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PROJETO DE LEI Nº 63/2010.

Dispõe sobre concessão dos benefícios eventuais, nos termos da


Lei Federal nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993.

Art. 1º - Estabelece condições para a concessão dos benefícios eventuais, nos


termos da Lei Federal nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993, art. 22, §§1.º e 2.º.

Art. 2º - O benefício eventual é uma modalidade de provisão de proteção social


básica, de caráter suplementar e temporário, que integra organicamente as garantias do Sistema
Único de Assistência Social – SUAS, com fundamentação nos princípios de cidadania e nos direitos
sociais e humanos.

Parágrafo Único - Na comprovação das necessidades para a concessão do


benefício eventual são vedadas quaisquer situações vexatórias ou de constrangimento.

Art. 3º - O benefício eventual destina-se aos cidadãos e às famílias com


impossibilidade de arcar por conta própria com o enfrentamento de contingências sociais, cuja
ocorrência provoca riscos e fragiliza a manutenção do indivíduo, a unidade da família e a
sobrevivência de seus membros.

Art. 4º - Para ter direito a qualquer dos benefícios eventuais, a renda mensal per
capita deve ser igual ou inferior a meio salário mínimo.

Art. 5º - São formas de benefícios eventuais:

I – auxílio natalidade;

II – auxílio-funeral;
III – outros benefícios eventuais para atender necessidades advindas de situações de
vulnerabilidade temporária.

Parágrafo Único - A prioridade na concessão dos benefícios eventuais será para


a criança, a família, o idoso, a pessoa portadora de necessidades especiais, a gestante, a nutriz e
qualquer pessoa nos casos de calamidade pública.

Art. 6º - O benefício eventual, na forma de auxílio-natalidade, constitui-se em


uma prestação temporária, não contributiva da assistência social, em pecúnia ou em bens de
consumo, a critério da Secretaria de Desenvolvimento Social, que avaliará o caso concreto, para
reduzir vulnerabilidade provocada por nascimento de membro da família.

Art. 7º - O auxílio-natalidade é destinado à família e deverá alcançar,


preferencialmente:

I – atenções necessárias ao nascituro;

II – apoio à mãe no caso de morte do recém-nascido;

III – apoio à família no caso da morte da mãe;

IV – outras providências que os operadores da Política de Assistência Social julgar necessárias.

Art. 8º - O auxílio-natalidade poderá ser concedido em pecúnia ou em bens de consumo.

§1º - Quando o auxílio-natalidade for assegurado em pecúnia, este terá como referência o valor
despendido com as despesas previstas no §2.º deste artigo.

§2º - Os bens de consumo consistem no enxoval do recém-nascido, podendo itens de vestuário,


utensílios para alimentação e de higiene, observada a qualidade que garanta a dignidade e o
respeito à família beneficiária, desde que, a gestante tiver frequência mínima exigida para o curso
de gestante oferecido Centro de Referencia da Assistência Social-CRAS.

Art. 9º - O requerimento do auxílio-natalidade deve ser realizado até noventa


dias após o nascimento.
Parágrafo Único - O auxílio-natalidade deve ser concedido até trinta dias após
o requerimento, sendo que a morte da criança não inabilita a família de receber o benefício.

Art.10 º- O benefício eventual, na forma de auxílio-funeral, constitui-se em uma


prestação temporária, não contributiva da assistência social, em pecúnia, por uma única parcela,
ou em bens de consumo, para reduzir a vulnerabilidade provocada por morte de membro da
família.

Art.11º - O alcance de auxílio-funeral, conforme o caso, consistirá em:

I – custeio das despesas de urna funerária, de velório e de sepultamento;

II – custeio de necessidades urgentes da família para enfrentar os riscos e vulnerabilidades


advindas da morte de um de seus provedores ou membros;

III – ressarcimento no caso de perdas e danos causados pela ausência do benefício eventual no
momento em que este se fez necessário.

Art.12 - O auxílio-funeral poderá ocorrer em pecúnia ou na prestação de


serviços.

