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FACULDADE INESP

(INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA)

CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

QUALIDADE: UMA REVISÃO NA LITERATURA

PATRÍCIA MITSUE SARUHASHI SHIMABUKURO

São Paulo, setembro de 2009.

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FACULDADE INESP
(INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA)

CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

QUALIDADE: UMA REVISÃO NA LITERATURA

“Monografia apresentada como requisito parcial

à conclusão do curso de MBA em Serviços

de Saúde e Controle de Infecção, à Faculdade

INESP, sob orientação do Prof. Dr. Antônio

Tadeu Fernandes.”

PATRÍCIA MITSUE SARUHASHI SHIMABUKURO

São Paulo, setembro de 2009.

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Dedicatória:

Dedico este trabalho, primeiramente a Deus pela possibilidade de sua realização.

Em segundo lugar, dedico a meu esposo e minha filha Beatriz pelo carinho, dedicação

e apoio. Em terceiro lugar, dedico este trabalho à grande amizade formada através

da orientação do Prof. Dr. Antônio Tadeu Fernandes, que pela paciência pude

aprender muito sobre este assunto.

Agradecimentos:

Agradeço à Faculdade INESP pela oportunidade da apresentação deste trabalho e também

ao amigo Prof. Dr. Antônio Tadeu Fernandes pela orientação realizada.

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Resumo:

Este trabalho tem por objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre o controle de

infecção hospitalar e a acreditação hospitalar, pois nos dias atuais fala-se muito em selo de

qualidade e/ou acreditação hospitalar. No cenário atual, temos metodologias nacionais e

internacionais, que enfocam a assistência ao cliente e fica evidente a importância da

participação dos membros do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). A

revisão bibliográfica contemplou os trabalhos científicos publicados nos últimos 10 anos,

em base de dados indexados, tais como LILACS, BIREME, PUBMED, dentre outros.

Como conclusão, a autora observou que é escasso na literatura a correlação existente entre

o controle de infecção e a acreditação hospitalar e fica evidente também que se a interface

de todos os setores da instituição de saúde e o controle de infecção não estiverem na

mesma sintonia de trabalho, acabam gerando atritos que comprometem todo o trabalho

dentro da instituição de saúde.

Palavras chaves: Acreditação hospitalar, Infecção hospitalar, Qualidade em serviços de

saúde.

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SUMÁRIO

1. Background_____________________________________________________ 06

História das entidades certificadoras__________________________________ 06

1.2. Contexto do controle de infecção hospitalar no Brasil_____________________ 12

2. Justificativa do estudo______________________________________________ 17

3. Objetivos do estudo________________________________________________ 17

4. Metodologia______________________________________________________ 17

4.1. O estudo_________________________________________________________ 17

4.2. População e amostra________________________________________________ 18

4.3. Evolução bibliográfica sobre qualidade e infecção hospitalar________________ 18

5. Considerações finais__________________________________________________24

6. Referências Bibliográficas_____________________________________________25

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1. BACKGROUND

1.1. HISTÓRIA DAS ENTIDADES CERTIFICADORAS

Nos dias atuais, comenta-se muito sobre a questão da qualidade nos serviços de

saúde hospitalar, onde as instituições de saúde pública e privada querem conquistar os

“selos” de qualidade hospitalar ou até a acreditação hospitalar realizada por agências

credenciadas a algumas metodologias existentes, tais como: Organização Nacional de

Acreditação (ONA), Compromisso de Qualidade Hospitalar (CQH), Joint Commission

Internacional (JCI), Canadian Health Care Association (CHCA) e Instituto de Qualidade

em Saúde (IQS), que vai gerar um impacto no âmbito do controle de infecção hospitalar.

O conceito de acreditação refere-se a um sistema de avaliação externa que foi

desenvolvido para verificar a adesão dos serviços de saúde a um conjunto de padrões

estabelecidos previamente, seguindo um princípio de um ambiente seguro para a prática

profissional e para o cuidado com os pacientes, sendo, portanto, um processo voluntário

não decorrente de imposição legal ou regulamentar. A reavaliação pode ser a cada dois ou

três anos, envolvendo uma equipe multidisciplinar de avaliadores. (RODRIGUES, 2004).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (2004) relata que no Brasil

a história do modelo de acreditação hospitalar começou no final dos anos 80, sob a

coordenação do médico Humberto de Moraes Novaes, quando a Organização Pan-

Americana de Saúde (OPAS) estabelece uma série de padronizações às instituições de

saúde existentes na América Latina, que se fossem atingidos seriam fornecidos o título de

“acreditado”, com o objetivo de criar mecanismos de melhoria dos serviços de saúde e

assim possuir parâmetros para promover esse aperfeiçoamento.

