Professional Documents
Culture Documents
1
FACULDADE INESP
(INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA)
Tadeu Fernandes.”
2
Dedicatória:
Em segundo lugar, dedico a meu esposo e minha filha Beatriz pelo carinho, dedicação
e apoio. Em terceiro lugar, dedico este trabalho à grande amizade formada através
da orientação do Prof. Dr. Antônio Tadeu Fernandes, que pela paciência pude
Agradecimentos:
3
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre o controle de
infecção hospitalar e a acreditação hospitalar, pois nos dias atuais fala-se muito em selo de
em base de dados indexados, tais como LILACS, BIREME, PUBMED, dentre outros.
Como conclusão, a autora observou que é escasso na literatura a correlação existente entre
mesma sintonia de trabalho, acabam gerando atritos que comprometem todo o trabalho
saúde.
4
SUMÁRIO
1. Background_____________________________________________________ 06
2. Justificativa do estudo______________________________________________ 17
3. Objetivos do estudo________________________________________________ 17
4. Metodologia______________________________________________________ 17
4.1. O estudo_________________________________________________________ 17
5. Considerações finais__________________________________________________24
6. Referências Bibliográficas_____________________________________________25
5
1. BACKGROUND
Nos dias atuais, comenta-se muito sobre a questão da qualidade nos serviços de
em Saúde (IQS), que vai gerar um impacto no âmbito do controle de infecção hospitalar.
não decorrente de imposição legal ou regulamentar. A reavaliação pode ser a cada dois ou
a história do modelo de acreditação hospitalar começou no final dos anos 80, sob a
saúde existentes na América Latina, que se fossem atingidos seriam fornecidos o título de
6
Em 1998, foi publicada a primeira edição do “Manual Brasileiro de Acreditação
Hospitalar”.
Em 1999, surge a primeira entidade não governamental e sem fins lucrativos que
Nacional de Acreditação (ONA), foi através desta entidade que foram criadas as
responsabilidade de avaliar e certificar os hospitais com base nos padrões e normas técnicas
organização não é a emissão dos certificados, mas implantar uma mentalidade de melhoria
contínua nos serviços de saúde, além de propiciar que os usuários escolham as melhores
por meio da Resolução nº 921/02, para que seja integrado ao Sistema Nacional de
vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, aos profissionais dos serviços de saúde e aos
7
Nível 1 – refere-se a segurança (estrutura) – que pressupõe o atendimento e aos
sanitários.
discussão do projeto iniciaram-se entre 1989-1990, que ocorreram na sede daquele órgão, e
Paulista de Medicina (APM), onde permanece até hoje. Vários participantes daquelas
reuniões representam hospitais ou entidades ligadas aos mesmos e que até hoje estão
filiados ao Programa.
8
sobre os objetivos do Programa, sua metodologia e convidando-os a se filiarem, mediante o
forma aos apelos iniciais do Programa, 120 hospitais iniciaram ativamente sua participação,
atualmente consta com 125 participantes, sendo que alguns estão situados fora do Estado de
São Paulo.
em março 2008).
ou seja, a comparação dos seus dados com os de outros hospitais participantes deste
programa, reuniões para troca de experiências, participação dos eventos sobre qualidade,
assessoria específica sobre controle de infecção hospitalar, pesquisa junto aos usuários,
KOTAKA (1997) relata que o Programa CQH/APM que possui como objetivo
9
participantes são avaliados pelos usuários através do questionário de usuários da instituição
usuários a cada trimestre, como forma de um indicador de qualidade sobre o ponto de vista
(JCI) teve suas atividades iniciadas em 1951, através de uma entidade sem fins lucrativos,
que visava aperfeiçoar a qualidade dos serviços de saúde prestados ao público nos hospitais
norte-americanos. No início foram avaliados somente os hospitais, depois o seu conceito foi
Sua avaliação é feita por uma equipe multiprofissional e acompanhada por conselho
de especialistas nos assuntos dos processos envolvidos evidenciando sempre uma melhoria
pela JCI) com o objetivo de integrar o uso de indicadores de desempenho e outros métodos
sentinela.
