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RELATÓRIO 02
Março/2018
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 2
Sumário
Figuras ......................................................................................................................................... 5
Tabelas ...................................................................................................................................... 11
Abreviações ............................................................................................................................... 16
Definições .................................................................................................................................. 21
Objetivos ................................................................................................................................... 24
Introdução ................................................................................................................................. 25
1 Inventário das Condições Existentes .................................................................................... 28
1.1 Sítio Aeroportuário e Zoneamentos Existentes ........................................................................ 28
1.1.1 Situação Patrimonial...................................................................................................... 29
1.1.2 Zoneamento Civil/Militar .............................................................................................. 36
1.1.3 Zoneamento Funcional .................................................................................................. 37
1.1.4 Plano de Zona de Proteção de Aeródromo ................................................................... 39
1.1.5 Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea ......................................... 46
1.1.6 Plano de Zoneamento de Ruído .................................................................................... 50
1.2 Avaliação das Instalações Existentes......................................................................................... 52
1.2.1 Sistema de Pistas e Pátios ............................................................................................. 54
1.2.2 Sistema Terminal de Passageiros .................................................................................. 63
1.2.3 Sistema Terminal de Cargas .......................................................................................... 68
1.2.4 Infraestrutura de Aeronáutica....................................................................................... 69
1.2.5 Sistema de Aviação Geral .............................................................................................. 76
1.2.6 Sistema de Administração e Manutenção..................................................................... 78
1.2.7 Sistema de Apoio às Operações .................................................................................... 81
1.2.8 Sistema de Apoio às Companhias Aéreas...................................................................... 86
1.2.9 Sistema Industrial de Apoio........................................................................................... 89
1.2.10 Sistema de Infraestrutura Básica................................................................................... 89
1.2.11 Aspectos Ambientais ................................................................................................... 106
1.3 Avaliação da Capacidade Instalada ......................................................................................... 106
1.3.1 Sistema de Pistas e Pátios ........................................................................................... 108
1.3.2 Sistema Terminal de Passageiros ................................................................................ 120
1.3.3 Sistema Terminal de Cargas ........................................................................................ 132
1.3.4 Infraestrutura de Aeronáutica..................................................................................... 132
1.3.5 Sistema de Aviação Geral ............................................................................................ 132
1.3.6 Sistema de Administração e Manutenção................................................................... 133
1.3.7 Sistema de Apoio às Operações .................................................................................. 134
1.3.8 Sistema de Apoio às Companhias Aéreas.................................................................... 137
1.3.9 Sistema Industrial de Apoio......................................................................................... 138
1.3.10 Sistema de Infraestrutura Básica................................................................................. 138
1.3.11 Aspectos Ambientais ................................................................................................... 141
2 Desenvolvimento do Sítio Aeroportuário ............................................................................143
2.1 Estudos e Projetos Existentes.................................................................................................. 143
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 3
Figuras
Figura 1-1: Limites Patrimoniais do Sítio Aeroportuário ....................................................................... 30
Figura 1-2: Limite Patrimonial e Cercas do Sítio Aeroportuário............................................................ 33
Figura 1-3: Rua dentro do limite patrimonial ........................................................................................ 33
Figura 1-4: Portão para Acesso ............................................................................................................. 34
Figura 1-5: Visão do Portão para Acesso ............................................................................................... 34
Figura 1-6: Acesso via TPS ..................................................................................................................... 35
Figura 1-7: Trecho de Muro Perimetral do Aeroporto .......................................................................... 35
Figura 1-8: Zoneamento Civil/Militar .................................................................................................... 36
Figura 1-9: Zoneamento Funcional........................................................................................................ 38
Figura 1-10: Superfícies limitadoras de obstáculos do PBZPA .............................................................. 41
Figura 1-11: Obstáculos nas superfícies de aproximação e transição – Vista 1 .................................... 42
Figura 1-12: Obstáculos nas superfícies de aproximação e transição – Vista 2 .................................... 43
Figura 1-13: Obstáculos na superfície horizontal interna ..................................................................... 44
Figura 1-14: Obstáculos na superfície cônica ........................................................................................ 44
Figura 1-15: Obstáculos na superfície horizontal externa .................................................................... 45
Figura 1-16: Superfície de proteção do voo visual ................................................................................ 46
Figura 1-17: Superfícies limitadoras de obstáculos do PZPANA ........................................................... 48
Figura 1-18: Superfícies de proteção do GS e do LOC ........................................................................... 49
Figura 1-19: Obstáculos nas superfícies de proteção do NDB e PAPI ................................................... 49
Figura 1-20: Curvas de ruído de 75 e 65 dB .......................................................................................... 51
Figura 1-21: Curvas de ruído de 75 e 65 dB para helipontos ................................................................ 51
Figura 1-22: Curvas de Ruído................................................................................................................. 52
Figura 1-23: Situação Atual e Infraestrutura Existente ......................................................................... 54
Figura 1-24: Imagem Aérea da Pista de Pouso e Decolagem ................................................................ 54
Figura 1-25: Trincas na Área de Giro da Cabeceira 15 .......................................................................... 55
Figura 1-26: Cabeceira 15 ...................................................................................................................... 55
Figura 1-27: Cabeceira 33 ...................................................................................................................... 56
Figura 1-28: Imagem Aérea da Taxiway A ............................................................................................. 57
Figura 1-29: Trecho da Taxiway A ......................................................................................................... 57
Figura 1-30: Imagem Aérea do Pátio de Aeronaves .............................................................................. 58
Figura 1-31: Pátio de Aeronaves ........................................................................................................... 58
Figura 1-32: Imagem da área de equipamento de rampa .................................................................... 59
Figura 1-33: Área de Equipamento de rampa ....................................................................................... 59
Figura 1-34: Imagem Aérea da Via de Serviço Operacional (Em linha tracejada: ligação ao PAA) ....... 60
Figura 1-35: Trecho da Via de Serviço Operacional .............................................................................. 60
Figura 1-36: Imagem Aérea da Via de Serviço do Pátio ........................................................................ 61
Figura 1-37: Via de serviço do pátio - 1 ................................................................................................. 61
Figura 1-38: Via de serviço do pátio - 2 ................................................................................................. 61
Figura 1-39: Imagem Aérea da Via de Acesso da SCI à PPD .................................................................. 61
Figura 1-40: Trecho da Via de Acesso da SCI à PPD .............................................................................. 62
Figura 1-41: Imagem Aérea de Localização do Terminal de Passageiros .............................................. 63
Figura 1-42: Terminal de Passageiros.................................................................................................... 64
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 6
Figura 2-54: Superfícies limitadoras de obstáculos – PBZPA pós desenvolvimento aeroportuário ... 264
Figura 2-55: Superfícies limitadoras de obstáculos do PZPANA ......................................................... 266
Figura 2-56: Obstáculos na superfície de proteção do PAPI – Cabeceira 15 ...................................... 267
Figura 2-57: Obstáculos na superfície de proteção do PAPI – Cabeceira 33 ...................................... 267
Figura 2-58: Curvas de Ruído – Zoneamento Futuro .......................................................................... 273
Figura 2-59: Esquema de funcionamento do laser (IRI) ...................................................................... 276
Figura 2-60: Locação das Sondagens ................................................................................................... 279
Figura 2-61: Componentes do lado ar com estrutura de pavimento .................................................. 282
Figura 2-62: Seção de pavimento para pista de pouso e decolagem, pistas de táxi e pátio 2 - CBR = 15
– FAARFIELD ........................................................................................................................................ 286
Figura 2-63: Seção de pavimento para acostamento - CBR =15 – FAARFIELD ................................... 287
Figura 2-64: Características da seção de pavimento adotada para PPD – CBR = 15 ........................... 287
Figura 2-65: Características da seção de pavimento adotada para pistas de taxi A (em cima) e táxi B
(em baixo) – CBR = 15.......................................................................................................................... 288
Figura 2-66: Características da seção de pavimento adotada para o pátio 02 – CBR = 15 ................. 288
Figura 2-67: Seção de pavimento para pátio 1 – FAARFIELD .............................................................. 289
Figura 2-68: Características da seção do pátio 1 adotada .................................................................. 289
Figura 2-69: Intervenções nos componentes pavimentados – Fase 01 .............................................. 290
Figura 2-70: Intervenções nos componentes pavimentados – Fase 02 .............................................. 291
Figura 2-71: Diagrama de Áreas .......................................................................................................... 294
Figura 2-72: Fluxo de Passageiros Doméstico ..................................................................................... 295
Figura 2-73: Concepção geral do sítio aeroportuário ......................................................................... 296
Figura 2-74: Terminal de Passageiros – Vista a partir do Lado Ar ....................................................... 297
Figura 2-75: Terminal de Passageiros – Vista a partir do Lado Terra .................................................. 298
Figura 2-76: Localização do portão de acesso ..................................................................................... 299
Figura 2-77: Detalhes das cercas operacionais ................................................................................... 300
Figura 2-78: Detalhe dos portões de acesso ....................................................................................... 301
Figura 2-79: Diagrama de blocos da SE-ENTRADA .............................................................................. 302
Figura 2-80: Diagrama de blocos - Adequação SE-antiga.................................................................... 302
Figura 3-1: Evolução dos custos e despesas do aeroporto ................................................................. 314
Figura 3-2: Evolução dos custos e despesas do aeroporto por categoria ........................................... 315
Figura 3-3: Comparativo das reduções propostas no quadro de funcionários dos aeroportos da atual
rodada de concessões ......................................................................................................................... 318
Figura 3-4: Benchmarking de ganho de escala nos custos e despesas com pessoal e terceiros ........ 320
Figura 3-5: Projeção dos custos e despesas com pessoal ao longo da concessão .............................. 321
Figura 3-6: análise de benchmark de custos unitários de pessoal e terceiros em aeroportos nacionais
............................................................................................................................................................. 322
Figura 3-7: Projeção dos custos e despesas com serviços de terceiros ao longo da concessão ......... 323
Figura 3-8: Benchmarking de ganho de escala nos custos e despesas com utilidades e serviços públicos
............................................................................................................................................................. 324
Figura 3-9: Projeção dos custos e despesas com utilidades e serviços públicos ao longo da concessão
............................................................................................................................................................. 324
Figura 3-10: Benchmarking de ganho de escala nos custos e despesas com material de consumo .. 325
Figura 3-11: Projeção dos custos e despesas com material de consumo ao longo da concessão ...... 326
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 10
Figura 3-12: Projeção dos custos e despesas com o pagamento de seguro-garantia de execução ao
longo da concessão ............................................................................................................................. 327
Figura 3-13: Projeção dos custos e despesas ambientais ao longo da concessão .............................. 328
Figura 3-14: Projeção dos custos e despesas com IPTU ao longo da concessão ................................ 329
Figura 3-15: Projeção dos custos e despesas de transição ao longo da concessão ............................ 330
Figura 3-16: Projeção dos custos e despesas totais ao longo da concessão ....................................... 331
Figura 3-17: Quebra da projeção de custos e despesas totais em anos selecionados da concessão . 331
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 11
Tabelas
Tabela 1-1: Descrição da Situação Patrimonial – Áreas Regularizadas ................................................. 30
Tabela 1-2: Áreas pendentes não-regularizada .................................................................................... 31
Tabela 1-3: Zoneamento Civil/Militar ................................................................................................... 37
Tabela 1-4: Resumo do Zoneamento Civil/Militar ................................................................................ 37
Tabela 1-5: Zoneamento Funcional ....................................................................................................... 39
Tabela 1-6: Diferença da área do zoneamento funcional ..................................................................... 39
Tabela 1-7: Informações do aeroporto – PBZPA ................................................................................... 40
Tabela 1-8: Obstáculos na superfície de aproximação.......................................................................... 42
Tabela 1-9: Obstáculos na superfície horizontal interna ...................................................................... 43
Tabela 1-10: Obstáculos na superfície horizontal externa .................................................................... 45
Tabela 1-11: Informações dos Auxílios à Navegação Aérea .................................................................. 47
Tabela 1-12: Movimentação anual dos últimos três anos .................................................................... 50
Tabela 1-13: Dimensões (em metros) das curvas de ruído de 75 dB e 65 dB ....................................... 51
Tabela 1-14: Coordenadas do aeródromo ............................................................................................ 52
Tabela 1-15: Dados da Pista de Pouso e Decolagem 15/33 .................................................................. 56
Tabela 1-16: Informações da Taxiway ................................................................................................... 57
Tabela 1-17: Informações dos Pátios de Aeronaves ............................................................................. 59
Tabela 1-18: Informações de Área de Equipamentos de Rampa .......................................................... 60
Tabela 1-19: Informações das vias de serviço ....................................................................................... 62
Tabela 1-20: Descritivo de Não Conformidades no Sistema de Pistas e Pátios .................................... 63
Tabela 1-21: Alocação de Áreas do TPS ................................................................................................ 65
Tabela 1-22: Informações Gerais do TPS ............................................................................................... 66
Tabela 1-23: Informações do Estacionamento de Veículos .................................................................. 67
Tabela 1-24: Informações do Meio Fio do TPS ...................................................................................... 68
Tabela 1-25: Hangares – Aviação Geral ................................................................................................. 78
Tabela 1-26: Informações Gerais de Administração ............................................................................. 79
Tabela 1-27: Área de Edificação de Manutenção.................................................................................. 81
Tabela 1-28: Informações do PAA ......................................................................................................... 83
Tabela 1-29: Área da Edificação do PAA ............................................................................................... 83
Tabela 1-30: Informações Gerais do SCI................................................................................................ 85
Tabela 1-31: Área da Edificação da SCI ................................................................................................. 85
Tabela 1-32: Informações das Instalações de Processamento de Carga das Companhias Aéreas ....... 88
Tabela 1-33: Informações das Instalações Manutenção ....................................................................... 88
Tabela 1-34: Informações das Instalações Administração das Companhias Aéreas............................. 89
Tabela 1-35: Centros de Reservação ..................................................................................................... 93
Tabela 1-36: Premissas técnicas ............................................................................................................ 96
Tabela 1-37: Premissas técnicas ............................................................................................................ 98
Tabela 1-38: Premissas técnicas ............................................................................................................ 98
Tabela 1-39: Premissas técnicas .......................................................................................................... 101
Tabela 1-40: Categoria das aeronaves de acordo com a velocidade de cruzamento da cabeceira ... 109
Tabela 1-41: Tempo de ocupação de pista no pouso (em segundos) ................................................. 113
Tabela 1-42: Tempo de ocupação de pista na decolagem (em segundos) ......................................... 114
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 12
Tabela 1-85: Tempo de trânsito do Carro Contraincêndio ao ponto mais distante ........................... 137
Tabela 1-86: Proporção de utilização de área do sistema de apoio às companhias aéreas ............... 137
Tabela 1-87: Capacidade instalada de processamento de carga do sistema de apoio às companhias
aéreas .................................................................................................................................................. 138
Tabela 1-88: Capacidade instalada de manutenção do sistema de apoio às companhias aéreas ..... 138
Tabela 1-89: Parâmetros considerados para Água Potável ................................................................ 139
Tabela 1-90: Capacidade instalada do Sistema de Água Potável ........................................................ 139
Tabela 1-91: Capacidade Fossa Séptica ............................................................................................... 140
Tabela 1-92: Capacidade instalada do Sistema de Esgoto Sanitário ................................................... 140
Tabela 1-93: Parâmetros considerados para Resíduos Sólidos ........................................................... 141
Tabela 1-94: Capacidade instalada do Sistema de Resíduos Sólidos .................................................. 141
Tabela 2-1: Não-Conformidades Existentes ........................................................................................ 144
Tabela 2-2: Características gerais do aeródromo................................................................................ 149
Tabela 2-3: Operação do Aeroporto ................................................................................................... 149
Tabela 2-4: Movimentação do Aeroporto ........................................................................................... 150
Tabela 2-5: Informações de Espaço Aéreo .......................................................................................... 151
Tabela 2-6: Indicadores de desempenho ............................................................................................ 153
Tabela 2-7: Condições meteorológicas do aeroporto X direção do vento .......................................... 154
Tabela 2-8: Aeródromos e helipontos no entorno .............................................................................. 156
Tabela 2-9: Medidas mitigadoras ........................................................................................................ 159
Tabela 2-10: Melhorias ou modificações de Tráfego Aéreo por fase ................................................. 159
Tabela 2-11: Classificação do Aeroporto ............................................................................................. 162
Tabela 2-12: Passageiros na Hora-Pico ............................................................................................... 162
Tabela 2-13: Mix Anual de Aeronaves ................................................................................................. 164
Tabela 2-14: Ocupação Máxima dos Pátios Comerciais ...................................................................... 168
Tabela 2-15: Ocupação Máxima Simultânea dos Pátios Comerciais ................................................... 169
Tabela 2-16: Diretrizes de Dimensionamento da SAC/MTPA ............................................................. 171
Tabela 2-17: Classificação quanto à Classe do Aeródromo................................................................. 172
Tabela 2-18: Distâncias declaradas propostas .................................................................................... 178
Tabela 2-19: Informações dos voos regulares com origem no Aeroporto de Campina Grande......... 178
Tabela 2-20: Principais Destinos a partir do Aeroporto de Campina Grande ..................................... 179
Tabela 2-21: Largura da PPD Associada ao Código de Referência ...................................................... 180
Tabela 2-22: Largura de Pistas de Táxi ................................................................................................ 180
Tabela 2-23: Acostamentos de Pistas de Táxi ..................................................................................... 181
Tabela 2-24: Larguras e Aeronaves Críticas das Pistas de Táxi Propostas .......................................... 182
Tabela 2-25: Distância entre o Eixo de Pista de Táxi e PPD para operações IFR ................................. 182
Tabela 2-26: Parâmetros de Posições Comerciais............................................................................... 183
Tabela 2-27: Parâmetro de Posições de Carga .................................................................................... 183
Tabela 2-28: Parâmetro de Equipamentos de Rampa ........................................................................ 184
Tabela 2-29: Classificação quanto ao Porte do Aeroporto por Faixa de Passageiros Anuais ............. 185
Tabela 2-30: Área indicada para atividade administrativa dado o porte do aeroporto ..................... 185
Tabela 2-31: Lista de atividades administrativa indicadas ao aeroporto ............................................ 187
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 14
Tabela 2-32: Área indicada para atividade das empresas aéreas e empresas auxiliares dado o porte do
aeroporto ............................................................................................................................................ 189
Tabela 2-33: Lista de atividades das empresas aéreas e auxiliares indicadas ao aeroporto .............. 190
Tabela 2-34: Área indicada para atividade de órgãos públicos dado o porte do aeroporto .............. 191
Tabela 2-35: Área para a ANAC por movimentação anual de passageiros do aeroporto................... 192
Tabela 2-36: Lista de órgãos públicos indicados ao aeroporto ........................................................... 193
Tabela 2-37: Parâmetros de Dimensionamento para Aeroportos Classe I ou II. ................................ 195
Tabela 2-38: Parâmetros para dimensionamento do meio-fio de embarque .................................... 196
Tabela 2-39: Parâmetros de dimensionamento do saguão de embarque .......................................... 196
Tabela 2-40: Distribuição de Passageiros nos Fluxos .......................................................................... 197
Tabela 2-41: Parâmetros Considerados .............................................................................................. 198
Tabela 2-42: Parâmetros Considerados para Manuseio de Bagagem Embarcada ............................. 200
Tabela 2-43: Parâmetros Considerados para Vistoria de Segurança .................................................. 200
Tabela 2-44: Parâmetros de dimensionamento para as salas de embarque ...................................... 201
Tabela 2-45: Parâmetros de dimensionamento de conectores de embarque ................................... 202
Tabela 2-46: Parâmetros Considerados para Esteiras de Restituição ................................................. 202
Tabela 2-47: Parâmetros Considerados para Sala de Desembarque .................................................. 203
Tabela 2-48: Parâmetros de dimensionamento do saguão de desembarque .................................... 203
Tabela 2-49: Parâmetros para dimensionamento do meio-fio de desembarque............................... 204
Tabela 2-50: Níveis de serviço das vias de acesso ao terminal aeroportuário.................................... 205
Tabela 2-51: Níveis de serviço das vias de acesso ao meio-fio do terminal aeroportuário (meio-fio com
parada em fila dupla ou tripla) ............................................................................................................ 206
Tabela 2-52: Pista com rampa com fluxo em um único lado .............................................................. 206
Tabela 2-53: Implantação de órgãos ATS ............................................................................................ 208
Tabela 2-54: Classificação de Aeródromo para SCI ............................................................................. 211
Tabela 2-55: Categoria contraincêndio de aeronaves de asas fixas ................................................... 212
Tabela 2-56: Categoria contraincêndio de aeronaves de asas rotativas............................................. 212
Tabela 2-57: Correspondência entre as categorias contraincêndio de aviões e helicópteros ........... 213
Tabela 2-58: Correspondente de área do lote da SCI e do NPCR do aeródromo ............................... 214
Tabela 2-59: Áreas para subestação elétrica ...................................................................................... 216
Tabela 2-60: Não conformidades geométricas e operacionais ........................................................... 218
Tabela 2-61: Análise comparativa entre os requisitos geométricos mínimos exigidos pelo RBAC 154
............................................................................................................................................................. 225
Tabela 2-62: Planejamento da capacidade em número de posições de pátio ................................... 235
Tabela 2-63 - Resumo das necessidades das instalações .................................................................... 239
Tabela 2-64: Limite Patrimonial Proposto ........................................................................................... 260
Tabela 2-65: Resumo da Situação Patrimonial Proposta .................................................................... 260
Tabela 2-66: Resumo das Áreas a Incorporar ..................................................................................... 261
Tabela 2-67: Zoneamento Civil/Militar Proposto ................................................................................ 262
Tabela 2-68: Resumo do Zoneamento Civil/Militar Proposto ............................................................. 262
Tabela 2-69: Informações do aeroporto – PBZPA pós desenvolvimento aeroportuário .................... 263
Tabela 2-70: Informações dos Auxílios à Navegação Aérea ................................................................ 265
Tabela 2-71: Movimentação anual dos últimos três anos .................................................................. 268
Tabela 2-72: Parâmetros físicos do aeródromo .................................................................................. 269
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 15
Abreviações
A380 Airbus A380
AD Aeródromo
AT72 ATR-72
CAB Cabeceira
CAT Categoria
dB Decibel
IP Índice de Plasticidade
LL Limite de Liquidez
LOC Localizador
LP Limite de Plasticidade
MN Milhas Náuticas
NL Sem liquidez
NM Nautical Miles
NP Sem plasticidade
RWY Pista/Runway
SE Subestação de Energia
ST Separação Total
Definições
Acostamento Área adjacente à borda de um pavimento, preparada de modo a oferecer uma
transição entre o pavimento e a superfície adjacente.
Aeronave Crítica Aeronave em operação, ou com previsão de operar em um aeródromo, que demande
os maiores requisitos em termos de configuração e dimensionamento da
infraestrutura aeroportuária, em função de suas características físicas e operacionais.
Área Proibida Espaço aéreo de dimensões definidas, sobre o território ou mar territorial brasileiro,
dentro do qual o voo de aeronaves é proibido.
Área Restrita Espaço aéreo de dimensões definidas, sobre o território ou mar territorial brasileiro,
dentro do qual o voo de aeronaves é restringido conforme certas condições definidas.
Aviação comercial É a parte da aviação civil que envolve operação de uma aeronave para o serviço de
transporte de passageiros e carga.
Benchmark Padrão para medidas ou avaliações. Melhor marca alcançada no mercado. Ponto de
referência para observação.
Cartas de Sistema constituído por uma série de tipos de cartas que devem ser reeditadas
navegação por periodicamente, segundo um rigoroso calendário, estabelecido por compromissos
instrumentos internacionais assumidos pelo COMAER, perante a ICAO. Estas cartas contêm
informações topográficas, que praticamente não sofrem modificações, e informações
aeronáuticas, que estão sujeitas a um processo de atualização extremamente
dinâmico.
Check-in Registro que cada passageiro deve realizar no balcão da companhia aérea antes do
embarque, quando a companhia despacha as bagagens e entrega o cartão de
embarque ao passageiro. Atualmente, o passageiro pode realizar o check-in eletrônico
pela internet ou em terminais de autoatendimento, dirigindo-se ao balcão da
companhia apenas para despachar a bagagem.
Consórcio GCA As empresas BACCO, CPEA, INFRAWAY, Moysés & Pires, PROFICENTER e TERRAFIRMA,
especializadas nas diversas áreas dos requisitos técnicos do edital, consolidaram um
grupo de estudos independente, denominado Grupo de Consultores em Aeroportos
(GCA).
Espaço Aéreo Espaço aéreo de dimensões definidas, dentro do qual se presta o serviço de controle
Controlado de tráfego aéreo de conformidade com a classificação do espaço aéreo.
Movimento de Termo genérico utilizado para caracterizar um pouso, uma decolagem, ou um toque e
aeronave arremetida de aeronaves civis no aeródromo.
Nível de ruído Nível de ruído médio de um período de 24 horas, calculado segundo a metodologia
médio dia-noite Day-Night Average Sound Level- DNL.
Número de
Número que expressa a capacidade de suporte de um pavimento para operações sem
Classificação de
restrição.
Pavimentos (PCN)
Píer Edifício terminal em píer se caracteriza pela disposição das aeronaves ao longo do eixo.
Pista de táxi Pista geralmente pavimentada usada pelas aeronaves para taxiar de/para a pista de
pouso.
Posição de
Área designada em um pátio de aeronaves com o propósito de ser utilizada para
estacionamento de
estacionar uma aeronave.
aeronave
Pushback Procedimento pelo qual um avião é rebocado desde a porta de embarque até à
taxiway.
Superfícies de Superfícies que necessitam estar livres de obstáculos para garantir segurança das
proteção operações.
Tempo de Ocupação Tempo gasto pela aeronave durante a operação de decolagem, isto é, o tempo
de Pista na contado desde o momento em que a aeronave abandona o ponto de espera até o
Decolagem cruzamento da cabeceira oposta.
Tempo de Ocupação Tempo gasto pela aeronave durante a operação de pouso, isto é, o tempo contado
de Pista no Pouso desde o momento em que a aeronave cruza a cabeceira até o momento em que
abandona a pista.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 23
Uso Flexível do Conceito de gerenciamento do espaço aéreo que visa à otimização, ao equilíbrio e à
Espaço Aéreo equidade no uso do espaço aéreo, a partir das necessidades específicas apresentadas
por seus diversos usuários, que serão alcançadas mediante a coordenação estratégica
e a interação dinâmica.
Voo regular Ligação aérea entre duas ou mais localidades, caracterizada por um número, na qual é
executado serviço regular de transporte, de acordo com horário, itinerário e
frequência pré-fixados em "Horários de Transporte" (HOTRAN) e "Horários de
Transporte Aéreo Regional" (HOTREG).
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 24
Objetivos
O presente documento apresenta de forma detalhada o Estudo de Engenharia e Afins elaborado de
acordo com os termos do Edital de Chamamento Público de Estudos nº 1/2017 da SAC/MTPA para o
Aeroporto de Campina Grande.
O presente estudo tem como objetivo:
▪ Caracterizar a infraestrutura existente do aeroporto, de forma que seja possível mensurar as
ações necessárias para a adequação da infraestrutura aos padrões regulamentares e de nível
de serviço;
▪ Avaliar a capacidade instalada, de forma que a infraestrutura seja explorada ao seu máximo,
dentro da razoabilidade e dos limites dos níveis de serviço a serem prestados;
▪ Propor soluções e alternativas de desenvolvimento para o aeroporto, de forma que o sítio seja
explorado adequadamente e que o aeroporto cumpra sua função social;
▪ Desenvolver um anteprojeto de engenharia e arquitetura compatível com as regulações
vigentes da ANAC, COMAER, ABNT, outros órgãos de controle e melhores práticas do setor;
▪ Apresentar uma estimativa de custos de investimentos e operação compatíveis com as boas
práticas do setor e com as recomendações do TCU e de outros órgãos de controle.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 25
Introdução
Em 01 de setembro de 2017 foi publicado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
(MTPA) no Diário Oficial da União, o Edital de Chamamento Público de Estudos nº 1/2017 com o
objetivo de chamar pessoas e empresas interessadas na apresentação de projetos, levantamentos,
investigações e estudos técnicos para subsidiar a modelagem das concessões para expansão,
exploração e manutenção dos aeroportos de:
• Bloco 1: São Paulo;
• Bloco 2: Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Campina Grande;
• Bloco 3: Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta, Sinop, Barra do Garças;
• Bloco 4: Vitória, Macaé.
Atendendo ao chamamento público, as empresas BACCO, CPEA, INFRAWAY, Moysés & Pires,
PROFICENTER e TERRAFIRMA, especializadas nas diversas áreas dos requisitos técnicos do edital,
consolidaram um grupo de estudos independente, denominado Grupo de Consultores em Aeroportos
(GCA), e solicitaram autorização para subsidiar a Secretaria Nacional de Aviação Civil com estudos com
qualidade técnica compatível com os objetivos do chamamento.
A autorização foi dada ao grupo por meio do Edital de Chamamento Público de Estudos nº 3/2017,
autorizando à elaboração dos estudos para todos os aeroportos do objeto do Edital de Chamamento
Público de Estudos nº 1/2017 com exceção ao Aeroporto de São Paulo, que não foi autorizado para
ser estudado.