§1º - Quando o benefício for assegurado em pecúnia, deve ter como referência o custo dos
serviços previstos no §2.º deste artigo.

§2.º - Os serviços podem cobrir o custeio de despesas de urna funerária, velório e sepultamento,
incluindo transporte funerário, isenção de taxas e colocação de placa de identificação, dentre
outros serviços inerentes que garantam a dignidade e o respeito à família beneficiária.

Art.13 - O requerimento e a concessão do auxílio-funeral deverão ser prestados,


através da Secretaria de Desenvolvimento Social, em parceria com os outros órgãos ou
instituições.
§1.º - Em caso de ressarcimento das despesas previstas no §2º, do artigo anterior, a família deve
requerer o benefício até trinta dias após o funeral.

§2.º- O auxílio-funeral, em caso de ressarcimento, deve ser pago até trinta dias após o
requerimento.

§3.º - O pagamento do ressarcimento será equivalente ao valor das despesas previstas no §2º do
artigo anterior.

Art.14º - Os auxílios natalidade e funeral serão devidos à família em número


igual ao das ocorrências desses eventos.

Art.15º - Os auxílios natalidade e funeral podem ser pagos diretamente aos pais,
parente até segundo grau ou pessoa autorizada, mediante procuração.

Art.16º - Entende-se por outros benefícios eventuais as ações emergenciais de


caráter transitório em pecúnia ou bem material para reposição de perdas, com a finalidade de
atender a vítimas de calamidades e enfrentar contingências, de modo a reconstruir a autonomia
através de redução de vulnerabilidades e impactos decorrentes de riscos sociais.

Art.17º - As provisões relacionadas a programas, projetos, serviços e benefícios


afetos ao campo da saúde, educação, integração nacional e demais políticas setoriais, não se
incluem na condição de benefícios eventuais da assistência social.

Art.18º - Caberá a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do


Município:

I – a coordenação geral, a operacionalização, o acompanhamento, a avaliação da prestação dos


benefícios eventuais, bem como o seu financiamento;

II – a realização de estudos da realidade e monitoramento da demanda para constante ampliação


da concessão dos benefícios eventuais; e

III – expedir as instruções e instituir formulários e modelos de documentos necessários à


operacionalização dos benefícios eventuais.
Art. 20º - As despesas decorrentes desta lei ocorrerão por conta de dotação
orçamentária própria a cada exercício financeiro.

Parágrafo Único - O valor do benefício eventual nas modalidades auxílio-


natalidade e auxílio-funeral serão anualmente definidos pela Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social, de acordo com os art. 7.º, 8.º, 11 e 12 e seus respectivos incisos e
parágrafos.

Art. 21º - O Poder Executivo, no que couber, regulamentará a presente lei


através de Decreto.

Art. 22º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, sendo revogadas as
disposições em contrário.

Itápolis, 16 de agosto de 2010.

JÚLIO CÉSAR NIGRO MAZZO


Prefeito do Município de Itápolis
PROJETO DE LEI Nº 63/2010.

JUSTIFICATIVA

Conforme o artigo 22 da Lei nº 8.742 (Lei Orgânica da Assistência


Social), de 7 de dezembro de 1993 e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), os municípios
brasileiros são responsáveis pela prestação dos Benefícios Eventuais e devem ser executados pelo
poder público, diretamente, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social às famílias
de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade temporária.

Deste modo e considerando que este Município não pode deixar de


amparar os necessitados em razão da natalidade, morte, e outros eventos previstos nessa
propositura, sem que tenham recursos financeiros para suportar tais gastos, necessário se faz a
normatização da matéria por meio de lei que dê respaldo jurídico para o atendimento dos
necessitados.

Em razão disso, respeitosamente, aguardamos pronunciamento favorável dessa


Casa para o presente, esperando que o mesmo tenha tramitação em regime de urgência, nos termos da Lei
Orgânica do Município, em virtude da necessidade eminente de se melhorar as condições das creches de
nosso município.

Itápolis, 16 de agosto de 2010.