Em 1997, o Ministério da Saúde (MS) decide instalar uma comissão nacional de

especialistas para desenvolver o modelo brasileiro de acreditação.

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Em 1998, foi publicada a primeira edição do “Manual Brasileiro de Acreditação

Hospitalar”.

Em 1999, surge a primeira entidade não governamental e sem fins lucrativos que

possui a atribuição de coordenar o sistema, esta entidade foi denominada de Organização

Nacional de Acreditação (ONA), foi através desta entidade que foram criadas as

Instituições Acreditadoras (IACs) que estão devidamente credenciadas e que possuem a

responsabilidade de avaliar e certificar os hospitais com base nos padrões e normas técnicas

definidas pela ONA. O presidente da ONA refere que o objetivo fundamental da

organização não é a emissão dos certificados, mas implantar uma mentalidade de melhoria

contínua nos serviços de saúde, além de propiciar que os usuários escolham as melhores

instituições de saúde para o cuidado da sua saúde.

Em 2001 foi assinado um convênio entre a ANVISA e a ONA, juntamente com as

sociedades de hemoterapia, nefrologia e de análises clínicas e patologia clínica, para

cooperação técnica e treinamento de pessoal, que resultou em três manuais de acreditação:

serviços de hemoterapia, nefrologia e laboratórios clínicos, além da revisão do manual de

hospitais que atualmente está em sua 4º edição.

Em 2002 a ANVISA reconheceu oficialmente o Sistema Brasileiro de Acreditação

por meio da Resolução nº 921/02, para que seja integrado ao Sistema Nacional de

Vigilância Sanitária, onde foi instituído um convênio de curso gratuito e à distância de

“Avaliação de Serviços de Saúde, Licenciamento Sanitário e Acreditação”, dirigido às

vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, aos profissionais dos serviços de saúde e aos

gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)

O manual de acreditação da ONA (2006), incluem três níveis:

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Nível 1 – refere-se a segurança (estrutura) – que pressupõe o atendimento e aos

requisitos básicos de qualidade na assistência prestada ao cliente, com recursos humanos

em quantidade e qualificação compatíveis com a complexidade do serviço.

Nível 2 – refere-se à organização (processo)- neste nível é verificado a organização

da assistência, conferindo a documentação, treinamento dos trabalhadores, rotinas, uso de

indicadores para a tomada de decisão clínica e gerencial, e a prática de auditoria interna.

Nível 3 – verifica as práticas de gestão e qualidade (resultados) – é constatado se

existem políticas institucionais de melhoria contínua em termos de estrutura, novas

tecnoloogias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e procedimentos médico-

sanitários.

O Programa de Controle de Qualidade Hospitalar (CQH) se inspirou nos trabalhos

da comissão conjunta de Acreditação de Organizações de Saúde (CCAOS), dos Estados

Unidos, que resultou em ampla discussão entre as diversas entidades ligadas ao

atendimento médico-hospitalar no Estado de São Paulo, catalisada pelo Serviço de

Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde. As reuniões iniciais para a

discussão do projeto iniciaram-se entre 1989-1990, que ocorreram na sede daquele órgão, e

que posteriormente foram transferidas para a sede do Conselho Regional de Medicina do

Estado de São Paulo (CREMESP).

Uma vez, iniciado o Programa, o mesmo estabeleceu-se na sede da Associação

Paulista de Medicina (APM), onde permanece até hoje. Vários participantes daquelas

reuniões representam hospitais ou entidades ligadas aos mesmos e que até hoje estão

filiados ao Programa.

Após um projeto-piloto em 1991, o CQH iniciou suas atividades com o

encaminhamento de comunicação a todos os hospitais do Estado de São Paulo, informando

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sobre os objetivos do Programa, sua metodologia e convidando-os a se filiarem, mediante o

preenchimento de um Termo de Adesão. No início 200 hospitais responderam de alguma

forma aos apelos iniciais do Programa, 120 hospitais iniciaram ativamente sua participação,

atualmente consta com 125 participantes, sendo que alguns estão situados fora do Estado de

São Paulo.

O Programa CQH é de adesão voluntária, cujo objetivo é contribuir para a melhoria

contínua da qualidade hospitalar, estimulando a participação e a auto-avaliação, contando o

componente educacional através da mudança de atitudes e de comportamentos,

incentivando o trabalho coletivo, principalmente o dos grupos multidisciplinares para o

aprimoramento do atendimento.(ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA, acessado

em março 2008).

Os valores do Programa CQH são: incorporação de valores respeitando as

legislações vigentes, autonomia técnica através de documentos específicos, simplicidade

através das realidades adequadas ao Brasil, participação voluntária, preservação da

identidade da instituição participante e o aprendizado a partir da reflexão e da análise crítica

dos processos e resultados obtidos dentro deste programa.