Tendo em vista o atendimento do escopo do chamamento público, o consórcio GCA desenvolveu os
estudos previstos no Edital de Chamamento de acordo com as normas vigentes e melhoras práticas
aplicáveis ao setor, tendo os resultados e descritivos das metodologias e premissas consolidados em
quatro relatórios para cada aeroporto de acordo com a seguinte estrutura:
• Relatório 1: Estudos de Mercado;
• Relatório 2: Estudos de Engenharia e Afins;
• Relatório 3: Estudos Ambientais;
• Relatório 4: Avaliação Econômico-Financeira.
Complementarmente, para cada Grupo de Aeroportos, conforme objeto do chamamento, foi
elaborado um relatório complementar de Avaliação Econômico-Financeira, no qual foi avaliada a
viabilidade econômico-financeira do grupo de aeroportos.
Cada um dos relatórios foi desenvolvido pela respectiva empresa especializada do grupo, que contou
com o suporte das demais empresas para garantir a compatibilização e integração do estudo.
O presente relatório, é o Relatório 2 – Estudos de Engenharia e Afins que foi elaborado de acordo com
a seguinte estrutura:
• Capítulo 1 – Inventário das Condições Existentes: contempla a caracterização do sítio
aeroportuário e dos zoneamentos existentes incluindo a definição da área patrimonial e dos
limites patrimoniais, dos zoneamento civil/militar e funcional, do Plano de Zonas de Proteção
do Aeródromo (PZPA), do Plano de Zonas de Proteção do Auxílios à Navegação Aérea (PZPANA)
e do Plano de Zoneamento de Ruído do Aeródromo (PZR); a avaliação das instalações
existentes, com relatório fotográfico, e a avaliação da capacidade instalada dos sistemas do
aeroporto incluindo: sistema de pistas e pátios, sistema terminal de passageiros, sistema
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 26
Anexo 2.2 - Portaria MTPA n.º 728, de 22 de agosto de 2017 e Portaria n.º 1.177 9/GM5, de
03 de outubro de 1980
Anexo 2.3 - Certidões relativas as matrículas de n.º 8.009 e 25.096
Anexo 2.4 - Matrículas de n.º 8.009 e 25.096
Anexo 2.5 - Decreto Municipal n.º 1.215, de 11 de abril de 1984
Anexo 2.6 - Ação de Execução de Título Extrajudicial n.º 0001048-33.2012.4.05.8201
ANEXO 3 – INVESTIGAÇÕES E ENSAIOS GEOTÉCNICOS
Apresenta os resultados das investigações e os ensaios geotécnicos realizados a fim de caracterizar o
solo de áreas específicas do aeroporto. Os resultados apresentados são referentes aos seguintes
ensaios:
Anexo 3.1 – Índice de Irregularidade Longitudinal (IRI)
Anexo 3.2 – Sondagem PDL
Anexo 3.3 – Ensaios de Caracterização do Solo
ANEXO 4 – PLANILHAS DE CUSTOS DE INVESTIMENTO (CAPEX)
Apresenta os custos unitários referenciais, a composição analítica do BDI, o resumo do orçamento dos
investimentos para cada componente aeroportuário e por fase de expansão. As planilhas referentes
ao CAPEX são:
Anexo 4.1 - Planilhas Referenciais
Anexo 4.2 - Composição do BDI
Anexo 4.3 - Quadro Resumo - CAPEX
Anexo 4.4 - Quadro por Fases - CAPEX
Anexo 4.5 - Cronograma de Execução da Obra
Anexo 4.6 - Quadro de Valores para Desapropriação
ANEXO 5 – DUE DILIGENCE DE CONTRATOS OPERACIONAIS
Apresenta a consolidação das informações objeto da due diligence dos contratos operacionais
existentes no âmbito do aeroporto:
Anexo 5.1 - Relação de Contratos Operacionais
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 28
Documentos
Identificação Proprietária Aquisição Situação Área (m²)
relacionados
A seu turno, encontra-se pendente de regularização as áreas apresentadas na Figura 1-1 acima, e
descritas na Tabela 1-2, a seguir.
De acordo com o PDIR, a Área 03 identificada na Figura 1-1 estaria regularizada. Entretanto, não
localizamos matrículas correspondentes a referida área, no Data Room virtual disponibilizado pela
SAC/MTPA, tampouco por meio de levantamento independente, comprovando que referida área seria
de propriedade da União.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 32
De fato, a SAC/MTPA disponibilizou no Data Room virtual apenas a certidão relativa a matrícula de n.º
8.009, datada de 17 de fevereiro de 1979, e a certidão de inteiro teor relativa a matrícula de n.º 25.096,
datada de 09 de julho de 2013, expedidas pelo Cartório de Registro de Imóveis do 1.º Ofício da
Comarca de Campinas Grande – PB (Anexo 2.3).
Desta forma, com vistas a fornecer uma posição atualizada sobre a regularidade jurídica/imobiliária do
sítio aeroportuário, o Consórcio levantou junto ao Cartório de Registro de Imóveis do 1.º Ofício da
Comarca de Campina Grande – PB, as matrículas de n.º 8.009 e 25.096 (expedidas em 26 de dezembro
de 2017), referenciadas nas certidões disponibilizadas no Data Room virtual (Anexo 2.4).
Em análise as referidas matrículas, verificamos que, entre as datas da emissão das matrículas
disponibilizadas pela SAC/MPTA no Data Room e as datas da emissão das matrículas atualizadas
obtidas pelo Consórcio, não houve qualquer alteração nas informações/registros constantes das
matrículas relativas aos imóveis disponibilizadas pela SAC/MTPA no Data Room virtual.
Por fim, foi verificada a existência do Decreto Municipal n.º 1.215, de 11 de abril de 1984 (Anexo 2.5),
que declara de utilidade pública, para efeito de desapropriação, as Áreas 04, 05, 06 e 07 identificadas
na Figura 1-1, acima, consideradas em processo de regularização. O Consórcio realizou pesquisas no
sítio eletrônico da Justiça Federal do Estado da Paraíba, com os seguintes parâmetros: “Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO” e “Município de Campina Grande”.
O resultado de tais pesquisas não identificou qualquer processos de desapropriação em curso, tendo
por objeto o Decreto Municipal n.º 1.215, de 11 de abril de 1984, mas apenas, da ação de execução de
título extrajudicial ajuizada, na 4.ª Vara da Justiça Federal da Paraíba sob o n.º 000148-
33.2012.4.05.8201 – cujo extrato dos andamentos segue anexo (Anexo 2.6), - pela União em
litisconsórcio ativo com a INFRAERO em face do Município de Campina Grande – PB, objetivando a
satisfação de obrigação de fazer que consiste na adoção de providencias e medidas necessárias à
transferência ao patrimônio da União das área contidas no sítio aeroportuário titularizadas em nome
do Município de Campina Grande – PB e terceiros.
Depreende-se dos andamentos anexos, que, em agosto de 2016, o Município de Campina Grande – PB
ainda não havia procedido a desapropriação das áreas declaradas de utilidade pública pelo Decreto
Municipal n.º 1.215/1984, tampouco publicado Decreto Municipal doando referida área à União.
Em suma, o Aeroporto de Campina Grande possui regiões devidamente regularizadas, contudo ainda
há regiões que necessitam de regularização para consolidação do limite patrimonial do aeroporto.
1.1.1.2 Cercas e Acessos
O Aeroporto de Campina Grande possui um muro que delimita toda a área patrimonial do aeroporto.
Há alguns pontos de acesso no muro. A delimitação do muro e o limite patrimonial estão ilustrados na
Figura 1-2.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 33
Como pode ser observado na Figura 1-2, o muro patrimonial do aeroporto não tem a mesma
delimitação do limite patrimonial do aeroporto. Há uma rua fora do muro, mas dentro do limite
patrimonial do aeroporto, que está ilustrada na Figura 1-3.
Não foi identificado durante visita in loco nenhum tipo de problema estrutural no contorno patrimonial
do aeroporto. Quanto ao controle de acessos, foi observado apenas um controle de acesso, localizado
próximo à BR 104, conforme mostra a Figura 1-4 e a Figura 1-5.
O aeroporto tem seu acesso principal realizado pelo TPS, apresentado na Figura 1-6.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 35
Dessa forma é observado que o perímetro do aeroporto é suficientemente mantido por estar fechado
com os únicos acessos feitos por meio do portão de acesso existente ou pelo TPS. Portanto, o
Aeroporto de Campina Grande possui o muro patrimonial em boas condições, mas há uma parte da
área patrimonial invadida por uma rua.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 36
A área civil do Aeroporto de Campina Grande foi dividida em sete (07) regiões. A Área Civil 07
corresponde a Área Especial. Todas as regiões civis e especiais são apresentadas na Tabela 1-3.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 37
Dentro do sítio aeroportuário não há áreas militares, mas há uma área reservada ao equipamento de
navegação aérea radiofarol não direcional (NDB) a nordeste do sítio, que é considerada área especial.
A área especial totaliza 13.000,00 m² e faz parte da área civil do aeroporto.
Assim, a área total de 821.782,31 m² do sítio corresponde à área civil. A Tabela 1-4 apresenta um
resumo do Zoneamento Civil/Militar do Aeroporto.
• Áreas de Apoio: toda a infraestrutura de apoio às operações do aeroporto, que inclui o parque
de abastecimento de aeronaves (PAA), a torre de controle (TWR), as instalações da seção
contraincêndio (SCI), área para manutenção de aeronaves, administração do aeroporto, área
de comissaria e apoio às companhias aéreas, áreas de carga das companhias aéreas, serviços
aeroportuários, estação de tratamento de esgoto, cloaca, estação de resíduos sólidos, dentre
outras dependências que estão distribuídas por todo sítio aeroportuário.
• Acesso, Estacionamento e Circulação: conjunto de áreas que envolvem as vias de acesso ao
aeroporto, estacionamento de veículos adjacentes a estas áreas e áreas de circulação de
pedestres.
• Áreas Não Operacionais: áreas dentro do sítio aeroportuário que estão vazias ou ocupadas por
instalações que não fazem parte da operação aeroportuária em si, como concessões, áreas
alugadas ou cedidas para terceiros.
O Aeroporto de Campina Grande possui o todos os zoneamentos funcionais apresentados. A Figura
1-9 apresenta o Zoneamento Funcional do aeroporto e a Tabela 1-5 mostra a descrição de cada região
do zoneamento funcional com suas respectivas áreas, em hectares e seus percentuais.
Conforme visto, existem áreas da faixa de pista fora do limite patrimonial, por esse motivo a área
apresentada na Tabela 1-5 não é o mesmo valor da área do aeroporto apresentado em outros capítulos
do relatório, pois considera-se as áreas fora do limite somando-as à área do aeroporto, conforme
pode-se ver na Tabela 1-6.
O Aeroporto de Campina Grande não possui Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA)
aprovado pelo DECEA, portanto, para este estudo, foi elaborado o PBZPA do aeroporto conforme a
Portaria Nº 957/GC3, de 09 de julho de 2015, e a Portaria Nº 1565/GC3, de 15 de outubro de 2015.
O Aeroporto de Campina Grande possui uma (01) pista de pouso e decolagem de aeronaves, cujas
cabeceiras são 15 e 33, que possui operação do tipo IFR Precisão Categoria I na cabeceira 15 e operação
do tipo IFR Não Precisão na cabeceira 33, de acordo com as cartas de navegação aérea disponibilizadas
pelo DECEA para o aeroporto. A Tabela 1-7 apresenta um resumo de informações do aeroporto que
guiam a construção das superfícies de proteção, como o comprimento da pista, a categoria do
aeroporto, a classe de performance da aeronave, as elevações do aeródromo e das cabeceiras, o tipo
de operação e a categoria das cabeceiras.
Categoria CAT I -
Categoria do Aeroporto 4
Categoria de performance da
E
aeronave recomendada pela portaria nº957
Dadas as superfícies de proteção e suas respectivas elevações apresentadas no PBZPA, objetos como
edificações, grandes estruturas, árvores, arbustos, postes, antenas, morros, terrenos, dentre outros,
foram analisados de forma que seja possível identificar se eles ultrapassam a elevação das superfícies
de proteção do PBZPA. Para todas as superfícies de proteção, foram identificados grupos de objetos
devido às dimensões da área da superfície perfurada.
O PBZPA foi analisado no Google Earth utilizando o seu modelo digital de terreno para comparação.
As localizações das regiões cujas alturas ultrapassam a elevação das superfícies de proteção foram
retiradas do Google Earth. É importante ressaltar que este modelo digital do terreno não apresenta
precisão elevada, de forma que foi utilizado para uma análise preliminar neste estudo. Para
homologação dos planos de proteção junto ao DECEA, é necessário que sejam realizados
levantamentos topográficos mais precisos.
Foram identificadas onze (11) áreas de obstáculos nas superfícies de aproximação e transição, as quais
estão apresentadas na Tabela 1-8. Essa tabela contém a identificação das áreas, que foram numeradas
de 1 a 11, o tipo do obstáculo, a superfície perfurada, as coordenadas UTM de um ponto das áreas
retiradas do Google Earth e a área aproximada da região, em metros quadrados.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 42
Terreno /
Área 1 Aproximação 178.985,00 9.196.319,00 165.761
Vegetação / Casas
Terreno /
Área 5 Aproximação 169.734,00 9.204.148,00 5.005.055
Vegetação / Casas
Terreno /
Área 11 Transição 179.018,00 9.196.564,00 5.175
Vegetação / Casas
Fonte: Consórcio GCA.
A Figura 1-11 e a Figura 1-12 apresentam as imagens retiradas do Google Earth mostrando as superfícies
de aproximação e transição em ambas as cabeceiras e identificando alguns objetos que perfuram essas
superfícies.
Foram identificadas duas (2) áreas de obstáculos para a superfície horizontal interna, as quais estão
apresentadas na Tabela 1-9. Essa tabela contém a identificação das áreas, que foram numeradas de
12 a 13, o tipo do obstáculo, a superfície perfurada, as coordenadas UTM de um ponto na área
identificada e a área aproximada da região, em metros quadrados. A Figura 1-13 apresenta uma
imagem retirada do Google Earth mostrando a superfície horizontal interna com as áreas que perfuram
essa superfície.
Não foi identificado nenhum obstáculo na superfície cônica, conforme pode ser observado na Figura
1-14, retirada do Google Earth.
Foram identificadas nove (9) áreas de obstáculos para a superfície horizontal externa, as quais estão
apresentadas na Tabela 1-10. Essa tabela contém a identificação das áreas, que foram numeradas de
14 a 22, o tipo do obstáculo, a superfície perfurada, as coordenadas UTM de um ponto na área
identificada e a área aproximada da região, em metros quadrados. A Figura 1-15 apresenta uma
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 45
imagem retirada do Google Earth mostrando a superfície horizontal externa com algumas áreas que
perfuram essa superfície.
Terreno / Horizontal
Área 14 184.970,00 9.207.262,00 56.252
Vegetação / Casas externa
Terreno / Horizontal
Área 15 184.174,00 9.206.746,00 18.247
Vegetação externa
Terreno / Horizontal
Área 16 184.526,00 9.208.523,00 49.717
Vegetação / Casas externa
Terreno / Horizontal
Área 17 183.848,00 9.207.337,00 55.167
Vegetação / Casas externa
Terreno / Horizontal
Área 18 183.350,00 9.208.083,00 883.633
Vegetação / Casas externa
Terreno / Horizontal
Área 19 181.748,00 9.207.860,00 705.259
Vegetação / Casas externa
Terreno / Horizontal
Área 20 180.068,00 9.211.251,00 320.445
Vegetação / Casas externa
Terreno / Horizontal
Área 21 174.803,00 9.210.352,00 106.965.095
Vegetação / Casas externa
Horizontal
Área 22 Morro 824.710,00 9.204.320,00 362.481
externa
Fonte: Consórcio GCA.
Não foi identificado nenhum obstáculo na superfície de proteção do voo visual, conforme pode ser
observado na Figura 1-16, que mostra a superfície mais restrita de proteção do voo visual, retirada do
Google Earth.
É necessário homologar o PBZPA do Aeroporto de Campina Grande junto ao DECEA e deve ser
realizado um levantamento topográfico mais preciso para que os possíveis obstáculos existentes
possam ser melhor avaliados e declarados no plano homologado. Alguns obstáculos acima
identificados podem ter alturas que não perfuram as superfícies de proteção quando as elevações
forem confirmadas no levantamento topográfico.
1.1.4.1 Carta de Obstáculos (AOC)
A carta de obstáculos de aeródromo (AOC) disponibilizada pela Publicação de Informação Aeronáutica
(AIP Brasil) possui os principais obstáculos nos arredores do aeroporto. Essa carta apresenta objetos,
edificações, postes e árvores, altos que merecem destaque e atenção especial para operações de
pousos e decolagens no aeroporto. A rampa de referência para a apresentação desses objetos é
regulamentada pelo Anexo 4 da ICAO, que define uma superfície com inclinação de 1,2% e origem na
área da trajetória de decolagem. Portanto, a carta de obstáculos considera também objetos que não
perfuram as superfícies definidas pelo PBZPA.
O Aeroporto de Campina Grande não possui AOC disponibilizada pelo DECEA, portanto, a mesma não
foi apresentada neste estudo.
1.1.4.2 Publicação de Informação Aeronáutica (AIP)
Além disso, o DECEA disponibiliza a Publicação de Informação Aeronáutica (AIP), que contém
documentação integrada de informação aeronáutica para cada aeródromo. A AIP publicada em 14 de
setembro de 2017 não identificou nenhum obstáculo para o Aeroporto de Campina Grande.
possam restringir o uso do solo aos objetos que possam afetar a segurança e a regularidade das
operações relativas aos auxílios à navegação aérea.
O Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea (PZPANA) é definido como um conjunto
de superfícies limitadoras de obstáculos que estabelecem restrições ao uso do solo no entorno dos
auxílios à navegação aérea, de forma que haja controle dos objetos projetados nesse espaço. O
PZPANA visa o uso eficiente do espaço próximo aos auxílios e a segurança das aeronaves.
O Aeroporto de Campina Grande não possui PZPANA aprovado pelo DECEA, portanto, para este
estudo, foi elaborado o PZPANA do aeroporto conforme a Portaria DECEA Nº 957/GC3, de 09 de julho
de 2015. O Aeroporto de Campina Grande possui uma (01) pista de pouso e decolagem de aeronaves,
cujas cabeceiras são 15 e 33, que possui operação do tipo IFR Precisão Categoria I na cabeceira 15 e
operação do tipo IFR Não Precisão na cabeceira 33, de acordo com as cartas de navegação aérea
disponibilizadas pelo DECEA para o aeroporto.
No Aeroporto do Campina Grande, há os seguintes auxílios que necessitam de superfície de proteção,
segundo a Portaria Nº 957/GC3: radiofarol não direcional (NDB), transmissor de rampa de planeio (GS)
referente à operação IFR Precisão na cabeceira 15, localizador (LOC) referente à operação IFR Precisão
na cabeceira 15 e sistema indicador de rampa de aproximação visual (AVASIS e PAPI) na cabeceira 15.
Como as superfícies de proteção do AVASIS e do PAPI possuem mesmas dimensões no plano
horizontal, mudando apenas a altitude da superfície, o PZPANA só está considerando a superfície do
PAPI por esta ser a mais crítica.
A Tabela 1-7 apresenta um resumo dos auxílios presentes no aeroporto com suas respectivas
coordenadas aproximadas.
Conforme a Portaria DECEA Nº 957/GC3, o Aeroporto de Campina Grande deve possuir superfícies de
proteção para todos auxílios da Tabela 1-7 excetuando o sistema indicador de rampa de aproximação
visual (AVASIS 1 e AVASIS 2) da cabeceira 15. As superfícies estão ilustradas na Figura 1-17. As
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 48
Dadas as superfícies de proteção e suas respectivas elevações, objetos como edificações, grandes
estruturas, árvores, arbustos, postes, antenas, morros, terrenos, dentre outros, foram analisados de
forma que foi possível identificar se eles ultrapassam a elevação das superfícies de proteção do
PZPANA.
O PZPANA foi analisado no Google Earth utilizando o seu modelo digital de terreno para comparação.
As localizações dos objetos ou regiões cujas alturas ultrapassam a elevação das superfícies de proteção
foram retiradas do Google Earth. É importante ressaltar que este modelo digital do terreno não
apresenta precisão elevada, de forma que foi utilizado para uma análise preliminar neste estudo. Para
homologação dos planos de proteção junto ao DECEA, é necessário que sejam realizados
levantamentos topográficos mais precisos.
A Figura 1-18 apresenta as superfícies de proteção do transmissor de rampa de planeio (GS) e do
localizador (LOC). Conforme pode ser observado, não há obstáculos que ultrapassam a elevação das
superfícies de proteção.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 49
A Figura 1-19 apresenta as superfícies de proteção do NDB e do PAPI da cabeceira 15. Conforme pode
ser observado, não há obstáculos na superfície do NDB, porém há obstáculos perfurando a superfície
do PAPI, dentre eles tem-se: terreno, edificações, árvores, dentre outros.
Dentre os auxílios à navegação aérea do Aeroporto de Campina Grande, apenas o PAPI possui
obstáculos com relação a sua superfície de proteção. Os demais auxílios, transmissor de rampa de
planeio (GS) e localizados (LOC), não possuem obstáculos com relação as suas superfícies de proteção.
É necessário homologar o PZPANA do Aeroporto de Campina Grande junto ao DECEA e deve ser
realizado um levantamento topográfico mais preciso para que os possíveis obstáculos existentes
possam ser melhor avaliados e declarados no plano homologado. Alguns obstáculos acima
identificados podem ter alturas que não perfuram as superfícies de proteção quando as elevações
forem confirmadas no levantamento topográfico.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 50
2014 3.527
2015 3.216
2016 2.832
Média 3.192
Fonte: Consórcio GCA.
De acordo com a Tabela 1-12, o aeródromo apresenta uma média anual de 3.192 movimentos nos
últimos três (3) anos, possibilitando a escolha de elaboração apenas do PBZR, segundo regulamento.
1.1.6.2 Metodologia
Conforme declarado na subparte C do RBAC n°161, as curvas de ruído de um PBZR são obtidas por
meio do enquadramento da pista de pouso e decolagem do aeródromo em uma das quatro classes
especificadas no mesmo regulamento. O enquadramento define as características geométricas das
curvas de ruído, cuja métrica é a movimentação anual do ano anterior. A Tabela 1-13 e a Figura 1-20
abaixo resumem a metodologia.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 51
Até 400 1 70 30 90 60
Como mostra a Figura 1-20, o PBZR possui curvas de ruído de 75 e 65 dB apenas, com formas
geométricas simplificadas. Além disso, para a aplicação de helipontos, os raios das curvas de ruído de
75 e 65 da pista de pouso e decolagem se compõe com as curvas traçadas para o heliponto a partir de
seu centro geométrico, conforme ilustrada na Figura 1-21.
Conforme a visita de campo e entrevista com o operador do aeródromo em estudo, estimou-se o local
mais provável para a localização do centro geométrico do heliponto. A Tabela 1-14 resume as
coordenadas das cabeceiras e heliponto.
A pista de pouso e decolagem é em pavimento flexível e está em ótimo estado. Sua última reforma é
recente e há apenas algumas pequenas trincas na área de giro da cabeceira 15. Foi informado em visita
in loco que a obra ainda está em garantia e os reparos relativos às trincas do pavimento, mostradas na
Figura 1-25, são de responsabilidade da construtora.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 55
A taxiway não apresenta qualquer sinal de deterioração. Sua condição atual é mostrada na Figura 1-29.
O pátio de aeronaves é utilizado para aviação geral e regular, tendo uma ligação para o pátio associado
do Sistema de Aviação Geral feito em concreto. O pavimento não apresenta qualquer sinal de
degradação, como pode ser visualizado na Figura 1-31, entretanto, é recomendável que a sinalização
seja refeita por já se apresentar desgastada.
Figura 1-34: Imagem Aérea da Via de Serviço Operacional (Em linha tracejada: ligação ao PAA)
Essa via não é pavimentada, o que pode ser visto na Figura 1-35, não sendo adequada para operação
dos caminhões tanque e outros veículos que precisam de aceso ao PAA.
A via de serviço do pátio está presente em toda a extensão do pátio de aeronaves, entre este e o TPS,
unindo-o ao pátio associado ao hangar, como mostra a Figura 1-36. A via é em pavimento rígido e se
apresenta em condições adequadas de tráfego, sendo recomendável, porém, que seja refeita a
sinalização. Parte da via de serviço do pátio pode ser visualizada na Figura 1-37 e Figura 1-38.
Figura 1-37: Via de serviço do pátio - 1 Figura 1-38: Via de serviço do pátio - 2
Já a via de serviço que conecta a SCI ao sistema de pistas e pátios, indicada e mostrada nas Figura 1-39
e Figura 1-40, é em pavimento flexível e se apresenta em boas condições de pavimento e sinalização,
não sendo necessárias intervenções.
Para que estas não conformidades sejam totalmente sanadas, estão previstos investimentos visando
a manutenção preventiva e corretiva nos custos de CAPEX e OPEX. Quando necessário, são previstas
obras específicas para a adequação dos problemas à regulação vigente, como previsto no item 2.5
deste estudo.
O TPS atual possui dois (02) pavimentos. O pavimento térreo é o nível operacional de embarque e
desembarque, enquanto que o primeiro pavimento é o nível técnico, com terraço panorâmico.
As instalações não apresentam adaptação à PNE, sendo necessário construção de piso táctil em todas
as áreas necessárias do terminal.
No pavimento térreo encontram-se as salas e salão de embarque e desembarque, dependências
sanitárias e restituição de bagagem, além de balcões de check-in, salas das companhias aéreas,
lanchonete e lojas de aluguel de carro. As áreas de check-in, sala de embarque e restituição de
bagagem podem ser vistas na Figura 1-43 à Figura 1-45.
O embarque nas aeronaves é feito remotamente, como mostra a Figura 1-46. Atualmente há estrutura
para atender aeronaves código A, B e C, com a possibilidade de estacionar até duas (02) aeronaves
código C no pátio de aviação regular. As principais instalações do terminal de passageiros estão
descritas a seguir:
• A área de check-in com balcões lineares no centro do TPS;
• A sala de inspeção de segurança, que está localizada ao lado da área de check-in, logo após as
escadas;
• Área comercial no centro do saguão, ao lado do check-in;
• A área de restituição de bagagens, que está localizada no pavimento térreo do TPS e tem sua
saída localizada ao lado da área comercial do TPS;
• As áreas para concessão no TPS, que estão quase todas ocupadas.
De forma geral, o TPS apresenta-se em ótimo estado de conservação e com infraestrutura adequada
a sua utilização. É recomendável que sejam feitas intervenções preventivas para garantir a
durabilidade e vida útil da edificação.
Na Tabela 1-21 e Tabela 1-22 é apresentada a consolidação das principais informações sobre o TPS.
Check-in 56,1
Sanitários 122,7
Concessões 281,2
Total 2.500,0
Fonte: INFRAERO, Consórcio GCA.
Esse estacionamento é em pavimento flexível, a céu aberto. O pavimento não apresenta sinais de
desgaste assim como a sinalização. É recomendado que seja feita a cobertura do estacionamento com
toldos ou vegetação arbórea. Na Tabela 1-23 é apresentada a consolidação das principais informações
sobre o estacionamento de veículos.
Em frente
203 4.530 Uso geral: passageiros e funcionários.
ao TPS
Fonte: INFRAERO, Consórcio GCA.
Ambas as vias são em pavimento flexível e se apresentam em condições boas para o acesso. O acesso
pela Rua Rogério Toledo pode ser visto na Figura 1-50 a seguir. A via chegando ao TPS possui duas (02)
faixas destinadas ao embarque e desembarque de passageiro, podendo ser visto na Figura 1-51.
Figura 1-50: Acesso pela Rua Rogério Toledo Figura 1-51: Meio-fio
Tipo de Via Vias Faixas por via Comprimento (m) Comprimento Total (m)
Embarque 1 2 30 30
Desembarque 1 2 30 30
Fonte: INFRAERO, Consórcio GCA.
Há um sistema PAPI novo instalado na cabeceira 15(Figura 1-59), na lateral direita da PPD, que ainda
está em fase de homologação.
A estrutura não apresenta sinais de deterioração aparente, sendo recomendável apenas intervenção
preventiva, especialmente quanto às coberturas. Na Tabela 1-25 é apresentada a consolidação das
principais informações sobre os hangares e pátios associados.
Figura 1-69: Imagem Aérea do Sistema Viário de Acesso ao Sistema de Aviação Geral
Não foram observados sinais de deterioração aparente nas instalações de manutenção, sendo
recomendada apenas intervenções de caráter preventivo. A Tabela 1-27 resume as informações das
instalações de manutenção.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 81
Existem duas (02) empresas que abastecem as aeronaves que utilizam o aeroporto: a Shell e a British
Petroleum. Suas condições atuais podem ser vistas nas Figura 1-76 e Figura 1-77.
A Tabela 1-28 e Tabela 1-29 apresenta a consolidação das principais informações do PAA da Shell.
