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16/08/2018 [Modelo] Ação de Pensão por Morte

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16 de Agosto de 2018

[Modelo] Ação de Pensão por Morte

Um belo modelo de ação.

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (ÍZA) FEDERAL DO


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL FEDERAL DA ___VARA FEDERAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE PERNAMBUCO.

PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO

(Pessoa Idosa)

MARIA DA SILVA, brasileira, viúva, portador da cédula de identidade nº


xxxx – SDS/PE, inscrita no CPF nº xxxx, residente e domiciliado na Rua
xxxx, nº xxxx, Bairro do Janga –Paulista/PE, CEP xxxx,
pramosbarros@gmail.com, por intermédio de procurador habilitado,
xHENRIQUE GOMES PEREIRA, OAB de nº xxxxx, com endereço abaixo
relatado, vem à presença de Vossa Excelência, para expor e requerer:

PENSÃO POR MORTE

COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS),


Autarquia Federal, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno,
representado por sua Procuradoria Regional, pelos seguintes fatos e
fundamentos:

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16/08/2018 [Modelo] Ação de Pensão por Morte
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

01. Inicialmente a Suplicante requer o benefício da gratuidade da Justiça,


vez que não possui condições de arcar com as despesas processuais sem
prejuízo de seu sustento e de sua família.

REQUER, assim, os benefícios estatuídos na Lei 1.060/50 c/c Art. 98,


NCPC (Doc.) Declaração de Pobreza.

II – DOS FATOS

02. A Suplicante requereu junto ao Instituto Suplicado o benefício de


‘pensão por morte’ em razão do falecimento de seu companheiro e teve o
seu benefício indeferido sob o argumento de não ter comprovado o seu
vínculo jurídico de União Estável com o seu ex-segurado. Manifesto
equívoco da decisão do mencionado Instituto, pois eis que se deu por ter
anteriormente reconhecido (erroneamente) como beneficiária a ex-esposa
do Sr. X PEREIRA DE SOUZA (de cujus), quando, na realidade, esta,
casada no civil, se encontrava ‘separada de fato’ há mais de 30 anos.

Da Simulação por parte da ex-esposa do ex-segurado - “de


cujus”

03. Por ocasião do requerimento administrativo a Suplicante foi informada


de que a ex-esposa do falecido, a Sra. XDE LOUDES LIMA, encontrava-se
recebendo (indevidamente) o benefício pleiteado há vários meses.

04. Vale, desde logo, assinalar que a referida senhora – ressalta-se,


‘separada de fato’ do ex-segurado há mais de 30 (trinta) anos - mantinha
apenas o estado civil de casada.

05. Já a Suplicante manteve com o ex-segurado um vínculo jurídico de


União Estável há 28 (vinte e oito) anos, conforme prova vasta
documentação anexa, tanto aos autos do processo administrativo como aos
presentes autos (Docs.).

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06. Ardilosamente a Sra. LOUDES LIMA simulou uma convivência de fato
com o ex-segurado, levando o Instituto Suplicado a reconhecê-la
erroneamente como beneficiária da pensão por morte do mencionado ex-
segurado.

07. Para tanto - por ocasião da morte do segurado - a Sra. LOUDES LIMA
procurou a Suplicante (pessoa muito carente) para pagar as despesas com o
funeral do companheiro desta, com o intuito (só posteriormente percebido
pela Suplicante) de ter em mãos uma documentação em seu próprio nome
para ter êxito na simulação pretendida (comprovação de convivência com o
ex-segurado por ocasião de sua morte).

Do equívoco da decisão do INSS

08. De um melhor exame do caso em comento exsurge manifesto o


equívoco da decisão impugnada do referido Instituto; eis que se deu em
razão de ter reconhecido como beneficiária a ex-esposa do ex-segurado,
quando, na realidade, esta se encontrava ‘separada de fato’ há mais de 30
anos do ex-segurado. Mantendo, apenas, o estado civil de casada. É,
portanto, a Suplicante a verdadeira beneficiária, como demostra as provas
em anexo.

Da qualificação do ex-segurado

09. A Suplicante teve dissolvida sua convivência sob o ângulo jurídico de


União Estável com o ex-segurado, o Sr. PEREIRA DE SOUZA, em razão do
falecimento deste, em data de xx/xx/2014. Este se qualificava como sendo,
brasileiro, casado, portador da RG de nº, CPF de nº, por ocasião,
aposentado do INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL,
(Docs.) RG, CPF e Cartão do INSS.

