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“Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional 3. (C) (E) A prática de uma profissão, a do professor,
tem a capacidade de agir segundo a representação das por exemplo, quando destituída de crítica, ela é tão só
leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma o uso privado da razão.
vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária 4. (C) (E) O sábio é aquele que, além de desempenhar
a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. uma função profissional, exerce sua liberdade de
Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações expor publicamente suas ideias com base na
de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente religiosidade categórica.
necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto 5. (C) (E) A Kant estabelece as condições e os limites do
é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a entendimento humano. Admitindo a impossibilidade
razão independentemente da inclinação, reconhece como de conhecimento fenomênico.
praticamente necessário, quer dizer bom”.
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. “Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como
de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.)
outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo
categórico, ela é puramente racional e não dependente de
01) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a
qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na
liberdade em Kant, JULGUE os itens em “C” para Certo
medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo
e “E” para Errado.
exatamente a mesma lei que todo outro ser racional
autônomo legisla para si.”
1. (C) (E) A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a
si a sua própria lei, independentemente da causalidade (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo
natural. Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
2. (C) (E) A liberdade, no sentido pleno de autonomia,
restringe-se à independência que a vontade humana 03) Com base no texto e nos conhecimentos sobre
mantém em relação às leis da natureza. autonomia em Kant, JULGUE os itens em “C” para Certo
3. (C) (E) É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto e “E” para Errado.
objetivamente quanto subjetivamente, por princípios
que são válidos para todos os seres racionais 1. (C) (E) A vontade autônoma, ao seguir sua própria
4. (C) (E) É liberdade configura-se plenamente quando a lei, segue a razão pura prática.
vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade 2. (C) (E) Seguir os seus próprios desejos e paixões é
divina. agir de modo autônomo.
5. (C) (E) A liberdade é autônoma e livre. Contudo, não 3. (C) (E) A filosofia de Kant é conhecida como
se pode provar cientificamente a sua existência, pois filosofia crítica ou transcendental.
pertence ao mundo noumênico. 4. (C) (E) A autonomia compreende toda escolha
racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o
objeto do desejo.
Kant associou a liberdade ao exercício da razão em todas 5. (C) (E) Segundo o princípio da autonomia, as
as circunstâncias da vida. máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se
podem querer como lei universal.
02) Frente às informações apresentadas, JULGUE os
itens em “C” para Certo e “E” para Errado.
A dialética idealista de G. W. F. Hegel criticou o
1. (C) (E) A liberdade consiste no uso público da razão, inatismo, o empirismo e o criticismo kantiano. Hegel
ou seja, cada um faz uso de sua própria razão e fala opõe-se à concepção de uma razão intemporal; na
em seu próprio nome. filosofia hegeliana, a racionalidade não é mais um
2. (C) (E) O uso privado da razão é, sempre e em todas modelo a ser aplicado, mas é o próprio tecido do real e do
as circunstâncias, o impedimento do progresso do pensamento. Contra a concepção intemporal da razão,
esclarecimento. Hegel afirma que a razão é história, e isso é o que há nela
de mais essencial.
1. (C) (E) Sendo a razão história, ela se torna, para A. A dialética não é apenas uma característica de
Hegel, relativa, isto é, o que vale hoje não vale mais conceitos, mas se aplica também a coisas e
amanhã, nenhuma época pode, portanto, alcançar processos reais.
verdades universais. B. A dialética obedece sempre ao movimento de tese,
2. (C) (E) O movimento dialético da razão se realiza, uma afirmação de algo, antítese, uma negação de
para Hegel, em três momentos, na apresentação de algo e uma síntese como resultante das divergências
uma tese, enquanto afirmação, na constituição de uma anteriores.
antítese, como negação da tese, e na formação de uma C. A terceira etapa da dialética envolve uma nova
síntese, como superação da antítese. categoria, superior, que abarca as anteriores e
3. (C) (E) Para Hegel, a história não é a simples dissolve as contradições nelas envolvidas.
acumulação e justaposição de fatos e de D. A dialética envolve três etapas: na primeira delas,
acontecimentos no tempo, mas resulta de um processo um ou mais conceitos ou categorias são
cujo motor interno é a contradição dialética. considerados fixos, definidos e distintos.
4. (C) (E) Para entender a dialética hegeliana, pode-se E. A dialética envolve um diálogo entre dois
tomar como exemplo a própria relação entre o finito e pensadores ou entre um pensador e o seu objeto de
o infinito. estudo.
5. (C) (E) Hegel critica Jean-Jacques Rousseau e
Immanuel Kant por terem dado mais atenção à relação
entre sujeito humano e natureza do que à relação entre 07) Com base na filosofia de Hegel, explique e
sujeito humano e cultura ou história. exemplifique o espírito subjetivo, espírito objetivo e
espírito absoluto.
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A respeito do conceito de dialética, Hegel faz a seguinte
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afirmação:
"O interesse particular da paixão é, portanto, inseparável ______________________________________________
da participação do universal, pois é também da atividade
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do particular e de sua negação que resulta o universal."
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HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. 2. ed. Tradução de Maria
Rodrigues e Hans Harden. Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 35. ______________________________________________
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05) Com base no pensamento de Hegel, assinale a
alternativa correta. ______________________________________________