Nota-se que o aeródromo dispõe de 50 m³ de tancagem no total.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 83
1 x 20.000
Shell JET-A1 01 7,0 12.400
1 x 30.000
Fonte: Visita in loco.
PAA BP Em construção
Fonte: Google Earth, Consórcio GCA.
A categoria da SCI é CAT 05. Além disso, apresenta caminhões de combate a incêndio, equipados com
água, pó químico seco (PQS) e líquido gerador de espuma (LGE). Os equipamentos e áreas da SCI são
apresentados na Tabela 1-30 e Tabela 1-31.
5.700 L – Água
Carro Contraincêndio (CCI) – Tipo 1- Ativo 02 225 kg – PSQ
750 L – LGE
5.700 L – Água
Carro Contraincêndio (CCI) – Tipo 1- Reserva 01 225 kg – PSQ
750 L – LGE
CATEGORIA 5
Fonte: AIP Brasil, Visita in loco.
As instalações da SCI não apresentam sinais de desgaste, sendo recomendável apenas intervenção
preventiva para manutenção da funcionalidade da edificação.
Além das instalações já descritas, a SCI ainda faz uso de um sistema de reciclagem de água para
treinamento e teste das viaturas. Essa foi uma das soluções para economia de água implementada no
aeroporto, sendo funcional e opera atualmente sem problemas. O sistema pode ser observado na
Figura 1-81.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 86
A Tabela 1-32 resume as informações das instalações de processamento de carga das companhias
aéreas.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 88
Tabela 1-32: Informações das Instalações de Processamento de Carga das Companhias Aéreas
Carga e Manutenção
28 28
para Companhias Aéreas
Fonte: Consórcio GCA, Visita in loco.
Há também uma sala destinada à manutenção da Gol localizada no TPS, indicada na Figura 1-84.
As informações das instalações de manutenção das companhias aéreas se resumem na Tabela 1-33.
TPS 7,63
Fonte: INFRAERO, Consórcio GCA.
TPS 57
Fonte: INFRAERO, Consórcio GCA.
O PBT da KF é antigo e se encontra com a vida útil esgotada. De modo geral, as instalações da KF não
atendem a todas as recomendações das normas técnicas da ABNT cabíveis e nem as recomendações
da norma regulamentadora NR 10 (segurança em instalações e serviços em eletricidade).
A KF não possui climatização nem sistemas eletrônicos (sistema de controle de acesso, sistema de
detecção e alarme de incêndio, sistema de TV de vigilância, sistema de gerenciamento de energia etc).
A Figura 1-85 apresenta a KF do aeroporto.
A Figura 1-89 juntamente com a Figura 1-90 e Figura 1-91, apresentam imagens da localização das unidades de
reservatório, bem como foto dos reservatórios quando essas estão disponíveis.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 94
RESERVATÓRIO
SUPERIOR
TERMINAL DE
PASSAGEIROS
RESERVATÓRIO
SUPERIOR
Não foram relatador problemas relacionados ao sistema de bombeamento dos reservatórios. Vale
ressaltar que o aeroporto conta também com coleta de água de chuva, dotado de reservatórios
destinados exclusivamente para este fim.
1.2.10.2.1.4 Rede de Distribuição
Estando o aeroporto abastecido de água potável, esta deve ser verificada quanto à sua qualidade e
tratamento, para então ser armazenada e posteriormente distribuída. Sendo assim, é necessária uma
rede de distribuição para garantir que a água chegue em todos os locais necessários dentro do sítio
aeroportuário.
No Aeroporto de Campina Grande foi constatado que toda a área do sítio possui rede de distribuição
de água em PVC. Não foram relatados casos de ruptura, vazamentos e/ou quaisquer degradações no
sistema.
1.2.10.2.2 Avaliação das premissas técnicas
De uma forma geral, o sistema de abastecimento de água do aeroporto encontra-se em boas condições
técnicas para operação. A água captada pelos poços somada à disponibilizada pela concessionária é
suficiente para a demanda do sitio aeroportuário e não foram observadas condições irregulares no
sistema. A Tabela 1-36 apresenta um resumo das condições técnicas do sistema de abastecimento de
água.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 96
1.2.10.4.1.2 Coleta
Uma vez que os resíduos estão acondicionados, deve haver uma coleta adequada, para posterior envio
a seu destino final. Para coleta dos resíduos, cada concessionário é responsável pelo
acondicionamento, coleta e disposição dos resíduos nas áreas indicadas.
1.2.10.4.1.3 Armazenamento
O resíduo do aeroporto após acondicionado e coletado pode ser armazenado em algum local antes de
ser levado a seu destino final. A Central de Resíduos utilizada como transbordo está localizada próxima
ao norte do sítio aeroportuário e possui aproximadamente 112 m2. Os resíduos são armazenados
separadamente em baias diferentes para cada tipo de resíduo nesta área, de forma que atendam às
exigências relacionadas a legislação ambiental.
A Figura 1-94 apresenta a localização da central de armazenamento de resíduos, enquanto a Figura
1-95 apresenta fotos da central de armazenamento tiradas no próprio aeroporto.
CENTRAL DE
ARMAZENAMENTO
DE RESÍDUOS
1.2.10.4.1.4 Transporte
Após todos os processos que acontecem com os resíduos, acondicionamento, coleta e
armazenamento, o lixo pode enfim ser transportado a seu destino final. No Aeroporto de Campina
Grande a prefeitura municipal faz a coleta do material depositado na central de armazenamento de
resíduos diariamente.
Já para os resíduos considerados contaminantes, é realizada a coleta por empresa especializada
responsável pelo tratamento e disposição ambientalmente adequada dos rejeitos.
1.2.10.4.1.5 Tratamento e destinação
Para reduzir os impactos ambientais e os riscos à saúde, os resíduos sólidos devem ser tratados quando
necessário e devem ser corretamente destinados. No Aeroporto de Campina Grande como a prefeitura
municipal é quem coleta o lixo, são eles quem possuem a responsabilidade pela destinação,
tratamento e disposição ambientalmente adequada dos resíduos provenientes do sítio aeroportuário.
1.2.10.4.1.6 Disposição Final
A prefeitura municipal destina os resíduos para o aterro sanitário local.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 101
1.2.10.7 Drenagem
A drenagem da pista é formada por canaletas paralelas à pista. As canaletas já apresentam sinais de
desgaste do concreto em alguns trechos, sendo recomendável inspeção e intervenções corretivas
localizadas. Ainda, sendo observado que parte da área vegetada se encontra degradada, é interessante
que seja refeita para limitar a velocidade de escoamento superficial. Na Figura 1-102 a Figura 1-107
são retratados o sistema de drenagem presente com seus elementos: canaletas e ponto de deságue
em um lago no sítio ao lado do aeroporto.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 105
Figura 1-104: Canaleta Paralela à Pista 1 Figura 1-105: Canaleta Paralela à Pista 2
Figura 1-106: Canaleta Paralela à Pista 1 – Figura 1-107: Canaleta Paralela à Pista 2 – Parte sem
Aumento de Largura Grelha
O Sistema de Aviação Geral apresenta a capacidade instalada da edificação terminal de aviação geral
(TAG), do estacionamento de veículos destinado exclusivamente às instalações da aviação geral e, por
fim, dos hangares e seus pátios de aeronaves associados.
O item Sistema de Administração e Manutenção apresenta a avaliação de capacidade das instalações
do aeroporto destinadas às atividades de administração e manutenção.
A avaliação da capacidade instalada do Sistema de Apoio às Operações refere-se às instalações do
Parque de Abastecimento de Aeronaves e da Seção Contraincêndio.
A avaliação da capacidade instalada do Sistema de Apoio às Companhias Aéreas corresponde à análise
das instalações de processamento de carga e manutenção, assim como das instalações de manutenção
e hangaragem.
O próximo item apresenta a avaliação da capacidade instalada do Sistema Industrial de Apoio que
corresponde à capacidade das instalações destinadas aos correios, comissaria e serviços
aeroportuários.
O item Sistema de Infraestrutura Básica apresenta a avaliação da capacidade de fornecimento de
energia elétrica e água potável para o Aeroporto de Campina Grande, assim como a capacidade
instalada da estação de tratamento de esgoto e da área destinada à armazenagem de resíduos sólidos.
O item também apresenta a avaliação do sistema de TI.
Tabela 1-40: Categoria das aeronaves de acordo com a velocidade de cruzamento da cabeceira
Categoria
da Velocidade de cruzamento da cabeceira (kt)
Aeronave
A < 90
B entre 91/120
C entre 121/140
D entre 141/165
E entre 166/210
Fonte: Consórcio GCA.
para entrada na pista, interferem no tempo total de ocupação da pista e são diferentes para cada
direção de operação. Finalmente, calcula-se a capacidade do conjunto de pistas pela média ponderada
entre o percentual de utilização e as respectivas capacidades de pista encontradas em cada cabeceira.
Vale ressaltar que essa metodologia supõe fatores de planejamento ideais quanto ao sequenciamento
e coordenação do tráfego, além de equipes e equipamentos com mesma capacitação e desempenho
operacional. No entanto, conforme previsto no DOC 9426 – Air Traffic Services Planning Manual, um
órgão ATC não é capaz de operar com sua capacidade máxima durante todo o turno de funcionamento.
Por isso, o DECEA adota percentuais entre 80% e 90% da capacidade teórica calculada pelo método
proposto, permitindo uma flexibilização dos valores de capacidade. No entanto, essa flexibilização não
foi estimada nesse estudo.
1.3.1.1.2 Hipóteses e parâmetros adotados
Para a estimativa do tempo médio de ocupação de pista no pouso (TOPP), supõe-se as premissas
definidas no DOC 9157 – Aerodrome Design Manual – Part 2 – Taxiways, Aprons and Holding Bays,
ICAO, denominado método dos três segmentos. Assim, com o intuito de produzir amostragens
aleatórias massivas, utilizou-se o método Monte Carlo ao se supor variáveis aleatórias, com
distribuição triangular, para determinados parâmetros de entrada do método dos três segmentos:
segmento de aproximação, transição e frenagem, conforme Figura 1-108.
Nesse estudo, adotou-se um número de duas mil (2.000) simulações, o suficiente para que o método
convergisse para um único valor. Dada a distância à cabeceira e o raio da saída de pista presente no
aeródromo, calcula-se o tempo decorrido para a aeronave percorrer os três segmentos até a liberação
completa da pista. Assim, obteve-se uma distribuição de tempos de ocupação para cada saída de pista
presente no aeródromo, escolhendo-se o menor tempo maior que 95% dos valores obtidos na
distribuição.
Em seguida, também para cada saída de pista, calcula-se a porcentagem de aeronaves que conseguem
utilizar cada saída localizada a uma dada distância da cabeceira. A Figura 1-112 exemplifica a
porcentagem de utilização da saída pelas aeronaves de cada categoria no caso de uma saída de raio
40 m. Como exemplo, para aeronaves categoria C, uma saída de pista colocada a 1706 m da cabeceira
atende 80% das aeronaves que pousam.
Figura 1-112: Porcentagem de utilização da saída para cada categoria com saída de raio 40 m
Vale ressaltar que o simulador calcula a porcentagem de utilização da saída de pista para todas as
categorias de aeronaves e raios de saída de pista propostos no documento DOC 9158. O tempo de
ocupação de pista durante pouso, portanto, é calculado para cada categoria por meio de uma média
ponderada entre a porcentagem de utilização de cada saída de pista e o tempo de ocupação de pista
correspondente a respectiva saída.
O simulador também contempla situações onde existam áreas de giro na pista. Nesses casos, supõe-
se que a aeronave chega a velocidade nula no ponto de giro e, após o giro, acelera apenas até a
velocidade compatível com a saída de pista mais próxima. Naturalmente, os tempos de ocupação de
pista são sempre maiores para tais situações.
Para a estimativa do tempo de ocupação de pista durante a decolagem (TOPD), deve-se estimar o
tempo de ingresso na pista e o tempo de corrida na pista. Para tanto, mede-se a distância percorrida
para a aeronave entrar na pista por meio da planta do aeródromo. Supondo-se que todas aeronaves
realizam o procedimento de entrada na pista com velocidade de 13 kt (6,7 m/s), calcula-se o tempo de
ingresso na pista.
Para o tempo de corrida na pista, supõe-se que as aeronaves aceleram até atingir uma velocidade de
rotação respectiva a cada categoria de aeronave. Desse modo, o simulador estima o tempo de
ocupação de pista durante a decolagem conforme a metodologia MCA 100-14 prevê pelo tempo de
ingresso na pista somado ao tempo de corrida até o cruzamento da cabeceira oposta.
1.3.1.1.3 Resultados e discussões
No caso do aeródromo em estudo neste relatório, a Tabela 1-41 resume os valores obtidos para o
TOPP de cada categoria e em cada uma das cabeceiras.
A 56,2 320,4
B 209,7 328,6
C 232,2 316,8
D 225,8 310,5
Fonte: Consórcio GCA
Sendo o comprimento de pista 1.600 m, pode-se calcular o tempo de ocupação de pista na decolagem
para cada categoria de aeronave. No caso do aeródromo em estudo, tem-se os seguintes resultados
listados na Tabela 1-42.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 114
A 187,8 145,2
B 189,7 147,0
C 208,4 165,8
Finalmente, de posse do TOPP e TOPD, calcula-se a média aritmética dos tempos de ocupação de pista
por categoria de aeronaves (MATOP) para cada cabeceira. O tempo médio ponderado de ocupação de
pista (TMOP) é calculado, em seguida, com base na distribuição percentual da frota em operação no
aeródromo estudado. Com base no Relatório de Estudo de Mercado e nas características de cada
aeronave, sabe-se o mix das aeronaves dentro das categorias de velocidade estabelecida nesta
metodologia (considerando-se o mix da hora-pico para aviação comercial). A Tabela 1-43 resume os
resultados obtidos para o aeródromo em estudo.
Para o cálculo da velocidade média ponderada na aproximação final (VMP), utilizou-se os dados da
distribuição triangular supracitada para a velocidade de cruzamento da cabeceira como amostra da
velocidade de aproximação final (VA), ponderando-se pelo mix de aeronaves. Para cada categoria,
tomando-se o menor valor maior que 95% dos dados para o cálculo de VA, obteve-se os resultados
listados na Tabela 1-44 para o aeródromo em estudo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 115
Em seguida, o método descrito pela MCA 100-14 prevê a determinação da separação de segurança
(SS) em cada cabeceira. Assim, obteve-se uma separação de segurança de 7,2 MN e 8,3 MN para as
cabeceiras 15 e 33, respectivamente. Somando-se a separação mínima regulamentar de 5 MN, obteve-
se uma separação total (ST) entre dois pousos consecutivos de 12,3 MN e 13,3 MN para as cabeceiras
15 e 33, respectivamente. Finalmente, o tempo médio ponderado entre dois pousos consecutivos
(TMST), o número de pousos e decolagens possíveis se encontram listados na Tabela 1-45 abaixo.
Tabela 1-45: Tempo médio ponderado entre dois pousos consecutivos (em segundos)
CAB TMST (s) Pousos Decolagens Total
A capacidade teórica do sistema de pistas é determinada pela média aritmética ponderada entre o
percentual de utilização e as respectivas capacidades de pista encontradas em cada cabeceira.
Baseando-se nos dados de utilização cabeceira disponibilizados no plano diretor deste aeródromo,
revisado em 2012, a Tabela 1-46 resume o valor da capacidade obtida.
15 19,4 98,00
33 17,8 2,00
Capacidade teórica
19,4
do sistema
Fonte: Consórcio GCA
A capacidade teórica calculada pelo método é de 19,4 movimentos /hora. Não há valores de
capacidade declarado no portal do CGNA para este aeródromo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 116
A Tabela 1-47 apresenta as dimensões de largura, largura com acostamento e classificação da pista de
táxi indicada na Figura 1-113, bem como a aeronave crítica de operação e a condição de atendimento
aos requisitos para esta operação.
Taxiway A 23 30 C C Atende
Fonte: AIP, Consórcio GCA.
A pista de táxi de rolagem A está apta a operar aeronaves de porte igual ou inferior à código C.
Considerando as separações entre eixos das pistas de pouso e de táxi de acesso ao pátio, há restrições
para aeronaves código C em operações instrumentadas.
1.3.1.3 Pátios de Aeronaves
A avaliação de capacidade pode ser desenvolvida considerando a capacidade estática, ou seja, o
número de posições de paradas disponíveis simultaneamente, ou a dinâmica, que considera os tempos
de ocupação de cada tipo de posição. Diversas características da operação podem ser incorporadas na
análise de capacidade dinâmica, como dependências entre posições, os diferentes tipos de aeronaves
acomodadas por posição, destinação compartilhada ou exclusiva de posições por companhias aéreas,
dentre outros aspectos.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 118
A fim de mensurar a capacidade atual do pátio principal (Figura 1-115), foram analisadas as
capacidades estáticas e dinâmicas para o cenário atual. A Tabela 1-48 apresenta as capacidades
estáticas para o cenário avaliado.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 119
Posições Pontes C
A 0
B 0
C 0
D 0
E 0
Posições Remotas C
A 0
B 0
C 2
D 0
E 0
Posições (Remotas+Pontes) C
A 0
B 0
C 2
D 0
E 0
Total de Posições 2
Fonte: Carta PDC, Consórcio GCA.
Para avaliar a capacidade dinâmica, ponderou-se as capacidades estáticas obtidas pelo tempo médio
de ocupação de cada código de aeronave, obtendo-se assim a capacidade dinâmica total, conforme a
Tabela 1-49.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 120
A 15
B 25
C 45
D 75
E 85
Capacidade C
A 0
B 0
C 3
D 0
E 0
Total 3
Fonte: Consórcio GCA.
Sala de Desembarque/Restituição de
243 156 Atende
Bagagens
Os parâmetros considerados para a análise de capacidade do meio-fio de embarque foram obtidos por
meio das pesquisas de satisfação e indicadores de processos da SAC/MTPA e estão apresentados na
Tabela 1-53.
Os parâmetros apresentados na Tabela 1-55 foram obtidos por meio das recomendações do ADRM
10ª Edição e das pesquisas de satisfação e indicadores de processos da SAC/MTPA. Vale ressaltar que
o valor de área por ocupante se deu a partir da definição de nível de serviço ótimo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 123
Tempo de
Permanência do SAC/MTPA 20,0
Passageiro (min)
Tempo de
Permanência do SAC/MTPA 20,0
Acompanhante (min)
Número de Visitantes
SAC/MTPA 1,0
(visitantes/pax)
1.3.2.1.3 Check-in
Diversas opções de fluxo dentro da área de check-in são possíveis dependendo do modo de check-in e
processamento de bagagens utilizado pelo passageiro, de acordo com a Figura 1-116.
Para o cálculo da capacidade do check-in, foram consideradas as plantas de terminal para a obtenção
das áreas das instalações de check-in tradicional, totens de autoatendimento e despacho de bagagens.
A disponibilidade de equipamentos como balcões de check-in, balcões de despacho de bagagens e
totens de autoatendimento foram obtidas por meio da visita ao terminal. A Tabela 1-56 apresenta a
infraestrutura existente de saguão de embarque.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 124
Balcões 7
Check-in Tradicional
Área de filas (m²) 47,0
A partir da infraestrutura instalada estimada para cada componente, o pico de trinta minutos
admissível foi obtido, conforme apresentado a seguir.
1.3.2.1.3.1 Check-in Tradicional
O pico admissível de trinta minutos de balcões de check-in foi obtido considerando os balcões
disponíveis (𝑁𝑏𝑎𝑙𝑐õ𝑒𝑠 ), o tempo de processamento médio do check-in por classe de passageiro (𝑡𝑝 ) e o
tempo de espera em fila (𝑡𝑒 ), de acordo com a Equação 1-1.
O pico admissível de trinta minutos da área de filas foi calculado considerando as áreas operacionais
disponíveis (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥 ), considerando nível de serviço ótimo, de
acordo com a Equação 1-2
𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠𝑘
𝑝ℎ𝑝𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 = ∑
𝐴𝑝𝑎𝑥𝑘 Equação 1-2
𝑘=𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
O pico admissível de trinta minutos da área de filas foi calculado considerando as áreas operacionais
disponíveis (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥 ), considerando nível de serviço ótimo, de
acordo com a Equação 1-4.
𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠
𝑘
𝑝ℎ𝑝𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 = ∑
𝐴𝑝𝑎𝑥𝑘 Equação 1-4
𝑘=𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 125
O pico de trinta minutos admissível da área de filas foi calculado considerando as áreas operacionais
disponíveis (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥 ), considerando nível de serviço ótimo, de
acordo com a Equação 1-6.
𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠
𝑘
𝑝ℎ𝑝𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 = ∑
𝐴𝑝𝑎𝑥𝑘 Equação 1-6
𝑘=𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
Totens de
Fator de Pico de % 53%
Autoatendimento
Trinta Minutos
Despacho de
% 53%
Bagagens
Totens de
Tempo de s 120
Autoatendimento
Processamento
Despacho de
s 120
Bagagens
Fonte: ADRM 10ª Edição, SAC/MTPA, Previsão de Demanda.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 126
A partir das áreas operacionais disponíveis, foi estimada a capacidade de atendimento de aeronaves
equivalentes C por meio da área requerida por carro/container e pela quantidade de carros/containers
necessários para o atendimento de uma aeronave.
Assim, pode-se estimar a capacidade de passageiros na hora-pico por meio do tamanho médio da
aeronave e da média de decolagens por portão de embarque no período de 2 a 4 horas. A Tabela 1-59
apresenta os parâmetros considerados para o manuseio de bagagem embarcada.
Canais de inspeção 1
Fonte: Consórcio GCA.
A partir das áreas operacionais disponíveis, foi estimado o pico de trinta minutos admissível. O pico de
trinta minutos admissível de canais de inspeção foi calculado considerando os canais disponíveis
(𝑁𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 ), o tempo de processamento médio da vistoria (𝑡𝑝 ) e o tempo de espera em fila (𝑡𝑒 ), de acordo
com a Equação 1-7.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 127
𝑁𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 ∙ 60 ∙ (30 + 𝑡𝑒 )
𝑝ℎ𝑝𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 = ∑
𝑡𝑝 Equação 1-7
Para o pico de trinta minutos admissível das áreas de filas foi considerado as áreas operacionais
disponíveis (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥 ), considerando nível de serviço ótimo, de
acordo com a Equação 1-8.
𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠
𝑝ℎ𝑝𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 = ∑
𝐴𝑝𝑎𝑥 Equação 1-8
Previsão de
Fator de Pico de Trinta Minutos 53%
Demanda
Os parâmetros considerados para as salas que atendem às aeronaves tanto em posições de contato
quanto em posições remotas são apresentados na Tabela 1-63.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 128
Os parâmetros considerados foram de acordo com o nível de serviço ótimo. A Tabela 1-66 apresenta
os valores considerados.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 129
Máximo Tempo de
Permanência na Sala de SAC/MTPA 30
Desembarque (min)
Área de
259,8
processamento (m²)
Fonte: Consórcio GCA.
Os parâmetros apresentados na Tabela 1-69 foram obtidos por meio das pesquisas de satisfação e
indicadores de processos da SAC/MTPA. Vale ressaltar que o valor de área por ocupante se deu a partir
da definição de nível de serviço ótimo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 130
Tempo de
Permanência do SAC/MTPA 20,0
Passageiro (min)
Tempo de
Permanência do SAC/MTPA 20,0
Acompanhante (min)
Número de Visitantes
SAC/MTPA 1,0
(visitantes/pax)
Comprimento de
30,0
meio-fio (m)
Fonte: Consórcio GCA.
dos veículos, e tempos médios de permanência, de modo a obter a capacidade total de passageiros na
hora-pico.
1.3.2.2 Estacionamento de Veículos
A capacidade do estacionamento e veículos pode ser avaliada do ponto de vista estático ou dinâmico.
A capacidade estática consiste na disponibilidade total de vagas, enquanto a dinâmica na capacidade
de veículos que podem utilizar o estacionamento por unidade de tempo. Assim, a capacidade dinâmica
leva em consideração os tempos médios de ocupação das vagas por parte dos veículos. Devido a
limitação de dados disponíveis, foi avaliada a capacidade estática do estacionamento apenas.
A partir de dados apresentados pela INFRAERO e pela visita, foram identificados a área de
estacionamento e o número de vagas disponíveis. Considerando a demanda de vagas ocupadas de
longa e curta estadia indicada pelo Relatório de Estudo de Mercado, foi feita a análise da situação do
estacionamento, como apresentado na Tabela 1-72.
Além disso, foram consideradas uma taxa de ocupação de 2,30 pessoas por veículo e uma taxa de
recirculação dos veículos de 30%. Para o caso de acessos com menos de 3 faixas, foi adotada a
metodologia do acesso principal. Com essas premissas, foi feita a avaliação da capacidade de
passageiros suportados por hora. O comparativo entre as capacidades instaladas e as demandas,
identificadas como sendo o número de passageiros na hora-pico de embarque, desembarque e
simultâneo, está apresentado na Tabela 1-74.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 132
Tabela 1-75: Capacidade instalada dos hangares e pátios associados da Aviação Geral
Área de Hangares e Capacidade Demanda Atual
Situação
Pátios Associados (m²) (n° de posições) (n° de posições)
500 2 6 Sobrecarregado
Fonte: Consórcio GCA.
Tabela 1-76: Relação da taxa de área a ser reservada à administração do aeroporto em função do pax
Pax ano (embarcado e
Taxa (m²/1.000 pax/ano)
desembarcado)
2017 469,4
2016 134,1
2015 140,7
Considerando os valores de consumo médio por dia para o aeroporto, conforme dados da ANAC de
consumo do aeroporto, foram calculados quantos dias de estoque de combustível a capacidade atual
do PAA suportaria. Os valores estão apresentados na Tabela 1-80.
Tabela 1-81: Capacidade de lote de Parque de Abastecimento de Aeronaves dada sua área
Faixa de área do
Capacidade (m³/mês)
lote (m²)
Área do lote
Acima de 5.000
0,76
Fonte: INFRAERO, NBR 9719/1997.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 136
O Nível de Proteção Contraincêndio Requerido foi obtido com base na Resolução Nº 0279/2013. De
acordo com os dados disponíveis para análise dos requisitos de carros de combate, agentes extintores
e de reserva de água para produção de espuma (LGE) previstos na Resolução Nº 0279/2013, foi
analisado se os requisitos estavam sendo atendidos. Os resultados estão presentes na Tabela 1-84.
Além disso, deve ser feita a avaliação do tempo de resposta a incidentes ou acidentes em pontos
críticos do sítio aeroportuário, a fim de determinar a necessidade de alocação de postos avançados
contraincêndio (PACI).
Para a análise do alcance do CCI, foram identificados os valores característicos de velocidade máxima
e tempo de aceleração de 0 a 80 km/h do carro. A Resolução Nº 0279/2013 indica, como tempo
máximo de resposta, 180 s, assim foram reservados 45 s para preparação da equipe de combate a
incêndio e 135 s, no máximo, para trânsito da mesma, baseado no porte do aeroporto. Com esses
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 137
parâmetros, foi calculado o tempo necessário para se alcançar a parte mais distante da área de
movimentação de aeronaves e comparado com os 135 s de tempo de trânsito adotados. Os resultados
estão apresentados na Tabela 1-85.
28 2 26
Fonte: Consórcio GCA.
Tabela 1-87: Capacidade instalada de processamento de carga do sistema de apoio às companhias aéreas
Área do Sistema de Cargas Capacidade Demanda Atual
Situação
(m²) (t/ano) (t/ano)
2 17 355 Sobrecarregado
Fonte: Consórcio GCA.
O comparativo entre a capacidade instalada para manutenção das companhias aéreas e a demanda
atual de voos regulares no aeroporto está apresentado na Tabela 1-88.
Para o cálculo da demanda desse sistema, foi considerada a reserva de combate a incêndio e tomada
uma quantidade de dias de reserva adequada para os outros consumos. Foi estimada a demanda de
água para reservação com base nos passageiros anuais, nos consumos médios de cada usuário e nas
relações de proporção entre os usuários e passageiros. Os parâmetros considerados estão
apresentados na Tabela 1-89.
Os valores de volume de água do sistema de reservação e demanda atual estão apresentados na Tabela
1-90.
48 87 Sobrecarregado
Fonte: Consórcio GCA.
Com base no consumo médio dos usuários, obtido na avaliação de capacidade das instalações de água
potável, e um coeficiente de retorno de 80%, foi obtida a vazão demandada para o processamento dos
passageiros, acompanhantes e população do aeroporto. O comparativo entre a capacidade instalada
do sistema de esgoto sanitário e a demanda atual do aeroporto está apresentado na Tabela 1-92.
1.3.10.5 Sistema de TI
O sistema de voz e dados existente atende à demanda atual do TPS, porém a maior parte das
instalações é antiga e está em desacordo com as normas vigentes. O SISOM, STVV e SIV são sistemas
que atendem a demanda atual do TPS.
Há necessidade modernização do sistema de SISOM e instalação de outros sistemas eletrônicos (SDAI,
SICA, SDH e SIGUE) de modo a otimizar as operações no aeroporto e proporcionar maior segurança e
conforto aos passageiros e concessionários.
