You are on page 1of 81

Os matérias produzidos para os cursos ofertados pelo UEMAnet/UEMA para o Sistema Universidade Aberta do Brasil -

UAB são licenciadas nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhada, podendo
a obra ser remixada, adaptada e servir para criação de obras derivadas, desde que com fins não comerciais, que seja
atribuído crédito ao autor e que as obras derivadas sejam licenciadas sob a mesma licença.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

Reitor Professor Conteudista


Gustavo Pereira da Costa Carlos Eduardo de Carvalho Araujo
Vice-Reitor Revisão de Linguagem
Walter Canales Sant´ana Lucirene Ferreira Lopes
Pró-Reitora de Graduação Jonas Magno Lopes Amorim
Andrea de Araújo Designer de Linguagem
Núcleo de Tecnologias para Educação Clécia Assunção Silva
Ilka Márcia Ribeiro S. Serra - Coordenadora Geral
Designer Pedagógico
Sistema Universidade Aberta do Brasil Paulo Henrique Oliveira Cunha
Ilka Marcia R. S. Serra - Coord. Geral
Projeto Gráfico e Diagramação
Lourdes Maria P. Mota - Coord. Adjunta | Coord. de Curso
Tonho Lemos Martins
Coordenação Designer Educacional
Capa
Cristiane Peixoto - Coord. Administrativa
Yuri Almeida
Maria das Graças Neri Ferreira - Coord. Pedagógica

Araujo, Carlos Eduardo de Carvalho.


Iniciação instrumental ao violão da educação musical
[ebook]. / Carlos Eduardo de Carvalho Araújo. – São
Luís: UEMA; UEMAnet, 2018.
81 p.
ISBN:
1. História Ocidental. 2.Postura do instrumento. 3.
Fisiologia. 4. Estruturação musical. 5. Violão. I. Título.
CDU: 785:37.015
APRESENTAÇÃO

Caro (a) estudante,

Seja bem-vindo ao Curso de Licenciatura em Música.


Daremos início aos estudos da disciplina de Iniciação Instrumental ao Violão na
Educação Musical.
Apesar de o violão ser um instrumento muito popular e de fácil aquisição, é
importante que o aluno entenda que o mesmo requer estudos diários para que
possa conseguir tocar com domínio e técnica.
Este material foi desenvolvido com a finalidade de auxiliá-lo no processo de
ensino/ aprendizagem ao violão.
A disciplina será apresentada em três Unidades, que contarão com os seguintes
temas: um breve histórico do violão e sua fisiologia, tema em que abordaremos
as partes do instrumento, postura e técnicas voltadas ao estudo do violão;
ainda teremos um tópico voltado para leituras de melodias e de cifras no qual
disponibilizaremos algumas melodias escritas e cifras com um repertório básico
para que o aluno possa fazer o acompanhamento; ainda disponibilizaremos
alguns Links com conteúdo, exercícios práticos e melodias fáceis para o
aprendizado do estudante.
Contamos sempre com a sua dedicação nos estudos do violão, para que os
objetivos dessa disciplina sejam alcançados com muito sucesso!

Esperamos que aproveite bem o material. Bons estudos!

Prof. Carlos Araujo


SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO

UNIDADE 1 HISTÓRIA OCIDENTAL, FISIOLOGIA E POSTURA DO INSTRUMENTO 5

1.1 Contexto histórico do violão.............................................................................. 5


1.2 O violão no Brasil.............................................................................................. 11
1.3 Fisiologia do instrumento.................................................................................. 13
1.4 Nomes das cordas no instrumento.................................................................. 14
1.5 Distinção dos dedos.............................................................................................. 15
1.6 Notas no braço do violão..................................................................................... 15
1.7 Diagramas para acordes...................................................................................... 16
1.8 A postura no violão............................................................................................... 18
Referências....................................................................................................... 22

UNIDADE 2 CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRUTURAÇÃO MUSICAL VOLTADA AO VIOLÃO 23

2.1 Conceitos sobre as características da Música.................................................... 23


2.2 Conceito sobre as características do som........................................................ 25
2.3 Notas musicais, cifras, tons, semitons e alterações.......................................... 29
2.4 Semitom & tom................................................................................................. 30
2.5 Alteração........................................................................................................... 33
2.6 Notas musicais no braço do violão e no pentagrama....................................... 37
Referências....................................................................................................... 40

UNIDADE 3 PRIMEIROS PASSOS NO INSTRUMENTO 41

3.1 Notação musical......................................................................................... 41


3.2 As cifras...................................................................................................... 41
3.3 Os acordes maiores.................................................................................... 42
3.4 Primeiros ritmos no violão.......................................................................... 43
3.5 Estudos elementares de notação musical para violão............................... 46
Referências................................................................................................ 60

UNIDADE 4 REPERTÓRIO 61

4.1 Exercícios de digitação para mão direita.................................................... 61


4.2 Repertório................................................................................................... 69

UNIDADE
HISTÓRIA OCIDENTAL, FISIOLOGIA
1 E POSTURA DO INSTRUMENTO

Conhecer as características da orquestra no século XVII;

Compreender a fisiologia do instrumento como também o nome


de cada corda, notas no braço e diagramas para acordes;

Conhecer a postura para apoiar o violão, assim como o


posicionamento das mãos direita e esquerda no instrumento.

1.1 Contexto histórico do violão

O
violão é um instrumento musical classificado na categoria dos cordofones,
com o som produzido por cordas tensionadas, esticadas em um suporte
podendo ou não possuir uma caixa de ressonância. Os primeiros
musicólogos Mahillon e Gevaert inseriram-no na família dos instrumentos de
cordas, no grupo das cordas pulsadas diretamente com os dedos como o alaúde,
o archilaúde, o guitarrone, a tiorba, a viola de dez cordas, a craviola etc., e
indiretamente tocado pelo uso plectro ou palheta e por outros dispositivos para
produzir o som. (VASCONCELOS FURTADO, 2016).
A palavra violão tem origem portuguesa significando o aumentativo de viola. Era
conhecido com o nome de guitarra, surgindo o termo violão no final do séc. XIX

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


em Portugal. O nome fazia referência a viola que era um instrumento regional
muito conhecido naquela época. Como o violão apresentava semelhanças com
a viola, mas de maiores proporções, ou seja, uma viola grande, ele recebeu o
nome de violão. (CAMPUS, 2005 apud VASCONCELOS FURTADO, 2016).
Ao longo dos anos o violão sofreu muitas modificações até chegar ao formato que
conhecemos hoje. Essa construção foi realizada pelo luthier espanhol Antônio
Torres Jurado no séc. XIX, e vem influenciando muitos outros luthiers.
Camacho (1992) apud Vasconcelos Furtado (2016), relatou que na pré-história
um antecessor possível do violão seria o arco e flecha, que não era utilizado
para caçar, mas para escutar o som produzido pela única corda que possuía.
5
Existem duas grandes hipóteses sobre o surgimento do violão apresentadas por
historiadores, musicólogos, arqueólogos e outros. A primeira está relacionada
ao alaúde árabe que foi levado até a Espanha, e a segunda direcionada à
origem grego-romana. (CAMPOS, 2005 apud VASCONCELOS FURTADO,
2016). “O al-ud, que caracteriza a música islâmica árabe e deu origem, a partir
dos vocábulos laúde ou laud, em espanhol; llaüt, na Catalunha, laut ou lauta,
em vasco; luth em francês, liuto em italiano, e luth ou lute em inglês, testutoem
latim; e, em português, alaúde” (VASCONCELOS FURTADO, 2016, p. 49).