As vantagens deste Programa: modelo de gestão para a qualidade, Benchmarking,

ou seja, a comparação dos seus dados com os de outros hospitais participantes deste

programa, reuniões para troca de experiências, participação dos eventos sobre qualidade,

assessoria específica sobre controle de infecção hospitalar, pesquisa junto aos usuários,

visitas periódicas de avaliação, reconhecimento através da atribuição do “selo” e o Prêmio

Nacional da Gestão em Saúde (PNGS).

KOTAKA (1997) relata que o Programa CQH/APM que possui como objetivo

estimular os hospitais participantes à busca da melhoria contínua da qualidade. Os hospitais

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participantes são avaliados pelos usuários através do questionário de usuários da instituição

de saúde, através de questionário com perguntas fechadas e de respostas abertas no item

observações e sugestões. Os avaliadores deste Programa avaliam a ficha respondida pelos

usuários a cada trimestre, como forma de um indicador de qualidade sobre o ponto de vista

do usuário do serviço de saúde. Representando uma visão do usuário à instituição de saúde

como forma de auto-avaliação dos serviços prestados ao cliente.

Quando falamos em modelos internacionais, a Joint Commissional Internacional

(JCI) teve suas atividades iniciadas em 1951, através de uma entidade sem fins lucrativos,

que visava aperfeiçoar a qualidade dos serviços de saúde prestados ao público nos hospitais

norte-americanos. No início foram avaliados somente os hospitais, depois o seu conceito foi

ampliado a outras instituições de saúde. O sistema de avaliação é baseado em padrões e em

sistemas de acompanhamento. (RODRIGUES, 2004); (JOINT COMMISSIONAL

INTERNACIONAL, acessado em março 2008).

Sua avaliação é feita por uma equipe multiprofissional e acompanhada por conselho

de especialistas nos assuntos dos processos envolvidos evidenciando sempre uma melhoria

contínua da qualidade do atendimento e da gerência administrativa e no acompanhamento

dos resultados obtidos.

Os indicadores foram elaborados pela ORYX (empresa credenciada para a avaliação

pela JCI) com o objetivo de integrar o uso de indicadores de desempenho e outros métodos

de mensuração ao processo de acreditação baseado na conformidade de padrões. Sendo as

“medidas centrais” agrupadas em quatro condições de saúde e na política de evento

sentinela.

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Os manuais estão baseados nos conceitos de melhoria focados no cuidado do

paciente e nas funções da organização que visam à segurança para a prestação do cuidado,

tanto para o paciente quanto para o cuidador.

Portanto, as características dos padrões avaliados estão diretamente relacionados à

prática clínica e à humanização no atendimento ao cliente. (RODRIGUES, 2004).

RODRIGUES, 2004 relata que a Canadian Health Care Association (CHCA)

desligou-se da Joint Commission Internacional em 1959 devido aos serviços prestados e a

características dos clientes por ela atendidos. Esta organização é uma entidade não

governamental e sem fins lucrativos, de origem nacional e independente.

O objetivo da instituição é ajudar as instituições prestadoras de serviços de saúde,

tanto no território canadense e ao redor do mundo, para avaliar e ajudar na melhoria da

qualidade dos serviços oferecidos e da atenção/assistência prestada, promovendo a

excelência da atenção à saúde e o uso eficaz dos recursos a fim de melhorar a prestação de

serviços de saúde. (RODRIGUES, 2004); (CANADIAN HEALTH CARE ASSOCIATION,

acessado em março 2008).

No início eram avaliados somente os hospitais e posteriormente foram introduzidas

todas as instituições que prestam serviços de saúde.

A avaliação é baseada em padrões e na troca nacional do conhecimento, utilizando

práticas de benchmarking, assegurando que os serviços de saúde com qualidade

proporcionem a melhoria na qualidade dos atendimentos prestados às populações. Os

avaliadores são profissionais da equipe multiprofissional e que são acompanhados por uma

assessoria de profissionais de saúde reconhecidos e com representatividade de todo país.

O objetivo é a melhoria contínua da qualidade do atendimento e nos resultados

focados em um processo educativo.

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Os indicadores acompanhados são baseados no projeto Achieving Improved

Measurement (AIM) realizados através dos indicadores de desempenho, que tem por

objetivo acompanhar a qualidade dos hospitais já acreditados e enfatizar a mensuração do

desempenho tendo como uma de suas bases à reavaliação dos serviços prestados.

O manual enfatiza a atenção ao paciente, ou seja, a humanização buscando valorizar

as funções da organização que visam à segurança para a prestação do cuidado, tanto para o

paciente como para o cuidador e os resultados apresentados. A característica principal desta

metodologia é centrada na atenção ao cliente. (CANADIAN HEALTH CARE

ASSOCIATION, acesso em março 2008).