Da qualificação da ex-esposa que, apenas, mantinha o estado


civil de casada com o ex-segurado sem convivência de fato.

10. LURDES LIMA , brasileira, RG de n], CPF de nº, residente e


domiciliada na Rua D, nº, Jardim São Paulo – Recife/PE.

III - DO DIREITO
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11. A pensão por morte é um benefício previdenciário pago aos
dependentes do segurado falecido, ou seja, protege a família do segurado
contra o risco social morte previsto na Constituição Federal.

12. Pensão por morte é um benefício devido aos dependentes do segurado


em virtude de seu falecimento, sua previsão constitucional encontra-se
tipificada no artigo 201 da Magna Carta, sendo disciplinada nos artigos 74 a
79 da Lei nº 8.213/91 que dispõe sobre os planos de benefícios da
Previdência Social.

13. Danilo Cruz Madeira[1] afirma que a pensão por morte é uma “verba
paga pelo INSS aos dependentes do segurado que vier a falecer,
substituindo a renda antes advinda de seu trabalho.” Nessa linha de
pensamento Wladimir Novaes Martinez ao debater sobre a natureza
jurídica do benefício,

“A pensão por morte é prestação dos dependentes necessitados de meios


de subsistência, substituidora dos seus salários, de pagamento
continuado, reeditável e acumulável com aposentadoria. Sua razão de ser
é ficar sem condições de existência quem dependia do segurado. Não
deriva de contribuições aportadas, mas dessa situação de fato, admitida
presuntivamente pela lei.” (2009, p. 700)

14. A função deste benefício é possibilitar ao dependente um meio para que


este possa suprir sua existência, visto que antes possuía meio de executar
sua subsistência, pois contava com a renda mensal do segurado, após o
falecimento deste, viu-se em situação de excepcionalidade.

IV – DA TUTELA ANTECIPADA

15. Tem-se hoje um instituto que busca atenuar os efeitos nocivos da


lentidão do Poder Público, o art. 294 e ss do Novo Código Processual Civil
que se refere às ações que tenham por objeto o cumprimento da obrigação
de dar, fazer e não fazer.

16. A Antecipação da Tutela no presente caso (para que desde logo seja
implantado o benefício em favor da Suplicante) apresenta-se como
extremamente URGENTE e NECESSÁRIA.
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17. Assinale-se desde logo nos[Modelo]
termos Ação de Pensão por Morte
da Súmula 729 do STF que
dispõe que na decisão na ação direta de constitucionalidade de nº 4 não se
aplica à antecipação de tutela em causa de natureza previdenciária.

SÚMULA 729 STF - A DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE


CONSTITUCIONALIDADE 4 NÃO SE APLICA À ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA EM CAUSA DE NATUREZA PREVIDENCIÁRIA.

18. EM OUTRAS PALAVRAS, não se aplica a legislação


infraconstitucional que restringe, em algumas situações, a concessão da
tutela de urgência em desfavor da Fazenda Pública quando da natureza
previdenciária do pedido, como no presente caso.

19. Para o deferimento desse pleito, necessário que haja a presença dos
seguintes requisitos: probabilidade do direito; fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação; reversibilidade dos efeitos da decisão e;
periculum in mora.

20. As documentações acostadas a presente ação, além das normas legais


invocadas como fundamento do pedido, demonstram, numa análise
cognitiva sumária, a titularidade do direito material disputado pela
Suplicante, ou seja, as alegações fáticas são no mínimo verossímeis; os
presentes elementos convergem no sentido de aparentar a probabilidade
das alegações (fumus boni iuris), portanto, o primeiro requisito, entende-
se, encontrar presente.

21. O segundo elemento necessário à concessão da tutela que é a


possibilidade de dano de difícil reparação – ou periculum in mora -
também se acha presente no caso, pois a Suplicante é pessoa de baixíssima
condição econômica, ou seja, o pagamento do benefício de pensão por
morte será muito importante no orçamento doméstico da mesma; na
verdade se consubstancia em verba alimentar, portanto a procrastinação
de um direito evidente terá reflexos negativos importantes para a vida da
Suplicante, principalmente para subsistir atendendo as suas necessidades
mais básicas e urgentes. Este requisito está demonstrado a partir das
provas que instruíram a presente petição inicial e na natureza alimentar do
pedido.

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22. Não há que se falar, no caso,[Modelo] Ação de Pensão por Morte
em perigo de irreversibilidade do
provimento antecipado, considerando não se tratar de medida liminar que
esgota o objeto da demanda, permitindo a imediata suspensão dos
pagamentos caso ao final julgada improcedente a presente ação. Além
disso, o caráter de extremada necessidade alimentar que cerca o
benefício em questão suplanta o interesse patrimonial do ente público
responsável pela concessão.