Figura 1 - Alaúde

Fonte: http://folhasnocaminho.nalanda.org.br

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

A cítara, de origem assíria, foi trazida da Síria


pelos semitas por volta de 1500 a.C.; e, ao
ser latinizada, passou a ser denominada de
guitarra na Espanha; guitare em francês; guitar
em inglês; gitarre em alemão; chitarra em
italiano; gitar em russo, e gitaar em flamenco.
(FURTADO, 2016, p. 49).

6
Conforme Vasconcelos Furtado (2016), a origem e denominação de instrumentos
como o alaúde, a vihuela e a guitarra possuem controvérsias.
“ellaúd es un instrumento de origen arábio-asiático
com unnombre árabe; la vihuela es un instrumento
de origen arábio-asiático com unnombre romano;
la guitarra es un instrumento de origen arábio-
asiático com unnombre greco-romano.” (AZPIAZU,
1961 apud FURTADO, 2016, p. 49).

No século X, a música popular passar a influenciar a música religiosa e seus


respectivos textos litúrgicos, fazendo com que durante o século XI as canções
populares fossem ouvidas entre os cânticos religiosos. Essa influência popular faz
surgir os jograis e menestréis, músicos profissionais que tocavam instrumentos
como violas, rabecas, tambores e flautas e dançavam ao ritmo da música
executadas em festas populares.
A música polifônica nasce durante o século XIV, surgindo cantos com mais
vozes e cantados ao mesmo tempo. Isso foi proporcionado pelo movimento
da Ars Antiqua (Séculos XII e XIII) e depois pelo movimento da Ars Nova
(Século XIV). As músicas passam a ser mais livres de influências religiosas e
administradas por grandes músicos, o que possibilitou mudanças musicais com
novas criações, concepções e outros fazeres na música. O instrumento musical
que se destacou nessa época foi o alaúde de origem árabe, sendo utilizado para
composições polifônicas, pois possibilitava desenvolvimento técnico e textura
musical diferenciados.
O instrumento musical que deu origem à guitarra de quatro ordens de cordas,
foi o que era conhecido como guiterne (chamada de “Baixa Renascença”) no
século XIV. Sendo considerado um dos instrumentos ideais durante os séculos

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


XIV e XV, o alaúde foi muito utilizado nas formações de conjunto, nas danças
e no acompanhamento de canções. A guitarra passou a ter uma evolução e
desenvolvimento musical, além de estrutural, paralela ao do alaúde, este tendo
importância cultural europeu até o século XVIII.
No período Renascentista (século XVI), a música é caracterizada por estilos e
técnicas de composição e interpretação vindos da música profana e religiosa.
Surgem vários instrumentos musicais que são agrupados por conjuntos. Na
Espanha, por exemplo, surgiu a vihuela, conhecida como vihuela de mano, que
era tocada com os dedos. Era um instrumento conhecido na Itália e Portugal
com o nome de viola.

7
Figura 2 - Vihuela

Fonte: historiaemusicanaeducacao.blogspot.com.br

Até a segunda metade do século XVI, surge a guitarra de cinco ordens. A


quinta corda se deve ao poeta e músico Vicente Gómez Martinez Espinel, como
também a afinação em equísonos. Durante todo o período da renascença a
vihuela foi o instrumento de destaque, substituindo o alaúde no final do séc. XV
e apresentando:
[...] semelhança com o alaúde no que respeita
à utilização de pares de cordas (ordens),
trastes móveis e afinação, e diferenciando-
se por sua caixa de ressonância em formato
de oito, [...] apresenta o mesmo padrão
de afinação e contando também com 12
cordas de tripas agrupadas em seis ordens,
sendo cinco duplas e uma simples” [...] com
formação idêntica à utilizada pelo violão
moderno, com exceção da 3ª ordem, a qual

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


é afinada meio tom abaixo. (CAMPOS, 2005
apud FURTADO, 2016, p. 51)

A vihuela e a guitarra de quatro ordens dão lugar ao alaúde no final do século XVI,
mantendo-se em países como a Alemanha, Áustria, Holanda, Inglaterra e outros.
No período Barroco (século XVII), as composições começam a dar destaque
para a voz ou a um instrumento solista acompanhado de um contínuo como
um cravo, órgão, viola de gamba e o alaúde. Muitas peças compostas nesse
período fazem parte do repertório para violão, destacando-se músicas de Johann
Sebastian Bach.

8
Mesmo com a predominância de instrumentos
de arco nesse período, o processo de
desenvolvimento da guitarra foi contínuo, esse
instrumento recebe hoje o nome de guitarra
barroca. Dentre os luthiers, destacam-se o
francês René Voboan que construiu uma
guitarra em aproximadamente 1640; o luthier
italiano Antonio Stradivarius, que construiu
também uma guitarra por volta de 1700; e as
guitarras dos luthiers espanhóis José Massague
em 1750, Francisco Sanguino, em 1759 e
Joseph de Frías, em 1777, cujos exemplares
originais conservaram-se até os nossos dias.
(FURTADO, 2016, p. 52).