JÚLIO CÉSAR NIGRO MAZZO


Prefeito do Município de Itápolis
PROJETO DE LEI N° 64/2010

Dispõe sobre suplementação de verbas do


orçamento em vigor.

Artigo 1° - Fica o poder executivo autorizado a criar crédito especial no valor de


R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais), com a seguinte classificação:

Programa 0001 – Educar com Qualidade


02.08.00 Secretaria de Educação
02.08.01 Gabinete do Secretário e Dependências
12.122.0001.1.108 Aquisição de Imóveis
4.4.90.61.00 01.210.00 Aquisição de Imóveis 350.000,00
TOTAL DOS CRÉDITOS ESPECIAIS 350.000,00

Artigo 2° - O presente crédito, previsto no artigo 1°, será coberto em parte


com recurso proveniente da anulação de dotações do orçamento vigente conforme demonstrativo
abaixo:

Programa 0001 – Educar com Qualidade


02.08.00 Secretaria de Educação
02.08.13 FUNDEB
12.365.0001.1.185 Obras e Instalações
4.4.90.51.00 02.262.00 Obras e Instalações – Ficha 171 350.000,00
TOTAL DAS ANULAÇÕES 350.000,00

Artigo 3° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas


disposições em contrario.

Itápolis, 16 de agosto de 2010.

JÚLIO CÉSAR NIGRO MAZZO


Prefeito do Município de Itápolis
PROJETO DE LEI N° 64/2010

JUSTIFICATIVA

O presente projeto de lei ora encaminhado a essa Casa de Leis, para apreciação e
deliberação dos senhores Vereadores é a respeito de abertura de crédito adicional suplementar e
especial ao orçamento vigente, totalizando a quantia de R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil
reais) e também versa sobre o remanejamento de verbas do orçamento vigente no valor de R$
585.000,00 (quinhentos e oitenta e cinco mil reais)

O Crédito Especial de que trata esse projeto refere-se à aquisição de um imóvel


situado na esquina a Av. Campos Salles com a Rua Floriano Peixoto, que servirá como sede da
Secretária de Educação, abrigando suas atuais instalações e também possibilitando que a mesma
venha a possuir almoxarifado próprio.

A suplementação orçamentária realizada neste projeto visa suprir as dotações


especificadas com recursos necessários para a realização de reformas e ampliações nas creches
municipais existentes e também visa readequar os recursos orçamentários para um melhor
atendimento as necessidades da Secretaria de Educação.

Em razão disso, respeitosamente, aguardamos pronunciamento favorável dessa


Casa para o presente, esperando que o mesmo tenha tramitação em regime de urgência, nos
termos da Lei Orgânica do Município, em virtude da necessidade eminente de se melhorar as
condições das creches de nosso município.

Itápolis, 16 de agosto de 2010.

JÚLIO CÉSAR NIGRO MAZZO


Prefeito do Município de Itápolis
PROJETO DE LEI N° 65/2010

Dispõe sobre suplementação de verbas do


orçamento em vigor.

Artigo 1° - Fica o Poder Executivo autorizado a suplementar no orçamento vigente as


dotações a seguir relacionadas no valor total de R$ 585.000,00(quinhentos e oitenta e cinco mil reais) com
a seguinte classificação:

Programa 0001 – Educar com Qualidade


02.08.00 Secretaria de Educação
02.08.02 Ensino Infantil
12.365.0001.2.413 Manutenção Geral das Creches Municipais
3.3.90.39.00 01.210.00 Outros Serv. Terceiros Pessoa Jurídica – Ficha 126 100.000,00
12.365.0001.1.016 Ampliações e Reformas
4.4.90.51.00 01.210.00 Obras e Instalações – Ficha 128 385.000,00
02.08.04 Ensino Fundamental
12.361.0001.2.415 Manutenção Geral do Ensino Fundamental
3.3.90.39.00 01.220.00 Outros Serv. Terceiros Pessoa Jurídica – Ficha 136 100.000,00
TOTAL DAS SUPLEMENTAÇÕES 585.000,00