• A análise do uso e ocupação do solo no interior das curvas de ruído, mediante a identificação
das áreas e números de residências, pessoas e médias de pessoas por residência originais dos
setores censitários (IBGE, 2010);
• Levantamento dos focos atrativos à fauna, utilizando-se de critérios definidos em legislações
aeronáuticas específicas;
• Levantamento e análise de índices de colisão de aeronaves com fauna, segundo dados
disponibilizados pelo CENIPA;
• Identificação de áreas sensíveis à atividade aeroportuária, em virtude da existência de espécies
da fauna e flora de distribuição restrita localizadas em regiões sob influência do aeródromo,
conforme critérios do ICMBIO;
• Avaliação de risco dos passivos ambientais levantados utilizando-se uma adaptação da FMEA
(FailureModeandEffectsAnalysis);
• A proposição dos indicadores está de acordo com as referências do GRI Standards (versão
2016) e do GRI G4- Airport Operator Sector Disclosures (versão 2013), correlacionando-os com
os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com os padrões de Desempenho IFC, e
com os princípios do Pacto Global.
Por meio da obtenção dessas restrições e impactos, pode-se avaliar a capacidade instalada
considerando as normas e regulações ambientais pertinentes. O detalhamento das avaliações e
estudos elaborados foram apresentados no Relatório 03 – Estudos Ambientais. Nele estão
apresentados as considerações, licenças, passivos e mitigações levantados e analisados para o
aeroporto, bem como os processos em andamento.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 143
Desta maneira, para a expansão dos sistemas e componentes aeroportuários, de acordo com o estudo
de demanda por transporte aéreo, foi definida uma única fase de implantação no ano de 2015 e
implantação final, que se constitui no aproveitamento máximo do sítio aeroportuário. A adoção desta
fase única de implantação decorre da necessidade de correção imediata das não-conformidades
apresentadas.
As principais obras previstas nestas fases de implantação estão apresentadas a seguir.
2.1.2.2.1 Fase Única de Implantação (2015)
As ampliações previstas para a Fase Única de Implantação resultam das necessidades decorrentes da
previsão de demanda para 2029.
As intervenções propostas para esta fase são apresentadas a seguir e exemplificadas na Figura 2-1.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 145
Código de Referência 4C
Período de operação 24 h
comando para resistir a esse efeito. Se o encontro com o vórtice ocorrer na área de aproximação, seu
efeito será maior pelo fato de a aeronave que seguir atrás se encontrar numa situação crítica com
relação à velocidade, empuxo, altitude e tempo de reação.
Os mínimos de separação da esteira de turbulência baseiam-se no agrupamento dos tipos de
aeronaves em três categorias de acordo com o peso máximo de decolagem certificado. São elas:
• PESADA (H): todos os tipos de aeronaves de peso máximo de decolagem de 136.000 kg (300.000
libras) ou mais;
• MÉDIA (M): tipos de aeronaves de peso máximo de decolagem inferior a 136.000 kg (300.000
libras) e superior a 7000 kg (15.500 libras);
• LEVE (L): tipos de aeronaves de peso máximo de decolagem de 7000 kg (15.500 libras) ou
menos.
Recentemente, foi criado a 4ª categoria de esteira de turbulência, especificamente para o A380,
categoria J. Na Tabela 2-4, estão apresentados os principais aeroportos que possuem voo com
Origem/Destino ao Aeroporto de Campina Grande, junto com a categoria de turbulência.
Guarulhos/SP B737 M
Recife/PE AT72 M
Galeão/RJ B737 M
Fonte: Planos de Voo Repetitivos (DEZ 2017).
A aeronave crítica que opera atualmente em Campina Grande é o B737, cuja categoria de envergadura
se enquadra em código C. Destaca-se que o código de referência do aeródromo é 4C, conforme
apresentado na Tabela 2-2. No tocante aos procedimentos do DECEA, a classificação da aeronave é
baseada na velocidade de cruzamento de cabeceira, estando o B737 no intervalo de 121 kt a 141 kt,
categoria C.
ACC ACC-RE
Os espaços aéreos ATS são classificados e designados alfabeticamente, de acordo com o tipo de voo e
o serviço prestado. As aeronaves deverão observar as regras específicas para operações em cada
espaço aéreo.
No caso, Classe G são permitidos voos IFR e VFR. É proporcionado a todos os voos somente o serviço
de informação de voo.
A Figura 2-3 apresenta a localização do Aeroporto de Campina, situado na FIR Recife, não possuindo
Espaço Aéreo controlado, a Oeste do Aeroporto de João Pessoa, a Noroeste do Aeroporto de Recife e
a Sudoeste do Aeroporto de Natal.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 152
Fonte: DECEA.
O único espaço aéreo condicionado (EAC) nos arredores do aeroporto é a área SBR 202 (treinamentos
de aeronaves civis do aeroclube de Campina Grande). No entanto, conforme apresentado no ROTAER,
diversos obstáculos nos arredores do aeroporto devem ser observados, podendo causar restrições
operacionais.
O DECEA disponibilizou para a localidade os seguintes procedimentos de aproximação por
instrumento:
• NDB RWY 15;
• ILS ou LOC ONLY RWY 15;
• RNAV (GNSS) RWY 15;
• RNAV (GNSS) RWY 33.
Consta-se que o menor teto disponível para operação na RWY 15 é de 300 ft (ILS) e para a RWY 33 é
de 700 ft. Apresenta ainda 2 SIDs com saídas para Recife, Natal e Mossoró e o setor sudoeste do
Aeroporto.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 153
SBKG-SBJP = 00:30
Tempo médio de voo
SBGL-SBKG = 02:50
Nessa mesma tabela foram relacionados os dados de direção do vento com as condições
meteorológicas do aeroporto. Diante do exposto pode ser observado que 98,9% do tempo a direção
do vento favorece o uso da cabeceira 15 e 1,1% favorece a cabeceira 33, sendo a maior frequência de
IMC para a cabeceira 15, que corresponde a 80 vezes a ocorrência na cabeceira 33, aproximadamente.
A metodologia para classificar a cabeceira que era favorecida pela direção do vento se deu pela
abrangência do intervalo de direções do vento entre θ – 90° e θ + 90°, onde θ é a direção da cabeceira.
Cabe destacar que o percentual do uso real da cabeceira não é necessariamente igual ao percentual
das condições de vento favorável para cada cabeceira.
A Figura 2-4 apresenta a variação das condições meteorológicas do Aeroporto de Campina Grande ao
longo do ano. Verifica-se que o mês mais crítico, ou seja, aquele que possui maior frequência de IMC,
é o mês de julho com 26,2% do tempo IMC. No entanto, a variação ao longo do ano não passa de 14,2%
das condições visuais.
A Tabela 2-8 detalha ainda se o aeródromo possui plano de zona de proteção publicado, o tipo de
operação do aeródromo e a distância aproximada em milhas de SBKG.
realizado pelas aeronaves sempre acontecerá sobre a pista, impactando diretamente a capacidade de
pista do aeroporto.
Quanto as operações que ocorrem no aeroporto, SBKG possui somente Estação Prestadora de Serviços
de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) responsável em prestar somente o Serviço de
Informação de Voo de Aeródromo ( ). Assim, o serviço prestado não determina qual será a pista
que deverá ser utilizada, independentemente de serem pousos ou decolagens, cabendo ao piloto a
definição da pista em uso.
Assim caso a demanda aumente além da capacidade calculada ocorrerá efeito adverso CAG de
capacidade, devendo ser adotadas as medidas mitigadoras apontadas no item 2.2.8.1 para operação
segura do aeroporto.
2.2.7.3 Efeito Adverso OPEA
As diversas análises de Efeito adverso OPEA devem ser realizadas após a elaboração do projeto
arquitetônico dos prédios e instalações previstas nas fases de desenvolvimento. Por isso, foi analisado
apenas o caso de serviço de aeródromo, onde pode ser apresentado pontos críticos para evitar
futuramente efeito adverso de Objetos Projetados no Espaço Aéreo devido as obras de expansão.
Dessa forma o projeto executivo de ampliação deve levar em consideração a Portaria 957/GC3 e o
próprio Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo, para limitar as alturas das novas edificações,
evitando assim efeito adverso OPEA na ampliação do Aeroporto.
2.2.7.3.1 Efeito Adverso OPEA no Serviço de Aeródromo
Segundo a projeção de demanda e o plano de desenvolvimento do aeroporto, não existe o
planejamento de construção de TWR, ou seja, não haverá o Serviço de Controle de Aeródromo.
Efeito Adverso CAG no • EAC: Elaboração de procedimentos de navegação aérea de SBKG dentro
Espaço Aéreo dos critérios de separação requerida do referido EAC.
Posições
N/A N/A N/A
operacionais TWR
Treinamento de
N/A N/A N/A
ATCO de TWR
Conforme apresentado no
projeto de expansão
Infraestrutura do Conforme apresentado Conforme apresentado
Análise da SBR 202
aeródromo no projeto de expansão no projeto de expansão
Análise dos obstáculos nos
arredores do aeroporto
Posições
N/A N/A N/A
operacionais APP
Treinamento
N/A N/A N/A
controladores APP
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 160
Aspecto
10 anos 20 anos 30 anos
considerado
O equacionamento constante na Tabela 2-10 teve como base os critérios para implantação dos
sistemas de apoio aos órgãos ATS da ICA 63-18, o panorama dos aeroportos mais movimentados do
Brasil e as tecnologias e conceitos apresentados no Aviation System Block Update (ASBU). Vale
ressaltar que o equacionamento propõe melhorias a serem implementadas ao longo do período de
concessão à medida que o volume de tráfego aumente, de modo que os anos de implantação
propostos na Tabela 2-10 não estão diretamente relacionados às fases de implantação que serão
apresentadas no capítulo 2.5 deste relatório.
Constata-se pelo gráfico anterior que não há tráfego de aviação internacional no aeroporto. Sendo o
tráfego de passageiros composto exclusivamente por passageiros domésticos e de aviação geral.
Com base na movimentação anual de passageiros projetada para o aeroporto foi feita a classificação
do aeroporto para todo o período da concessão, para fins de enquadramento às regulações da ANAC,
por meio dos critérios definidos no RBAC 153, que considera a média aritmética dos movimentos
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 162
anuais de passageiros dos últimos três anos de operação. A Tabela 2-11 a seguir, apresenta a evolução
da classificação do aeroporto ao longo de todo o período da concessão.
A partir da análise das projeções de passageiros anuais, é possível definir o momento mais adequado
para realizar as intervenções no sistema de terminal de passageiros, no sistema de administração e
manutenção, no sistema de áreas de apoio, no sistema de companhias aéreas, no sistema de
comissaria e no sistema de infraestrutura básica. O dimensionamento detalhado de cada um dos
componentes, bem como a metodologia de cálculo adotada, está apresentado no capítulo 2.3.2.
Complementarmente às análises feitas para a movimentação anual de passageiros, analisou-se as
projeções de hora-pico de passageiros. Na Tabela 2-12, a seguir, estão apresentadas de forma
sumarizada as projeções de passageiros na hora-pico, tanto para o fluxo doméstico, quanto para o
internacional considerando os fluxos segregados de embarque e desembarque e simultâneo.
Doméstico Desembarque 146 169 202 246 300 364 433 511
Embarque - - - - - - - -
Internacional Desembarque - - - - - - - -
Simultâneo - - - - - - - -
Simultâneo Total 178 206 246 300 366 444 528 623
Fonte: Consórcio GCA.
A Figura 2-9 a seguir apresenta graficamente o crescimento dos picos doméstico e simultâneo total
para todo o período da concessão.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 163
Para aeroportos Classe I e II, como o caso do Aeroporto de Campina Grande, para os primeiros 25 anos
da concessão, período durante a projeção prevê que o aeroporto será Classe II, foi utilizada a
metodologia proposta pela SAC/MTPA para a análise de movimento horário de passageiros, ao invés
da metodologia da 30ª hora. Enquanto a metodologia usual propõe o dimensionamento de acordo
com a 30ª (trigésima) hora mais crítica no período de um ano, a metodologia da SAC/MTPA se baseia
na quantidade de assentos oferecidos pela aeronave crítica considerando uma simultaneidade de 45
minutos. O Estudo de Mercado apresenta de forma detalhada a metodologia para obtenção da
demanda simultânea de assentos.
Nota-se pela análise do gráfico da Figura 2-10 que a demanda baseada na metodologia da SAC/MTPA
resulta em uma demanda maior do que a demanda baseada na 30ª hora de maior movimento.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 164
Taxa de ocupação
média das aeronaves 69,5% 74,6% 76,1% 77,5% 78,7% 79,0% 79,0% 79,0%
da frota
Fonte: Consórcio GCA.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 165
Analisando os dados apresentados na Tabela 2-13, acima, verifica-se que o tamanho médio da
aeronave da frota se mantém, e que a taxa de ocupação média da frota cresce significantemente, para
patamares de rotas de mercados ainda em consolidação.
A Figura 2-11 a seguir apresenta de forma gráfica e em tabela de dados o volume de movimentos
anuais projetado.
O aeroporto possui uma porção representativa do total de movimentos composto por aviação geral,
atualmente, com aproximadamente 50% do total do tráfego, que reduzirá gradativamente até pouco
menos de 30% frente ao crescimento acentuado do tráfego doméstico regular, enquanto o tráfego
internacional é inexistente. O tráfego de carga do aeroporto é composto exclusivamente por carga de
porão, uma vez que não há atualmente e não há previsão para operação de voos cargueiros regulares
no aeroporto, o que potencialmente não requer a implantação de um terminal de cargas no aeroporto,
mas apenas a manutenção e expansão das áreas de cargas das companhias aéreas.
A movimentação anual de aeronaves é analisada em conjunto com a capacidade horária do sistema
de pistas a fim de identificar o melhor momento para a ampliação da infraestrutura.
Os dados de movimentos horários de pista apresentados na Figura 2-12 e na Figura 2-13, a seguir, são
divididos em dois tipos diferentes de análise, a hora-pico total e a hora-pico comercial. A hora-pico
comercial corresponde ao momento em que há a maior solicitação da pista por aeronaves comerciais
e a hora-pico total corresponde à maior solicitação da pista para qualquer tráfego, podendo esses dois
picos coincidirem ou não.
Deve-se analisar os dois picos para garantir que os investimentos sejam feitos de forma adequada e
balanceada sem prejuízo desnecessário para quaisquer dos usuários do aeroporto. No entanto, a hora-
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 166
pico comercial é a mais importante do ponto de vista do aeroporto, uma vez que a aviação comercial
demanda mais infraestrutura e traz mais receitas para o aeroporto.
A hora-pico total é composta majoritariamente por aviação geral, o que corrobora para o já constatado
sobre a movimentação anual do aeroporto, de que a aviação geral possui um papel significativo na
demanda total do aeroporto.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 167
A comparação entre os gráficos de hora-pico apresentada permite concluir que existem dois tipos de
picos distintos no aeroporto atualmente, um com maior número de movimentos da aviação comercial
e um com maior movimentação de aviação geral. Desta maneira, vê-se que, ao longo do tempo, a
tendência é que esse padrão se mantenha até o fim da concessão.
Nota-se ainda pela análise dos gráficos que a demanda não ficou restrita por conta do limite da
capacidade horária da pista de pouso durante o período analisado. O capítulo 2.3.2 detalha o cálculo
da capacidade da pista para cada horizonte considerando os investimentos propostos.
2.3.1.3 Ocupação dos Pátios de Aviação Comercial
Uma terceira análise considera a distribuição das intervenções de pátio de modo que sejam atendidas
as demandas, tanto horária quanto anual projetadas, sendo a demanda horária a mais crítica do ponto
de vista de dimensionamento. Para tal, foram analisadas as projeções de ocupação máxima dos pátios
doméstico e internacional, bem como os de ocupação máxima simultânea dos mesmos, de acordo com
as aeronaves operantes no aeroporto. As projeções levam em consideração o número total
considerando todos os segmentos operantes e estão apresentados na Tabela 2-14 e na Tabela 2-15, a
seguir, e graficamente na Figura 2-14 e na Figura 2-15 seguintes.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 168
A - - - - - - - -
B - - - - - - - -
E - - - - - - - -
A - - - - - - - -
B - - - - - - - -
Pátio C - - - - - - - -
Internacional D - - - - - - - -
E - - - - - - - -
TOTAL - - - - - - - -
Fonte: Consórcio GCA.
Ocupação Simultânea Classe de Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano
dos Pátios Aeronaves 2016 1 5 10 15 20 25 30
A - - - - - - - -
B - - - - - - - -
E - - - - - - - -
A - - - - - - - -
B - - - - - - - -
Aeronaves C - - - - - - - -
Internacionais D - - - - - - - -
E - - - - - - - -
TOTAL - - - - - - - -
A - - - - - - - -
B - - - - - - - -
C - - - - - - - -
Aeronaves de Carga
D - - - - - - - -
E - - - - - - - -
TOTAL - - - - - - - -
A - - - - - - - -
B - - - - - - - -
E - - - - - - - -
As projeções de demanda de utilização do pátio de aeronaves são analisadas juntamente com a análise
da hora-pico de passageiros, de pista e da frota da hora-pico para garantir o balanceamento dos pátios
com o sistema terminal de passageiros e com o sistema de pistas de pouso e decolagem no capítulo
2.3.3.
Gatilho de
Deve-se evitar que a saturação do uso da
investimento (pátio de
Balanceado com o TPS infraestrutura ultrapasse 95%
estacionamento de
Prazo máximo para recomposição: 12 meses
aeronaves)
Fonte: SAC/MTPA.
O Aeroporto de Campina Grande é classificado como Classe I ou II nos primeiros anos de concessão e
passa a ser classificado como Classe III durante o período de concessão.
Enquanto classificado como Classe II, considerou-se como critério de dimensionamento a quantidade
de assentos oferecidos pela aeronave crítica ou a quantidade de assentos oferecidos em caso de
simultaneidade de 45 minutos, conforme detalhado no Estudo de Mercado. Além disso, majorou-se a
quantidade de assentos, multiplicando-a por 1,3 vezes, para as intervenções da primeira fase. Como
gatilho de investimento, buscou-se evitar que a saturação do uso da infraestrutura ultrapassasse 95%
do dimensionado.
Por outro lado, enquanto classificado como Classe III, considerou-se como critério de
dimensionamento a 30ª hora-pico de passageiros mais movimentada, para avaliar as necessidades de
cada fase de planejamento, e a antecipação à queda de nível de serviço de maneira a sempre atender
a 30ª hora de maior solicitação do ano.
2.3.2.1 Normas e Regulações
Para o Plano de Desenvolvimento do Sítio Aeroportuário e o Anteprojeto de Engenharia, foram
consideradas, prioritariamente, as regulações e normatizações brasileiras dos órgãos relacionados a
aeroportos. Para o caso das edificações, como o terminal de passageiros, foram consideradas também
as normas da ABNT, nos itens referentes à conforto, ruído, ergonomia e iluminação. Além das normas
brasileiras, foram utilizadas normas e regulações internacionais referentes a boas práticas no setor
aeroportuário.
Para avaliação de capacidade e dimensionamento da infraestrutura aeroportuária, refletidos no Plano
de Desenvolvimento do Sítio Aeroportuário, foram consideradas como referência as normas e as
regulações apresentadas a seguir.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 173
FAA • AC 150/5020-1 – Noise Control and Compatibility Planning for Airports, 1983;
• INM User’s Guide, 2007.
TRB • ACRP 025 – Airport Passenger Terminal Planning and Design, Volume 2, 2010;
• ACRP 040 – Airport Curbside and Terminal Area Roadway Operations, 2017.
ASTM • E1364-95 – Standard Test Method for Measuring Road Roughness by Static
Level Method, 2017.
Pavimentação
ANAC • RBAC 154 – Projeto de Aeródromos, Emenda nº 03, 2018.
ICAO • Annex 14, Volume I, Aerodrome design and operations, 7th Edition, 2016;
Terminal de Passageiros
ABNT • NBR 12314 – Aeronáutica – Critérios de ruído para recintos internos nas
edificações submetidas ao ruído aeronáutico, 1997;
• NBR 10152 – Acústica — Níveis de pressão sonora em ambientes internos a
edificações, 2017;
• NBR 16401-2 – Instalações de Ar-Condicionado - Parâmetros de Conforto
Térmico, 2008;
• NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações, 2005;
• NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos, 2015;
• NBR 16537 – Acessibilidade — Sinalização tátil no piso, 2016;
• NBR 14273 – Acessibilidade da pessoa portadora de deficiência no transporte
aéreo comercial, 1999;
• NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência, 2013.
TRB • ACRP 025 – Airport Passenger Terminal Planning and Design, Volume 2, 2010.
Cercas e Acessos
INFRAERO • Manual de Procedimentos – MP-12.14(SEA), 2009;
• Manual de Identidade Visual – NI-21.02/E(CSO), 2009.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 176
Infraestrutura de Aeronáutica
ABNT • NBR 7732 – Cabos Elétricos para Auxílios Luminosos em Aeroportos, 2016;
• NBR 7733 – Aeroportos – Execução da instalação de cabos elétricos
subterrâneos para auxílios luminosos, 1996;
• NBR 9718 – Transformadores de isolamento para auxílios luminosos em
aeroportos, 2013;
• NBR 12971 – Emprego de sistema de aterramento para proteção de auxílios
luminosos em aeroportos, 1993.
FAA • AC 150/5340-18F – Standards for Airport Sign Systems, 2010 (Errata 2012);
• AC 150/5345-26D – Specification for L-823 Plug and Receptacle, Cable
Connectors, 2008;
• AC 150/5345-44K – Specification for Runway and Taxiway Signs, 2015;
• AC 150/5345-46E – Specification for Runway and Taxiway Light Fixtures, 2016
(Errata 2017);
• AC 150/5345-47C – Specification for Series to Series Isolation Transformers for
Airport Lighting Systems, 2011;
• AC 150/5340-30H – Design and Installation Details for Airport Visual Aids,
2014.
ICAO • Annex 14, Volume I, Aerodrome design and operations, 7th Edition, 2016.
Tabela 2-19: Informações dos voos regulares com origem no Aeroporto de Campina Grande
Número médio
Porcentagem
Destino Cidade Aeronave de passageiros
da Carga Paga
da rota
O número médio de passageiros varia conforme a rota, sendo 122 para o Aeroporto do Galeão. Esse
valor é similar ao projetado no Estudo de Mercado para o final da concessão. Dessa forma, as projeções
de demanda são coerentes com a possíveis rotas dada a configuração proposta para a pista de pouso,
de modo que a infraestrutura oferecida atende plenamente à demanda projetada.
Assim, considerando uma rota de 1.200 nmi, voos saindo do Aeroporto de Campina Grande podem
chegar aos destinos apresentados na Tabela 2-20 e na Figura 2-17, considerando uma carga paga de
no mínimo 65%, conforme avaliação das rotas operadas atualmente no aeroporto.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 179
1 18 m 18 m 23 m -
2 23 m 23 m 30 m -
3 30 m 30 m 30 m 45 m
4 - - 45 m 45 m
Fonte: Emenda n° 03 do RBAC n° 154.
Para aeroportos com código 4, a largura mínima de PPD necessária é de 45 m. Atualmente, a PPD do
aeroporto tem largura de 42 m, sendo necessário aumentar sua largura em 1,5 m para ambos os lados.
Já os acostamentos da pista, de acordo com o RBAC 154, devem ser implantados em uma pista onde
a letra de código for D, E ou F. Como a letra código é C, não é necessária a implantação dos
acostamentos.
2.3.2.2.3 Requisitos para Pistas de Táxi
O dimensionamento da largura das pistas de táxi e de seus acostamentos deve considerar a aeronave
crítica que utiliza a taxiway correspondente, conforme ocorre a operação do aeroporto. Assim, é
possível que as necessidades de cada taxiway sejam diferentes, dependendo de sua localização e
função. Dessa forma, a taxiway necessita ter largura e acostamentos suficientes para que a aeronave
crítica possa operar considerando a distância entre as rodas externas do trem de pouso principal e,
consequentemente, seu código de referência.
De acordo com o RBAC 154, a largura mínima das pistas de táxi e de seus acostamentos depende da
largura exterior entre as rodas do trem de pouso principal e da letra código de referência da aeronave
crítica, como visto na Tabela 2-22 e na Tabela 2-23.
F 44
E 38
D 34
C 25
Fonte: Emenda n° 03 do RBAC n° 154.
Atualmente, o Aeroporto de Campina Grande possui 1 pista de táxi, que foi analisada de acordo com
a aeronave crítica que opera nela, conforme 1.3.1.2. De acordo com os resultados, não é necessário
fazer intervenção em nesta taxiway a fim de adequar sua largura.
As novas pistas de táxi propostas, apresentadas na Figura 2-18, têm o objetivo de atender às
necessidades do sistema de pistas com base na demanda projetada para o aeroporto. No caso do
Aeroporto de Campina Grande, as novas taxiways B e C terão aeronave crítica código C, enquanto a
nova taxiway D terá aeronave crítica código B. A Tabela 2-24 apresenta as pistas de táxi propostas, as
respectivas aeronaves críticas e as larguras consideradas para cada uma delas.
B 15 25 C
C 15 25 C
D 10,5 10,5 B
Fonte: Consórcio GCA.
O afastamento entre os eixos da PPD e da taxiway paralela é definido pela letra código da aeronave de
projeto, pelo número código do aeroporto e pelo tipo de operação. Como apresentado no item
2.3.2.2.1, foi considerado o B737-800, de código 4C. Para pistas com operação por instrumento,
segundo o RBAC 154, o afastamento mínimo entre os eixos da taxiway paralela e da pista de pouso e
decolagem deve ser 158 m, como mostra a Tabela 2-25.
Tabela 2-25: Distância entre o Eixo de Pista de Táxi e PPD para operações IFR
Distância entre Taxiway e PPD (m)
1 2 3 4
A 77,5 77,5 - -
B 82 82 152 -
C 88 88 158 158
D - - 166 166
E - - 172,5 172,5
F - - 180 180
Fonte: Emenda n° 03 do RBAC n° 154.
Atualmente, não há pistas de táxi paralelas à PPD no aeroporto. A nova pista de táxi B proposta terá
afastamento de 203,5 m para o eixo da PPD, mostrando-se, assim, adequado para o tipo de operação
do aeroporto.
2.3.2.2.4 Requisitos para Pátios de Aeronaves
O sistema de pátios de aeronaves é composto por áreas destinadas a atender diversos segmentos de
aeronaves. Entre elas destacam-se os pátios de aeronaves comerciais, carga e aviação geral, sendo
este último avaliado de maneira conjunta com as demais infraestruturas do sistema de aviação geral.
As principais infraestruturas que compõe o sistema de pátios de aeronaves são as posições de parada,
compostas por posições remotas, de contato e destinadas à reserva operacional, e áreas de
equipamentos de rampa.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 183
Onde 𝑃𝐻𝑃 é a demanda de passageiros na hora pico de projeto, 𝑀𝐼𝑋𝑖 é o mix de aeronaves, 𝑇𝑢𝑟𝑛𝑖 o
tempo médio de turn em minutos, 𝐿𝑜𝑎𝑑 𝐹𝑎𝑐𝑡𝑜𝑟𝑖 o percentual de ocupação média dos voos e
𝐴𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠𝑖 a média de assentos ofertados por voo. Os tempos médio de turn foram considerados de
acordo com a Tabela 2-26 a seguir e os demais parâmetros conforme as projeções apresentadas no
Estudo de Mercado.
Por fim, analisou-se comparativamente os resultados obtidos com as projeções de demanda máxima
por posições e segmentos de aviação, apresentadas no Estudo de Mercado. Por meio disso, pode-se
avaliar a capacidade de atender horas atípicas na operação do aeroporto, e, em casos especiais, o uso
de pátios e infraestruturas auxiliares para o processamento da demanda.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 184
Tabela 2-29: Classificação quanto ao Porte do Aeroporto por Faixa de Passageiros Anuais
Faixa de demanda anual de
Porte Classe
passageiros
Tabela 2-30: Área indicada para atividade administrativa dado o porte do aeroporto
Área (m²)
Atividades Administrativas
PP1 PP2 PP3 MP GP EP
2- COA - Centro de
33 50 50 70 100 150
Operações Aeroportuárias
3- Cabine de controle de
0 0 0 0 35 50
pátio
4- Depósito de Operações 8 8 8 12 20 30
Acumulada Acumulada Acumulada Acumulada
5- Gerência de Segurança com com com com 56 80
Atividade 1 Atividade 1 Atividade 1 Atividade 1
8- Depósito de Prevenção e
8 8 8 25 35 50
Emergência
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 186
Área (m²)
Atividades Administrativas
PP1 PP2 PP3 MP GP EP
Acumulada Acumulada Acumulada Acumulada
9- Depósito de Segurança com com com com 20 30
Atividade 4 Atividade 4 Atividade 4 Atividade 4
13- Supervisão 12 18 18 24 35 50
15- Estacionamento de
4 6 6 10 15 22
Viaturas Operacionais/Vaga
16- Berçário/Fraldário 12 20 20 30 42 60
23 - Área de Apoio ao
Pessoal de Segurança 6 12 12 24 36 48
(Proteção e Vigilância)
(1) Os valores de área técnica de telecomunicações, a partir de portes maiores que PP1, são
calculados analisando o somatório das áreas necessárias às atividades da empresa
administradora, das empresas aéreas e auxiliares e dos órgãos públicos, excluindo áreas de
estacionamento. Sendo esse somatório inferior a 10 mil, adota-se o valor de 15 m². Caso
contrário, define-se a área como 0,15% do somatório.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 187
(2) A sala de manutenção, voltada para o apoio remoto no terminal de passageiros, teve sua área
dimensionada a partir da quantidade de movimentação anual de passageiros. Foi prevista,
como parâmetro básico, uma taxa de área de edificação de 2 m² para cada mil passageiros
anuais, além de um fator de redução levando a 5% o valor gerado, por se tratar de uma sala
remota.