O violão teve seu papel principal até fins do século XVII, numa época conhecida
como “período de ouro do violão”. O padre Miguel Garcia (Ordem de San
Basílio), conhecido como Padre Basílio, inseriu mais duas cordas ao seu violão,
no entanto, a sétima corda não teve muito mérito, ficando em desuso. Padre
Basílio formou vários violonistas e Frederico Moretti foi um dos principais, o qual
desenvolveu um método para este violão.
O Período Clássico (século XVIII) é caracterizado pelo Iluminismo de pensamento
e ideais humanos e racionais, e estruturação musical sinfônico. A música
instrumental passa a ter mais destaque em relação a vocal. Na metade desse
século, o violão começa a ocupar o seu espaço fazendo acompanhamento de
arranjos vocais e o uso do estilo rasqueado. Nesse momento, passa-se a ter
outras transformações de estrutura, favorecendo várias possibilidades técnicas
devido à retirada das cordas duplas e a inserção da sexta corda. Esta era mais
grave e afinada em sol, e depois ficou a afinação em mi. A adoção da sexta
corda se deve ao luthier alemão Jacob Augustus Otto, por volta de 1790.
No Romantismo (século XIX), a originalidade musical é privilegiada e são
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
compostos muitos concertos. Era um costume dessa época a difusão da
música para piano nos lares, instrumento símbolo dessa época. Com o grande
desenvolvimento musical no romantismo, a guitarra passa a ter outras alterações:
[...] surgindo mais uma ordem de cordas,
[...] caixa de ressonância e dimensões de
braço ampliadas, substituição dos trastes
de tripa pelos de metal e mudança no
barreamento interno do tampo harmônico
em forma de leque, objetivando atingir
maior sonoridade. [...] (CAMPOS, 2005
apud FURTADO, 2016, p. 53).

9
Depois de vários séculos de importância da Guitarra Barroca de cinco e seis
ordens, ambas deixam de ser utilizadas aproximadamente no ano de 1830,
cedendo lugar para as guitarras de seis cordas simples. Elas já eram conhecidas
desde 1770, mas se popularizaram a partir de 1790, e eram chamadas de Guitarra
Clássico-Romântica, apresentando características do violão moderno, como
afinação em mi, lá, ré, sol, si, mi, tampos mais finos e mudança de cordas duplas
para apenas uma corda. Isso possibilitou melhores sonoridades, aprimoramento
técnico e interpretativo, e o status de instrumento solista.
O espanhol Francisco Tárrega (1852-1909) passa a utilizar um conceito mais
racional da digitação e da posição clássica com uso do violão apoiado na perna
esquerda. Outro espanhol, Antônio Jurado Torres (1817-1892), marceneiro,
desenvolve outras formas no instrumento, novas medidas e diferente caixa de
ressonância, trazendo mais sonoridade e acústica ao violão. O luthier também
construiu um barramento em leque que continha sete tiras de madeiras sob
o tampo harmônico do instrumento, ampliação do braço, e a instalação de
cravelhas (tarraxas) mecânicas, pois antes era fixado direto na madeira.
Torres foi reconhecido como Figura 3 - La Guitarra de Torres (1859)
o maior luthier espanhol de
guitarra, influenciando vários
outros luthiers pelo mundo, pois
“Demonstrou que todo o segredo
da sonoridade estava no trabalho
do tampo e no formato que
idealizou”. (PINTO, 2005 apud
FURTADO, 2016, p. 55).
Conforme Furtado (2016), o violão
alcança destaque no século XX e
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
se caracteriza como instrumento
de concerto, possuindo um
amplo repertório. Compositores,
intérpretes, luthiers e movimentos
violonísticos pelo mundo dão
grande valor a esse instrumento.
Andrés Segovia (1893-1897) foi o
maior expoente espanhol do violão
no século XX, fazendo com que
esse instrumento fosse elevado ao Fonte: https://commons.wikimedia.org

10
mais alto nível. O repertório para violão passou a ter o mesmo grau de importância
das composições feitas para piano, violino e outros instrumentos.
Atribui-se também à influência de Segovia a
inserção do violão no currículo das escolas
de música, nas inovações tecnológicas, tanto
estruturais quanto acústicas, junto ao luthier
Hermann Hausen, a criação das cordas de náilon,
mais tarde desenvolvidas e comercializadas por
Albert Augustine. (FURTADO, 2016, p. 56).

Ainda conforme Vasconcelos Furtado (2016), o violão no século XX tem expressiva


repercussão e desenvolvimento, contribuindo para o destaque de compositores e
intérpretes que ampliaram os repertórios, começaram a fazer novas explorações
de efeitos sonoros, notação gráfica, estilo, técnica e interpretação e edições. A
pesquisa musicológica também fortaleceu “o status do violão como instrumento
de concerto iniciado por compositores e intérpretes de vulto como o violonista
espanhol Andrés Segovia”. (2016, p. 56).

1.2 O violão no Brasil

Os primeiros registros de instrumentos musicais no Brasil são com a vinda


dos jesuítas portugueses durante o século XVI. Para fins de catequese, eles
utilizavam viola, pandeiro, tamborim, flauta, dentre muitos outros.
A música executada no período colonial brasileiro foi essencialmente portuguesa
e mantinha vínculos fortes com a igreja e a catequese, com pouquíssima
influência indígena, no entanto, significativa contribuição africana (escravos
e seus descendentes), expressivamente depois da abolição da escravatura.
(VASCONCELOS FURTADO, 2016).

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


A música escrita e os instrumentos musicais
eram importados de Portugal e Espanha pelos
ricos e padres, e se desenvolveu em centros
como Salvador, Olinda, Rio de Janeiro, São
Paulo, Maranhão e Pará lugares onde o
processo migratório teve maior ascendência.
No século XVII, surgem as irmandades de
música que contavam com sedes em Portugal,
tendo como direito a produção musical somente
seus associados, e os demais “improvisadores”
ficavam sujeitos a multas e mesmo prisões.
(FURTADO, 2016, p. 59).

11
Duque (2005) apud Furtado (2016), descreve que na metade do século XIX o
violão, ou guitarra, era um instrumento urbano que acompanhava as modinhas,
descrição encontrada na obra Memória de um Sargento de Milícias (1852), de
Manuel Antônio de Almeida. O instrumento estava ligado às festas tradicionais
brasileiras nas danças, folguedos, folias, serestas e rodas de choro, antes
mesmo de ter alcançado os salões e salas de concerto.
Por intermédio de Augustin Barrios e Josefina Robledo, o violão aparece no cenário
da música de concerto no Brasil, mesmo que já atuassem por aqui violonistas
e compositores de renome popular durante o segundo reinado. O engenheiro
Clementino Lisboa foi o primeiro músico a se apresentar publicamente tocando
violão no Rio de Janeiro, principalmente no Clube Mozart (centro musical da elite
carioca). Joaquim Santos ou Quincas Laranjeira, fundador da revista O Violão,
também se apresentou no mesmo clube. Alguns autores relatam que Quincas
Laranjeira não foi o fundador da revista, mas um colaborador da mesma.
As documentações referentes ao repertório para violão no Brasil são muito
carentes, principalmente até a metade do século XX.
Talvez isso se dê por sua característica de tradição
popular, e transmitida informalmente, lembrando
que muitos desses músicos violonistas não
tinham formação musical e não adquiriram o
hábito de escreverem suas obras. (FURTADO,
2016, p. 59).