23. Ademais, a vedação de concessão da tutela antecipada em caso de


irreversibilidade dos seus efeitos fáticos, em face a aparente vedação legal,
não deve ser absoluta, pois, impedi que o julgador ofereça tempestiva
proteção a direito ameaçado de dano irreparável. Em outras palavras,
significa desprezar o direito fundamental do autor a uma tutela
jurisdicional efetiva. Além disso, o caráter de extremada necessidade
alimentar que cerca o benefício em questão suplanta o interesse
patrimonial do ente público responsável pela concessão.

24. Neste sentido o TRF – 3ª Região:

TRF-3 - AGRAVO DE INSTRUMENTO AI 20536 SP 0020536-


56.2013.4.03.0000 (TRF-3)

Data de publicação: 11/02/2014

Ementa: PREVIDENCIÁRIO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PENSÃO


PORMORTE - TUTELA ANTECIPADA - QUALIDADE DE SEGURADO
- COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS. I - Prevê o art. 273, caput, do CPC,
que o juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que,
existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação.
II - O documento de identidade e a certidão de óbito apresentados
comprovam a dependência econômica do autor em relação ao falecido, já
que é filho menor de idade, sendo certo que a dependência é presumida,
nos termos do parágrafo 4º do artigo 16 da Lei 8.213 /91. III - A qualidade
de segurado do falecido restou evidenciada, uma vez que a sentença
proferida nos autos do processo n. 0004168-68.2010.403.6113, que
tramitou perante a 3ª Vara Federal de Franca/SP reconheceu o exercício
de atividades especiais, bem como o direito do "de cujus" à concessão do
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benefício de aposentadoria especial, desde a data do requerimento
administrativo (19.07.2005). IV - Não há que se falar, no caso, em
perigo de irreversibilidade do provimento antecipado,
considerando não se tratar de medida liminar que esgota o
objeto da demanda, permitindo a imediata suspensão dos
pagamentos caso ao final julgada improcedente a ação
principal. Além disso, o caráter de extremada necessidade
alimentar que cerca o benefício em questão suplanta o interesse
patrimonial do ente público responsável pela concessão. V -
Agravo de instrumento do autor provido.

c) Proporcionalidade e Razoabilidade na Aplicação do Requisito da


Irreversibilidade do Provimento 25. Nas hipóteses de irreversibilidade do
provimento, tem-se a necessidade de flexibilizar a norma para atender a
situações excepcionais, como por exemplo, na aplicação do direito
adquirido e dos direitos fundamentais, em que aplicação rígida do
referido requisito implicaria sacrifício da própria tutela jurisdicional.

26. Isto posto, Pedro Lenza define tais princípios como extremamente
importantes em hipóteses de colisão entre direitos.

[...] o princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade, em essência,


consubstancia uma pauta de natureza axiológica que emana diretamente
das ideias de justiça, equidade, bom senso, prudência, moderação, justa
medida, proibição de excesso, direito justo e direitos afins; precede e
condiciona a posição jurídica, inclusive no âmbito constitucional; e,
ainda, enquanto princípio geral do direito, serve de regra de
interpretação para todo o ordenamento jurídico. (LENZA, Pedro.
DireitoConstitucional Esquematizado. 18. Ed. Rev. Atual. E ampl.
São Paulo: Saraiva, 2014, p.174).

27. Diante do exposto, pode-se concluir que o Supremo Tribunal Federal


tem posição consolidada admitindo restrições a concessão de tutelas
antecipadas em face da Fazenda Pública, o que não impede o magistrado
de deferir a medida, excepcionalmente, diante das peculiaridades do
caso concreto.

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TJ-BA - Apelação: APL 00038439620078050103 BA 0003843-
96.2007.8.05.0103

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. VIÚVA REQUER


COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO POR MORTE DE SERVIDOR
APOSENTADO. PRELIMINARES REJEITADAS. DECISÃO QUE
ANTECIPA A TUTELA CONCEDENDO LIMINAR, NÃO SOLUCIONA O
LITÍGIO, HÁ PROVISÓRIA REGULAMENTAÇÃO FÁTICA, E NÃO
JURÍDICA. CARACTERÍSTICAS DE PROVISORIEDADE E TAMBÉM
REVERSIBILIDADE NÃO TEM CONDÃO DE ESGOTAR O OBJETO DA
AÇÃO. POSSIBILIDADE DE TETELA ANTECIPATÓRTIA. DECISÃO DA
ADC-4 NÃO SE APLICA EM MATÉRIA DE NATUREZA
PREVIDENCIÁRIA EM RAZÃO DE SUA NATUREZA ALIMENTAR. (...)