10
Os manuais estão baseados nos conceitos de melhoria focados no cuidado do
paciente e nas funções da organização que visam à segurança para a prestação do cuidado,
características dos clientes por ela atendidos. Esta organização é uma entidade não
excelência da atenção à saúde e o uso eficaz dos recursos a fim de melhorar a prestação de
avaliadores são profissionais da equipe multiprofissional e que são acompanhados por uma
11
Os indicadores acompanhados são baseados no projeto Achieving Improved
Measurement (AIM) realizados através dos indicadores de desempenho, que tem por
desempenho tendo como uma de suas bases à reavaliação dos serviços prestados.
as funções da organização que visam à segurança para a prestação do cuidado, tanto para o
especialistas das áreas envolvidas. A reavaliação é feita em três anos e possui um caráter
22/03/2008)
12
Quando abordamos o aspecto histórico do controle de infecção hospitalar no Brasil,
temos várias portarias que foram instituídas entre 1972-1976 sobre a criação e a
Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), com isso foi o marco inicial dos estudos
2005).
todo hospital deveria constituir uma CCIH e que a fiscalização ficaria a cargo das
este assunto foi tomando proporções após atitudes legislativas e normativas governamentais,
criando-se assim, através do Ministério da Saúde (MS) a Portaria nº196/83, que estabelece
torna-se popular devido ao trabalho realizado pela mídia na época em divulgar que uma das
causas de sua morte foi à infecção hospitalar. Foi a partir desta época que começaram as
denúncias das infecções hospitalares e seus riscos para a população brasileira. (SILVA,
2003).
No final da década de 80, foram formadas várias associações dos profissionais para
13
(AMECIH), Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção Hospitalar
(ABIH).
Controle de Infecção Hospitalar (APECIH), que durante 5 anos ficou incubada como
Núcleo Paulista de Estudos no Controle de Infecção Hospitalar, sendo uma entidade sem
civil sem fins lucrativos. Sua missão é de criar condições para diminuir a incidência da IH,
coordenação das ações e na prevenção das IH´s. A DIH vem trabalhando com as 24
14
epidemiologia e controle de infecção em serviços de saúde, com a responsabilidade de
Hospitalar (PCIH), sendo que os membros executores (SCIH) são aqueles que irão executar
conhecimento sobre a magnitude dos problemas causados, foi daí que surgiu a idealização,
hospitais terciários.
IH, esta equipe passou por um treinamento teórico-prático, com o objetivo de que a
O resultado deste estudo deixou bem evidente que 42% dos hospitais participantes
15
35%, para a prática de prevenção de infecção do trato respiratório foi de 36,9%, ou seja
foram todos insuficientes para que seja evitado a IH. (PRADE et alli., 1995).
médica, e que gera problema econômico devido à sua alta incidência na letalidade, além de
pelo paciente acometido por este mal. Portanto, a ocorrência de IH gera prejuízo para a
prática de atuação que possa resolver ou até minimizar os efeitos adversos da disseminação
administrativos necessários para efetivação do cadastro das CCIH. Atualmente este manual
serve como um instrumento de apoio técnico aos profissionais da área da saúde hospitalar,
16
Os dados do Programa de Acreditação Hospitalar de Santa Catarina mostram que
hospitais perderam o título por não alcançarem a pontuação mínima exigida de 80% na
melhoria das condições dos hospitais, tanto para os profissionais que atuam nele quantos
aos pacientes que utilizam o serviço, porém é necessário um melhor estudo na análise dos
resultados obtidos para que os processos sejam devidamente observados e assim evitarmos
2. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
3. OBJETIVOS DO ESTUDO
hospitalar;
4. METODOLOGIA
4.1. O ESTUDO
17
Como este tema foi assunto de indagação da autora frente a acreditação hospitalar e
científica existente atualmente, através de busca nos seguintes sites: PUBMED, LILACS,
este assunto.
HOSPITALAR.
(1997) relata que o programa da gestão da qualidade implantada na Santa Casa de Porto
Alegre foi realizado de maneira lenta, mas gradualmente, pois desta forma conseguiu-se a
entusiasmo e conseguir os resultados esperados para que haja estímulo durante sua efetiva
18
Unicef, Destaque do ano 1994, satisfação dos clientes, reconhecimento da sociedade,
Com a fase difícil em que os serviços de saúde de todo o mundo estão vivenciando,
proporcionar uma diminuição dos índices de custos e irá causar uma redução na morbi-
mortalidade, e conseqüentemente irá atingir uma parcela maior da população com maior
(BITTAR, 2000).
etapa foram cumpridas com êxito, desde a sensibilização e divulgação da definição das
19
descrição do padrão oferecido que vai considerar como o mínimo aceitável para o processo
aplicabilidade prática. Este processo nos coloca em vários questionamentos, pois obstáculos
intraorganizacionais dos programas de qualidade têm tido baixo impacto sobre os custos do
setor de saúde, o que indica um alcance limitado nos objetivos da instituição de saúde,
porém ainda é o autor refere que é cedo tirarmos conclusões sobre os programas de
qualidades existentes, mas devemos ficar atentos sobre a avaliação empírica dos seus
resultados para não tirarmos conclusões precipitadas sobre este assunto a fim de não
alimentarmos falsas expectativas nos seus resultados. (GURGEL JUNIOR; VIEIRA, 2002).