Muitas dessas músicas conseguiram chegar até nós através de gravações


realizadas a partir de 1902, ou por documentos que foram manuscritos,
organizados e editados ao longo dos anos.
O violão no Brasil surge nas manifestações populares por intermédio do trabalho
de compositores e instrumentistas que passaram a traduzir o movimento urbano

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


artístico e sociocultural brasileiro. O violão passa a ter status de instrumento
solista no final do século XIX, com professores, compositores e violonistas
criando e formando um repertório nacional, sistematizando o ensino, fomentando
a preservação das composições em edições de partituras e métodos, nas
gravações de discos, em apresentações públicas nos salões da época, salas de
concerto, nas rádios e um pouco depois nas televisões.
A partir do século XX, muitos compositores passam a ter destaque, o que acabou
dando mais importância para o violão, fomentando, assim, a formação de outros
violonistas no meio cultural e acadêmico. O violão começa a se consolidar em
terras brasileiras como instrumento de concerto nas cidades do Rio de Janeiro

12
(1937) e em São Paulo (1941) com o nascimento da Associação Cultural
Violonística Brasileira, através do violonista e professor uruguaio Isaías Sávio.
No Brasil, outros instrumentos também foram utilizados antes mesmo do violão
como o alaúde, vihuela, viola de arame, dentre outros. Após o violão, quem
passa também a ter destaque é a guitarra elétrica com alguns guitarristas e
professores, como por exemplo, Hélio Delmiro, Nelson Faria e muitos outros. Os
luthiers e fábricas de instrumentos musicais, também começam a ter importância
no cenário musical brasileiro.

1.3 Fisiologia do Instrumento

Figura 4 - Partes do violão

MÃO
PALETA OU
CABEÇA (HEAD)

PESTANA,
TARRACHAS OU
CAPOTRASTE
OU CRAVELHAS
TRASTE ZERO

BRAÇO (NECK)

TAMPO TRÓCULO
HARMÔNICO

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


BOCA FAIXA
LATERAL

FUNDO

RASTILHO CAVALETE

Fonte: http://lacehook.blogspot.com.br

13
1.4 Nomes das Cordas no Instrumento

Figura 5 - Cordas no violão

Fonte: iniciantesdoviolão.com.br

1º Corda – Mi (Agudo)
2º Corda – Si
3º Corda – Sol
4º Corda – Ré
5º Corda – Lá Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

6º Corda – Mi (Grave)

Observação:

As três primeiras cordas são para posicionamento dos dedos indicador (i),

médio (m) e anelar (a);
Já as três últimas cordas (4, 5 e 6) são para posicionar o polegar.

14
1.5 Distinção dos dedos

Figura 6 - Mãos esquerda e direita

Mão Esquerda Mão Direita


Fonte: http://aprenderviolao1.blogspot.com.br/

Os dedos 1, 2, 3 e 4 da mão esquerda serão utilizados para acordes e melodias.


Os dedos polegar (p), indicador (i), médio (m) e anelar (a) da mão esquerda
serão utilizados para dedilhados e ritmos diversos.

1.6 Notas no braço do violão


Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Figura 7 - As notas no braço

Fonte: httpshttp://tablaturasecifras.com.br/notas-no-braco-do-violao/

15
1.7 Diagramas para acordes

Figura 8 - Diagrama de acordes

Fonte: http://aprenderatocarviolao.com.br

1.7.1 Posições possíveis para o diagrama

Figura 9 - Posições do diagrama

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: http://aprendeenlinea.udea.edu.co

16
1.7.2 Nomenclatura do diagrama

Figura 10 - Nomenclatura para os acordes

Fonte: http://violaoparainiciantes.com

Obs.: Essas nomenclaturas podem vir com algumas alterações: uma indicação
de bola cheia (preta), indicando corda pressionada com o polegar ou informando
outras cordas para serem tocadas; O sinal do “x” pode sinalizar corda pressionada
também. Há diagramas que não indicam quais dedos da mão esquerda devem
ser usados, vindo com a bolinha preenchida (preta) ou branca mesmo. A pestana
pode vir com um número indicando a casa onde a mesma deve começar.

Figura 11 - Alterações na nomenclatura

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: Elaborada pelo Autor

17
1.8 A Postura no violão

Existem basicamente duas formas de posicionarmos o violão sobre a perna:


uma erudita (chamada também de clássica) e outra popular. Na primeira, o
instrumento é apoiado sobre a perna esquerda, podendo ter o auxílio de pedal
para levantar a perna. Já no segundo, o apoio será na perna direita, também
podendo ter um auxílio do pedal.

Figura 12 - Postura erudita (clássica)

Fonte: http://violaoeguitarraon-line.blogspot.com.br

Figura 13 - Postura popular

História da Música Clássica e Romântica

Fonte: http://espaconaweb.com

18
Obs.: A postura popular não tem uma regra, mas é importante o estudante
perceber uma posição confortável para tocar e que siga a sua própria anatomia.
No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para que não haja desconforto ao
tocar, ocorrendo tensões dos braços, antebraços, pulsos e mãos. O violão precisa
estar posicionado um pouco na diagonal, assim, fica mais confortável para fazer
acordes com pestana, por exemplo, o que também reduz as tensões no braço.
Conforme Sumaia (2017), posicionar o pé direito mais atrás em relação ao pé
esquerdo também facilita a tocabilidade no instrumento. Segue o exemplo:

Figura 14 - Postura correta e incorreta

Fonte: https://www.eruditopopular.com.br

O posicionamento dos dedos no braço do instrumento precisar ser com uma


certa curvatura para se fazer os acordes, pois, do contrário, o dedo poderá
pressionar uma outra corda, prejudicando o som geral da harmonia que está
sendo executada.

Figura 15 - Os dedos no braço


Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: https://www.academiamusical.com.pt

19
Quando o acorde é com uma pestana, o dedo fica “reto”. No entanto, é preciso
levar em consideração a anatomia de cada pessoa, buscando a melhor maneira
de fazer a pestana.

Figura 16 - Acorde com pestana

Fonte: https://www.academiamusical.com.pt

O dedo polegar da mão direita fica atrás do braço. Dependendo do acorde, do


exercício melódico, dentre outros, ele ficará no meio do braço ou mais para
baixo ou mais para cima.

