeste) e de todos os seus filhos.
Com essa conexão profunda, vem o respeito, a reciprocidade e a crença de
que, se você cuidar da terra, a terra cuidará de você. Embora fundado na
tradição Maori, esse conceito tornou-se parte da cultura coletiva da Nova
Zelândia como nação e é conhecido como kaitiakitanga.

O símbolo da Tiaki Promise reflete os quatro domínios centrais que moldam o


ambiente natural da Nova Zelândia: Ranginui é o Pai Celeste, Tāne Mahuta é a
Floresta,Papatūānuku é a Mãe-Terra e Tangaroa representa os oceanos, rios e
lagos.
Suprema Corte da Nova Zelândia recebe prêmio por construção
sustentável

O governo da Nova Zelândia decidiu dar o exemplo aos seus cidadãos e


inaugurou no início de 2010 a nova sede da Suprema Corte, totalmente erguida
segundo princípios da sustentabilidade. A eficiência do projeto foi tanta que
este ano a obra foi nomeada para dois prêmios internacionais: o Festival
Mundial de Arquitetura e o IStructE Structural Awards.

Localizada na capital Wellington, a nova Corte foi projetada pelos arquitetos da


Warren & Mahoney e erguida pelo Holmes Consulting Group e já está se
tornando um ponto turístico da cidade.

Hoje, quem passa pela frente do prédio pode ver painéis de aço reciclado e
madeira revestindo as paredes da corte em um desenho inspirado em plantas
nativas do país, como a árvore Kauri.

Além do design marcante, o que tem garantido o sucesso da construção são os


princípios de sustentabilidade aplicados durante a obra. A ventilação natural
permite que a corrente de ar circule pelas novas salas de audiência, biblioteca
e sala de conferência, criando um clima agradável e poupando o uso de
energia com resfriamento.

Painéis solares garantem o aquecimento da água para todo o complexo,


iluminação de baixo consumo e clarabóias espalhadas pelos ambientais
reduzem o uso de energia, o vidro duplo garante o isolamento térmico, e a tela
de bronze fornece sombreamento, controle de brilho e proteção interna contra
o mau tempo.

Para completar, a madeira nativa utilizada na construção veio de fontes


sustentáveis e muitos dos materiais do antigo Tribunal Superior, assim como
elementos decorativos, foram reciclados ou restaurado e reintegrado ao local.
Inspirações na cultura e prêmios

Além de investir na sustentabilidade ambiental, os arquitetos pensaram na


cultura local como fonte de inspiração para a construção. É possível ver
referências ao patrimônio cultural neozelandês em diversos aspectos da obra,
como o trançado da fachada, que foi inspirado na textura de árvores locais.

Por esse conjunto de ações, a construção recebeu prêmios importantes, como


o Best Design Awards – uma espécie de Oscar da arquitetura na Nova
Zelândia. O projeto também foi nomeado para dois prêmios internacionais: o
IStructE Structural Awards, que será apresentado em Novembro, no Reino
Unido, e o Festival Mundial de Arquitetura, que será realizado no mesmo mês,
em Barcelona.

Nova Zelândia quer usar Inteligência Artificial para moldar a sociedade


(A.I GREEN)

Entre os dez países desenvolvidos mais preparados para a iminente


revolução da inteligência artificial (segundo o AI Readiness Index, do Oxford
Insights Team), a Nova Zelândia pretende fazer uso da inteligência artificial
para moldar um futuro de prosperidade coletiva. Com esse propósito,
espalham-se por seu território ações envolvendo novas tecnologias na
educação, saúde, entretenimento, agricultura, moda, ética e direito, entre
outras áreas.

No lançamento do relatório do Fórum de Inteligência Artificial da Nova Zelândia


(AIFNZ), em maio, a Ministra de Serviço Digital e Radiodifusão do Governo, de
Comunicação e de Mídias Digitais, Clare Curran, afirmou ser necessária a
criação de uma estrutura ética para educar e capacitar as pessoas em
inteligência artificial. Essa colaboração endereça uma questão levantada na
própria pesquisa do AIFNZ. Segundo o estudo, apesar de 68% dos
entrevistados terem receio de que a IA possa tomar decisões tendenciosas,
injustas ou imprecisas, apenas 15% das empresas interessadas em usar essa
tecnologia pensam em estabelecer alguma forma de comitê de ética sobre o
assunto – sendo que 52% dos líderes empresariais creem que a IA será ou já é
um divisor de águas em sua organização.

Para tratar da questão, a ministra Clare Curran formalizou uma parceria entre o
governo e o Centro de Leis e Políticas Emergentes da Fundação de Direito da
Universidade de Otago. A colaboração inclui a formação de um grupo de
pessoas de faculdades como ciências da computação, direito e filosofia, entre
outras, para oferecer consultoria especializada e de alta qualidade em
questões legais, éticas e políticas envolvendo IA, análise algorítmica e outras
novas tecnologias.