ARENAS (2002) relata que no nível gerencial a acreditação é uma ferramenta que
assegurando e minimizando os riscos de maneira contínua. É evidente, que para obter esse
por auditoria interna e externas para mensurar e poder realizar comparativos e assim poder
20
disseminar as melhorias para o conhecimento público e posterior difusão dos resultados
A mesma autora relata que o PCIH foi instituído no mundo moderno a partir de
1950 e no Brasil somente na década de 80, que pretende manter sob controle o fenômeno
a garantir intervenção nas práticas de saúde e também na educação dos prestadores diretos
da assistência hospitalar.
qualidade nas instituições hospitalares brasileiras começaram na década de 40, desde então,
os instrumentos para a avaliação externa dos serviços de saúde passaram a ser desenvolvido
para garantir um padrão hospitalar nacional. Porém ao longo dos anos, o processo de
ONA. Mas na realidade, não houve um consenso absoluto quanto ao modelo de acreditação
a ser adotado no Brasil, que no final acabou culminando na utilização de um manual único
21
a ser seguido no país. A atuação diversificada dos vários grupos de acreditadores acabou
Os autores ainda revelam que o caráter voluntário tende a atrair instituições com
avaliação aos participantes, porém devemos conhecer até onde podemos manter a
confidencialidade uma vez, que as fontes pagadoras e o poder público anseiam por
pelo Nacional Nursering Infection Survailence System (NNISS) quanto no custo deste
paciente na instituição de saúde. Este estudo mostrou que a mortalidade chegou a 1500
pacientes neste ano, com um custo adicional de 2 bilhões de dólares para os hospitais, o que
Serviços de Saúde passam sempre para promover a saúde da população, que ajudou a
22
É evidente que para se atingir este objetivo é necessário efetuar de forma planejada,
Foi com esta intenção que foi criado o manual de Monitorização da Qualidade
possibilita uma comparação crítica entre o que é feito na prática e os critérios para uma boa
2004).
hospital. Ainda, as autoras afirmam que o futuro das organizações de saúde deverá ter
algum tipo de certificação para quebrar o paradigma dos serviços de saúde e que superem
23
necessário o maior envolvimento das Secretarias de Saúde Estaduais para que possamos ter
hospitais que possuam a mesma característica. Em virtude deste fato, este órgão enfatiza
que a Justiça Brasileira está acolhendo os casos que são acionados judicialmente e indica as
IH´s é um fator que irá influenciar na qualidade do atendimento prestado pelas instituições
Um estudo realizado no Japão com 638 hospitais mostra que 52% dos hospitais que
atendimento da população, pois não se tinha noção da magnitude das IH´s nas instituições
japoneas, sabia-se apenas de uma alta na morbi mortalidade da população e que esta
situação implicavam nos custos de internação destes pacientes. Com este estudo, foi
possível mensuarar os gastos no Japão com a IH que gera por ano um custo de 83 a 261
milhões de ienes para cada 500 leitos. E foi através da acreditação que os hospitais
das IH´s na população e com isso reduzir os custos de internação dos pacientes e
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
muito escasso o artigo neste assunto, e que o Programa Brasileiro de Acreditação hospitalar
O Ministério da Saúde poderá colocar como meta esse programa desde que tenham
duas bases importantes: a avaliação dos padrões de referência desejáveis que deverão ser
24
divulgados previamente e o perfil do avaliador/visitador para os padrões a serem
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) das instituições acreditadas, pois elas
deverão ter maior participação em todas as questões de gestão hospitalar, e que o trabalho
qualidade, devido ao grande número de ações que o serviço irá realizar em todos os setores
do hospital.
infecção hospitalar.
Por outro lado, fica evidente que existem grande áreas de interface entre o
realizado por profissional que não interage adequadamente com o SCIH acaba gerando
(APECIH, 2008).
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
busca pela qualidade nos serviços de saúde. Rev. Saúde Pública 38(2): 335-6, 2004.
25
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS EM CONTROLE DE INFECÇÃO
22/03/2008.
BITTAR, O.J.N.V. Gestão de processos e certificação para qualidade. Rev. Ass. Méd.
CANADIAN HEALTH CARE ASSOCIATION (CHCA). About CHA and our members.
28/06/2006.
<http://www2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude/vigilancia_saude/infeccao_hospital
26
FERNANDES, A.T. et alli. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde.
Havana, 2001.
em: 22/03/2008.
qualidade hospitalar no Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Saúde Pública. 31(2): 171-7,
1997.
27
ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (ONA). Normas técnicas. Brasília.
4ºedição. 2006.
5(18):7-17,2003.
SILVA, R.F. A infecção hospitalar no contexto das políticas relativas à saúde em Santa
28