Figura 17 - O dedo polegar

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: https://www.academiamusical.com.pt

20
A mão direita ficará perto da “boca” do violão com os dedos indicador (i), médio
(m) e anelar (a) curvados, o que facilitará a tocabilidade, principalmente nos
momentos de dedilhados. Na corda 1 (mi agudo), posiciona-se o dedo anelar (a),
na corda 2 (si) será o dedo médio e na corda 3 (sol) se coloca o dedo indicador
(i). O dedo polegar será para as coras 4 (ré), 5 (lá) e 6 (mi grave). Porém,
isso não será uma regra, já que ocorrem variações dependo do exercício, do
acorde, da composição, dentre outros aspectos. O braço direito precisa estar
relaxado sobre o corpo do instrumento e sempre obedecendo a anatomia de
cada estudante.

Figura 18 - A mão direita

Fonte: https://www.academiamusical.com.pt

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Resumo

Nesta Unidade, estudamos o contexto histórico do violão e as influências


recebidas durante cada período da música, e que o mesmo sofreu alterações
estruturais ao longo dos tempos até chegar ao formato que nós conhecemos
hoje. Aqui no Brasil, o instrumento apareceu em meio às tradições populares, por
meio de compositores e instrumentistas. Vimos que ele passa a ter um status de

21
instrumento solista, inserindo-se em salões e salas de concerto, e com muitos
artistas de nome, o instrumento passou a ser mais reconhecido.
Também vimos as partes que compõem o violão, os nomes de cada corda,
a distinção das mãos direita e esquerda, as notas no braço, diagramas para
formação dos acordes e a postura para podermos tocar o instrumento. Neste
ponto é preciso levar em consideração a anatomia de cada pessoa, sempre
buscando a melhor maneira de posicionar o violão, de fazer os acordes, as
melodias e os ritmos para não prejudicar a tocabilidade.

Referências

FURTADO, Fernanda Vasconcelos. O violão na cidade de Goiânia: trajetória


históricas, principais personagens. Dissertação (Mestrado). Universidade
Estadual de Goiás, Escola de Música e Artes Cênicas, Goiânia, 2016.
SUMAIA, Cecília. Como a postura influencia ao tocar violão. Disponível em:
<https://www.eruditopopular.com.br/single-post/2017/03/16/Como-a-postura-
influencia-ao-tocar-viol%C3%A3o>. Acesso em: 21 de maio 2017.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

22
UNIDADE CONCEITOS BÁSICOS DE

2 ESTRUTURAÇÃO MUSICAL
VOLTADA AO VIOLÃO

Entender sobre as características da música e do som;


Conhecer notas musicais, cifras, tons, semitons e alterações;
Aprender as notas no braço do violão e no pentagrama.

2.1 Conceitos sobre as características da Música

No sentido amplo a “Música” é a organização temporal de sons e dos silêncios


(pausas), já no sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos
sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através
da voz ou de instrumentos musicais. Analisando de uma forma mais prática, é
a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido.
A música é dividida em três partes:

2.1.1 Melodia Figura 19 - Melodia da Música Ciranda, cirandinha

É a ordenação dos sons em

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


ordem sucessiva (uma nota de
cada vez).
Exemplo Figura 19:

Fonte: http://adrianodozol.blogspot.com.br/2011/03/
ciranda-cirandinha-partitura-para.html

23
2.1.2 Harmonia

É a ordenação dos sons em ordem simultânea (duas ou mais notas soando ao


mesmo tempo).
Exemplo Figura 20:
Figura 20 - Notas executadas ao mesmo tempo

Fonte: http://adrianodozol.blogspot.com.br/2011/03/ciranda-cirandinha-partitura-para.html

2.1.3 Ritmo

É a duração do som e do silêncio no discurso do tempo (de que forma as notas


estão soando).
Exemplo Figura 21:
Figura 21 - Variações de Células Rítmicas
Variação
Agogo

Matracas

Tinideira Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


Aguda

Tinideira
Média

Tinideira
Grave

Cuíca
Grave

Fonte: https://www.revistas.ufg.br/musica/article/view/39568/20140

24
Para saber mais sobre os Elementos da Música, acesse o site, no link
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=e7IrW11NYfA

2.2 Conceito sobre as características do som

É o movimento vibratório de um corpo sonoro, que se propaga no ambiente e


impressiona o órgão da audição. O som pode ser do tipo agudo ou grave. 
As características do som são divididas em:

2.2.1 Altura

É a propriedade de o som ser Grave ou Agudo.

Observação: Os sons graves são sons com maior comprimento de onda, pois
possuem pequena frequência, já os sons agudos, ou altos, têm um menor
comprimento de onda (maior frequência).

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


Note no Exemplo a seguir:

Figura 22 - Altura do Som

Fonte: https://cursohomestudio.wordpress.com/2013/02/08/um-carrossel-de-parametros/

25
• Exemplo de Instrumentos que produzem Sons Graves: Contrabaixo,
Trombone, Tuba e Violoncello.
• Exemplo de Instrumentos que produzem Sons Agudos: Apito, Clarinete,
Flauta, Trompete e Violino.

Para saber mais sobre sons graves e agudos, acesse o vídeo no link
disponível em: <https://youtu.be/Bg7scPhert4.>

2.2.2 Intensidade

É a propriedade do som de ser Forte ou Fraco.

Observação: Um som com uma maior amplitude é um som forte, enquanto que
um som com uma pequena amplitude é um som fraco. Logo, a intensidade de
uma onda sonora depende da amplitude dessa onda.
Note no Exemplo a seguir:

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


Figura 23 - Intensidade do som

Fonte: https://cursohomestudio.wordpress.com/2013/02/08/um-carrossel-de-parametros/

26
2.2.3 Timbre

É a propriedade que permite saber quem é o agente que está produzindo o som.

Observação: A nota dó pode ser tocada por um piano, e esse mesmo dó, pode
ser executada por uma viola. Mesmo sabendo que a intensidade do som seja
a mesma, os nossos ouvidos conseguem identificar os sons dos diferentes
instrumentos. Isso acontece, porque os sons apresentam timbres diferentes.
Note no Exemplo a seguir:

Figura 24 - Sons com timbres diferentes.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: https://musicasemsegredos.com/index.php/2017/03/20/o-que-e-timbre/

27
2.2.4 Duração

É a propriedade que o som apresenta ao ser mais Longo ou mais Curto. A


duração representa simplesmente o tempo que o som dura. Geralmente mede-
se em segundos (unidade do sistema internacional).