28. Neste sentido, seja deferida a antecipação dos efeitos da tutela,


em caráter liminar, no sentido de obrigar a Suplicada a conceder o
benefício previdenciário denominado de ‘pensão por morte’ (posto ter a
natureza de alimentos e a procrastinação de um direito evidente terá
reflexos negativos importantes para a vida da Suplicante,
principalmente para subsistir atendendo as suas necessidades
mais básicas) no prazo máximo de 15 dias.

29. Ou, caso não seja deferida em sede liminar a antecipação dos efeitos
da tutela, pede-se que seja concedida a tutela antecipada após a
apresentação da defesa pela Suplicada, no sentido de obrigá-la a conceder
o benefício previdenciário denominado de ‘pensão por morte’, posto ter a
natureza de alimentos, no prazo máximo de 10 dias.

V – DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

30. Requer, ainda, o pagamento a título de Danos Morais ante


comprovada desídia da Administração Pública em conceder o pagamento
do benefício denominado de ‘Pensão por Morte’, acarretando transtornos
incontáveis a Suplicante por não poder suprir suas necessidades mais
básicas diante do indeferimento do pedido do referido benefício, em razão
da referida verba ter caráter alimentar, valores estes a serem
arbitrados por este digníssimo juízo.

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31. A demora injustificada na resolução de processo
administrativo (desídia) configura-se como ato potencialmente
danoso, ainda mais quando tem por finalidade o deferimento de
verba alimentícia, neste sentido o TRF – 5ª Região:

TRF-5 - Apelação Cível AC 306374 SE 0026746-55.2002.4.05.0000 (TRF-


5)

Data de publicação: 19/08/2004

Ementa:CIVIL E ADMINISTRATIVO. DANOS MORAIS. DEMORA NA


CONCESSÃODE PENSÃO POR MORTE. ATO OMISSIVO.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. DESÍDIA E INEFICIÊNCIA DO
SERVIÇO COMPROVADAS. ATO POTENCIOALMENTE DANOSO. - A
responsabilização da Administração por ato omissivo se dá mediante a
comprovação de culpa. Precedente do STF. - A demora de mais de um
ano na concessão de benefício previdenciário, sem qualquer justificativa
plausível, configura desídia e negligência da Administração,
caracterizando-se em omissão culposa. -A demora injustificada na
resolução de processo administrativo configura-se como ato
potencialmente danoso, ainda mais quando tem por finalidade
o deferimento de verba alimentícia. - A fixação do valor da
indenização por danos morais não deve ser tão alta que
provoque enriquecimento sem causa, pelo que a quantia de R$
8.660,07 se configura como sendo razoável para a
potencialidade danosa do evento. Juros devidos a partir da data da
citação. Honorários em arbitrados em 10% não violam o artigo 20,
parágrafo 3o do CPC. - Apelação e remessa oficial parcialmente providas.

32. Neste sentido, a Suplicante recorre ao Poder Judiciário, buscando


proteção contra a injustiça, o despautério e a irrazoabilidade de atos
administrativos abusivos e ilegais por parte da Impetrada, ao indeferir o
pedido de um direito líquido e certo, ou seja, ao indeferir o
BENEFÍCIO DENOMINADO DE ‘PENSÃO POR MORTE’.

33. A lesão causada a Suplicante só encontrará reparação com o


provimento da apreciação jurisdicional, porquanto a Suplicante se
encontra impedido de receber os valores a título de ‘pensão por morte’ que
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têm NATUREZA DE ALIMENTOS, posto que devam fazer parte da
remuneração mensal da Suplicante.

VI – DOS PEDIDOS

34. Pelas razões de fato e de direito acima expostas, requer-se:

a) Que seja deferido os benefícios da justiça judiciária gratuita, nos


termos do artigo 12 da Lei 1.060/50 c/c o Art. 98, NCPC, por ser pobre na
acepção legal, não podendo arcar com as custas do processo sem prejuízo
do sustento próprio.

b) Que seja deferida a antecipação dos efeitos da tutela, em caráter


liminar, no sentido de obrigar a Suplicada a conceder o benefício
previdenciário denominado de ‘Pensão por Morte’, posto ter NATUREZA
DE ALIMENTOSe a procrastinação de um direito evidente terá reflexos
negativos importantes para a vida da Suplicante, principalmente para
subsistir atendendo as suas necessidades mais básicas, no prazo máximo
de 15 dias, sob pena de incidência de multa diária a ser fixada por este
juízo e pena de praticar crime de desobediência, sem prejuízo das sanções
criminais, civis e processuais cabíveis e demais dispositivos legais
aplicáveis, caso deixe a Suplicada de cumprir com exatidão os
provimentos mandamentais ou criar embaraços à efetivação de
provimento judicial, de natureza antecipatória, constituindo ato
atentatório ao exercício da jurisdição (art. 25, da lei 12.016/2009; art.
330, do Código Penal; Art. 14, CPC).