Educação para o futuro

Considerado o país que melhor educa para o futuro, de acordo com o ranking
da revista britânica The Economist, a Nova Zelândia só possui universidades
públicas, e todas são classificadas entre as melhores do mundo. Isso favorece
a forte aliança entre governo e indústria em prol da geração de conhecimentos
aplicáveis a desafios atuais e futuros.

Nesse contexto, cinco universidades neozelandesas se destacam no estudo e


na pesquisa sobre IA. A Universidade de Waikato é uma delas e contribuiu
para a automação da agricultura no país, por ter desenvolvido uma técnica –
envolvendo sinais de espectroscopia de infravermelho, sensores, drones e
celulares -, que analisa propriedades do solo e de plantas em minutos.
Enquanto a checagem tradicional de nitrogênio, por exemplo, leva de três a
quatro dias e requer muita intervenção humana, a nova técnica fornece as
informações rapidamente e reduz o esforço de processamento humano.

Felizmente, a automatização, segundo o relatório do AI Forum, não deve


desencadear o temido desemprego em massa. A pesquisa prevê que, nos
próximos 40 anos, o deslocamento de empregos orientado pela IA será
responsável por apenas 10% da criação e destruição normal de postos de
trabalho. Segundo o estudo, soft skills como empatia, comunicação e raciocínio
crítico ganharão importância. Assim, à medida que a IA automatiza as tarefas
tediosas de trabalho, surgem funções que demandam características mais
humanas e criativas. Essa transição tem sido feita na Nova Zelândia por meio
de práticas verdadeiramente inclusivas.

Com essa disposição, despontam novos negócios e empreendedores, como o


ItsNOON, criado por Priti Ambani, que produz redes digitais inclusivas para
apoiar a transição da geração de trabalho e de renda. Priti Ambani também é
co-fundadora da The Next Billion, empresa neozelandesa que constrói
plataformas online de financiamento e colaboração coletiva para investir no
potencial de negócios de propriedade feminina. São exemplos de suas
criações, a Globally Spoted, que faz a curadoria internacional de
empreendedores digitais, focada em produtos para melhorar o mundo; a
Acess2, que promove encontros entre lideranças femininas; e o Tech Futures
Lab, que ajuda empresários neozelandeses a operar na era da tecnologia.

A preservação ambiental é outro tópico que se destaca entre as tendências de


IA na Nova Zelândia, por meio de práticas envolvendo o uso de recursos
sustentáveis, a proteção de vida selvagem nativa e a diminuição de impactos
no meio ambiente. A Seequent, por exemplo, ajuda nações em projetos que
vão desde a dessalinização de aquíferos costeiros contaminados pelo mar até
a busca de água em regiões de refugiados. A empresa é líder global no
desenvolvimento de software de visualização de dados e tecnologias
colaborativas – incluindo ferramentas e modelos 3D – que revelam informações
geológicas valiosas, para que governos e empresas possam tomar melhores
decisões em seus desafios relacionados ao meio ambiente.

Máquinas com alma

A Soul Machines é uma empresa baseada em Auckland que criou os primeiros


humanos digitais emocionalmente inteligentes. Foi formada em 2016 após a
criação e comercialização bem-sucedida pela Uniservices, da Universidade de
Auckland, liderada pelo fundador Mark Sagar. Em novembro de 2017, anunciou
uma parceria com a Autodesk, empresa de software dos EUA para criar um ser
humano digital do agente virtual da Autodesk, Ava. Esse agente virtual tem o
propósito de ajudar os clientes em transações de uma maneira
emocionalmente responsiva. Utilizando o mecanismo de computação humana
(HCE) da Soul Machines, que consiste em redes neurais e modelos de
cérebros humanos biologicamente inspirados, a Ava é um agente de
atendimento ao cliente virtual capaz de ouvir, ver e responder emocionalmente,
assim como um ser humano. Assim como a Ava, a Soul Machines já
desenvolveu funcionários digitais para outras organizações globais líderes, de
banco a companhia aérea.

A pesquisa

O relatório Artificial Intelligence Shaping a Future New Zealand reúne as visões


de neozelandeses, empresas, acadêmicos e do governo sobre o cenário
internacional e local da indústria de IA e investiga seus possíveis impactos na
economia e na sociedade. Levou um ano para ser produzido pelo Fórum de
Inteligência Artificial da Nova Zelândia (AIFNZ), que conta com 43
organizações, e foi feito em parceria com IDC e Sapere. Baseia-se em duas
correntes de pesquisa: pesquisa on-line, com participantes fortemente
ponderados entre organizações nos setores de informação, mídia,
telecomunicações, profissional, científico e financeiro; e série de entrevistas
conduzidas pela IDC com 46 participantes ativos em IA na Nova Zelândia.
Além disso, fornece um resumo da pesquisa internacional do Grupo de
Pesquisa Sapere.

Rascunho

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