O Instituto da Qualidade em Saúde (IQS) foi criado em Portugal no ano de 1999,

através do Ministério da Saúde deste país, dotado de autonomia científica, técnica e

administrativa, dependentemente do diretor-geral da saúde. O objetivo da instituição é de

definir e desenvolver normas, estratégias e procedimentos que visem à melhoria contínua

da qualidade na prestação dos cuidados a saúde.

Os serviços avaliados são basicamente os hospitais e algumas instituições de saúde.

A avaliação é baseada em padrões reunidos no Manual de Acreditação de Portugal. Os

profissionais envolvidos no processo de avaliação são pertencentes à equipe

multiprofissional e são acompanhados por um Conselho consultivo e por profissionais

especialistas das áreas envolvidas. A reavaliação é feita em três anos e possui um caráter

educativo de avaliação, garantindo a continuidade da qualidade do cuidado prestado.

(RODRIGUES, 2004); (INSTITUTO DA QUALIDADE EM SAÚDE, acessado em

22/03/2008)

O CONTEXTO DO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL

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Quando abordamos o aspecto histórico do controle de infecção hospitalar no Brasil,

temos várias portarias que foram instituídas entre 1972-1976 sobre a criação e a

organização da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) nos hospitais do

Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), com isso foi o marco inicial dos estudos

em controle de infecção hospitalar no Brasil. (FERNANDES et all, 2000) (OLIVEIRA,

2005).

A Portaria 196 do Ministério da Saúde, publicada em 24 de junho de 1983,

representa um avanço no histórico do controle de infecção no Brasil, pois determinava que

todo hospital deveria constituir uma CCIH e que a fiscalização ficaria a cargo das

Secretarias Estaduais de Saúde dos Estados.

O serviço de controle de infecção hospitalar (SCIH) começou a ser considerado

prioritário como forma de garantia de qualidade na área de assistência médico-hospitalar,

este assunto foi tomando proporções após atitudes legislativas e normativas governamentais,

criando-se assim, através do Ministério da Saúde (MS) a Portaria nº196/83, que estabelece

critérios para a classificação de IH e obrigando os hospitais a criarem a comissão de

controle de infecção hospitalar (CCIH).

Com o episódio da morte do presidente eleito Tancredo Neves, a infecção hospitalar

torna-se popular devido ao trabalho realizado pela mídia na época em divulgar que uma das

causas de sua morte foi à infecção hospitalar. Foi a partir desta época que começaram as

denúncias das infecções hospitalares e seus riscos para a população brasileira. (SILVA,

2003).

No final da década de 80, foram formadas várias associações dos profissionais para

o estudo e controle da IH: Associação Paulista de Estudos em Controle de Infecção

Hospitalar (APECIH), Associação Mineira de Estudos em Controle de Infecção Hospitalar

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(AMECIH), Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção Hospitalar

(ABIH).

No Estado de São Paulo, foi criado em 1987 a Associação Paulista de Estudos no

Controle de Infecção Hospitalar (APECIH), que durante 5 anos ficou incubada como

Núcleo Paulista de Estudos no Controle de Infecção Hospitalar, sendo uma entidade sem

civil sem fins lucrativos. Sua missão é de criar condições para diminuir a incidência da IH,

através de programas de formação, educação, produção e difusão ágil do conhecimento,

desenvolvendo vínculos com organizações governamentais para interferir na política de

controle de infecção hospitalar. (APECIH, 2005).

Desde 1999 a Divisão de Infecção Hospitalar (DIH) do Centro de Vigilância

Epidemiológica “Professor Alexandre Vranjac” (CVE) vem desenvolvendo um trabalho na

coordenação das ações e na prevenção das IH´s. A DIH vem trabalhando com as 24

Diretorias Regionais de Saúde (DIRs) de modo a incentivar a criação de equipes regionais e

municipais em IH em todos os municípios do Estado de São Paulo. Entre outras ações é a

realização de programa de treinamento com as regionais, visando capacitar os profissionais

para as ações no controle das IH´s. (CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA,

acesso em junho 2006).

No ano 2000 foi formalizado um comitê através da Resolução SS-154 de

14/11/2000 que determina as atribuições deste comitê de estudos em controle de infecção

hospitalar e é coordenado pela diretora da Divisão Técnica de Controle de Infecção

Hospitalar. (CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, acesso em junho 2006).

Atualmente no município de São, o Núcleo Municipal de Controle de Infecção

Hospitalar (NMCIH) da Gerência de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de

Vigilância à Saúde (COVISA), é constituída de uma equipe técnica com formação em

14
epidemiologia e controle de infecção em serviços de saúde, com a responsabilidade de

coordenar a execução da portaria ministerial junto aos hospitais da área de abrangência do

município. (COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE, acesso em 24/03/2008).