Figura 25 - Duração do som

Fonte: https://cursohomestudio.wordpress.com/2013/02/08/um-carrossel-de-parametros/

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Para saber mais sobre Propriedades do Som, assista ao vídeo a seguir,


disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=j3B_AAJ-Rtk>

28
2.3 Notas musicais, cifras, tons, semitons e alterações

2.3.1 Notas musicais

É o elemento mínimo de um som (melodia), ou seja, são sinais gráficos e sonoros


que foram criados para representar as variações da altura do som musical.
De acordo com Palisca e Grout (1994), as notas musicais ajudam na organização
da linguagem musical além de facilitar a composição de melodias. Med (1996)
afirma que foram criadas pelo monge italiano Guido d’Arezzo (992 - 1050 d.C),
através do texto sagrado “Hino a São João Batista”, sob o nome “Ut queant
Laxis”. D’Arezzo utilizou o começo de cada frase do texto para nomear cada
uma das notas surgindo, a partir daí, as sete notas que conhecemos hoje no
ocidente. E além de dar nome, o monge utilizou letras do alfabeto latino para
simbolizar os sons das notas musicais. Assim, temos: ut, ré, mi, fá, sol, lá, si,
formado pelas iniciais do nome do santo. A seguir, temos uma imagem do Hino
de onde foi extraído o nome das notas.

Figura 26 - “Hino a São João Batista”, sob o nome “Ut queantLaxis”

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: https://hu.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1jl:Ut_queant_laxis.jpg

Seis séculos mais tarde, por volta de 1693, a nota musical com nome de ut, foi
substituída por dó, para facilitar na pronuncia do solfejo1. No entanto, em alguns
1
Solfejo é a leitura ou entonação dos nomes das notas de uma peça musical.

29
países, como a França, por exemplo, a primeira nota da escala continua sendo
chamada de ut.
Atualmente, as notas musicais também podem ser identificadas por letras do
alfabeto para facilitar a escrita e aumentar a velocidade de leitura. A notação
utilizada é universal, o que facilita a comunicação com músicos de outros países.
Existem 7 letras para representar as notas musicais. A definição das letras e
suas notas correspondentes são chamadas de Cifra que representa os acordes
e é representada da seguinte forma:
• Notas Musicais: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.

2.3.2 Cifras e suas representações

Segundo Med (1996), as cifras são representadas pelas sete primeiras letras
do alfabeto, que por sua vez representam as notas musicais em forma de
acordes que são usadas em alemão, inglês e grego.

REPRESENTAÇÃO DAS NOTAS E CIFRAS

Alfabeto A B C D E F G
si
Notas lá Dó ré mi fá sol
(H no alemão)

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


2.4 Semitom & tom

2.4.1 Semitom (st, S)

A palavra Semitom também conhecida pelo nome de Meio Tom (½T), é a menor
distância existente entre duas notas. Note nos exemplos a seguir:

30
Figura 27 - Semitom

Fonte: http://teoriadamusica.blogspot.com.br/2007/10/11-sustenido-e-bemol.html

Figura 28 - Tom

Fonte: http://musiclick.com.br/tom-e-semitom/

Existem três tipos de Semitons:

2.4.1.1 Semitom Natural

Formado por notas naturais (sem acidentes). Só existem dois semitons naturais.
Exemplo: Mi – Fá e Si – Dó.

Figura 29 - Semitom Natural

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: Elaborada pelo Autor

2.4.1.2 Semitom Diatônico

Formado por notas de nomes diferentes.


Exemplo: Dó# - Ré, Ré# - Mi, etc.

31
Figura 30 - Semitom Diatônico

Fonte: Elaborada pelo Autor

2.4.1.3 Semitom Cromático

Formado por notas de nomes iguais.


Exemplo: Dó – Dó#, Réb – Ré, etc.

Figura 31 – Semitom Cromático

Fonte: Elaborada pelo Autor

Observação: Os Semitons Naturais de Mi – Fá e Si – Dó, também são chamados


de Semitons Diatônicos por serem formados por notas de nomes diferentes.

2.4.2 Tom (T)

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


É a união de dois Semitons. As imagens a seguir mostram exatamente os
exemplos de Tom e de Semitom.

Figura 32 - Tom

Fonte: http://teoriadamusica.blogspot.com.br/2007/10/11-sustenido-e-bemol.html

32
O exemplo a seguir mostra o que é o tom e os semitons nas casas do violão.

Figura 33 - Semitom e tom nas casas do violão

Fonte: https://consultamusical.files.wordpress.com/2012/02/tom-e-semitom-violao.png

Figura 34 - Semitom e Tom

Fonte: http://musiclick.com.br/tom-e-semitom/

Para saber mais sobre Tom e Semitom, acesse os vídeos sugeridos,


clicando nos links disponíveis a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=Sl8NV90ZHcM
https://www.youtube.com/watch?v=eDeRasVwdN0
https://www.youtube.com/watch?v=dHLbY6JZqcg

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


2.5 Alteração

São sinais que quando colocados diante das notas, alteram a entoação das
mesmas.
Existem três tipos de alterações:

33
2.5.1 Alteração ascendente

Altera a entoação da nota ascendentemente.


Pode ser:

2.5.1.1 Sustenido ( )

Eleva a nota em um Semitom (meio tom).

Figura 35 - Efeito dos sustenidos

Fonte: Elaborada pelo Autor

2.5.1.2 Dobrado Sustenido ( )

Eleva a nota em um tom (dois semitons).

Figura 36 - Efeito dos dobrados sustenidos

Fonte: Elaborada pelo Autor Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

2.5.2 Alteração descendente

Altera a entoação da nota descendentemente.

34
2.5.2.1 Bemol ( )

Abaixa a nota em um semitom (meio tom).

Figura 37 - Efeito dos bemóis

Fonte: Elaborada pelo Autor

2.5.2.2 Dobrado Bemol ( )

Abaixa a nota em um tom.

Figura 38 - Efeito dos dobrados bemóis

Fonte: Elaborada pelo Autor

2.5.3 Alteração variável

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


Torna a nota em seu estado natural.

35
2.5.3.1 Bequadro( )

Anula o efeito dos acidentes.

Figura 39 - Efeitos do bequadro

Fonte: Elaborada pelo Autor

A seguir temos um quadro com a demonstração dos acidentes

Figura 40 - Quadro das alterações musicais

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: https://blog.cancaonova.com/musicadedeus/as-notas-musicais/

36
Para saber mais sobre Alteração, acesse os vídeos que estão
disponíveis nos links a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=aWZd74aqiNw
https://www.youtube.com/watch?v=DxlYjctoOAs
https://www.youtube.com/watch?v=vgMLBowYxlY

2.6 Notas musicais no braço do violão e no pentagrama

É muito comum encontrarmos alunos de violão que desconhecem as notas no


braço do instrumento. E esse assunto se agrava, quando o tema é voltado para
a leitura de partitura e a transposição das notas da partitura para o instrumento.
Conhecendo essas dificuldades enfrentadas por esses alunos, resolveu-se criar
esse tópico para sanar essa dificuldade de encontrar as notas tanto na partitura
quanto na pauta musical.

