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Lista de Exercícios de Recuperação – Filosofia

3º ANO – ENSINO MÉDIO

DATA: __/__/___ 1º TRIMESTRE PROFESSORES: DENYLSON

Aluno(a):____________________________________________________________ nº:______ Ano / Turma:________


Matrícula:_____________________

“Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional 3. (C) (E) A prática de uma profissão, a do professor,
tem a capacidade de agir segundo a representação das por exemplo, quando destituída de crítica, ela é tão só
leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma o uso privado da razão.
vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária 4. (C) (E) O sábio é aquele que, além de desempenhar
a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. uma função profissional, exerce sua liberdade de
Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações expor publicamente suas ideias com base na
de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente religiosidade categórica.
necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto 5. (C) (E) A Kant estabelece as condições e os limites do
é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a entendimento humano. Admitindo a impossibilidade
razão independentemente da inclinação, reconhece como de conhecimento fenomênico.
praticamente necessário, quer dizer bom”.

(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. “Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como
de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.)
outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo
categórico, ela é puramente racional e não dependente de
01) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a
qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na
liberdade em Kant, JULGUE os itens em “C” para Certo
medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo
e “E” para Errado.
exatamente a mesma lei que todo outro ser racional
autônomo legisla para si.”
1. (C) (E) A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a
si a sua própria lei, independentemente da causalidade (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo
natural. Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
2. (C) (E) A liberdade, no sentido pleno de autonomia,
restringe-se à independência que a vontade humana 03) Com base no texto e nos conhecimentos sobre
mantém em relação às leis da natureza. autonomia em Kant, JULGUE os itens em “C” para Certo
3. (C) (E) É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto e “E” para Errado.
objetivamente quanto subjetivamente, por princípios
que são válidos para todos os seres racionais 1. (C) (E) A vontade autônoma, ao seguir sua própria
4. (C) (E) É liberdade configura-se plenamente quando a lei, segue a razão pura prática.
vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade 2. (C) (E) Seguir os seus próprios desejos e paixões é
divina. agir de modo autônomo.
5. (C) (E) A liberdade é autônoma e livre. Contudo, não 3. (C) (E) A filosofia de Kant é conhecida como
se pode provar cientificamente a sua existência, pois filosofia crítica ou transcendental.
pertence ao mundo noumênico. 4. (C) (E) A autonomia compreende toda escolha
racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o
objeto do desejo.
Kant associou a liberdade ao exercício da razão em todas 5. (C) (E) Segundo o princípio da autonomia, as
as circunstâncias da vida. máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se
podem querer como lei universal.
02) Frente às informações apresentadas, JULGUE os
itens em “C” para Certo e “E” para Errado.
A dialética idealista de G. W. F. Hegel criticou o
1. (C) (E) A liberdade consiste no uso público da razão, inatismo, o empirismo e o criticismo kantiano. Hegel
ou seja, cada um faz uso de sua própria razão e fala opõe-se à concepção de uma razão intemporal; na
em seu próprio nome. filosofia hegeliana, a racionalidade não é mais um
2. (C) (E) O uso privado da razão é, sempre e em todas modelo a ser aplicado, mas é o próprio tecido do real e do
as circunstâncias, o impedimento do progresso do pensamento. Contra a concepção intemporal da razão,
esclarecimento. Hegel afirma que a razão é história, e isso é o que há nela
de mais essencial.

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04) De acordo com o texto e a dialética hegeliana, 06) De acordo com a filosofia de Hegel, é INCORRETO
JULGUE os itens em “C” para Certo e “E” para Errado. afirmar que

1. (C) (E) Sendo a razão história, ela se torna, para A. A dialética não é apenas uma característica de
Hegel, relativa, isto é, o que vale hoje não vale mais conceitos, mas se aplica também a coisas e
amanhã, nenhuma época pode, portanto, alcançar processos reais.
verdades universais. B. A dialética obedece sempre ao movimento de tese,
2. (C) (E) O movimento dialético da razão se realiza, uma afirmação de algo, antítese, uma negação de
para Hegel, em três momentos, na apresentação de algo e uma síntese como resultante das divergências
uma tese, enquanto afirmação, na constituição de uma anteriores.
antítese, como negação da tese, e na formação de uma C. A terceira etapa da dialética envolve uma nova
síntese, como superação da antítese. categoria, superior, que abarca as anteriores e
3. (C) (E) Para Hegel, a história não é a simples dissolve as contradições nelas envolvidas.
acumulação e justaposição de fatos e de D. A dialética envolve três etapas: na primeira delas,
acontecimentos no tempo, mas resulta de um processo um ou mais conceitos ou categorias são
cujo motor interno é a contradição dialética. considerados fixos, definidos e distintos.
4. (C) (E) Para entender a dialética hegeliana, pode-se E. A dialética envolve um diálogo entre dois
tomar como exemplo a própria relação entre o finito e pensadores ou entre um pensador e o seu objeto de
o infinito. estudo.
5. (C) (E) Hegel critica Jean-Jacques Rousseau e
Immanuel Kant por terem dado mais atenção à relação
entre sujeito humano e natureza do que à relação entre 07) Com base na filosofia de Hegel, explique e
sujeito humano e cultura ou história. exemplifique o espírito subjetivo, espírito objetivo e
espírito absoluto.
______________________________________________
A respeito do conceito de dialética, Hegel faz a seguinte
______________________________________________
afirmação:
"O interesse particular da paixão é, portanto, inseparável ______________________________________________
da participação do universal, pois é também da atividade
______________________________________________
do particular e de sua negação que resulta o universal."
______________________________________________
HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. 2. ed. Tradução de Maria
Rodrigues e Hans Harden. Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 35. ______________________________________________
______________________________________________
05) Com base no pensamento de Hegel, assinale a
alternativa correta. ______________________________________________