Artigo 5° - O presente crédito suplementar, previsto no artigo 4°, será coberto em


parte com recurso proveniente da anulação de dotações do orçamento vigente conforme demonstrativo
abaixo:

Programa 0001 – Educar com Qualidade


02.08.00 Secretaria de Educação
02.08.13 FUNDEB
12.361.0001.2.439 Manutenção Geral – Fundeb
3.3.90.30.00 02.262.00 Material de Consumo – Ficha 164 110.000,00
12.365.0001.2.429 Manutenção Geral – Fundeb
3.3.90.30.00 02.262.00 Material de Consumo – Ficha 165 65.000,00
3.3.90.39.00 02.262.00 Outros Serv. Terceiros Pessoa Jurídica – Ficha 169 75.000,00
12.365.0001.1.185 Obras e Instalações
4.4.90.51.00 02.262.00 Obras e Instalações - Ficha 171 335.000,00
TOTAL DAS ANULAÇÕES 585.000,00

Artigo 6° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas disposições em
contrario.

Itápolis, 16 de agosto de 2010.

JÚLIO CÉSAR NIGRO MAZZO


Prefeito do Município de Itápolis
PROJETO DE LEI N° 65/2010

JUSTIFICATIVA

O presente projeto de lei ora encaminhado a essa Casa de Leis, para apreciação e
deliberação dos senhores Vereadores é a respeito de abertura de crédito adicional suplementar e especial ao
orçamento vigente, totalizando a quantia de R$ 350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais) e também
versa sobre o remanejamento de verbas do orçamento vigente no valor de R$ 585.000,00 (quinhentos e
oitenta e cinco mil reais)

O Crédito Especial de que trata esse projeto refere-se à aquisição de um imóvel situado
na esquina a Av. Campos Salles com a Rua Floriano Peixoto, que servirá como sede da Secretária de
Educação, abrigando suas atuais instalações e também possibilitando que a mesma venha a possuir
almoxarifado próprio.

A suplementação orçamentária realizada neste projeto visa suprir as dotações


especificadas com recursos necessários para a realização de reformas e ampliações nas creches municipais
existentes e também visa readequar os recursos orçamentários para um melhor atendimento as
necessidades da Secretaria de Educação.

Em razão disso, respeitosamente, aguardamos pronunciamento favorável dessa Casa para


o presente, esperando que o mesmo tenha tramitação em regime de urgência, nos termos da Lei Orgânica
do Município, em virtude da necessidade eminente de se melhorar as condições das creches de nosso
município.

Itápolis, 16 de agosto de 2010.

JÚLIO CÉSAR NIGRO MAZZO


Prefeito do Município de Itápolis
PROJETO DE LEI 12/2010
De autoria do Vereador Avelino Antonio da Cunha

Dispõe sobre proibição de queimadas de canaviais e


terrenos no Município de Itápolis e dá outras providências

Artigo 1º- Fica proibida toda e qualquer queimada de canaviais no Município de


Itápolis, inclusive queimada da palha da cana-de-açúcar.

§ Único – Entende-se por canaviais toda e qualquer plantação de cana-de-açúcar, seja


de forma exclusiva por usinas ou através de arrendamento ou parceria agrícola com
proprietários de terra, localizadas na zona rural ou urbana.

Artigo 2º- Fica proibido, sob qualquer forma, o emprego de fogo para fins de limpeza
de terrenos e preparo do solo para plantios, inclusive nas marginais de rodovias, margens de
rios, lagos e matas de todas as espécies localizadas no Município de Itápolis.

Artigo 3º- O não cumprimento dos dispositivos desta lei acarretará ao infrator as
sanções previstas no Código Florestal, na Lei de Crimes Ambientais, na Lei de Contravenções
Penais e no Código Penal, além de multas fixadas por meio de Lei pelo Poder Executivo.

§ Único: As multas serão aplicadas aos responsáveis pela queimada ou, em caso de
não se apurar a responsabilidade, será responsabilizado solidariamente o proprietário da terra,
do terreno e da lavoura queimada.