2.6.1 Notas musicais no braço do violão

Note na imagem a seguir um braço de violão com o nome de todas as notas


musicais até a sétima casa do violão.

Figura 41 - Notas no braço do violão Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: https://musicaeadoracao.com.br/26040/curso-pratico-de-harmonizacao/

37
É de suma importância que o aluno tenha o compromisso de decorar onde
fica cada nota, pois isso será necessário para tocar melodias diversas, fazer
acompanhamentos e leituras de acordes, e outros.

2.6.2 Notas no pentagrama e tablatura

Em seguida temos dois modelos de leituras indicando as notas nas cordas do


violão e na tablatura2 que facilitarão o entendimento do aluno.

Figura 42 - Notas no pentagrama e no braço do violão com sustenido com


tablatura

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Fonte: http://www.deniswarren.com/?page_id=3980

2
Tablatura é um sistema de notação musical que foi criado no período renascentista e barroco, para instrumentos de teclado ou de
cordas dedilhadas. A tablatura indica a corda e a casa onde o dedo do intérprete deve ser posicionado para tocar as notas.

38
Figura 43 - Notas no pentagrama e no braço do violão com bemol

Fonte: http://www.deniswarren.com/?page_id=3980

Para saber mais sobre Tablatura, acesse o vídeo sugerido no link a


seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=z0oIRSJjbeo

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Para saber mais sobre as notas no violão e no pentagrama, acesse


os vídeos disponíveis nos Links a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=DeY5KZ4XUB8
https://www.youtube.com/watch?v=m14VutKMCqA
https://www.youtube.com/watch?v=qFlwLh1XmEY
https://www.youtube.com/watch?v=8m5hHGUZA3Y
https://www.youtube.com/watch?v=KKwNio2FKkg
https://www.youtube.com/watch?v=MZ-1rrgDXiw

39
Resumo

Nesta Unidade, o assunto foi voltado para alguns conceitos básicos e necessários
para o bom andamento e desenvolvimento no estudo do violão. Assim,
poderemos garantir que o aluno tenha um bom aproveitamento dos conteúdos
aqui disponibilizados.
Os assuntos abordados são essenciais para o estudo de qualquer instrumento
musical. Sendo assim, os temas da Unidade foram: as características da música
e do som, acidentes musicais, notação musical, clave de sol e notas na pauta e
suas transposições para o braço do violão.
Esperamos que você esteja aprendendo os conteúdos ministrados neste e-Book.

Referências

MED, Bohumil. Teoria da Música. 4. ed. Revisada e Ampliada. Brasília, DF: Ed.
Musimed, 1996.
PALISCA, Claude V.; GROUT, Donald J. História da Música Ocidental. Lisboa:
Gradiva, 1994.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

40
UNIDADE
PRIMEIROS PASSOS NO
3 INSTRUMENTO

Conhecer a notação musical para o violão;


Desenvolver a prática da leitura de cifras e da partitura para o violão;
Conhecer os sete primeiros acordes maiores;
Desenvolver a rítmica no violão com progressões harmônicas e
melódicas simples por meio de ritmos básicos.

3.1 Notação musical

A transmissão da música foi feita durante muito tempo via oralidade, ocasionando
o esquecimento de muitas composições. Símbolos taquigráficos gregos, notação
fonética, começaram a ser criados para facilitar a memorização sonora. O
sistema de neumas, que não definia altura exata, mas uma ideia aproximada da
melodia, vai se aperfeiçoando do século V ao VII. No século IX surge a pauta,
que inicialmente era uma única linha horizontal de cor vermelha e representava
a nota Fá, e posteriormente foi inserida uma outra linha, mas agora de cor
amarela representando a nota Dó. Guido D’Arezzo (992-1050) empregou três
e quatro linhas, originando o sistema de tetragrama. O sistema de cinco linhas,
pentagrama, conhecido desde o século XI, foi somente adotado a partir do século

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


XVII. (MED, 1996).

3.2 As cifras

Para a representação sonora existem sete notas básicas: dó – ré – mi – fá


– sol – lá – si. Estes monossílabos, sistema introduzido por Guido D’Arezzo,
são muito utilizados em línguas latinas, correspondem as sete letras do sistema
alfabético do Papa Gregório Grande (por volta de 540 d.C.) usadas em inglês,
alemão, grego, dentre outros.

41
Tabela 1 – Notas musicais
Português Inglês Alemão
Dó C C
Ré D D
Mi E E
Fá F F
Sol G G
Lá A A
Si B H

Fonte: Elaborada pelo Autor

Obs.: Em inglês a letra “B” representa a nota Si, já em Alemão ela representa a
nota Si bemol.

3.3 Os acordes maiores

Acordes são a soma de três notas ou mais, executadas simultaneamente.


Contém em sua configuração, no formato de tríade, uma tônica (t), uma terça (3)
e uma quinta (5). A característica de um acorde maior é a presença de uma terça
(3) maior em relação à tônica. Para este estudo iremos conhecer os acordes
maiores no formato de tríade. Os números e linhas verticais (pestana) que irão
aparecer nas casas do instrumento representam os dedos da mão esquerda.
As ilustrações abaixo são de um instrumento real para facilitar a visualização de
cada acorde.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


Figura 44 - Braço de violão e acordes

42
Fonte: Elaborada pelo Autor

Obs.: O círculo com o “X” indica onde o dedo polegar (mão direita) deve tocar.
Também irá representar a tônica de cada acorde. Os demais círculos são para
os dedos indicador (i), médio (m) e anelar (a).

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical


3.4 Primeiros ritmos no violão

Os ritmos que serão estudados neste material terão como objetivo ajudar
a tocar os repertórios propostos no módulo IV. Esse estudo de ritmo será
trabalhado conjuntamente com acordes para melhor desenvolver a tocabilidade.
Progressões harmônicas serão propostas para o estudo de mudança de um
acordo para o outro.

43
Ritmo 01 (ouvir o áudio no AVA)

Ritmo 02 (ouvir o áudio no AVA)

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Para o estudo desses ritmos no violão segue abaixo a progressão harmônica.