(3) A área de apoio aos concessionários foi dimensionada como sendo a décima parte da área
para sala de manutenção.
Para definição de quais atividades compõem o processo administrativo do aeroporto, foram
considerados fatores locais, além do porte do aeroporto. A Tabela 2-31 apresenta a lista das atividades
administrativas com o indicativo de necessidade da atividade no aeroporto.
O somatório das áreas da coluna da Tabela 2-30 correspondente à categoria do porte do aeroporto e
às atividades consideradas na Tabela 2-31, resulta na área total necessária para as atividades
operacionais da empresa administradora.
2.3.2.3.1.2 Atividades das Empresas Aéreas e Empresas Auxiliares
Dentre as áreas necessárias para as empresas aéreas e empresas auxiliares, são consideradas áreas
para recebimento e despacho de bagagens, apoio de check-in, balcões de vendas e informações, sala
de embarque, check-in para voos de conexão, balcão de apoio para passageiros em conexão, balcão
de apoio/informação na sala de desembarque, bagagem extraviada, sala de atendimento especial,
manutenção de linha, apoio para suprimento pessoal e de rampa, estacionamento de viaturas de apoio
à tripulantes e passageiros e despacho de pronto atendimento à aeronave. Elas dependem do porte
do aeroporto e estão apresentadas na Tabela 2-32.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 189
Tabela 2-32: Área indicada para atividade das empresas aéreas e empresas auxiliares dado o porte do
aeroporto
Atividades das Empresas Área (m²)
Aéreas e das Empresas
Auxiliares PP1 PP2 PP3 MP GP EP
3- Área/Balcões de Vendas,
Reservas e Informações - (2) (2) (2) (2) (2) (2)
BVRI
4- Balcões de
Apoio/Informações na Sala (3) (3) (3) (3) (3) (3)
de Embarque
5- Gate - (sala(s) de
(4) (4) (4) (4) (4) (4)
embarque)
7- Balcões de
Apoio/Informações na Sala (5) (5) (5) (5) (5) (5)
de Desembarque/LL
8- LL (Lost Luggage)
60 200 360 835 1200 1800
Bagagem Extraviada
9- Sala de atendimento
10 25 25 100 200 350
especial (SAE)
12- Vagas de
estacionamento de viaturas
4 8 16 28 48 80
de apoio à tripulantes e
passageiros
(1) A área reservada para recebimento e despacho de passageiros e bagagem depende do número
de balcões necessários, do comprimento dos balcões e da fila de check-in, apresentados no
item 2.3.2.3.1.4.3.
(2) A área reservada para balcões de vendas, reservas e informações foi dimensionado como 75%
do valor reservado a áreas de filas e circulação apresentados no item 2.3.2.3.1.4.3.
(3) A área de balcões foi dimensionada considerando que, a cada 250 m² de área para passageiros,
calculadas no item 2.3.2.3.1.4.6, deveria haver um balcão, e que cada balcão ocuparia 16 m².
(4) A área para gates na sala de embarque foi dimensionada considerando que o número de gates
seria equivalente ao número de pontes de embarque, de posições remotas, somado a 40% do
número de posições do pátio, para aeroportos de porte pequeno. Foi adotado uma área de
6 m² para cada gate.
(5) Para o dimensionamento da área reservada aos balcões de apoio, foi considerado um balcão
a cada 250 m² de área da sala de desembarque, calcula no item 2.3.2.3.1.4.7. A área para cada
balcão foi considerada como 8 m², para aeroportos de porte pequeno, e 16 m², para
aeroportos de porte maior.
Para definição de quais atividades compõem o corpo de atividades das empresas aéreas e auxiliares
do aeroporto, foram considerados fatores locais, além do porte do aeroporto. A Tabela 2-33 apresenta
a lista das atividades das empresas aéreas e auxiliares com o indicativo de necessidade da atividade
no aeroporto.
Tabela 2-33: Lista de atividades das empresas aéreas e auxiliares indicadas ao aeroporto
Atividades das Empresas Aéreas e Auxiliares Necessidade
Tabela 2-34: Área indicada para atividade de órgãos públicos dado o porte do aeroporto
Área (m²)
Órgão Público
PP1 PP2 PP3 MP GP EP
1- Agência Nacional de
53,5 91 124 231 343 523
Vigilância Sanitária - ANVISA
2- Agência Nacional de
(1) (1) (1) (1) (1) (1)
Aviação Civil - ANAC
3- Departamento de Polícia
84 134 134 191 280 605
Federal
5- Sistema de Vigilância
Agropecuária Internacional - 30 44 44 66 99 150
VIGIAGRO
Área (m²)
Órgão Público
PP1 PP2 PP3 MP GP EP
10 - Secretaria da Receita
56 80 80 122 183 270
Federal
(1) A área reservada à ANAC foi formulada baseada em uma categorização de movimentação
distinta conforme apresentada na Tabela 2-35.
Tabela 2-35: Área para a ANAC por movimentação anual de passageiros do aeroporto
Movimentação anual de
Área (m²)
passageiros (pax/ano)
Para definição de quais órgãos estariam presentes no aeroporto, foram considerados fatores locais,
além do porte do aeroporto. A Tabela 2-36 apresenta a lista dos órgãos públicos com o indicativo de
necessidade do órgão no aeroporto.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 193
aos passageiros entre os disponibilizados pela ANAC e a IATA, dependendo da função embarque ou
desembarque da área.
Para o dimensionamento das funções de embarque e desembarque, foram utilizados os valores de
demanda de passageiros na hora-pico.
A seguir, são apresentadas as principais premissas utilizadas para as funções de embarque e
desembarque presentes no terminal de passageiros. Foram considerados como referências as
recomendações presentes do ADRM 10ª Edição, para os aeródromos de Classe III ou IV, e as
recomendações de dimensionamento da SAC/MTPA, para os aeródromos de Classe I ou II. A Tabela
2-37 apresenta os parâmetros recomendados pela SAC/MTPA.
m2/ocupante 2,3
tempo (min) 20
m2/passageiro 1,3
Área para formação de filas de check-in e despacho
tempo (min) 20
m2/passageiro 1
Área para formação de filas para inspeção de
segurança
tempo (min) 10
Quantidade de assentos
% 70%
a serem oferecidos
m2/passageiro 1,2
Área necessária para
passageiros em pé
tempo (min) 20
m2/passageiro 1,7
tempo (min) 30
Sala de desembarque
Esteiras motorizados
para restituição de ≥1
bagagens
Fonte: SAC/MTPA.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 196
Tempo de
Permanência do SAC/MTPA 20,0
Passageiro (min)
Tempo de
Permanência do SAC/MTPA 20,0
Acompanhante (min)
Número de
Visitantes SAC/MTPA 1,0
(visitantes/pax)
Da área calculada, foi considerada o equivalente percentual de 10% para área de circulação horizontal
e sanitários e 10% para circulação vertical.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 197
2.3.2.3.1.4.3 Check-in
Para o cálculo da infraestrutura a ser provida para o processamento de passageiros, foram
consideradas instalações de check-in tradicional, totens de autoatendimento e despacho de bagagens
de acordo com a metodologia do ARDM 10ª Edição da IATA.
Diversas opções de fluxo dentro da área de check-in são possíveis dependendo do modo de check-in e
processamento de bagagens requerido pelo passageiro, de acordo com a Figura 2-21.
Totens de
SAC/MTPA 20%
Autoatendimento
Fluxo de Check-in
Check-in On-line SAC/MTPA 30%
Autoatendimento
SAC/MTPA 50%
com Bagagens
Fonte: Pesquisa SAC/MTPA.
A partir da demanda na hora-pico para cada fluxo, foi estimado o pico de trinta minutos. Para a
obtenção do pico de trinta minutos, foram considerados os fatores de pico, decorrentes do perfil de
demanda diário de passageiros, e os fatores de variabilidade da demanda e de correção de fila,
calculados de acordo com o ADRM 10ª Edição e do tempo máximo de espera adotado. Os valores
considerados foram apresentados na Tabela 2-41.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 198
Tempo Máximo em
Todos ADRM 10ª Edição 20
Fila (min)
Relatório de Estudo
Check-in Tradicional 53%
de Mercado
Relatório de Estudo
Check-in On-line 53%
de Mercado
Fonte: ADRM 10ª Edição, Relatório de Estudo de Mercado.
𝑝ℎ𝑝𝑘 ∙ 𝑡𝑝𝑘
𝑁𝑏𝑎𝑙𝑐õ𝑒𝑠 = ∑
60 ∙ (30 + 𝑡𝑒𝑘 ) Equação 2-2
𝑘=𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
A área destinada aos balcões de check-in e de circulação foram obtidas considerando 4,0 m de
profundidade, 2,4 m de comprimento e 7,0 m de largura de corredor.
Para a área necessária para filas (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ), foi considerada a demanda de passageiros na hora-pico com
as devidas correções (𝑝ℎ𝑝𝑘 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥𝑘 ), considerando nível de serviço
ótimo, de acordo com a Equação 2-3.
𝑝ℎ𝑝𝑘 ∙ 𝑡𝑝𝑘
𝑁𝑡𝑜𝑡𝑒𝑛𝑠 = ∑
60 ∙ (30 + 𝑡𝑒𝑘 ) Equação 2-4
𝑘=𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 199
A área destinada aos totens de autoatendimento e de circulação foram obtidas considerando como a
área correspondente à três vezes a área de 0,3 m2, referente à um totem, e um fator de 35% de área
de circulação.
Para a área necessária para filas (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ), foi considerada a demanda de passageiros na hora-pico com
as devidas correções (𝑝ℎ𝑝𝑘 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥𝑘 ), considerando nível de serviço
ótimo, de acordo com a Equação 2-5.
𝑝ℎ𝑝𝑘 ∙ 𝑡𝑝𝑘
𝑁𝑏𝑎𝑙𝑐õ𝑒𝑠 = ∑
60 ∙ (30 + 𝑡𝑒𝑘 ) Equação 2-6
𝑘=𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
A área destinada aos balcões de despacho de bagagens e de circulação foram obtidas considerando
2,5 m de profundidade, 2 m de comprimento e 7 m de largura de corredor.
Para a área necessária para filas (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ), foi considerada a demanda de passageiros na hora-pico com
as devidas correções (𝑝ℎ𝑝𝑘 ) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥𝑘 ), considerando nível de serviço
ótimo, de acordo com a Equação 2-7.
Carros/Containers
ACRP 025 2,0
por aeronave C
Área por
ACRP 025 50
Carro/Container
Relatório de
Fator de Pico de
Estudo de 53%
Trinta Minutos
Mercado
Tempo de
SAC/MTPA 12,0
Processamento (s)
Fonte: ADRM 10ª Edição, Pesquisa SAC/MTPA, Relatório de Estudo de Mercado.
𝑝ℎ𝑝 ∙ 𝑡𝑝
𝑁𝑐𝑎𝑛𝑎𝑖𝑠 = ∑
60 ∙ (30 + 𝑡𝑒 ) Equação 2-8
A área destinada aos canais e a circulação foram obtidas considerando 3,0 m de profundidade, 14,0 m
de comprimento e 4,0 m de largura de corredor.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 201
Para a área necessária para filas (𝐴𝑓𝑖𝑙𝑎𝑠 ), foi considerada a demanda de passageiros na hora-pico com
as devidas correções (𝑝ℎ𝑝) e a área de fila por passageiro (𝐴𝑝𝑎𝑥 ), considerando nível de serviço ótimo,
de acordo com a Equação 2-9.
ADRM 10ª
Passageiros sentados (%) 70,0
Edição
É considerada também uma área para circulação horizontal e sanitários, que representa 20% da área
calculada.
Para o dimensionamento das salas de embarque remotas, foram considerados os mesmos parâmetros
apresentados na Tabela 2-44. Porém, adotou-se que 35% dos passageiros embarcam em posições
remotas. Foram considerados também 20% da área das salas para circulação horizontal e sanitários.
Para determinar a área reservada às baias de ônibus de passageiros voltadas a atender as aeronaves
em posição remota, assumiu-se que cada baia possuiria 100 m². Baseado no número de posições
remotas a serem atendidas, previamente dimensionado, foi calculado o número de baias de ônibus
necessárias, considerando o número de baias igual a 50% do número de posições remotas. Assim,
definiu-se a área total necessária para as baias.
Considerando o porte do aeroporto, identificou-se, como necessário, conectores de embarque. A
Tabela 2-45 apresenta os parâmetros que foram utilizados para definir o comprimento e a largura dos
conectores.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 202
Sem necessidade
Abaixo de 1 milhão - -
de ponte
Passageiros com
% Benchmark 60% 60%
Bagagens
Proporção de
% Benchmark 100% 0%
Passageiros
Fonte: Relatório de Estudo de Mercado, Benchmark.
Tempo de
Permanência do 20,0
Passageiro (min)
Tempo de
Permanência do 20,0
Acompanhante (min)
Número de Visitantes
1,0
(visitantes/pax)
Da área calculada, foi considerado o equivalente percentual de 20% para área de circulação horizontal
e sanitários e 10% para circulação vertical, sendo no mínimo 150 m².
2.3.2.3.1.4.10 Meio-fio de Desembarque
Para o dimensionamento do meio-fio de desembarque, é considerado a demanda de hora-pico de
passageiros. Os parâmetros considerados para o dimensionamento do meio-fio de desembarque estão
apresentados na Tabela 2-49.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 204
Visando atender ao caso crítico de tráfego nas vias de acesso principal e acesso ao meio-fio de
embarque e desembarque, adotou-se o valor de demanda correspondente ao número de passageiros
na hora-pico, além do tráfego decorrente de funcionários do terminal de demais edificações do
aeroporto. A partir desta demanda e de uma taxa de ocupação de 2,3 passageiros por veículo,
estimada entre carro privado, serviços de táxi e transporte público e demais veículos, calculou-se a
demanda de tráfego de veículos.
Para determinar o fluxo de veículos por hora para a via de acesso principal, adotou-se um nível de
serviço C, equivalente ao ótimo recomendado pelo ADRM 10ª Edição. Para uma via de
aproximadamente 50 km/h, velocidade indicada para esta via, de acordo com o nível de serviço
adotado, o fluxo de veículos por hora foi considerado como 700, seguindo a metodologia apresentada
no Report 40 da Airport Coorperative Research Program (ACRP) e explicitada na Tabela 2-50.
Portanto, com a demanda de tráfego de veículos na hora-pico e a capacidade de fluxo por via, calculou-
se o número de vias necessárias para o acesso principal.
Para determinar o número de pistas na via de acesso ao meio-fio de embarque e desembarque, foi
considerado permitido parar em fila dupla ou tripla e foi adotado o mesmo nível de serviço da via de
acesso principal. Portanto, a partir da demanda de tráfego de veículos nas áreas de embarque e
desembarque e desses parâmetros, foi identificado o número de vias necessárias, segundo
metodologia apresentada no Report 40 da ACRP e explicitada na Tabela 2-51.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 206
Tabela 2-51: Níveis de serviço das vias de acesso ao meio-fio do terminal aeroportuário (meio-fio com parada
em fila dupla ou tripla)
Máximo Fluxo (veículos/hora/via)
Até
5 faixas 3.400 3.280 3.100 2.710 2.400
2.400
Até
4 faixas 2.830 2.790 2.680 2.220 1.800
1.800
Na determinação da via de recirculação, foi considerada uma taxa de recirculação de 30% e vias
internas com bifurcação, seguindo metodologia apresentada no Report 40 da ACRP. Considerando o
fluxo de veículos nessas vias como sendo o resultado do fluxo identificado na demanda mais o adicional
devido à recirculação, indicada pela taxa de recirculação, foi calculado número de vias necessárias, a
partir da Tabela 2-52.
40.000 movimentos,
10.000 movimentos. 30.000 movimentos. sendo pelo menos 6.000
de operações IFR.
Movimento total anual
superior a 8.000 movimentos, sendo 20.000 movimentos,
30.000 movimentos,
pelo menos 1.000 sendo pelo menos
sendo pelo menos 10.000
movimentos de linha aérea 3.000 de linha aérea
de operações IFR.
regular. regular.
correspondente de cada vaga, considerada como 27 m², de acordo com a metodologia indicada pelo
Manual de Critérios e Condicionantes de Planejamento Aeroportuário da INFRAERO. Dado que não foi
identificado necessidade para um TAG, não foi reservada área de estacionamento para o setor de
Aviação Geral.
2.3.2.6.3 Hangares e Pátios Associados
Os parâmetros de dimensionamento dos hangares de estadia, oficina de manutenção e pátios frontais
considerados foram, respectivamente, 140 m², 180 m² e 250 m² por posição de aeronave. Quanto ao
parâmetro de produtividade de movimentação anual de aeronaves, foi assumido como
1.500 movimentos por posição de asa fixa e por posição de asa rotativa. Além destes, foram adotados
fatores de área por posição de asa fixa e rotativa, sendo, respectivamente, 500 e 1.350 m².
Como relações para porcentagem de asa fixa e rotativa e percentual de aeronaves hangaradas, foi
adotado, para a análise, 75% de aeronaves de asa fixa e 25% de asas rotativas, e uma proporção de
50% das posições das aeronaves dispostas nos hangares.
A partir destes pressupostos, foi calculado o número de posições necessárias para cada tipo de
aeronave, avaliando a movimentação de aeronaves por ano, o percentual de cada tipo de aeronave e
o parâmetro de movimentos por posição. Para o cálculo da área necessária para pátio de aviação geral,
foi utilizado o número de posições necessárias para cada tipo de aeronave e seu respectivo fator de
área. Por fim, foram calculadas as áreas destinadas a hangares de estadia, oficinas de manutenção e
pátios frontais, por meio do produto do número de posições destinadas a asas fixas, da porcentagem
de aeronaves hangaradas e do respectivo parâmetro de dimensionamento de área por posição.
2.3.2.6.4 Sistema Viário de Acesso
Diante da baixa movimentação anual de passageiros desse setor no aeroporto, foi considerado que
uma via de acesso seria suficiente para suportar a demanda de veículos devido a passageiros e
funcionários do Sistema de Aviação Geral.
2.3.2.7 Necessidades do Sistema de Administração e Manutenção
Para avaliação dos sistemas de administração e manutenção, o aeroporto foi classificado seguindo
recomendações do Manual de Critérios e Condicionantes de Planejamento Aeroportuário da
INFRAERO. A partir desta classificação, foram identificadas as áreas necessárias para acomodar os
diversos setores demandados à empresa administradora, como superintendência, assessoria(s),
gerência(s), coordenação(ões), encarregado(s) de atividades, dentre outros, indicadas a seguir:
• Gerência de Operações
• Centro de Operações Aeroportuárias (COA)
• Cabine de controle de pátio
• Depósito de Operações
• Gerência de Segurança
• Centro de Monitoramento Eletrônico de Segurança (CMES)
• Centro de Operações de Emergência (COE)
• Depósito de Prevenção e Emergência
• Depósito de Segurança
• Posto de Identificação
• Sala de Achados e Perdidos
• Serviço Médico de Emergência
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 210
• Supervisão
• Sala dos Encarregados e Fiscais de Pátio
• Estacionamento de Viaturas Operacionais
• Berçário/Fraldário
• Sala Ecumênica
• Balcão de Informações
• Área Técnica de Telecomunicações
• Depósito Comercial
• Sala de Segurança
• Sala(s) de Manutenção-Apoio remoto (posto avançado) no TPS-Empresa Administradora e
contratados
• Área de Apoio ao Pessoal de Segurança (Proteção e Vigilância)
• Área de Apoio aos Concessionários (Limpeza e conservação)
Quanto à determinação da área destinada à serviços de manutenção do aeroporto (espaço que deve
abrigar veículos, máquinas, tratores, equipamentos, acessórios, ferramentas, almoxarifado,
escritórios, dentre outros) foi prevista uma taxa de área de edificação por passageiro e se assumiu o
dimensionamento desta área a partir de parâmetros relacionados ao porte e classificação do
aeroporto.
2.3.2.7.1 Instalações de Administração
As instalações reservadas à administração do aeroporto estão alocadas dentro do terminal de
passageiros. A área destinada essas instalações e a metodologia para seu desenvolvimento estão
indicadas no item 2.3.2.3.1.1 de terminal de passageiros.
2.3.2.7.2 Instalações de Manutenção
Para a determinação da área do centro de manutenção de aeronaves, foi prevista, como parâmetro
básico, uma taxa de área de edificação de 2 m² para cada mil passageiros anuais. A partir do valor de
passageiros, proveniente dos dados de projeção de demanda, foi calculado o valor da área total como
sendo o mínimo entre 10.000 m², indicado para a categoria de aeroportos tipo I, e o valor encontrado
através do produto da taxa de área de edificação pelo valor de passageiros anuais processados, sendo
10.000 m² o valor máximo de área dessa edificação.
2.3.2.8 Necessidades do Sistema de Apoio às Operações
O Sistema de Apoio às Operações corresponde ao Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA) e à
Seção Contraincêndio (SCI).
2.3.2.8.1 Parque de Abastecimento de Aeronaves (PAA)
O PAA deve ser capaz de armazenar combustível para um período mínimo, caso o fornecimento de
combustível seja interrompido por algum problema de logística de transporte ou manutenção das
instalações. Sua capacidade de armazenamento e sua área são definidas a partir do consumo mensal
de combustível, estimado de acordo com os dados históricos de consumo de decolagem. É
recomendado avaliar o consumo mensal a partir dos meses de pico dos últimos 3 anos, além do
número de decolagens mensais, segundo o Manual de Critérios e Condicionantes de Planejamento
Aeroportuário da INFRAERO.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 211
Para o planejamento do PAA, foram considerados 5 dias de armazenamento, tendo em vista sua
acessibilidade terrestre e a movimentação de aeronaves do aeroporto.
Foi considerado um fator de consumo médio por decolagem de 3,50 m³/decolagem. Junto ao número
médio mensal de decolagens, gerado a partir da demanda anual de voos, foi calculado o consumo
mensal, em m³. Com os valores de tempo de armazenamento e consumo mensal, foi obtido o volume
necessário para o tanque de combustível.
Para o cálculo da área mínima para o lote reservado ao PAA, a NBR 9719/1997 indica a utilização de
metodologia específica para o caso de consumo mensal do aeroporto inferior a 5.000 m³/mês. Para
consumos mensais superiores a 5.000 m³/mês, o Manual de Critérios e Condicionantes de
Planejamento Aeroportuário da INFRAERO indica se adotar um fator de área de 0,76 m²/m³.
2.3.2.8.2 Seção de Contraincêndio (SCI)
A SCI deve contar com instalações em posições estratégicas, sendo estas destinadas a manter os
equipamentos, como os carros contraincêndio (CCI), os reservatórios para agentes extintores e o
pessoal de operação para combate a qualquer eventual sinistro na área do aeroporto. Para determinar
os requisitos básicos que precisam estar presentes nas instalações da SCI, foram utilizadas a
Resolução Nº 0279, de 10 de julho de 2013, e a Resolução Nº 455, de 20 de dezembro de 2017, da
ANAC. Parte destes requisitos são definidos a partir da classificação do aeródromo. A Tabela 2-54
apresenta a classificação do aeródromo de acordo com a movimentação anual de passageiros.
I <200.000
II <1.000.000
III <5.000.000
IV ≥5.000.000
Fonte: RBAC-153/2016.
Além de alguns requisitos da SCI, que dependem da classe do aeródromo, para que sejam definidos os
agentes extintores necessários, os CCI e os veículos de apoios, é necessário determinar o Nível de
Proteção Contraincêndio Requerido (NPCR) do aeródromo.
O NPCR para o aeródromo está relacionado com as aeronaves que o utilizam, suas dimensões, sua
regularidade e sua classificação quanto às categorias de certificação, como definido nos RBAC 23 e
RBAC 25.
A categorização contraincêndio das aeronaves de asas fixas (CAT AV) é feita a partir da Tabela 2-55. O
processo é feito a partir da classificação da aeronave de acordo com seu comprimento e
posteriormente é verificada se sua largura de fuselagem é menor ou igual à apresentada na Tabela
2-55. Caso seja, a CAT AV é mantida. Caso o contrário, a CAT AV será uma acima da selecionada.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 212
0<l<9 2 1
9 ≤ l < 12 2 2
12 ≤ l < 18 3 3
18 ≤ l < 24 4 4
24 ≤ l < 28 4 5
28 ≤ l < 39 5 6
39 ≤ l < 49 5 7
49 ≤ l < 61 7 8
61 ≤ l < 76 7 9
76 ≤ l < 90 8 10
Fonte: RA-0279/2013
A categorização contraincêndio das aeronaves de asas rotativas (CAT HL) é feita a partir da Tabela 2-56.
O processo é feito a partir da classificação da aeronave de acordo com o comprimento total do
helicóptero, incluindo os rotores, com os limites presentes na coluna 1, obtendo-se, na coluna 2, a
categoria do mesmo.
0 < l < 15 H1
15 ≤ l < 24 H2
24 ≤ l < 35 H3
Fonte: RA-0279/2013
O NPCR ainda depende da regularidade de operação das aeronaves. Para aeronaves com CAT AV 1 de
a 5, é considerada operação com regularidade quando são realizados no mínimo 6 movimentos
semanais no aeródromo nos 3 meses consecutivos de maior movimentação. Porém, para aeronaves
com CAT AV de 6 a 10, é considerada operação com regularidade quando são realizados no mínimo
4 movimentos semanais no aeródromo nos 3 meses consecutivos de maior movimentação.
Com a CAT AV e a CAT HL das aeronaves em operação, é possível determinar o NPCR. Quando estiver
presente operação de aeronaves com categoria contraincêndio 6 ou superior, o NPCR é igual à
categoria das maiores aeronaves com regularidade, caso a soma do número de movimentos destas for
igual ou superior a 900, ou uma categoria abaixo da categoria das maiores aeronaves com
regularidade, quando a soma dos movimentos destas for inferior a 900. Para os aeródromos operados
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 213
por aeronaves com regularidade de categoria contraincêndio 3, 4 ou 5, o NPCR é uma categoria abaixo
da categoria das maiores aeronaves com regularidade, quando a soma do número de movimentos
destas for igual ou superior a 900, ou duas categorias abaixo das maiores aeronaves com regularidade,
quando a soma dos movimentos destas for inferior a 900. Por fim, o NPCR é a maior classificação
encontrada, depois de efetuada a correspondência entre as categorias contraincêndio dos aviões e
dos helicópteros, apresentada na Tabela 2-57, que operam com regularidade no aeródromo.
H1 2
H2 3
H3 4
Fonte: RA-0279/2013
Há a possibilidade de isenção da provisão da SCI para alguns casos de aeródromos. Essa isenção é
restrita a aeroportos domésticos e regionais que apresentam um ou mais dos seguintes casos:
• Aeródromos Classe I. Contanto que, se as maiores aeronaves em operação forem de CAT AV 4
ou 5, a determinação da regularidade seja feita considerando o somatório dos movimentos
das aeronaves CAT AV 4 e 5;
• Aeródromos Classe I privados em que há operação de transporte aéreo público de passageiros;
• Aeródromos onde a maior aeronave com regularidade em operação esteja incluída na
categoria Normal.
• Aeródromos em que o maior avião com regularidade em operação seja de categoria
contraincêndio igual ou inferior a 2 e o maior helicóptero em operação seja de categoria
contraincêndio H1.
Após classificação e análise de correspondência das categorias de contraincêndio das aeronaves, foi
definido o NPCR do aeroporto. Com esse indicativo, foi definido o quantitativo de CCI, de carros de
resgate e salvamento (CRS), de carros de apoio ao chefe de equipe (CACE), além da quantidade de
cada agente extintor. Como parâmetro para reservatórios, foi adotada uma razão de água no
reservatório elevado por líquido gerador de espuma (LGE) de 1 e uma razão de reservatório em
cisterna por LGE de 3, possibilitando o cálculo do reservatório elevado e do reservatório em cisterna,
diante do quantitativo de água para produção de espuma (LGE) definido para a classe do aeródromo.
Por fim, foi calculada a água por CCI, a partir do volume de água para LGE dividido pelo número de CCI,
e a vazão mínima do sistema de reabastecimento dos CCI, considerando a capacidade do tanque de
água do maior CCI em operação no aeródromo.