Artigo 4º- Além das sanções previstas nesta Lei, fica o infrator obrigado a reparar a
agressão ambiental a que tenha dado causa, por meio de reflorestamento, sob a orientação da
Secretaria Municipal de Meio-Ambiente.

Artigo 5º- O Executivo, através de seus órgãos competentes, localizará a usina, o


responsável ou proprietário causador da queimada e danos causados, tanto no Município
como fora dele.

Artigo 6º - Compete à Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Meio Ambiente e


outros órgãos designados pelo Prefeito, com a participação do Corpo de Bombeiros, Polícia
Florestal e CETESB, a fiscalização pelo uso do fogo, nos termos desta lei, cabendo a qualquer
um dos mesmos a lavratura do auto de infração e imposição de multa.

§ Único – Compete aos órgãos aludidos no artigo anterior solicitar perícia técnica e
investigação que esclareça surgimento de focos de fogo em quaisquer umas das áreas
mencionadas nesta Lei, em caso de dúvida sobre o responsável pelos respectivos focos.
Artigo 7º- Os recursos provenientes da aplicação das multas serão preferencialmente
revertidos a ações de saúde pública municipal.

Artigo 8º- Fica o Executivo autorizado a desenvolver campanhas publicitárias com


vistas à conscientização sobre os perigos e riscos da queimada para a saúde pública e
segurança da população, preconizando a não utilização do expediente.

Artigo 9º- O Executivo, em trinta dias, regulamentará por Lei o valor das multas e
outros requisitos para a boa aplicação da desta Lei.

Artigo 10º- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

Sala das Sessões Presidente “Dr. Emílio


Salim Haddad”, em 16 de agosto de 2010

AVELINO ANTONIO DA CUNHA


Vereador
JUSTIFICATIVA AO PROJETO DE LEI 12/2010
De autoria do Vereador Avelino Antonio da Cunha

O emprego de fogo para fins de limpeza degrada o Meio Ambiente e


produz conseqüências danosas à Saúde do ser humano. São muitas as pessoas de nossa cidade
que ainda recorrem à condenável prática de atear fogo na vegetação seca de terrenos,
preparo do solo para plantios, marginais de rodovias, margens de rios, lagos e matas de todas
as espécies. Tais pessoas alegam que o fogo é bom para a limpeza dos terrenos, mas deixam
de levar em conta os efeitos danosos de tal prática, principalmente a degradação da qualidade
do ar.

Mais de 70 produtos químicos já foram identificados na fumaça resultante das


queimadas, sendo que muitos desses produtos são tóxicos ou têm ação cancerígena. De modo
geral, os componentes básicos da poluição atmosférica resultante das queimadas são:

Material particulado – Mais de 90% da massa de partículas


encontradas na fumaça produzida pela queima de produtos vegetais, como é o caso das
queimadas nos canaviais e das queimadas urbanas, consiste de partículas finas, justamente a
fração de material particulado (MP) que maior prejuízo traz à saúde. Essas partículas medem
menos do que 10 micrômetros (milésima parte do milímetro), são invisíveis a olho nu, e
podem ser levadas para dentro dos pulmões através do ar inalado na respiração. As partículas
maiores não chegam a penetrar profundamente no aparelho respiratório, pois ficam retidas
nas narinas e nas vias aéreas superiores, mas nem por isso deixam de ser prejudiciais. As
partículas maiores, visíveis a olho nu, representam o “carvãozinho” que se deposita no chão e
nos objetos quando ocorrem queimadas.