4/4 ║ C │ C │ G │ G │ C │ C │ F │ G │ C │ C ║

44
Agora estude esses mesmos ritmos em outras tonalidades.

4/4 ║ G │ G │ D │ D │ G │ G │ C │ D │ G │ G ║

4/4 ║ D │ D │ A │ A │ D │ D │ G │ A │ D │ D ║

4/4 ║ E │ E │ B │ B │ E │ E │ A │ B │ E │ E ║

Ritmo 03 (assistir vídeo no AVA)

Para a execução desse ritmo iremos usar os dedos polegar, indicador, médio e
anelar da mão direita. Vamos chamar de “todos os dedos” (TD) o indicador, médio
e anelar, pois serão utilizados ao mesmo tempo. Atenção para o movimento
rítmico seguindo as setas:

Figura 45 - Ritmo

Fonte: Elaborada pelo Autor Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Observação 1: (p) – polegar (TD) – todos os dedos [i, m, a]


Observação 2: O polegar irá sempre pressionar a tônica de cada acorde

45
• Progressão para o estudo desse ritmo.

4/4 ║ A │ A │ E │ E │ D │ D │ A │ E │ A ║

• Em outras tonalidades.

4/4 ║ G │ G │ D │ D │ C │ C │ G │ D │ G ║

4/4 ║ D │ D │ A │ A │ G │ G │ D │ A │ D ║

4/4 ║ C │ C │ G │ G │ F │ F │ C │ G │ C ║

3.5 Estudos elementares de notação musical para violão

O objetivo desse estudo é desenvolver a prática na leitura de melodias e acordes


para violão na pauta/tablatura, assim como desenvolver o estudo básico de
técnica para as mãos esquerda e direita.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

46
ATIVIDADE 1

Para as atividades a seguir iremos trabalhar as cordas número 1 (mi), 2 (si) e 3


(sol). Na pauta, o círculo com o zero representa corda solta. Semelhantemente,
o número zero na tablatura representa corda solta.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

47
Henrique Pinto

Obs.: É importante fazer os exercícios devagar para que se atinja a melhor


postura, um ritmo constante entre as notas e movimentação dos dedos da mão
direita, evitando mexer a mão.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

48
ATIVIDADE 2

Para as atividades abaixo, iremos trabalhar com as cordas 6 (mi), 5 (lá) e 4 (ré).
Os números 1, 2 e 3 estarão representando as casas do violão. Também teremos
a junção das duas mãos, assim, o “p” minúsculo representará o dedo polegar.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

49
Obs.: treinar as atividades deixando os dedos 1, 2, 3 e 4 em uma posição como
se fossem ser tocadas as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª casas. Importante também deixar os
dedos próximo das cordas, o que favorece a execução.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

50
51
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
52
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
ATIVIDADE 3

Nesta próxima atividade iremos combinar os dedos polegar (p), indicador (i) e
anelar (a) com notas executadas nas cordas 6, 5 e 4. Também iremos ver que
os números indicando a casa podem vir em outras posições, como por exemplo,
ao lado da nota e o número zero (0), sinalizando corda solta, que pode não estar
com um círculo.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

53
54
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
ATIVIDADE 4

Neste próximo exemplo iremos localizar as notas nas cordas 3, 2 e 1.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

55
56
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
57
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
ATIVIDADE 5

Nos próximos exercícios iremos ver notas com alterações em sustenido (#),
bemol (b) e bequadro ( ).

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

58
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Resumo

Nesta Unidade, estudamos as notações para violão como as letras que


representam os acordes, chamadas de cifras, e as notas na pauta para o violão.
Estudamos os sete primeiros acordes maiores e três ritmos básicos com algumas
progressões harmônicas para o desenvolvimento da tocabilidade.

59
Alguns acordes são formados com a pestana, assim, aqueles que encontrarem
dificuldades na execução desses acordes, é interessante fazer o estudo somente
com a pestana, ou seja, retirando os demais dedos e deixando a pestana sozinha.
Tente colocar o dedo dois da mão esquerda sobre a pestana para obter mais
força sobre ela. Dessa forma, as notas poderão soar com mais facilidade.

Referências

MED, Bohumil. Teoria da Música. 4. ed. Revisada e Ampliada. Brasília - DF:


Ed. Musimed, 1996.
PINTO, Henrique. Iniciação ao violão: princípios básicos e elementares para
principiantes. 1. ed. Rio de Janeiro: Ricordi, 2008.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

60
UNIDADE

4 REPERTÓRIO

Praticar a notação musical do violão;


Desenvolver a prática da leitura em distintas tonalidades;
Formar repertório em cima de músicas populares folclóricas;
Desenvolver habilidades de leituras de partitura, tablatura e cifras.

4.1 Exercícios de digitação para mão direita

Esta Unidade está voltada somente para a prática do violão. Você desenvolverá os
primeiros acordes maiores, leituras simples de melodias, práticas de tablaturas,
facilitando assim, o aprendizado do estudante.
Se ainda assim você encontrar dificuldades na leitura do ritmo, você poderá ouvir
os áudios disponibilizados no AVA para que possa acompanhar as atividades e
tentar tocar junto com o mp3 da partitura.
Notemos que nos exemplos a seguir, as atividades de combinação dos dedos
polegar (p), indicador (i), médio (m) e anelar (a) com notas nas cordas soltas são
de fácil entendimento. É importante que você pratique até que as atividades se
tornem fluentes.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Exercício - 1

61
Exercício - 2

Exercício - 3

Exercício - 4

Exercício - 5

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Exercício - 6

62
Exercício - 7

Exercício - 8

Exercício - 9

Exercício - 10

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

Exercício - 11

63
Exercício - 14
Exercício - 13
Exercício - 12

64
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
No exercício número 15, você executará todas as atividades propostas acima.
É importante que você tente tocar os exercícios primeiro e depois ele ouça os
áudios.

Exercício - 15

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

65
66
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
67
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
68
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
4.2 Repertório

A seguir, encontram-se alguns arranjos simples para você praticar. As músicas


são do repertório popular folclórico e de simples assimilação.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

69
70
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
71
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
72
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
73
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
74
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
75
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
76
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
77
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
78
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
79
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
80
Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical
Resumo

Esta Unidade abordou, especificamente exercícios de leituras de notas na


clave de sol, leituras de cifras e de tablatura voltadas ao violão, e digitação das
mãos direita e esquerda. Esperamos que este e-Book tenha alcançado seu
objetivo final, que é apresentar informação para você da forma mais simples
possível.
É importante que você busque outras fontes de pesquisa, assista vídeos no
YouTube para ter outros pontos de vista, converse e treine o instrumento
com pessoas mais experientes. O treino diário fará com que você evolua
mais rápido.

Iniciação Instrumental ao Violão da Educação Musical

81

You might also like