Para a análise do raio de alcance dos carros do tipo CCI, CRS e CACE, foram identificados os valores
característicos de velocidade máxima e tempo de aceleração de 0 a 80 km/h dos carros, apresentados
na Resolução Nº 0279/2013. A Resolução Nº 0279/2013 indica ainda, como tempo máximo de
resposta, 180 s. Assim foram considerados 45 s para preparação da equipe de combate a incêndio e
135 s para trânsito da mesma, baseado no porte do aeroporto. Com esses parâmetros, foi calculado o
alcance de cada carro e se adotou o maior dos valores como representativo para análise de locação da
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 214
SCI. Para este aeroporto, não foi identificada a necessidade de Postos Avançados de Contraincêndio
(PACI).
O quantitativo dos recursos humanos, como bombeiros por CCI, por CRS e por CACE, foram assumidos
seguindo indicações da Resolução Nº 0279/2013, com valores apresentados como 3, 5 e 2
profissionais, respectivamente. Como parâmetro final para cálculo do efetivo total, foi assumido uma
escala de trabalho de 4,5 turnos. Assim, o efetivo total seria o produto do somatório dos efetivos
mínimos de cada carro pela quantidade de carros e pelo número de turnos.
Por meio de uma análise de benchmark, foi definida a área do lote reservada para a SCI como sendo o
valor correspondente à classe de NPCR do aeródromo presente na Tabela 2-58.
NPCR ≤ 7 7.000
As áreas requeridas para a instalação de infraestrutura foram obtidas de acordo com a carga total
instalada.
Para a estimativa da demanda média de energia elétrica decorrente de passageiros, considerou-se a
demanda mensal média de passageiros, um índice de consumo de passageiros de 4 kWh/pax, um fator
de carga de 0,71, e o número médio de horas mensais de 720 h. Além disso, para o funcionamento dos
auxílios à navegação requeridos, foi estimada uma demanda de 600 kVA. A área total a ser provida foi
obtida de acordo com a Tabela 2-59.
Para cargas totais acima de 2.500 kVA foi considerado 150 m2 adicionais para cada 1.000 kVA acima
dos 2.500 kVA.
2.3.2.11.2 Água Potável
Para a área requerida para a instalação de reservatórios de água potável, foi estimado o consumo
médio diário proveniente dos funcionários e do processamento de passageiros e seus respectivos
acompanhantes. Assim, por meio de parâmetros de área por volume de reservatório enterrado e
elevado, foi obtida a área total necessária para atender a demanda.
Para estimar a demanda diária de água potável, foram consideradas como taxas de consumo 0,035 m3
por passageiro, 0,025 m3 por acompanhante ou visitante e 0,080 m3 por funcionário. A quantidade de
acompanhantes/visitantes e funcionários foi estimada utilizando as pesquisas de satisfação da
SAC/MTPA e benchmarking de aeroportos nacionais e internacionais, respectivamente. As taxas de
acompanhantes ou visitantes por passageiros foi considerada como 0,50 e a de funcionários por cada
mil passageiros de 0,80. Além disso, foi considerada uma reserva de 30% da demanda diária a ser
destinada às operações contraincêndio.
Foi obtida a área total considerando uma distribuição de volume de armazenagem de 40% em
reservatório elevado e 60% em reservatório enterrado, e, como taxas de áreas por volume de
armazenagem, 0,3 m2/m3 e 0,5 m2/m3 para reservatórios elevados e enterrados, respectivamente.
2.3.2.11.3 Esgoto Sanitário
Assim como para as instalações de água potável, as necessidades das instalações de esgoto sanitário
dependem do volume de água consumida corrigidas por uma taxa de retorno. Deste modo, após
estimada a demanda de esgoto sanitário a ser processada, foi obtida a vazão total a ser processada
pela estação de tratamento.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 217
Para a estimativa de demanda foi considerada a demanda considerada para o dimensionamento das
instalações de água portável e uma taxa de retorno de 80%.
2.3.2.11.4 Resíduos Sólidos
A infraestrutura requerida de resíduos sólidos foi obtida por meio da produção diária gerada de
resíduos pelos funcionários, passageiros, acompanhantes, e decorrente do processamento de carga
internacional. Assim, considerando um tempo de armazenamento médio e um fator de área por
volume de resíduo, foi obtido a área total a ser provida.
Para estimar a demanda diária de resíduos sólidos, foi considerada como taxas de produção de
resíduos de 0,30 kg por passageiro, 0,20 kg por acompanhante ou visitante e 0,40 kg por funcionário.
A quantidade de acompanhantes/visitantes e funcionários foi estimada utilizando as pesquisas de
satisfação da SAC/MTPA e benchmarking de aeroportos nacionais e internacionais, respectivamente.
As taxas de acompanhantes ou visitantes por passageiros foi considerada como 0,50 e a de
funcionários por cada mil passageiros de 0,80. Além disso, foi considerada uma taxa de produção de
resíduos de 3 kg por tonelada de carga internacional processada.
Foi obtida a área total considerando uma média de dias de armazenamento de 5 dias, uma densidade
média dos resíduos sólidos de 125 kg/m3 e uma taxa de área por volume de resíduo a ser armazenado
de 0,556 m2/m3.
2.3.2.11.5 Sistema de TI
Os sistemas de TI que atendem um aeroporto se compõem do conjunto de todas as atividades e
soluções providas por recursos computacionais que visam permitir a obtenção, o armazenamento, o
acesso, o gerenciamento e o uso das informações. Para tanto, pode-se listar os seguintes sistemas:
• Sistema de detecção e alarme de incêndio – SDAI;
• Sistema de TV de vigilância – STVV;
• Sistema de controle de acesso e detecção de intrusão – SICA;
• Sistema de sonorização – SISOM;
• Sistema informativo de voos – SIV;
• Sistema de data e hora universais – SDH;
• Sistema de Gerenciamento de Energia e Utilidades – SIGUE;
• Sistema de voz e dados.
Cabe ressaltar que todos os sistemas são dedicados a oferecer um maior nível de serviço aos usuários
do aeroporto, bem como dar suporte às questões de segurança relacionadas à atividade aeroportuária.
Desse modo, tais sistemas devem sofrer adequações quando se propõe mudanças no layout interno
do TPS, ampliações de TPS existente ou construção de novas edificações de modo a atender à
crescente demanda.
Área disponível para a faixa de pista, com Existem alguns objetos e obstáculos dentro da faixa de pista
280 m de largura e 60 m de extensão antes e da PPD, como vias de serviço, cercas operacionais, e as
após as cabeceiras. aeronaves paradas no pátio em frente ao TPS. Além disso,
parte da faixa de pista está fora do limite patrimonial, de
modo que possam existir outros objetos no interior da faixa
de pista.
Foi considerado no estudo de alternativas, capítulo 2.4,
soluções a fim de adequar essas não conformidades, como
desapropriação de áreas de terceiros e deslocamento e
reconstrução do pátio de aeronaves.
Área disponível para RESA em ambas as Não há área preparada para RESA em ambas as cabeceiras
cabeceiras. da PPD, nem área patrimonial suficiente para implantação
das RESAs. A cabeceira 15 está próxima a um rio e a uma área
de proteção ambiental. Já a cabeceira 33 está próxima ao
limite patrimonial e a duas rodovias.
Foi considerado no estudo de alternativas, capítulo 2.4, a
implantação de RESA em ambas as cabeceiras, considerando
a possibilidade de desapropriação ou de descolamento das
cabeceiras e redução do comprimento da PPD.
Obstáculos na superfície de transição da PPD. Considerando que existem obstáculos no interior da faixa de
pista, a maioria deles também é obstáculo na superfície de
transição da PPD. As aeronaves código C do porte do E195
paradas no pátio são obstáculos na superfície de transição
da PPD.
Foi considerado no estudo de alternativas, capítulo 2.4,
deslocamento e reconstrução do pátio de aeronaves em
posição adequada, de modo que estas aeronaves possam
parar no pátio mais afastadas da PPD sem serem obstáculos
na transição.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 219
Requisitos Descrição
Distância de separação entre os eixos da PPD A distância entre os eixos da PPD e da taxiway paralela, que
e da taxiway paralela. atualmente é a taxiway de borda de pátio, é de 110 m. Para
operações 4C em pistas por instrumento, a distância
regulamentar é 158 m.
Foi considerado no estudo de alternativas, capítulo 2.4, o
deslocamento da taxiway paralela e do pátio de aeronaves a
fim de adequar a distância entre seu eixo e o eixo da PPD.
Fonte: Consórcio GCA.
Figura 2-22: Gráfico da capacidade teórica atual do sistema de pistas x Movimentação horária da hora-pico
comercial e total
Figura 2-23: Gráfico da Capacidade do pátio de aeronaves x Demanda de posições de pátio na hora-pico
Figura 2-24: Gráfico da capacidade do TPS x Hora-pico de embarque para o fluxo doméstico
A capacidade instalada para o fluxo de embarque doméstico é de 135 pax/h, que é menor que a
demanda desde o início do período de concessão. A correspondente demanda no ano 30 da concessão
é de 556 pax/h. A partir do Ano 30, o aeroporto passa a ser Classe III, de modo que a hora-pico
considerada para o dimensionamento do TPS é a 30ª hora. Isso explica a descontinuidade na curva no
Ano 30. Antes disso, o aeroporto é Classe I e II, modo que a hora-pico utilizada para o
dimensionamento do TPS é a simultânea. Além disso, ao se utilizar a hora-pico simultânea, na primeira
fase, o valor é multiplicado por 1,3, enquanto que na segunda fase, é utilizado o valor de 1,0 vez o da
hora-pico simultânea. Essa diferença explica a descontinuidade na curva no Ano 06.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 223
Uma análise semelhante é realizada para o fluxo de desembarque, conforme apresentado na Figura
2-25.
Figura 2-25: Gráfico da capacidade do TPS x Hora-pico de desembarque para o fluxo doméstico
Neste caso, a capacidade instalada de 157 pax/h para o fluxo de desembarque doméstico é menor que
a demanda no final da concessão, de 511 pax/h.
Além das horas-pico de embarque e desembarque, foi realizada uma análise comparativa entre a
capacidade instalada referente ao número de passageiros anuais e à demanda projetada de
passageiros anuais. A Figura 2-26 apresenta um gráfico comparativo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 224
Analisando o gráfico, é possível observar que, desde o início da concessão, a capacidade instalada de
106.499 passageiros/ano é menor que a demanda projetada, que é de 1.080.690 passageiros/ano no
final da concessão.
Dadas as análises apresentadas, é possível concluir que, desde o início da concessão, tanto a
capacidade dos fluxos de embarque e desembarque quanto a capacidade de processamento anual de
passageiros são menores que a capacidade instalada. Assim, se faz necessário ampliar a edificação com
o objetivo de aumentar as áreas de processamento de passageiros. O detalhamento do
desenvolvimento do TPS ao longo da concessão é apresentado no item 2.5.1, onde são descritas suas
fases de implantação.
Por fim, são listadas as características da alternativa escolhida responsáveis pela maximização do
retorno do projeto ao Aeroporto de Campina Grande.
Tabela 2-61: Análise comparativa entre os requisitos geométricos mínimos exigidos pelo RBAC 154
Dimensões mínimas exigidas RBAC 154 Dimensões Dimensões
Requisito
(4C | 6 m ≤ OMGWS < 9 m IFR | CAT I) Existentes Consideradas
Largura da faixa de pista 280 m 150 m 280 m
Largura da pista 45 m 42 m 45 m
Largura da pista + acostamentos 45 m 42 m 45 m
Largura das taxiways 15 m 23 m 15 m
Largura das taxiways +
25 m 30 m 25 m
acostamentos
Distância entre eixos pista /
158 m 110 m 203,5 m
taxiway paralela
Distância taxiway / osbstáculos 26 m 26 m 26 m
Fonte: Consórcio GCA.
A seguir estão descritas as principais características de cada uma das alternativas estudadas.
2.4.1.1 Alternativa 01
As principais características da Alternativa 01 são:
• Recuo da cabeceira 33 para implantação de RESA de 240 m x 150 m dentro da área patrimonial
do aeroporto;
• Desapropriação de área no prolongamento da cabeceira 15 para implantação de RESA de
240 m x 150 m;
• Desapropriações para eliminar obstáculo na faixa de pista;
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 226
Prós
• Não interfere no traçado viário no prolongamento da cabeceira 33;
• Mantem o comprimento TORA atual (1.600 m) para ambas as cabeceiras.
Contras
• Necessidade de desapropriação de áreas no prolongamento da cabeceira 15;
• Necessidade de desvio do curso do rio no prolongamento da cabeceira 15;
• Obrigatoriedade de implantação de RESA´s de 240 m x 150 m, implicando em maiores custos
para o aeroporto.
2.4.1.2 Alternativa 02
As principais características da Alternativa 02 são:
• Manutenção do comprimento atual da pista de pouso e decolagem (1.600 m) com
desapropriação de áreas para implantação de RESA´s de 90 x 90 m em ambas as cabeceiras;
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 227
Prós
• Manutenção do comprimento da PPD, não restringindo a operacionalidade atual do
aeroporto;
• Possibilidade de implantação de RESA´s de 90 x 90 m, conforme previsto no item
154.601(e)(2)(ii) do RBAC 154 EM02.
Contras
• Altos custos com desapropriação de áreas;
• Necessidade de pequeno desvio do curso do rio.
2.4.1.3 Alternativa 03
As principais características da Alternativa 03 são:
• Recuo de ambas as cabeiras para implantação de RESA´s de 90 x 90 m dentro da área
patrimonial do aeroporto, com consequente redução do comprimento da PPD para 1.460 m
(LDA);
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 228
Prós
• Possibilidade de implantação de RESA´s de 90 x 90 m conforme previsto no item
154.601(e)(2)(ii) do RBAC 154 EM02;
• Evita a desapropriação de áreas nos prolongamentos das cabeceiras;
• Sem intervenções no curso do rio próximo à cabeceira 15, preservando as áreas de proteção
ambiental.
Contras
• A PPD teria seu comprimento reduzido dos atuais 1.600 m para 1.460 m entre cabeceiras,
porém com a possibilidade de utilização dos trechos pré-cabeceira como comprimento de
decolagem.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 229
Como apresentado no item 2.3.3, a capacidade atual do sistema de pistas é maior que a movimentação
na hora-pico durante o período da concessão, o que demostra que não seriam necessárias
intervenções no sistema de pistas a fim de aumentar a capacidade. No entanto, devido ao aumento
de posições no pátio de aeronaves, foi necessário implantar uma nova taxiway de acesso ao pátio a
fim de evitar gargalos na operação na Fase 01. Porém, essa nova taxiway não altera a capacidade do
sistema, uma vez que ela não está localizada a uma distância adequada das cabeceiras para ser
utilizada como saída de pista devido à posição do pátio de aeronaves. Assim, a capacidade atual
permaneceu a mesma e não foram consideradas intervenções no sistema de pistas na Fase 02.
No gráfico da Figura 2-32, é apresentado um comparativo entre a capacidade projetada ao longo das
fases e a projeção de movimentos da hora-pico total, mostrando que esta também é menor que a
capacidade do sistema de pistas.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 233
Além da análise da capacidade horária do sistema de pistas, foi realizada também uma estimativa da
capacidade anual do sistema, definida como Volume Anual de Serviço (ASV). Para o cálculo do ASV, é
utilizada a Equação 2-10, que relaciona a capacidade horária do sistema (CTP), a quantidade de horas
de operação média (H) e a quantidade de dias operacionais médios por ano (D).
Para a determinação do ASV, foi considerada a capacidade do sistema de pistas ao longo da concessão,
admitindo-se a variação dela ao longo das fases dadas as intervenções, além de 320 dias operacionais
no ano, e a quantidade de horas de operação média de 06 horas.
Conforme o gráfico, comparando o ASV com a movimentação anual de aeronaves, é possível concluir
que a capacidade do sistema de pistas em termos de movimentos anuais é maior que a demanda
projetada, de forma que não haja impactos ou restrições na demanda ao longo da concessão.
2.5.1.2 Sistema de Pátios
O gráfico da Figura 2-34, a seguir, apresenta um comparativo entre a demanda de posições de pátio
projetada, o dimensionamento de posições e de reserva operacional com base na hora-pico
simultânea de passageiros, no tamanho médio da aeronave e nos tempos de utilização das posições,
e a capacidade programada em número de posições de pátio, considerando o faseamento proposto
para as intervenções.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 235
Como apresentado no item 2.3.3, o número de posições de pátio disponibilizado garante que o número
dimensionado, considerando a hora-pico de passageiros e a reserva operacional, seja garantido, de
forma que o dimensionamento do pátio esteja balanceado com o dimensionamento do TPS. Pelo
gráfico, nota-se que foram consideradas duas intervenções principais para o aumento do número de
posições de pátio distribuídas em duas fases. A Tabela 2-62 apresenta o número de posições por código
e total disponível em cada fase.
C 05 07
Total 05 07
Fonte: Consórcio GCA.
Na Fase 01, é considerado o fator de 1,3 vezes a hora-pico de simultânea para o cálculo do número de
posições de pátio. A Fase 01 foi dimensionada para atender o Ano 06, porém, como após a Fase 01 o
fator que multiplica a hora-pico passa a ser 1,0, o número de posições dimensionado atende até o Ano
16 da concessão, que é quando se inicia a Fase 02.
Devido às não conformidades e restrições do aeroporto, na Fase 01, é considerada a reconstrução do
pátio de aeronaves, sendo disponibilizadas 05 posições código C no total. Antes do início do Ano 16,
quando se inicia a Fase 02, a área do pátio deverá ser ampliada a fim de que sejam disponibilizadas
mais 02 posições código C.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 236
O aeroporto passa a ser Classe III no último ano da concessão, quando o critério de dimensionamento
passa a ser a 30ª hora-pico de passageiros. Neste caso, o número de posições para o pátio poderia ser
menor, mas a área de pátio já está disponível devido à demanda dos anos anteriores.
2.5.1.3 Sistema Terminal de Passageiros
O gráfico da Figura 2-35, a seguir, apresenta um comparativo entre a demanda de embarque
doméstico de passageiros na hora-pico e a capacidade programada para o TPS considerando o fluxo
de embarque ao longo do período de concessão, além do faseamento proposto para as intervenções.
Atual/
SBKG Fase 01 Fase 02
Existente
SISTEMA DE PISTAS
Aeronave de Projeto C C C
Número de Pistas 1 1 1
1
Comprimento de Pista (m) 1.600 1.460 1.460
Tipo de Operação PA1 PA1 PA1
SISTEMA DE PÁTIOS
Pátio de Aeronaves de Passageiros
Posições de Contato - - -
Posições Remotas 2C 5C 7C
Total de Posições 2C 5C 7C
Pátio de Aeronaves de Cargas
Total de Posições - - -
SISTEMA TERMINAL DE PASSAGEIROS
Capacidade na hora-pico de embarque 139 407 581
Capacidade na hora-pico de desembarque 157 407 581
Edifício do Terminal
Total (m²) 2.500 4.500 7.000
Estacionamento de Veículos
Área Total (m²) 4.530 2.5001 5.000
Número de Vagas 203 90 185
Meio-Fio
Meio-Fio de Embarque (m) 30 78 106
Meio-Fio de Desembarque (m) 30 78 106
Total 60 156 213
Equipamentos de Rampa
Área Total (m²) 885 1.500 1.800
SISTEMA DE INFRAESTRUTURA AERONÁUTICA
Orgão ATS AFIS AFIS AFIS
SISTEMA TERMINAL DE CARGAS
Terminal de Cargas (m²) - - -
SISTEMA DE AVIAÇÃO GERAL
Terminal de Aviação Geral (m²) - - -
Pátio de Aviação Geral (m²) - - -
Estacionamento de Veículos 0 0 0
Número de Vagas 0 0 0
Hangares e Pátios Associados (m²) 500 500 500
3
SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO E MANUTENÇÃO
Sistema de Manutenção
Área Total (m²) 423 1.000 2.200
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 241
Atual/
SBKG Fase 01 Fase 02
Existente
SISTEMA DE APOIO ÀS OPERAÇÕES
Parque de Abastecimento de Aeronaves
Área do Lote (m²) 900 1.600 1.600
Armazenamento 5 dias (l) 50 96 216
SCI
Categoria 6 7 7
Área Total (m²) 784 7.000 7.000
SISTEMA DE APOIO ÀS COMPANHIAS
Manutenção e Carga Doméstica (m²) - - -
Base de manutenção de Aeronaves (m²) - - -
SISTEMA INDUSTRIAL DE APOIO
Comissaria (m²) - - -
Serviços Aeroportuários (m²) - 400 900
INFRAESTRUTURA BÁSICA
Água Potável (m³) 48 548 548
Resíduos Sólidos (m²) 112 112 112
Energia Elétrica (m²) 66 266 266
Estação de Tratamentos de Esgoto (ETE) (L/s) 0,4 1,0 2,0
1 2 3
Foi considerado o comprimento de pouso (LDA), Realocação da Infraestrutura, A administração foi
desenvolvida dentro do edifício do terminal,
Fonte: Consórcio GCA.
• Não há área disponível em ambas as cabeceiras, de forma que foram implantadas RESAs de
dimensões 90 m x 90 m sem que houvesse desapropriação de área de terceiros ou utilização
de área de proteção ambiental para tal ação.
Nivelamento e retirada de obstáculos da faixa de pista da PPD
• É considerado o nivelamento de uma porção da faixa de pista a fim de retirar obstáculos e
corrigir não conformidade referentes às declividades longitudinais e transversais.
Construção de novo pátio de aeronaves para aviação comercial
• As aeronaves paradas no pátio de aeronaves existente são obstáculos dentro da faixa de pista
da PPD, uma vez que parte da área do pátio está localizada dentro da faixa de pista.
• É construído um novo pátio de aeronaves, localizado de forma adequada. Além da retirada de
obstáculos da faixa de pista, o pátio é posicionado de forma que as aeronaves não sejam
obstáculo na superfície de transição.
Construção de taxiway conectando o pátio de aeronaves de aviação comercial à PPD
• Na segunda fase, é construída uma nova taxiway de acesso ao pátio de aviação comercial a fim
de evitar gargalos na movimentação das aeronaves, uma vez que o número de operações na
hora-pico não pode ser atendido apenas por uma taxiway de acesso.
2.6.1.2 Sistema Terminal de Passageiros
Construção de novo TPS
• O TPS existente é obstáculo na superfície de transição da PPD, além de estar localizado onde o
novo pátio de aeronaves será construído.
• É construído um novo TPS, em frente ao novo pátio de aeronaves. Para isso, a área de acesso e
o estacionamento de veículos são remodelados.
2.6.1.3 Sistema de Infraestrutura de Aeronáutica
Deslocamento e Implantação de Auxílios à Navegação
• Deslocamento de auxílios à navegação em razão do deslocamento das cabeceiras: glide path,
sítios meteorológicos, biruta, PAPI da cabeceira 15.
• Instalação de PAPI na cabeceira 33.
Adequação do Balizamento Luminoso e Sinalização Vertical
• Adequação do sistema de luzes da PPD existente.
• Instalação de novas luzes de borda das novas taxiways.
• Adequação da sinalização vertical do aeroporto.
2.6.1.4 Área Patrimonial
Desapropriação de área de terceiros
• A área patrimonial do aeroporto não é suficiente para expansão das áreas operacionais e
adequação de não conformidades existentes.
• Para implantação e expansão da infraestrutura, é necessário desapropriação de áreas de
terceiros.
• A principais adequações são por conta da construção de novo TPS, expansão das áreas de apoio,
implantação de faixa de pista e retirada de obstáculos da faixa de pista.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 245
Adequação da largura da PPD, com ampliação de 1,5 m de largura em ambos os lados. 4.800 m²
• Pavimento 1.572 m²
• Acostamento 1.020 m²
Construção da taxilane B.
• Pavimento 8.710 m²
• Acostamento 1.260 m²
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 247
• Pavimento 3.036 m²
• Acostamento 1.898 m²
Construção de novo pátio de aeronaves em pavimento rígido para aviação comercial. 14.580 m²
Apesar de o programa de necessidades prever a implantação de uma nova EPTA CAT A, tais custos não
estão a cargo do concessionário.
• Lote 5.525 m²
• Edificação 1.000 m²
Segurança Operacional
As melhorias na infraestrutura a fim atender aos requisitos regulatórios do sistema de segurança
operacional do aeroporto na Fase 01 são descritas a seguir.
Adequação da cerca operacional ao longo da faixa de pista da PPD e ao sul do sítio a fim 3.064 m
de deixa-la no interior da área patrimonial, e implantação de novas cercas nas áreas de
apoio.
Área Patrimonial
A área de terceiros a ser desapropriada na Fase 01 é apresentada na Figura 2-45 e detalhada a seguir.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 252
Desapropriação de área de terceiros para construção do novo TPS, das áreas de apoio e 99.279 m²
para adequação da faixa de pista da PPD.
Demolições
As áreas de pavimento e edificações que sofrem demolições na Fase 01 são apresentadas na Figura
2-46 e detalhadas a seguir.
• Taxiway A 3.036 m²
• Taxiway C 8.710 m²
• Taxiway B 3.036 m²
Ampliação da taxilane B.
• Pavimento 1.784 m²
• Acostamento 246 m²
Ampliação de via de serviço para apoio às operações do pátio da aviação comercial e da 814 m²
aviação geral em pavimento flexível.
Segurança Operacional
Nesta fase, não há mudanças na infraestrutura relacionada ao sistema de segurança operacional do
aeroporto.
Área Patrimonial
Para as intervenções e melhorias de infraestrutura no sítio aeroportuário, não é necessário
desapropriar áreas de terceiros que não pertencem ao aeroporto na Fase 02.
Demolições
As áreas de pavimento e edificações que sofrem demolições na Fase 02 são apresentadas na Figura
2-51 e detalhadas a seguir.
Demolição de Edificação 0 m²
Conforme pode ser observado na Figura 2-52, as áreas 01, 02, 03 e 04, pertencente a terceiros,
precisam ser incorporadas como área civil. A Tabela 2-64 mostra a identificação das regiões da situação
patrimonial proposta com suas respectivas áreas, posses e motivo da incorporação para as áreas a
serem incorporadas.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 260
Implantação de terminal de
passageiros, pátio de
Área 01 60.600,76 Terceiros
aeronaves, estacionamento e
áreas de apoio
A Tabela 2-66 apresenta o resumo das áreas a incorporar ao sítio aeroportuário devido ao
desenvolvimento proposto. O custo unitário estimado para a desapropriação desta área por hectare,
conforme pesquisa de mercado, é de R$ 5.000.000,00, e o custo total da desapropriação é apresentado
na tabela a seguir.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 261
A Tabela 2-67 apresenta a identificação das áreas civis e militares com suas respectivas áreas. A
alteração do Zoneamento Civil/Militar da situação atual para a proposta se deu por conta da
incorporação de áreas de terceiros no cenário após a expansão do aeroporto.
Conforme pode ser observado na Figura 2-53, a área civil do aeroporto aumentou após a expansão. A
Tabela 2-68 mostra um resumo de como se dá a divisão do zoneamento civil/militar proposto e para
situação atual.
Categoria do Aeroporto 4
Cabeceira 15 33
Categoria I -
superfícies foram apenas deslocadas para frente, fazendo com que alguns obstáculos apresentados na
situação atual sejam livrados no pós-desenvolvimento, ou seja, apesar de haver obstáculos no PZPA
proposto, os obstáculos nele presentes também estão na situação atual, porém são menos críticos no
pós-desenvolvimento.
Conforme analisado no capítulo 1.1.4, a superfície de aproximação, transição, horizontal interna e
horizontal externa apresentam obstáculos, as tabelas e figuras enumerando esses obstáculos são
apresentados no texto daquele capítulo.
É necessário homologar o PBZPA do Aeroporto de Campina Grande junto ao DECEA e deve ser
realizado um levantamento topográfico mais preciso para que os possíveis obstáculos existentes
possam ser melhor avaliados e declarados no plano homologado. Alguns obstáculos identificados
podem ter alturas que não perfuram as superfícies de proteção quando as elevações forem
confirmadas no levantamento topográfico.
2.6.3.4 Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea
Conforme capítulo 1.1.5, os auxílios à navegação aérea necessitam de uma área livre de obstáculos
para o bom funcionamento dos equipamentos que os compõem e garantia da segurança na
transmissão de informações. A Portaria Nº 957/GC3, de 09 de julho de 2015 apresenta restrições aos
objetos projetados na área de influência de auxílios à navegação aérea.
O Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação aérea (PZPANA), como dito anteriormente, é
definido como um conjunto de superfícies limitadoras de obstáculos que estabelecem restrições ao
uso do solo no entorno dos auxílios à navegação aérea, de forma que haja controle dos objetos
projetados nesse espaço. O PZPANA visa o uso eficiente do espaço próximo aos auxílios e a segurança
das aeronaves.
O PZPANA deve passar por revisão caso haja a instalação de novos equipamentos, retirada e/ou
relocação de equipamentos. No pós-desenvolvimento está sendo previsto para o Aeroporto de
Campina Grande a relocação do PAPI e GS da cabeceira 15 e e um novo PAPI na cabeceira 33, além da
remoção dos VASIS e do NDB, de forma que novo PZPANA se torna necessário.
A Tabela 2-70 apresenta um resumo dos auxílios presentes no aeroporto com suas respectivas
coordenadas.