Substâncias cancerígenas – As partículas descritas acima contêm, além


do elemento carbono (principal constituinte do carvão), um número muito elevado de
substâncias químicas, que formam o grupo de Material Orgânico Particulado (MOP). A
combustão de matéria orgânica, como nas queimadas, é uma das principais fontes do MOP
encontrado na atmosfera. Entre as substâncias presentes no MOP, há os compostos
conhecidos pelo nome de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs), muitos deles com
propriedades carcinogênicas (causadoras de câncer), como é o caso do Benzopireno,
Benzofluoranteno, Benzoantraceno e Benzofenantreno.
Gases tóxicos – As queimadas lançam na atmosfera gases tóxicos tais como
aldeídos (vários), dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono. Sob a ação
da irradiação solar, o monóxido de carbono, na presença de óxidos de nitrogênio e outros
produtos orgânicos (hidrocarbonetos), sofre reação química formando ozônio (O3), que é um
gás extremamente tóxico e irritante para as mucosas e o aparelho respiratório.

Qualquer pessoa saudável pode sentir os efeitos da poluição atmosférica


provocada pelas queimadas e que se apresentam como ardor nos olhos, nas narinas e na
garganta. Os gases tóxicos e o material particulado causam esses sintomas. Crianças de pouca
idade e pessoas idosas são mais sensíveis aos efeitos da poluição atmosférica. Portadores de
bronquite crônica e enfisema pulmonar têm agravamento dos sintomas quando há piora da
qualidade do ar. O mesmo fato ocorre em pessoas que sofrem de insuficiência coronariana
crônica. Há vários estudos mostrando o aumento da mortalidade por doenças respiratórias e
por doenças cardíacas quando se intensifica a poluição atmosférica.

Está comprovada a presença de substâncias que provocam câncer na fuligem


produzida nas queimadas. Sendo assim, está plenamente justificada a preocupação de que a
inalação dessas substâncias, como conseqüência das queimadas, represente aumento de risco
para o aparecimento de câncer, principalmente de pulmão. Como o câncer geralmente
demora vários anos até se manifestar sob a forma de sintomas, nós não podemos correr o
risco de esperar anos e anos até ter a demonstração de que de fato ocorreu um aumento do
número de casos dessa doença na nossa cidade. Nossa atitude, em situações como esta, tem
que ser preventiva, isto é, evitar o mal antes que ele apareça. Nesse caso, a prevenção se faz
combatendo as queimadas.

Podemos dizer, concluindo, que em nossa cidade, as queimadas


representam um papel muito importante na poluição atmosférica e, conseqüentemente, fator
de risco para a saúde da população. O combate às queimadas é manifestação de cidadania e
dever de todos.

Sala das Sessões Presidente “Dr. Emílio


Salim Haddad”, em 16 de agosto de 2010

AVELINO ANTONIO DA CUNHA


Vereador
EMENDA 12/2010 Supressiva ao Projeto de Lei do Legislativo 12/2010
De autoria do Vereador Marcos Daniel Venturini

Artigo 1º - Fica integralmente suprimido o artigo 1º e parágrafo único do


Projeto de Lei do Legislativo 12/2010
Artigo 2º - Suprime-se o termo “a usina” da redação do Artigo 5º do
referido projeto de lei, que passa a tramitar com a seguinte redação:

“Artigo 5º- O Executivo, através de seus órgãos competentes, localizará o


responsável ou proprietário causador da queimada e danos causados, tanto no
Município como fora dele”.

Justificação
A presente emenda visa retirar a proibição de queimada da palha da cana de
açúcar prevista no projeto de lei em comento.
O setor sucroalcooleiro paulista e o Governo do Estado assinaram protocolo que
tem como objetivo induzir a redução da queima da palha da cana de açúcar em prazo
mais curto daquele previsto na Lei Estadual de Queima (Lei 11.241/02).
De acordo com o protocolo, as indústrias da cana de açúcar tomarão medidas
para eliminar a queima em 2014 e 2017, respectivamente, para as áreas consideradas
mecanizáveis e não mecanizáveis. Para o ano de 2010, o protocolo reza que em áreas
com declividade até 12%, 70% da cana não será queimada.
Diante do protocolo, e por questões de razoabilidade, entendemos que a
proibição completa da queimada da cana não se faz necessária.
Aguardamos aprovação.

Itápolis, 17 de agosto de 2010

MARCOS DANIEL VENTURINI


Vereador

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