Atualmente a legislação em vigor é a RDC nº48 de 12 de maio de 1998, que rege

sobre o controle de infecção hospitalar e mantém o Programa de Controle de Infecção

Hospitalar (PCIH), sendo que os membros executores (SCIH) são aqueles que irão executar

todas as atividades inerentes à prática de prevenção de IH e os membros consultores serão

os membros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). (ANVISA, 1998).

Sobre os estudos em controle de IH no Brasil, até 1994, não se tinha o

conhecimento sobre a magnitude dos problemas causados, foi daí que surgiu a idealização,

o planejamento e coordenação do primeiro estudo brasileiro sobre a magnitude das IH´s em

hospitais terciários.

Este estudo contou com uma equipe multidisciplinar de profissionais atuantes no

controle de IH de todo o país. Para que houvesse homogeneização de conceitos relativos à

IH, esta equipe passou por um treinamento teórico-prático, com o objetivo de que a

aplicação do instrumento de avaliação e de coleta de dados tivesse a mesma interpretação.

(PRADE et alli., 1995).

O resultado deste estudo deixou bem evidente que 42% dos hospitais participantes

executavam procedimentos de risco corretamente, e ficou claro que dentre as quatro

topografias (Infecção de Corrente Sanguínea, Infecção do Trato Urinário, Infecção de Sítio

Cirúrgico e Pneumonia associada à Ventilação Mecânica), foram evidenciados uma menor

qualidade para procedimentos associados a prática de prevenção de infecção de corrente

sanguínea (26%), os procedimentos para a prevenção de infecção do trato urinário foram de

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35%, para a prática de prevenção de infecção do trato respiratório foi de 36,9%, ou seja

foram todos insuficientes para que seja evitado a IH. (PRADE et alli., 1995).

A infecção hospitalar (IH) representa um dos problemas da qualidade da assistência

médica, e que gera problema econômico devido à sua alta incidência na letalidade, além de

gerar custos indiretos representados pela impossibilidade do cliente de retorno ao mercado

de trabalho, causando também mal-estar, sofrimento e isolamento que são experimentados

pelo paciente acometido por este mal. Portanto, a ocorrência de IH gera prejuízo para a

instituição de saúde, para o próprio paciente e para a sociedade como um todo.

O controle de infecção hospitalar, além de atender às exigências legais e éticas,

tornou-se uma necessidade econômica, principalmente no tocante aos recursos destinados à

saúde que são extremamente escassos.

Em virtude, deste fato, o controle de infecção hospitalar encontra-se dentre os

principais requisitos mínimos exigidos pela proposta de acreditação de hospitais para a

América Latina e o Caribe. A problemática de IH ocupa a posição de destaque na medicina

atual exigindo a avaliação epidemiológica atualizada e o desenvolvimento de filosofia e

prática de atuação que possa resolver ou até minimizar os efeitos adversos da disseminação

da doença infecciosa adquirida nos hospitais.

SILVA (2003) relata que no Estado de Santa Catarina, houve necessidade de se

motivar os profissionais atuantes na área de SCIH, após a criação do Programa de

Acreditação em Controle de Infecção Hospitalar no ano de 1994. A perseguição dessa meta

gerou a publicação de um manual que buscou facilitar e organizar os procedimentos

administrativos necessários para efetivação do cadastro das CCIH. Atualmente este manual

serve como um instrumento de apoio técnico aos profissionais da área da saúde hospitalar,

principalmente no tocante à organização e atuação das CCIH´s.

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Os dados do Programa de Acreditação Hospitalar de Santa Catarina mostram que

em 2000 haviam 8 hospitais acreditados em todo o Estado e que em 2001, 2 desses

hospitais perderam o título por não alcançarem a pontuação mínima exigida de 80% na

avaliação. Em 2003, existem 16 hospitais acreditados e outros 30 hospitais em fase

preparatória para a avaliação da acreditação. (SILVA, 2003).

ICHINOSE, ALMEIDA (2001) relatam que os sistemas de acreditação visam à

melhoria das condições dos hospitais, tanto para os profissionais que atuam nele quantos

aos pacientes que utilizam o serviço, porém é necessário um melhor estudo na análise dos

resultados obtidos para que os processos sejam devidamente observados e assim evitarmos

os erros durante a sua execução.

2. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Este estudo tem por objetivo principal relacionar a qualidade comumente

mencionada nas acreditação ou “selo” de qualidade hospitalar com o controle de infecção

hospitalar, atualmente realizado pelos profissionais.