O PZPANA proposto para o Aeroporto de Campina Grande possui superfícies de proteção para todos
os auxílios da Tabela 2-70. As superfícies que são descritas e apresentadas pela portaria do PZPANA
estão ilustradas na Figura 2-55. As superfícies de proteção do transmissor de rampa de planeio (GS),
do localizador (LOC) e do marcador são apresentadas como integrantes do sistema ILS.
Dadas as superfícies de proteção e suas respectivas elevações apresentadas no PZPANA, objetos como
edificações, grandes estruturas, árvores, arbustos, postes, antenas, morros, terrenos, dentre outros,
foram analisados de forma que foi possível identificar se eles ultrapassam a elevação das superfícies
de proteção do PZPANA.
O PZPANA foi analisado no Google Earth utilizando o seu modelo digital de terreno para comparação.
As localizações dos objetos ou regiões cujas alturas ultrapassam a elevação das superfícies de proteção
foram retiradas do Google Earth. É importante ressaltar que este modelo digital do terreno não
apresenta precisão elevada, de forma que foi utilizado para uma análise preliminar neste estudo. Para
homologação dos planos de proteção junto ao DECEA, é necessário que sejam realizados
levantamentos topográficos mais precisos.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 267
Como o sistema ILS não sofreu modificação de localização, a superfície deste já foi analisada no
capítulo 1.1.5. No Aeroporto de Campina Grande o PAPI da cabeceira 15 foi relocado e um novo PAPI
foi instalado na cabeceira 33, apenas a análise dessas superfícies serão apresentadas a seguir.
Para os sistemas indicadores de rampa de aproximação visual (PAPI), foram identificadas edificações,
árvores e morros, no nível do terreno, perfurando a superfície de proteção do PAPI da cabeceira 15 e
da cabeceira 33, conforme mostra a Figura 2-56 e a Figura 2-57.
Em resumo, como houve alteração no cadastro dos auxílios à navegação aérea do aeródromo, e ainda
não existe PZPANA cadastrado junto ao DECEA, é necessário homologar um novo PZPANA. Nesse caso,
deve ser realizado um levantamento topográfico mais preciso para que os possíveis obstáculos
existentes possam ser melhor avaliados e declarados no plano homologado. Alguns obstáculos
identificados podem ter alturas que não perfuram as superfícies de proteção quando as elevações
forem confirmadas no levantamento topográfico
2.6.3.5 Plano de Zoneamento de Ruído
Conforme já explicitado no capítulo 1.1.6 deste relatório, a elaboração do Plano é regida pelos os
termos e as exigências dispostos no regulamento RBAC n° 161 (emenda n° 01). Para tanto,
inicialmente, deve-se enquadrar o aeródromo quanto ao tipo de plano a ser elaborado. Em seguida,
apresenta-se a metodologia adotada para a elaboração das curvas de ruído, as premissas e valores
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 268
adotados no cálculo e, por fim, a representação geográfica da área de impacto do ruído aeronáutico
decorrente das operações no aeródromo junto das análises quanto a compatibilidade do uso do solo
no entorno.
2.6.3.5.1 Tipo de Plano
Segundo o item 161.15 do RBAC n°161, a média anual de movimentos de aeronaves dos últimos
três (3) anos superior a sete mil (7.000) define a necessidade de elaboração de um Plano Específico de
Zoneamento de Ruído (PEZR). Do contrário, sendo facultativa a escolha do tipo de plano a ser
elaborado, elabora-se apenas o Plano Básico de Zoneamento de Ruído (PBZR). Dessa forma, a Tabela
2-71 a seguir resume a movimentação anual proposta para o aeródromo nos anos de 2046, 2047 e
2048, de acordo com o Relatório de Estudo de Mercado.
2046 11.607
2047 12.088
2048 12.585
Média 12.093
Fonte: Consórcio GCA.
De acordo com a Tabela 2-71, o aeródromo apresenta uma média anual de 12.093 movimentos
considerando-se os últimos três (3) anos, implicando na necessidade de elaboração do PEZR, segundo
regulamento.
2.6.3.5.2 Metodologia
Conforme declarado na subparte D do RBAC n°161, o PEZR deve apresentar cinco curvas de ruído
calculadas por meio de programa computacional, utilizando-se a métrica DNL com período noturno
compreendido entre 22h e 07h do horário local. O DNL é o nível sonoro equivalente da energia sonora
produzida por todos os eventos de ruído dentro do período de 24 horas, onde o período noturno
apresenta multiplicador computacional dez (10) uma vez que este período apresenta menor ruído
ambiente e maior sensibilidade.
Para tanto, esse estudo adotou como programa computacional o software INM 7.0 (versão 7.0b), o
qual foi estabelecido como padrão para avaliação de ruído pela FAA segundo o documento FAA Part
150 noise compatibility planning. Atualmente, a FAA utiliza o software AEDT que integra o INM com
algumas melhorias. No entanto, a comparação de resultados entre o AEDT e o INM atesta a validade
de ambos os modelos, de acordo com o documento FAA AEDT & Legacy Tools Comparisons.
A fim de se obter as curvas de ruído com a métrica DNL, o software INM considera informações físicas,
como as climáticas, geográficas, geométricas, dentre outras, e operacionais, como tipo aeronaves,
volume de movimentos, uso de cabeceiras, dentre outras, do aeródromo em estudo. Em seguida,
utilizando-se o banco de informações de performance das aeronaves e helicópteros contidos no
software, sofisticados algoritmos combinam as informações de entrada com o banco de dados e
calculam o nível de ruído em determinados pontos do solo, de acordo com a precisão e refinamento
da malha pré-definidos pelo usuário.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 269
De posse do nível de ruído em cada ponto da malha, o software cria as cinco (5) curvas de ruído que
apresentam nível de ruído médio dia-noite (DNL) de 85 dB, 80 dB, 75 dB, 70 dB e 65 dB por meio da
interpolação dos pontos da malha.
Vale ressaltar que o próprio software sugere uma lista de substituição de aeronaves caso aquelas
consideradas no estudo não possuam informações específicas já gravadas no banco de dados. Tal lista
de substituição foi aprovada pela FAA nos estudos que utilizam o INM, segundo o manual de usuário
do software INM User’s Guide (página 140). Já para as aeronaves que não estão nem mesmo na lista
de substituição, considerou-se a lista de aeronaves equivalentes utilizadas no estudo de ruído do
aeroporto de Farnborough INM7 Noise Assessment January to June 2013.
2.6.3.5.3 Hipóteses e parâmetros adotados
2.6.3.5.3.1 Parâmetros Físicos
Sabendo-se que a metodologia supracitada atende aos requisitos do RBAC n°161, apresenta-se a seguir
as hipóteses e parâmetros adotados para os cálculos das curvas de ruído. Quanto aos parâmetros
geométricos, seguiu-se a geometria proposta no plano de desenvolvimento do sítio para 2048. Já para
os parâmetros de elevação, velocidade do vento frontal, temperatura, umidade, pressão, ângulo de
aproximação e altura de cruzamento da cabeceira, seguiu-se o mesmo já existente no aeródromo. Para
as informações inexistentes, tomou-se a mesma do aeródromo mais próximo.
A seguir, a Tabela 2-72, Tabela 2-73 e Tabela 2-74 resumem os parâmetros físicos do aeródromo, de
suas cabeceiras e helipontos utilizados neste estudo.
Padrão
Velocidade do vento frontal (km/h) 14,8
INM
Google
Coordenadas Heliponto 1 (Lat/Lon) 07°16'6,74''S / 35°53'41,68''O
Earth
Fonte: Consórcio GCA.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 270
Outro parâmetro físico importante para o estudo diz respeito à geometria das rotas de aproximação e
de saída. Para o aeródromo em estudo neste relatório, conforme declarado nas cartas de navegação
por instrumentos, todas as aeronaves em aproximação apresentam a rota de planeio em linha reta no
mínimo a partir de 5 MN da cabeceira, seja sob auxílio de NDB, ILS ou RNAV (GNSS). Assim sendo, para
aeronaves de asa-fixa, considerou-se todas as rotas de pouso como sendo linhas retas de 5 MN como
parâmetro físico em ambas as cabeceiras, pois espera-se que a curva mais externa alcance distâncias
maiores que 5 MN da cabeceira.
Do mesmo modo, conforme declarado nas cartas de navegação por instrumentos, todas as aeronaves
de asa-fixa em saída apresentam uma subida em linha reta, mantendo a proa na direção do eixo da
pista até cruzar uma determinada altitude, realizando uma curva a partir de então. Como o ponto no
qual a aeronave realiza a curva depende do procedimento escolhido na operação de decolagem, não
há dados suficientes para se estimar nem a geometria nem sua porcentagem de utilização. Portanto,
considera-se todas as rotas de decolagem sendo linhas retas em ambas as cabeceiras.
Para aeronaves de asa-rotativa, considerou-se como área de pouso de helicópteros as regiões
identificadas durante a visita no sítio do aeródromo em estudo, após entrevista realizada com o
operador do aeródromo. Além disso, as rotas de pouso e decolagem de helicópteros foram
consideradas sobre a pista de pouso e decolagem, taxiway e pátios.
2.6.3.5.3.2 Parâmetros Operacionais
Uma vez definidos os parâmetros físicos, segue-se à definição dos parâmetros operacionais específicos
deste aeródromo em questão. Conforme disposto no plano diretor deste aeródromo, revisado em
2012, utilizou-se a mesma utilização das cabeceiras listadas na Tabela 2-75.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 271
15 98
33 2
Fonte: Consórcio GCA, Pdir (2012).
Em seguida, define-se a movimentação do dia-médio de 2048 para cada aeronave separando-as pelo
tipo e horário de operação. A movimentação do dia-médio é definida como sendo o volume total de
movimentos de uma dada aeronave dividido pelo número de dias do ano. No caso de operações de
pouso, separa-se o número de movimentos de um dia-médio para cada aeronave nos períodos
definidos como dia e noite. Já para as decolagens, além da separação nos períodos definidos como dia
e noite, há a necessidade de se definir a etapa percorrida por cada aeronave através da análise de seu
par origem-destino. Nesse ponto, o software considera que quanto mais longa a etapa, mais
combustível a aeronave leva e, portanto, maior sua contribuição ao ruído. A Tabela 2-76 a seguir
resume a definição das etapas quanto às distâncias percorridas.
1 0 a 500 MN
2 501 a 1000 MN
3 1001 a 1500 MN
4 1501 a 2500 MN
5 2501 a 3500 MN
6 3501 a 4500 MN
7 4501 a 5500 MN
8 5501 a 6500 MN
9 mais de 6500 MN
Fonte: INM – Manual do Usuário.
Pode-se obter os seguintes valores para decolagens e pousos ocorridos durante o dia e durante a noite
para cada categoria de envergadura, conforme listado na Tabela 2-78 e Tabela 2-79. Tais valores se
baseiam nos valores de movimentação já existentes para 2016, sendo ajustados proporcionalmente à
movimentação ocorrida para o ano de 2048.
Tabela 2-78: Movimentos de decolagens durante o dia e noite de um dia médio de 2048
Categoria Etapa Dia Noite %
Tabela 2-79: Movimentos de pousos durante o dia e noite de um dia médio de 2048
Categoria Dia Noite %
Vale ressaltar que esse estudo não considera pontos de teste de motores nem movimentos de toque
e arremetida. A Tabela 2-80 a seguir resume a distribuição total do mix para cada categoria utilizada
neste estudo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 273
H 1,8%
A 24,5%
B 3,0%
C 70,7%
D 0,0%
E 0,0%
Fonte: Consórcio GCA.
A Tabela 2-81 a seguir resume a distribuição dos movimentos utilizados. Pode-se notar o equilíbrio
entre pousos e decolagens (50% pouso e 50% decolagem) bem como a predominância de voos durante
o dia (79% dia e 21% noite).
Decolagem 41% 9%
Fonte: Consórcio GCA.
apresentadas neste anteprojeto sejam coerentes com situação in situ. Para isto, foram realizados os
seguintes ensaios e sondagens no Aeroporto de Campina Grande:
• Medição do Índice de Irregularidade Longitudinal na pista de pouso e decolagem;
• Sondagens utilizando-se o Penetrômetro Dinâmico Leve (PDL) em dois pontos distintos do
aeroporto;
• Aquisição de amostras de solo através de Sondagens a Trado para realização de ensaios
laboratoriais de caracterização das amostras em dois pontos distintos do aeroporto, onde
foram realizadas as sondagens PDL.
Assim, neste capítulo, apresentam-se os serviços de campo e ensaios laboratoriais executados para
realização das investigações geotécnicas, assim como os resultados encontrados que caracterizam as
amostras de solo do local.
2.7.1.1 Índice de Irregularidade Longitudinal de Pavimentos
A irregularidade longitudinal é o parâmetro mais utilizado internacionalmente para a avaliação
funcional de pavimentos. Essa irregularidade do pavimento é decorrente de problemas de construção,
falta de manutenção e/ou de defeitos oriundos da ação do tráfego e do clima.
De acordo com a norma brasileira DNER 164/94, a irregularidade longitudinal é definida como o desvio
da superfície da rodovia, em relação a um plano de referência, que afeta a dinâmica dos veículos, a
qualidade de rolamento e as cargas dinâmicas sobre a via.
O IRI fornece um padrão de medidas relacionado com aqueles fornecidos pelos sistemas medidores
de irregularidade do tipo resposta, ou seja, é definido como o somatório dos deslocamentos ocorridos
na suspensão de um veículo dividido pela distância percorrida pelo veículo durante o teste, sendo
expresso nas unidades m/km ou mm/m. As medidas de irregularidade longitudinal do pavimento são
mensuradas através do auxílio de um perfilômetro a laser, composto de 3 a 5 sensores. Estes sensores
são posicionados no veículo através de barras de suporte de tal maneira que a largura da faixa de
rolamento seja contemplada pelas leituras.
Segundo o RBAC nº 153, Emenda nº 01, o índice de irregularidade longitudinal do pavimento (IRI),
segundo a escala internacional, deve ser igual ou inferior a 2,5 m/km (dois vírgula cinco metros por
quilômetro), reportado a cada 200 m (duzentos metros).
A medição da irregularidade longitudinal do pavimento deve ser realizada ao longo de toda a extensão
da pista, conforme definido na Tabela 2-82.
2.7.1.1.1 Metodologia
Para realização dos levantamentos, utilizou-se o equipamento Perfilômetro a Laser, apresentando as
seguintes características:
• Número de Módulos de Distância (Lasers): variável (14 no máximo);
• Curso Útil dos Sensores: 20 cm;
• Número de Sensores de Aceleração (n° lasers): 3;
• Sistema de Medição da Distância: 600 pulsos/volta;
• Taxa de Aquisição de Dados: 4.000 medições/s;
• Software de Campo para Coleta e pré-processamento de dados
• Software de Processamento para Cálculo da Irregularidade
O Perfilômetro a Laser trata-se de um sistema de medição do perfil longitudinal de um pavimento
realizado com o auxílio de medidores de distância sem contato (a laser), medidores de aceleração
vertical do veículo (acelerômetros), de um sistema preciso de medição de deslocamento/velocidade,
tudo gerenciado por um sistema de microprocessador que coordena a aquisição dos dados e os envia
a um computador portátil, em tempo real, através de uma porta do tipo USB. Os medidores de
distância a laser funcionam por triangulação, ou seja, um feixe laser de média potência que é apontado
perpendicularmente ao pavimento, tem sua posição registrada por um sensor especial, para o qual o
reflexo do laser no pavimento é direcionado.
Na Figura 2-59, é possível entender o funcionamento deste tipo de medidor. Os pontos 1, 2 e 3
representam distâncias possíveis do veículo até o pavimento e sua representação no sensor especial.
O cálculo do IRI é realizado com base num algoritmo proposto pela norma americana ASTM E 1364-
95. O cálculo do quociente de irregularidade (QI) é feito com base na norma nacional do DNIT ES-173-
86.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 277
Direito 25,0%
12,5%
Esquerdo 0,0%
Fonte: Consórcio GCA.
Considerando que 12,5% dos valores das leituras são superiores a 2,5 m/km, foi considerada
como solução um recapeamento de 12,5% da área da superfície do pavimento da pista de pouso
e decolagem, conforme apresentado no item 2.7.2.1.
2.7.1.2 Sondagens PDL (Penetrômetro Dinâmico Leve)
A sondagem com o PDL (Penetrômetro Dinâmico Leve) é realizada para verificação da resistência do
solo ao longo da profundidade de um dado perfil.
O Penetrômetro Dinâmico Leve (PDL) é um instrumento que mede a resistência à penetração em
unidades de pressão (força/área) de um cone padrão, posicionado na extremidade de uma haste de
metal, e o ensaio é executado a fim de avaliar os parâmetros de resistência do solo. O ensaio com o
PLD não afeta a estrutura das camadas, sua execução é rápida e de fácil assimilação pelos operadores
e permite avaliar a capacidade de suporte dos solos.
2.7.1.2.1 Metodologia
O ensaio com PDL segue as especificações da norma alemã DIN 4094. O PDL é um equipamento leve e
portátil que, por queda livre de 50 cm de um peso de 10 kg, introduz uma ponteira cônica para
penetração no solo, através de hastes de 1 metro cada, sendo uma acoplada à ponteira e outra que
serve de guia para o martelo. A execução do ensaio consiste em aplicar golpes na haste que contém
em sua extremidade à ponteira cônica.
O Penetrômetro Dinâmico Leve apresenta princípio de penetração proporcionada pelos impactos do
corpo metálico de 10 kg que cai de altura de 50 cm em queda livre. Nesse caso, o número de impactos
necessários para que a haste atravesse determinada camada de solo varia em função da resistência
oferecida pelo mesmo.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 278
Batente kg 2,11
Cabeçote kg 0,80
Ponta kg 0,46
Fonte: Consórcio GCA.
Realizaram-se 2 (duas) sondagens em pontos predefinidos do aeroporto. Estes pontos foram definidos
visando as alternativas de desenvolvimento e de acordo com uma possível direção de expansão da
infraestrutura. A locação dos furos corresponde às coordenadas da Tabela 2-85.
Furo Coordenadas
2.7.1.2.2 Resultados
Os resultados das sondagens são apresentados no Anexo 3.2. As resistências encontradas, em kg/cm²
por metro sondado, são calculadas de acordo com o número de golpes e profundidade alcançada,
sendo realizada em profundidade de até 3 metros ou até atingir critério de impenetrabilidade.
O resumo dos resultados dos ensaios e os comentários geotécnicos sobre cada perfil de solo estão
dispostos na Tabela 2-86.
Furo 1 0,00 a 0,50 m Maior que 4,60 kg/cm² Terreno natural muito compacto.
Furo 2 0,00 a 0,50 m Maior que 4,40 kg/cm² Terreno natural muito compacto.
Fonte: Consórcio GCA.
Além dos resultados apresentados, devem ser analisados os resultados dos ensaios laboratoriais
realizados a partir das amostras coletadas através das sondagens a trado. Com isso, é possível ter uma
conclusão sobre a caracterização das amostras, de forma que ela tenha uma relação com a solução de
engenharia utilizada para os aterros e as camadas estruturais dos pavimentos.
2.7.1.3 Sondagens a Trado
As sondagens a trado são executadas nas pesquisas de materiais para caracterizações dos mesmos,
definindo o perfil geotécnico a cada horizonte homogêneo. Essa sondagem consiste numa perfuração
manual de pequeno diâmetro, por meio de um dispositivo de baixa a média resistência para perfuração
de solo.
O trado é constituído por uma haste metálica, onde é fixado uma haste ortogonal numa das
extremidades, enquanto que na outra extremidade podem ser fixados diversos tipos de perfuradores.
No caso da utilização de trados ocos, é possível introduzir amostradores pelo seu interior,
possibilitando assim a coleta de amostragem.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 280
2.7.1.3.1 Metodologia
A sondagem a trado segue as especificações da NBR 9603/15 e foi realizada por meio de um trado
manual com perfuração do solo. Coletaram-se amostras representativas (cerca de 10 kg) de cada perfil
homogêneo.
Adotaram-se três critérios de parada para este tipo de sondagem:
• Quando atingido a profundidade de 1,50 metros;
• Em caso de desmoronamentos da parede do furo de forma sucessiva;
• Quando o avanço do trado ou ponteira for inferior a 5 cm em 10 minutos.
Realizaram-se 2 sondagens a trado em profundidades de até 1,50 m com coleta de amostras para cada
horizonte homogêneo. Os locais de execução das sondagens foram ao lado dos pontos de sondagem
PDL.
2.7.1.3.2 Resultados
Os resultados obtidos a partir da sondagem em trado encontram-se na Tabela 2-87 do capítulo 2.7.1.4.
As identificações das sondagens são apresentadas no resumo de caracterização do Anexo 3.3, nos
quais constam a descrição e a profundidade das amostras coletadas.
A data de execução das sondagens foi o dia 05/12/2017. Não foi identificado nível d'água por ocasião
da medida.
2.7.1.4 Ensaios Geotécnicos
Nas amostras coletadas nas sondagens a trado, realizaram-se ensaios geotécnicos para caracterização
dos materiais, sendo estes:
• Análise granulométrica;
• Limites físicos: limite de liquidez, limite de plasticidade e índice de plasticidade;
• Umidade.
2.7.1.4.1 Metodologia
Para realização dos ensaios, seguiram-se as referidas normas técnicas:
• Amostras de solos: preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização -
ABNT NBR 6457/16;
• Análise granulométrica: ABNT NBR 7181/16;
• Determinação do limite de liquidez: ABNT NBR 6459/16;
• Determinação do limite de plasticidade: ABNT NBR 7180/16.
2.7.1.4.2 Resultados
Os resultados completos dos ensaios realizados são apresentados no Anexo 3.3. Os resultados da
sedimentação e a classificação UCS das amostras coletadas estão resumidos na Tabela 2-87. A Tabela
2-88 apresenta as conclusões sobre as amostras de solo coletadas e os respectivos comentários
geotécnicos.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 281
De acordo com os resultados das sondagens PDL e a caracterização das respectivas amostras, o solo
presente no aeroporto é apto para compor camadas de fundação dos pavimentos e de corpo de
aterros, de forma que não seja necessário realizar tratamento no solo ou aplicar diferentes soluções
geotécnicas para sua utilização.
As sondagens realizadas foram utilizadas para direcionar a solução de engenharia a ser adotada neste
estudo e balizar os custos das obras para uma fase de anteprojeto. É importante ressaltar que, em
fases posteriores do projeto, devem ser realizadas campanhas de sondagens mais representativas, de
forma que a classificação do solo local possa ser completa, e as soluções sejam utilizadas de acordo
com a real necessidade conforme locação específica no sítio aeroportuário.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 282
2.7.2 Pavimentação
Neste capítulo, apresentam-se soluções para o anteprojeto de pavimentação levando-se em
consideração a situação atual e os pavimentos considerados no plano de desenvolvimento do
aeródromo em questão. A análise da situação atual baseia-se na comparação entre os valores PCN
declarados de cada componente e os valores ACN do mix de aeronaves considerado na análise,
supondo-se o comprimento da pista de pouso e decolagem da fase final de implantação.
Quanto ao projeto dos novos pavimentos, utilizou-se a metodologia da FAA para dimensionamento de
pavimentos rígidos e flexíveis com base na projeção de demanda de movimentos entre 2019 a 2038,
disponível no Relatório de Estudo de Mercado.
2.7.2.1 Análise da situação atual
De acordo com o capítulo 1.2.1 deste relatório, o aeródromo em estudo possui uma (01) pista de táxi,
um (01) pátio e uma (01) pista de pouso e decolagem compondo o sistema do lado ar com estrutura
de pavimento. A Figura 2-61 a seguir apresenta a localização de todos os componentes.
Apenas os componentes utilizados pela aviação comercial foram analisados nesse estudo. Assim
sendo, de acordo com o capítulo 1.2.1 deste relatório, os valores de PCN declarados para cada
pavimento em análise, junto do código da aeronave crítica dado no capítulo 1.3.1 deste relatório, se
encontram listados na Tabela 2-89.
Pista 50/F/A/X/T C
Pátio 1 50/R/B/X/T C
Táxi A 45/F/A/X/T C
Fonte: Consórcio GCA.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 283
Nota-se que os pavimentos da pista e da táxi possuem um suporte de subleito de categoria A, cujos
valores de CBR são acima de 13. Já o pátio possui subleito de categoria B, cujos valores de CBR variam
de 8 a 13.
Sabendo-se os valores de PCN e o código da aeronave crítica de cada componente, os valores de ACN
foram calculados com base em determinadas aeronaves segundo os seguintes critérios:
• Aeronaves comerciais em operação no ano de 2016;
• Aeronaves comerciais adicionais de projeto representativas de cada código.
A Tabela 2-90 resume as aeronaves utilizadas na análise bem como seu código e peso máximo
operacional, considerando-se uma pista de pouso e decolagem de comprimento 1.555 m
correspondente à fase final de implantação. A porcentagem em relação ao peso máximo de decolagem
também se encontra listada.
Os valores ACN foram calculados utilizando-se as configurações padrão de cada aeronave registradas
no banco de dados do software COMFAA 3.0. A Tabela 2-91 a seguir resume os valores ACN para cada
aeronave. Os valores destacados são aqueles nos quais o valor ACN supera o respectivo valor PCN do
pavimento, o que exigiria uma restrição do peso máximo operacional da aeronave para reduzir seu
ACN.
Desse modo, não há a necessidade do cálculo de um novo peso operacional máximo para cada
aeronave com o intuito de atingir um valor ACN igual ao PCN do respectivo componente em análise.
Portanto, seria possível a operação de todas as aeronaves do mix supracitado sem a exigência de
reforço da estrutura de pavimentos.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 284
Além disso, para uma completa análise da situação atual, deve-se ainda considerar os ensaios de
avaliação do índice irregularidade longitudinal (IRI) da pista de pouso e decolagem descritos no
capítulo 2.7.1.1 deste relatório. Essa análise estima a porcentagem da área da PPD que apresenta
medições acima do recomendado em norma e, portanto, exige recapeamento e fresagem. As situações
identificadas durante a visita in loco e as não conformidades listadas pela ANAC, ambas dispostas no
capítulo 1.2.1 deste relatório, também devem ser consideradas. A Tabela 2-92 a seguir resume todos
os problemas identificados e as ações propostas para a primeira etapa de implantação.
Recapeamento e
PPD • Nada consta; 12,5% • Nada consta Ok fresagem de 5 cm em
12,5% da área
• Adequada ao uso,
exigindo apenas Não
Pátio 1 • Nada consta Ok Sem intervenção inicial
manutenção realizado
preventiva;
• Adequada ao uso,
exigindo apenas Não
Táxi A • Nada consta Ok Sem intervenção inicial
manutenção realizado
preventiva;
Fonte: Consórcio GCA.
Vale ressaltar que os problemas relacionados aos pavimentos dos componentes de aviação geral,
listados na Tabela 2-92, serão resolvidos pelo operador conforme a necessidade e, portanto,
considerados nos custos de OPEX.
2.7.2.2 Novos pavimentos
Para o projeto dos novos pavimentos, considerou-se o volume anual de aeronaves de asa fixa de 2019
a 2038 (período de 20 anos) com base no estabelecido pelo Relatório de Estudo de Mercado. Em
seguida, com base no mix de aeronaves considerado, calcula-se a movimentação de cada aeronave
para cada ano dentro do período. Finalmente, calcula-se a movimentação média anual dentro do
horizonte de 20 anos. Para o projeto de pavimentação, leva-se em consideração apenas movimentos
de decolagem de aeronaves de asa-fixa operando sob peso máximo operacional compatível com
comprimento de pista na fase de implantação final do aeródromo em questão. A Tabela 2-93 a seguir
resume os valores utilizados no dimensionamento.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 285
Vale ressaltar que todo o volume de operações previstas na projeção de demanda para a aviação geral
foi representado pela movimentação da aeronave C172, conforme listado na Tabela 2-93. Finalmente,
as seguintes hipóteses foram adotadas para o dimensionamento do pavimento:
• Considerou-se um subleito de categoria igual ao subleito do componente existente a ser
expandido ou do componente existente mais próximo. Em seguida, adotou-se o valor de
referência da categoria de subleito conforme proposto pela norma FAA AC 150/5334-5A. A
Tabela 2-94 resume os valores adotados para cada pavimento em expansão;
Táxi A - Ampliação 1 A 15
Táxi C - Ampliação 1 A 15
Táxi D – Ampliação 2 A 15
Pátio 2 - Ampliação 2 A 15
Fonte: Consórcio GCA, FAA AC 150/5334-5A.
Figura 2-62: Seção de pavimento para pista de pouso e decolagem, pistas de táxi e pátio 2 - CBR = 15 –
FAARFIELD
Para o pavimento do acostamento, a seção dimensionada pelo FAARFIELD considera uma única
passagem da aeronave crítica durante o período de 20 anos. A seção dimensionada é apresentada na
Figura 2-63.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 287
Figura 2-65: Características da seção de pavimento adotada para pistas de taxi A (em cima) e táxi B (em
baixo) – CBR = 15
2.7.2.3 Faseamento
A construção dos novos pavimentos ocorre de acordo com o proposto para o layout do aeroporto em
cada fase. Portanto, o anteprojeto dos pavimentos prevê as seções apresentadas no capítulo anterior
e as áreas de cada componente novo mostradas nesse capítulo.