SÚMULA 729 - A DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE


CONSTITUCIONALIDADE 4 NÃO SE APLICA À ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA EM CAUSA DE NATUREZA PREVIDENCIÁRIA.

c) Que caso não seja deferida em sede liminar a antecipação dos efeitos da
tutela, pede-se que seja concedida a tutela antecipada após a
apresentação da defesa pela Suplicada, no sentido de obriga-la a conceder
o benefício previdenciário denominado de ‘pensão por morte’, posto ter a
NATUREZA DE ALIMENTOS, no prazo máximo de 10 dias, sob pena
de incidência de multa diária a ser fixada por este juízo e pena de praticar
crime de desobediência, sem prejuízo das sanções criminais, civis e
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processuais cabíveis e demais dispositivos legais aplicáveis, caso deixe a
Suplicada de cumprir com exatidão os provimentos mandamentais ou
criar embaraços à efetivação de provimento judicial, de natureza
antecipatória, constituindo ato atentatório ao exercício da jurisdição (art.
25, da lei 12.016/2009; art. 330, do Código Penal; Art. 14, CPC).

d) Que seja ao final confirmada a antecipação dos efeitos da tutela e


julgada procedente o pedido da Suplicante para condenar a Suplicada
para que proceda a concessão DEFINITIVA do benefício previdenciário
denominado de ‘Pensão por Morte’ e pague os retroativos devidos desde à
data do óbito do segurado e/ou a data requerimento, a serem pagos no
prazo de 60 dias, a ser calculado pelo contador deste juízo (a definição do
respectivo quantum), nos termos do art. 100, § 1º, CF/88, em razão do
CARÁTER ALIMENTAR da verba pensionista, sob pena de incidência de
multa diária a ser fixada por este juízo e pena de praticar crime de
desobediência, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais
cabíveis e demais dispositivos legais aplicáveis, caso deixe a Suplicada de
cumprir com exatidão os provimentos mandamentais ou criar embaraços
à efetivação de provimento judicial, de natureza decisória, constituindo
ato atentatório ao exercício da jurisdição (art. 25, da lei 12.016/2009; art.
330, do Código Penal; Art. 14, CPC).

e) Que seja citada o Instituto Suplicado no endereço supracitado na


petição inicial, para que apresente defesa sob pena de sofrer as
consequências jurídicas da revelia.

f) Que na hipótese de reconhecimento da procedência do pedido por parte


da Suplicada da presente ação, que haja o julgamento antecipado da lide,
nos termos do artigo 330, I, do código de processo civil.

g) Que a Suplicada seja condenada ao pagamento a título de indenização


por danos moraisante comprovada desídia e demorada na atuação da
Administração Pública Indireta (INSS) em conceder o pagamento do
benefício denominado de ‘Pensão por Morte’, acarretando transtornos
incontáveis a Suplicante por não poder suprir suas necessidades mais
básicas diante do indeferimento do pedido do referido benefício, em razão
do CARÁTER ALIMENTAR da verba pensionista; valores estes a serem
arbitrados por este digníssimo juízo.
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h) Que na hipótese de não haver [Modelo] Ação de Pensão por Morte
o julgamento antecipado da lide, que
sejam arroladas como testemunhas da Suplicante as seguintes
testemunhas (nome das testemunhas anexo).

i) Que na hipótese de não haver o reconhecimento da procedência do


pedido por parte da Suplicada, que seja condenada ao pagamento das
custas e da sucumbência dos honorários advocatícios, no importe de 20%
do valor da causa.

j) Requer-se sejam provados os fatos narrados na inicial por meio de


prova documental, prova pericial e prova testemunhal, e de todos os
meios admitidos em direitos que forem necessários para a concessão de
seu direito.

52. Dá-se o valor da causa R$ 80.000,00.

Paulista, 07 de Julho de 2016.

Nesses termos,

Pede e espera deferimento.

OAB

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