3. OBJETIVOS DO ESTUDO

Este estudo possui os seguintes objetivos:

• Relacionar as interfaces da qualidade com o controle de infecção hospitalar;

• Verificar dentro da literatura existente a interface com o controle de infecção

hospitalar;

• Contribuir no estudo do controle de infecção hospitalar;

• Contribuir para o estudo da qualidade relacionada ao controle de infecção hospitalar.

4. METODOLOGIA

4.1. O ESTUDO

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Como este tema foi assunto de indagação da autora frente a acreditação hospitalar e

ao “selo” de qualidade hospitalar existente atualmente, será realizado um levantamento

bibliográfico dentro da literatura científica existente para a relacionar as interfaces da

qualidade dentro do controle de infecção hospitalar.

4.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA

A amostra deste estudo será a revisão bibliográfica existente dentro da literatura

científica existente atualmente, através de busca nos seguintes sites: PUBMED, LILACS,

BIREME, Sciello, MEDLINE, FIOCRUZ, USP, CAPES PERIÓDICOS, GOOGLE, sobre

este assunto.

A revisão bibliográfica compreenderá nos últimos 10 anos referente ao assunto

qualidade e infecção hospitalar.

A seleção das bibliografias seguiu-se conforme a utilização em descritores dos

seguintes termos: infecção hospitalar, qualidade, assistência nos serviços de saúde,

acreditação. Todos estes termos correlacionados com o termo infecção hospitalar.

4.3. EVOLUÇÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE QUALIDADE E INFECÇÃO

HOSPITALAR.

Considerando as referências bibliográficas encontradas, temos XAVIER et alli

(1997) relata que o programa da gestão da qualidade implantada na Santa Casa de Porto

Alegre foi realizado de maneira lenta, mas gradualmente, pois desta forma conseguiu-se a

sua consolidação. Os líderes do programa deverão possuir um sólido conhecimento dos

princípios, conceitos e ferramentas da gestão da qualidade. Desta forma irá gerar o

entusiasmo e conseguir os resultados esperados para que haja estímulo durante sua efetiva

implementação. O resultado externo da instituição foi reconhecido através de Prêmio

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Unicef, Destaque do ano 1994, satisfação dos clientes, reconhecimento da sociedade,

benchmarking concedido e convites para palestras.

Com a fase difícil em que os serviços de saúde de todo o mundo estão vivenciando,

a implantação de programas de qualidade é de grande importância uma vez que irá

proporcionar uma diminuição dos índices de custos e irá causar uma redução na morbi-

mortalidade, e conseqüentemente irá atingir uma parcela maior da população com maior

satisfação dos usuários e provedores de cuidados. Com isso, o serviço de controle de

infecção hospitalar acaba sendo a interface em todos os processos devido às conseqüências

do resultado de morbidade, mortalidade e gerenciamento dos custos hospitalares.

(BITTAR, 2000).

O Ministério da Saúde, desde 1995 vem investindo no desenvolvimento e

aprimoramento do Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar, onde várias partes da

etapa foram cumpridas com êxito, desde a sensibilização e divulgação da definição das

características específicas, tendo em vista a enorme diversidade dos hospitais brasileiros e

com muito pouca tradição na busca contínua da qualidade. (ONA, 2002).

Na sua primeira edição do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar do

Ministério da Saúde, em 1998, vem se constituindo um marco de orientação para vários

programas de incremento, eficácia e efetividade dos nossos hospitais, incorporando

experiências com o uso cotidiano do processo de avaliação realizadas pelas empresas

credenciadas pela ONA. O binômio “avaliação-educação” é um instrumento orientador

para as equipes avaliadoras nas unidades em fase de pré acreditação.

No vertente educação são realizados questionamentos sobre práticas e padrões

aceitáveis nos serviços prestados e que contribuem para o aperfeiçoamento do perfil

assistencial oferecido atualmente pelos serviços de saúde. Além disso, é através da

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descrição do padrão oferecido que vai considerar como o mínimo aceitável para o processo

de acreditação, garantindo assim, a qualidade da assistência prestada pela instituição de

saúde avaliada. (ONA, 2002).

Na atualidade, comenta-se muito na qualidade total que é aplicada nas organizações

hospitalares, que acaba gerando grandes discussões teóricas e um desafio na sua

aplicabilidade prática. Este processo nos coloca em vários questionamentos, pois obstáculos

importantes serão observados durante um processo de certificação que poderão influenciar

desde os elementos estruturais e das especificidades das organizações como podem

inviabilizar resultados quando aplicados de maneira superficial.