Valer ressaltar que os pavimentos novos e existentes devem sofrer manutenções previstas ao longo
das fases de planejamento. De modo geral, os componentes pavimentados atendendo à aviação geral
apenas deverão sofrer manutenções conforme demanda e exigências do operador e, por isso, estão
considerados nos custos de OPEX. O mesmo ocorre para as vias de serviço pavimentadas e conjunto
de pátios do aeródromo.
Já para o restante dos componentes pavimentados que atendam à aviação comercial e de carga, estes
devem sofrer recapeamento e fresagem de 3 cm na fase 2, respectivamente, caso já estejam em
operação desde a fase 1. Já os pavimentos em operação apenas desde a fase 2, por sua vez, não
necessitam de manutenção até o final da concessão.
A seguir são apresentadas as intervenções propostas em cada fase.
2.7.2.3.1 Fase 01
A Figura 2-69 apresenta as intervenções propostas nos pavimentos da fase 1.
• PPD (alargamento).
• Táxi A, B e C;
• Pátio 1.
2.7.2.3.2 Fase 02
A Figura 2-70 apresenta as intervenções propostas nos pavimentos da fase 02.
etapa e a sua interface com o lado ar, que também define o conceito de expansão de elementos como
pista de pouso e decolagem, pistas de táxi e pátios de aeronaves, definem o conceito de expansão das
fases posteriores. Essas premissas devem ser estudadas, planejadas e analisadas desde o início da
concessão e das obras, de forma que as implantações das fases seguintes ocorram com o máximo
aproveitamento das infraestruturas existentes e com a facilidade de integração entre elas e com as
infraestruturas implantadas, de modo que o impacto nas operações do TPS e do lado ar seja o menor
possível ao longo dos períodos de obras e mudanças.
2.7.3.2 Descrição dos Pavimentos
O novo TPS possui um pavimento térreo, conforme apresentado na Figura 2-71. Neste pavimento,
estão presentes todas as áreas relativas às funções de embarque e desembarque do terminal de
passageiros. O meio-fio de embarque e desembarque estão no mesmo nível e não há pontes de
embarque nesta primeira etapa de implantação.
No pavimento térreo (L0), estão localizadas todas as funções de embarque e desembarque, uma vez
que o TPS possui meio-fio não segregado. As principais funções de embarque presentes no TPS são as
áreas de check-in doméstico, as áreas de controle e inspeção de segurança e as salas de embarque. As
principais funções de desembarque presentes no TPS são as áreas de restituição de bagagens e o
saguão de desembarque. Além destas áreas, o terminal também possui áreas comerciais, disponíveis
ao longo do fluxo de passageiros.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 294
O fluxo de passageiros se inicia no meio-fio de embarque no nível L0. Após entrarem na edificação, os
passageiros têm acesso às áreas de check-in. Para acesso às salas de embarque, os passageiros devem
passar pelas áreas de controle, inspeção de segurança e raio-x. Para acesso às aeronaves, os
passageiros se direcionam aos portões das salas de embarque e se direcionam às aeronaves
caminhando após a autorização.
Após saírem das aeronaves, os passageiros são direcionados às salas de restituição de bagagens,
localizadas no nível L0. O fluxo de desembarque doméstico é concluído quando os passageiros deixam
a edificação, o que ocorre no meio-fio de desembarque também localizado no nível L0.
2.7.3.4 Concepção da expansão do TPS
Dados os principais condicionantes para a implantação do terminal de passageiros, apresentados no
item 2.7.3, a nova edificação foi definida de modo que fossem solucionadas as não conformidades e
uma concepção modular e eficiente fosse adotada para construção do novo TPS, de modo que as áreas
existentes fossem ao máximo aproveitadas nas fases posteriores de ampliação do TPS. Na Figura 2-73,
é apresentada a implantação geral do sítio aeroportuário na primeira fase de ampliação do TPS.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 296
Na Figura 2-75, é observada a implantação proposta para o TPS para a primeira fase de implantação
vista a partir do lado terra. Para esta implantação, é proposta a implantação um novo sistema viário e
estacionamento de veículos, dado que a locação do TPS foi modificada.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 298
As cercas e os portões devem ser localizados de forma a separar as áreas de movimentos do aeroporto
e as instalações ou as zonas do aeroporto que são vitais para a operação segura de aeronaves, das
áreas abertas ao acesso público. A cerca deve ser iluminada com um nível mínimo essencial em ambos
os lados e, em particular, nos pontos de acesso.
Em consequência do desenvolvimento do aeroporto, a configuração de cercas e portões deve ser
adaptada ao novo layout, ajustando-se à expansão e melhorando a segurança do aeroporto. Para cada
fase, as novas cercas implementadas são denominadas cercas operacionais, que contornam a área
operacional.
Para acesso às áreas controladas, dois tipos de portões são propostos. Um portão de controle, que
deve ser usado para uma identificação simples a fim de acessar às áreas controladas do sítio
aeroportuário, e um portão de acesso, que deve ser destinado a uma inspeção de segurança adequada
antes do acesso às áreas restritas do aeroporto. O portão de acesso é composto por dois (2) portões
em sequência com uma área entre eles, onde está localizada uma guarita. Esta área é destinada a
realizar a inspeção de segurança e a evitar "tailgating". "Tailgating" envolve um veículo não autorizado
que acompanha de perto um veículo autorizado que pretende passar por um ponto de acesso antes
do fechamento do portão. Considerando dois (2) portões seguidos para acessar às áreas restritas, o
segundo portão só será aberto quando o primeiro portão estiver completamente fechado e a inspeção
de segurança estiver concluída. O acesso ao lado ar foi limitado a um (1) portão de acesso e todos os
outros portões foram removidos. O portão está localizado no lado norte do aeroporto e próximo à
estação de tratamento de esgoto. A Figura 2-76 mostra a localização do portão de acesso.
A seguir, são apresentadas as principais características das cercas e portões utilizados no anteprojeto
do Aeroporto de Campina Grande.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 300
potencial ações envolvendo a troca, melhoria, reparo ou outra medida visando a redução do consumo
e desperdício dos recursos. De uma forma geral, deve ser prevista a realização de atividades
consumidoras com o menor consumo possível, garantida a qualidade dos resultados obtidos.
Programas de reuso também possuem fundamental importância principalmente para grandes
consumidores como é o caso de aeroportos. Podem ser previstas ações voltadas tanto para sistemas
de coleta e aproveitamento de água pluvial, quanto sistemas de coleta e reuso de água cinza.
2.7.5.2.2.1 Reuso de água pluvial e água cinza
O aproveitamento de água pluvial possui finalidades especificas, dentre elas pode-se destacar o uso
para lavagens externas, alimentação de bacias sanitárias, lavagem de veículos e irrigação. A água
pluvial deve ser coletada em áreas impermeáveis como telhados e pátios, em seguida é encaminhada
para um reservatório de acumulação, sistema de tratamento simplificado para atingir níveis de
qualidade correspondentes aos usos estabelecidos e posterior distribuição.
A água cinza refere-se a efluentes que não possuam contribuição da bacia sanitária, como por exemplo
o esgoto gerado pelo uso de lavatórios. Os efluentes coletados necessitam de um sistema de
tratamento simplificado para posterior armazenamento e redistribuição.
A utilização de aguas pluviais e águas cinzas propicia significativos benefícios ambientais, pois colabora
com o uso sustentável dos recursos hídricos, minimiza a poluição hídrica nos mananciais, estimula o
uso racional e a conservação de agua potável e permite maximizar a infraestrutura de abastecimento
de água e tratamento de esgotos pela utilização múltipla da agua aduzida.
A avaliação econômica para este tipo de projeto é bastante positiva, devendo ser realizados projetos
específicos para o planejamento das melhores práticas a serem desenvolvidas e implantadas.
2.7.5.2.3 Quantificação das intervenções propostas
A Tabela 2-95 apresenta um resumo das intervenções propostas, estimativa de quantidades e
cronograma de implantação para o sistema de abastecimento de água. A Tabela 2-96 apresenta um
resumo das propostas para o sistema de abastecimento de água.
- Toda a área do aeroporto é coberta por rede coletora de esgoto em boas condições
Coleta
operacionais, portanto não serão necessárias intervenções
Ago/12 1.799,2842
Mar/15 2.152,0749
Jul/17 2.457,1911
Fonte: Consórcio GCA.
O resultado da aplicação destes índices de reajustamento resulta nos seguintes fatores de correção,
que foram considerados para a aplicação do preço unitário nas planilhas.
• Fator (POA) – 1,1417777
• Fator (FLN) – 1,3656492
Desta maneira os preços apresentados têm a sua origem nos preços aprovados nas rodadas anteriores
das concessões aeroportuárias, conforme mencionado no relatório de engenharia e afins.
A título de regionalização destes preços em função da praça em que os mesmos serão praticados,
adotamos o seguinte critério para este ajuste.
Como os preços originais referem-se às Praças de Florianópolis e Porto Alegre, os mesmos tiveram que
sofrer ajustes para adequá-los às praças de cada aeroporto, conforme o critério estabelecido pelo
Sistema SICRO (Novo).
Este critério baseou-se na identificação dos insumos mais significativos em cada preço, considerando
os fatores de custo mão de obra, materiais e equipamentos, onde identificou-se o preço destes
insumos na praça original e pode-se calcular o “coeficiente de ajuste” para a praça estudada,
apurando-se assim um fator de ajuste para estes preços conforme mostram a Tabela 3-2, Tabela 3-3,
Tabela 3-4 e Tabela 3-5.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 311
Tabela 3-2: SICRO NOVO – Julho/17 – Preços coletados no Sistema SICRO para as praças em estudo
(Nordeste)
Insumo Código PE AL PB CE
Tabela 3-3: SICRO NOVO – Julho/17 – Preços coletados no Sistema SICRO para as praças em estudo (Centro-
oeste, Sudeste e Sul)
Insumo Código MT ES RJ SE RS SC
M.O. 40% 0,834440 0,771698 0,773753 0,823560 0,828990 0,868085 1,128947 0,853560
Materiais 50% 0,747660 0,765957 0,758936 0,829787 0,889362 0,758936 0,716383 0,750851
Equipamentos 10% 0,999990 0,988029 0,951006 0,983770 1,011245 0,965377 1,013332 0,971922
Taxa Global 0,807605 0,790461 0,784070 0,842695 0,877401 0,823240 0,911104 0,814042
Fonte: Consórcio GCA.
Para os demais componente aeroportuários que não edificações, adotou-se a seguinte composição do
fator de ajuste, conforme Tabela 3-5.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 312
M.O. 15% 0,825694 0,763609 0,765642 0,814928 0,820301 0,858986 1,117114 0,844613
Materiais 50% 0,817209 0,837209 0,829535 0,906977 0,972093 0,829535 0,783023 0,820698
Equipamentos 35% 1,021033 1,008821 0,971019 1,004472 1,032525 0,985692 1,034656 0,992375
Taxa Global 0,889820 0,886233 0,869470 0,927293 0,970475 0,888607 0,921208 0,884372
Fonte: Consórcio GCA.
Fonte: INFRAERO.
• Gastos com utilidades e serviços públicos, incluindo energia elétrica, água e esgoto, telefonia,
coleta de lixo, entre outros;
• Gastos com material de consumo, incluindo peças para manutenção de equipamentos,
combustíveis, entre outros.
Fonte: INFRAERO.
Tipicamente, e conforme se observa na Figura 3-2, os custos e despesas com Pessoal e com Serviços
Terceirizados são os mais relevantes, representando cerca de 80% a 90% do total. A Tabela 3-7 e Tabela
3-8 a seguir apresentam maior detalhamento acerca destas categorias de custos e despesas.
Tabela 3-7: Quebra dos custos e despesas com pessoal (em milhões)
Fonte: INFRAERO.
Tabela 3-8: Quebra dos custos e despesas com serviços de terceiros (em milhões)
Fonte: INFRAERO.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 316
Cada categoria de custos foi projetada para o horizonte de concessão de forma agregada,
considerando sua respectiva elasticidade com a movimentação total do aeroporto (medida em WLUs)
a partir de análise de benchmark de aeroportos nacionais e internacionais. O principal benefício da
metodologia adotada é possibilitar a quantificação e incorporação dos ganhos de escala a serem
auferidos pelo concessionário ao longo dos 30 anos de concessão, conforme o incremento dos volumes
de movimentação.
Contudo, visto os primeiros anos da concessão, atenta-se que aeroportos de pequena escala
apresentam majoritariamente custos fixos, com nenhuma ou baixa variação com a movimentação
enquanto a escala da operação mantém-se reduzida, comportamento verificado também a partir da
análise dos dados de custos de aeroportos nacionais de escala e perfil similar a este aeroporto. Por tal
razão, considerou-se que os custos e despesas operacionais do aeroporto se manterão fixos até que o
aeroporto mude de classe, ao alcançar a movimentação média de 200.000 passageiros anuais no
período de três anos (mudança de classe I para classe II).
Além disso, o ponto de partida da projeção dos custos, levou ainda em consideração ganhos de
eficiência associados à transferência das operações do aeroporto à iniciativa privada. Tipicamente, tais
ganhos são concentrados nos gastos com mão de obra, através da otimização do quadro de
funcionários e/ou da redução de salários (ocasionada, na prática, pela substituição de funcionários
atuais do aeroporto por funcionários com salários mais baixos). Ganhos de eficiência nas demais
categorias de custos são menos prováveis por estarem associados, principalmente, à contratação ou
compras de bens ou serviços de terceiros, geralmente realizadas pela INFRAERO por meio de processo
licitatório, o que reduz a possibilidade de ganhos de eficiência. Entretanto, em casos específicos, pode
haver espaço para ganhos de eficiência também na alínea de serviços terceirizados, especialmente.
Dessa forma, avaliou-se inicialmente a possibilidade de otimização do quadro de pessoal do aeroporto
e, num segundo momento, a partir da comparação com benchmarks, calibrou-se, caso necessário, o
ponto de partida dos custos de pessoal e de terceiros de forma agregada. Ambos foram avaliados de
forma conjunta pois aeroportos com diferentes níveis de terceirização podem distorcer a comparação
com benchmarks em caso de avaliação isolada de gastos com pessoal próprio e terceirizado.
Note-se que, a despeito das projeções de custos partirem da análise dos custos atuais da INFRAERO,
assume-se como hipótese que os atuais contratos operacionais do aeroporto serão rescindidos
previamente ao início da concessão e que o concessionário deverá firmar novos contratos com
terceiros para a prestação de serviços. O item 3.2.7 trata a respeito das hipóteses de rescisão e
apresenta a Due Diligence de todos os contratos operacionais vigentes celebrados pela INFRAERO.
Ademais, com a transferência da operação do aeroporto da INFRAERO para o concessionário privado,
este irá incorrer em novos custos decorrentes de obrigações da concessão, como o pagamento de
outorgas1, a contratação de seguro-garantia de execução do contrato e a implantação de programas
ambientais. Além disso, considerou-se, conforme orientação da SAC/MTPA, o pagamento de IPTU
relativo às áreas destinadas à exploração de atividade econômica não regulada.
Cumpre notar ainda que, a despeito de o início da concessão estar previsto para 1º de agosto de 2019,
o concessionário só passará a responder pelos custos operacionais do aeroporto após 120 dias (ao fim
de novembro de 2019), em razão das fases iniciais de transição da operação do aeroporto ao futuro
1
O pagamento de outorgas é determinado pela avaliação econômico-financeira da concessão e, portanto, não é
discutido neste relatório.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 317
concessionário. Este período será consumido com os estágios 1 e 2 da Fase 1-A da concessão,
referentes à elaboração do Plano de Transferência da Operação (50 dias) e do período de operação
pela INFRAERO assistida pelo concessionário (70 dias)2. Por outro lado, nos 90 dias subsequentes, o
concessionário deverá arcar, além dos custos operacionais regulares, com o ressarcimento dos
funcionários da INFRAERO que o assistirão durante este período (Estágio 3 da Fase 1-A da concessão).
Além deste, o concessionário deverá arcar ainda com dois outros custos de transição, associados ao
ressarcimento da elaboração do EVTEA da concessão e da realização do leilão.
Por fim, considerando o prazo de 30 anos de concessão orientado pela SAC/MTPA, o concessionário
só fará jus à operação em parte do ano de 2049. Por tais razões, os custos apresentados ao longo deste
capítulo para os anos de 2019 e 2049 correspondem apenas a frações do ano calendário completo.
Os itens a seguir apresentam o detalhamento das projeções dos custos e despesas ao longo do
horizonte de concessão, para cada categoria.
2
Prazos adotados conforme os parâmetros mínimos definidos na última rodada de concessão de aeroportos.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 318
Figura 3-3: Comparativo das reduções propostas no quadro de funcionários dos aeroportos da atual rodada
de concessões3
250
200
Número total de funcionários
150
Atual
100 Proposto
SBKG
50
- 54%
0
- 1 2 3 4 5 6 7 8
Passageiros totais 2016 [milhões]
A análise apontou a possibilidade de diminuição do quadro de efetivo do aeroporto na maior parte dos
centros de custos. Por outro lado, com a transferência da operação à iniciativa privada, o
concessionário deverá constituir equipe própria de bombeiros civis, atualmente não existente na
estrutura de pessoal da INFRAERO.
A Tabela 3-9 e a Tabela 3-10 mostram o resultado da análise e resumem por centro de custo o número
de funcionários alocados e o salário médio, tanto da estrutura atual como da nova estrutura proposta,
assim como os custos totais anuais.
3
A comparação não considera as equipes de bombeiros, que tipicamente não fazem parte do quadro dos
aeroportos (apenas em caso de aeroportos já concedidos ou casos específicos de aeroportos operados pela
Infraero).
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 319
Centro de gerenciamento
- - - -
aeroportuário (CGA)
Serviço especializado
contra-incêndios em - - - -
aeronaves
A reestruturação proposta aponta a possibilidade de redução de 50,6% no custo total anual com
pessoal. A referida análise define o ponto de partida das projeções de custos e despesas com pessoal
do aeroporto, compatível com a escala de operação em 2016. Inicialmente, diante da reduzida escala
de operações do aeroporto e em linha com o comportamento de custos de outros aeroportos de
pequeno porte analisados na amostra de aeroportos nacionais, considerou-se que os custos e
despesas com pessoal se manterão fixos até que o aeroporto mude de classe, ao alcançar a
movimentação de 200.000 passageiros (mudança de classe I para classe II). Além disso, com a mudança
de classe, o aeroporto deverá constituir equipe própria de bombeiros, dimensionada conforme a
Tabela 3-11.
4
Os centros de custo foram agrupados em administrativo (desenvolvimento mercadológico, finanças, gestão de
suprimentos, meio ambiente, negócios comerciais, negócios em áreas externas e serviços aéreos, recursos
humanos, recursos materiais e tecnologia da informação), segurança (segurança aeroportuária, segurança e
saúde no trabalho, segurança operacional SGSO) e operacional (gestão operacional/operações aeroportuárias,
logística de carga, pátio de manobras/área de estadia, salas de pré-embarque, de desembarque, saguão e áreas
comuns, sistema de orientação aos usuários, terminal de carga aérea (TECA) exportação e importação.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 320
9 105.191 946.719
Fonte: Consórcio GCA.
A partir da mudança de classe do aeroporto, a projeção de custos e despesas com pessoal considera o
incremento da movimentação total do aeroporto (medida em WLUs), incorporando os ganhos de
escala esperados resultante de análise de benchmark de custos de pessoal e de terceiros de forma
agregada para aeroportos nacionais e internacionais. Ambas as análises de benchmark apontaram
elasticidades bastante similares para esses custos (0,7199 nos aeroportos nacionais e 0,7158 nos
aeroportos internacionais). Para melhor incorporar as especificidades locais, considerou-se a
elasticidade resultante da análise de benchmark nacional, conforme apresenta a Figura 3-4.
Figura 3-4: Benchmarking de ganho de escala nos custos e despesas com pessoal e terceiros
A Figura 3-5 apresenta a projeção do total de custos e despesas com pessoal ao longo do horizonte de
concessão, evoluindo 5,0% ao ano e passando de R$2,5MM em 2020 para R$9,8MM em 2048.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 321
Figura 3-5: Projeção dos custos e despesas com pessoal ao longo da concessão
Figura 3-6: análise de benchmark de custos unitários de pessoal e terceiros em aeroportos nacionais
50
SBKG
R$/WLU
45
40
35
30
25
20
15
10 +15%
5 -15%
-
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Milhões WLU
Estabelecido o ajuste inicial no ponto de partida dos custos e despesas com serviços de terceiros, estes
foram projetados daí em diante de forma proporcional ao crescimento da movimentação (em WLU)
projetado para o aeroporto, incorporados os ganhos de escala esperados, conforme estimativa
proveniente de análises de benchmark nacional e internacional, apresentada no Relatório de Estudos
de Mercado. Conforme já discutido, como há diferenças nos níveis de terceirização e adoção de mão
de obra própria entre diferentes aeroportos ou num mesmo aeroporto ao longo do tempo, a avaliação
do ganho de escala nos custos de serviços de terceiros foi realizada conjuntamente com a de pessoal
próprio, conforme apresentado na Figura 3-4. Os custos e despesas com terceiros foram projetados,
portanto, considerando uma elasticidade de 0,72 com o crescimento da movimentação total.
A Figura 3-7 apresenta a projeção do total de custos e despesas com serviços de terceiros ao longo do
horizonte de concessão. Projeta-se uma evolução de 4,6% ao ano entre 2020 (R$1,4MM) e 2048
(R$4,9MM).
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 323
Figura 3-7: Projeção dos custos e despesas com serviços de terceiros ao longo da concessão
Figura 3-8: Benchmarking de ganho de escala nos custos e despesas com utilidades e serviços públicos
A Figura 3-9 apresenta a projeção do total de custos e despesas com utilidades e serviços públicos ao
longo do horizonte de concessão. Estima-se um crescimento de 5,3% ao ano entre 2020 (R$0,3MM) e
2048 (R$1,1MM).
Figura 3-9: Projeção dos custos e despesas com utilidades e serviços públicos ao longo da concessão
Figura 3-10: Benchmarking de ganho de escala nos custos e despesas com material de consumo
A Figura 3-11 apresenta a projeção do total de custos e despesas com material de consumo ao longo
do horizonte de concessão, passando de R$0,22MM em 2020 para R$0,75MM em 2048 (4,5% de
crescimento ao ano).
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 326
Figura 3-11: Projeção dos custos e despesas com material de consumo ao longo da concessão
Figura 3-12: Projeção dos custos e despesas com o pagamento de seguro-garantia de execução ao longo da
concessão
Os custos e despesas ambientais, por sua vez, conforme descrito no Relatório de Estudos Ambientais,
são associados à equipe de gestão ambiental do aeroporto, ao pagamento de taxas de órgãos
ambientais, à obtenção e renovação de licenças e à implantação e manutenção de programas de
gerenciamento de fauna, ruídos, energia e emissões, recursos hídricos e efluentes e de resíduos
sólidos.
Os custos e despesas ambientais são apresentados na Figura 3-13, com um pico de R$0,6MM em 2020
(decorrente do Programa de Gerenciamento de Fauna) e depois estabilizando-se em torno de
R$0,3MM/ano.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 328
0,7
0,6
0,6
0,5
0,4
0,4
MM R$
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,2
0,2
0,1
0,0
2027
2035
2019
2021
2023
2025
2029
2031
2033
2037
2039
2041
2043
2045
2047
2049
Fonte: Consórcio GCA.
O pagamento de IPTU será referente apenas às áreas destinadas a atividades econômicas não
reguladas. O valor a ser pago foi calculado a partir da área total destinada a tais atividades, do valor
das estruturas, estimado considerando o valor de construção e o valor de terreno, e da alíquota do
imposto conforme o código tributário do município.
Os custos e despesas com IPTU são apresentados na Figura 3-14, partindo de R$ 0,01MM em 2020 e
atingindo R$ 0,05MM por ano a partir de 2034.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 329
Figura 3-14: Projeção dos custos e despesas com IPTU ao longo da concessão
0,06
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,04
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
MM R$
0,03
0,03
0,02
0,01
0,01
0,01
0,01
0,00
0,00
2021
2037
2019
2023
2025
2027
2029
2031
2033
2035
2039
2041
2043
2045
2047
2049
Fonte: Consórcio GCA.
5
Valor referente ao último leilão de aeroportos realizado pelo Governo Federal, atualizado pela inflação para a
data-base de jul/2017.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 330
Figura 3-17: Quebra da projeção de custos e despesas totais em anos selecionados da concessão
6
Atualmente, responsável pela exploração de infraestruturas aeroportuários no país, conforme Lei Federal n.º
13.341, de 29 de setembro de 2016 (que altera as Leis n.º 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a
organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 11.890, de 24 de dezembro de 2008, e revoga a
Medida Provisória n.º 717, de 16 de março de 2016.
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 333
Outra alternativa para a INFRAERO, a depender do prazo de vigência do contrato, é a opção pela
supressão de escopo de até 25% do valor do contrato, nos termos do artigo 65, § 1º, da Lei 8.666/93.
Conforme prevê a lei, o contratado é obrigado a aceitar esta supressão, que pode ser inclusive
realizada mediante redução do prazo contratual.
Por se tratarem de contratos administrativos, regidos pela Lei 8.666/93, os Contratos Operacionais
possuem cláusulas inaplicáveis/inutilizadas no setor privado, razão pela qual faz-se realmente
necessária a rescisão destes pela INFRAERO quando da concessão da exploração do aeroporto.
Inclusive foi esta a solução adotada nas últimas concessões realizadas pela ANAC
(Salvador/Fortaleza/Porto Alegre/Florianópolis), em que o contrato de concessão previu em sua
cláusula 2.25.6 que a INFRAERO deveria rescindir todos os contratos de seus prestadores de serviços
até o término do Estágio 2 das referidas concessões.
3.2.7.4 Resultado da due diligence dos contratos operacionais
Os Contratos Operacionais caracterizam-se como contratos celebrados entre a INFRAERO e outros
agentes, voltadas a viabilizar a prestação dos serviços públicos aos usuários.
Dentre os principais serviços contratados pela INFRAERO voltados a assegurar a operacionalidade do
aeroporto, destacam-se: limpeza e conservação, segurança e vigilância patrimonial, manutenção civil,
eletrônica e eletromecânica, transporte de passageiros, movimentação de cargas, combate a incêndio,
contratação de energia elétrica, entre outros.
No âmbito do Aeroporto de Campina Grande, verifica-se a existência de 6 (seis) Contratos
Operacionais, sendo que do total, 1 (um) já se encontra vencido.
Conforme já mencionado, os estudos consideraram que os referidos contratos serão rescindidos pela
INFRAERO e não serão transferidos ao futuro Concessionário. Desta forma, considerando que os
Contratos Operacionais serão rescindidos pela INFRAERO, as informações objeto da Due Diligence
foram utilizadas para fins meramente referenciais de obter um melhor conhecimento sobre as
atividades operacionais necessárias para suportar a prestação dos serviços aos usuários do aeroporto
e o custo destas decorrentes.
Além disso, da análise abaixo consolidada verifica-se que o contrato com maior prazo de vigência vence
em junho de 2019. Considerando que o contrato de concessão terá sua vigência iniciada em agosto de
2019, bem como o fato de que há uma fase de transição mínima de 3 (três) meses, não haverá
necessidade de rescisão unilateral por parte da INFRAERO ou eventual supressão de escopo.
3.2.7.5 Relação dos contratos operacionais
Apresenta-se no Anexo 5.1, a consolidação das informações objeto da Due Diligence dos Contratos
Operacionais existentes no âmbito do Aeroporto de Campina Grande.
As colunas contêm as informações contratuais consideradas mais relevantes à realização dos estudos
e aos futuros concessionários. As informações contratuais constantes das colunas e os respectivos
significados estão descritas abaixo:
• Contrato: é o número do contrato dado pela INFRAERO;
• Serviço: é a atividade executada pela empresa contratada pela INFRAERO no aeroporto;
• CNPJ: é o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da empresa que presta o serviço;
• Razão social: é a denominação/razão social da empresa que presta o serviço;
AEROPORTO DE CAMPINA GRANDE | Estudos de Engenharia e Afins 334
• Valor Global do Contrato: é a soma de todos os valores (tais como: Adicional I, Adicional II e
Valor Mensal) pagos pela INFRAERO a empresa que presta os serviços;
• Valor mensal: é o valor previsto no contrato pago mensalmente pelo operador do aeroporto
ao agente prestador do serviço operacional;
• Vigência contratual: é o prazo de vigência previsto no contrato;
• Data de autorização: é a data de início da prestação dos serviços pela empresa contratada
prevista na ordem de serviço;
• Término da vigência: é o último dia da exploração da área pelo concessionário constante do
contrato ou do termo aditivo disponibilizado;
• Situação: é a situação atual que se encontra a relação contratual que pode ser “vigente” ou
“vencido”.
• Atividade: é a atividade prestada pela empresa contratada de forma sucinta;
• Aditivos: são identificados quantos aditivos foram analisados;
• Observações: qualquer informação relevante sobre o contrato.
A Tabela 3-12 a seguir apresenta um resumo do Anexo 5.1.