Os juízos analíticos não exprimem, no predicado, nada


A. O particular da paixão é a ação dos indivíduos, que não tenha sido já realmente pensando no conceito do
sempre em oposição à finalidade da História, isto é, sujeito, embora de modo menos claro e mais
do universal da Razão que governa o mundo, mas inconsciente. Quando digo: “todos os corpos são
esta depende da ação dos indivíduos, sem os quais extensos”, não ampliei por forma alguma o meu conceito
ela não se manifesta. de corpo, simplesmente o analisei, pois que a extensão o
B. O universal é a vontade divina que por intermédio da era já realmente pensada neste conceito, embora não
sua ação providente preserva os homens de todos os explicitamente afirmada; portanto o juízo é analítico.
perigos, evitando que se desgastem com suas Pelo contrario a proposição: “alguns corpos são pesados”
paixões, assim, o humano é preservado desde o seu contem, no predicado, alguma coisa que não é realmente
surgimento na Terra. pensada, no conceito geral de corpo; ela amplia, portanto,
C. O universal é a relação entre homem e Deus ou o o meu saber, na medida em que acrescenta alguma coisa
absoluto. O particular é irracional, por isso é a ao meu conceito, e deve, por conseguinte, ser chamado
negação do universal, portanto, a História não é juízo sintético.”
guiada pela Razão, mas se deixa conduzir pelo acaso
cego dos acontecimentos que se sucedem sem KANT, I.. Crítica da Razão Pura. Tradução de Valério Rohden e
nenhuma relação entre eles. Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Os
D. O universal é a somatória dos particulares, de modo Pensadores)
que a História é tão só o acumulado ou o agregado
das partes isoladas, e assim elas estão articuladas tal
como engrenagens de uma grande máquina.

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08) Com base no texto, explique a função dos Juízos para GABARITO
Kant bem como os conhecimentos a priori e a posteriori.
______________________________________________ 01 – C/E/C/E/C
02 – C/E/C/E/E
______________________________________________
03 – C/E/C/E/C
______________________________________________ 04 – E/C/E/C/E
05 – A
______________________________________________
06 – E
______________________________________________
07 – Espera-se que o estudante responda que para Hegel,
______________________________________________
o espírito subjetivo compreende a vida do espírito que se
______________________________________________ inicia na subjetividade, como espírito individual. A
evolução passa por três etapas: O aparecimento da alma,
______________________________________________
o aparecimento do espírito como capacidade de
______________________________________________ autoconsciência e o aparecimento do espírito como
capacidade de conhecimento. O espírito objetivo
______________________________________________
compreende o aparecimento da liberdade, a saída da
______________________________________________ subjetividade e sua manifestação nas instituições sociais e
jurídicas. A formação do espírito passa por três etapas:
______________________________________________
Direito, Moral e Estado. O espírito absoluto compreende
______________________________________________ a totalidade do saber humano presente na arte, na religião
e na filosofia formas privilegiadas de manifestação de
______________________________________________
revelação do espírito. Segundo Hegel, a arte revelaria o
______________________________________________ absoluto ou divino por meio da intuição sensível, isto é,
por meio de formas materiais, a arte manifestaria algo
que estava além dessas formas, um conteúdo espiritual,
09) Explique o juízo sintético a priori de Kant.
que é a realidade verdadeira.
______________________________________________
______________________________________________ 08 – Espera-se que o estudante responda que para Kant,
um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais
______________________________________________
um cumpre a função de sujeito e o outro cumpre a função
______________________________________________ de predicado. O conhecimento puro conduz a juízos
universais e necessários, enquanto o conhecimento
empírico não possui essa característica. Os juízos podem
10) Qual a crítica de Hegel ao pensamento de Kant?
ser classificados como analítico, sintético e sintético a
______________________________________________
priori. O conhecimento a priori corresponde aos
______________________________________________ conhecimentos anteriores ao processo de afetação pelo
objeto, são racionalistas e o conhecimento a posteriori
______________________________________________
corresponde ao afetamento do sujeito pelo objeto, isto é,
posteriores ao processo de experiência do sujeito.

09 – O juízo sintético a priori de Kant, corresponde à


junção do juízo a priori e do juízo a posteriori. São juízos
de ampliação, necessários e universais.

10 – Espera-se que o estudante responda que em Hegel, a


busca pela superação do dualismo entre o subjetivo e o
objetivo, ou, entre sujeito e objeto. Para Hegel, o esforço
da filosofia está em unir o que está à parte, ou seja, um
esforço para unir opostos, e isso é melhor identificado em
sua crítica ao dualismo kantiano e sua separação entre
sujeito e objeto, e entre fenômeno e coisa em si. A busca
pela superação do dualismo, direcionado a Kant, está, em
alguns aspectos, na interpretação hegeliana da filosofia
de Kant, a qual é considerada por Hegel como uma
filosofia da reflexão, pois, o sujeito vê a coisa como ele
quer, ele representa a coisa para ele mesmo, ele reflete a
coisa, em outras palavras, o sujeito kantiano constrói o
seu próprio mundo.

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