A experiência do programa de qualidade deve ser levada em conta com maior

eficiência na redução de custos que são fundamentais para a sobrevivência de muitas

organizações de saúde para que seja incentivada a competitividade. Porém, medidas

intraorganizacionais dos programas de qualidade têm tido baixo impacto sobre os custos do

setor de saúde, o que indica um alcance limitado nos objetivos da instituição de saúde,

porém ainda é o autor refere que é cedo tirarmos conclusões sobre os programas de

qualidades existentes, mas devemos ficar atentos sobre a avaliação empírica dos seus

resultados para não tirarmos conclusões precipitadas sobre este assunto a fim de não

alimentarmos falsas expectativas nos seus resultados. (GURGEL JUNIOR; VIEIRA, 2002).

ARENAS (2002) relata que no nível gerencial a acreditação é uma ferramenta que

nos permite conhecer os processos em detalhe, ajudando a prevenir os erros e reduzindo

custos, aumentando a qualidade do atendimento prestado à população, otimizando,

assegurando e minimizando os riscos de maneira contínua. É evidente, que para obter esse

resultado é necessário o envolvimento de todos os membros da equipe, que devem passar

por auditoria interna e externas para mensurar e poder realizar comparativos e assim poder

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disseminar as melhorias para o conhecimento público e posterior difusão dos resultados

obtidos durante o processo de acreditação.

PRADE (2002) relata que a qualidade da assistência hospitalar é um atributo

desejável de qualquer serviço de saúde, para isso é necessário respeitar as normas de

qualidade, sendo necessária a visão da satisfação do ambiente e das necessidades de

recuperação do estado de saúde do usuário em questão.

A mesma autora relata que o PCIH foi instituído no mundo moderno a partir de

1950 e no Brasil somente na década de 80, que pretende manter sob controle o fenômeno

epidemiológico, evento adverso ou iatrogenia, denominado infecção hospitalar. De maneira

a garantir intervenção nas práticas de saúde e também na educação dos prestadores diretos

da assistência hospitalar.

Este programa é complexo, pois integra conhecimentos na área de epidemiologia,

estatística, gestão de risco, microbiologia, farmacologia, gestão hospitalar, gerenciamento,

biossegurança, marketing, pedagogia e administração do processo assistencial hospitalar.

Infelizmente, em poucos casos são vistos experiências de sucesso que repercutem no

controle de IH, associadas à melhora da qualidade assistencial.

SCHIESARI; KSIL (2003) relatam em seu artigo que a preocupação com a

qualidade nas instituições hospitalares brasileiras começaram na década de 40, desde então,

os instrumentos para a avaliação externa dos serviços de saúde passaram a ser desenvolvido

para garantir um padrão hospitalar nacional. Porém ao longo dos anos, o processo de

avaliação hospitalar foi descontinuado e ressurge na década de 90 inspirados nos padrões

preconizados pela Organização Pan-Americana da Saúde e que culminou em 1998, na

ONA. Mas na realidade, não houve um consenso absoluto quanto ao modelo de acreditação

a ser adotado no Brasil, que no final acabou culminando na utilização de um manual único

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a ser seguido no país. A atuação diversificada dos vários grupos de acreditadores acabou

estimulando a participação de diferentes hospitais.

Os autores ainda revelam que o caráter voluntário tende a atrair instituições com

maior comprometimento, mas a não vinculação a programas de estímulo, tais como

pagamento diferenciado ou até vantagens acabam limitando a participação dos grupos de

hospitais devotados à qualidade. A confidencialidade garante a segurança no processo de

avaliação aos participantes, porém devemos conhecer até onde podemos manter a

confidencialidade uma vez, que as fontes pagadoras e o poder público anseiam por

conhecer o resultado da avaliação. Em outros países a confidencialidade foi quebrada em

nome do interesse público.

Em 2004, os hospitais da Pensilvânia resolveram montar um grupo de estudo sobre

infecção hospitalar no tocante às repercussões ao paciente dentro das 4 topografias descritas

pelo Nacional Nursering Infection Survailence System (NNISS) quanto no custo deste

paciente na instituição de saúde. Este estudo mostrou que a mortalidade chegou a 1500

pacientes neste ano, com um custo adicional de 2 bilhões de dólares para os hospitais, o que

comprova de forma clara a importância da qualidade na assistência à saúde do paciente.

(PENNSYLVANIA HEALTH CARE COST CONTAINMENT COUNCIL, 2004).

O Instituto da Qualidade em Saúde (IQS) (2004) determinou que os principais

objetivos da introdução de medidas efetivas para as Políticas de Melhoria da Qualidade nos

Serviços de Saúde passam sempre para promover a saúde da população, que ajudou a

estruturar os serviços de saúde e a satisfazer as necessidades dos cidadãos, garantindo

competência profissional nos cuidados prestados, assegurando recursos financeiros,

humanos, equipamentos e informações de maneira racional e eficiente para assegurar a

satisfação dos pacientes.

22
É evidente que para se atingir este objetivo é necessário efetuar de forma planejada,

estruturada e sistemática, a identificação dos problemas, assegurando com rigor e

transparência a sua solução.

Foi com esta intenção que foi criado o manual de Monitorização da Qualidade

Organizacional dos Centros de Saúde, através do Ministério da Saúde de Portugal para

implantação de boas práticas no modo da organização e da prestação dos serviços aos

pacientes, preocupando-se constantemente com uma revisão contínua e sistemática dos

processos que levam à prestação de serviços efetivos e eficientes. Este instrumento

possibilita uma comparação crítica entre o que é feito na prática e os critérios para uma boa

prática que se é desejável para a instituição de saúde, possibilitando a identificação de áreas

com maior fragilidade organizacional. (INSTITUTO DA QUALIDADE EM SAÚDE,

2004).

Em seu artigo FELDMAN; GATTO; CUNHA (2005) relatam que a acreditação

hospitalar é um apontamento positivo na melhoria da assistência aos pacientes pois define

os níveis crescentes de qualidade que estão sendo avaliados na instituição de saúde. A

padronização dos procedimentos é de suma importância para os profissionais da saúde para

que se aprimore o critério de indicadores e dos padrões mais significativos dentro do

hospital. Ainda, as autoras afirmam que o futuro das organizações de saúde deverá ter

algum tipo de certificação para quebrar o paradigma dos serviços de saúde e que superem

as expectativas dos pacientes no tocante à assistência prestada pela instituição de saúde,

buscando assim, a excelência do cuidado prestado.

O Instituto de Defesa do Consumidor (2006) relatou no seu estudo que existem

Estados Brasileiros avançados na estrutura da CCIH e conseqüentemente possuem dados de

IH que permitem um parâmetro, porém impossibilita a sua comparação. Com isso, é

23
necessário o maior envolvimento das Secretarias de Saúde Estaduais para que possamos ter

dados suficientes a fim de podermos realizar as comparações sobre as taxas de IH dos

hospitais que possuam a mesma característica. Em virtude deste fato, este órgão enfatiza

que a Justiça Brasileira está acolhendo os casos que são acionados judicialmente e indica as

IH´s é um fator que irá influenciar na qualidade do atendimento prestado pelas instituições

de saúde à população brasileira.

Um estudo realizado no Japão com 638 hospitais mostra que 52% dos hospitais que

conseguiram o selo de qualidade, demonstraram uma melhoraria na sua estrutura para o

atendimento da população, pois não se tinha noção da magnitude das IH´s nas instituições

japoneas, sabia-se apenas de uma alta na morbi mortalidade da população e que esta

situação implicavam nos custos de internação destes pacientes. Com este estudo, foi

possível mensuarar os gastos no Japão com a IH que gera por ano um custo de 83 a 261

milhões de ienes para cada 500 leitos. E foi através da acreditação que os hospitais

japoneses estão se estruturando para melhorar as conseqüências provocadas pelo impacto

das IH´s na população e com isso reduzir os custos de internação dos pacientes e

possibilitar um melhor restabelecimento da saúde, promovendo assim, uma melhor

qualidade de vida.(SEKIMOTO et alli., 2008).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando as pesquisas bibliográficas realizadas, podemos observar que ainda é

muito escasso o artigo neste assunto, e que o Programa Brasileiro de Acreditação hospitalar

permitiu a inclusão de excelentes sugestões de consultoria técnica e representantes das

instituições da saúde que hoje trabalham com acreditação.

O Ministério da Saúde poderá colocar como meta esse programa desde que tenham

duas bases importantes: a avaliação dos padrões de referência desejáveis que deverão ser

24
divulgados previamente e o perfil do avaliador/visitador para os padrões a serem

observados durante a sua visita.

É de grande repercussão que o processo de qualidade influencia o trabalho do

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) das instituições acreditadas, pois elas

deverão ter maior participação em todas as questões de gestão hospitalar, e que o trabalho

do SCIH aumenta consideravelmente após a adesão de qualquer programa de gestão de

qualidade, devido ao grande número de ações que o serviço irá realizar em todos os setores

do hospital.

Este fato significa um grande avanço em dar maior visibilidade e propiciar a

melhoria continuam dos processos, com a conseqüente redução do risco de aquisição de

infecção hospitalar.

Por outro lado, fica evidente que existem grande áreas de interface entre o

gerenciamento de risco e o controle de infecção hospitalar e quando o gerenciamento é

realizado por profissional que não interage adequadamente com o SCIH acaba gerando

grande atrito dentro da instituição e conseqüentemente compromete a atuação de ambos.

(APECIH, 2008).

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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